apostila processo do trabalho

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APOSTILA PROCESSO DO TRABALHO APOSTILA DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO I – INTRODUÇÃO Conceito: CHBL: “ramoda ciência jurídica, constituído por um sistema de princípios , normas e instituições próprias, que tem por objeto p pacificaço justa dos conf!itos decorrentes das re!ações jurídica direito materia! do traba!"o e re#u!ar o funcionamento dos ór#os que compõem a $ustiça do %raba!"o&' ()*: “conjunto de princípios, re#ras e instituições destinad atividade dos ór#os jurisdicionais na so!uço dos dissídi co!etivos, entre traba!"adores e empre#adores e entre outras !id das re!ações de traba!"o, conforme +C n -./011- que a!terou o ar C3'' Classificaço !os Conflitos 4564746894( conf!itos e;istentes entre uma ou mais pessoas !ado, e uma ou mais pessoas, de outro, postu!ando direitos re!ati indivíduo' 9qui so discutidos interesses concretos, decorrentes e;istentes= C>L+%47>( no tratam de interesses concretos, mas a pertinentes a toda cate#oria' %aisconf!itos so ap!ic<veis a pessoas indeterminadas, representadas por um sindicato da cate#oria profi busca?se a criaço de norma jurídica ou a sua interpretaço' OR"ANI#AÇÃO DA $USTIÇA DO TRABALHO >@A954 9 D> $864C4E@49 +nquanto as leis processuais discip!inam o e;ercício da jurisdiço, da aç da e;ceço pe!os sujeitos do processo, ditando as formas do proce estatuindo sobre o re!acionamento entre esses sujeitos, cabe Fs d organização judiciária estabe!ecer normas sobre a constituiço dos ór#o encarre#ados do e;ercício da jurisdiço= aque!as so normas sobre atuação da justiça , estas sobre a administração da justiça ' 9s normas sobre or#aniGaço judici<ria cuidam de tudo que se refira F administraç indicando quais e quantos so os ór#os jurisdicionais, dispondo superposiço de uns a outros e sobre a estrutura de cada um, fi;a requisitos para a investidura e diGendo sobre a carreira judici<r pocas para o traba!"o forense, dividindo o território naciona! para o efeito de e;ercício da funço jurisdiciona!'

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Apostila Processo Do Trabalho da Faculdade Estácio

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APOSTILA PROCESSO DO TRABALHO

APOSTILA DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

I INTRODUOConceito:CHBL: ramo da cincia jurdica, constitudo por um sistema de princpios , normas e instituies prprias, que tem por objeto promover a pacificao justa dos conflitos decorrentes das relaes jurdicas tuteladas pelo direito material do trabalho e regular o funcionamento dos rgos que compem a Justia do Trabalho.SPM: conjunto de princpios, regras e instituies destinado a regular a atividade dos rgos jurisdicionais na soluo dos dissdios, individuais ou coletivos, entre trabalhadores e empregadores e entre outras lides decorrentes das relaes de trabalho, conforme EC n 45/2004 que alterou o artigo 114 da CF..

Classificao dos ConflitosINDIVIDUAIS conflitos existentes entre uma ou mais pessoas, de um lado, e uma ou mais pessoas, de outro, postulando direitos relativos ao prprio indivduo. Aqui so discutidos interesses concretos, decorrentes de normas j existentes; COLETIVOS no tratam de interesses concretos, mas abstratos, pertinentes a toda categoria. Tais conflitos so aplicveis a pessoas indeterminadas, representadas por um sindicato da categoria profissional. Aqui, busca-se a criao de norma jurdica ou a sua interpretao.

ORGANIZAO DA JUSTIA DO TRABALHO

ORGANIZAO JUDICIRIAEnquanto as leis processuais disciplinam o exerccio da jurisdio, da ao e da exceo pelos sujeitos do processo, ditando as formas do procedimento e estatuindo sobre o relacionamento entre esses sujeitos, cabe s de organizao judiciria estabelecer normas sobre a constituio dos rgos encarregados do exerccio da jurisdio; aquelas so normas sobre a atuao da justia, estas sobre a administrao da justia. As normas sobre organizao judiciria cuidam de tudo que se refira administrao judiciria, indicando quais e quantos so os rgos jurisdicionais, dispondo sobre a superposio de uns a outros e sobre a estrutura de cada um, fixando requisitos para a investidura e dizendo sobre a carreira judiciria, determinando pocas para o trabalho forense, dividindo o territrio nacional em circunscries para o efeito de exerccio da funo jurisdicional. Foi, contudo, com o advento da Emenda Constitucional n. 24, de 9.12.1999, que extinguiu a representao classista, que a organizao e a composio dos rgos da Justia do Trabalho passaram por considervel transformao.Segundo a Emenda n. 24, a Justia do Trabalho passa a ser composta dos seguintes rgos:I Tribunal Superior do Trabalho;II Tribunais Regionais do Trabalho;III Juzes do Trabalho.Alm disso, a Emenda n. 24, reduziu o nmero de componentes do Tribunal Superior do Trabalho, de vinte e sete para dezessete Ministros, eliminou as Juntas de Conciliao e Julgamento, substituindo-as por Varas do Trabalho, e os juzes classistas, preservando, entretanto, os mandatos dos atuais juzes representantes classistas.Organizao judiciria da Justia do Trabalho ps EC n. 45/2004A Emenda Constitucional n 45, de 08/12/2004, introduziu sensveis alteraes na estrutura da Justia do Trabalho, vejamos:a) a lei criar Varas da Justia do Trabalho, podendo, nas comarcas no abrangidas por sua jurisdio, atribu-las aos Juzes de Direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112, CRFB/88);b) nos dissdios individuais, compete Justia do Trabalho processar e julgar: i) as aes oriundas da relao de trabalho, abrangidos os entes de direito pblico externo e da administrao pblica direta e indireta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; ii) as aes que envolvam exerccio do direito de greve; iii) as aes sobre representao sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; iv) os mandados de segurana, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matria sujeita sua jurisdio; v) os conflitos de competncia entre rgos com jurisdio trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o, da Constituio Federal; vi) as aes de indenizao por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relao de trabalho; vii) as aes relativas s penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos rgos de fiscalizao das relaes de trabalho; viii) a execuo, de ofcio, das contribuies cosicia previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acrscimos legais, decorrentes das sentenas que proferir; ix) outras controvrsias decorrentes da relao de trabalho, na forma da lei (art. 114, I a IX, da CRFB/88);c) nos dissdios coletivos: i) recusando-se qualquer das partes negociao coletiva ou arbitragem, facultado s mesmas, de comum acordo, ajuizar dissdio coletivo de natureza econmica, podendo a Justia do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposies mnimas legais de proteo ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente (art. 114, 2); ii) em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de leso do interesse pblico, o Ministrio Pblico do Trabalho poder ajuizar dissdio coletivo, competindo Justia do Trabalho decidir o Conflito (art. 114, 3);d) quanto aos Tribunais Regionais do Trabalho: i) a sua composio ser de, no mnimo, 7 juzes, recrutados, quando possvel, na respectiva regio, e nomeados pelo Presidente da Repblica dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, respeitado o quinto constitucional estabelecido pelo art. 94 da CRFB/88; ii) haver a instalao da justia itinerante, com a realizao de audincias e demais funes de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdio, servindo-se de equipamentos pblicos e comunitrios (art. 115, 1, CRFB/88); iii) o funcionamento poder ser descentralizado, com a constituio de Cmaras Regionais, a fim de assegurar o pleno acesso Justia do jurisdicionado em todos os momentos processuais (art. 115, 2, CRFB/88).e) no Tribunal Superior do Trabalho: i) a sua composio agora de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps aprovao pela maioria absoluta do Senado Federal; ii) a sua competncia ser definida por lei ordinria (art. 111-A, 1, CRFB/88); iii) junto ao TST, funcionaro os seguintes rgos: a Escola Nacional de Formao e Aperfeioamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funes, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoo na carreira; o Conselho Superior da Justia do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a superviso administrativa, oramentria, financeira e patrimonial da Justia do Trabalho de primeiro e segundo graus, como rgo central do sistema e cujas decises tero efeito vinculante (art. 111-A, 2, I e II, CRFB/88).TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOO rgo mximo da Justia do Trabalho o Tribunal Superior do Trabalho, que tem sede na capital do pas (art. 92, , CRFB/88).ComposioO TST compe-se de vinte e sete[footnoteRef:1][1] ministros, todos brasileiros maiores de 35 anos e menores de 65, de notvel saber jurdico e reputao ilibada (art. 693, a, CLT). [1: ]

Seus Ministros sero escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps aprovao pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministrio Pblico do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exerccio, observado o disposto no art. 94 da CRFB/88, e os demais dentre juzes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo prprio TST (art. 111-A, I e II, CRFB/88).Os membros do TST elegero o presidente e o vice-presidente do Tribunal, o corregedor e os presidentes da Turmas.FuncionamentoO Tribunal funciona em sua composio plena ou dividido em Sees ou Turmas. As oito turmas so compostas de trs membros cada uma, devendo funcionar sempre com a presena de todos os seus membros, sendo presidida sempre pelo ministro mais antigo (art. 68, RITST).H trs sees especializadas: uma Administrativa, uma de Dissdios Coletivos, e a de Dissdios Individuais, subdivida em Subseo I e Subseo II (SDI I e II).A Seo Administrativa composta de sete ministros, podendo funcionar com o quorum mnimo de cinco de seus membros. formada pelo Presidente e pelo Vice-Presidente do Tribunal, pelo Corregedor-Geral da Justia do Trabalho, pelos dois ministros mais antigos e por outros dois ministros eleitos pelo Tribunal Pleno. Realiza sesses ordinrias uma vez por ms.A Seo de Dissdios Coletivos se compe de nove ministros, com quorum de funcionamento de cinco. Sendo eles o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral do Tribunal, alm de outros seis ministros mais antigos do TribunalA Subseo de Dissdios Individuais I SDI I tambm se compe de nove ministros e funciona com pelo menos cinco presentes, so eles: o Presidente, o Vice-Presidente, o Corregedor-Geral, os presidentes das Turmas e mais outros dois ministros. E a Subseo de Dissdios Individuais II SDI II compe-se de onze ministros, necessitando de seis presenas para o seu funcionamento: o Presidente, o Vice-Presidente, o Corregedor-Geral e mais outros oito ministros.O Tribunal Pleno (extinto rgo Especial) formado pela totalidade dos membros do Tribunal, funcionando com pelo menos doze presenas. Rene-se em carter ordinrio uma vez por ms e, em Sesso Solene, para dar posse aos ministros eleitos para os cargos de Direo do Tribunal e aos ministros nomeados para o Tribunal e para outros fins especiais.Resumindo (art. 61, RITST):Art. 61. So rgos do Tribunal Superior do Trabalho:I - Tribunal Pleno;II - Seo Administrativa; III - Seo Especializada em Dissdios Coletivos;IV - Seo Especializada em Dissdios Individuais, dividida em duas subsees; eV - Turmas.Junto ao TST, funcionaro ainda os seguintes rgos: a Escola Nacional de Formao e Aperfeioamento de Magistrados do Trabalho e o Conselho Superior da Justia do Trabalho (art. 111-A, 2, CRFB/88).TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHOComposioCada Estado membro da Unio, bem como o Distrito Federal, dever ter pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho (art. 112, CRFB/88). Em So Paulo existem dois TRTs, um na Capital e outro em Campinas.Ainda no foram criados TRTs nos Estados de Tocantins, Acre, Roraima e Amap.Atualmente existem 24 TRTs (art. 674, CLT), vejamos os principais:1 Regio Rio de Janeiro 2 Regio So Paulo 3 Regio - Minas Gerais 4 Regio Rio Grande do Sul 5 Regio Bahia9 Regio Paran10 Regio Distrito Federal 15 Regio So Paulo (Campinas interior) Os TRTs so integrados por juzes nomeados pelo Presidente da Repblica, observada a proporcionalidade estabelecida no 2 do art. 111 da CRFB/88.Com a EC n. 24/99 tambm houve alterao na composio dos TRTs, sendo extinta a representao classista. Assim, os magistrados dos Tribunais Regionais do Trabalho passam a ser os juzes do trabalho, escolhidos por promoo, alternadamente, por antiguidade e merecimento; e os advogados e membros do Ministrio Pblico do Trabalho, obedecido o disposto no art. 94 da CF. FuncionamentoOs Tribunais Regionais do Trabalho compostos por no mnimo sete juzes funcionam apenas na plenitude de sua composio; os compostos por doze ou mais juzes funcionam em sua composio plena ou divididos em Turma. Cada Turma composta de cinco juzes.Os Tribunais compostos de Turmas so subdivididos, internamente, tambm em Sees. Uma das Sees ter competncia exclusiva para julgar dissdios coletivos, com a composio determinada no Regimento Interno do Tribunal.Os Tribunais Regionais, em sua composio plena, somente podero deliberar se presentes, no mnimo, a metade mais um de seus membros. Para o funcionamento da Turma devem estar presentes trs juzes. As Sees funcionam se presentes, no mnimo, a metade mais um dos juzes que as integram.O presidente do Tribunal Regional s ter voto de desempate. Nas questes administrativa, porm, votar normalmente, como qualquer outro juiz, e ter, ainda, voto de desempate.Conforme o art. 2. do RI do TRT DA 1. REGIO Compe-se de 54 Desembargadores Federais do Trabalho, sendo 1/5 de membros do MPT e advogados.ART. 60. do RI So rgos do TRT da 1. Reg.I Tribunal Pleno (TP)II rgo Especial (OE)III SEDICIV SEDIV TURMASVI PRESIDENCIAVII CORREGEDORIA REGIONALO OE composto por 16 membros. A SEDIC constituda pelo Presidente, Vice Presidente e mais 12 membros, a SEDI constituda por 18 membros e as turmas (10 turmas), constitudas por 5 desembargadores, podendo funcionar com a presena de 3 desembargadores. IVARAS DO TRABALHO E JUZES DE DIREITOAs Varas do Trabalho so rgos de primeiro grau da Justia do Trabalho aos quais compete o conhecimento inicial dos litgios de natureza trabalhista. Para se criar Vara do Trabalho, necessrio que esta tenha jurisdio sobre mais de 24.000 empregados ou que, nos ltimos trs anos, tenham sido ajuizadas, em mdia, duzentas e quarenta reclamaes por ano ou mais. Para criao de outra Vara, onde j existente, preciso que, no mesmo perodo, os processos trabalhistas tenham excedido de 1.500 por ano, em cada Vara do Trabalho.A Vara compe-se de um Juiz do Trabalho titular e um Juiz do Trabalho Substituto.Compete s Varas do Trabalho, em linhas gerais, conciliar e julgar os dissdios individuais.Em comarcas onde no exista Vara do Trabalho, a lei pode atribuir a funo jurisdicional trabalhista aos Juzos de Direito (art. 668, CLT). RGOS AUXILIARES Tanto os Tribunais, Superior e Regionais, como as Varas do Trabalho contam com os servios auxiliares de uma Secretaria composta de um quadro de funcionrios organizados em estrutura bastante complexa, no caso dos Tribunais.A esses rgos incumbe a guarda e a execuo das medidas destinadas a dar andamento aos processos, o fornecimento de informaes e de certides aos interessados, bem como a contagem das custas processuais, a realizao de penhoras e de todas as demais diligncias e providncias que lhes sejam determinadas pelos juzes.Comisses de conciliao prviaA criao da comisses de conciliao prvia (CCP) foi forma de tentar desafogar a Justia do Trabalho.A Lei n. 9.958/2000 acrescentou os arts. 625-A a 625-H CLT.CONSTITUIO DA CCP as CCP podem ser: (a) de empresa, quando constitudas na empresa, valendo para seus empregados; (b) de grupo de empresas, na qual a conciliao feita para todos os empregados pertencente ao grupo de empresas, mesmo que cada empresa tenha atividade distinta; (c) sindical, quando estabelecida por acordo coletivo entre o sindicato da categoria profissional e empresa ou empresas interessadas, valendo apenas no mbito da empresa ou empresas acordantes; (d) intersindical, quando criada pelo sindicato dos trabalhadores e pelo sindicato dos empregadores mediante conveno coletiva; (e) ncleos de conciliao intersindical, que podem ser criadas mediante negociao coletiva entre sindicatos pertencentes a categorias diversas, como metalrgicos, bancrios, vigilantes, etc.A CCP tem atribuio para tentar conciliar os conflitos individuais de trabalho. (art. 625-A).COMPOSIO (652-B) a composio ser paritria (625-A), isto , ter representantes de empregados e empregadores.Ser composta de no mnimo 2 e no mximo 10 membros. (652-B).Metade dos membros ser indicada pelo empregador e a outra metade eleita pelos empregados, em escrutnio secreto, fiscalizado pelo sindicato da categoria profissional (forma semelhante da CIPA).Os membros do empregador no precisam ser, necessariamente, empregados.Haver tantos suplentes quantos forem os representantes titulares.Mandato de 1 ano, permitida uma reconduo.Garantia provisria de emprego at 1 ano aps o fim do mandato.NORMAS DE CONSTITUIO E FUNCIONAMENTO devero ser definidas em CCT ou ACT, quando a CCP for instituda no mbito do sindicato.CONDIO DA AO determina o art. 625-D da CLT que qualquer demanda de natureza trabalhista ser submetida CCP, caso esta tenha sido criada. O 2 do mesmo dispositivo declara que o empregado dever juntar eventual reclamao trabalhista cpia da declarao fornecida pela comisso de tentativa de conciliao frustrada.Com isso vozes ergueram-se afirmando que tais exigncias estariam a macular o princpio da inafastabilidade da tutela jurisdicional, abergado no art. 5, XXXV da CRFB/88. Assim, duas correntes digladiam-se acerca do tema:1) TST-Sampa, Smula n. 2 - entende inconstitucional a exigibilidade em foco por ferir a garantia constitucional de acesso ao Judicirio. A Smula do TRT-2 (n. 2) fica em cima do muro, diz que no condio da ao, nem pressuposto consitucional, no atestando contudo sua inconstitucionalidade.2 co) afirma que a passagem pela CCP desponta como verdadeira condio para futura ao trabalhista. Assim, o art. 625-D da CLT no afronta a garantia constitucional de acesso do cidado ao Judicirio (art. 5, XXXV, CRFB/88). O exaurimento prvio da via conciliatria, constitui autntica condio da ao, como tal entendido o conjunto de requisitos que a ao deve atender para que o Estado-Juiz nela profira sentena de mrito. Trata-se, portanto, de uma condio da ao especfica. Assim como a negociao coletiva pressuposto especfico do dissdio coletivo, a tentativa prvia de conciliao, onde instituda CCP, requisito particular da ao trabalhista individual ou plrima. Tal condicionamento razovel, no afrontando a garantia da inafastabilidade do Judicirio.O preceito criado pelo art. 625-D no inconstitucional, pois as condies da ao devem ser estabelecidas em lei e no se est privando o empregado de ajuizar ao, desde que tente a conciliao.Ada Pelegrine Grinover, alias, menciona no ser inconstitucional a proposta que estabelecesse a tentativa obrigatria da conciliao prvia, que no iria contrariar o inciso XXXV do art. 5 da CRFB/88, pois o direito de ao no absoluto, sujeitando-se a condies (condies da ao), a serem estabelecidas pelo legislador. Assim, no haver interesse de agir da pessoa, postulando a tutela jurisdicional, se no for observado o caminho alternativo da conciliao prvia, que seria situao bastante razovel, no ficando mutilada a garantia constitucional do direito ao processo.Se o empregado no tentar a conciliao, o juiz ir extinguir o processo sem anlise de mrito (art. 264, VI, CPC), por no atender condio da ao estabelecida em lei.Atualmente entende-se que a passagem do empregado pela CCP uma faculdade do empregado, por deciso do STF.PROCEDIMENTOS a CCP ir analisar apenas postulao relativa relao de emprego. A demanda ser formulada por escrito, ou reduzida a termo, sendo entregue cpia datada e assinada pelo membro aos interessados (art. 625, 1).A pretenso pode ser feita pessoalmente (ius postulandi) ou atravs de advogado.No prosperando a conciliao, ser fornecido ao empregado e ao empregador declarao de tentativa frustrada de conciliao. (art. 625-D, 2).Em caso de motivo relevante que impossibilite a observncia do procedimento, ser a circunstncia declarada na petio inicial da ao trabalhista (3, 625-D).Caso exista na mesma localidade e para a mesma categoria, comisso de empresa e comisso sindical, o interessado optar por uma delas. (4, 625-D).A CCP tem prazo de 10 dias para a realizao da tentativa de conciliao, a partir da provocao do interessado (625-F). Esgotado tal lapso sem a realizao da sesso, ser fornecida, no ltimo dia do prazo, a declarao de tentativa frustrada .A juntada da declarao de tentativa frustrada de conciliao ser obrigatria para a propositura de eventual ao trabalhista.Aceita a conciliao ser lavrado termo assinado. Note-se que o empregado no obrigado a aceitar a conciliao, podendo da propor a ao que entender cabvel.O termo de conciliao ttulo executivo extrajudicial e ter eficcia liberatria geral, exceto quanto s parcelas expressamente ressalvadas. (625-E). O termo de conciliao, assim, poder ser executado diretamente pela Justia do Trabalho (art. 876, CLT).PRAZO PRESCRICIONAL o prazo prescricional ser suspenso a partir da provocao da CCP, recomeando a fluir, pelo que lhe restar, a partir da tentativa frustrada de conciliao ou do esgotamento do prazo de 10 dias para a realizao de tentativa de conciliao (art. 625-G).

COMPETNCIA DA JUSTIA DO TRABALHO

1. COMPETNCIA E JURISDIOA palavra jurisdio vem do latim iuris dictio, dizer o direito.J competncia mera diviso do trabalho jurisdicional, ou seja, o limite em que cada rgo jurisdicional pode legitimamente exercer essa funo estatal. Competncia a medida de jurisdio de cada rgo jurisdicional.

2. COMPETNCIA DA JUSTIA DO TRABALHODe incio, destaca-se que a EC n. 45, publicada no DO em 31.12.2004, promoveu significativa ampliao da competncia da Justia do Trabalho.

2.1 Competncia em Razo da Matria firmada pela natureza da relao jurdica material deduzida em juzo.Tem-se entendido que a determinao da competncia material da Justia do Trabalho fixada em decorrncia da causa de pedir e do pedido. Assim, se o autor na sua petio inicial aduz que a relao material regida pela CLT e formula pedidos de natureza trabalhista, s h um rgo do Poder Judicirio com competncia para processar e julgar tal demanda: a Justia do Trabalho.O prprio STF j assentou que a fixao da competncia material da Justia do Trabalho depende exatamente daquilo que o autor leva para o processo, isto , repousa na causa de pedir e no pedido deduzidos em juzo, mesmo se a deciso de mrito que vier a ser prolatada envolver a aplicao de normas de direito civil.A incompetncia em razo da matria de natureza absoluta. Deve ser declarada de ofcio pelo juiz, independente de provocao das partes. Mas cabe ao ru aleg-la antes de discutir o mrito (art. 301, II, CPC), sob pena de arcar com as custas do retardamento (art. 267, 3, CPC).

2.1.1 Competncia Material OriginalAqui que operou-se a maior alterao em relao a ampliao da competncia da JT. Isto porque a redao do antigo art. 114 da CF atribua competncia Justia do Trabalho apenas para julgar as controvrsias oriundas da relao de emprego. Com a nova redao do dispositivo em comento, fica clara a ampliao da competncia material trabalhista para processar e julgar tambm as lides emergentes da relao de trabalho[footnoteRef:2][2]. [2: ]

Assim, havendo relao de trabalho, seja de emprego ou no, os seus contornos sero apreciados pelo juiz do trabalho. Para esses casos, evidentemente, aplicar a Constituio e a Legislao Civil Comum, considerando que as normas da CLT regulamentam o pacto entre o empregado e o empregador. Como conseqncia, a Justia do Trabalho passa a ser o segmento do Poder Judicirio responsvel pela anlise de todos os conflitos decorrentes da relao trabalho em sentido amplo, exceo dos funcionrios pblicos estatutrios e dos ocupantes de cargos em comisso na Administrao Pblica Direta.Impende ressaltar que a ampliao da competncia da Justia do trabalho no significa que os direitos sociais trabalhistas previstos na CF e na CLT tenham sido estendidos aos demais trabalhadores no-empregados. Vale dizer, a tutela conferida pela EC 45/2004 aos trabalhadores no-empregados foi de carter apenas processual e procedimental.

A EC n. 45/04 acrescentou competncia da JT para julgar:- Relao de trabalho (eventual, avulso, autnomo, etc).- Ao que envolvam greve- Sobre representao sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e empregados, entre sindicatos e empregadores.- MS, HC, HD.- Conflitos de competncia- Dano moral ou patrimonial decorrente da relao de trabalho- Penalidades administrativas impostas aos empregadores.- Execuo das contribuies previdencirias- Outras controvrsias

OBS.: OS SERVIDORES PBLICOS ESTATUTRIOS - Uma observao deve ser feita em relao competncia da Justia do Trabalho para julgar as aes promovidas por servidores pblicos estatutrios, concluso esta possvel de se chegar pela simples leitura do inciso I do art. 114 da CRFB/88.

Cumpre registrar que o Presidente do STF (Min. Nelson Jobim) concedeu liminar na ADI n. 3.395, proposta pela AJUFE Associao dos Juzes Federeis, nos seguintes termos:... no h que se entender que a justia trabalhista, a partir do texto promulgado, possa analisar questes relativas aos servidores pblicos.Essas demandas vinculadas a questes funcionais a eles pertinentes, regidos que so pela Lei 8.112/90 e pelo direito administrativo so diversas dos contratos de trabalho regidos pela CLT.

2.1.2 Competncia Material Derivadaoutras controvrsias decorrentes da relao de trabalho, na forma da lei (art. 114, IX, CF).2. requisitos da competncia material derivada:a) lei prevendo expressamente essa competnciaii) lide decorrente da relao de trabalhoAssim se houver lei dispondo expressamente que a competncia da Justia Comum, ento somente outra lei, posterior, poder atribu-la Justia do Trabalho.Isto porque, h algumas relaes de trabalho previstas em leis especiais que dispem expressamente que a competncia para aes delas oriundas da Justia Comum. Em tais casos, a Justia do Trabalho s passar a ser competente se, e somente se, sobrevier lei dispondo expressamente em tal sentido. o que se d, por exemplo, com a relao de trabalho de representao comercial (art. 39, Lei 4886/65).

APNDICE ALGUMAS NOVAS SITUAES PROPORCIONADAS PELA EC 45A) RELAO DE TRABALHO AVULSO art. 643 e 3, CLT. Convm advertir que, antes da EC 45/2004, muito embora a CRFB tenha conferido tratamento isonmico entre o trabalhador avulso e o empregado contratado por tempo indeterminado, os conflitos entre o trabalhador avulso e seu sindicato estavam excludos da competncia da Justia do Trabalho, sendo atribudos Justia Comum.Por fora do inciso III do art. 114, a Justia do Trabalho tambm passou a ser competente tambm para processar e julgar as aes propostas pelo trabalhador avulso em face do sindicato da correspondente categoria profissional

B) RELAO DE TRABALHO EVENTUAL o trabalho eventual, e bom que se diga de incio, no tutelado pelo direito material do trabalho, pois o art. 3 da CLT exige a no-eventualidade (ou habitualidade) como uma das caractersticas para a configurao da relao de emprego.Pela antiga redao do art. 114 os trabalhadores eventuais estavam excludos da competncia desta Justia Especilizada, visto que, sua letra, remetia o interprete somente s relaes de emprego.Agora, por fora do novel inciso I do multicitado dispositivo constitucional, se o autor alegar que era trabalhador eventual e pede indenizao pelos servios prestados ao respectivo tomador, a competncia para julgar tal demanda da Justia do Trabalho.C) RELAO DE TRABALHO AUTNOMO so espcies de relao de trabalho autnomo: a empreitada, a prestao de servios, o mandato, etc. So relaes, adverte-se, reguladas pela legislao comum, no se lhes aplicando as normas materiais da CLT.A nova redao do inc. I do art. 114 atraiu para competncia da Justia do Trabalho esse tipo de relao de trabalho.E) GREVE o instituto da greve inerente relao de emprego. A greve dos servidores estatutrio refoge competncia da JT.F) CONTRIBUIO CONFEDERATIVA E ASSISTENCIAL a JT competente para processar e julgar ao anulatria proposta pelo MPT que verse sobre a declarao de ilegalidade de CCT ou ACT que contenha contribuio confederativa ou taxa de assistncia sindical.G) CONTRIBUIO SINDICAL art. 578, CLT. Antes da EC 45 a discusso sobre contribuio sindical era da justia comum (S. 222, STJ). A EC 45 trouxe a competncia para a seara trabalhista.H) REPRESENTAO SINDICAL aes que discutam a representao sindical passam a ser tambm da JT.I) MS, HC E HD todos da competncia da JTJ) CONFLITOS DE COMPETNCIA L) DANO MORAL E PATRIMONIAL o novo dispositivo constitucional faz agora constar em letra legal o antigo entendimento jurisprudencial.

2.1.3 Competncia Material Executria

Entendo que a EC n. 45/04 suprimiu a parte que falava na competncia para executar suas prprias sentenas por absoluta desnecessidade.Quanto execuo das contribuies previdencirias, nada de novo.

2.2 Competncia em Razo do Lugar (Foro) determinada com base na circunscrio geogrfica sobre a qual atua o rgo jurisdicional.a) Local da prestao do servio (art. 651, CLT)Regra geral, a competncia das Varas do Trabalho determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, presta servios ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.RT deve ser ajuizada no ltimo local e que o empregado prestou servios ao empregador.Obs.: empdo que trabalhou em diversos estabelecimentos em locais diferentes > competncia do ltimo local da prestao.A inteno do legislador foi ampliar ao mximo o acesso do trabalhador ao judicirio, facilitando a produo de prova, geralmente testemunhal, sendo certo que o critrio escolhido foi o do local onde o contrato esteja sendo de fato executado, pouco importando o local de sua celebraob) Empregado agente ou viajante comercial exceoArt. 651, 1, CLTA competncia territorial para processar e julgar ao trabalhista em que figure, como autor ou ru, empregado agente ou viajante comercial observar duas regras sucessivas:1 regra - ser competente a vara da localidade em que a empresa tenha agncia ou filial e a esta o empregado esteja subordinado;2 regra se no existirem agncia ou filial, ser competente a vara da localizao em que o empregado tenha domiclio ou a vara da localidade mais prxima de seu domiclio.c) Empregado brasileiro que trabalhe no estrangeiro outra exceoLex loci executionis S. 207, TSTA competncia da VT mantida em funo do local da prestao do servio quando for parte na reclamao trabalhista empregado brasileiro e desde que no haja tratado internacional ratificado pelo Brasil em sentido contrriod) Empresa promova atividade fora do lugar da celebrao do contratoArt. 651, 3, CLTEm se tratando de empregador que promova realizao de atividades fora do lugar do contrato de trabalho assegurado ao empregado apresentar ao no foro da celebrao do contrato ou no da prestao dos respectivos servios.

2.3 Competncia em razo da Pessoa: fixada em virtude da qualidade da parte que figura na relao jurdica.- Art. 70. da CF, Sindicatos, INSS quando promove execuo das contribuies previdencirias, MPT (greve), avulso, eventual, autnomo, empreiteiro, artfece e operrio(art. 455 da CLT), domstico, temporrio, os entes de direito pblico externo, servidores de cartrio extrajudicial (art. 236 CF), empregado pblico (regido pela CLT).2.4 Competncia Normativa: (PODER NORMATIVO)A Justia do Trabalho o nico ramo do Poder Judicirio que possui competncia material para criar normas gerais e abstratas destinadas categorias profissionais ou econmicas respeitadas as disposies legais e convencionais mnimas de proteo ao trabalho. (Previso art. 144 pargrafo 20. da CF), que exercido por meio da sentena normativa proferida nos dissdios coletivos. O processamento do dissdio coletivo regulado nos pargrafos 10. e 20. do art. 114 da Constituio Federal)

2.5 Competncia Absoluta e Competncia RelativaCompetncia absoluta (em razo da matria, da pessoa e da funo) > no pode ser prorrogada, deve ser decretada ex oficio. Competncia relativa > em razo do territrio. Pode ser prorrogada.

ATOS, TEMOS E PRAZOS PROCESSUAIS Atos Processuais: So todos os atos realizados pelas partes e demais pessoas interessadas no processo. Visam buscar um pronunciamento jurisdicional. So acontecimentos voluntrios, dependem da vontade humana, que produzem efeitos jurdicos.Assim temos: Atos das partesRecte ______________Prope a RTRecdo______________Apresenta a defesaJuiz(ART. 162 CPC) sentena deciso interlocutria despachos

Atos Intermedirios: Distribuidor art. 713 da CLC c/c 93,IX da CF Secretaria art. 710 da CLT Oficiais de Justia art. 721 da CLT Dos Juzes de Direito - art. 716 da CLT c/c 112 da CF NOVIDADES: 1 Ato Processual por Fac-smile: A Lei 9.800/99 permite a transmisso de dados e imagens por fac-simile nos atos processuais que dependem de petio escrita. Os originais devero ser protocolados at cinco dias do prazo para prtica do respectivo ato. Inexistindo prazo legal ou judicial,os originais devem ser entregues em cinco dias contados da recepo dos dados. Ver S. 387 do TST.2 Ato Processual por E-MAIL (Correio eletrnico): A Instruo Normativa 28/2005 do TST, faculta as partes, advogados e peritos a utilizao do correio eletrnico para prtica de atos processuais.E-DOC protocolo eletrnico disponveis nas pginas da internet do TRT e do TST. Uma das vantagens que dispensa a apresentao dos originais nos protocolos do TRT e TST posteriormente, das peties transmitidas por e-mail.Para acessar o e-doc indispensvel: a) cadastramento prvio; b) utilizao de identidade digital adquirida em qualquer autoridade certificadora credenciada pela IPC Brasil (Infra Estrutura de chaves pblicas Brasileiras).Para encerrar convm mencionar que a Lei 11.280/06 que acrescentou o pargrafo nico ao artigo 154 do CPC, dispondo que os Tribunais podero disciplinar a prtica e comunicao oficial dos atos processuais por meio eletrnico.Tendo em vista que a IN 28/05 do Tribunal Pleno do TST j dispe sobre a matria no mbito da Justia do Trabalho o art. 154 pargrafo nico do CPC s refora a legalidade da Instruo Normativa. Termos processuaisTermo, a rigor, a reduo escrita do ato. a reproduo grfica do ato.Prazos processuaisO prazo processual corresponde ao lapso de tempo para prtica ou abstinncia do ato processual. o perodo em que o ato processual deve ser praticado.Contagem dos prazos assunto que requer especial ateno em razo de algumas particularidades.O tema regulado, basicamente, nos arts. 774 e 775 da CLT, aplicando-se as regras supletivas do arts. 177 e seguintes do CPC, quando isto no implicar incompatibilidade com os princpios do processo do trabalho (art. 769, CLT).Os prazos processuais so contnuos e irrelevveis, correndo ininterruptamente. Podendo, todavia, ser prorrogados por tempo estritamente necessrio pelo juiz, ou em decorrncia de fora maior, desde que comprovada (art. 775, CLT).Contam-se com excluso do dia do comeo e incluso do dia do vencimento.Segundo o artigo 774 da CLT a NOTIFICAO[footnoteRef:3][3] PODE SER FEITA: a) por postagem, por meio do correio, que a mais usual; b) pessoalmente, por intermdio do oficial de justia; c) por publicao do edital no Dirio Oficial ou rgo equivalente; d) por afixao do edital na sede da Vara do Trabalho. [3: ]

Quantos as partes estiverem representadas por advogados, as notificaes sero remetidas aos endereos declinados pelos causdicos nos autos do processo.Na comunicao pelo correio, pode surgir dvida acerca da data em que essa comunicao foi realmente entregue. O do art. 774 da CLT determina que se o destinatrio no for encontrado ou se recusar a receber a notificao, o servidor ficar obrigado a devolver em 48 horas a notificao ao Tribunal de origem, sob pena de responsabilidade. Essa determinao deu origem ao S. 16 do TST, que prev a presuno (iuris tantum) de que a parte recebe a notificao em 48 horas, aps expedida.H que distinguir dois momentos de fruio dos prazos processuais:INCIO DO PRAZO dies a quo, ocorre no momento em que o interessado toma cincia do ato processual a ser praticado.INCIO DA CONTAGEM um segundo momento. O incio da contagem do prazo ocorre no dia seguinte ao do incio do prazo.Os prazos que se vencerem em Sbado, Domingo e feriado terminaro no primeiro dia til seguinte (art. 775, CLT).Em caso de INTIMAO DA SEXTA-FEIRA, o prazo judicial comear a correr na segunda-feira imediata, salvo se no houver expediente, caso em que comear a correr no primeiro dia til que se seguir (S. 1, TST e S. 310, STF).NOTIFICAO OU INTIMAO NO SBADO (S. 262, TST) o incio do prazo dar-se- no primeiro dia til imediato e a contagem no subseqente. O prazo comea a correr na tera-feira, portanto.

3.3 Suspenso e interrupo dos prazosA CLT no regula a matria, logo utiliza-se a aplicao subsidiria do CPC, com as devidas adaptaes.REGRA GERAL que o prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, contnuo, no se interrompendo nos feriados (Art. 178, CPC).Suspende-se ainda o curso do prazo por OBSTCULO criado pela parte (art. 180, CPC) ou ocorrendo qualquer das hipteses do art. 265, I e III do CPC. Nestes casos, o juiz restituir o prazo por tempo igual ao que faltava.

4 Comunicao dos atos processuaisO legislador ordinrio trabalhista utilizou a expresso intimao para designar toda e qualquer tipo de comunicao de ato nesta seara especializada. Ou seja, a CLT usa indistintamente o termo notificao, tanto no condizente citao, como para intimao e mesmo para a prpria notificao, como se estes termos fossem sinnimos.Todavia, h que se distinguir e conceituar citao, intimao e notificao.Citao o ato pelo qual se chama a juzo o ru ou interessado a fim de se defender (art. 213, CPC). A intimao o ato pelo qual se d cincia a algum dos atos e termos do processo, para que faa ou deixe de fazer algo (art. 234, CPC). Notificao, por sua vez, um ato em que d conhecimento a uma pessoa de alguma coisa ou fato, podendo ser judicial ou extrajudicial.

ALGUNS DETALHESNo processo do trabalho, no h necessidade da parte requerer a citao do ex adverso na petio inicial, esta feita automaticamente pela Secretaria da Vara (art. 841, CLT).Regra geral, no processo do trabalho, as citaes e intimaes so feitas pelo correio, onde sero presumidamente recebidas pela parte em 48 horas (S. 16, TST).A notificao (citao) considerada realizada com a simples entrega do registro postal no endereo da parte. Assim, ser considerada vlida a notificao desde que entregue no endereo correto do notificado, sem a devoluo pelo correio, independentemente da pessoa que receber.No processo do trabalho, s se determina a citao por Oficial de Justia na fase de execuo (art. 880, CLT).

cabvel a citao por edital se o reclamado criar embaraos ao recebimento da notificao ou no for encontrado (art. 841, 1, CLT).No existe, no processo do trabalho, citao por hora certa. Da citao postal passa-se diretamente para a citao por edital.No procedimento sumarssimo no ser admitida a citao por edital (art. 852-B, II, CLT). Neste procedimento, a citao s poder ser feita pelo correio ou por oficial de justia.4.1 Comunicao processual por cartaV. arts. 200 e 212, CPC. feita quando a pessoa que deve ser comunicada encontra-se em local fora da jurisdio territorial da Vara ou quando deva ser praticado ato tambm fora dessa jurisdio.Tipos:Carta de ordem a dirigida por um tribunal a um rgo judicirio a ele subordinado hierarquicamente.Carta precatria a dirigida por um juzo brasileiro a outro juzo, tambm nacional, quando entre eles no houver hierarquia.Carta rogatria a enviada por juzo brasileiro a juzo estrangeiro.Requisitos essenciais das cartas art. 202, CPC

- PARTES1 CONCEITO DE PARTES

As partes no processo so, de um lado, a pessoa que postula a prestao jurisdicional do Estado, e, de outro lado, a pessoa em relao qual tal providncia pedida (CHBL).Aquele que pleiteia e aquele em face de quem se pleiteia a tutela jurisdicionalOBS.: no processo do trabalho autor reclamante e ru reclamado. Nos dissdios coletivos temos o suscitante (geralmente o sindicato da categoria profissional) e suscitado (sindicato patronal ou empresa). No inqurito para apurao de falta grave, o autor (empregador) chamado de requerente e o ru (empregado) e o requerido.

2 LITISCONSRCIO (Reclamatria Plrima)Quando figuram na relao apenas autor (Reclamante) e ru (reclamado), diz-se que as partes so singulares. possvel, no entanto, que haja pluralidade de pessoas no plo ativo ou no plo passivo da relao processual, ou em ambos.Nessas situaes ocorre o fenmeno do litisconsrcio, que a cumulao de lides que se ligam no plano subjetivo.No processo do trabalho, h disposio legal expressa no art. 842 da CLT admitindo a cumulao de lides no plano subjetivo. Esse dispositivo, embora no faa referncia expressa ao litisconsrcio passivo, entendemos aplicvel as regras do CPC.Obs.: no processo do trabalho o litisconsrcio ativo de trabalhadores chama-se dissdio individual plrimo ou reclamatria plrima3 CAPACIDADE PARA SER PARTE E CAPACIDADE PROCESSUAL3.1 - Capacidade de Ser ParteTodo ser humano tem capacidade para ser parte em juzo, seja para propor ao, seja para defender-se. Trata-se, pois, de um direito universalmente aceito.Alm das pessoas naturais, os ordenamentos jurdicos reconhecem s pessoas jurdicas a capacidade para ser parte, uma vez que tambm podem ser titulares de direitos e obrigaes.Outros entes abstratos (massa falida, esplio,...), tambm tm capacidade de estar em juzo.3.2 - Capacidade de Estar em Juzo ou Capacidade processualA capacidade processual outorgada pelo direito positivo s pessoas que possuem capacidade civil (7, CPC). No dir. do trabalho a capacidade civil plena dos empregados d-se aos 18 anos.Isso quer dizer que aos 18 anos o empregado pode demandar e ser demandado na Justia do Trabalho.OBS.: analisar o art. 5, do NCC -> menor emancipado pode postular diretamente em juzo? Isto porque, de acordo com este dispositivo, o empregado com menos de 18 anos poder ser emancipado: pela concesso dos pais, (...) pela existncia de relao de emprego, desde que, neste ltimo caso, o menor com 16 anos completos tenha economia prpria. Importante relembrar que a capacidade trabalhista plena adquirida somente aos 18 anos (regra protetiva), logo, ao menor de 18, em todo caso, recomenda-se a assistncia ou a representao, conforme a hiptese.4 JUS POSTULANDIJus postulandi, nada mais do que a capacidade de postular em juzoObs.: no processo do trabalho a parte pode postular diretamente sem advogado???1 co) parte da doutrina afirma que a CR 88 tornou o advogado essencial administrao da justia, portanto o art. 791 no teria sido recepcionado pela CR 88. Alm disso o art. 1, I, da lei 8906/94 (estatuto da advocacia) afirmou que so atividades privativas da advocacia a postulao a qualquer rgo do poder judicirio e aos juizados especiais.2 co TST STF) o TST vinha entendendo que as partes possuem jus postulandi na justia do trabalho. Alm disso, o STF em deciso em ADIN de 1994 assentou que a capacidade postulatria no obrigatria na justia do trabalho.OBSERVAR O CONTIDO NA SMULA 425 DO TST.

3. REPRESENTAO E ASSISTNCIARepresentao, pode ser legal ou convencional3.1. Representao da Pessoas FsicasOs que no tm capacidade processual, ou seja, os incapazes, sero representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil (art. 8, CPC)

O sindicato pode representar os empregados[footnoteRef:4][4] [4: ]

Obs.: empdo que no comparece audincia por motivo de doena ou qualquer outro motivo ponderoso poder fazer-se representar por outro empdo que pertena a mesma profisso ou pelo seu sindicato (843, 2, CLT). No se trata tecnicamente de representao, mas de poder deferido ao sindicato ou ao empregado.3.2. Representao das Pessoas Jurdicas e Outros Entes sem PersonalidadeVer art. 843 da CLT. Verifica-se que o processo do trabalho exige a presena pessoal das partes na audincia.Todavia, o 1 faculta ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou por qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declaraes obrigaro o preponente.OBS.: o preposto deve ser empregado ou pode ser qualquer pessoa???majoritria TST) o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado, salvo quando tratar-se de ao ajuizada por trabalhador domstico (S. 377 DO TST). Assim, o preposto um representante do empregador, cuja misso especfica substituir o empregador na audincia e nela prestar declaraes que o vincularo.

OBS.: representao de universalidade de pessoas ou de bens:- massa falida > sndico- herana jacente > curador- esplio > inventariante- massa de bens (insolvncia civil) > administrador- condomnio > sndicoOBS: empregador domstico > pode ser a famlia. Assim, a representao pode ser feita tanto pelo marido, pela esposa, ou, ainda, por qualquer outra pessoa da famlia, como os filhos maiores.3.4. Representao por ProcuradoresRepresentao por advogado facultativa na seara laboral jus postulandi.Caso a parte opte por ser representada por advogado, dever estar munido de procurao.OBS.: advogado pode propor ao mesmo sem procurao a fim de evitar decadncia ou prescrio ou para a prtica de atos urgentes (o instrumento deve ser apresentado em 15 dias) art. 37, CPC3.4.1 Mandato Tcito ou Apud ActaMandato tcito > conjunto de atos praticados pelo advogado em nome da partes ou da sua simples presena em audincia.Procurao apud acta > simples presena do advogado na audincia em nome da parte, desde que isso seja solenemente registrado na ata correspondente.3.4.2 Assistncia judiciriaA assistncia judiciria envolve a defesa gratuita por advogado do Estado ou pelo sindicato pessoa necessitada.O empregado que apresentar declarao de pobreza receber nos termos do art. 14 e seguintes da Lei n. 5584/70, receber assistncia judiciria gratuita de seu sindicato.O Juiz ou o Tribunal de oficio pode conceder o benefcio da justia gratuita na forma do artigo 790,3 da CLT.

PROCEDIMENTO ESPECIAL TRABALHISTA1 Procedimento sumarssimoA inspirao do procedimento sumarssimo na justia do trabalho foi a Lei 9099/95 (lei dos juizados especiais). Seu objetivo foi proporcionar economia, celeridade e eficcia da prestao jurisdicional no processo do trabalho nos conflitos de pequena monta. de se dizer que no procedimento sumarssimo as causas no so de menor complexidade (admitindo-se inclusive a percia), o valor de suas causas que reduzido.Sua base legal est no art. 852/A a 852-I da CLT; 895, 1 e 2 da CLT; art. 895, 6 da CLT; art. 897-A, tambm da CLT.O procedimento sumarssimo cabvel nos dissdios individuais at 40 salrios-mnimos[footnoteRef:5][5]. No sendo cabvel nas aes coletivas. [5: ]

Excluem-se do procedimento sumarssimo a Administrao Pblica direta, autrquica e fundacional (art. 852-A, pargrafo nico). Logo, sujeitam-se ao procedimento sumarssimo as empresas pblicas e as sociedade de economia mista.1.1 Petio inicialO pedido deve ser certo e determinado (art. 852-B, I, CLT), em que pese o texto da lei usar a expresso ou.Pedido certo aquele que vem expresso, claro, no deixando dvida do que se pretende. Ex. pagamento de horas extras.Pedido determinado aquele que tem limites estabelecidos, que est perfeitamente caracterizado. Ex.: pedido de 2 horas extras por dia, de Segunda a Quinta, de setembro a novembro.A inobservncia desse requisito importar no arquivamento da reclamao (extino do processo sem julgamento do mrito) art. 852-B, 1, CLT. Todavia, h quem entenda que deve ser concedido prazo (10 dias) para que o autor emende a inicial.OBS.: o pedido genrico excepcionalmente possvel quando o mesmo no puder ser determinado desde logo. Ex.: pedido de equiparao 1.2 - CitaoO Reclamante deve indicar corretamente o nome e o endereo do reclamado.No haver citao por edital.Diante da inobservncia desse requisito, os juzes tm determinado a converso para o rito ordinrio e promovendo a citao por edital.1.3 - ProcedimentoA citao ser pelo correio ou oficial de justia, no cabendo a citao por edital (art. 852-B, II, CLT).As mudanas de endereo das partes devem ser imediatamente comunicadas ao juiz, pena de considerar vlidas as intimaes feitas (art. 852-B, 2, CLT).A apreciao da reclamao deve ser efetivada em at 15 dias (art. 852-B, III, CLT), podendo inclusive constar de pauta especial. o que de fato ocorre, s que o prazo de 15 dias normalmente no observado, devido ao enorme movimento das varas.1.4 - AudinciaDeve ser una (art. 852-C), podendo ser presidida pelo juiz titular ou substituto.A conciliao no obrigatria nos mesmos moldes do procedimento ordinrio. O art. 852-E dispe que o juiz esclarecer as partes sobre as vantagens da conciliao tentando persuadi-las para alcan-la.A ata de audincia ser resumida (art. 852-F).Os incidentes (ex.: litispendncia, coisa julgada, conexo, etc) e excees sero decididas de plano pelo juiz (art. 852-G). As demais questes sero decididas na sentena.1.5 Sistema probatrioO juiz tem liberdade para dirigir o processo.O nus probatrio ser distribudo pelo juiz de acordo com a experincia comum ou tcnica (art. 852-D). O que j era assegurado pelo art. 765, CLT.Todas as provas sero produzidas em audincia, ainda que no previamente requeridas (art. 852-H).Haver no mximo 2 testemunhas (art. 852-H, 2), que comparecero independentemente de intimao. A conduo coercitiva da testemunha ser possvel quando, intimada, no comparece (art. 852-H, 3) possvel a prova pericial quando a prova do fato exigir (ex.: insalubridade e periculosidade). No h indicao de assistente tcnico.1.6 SentenaO juiz deve resumir os fatos relevantes, sendo dispensado o relatrio.O juiz adotar a deciso mais justa e eqnime.A intimao da sentena ser na prpria audincia.1.7 Sistema recursalTem que fazer o depsito recursal e deve obedecer aos pressupostos extrnsecos e intrnsecos dos recursos.A) Recurso ordinrio art. 895, 1 e 2, CLT prazo de 8 dias. Sero imediatamente distribudos. O relator dever liber-lo no prazo mximo de 10 dias e ser imediatamente colocado em pauta. O MPT dar parecer oral se entender necessrio. O acrdo consistir em certido de julgamento com resumo do processo e das razes de decidir. Se a sentena for confirmada, servir de acrdo.B) Recurso de revista art. 896, 6 - possvel quando a deciso contrariar enunciado do TST ou violar diretamente a CRFB/88. Prazo 8 dias.C) Embargos declaratrio art. 897-A, CLT prazo de 5 dias. cabvel inclusive com efeitos modificativos, neste caso, o juiz deve abrir vista para contra-razes (OJ. 142, SDI-1, TST).

I PETIO INICIAL (FORMA DA RT)1 - GeneralidadesA prestao jurisdicional depende de provocao do interessado princpio da inrcial, mas o processo se desenvolve por impulso oficial. O processo nasce por iniciativa da parte, atravs da ao, mas se desenvolve por impulso oficial.A petio inicial a pea inaugural do processo, sendo tambm chamada de pea exordial, pea vestibular, pea de ingresso, etc. Na justia do trabalho a petio inicial chamada de RECLAMAO TRABALHISTA.A reclamao trabalhista poder ser proposta pelos (i) empregados e empregadores pessoalmente (jus postulandi), (ii) pelos sindicatos, (iii) pelo MPT. (v. art. 839, CLT)A petio inicial da ao trabalhista nos dissdios individuais pode ser verbal ou escrita (art. 841, CLT).Nas localidades em que houver apenas uma Vara do Trabalho (ou Juzo de Direito se inexistir Vara Trabalhista), a petio ser protocolada diretamente na Secretaria da Vara (art. 837, CLT). Onde houver mais de uma Vara, a Reclamao ser sujeita a distribuio (art. 838 c/c 783 e 788, CLT). A distribuio ser feita na ordem rigorosa de apresentao ao distribuidor (art. 783, CLT). As reclamaes sero registradas em livro prprio (art. 784, CLT). O distribuidor fornecer ao interessado recibo (art. 785, CLT).Se a petio inicial for verbal (jus postulandi), dever ser reduzida a termo pelo rgo auxiliar onde foi apresentada, contendo duas vias datadas e assinadas pelo escrivo ou chefe de secretaria, adotando-se, aps os procedimentos das reclamaes escritas. Distribuda a reclamao verbal, o reclamado dever, salvo motivo de fora maior, apresentar-se, no prazo de 05 dias, ao cartrio ou secretaria, para reduzi-la a termo, sob pena de no poder ajuizar outra ao por perodo de seis meses[footnoteRef:6][6] (786, , CLT). Um detalhe que a petio verbal dever ser distribuda antes de sua reduo a termo. [6: ]

A petio inicial do dissdio coletivo (art. 856, CLT) e do inqurito para apurao de falta grave deve ser necessariamente escrita (art. 853, CLT). As iniciais das aes especiais cabveis no processo do trabalho, como mandado de segurana, ao civil pblica, ao civil coletiva, ao rescisria, tambm devem ser escritas.2 Requisitos da petio incialOs requisitos da petio inicial trabalhista esto previstos no art. 840 da CLT, razo pela qual se mostram, em princpio, inaplicveis as regras subsidirias do CPC.Importante relembrar, que o processo do trabalho regido pelo princpio da simplicidade, razo pela qual o prprio texto consolidado no exige alguns requisitos previstos no CPC, tais como: os fundamentos jurdicos do pedido, as especificaes do pedido, o valor da causa, as provas e o requerimento de citao do ru. No obstante, a doutrina e a jurisprudncia trabalhista vm exigindo, em alguns casos, alguns dos requisitos tpicos da petio inicial do processo civil.2.1 Designao da autoridade judiciria a quem for dirigidaEx.: Excelentssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da ..... Vara do Trabalho do Rio de Janeiro Capital.Deixa-se o espao em branco em virtude da distribuio, pois somente aps esta que se saber a Vara competente.1.1 Qualificao das partesA petio inicial deve conter o nome completo do autor e do ru (pessoa fsica), sua nacionalidade, estado civil, profisso e endereo completo (de preferncia com CEP para agilizar a notificao). Recomenda-se a indicao do CPF e da CTPS.Quanto s pessoas jurdicas, deve-se colocar o nome ou razo social, a personalidade jurdica de direito pblico ou privado, o CNPJ e o endereo completo. No necessrio indicar o nome dos scios. 1.2 Breve exposio dos fatosO 1 do art. 840 da CLT fala em breve exposio dos fatos, o que significa que na petio inicial trabalhista deveria haver apenas a narrao dos fatos, ou seja, no se exige a indicao do fundamento jurdico do pedido, bastando que se narre os fatos para que o juiz faa o enquadramento jurdicos dos mesmos.Antes de mais nada, de bom tom relembrar que fundamentos de fato correspondem causa de pedir prxima ou imediata, vale dizer, so os fatos que do origem ameaa ou leso ao direito material da parte. Geralmente, a causa de pedir prxima diz respeito ao descumprimento das normas contratuais e legais que guarnecem o contrato de trabalho. Assim, o autor deve apontar as datas de admisso e dispensa, a funo que exercia, o salrio, a jornada de trabalho, etc.J os fundamentos jurdicos do pedido so os que compem a causa de pedir remota ou mediata. O autor deve indicar o porqu do seu pedido. Assim, o autor que pede aviso prvio, dever indicar na petio inicial que a dispensa se deu sem justa causa. Se pede horas extras, dever indicar, como causa de pedir, que cumpria jornada alm do limite mximo permitido.H controvrsia doutrinria e jurisprudencial a cerca do requisito da petio inicial em tela.Para uns, no h necessidade de indicao dos fundamentos jurdicos do pedido, mesmo porque o processo laboral admite o jus postulandi pelas prprias partes. Outros entendem que o requisito em tela corresponde ao fundamento jurdico do pedido.CHBL entende que ainda que no exijam os rigorismos do CPC, preciso ao menos que haja alguns elementos que tornem possvel o exerccio das garantias constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa.SPM afirma que em certos casos no basta apenas a narrao dos fatos, mas a causa de pedir e a fundamentao jurdica do pedido, especialmente quando a matria de direito.Wagner Giglio atesta que a orientao geral, de ordem prtica reduzir os fatos narrados na petio inicial queles essenciais constituio dos direitos pleiteados.

Alis, de se dizer que a indicao do fundamento jurdico do pedido, alm de propiciar a ampla defesa, de suma importncia para a verificao da litispendncia, da coisa julgada, da continncia, etc.1.3 PedidoO pedido o objeto da ao, um resumo do que o autor pretende receber. Em linguagem processual o pedido sinnimo de mrito, o bem da vida deduzido em juzo.A petio inicial tem um silogismo, um encadeamento, onde a premissa maior representada pelos fatos, em seguida temos os fundamentos de direito, depois, como concluso, o pedido.1.4 - A Data2.6 - A Assinatura do Subscritor requisito essencial no direito do trabalho. A petio inicial apcrifa tida como inexistente no processo do trabalho.Juiz, verificando a ausncia de assinatura, deve determinar a intimao da parte para que corrija a inicial, no prazo determinado.2.7 - Outros Requisitos de Aplicao Duvidosa no Processo do Trabalhoa) Especificao das provas: desnecessria a aplicao supletria do CPC. As provas so geralmente produzidas em audincia (art. 845, CLT). Tem sido admitido o protesto por todos os meios de prova admitidos em direito.b) Requerimento para citao do ru: desnecessrio no processo trabalhista. A citao feita pelo Diretor de Secretaria (art. 841, CLT). Citao automtica, independentemente de requerimento.c) Valor da causa: h ciznia doutrinria e jurisprudencial: 1co) Srgio Pinto, Amador Paes de Almeida, Valentin Carrion dizem que mesmo inexistindo previso da CLT sobre o valor da causa fundamental sua indicao na petio inicial, para que (i) se saiba quanto o autor pretende receber, proporcionando a defesa e at mesmo facilitando a conciliao; alm disso, entendem ser (ii) requisito essencial, pois serviria para estabelecer o tipo de procedimento a ser adotado e, consequentemente, possibilitar a interposio de recursos. Segundo essa corrente, para se atribuir valor causa mister socorrer-se das determinaes do CPC (art. 259, CPC). Segundo essa corrente doutrinria, caso no indicado o valor da causa, o juiz conceder prazo para que se emende a inicial (10 dias), pena de extino do processo sem julgamento de mrito (S. 263, TST). 2 co) Outros dizem que desnecessria a indicao do valor da causa, uma vez que o juiz pode, de ofcio, fix-lo, quando omissa a pea vestibular. O que me parece ser uma contradio na posio defendida por SPM que ele ainda diz o juiz pode e tem a obrigao de retificar de ofcio o valor da causa, quando verificar que no foram observados os incisos do art. 259 do CPC.CHBL, diz que de acordo com a lei, o valor da causa obrigatrio apenas para as causas sujeitas ao procedimento sumarssimo (art. 852-A e 852-B), nos outros procedimentos, se no indicado o valor da causa o juiz deve, de ofcio, fix-lo (p. ex.: art. 2, Lei 5584/70).Obs.: em mandado de segurana a jurisprudncia do TST tem sido rigorosa em exigir o valor da causa.

III - AUDINCIA1 GeneralidadesAudincia o lugar e o momento em que os juzes ouvem as partes.No processo do trabalho, as audincias dos rgos da Justia do Trabalho so pblicas e realizadas na sede do juzo ou Tribunal, em dias teis, entre 8 e 18 horas, no podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo matria urgente. Em casos excepcionais poder ser designado outro local para as audincias, desde que se faa tal comunicado com antecedncia de 24 horas.A CRFB/88 garante a publicidade de todos os atos processuais (art. 93, IX), ressalvados os casos excepcionais legalmente previstos.Ao juiz tolerado o atraso de 15 minutos ao comparecimento da audincia (art. 815, pargrafo nico). Note-se que a tolerncia para o juiz, no para as partes.A direo da audincia tarefa exclusiva do juiz (art. 765, CLT), devendo ele manter a ordem nas mesmas (816, CLT). Trata-se do exerccio do poder de polcia pelo juiz, tambm chamado de poder de polcia processual. Ver ainda, arts. 445 e 446 do CPC.As audincias sero registradas em livro prprio (art. 817 da CLT).O art. 849 da CLT prescreve que a audincia de julgamento dever ser contnua, admitindo, no entanto que, por motivo de fora maior, poder o juiz determinar a sua continuao para a primeira desimpedida, independente de notificao.O costume processual acabou fracionando, na praxe, a audincia de julgamento em trs: audincia de conciliao ou audincia inaugural, audincia de instruo e audincia de julgamento.A audincia de conciliao destinada apenas tentativa de conciliao (art. 846, 1 e 2 da CLT).O termo que for lavrado na conciliao valer como deciso irrecorrvel, somente atacvel pela via da ao rescisria (E. 259, TST), salvo para a Previdncia Social quanto s contribuies que lhe forem devidas (art. 831, CLT).

No havendo acordo, o reclamado ter 20 minutos para apresentar sua defesa, quando esta no for dispensada pelas partes (art. 847, CLT. Na prtica, entregue cpia da pea de defesa ao juiz e ao reclamante.Terminada a defesa, inicia-se a instruo do processo, podendo o juiz, de ofcio, interrogar as partes. Na prtica, o juiz designa nova audincia de instruo, tambm chamada de audincia de prosseguimento, que destinada produo das provas.

Finda a audincia de instruo, as partes podero apresentar razes finais orais por 10 minutos cada uma. Em seguida o juiz deve renovar a proposta de conciliao e, frustrada esta, proferir a sentena. Na prtica o juiz no profere a sentena nesta audincia, designando-se nova audincia audincia de julgamento cujo objetivo a publicao da sentena. 2 Comparecimento das partesNo processo do trabalho obrigatria a presena das partes em todas as audincias no primeiro grau de jurisdio.Assim, no comparecendo o autor audincia de conciliao, o Juzo proferir um sentena terminativa do feito, chamada de arquivamento (art. 844, CLT), que ir gerar como prejuzo ao reclamante a perda de tempo, com a incidncia da chamada perempo trabalhista (art. 732, CLT) e o pagamento de custas processuais.A ausncia da reclamada importar na declarao de revelia, e conseqente aplicao da pena de confisso sobre a matria ftica.O 1 do art. 843 da CLT faculta ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declaraes obrigaro o preponente, sendo que a jurisprudncia j firmou o entendimento de que o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado, salvo se este for empregador domstico.Por outro lado, se no for possvel ao empregado comparecer audincia, por doena ou qualquer outro motivo relevante, poder fazer-se substituir por outro empregado que pertena mesma profisso, ou pelo seu sindicato (art. 843, 2, CLT).

RESPOSTA DO RUEm todos os setores do direito processual, a reao ao corolrio lgico do princpio do contraditrio.Ao e reao caracterizam-se, portanto, pela bilateralidade. Ao dirigida contra o Estado-Juiz, sendo certo que a resposta do Ru tambm o .Na ao o autor formula um pedido endereado ao rgo jurisdicional requerendo uma providncia em relao ao ru. (sentena declaratria, constitutiva, condenatria).O ru tambm se reconhece do direito de formular um pedido ao rgo jurisdicional, no sentido de que a pretenso do autor no seja aceita.Direito de Resposta do Ru: O direito de resposta do ru encontra seu princpio fundamentado de validade na Constituio Federal, consubstanciando-se no devido processo legal (art. 50. LV), da inafastabilidade da jurisdio(art. 50, XXXV), do contraditrio e da ampla defesa (art. 50, LV).O Ru possui trs meios de defesa, a exceo, contestao e reconveno. (art. 297 CPC).Na verdade somente as excees e a contestao podem ser consideradas defesas.J a reconveno no constitui defesa. Ao revs ao do ru em face do autor dentro do mesmo processo em que aquele demandado.Espcies de Resposta do Ru: a) EXCEES A CLT no artigo 799, dispe que nas causas de jurisdio trabalhista somente podem ser opostas, com suspenso do feito, as excees de suspeio ou incompetncia, e as demais excees devem ser argidas como matria de defesa.Justifica-se a omisso da CLT a respeito da exceo de impedimento porque quando da sua promulgao em 1943, era o CPC de 1939 o diploma subsidirio, e no o CPC de 1973. Assim, deve ser aplicado subsidiariamente as hipteses de impedimento previstas no CPC.( art. 134 a 138 do CPC).O procedimento da exceo de suspeio (e, tambm de impedimento) no prev contraditrio, uma vez que, nos termos do artigo 802 da CLT: apresentada exceo de suspeio, o juiz ou tribunal designar audincia, dentro de 48 horas, para instruo e julgamento da exceo.Parece, que o artigo 802 da CLT atrita-se parcialmente com a EC n. 24, na medida em que no faz sentido o prprio juiz peitado instruir e julgar a exceo contra si oposta. A partir do instante em que a vara do trabalho funciona apenas com um juiz singular, penso que o julgamento da exceo de suspeio e impedimento deva ser feita pelo juzo ad quem.b) CONTESTAO: uma espcie de reao do ru ao do autor. Contestao significa negao, resistncia, debate.A CLT no define a contestao uma vez que emprega o termo genrico defesa.Compatvel, pois, a aplicao subsidiria do artigo 300 do CPC.No processo civil a contestao pode ser indeferida pelo juiz em duas hipteses: quando for intempestiva ou quando faltar instrumento procuratrio. Essas duas situaes so de difcil aplicao no processo do trabalho, uma vez que, a contestao apresentada na prpria audincia, logo aps a primeira proposta de conciliao malograda. (CLT, 847).Contestao contra o processo: O Ru ataca o processo ou a ao e no o pedido, a pretenso. Alega que no foram satisfeitos os pressupostos processuais como incompetncia absoluta, inpcia da inicial, coisa julgada, litispendncia, que no esto presentes s condies da ao.Artigo 301 do CPC com a sano prevista no 267.Contestao do Mrito: A) Indireta: O ru reconhece o fato constitutivo do direito do autor, mas ope um outro fato impeditivo, modificativo ou extintivo do pedido formulado na petio inicial.B) Direta: Ocorre quando o ru nega a existncia do fato constitutivo alegado pelo autor.Se o ru negar a existncia dos fatos constitutivos do direito do autor, far com que o autor comprove tais fatos durante a instruo.RECONVENO: Trata-se de um contra-ataque do ru em face do autor dentro do mesmo processo. certo, porm, que a reconveno, como qualquer ao, exige do ru-reconvinte a satisfao dos pressupostos processuais e das condies da ao.Dispe o artigo 315 do CPC que o ru pode reconvir ao autor no mesmo processo toda vez que a reconveno seja conexa com a ao principal ou com o fundamento da defesa.O momento para apresentao da reconveno junto com a defesa, isto , no processo do trabalho junto com a contestao em pea separada no dia da audincia inicial designada.Exemplo de cabimento de reconveno: Reconveno e Inqurito para apurao de falta grave.Reconveno e Ao de Consignao em Pagamento.Revelia e Confisso ficta na Reconveno: Se o autor-reconvindo no apresentar defesa, ser ele considerado revel e confesso quanto matria de fato, nos termos do artigo 319 do CPC. O juiz dever suspender a audincia e marcar nova para instruo para que o Autor-reconvindo apresente sua defesa em relao reconveno apresentada pelo ru.A ao e reconveno so institutos autnomos, segundo o qual a desistncia da ao, no obsta o prosseguimento da reconveno.Ambas as aes devem ser julgadas na mesma sentena.

PROVAS

1 A instruo do processoA instruo a fase do processo de conhecimento em que so colhidas as provas que esclarecero o juiz para que possa proferir deciso.Prova o meio lcito para demonstrar a veracidade ou no de determinado fato com a finalidade de convencer o juiz acerca da sua existncia ou inexistncia.

2 Objeto da provaO que provar?Regra geral, apenas os fatos devem ser provados, pois a parte no obrigada a provar o direito, havendo uma presuno legal de que o juiz conhece o direito (jura novit curia). de se notar que esta uma presuno em relao ao direito federal, logo este no precisa ser provado. O direito estrangeiro, municipal, estadual, distrital ou consuetudinrio devem ser provados (art. 337, CPC).A parte deve provar tambm a vigncia e o teor de acordos coletivos, convenes coletivas, regulamentos de empresa, sentenas normativas ou direito comparado.Fatos que no precisam ser provados (334, CPC):- notrios (fato inerente cultura mediana de determinado meio social no momento do julgamento da causa. Ex.: desnecessrio provar que na poca do natal h aumento das vendas);- afirmados por uma parte e confessados pela outra (so os fatos confessos e incontroversos- em cujo favor milita presuno legal de existncia ou de veracidade (ex.: E. 12, TST)3 nus da provaO nus probatrio diz respeito a quem deve provar? Em linha de princpio, as partes tm o nus de provar os fatos narrados na petio inicial ou na pea de resistncia, bem como os que se sucederem no decorrer da relao processual (818, CLT c/c 333, CPC).Fatos impeditivos, extintivos e modificativos (Heloisa Pinto Marques): Quando o ru admite o fato alegado pelo autor, mas lhe ope outro que lhe impea os efeitos, estamos diante de fato impeditivo. Na hiptese do trabalho aos domingos, por exemplo, a reclamada, admitindo o trabalho aos domingos, alega que era compensado nas segundas-feiras. Neste caso cabe reclamada demonstrar que havia folga naquele dia. Os fatos extintivos so aqueles opostos ao direito alegado, com condies de torn-lo inexigvel. Acontece, por exemplo, quando a reclamada admite que o reclamante trabalhava aos domingos, sem compensao, mas aduz Ter pago os valores devidos a este ttulo. Competir, pois, reclamada demonstrar o pagamento. Por fim, os fatos modificativos so aqueles que, sem negar os fatos alegados pelo autor, inserem modificao capaz de obstar os efeitos desejados. o caso, por exemplo, da reclamada alegar que o reclamante trabalhava aos domingos no estabelecimento empresrio, mas que nesses dias o trabalho era voluntrio, com fins de benemernci, j que a empresa cedia os equipamentos e material para produzir alimentos para serem distribudos para a comunidade e que no havia obrigatoriedade de comparecimento. Compete reclamada sua demonstraoOBS.: inverso do nus da prova: a jurisprudncia trabalhista vem mitigando a rigidez das normas acima citadas, passando a admitir a inverso do nus da prova. Como por exemplo: - E. 338, TST- prova do trmino da relao de emprego E. 212, TST compete ao empregador princpio da continuidade da relao de emprego- nus da prova atinente equiparao salarial E. 68, TST do empregador o nus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparao salarial.Obs.: vale-transporte SDI-1, 215 do empdo prova que satisfaz os requisitos obteno do vale-transporteObs.: nus de provar horas extras do empregado, excepcionada a hiptese do E. 338, TST[footnoteRef:7][7], pois o normal se presume, o excepcional deve ser provado. [7: ]

4 Meios de provaO problema dos meios de prova resumem-se na pergunta: como provar?Art. 5, LVI, CRFB/88 e art. 332, CPC.OBS.: inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios ilcitos.4.1 Depoimento pessoal e interrogatrioArt. 848 c/c 820 CLT se o juiz no interrogar as partes, qualquer delas pode requerer, por seu intermdio, o interrogatrio recproco.O requerimento de interrogatrio pode ser invalidado, desde que fundamentado.Em audincia, pode o Magistrado, de ofcio ou a requerimento das partes promover o interrogatrio dos litigantes, antes mesmo de ouvir as testemunhas, aps a proposta infrutfera de conciliao e a apresentao da defesa.O depoimento pessoal se inicia pelo reclamante, e enquanto estiver sendo interrogado, a parte adversa no poder assistir seu depoimento (art. 344, pargrafo nico do CPC).

4.2 TestemunhalQuem pode ser testemunha? Toda pessoa natural que esteja no pleno exerccio da sua capacidade e que, no sendo impedida ou suspeita, tenha conhecimento dos fatos relativos ao conflito de interesses constante do processo no qual ir depor.A prova testemunhal o meio mais inseguro de prova. No obstante, o meio mais utilizado no processo do trabalho.No podem ser testemunhas: pessoas incapazes, impedidas ou suspeitasObs.: testemunhas impedidas ou suspeitas podem ser ouvidas se estritamente necessrio (art. 405, 4, CPC).Depoimento de parente, amigo, inimigo, etc, valer como simples informao > 829, CLTObs.: testemunha que litiga em face do mesmo empregador em outro processo - E. 357, TST e SDI-1, 77 no torna a testemunha suspeita.Nmero de testemunhas:- 3 para cada parte.- inqurito judicial p/ apurao de falta grave > 6 testemunhas p/ cada parte- procedimento sumarssimo > 2 p/ cada parte

OBS.: substituio de testemunha. No processo do trabalho permitida, ainda que arroladas previamente, assim, no h obrigatoriedade de apresentao de rol de testemunhas (825 e 845). S quando a testemunha no comparecer espontaneamente o juiz determinar sua intimao. Se a testemunha no comparecer espontaneamente pode ser utilizada fora coercitiva e haver pagamento de multa.Testemunha que no souber falar a lngua nacional ou surdo-mudo > intrprete juramentado (819)Testemunha ou empregado que for prestar depoimento no pode sofrer desconto > 822,CLT; E. 1554.3 - DocumentosCLT 777, 780, 787, 830No resto, aplicao supletria do CPCDevem acompanhar tanto a inicial como a defesaAutenticao de documentos - 830 CLT. OJ 36 SDI-1 mitigou a exigncia da autenticao.4.3.1 - Incidente de Falsidade DocumentalPoder ser apresentada pela parte, em qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdio art. 390, CPC. O incidente de falsidade ser processado nos prprios autos, se ainda no encerrada a fase probatria, suspendendo-se o andamento do processo principal4.4 - PerciaA percia tem lugar quando a prova de fatos depender de conhecimentos especializados que faltem ao juiz, consistindo em exame, vistoria ou avaliao. Art. 420 a 439, CPC.Na Justia do Trabalho as percias mais comuns versam sobre insalubridade, periculosidade, equiparao salarial e outros temas contbeis. O perito ser designado pela juiz e funcionar no processo como auxiliar do Juzo, apresentando laudo tcnico sobre o tema, respondendo s questes formuladas pelas partes e pelo juiz.O pedido de percia deve ser negado pelo juiz, sempre que a prova dos fatos no depender de conhecimento tcnico, ou for desnecessria para o deslinde da causa.O perito pode ser recusado por impedimento ou suspeio. Assistente tcnico atua como ajudante tcnico das partes, no prestando compromisso.Juiz no fica adstrito ao laudo, podendo formar seu convencimento com base em outros fatos provados.A prova pericial pode ser requerida pela parte ou determinada, de oficio, pelo juiz.OBS.: Quando houver pedido de pagamento de adicional de insalubridade ou periculosidade, o juiz obrigado a determinar a realizao de percia (195, 2, CLT). V. 165, SDI-1.nus de pagar os servios do perito de quem requereu a prova. Se for requerida por ambas as partes ou determinada de ofcio pelo juiz, ser suportada pelo autor (33, CPC)O valor total dos honorrios periciais devido, ao final do processo, pela parte que sucumbiu no pedido relativo ao objeto da percia (Art. 790-B, CLT ).Honorrios do assistente tcnico E. 341, TST deve ser pago pela parte que indicou o assistente ainda que esta seja vencedora no objeto da percia.As partes devem manifestar-se sobre o laudo.Juiz pode ouvir o perito em audincia (827, CLT)Juiz pode determinar nova percia, de ofcio o mediante requerimento. A segunda percia no substitui a primeira.4.5 - Inspeo JudicialPela inspeo, de ofcio ou requerimento da parte, em qualquer fase do processo, juiz, faz o exame direto, especial e complementar em pessoas ou coisas, em audincia externa, com cincia (e presena, se possvel) das partes, visando esclarecer sobre fato que interesse deciso da causa (art. 440, CPC).Estabelece a lei processual civil (art. 441) as hipteses em que o juiz ir ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa. de se dizer tambm que o art. 765 da CLT confere ao juiz do trabalho amplos poderes na conduo do processo, buscando a verdade real dos fatos.Na inspeo direta, pode ser assistido por peritos (441, CPC).As partes tm direito a assistir inspeo, prestando esclarecimentos e fazendo observaes. Concluda a diligncia, juiz mandar lavrar auto circunstanciado.

V - SENTENA E COISA JULGADA

1 Razes finaisTambm chamada de alegaes finais, trata-se de uma faculdade das partes. Assim, encerrada a instruo processual, as partes podero aduzir razes finais orais, em prazo no excedente a 10 minutos para cada parte (art. 850, CLT).Todavia, as razes finais podem ser apresentadas por escrito em forma de memoriais, que melhor analisa toda a situao processual de seu interesse, neste caso constumeiramente deferido pelo juiz (apesar de no existir no processo do trabalho esta figura jurdica escrita) o prazo de 10 dias para sua apresentao.OBS.: no procedimento sumrio as razes finais servem como mais um meio para impugnar o valor da causa (art. 2, 4, l. 5584/70)OBS.: no procedimento sumarssimo tambm uma faculdade.

2 Conciliao pr-decisriaAps as razes finais, o juiz renova a proposta conciliatria na busca de que possa a lide ser encerrada por conciliao.As propostas conciliatrias so obrigatrias por lei (arts. 846 e 850, CLT). Todavia, entendem os doutrinadores que a ausncia da primeira proposta conciliatria no nulifica o processo, mas, se o juiz, antes de proferir a sentena, no apresentar a segunda proposta de conciliao, a sentena estar contaminada de vcio insanvel.3 Acordo (termo de conciliao)O temo de conciliao lavrado valer como deciso irrecorrvel, salvo para a Previdncia Social, quanto s contribuies que lhe forem devidas.O acordo homologado judicialmente s pode ser impugnado via ao rescisria (E. 259, TST).Esse acordo s no produzir efeito em relao ao INSS, que no fez parte da relao processual (114, 3, CR) e poder interpor recurso ordinrio contra a deciso homologatria do acordo. Cabe dizer que o recurso fica adstrito s contribuies previdencirias que o INSS entende devido.4 - SentenaO art. 162 do CPC, dispe que so atos do juiz as sentenas, as decises interlocutrias e os despachosA CLT emprega o temo deciso em sentido amplo, que pode ser tanto sentena quanto deciso interlocutria cuidado!! Como, por exemplo, o art. 799, 2 da CLT, que refere-se a uma deciso interlocutria (onde o juiz resolve uma questo incidente sem extinguir o processo). 5.1 Definio de sentenaSentena o ato pelo qual o juiz extingue o procedimento no primeiro grau de jurisdio.Adotamos essa conceituao, e no a do art. 162, 1 do CPC, porque a sentena nem sempre extingue o processo. Basta pensar na hiptese de recurso contra a sentena. Nesse caso o ato que encerrar o processo ser um acrdo.

5.2 Classificao das sentenas5.2.3 - De acordo com a natureza da ao em que foi proferidaa) Sentena declaratria a rigor, toda ao declaratria, embora possa almejar uma sentena de natureza condenatria ou constitutiva. Assim, pode-se dizer que a sentena meramente declaratria aquela que se encerra em uma declarao de existncia ou inexistncia de uma relao jurdica. Ex.: sentenas que reconhecem as existncia de relao de emprego; declarao de autenticidade ou falsidade de um documento.b) Sentena constitutiva aquela que, alm de contar, como todas, declarao de certeza a propsito de uma relao jurdica, faz projetar de imediato os seus efeitos no mundo jurdico para criar, modificar ou extinguir a relao, alterando uma determinada situao jurdica. Ex.: sentena que julga procedente o pedido de resciso indireta; autorizam a resoluo do contrato do trabalho do empregado portador de estabilidade, etc.c) Sentena condenatria - a que julga procedente uma ao condenatria, ou seja, decide a causa, e ao julgar procedente (total ou parcialmente) o pedido, constituir ttulo executivo. Assim, a sentena condenatria impe ao ru uma condenao de dar, de fazer ou de no fazer, conforme seja o objeto da pretenso. Ex.: sentena que condena o ru a pagar horas extras, salrios em atraso, frias, etc.5.3 Requisitos essenciais da sentenaElementos: 832, CLT nome das partes; resumo do pedido e da defesa; apreciao das provas; fundamentos da deciso; respectiva concluso.Requisitos essenciais 458, CPC5.3.1 Relatrio um resumo dos principais eventos do processo.Nome de todas as partes. Na substituio processual a parte o substituto e no o substitudoRegistrar o objeto da lideResumo do pedido e da respostaResumo das principais ocorrncias processuais (provas, propostas de conciliao, razes finais)

Obs.: procedimento sumarssimo > dispensa o relatrio (852-I)

Obs.: sentena sem relatrio > nula de pleno direito (832, CLT c/c 458, I, CPC).5.3.2 FundamentaoSo as razes de decidir do juiz, constitui a base intelectual da sentena. Nela, o juiz revela todo o raciocnio desenvolvido acerca da apreciao das questes processuais, das provas produzidas e das alegaes das partes, que so os dados que formaro o alicerce da deciso.Art. 93, IX, CRFB/885.3.3 DispositivoO dispostivo a concluso. a parte final da sentena, onde se registra a soluo das questes (pontos controversos) submetidas ao rgo judicante, com o que o juiz acolher ou rejeitar a pretenso. Assim, aps a fundamentao dos motivos que ensejou a deciso, passa-se a registrar o resumo do direito aplicado ao caso concreto.Como espelho da deciso, no pode faltar no dispositivo todo e qualquer comando especial, como iseno de custas ou remessa de ofcio Segunda instncia nos processos em que so partes a administrao pblica, a expedio de ofcios s autoridades competentes.5.4 Intimao da sentena- 852, CLT > partes sero intimadas da sentena na prpria audincia- salvo no caso de revelia > 841, 1, CLT > registro postal com franquia.- Obs.: prazo para recurso da parte que, intimada, no comparece audincia contado a partir da publicao (E. 197, TST)- Ru estiver em local incerto e no sabido > intimao da sentena por edital- v. 2, 851, CLT > ata deve ser juntada em 48 horas. Se no for juntada nesse prazo as partes devero novamente ser intimadas da sentena por via postal. O prazo para recurso s comea a correr da data em que a parte receber a intimao (E. 30, TST).-

RECURSOS GENERALIDADESAps os estudos sobre a petio inicial, a defesa, a audincia e os pontos de observao da sentena, chegou a hora de estudarmos a fase recursal, de suma importncia para que se mantenha o princpio constitucional do duplo grau de jurisdio.

1 Conceito de recursoDireito assegurado por lei para que a(s) parte(s), o terceiro juridicamente interessado ou o MP possam provocar o reexame da deciso proferida na mesma relao jurdica processual, retardando, assim, a formao da coisa julgada.

2 Pressupostos recursaisA admissibilidade dos recursos est condicionada satisfao, pelo recorrente, de pressupostos previstos em lei para que o recurso interposto possa ser conhecido. A ausncia de qualquer dos pressupostos de admissibilidade impede o exame do mrito do recurso pelo rgo competente para sua apreciao.A doutrina classifica os pressupostos em subjetivos (ou intrnsecos) e objetivos (ou extrnsecos).2.1 Pressupostos subjetivosa) Legitimidade - Art. 499, CPC habilitao outorgada por lei. Quem pode recorrer. A parte pode recorrer. O terceiro prejudicado ou interessado (sucessor ou herdeiro; empresa solidria; subempreiteiro, o empreiteiro principal, o dono da obra; scios de fato; litisconsortes ou assistentes; substituto processual)MPT (83, VI, LC 75/93)O interveniente e o assistenteb) Interesse s se recorre contra a parte dispositiva da deciso, porque apenas esta frao faz coisa julgada. O interesse, portanto, se afere em relao concluso da sentena, porque s a ele se mostra de carter prtico na provocao do novo julgamento pelo Tribunal ad quem (superior). O interesse recursal repousa no binmio utilidade + necessidade. Ou seja, utilidade da providncia judicial pleiteada e necessidade da via que se escolhe para obter essa providncia.

2.2 Pressupostos objetivosRelacionam-se com os aspectos extrnssecos do recursoa) Recorribilidade do ato - H atos judiciais que no so passveis de recurso (art. 2, 4,l5584/70).b) Adequao - Existe um recurso adequado para atacar o ato judicial passvel de impugnao. Assim, no basta que o ato judicial atacado seja recorrvel. imprescindvel que o recurso utilizado estaja em conformidade com a deciso por ele impugnada.A m adequao entretanto, no pode prejudicar o recorrente - princpio da fungibilidade.c) Tempestividade - Os prazos para interposio dos recursos so peremptrios.Em regra, no processo do trabalho, os prazos recursais so de 8 dias.Como exceo ao prazo de 8 dias, temos: (i) reviso do valor da causa 48 horas; (ii) embargos de declarao 5 dias; (iii) recurso extraordinrio para o STF 15 dias; (iv) agravo inominado para o Pleno do TST 5 dias.Obs.: se os litisconsortes tem diferentes procuradores o prazo em dobro (191, CPC).Obs.: pessoas jurdicas de direito pblico > prazo em dobro.d) Regularidade da representao - O processo do trabalho admite o jus postulandi, todavia, se representado por advogado, representao deve ser regular.Admissvel, porm, o mandato tcito (E. 164, TST) e a procurao apud acta[footnoteRef:8][8]. [8: ]

e) Preparo diferentemente do processo civil, onde se exige apenas o pagamento das custas para fins recursais, no processo do trabalho h exigncia no s do recolhimento das custas como tambm do depsito recursal..1 Custas art. 832, 2, CLT diz que as custas devem sempre ser determinadas na sentena. As custas so determinadas pelos valores encontrados no cmputo de 2% sobre o valor da condenao (art. 789, CLT).Se a sentena omissa na fixao das custas, deve-se interpor embargos declaratrios, ficando, pois, interrompido o respectivo prazo recursal, que neste caso comear a correr a partir da intimao da sentena que fixar o valor das custas (v. E. 53, TST).As custas devero ser pagas e comprovado o respectivo recolhimento dentro do prazo recursal.O pagamento das custas sempre destinadas Unio deve ser feito, no prazo e em guia prpria (DARF), autenticadas mecanicamente pelo banco recolhedor, com indicao das partes, do juzo e do nmero do processo.No processo individual do trabalho no h pagamento de custas pro rata. dizer, se pelo menos um pedido formulado na ao trabalhista for acolhido pela sentena, caber ao vencido o pagamento respectivo.Obs.: pessoas jurdicas de direito pblico (U, E, M, DF, Aut., Fund) esto isentos de custas. S pagaro se sucumbentes ao final do processo (art. 790-A).Obs.: no pagamento das custas execuo procedimento (876 e ss, CLT)..2 Depsito recursal art. 899, 1 a 6, CLT.A atualizao dos valores referentes ao depsito feita por Ato do Presidente do TST.O depsito recursal s devido se a sentena condenatria impuser ao vencido obrigao de carter pecunirio (v. E. 161, TST). A contrario sensu, em se tratando de sentena meramente declaratria ou constitutiva, bem como condenatria, quanto a esta ltima desde que a obrigao no seja de dar ou pagar quantia certa, no h falar em depsito recursal.O depsito recursal s exigvel do empregador. Assim, para a empresa recorrer preciso que seja garantido o juzo com o depsito recursal, que dever ser feito na conta vinculada do empregado. Inexistindo tal conta, a empresa dever abrir uma conta em nome do empregado para esse fim.O depsito recursal mera antecipao da condenao, pois garantido o juzo nenhuma outra importncia ser depositada (art. 899, 6, CLT), ou seja: atingido o limite previsto em lei, nenhum outro valor dever ser depositado, o que mostra que trata de uma garantia do juzo.O objetivo do depsito no o de impedir o recurso, mas de dificultar a interposio de recursos protelatrios do feito e de facilitar a execuo da sentena, principalmente as de pequeno valor, imprimindo maior celeridade ao feito.Obs.: as pessoas jurdicas de direito pblico no esto sujeitas ao depsito recursal (art. 1-A, L. 9494/97). Nem a massa falida (E. 86, TST).

6 Forma de interposio dos recursos trabalhistasO art. 899, caput da CLT dispe que os recursos sero interpostos por simples petio.O dispositivo em tela no significa que os recursos podem ser interpostos sem fundamentao, assim, o recorrente deve declinar as razes de seu inconformismo.Recurso sem fundamentao, ou razes recursais, o mesmo que recurso genrico, petio inicial sem causa de pedir ou contestao por negao geral.Ademais, como poderia a outra parte recorrida exercer plenamente o seu direito de defesa se o recorrente no indica os motivos com que impugna a deciso recorrida?A interposio dos recursos trabalhistas dispensa formalidades. As razes do inconformismo da parte so requisitos para apreciao do mrito e at para o seu recebimento pelo Juzo recorrido. A interposio por simples petio significa no haver necessidade de outras formalidades. Mas fundamentao indispensvel, no s para saber quais as partes da sentena recorrida que transitaram em julgado, como para analisar as razes que o Tribunal dever examinar.RECURSOS TRABALHISTAS EM ESPCIE

1 Recurso ordinrioO RO corresponde apelao do CPC. Ordinrio o recurso clssico para impugnar as decises finais desfavorveis no mbito da processualstica laboral.1.1 - CabimentoO prazo de interposio do RO de 8 dias, cabendo das decises definitivas ou das terminativas do feito pelas Varas do Trabalho e dos TRTs, em processos de sua competncia originria (inclusive dissdios coletivos).Obs.: algumas decises interlocutrias, por serem terminativas do feito no mbito da jurisdio trabalhista, desafiam a interposio de RO (v. E. 214, TST)Decises finais das VT passveis de RO:- juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor (269, I, CPC)- ru reconhecer a procedncia do pedido (269, II, CPC)- juiz acolher a decadncia ou a prescrio (269, IV, CPC)- autor renunciar ao direito sobre que se funda a ao (269, V, CPC)[footnoteRef:9][9] [9: ]

Outras decises atacveis por RO:- indeferimento da petio inicial (267, I, CPC)- arquivamento dos autos em funo do no-comparecimento do reclamante audincia (844, CLT)- paralisao do processo por mais de um ano negligncia (267, II, CPC)- no atendimento pelo autor de despacho que determinou providncia que lhe competia, restando abandonada a causa por mais de 30 dias (267, III, CPC)- juiz acolher alegao de coisa julgada ou litispendncia (267, V, CPC)- processo for extinto por carncia de ao (PIL) (267, VI, CPC)- desistncia da ao (267, VIII, CPC)- confuso entre o autor e o ru (267, X, CPC)Cabe RO nos processos de competncia originrias dos TRTs:- dissdio coletivo- ao rescisria- MS- HC- Decises administrativa

1.2 - DevolutibilidadeArt. 515, CPCO RO devolve ao juzo ad quem toda a matria efetivamente impugnada pelo recorrente. O RO possui apenas efeito devolutivo (899) permitindo a execuo provisria do julgado.1.3 - TramitaoProcedimento Ordinrio:Prazo 8 dias[footnoteRef:10][10] [10: ]

Petio dirigida ao juiz que proferiu a sentenaAdmitido o RO > contra-razes > prazo 8 dias[footnoteRef:11][11] [11: ]

Juiz de piso pode reconsiderar ou no a admissibilidade o RO (518, CPC), mantida a deciso de admissibilidade, da qual no caber recurso, o processo sobe; se o juiz no admitir o RO, o recorrente poder interpor AI, prazo 8 dias. Para o objetivo (nico) de destrancar o RO.O juzo ad quem pode reexaminar a admissibilidade do ROMPT tem 8 dias para exarar parecer (art. 5, L.5584/70)Se o relator indeferir o processamento do RO cabe agravo regimental, se houver tal previsoDeferido o processamento ser o RO colocado em pauta para julgamentoProcedimento Sumarssimo:Art. 895, 1, CLTRO ser imediatamente distribudo, ou seja, esses recursos no ag