apostila planejamento, programação & controle da produção
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PRO 304 - Noções de AdministraçãoIndustrial
Profa. Marly Monteiro de Carvalho
Notas de Aula:
• PPCP - Conceitos;• Gestão de Estoques;• MRPII;• Gestão de Projetos: PERT/CPM.
2
I. PPCP - CONCEITOS
1.1 PPCP - PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO & CONTROLE DA
PRODUÇÃO - Conceitos (SANTORO;1988)
Decisões:
• o que
• quanto Produzir & Comprar
• quando
• onde produzir Capacidade
1.2 Planejamento Agregado
Variáveis de Decisão:
1. Contrabalançar os efeitos da flutuação de demanda com estoques, prazos de
entrega e não atendimento;
2. Variar a força de trabalho de acordo com a variação da demanda;
3. Variar a produção por período, mantendo a força de trabalho;
4. Subcontratar maior os menor quantidade de produção externamente;
5. Modelar a flutuação da demanda agregada por políticas de Produto &
Mercado.
3
1.3 Conceito de Estoque
Capacitor = criador de independência entre fases produtivas
QuantoMaior
maior Independência
Estoque
QuantoMaior a Dependência
menor &Necessidade de Sincronismo
Estoque
P1 P2
E
4
1.4 Seleção de Modelos de PPCP
A escolha de um Modelo de PPCP deve considerar de forma conjunta as
variáveis e os parâmetros associados ao ato de atender a demanda, produzir e
estocar, de forma a selecionar a alternativa mais adequada.
1.5 Modelos de PPCP
Tipo de Produção Modelo de Planejamento Modelo de Programação
Contínuo/Linha Planejamento Agregado Balanceamento de Linhas
Job Shop/
Batch
Planejamento Agregado Sequenciação
Controle de Estoques
Projetos Planejamento em Redes Programação em Redes
Produção DemandaE
MODELOS DE PPCP
modelos
estoque
modelos
atendimentodemanda
5
1.6 Tipos de Produção
Projeto Job shop Batch Linha ProcessoContínuo
Variedade deProdutos
Alta Alta Baixa Muito Baixa
Tamanho doPedido
Pequeno Pequeno Grande Muito Grande
Mudança deProduto
Alta Alta Baixa Nenhuma
Taxa deintrodução denovos produtos
Alta Alta Baixa Muito Baixa
o que a empresavende
Competência Competência Produto Produto
flexibilidade doprocesso
Alta Alta Baixa Inflexível
volume deprodução
Baixo Baixo Alto Muito Alto
recurso principal MO/Equip. Mão-de-obra Equipamento Equipamentoalteração decapacidade
Incremental Incremental Degraus Nova Fábrica
proximidade do Alta Alta Baixa Baixa
VARIEDADE
VOLUME
PROJETO
JOBSHOP
BATCH
LINHA
PROCESSOCONTÍNUO
6
cliente
1.7 Sistemas de Planejamento da Produção (SLACK;1993)
Tipo de Produção
TecnologiaIntegrada
MRPJIT + MRP
JIT
Horizontede Tempo
Nível deControle
Grau deAgregação
TécnicasBaseadas
emAtividades
PERT
Baixa variedade evariação de tempos.Roteiros e estrutura deproduto simples.
Alta variedade evariação de tempos.Roteiros e estruturade produto complexas.
Alto Ampla
Baixo Detalhada Curto Prazo
Longo Prazo
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II. GESTÃO DE ESTOQUES
2.1 Modelo do Lote Econômico (HAX;CANDEA;1984)
Objetivo:• determinar o tamanho de lote (LE - Lote Econômico) que minimiza os
componentes de custo envolvidos na Gestão de Estoques.
Custos Envolvidos:• custo de aquisição;• custo associado à existência de estoques;• custo associado à falta de estoques.
Custo de Aquisição
O custo de aquisição é constituído de duas parcelas, quais sejam: (a) o custo quedeve ser pago para o fornecedor ou custo de produção do item, e (b) os custosincorridos no processo de compra ou de preparação para produção, tambémchamado de custo de emissão da ordem de compra/produção.
Os custos associados a emissão da ordem de compra são: administrativo,transporte e inspeção de recebimento dos itens comprados. No caso dos itensproduzidos, o custo de emissão da ordem de produção está associado ao tempode preparação (setup).
É importante observar que o custo de emissão da ordem é adotado constante.Por exemplo, o custo de emissão da ordem de tamanho Q é A para qualquervalor positivo de Q, e portanto o custo unitário da ordem é A/Q, ou seja, quantomaior o tamanho do lote menor o custo de emissão. Contudo, apesar destasimplificação ser comum em gestão de estoques, deve-se estar alerta ao fato deque isto é uma aproximação. Se considerarmos os custos de transporte,movimentação e inspeção por lote, esta simplificação só vale dentro de umintervalo de variação do tamanho do lote. Caso a variação no tamanho do loteseja radical, deve-se reconsiderar estes custos.
Custo associado à existência de estoques (oferta maior que a demanda)
Estes custos ocorrem devido a: movimentação e armazenagem, impostoimobiliário, seguro, deterioração, furto, obsolescência, aluguel (caso a empresanão disponha de armazém) e custo de oportunidade do capital. O custo deoportunidade do capital ou gastos diretos em capital ou a taxa de retorno quepoderia ser obtida caso o capital aplicado em estoques fosse investido em outracoisa. Este custo é considerado, por simplificação, proporcional ao tamanho doinvestimento em estoques. Assim, se r é o custo de oportunidade do capital
8
investido em estoque, e C é o custo unitário do item, então o custo total de capitalé H = rC. Para todos os componentes acima, apenas aqueles que variam com onível de estoques são considerados no modelo. Os custos com climatização,iluminação e serviços de segurança tendem a ser invariáveis com o nível deestoques e, portanto, eles devem ser desprezados na análise.
Custo associado à falta de estoques (demanda maior que a oferta)
Estes custos podem ocorrer nas seguintes circunstâncias: (a) na falta de itens emestoque para responder a demanda é emitida uma ordem extra decompra/produção, a qual representa um custo extra comparado com asoperações normais de compra/produção; e (b) o não atendimento da demandaque implica em custos, menos tangíveis, tais como a perda do cliente e do lucropela não realização da venda. Neste modelo estes custos são consideradosconstantes no tempo (caso seja permitida a hipótese de falta de estoque).
2.2 Lote Econômico Simples
2.2.1 Restrições do Modelo:
1. Demanda é constante e contínua;2. Não existe restrição quanto: quantidade, capacidade de estocagem, capital
disponível, etc...;3. Reposição é instantânea;4. Não é permitida a falta de estoque5. Não permite avaliar descontos.
9
Tempo
2.2.2 Notação:• D: demanda , unidades por ano;• ceo ou A: custo de emissão da ordem de compra ou produção, $ por ordem;• ci: custo unitário, $por unidade;• r: taxa de retorno;• H ou ce: custo de estocagem, $ por unidade por ano,( rci);• Q: quantidade de itens na ordem, unidades por lote;• CE: custo total de estocagem;• CEO: custo total de aquisição ou preparação;• CF: custo fixo;• LT: lead time ou tempo de reabastecimento
• CT: custo total.
1 2 3
1 2 3 4 6 7
Emédio = Q/2
Emédio = Q/2
Q
Q
Estoques
Nº de reposições
Emínimo
LT
10
2.2.3 Representação do Modelo:
2.1.3 Fórmulas
CT = CE + CEO + CF (1)
em que:• CE = (Q/2).cE;• cE = r.ci
• CEO = (D/Q).cEO;• CF = ci.D
CT = (Q/2).cE+(D/Q).cEO+ci.D (2)
Custo
Quantidade
CTmin
Custo Fixo-CF
Custo deEstocagem-CE
Custo de Aquisição ouPreparação - CEO
Lote Econômico - LE
Custo Total-CT
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LE d(CT)/d(Q)=0 (3)
d(CT)/d(Q)=0 ⇒ cE/2-cEO.D/Q2=0 (4)
LE = 2.D.c
cEO
E
(5)
TE = LE/D (6)
2.3 Lote Econômico c/ Desconto
2.3.1 Restrições do Modelo:
1. Demanda é constante e contínua;2. Não existe restrição quanto: quantidade, capacidade de estocagem, capital
disponível, etc...;3. Reposição é instantânea;4. Não é permitida a falta de estoque
Este modelo relaxa a quinta restrição permitindo, portanto, avaliar descontos. OLote Econômico - LE é o ótimo global, cujo valor pode ser encontradoinvestigando-se:
• Pontos de descontinuidade - bi; ou• LE no intervalo.
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2.3.2 Representação do Modelo:
2.3.3 Algoritmo de Solução
1. Determinar Q para o menor custo unitário (ci), pela fórmula do lote econômico;2. Verificar se Q calculado no passo 1 está na região onde ci mínimo é valido. Se
estiver Q=LE, caso contrário ir para o próximo passo;3. Determinar para cada nível de desconto, intervalo [b i-1,bi], o valor de Qi
*, queminimiza CT:
4. Calcular CT para todos os candidatos a ótimo global. O Qi* que representar o
menor CT é o LE.
bi-1 se Qi < bi-1
Qi* Qi se bi-1 ≤ Qi ≤ bi (7)
bi se bi < Qi
Custo
Quantidade
CTmin
b3b2b1 Q3
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2.3 Exemplo ilustrativo
Calcule o lote econômico de compra de um produto, cuja demanda anual é de1200 caixas. Sabe-se que o custo de emissão da ordem de compra é de 8 reais,a taxa r=0,2 e o preço de compra do produto está escalonado em três faixas,quais sejam:• para compras abaixo de 100 caixas o preço é 15 reais; (ci=15)• para compras entre de 100 e 500 caixas o fornecedor promove um desconto
de 10%; (ci=13,5)• para compras acima de 500 caixas o desconto é de 15%. (ci=12,75)
LE1=2*8*1200
0,2*15= 80
LE2=2*8*12000,2*13,5
= 84,33
LE3=2*8*12000,2*12,75
= 86,77
CT(80)= 15*1200 + 8 * 1200/80 + 0,2*15*80/2 = 18.240,00
CT(100)= 13,5*1200 + 8 * 1200/100 + 0,2*13,5*100/2 =16.431,00
CT(500)= 12,75*1200 + 8 * 1200/500 + 0,2*12,75*500/2 = 15.956,70
LE = 500 caixas
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III. MRP/MRP II
3.1 MRP II - MANUFACTURING RESOURCES PLANNING MRP - MATERIAL REQUIREMENTS PLANNING (CORRÊA;GIANESI;1993)
Princípio Básico Cálculo de Necessidades
Determinar a quantidade e o momento em que os recursos são necessários,minimizando estoques e cumprindo prazos de entrega.
Lógica
• Parte-se das necessidades dos produtos finais (Q e datas); • Calculam-se “para trás”, no tempo, as datas em que as etapas do processo de
produção devem começar e acabar; • Determinam-se os recursos, e respectivas quantidades, necessários para que
se execute cada etapa.
Conceitos Importantes
• Demanda Independente X Dependente;• Itens pais e filhos• Estrutura/Árvore do Produto• Lead Time• Necessidades Brutas e Líquidas• Programação para trás
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3.2 Demanda Independente X Dependente
Demanda Independente: não depende da demanda de nenhum outro item, sódo mercado.
Demanda Dependente: depende da demanda de algum outro item, podendo,portanto, ser calculada.
3.3 Itens pais e filhos
Os itens pai determinam a demanda dos itens filho.
pai
filho
pai
filho
A
CB
C
D E
16
3.4 Estrutura/Árvore do Produto
Representação do produto quanto a quantidade e relacionamento dos itens paise filhos. Pode aparecer na forma de árvore ou lista de materiais, conforme osexemplos abaixo:
Árvore do Produto:
2X
Lista de Materiais
.A.B (1x).C (2x)
.D (1x)
.E (1x)
A
CB
D E
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3.5 Lead Time
É o tempo de ressuprimento, ou seja, o tempo incorrido desde a emissão daordem até seu recebimento.
Composição do Lead Time:
• tramitação da ordem;• espera em fila;• setup;• processamento;• movimentação.
tramitação setup movimentaçãoda ordem
espera processamento em fila
3.6 Necessidades Brutas e Líquidas
De posse da árvore do produto, quantidade e data de entrega, e níveis deestoques, calcula-se as necessidades de todos os componentes.
NB = sem estoquesNL = NB - Qestoque
o o o o o
18
3.7 Programação “para trás” (Backward Scheduling)
O MRP utiliza a lógica de programação “para trás” (backward scheduling),ou seja, a data tarde.
1 2 3 4
3.8 Módulos do MRP II
3.8.1 Planejamento da Produção (Production Planning)
Planejamento de longo prazo baseado na previsão de demanda agregada,(conjunto de produtos), expresso em unidades monetárias. Auxilia decisõesrelativas a níveis agregados estoques e produção período-a-período.
Os demais módulos devem estar compatíveis com este para que as metas deprodução de longo prazo sejam atendidas.
3.8.2 Planejamento Mestre de Produção (MPS - Master ProductionSchedule)
Representa a desagregação, em termos de produtos, do plano de produçãoagregado. Estabelece, portanto,o plano de produção dos produtos finais período-a-período. Este plano leva em consideração as limitações de capacidade,entretanto, de forma agregada. Determina a melhor ocupação da capacidadeinstalada..
D
A
C
E
B
19
Exemplo: Registro do MPS
Período 1 2 3 4 5 6Previsão 10 10 10 10 10 10Disponível 20 20 20 20 20 20 20MPS 10 10 10 10 10 10
O cálculo do valor do disponível é feito utilizando-se a seguinte fórmula:
D i = D i-1 + MPS i - P i
3.8.3 Cálculo de Necessidade de Materiais (MRP - Material RequirementPlanning);
Similar ao MPS, o MRP registra os planos de produção período-a-período paracada item, seja ele um item acabado, semi-acabado ou matéria-prima.
O registro do MRP é mais detalhado que do MPS, necessita das seguintesinformações, para todos os itens:
• tamanho de lote;• lead time;• necessidades brutas;• estoques disponíveis;• estoques de segurança; e• recebimentos programados.
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Exemplo: Registro do MRP
Período 1 2 3 4 5 6Necessidades Brutas 10 40 15Recebimentos Programados 50Disponível 6 56 46 46 6 41 41Liberação de Ordens 50Lead Time = 1lote = 50
O cálculo do valor do disponível e das ordens de compra/produção devem serfeitos da seguinte forma:
caso 1: Eseg=0; TL não especificado.• calcular X = D i-1 + RPi - NBi;
• Se X ≥ 0: OP/Ci-LT = 0;
• Se X < 0: OP/Ci-LT = - X.
caso 2: Eseg=0; TL especificado.• calcular X = D i-1 + RPi - NBi;
• Se X ≥ 0: OP/Ci-LT = 0;
• Se X < 0: OP/Ci-LT = mTL, tal que m=-X/TL, valor inteiro (utilizaraproximação p/ +)
caso 3: Eseg ≠ 0; TL não especificado.• calcular X = D i-1 + RPi - NBi - Eseg;
• Se X ≥ 0: OP/Ci-LT = 0;
• Se X < 0: OP/Ci-LT = - X;
caso 4: Eseg ≠ 0; TL especificado.• calcular X = D i-1 + RPi - NBi - Eseg;
• Se X ≥ 0: OP/Ci-LT = 0;
• Se X < 0: OP/Ci-LT = mTL, tal que m=-X/TL, valor inteiro (utilizaraproximação p/ +)
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3.8.4 Cálculo de Necessidade de Capacidade (CRP - Capacity Requirement Planning);
Localiza inviabilidades do plano mestre de produção (MPS), a partir de cálculossimples e agregados.
Localiza inviabilidades do MRP, com base na explosão detalhada em termos dasnecessidades de componentes, roteiros de produção e consumo de recurso poritem.
Gera as Ordens de Produção e Compra.
3.8.5 Controle do Chão de Fábrica (SFC - Shop Floor Control).
Verifica se o que foi planejado foi realizado e estabelece a sequenciação dasordens de produção, por centro de produção e por período.
Libera as Ordens de Compra e Produção e fornece feedback da posição dosistema.
3.9 Exemplo Ilustrativo - Mesa
Árvore do Produto
4x 4x
mesa
basetampo
travessaperna
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Item Lead Time(Semanas)
Montagem da Mesa 1Montagem do Cjto Base 1Compra das Travessas 1Compra das Pernas 2Compra do Tampo 2
Encadeamento dos Registros
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Previsão 20 10 30 20 30Disponível 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20MPS 20 10 30 20 30
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10MPS 20 10 30 20 30Liberação OP 20 10 30 20 30
TampoNecessidadesBrutas
20 10 30 20 30
RecebimentosProgramadosDisponível 45 25 25 15 15Liberação OP 15 20 30LT=2;Eseg = 0
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IV GESTÃO DE PROJETOS
4.1 Gerenciamento de Projeto - Conceitos
PROJETO: É o conjunto de atividades inter-relacionadas, que devem serexecutadas para se atingir um determinado objetivo.
ATIVIDADE: Unidade de trabalho indivisível, com recursos, métodos deexecução e tempos conhecidos.
EVENTO: Ponto de controle, que representa um determinado instante naexecução do projeto. Não consome tempo nem recurso.
4.2 Planejamento em Redes
• Desagregação do projeto em atividades (Partição); • Estudo das precedências; • Representação Gráfica do Projeto:
• Rede de Atividades - Método Americano;• Rede de Eventos - Método Francês.
4.2.1 Rede de Atividade
Na representação gráfica do projeto por rede de atividades as relações deprecedência são definidas nas setas, conforme ilustra a figura abaixo.
Atividade X
R
S V
T
U
24
4.2.2 Rede de Eventos
Na representação gráfica do projeto por rede de eventos as relações deprecedência são definidas nos eventos, conforme ilustra a figura abaixo.
Evento
Destacam-se cinco regras para a elaboração da rede de eventos (Grafos), quaissejam:
1) Um evento é considerado atingido quando todas as atividades que convergempara ele forem concluídas. Uma atividade só poderá ser iniciada quando seuevento inicial for atingido.
Evento Atingido
R
A
S
B
T
U
V
Atividade X
C
25
2) Existe sempre os eventos origem e objetivo.
Evento Origem Evento Objetivo
3) Entre 2 eventos sucessivos deve existir somente uma atividade.
A
B
26
4) Atividade Fictícia não consome tempo nem recurso.
Atividade Fictícia
5) Não deve existir ciclo fechado.
A D
C
B
27
4.3 CPM - Critical Path Method
O CPM ou método do caminho crítico, permite obter uma (ou mais) seqüência deatividades dentro de um projeto, cuja característica determina o seu tempomínimo de execução.
4.3.1 Programação para Frente (Data Cedo)
Na Programação para Frente parte-se do evento origem e determina-se a PDIi -Primeira Data de Início do evento i, a qual representa o caminho de maiorduração entre a origem do projeto e o evento i.
PDIi= max C (origem,i)
4.3.1 Programação para Trás (Data Tarde)
Na Programação para Trás parte-se do caminho inverso, ou seja, do eventoobjetivo do projeto. Para determinar a UDAi - Última Data para Acabar um eventoi, assume-se que a PDIobjetivo=UDAobjetivo e subtraí-se o caminho de maiorduração entre o evento i e o evento objetivo.
UDAi = UDAobjetivo - max C (i,objetivo)
PDIij
dij
dij
UDAiPDAij UDIij
FT
PDIjk
FL
i
Ei Li
j
Ej Lj
Atividadeij
28
PDA - Primeira Data para AcabarPDAi j = PDIi j + di j
UDI - Última Data de InícioUDIi j = UDAi j- di j
FT - Folga TotalFTi j = UDAi j - (PDIi j + di j)
FL - Folga LivreFLi j = PDIjk - (PDIi j + di j)
4.3.3 Determinação do Caminho Crítico.
Pertence ao caminho crítico a atividadei j que possui a data cedo igual a datatarde, ou seja, PDI = UDA nos eventos i e j, e não possuem folgas.
AS ATIVIDADES QUE PERTENCEM AO CAMINHO CRÍTICO NÃO POSSUEMFOLGAS.
4.3.4 Exemplo Ilustrativo (HILLIER;LIEBERMAN;1988)
Um projeto é constituído de 14 atividades, conforme tabela abaixo.Construa a rede de eventos e calcule as folgas total e livre para todas asatividades.
Atividade Precedência dij FT FLA ----- 2 0 0B A 4 0 0C B 6 0 0D C 5 8 0E C 4 0 0F D 7 8 0G C 5 5 5H E 6 0 0I E,F 8 8 0J G,H 9 0 0K J 5 0 0L J 4 1 0M K,L 6 0 0N I 2 8 8
* tempo de duração em semanas
29
1
2
3
4
6
6
5
0 0
2 2
12
16
21
32
6
22 22
A
B
D
I
C
F
E
H
J
G12
16
8
24
25
32
17
10
40 9
7
L
K
MN
36 11
31 31
13
3612
35 36
42 42
30
4.4 PERT - Programme Evaluation Review Technique
A principal diferença do PERT em relação ao CPM é que o primeiro considera otempo de duração das atividades como uma variável aleatória, a qual pode serrepresentada pela distribuição Beta-β.
A fase de planejamento se desenvolve da mesma forma que no CPM, entretanto,a fase de programação é diferente.
4.4.1 Programação: Estimativas
Fazer três estimativas para a duração de cada atividade, da seguinte forma:
• Estimativa Otimista (O): duração mínima prevista para a atividade; • Estimativa Pessimista (P): duração máxima prevista para a atividade; • Estimativa mais Provável (M): duração obtida com maior frequência caso a
atividade fosse repetida.
Calcular o tempo de duração esperado para cada atividade e a variância,admitindo distribuição β.
di j = (O+4M+P)/6
σi j2= [(P-O)/6]2
Obs: Admite-se que a execução de uma atividade não interfere no tempo deexecução de outras, ou seja, são independentes.
4.4.2 Programação: Cálculo das datas cedo e tarde
Fazer a programação para frente e para trás, bem como achar o caminho críticode forma idêntica ao CPM, utilizando os tempos de duração esperados.
Como as datas cedo e tarde resultam da soma de variáveis aleatórias (di j),admite-se que elas tem distribuição normal, [Teorema do Limite Central].
31
O resultado da etapa de Programação - PERT, não é uma data para término(CPM), mas sim uma probabilidade de se terminar o projeto, ou etapaintermediária, até uma determinada data.
Z = DPAobjetivo - PDIobjetivo
caminho crítico
2σ∑Tabela da Curva Normal
onde:
DPAobjetivo: Data Programada Acabar o Projeto
4.4.3 Exemplo Ilustrativo
Um projeto é constituído de 10 atividades, conforme tabela abaixo:
Atividade Precedência O M PA ----- 1 2.5 7B ----- 1 3 11C A 5 7 15D B 2 4 12E C,D 3 4.5 9F A 9 14 25G E,F 1 1 1H C,D 4 11 12I B 1 2 9J G,H,I 1.5 2.5 12.5
* tempo de duração em semanas
Pede-se:
1. Construir a rede de eventos do projeto;2. Calcular as datas cedo e tarde dos eventos;3. Calcular a probabilidade de se executar o projeto até 3 semanas antes da
duração esperada;
32
• Respostas :
Atividade Precedência O M P dij σ2
A ----- 1 2.5 7 3 1B ----- 1 3 11 4 2.8C A 5 7 15 8 2.8D B 2 4 12 5 2.8E C,D 3 4.5 9 5 1F A 9 14 25 15 7.1G E,F 1 1 1 1 0H C,D 4 11 12 10 1.8I B 1 2 9 3 1.8J G,H,I 1.5 2.5 12.5 4 3.36
* tempo de duração em semanas
--
• Resposta item 3:
z = 22-25
= - 1 tabela Normal
P = 0.1587
2.99
1
2 5
4
3
6 7
0 0
3 3
11 11
4 6
2121
18 20
25 25
A
B DI
C
F
E
H J
G
33
4.5 NIVELAMENTO DE RECURSOS
O nivelamento de recursos tem como objetivo eliminar picos de utilização de
recursos e suavizar a sua flutuação no tempo. Para tal, as folgas associadas às
tarefas não críticas são utilizadas.
4.5.1 NIVELAMENTO DE RECURSOS: Procedimento
ATIV REC PERÍODO1 2 3 … D
A rA
B rB
.
.
.N rN
Quantidade deRecurso
(ri)Q2
Q*
Q1 Área S
4.5.2 Nível Ideal de Recurso
Q*=S/D
onde:Q*= nível ótimo de utilizaçãoS = áreaD = Duração do projeto
Q1 e Q2: Limites (normal/estipulado)
4.5.3 Nivelamento com Limitação de Recursos
Qmáx: disponibilidade de recurso(não pode ser excedida)
34
4.5.4 Tabela para Nivelamento de Recursos
• Alocar as atividades que pertencem ao caminho crítico• Alocar as demais atividades em ordem crescente da FT• Nivelar segundo o valor de Q* ou, em caso de restrição de recurso, Qmáx
ATIV FT PERÍODO1 2 3 … D
B FTB rB rB rB
A FTA rA rA
.
.
.N FTN rN rN
Q* / QMAX ∑r.t ∑r.t ∑r.t ∑r.t
4.6 CUSTOS DO PROJETO
• CUSTOS DIRETOS: são aqueles que variam segundo suas utilizaçõesefetivas; (ex: mão-de-obra, material)
• CUSTOS INDIRETOS: são aqueles que não variam segundo suasutilizações efetivas; (ex: aluguel, seguros, depreciações)
• CUSTOS CAUSAIS: são esporádicos; (ex: multas por atraso naexecução)
35
4.6.1 CUSTO DIRETO
• CUSTO MARGINAL: custo da aceleração por unidade de tempo,tangente de β .
CM =
A (Normal)
B (Acelerada)
Duração
Custo
CN
CA
DA DN
∆C
∆D
β
∆D∆C
36
4.6.2 CUSTO TOTAL
BIBLIOGRAFIA
CORRÊA,H.L.; GIANESIE,I.G.N. JIT, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. SãoPaulo: Ed. Atlas,1993.
HAX,A.; CANDEA,D. Production and Inventory Management. New Jersey:Prentice-Hall, 1984
HILLIER,F.S.; LIEBERMAN,G.J. Introdução a Pesquisa Operacional. São Paulo:Editora da USP, 1988.
SANTORO, M. PPCP- Planejamento Programação e Controle da Produção.Apostila, 1988.
Custo Direto
Custo Indireto
Duração
Custo
CN
CA
DA DN