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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoResumo de Direito P rocessual do Trabalho

    Assunto:

    DIREITO PROCESSUAL DOTRABALHO

    P/ ANALISTA JUDICIRIO

    Autor:

    DESCONHECIDO

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoCONCURSO DE ANALISTA

    JUDICIRIO

    MATRIA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

    1 e 2 MDULOS DE AULA

    ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS

    CONCEITOS DE PROCESSO E PROCEDIMENTO.

    a) Conceito de processo: o meio utilizado pelo Estado para prestar a tutela jurisdicionalpretendida pela parte. A ao o direito de pedir a tutela jurisdicional.

    b) Conceito de procedimento: a formalidade que obrigatoriamente se deve assumir naprtica de um ato do processo. o modo pelo qual a lei determina que o ato, ou aatividade processual seja realizada. Tambm a ordem a que se deve obedecer; amarcha dos atos.

    c) Distino entre processo e procedimento: Enquanto o primeiro visa a composio dalide, o segundo se preocupa com o aspecto exterior dos atos processuais, com a suaforma e com o modo pelo qual eles se ligam e se sucedem.

    ATOS PROCESSUAIS.

    a) Definio: So aqueles que tm por efeito a constituio, a conservao, odesenvolvimento, a modificao ou cessao da relao processual. Citao de MoacirAmaral Santos, que repete o teor do art. 158 da CLT. Os atos processuais integram umasrie contnua que evolu em direo sentena e so praticados dentro do tempo prefixado

    em lei. Formam um corpo unitrio vista de um mesmo fim e encontram-se interligados, nose admitindo o isolamento de um deles dentro do procedimento.

    b) Dos atos processuais: Os atos processuais geralmente se realizam na sede da Vara,sendo autnomos ou interdependentes. Os primeiros no do origem aos atos posteriores;os segundos, por um nexo causal ou jurdico, ligam-se aos que os antecederam e quelesque os vo seguir no desenvolvimento de um processo. Conseqentemente, a anulao deum ato interdependente abrange a todos os atos a que tiverem interligados. Diz o art. 798 daCLT que anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqentes que deledependam. Entrementes, a nulidade de uma parte de um ato no prejudicar as outras, queno tenham interligao com a mesma.

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoC) Quem pratica os atos processuais: O Juiz, as partes, o terceiro interessado, o

    Ministrio Pblico do Trabalho, os auxiliares da Justia.

    d) Da exigncia do uso do vernculo: Em todo o ato praticado obrigatrio o uso dovernculo( art. 158 do CPC).

    e) Dos atos objetivos e subjetivos: Existe no direito internacional duas concepes deatos. A primeira defendida por Guasp, que define como objetivos os atos de iniciativa; dedesenvolvimento que impulsionam o processo; e de instruo que compem o conflito eextinguem o processo. J no nosso direito adota a concepo subjetiva, dividindo osatos processuais em atos do juiz, das partes, do cartrio e de terceiros.

    e) Do princpio da publicidade dos atos processuais: Impe o art. 770 da CLT que os

    atos processuais sero pblicos, salvo quando o contrrio determinar o interesse social erealizar-se- o nos dias teis das 06:00 s 20:00 horas. A penhora, entretanto, poderser realizada em domingos ou feriados, desde que autorizada pelo Juiz.

    f) Da forma dos atos processuais. No Direito Processual do Trabalho os atos processuaisobedecem regra disposta no art. 154 do CPC, pela qual verificamos que os atos etermos processuais no dependem de forma determinada, seno quando a leiexpressamente a exigir, reputando-se vlidos os que, realizados de outro modo, lhepreencham a finalidade essencial.

    g) Atos processuais de responsabilidade do Juiz. Vide art. 162 do CPC. So eles:

    sentena; deciso interlocutria; despachos; presidir audincias; interrogar as partes etestemunhas, etc. Sentena o ato pelo qual o juiz pe termo ao processo, decidindo ouno o mrito da causa. Deciso interlocutria o ato pelo qual o juiz, no curso doprocesso, resolve questo incidente. Despachos so todos os demais atos do juizpraticados no processo, de ofcio ou a requerimento da parte, a cujo o respeito a lei noestabelece outra forma.

    h) Atos processuais das partes. Segundo Frederico Marques os atos processuais daspartes se agrupam em quatro categorias: atos postulatrios, atos dispositivos, atosprobatrios e atos reais. Com relao ao primeiro, so aqueles em que a parte pedealguma providncia jurisdicional. Os segundos revelam-se como negcios jurdicos

    processuais, pelos quais as declaraes de vontade tendem a produzir efeitos dentro doprocesso. Os terceiros so praticados pelos peritos ou terceiros. Os quartos so aexteriorizao dos atos atravs dos termos. Quanto aos atos, estes devem ser assinadospelas partes( art. 772 da CLT).

    DOS TERMOS PROCESSUAIS

    Termo processual nada mais que a exteriorizao do ato processual. Os termosprocessuais devem ser assinados pelas partes interessadas, salvo quando estas por motivo

    justificado no possam faz-lo, sero firmados a rogo, na presena de duas testemunhas,sempre que no houver procurador legalmente constitudo. Na assinatura a rogo,

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidoimprescindvel que a parte, depois de lido pelo escrivo, em voz alta, declare perante astestemunhas e aquele que ir firmar o documento em seu lugar, que nenhuma objeo tem afazer ao contedo do termo. No caso em que a parte, injustificadamente, se recusa a assinarato ou termo, basta a certido nos autos para provar a desobedincia.

    Dispe o art. 773 da CLT que os termos relativos ao movimento dos processos constaro desimples notas, datadas e rubricadas pelos Chefes de Secretaria ou escrives.

    Aplicam-se ao processo trabalhista as disposies contidas nos arts. 166 usque 171 doCPC.

    Ao receber a petio inicial, o escrivo a autuar mencionando a Vara, a natureza do feito, onmero do seu registro, os nomes das partes e a data do seu incio. Igual procedimento

    adotar com os volumes que se forem formando.

    Cabe ao escrivo numerar e rubricar todas as folhas dos autos.

    Permite-se que as partes e seus procuradores( bem como ao Ministrio Pblico do Trabalho,quando intervier no processo), aos peritos e as testemunhas rubricarem as folhascorrespondentes aos atos que praticarem.

    Os atos e termos processuais devero ser assinados pelas pessoas que deles participaram.Havendo recusa, ser lavrada uma certido pelo escrivo, nos autos, informando aocorrncia( art. 169 do CPC).

    Observe-se que vedado o uso de abreviaturas nos autos. Tambm no se admitem, nosatos e termos, espaos em branco, entrelinhas ou rasuras, salvo se aqueles espaos foreminutilizados e estes expressamente ressalvados.

    PRAZOS PROCESSUAIS

    a) Dos prazos: O processo, ou a srie de atos que o compe, no tem o seu desenrolarsubmetido, inteiramente, vontade das partes. A conduta destas h que atender aos prazosque a lei fixar para a prtica desses mesmos atos. Prazo, portanto, o lapso de tempo deque o juiz ou a parte tem para praticar ato de sua responsabilidade. O termo inicial do prazo

    denomina-se dies a quo e o termo final dies ad quem. Os prazos podem serestabelecidos por ano, por meses, por dias, por horas e minutos. A parte no poder a seulivre arbtrio fazer a transformao dos prazos de ano para doze meses, de ms para trintadias, etc.. A rigor todos os prazos encontram-se determinados por lei de forma imperativa,mas esta permite alguns, que qualificamos de convencionais, como o da suspenso dainstncia por trinta dias mediante ajuste das partes. Consoante o disposto no art. 175 doCPC, so feriados, para efeito forense, os domingos e dias declarados por lei. Os atosprocessuais, em geral, s podem ser praticados nos dias teis( art. 173 do CPC). Diz o art.775 da CLT serem contnuos os prazos e irrelevveis, sendo facultado ao juiz prorrog-lospor tempo estritamente necessrio ou em virtude de fora maior, devidamente comprovada e

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidocomo o evento imprevisto, alheio vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por siou por seu mandatrio( 1 do art. 183 do CPC). Aplica-se ao processo laboral o teor do art.191 do CPC, contando-se em dobro os prazos para recorrer e, de um modo geral, parafalar nos autos, sempre que os litisconsortes tiverem diferentes procuradores. Se oprocurador for comum aos litisconsortes o prazo ser normal. Ocorrendo o desfazimento dolitisconsrcio no curso do processo, no tem o litisconsorte remanescente direito ao prazoem dobro para recorrer. Tambm aplica-se ao processo do trabalho o disposto no art. 186 doCPC, podendo a parte renunciar a prazo exclusivamente concedido em seu favor. O Decreto

    Lei 779, de 21 de agosto de 1969, determina que consiste em privilgio da Unio, dosEstados, do Distrito Federal, dos Municpios, das autarquias e fundaes de direito pblico,que no exeram atividades econmicas, o qudruplo do prazo fixado no art. 841 daCLT(realizao da audincia para se defender), contato a partir da cincia da propositura dareclamao trabalhista; e em dobro para recurso. O art. 188 do CPC ratificou esta norma, a

    estendendo para o Ministrio Pblico.

    d) Principais prazos existentes no processo do trabalho: art. 850 da CLT: dez minutospara razes finais; art. 888 da CLT: 10 dias para a avaliao do bem pelo oficial de justia, apartir de sua indicao; art. 815 da CLT( pargrafo nico): Se, at quinze minutos aps ahora marcada, o juiz no houver comparecido, os presentes podero retirar-se, devendo oocorrido constar do livro de audincia; art. 884 da CLT: prazo para a propositura dosembargos execuo, contado a partir da cincia da penhora ou da garantia do juzo(30dias); art. 802 da CLT: apresentada a exceo de suspeio, o juiz ou o tribunal designar 48horas para instruo e julgamento da mesma; 2 do art. 721 da CLT: nas localidades ondehouver mais de uma Vara e no houver setor especfico de mandados judiciais, a atribuio

    para o cumprimento do ato deprecado ao Oficial de Justia Avaliador ser transferida a outrooficial, sempre que, aps o decurso de nove dias, sem razes que o justifiquem, no tiversido cumprido o ato; art. 846 da CLT: o prazo para a apresentao de defesa oral ser de 20minutos; art. 774 da CLT: salvo disposio em contrrio, os prazos comeam a fluir a partirda data do recebimento da notificao, daquela em que for publicado edital no jornal oficialou no que publicar o expediente da Justia do Trabalho, ou ainda, daquela em que forafixado o edital na sede da Vara ou do Tribunal; Art. 841 da CLT: prazo de no mnimo cincodias para contestar a ao em audincia; 2 do art. 851 da CLT: prazo de 48 horas para o

    juiz e classistas assinarem a ata de audincia; 4 do art. 789 da CLT: 05 dias para orecolhimento de custas judiciais a partir da data de interposio do recurso, ou antes do

    julgamento pela empresa se tratar de inqurito judicial; art. 880 da CLT: 48 horas para pagar

    a dvida ou garantia da execuo, sob pena de penhora; arts. 895, 896 e 897 da CLT: 08 diaspara recursos ordinrios, de revista e agravo; art. 536 do CPC: 05 dias para embargos dedeclarao; art. 786 da CLT: distribuda a reclamao verbal, o reclamante devercomparecer no prazo de 05 dias ao cartrio para reduzi-la a termo; 2 do art. 789 da CLT:elaborada a conta pelo contador ou perito, o juiz poder abrir vista s partes no prazosucessivo de 10 dias.

    3 MDULO DE AULA

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoI - DA DISTRIBUIO, DO AJUIZAMENTO E DA RECLAMAO ESCRITA E VERBAL.

    1 DO INCIO DO PROCEDIMENTO. O incio do procedimento se faz por um meio de umtermo de reclamao ou de uma petio inicial.

    2 DA DISTRIBUIO. As distribuies das reclamaes trabalhistas ser feita entre asVaras, ou dos Juzes de Direito do Civil, nos casos previstos no art. 669 da CLT, pela ordemrigorosa de sua apresentao ao distribuidor, quando houver. As reclamaes seroregistradas em livro prprio, rubricadas em todas as folhas pela autoridade a quem tiversubordinado o distribuidor. Ser fornecida parte ou ao seu procurador um recibo do qualconstaro, essencialmente, o nome do reclamante e do reclamado, a data da distribuio, oobjeto da reclamao e a Vara ou o juzo a que coube a distribuio. A reclamao verbalser distribuda antes de sua reduo a termo. Distribuda a reclamao verbal, o reclamante

    dever, salvo motivo de fora maior, apresentar-se no prazo de cinco dias, ao cartrio ou aSecretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731 da CLT( perda peloprazo de seis meses de reclamar na Justia de Trabalho). A reclamao por escrito deverser apresentada em duas vias e desde logo acompanhada dos documentos em que sefundar. Concluda a distribuio, a reclamao ser encaminhada Vara ou ao JuzoCompetente, acompanhada do bilhete de distribuio. Estudar arts. 783 a 788 da CLT.Lembramos que a petio inicial apenas deve constar a qualificao das partes, um breveresumo dos fatos e os pedidos( art. 840 da CLT).

    3 DAS NOTIFICAES DAS PARTES. No processo civil, a comunicao das partes, comrelao aos atos processuais, se faz por dois meios a saber: a citao, que vem a ser o ato

    pelo qual o juiz chama o ru para se defender; e a intimao, que o ato pelo qual se dcincia a algum dos atos e termos do processo, para que faa ou deixe de fazer algumacoisa( art. 234 do CPC). J no processo trabalhista a notificao abrange as duas formasacima preconizadas, tendo estas o mesmo sentido.

    Reza o art. 841 da CLT que recebida e protocolada a reclamao, o escrivo ou osecretrio, dentro de 48 horas, remeter a segunda via da petio, ou do termo aoreclamado, notificando-o ao mesmo tempo para comparecer audincia de julgamento, queser a primeira desimpedida, depois de cinco dias. Neste particular, o TST, atravs do seuEnunciado 16, considera notificada a parte quarenta e oito horas depois de sua regularexpedio. A prova do seu no recebimento ou a entrega aps o prazo constituem nus de

    prova do destinatrio.

    Dispe o art. 219 do CPC que a notificao vlida torna prevento o Juzo; induz alitispendncia e faz a coisa litigiosa; e, ainda que ordenada por juiz incompetente, constituem mora o devedor e interrompe a prescrio.

    So formas de notificao: a citao postal, a citao por mandado, notificao por horacerta, notificao por edital e por precatria. A primeira se d quando o destinatrio reside ouest estabelecido em local a que no vai a distribuio postal da correspondncia, sendocumprida pelo oficial de justia. A segunda cumprida tambm pelo oficial de justia, sempreque houver suspeita que o destinatrio se recusa a receber a notificao postal, ocultando-

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoTodo aquele que j tiver completado os18 anos tem direito a postular em juzo. Tal medidaencontra-se disposta no art. 791 da CLT. A capacidade processual ( legitimatio adprocessum) das partes tem-na quem tiver completado 18 anos de idade. Os menores de18 anos tero que ser representados ou assistidos pelos pais, tutores, curadores ourepresentantes legais. Na ausncia destes, prtica comum no foro trabalhista arepresentao do menor por qualquer parente que, com fulcro no art. 793, in fine, da CLT,ser nomeado curador lide pelo juiz, seja trabalhista ou de direito. A mulher casada estexpressamente autorizada pelo art. 792 de estar em juzo, sem anuncia do marido, parareclamar contra o seu empregador. Os menores de 16 anos devem ser representados eaqueles que tiverem de 16 at 18 anos incompletos devem ser assistidos.

    So absolutamente incapazes os surdos-mudos que no puderem exprimir sua vontade, osloucos de todo o gnero, os ausentes declarados tais por ato do juiz.

    Os atos praticados pelos absolutamente incapazes so nulos de pleno direito. Os menoresde16 anos em diante so relativamente incapazes(vide arts 791 a 793 da CLT).

    Nos dissdios individuais os empregados e empregadores podero fazer-se representar porintermdio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dosAdvogados do Brasil. Nos dissdios coletivos facultada aos interessados a assistncia poradvogado.

    As reclamaes trabalhistas propostas pelos maiores de 14 anos e menores de 18 anos,estas podero ser feitas pelos seus representantes legais ou, na falta destes, por intermdio

    da Procuradoria da Justia do Trabalho. Nos locais onde no existir Procuradoria, o juiznomear pessoa habilitada para desempenhar o cargo de curador lide.

    A pessoa jurdica poder ser representada por preposto ou por gerente que tenhaconhecimento do fato e cujas declaraes obrigaro o preponente. A jurisprudnciapredominante inclina-se pela tese de que o preposto deve ser empregado da empresa. Arecusa do preposto em responder ao que foi lhe perguntado pelo juiz importar na aplicaoda pena de confisso( art. 843 da CLT).

    Consoante o 2 do art. 843 da CLT se por doena ou qualquer outro motivo poderoso,devidamente comprovado, no for possvel ao empregado comparecer pessoalmente,

    poder fazer-se representar por outro empregado que pertena mesma profisso ou peloseu sindicato.

    A representao do empregador domstico se far por algum que resida no mbito dodomiclio reclamado.5 MDULO DE AULA

    I DA AUDINCIA

    a) Definio: o ato processual pblico, solene, substancial do processo, presidido peloJuiz, onde se instrui, discute e decide a causa. A partir do novo Cdigo de Processo Civil

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidode 1973, a audincia deixou de ser, em alguns casos, ato substancial ao processo,imprescindvel ao julgamento da lide, como na hiptese contida no art. 155 do CPC, queprev a excluso da audincia quando houver julgamento antecipado da lide. Tal regra,contudo, no se encaixa ao procedimento trabalhista, tendo em vista o princpio daoralidade que reveste a audincia como ato processual de suma relevncia nosprocedimentos em que ela for exigvel. Na audincia encontra-se insculpido outroprincpio importante para o processo do trabalho, que o da concentrao dos atos

    jurdicos. nela que se concentram a maioria dos atos processuais praticados pelo juiz epelas partes. ainda na audincia que sobreleva o princpio da imediatidade, porque ali que o juiz ir manter contato fsico com as partes, os advogados, testemunhas e peritospara ouvi-los e, assim, obter os elementos que possam convenc-lo ou no daprocedncia do pedido do autor.

    b) Do procedimento: Normalmente a audincia realizada na sede da Vara, mas a teor doque dispe o art. 813 da CLT, poder efetuar-se noutro local, em casos especiais,mediante edital afixado na sede do Juzo ou do Tribunal, com a antecedncia mnima de24 horas. Os casos especiais so aqueles enunciados no art. 176 do CPC: em razo dedeferncia, de interesse da justia, ou de obstculo argido pelo interessado e acolhidopelo juiz. Se at quinze minutos aps a hora marcada para a audincia o juiz nocomparecer, os presentes podero retirar-se, devendo o acontecido ser anotado no livrode registro de audincias. nesse livro, tambm, que se far o registro dos processosapreciados e a respectiva soluo, bem como quaisquer outras ocorrncias. O art. 817da CLT, pargrafo nico) autoriza o fornecimento de certides aos interessados. Asaudincias so pblicas e realizam-se em dias teis no horrio das 08:00 s 18:00 horas,

    no podendo ultrapassar cinco horas seguidas, salvo quando houver matria urgente(art. 813 da CLT). Entendemos que no h conflito entre a norma em epgrafe aquelacontida no art. 770 da CLT. Esta trata de forma geral sobre o horrio em que os atosprocessuais podero ser realizados( 06:00 s 20:00 horas) e aquela trata de um atoespecfico. O juiz poder determinar a retirada de qualquer assistente que se comportede modo inconveniente e perturbe o desenrolar dos trabalhos. As partes so obrigadas acomparecerem audincia.

    c) Do roteiro da audincia. Apregoadas as partes, no comparecendo o autor primeirasesso de audincia o processo ser arquivado; e no comparecendo o ru, apesar dedevidamente notificado, este ser considerado como revel. Presentes s partes, ser

    feita a primeira tentativa de acordo. Feito o acordo, ser lavrado o devido termo. Nohavendo possibilidade de conciliao, o ru apresentar defesa, escrita ou oral(estaltima pelo prazo mximo de vinte minutos). Aps ser fixado o valor de alada. Sero

    juntados todos os documentos necessrios apreciao do pedido, concedendo-seprazo para as partes se manifestarem sobre estes. Em seguida, sero ouvidas as partese testemunhas, e encerrada a instruo, podendo as partes apresentarem suas razesfinais em dez minutos, no mximo, sendo tentada nova proposta de conciliao. Por fimser exarada a sentena.

    I DAS NULIDADES.

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoNos processos trabalhistas s ocorrer a nulidade quando o ato praticado resultar emmanifesto prejuzo s partes( art. 794 da CLT).

    As nulidades no sero declaradas seno mediante provocao das partes, as quaisdevero argi-las primeira vez em que tiverem de falar em audincia ou nos autos( art. 795da CLT). Dever, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada emincompetncia de foro. Neste caso, sero considerados nulos os atos decisrios.

    A nulidade no ser pronunciada quando for possvel suprir-se a falta ou repetir o ato equando argida por quem lhe tiver dado causa. Ao declarar a nulidade o juiz ou o tribunaldefinir os atos a que ela se estende. A nulidade do ato no prejudicar seno osposteriores, que dele dependam ou sejam conseqncia.

    6 MDULO DE AULA

    DO RITO SUMARSSIMO

    O rito sumarssimo aplicvel nas aes de valores at 40 salrios mnimos legais, masno se estende para aquelas em que o ente pblico seja parte. Tambm inconcebvel o rito,se a citao do ru tenha que ser procedida por edital.

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoA petio inicial da ao submetida ao rito sumarssimo, deve conter a qualificao daspartes, um breve relato dos acontecimentos e os pedidos. Quanto a estes ltimos devemcertos e determinados, sendo indicado o valor atribudo a cada direito e exigvel o valorfixado causa. A ausncia desses pressupostos processuais importar na extino doprocesso, sem julgamento do mrito.

    Nas aes de rito sumarssimo, cada parte s poder ouvir at duas testemunhas. As partestero que se manifestar sobre a documentao em audincia, salvo absoluta impossibilidade.

    A audincia no poder ser desdobrada em mais de uma sesso, salvo se houver percia oupor qualquer motivo justificado, desde que devidamente fundamentado pelo juiz. Oadiamento da audincia no poder exceder o prazo de 30 dias, salvo se no houver

    possibilidade para sua realizao dentro do prazo mencionado.

    A sentena dever ser proferida em audincia, na qual ocorreu a instruo ou esta foifinalizada.

    Caber recurso ordinrio das sentenas proferidas em sede de aes com rito sumarssimo.Nos recursos oriundos destas aes no haver remessa dos autos ao Ministrio Pblico doTrabalho, reservando-se este a se manifestar na sesso, caso entenda necessrio. Nohaver tambm a figura do revisor.

    7 MDULO DE AULA

    ARQUIVAMENTO. REVELIA E CONFISSO.

    I DO ARQUIVAMENTO.

    Ausente o autor primeira sesso de audincia o processo ser arquivado(art. 844 da CLT).Caso o autor deixe arquivar duas vezes suas aes, ter suspenso o seu direito de propor

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidonova ao pelo perodo de seis meses( art. 732 da CLT). Mesmo ocorrendo arquivamento daao, por culpa do autor, ainda assim o prazo interruptivo da prescrio permanece vlido.S recomea a contar a prescrio a partir da data do arquivamento da ao. Da deciso doarquivamento cabe recurso ordinrio, uma vez que o arquivamento produz a extino doprocesso, sem julgamento do mrito.

    II DA REVELIA.

    A revelia no se confunde com a contumcia. A contumcia se caracteriza pela decisoobstinada do Ru de no praticar qualquer ato processual, ao passo que a revelia adesobedincia ao mandado expedido pelo juiz para vim se defender, em dia e horaprefixados.

    No sistema do CPC, revel quem no contesta a ao no prazo legal. , tambm revel, apessoa jurdica que, na audincia, se faz representar por um scio que teima em falarIndividualmente. No processo do trabalho a ausncia do ru audincia significa que ele noquis defender-se, pois nesse momento processual que deve contestar o pedido doreclamante.

    O efeito da revelia o prosseguimento do processo independentemente da intimao dorevel dos atos processuais posteriores( art. 322 do CPC). Entretanto, lcito ao reclamadointervir em qualquer fase do processo, recebendo-o na fase em que se encontra.

    Dentre todos os efeitos da revelia, projeta-se, em primeiro lugar, o de reputar verdadeiros os

    fatos afirmados pelo reclamante( art. 319 do CPC).

    Debate-se se a natureza jurdica desse efeito: uma presuno legal absoluta ( juris et dejure) ou uma presuno legal relativa ( jure tantum)? No nos resta dvida que se trata deuma presuno legal relativa. Tal posio decorre da leitura que se faz do art. 131 do CPC,que autoriza o juiz a apreciar livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstnciasconstantes do autos, ainda que no alegados pelas partes, devendo indicar na sentena osmotivos que lhe formaram o convencimento.

    Contudo, a revelia no induz o efeito acima reproduzido: se havendo pluralidade de rus,algum deles contestar a ao; se o litgio versar sobre direitos indisponveis; e se a petio

    no estiver acompanhada do instrumento pblico, que a lei considere indispensvel provado ato. Entendemos que esta hiptese s se aplica na hiptese de formao de litisconsrciopassivo necessrio( art. 320, I, do CPC).

    Recordemos a hiptese prevista no art. 52 do CPC, que estabelece que o assistente atuarcomo auxiliar da parte principal, exercer os mesmos poderes e sujeitar-se- aos mesmosnus do assistido. Sendo revel o assistido, o assistente ser considerado seu gestor denegcios, para defender seus interesses no processo. Para que isto acontea mister que oassistente comparea na audincia e, tempestivamente, apresente a defesa do revel, doreclamado que deixou de comparecer na hora aprazada.

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidoestabelecem os arts. 843 e 850 da CLT. A conciliao s ganha eficcia, produzindo seusefeitos jurdicos, depois da assinatura do juiz( Presidente da Vara). Ernesto Krotoschin definea conciliao como o mtodo pelo qual se renem as partes encaminhando-as para que elasmesmas, com ou sem ajuda de um terceiro imparcial, encontrem a soluo do conflito.

    2 - DOS EFEITOS DA CONCILIAO. Os efeitos da conciliao tm uma dplicenatureza. So substanciais, constituindo-se em coisa julgada material para as partes,obrigando-as com relao s clusulas ajustadas entre as mesmas. So processuais,constituindo-se em coisa julgada formal entre as partes e para o Judicirio. A conciliao irretratvel a partir da assinatura desta pelas partes, mesmo que no haja a assinatura doJuiz. Seguindo pensamento expresso por Couture, entendemos que a conciliao podeassumir uma das trs formas seguintes: renncia da pretenso; reconhecimento dapretenso; e transao.

    3 - ASPECTOS GERAIS. Ressalte-se, por oportuno, que o art. 764 da CLT autoriza aspartes a celebrarem acordo, mesmo aps o encerramento do juzo conciliatrio. Carneluttinos leciona que a conciliao equivalente a um ato jurisdicional. O acordo celebrado entreas partes tem o mesmo efeito da sentena definitiva de mrito, sendo, entretanto, irrecorrvel.Contudo, pode ser desconstituda por ao rescisria, com base no inciso VIII do art. 485 doCPC.

    II DA DEFESA

    1 DA DEFESA INDIRETA. A defesa indireta constitui-se pelas excees, pelas

    preliminares prejudiciais ao mrito e pelas preliminares prejudiciais de mrito, no caso dadecadncia e prescrio. As excees podem ser peremptrias e dilatrias. As primeirasvisam a extino do processo; as ltimas visam apenas o retardamento do processo.

    1.a DA EXCEO DE INCOMPETNCIA EM RAZO DO LUGAR. Segundo o art. 799 daCLT somente suspendem o feito as excees de suspeio e de incompetncia. As demaisexcees constituem-se em meras matrias de defesa. Esta exceo visa conduzir oprocesso para uma das Varas ou Vara, localizada no Municpio em que o mesmo deva seranalisado( vide regra contida no art. 651 da CLT). Define o art. 651 da CLT que acompetncia da Vara determinada pela localidade na qual o trabalhador presta seusservios. Quando o trabalhador for agente ou viajante, competente a Vara da localidade

    onde o empregador tiver seu domiclio, salvo se o empregado estiver imediatamentesubordinado agncia, ou filial, caso em que ser competente a Vara em cuja jurisdioestiver situada a mesma agncia ou filial. Em se tratando de empregador que promova arealizao de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, assegurado ao empregadoapresentar reclamao no foro da celebrao do contrato ou no da prestao dosrespectivos servios. Apresentada a exceo, ser concedida vista parte contrria, paraque se manifeste no prazo de 24 horas. Aps, se necessrio, ser a exceo instruda, e, emseguida, julgada.

    1.2 DA EXCEO EM RAZO DA MATRIA. Esta pode ser oponvel depois da defesa,por ser matria de ordem pblica. Esta visa declarar a incompetncia do juzo em funo da

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidomatria que est sendo discutida nos autos. Esta no suspende o andamento do feito,podendo ser analisada quando da sentena definitiva ou terminativa.

    1.3 DA EXCEO DE SUSPEIO OU IMPEDIMENTO. Vide art. 801 da CLT. O juiz ou oclassista, obrigado a dar-se por suspeito e pode ser recusado por algum dos seguintesmotivos, em relao pessoa dos litigantes: inimizade pessoal, amizade ntima, parentescopor consanginidade ou afinidade at o terceiro grau civil; e interesse particular na causa. Seo recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, nomais poder alegar exceo de suspeio. Tambm esta no ser conhecida, se doprocesso constar que o recusante deixou de aleg-la anteriormente, quando j a conhecia,ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou depropsito o motivo de que ela se originou. Apresentada a exceo de suspeio, o juiz ou oTribunal designar audincia dentro de 48 horas, para a instruo e julgamento da exceo.

    1.4 DAS PRELIMINARES PREJUDICIAIS AO MRITO. Pode ainda o ru, em termos dedefesa indireta, alegar conexo, nulidade da citao, perempo, litispendncia, coisa

    julgada, incapacidade da parte e carncia de ao. Reputam-se conexas duas aesquando em ambas as partes foram as mesmas, tendo o mesmo objeto e causa de pedir. D-se a continncia entre duas ou mais aes sempre que h identidade quanto s partes e causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo abrange a outra. H coisa julgadaquando se repete a ao que j foi decidida por sentena, de que no caiba recurso. Hlitispendncia quando se repete a ao que j foi julgada, mas que no transitou em julgado.Nestes casos haver extino do processo sem julgamento do mrito.

    1.5 - DAS PRELIMINARES PREJUDICIAIS DE MRITO. Decadncia e prescrio. Naprimeira ocorre a extino do prprio direito e na segunda do direito de ao. A primeira deordem material e a segunda de ordem processual.

    2 DA DEFESA DIRETA. Na defesa direta o ru questiona meritoriamente cada direitoperseguido pelo autor, reportando-se diretamente e especificamente a cada um deles,levantando os fatos pelos quais entende serem prejudiciais aos pedidos, negando-os ouapresentando fatos modificativos, impeditivos ou extintivos, que resultem no seu noacolhimento. A defesa dever ser apresentada, consoante regras expostas nos arts. 301 e302 do CPC, sob pena de sofrer precluso consumativa, salvo nos casos previstos no art.303 do CPC. A defesa direta e indireta h de ser apresentada numa mesma pea, salvo as

    excees em razo do lugar e impedimento ou suspeio do juiz.3 DA RECONVENO. Destina-se a apresentar pedido contra o autor, sendoapresentada no mesmo momento da defesa, sendo um caso de cumulao de aes. Areconveno, segundo regra estampada no art. 315 do CPC, h de ser conexa com a aoprincipal e com os termos da defesa. No caso das aes de substituio processual, nopode o ru reconvir com relao ao autor da ao, j que este encontra-se agindo em nomede terceiros. Apresentada a reconveno, o autor-reconvindo ter prazo de 05 dias para sedefender, fazendo geralmente em audincia. Extinta a ao principal, sem julgamento domrito, nada impede o prosseguimento da instruo e julgamento da reconveno. A petioinicial da reconveno deve observar os mesmos requisitos da petio inicial da aoprincipal. Ambas sero apreciadas no mesmo momento.

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecido

    9 e 10 MDULOS DE AULA

    DAS PROVAS

    I DA NATUREZA JURDICA DA PROVA. A prova o conjunto dos meios empregadospara demonstrar legalmente a existncia de um ato jurdico e, no Direito Processual, buscaro convencimento do Magistrado a propsito da veracidade das alegaes das partes. A ums tempo interessa ao Direito Material e ao Direito Processual.

    II - O JUIZ E A PROVA. A CLT nos arts. 818 a 830 se ocupa das provas. Tal regramentono disciplina integralmente esta matria, aplicando-se ao Processo do Trabalho, face alacuna da lei, os dispositivos existentes no Processo Civil, que com aquele ramo do direitono sejam incompatveis. O art. 848 da CLT dispe que facultado ao Juiz Presidente, ex

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidoofficio, ou a requerimento dos demais membros do Colegiado interrogar as partes. O Juizpassa a ter um papel importante, buscando tirar dos litigantes os elementos necessrios pesquisa do fato sub judice. Importante se ressaltar a regra insculpida no art. 130 do CPC,no qual confere ao juiz, de ofcio ou a requerimento das partes, determinar as provasnecessrias instruo do processo, indeferindo as diligncias inteis ou procedimentosmeramente protelatrios. Conduz o juiz o processo, tanto na forma preconizada pelo art. 765da CLT, quanto pela forma prevista no art. 125 do CPC. Entretanto, o impulso dado pelo juizno desonera s partes de provarem suas alegaes, indicando e apresentando as provasnecessrias para o convencimento do julgador. A prova no s interessa s partes, como ao

    juiz, que representa o Estado, pois a ele cumpre preservar a paz social. O juiz avaliar aprova, na forma prevista no art. 131 do CPC, dando a cada uma o valor e peso quemerecem, segundo a impresso registrada por cada uma na formao do seuconvencimento. Esta norma consagra a teoria objetiva da prova, pela qual o convencimento

    do juiz haver de ser motivado pelas provas colacionadas aos autos, restando apenas aliberdade de interpret-las. O CPC faculta ao juiz tomar providncias teis ao aclaramentodas divergncias trazidas aos autos e rejeitar pedidos de provas que consideredesnecessrias aos objetivos do processo.

    III DAS PRESUNES: Muitas so as teorias sobre a natureza jurdica da presuno. Aclssica v a presuno como substitutivo da prova. Temos ainda: a teoria da maior oumenor facilidade na concluso, do fundamento, do efeito probatrio e da inverso do nus daprova. Ficamos com a primeira teoria, defendida por Pothier, segundo o qual a presunodifere da prova propriamente dita; esta faz f diretamente, e por si mesma, de uma cousa; apresuno faz f por uma conseqncia tirada de outra coisa. Para chegar a verdade dos

    fatos, a prova trilha o caminho direto com o concurso dos sentidos e o indireto mediante areflexo. O primeiro o da prova e, o segundo, o da presuno que se divide em legal ecomum. O CPC, ao nosso ver de forma correta, no considera as presunes como meiosde prova, mas um mtodo de raciocnio. O juiz forma sua convico com fundamento naprova dos fatos. a prova direta. Quando, porm, ele parte de um fato conhecido parachegar a um outro ignorado, temos a presuno. A presuno se divide em: a) comum ou

    judicial( de hominis), que no extrada da lei, mas deduzida livremente de fatos da mesmaespcie de outros, que geralmente ocorrem e que servem para formar o juzo do magistrado;b) legal absoluta(jure et jure) quando a lei declara verdadeiro um fato e no admite prova emcontrrio; c) relativa( juris tantum) a que embora aceita como verdadeira pela lei, pode serelidida por provas que a eliminem; d) de fato (praesumptio facti) aquela que, sozinha, no

    leva a prova necessria; e) simples, a que o juiz deduz, em acatamento s regras de direito esegundo certas circunstncias. Sobre a presuno jure et jure, reza o inciso IV do art. 334do CPC, que no depende de prova fato em cujo o favor milita presuno legal de existnciaou de veracidade. Acerca da presuno juris tantum, o art. 302 do CPC coloca-nos umexemplo: presumem-se verdadeiros os fatos relatados na petio inicial e no impugnadospelo reclamado em sua defesa, salvo: a) se no for admissvel, a seu respeito, a confisso;b) se a petio inicial no estiver acompanhada de instrumento pblico que a lei considerarde substncia do ato; c) se estiverem em contradio com a defesa, considerada em seuconjunto.

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoIV DO NUS DA PROVA. Dispe o art. 818 da CLT que a prova das alegaes incumbe parte que as faz. Por conseguinte, cabe ao autor a prova do fato constitutivo do seu direito.Tal norma complementada pelo art. 333 do CPC. Compete ao ru, diante do exposto noinciso II do art. 333 do CPC, a prova do fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direitopostulado pelo autor. Temos nos posicionado que inaplicvel ao processo do trabalho ainverso do nus da prova, mencionada no pargrafo nico da norma adjetiva civil supracitada, por no atender finalidade primordial do direito do trabalho, que de proteger otrabalhador contra os abusos do mais forte economicamente o empregador. Contudo, cabeaqui mencionar uma regra de exceo esta ressalva: se o trabalhador alegar um fato, cujaa prova encontre-se to somente com o ru, e dela dependa o julgamento, poder requer ao

    juiz que determine a sua produo pela parte adversa, sob pena de aplicao do teor do art.359 do CPC, sempre que a parte contrria admitir a sua existncia. Cabe a cada parte,diante da distribuio do nus da prova, provar adequadamente suas alegaes. Se a prova

    for precria ou insuficiente, a parte, a quem tem o dever de produzi-la, ficar prejudicada. OTST possu alguns enunciados que tratam da matria. O Enunciado 86 do C. TST dispe que do empregador o nus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparaosalarial. O Enunciado 212 determina que compete ao empregador a prova sobre o trmino docontrato de trabalho, quando negados prestao dos servios e o despedimento, face aoprincpio da presuno da continuidade da relao empregatcia, que favorece aohipossuficiente.

    V DA LICITUDE DOS MEIOS DE PROVA. A matria tem tratamento constitucional, postoque o inciso LVI do art. 5 da Carta Magna dispe que so inadmissveis, no processo, asprovas obtidas por meios ilcitos. No ordenamento infraconstitucional, tambm temos esta

    garantia, conforme preceito inserido no art. 332 do CPC, que assim disciplina a matria: todos os meios legais, bem como os moralmente legtimos, ainda que no especificadosneste Cdigo, so hbeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ao ou adefesa. Uma prova para ser conhecida pelo juiz no pode ser obtida por meio ilcito ouimoral. O conceito de licitude e moralidade se complementam para a aceitao da provaoferecida pela parte.

    VI DA ISONOMIA NA PRODUO DA PROVA. O princpio da isonomia na produo dasprovas uma projeo do princpio da igualdade das partes no processo. Tanto o autor

    quanto o ru devem ter iguais oportunidades no processo para realizar as provas de suasalegaes. Mas, esta garantia dever tambm ser estendida s manifestaes das partessobre as provas produzidas pela parte contrria. A ofensa a este princpio acarreta acaracterizao do cerceamento do direito de defesa das partes no processo.

    VII - DA OPORTUNIDADE DA PROVA. Tm as partes de realizar a prova no momentoprocessual adequado. No o fazendo opera-se a precluso. Contudo, podero as partesproduzirem-na aps o prazo assinalado para este fim, se restar demonstrada aimpossibilidade de sua apresentao no momento adequado ou porque no tinha a parteconhecimento desse meio de prova. A prova, em geral, pode ser produzida ad perpetuamrei memoriam, isto , antes da abertura do processo, nos casos que se seguem: a

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidoalm das partes, das sentenas proferidas em reviso de sentena normativa(art. 898 daCLT); a Procuradoria da Justia do Trabalho e os representantes legais dos menores, nashipteses previstas no art. 793 da CLT( em representao ou assistncia aos menores); o

    juiz ex officio, quando as sentenas forem desfavorveis aos entes pblicos. tambmrequisito subjetivo de admissibilidade do recurso a competncia do rgo jurisdicional emrazo do lugar, da matria, da pessoa e funcional. Pressupostos objetivos so de ordemprocedimental: permissibilidade legal, ou seja, o recurso tem que estar previsto em lei;singularidade do recurso, isto , a sentena ou o acrdo s podem ser atacados por umnico recurso( princpio da unirrecorribilidade do recurso); observncia do prazo de oito diaspara a propositura do recurso; pagamento das custas e do valor do depsito recursal( ascustas podem ser pagas at cinco dias aps a propositura do recurso - 4 do art. 789 daCLT). lcito ao recorrente desistir ou renunciar do recurso. Na desistncia o recorrente noprecisa da prvia anuncia do recorrido ou mesmo dos litisconsortes(art. 501 do CPC). Na

    renncia no se chega a interpor o recurso porque a parte deixa esgotar-se in albis oprazo recursal ou porque fez uma declarao de que no pretende recorrer.

    III ASPECTOS GERAIS. Existem trs hipteses de incio de contagem do prazo: da leiturada sentena em audincia; da intimao das partes; e da publicao da smula do acrdono rgo oficial. Nas trs hipteses o prazo sempre comear a fluir a partir do primeiro diatil, subseqente ao dia do conhecimento do fato. Se durante o prazo do recurso a parte ou oseu advogado vier a falecer, ou ocorrer motivo de fora maior que suspenda o curso doprocesso, ser tal prazo restitudo em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contraquem comear a fluir novamente depois da intimao(arts. 507 a 509 do CPC). mister a

    habilitao do herdeiro ou do sucessor para que recomece o prazo. O prazo restitudointegralmente. Quando um recurso interposto por um litisconsorte aproveita a todos osdemais, quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns. O julgamento do recursosubstitu a sentena recorrida no que tiver sido objeto de recurso. O que no consta dorecurso res judicata, sendo vedado ao Tribunal reexamin-lo. Por derradeiro, o acrdono revoga a sentena, mas a substitu por anulao ou ratificao. As decisesinterlocutrias no so recorrveis( 1 do art. 893 da CLT). Os recursos, em geral, nopossuem efeito suspensivo, mas meramente devolutivo. Se a lei no prescrever determinadaforma, com cominao de nulidade, permitido ao Juiz considerar vlido o ato se realizadode outro modo, lhe alcanar a finalidade. A fungibilidade aceita em se tratando de errosanvel.

    IV - DO RECURSO ADESIVO. O CPC foi buscar esta figura jurdica na ZPO alem,pargrafos 521 a 523 e 566; no direito italiano - impugnazione incidentale; na Franaappel incident; e, em Portugal, recurso subordinado. O recurso adesivo proporciona parte, que se conformara com a sucumbncia parcial, a oportunidade de recorrer dentro doprazo contado da publicao do despacho que admitiu o apelo da parte adversa(inciso I, art.500 do CPC). Esse prazo, no processo laboral, de 08 dias. Em conformidade com odisposto no inciso II do art. 500 do CPC, aceito de forma subsidiria no processo laboral, aaplicabilidade do recurso adesivo estende-se aos recursos ordinrios, de revista, embargos,agravo de petio e recurso extraordinrio. Temos que o recurso adesivo somente poder

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidoser interposto pelas partes, quando vencidos, excluindo-se sua permissibilidade para osterceiros interessados e o Ministrio Pblico, como fiscal da lei. O Enunciado 196 do C. TSTrevogou o Enunciado 175.

    V - DO RECURSO ORDINRIO. o meio adequado para a parte recorrer da sentena,naquela parte que lhe for desfavorvel, sempre que aquela ponha termo ao dissdioindividual, com ou sem julgamento do mrito. O mesmo tem o condo de devolver instnciasuperior a discusso sobre toda a matria inserida no recurso. Pelo recurso ordinrio,procura-se evidenciar vcios de juzo (errores in judicando) ou vcios de atividade (erroresin procedendo). Em se tratando de erros de procedimento a sentena anulada e os autosretornam instncia inferior para que se repita, desde determinada fase do processo, todosos atos praticados e que foram impugnados. Contudo, havendo precluso sobre a matria

    suscitada no recurso, dela no conhecer a instncia revisional. No caso de nulidadeabsoluta, independentemente da argio levantada em grau de recurso, esta dever serconhecida de ofcio pelo juzo revisor. Caso um pedido tenha sido efetuado com base emmais de uma causa de pedir, poder o juzo revisor apreci-lo sobre a tica daquelas noanalisadas pelo juzo a quo, sem importar em supresso de instncia( 2 do art. 515 doCPC). Isto porque o recurso devolve ao Tribunal o conhecimento de todos os outrosfundamentos. Tambm podero ser suscitadas pelo recorrente as questes de fato deixadasde lado pelo mesmo junto ao juzo recorrido, desde que provar que deixou de faz-lo pormotivo de fora maior( art. 517 do CPC). Podero as partes juntarem documentos novos,quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrap-los aos que foram produzidos nos autos( art. 397 do CPC). O recurso proposto perante a

    instncia que elaborou a sentena atacada, endereada uma das turmas que compem ainstncia superior.Este ser recebido apenas no efeito devolutivo.

    VI DO RECURSO DE REVISTA. Este comporta matria meramente jurdica. Suaregulamentao encontra-se no art. 896 da CLT. Cabe o recurso de revista: derem aomesmo dispositivo de lei federal interpretao diversa da que lhe houver dado outro TribunalRegional, no seu Pleno ou de Turma, ou a Seo de Dissdios Individuais do TribunalSuperior do Trabalho, ou a Smula de Jurisprudncia Uniforme dessa Corte; derem aomesmo dispositivo de lei estadual, Conveno Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo,sentena normativa ou regulamento empresarial de observncia obrigatria em reaterritorial que exceda a jurisdio do Tribunal regional prolator da deciso recorrida,

    interpretao divergente, na forma da alnea a; proferidas com violao literal de disposiode lei federal ou afronta direta Constituio Federal. Este ser recebido apenas no seuefeito devolutivo( 1 do art. 896 da CLT). Das decises proferidas pelos TribunaisRegionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execuo de sentena, inclusive emprocesso incidente de embargos de terceiro, no caber Recurso de Revista, salvo nahiptese de ofensa direta e literal de norma da Constituio Federal. Os Tribunais Regionaisdo Trabalho procedero, obrigatoriamente, uniformizao da sua jurisprudncia, nostermos do Livro I, Ttulo IX, Captulo I, do CPC, no servindo a smula respectiva paraensejar a admissibilidade do recurso de revista quando contrariar Smula de JurisprudnciaUniforme do Tribunal Superior do Trabalho. Ressalte-se, entrementes, que a divergnciaapta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, no se considerando como tal a

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidoultrapassada por smula, ou superada por iterativa e notria jurisprudncia do TribunalSuperior do Trabalho. Estando a deciso recorrida em consonncia com o enunciado daSmula da Jurisprudncia do TST, poder o Ministro Relator, indicando-o, negar seguimentoao Recurso de Revista, aos Embargos, ou ao Agravo de Instrumento. Ser denegadoseguimento ao recurso nas hipteses de intempestividade, desero, falta de alada eilegitimidade de representao, cabendo a interposio de agravo. O recurso de revista umapelo eminentemente tcnico, sendo o seu objetivo a unificao da jurisprudncia em nossostribunais e observar o fiel cumprimento de lei federal ou da constituio. O prazo para suainterposio de oito dias. As turmas do TST so as que possuem a competncia paraapreciar o recurso de revista. Se o juzo a quo admitir a revista apenas por um dosfundamentos alegados pelo recorrente, nada obsta que o juzo ad quemdele conhea porambos os fundamentos, ou por fundamento diverso daquele em que foi conhecido peloTribunal Regional. Neste caso no cabe agravo de instrumento( Enunciado 285 do C. TST),

    pois no se est negando seguimento ao recurso. O juzo revisor no se encontra adstritoaos elementos de convico do juzo de admissibilidade. A parte contrria s ser intimadapara se manifestar sobre o recurso, no prazo de oito dias, se o recurso for admitido pelo juzode admissibilidade. Mesmo aps a apresentao das contra-razes ao recurso de revista,poder o juzo de admissibilidade fazer o reexame dos pressupostos necessrios admissodo recurso( pargrafo nico do art. 518 do CPC).

    VII DO AGRAVO DE PETIO. Cabe Agravo de Petio, no prazo de oito dias, dasdecises do Juiz Presidente, nas execues. Previso legal: letra a do art. 897 da CLT. Oagravo de petio s ser recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as

    matrias e os valores impugnados, permitindo a execuo imediata da parte remanescenteat o final, nos prprios autos ou por carta de sentena. O agravo tambm s ser conhecidose a parte o instruir com cpias da deciso agravada, da certido da respectiva intimao,das procuraes outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petio inicial,da contestao, da deciso originria, da comprovao do depsito recursal e dorecolhimento das custas. Facultar-se- parte a juntada de outras peas que julgarnecessrias. O agravado ser intimado para oferecer resposta no prazo de oito dias,instruindo-a com as peas que considerar necessrias ao julgamento do recurso. Nocaber agravo contra decises interlocutrias. Estas somente sero recorrveis quando daapreciao do merecimento das decises definitivas( 1 do art. 893 da CLT c/c 2 do art.799 da CLT e Enunciado 214 do C. TST). Segundo a redao do 4 do art. 884 da CLT, a

    sentena de liquidao somente poder ser impugnada na oportunidade dos embargos execuo. O agravo ser julgado pelo prprio Tribunal, presidido pela autoridade recorrida,salvo se tratar de deciso do Juiz da Vara ou de Juiz de Direito, quando o julgamentocompetir a uma das turmas do Tribunal Regional a que tiver subordinado o prolator dadeciso, observado o disposto no art. 679 celetrio, a quem este remeter as peasnecessrias para o exame da matria controvertida, em autos apartados, ou nos prpriosautos, se tiver determinada a extrao da carta de sentena.

    VIII DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. Previso legal: letra b do art. 897 da CLT.Caber dos despachos que denegarem a interposio do recurso. O agravo de instrumento

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecido541 a 546 do Cdigo de Processo Civil. O prazo para a interposio do recursoextraordinrio de 15 dias. Apresenta-se o recurso atravs de petio prpria, contendo aexposio de fato e de direito, a demonstrao do cabimento do recurso e as razes dopedido de reforma da deciso recorrida. O juzo de admissibilidade, faz-se atravs doPresidente do TST, cabendo a este apreciar a admisso ou no do recurso. Em casodenegatrio, caber agravo de instrumento, no prazo de cinco dias, para o STF, instruindo oagravante suas petio com as peas necessrias indicadas no art. 523 do CPC, alm dasmencionadas pelo mesmo. O agravado tambm ir instruir o agravo com as peas que julguenecessrias. Recebido pelo relator, este emitir sua deciso e colocar o processo em pautapara apreciao. Sendo acolhido, o recurso extraordinrio ser encaminhado ao STF. Dadeciso do relator que no acolher o agravo, caber agravo regimental para o rgo julgador,no prazo de 05 dias( 5 do art. 28 da Lei 8.038/90, o qual dever cingir-se ao exame dodespacho impugnado).

    XII DO AGRAVO REGIMENTAL. No o mesmo regido expressamente pela CLT,embora esta o mencione no 1 do art. 709. Nos define Jos Augusto Rodrigues Pinto queagravo regimental define-se como meio para obter-se de um tribunal o reexame e acassao de ato de um dos seus membros, que esteja entravando a apreciao de outrorecurso ou de ao de competncia do prprio tribunal.. O agravo regimental , sobretudo,de criao pretoriana e prende-se a decises proferidas no tribunal que devam ser revistaspor ele mesmo. Tem natureza meramente devolutiva, cabvel para o Pleno, sendo que oprazo para sua interposio no TRT da 6 Regio de 05 dias. J no TST, face ao dispostono art. 338 do seu Regimento Interno, o prazo de 08 dias. O relator do agravo ser o

    mesmo que tem o ato impugnado, sem direito a voto.

    XIII DA CORREIO PARCIAL. A CLT faz remisso a este remdio jurdico no inciso XIdo art. 682. admitida apenas contra vcios de atividade do juiz ou errores in procedendo. Oprazo para sua apresentao de 05 dias, contados da cincia do ato ou despacho pelaparte atingida. Sua petio dever ser instruda com a certido do inteiro teor, ou documentoautenticado que a substitua, da deciso ou despacho reclamado e das peas em que seapoiou a deciso. Ser concedida vista ao juiz prolator da deciso atacada, no prazo de 05dias, para que se pronuncie sobre o teor do pedido correcional.. A correio parcial s cabvel quanto a atos do juiz e no do Tribunal.

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    13 MDULO DE AULA

    LIQUIDAO DE SENTENA.

    I ASPECTOS GERAIS. Dispe o art. 879 da CLT que sendo ilquida a sentenaexeqenda, ordenar-se-, previamente, a sua liquidao, que poder ser efetivada porclculo, por arbitramento ou artigos. Dever ser observado que na liquidao no se podermodificar os limites da coisa julgada material e nem os seus termos. Se o clculo forefetuado primeiramente pelo contador da Vara, se abrir prazo para as partes e para o INSS,para que se manifestem sobre os mesmos, no prazo sucessivo de 10 dias. A abertura desteprazo uma faculdade do Juiz. Isto porque, a partir da Lei 10.035/00, dever o setor de

    clculos ou as partes, em anexo, apresentar planilha discriminativa dos valores devidos attulo de I.R. e INSS, parte do empregado e do empregador, alm das contribuies deterceiros. A no impugnao aos clculos oferecidos pelo contador do juzo importar naaplicao da pena de precluso, consoante termos contidos no art. 879 da CLT, observadasas alteraes determinadas pela Lei 10.035/00. A liquidao de sentena, promovida na fasede acertamento, seja em sede de execuo definitiva ou provisria, tem por escopo convertero objeto da condenao em nmeros determinados, transformando a obrigaoindeterminada em obrigao determinada. Segundo, bem conceitua Liebman, a liquidao um ato preparatrio para a execuo, tendo como natureza jurdica a declarao que ali seemite sobre a certeza do limite do valor a ser executado ou do perfil da dvida. Entendemos,aproveitando a lio emanada de Alcides Mendona Lima, que a liquidao uma fase

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidoprocedimental, composta de uma srie de atos, cuja a finalidade dar certeza ao objeto aser executado, em termos de nmeros. Assim, fixa-se o quantum debeatur por meio deliquidao de sentena. S aps a sentena de liquidao que o processo executrio,propriamente dito, se iniciar, a partir do mandado de citao e penhora ou s de citao,consoante for o caso. Se na sentena houver uma parte lquida e outra ilquida, de imediato,poder se iniciar a execuo com relao ao valor j conhecido, abrindo-se a fase deacertamento com relao ao valor desconhecido. Tal procedimento, ao nosso ver, no fere algica cronolgica dos atos processuais, j que paralelamente o processo ir transcorrernormalmente, sem prejuzo para as partes. Isto ocorre tambm quando uma das obrigaesda coisa julgada refere-se a uma obrigao de fazer ou no fazer, correndo o processosimultaneamente, observando-se os procedimentos j mencionados. Tal permissoencontra-se inscrita no 2 do art. 586 do CPC, aplicvel ao processo do trabalho.Ordinariamente a fase de acertamento inicia-se atravs de ato do Juiz, que despacha para

    que o contador ou o autor ou o perito liquide o feito. Contudo, mormente no caso deexecues provisrias, poder o autor postular pelo incio da fase de acertamento. Caso noo faa, autoriza o art. 570 do CPC que o ru solicite ao Juiz que determine a liquidao dofeito.

    II DA LIQUIDAO POR CLCULOS. Far-se- a liquidao por clculos, quando acondenao abranger: juros ou rendimentos de capital, cuja a taxa estabelecida em lei oucontrato. Esta a definio contida no inciso I do art. 604 do CPC. No processo trabalhista aliquidao por clculos do contador aquela que depende apenas de simples clculoaritmtico. Neste tipo de liquidao ficam j estabelecidos todos os critrios para acomposio dos objetos contidos na condenao, devendo simplesmente o contador, atravs

    de operaes aritmticas, liquidar os valores devidos, como por exemplo: o juiz fixa umamdia mensal de horas extras devidas, arbitra o adicional a ser aplicado e fixa aremunerao que dever servir de base para os clculos, cabendo to somente ao contadorfixar os valores devidos atravs dos clculos. O erro material, por ventura existente, poderser corrigido a qualquer momento. Isto porque a res judicatas alcana os clculos corretos,excluindo aqueles que se encontram materialmente apresentados de forma equivocada. Nohavendo controvrsia quanto aos clculos apresentados pelo contador, poder o juizhomolog-los ou, discordando parcialmente dos mesmos, determinar sua reforma, mediantesentena de liquidao provisria. Refeitos os clculos, novamente ser concedida vista spartes e ao INSS, e, em seguida, concordando o juiz com a reforma procedida, dever emitirsentena homologatria sobre os mesmos. Entretanto, a parte de apresentou impugnao

    aos clculos, poder embargar execuo.

    III DA LIQUIDAO DA SENTENA POR ARBITRAMENTO. Mais uma vez a CLT omissa, aplicando-se o disposto no art. 606 do CPC, que assim dispe: Far-se- aliquidao por arbitramento quando: determinada pela sentena ou convencionada pelaspartes e o exigir a natureza do objeto da liquidao. . Entendemos que este modo deliquidao tem como pressuposto de legitimidade a natureza do objeto a ser liquidado e apresena de uma pessoa com conhecimentos especializados. Neste caso, o juiz nomear oexperto, sendo admitida a presena de assistentes indicados pelas partes, as quaisapresentaro os seus quesitos, sem excluso daqueles que o juiz houver por bem formular.Apresentado o laudo, as partes tero prazo de 10 dias para se manifestarem sobre o seu

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidocontedo. Ser concedida vista ao perito sobre as impugnaes oferecidas, para que semanifeste em 10 dias. Prestados os devidos esclarecimentos, as partes tero vistas sobre osmesmos, podendo se manifestarem no prazo de 05 dias. Aps, o processo estar conclusopara o juiz, que no se encontra vinculado aos termos do laudo, podendo rejeit-lo edeterminar nova apurao ou impugnar alguma parte do laudo. Ao tomar esse caminhoestar lavrando uma sentena provisria sobre a liquidao, fixando os termos de suasdiscordncias e concordncias. Refeito o laudo, novamente as partes e o INSS tero vistassobre os novos clculos apresentados. Em seguida o juiz, concordando com a reformaoperada, ir lavrar a sentena de liquidao. Se aceito o laudo, integralmente pelo juiz, serlavrada a sentena de liquidao definitiva, passvel, porm, de ser reformada pelosembargos execuo.

    IV DA LIQUIDAO DA SENTENA POR ARTIGOS. Tal forma de liquidao encontra-

    se inserida nos arts. 608 e 609 do CPC. A liquidao por artigos se processa semprequando, para determinar o valor da condenao, houver necessidade de alegar e provar fatonovo. Temos que esta definio carrega uma impreciso, j que entendemos que aliquidao por artigos se dar sempre que a sentena no trouxer elementos definidores paraa elaborao dos clculos, necessitando de uma melhor apurao na fase de acertamento.Por exemplo, o autor postula horas extras e a sentena reconhece este direito, mas nodefine a jornada, em funo da prova que contraditria quanto a extenso da mesma.Neste caso, o juiz determinar audincia de liquidao, na qual as partes podero apresentarnovas provas, e, em sentena provisria de liquidao, fixar o limite da jornada a serobservada para os clculos das horas extras. Contudo, no se admite na liquidao porartigos, a prova de fatos que a sentena no reconheceu. Caso contrrio, estaria a se

    admitir a violao da coisa julgada. Se for o autor que postular a liquidao por artigos,dever declarar quais os fatos que a justificam ou fato novo, sob pena do juiz indeferir essaforma de procedimento, se bem que poder suprimir essa omisso. Desta petio a partecontrria ter vista para se manifestar no prazo de cinco dias. Aps a sentena de liquidao,o juiz poder determinar que as partes apresentem seus clculos, autor e ru. Se o ru omitir

    se de se manifestar sobre os clculos apresentados pela parte adversa, o juiz poderhomologar o clculo apresentado, podendo, entretanto, o ru opor embargos execuo.Contudo, se o clculo for elaborado diretamente pelo contador da Vara e as partes no semanifestarem sobre o mesmo, no prazo de 10 dias, estar precluso o momento de faz-loem outra oportunidade.

    V DA CORREO MONETRIA E JUROS DE MORA. A atualizao monetria se faratravs de tabelas emitidas pelo Setor de Corregedoria do E. Tribunal Regional do Trabalho,aplicando-se as legislaes vigentes cada poca. Sobre o principal corrigido devero seraplicados os juros de mora, com base em 1% por ms, da data do ajuizamento da ao at adata em que o clculo estiver sendo elaborado. No caso de existncia de parcelasvincendas, os juros sero regressivos, contados a partir do momento em que estas parcelaspassaram a ser exigidas juridicamente. Contudo, inaplicam-se os juros de mora para asempresas, cuja a falncia foi decretada ou sob liquidao extra-judicial. Nestas hipteses, os

    juros s so computados at a data da decretao da falncia ou da liquidao extra-judicial.Observar-se- quanto a correo monetria o Precedente 124 do SDI do C. TST. A correomonetria dever partir do sexto dia til do ms subseqente ao da prestao dos servios.

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    14 MDULO DE AULA

    DA EXECUO

    I PROCESSO DE EXECUO

    1 DO TTULO EXECUTIVO. Segundo bem nos leciona Carnelutti o ttulo executivo umaprova, mas provida da particular eficcia de ttulo legal e opera no princpio e no no cursodo procedimento. No Processo do Trabalho constituem-se em ttulos executivos: a sentenacondenatria; acordo judicial; sentena homologatria de laudo arbitral; sentena estrangeirasobre matria trabalhista homologada pelo STF e os acordos extra-judiciais feitos perante ascomisses paritrias de empregados e empregadores, institudas pela Lei 9.958/00. Sendoque este ltimo o nico que se constitu em ttulo executivo extra-judicial. Executa-se ottulo executivo na Justia do Trabalho da seguinte forma: o devedor, espontaneamente,

    cumpre a obrigao ou forado pela Justia a cumprir com os termos do ttulo executivo.Aqui comea a segunda atividade jurisdicional, formalizada atravs de um procedimentoexecutrio. Enquanto no processo civil a execuo, em geral, promovida em autosapartados, no processo laboral a execuo promove-se, em geral, diante do impulso oficialdado pelo juiz, nos autos do prprio processo da ao cognitiva ou atravs de Carta deSentena. Quando h resistncia para o cumprimento da obrigao contida no ttuloexecutivo, procede-se com a chamada execuo forada, sinnimo do processo deexecuo judicial. Observe-se, consoante o disposto no art. 877 da CLT, que competentepara a execuo das decises o juiz que tiver conciliado ou julgado originariamente odissdio.

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por DesconhecidoII DA DEFINIO DO CONCEITO DE EXECUO FORADA. Pegando carona nosensinamentos do mestre Frederico Marques, temos que o conceito de execuo forada oseguinte: um conjunto de atos processualmente aglutinados, que se destinam a fazercumprir, coativamente, prestao a que a lei concede pronta e imediata exigibilidade. Namoderna doutrina processual temos que a ao executria ou executiva reveste-se denatureza autnoma.

    III DOS PRINCPIOS QUE DEFINEM A EXECUO. So princpios que norteiam aexecuo: toda execuo real porque atinge o patrimnio e no a pessoa do devedor( art.591 do CPC); toda a execuo tm por finalidade, apenas, a satisfao do direito doexeqente; a execuo deve ser til ao credor e intolervel o seu uso s para causarprejuzo ao devedor( 2 do art. 659 do CPC); toda execuo deve ser econmica, isto ,deve consumar-se de maneira a atender ao pedido do exeqente e cause ao devedor o

    menor prejuzo possvel(art. 620 do CPC); e tem o credor livre disponibilidade do processode execuo.

    IV DOS ASPECTOS GERAIS. perfeitamente cabvel, baseado nos arts. 573 e 620 doCPC, ao credor cumular vrias execues, ainda que fundadas em ttulos diferentes,promovidas contra o mesmo devedor, desde que para todas elas seja competente o juiz eidntica a forma do processo. O inciso V do art. 585 do CPC informa, de modo a no deixardvidas, que so ttulos executivos: o crdito de serventurio de justia, de perito, deintrprete ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorrios forem aprovadospor deciso judicial. Cabe ao vencedor da lide requerer a execuo com fundamento no art.880 da CLT. Recebido esse pedido, o juiz ordenar a expedio de mandado de citao e

    penhora ou s de citao, conforme o caso, ao executado, a fim de que cumpra a deciso ouacordo no prazo, pelo modo e sob as cominaes estabelecidas ou, em se tratando depagamento em dinheiro, para que pague em 48 horas, ou garanta a execuo sob pena depenhora. Consoante o disposto no 2 do art. 8 da Lei 6.830/80, o despacho do juiz queordenar a citao, interrompe a prescrio. O mandado de citao deve conter a partedispositiva da deciso exeqenda ou o termo do acordo no cumprido, nome do exeqente eexecutado, o endereo onde o executado deva ser procurado, os valores pertinentes aocrdito do exeqente, custas judiciais, honorrios advocatcios e/ou honorrios periciais, evalores relativos ao INSS( parte do empregador e do empregado e contribuio de terceiros)e I.R. Segundo o art. 880 da CLT, em seu 2, exige-se que a citao seja pessoal e atravsdo oficial de justia. Contudo, torna-se cada vez mais utilizada a citao postal, s se usando

    aquela forma exigida pela CLT, se o executado for ente de direito pblico ou se a citaopelo correio for devolvida. Observe-se que inexiste nulidade se o ato jurdico praticado,mediante forma diversa da prevista em lei, atender a sua finalidade, no causando qualquerprejuzo parte(art. 794 da CLT). Aqueles que defendem uma aplicao mais rigorosa daLei, como Eduardo Gabriel Saad, encontram-se na contramo da evoluo do direitoprocessual, da sua desburocratizao e da informalidade que deve nortear a maioria dosatos processuais. Se o executado for pessoa fsica, imprescindvel a citao da sua esposaou esposo, para que venha integrar o plo-passivo da execuo, salvo se for empregadordomstico, a fim de defender sua meao. Exceto se a pessoa fsica houver se casado nocurso do andamento processual. Se o executado for procurado por duas vezes, no espaode 48 horas, e no for encontrado, far-se- a citao por edital, publicado em jornal oficial ou,

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidona falta deste, afixado na sede da Vara, durante cinco dias. Aplica-se supletivamente odisposto no art. 7 da Lei 6.830/80, quanto a citao, salvo o inciso II. O exeqente,entretanto, poder renunciar a execuo.

    II DAS MODALIDADES DE EXECUO.

    1 EXECUO PROVISRIA. Esta se procede sempre que ainda no houver seconstitudo a coisa julgada material e processual, podendo a parte interessada requerer aextrao da Carta de Sentena, com a finalidade de tornar mais gil o processo executrio.Dever juntar todas as peas necessrias execuo e esta dever caminhar at a garantiaintegral do juzo ou mesmo julgamento dos embargos execuo e agravo de petio, se foro caso, no importando tal modo de execuo em transferncia de patrimnio do executadopara o exeqente ou terceiros, at que se forme a coisa julgada material e processual.

    Contudo, como no processo do trabalho comum a existncia de vrios objetos na lide eque tenham sido reconhecidos em sentena e/ou acrdo regional, aqueles que no foremobjeto de recurso esto alcanados pela coisa julgada material, sendo a execuopromovida, neste particular, definitiva, o que garante ao credor receber a parte incontroversaque lhe cabe, com os descontos pertinentes ao INSS e I.R. Contudo, se a garantia do juzoconstituir-se em penhora, a haver impossibilidade de alienao do bem, impossibilitandopara o credor receber a parte incontroversa. A execuo provisria admitida nos seguintescasos: a) do recurso extraordinrio regularmente recebido(arts. 497 e 543, 3, do CPC); b)do agravo de instrumento contra despacho que denega recurso extraordinrio (art. 544 doCPC); c) do recurso de revista recebido com efeito devolutivo ou do agravo de instrumentosobre o despacho que lhe nega seguimento; d) de agravo regimental contra despacho

    denegatrio dos embargos opostos s decises das turmas do TST; e) do recurso ordinrioaceito com efeito devolutivo ou do agravo de instrumento sobre o despacho que lhe negaseguimento. Depois do trnsito em julgado da sentena de mrito, a execuo torna-sedefinitiva.

    2 DA EXECUO DEFINITIVA. So aquelas promovidas a partir da existncia da coisa julgada material e formal, prosseguindo at se alcanar o objetivo da mesma, que asatisfao do crdito exeqendo ou cumprimento da obrigao de fazer ou no fazer.

    3 DAS OBRIGAES DE DAR. A maioria das execues trabalhistas referem-se asobrigaes de dar, conforme o estabelecido nos arts. 621, 629, 632 e 642 do CPC. No

    comum no foro trabalhista, a execuo por coisa certa. Quanto a coisa incerta, estamodalidade no se configura dentro das hipteses possveis de ocorrer no processo dotrabalho. Normalmente se executa pela obrigao por dar quantia certa. Esta tem porfinalidade expropriar bens do devedor at a completa satisfao do direito do credor.

    4 DAS OBRIGAES DE FAZER OU NO FAZER. A primeira comum no processo dotrabalho, mormente no caso de reintegrao de empregado, constituindo-se no dever jurdicodo empregador em cumprir determinado ato, reconhecido por deciso judicial, em favor daparte contrria. Pode, entretanto, eventualmente, determinar a coisa julgada que oempregador no realize determinado ato, como por exemplo: o autor requer oreconhecimento judicial do seu direito de permanecer em uma das residncias pertencentes

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecido empresa e destinadas aos seus funcionrios, em funo de clusula contratual ounormativa que lhe assegure a permanncia durante certo prazo na mesma, aps a resiliodo seu contrato de trabalho, por saber que a outra parte pretende entrar com uma ao dedespejo contra o mesmo, sendo o direito reconhecido.

    5 DAS EXECUES SINGULARES E PLRIMAS. A execuo singular a execuo quetem como partes, de um lado, o empregado e, de outro, a empresa ou o empregador. Aoutra, envolvendo vrios exeqentes e uma empresa, ou um exeqente e vrias empresas,qualificamos de execuo plrima. Tal cumulao encontra-se permitida pelo art. 842 daCLT.

    6 EXECUO E FALNCIA. No nos resta dvida que juridicamente a falncia ensejauma execuo nica coletiva contra o sujeito passivo. Trata-se da hiptese de formao de

    litisconsrcio necessrio, consoante previso contida no 2 do art. 7 da Lei das Falncias.Segundo tal regra jurdica indivisvel o juzo da falncia e, por isso mesmo, competentepara conhecer e julgar todas as aes propostas contra a massa falida. A vis attractivado

    juzo falimentar, contudo, tendo em vista entendimento doutrinrio, no absoluta,compreendendo to somente as aes que a prpria Lei das Falncias regula e osprocessos includos na Justia Comum. Assim, as aes trabalhistas continuam a serconhecidas e julgadas pela Justia do Trabalho. Contudo, transitada em julgado a aotrabalhista e tendo esta natureza condenatria, o crdito, a partir do momento em que definido em sentena de liquidao e cumprido o mandado de citao da Massa Falida,atravs do seu sndico, ser devidamente habilitado no Juzo Falimentar. L, o teor dasentena trabalhista no poder ser atacada, mas poder o sndico, em nome da Massa

    Falida, propor embargos execuo, nos termos do art. 884 da CLT, sem, contudo, precisargarantir o juzo. No juzo falimentar, como de resto, o crdito trabalhista prefere a qualqueroutro tipo de crdito. At porque esta preferncia encontra-se prevista em Lei Complementar

    Cdigo Tributrio Nacional -, dentro do seu art. 186. Entretanto, esta preferncia haver deser submetida ao concurso de credores, respeitando-se o princpio da indivisibilidade dafalncia, no sendo possvel o prosseguimento da execuo com a constrio de bens daMassa Falida pela Justia do Trabalho. Trata-se tal interpretao de uma aplicao mais

    justa do princpio da preferncia de crditos em concurso de credores, pelo qual o JuzoFalimentar haver primeiro de agraciar os crditos trabalhistas com o fruto da alienao dosbens da Massa Falida, seguindo-se os crditos oriundos de tributos devidos e, assim pordiante. Mas se a penhora do bem for realizada antes da decretao da falncia da executada

    pelo juzo falimentar, a execuo dever prosseguir normalmente. Nesta hiptese se adecretao acontecer quando os bens penhorados pela Vara j estiverem com praadesignada, mediante publicao por edital, o produto da arrematao reverter para a MassaFalida( 1 do art. 24 da Lei das Falncias). Mas se tal fato acontecer aps a arremataodos bens, a massa receber to somente o que sobrar. O crdito trabalhista dever sercorrigido at o dia da sua efetiva liquidao( art. 39 da Lei 8.177/91). Se o empregador optarpor elidir a falncia dever pagar o crdito dos seus trabalhadores corrigidos e com juros demora( Smula 29 do STJ).

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    15 MODULO DE AULA

    DA EXECUO

    1 DA FRAUDE EXECUO. A fraude execuo ato atentatrio dignidade daJustia. Aqui o devedor se ope maliciosamente execuo, empregando ardis e meiosartificiosos, resistindo injustificadamente s ordens judiciais e no indica ao juiz onde este

    poder encontrar bens passveis de constrio judicial(art. 600 do CPC). Caracterizada afraude o juiz dever advertir parte sobre as conseqncias de seus atos, sob pena deaplicao da pena contida no art. 601 do CPC. A Fraude Execuo no se assemelha aFraude contra Credores. Esta tem como pressupostos o consilium fraudis e o eventusdaminie de direito material; a outra est na in re ipsa e de matria processual. Nosdefine o art. 593 do CPC que considera-se em fraude de execuo a alienao ou oneraode bens: quando sobre eles pender ao fundada em direito real; quando, ao tempo daalienao ou onerao, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo insolvncia; enos demais casos expressos em lei.. A fraude execuo se configura desde o instante emque o ru citado para vir defender-se em processo de conhecimento. No haver fraude execuo se a alienao de bens do executado no comprometer sua condio financeira de

    responder execuo que lhe ser promovida. Caracterizada a fraude execuo, sodeclarados ineficazes todos os atos praticados com esse fim e os bens tornam-sepenhorveis sem maiores formalidades. A argio dessa fraude simples incidenteprocessual e que se formaliza mediante petio dirigida ao Juiz, instruda com osdocumentos que comprovem: a venda ou onerao de bens do demandado; a inexistnciade outros bens que possam garantir o juzo da execuo. A parte executada dever serintimada para se manifestar sobre o incidente, sob pena de nulidade. A nulidade da venda feita incidentalmente nos prprios autos da execuo.

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecido2 DA NATUREZA JURDICA DA PENHORA. A maioria da doutrina sustenta que apenhora acarreta para o executado, a perda do poder de disposio, o que importa dizer queimobiliza o seu direito dominial. Enfim, a penhora torna indisponveis os bens do devedor.

    3 NOMEAO DOS BENS PENHORA. Se o executado, depois de citado, no pagarseu dbito em 48 horas e nem oferecer bens penhora, segue-se a constrio de seus bensat a garantia do crdito exeqendo( art. 883 da CLT). Para nomeao de bens penhora,consoante o expresso no art. 882 da CLT, deve ser respeitada a gradao contida no art.655 do CPC: dinheiro, pedras e metais preciosos, ttulos da dvida pblica da Unio ou dosEstados, ttulos de crdito que tenham cotao na bolsa, mveis, veculos,etc.

    4 BENS IMPENHORVEIS. O art. 649 do CPC descreve-nos os bens que soimpenhorveis e inalienveis: os bens inalienveis e os declarados, por ato voluntrio, nosujeitos execuo(doaes, testamentos, bem de famlia); as provises de alimentos ecombustvel, necessrias manuteno do devedor e de sua famlia durante um ms; o anelnupcial e os retratos de famlia; os vencimentos dos magistrados, dos professores, dosfuncionrios pblicos, o soldo e os salrios, salvo para pagamento de prestao alimentcia;os equipamentos dos militares; os livros, as mquinas, os utenslios e os instrumentosnecessrios ao exerccio de qualquer profisso; as penses, as tenas, percebidas dos

    cofres pblicos ou dos institutos de previdncia, bem como os provenientes de liberalidadede terceiros, quando destinados aos sustento do devedor ou de sua famlia; os materiaisnecessrios para obras em andamento, salvo se estas forem penhoradas; o seguro de vida;o imvel rural at um mdulo, desde que seja o nico que disponha o devedor, ressalvada ahipoteca para fins de financiamento agropecurio. So tambm impenhorveis os benspblicos.

    5 DOS BENS RELATIVAMENTE IMPENHORVEIS. So aqueles mencionados pelo art.656 do CPC. Estes bens so penhorveis, na falta de outros bens passveis de constrio

    judicial. So eles: os frutos e os rendimentos de bens inalienveis, salvo se destinados a

    alimentos de incapazes, bem como da mulher viva, solteira, desquitada ou de pessoasidosas; as imagens e os objetos de culto religioso, sendo de grande valor.

    6 DA DUPLA PENHORA. Autoriza a lei mais de uma penhora quando: a primeira foranulada; executados os bens, o produto da alienao no bastar para o pagamento docredor; e o credor desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens ou por estarempenhorados, arrestados ou onerados. Na ampliao da penhora imprescindvel a intimaodo executado(arts. 669 e 685, II, do CPC).

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecido7 DO AUTO DE PENHORA E DA AVALIAO. A penhora ser lavrada pelo Sr. oficial de

    justia, com os nomes do credor e do devedor; dia, ms, ano e lugar; discriminao dosbens, dando-lhes suas caractersticas, estado de conservao e o valor estimativo dosmesmos. No auto o executado assinar tomando cincia da penhora e ser designado onome do fiel depositrio. Isto acontecer 48 horas aps consumada a citao do executadopara garantir a dvida. Este tm dez dias, contados da sua designao para avaliar o bem oubens penhorados Contudo, normalmente, os oficiais de justia procedem,concomitantemente com a penhora, a avaliao dos bens. Onde no houver oficial de justiaavaliador, poder ser designado qualquer outro serventurio que exera essa funo. Se oexecutado impugnar a avaliao, o juiz designar novo avaliador( 1 do art. 13 da Lei6.830/80). Apresentada nova avaliao, de logo o juiz decidir, cabendo agravo de petiose os embargos penhora forem rejeitados. Se o devedor impedir a entrada do oficial de

    justia na sua residncia ou estabelecimento, proceder-se- ao arrombamento de portas,

    previamente autorizado pelo juiz. Se a resistncia for de ordem fsica, o oficial de justiarequisitar fora policial. O arrombamento dever ser cumprido por dois oficiais de justia(art.661 do CPC), lavrando auto circunstanciado, mencionando tudo o que for encontrado, quedever ser assinado por duas testemunhas presentes diligncia. Compete ao juiz e no aoexeqente a designao do fiel depositrio, no tendo validade o auto de penhora sem aassinatura do depositrio. A penhora de bem imvel ou a ele equiparado, dever serregistrada no cartrio de ofcio prprio; se for veculo, no Detran; se forem aes, debnture,parte beneficiria, cota ou qualquer outro ttulo, crdito ou direito societrio nominativo naJunta Comercial, na Bolsa de Valores e na Sociedade Comercial(art. 14 da Lei 6.830/80). Oexecutado dever receber a contraf do auto de penhora. Permite o art. 15 da Lei 6.830/80que o executado possa substituir a penhora por dinheiro ou fiana bancria. Lgico, que tal

    permisso s possvel antes da arrematao ou da adjudicao. Quando a penhora afetabens imveis, a mulher do executado passa a ser parte no processo e no terceiro, devendoser intimada da penhora para que venha aos autos para defender o que lhe parece justo.

    7 DA REMIO DO VALOR DACONDENAO. Poder o executado remir sua dvida at24 horas aps a arrematao, devendo pag-la de forma atualizada e com os juros devidos.

    8 CRDITOS DE NATUREZA ALIMENTCIA E A FAZENDA. Sendo o executado pessoajurdica de direito pblico seus bens so impenhorveis e inalienveis, devendo a execuo

    se proceder na forma do art. 100 da Carta Magna de 88, mediante requisitrios precatrios,que sero cumpridos, exclusivamente, na ordem cronolgica de apresentao, dando-sepreferncia aos crditos de natureza alimentar.

    9 DOS EMBARGOS EXECUO. Temos que os embargos execuo trata-se de umaao incidental declarativa ou de cognio, objetivando uma sentena que extinga oprocesso de execuo ou faa com que a realizao da sano expressa na sentena daao principal se efetive sem excessos e ofensas ao direito do devedor. So oponveis, noprazo de 30 dias, a partir da cincia da penhora ou da garantia do juzo. Portanto, o primeiropressuposto desta ao a garantia da execuo. Mesmo nas execues provisrias tal

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    Resumo: Direito Processual do Trabalho Analista Judicirio por Desconhecidomedida jurdica cabvel. Em igual prazo poder o exeqente impugnar a liquidao.Proposto embargos execuo ou impugnao liquidao, a parte adversa ser intimadapara que no prazo de 30 dias se manifeste. Se os embargos forem propostos perante o juzodeprecado, o juzo competente ser definido pelo objeto da matria atacada: se for paralimitar o valor da execuo ou impugnar a penhora determinada pelo juzo deprecante, esteser competente para apreciar a matria; se o objeto dos embargos ater-se a atualizaoprocedida pelo juzo deprecado ou a penhora determinada por este, o mesmo sercompetente para apreci-lo. Caso a competncia seja do juzo deprecante, a precatriaexecutria ser sustada at o trnsito em julgado da deciso. Reza o art. 739 do CPC quese os embargos forem propostos intempestivamente, este dever ser rejeitado liminarmente.O recurso cabvel da deciso que julga os embargos execuo ou a impugnao liquidao o agravo de petio. Seguindo a lgica traada pelo art. 884 da CLT, a matria aser discutida nos embargos execuo prende-se exclusivamente ao cumprimento da

    deciso ou do acordo, quitao ou prescrio da dvida. No se aplica o instituto da reveliano caso desta ao incidental.

    10 DOS EMBARGOS DE TERCEIROS. Se a penhora alcanar bens que no pertenamao executado, poder o terceiro, titular do bem, ou o executado, se o bem estiver sob a suaposse, ingressar com embargos de terceiros. Esses embargos podem ser de terceiro senhore possuidor ou apenas possuidor( 1 do art. 1046 do CPC). Quanto ao bem imvel, no seconstitui em pr-requisito o registro do contrato no ofcio imobilirio. O cnjuge terceiro nadefesa de bens dotais prprios reservados ou de meao( 3 do art. 1046 do CPC). Osembargos devem ser propostos perante o juzo que determinou a apreenso do bem; na

    execuo por carta, essa competncia transferida para o juiz da situao do bem(art. 1.049do CPC). Dever ser proposto no prazo de at 05 dias depois da arrematao, adjudicaoou remio, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta ou auto. O exeqentedever ser intimado para que se manifeste no prazo de 05 dias sobre os embargos. Se osembargos for proposto pelo terceiro senhor, o executado tambm dever ser intimado.

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