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7/10/2019 Apostila Roteiro de Estudo DH Para o MPSP http://slidepdf.com/reader/full/apostila-roteiro-de-estudo-dh-para-o-mpsp 1/34 Roteiro de estudo para a disciplina Direitos Humanos para o concurso do MP/SP Prof. Frederico Afonso Izidoro www.jurisprudenciaeconcursos.com.br 1 Roteiro de estudo para a disciplina Direitos Humanos para o concurso do MP/SP Conforme o art. 6º do Edital, Direitos Humanos é uma das 11 matérias jurídicas previstas. O art. 11, inciso IX do mesmo edital, afirma que a prova preambular, contendo 100 questões, terá 4 questões de Direitos Humanos. Há aqui uma nítida evolução em relação ao edital do ano passado, pois, Direitos Humanos só caía na 2ª fase. Em que pese a quantidade de questões ainda ser uma das menores nas matérias jurídicas, observem que em relação ao ano passado, a mudança é ascendente. Não criticando o conteúdo programático, mas o maior número de questões é de Direito Penal... se ainda fosse de Constitucional, tudo bem... Vamos ao conteúdo: IX DIREITOS HUMANOS: 1. Direitos Humanos. 1.1. Conceito e evolução histórica: as dimensões dos Direitos Humanos. 1.2. Sistema Internacional de promoção e proteção dos Direitos Humanos. Sistema Interamericano. 1.3. Tratados e Convenções Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados pelo ordenamento brasileiro. Conflito com as normas constitucionais. 1.4. Ministério Público e a defesa dos Direitos Humanos. 1.5. Sistema Único de Saúde. 1.6. Sistema Único de Assistência Social. 1.7. Direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais. 1.8. Igualdade Racial. 1.9. Pessoas com deficiência.

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para o concurso do MP/SP

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1

Roteiro de estudo para a disciplina Direitos Humanos para o

concurso do MP/SP

Conforme o art. 6º do Edital, Direitos Humanos é uma das 11

matérias jurídicas previstas.

O art. 11, inciso IX do mesmo edital, afirma que a prova preambular,

contendo 100 questões, terá 4 questões de Direitos Humanos.

Há aqui uma nítida evolução em relação ao edital do ano passado,

pois, Direitos Humanos só caía na 2ª fase. Em que pese a quantidade de

questões ainda ser uma das menores nas matérias jurídicas, observem que

em relação ao ano passado, a mudança é ascendente.

Não criticando o conteúdo programático, mas o maior número de

questões é de Direito Penal... se ainda fosse de Constitucional, tudo bem...

Vamos ao conteúdo:

IX – DIREITOS HUMANOS:

1. Direitos Humanos.

1.1. Conceito e evolução histórica: as dimensões dos Direitos

Humanos.

1.2. Sistema Internacional de promoção e proteção dos Direitos

Humanos. Sistema Interamericano.

1.3. Tratados e Convenções Internacionais sobre Direitos Humanosincorporados pelo ordenamento brasileiro. Conflito com as normas

constitucionais.

1.4. Ministério Público e a defesa dos Direitos Humanos.

1.5. Sistema Único de Saúde.

1.6. Sistema Único de Assistência Social.

1.7. Direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais.

1.8. Igualdade Racial.1.9. Pessoas com deficiência.

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1. Direitos Humanos

1.1. Conceito e evolução histórica: as dimensões dos Direitos

Humanos.

- conceito = direito natural (jusnaturalismo) + dignidade da pessoa

humana + proteção à espécie humana e quem a cerca (hoje é tranqüilo

falarmos em Direitos Humanos além dos humanos).

- evolução histórica;

- dimensões.

1.2. Sistema Internacional de promoção e proteção dos

Direitos Humanos. Sistema Interamericano.

- Sistema Internacional de promoção e proteção dos Direitos

Humanos.- Sistema Interamericano.

1.3. Tratados e Convenções Internacionais sobre Direitos

Humanos incorporados pelo ordenamento brasileiro. Conflito com

as normas constitucionais.

1.4. Ministério Público e a defesa dos Direitos Humanos.

Incidente de deslocamento de competência ou federalização dos atos

violadores de Direitos Humanos, previsto no art. 109, § 5º da Constituição:

Art. 109, § 5º. Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos,

o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o

cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais dedireitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o

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Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo,incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

Segue abaixo excertos que, a meu ver, merecem destaques na órbita

da matéria. Todos os sublinhados não pertencem, por óbvio, ao texto

original:

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à

função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,

do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a

indivisibilidade e a independência funcional.

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do

patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses

difusos e coletivos;V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações

indígenas;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei

complementar mencionada no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito

policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações

processuais;

1.5. Sistema Único de Saúde.

Aqui é mais uma questão da “falta de identidade” entre Direitos

Humanos e Direitos Humanos Fundamentais.

O tema vai, com certeza, “olhar” o vulnerável, que é um dos mais

importantes objetivos dos Direitos Humanos.

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Sobre o Sistema Único de Saúde, temos a previsão constitucional einfraconstitucional. Vejamos os destaques.

No âmbito constitucional, o tema vem disciplinado na parte da

 “Seguridade Social”, na Seção “Saúde”. Vejamos os destaques: 

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede

regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado

de acordo com as seguintes diretrizes:I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades

preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art.

195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma

complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste,

mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as

entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou

subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras

atribuições, nos termos da lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de

interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos,

equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem

como as de saúde do trabalhador;

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III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;IV - participar da formulação da política e da execução das ações de

saneamento básico;

V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico

e tecnológico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de

seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte,guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e

radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o

do trabalho.

SUS - LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação

da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e

dá outras providências.

Art. 1º. Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e

serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter

permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito

Público ou privado.

Art. 2º. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o

Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

§ 1º. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e

execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos

de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que

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assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a suapromoção, proteção e recuperação.

Art. 3º. A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes,

entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio

ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso

aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam

a organização social e econômica do País.

Art. 4º. O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por

órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da

Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder

Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).

§ 2º. A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de

Saúde (SUS), em caráter complementar.

Art. 5º. São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:

I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e

determinantes da saúde;

II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos

campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º

desta lei;

III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção,

proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações

assistenciais e das atividades preventivas.

Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único

de Saúde (SUS):

I - a execução de ações:

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a) de vigilância sanitária;b) de vigilância epidemiológica;

c) de saúde do trabalhador; e

d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;

II - a participação na formulação da política e na execução de ações

de saneamento básico;

III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de

saúde;IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;

V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido

o do trabalho;

VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos,

imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a

participação na sua produção;

VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substânciasde interesse para a saúde;

VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para

consumo humano;

IX - a participação no controle e na fiscalização da produção,

transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,

tóxicos e radioativos;

X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento

científico e tecnológico;

XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.

§ 1º. Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz

de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas

sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens

e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:

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I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, serelacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da

produção ao consumo; e

II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou

indiretamente com a saúde.

§ 2º. Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações

que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer

mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individualou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de

prevenção e controle das doenças ou agravos.

§ 3º. Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um

conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância

epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos

trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos

trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições detrabalho, abrangendo:

I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou

portador de doença profissional e do trabalho;

II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de

Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e

agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;

III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de

Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de

produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio

de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que

apresentam riscos à saúde do trabalhador;

IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;

V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e

às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e

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do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliaçõesambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão,

respeitados os preceitos da ética profissional;

VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços

de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;

VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no

processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades

sindicais; eVIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão

competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo

ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a

vida ou saúde dos trabalhadores.

Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS)

compete:I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;

II - participar na formulação e na implementação das políticas:

a) de controle das agressões ao meio ambiente;

b) de saneamento básico; e

c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;

III - definir e coordenar os sistemas:

a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;

b) de rede de laboratórios de saúde pública;

c) de vigilância epidemiológica; e

d) vigilância sanitária;

IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle,

com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes,

que tenham repercussão na saúde humana;

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V - participar da definição de normas, critérios e padrões para ocontrole das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política

de saúde do trabalhador;

VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância

epidemiológica;

VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos,

aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos

Estados, Distrito Federal e Municípios;VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da

qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso

humano;

IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de

fiscalização do exercício profissional, bem como com entidades

representativas de formação de recursos humanos na área de saúde;

X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução dapolítica nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde, em

articulação com os demais órgãos governamentais;

XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência

nacional para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência à

saúde;

XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de

interesse para a saúde;

XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito

Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação

institucional;

XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único

de Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de assistência à saúde;

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XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e paraos Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectivamente, de

abrangência estadual e municipal;

XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de

Sangue, Componentes e Derivados;

XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de

saúde, respeitadas as competências estaduais e municipais;

XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito doSUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal;

XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a

avaliação técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional em

cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. (Vide

Decreto nº 1.651, de 1995)

Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância

epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrênciade agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção

estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de

disseminação nacional.

Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS)

compete:

I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das

ações de saúde;

II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do

Sistema Único de Saúde (SUS);

III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar

supletivamente ações e serviços de saúde;

IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e

serviços:

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a) de vigilância epidemiológica;b) de vigilância sanitária;

c) de alimentação e nutrição; e

d) de saúde do trabalhador;

V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do

meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana;

VI - participar da formulação da política e da execução de ações de

saneamento básico;VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos

ambientes de trabalho;

VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e

avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde;

IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir

sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional;

X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública ehemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua organização

administrativa;

XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e

avaliação das ações e serviços de saúde;

XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter

suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos e

substâncias de consumo humano;

XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de

portos, aeroportos e fronteiras;

XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores

de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.

Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:

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I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços desaúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;

II - participar do planejamento, programação e organização da rede

regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em

articulação com sua direção estadual;

III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes

às condições e aos ambientes de trabalho;

IV - executar serviços:a) de vigilância epidemiológica;

b) vigilância sanitária;

c) de alimentação e nutrição;

d) de saneamento básico; e

e) de saúde do trabalhador;

V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e

equipamentos para a saúde;VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que

tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos

municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;

VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;

VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;

IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância

sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;

X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e

convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem

como controlar e avaliar sua execução;

XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de

saúde;

XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de

saúde no seu âmbito de atuação.

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Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,

componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por esta

Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual

funcionará em perfeita integração.

Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a

realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas e omodelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar

por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de

assistência à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio

ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e integração

institucional. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)

1.6. Sistema Único de Assistência Social.

LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993 - Dispõe sobre a organização

da Assistência Social e dá outras providências

Art. 2º. A assistência social tem por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à

velhice;

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência

e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa

portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de

prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

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Art. 4º. A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:

I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as

exigências de rentabilidade econômica;

II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário

da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;

III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu

direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivênciafamiliar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de

necessidade;

IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem

discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às

populações urbanas e rurais;

V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos

assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e doscritérios para sua concessão.

Art. 5º. A organização da assistência social tem como base as

seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de

governo;

II - participação da população, por meio de organizações

representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em

todos os níveis;

III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política

de assistência social em cada esfera de governo.

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16

Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um)salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 70

(setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a

própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.

§ 1º. Para os efeitos do disposto no caput , entende-se como família o

conjunto de pessoas elencadas no art. 16 da Lei no 8.213, de 24 de julho

de 1991, desde que vivam sob o mesmo teto (Art. 16. São beneficiários do

Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes dosegurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não

emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou

inválido; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição,

menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido).

§ 2º. Para efeito de concessão deste benefício, a pessoa portadora de

deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o

trabalho.§ 3º. Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa

portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita

seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.

Art. 22. Entendem-se por benefícios eventuais aqueles que visam ao

pagamento de auxílio por natalidade ou morte às famílias cuja renda

mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.

Art. 23. Entendem-se por serviços assistenciais as atividades

continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações,

voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e

diretrizes estabelecidas nesta lei.

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17

Art. 24. Os programas de assistência social compreendem açõesintegradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência

definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços

assistenciais.

Art. 25. Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a

instituição de investimento econômico-social nos grupos populares,

buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhesgarantam meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das

condições gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de vida,

a preservação do meio-ambiente e sua organização social.

1.7. Direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais.

LEI Nº 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001 - Dispõe sobre a proteção e os

direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o

modelo assistencial em saúde mental

Art. 2º. Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a

pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados

dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno

mental:

I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde,

consentâneo às suas necessidades;

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II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivode beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na

família, no trabalho e na comunidade;

III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;

IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;

V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para

esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;

VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;VII - receber o maior número de informações a respeito de sua

doença e de seu tratamento;

VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos

invasivos possíveis;

IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de

saúde mental.

Art. 4º. A internação, em qualquer de suas modalidades, só será

indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

§ 3º. É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos

mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas

desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos

pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2º.

Art. 6º. A internação psiquiátrica somente será realizada mediante

laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.

Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação

psiquiátrica:

I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do

usuário;

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II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimentodo usuário e a pedido de terceiro; e

III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

§ 1º. A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de

setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo

responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo

esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.

1.8. Igualdade Racial.

Tema de extrema relevância por tudo o que vem sendo discutido,

principalmente na questão da homofobia. Abaixo excertos do que acho

mais relevante no estado nacional.

Não podemos esquecer também que temos a Convenção

Interamericana para a Eliminação de todas as Formas de Discriminaçãocontra Pessoas Portadoras de Deficiência, ratificada pelo Brasil em

15/08/2001.

LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010 - Institui o Estatuto da Igualdade

Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de

abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de

novembro de 2003.

Art. 1º. Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a

garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a

defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à

discriminação e às demais formas de intolerância étnica.

Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se:

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I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão,restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem

nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o

reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos

humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico,

social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada;

II - desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação

de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas públicae privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou

étnica;

III - desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no âmbito

da sociedade que acentua a distância social entre mulheres negras e os

demais segmentos sociais;

IV - população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram

pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pela FundaçãoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam

autodefinição análoga;

V - políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo

Estado no cumprimento de suas atribuições institucionais;

VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados

pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades

raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades.

Art. 3º. Além das normas constitucionais relativas aos princípios

fundamentais, aos direitos e garantias fundamentais e aos direitos sociais,

econômicos e culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz

político-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade étnico-racial, a

valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da identidade nacional

brasileira.

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Art. 4º. A participação da população negra, em condição de igualdadede oportunidade, na vida econômica, social, política e cultural do País será

promovida, prioritariamente, por meio de:

I - inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e

social;

II - adoção de medidas, programas e políticas de ação afirmativa;

III - modificação das estruturas institucionais do Estado para o

adequado enfrentamento e a superação das desigualdades étnicasdecorrentes do preconceito e da discriminação étnica;

IV - promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o combate à

discriminação étnica e às desigualdades étnicas em todas as suas

manifestações individuais, institucionais e estruturais;

V - eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e

institucionais que impedem a representação da diversidade étnica nas

esferas pública e privada;VI - estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriundas da

sociedade civil direcionadas à promoção da igualdade de oportunidades e

ao combate às desigualdades étnicas, inclusive mediante a implementação

de incentivos e critérios de condicionamento e prioridade no acesso aos

recursos públicos;

VII - implementação de programas de ação afirmativa destinados ao

enfrentamento das desigualdades étnicas no tocante à educação, cultura,

esporte e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de

comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça,

e outros.

Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa constituir-se-ão

em políticas públicas destinadas a reparar as distorções e desigualdades

sociais e demais práticas discriminatórias adotadas, nas esferas pública e

privada, durante o processo de formação social do País.

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22

Art. 5º. Para a consecução dos objetivos desta Lei, é instituído o

Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR), conforme

estabelecido no Título III.

DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Do direito à saúde

Do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazerDa educação

Da cultura

Do esporte e lazer

Do direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício

dos cultos religiosos

Do acesso à terra

Da moradiaDo trabalho

Do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial - (SINAPIR)

Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade

Racial (SINAPIR) como forma de organização e de articulação voltadas à

implementação do conjunto de políticas e serviços destinados a superar as

desigualdades étnicas existentes no País, prestados pelo poder público

federal.

Art. 48. São objetivos do SINAPIR:

I - promover a igualdade étnica e o combate às desigualdades sociais

resultantes do racismo, inclusive mediante adoção de ações afirmativas;

II - formular políticas destinadas a combater os fatores de

marginalização e a promover a integração social da população negra;

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III - descentralizar a implementação de ações afirmativas pelosgovernos estaduais, distrital e municipais;

IV - articular planos, ações e mecanismos voltados à promoção da

igualdade étnica;

V - garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos criados para a

implementação das ações afirmativas e o cumprimento das metas a serem

estabelecidas.

1.9. Pessoas com deficiência.

DECRETO Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009 - Promulga a

Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e

seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de

2007.

CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Artigo 1 - Propósito

O propósito da presente Convenção é promover, proteger e assegurar

o exercício pleno e eqüitativo de todos os direitos humanos e liberdades

fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito

pela sua dignidade inerente.

Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo

prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em

interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e

efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.

Artigo 2 - Definições - Para os propósitos da presente Convenção:

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 “Comunicação” abrange as línguas, a visualização de textos, o braille,a comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos de multimídia

acessível, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas

auditivos e os meios de voz digitalizada e os modos, meios e formatos

aumentativos e alternativos de comunicação, inclusive a tecnologia da

informação e comunicação acessíveis;

 “Língua” abrange as línguas faladas e de sinais e outras formas de

comunicação não-falada; “Discriminação por motivo de deficiência” significa qualquer

diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, com o

propósito ou efeito de impedir ou impossibilitar o reconhecimento, o

desfrute ou o exercício, em igualdade de oportunidades com as demais

pessoas, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais nos

âmbitos político, econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro.

Abrange todas as formas de discriminação, inclusive a recusa de adaptaçãorazoável;

 “Adaptação razoável” significa as modificações e os ajustes

necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou

indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que as

pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de

oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e

liberdades fundamentais;

 “Desenho universal” significa a concepção de produtos, ambientes,

programas e serviços a serem usados, na maior medida possível, por todas

as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específico. O

 “desenho universal” não excluirá as ajudas técnicas para grupos específicos

de pessoas com deficiência, quando necessárias.

Artigo 3 - Princípios gerais

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25

Os princípios da presente Convenção são:a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual,

inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência das

pessoas;

b) A não-discriminação;

c) A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;

d) O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com

deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;e) A igualdade de oportunidades;

f) A acessibilidade;

g) A igualdade entre o homem e a mulher;

h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças

com deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar sua

identidade.

Artigo 4 - Obrigações gerais

1. Os Estados Partes se comprometem a assegurar e promover o

pleno exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por

todas as pessoas com deficiência, sem qualquer tipo de discriminação por

causa de sua deficiência. Para tanto, os Estados Partes se comprometem a:

a) Adotar todas as medidas legislativas, administrativas e de

qualquer outra natureza, necessárias para a realização dos direitos

reconhecidos na presente Convenção;

b) Adotar todas as medidas necessárias, inclusive legislativas, para

modificar ou revogar leis, regulamentos, costumes e práticas vigentes, que

constituírem discriminação contra pessoas com deficiência;

c) Levar em conta, em todos os programas e políticas, a proteção e a

promoção dos direitos humanos das pessoas com deficiência;

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26

d) Abster-se de participar em qualquer ato ou prática incompatívelcom a presente Convenção e assegurar que as autoridades públicas e

instituições atuem em conformidade com a presente Convenção;

e) Tomar todas as medidas apropriadas para eliminar a discriminação

baseada em deficiência, por parte de qualquer pessoa, organização ou

empresa privada;

f) Realizar ou promover a pesquisa e o desenvolvimento de produtos,

serviços, equipamentos e instalações com desenho universal, conformedefinidos no Artigo 2 da presente Convenção, que exijam o mínimo possível

de adaptação e cujo custo seja o mínimo possível, destinados a atender às

necessidades específicas de pessoas com deficiência, a promover sua

disponibilidade e seu uso e a promover o desenho universal quando da

elaboração de normas e diretrizes;

g) Realizar ou promover a pesquisa e o desenvolvimento, bem como

a disponibilidade e o emprego de novas tecnologias, inclusive astecnologias da informação e comunicação, ajudas técnicas para locomoção,

dispositivos e tecnologias assistivas, adequados a pessoas com deficiência,

dando prioridade a tecnologias de custo acessível;

h) Propiciar informação acessível para as pessoas com deficiência a

respeito de ajudas técnicas para locomoção, dispositivos e tecnologias

assistivas, incluindo novas tecnologias bem como outras formas de

assistência, serviços de apoio e instalações;

i) Promover a capacitação em relação aos direitos reconhecidos pela

presente Convenção dos profissionais e equipes que trabalham com

pessoas com deficiência, de forma a melhorar a prestação de assistência e

serviços garantidos por esses direitos.

2. Em relação aos direitos econômicos, sociais e culturais, cada

Estado Parte se compromete a tomar medidas, tanto quanto permitirem os

recursos disponíveis e, quando necessário, no âmbito da cooperação

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internacional, a fim de assegurar progressivamente o pleno exercíciodesses direitos, sem prejuízo das obrigações contidas na presente

Convenção que forem imediatamente aplicáveis de acordo com o direito

internacional.

3. Na elaboração e implementação de legislação e políticas para

aplicar a presente Convenção e em outros processos de tomada de decisão

relativos às pessoas com deficiência, os Estados Partes realizarão consultas

estreitas e envolverão ativamente pessoas com deficiência, inclusivecrianças com deficiência, por intermédio de suas organizações

representativas.

4. Nenhum dispositivo da presente Convenção afetará quaisquer

disposições mais propícias à realização dos direitos das pessoas com

deficiência, as quais possam estar contidas na legislação do Estado Parte

ou no direito internacional em vigor para esse Estado. Não haverá

nenhuma restrição ou derrogação de qualquer dos direitos humanos eliberdades fundamentais reconhecidos ou vigentes em qualquer Estado

Parte da presente Convenção, em conformidade com leis, convenções,

regulamentos ou costumes, sob a alegação de que a presente Convenção

não reconhece tais direitos e liberdades ou que os reconhece em menor

grau.

5. As disposições da presente Convenção se aplicam, sem limitação

ou exceção, a todas as unidades constitutivas dos Estados federativos.

Artigo 6 - Mulheres com deficiência

1. Os Estados Partes reconhecem que as mulheres e meninas com

deficiência estão sujeitas a múltiplas formas de discriminação e, portanto,

tomarão medidas para assegurar às mulheres e meninas com deficiência o

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pleno e igual exercício de todos os direitos humanos e liberdadesfundamentais.

2. Os Estados Partes tomarão todas as medidas apropriadas para

assegurar o pleno desenvolvimento, o avanço e o empoderamento das

mulheres, a fim de garantir-lhes o exercício e o gozo dos direitos humanos

e liberdades fundamentais estabelecidos na presente Convenção.

Artigo 7 - Crianças com deficiência1. Os Estados Partes tomarão todas as medidas necessárias para

assegurar às crianças com deficiência o pleno exercício de todos os direitos

humanos e liberdades fundamentais, em igualdade de oportunidades com

as demais crianças.

2. Em todas as ações relativas às crianças com deficiência, o superior

interesse da criança receberá consideração primordial.

3. Os Estados Partes assegurarão que as crianças com deficiênciatenham o direito de expressar livremente sua opinião sobre todos os

assuntos que lhes disserem respeito, tenham a sua opinião devidamente

valorizada de acordo com sua idade e maturidade, em igualdade de

oportunidades com as demais crianças, e recebam atendimento adequado à

sua deficiência e idade, para que possam exercer tal direito.

Artigo 8 - Conscientização

1. Os Estados Partes se comprometem a adotar medidas imediatas,

efetivas e apropriadas para:

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a) Conscientizar toda a sociedade, inclusive as famílias, sobre ascondições das pessoas com deficiência e fomentar o respeito pelos direitos

e pela dignidade das pessoas com deficiência;

b) Combater estereótipos, preconceitos e práticas nocivas em relação

a pessoas com deficiência, inclusive aqueles relacionados a sexo e idade,

em todas as áreas da vida;

c) Promover a conscientização sobre as capacidades e contribuições

das pessoas com deficiência.

Artigo 9 - Acessibilidade

1. A fim de possibilitar às pessoas com deficiência viver de forma

independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida, os

Estados Partes tomarão as medidas apropriadas para assegurar às pessoas

com deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais

pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação,inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem

como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público,

tanto na zona urbana como na rural. Essas medidas, que incluirão a

identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras à acessibilidade,

serão aplicadas, entre outros, a:

a) Edifícios, rodovias, meios de transporte e outras instalações

internas e externas, inclusive escolas, residências, instalações médicas e

local de trabalho;

b) Informações, comunicações e outros serviços, inclusive serviços

eletrônicos e serviços de emergência.

Artigo 20 - Mobilidade pessoal

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30

Os Estados Partes tomarão medidas efetivas para assegurar àspessoas com deficiência sua mobilidade pessoal com a máxima

independência possível:

a) Facilitando a mobilidade pessoal das pessoas com deficiência, na

forma e no momento em que elas quiserem, e a custo acessível;

b) Facilitando às pessoas com deficiência o acesso a tecnologias

assistivas, dispositivos e ajudas técnicas de qualidade, e formas de

assistência humana ou animal e de mediadores, inclusive tornando-osdisponíveis a custo acessível;

c) Propiciando às pessoas com deficiência e ao pessoal especializado

uma capacitação em técnicas de mobilidade;

d) Incentivando entidades que produzem ajudas técnicas de

mobilidade, dispositivos e tecnologias assistivas a levarem em conta todos

os aspectos relativos à mobilidade de pessoas com deficiência.

Artigo 26 - Habilitação e reabilitação

1. Os Estados Partes tomarão medidas efetivas e apropriadas,

inclusive mediante apoio dos pares, para possibilitar que as pessoas com

deficiência conquistem e conservem o máximo de autonomia e plena

capacidade física, mental, social e profissional, bem como plena inclusão e

participação em todos os aspectos da vida. Para tanto, os Estados Partes

organizarão, fortalecerão e ampliarão serviços e programas completos de

habilitação e reabilitação, particularmente nas áreas de saúde, emprego,

educação e serviços sociais, de modo que esses serviços e programas:

a) Comecem no estágio mais precoce possível e sejam baseados em

avaliação multidisciplinar das necessidades e pontos fortes de cada pessoa;

b) Apóiem a participação e a inclusão na comunidade e em todos os

aspectos da vida social, sejam oferecidos voluntariamente e estejam

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disponíveis às pessoas com deficiência o mais próximo possível de suascomunidades, inclusive na zona rural.

Artigo 28 - Padrão de vida e proteção social adequados

1. Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com

deficiência a um padrão adequado de vida para si e para suas famílias,

inclusive alimentação, vestuário e moradia adequados, bem como à

melhoria contínua de suas condições de vida, e tomarão as providênciasnecessárias para salvaguardar e promover a realização desse direito sem

discriminação baseada na deficiência.

Artigo 34 - Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

1. Um Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

(doravante denominado "Comitê") será estabelecido, para desempenhar as

funções aqui definidas.2. O Comitê será constituído, quando da entrada em vigor da

presente Convenção, de 12 peritos. Quando a presente Convenção alcançar

60 ratificações ou adesões, o Comitê será acrescido em seis membros,

perfazendo o total de 18 membros.

3. Os membros do Comitê atuarão a título pessoal e apresentarão

elevada postura moral, competência e experiência reconhecidas no campo

abrangido pela presente Convenção. Ao designar seus candidatos, os

Estados Partes são instados a dar a devida consideração ao disposto no

Artigo 4.3 da presente Convenção.

4. Os membros do Comitê serão eleitos pelos Estados Partes,

observando-se uma distribuição geográfica eqüitativa, representação de

diferentes formas de civilização e dos principais sistemas jurídicos,

representação equilibrada de gênero e participação de peritos com

deficiência.

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5. Os membros do Comitê serão eleitos por votação secreta emsessões da Conferência dos Estados Partes, a partir de uma lista de

pessoas designadas pelos Estados Partes entre seus nacionais. Nessas

sessões, cujo quorum será de dois terços dos Estados Partes, os candidatos

eleitos para o Comitê serão aqueles que obtiverem o maior número de

votos e a maioria absoluta dos votos dos representantes dos Estados Partes

presentes e votantes.

7. Os membros do Comitê serão eleitos para mandato de quatroanos, podendo ser candidatos à reeleição uma única vez. Contudo, o

mandato de seis dos membros eleitos na primeira eleição expirará ao fim

de dois anos; imediatamente após a primeira eleição, os nomes desses seis

membros serão selecionados por sorteio pelo presidente da sessão a que se

refere o parágrafo 5 deste Artigo.

Artigo 39 - Relatório do ComitêA cada dois anos, o Comitê submeterá à Assembléia Geral e ao

Conselho Econômico e Social um relatório de suas atividades e poderá fazer

sugestões e recomendações gerais baseadas no exame dos relatórios e nas

informações recebidas dos Estados Partes. Estas sugestões e

recomendações gerais serão incluídas no relatório do Comitê,

acompanhadas, se houver, de comentários dos Estados Partes.

Artigo 44 - Organizações de integração regional

1. "Organização de integração regional" será entendida como

organização constituída por Estados soberanos de determinada região, à

qual seus Estados membros tenham delegado competência sobre matéria

abrangida pela presente Convenção. Essas organizações declararão, em

seus documentos de confirmação formal ou adesão, o alcance de sua

competência em relação à matéria abrangida pela presente Convenção.

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7/10/2019 Apostila Roteiro de Estudo DH Para o MPSP

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Roteiro de estudo para a disciplina Direitos Humanos

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Subseqüentemente, as organizações informarão ao depositário qualqueralteração substancial no âmbito de sua competência.

PROTOCOLO FACULTATIVO À CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Artigo 1º.

1. Qualquer Estado Parte do presente Protocolo (“Estado Parte”)

reconhece a competência do Comitê sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência (“Comitê”) para receber e considerar comunicações submetidas

por pessoas ou grupos de pessoas, ou em nome deles, sujeitos à sua

  jurisdição, alegando serem vítimas de violação das disposições da

Convenção pelo referido Estado Parte.

2. O Comitê não receberá comunicação referente a qualquer Estado

Parte que não seja signatário do presente Protocolo.

Artigo 2º.

O Comitê considerará inadmissível a comunicação quando:

a) A comunicação for anônima;

b) A comunicação constituir abuso do direito de submeter tais

comunicações ou for incompatível com as disposições da Convenção;

c) A mesma matéria já tenha sido examinada pelo Comitê ou tenha

sido ou estiver sendo examinada sob outro procedimento de investigação

ou resolução internacional;

d) Não tenham sido esgotados todos os recursos internos disponíveis,

salvo no caso em que a tramitação desses recursos se prolongue

injustificadamente, ou seja improvável que se obtenha com eles solução

efetiva;

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7/10/2019 Apostila Roteiro de Estudo DH Para o MPSP

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e) A comunicação estiver precariamente fundamentada ou não forsuficientemente substanciada; ou

f) Os fatos que motivaram a comunicação tenham ocorrido antes da

entrada em vigor do presente Protocolo para o Estado Parte em apreço,

salvo se os fatos continuaram ocorrendo após aquela data.

Artigo 12

1.  “Organização de integração regional” será entendida comoorganização constituída por Estados soberanos de determinada região, à

qual seus Estados membros tenham delegado competência sobre matéria

abrangida pela Convenção e pelo presente Protocolo. Essas organizações

declararão, em seus documentos de confirmação formal ou adesão, o

alcance de sua competência em relação à matéria abrangida pela

Convenção e pelo presente Protocolo. Subseqüentemente, as organizações

informarão ao depositário qualquer alteração substancial no alcance de suacompetência.