apostila oab -17 e 18-07-2015.pdf
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SUMRIO
Direito Constitucional Prof. Antonio Kozikoski pg. 03
Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno pg. 14
Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski pg. 22
Direito Tributrio Prof. Srgio Karkache pg. 33
Direito Administrativo Prof. Andr Barbieri pg. 36
Direito Processual Civil Prof. Guilherme Corra pg. 46
Direito do Trabalho Profa. Rafaela Sionek pg. 56
Direito Empresarial Prof. Guilherme Corra pg. 61
Direito do Consumidor Prof. Ahyrton Loureno pg. 70
Direito Penal Prof. Guilherme Rittel pg. 80
Filosofia do Direito Prof. Dnis Carvalho pg. 90
Estatuto da Criana e do Adolescente Prof. Wisley Santos pg. 91
Direito Processual Penal Prof. Wisley Santos pg. 98
Direito Civil: Famlia e Sucesses Prof. Gustavo Eidt pg. 113
Direito Civil: Parte Geral e Reais Prof. Cristiano Dionsio pg. 116
Direito Civil: Especial Prof. Leonardo Agostini pg. 119
Direito Processual do Trabalho Prof. Bruno Klippel pg. 125
Estatuto e tica Prof. Valter Otaviano pg. 144
Direito Ambiental Prof. Valter Otaviano pg. 154
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1. NACIONALIDADE
Art. 12. So brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes no estejam a servio de seu pas;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que qualquer
deles esteja a servio da Repblica Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam
registrados em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de
pases de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade
moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil
h mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira. (Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de
1994)
1 Aos portugueses com residncia permanente no Pas, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, sero atribudos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituio. (Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3,
de 1994)
2 - A lei no poder estabelecer distino entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
nos casos previstos nesta Constituio.
3 - So privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da Repblica;
II - de Presidente da Cmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomtica;
VI - de oficial das Foras Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Includo pela Emenda Constitucional n 23, de
1999)
4 - Ser declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
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I - tiver cancelada sua naturalizao, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redao dada pela Emenda
Constitucional de Reviso n 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira; (Includo pela
Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)
b) de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio ou para o exerccio
de direitos civis; (Includo pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)
2. DIREITOS POLTICOS
Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
1 - O alistamento eleitoral e o voto so:
I - obrigatrios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
2 - No podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o perodo do servio
militar obrigatrio, os conscritos.
3 - So condies de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exerccio dos direitos polticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domiclio eleitoral na circunscrio;
V - a filiao partidria; Regulamento
VI - a idade mnima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repblica e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
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4 - So inelegveis os inalistveis e os analfabetos.
5 O Presidente da Repblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substitudo no curso dos mandatos podero ser
reeleitos para um nico perodo subseqente. (Redao dada pela Emenda Constitucional
n 16, de 1997)
6 - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repblica, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos at
seis meses antes do pleito.
7 - So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os parentes
consangneos ou afins, at o segundo grau ou por adoo, do Presidente da Repblica,
de Governador de Estado ou Territrio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substitudo dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j titular de mandato
eletivo e candidato reeleio.
8 - O militar alistvel elegvel, atendidas as seguintes condies:
I - se contar menos de dez anos de servio, dever afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de servio, ser agregado pela autoridade superior e, se
eleito, passar automaticamente, no ato da diplomao, para a inatividade.
9 Lei complementar estabelecer outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessao, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exerccio de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das
eleies contra a influncia do poder econmico ou o abuso do exerccio de funo, cargo
ou emprego na administrao direta ou indireta. (Redao dada pela Emenda
Constitucional de Reviso n 4, de 1994)
10 - O mandato eletivo poder ser impugnado ante a Justia Eleitoral no prazo de quinze
dias contados da diplomao, instruda a ao com provas de abuso do poder econmico,
corrupo ou fraude.
11 - A ao de impugnao de mandato tramitar em segredo de justia, respondendo o
autor, na forma da lei, se temerria ou de manifesta m-f.
Art. 15. vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s se
dar nos casos de:
I - cancelamento da naturalizao por sentena transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do
art. 5, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4.
3. PODER LEGISLATIVO
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3.1. Estatuto dos Congressistas
Art. 53. Os Deputados e Senadores so inviolveis, civil e penalmente, por
quaisquer de suas opinies, palavras e votos. (Redao dada pela Emenda
Constitucional n 35, de 2001)
1 Os Deputados e Senadores, desde a expedio do diploma, sero submetidos
a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
2 Desde a expedio do diploma, os membros do Congresso Nacional no
podero ser presos, salvo em flagrante de crime inafianvel. Nesse caso, os autos
sero remetidos dentro de vinte e quatro horas Casa respectiva, para que, pelo
voto da maioria de seus membros, resolva sobre a priso.
3 Recebida a denncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido aps
a diplomao, o Supremo Tribunal Federal dar cincia Casa respectiva, que, por
iniciativa de partido poltico nela representado e pelo voto da maioria de seus
membros, poder, at a deciso final, sustar o andamento da ao.
4 O pedido de sustao ser apreciado pela Casa respectiva no prazo
improrrogvel de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
5 A sustao do processo suspende a prescrio, enquanto durar o mandato.
6 Os Deputados e Senadores no sero obrigados a testemunhar sobre
informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre
as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informaes.
3.2. Medidas provisrias
Art. 62. Em caso de relevncia e urgncia, o Presidente da Repblica poder
adotar medidas provisrias, com fora de lei, devendo submet-las de
imediato ao Congresso Nacional.
1 vedada a edio de medidas provisrias sobre matria:
I relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos polticos, partidos polticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organizao do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico, a carreira e a garantia
de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes oramentrias, oramento e crditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3;
II que vise a deteno ou seqestro de bens, de poupana popular ou qualquer
outro ativo financeiro;
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III reservada a lei complementar;
IV j disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente
de sano ou veto do Presidente da Repblica.
2 Medida provisria que implique instituio ou majorao de impostos, exceto
os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, s produzir efeitos no exerccio
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei at o ltimo dia daquele em
que foi editada.
3 As medidas provisrias, ressalvado o disposto nos 11 e 12 perdero
eficcia, desde a edio, se no forem convertidas em lei no prazo de sessenta
dias, prorrogvel, nos termos do 7, uma vez por igual perodo, devendo o
Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relaes jurdicas delas
decorrentes.
4 O prazo a que se refere o 3 contar-se- da publicao da medida provisria,
suspendendo-se durante os perodos de recesso do Congresso Nacional.
5 A deliberao de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mrito
das medidas provisrias depender de juzo prvio sobre o atendimento de seus
pressupostos constitucionais.
6 Se a medida provisria no for apreciada em at quarenta e cinco dias
contados de sua publicao, entrar em regime de urgncia, subseqentemente,
em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, at que se
ultime a votao, todas as demais deliberaes legislativas da Casa em que estiver
tramitando.
7 Prorrogar-se- uma nica vez por igual perodo a vigncia de medida
provisria que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicao, no tiver a
sua votao encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.
8 As medidas provisrias tero sua votao iniciada na Cmara dos Deputados.
9 Caber comisso mista de Deputados e Senadores examinar as medidas
provisrias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sesso
separada, pelo plenrio de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
10. vedada a reedio, na mesma sesso legislativa, de medida provisria que
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficcia por decurso de prazo.
11. No editado o decreto legislativo a que se refere o 3 at sessenta dias
aps a rejeio ou perda de eficcia de medida provisria, as relaes jurdicas
constitudas e decorrentes de atos praticados durante sua vigncia conservar-se-o
por ela regidas.
12. Aprovado projeto de lei de converso alterando o texto original da medida
provisria, esta manter-se- integralmente em vigor at que seja sancionado ou
vetado o projeto.
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3.3. Emendas constitucionais
Art. 60. A Constituio poder ser emendada mediante proposta:
I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara dos Deputados ou do Senado
Federal;
II - do Presidente da Repblica;
III - de mais da metade das Assemblias Legislativas das unidades da Federao,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
1 - A Constituio no poder ser emendada na vigncia de interveno federal,
de estado de defesa ou de estado de stio.
2 - A proposta ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional,
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, trs quintos dos
votos dos respectivos membros.
3 - A emenda Constituio ser promulgada pelas Mesas da Cmara dos
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo nmero de ordem.
4 - No ser objeto de deliberao a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e peridico;
III - a separao dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
5 - A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por
prejudicada no pode ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.
4. PODER EXECUTIVO
4.1. Responsabilidade do Presidente da Repblica
Art. 85. So crimes de responsabilidade os atos do Presidente da Repblica que
atentem contra a Constituio Federal e, especialmente, contra:
I - a existncia da Unio;
II - o livre exerccio do Poder Legislativo, do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico
e dos Poderes constitucionais das unidades da Federao;
III - o exerccio dos direitos polticos, individuais e sociais;
IV - a segurana interna do Pas;
V - a probidade na administrao;
VI - a lei oramentria;
VII - o cumprimento das leis e das decises judiciais.
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Pargrafo nico. Esses crimes sero definidos em lei especial, que estabelecer as
normas de processo e julgamento.
Art. 86. Admitida a acusao contra o Presidente da Repblica, por dois teros da
Cmara dos Deputados, ser ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infraes penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos
crimes de responsabilidade.
1 - O Presidente ficar suspenso de suas funes:
I - nas infraes penais comuns, se recebida a denncia ou queixa-crime pelo
Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, aps a instaurao do processo pelo Senado
Federal.
2 - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento no estiver
concludo, cessar o afastamento do Presidente, sem prejuzo do regular
prosseguimento do processo.
3 - Enquanto no sobrevier sentena condenatria, nas infraes comuns, o
Presidente da Repblica no estar sujeito a priso.
4 - O Presidente da Repblica, na vigncia de seu mandato, no pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exerccio de suas funes.
5. PODER JUDICIRIO
5.1. Garantias e impedimentos
Art. 95. Os juzes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps dois anos de
exerccio, dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do tribunal
a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentena judicial transitada
em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsdio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, 4,
150, II, 153, III, e 153, 2, I.
Pargrafo nico. Aos juzes vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma de
magistrio;
II - receber, a qualquer ttulo ou pretexto, custas ou participao em processo;
III - dedicar-se atividade poltico-partidria.
IV receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas
fsicas, entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei;
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V exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos
trs anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao.
5.2. Smula vinculante
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder, de ofcio ou por provocao,
mediante deciso de dois teros dos seus membros, aps reiteradas decises
sobre matria constitucional, aprovar smula que, a partir de sua publicao na
imprensa oficial, ter efeito vinculante em relao aos demais rgos do Poder
Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal, bem como proceder sua reviso ou cancelamento, na forma
estabelecida em lei
1 A smula ter por objetivo a validade, a interpretao e a eficcia de normas
determinadas, acerca das quais haja controvrsia atual entre rgos judicirios ou
entre esses e a administrao pblica que acarrete grave insegurana jurdica e
relevante multiplicao de processos sobre questo idntica.
2 Sem prejuzo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovao, reviso ou
cancelamento de smula poder ser provocada por aqueles que podem propor a
ao direta de inconstitucionalidade.
3 Do ato administrativo ou deciso judicial que contrariar a smula aplicvel ou
que indevidamente a aplicar, caber reclamao ao Supremo Tribunal Federal que,
julgando-a procedente, anular o ato administrativo ou cassar a deciso judicial
reclamada, e determinar que outra seja proferida com ou sem a aplicao da
smula, conforme o caso.
5.3. CNJ
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justia compe-se de 15 (quinze) membros
com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) reconduo, sendo:
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
II um Ministro do Superior Tribunal de Justia, indicado pelo respectivo tribunal;
III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;
IV um desembargador de Tribunal de Justia, indicado pelo Supremo Tribunal
Federal; V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justia;
(Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)
VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justia;
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VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do
Trabalho;
IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
X um membro do Ministrio Pblico da Unio, indicado pelo Procurador-Geral da
Repblica;
XI um membro do Ministrio Pblico estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da
Repblica dentre os nomes indicados pelo rgo competente de cada instituio
estadual;
XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil;
XIII dois cidados, de notvel saber jurdico e reputao ilibada, indicados um pela
Cmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
1 O Conselho ser presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e,
nas suas ausncias e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
2 Os demais membros do Conselho sero nomeados pelo Presidente da
Repblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
3 No efetuadas, no prazo legal, as indicaes previstas neste artigo, caber a
escolha ao Supremo Tribunal Federal.
4 Compete ao Conselho o controle da atuao administrativa e financeira do
Poder Judicirio e do cumprimento dos deveres funcionais dos juzes, cabendo-lhe,
alm de outras atribuies que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
I - zelar pela autonomia do Poder Judicirio e pelo cumprimento do Estatuto da
Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no mbito de sua
competncia, ou recomendar providncias;
II - zelar pela observncia do art. 37 e apreciar, de ofcio ou mediante provocao,
a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou rgos do Poder
Judicirio, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as
providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, sem prejuzo da
competncia do Tribunal de Contas da Unio;
III receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos do Poder
Judicirio, inclusive contra seus servios auxiliares, serventias e rgos
prestadores de servios notariais e de registro que atuem por delegao do poder
pblico ou oficializados, sem prejuzo da competncia disciplinar e correicional dos
tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a
remoo, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventos
proporcionais ao tempo de servio e aplicar outras sanes administrativas,
assegurada ampla defesa;
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IV representar ao Ministrio Pblico, no caso de crime contra a administrao
pblica ou de abuso de autoridade; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de
2004)
V rever, de ofcio ou mediante provocao, os processos disciplinares de juzes e
membros de tribunais julgados h menos de um ano;
VI elaborar semestralmente relatrio estatstico sobre processos e sentenas
prolatadas, por unidade da Federao, nos diferentes rgos do Poder Judicirio;
VII elaborar relatrio anual, propondo as providncias que julgar necessrias, sobre
a situao do Poder Judicirio no Pas e as atividades do Conselho, o qual deve
integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao
Congresso Nacional, por ocasio da abertura da sesso legislativa.
6. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
6.1. Controle difuso
Qualquer juiz ou tribunal.
A pedido de qualquer um.
Incidentalmente a um caso concreto.
No h ao especfica para seu ajuizamento.
Os efeitos so inter partes e ex tunc.
O Senado Federal pode suspender a execuo da lei declarada inconstitucional
pelo STF.
Clusula de reserva de plenrio: Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta
de seus membros ou dos membros do respectivo rgo especial podero os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Pblico.
6.2. Controle concentrado: ADI, ADC, ADPF e ADO
Foro: STF
Objeto:
ADI: lei ou ano normativo federal ou estadual
ADC: lei ou ato normativo federal
ADPF: ato do poder pblico que viole preceito fundamental.
ADO: omisso inconstitucional.
Legitimados
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Legitimados Universais Legitimados Especiais
I - o Presidente da Repblica;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Cmara dos
Deputados;
VI - o Procurador-Geral da Repblica;
VII - o Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil;
VIII - partido poltico com
representao no Congresso
Nacional;
IV a Mesa de Assembleia Legislativa
ou da Cmara Legislativa do Distrito
Federal;
V o Governador de Estado ou do
Distrito Federal;
IX - confederao sindical ou
entidade de classe de mbito
nacional.
Procedimento:
ADI: Inicial > Informaes pelo rgo ou autoridade responsvel pela edio
do ato normativo questionado > defesa pelo AGU > parecer pelo PGR e
julgamento
ADC: Inicial > parecer pelo PGR > Julgamento
ADPF: Inicial > Informaes pelo rgo ou autoridade responsvel pela
edio do ato questionado > parecer pelo PGR > Julgamento
ADO: Inicial > Informaes pelo rgo ou autoridade responsvel pela
edio do ato normativo questionado > defesa pelo AGU (facultativa) >
parecer pelo PGR e julgamento
Julgamento
ADI: efeitos vinculantes, erga omnes, ex tunc
ADC: efeitos vinculantes, erga omnes, ex tunc
OBS: Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e
tendo em vista razes de segurana jurdica ou de excepcional
interesse social, poder o Supremo Tribunal Federal, por maioria de
dois teros de seus membros, restringir os efeitos daquela
declarao ou decidir que ela s tenha eficcia a partir de seu
trnsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
ADPF: anulao do ato impugnado ou fixao de interpretao compatvel
com o parmetro.
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ADO (Art. 103, pargrafo 2, CF): 2 - Declarada a inconstitucionalidade por
omisso de medida para tornar efetiva norma constitucional, ser dada cincia
ao Poder competente para a adoo das providncias necessrias e, em se
tratando de rgo administrativo, para faz-lo em trinta dias.
Generalidades
No h prazo decadencial/prescricional para o ajuizamento
O indeferimento liminar da ao combatido por agravo
Nenhuma admite desistncia
Todas admitem cautelar.
Todas admitem o amicus curiae
Nenhuma admite interveno de terceiros
A deciso final irrecorrvel, salvo embargos de declarao
A deciso final insuscetvel de ao rescisria
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Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno
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Surgimento do Direito Internacional Pblico
O DIP surge na Idade Mdia, fruto de inmeros fatores sociais, polticos e econmicos, sendo que
na Antiguidade no existia um DIP propriamente dito e sim apenas um Direito que se aplicava s
relaes entre cidades vizinhas, de lngua comum, de mesma raa e religio, mas no existia um
direito comum nem igualdade ente as partes.
O marco do surgimento do DIP, como cincia autnoma e sistematizada, foi no sculo XVII, a
partir do Tratado de Westflia de 1648, qual colocou fim Guerra dos Trinta Anos. A Guerra dos
Trinta Anos foi um conflito sangrento entre catlicos e protestantes entre 1618 a 1648. A Paz de
Westflia considerada o divisor de guas do Direito Internacional Pblico, bem como marcou o
surgimento do Estado Moderno, que passa a ser o ator mais importante do DIP.
Fontes do Direito Internacional Pblico
As fontes do Direito Internacional Pblico esto localizadas no artigo 38 do Estatuto da Corte
Internacional de Justia:
a) Fontes Primrias
- Convenes internacionais
- Costume internacional
- Princpios gerais de direito
b) Meios auxiliares
- Doutrina internacional
- Jurisprudncia internacional
- Equidade
c) Novas Fontes As novas fontes no esto previstas no art. 38 do ECIJ, mas so consideradas
fontes do DIP
- Atos Unilaterais
- Decises das Organizaes Internacionais
- Analogia
- Soft Law
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Estado Soberano
O Estado, para ser considerado como tal, nos termos da Conveno Interamericana sobre
Direitos e Deveres dos Estados, firmada em Montevidu, em 1933, necessita possuir,
teoricamente, um agrupamento humano estabelecido permanentemente em um territrio
determinado e sob um governo independente.
Ateno: Santa S Ente ou Estado Soberano sui generis (possui Personalidade
internacional Anmala)
1) Nacionalidade
Brasileiros natos:
a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes no estejam a servio de seu pas;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que qualquer deles esteja
a servio da Repblica Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam registrados
em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
Brasileiros Naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de pases
de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil h
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
A lei no pode fazer distino entre brasileiros natos e naturalizados, mas a Constituio pode e
faz, alm dos cargos privativos (art. 12, 3 da CR/88), a propriedade de empresa jornalstica e
de radiodifuso sonora e de sons e imagens, bem como a responsabilidade editorial e as
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atividades de seleo e direo da programao veiculada, so privativas de brasileiros natos ou
naturalizados h mais de dez anos, ou de pessoas jurdicas constitudas sob as leis brasileiras e
que tenham sede no Pas, sendo que, pelo menos 70% do capital total e do capital votante dessas
empresas deve pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados h mais de
dez anos, que exercero obrigatoriamente a gesto das atividades e estabelecero o contedo da
programao.
Aos portugueses com residncia permanente no Pas, se houver reciprocidade em favor de
brasileiros, sero atribudos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituio.
Perda da nacionalidade:
Para brasileiros naturalizados:
Tiver cancelada sua naturalizao, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
Para brasileiros natos e naturalizados:
Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
- Reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira;
- Imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio ou para o exerccio de direitos
civis; (Includo pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)
2) Condio jurdica do estrangeiro
Vistos:
Para ingresso no Brasil so concedidos aos estrangeiros os seguintes vistos de entrada:
a) Trnsito;
b) Turista;
c) Temporrio;
d) Permanente;
e) Cortesia;
f) Oficial;
g) Diplomtico.
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Ainda existem na legislao brasileira algumas formas de excluso do estrangeiro:
2.1 Impedimento de Entrada quando a autoridade no permite que o estrangeiro ingresse no
pas, sendo o Visto apenas expectativa de direito de entrada.
2.2 Deportao excluso compulsria do territrio nacional do estrangeiro nos casos de entrada
ou estada irregular em regra no h qualquer punio internacional para a deportao, mas a lei
brasileira condiciona a sua posterior entrada ao ressarcimento atualizado ao Tesouro Nacional
dos custos de sua deportao e eventual multa.
2.3 Expulso Determinao por decreto do Presidente da Repblica para que o estrangeiro saia
do territrio nacional, por ter praticado, entre outros casos, como vadiagem, mendicncia etc.,
atentado contra a segurana nacional, a ordem poltica ou social, a tranqilidade ou
moralidade pblica e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo
convenincia e aos interesses nacionais.
A pessoa expulsa somente poder entrar novamente no Brasil depois da revogao do Decreto de
Expulso.
No pode ocorrer a expulso se implicar extradio no admitida pela lei brasileira; quando o
estrangeiro tiver Cnjuge brasileiro do qual no esteja divorciado ou separado, de fato ou de
direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado h mais de 5 (cinco) anos; ou, se tiver filho
brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente.
2.4 Extradio O procedimento de extradio consiste, em sntese, na entrega do estrangeiro
(ateno s hipteses de extradio de brasileiro naturalizado) para outro Estado Soberano
solicitante, quando o estrangeiro tenha cometido crime comum no territrio do Estado Solicitante,
para que ele seja processado e julgado criminalmente l ou cumprir pena.
STF anlise da legalidade da Extradio
Presidente da Repblica Ato de extradio (discricionrio), devendo o Estado Solicitante
retirar o extraditando no prazo de 60 dias.
2.5 Entrega (ing. procedimento, em sntese, de entrega do estrangeiro uma
Organizao Internacional, como Tribunal Penal Internacional.
3) Territrio delimitado
Domnio Martimo
O domnio martimo compreende as guas interiores, o mar territorial, a zona contgua, a zona
econmica exclusiva e a plataforma continental.
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- Conveno sobre Direito do Mar de Montego Bay 1982
- Lei 8.617/93:
Domnio Areo
O territrio areo espao areo correspondente ao territrio at a altura determinada pelas
necessidades de segurana do pas, neste incluindo o espao areo das guas territoriais
adjacentes (Mar Territorial).
O Estado o senhor absoluto desse espao, o Estado subjacente s o libera aviao de outros
pases mediante a celebrao de tratados ou permisses avulsas, ou seja, no permitido no
Domnio Areo o Direito de Passagem inocente, como ocorre no Domnio Martimo (Mar
Territorial).
Organizaes Internacionais
As Organizaes Internacionais (OIs) so associaes de Estados ou de outras organizaes,
voluntrias, estabelecidas por tratados, que possuem ordenamento jurdico interno prprio e
personalidade legal distinta da que possuem os Estados-membros, sendo dotadas de rgos e
institutos prprios, atravs dos quais realizam as finalidades a que se destinam.
1) Naes Unidas
Organizao das Naes Unidas (ONU) foi criada pela Carta das Naes Unidas, dia 24 de
Outubro de 1945, em So Francisco, Califrnia, finalizada a Segunda Guerra Mundial, tendo como
objetivo unir todas as naes do mundo em prol da paz e do desenvolvimento, com base nos
princpios de justia, dignidade humana e bem-estar de todos. A estrutura bsica da ONU
composta por 06 rgos especiais:
Assembleia Geral
Conselho de Segurana
Conselho Econmico e Social
Conselho de Tutela
Secretaria
Corte Internacional de Justia.
Tratados Internacionais
Conveno de Viena sobre Direitos dos Tratados (1969
internacional concludo por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste
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de um instrumento nico, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja a sua
denominao especfica.
Tratados Internacionais e a Legislao Brasileira
Fases de Elaborao de um Tratado
Adeso
Quando um Estado que no participou das negociaes do tratado e muito menos assinou, mas
deseja dele fazer parte, poder escolher o caminho da adeso ou aceitao que juridicamente
possui mesma natureza jurdica da ratificao.
Reserva
uma declarao unilateral de vontade, qualquer que seja a sua redao ou denominao, feita
por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo
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de excluir ou modificar o efeito jurdico de certas disposies do tratado em sua aplicao a esse
Estado.
Vcios do Consentimento
Erro
Dolo
Corrupo do Representante do Estado
Coao exercida sobre o Representante do Estado
Coao de um Estado decorrente de ameaa ou emprego da fora
Adoo de um tratado em inobservncia s Regras de Jus Cogens
Efeitos dos Tratados sobre as partes e sobre terceiros
A CV-69 assevera que um tratado no cria obrigaes nem direitos para um terceiro Estado
sem o seu consentimento, porm, existem excees:
1 Exceo: Aceitao expressa de obrigao Tratados que criam obrigaes para terceiros
Estados
2 Exceo: Consentimento expresso ou tcito de aquisio de direitos tratados que criam
direitos para terceiros Estados
As obrigaes que nasceram para um terceiro Estado, devido aceitao expressa (na forma da
1 Exceo), s poder ser revogada ou modificada com o consentimento das partes no tratado e
do terceiro Estado, salvo se ficar estabelecido que elas haviam acordado diversamente.
Qualquer direito que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos da 2 exceo, no poder
ser revogado ou modificado pelas partes, se ficar estabelecido ter havido a inteno de que o
direito no fosse revogvel ou sujeito a modificao sem o consentimento do terceiro Estado.
Extino dos Tratados
Ab-rogao
Denncia
Mudana Circunstanciais e Impossibilidade Superveniente (Teoria da Impreviso)
Rompimento das Relaes Diplomticas*
Expirao do termo Pactuado
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Execuo Integral do Objeto
Supervenincia de Tratado Posterior
Inexecuo do Tratado por uma das Partes
Prescrio Liberatria
Jus Cogens
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1. DIREITOS DO HOMEM, DIREITOS HUMANOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS
Direitos do homem Direitos humanos Direitos fundamentais
Inatos
Jusnaturalismo/direito
natural
Substancialmente
idnticos aos direitos do
homem
Previstos em tratados
ou convenes
internacionais
Aqueles que o Direito
vigente num
determinado pas
qualifica como tal
Proteo no Direito
Nacional
(Constituio)
2. HISTRICO
Antecedentes remotos
Cristianismo
Magna Charta LIbertatum (1215)
Habeas Corpus Act (1679): este inspirou a criao de outros mecanismos de
proteo, como o juicio de amparo na Amrica Latina
Declarao de Direitos de 1689 (Bill of rights
Declarao de Direitos do Homem e do Cidado (1789)
OBS: No artigo 16 da DDHC consta que a
assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separao dos
.
Antecedentes modernos: marcam o surgimento de uma preocupao internacional
com os direitos humanos atravs da criao de ligas, de tratados especficos e de
sistemas de efetiva proteo. A importncia dessa nova poltica foi a superao de um
conceito absoluto de soberania, no qual o Estado no admitia a ingerncia de outro
Estado ou Organismo internacional, e passa a ficar condicionado a observncia de um
padro tico mnimo de conduta.
Surgimento do Direito Humanitrio (1864): Primeira Conveno de Genebra
(Batalha de Solferino 1859).
Liga das Naes Unidas (1919): antecessora da ONU, surgiu aps o fim da
Primeira Guerra Mundial com uma proposta encabeada pelos pases vencedores
de criar um acordo permanente de paz.
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Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski
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Organizao Internacional do Trabalho (OIT): criada pelo Tratado de Versalhes,
trabalho na defesa de um mnimo de direitos para os trabalhadores, especialmente
com a proteo do trabalho infantil e da mulher.
Organizao das Naes Unidas (1946): sucessora da Liga das Naes Unidas.
Declarao Universal de Direitos do Homem (1948): vai estabelecer uma srie
de direitos aps o final da Segunda Guerra Mundial.
3. CARACTERSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
a) Historicidade: surgem lentamente com o passar do tempo.
Geraes ou dimenses
1 Gerao
2 Gerao
(Constituies
do Mxico - 1917
e de Weimar
1919)
3 Gerao
4 Gerao 5 Gerao
Estado Liberal Estado social
Estado
Democrtico e
Social
Norberto
Bobbio:
manipulao
gentica
Paulo
Bonavides:
democracia
Paulo
Bonavides
paz
Direitos
individuais
(civis e
polticos)
Sociais,
econmicos e
culturais
Direitos difusos
e coletivos
Direitos
negativos Direitos positivos
Direitos polticos
e/ou negativos
Liberdade Igualdade Fraternidade
Mundo: 1787
Brasil: 1824
Mundo: Mxico,
1917 e Alemanha
1919
Brasil: 1946
Brasil: 1988
No h hierarquia entre as geraes!
A historicidade distancia os direitos humanos do direito natural, pois se surgem
gradativamente, no estavam preconcebidos.
A historicidade caminha no sentido de ampliar, no diminuir.
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b) Universalidade: os direitos humanos pertencem a todos (inatos). E no possvel
fazer restries baseadas em discriminaes negativas.
c) Inalienabilidade: no tm contedo econmico-patrimonial
d) Indisponibilidade ou irrenunciabilidade: o indivduo no pode renunciar a
proteo sua dignidade.
Arremesso de anes:
e) Imprescritibilidade
Imprescritibilidade dos direitos humanos diferente da imprescritibilidade de
pretenso indenizatria em virtude de violao a direitos humanos
f) Limitabilidade ou relatividade
No se pode abrir mo de direitos humanos, de maneira voluntrio ou forada,
a ponto de sacrificar a dignidade da pessoa humana.
g) Indivisibilidade
No h hierarquia entre os direitos humanos
Todos contam com a mesma hierarquia
h) Independncia
4. SISTEMA UNIVERSAL/GLOBAL DE PROTEO AOS DIREITOS HUMANOS
4.1. Conjunto normativo
4.1.1. Carta das Naes Unidas (24/10/1945)
Formalizou a criao da ONU
Vai dispor sobre os principais rgos da ONU: AGONU, Conselho de Segurana,
Conselho Econmico e Social, Conselho de Tutela, Tribunal Internacional de Justia
(ou Corte, como se fala no Brasil) e um Secretariado.
4.1.2. Declarao Universal dos Direitos Humanos (1948)
Feita aps a II Guerra
O Brasil foi o primeiro pas a aderir a DUDH (por isso o pas que abre todas as
reunies da ONU)
Formalmente no um tratado, uma resoluo
Funo normogentica.
Coloca o indivduo como sujeito de direito no plano internacional.
Universal e Indivisivel
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Direitos de primeira e segunda dimenso, j que os de terceira ainda no existiam:
dessa forma, no h previso de direitos como o do meio ambiente ou de proteo ao
genoma.
Direito de mudar de nacionalidade
Direito de participar do governo de seu prprio pas
Garante expressamente a gratuidade da educao fundamental
Reconhece deveres para os indivduos
No reconhece o direito de unidade sindical
Jus cogens.
4.1.3. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Polticos (1966)
Direitos de primeira gerao.
Aplicao imediata.
4.1.4. Pacto Internacional dos Direitos Econmicos, Sociais e Culturais (1966)
Direitos de segunda gerao
Aplicao progressiva.
OBS: Ambos so da mesma data, o que se justifica em virtude da Guerra Fria.
Isso levou a comunidade internacional a afirmar que a indivisibilidade. No
entanto, a Conferncia de Viena (1993) reafirmou a indivisibilidade dos
direitos humanos!
OBS2: Envio de relatrios sobre medidas adotadas e progressos alcanados
OBS3: Hoje, os trs instrumentos normativos integram a Carta Internacional dos
Direitos Humanos.
OBS4: No h hierarquia entre estes tratados nessa verso contempornea!
4.1.5. Conveno Internacional sobre a Eliminao de Todas as Formas de Discriminao
Racial (1965)
Probe a discriminao racial.
Probe qualquer distino, excluso, restrio ou preferncia fundada na raa, cor,
descendncia ou origem nacional ou tnica
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Permite a discriminao positiva (carter provisrio, e no definitivo) e a distino entre
estrangeiros e nacionais
Limita a liberdade de expresso, j que condena as propagandas que incitem a
discriminao racial.
4.2. rgos de proteo
De nada adianta haver a proteo material, substancial, dos direitos humanos se no
houver um conjunto de rgos com atribuio especfica de proteg-los havendo
necessidade. Assim, os principais rgos a serem vistos so os seguintes:
4.2.1. Organizao das Naes Unidas
Foi inspirada pela Declarao das Naes Unidas (01/01/1942).
Objetivos (Art. 1 Carta das Naes Unidas)
Manter a paz e a segurana internacionais.
Desenvolver as relaes de amizade entre as naes.
Realizar a cooperao internacional.
Ser um centro destinado a harmonizar a ao das naes para a consecuo
desses objetivos comuns
Princpios que regem a ONU (Art. 2 da Carta das Naes Unidas)
Igualdade entre os Estados.
Boa-f (essencial para o cumprimento das obrigaes internacionais)
Soluo pacfica dos conflitos
No utilizao da fora
rgos principais (Art. 7 da Carta das Naes Unidas): uma Assembleia Geral, um
Conselho de Segurana, um Conselho Econmico e Social, um Conselho de Tutela,
um Tribunal Internacional de Justia e um secretariado.
4.2.2. Assembleia Geral da ONU
rgo deliberativo integrante da ONU que agrega todos os pases da ONU (mais de
190) (Art. 9, 10. Carta das Naes Unidas)
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Rene-se ordinariamente de forma anual e extraordinariamente a pedido do Secretrio
Geral, do Conselho de Segurana da ONU ou da maioria dos membros das Naes
Unidas (Art. 20, Carta das Naes Unidas).
Funes: pode (i) discutir qualquer assunto relacionado a ONU, alm de fazer (ii)
recomendaes aos seus membros ou ao Conselho de Segurana e (iii) expedir atos
normativos.
4.2.3. Conselho de Segurana da ONU
Sua funo e manter a paz e a segurana internacional (art. 24, Carta das Naes
Unidas).
Formado por 15 membros, sendo que a Repblica da China, a Frana, a URSS atual
Rssia , o Reino Unido e os Estados Unidos so permanentes e ou outros dez so
eleitos pela AGONU para um perodo de 2 anos (Art. 23.1, Carta das Naes Unidas),
sendo que estes devem atender uma proporcionalidade equitativa territorial
As deliberaes so tomadas por 9 votos, incluindo todos os votos dos permanentes
que tm, portanto, poder de veto (Art. 27, Carta das Naes Unidas).
Os pases que no sejam parte do Conselho de Segurana da ONU ou que no sejam
parte da prpria ONU podero ser chamados a participar das reunies que lhe digam
respeito, sem direito a voto, contudo (Art, 23, Carta das Naes Unidas).
O Conselho de Segurana pautado pelo princpio da soluo pacfica dos conflitos
(tem que fazer negociaes, inquritos, mediao, conciliao, arbitragem, etc.).
Em caso de ameaa a paz, o Conselho poder determinar providncias a serem
tomadas. Estas inicialmente passam por embargos econmicos, de telecomunicaes
e relaes diplomticas (Art. 41, Carta das Naes Unidas) e, se forem as mesmas
ineficazes, podem ser determinadas intervenes areas, navais ou terrestres (Art. 42,
Carta das Naes Unidas), as quais so realizadas por pases que se disponham a
colaborar (Arts. 43.1 e 44Carta das Naes Unidas.).
As aes so determinadas pelo Conselho de Segurana auxiliado por uma Comisso
de Estado-Maior criada para tal fim (Art. 47, Carta das Naes Unidas)
4.2.4. Conselho Econmico e Social
Formado por 54 membros eleitos pela AGONU (Art. 61.1, Carta das Naes Unidas).
Faz estudos e relatrios na rea de sua atuao e faz recomendaes a AGONU.
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4.2.5. Tribunal de Justia Internacional (Corte de Justia Internacional ou Tribunal de Haia)
Funo: analisar os desrespeitos aos direitos humanos praticados pelos Estados que
integram a ONU (Art. 92, Carta das Naes Unidas).
Dele podem fazer parte os pases que ainda no so integrantes das Naes Unidas
(Art. 93.2, Carta das Naes Unidas).
Suas decises so vinculantes para os Estados, e caso estes deixem de cumpri-las, o
Estado prejudicado poder recorrer para o Conselho de Segurana da ONU (Art. 95,
Carta das Naes Unidas
No se confunde com o TPI! Vamos fazer um quadro comparativo!
TJI TPI
Situado em Haia Situado em Haia
Julga Estados, e no pessoas Julga Indivduos
No tem competncia criminal Tem competncia criminal
rgo da ONU rgo internacional com
personalidade prpria (no da ONU),
criado por tratado internacional
(Estatuto de Roma)
5. SISTEMA AMERICANO DE PROTEO DOS DIREITOS HUMANOS
5.1. Conjuntos normativos
5.1.1. Pacto de So Jos da Costa Rica Conveno Americana de Direitos Humanos
(1969)
Direitos assegurados
Personalidade jurdica (Art. 3)
Vida (Art. 4): em geral, assegurada desde a concepo
OBS: Pena de morte apenas para crimes gravssimos. Ainda, no pode ser
restabelecida nos pases que a aboliram e nem aplicada a crimes polticos,
conexos ou a mulher grvida e para o menor de 18 anos ou maiores de
70 anos
Integridade pessoa (Art. 5)
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Proibio de escravido (Art. 6)
Direito liberdade pessoal (Art. 7)
OBS: Acabou com a priso civil do depositrio infiel na medida em que autorizou
somente a priso do devedor de alimentos no artigo 7.7 (7. Ningum deve
ser detido por dvidas. Este princpio no limita os mandados de autoridade
judiciria competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigao
alimentar).
Garantias judiciais (Art. 8)
OBS: Duplo grau de jurisdio est assegurado.
Suspenso de garantias: o Pacto admite a suspenso das garantias durante guerra,
perigo pblico ou outra emergncia, mas desde que por tempo determinado (Art. 27).
No podem ser suspensos os direitos previstos no artigo 3 (direito ao reconhecimento
da personalidade jurdica), 4 (direito vida), 5 (direito integridade pessoal), 6
(proibio da escravido e da servido), 9 (princpio da legalidade e da retroatividade),
12 (liberdade de conscincia e religio), 17 (proteo da famlia), 18 (direito ao nome),
19 (direitos da criana), 20 (direito nacionalidade) e 23 (direitos polticos), nem das
garantias indispensveis para a proteo de tais direitos.
4.1. rgos de proteo
4.1.1. Comisso Interamericana de Direitos Humanos
Responsabiliza Estados, e no pessoas
No tem funo jurisdicional!
7 membros (e no juzes) para mandato de 4 anos, admitida uma reeleio (Art. 35 e
36).
Funes e atribuies: funo principal promover a observncia e a defesa dos
direitos humanos (Art. 41). Mas alm disso deve:
a) estimular a conscincia dos direitos humanos nos povos da Amrica;
b) formular recomendaes aos governos dos Estados-membros, quando considerar
conveniente, no sentido de que adotem medidas progressivas em prol dos direitos
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humanos no mbito de suas leis internas e seus preceitos constitucionais, bem
como disposies apropriadas para promover o devido respeito a esses direitos;
c) preparar estudos ou relatrios que considerar convenientes para o desempenho de
suas funes;
d) solicitar aos governos dos Estados-membros que lhe proporcionem informaes
sobre as medidas que adotarem em matria de direitos humanos;
e) atender s consultas que, por meio da Secretaria Geral da Organizao dos
Estados Americanos, lhe formularem os Estados-membros sobre questes
relacionadas com os direitos humanos e, dentro de suas possibilidades, prestar-
lhes o assessoramento que lhes solicitarem;
f) atuar com respeito s peties e outras comunicaes, no exerccio de sua
autoridade, de conformidade com o disposto nos artigos 44 a 51 desta Conveno;
e
g) apresentar um relatrio anual Assemblia Geral da Organizao dos Estados
Americanos.
OBS: Alm disso, a Comisso recebe queixas com denncias a direitos humanos
(Art. 44).
OBS2: De certo modo pode ser dito que a Comisso tem a funo de promoo,
proteo (inclusive com medidas cautelares) conciliao e
monitoramento dos direitos humanos: pode expedir recomendaes (Ex:
determinada localidade est com excesso de presos. Diante disso, pode a
Comisso expedir uma recomendao para que o Estado tome uma
providncia). Tambm pode a Comisso solicitar ao Estado medidas de
natureza cautelar (em 2009 so Paulo verificou-se numa instituio de
priso de jovens a tortura. Cautelarmente a Comisso solicitou
providncias). Tambm pode fazer visitaes in loco. Pode investigar um
fato especfico, como a violao de direitos das mulheres ou fatos genricos.
Aps, pode ele elaborar um relatrio que serve de embasamento para uma
recomendao, por exemplo.
Competncia para receber peties que contenham denncias ou queixas de
violao a direitos humanos (Art. 44)
Legitimados: (i) Indivduos; (ii) Grupos de indivduos; (iii) Entidade No-
Governamental reconhecida em pelo menos um dos Estados da OEA.
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OBS: Estados tambm podem declarar que reconhecem a competncia da
Comisso para apreciar denncias contra si formuladas por outros
Estados. Mas isso facultativo e ser manifestado no momento de
adeso ao Pacto ou em outro momento (Art. 45)
OBS2: A legislao brasileira reconhece o direito de a Defensoria Pblica o
direito de pleitear junto a esses rgos. Assim, a DPE pode defender
um indivduo nessa instncia. Trata-se da Lei Complementar
132/2009.
Requisitos para o processamento das peties: (i) que hajam sido interpostos
e esgotados os recursos da jurisdio interna, de acordo com os princpios
de Direito Internacional geralmente reconhecidos; (ii) que seja apresentada
dentro do prazo de seis meses, a partir da data em que o presumido prejudicado
em seus direitos tenha sido notificado da deciso definitiva; (iii) que a matria da
petio ou comunicao no esteja pendente de outro processo de soluo
internacional; e (iv) que, no caso do artigo 44, a petio contenha o nome, a
nacionalidade, a profisso, o domiclio e a assinatura da pessoa ou pessoas ou do
representante legal da entidade que submeter a petio.
Particularidades
O Brasil fez uma reserva: as inspees (visitas in loco) feitas pela Comisso
Interamericana de Direitos Humanos depende de anuncia expressa do Estado
brasileiro.
4.1.2. Corte Interamericana de Direitos Humanos:
Formada por 7 Juzes para um mandato de seis anos admitida uma reeleio (no
pode haver dois da mesma nacionalidade) (Art. 52-54)
Funo de contencioso (jurisdicional) e de consulta (sendo que na consulta pode
considerar qualquer tratado internacional).
Legitimados
(i) Estados.
(ii) Comisso.
OBS: O indivduo pode acionar a corte em casos de serem prejudicadas em
virtude de uma situao em debate pela Corte. Ou seja, se o Brasil est
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sendo acusado de algo na Corte, e isso pode prejudicar algum, esta
pessoa pode acionar a Corte numa espcie de cautelar.
Condenaes:
Restaurao do status quo ante e/ou;
Reparao do dano por meio de indenizao (caso do hospital psiquitrico e
da Lei de Anistia
Condenao executada pela Vara Federal de primeiro grau.
Deciso irrecorrvel
no
precisa porque no uma sentena estrangeira, mas sim uma sentena
internacional (entendimento majoritrio sem precedente jurisprudencial).
Casos julgados pela Corte envolvendo o Brasil:
Caso Escher (2009): grampos inautorizados.
Caso Stimo Garibaldi (2009): homicdio de um sem terra indenizao
para os familiares de U$ 200.000,00.
Caso Gomes Lund (Guerrilha do Araguaia 2010)
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Direito Tributrio Prof. Srgio Karkache
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NOVIDADES
Emenda 75 inseriu mais uma imunidade genrica ao artigo 150, VI, e, em favor de fonogramas
e videofonogramas de msica brasileira.
Emenda 84 Alterou o percentual de repartio de receitas, no imposto de renda e IPI, obrigando
a Unio a repassar 49% (e no mais 48%). Os Municpios passam a receber, via Fundo de
Participao, 24,5% ao todo.
Emenda 87 Altera o ICMS incidente sobre operaes que destinem bens e servios a
consumidor final, contribuinte ou no do imposto, localizado em outro Estado.
PEGADINHAS
CF DIZ IMPOSTOS: art. 145, 1; 146, III, a; 147; 150, VI e 5; 155, 3.
CF DIZ TRIBUTOS: art. 150, I a V; 151, I e III; 152.
LEI COMPLEMENTAR: A CF diz expressamente. Casos no art. 146; 146-A; 148; 153, VII; 154, I;
ITCMD Exterior; 155, 2, XII (ICMS); 156 (ISS); 161 (Reparties).
LEI ORDINRIA: Quando a CF no diz nada, normalmente cabe Lei ordinria (ou MP), sobretudo
nos casos do CTN, art. 97.
SE A CF DIZ LEI: Consultar posio do STF se ele entende que Lei Complementar ou
ordinria.
LIMITAES CONSTITUCIONAIS
Legalidade: Lei exceto: alquotas II, IE, IPI, IOF, CIDE Combustveis; Isenes ICMS; Fora reserva
legal.
Anterioridade: S para aumento; ano seguinte publicao e 90 dias depois, exceto: 1) Nenhuma
(II, IE, IOF, IEG; EC guerra/calamidade); 2) S exerccio (IR, BC do IPTU/IPVA); 3) S 90: IPI,
Seguridade, CIDE-C, ICMS 1554.
Irretroatividade: Tributos; Vigncia. Excees: CTN, art. 106.
Outras: Isonomia; No-confisco; Liberdade de trafego (tributos inter-E-M exceto pedgio);
Uniformidade Geogrfica; Vedao Iseno Heternoma.
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IMUNIDADES
Genricas: Recproca (U, E, DF, M e Autarquias/FP); Religiosa; Institucional (Partidos/Fundaes;
Sindicais trabalhadores, Educao/Assistncia SFL+Lei); Livro etc; Msica BR (CD/DVD).
fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicao
industrial de mdias pticas de leitura a laser.
Extravagantes: Exportaes (IPI, ICMS, Sociais, CIDES); Pequena Gleba Rural (ITR); Ouro
Financeiro (todos exceto IOF); ICMS interestaduais petrleo/energia; Princpio da Exclusividade
(CF1553); ITBI (CF156); Reforma agrria (CF1845); Seguridade (Beneficentes AS); Taxas
(CF5).
IMUNIDADE X ISENO:
Imunidade: na CF, no revogvel (em regra), limitao ao poder de tributar. Iseno: instituda
por Lei (em regra), revogvel (em regra); benefcio fiscal.
CONCEITOS
Obrigao: Nasce no FG; Principal (pagar tributo ou multa) e Acessria; FG previsto em Lei na
principal e na legislao na acessria.
Crdito: Nasce da obrigao principal; Constitui-se pelo lanamento; Autnomo frente a
obrigao; Sujeito a suspenso, extino, excluso (CTN, art. 151, 156, 175).
Suspende: moratria, parcelamento, depsito integral, reclamaes/rec adm; liminares (JUD).
Extingue: pagamento, compensao, transao, remisso, consignao em pagamento;
converso do depsito em renda; pgto homologado; deciso transitada em julgado; deciso adm
definitiva; dao em pgto (imveis); prescrio; decadncia.
Excluso: Iseno e anistia
Formas de lanamento: Declarao, Homologao, Ofcio.
Prescrio: 5 anos a partir da constituio definitiva. Interrupo (CTN174nico); Suspenso
(CTN151). Para execuo na Justia. Interrompe para todos na solidariedade. Contribuinte tem
que guardar documentos fiscais at a prescrio.
Decadncia: 5 anos. 4 dies a quo: fato gerador (homologao); 1/jan seguinte; 1 notificao da
investigao; deciso anulatria formal. Para lanar o tributo.
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Responsabilidade Tributria: Substituio (progressiva ou regressiva); Transferncia: 1) Titulares
(Bens/PF/PJ/sucesso de fato/Estabelecimentos); 2) Terceiros: solidria (134); pessoal (135); 3)
Infraes: em regra independe da inteno do agente, excees 137.
Nos Bens: quem paga o comprador, salvo se: 1) tiver prova de quitao no ttulo; 2) comprar em
hasta pblica.
Pessoa Fsica: do de cujus transfere para o esplio, do esplio transfere para os sucessores e
meeiro, nos limites do que cada um destes receber (foras da herana).
Pessoa Jurdica: resultantes da fuso, transformao, etc. Respondem.
Fundo de Comrcio: comprador paga integralmente, se vendedor cessou atividades;
subsidiariamente ao vendedor, se ele continua trabalhando.
Sucesso empresarial de fato: dvida acompanha scio que continua o negcio em outro lugar ou
situao.
Terceiros Solidria: terceiro responde se impossvel exigir do devedor e se participou do fato
gerador.
Terceiros pessoal: terceiro responde se cometeu infrao, ou excedeu poderes.
Denncia espontnea: Se pagar antes do Fisco investigar, no paga multa. No vale parcelar e
quando contribuinte confessa (ex. Declarao).
Privilgios:
Regra Geral: 1) Trabalhista/Acidente-Trabalho; 2) Tributrio...
Falncias: 1) Extraconcursais (remuneraes; quantias; despesas; custas sucumbncia; AJ
vlidos e Tributos); 2) Concursais: TRAB/AC < 150SM; GARANTIA REAL; TRIBUTRIO; CC964;
CC965; QUIROGRAFRIOS; MULTAS; SUBORDINADOS.
Tributrios: 1) Unio; 2) Estados/DF/TF; 3) Municpios. Dentro de cada um: Imputaes (CTN,
art. 163: OP-ST; CM-TX-IM; > PRESCR.;
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Responsabilidade Civil do Estado - artigo 37, 6, CF
1. Introduo: a chamada responsabilidade civil do Estado tambm conhecida como
responsabilidade extracontratual.
2. Artigo 37, 6, CF: a responsabilidade das pessoas jurdicas de direito pblico e das pessoas
jurdicas de direito privado prestadoras de servios pblicos objetiva. A responsabilidade do
agente pblico ser sempre subjetiva.
Artigo 37, CF
(...)
6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios
pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou
culpa.
Cuidado! A responsabilidade subjetiva do Estado ainda aplicada, porm de forma excepcional,
sempre nos casos em que a omisso do Estado causar um dano ao particular. Essa
responsabilidade subjetiva tambm conhecida como culpa invisvel ou culpa administrativa.
3. Modalidades da responsabilidade objetiva
Dentro da responsabilidade objetiva a regra a modalidade do risco administrativo, ou seja, so
admitidas as excludentes (culpa exclusiva da vtima, forma maior e culpa de terceiro). Todavia,
quando se tratar de dano ambiental e de dano nuclear ser caso de risco integral, em que no h
excludente.
4. Principais casos concretos em destaques
a) Ato lcito: o ato lcito gera responsabilidade objetiva do Estado, porm, o particular que sofreu
o dano ter a indenizao fundamentada no princpio da igualdade.
b) Preso foragido que, tempos depois, praticou um novo crime: o preso foragido que, tempos
depois, praticou novo crime, no gera o dever de indenizar do Estado, uma vez que entende o
STF que no h nexo causal.
c) Concessionria de servios pblicos: a pessoa jurdica de direito privado prestadora de
servio pblico responde objetivamente perante os danos causados a 3 (usurios ou no
usurios), sendo que a responsabilidade do Estado subsidiria.
d) Agente pblico: a responsabilidade do agente pblico sempre subjetiva. Contudo, se ele
exercia a funo e causou o dano ao particular o Estado ser responsabilizado. Porm, se o
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agente pblico no exercia a funo e, ainda assim, causou um dano ao indivduo, o Estado no
ter qualquer responsabilidade.
5. Princpio da dupla garantia
O agente pblico que, no exerccio da funo, causar dano ao particular tem a garantia de,
primeiramente, a ao ser proposta em face do Estado e, se este for condenado, na ao
regressiva, dever provar que o agente pblico agiu com dolo ou culpa.
Em que pese ser tema que no est pacificado na doutrina, a posio dominante que o
particular tem o prazo de 5 anos para ingressar com a ao de indenizao contra o Estado. Uma
vez que o Estado foi condenado e tal sentena transitou em julgado, caber agora uma ao de
regresso contra o real causador do dano, vez que a Administrao Pblica obrigada a mover a
ao de regresso contra o agente. Todavia, quanto ao prazo, lembrar que, na ao regressiva,
aplica o artigo 37, 5, da CF, vez que imprescritvel a ao para ressarcimento dos cofres
pblicos.
Servios Pblicos Lei 8987/95
1. Conceito
a) Substrato material: comodidade ou utilidada. Servio pblico sempre prestao material.
b) Elemento formal: prestado pelo regime de Direito Pblico.
c) Elemento subjetivo: necessariamente prestada pelo Estado (direta ou indiretamente).
2. Princpios
a) Generalidade/Universalidade: servio pblico deve ser prestado a maior quantidade de
pessoas possveis.
b) Modicidade: as tarifas, na prestao dos servios, devem ser mdicas.
No se confunde com gratuidade.
c) Atualidade/Adaptabilidade: os servios pblicos devem ser prestados com a tecnologia do
momento.
d) Cortesia: a prestao do servio pblico deve ser corts.
e) Isonomia: devem ser prestados de forma insonmica a todos os cidados.
f) Continuidade: a prestao do servio deve ser contnua, como regra. Excepcionalmente pode
ser interrompido nos casos de emergncia, melhoria do sistema e de inadimplncia.
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3. Classificao dos servios pblicos
a) Individuais/ uti singuli: so prestados a todos, porm, possvel individualizar o quanto cada
pessoa utiliza. Ex: energia eltrica, transporte pblico, telefonia... So cobrados mediante taxas ou
tarifas.
b) Gerais/ uti universi: so prestados a toda coletividade, mas sem individualizao do consumo
de cada usurio. Ex: iluminao pblica, limpeza pblica... So cobrados mediante impostos.
4. Diferenas entre a concesso e a permisso
a) o contrato de permisso pode ser celebrado com pessoas jurdicas ou pessoas fsicas, j a
concesso jamais ser celebrada com pessoa fsica.
b) o contrato de concesso a modalidade licitatria sempre ser a concorrncia,
independentemente do valor do contrato, na permisso no h essa obrigatoriedade.
c) a concesso requer lei especfica que a autorize, a permisso no requer tal exigncia.
Princpios do Direito Administrativo
1. Princpios constitucionais do Direito Administrativo (artigo 37, caput, da Constituio
-I-M-P-
Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (...)
a) Legalidade: a legalidade pblica restritiva, ou seja, o administrador s pode fazer o que a lei
permitir. O administrador est subordinado lei. Administrar aplicar a lei de ofcio.
b) Impessoalidade: a no discriminao, ou seja, o Estado deve tratar todos os cidados da
mesma forma, com igualdade. A impessoalidade impe trs reflexos:
b.1) no privilegiar ou prejudicar ningum;
b.2) proibir que o agente pblico se autopromova com a coisa pblica e;
b.3) na responsabilidade civil, o dano praticado pelo agente pblico, no exerccio da funo, gera
a responsabilidade do Estado, no primeiro momento.
c) Moralidade: a probidade, honestidade, boa-f objetiva. Cuidado que a moralidade
administrativa no se confunde com a moralidade social/comum.
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d) Publicidade: a regra na Administrao Pblica. A publicidade exterioriza: possibilidade de
controle do ato administrativo, eficcia do ato (a produo de efeitos perante o cidado) e a
contagem do prazo. So excees da publicidade:
d.1) a segurana do Estado;
d,2) a segurana da sociedade;
d.3) a privacidade/intimidade do indivduo/das partes.
e) Eficincia: includa expressamente na Constituio Federal com a Emenda Constitucional n.
19/98. A eficincia ser sempre o alcance do mximo de resultado com o menor custo possvel.
Cuidado! Os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade no esto expressos na
Constituio Federal, mas so princpios implcitos.
2. Princpios infraconstitucionais do Direito Administrativo (artigo 2, pargrafo nico, da
Lei 9.784/99)
a) Supremacia do interesse pblico sobre o privado: O Estado pode restringir direitos
individuais em benefcio da coletividade. Assim, o Estado possui prerrogativas no estendidas ao
particular.
b) Indisponibilidade do interesse pblico: o limite da supremacia do interesse pblico
encontrado na indisponibilidade do interesse pblico, pois este impe limitaes atuao
estatal.
c) Devido processo legal (contraditrio e ampla defesa): no Direito Administrativo a ampla
defesa e o contraditrio, assim como no direito processual, so perfeitamente aplicados. Porm,
vale lembrar que a defesa tcnica tambm faz parte da ampla defesa, porm, no processo
administrativo, a ausncia do advogado no viola tal princpio, nos termos da smula vinculante
n. 05, porque o advogado passou a ser prescindvel.
d) Autotutela: a Administrao tem o poder de controlar os seus prprios atos,
independentemente de ser provocada. Lembrar que o ato inconveniente ou inoportuno ser
revogado e o ato ilegal ser anulado. Da revogao os efeitos so ex nunc, da anulao os efeitos
so ex tunc. Ver smula 473 do STF e artigo 53 da Lei 9.784/99.
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e) Motivao: o poder-dever que a Administrao tem de fundamentar os atos praticados, ou
seja, essa a regra. A motivao deve ser anterior ou concomitante ao ato, jamais posterior ao
ato. Motivar apresentar os fundamentos de fato e de direito.
f) Proporcionalidade: relao entre os meios e os fins. PS: lembrar do jantar com massas e
frutos do mar.
g) Razoabilidade: a relao de equilbrio, decises extremadas ferem a razoabilidade.
h) Segurana jurdica: novas interpretaes no podem retroagir, porque possuem efeitos
apenas ex nunc.
Cuidado! O que ocorre se um princpio for descumprido? Existir a possibilidade de se tipificar um
ato de improbidade administrativa, nos termos do artigo 11, da Lei 8.429/92.
Organizao da Administrao Pblica Artigo 37, XIX, CF e Decreto-lei 200/67
1. Desconcentrao e descentralizao: desconcentrao ocorre no contexto de uma pessoa
jurdica, razo pela qual existe hierarquia e subordinao. J, a descentralizao ocorre no
contexto de duas pessoas jurdicas e a relao de controle finalstico/vinculao.
Cuidado! Entre a Administrao Pblica direita e a Administrao Pblica indireta no existe
relao de hierarquia ou subordinao, mas controle finalstico.
Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:
(...)
XIX somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de
empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei
complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao.
2. Caractersticas da Administrao Pblica Direta:
a) formada pela Unio, Estado, DF e Municpios;
b) so pessoas polticas, assim, formada por pessoas jurdicas de direito pblico, com
competncias legislativas;
c) devem licitar;
d) devem realizar concurso pblico para contratar;
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e) bens pblicos;
f) regime dos precatrios;
g) prazos processuais dilatados.
3. Administrao Pblica Indireta
a) possuem personalidade jurdica prpria;
b) patrimnio prprio;
c) no possuem finalidade lucrativa
c) possuem capacidade de autoadministrao;
d) possuem autonomia financeira, administrativa e tcnica.
4. Espcies da Administrao Pblica Indireta
a) Autarquia: pessoa jurdica de direito pblico, criada e extinta por lei na prestao de um
servio tpico de Estado. So espcies de autarquias:
a) autarquias em regime especial;
b) autarquias geogrficas;
c) autarquias fundacionais e;
d) conselhos profissionais.
Cuidado! A OAB no uma autarquia, mas uma entidade .
b) Fundao pblica: podem ser pessoas jurdicas de direito pblico ou de direito privado, sendo
um patrimnio personalizado destinado a aspectos culturais, cientficos, sempre com finalidade
especfica.
c) Empresa pblica: pessoa jurdica de direito privado formada por capital exclusivamente
pblico, podendo prestar um servio pblico ou explorar atividade econmica, sob qualquer tipo
societrio.
d) Sociedade de economia mista: pessoa jurdica de direito privado, pode prestar servio
pblico ou explorar atividade econmica. O Estado possui a maior parte do capital, tem que ser
AS.
Cuidado! Agncia executiva apenas uma qualificao atribuda s autarquias ou fundaes
pblicas que celebram um contrato de gesto com a Administrao, tendo em vista um aumento
da eficincia.
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Cuidado! O rgo pblico no possui personalidade jurdica. Quem possui tal personalidade a
pessoa jurdica da qual o rgo faz parte.
Licitao Artigo 37, XXI, CF; Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02
1. Introduo: um procedimento administrativo formal em que as finalidades so:
a) buscar a melhor proposta para o Estado;
b) dar tratamento isonmico aos participantes e;
c) promover o desenvolvimento nacional.
Cuidado! Licitao procedimento administrativo, uma vez que se materializa numa sequncia
lgica e concatenada de atos.
2. Princpios especficos:
a) sigilo das propostas: a licitao pblica, mas as propostas devem ser sigilosas at o
momento da abertura dos envelopes.
b) vedao oferta de vantagem: as propostas devem ser individualizadas, no se admitindo
que um participante vincule sua proposta ao outro.
c) vinculao ao instrumento convocatrio: tanto a Administrao Pblica quanto os
participantes esto vinculados ao instrumento convocatrio.
d) julgamento objetivo: a busca pela melhor proposta Administrao Pblica deve ser aferida
com julgamento objetivo, ou seja, aquele que est nos termos da lei e do edital.
e) adjudicao compulsria: o vencedor da licitao tem o direito de receber o objeto licitado,
porm, a contratao com o poder pblico to somente uma expectativa de direito.
3. Contratao direta
a) Licitao inexigvel: ocorre quando for impossvel licitar, quer seja por exclusividade do
produto/fornecedor, artista consagrado ou servio de alta especialidade. O rol exemplificativo e o
dever de no licitar vinculativo, nos termos do artigo 25 da Lei 8.666/93.
b) Licitao dispensvel: cabe, no caso concreto, a deciso do administrador, uma vez que
possvel, ou no, licitar (deciso discricionria), mas o rol taxativo, nos termos do artigo 24 da
Lei 8.666/93.
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c) Licitao dispensada: no cabe qualquer anlise do administrador, pois o rol taxativo e o
dever de no licitar vinculativo, conforme artigo 17 da Lei 8.666/93.
Cuidado! O artigo 17 se desdobra nos incisos I e II, razo pela qual a alienao do bem mvel
no exige autorizao legislativa.
4. Tipos de licitao
a) Menor preo: aplicada ao prego.
b) Melhor tcnica: dentre as vrias tcnicas, escolhe-se a que for a mais adequada, nos termos
da lei e do edital.
c) Tcnica e preo: aplicada para servios e bens de informtica.
d) Maior lance: aplicada ao leilo.
5. Modalidades
a) Concorrncia: destinada para compras de grande vulto e hierarquicamente superior s
demais, tendo em vista ser sempre possvel sua aplicao.
b) Tomada de preo: destinada s compras de mdio vulto em que os participantes esto
previamente cadastrados.
c) Convite: voltada para compras de pequeno vulto em que no se fala de edital, mas da carta-
convite.
Cuidado! O prazo mnimo no convite de 5 dias teis.
d) Concurso: busca escolher trabalhos tcnicos, cientficos ou artsticos com a entrega de
prmios ou remunerao ao vencedor.
e) Leilo: modalidade utilizada para alienao e be