apostila oab -17 e 18-07-2015.pdf

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    SUMRIO

    Direito Constitucional Prof. Antonio Kozikoski pg. 03

    Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno pg. 14

    Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski pg. 22

    Direito Tributrio Prof. Srgio Karkache pg. 33

    Direito Administrativo Prof. Andr Barbieri pg. 36

    Direito Processual Civil Prof. Guilherme Corra pg. 46

    Direito do Trabalho Profa. Rafaela Sionek pg. 56

    Direito Empresarial Prof. Guilherme Corra pg. 61

    Direito do Consumidor Prof. Ahyrton Loureno pg. 70

    Direito Penal Prof. Guilherme Rittel pg. 80

    Filosofia do Direito Prof. Dnis Carvalho pg. 90

    Estatuto da Criana e do Adolescente Prof. Wisley Santos pg. 91

    Direito Processual Penal Prof. Wisley Santos pg. 98

    Direito Civil: Famlia e Sucesses Prof. Gustavo Eidt pg. 113

    Direito Civil: Parte Geral e Reais Prof. Cristiano Dionsio pg. 116

    Direito Civil: Especial Prof. Leonardo Agostini pg. 119

    Direito Processual do Trabalho Prof. Bruno Klippel pg. 125

    Estatuto e tica Prof. Valter Otaviano pg. 144

    Direito Ambiental Prof. Valter Otaviano pg. 154

  • Direito Constitucional Prof. Antonio Kozikoski

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    1. NACIONALIDADE

    Art. 12. So brasileiros:

    I - natos:

    a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde

    que estes no estejam a servio de seu pas;

    b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que qualquer

    deles esteja a servio da Repblica Federativa do Brasil;

    c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam

    registrados em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica

    Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela

    nacionalidade brasileira; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 2007)

    II - naturalizados:

    a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de

    pases de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade

    moral;

    b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil

    h mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a

    nacionalidade brasileira. (Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de

    1994)

    1 Aos portugueses com residncia permanente no Pas, se houver reciprocidade em

    favor de brasileiros, sero atribudos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos

    previstos nesta Constituio. (Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3,

    de 1994)

    2 - A lei no poder estabelecer distino entre brasileiros natos e naturalizados, salvo

    nos casos previstos nesta Constituio.

    3 - So privativos de brasileiro nato os cargos:

    I - de Presidente e Vice-Presidente da Repblica;

    II - de Presidente da Cmara dos Deputados;

    III - de Presidente do Senado Federal;

    IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

    V - da carreira diplomtica;

    VI - de oficial das Foras Armadas.

    VII - de Ministro de Estado da Defesa (Includo pela Emenda Constitucional n 23, de

    1999)

    4 - Ser declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

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    I - tiver cancelada sua naturalizao, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva

    ao interesse nacional;

    II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redao dada pela Emenda

    Constitucional de Reviso n 3, de 1994)

    a) de reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira; (Includo pela

    Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)

    b) de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em

    estado estrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio ou para o exerccio

    de direitos civis; (Includo pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)

    2. DIREITOS POLTICOS

    Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto

    e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

    I - plebiscito;

    II - referendo;

    III - iniciativa popular.

    1 - O alistamento eleitoral e o voto so:

    I - obrigatrios para os maiores de dezoito anos;

    II - facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de setenta anos;

    c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    2 - No podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o perodo do servio

    militar obrigatrio, os conscritos.

    3 - So condies de elegibilidade, na forma da lei:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o pleno exerccio dos direitos polticos;

    III - o alistamento eleitoral;

    IV - o domiclio eleitoral na circunscrio;

    V - a filiao partidria; Regulamento

    VI - a idade mnima de:

    a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repblica e Senador;

    b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

    c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-

    Prefeito e juiz de paz;

    d) dezoito anos para Vereador.

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    4 - So inelegveis os inalistveis e os analfabetos.

    5 O Presidente da Repblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os

    Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substitudo no curso dos mandatos podero ser

    reeleitos para um nico perodo subseqente. (Redao dada pela Emenda Constitucional

    n 16, de 1997)

    6 - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repblica, os Governadores de

    Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos at

    seis meses antes do pleito.

    7 - So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os parentes

    consangneos ou afins, at o segundo grau ou por adoo, do Presidente da Repblica,

    de Governador de Estado ou Territrio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja

    substitudo dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j titular de mandato

    eletivo e candidato reeleio.

    8 - O militar alistvel elegvel, atendidas as seguintes condies:

    I - se contar menos de dez anos de servio, dever afastar-se da atividade;

    II - se contar mais de dez anos de servio, ser agregado pela autoridade superior e, se

    eleito, passar automaticamente, no ato da diplomao, para a inatividade.

    9 Lei complementar estabelecer outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua

    cessao, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exerccio de

    mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das

    eleies contra a influncia do poder econmico ou o abuso do exerccio de funo, cargo

    ou emprego na administrao direta ou indireta. (Redao dada pela Emenda

    Constitucional de Reviso n 4, de 1994)

    10 - O mandato eletivo poder ser impugnado ante a Justia Eleitoral no prazo de quinze

    dias contados da diplomao, instruda a ao com provas de abuso do poder econmico,

    corrupo ou fraude.

    11 - A ao de impugnao de mandato tramitar em segredo de justia, respondendo o

    autor, na forma da lei, se temerria ou de manifesta m-f.

    Art. 15. vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s se

    dar nos casos de:

    I - cancelamento da naturalizao por sentena transitada em julgado;

    II - incapacidade civil absoluta;

    III - condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

    IV - recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do

    art. 5, VIII;

    V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4.

    3. PODER LEGISLATIVO

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    3.1. Estatuto dos Congressistas

    Art. 53. Os Deputados e Senadores so inviolveis, civil e penalmente, por

    quaisquer de suas opinies, palavras e votos. (Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 35, de 2001)

    1 Os Deputados e Senadores, desde a expedio do diploma, sero submetidos

    a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

    2 Desde a expedio do diploma, os membros do Congresso Nacional no

    podero ser presos, salvo em flagrante de crime inafianvel. Nesse caso, os autos

    sero remetidos dentro de vinte e quatro horas Casa respectiva, para que, pelo

    voto da maioria de seus membros, resolva sobre a priso.

    3 Recebida a denncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido aps

    a diplomao, o Supremo Tribunal Federal dar cincia Casa respectiva, que, por

    iniciativa de partido poltico nela representado e pelo voto da maioria de seus

    membros, poder, at a deciso final, sustar o andamento da ao.

    4 O pedido de sustao ser apreciado pela Casa respectiva no prazo

    improrrogvel de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.

    5 A sustao do processo suspende a prescrio, enquanto durar o mandato.

    6 Os Deputados e Senadores no sero obrigados a testemunhar sobre

    informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre

    as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informaes.

    3.2. Medidas provisrias

    Art. 62. Em caso de relevncia e urgncia, o Presidente da Repblica poder

    adotar medidas provisrias, com fora de lei, devendo submet-las de

    imediato ao Congresso Nacional.

    1 vedada a edio de medidas provisrias sobre matria:

    I relativa a:

    a) nacionalidade, cidadania, direitos polticos, partidos polticos e direito eleitoral;

    b) direito penal, processual penal e processual civil;

    c) organizao do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico, a carreira e a garantia

    de seus membros;

    d) planos plurianuais, diretrizes oramentrias, oramento e crditos adicionais e

    suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3;

    II que vise a deteno ou seqestro de bens, de poupana popular ou qualquer

    outro ativo financeiro;

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    III reservada a lei complementar;

    IV j disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente

    de sano ou veto do Presidente da Repblica.

    2 Medida provisria que implique instituio ou majorao de impostos, exceto

    os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, s produzir efeitos no exerccio

    financeiro seguinte se houver sido convertida em lei at o ltimo dia daquele em

    que foi editada.

    3 As medidas provisrias, ressalvado o disposto nos 11 e 12 perdero

    eficcia, desde a edio, se no forem convertidas em lei no prazo de sessenta

    dias, prorrogvel, nos termos do 7, uma vez por igual perodo, devendo o

    Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relaes jurdicas delas

    decorrentes.

    4 O prazo a que se refere o 3 contar-se- da publicao da medida provisria,

    suspendendo-se durante os perodos de recesso do Congresso Nacional.

    5 A deliberao de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mrito

    das medidas provisrias depender de juzo prvio sobre o atendimento de seus

    pressupostos constitucionais.

    6 Se a medida provisria no for apreciada em at quarenta e cinco dias

    contados de sua publicao, entrar em regime de urgncia, subseqentemente,

    em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, at que se

    ultime a votao, todas as demais deliberaes legislativas da Casa em que estiver

    tramitando.

    7 Prorrogar-se- uma nica vez por igual perodo a vigncia de medida

    provisria que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicao, no tiver a

    sua votao encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

    8 As medidas provisrias tero sua votao iniciada na Cmara dos Deputados.

    9 Caber comisso mista de Deputados e Senadores examinar as medidas

    provisrias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sesso

    separada, pelo plenrio de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

    10. vedada a reedio, na mesma sesso legislativa, de medida provisria que

    tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficcia por decurso de prazo.

    11. No editado o decreto legislativo a que se refere o 3 at sessenta dias

    aps a rejeio ou perda de eficcia de medida provisria, as relaes jurdicas

    constitudas e decorrentes de atos praticados durante sua vigncia conservar-se-o

    por ela regidas.

    12. Aprovado projeto de lei de converso alterando o texto original da medida

    provisria, esta manter-se- integralmente em vigor at que seja sancionado ou

    vetado o projeto.

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    3.3. Emendas constitucionais

    Art. 60. A Constituio poder ser emendada mediante proposta:

    I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara dos Deputados ou do Senado

    Federal;

    II - do Presidente da Repblica;

    III - de mais da metade das Assemblias Legislativas das unidades da Federao,

    manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

    1 - A Constituio no poder ser emendada na vigncia de interveno federal,

    de estado de defesa ou de estado de stio.

    2 - A proposta ser discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional,

    em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, trs quintos dos

    votos dos respectivos membros.

    3 - A emenda Constituio ser promulgada pelas Mesas da Cmara dos

    Deputados e do Senado Federal, com o respectivo nmero de ordem.

    4 - No ser objeto de deliberao a proposta de emenda tendente a abolir:

    I - a forma federativa de Estado;

    II - o voto direto, secreto, universal e peridico;

    III - a separao dos Poderes;

    IV - os direitos e garantias individuais.

    5 - A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por

    prejudicada no pode ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

    4. PODER EXECUTIVO

    4.1. Responsabilidade do Presidente da Repblica

    Art. 85. So crimes de responsabilidade os atos do Presidente da Repblica que

    atentem contra a Constituio Federal e, especialmente, contra:

    I - a existncia da Unio;

    II - o livre exerccio do Poder Legislativo, do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico

    e dos Poderes constitucionais das unidades da Federao;

    III - o exerccio dos direitos polticos, individuais e sociais;

    IV - a segurana interna do Pas;

    V - a probidade na administrao;

    VI - a lei oramentria;

    VII - o cumprimento das leis e das decises judiciais.

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    Pargrafo nico. Esses crimes sero definidos em lei especial, que estabelecer as

    normas de processo e julgamento.

    Art. 86. Admitida a acusao contra o Presidente da Repblica, por dois teros da

    Cmara dos Deputados, ser ele submetido a julgamento perante o Supremo

    Tribunal Federal, nas infraes penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos

    crimes de responsabilidade.

    1 - O Presidente ficar suspenso de suas funes:

    I - nas infraes penais comuns, se recebida a denncia ou queixa-crime pelo

    Supremo Tribunal Federal;

    II - nos crimes de responsabilidade, aps a instaurao do processo pelo Senado

    Federal.

    2 - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento no estiver

    concludo, cessar o afastamento do Presidente, sem prejuzo do regular

    prosseguimento do processo.

    3 - Enquanto no sobrevier sentena condenatria, nas infraes comuns, o

    Presidente da Repblica no estar sujeito a priso.

    4 - O Presidente da Repblica, na vigncia de seu mandato, no pode ser

    responsabilizado por atos estranhos ao exerccio de suas funes.

    5. PODER JUDICIRIO

    5.1. Garantias e impedimentos

    Art. 95. Os juzes gozam das seguintes garantias:

    I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps dois anos de

    exerccio, dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do tribunal

    a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentena judicial transitada

    em julgado;

    II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, na forma do art. 93, VIII;

    III - irredutibilidade de subsdio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, 4,

    150, II, 153, III, e 153, 2, I.

    Pargrafo nico. Aos juzes vedado:

    I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma de

    magistrio;

    II - receber, a qualquer ttulo ou pretexto, custas ou participao em processo;

    III - dedicar-se atividade poltico-partidria.

    IV receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas

    fsicas, entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei;

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    V exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos

    trs anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao.

    5.2. Smula vinculante

    Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder, de ofcio ou por provocao,

    mediante deciso de dois teros dos seus membros, aps reiteradas decises

    sobre matria constitucional, aprovar smula que, a partir de sua publicao na

    imprensa oficial, ter efeito vinculante em relao aos demais rgos do Poder

    Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e

    municipal, bem como proceder sua reviso ou cancelamento, na forma

    estabelecida em lei

    1 A smula ter por objetivo a validade, a interpretao e a eficcia de normas

    determinadas, acerca das quais haja controvrsia atual entre rgos judicirios ou

    entre esses e a administrao pblica que acarrete grave insegurana jurdica e

    relevante multiplicao de processos sobre questo idntica.

    2 Sem prejuzo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovao, reviso ou

    cancelamento de smula poder ser provocada por aqueles que podem propor a

    ao direta de inconstitucionalidade.

    3 Do ato administrativo ou deciso judicial que contrariar a smula aplicvel ou

    que indevidamente a aplicar, caber reclamao ao Supremo Tribunal Federal que,

    julgando-a procedente, anular o ato administrativo ou cassar a deciso judicial

    reclamada, e determinar que outra seja proferida com ou sem a aplicao da

    smula, conforme o caso.

    5.3. CNJ

    Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justia compe-se de 15 (quinze) membros

    com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) reconduo, sendo:

    I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

    II um Ministro do Superior Tribunal de Justia, indicado pelo respectivo tribunal;

    III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

    IV um desembargador de Tribunal de Justia, indicado pelo Supremo Tribunal

    Federal; V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

    VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justia;

    (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justia;

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    VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do

    Trabalho;

    IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

    X um membro do Ministrio Pblico da Unio, indicado pelo Procurador-Geral da

    Repblica;

    XI um membro do Ministrio Pblico estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da

    Repblica dentre os nomes indicados pelo rgo competente de cada instituio

    estadual;

    XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do

    Brasil;

    XIII dois cidados, de notvel saber jurdico e reputao ilibada, indicados um pela

    Cmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

    1 O Conselho ser presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e,

    nas suas ausncias e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal

    Federal.

    2 Os demais membros do Conselho sero nomeados pelo Presidente da

    Repblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

    3 No efetuadas, no prazo legal, as indicaes previstas neste artigo, caber a

    escolha ao Supremo Tribunal Federal.

    4 Compete ao Conselho o controle da atuao administrativa e financeira do

    Poder Judicirio e do cumprimento dos deveres funcionais dos juzes, cabendo-lhe,

    alm de outras atribuies que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

    I - zelar pela autonomia do Poder Judicirio e pelo cumprimento do Estatuto da

    Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no mbito de sua

    competncia, ou recomendar providncias;

    II - zelar pela observncia do art. 37 e apreciar, de ofcio ou mediante provocao,

    a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou rgos do Poder

    Judicirio, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as

    providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, sem prejuzo da

    competncia do Tribunal de Contas da Unio;

    III receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos do Poder

    Judicirio, inclusive contra seus servios auxiliares, serventias e rgos

    prestadores de servios notariais e de registro que atuem por delegao do poder

    pblico ou oficializados, sem prejuzo da competncia disciplinar e correicional dos

    tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a

    remoo, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventos

    proporcionais ao tempo de servio e aplicar outras sanes administrativas,

    assegurada ampla defesa;

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    IV representar ao Ministrio Pblico, no caso de crime contra a administrao

    pblica ou de abuso de autoridade; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de

    2004)

    V rever, de ofcio ou mediante provocao, os processos disciplinares de juzes e

    membros de tribunais julgados h menos de um ano;

    VI elaborar semestralmente relatrio estatstico sobre processos e sentenas

    prolatadas, por unidade da Federao, nos diferentes rgos do Poder Judicirio;

    VII elaborar relatrio anual, propondo as providncias que julgar necessrias, sobre

    a situao do Poder Judicirio no Pas e as atividades do Conselho, o qual deve

    integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao

    Congresso Nacional, por ocasio da abertura da sesso legislativa.

    6. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

    6.1. Controle difuso

    Qualquer juiz ou tribunal.

    A pedido de qualquer um.

    Incidentalmente a um caso concreto.

    No h ao especfica para seu ajuizamento.

    Os efeitos so inter partes e ex tunc.

    O Senado Federal pode suspender a execuo da lei declarada inconstitucional

    pelo STF.

    Clusula de reserva de plenrio: Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta

    de seus membros ou dos membros do respectivo rgo especial podero os

    tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder

    Pblico.

    6.2. Controle concentrado: ADI, ADC, ADPF e ADO

    Foro: STF

    Objeto:

    ADI: lei ou ano normativo federal ou estadual

    ADC: lei ou ato normativo federal

    ADPF: ato do poder pblico que viole preceito fundamental.

    ADO: omisso inconstitucional.

    Legitimados

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    Legitimados Universais Legitimados Especiais

    I - o Presidente da Repblica;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Cmara dos

    Deputados;

    VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem

    dos Advogados do Brasil;

    VIII - partido poltico com

    representao no Congresso

    Nacional;

    IV a Mesa de Assembleia Legislativa

    ou da Cmara Legislativa do Distrito

    Federal;

    V o Governador de Estado ou do

    Distrito Federal;

    IX - confederao sindical ou

    entidade de classe de mbito

    nacional.

    Procedimento:

    ADI: Inicial > Informaes pelo rgo ou autoridade responsvel pela edio

    do ato normativo questionado > defesa pelo AGU > parecer pelo PGR e

    julgamento

    ADC: Inicial > parecer pelo PGR > Julgamento

    ADPF: Inicial > Informaes pelo rgo ou autoridade responsvel pela

    edio do ato questionado > parecer pelo PGR > Julgamento

    ADO: Inicial > Informaes pelo rgo ou autoridade responsvel pela

    edio do ato normativo questionado > defesa pelo AGU (facultativa) >

    parecer pelo PGR e julgamento

    Julgamento

    ADI: efeitos vinculantes, erga omnes, ex tunc

    ADC: efeitos vinculantes, erga omnes, ex tunc

    OBS: Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e

    tendo em vista razes de segurana jurdica ou de excepcional

    interesse social, poder o Supremo Tribunal Federal, por maioria de

    dois teros de seus membros, restringir os efeitos daquela

    declarao ou decidir que ela s tenha eficcia a partir de seu

    trnsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

    ADPF: anulao do ato impugnado ou fixao de interpretao compatvel

    com o parmetro.

  • Direito Constitucional Prof. Antonio Kozikoski

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 14 de 161

    ADO (Art. 103, pargrafo 2, CF): 2 - Declarada a inconstitucionalidade por

    omisso de medida para tornar efetiva norma constitucional, ser dada cincia

    ao Poder competente para a adoo das providncias necessrias e, em se

    tratando de rgo administrativo, para faz-lo em trinta dias.

    Generalidades

    No h prazo decadencial/prescricional para o ajuizamento

    O indeferimento liminar da ao combatido por agravo

    Nenhuma admite desistncia

    Todas admitem cautelar.

    Todas admitem o amicus curiae

    Nenhuma admite interveno de terceiros

    A deciso final irrecorrvel, salvo embargos de declarao

    A deciso final insuscetvel de ao rescisria

  • Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 15 de 161

    Surgimento do Direito Internacional Pblico

    O DIP surge na Idade Mdia, fruto de inmeros fatores sociais, polticos e econmicos, sendo que

    na Antiguidade no existia um DIP propriamente dito e sim apenas um Direito que se aplicava s

    relaes entre cidades vizinhas, de lngua comum, de mesma raa e religio, mas no existia um

    direito comum nem igualdade ente as partes.

    O marco do surgimento do DIP, como cincia autnoma e sistematizada, foi no sculo XVII, a

    partir do Tratado de Westflia de 1648, qual colocou fim Guerra dos Trinta Anos. A Guerra dos

    Trinta Anos foi um conflito sangrento entre catlicos e protestantes entre 1618 a 1648. A Paz de

    Westflia considerada o divisor de guas do Direito Internacional Pblico, bem como marcou o

    surgimento do Estado Moderno, que passa a ser o ator mais importante do DIP.

    Fontes do Direito Internacional Pblico

    As fontes do Direito Internacional Pblico esto localizadas no artigo 38 do Estatuto da Corte

    Internacional de Justia:

    a) Fontes Primrias

    - Convenes internacionais

    - Costume internacional

    - Princpios gerais de direito

    b) Meios auxiliares

    - Doutrina internacional

    - Jurisprudncia internacional

    - Equidade

    c) Novas Fontes As novas fontes no esto previstas no art. 38 do ECIJ, mas so consideradas

    fontes do DIP

    - Atos Unilaterais

    - Decises das Organizaes Internacionais

    - Analogia

    - Soft Law

  • Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 16 de 161

    Estado Soberano

    O Estado, para ser considerado como tal, nos termos da Conveno Interamericana sobre

    Direitos e Deveres dos Estados, firmada em Montevidu, em 1933, necessita possuir,

    teoricamente, um agrupamento humano estabelecido permanentemente em um territrio

    determinado e sob um governo independente.

    Ateno: Santa S Ente ou Estado Soberano sui generis (possui Personalidade

    internacional Anmala)

    1) Nacionalidade

    Brasileiros natos:

    a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que

    estes no estejam a servio de seu pas;

    b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que qualquer deles esteja

    a servio da Repblica Federativa do Brasil;

    c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam registrados

    em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica Federativa do Brasil e

    optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

    Brasileiros Naturalizados:

    a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de pases

    de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

    b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil h

    mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a nacionalidade

    brasileira.

    A lei no pode fazer distino entre brasileiros natos e naturalizados, mas a Constituio pode e

    faz, alm dos cargos privativos (art. 12, 3 da CR/88), a propriedade de empresa jornalstica e

    de radiodifuso sonora e de sons e imagens, bem como a responsabilidade editorial e as

  • Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 17 de 161

    atividades de seleo e direo da programao veiculada, so privativas de brasileiros natos ou

    naturalizados h mais de dez anos, ou de pessoas jurdicas constitudas sob as leis brasileiras e

    que tenham sede no Pas, sendo que, pelo menos 70% do capital total e do capital votante dessas

    empresas deve pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados h mais de

    dez anos, que exercero obrigatoriamente a gesto das atividades e estabelecero o contedo da

    programao.

    Aos portugueses com residncia permanente no Pas, se houver reciprocidade em favor de

    brasileiros, sero atribudos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta

    Constituio.

    Perda da nacionalidade:

    Para brasileiros naturalizados:

    Tiver cancelada sua naturalizao, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva ao

    interesse nacional;

    Para brasileiros natos e naturalizados:

    Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

    - Reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira;

    - Imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado

    estrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio ou para o exerccio de direitos

    civis; (Includo pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)

    2) Condio jurdica do estrangeiro

    Vistos:

    Para ingresso no Brasil so concedidos aos estrangeiros os seguintes vistos de entrada:

    a) Trnsito;

    b) Turista;

    c) Temporrio;

    d) Permanente;

    e) Cortesia;

    f) Oficial;

    g) Diplomtico.

  • Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 18 de 161

    Ainda existem na legislao brasileira algumas formas de excluso do estrangeiro:

    2.1 Impedimento de Entrada quando a autoridade no permite que o estrangeiro ingresse no

    pas, sendo o Visto apenas expectativa de direito de entrada.

    2.2 Deportao excluso compulsria do territrio nacional do estrangeiro nos casos de entrada

    ou estada irregular em regra no h qualquer punio internacional para a deportao, mas a lei

    brasileira condiciona a sua posterior entrada ao ressarcimento atualizado ao Tesouro Nacional

    dos custos de sua deportao e eventual multa.

    2.3 Expulso Determinao por decreto do Presidente da Repblica para que o estrangeiro saia

    do territrio nacional, por ter praticado, entre outros casos, como vadiagem, mendicncia etc.,

    atentado contra a segurana nacional, a ordem poltica ou social, a tranqilidade ou

    moralidade pblica e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo

    convenincia e aos interesses nacionais.

    A pessoa expulsa somente poder entrar novamente no Brasil depois da revogao do Decreto de

    Expulso.

    No pode ocorrer a expulso se implicar extradio no admitida pela lei brasileira; quando o

    estrangeiro tiver Cnjuge brasileiro do qual no esteja divorciado ou separado, de fato ou de

    direito, e desde que o casamento tenha sido celebrado h mais de 5 (cinco) anos; ou, se tiver filho

    brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente.

    2.4 Extradio O procedimento de extradio consiste, em sntese, na entrega do estrangeiro

    (ateno s hipteses de extradio de brasileiro naturalizado) para outro Estado Soberano

    solicitante, quando o estrangeiro tenha cometido crime comum no territrio do Estado Solicitante,

    para que ele seja processado e julgado criminalmente l ou cumprir pena.

    STF anlise da legalidade da Extradio

    Presidente da Repblica Ato de extradio (discricionrio), devendo o Estado Solicitante

    retirar o extraditando no prazo de 60 dias.

    2.5 Entrega (ing. procedimento, em sntese, de entrega do estrangeiro uma

    Organizao Internacional, como Tribunal Penal Internacional.

    3) Territrio delimitado

    Domnio Martimo

    O domnio martimo compreende as guas interiores, o mar territorial, a zona contgua, a zona

    econmica exclusiva e a plataforma continental.

  • Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 19 de 161

    - Conveno sobre Direito do Mar de Montego Bay 1982

    - Lei 8.617/93:

    Domnio Areo

    O territrio areo espao areo correspondente ao territrio at a altura determinada pelas

    necessidades de segurana do pas, neste incluindo o espao areo das guas territoriais

    adjacentes (Mar Territorial).

    O Estado o senhor absoluto desse espao, o Estado subjacente s o libera aviao de outros

    pases mediante a celebrao de tratados ou permisses avulsas, ou seja, no permitido no

    Domnio Areo o Direito de Passagem inocente, como ocorre no Domnio Martimo (Mar

    Territorial).

    Organizaes Internacionais

    As Organizaes Internacionais (OIs) so associaes de Estados ou de outras organizaes,

    voluntrias, estabelecidas por tratados, que possuem ordenamento jurdico interno prprio e

    personalidade legal distinta da que possuem os Estados-membros, sendo dotadas de rgos e

    institutos prprios, atravs dos quais realizam as finalidades a que se destinam.

    1) Naes Unidas

    Organizao das Naes Unidas (ONU) foi criada pela Carta das Naes Unidas, dia 24 de

    Outubro de 1945, em So Francisco, Califrnia, finalizada a Segunda Guerra Mundial, tendo como

    objetivo unir todas as naes do mundo em prol da paz e do desenvolvimento, com base nos

    princpios de justia, dignidade humana e bem-estar de todos. A estrutura bsica da ONU

    composta por 06 rgos especiais:

    Assembleia Geral

    Conselho de Segurana

    Conselho Econmico e Social

    Conselho de Tutela

    Secretaria

    Corte Internacional de Justia.

    Tratados Internacionais

    Conveno de Viena sobre Direitos dos Tratados (1969

    internacional concludo por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste

  • Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 20 de 161

    de um instrumento nico, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja a sua

    denominao especfica.

    Tratados Internacionais e a Legislao Brasileira

    Fases de Elaborao de um Tratado

    Adeso

    Quando um Estado que no participou das negociaes do tratado e muito menos assinou, mas

    deseja dele fazer parte, poder escolher o caminho da adeso ou aceitao que juridicamente

    possui mesma natureza jurdica da ratificao.

    Reserva

    uma declarao unilateral de vontade, qualquer que seja a sua redao ou denominao, feita

    por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo

  • Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 21 de 161

    de excluir ou modificar o efeito jurdico de certas disposies do tratado em sua aplicao a esse

    Estado.

    Vcios do Consentimento

    Erro

    Dolo

    Corrupo do Representante do Estado

    Coao exercida sobre o Representante do Estado

    Coao de um Estado decorrente de ameaa ou emprego da fora

    Adoo de um tratado em inobservncia s Regras de Jus Cogens

    Efeitos dos Tratados sobre as partes e sobre terceiros

    A CV-69 assevera que um tratado no cria obrigaes nem direitos para um terceiro Estado

    sem o seu consentimento, porm, existem excees:

    1 Exceo: Aceitao expressa de obrigao Tratados que criam obrigaes para terceiros

    Estados

    2 Exceo: Consentimento expresso ou tcito de aquisio de direitos tratados que criam

    direitos para terceiros Estados

    As obrigaes que nasceram para um terceiro Estado, devido aceitao expressa (na forma da

    1 Exceo), s poder ser revogada ou modificada com o consentimento das partes no tratado e

    do terceiro Estado, salvo se ficar estabelecido que elas haviam acordado diversamente.

    Qualquer direito que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos da 2 exceo, no poder

    ser revogado ou modificado pelas partes, se ficar estabelecido ter havido a inteno de que o

    direito no fosse revogvel ou sujeito a modificao sem o consentimento do terceiro Estado.

    Extino dos Tratados

    Ab-rogao

    Denncia

    Mudana Circunstanciais e Impossibilidade Superveniente (Teoria da Impreviso)

    Rompimento das Relaes Diplomticas*

    Expirao do termo Pactuado

  • Direito Internacional Privado Prof. Ahyrton Loureno

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    Execuo Integral do Objeto

    Supervenincia de Tratado Posterior

    Inexecuo do Tratado por uma das Partes

    Prescrio Liberatria

    Jus Cogens

  • Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 23 de 161

    1. DIREITOS DO HOMEM, DIREITOS HUMANOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS

    Direitos do homem Direitos humanos Direitos fundamentais

    Inatos

    Jusnaturalismo/direito

    natural

    Substancialmente

    idnticos aos direitos do

    homem

    Previstos em tratados

    ou convenes

    internacionais

    Aqueles que o Direito

    vigente num

    determinado pas

    qualifica como tal

    Proteo no Direito

    Nacional

    (Constituio)

    2. HISTRICO

    Antecedentes remotos

    Cristianismo

    Magna Charta LIbertatum (1215)

    Habeas Corpus Act (1679): este inspirou a criao de outros mecanismos de

    proteo, como o juicio de amparo na Amrica Latina

    Declarao de Direitos de 1689 (Bill of rights

    Declarao de Direitos do Homem e do Cidado (1789)

    OBS: No artigo 16 da DDHC consta que a

    assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separao dos

    .

    Antecedentes modernos: marcam o surgimento de uma preocupao internacional

    com os direitos humanos atravs da criao de ligas, de tratados especficos e de

    sistemas de efetiva proteo. A importncia dessa nova poltica foi a superao de um

    conceito absoluto de soberania, no qual o Estado no admitia a ingerncia de outro

    Estado ou Organismo internacional, e passa a ficar condicionado a observncia de um

    padro tico mnimo de conduta.

    Surgimento do Direito Humanitrio (1864): Primeira Conveno de Genebra

    (Batalha de Solferino 1859).

    Liga das Naes Unidas (1919): antecessora da ONU, surgiu aps o fim da

    Primeira Guerra Mundial com uma proposta encabeada pelos pases vencedores

    de criar um acordo permanente de paz.

  • Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 24 de 161

    Organizao Internacional do Trabalho (OIT): criada pelo Tratado de Versalhes,

    trabalho na defesa de um mnimo de direitos para os trabalhadores, especialmente

    com a proteo do trabalho infantil e da mulher.

    Organizao das Naes Unidas (1946): sucessora da Liga das Naes Unidas.

    Declarao Universal de Direitos do Homem (1948): vai estabelecer uma srie

    de direitos aps o final da Segunda Guerra Mundial.

    3. CARACTERSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

    a) Historicidade: surgem lentamente com o passar do tempo.

    Geraes ou dimenses

    1 Gerao

    2 Gerao

    (Constituies

    do Mxico - 1917

    e de Weimar

    1919)

    3 Gerao

    4 Gerao 5 Gerao

    Estado Liberal Estado social

    Estado

    Democrtico e

    Social

    Norberto

    Bobbio:

    manipulao

    gentica

    Paulo

    Bonavides:

    democracia

    Paulo

    Bonavides

    paz

    Direitos

    individuais

    (civis e

    polticos)

    Sociais,

    econmicos e

    culturais

    Direitos difusos

    e coletivos

    Direitos

    negativos Direitos positivos

    Direitos polticos

    e/ou negativos

    Liberdade Igualdade Fraternidade

    Mundo: 1787

    Brasil: 1824

    Mundo: Mxico,

    1917 e Alemanha

    1919

    Brasil: 1946

    Brasil: 1988

    No h hierarquia entre as geraes!

    A historicidade distancia os direitos humanos do direito natural, pois se surgem

    gradativamente, no estavam preconcebidos.

    A historicidade caminha no sentido de ampliar, no diminuir.

  • Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 25 de 161

    b) Universalidade: os direitos humanos pertencem a todos (inatos). E no possvel

    fazer restries baseadas em discriminaes negativas.

    c) Inalienabilidade: no tm contedo econmico-patrimonial

    d) Indisponibilidade ou irrenunciabilidade: o indivduo no pode renunciar a

    proteo sua dignidade.

    Arremesso de anes:

    e) Imprescritibilidade

    Imprescritibilidade dos direitos humanos diferente da imprescritibilidade de

    pretenso indenizatria em virtude de violao a direitos humanos

    f) Limitabilidade ou relatividade

    No se pode abrir mo de direitos humanos, de maneira voluntrio ou forada,

    a ponto de sacrificar a dignidade da pessoa humana.

    g) Indivisibilidade

    No h hierarquia entre os direitos humanos

    Todos contam com a mesma hierarquia

    h) Independncia

    4. SISTEMA UNIVERSAL/GLOBAL DE PROTEO AOS DIREITOS HUMANOS

    4.1. Conjunto normativo

    4.1.1. Carta das Naes Unidas (24/10/1945)

    Formalizou a criao da ONU

    Vai dispor sobre os principais rgos da ONU: AGONU, Conselho de Segurana,

    Conselho Econmico e Social, Conselho de Tutela, Tribunal Internacional de Justia

    (ou Corte, como se fala no Brasil) e um Secretariado.

    4.1.2. Declarao Universal dos Direitos Humanos (1948)

    Feita aps a II Guerra

    O Brasil foi o primeiro pas a aderir a DUDH (por isso o pas que abre todas as

    reunies da ONU)

    Formalmente no um tratado, uma resoluo

    Funo normogentica.

    Coloca o indivduo como sujeito de direito no plano internacional.

    Universal e Indivisivel

  • Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski

    www.aprovaconcursos.com.br Pgina 26 de 161

    Direitos de primeira e segunda dimenso, j que os de terceira ainda no existiam:

    dessa forma, no h previso de direitos como o do meio ambiente ou de proteo ao

    genoma.

    Direito de mudar de nacionalidade

    Direito de participar do governo de seu prprio pas

    Garante expressamente a gratuidade da educao fundamental

    Reconhece deveres para os indivduos

    No reconhece o direito de unidade sindical

    Jus cogens.

    4.1.3. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Polticos (1966)

    Direitos de primeira gerao.

    Aplicao imediata.

    4.1.4. Pacto Internacional dos Direitos Econmicos, Sociais e Culturais (1966)

    Direitos de segunda gerao

    Aplicao progressiva.

    OBS: Ambos so da mesma data, o que se justifica em virtude da Guerra Fria.

    Isso levou a comunidade internacional a afirmar que a indivisibilidade. No

    entanto, a Conferncia de Viena (1993) reafirmou a indivisibilidade dos

    direitos humanos!

    OBS2: Envio de relatrios sobre medidas adotadas e progressos alcanados

    OBS3: Hoje, os trs instrumentos normativos integram a Carta Internacional dos

    Direitos Humanos.

    OBS4: No h hierarquia entre estes tratados nessa verso contempornea!

    4.1.5. Conveno Internacional sobre a Eliminao de Todas as Formas de Discriminao

    Racial (1965)

    Probe a discriminao racial.

    Probe qualquer distino, excluso, restrio ou preferncia fundada na raa, cor,

    descendncia ou origem nacional ou tnica

  • Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski

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    Permite a discriminao positiva (carter provisrio, e no definitivo) e a distino entre

    estrangeiros e nacionais

    Limita a liberdade de expresso, j que condena as propagandas que incitem a

    discriminao racial.

    4.2. rgos de proteo

    De nada adianta haver a proteo material, substancial, dos direitos humanos se no

    houver um conjunto de rgos com atribuio especfica de proteg-los havendo

    necessidade. Assim, os principais rgos a serem vistos so os seguintes:

    4.2.1. Organizao das Naes Unidas

    Foi inspirada pela Declarao das Naes Unidas (01/01/1942).

    Objetivos (Art. 1 Carta das Naes Unidas)

    Manter a paz e a segurana internacionais.

    Desenvolver as relaes de amizade entre as naes.

    Realizar a cooperao internacional.

    Ser um centro destinado a harmonizar a ao das naes para a consecuo

    desses objetivos comuns

    Princpios que regem a ONU (Art. 2 da Carta das Naes Unidas)

    Igualdade entre os Estados.

    Boa-f (essencial para o cumprimento das obrigaes internacionais)

    Soluo pacfica dos conflitos

    No utilizao da fora

    rgos principais (Art. 7 da Carta das Naes Unidas): uma Assembleia Geral, um

    Conselho de Segurana, um Conselho Econmico e Social, um Conselho de Tutela,

    um Tribunal Internacional de Justia e um secretariado.

    4.2.2. Assembleia Geral da ONU

    rgo deliberativo integrante da ONU que agrega todos os pases da ONU (mais de

    190) (Art. 9, 10. Carta das Naes Unidas)

  • Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski

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    Rene-se ordinariamente de forma anual e extraordinariamente a pedido do Secretrio

    Geral, do Conselho de Segurana da ONU ou da maioria dos membros das Naes

    Unidas (Art. 20, Carta das Naes Unidas).

    Funes: pode (i) discutir qualquer assunto relacionado a ONU, alm de fazer (ii)

    recomendaes aos seus membros ou ao Conselho de Segurana e (iii) expedir atos

    normativos.

    4.2.3. Conselho de Segurana da ONU

    Sua funo e manter a paz e a segurana internacional (art. 24, Carta das Naes

    Unidas).

    Formado por 15 membros, sendo que a Repblica da China, a Frana, a URSS atual

    Rssia , o Reino Unido e os Estados Unidos so permanentes e ou outros dez so

    eleitos pela AGONU para um perodo de 2 anos (Art. 23.1, Carta das Naes Unidas),

    sendo que estes devem atender uma proporcionalidade equitativa territorial

    As deliberaes so tomadas por 9 votos, incluindo todos os votos dos permanentes

    que tm, portanto, poder de veto (Art. 27, Carta das Naes Unidas).

    Os pases que no sejam parte do Conselho de Segurana da ONU ou que no sejam

    parte da prpria ONU podero ser chamados a participar das reunies que lhe digam

    respeito, sem direito a voto, contudo (Art, 23, Carta das Naes Unidas).

    O Conselho de Segurana pautado pelo princpio da soluo pacfica dos conflitos

    (tem que fazer negociaes, inquritos, mediao, conciliao, arbitragem, etc.).

    Em caso de ameaa a paz, o Conselho poder determinar providncias a serem

    tomadas. Estas inicialmente passam por embargos econmicos, de telecomunicaes

    e relaes diplomticas (Art. 41, Carta das Naes Unidas) e, se forem as mesmas

    ineficazes, podem ser determinadas intervenes areas, navais ou terrestres (Art. 42,

    Carta das Naes Unidas), as quais so realizadas por pases que se disponham a

    colaborar (Arts. 43.1 e 44Carta das Naes Unidas.).

    As aes so determinadas pelo Conselho de Segurana auxiliado por uma Comisso

    de Estado-Maior criada para tal fim (Art. 47, Carta das Naes Unidas)

    4.2.4. Conselho Econmico e Social

    Formado por 54 membros eleitos pela AGONU (Art. 61.1, Carta das Naes Unidas).

    Faz estudos e relatrios na rea de sua atuao e faz recomendaes a AGONU.

  • Direitos Humanos Prof. Antonio Kozikoski

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    4.2.5. Tribunal de Justia Internacional (Corte de Justia Internacional ou Tribunal de Haia)

    Funo: analisar os desrespeitos aos direitos humanos praticados pelos Estados que

    integram a ONU (Art. 92, Carta das Naes Unidas).

    Dele podem fazer parte os pases que ainda no so integrantes das Naes Unidas

    (Art. 93.2, Carta das Naes Unidas).

    Suas decises so vinculantes para os Estados, e caso estes deixem de cumpri-las, o

    Estado prejudicado poder recorrer para o Conselho de Segurana da ONU (Art. 95,

    Carta das Naes Unidas

    No se confunde com o TPI! Vamos fazer um quadro comparativo!

    TJI TPI

    Situado em Haia Situado em Haia

    Julga Estados, e no pessoas Julga Indivduos

    No tem competncia criminal Tem competncia criminal

    rgo da ONU rgo internacional com

    personalidade prpria (no da ONU),

    criado por tratado internacional

    (Estatuto de Roma)

    5. SISTEMA AMERICANO DE PROTEO DOS DIREITOS HUMANOS

    5.1. Conjuntos normativos

    5.1.1. Pacto de So Jos da Costa Rica Conveno Americana de Direitos Humanos

    (1969)

    Direitos assegurados

    Personalidade jurdica (Art. 3)

    Vida (Art. 4): em geral, assegurada desde a concepo

    OBS: Pena de morte apenas para crimes gravssimos. Ainda, no pode ser

    restabelecida nos pases que a aboliram e nem aplicada a crimes polticos,

    conexos ou a mulher grvida e para o menor de 18 anos ou maiores de

    70 anos

    Integridade pessoa (Art. 5)

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    Proibio de escravido (Art. 6)

    Direito liberdade pessoal (Art. 7)

    OBS: Acabou com a priso civil do depositrio infiel na medida em que autorizou

    somente a priso do devedor de alimentos no artigo 7.7 (7. Ningum deve

    ser detido por dvidas. Este princpio no limita os mandados de autoridade

    judiciria competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigao

    alimentar).

    Garantias judiciais (Art. 8)

    OBS: Duplo grau de jurisdio est assegurado.

    Suspenso de garantias: o Pacto admite a suspenso das garantias durante guerra,

    perigo pblico ou outra emergncia, mas desde que por tempo determinado (Art. 27).

    No podem ser suspensos os direitos previstos no artigo 3 (direito ao reconhecimento

    da personalidade jurdica), 4 (direito vida), 5 (direito integridade pessoal), 6

    (proibio da escravido e da servido), 9 (princpio da legalidade e da retroatividade),

    12 (liberdade de conscincia e religio), 17 (proteo da famlia), 18 (direito ao nome),

    19 (direitos da criana), 20 (direito nacionalidade) e 23 (direitos polticos), nem das

    garantias indispensveis para a proteo de tais direitos.

    4.1. rgos de proteo

    4.1.1. Comisso Interamericana de Direitos Humanos

    Responsabiliza Estados, e no pessoas

    No tem funo jurisdicional!

    7 membros (e no juzes) para mandato de 4 anos, admitida uma reeleio (Art. 35 e

    36).

    Funes e atribuies: funo principal promover a observncia e a defesa dos

    direitos humanos (Art. 41). Mas alm disso deve:

    a) estimular a conscincia dos direitos humanos nos povos da Amrica;

    b) formular recomendaes aos governos dos Estados-membros, quando considerar

    conveniente, no sentido de que adotem medidas progressivas em prol dos direitos

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    humanos no mbito de suas leis internas e seus preceitos constitucionais, bem

    como disposies apropriadas para promover o devido respeito a esses direitos;

    c) preparar estudos ou relatrios que considerar convenientes para o desempenho de

    suas funes;

    d) solicitar aos governos dos Estados-membros que lhe proporcionem informaes

    sobre as medidas que adotarem em matria de direitos humanos;

    e) atender s consultas que, por meio da Secretaria Geral da Organizao dos

    Estados Americanos, lhe formularem os Estados-membros sobre questes

    relacionadas com os direitos humanos e, dentro de suas possibilidades, prestar-

    lhes o assessoramento que lhes solicitarem;

    f) atuar com respeito s peties e outras comunicaes, no exerccio de sua

    autoridade, de conformidade com o disposto nos artigos 44 a 51 desta Conveno;

    e

    g) apresentar um relatrio anual Assemblia Geral da Organizao dos Estados

    Americanos.

    OBS: Alm disso, a Comisso recebe queixas com denncias a direitos humanos

    (Art. 44).

    OBS2: De certo modo pode ser dito que a Comisso tem a funo de promoo,

    proteo (inclusive com medidas cautelares) conciliao e

    monitoramento dos direitos humanos: pode expedir recomendaes (Ex:

    determinada localidade est com excesso de presos. Diante disso, pode a

    Comisso expedir uma recomendao para que o Estado tome uma

    providncia). Tambm pode a Comisso solicitar ao Estado medidas de

    natureza cautelar (em 2009 so Paulo verificou-se numa instituio de

    priso de jovens a tortura. Cautelarmente a Comisso solicitou

    providncias). Tambm pode fazer visitaes in loco. Pode investigar um

    fato especfico, como a violao de direitos das mulheres ou fatos genricos.

    Aps, pode ele elaborar um relatrio que serve de embasamento para uma

    recomendao, por exemplo.

    Competncia para receber peties que contenham denncias ou queixas de

    violao a direitos humanos (Art. 44)

    Legitimados: (i) Indivduos; (ii) Grupos de indivduos; (iii) Entidade No-

    Governamental reconhecida em pelo menos um dos Estados da OEA.

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    OBS: Estados tambm podem declarar que reconhecem a competncia da

    Comisso para apreciar denncias contra si formuladas por outros

    Estados. Mas isso facultativo e ser manifestado no momento de

    adeso ao Pacto ou em outro momento (Art. 45)

    OBS2: A legislao brasileira reconhece o direito de a Defensoria Pblica o

    direito de pleitear junto a esses rgos. Assim, a DPE pode defender

    um indivduo nessa instncia. Trata-se da Lei Complementar

    132/2009.

    Requisitos para o processamento das peties: (i) que hajam sido interpostos

    e esgotados os recursos da jurisdio interna, de acordo com os princpios

    de Direito Internacional geralmente reconhecidos; (ii) que seja apresentada

    dentro do prazo de seis meses, a partir da data em que o presumido prejudicado

    em seus direitos tenha sido notificado da deciso definitiva; (iii) que a matria da

    petio ou comunicao no esteja pendente de outro processo de soluo

    internacional; e (iv) que, no caso do artigo 44, a petio contenha o nome, a

    nacionalidade, a profisso, o domiclio e a assinatura da pessoa ou pessoas ou do

    representante legal da entidade que submeter a petio.

    Particularidades

    O Brasil fez uma reserva: as inspees (visitas in loco) feitas pela Comisso

    Interamericana de Direitos Humanos depende de anuncia expressa do Estado

    brasileiro.

    4.1.2. Corte Interamericana de Direitos Humanos:

    Formada por 7 Juzes para um mandato de seis anos admitida uma reeleio (no

    pode haver dois da mesma nacionalidade) (Art. 52-54)

    Funo de contencioso (jurisdicional) e de consulta (sendo que na consulta pode

    considerar qualquer tratado internacional).

    Legitimados

    (i) Estados.

    (ii) Comisso.

    OBS: O indivduo pode acionar a corte em casos de serem prejudicadas em

    virtude de uma situao em debate pela Corte. Ou seja, se o Brasil est

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    sendo acusado de algo na Corte, e isso pode prejudicar algum, esta

    pessoa pode acionar a Corte numa espcie de cautelar.

    Condenaes:

    Restaurao do status quo ante e/ou;

    Reparao do dano por meio de indenizao (caso do hospital psiquitrico e

    da Lei de Anistia

    Condenao executada pela Vara Federal de primeiro grau.

    Deciso irrecorrvel

    no

    precisa porque no uma sentena estrangeira, mas sim uma sentena

    internacional (entendimento majoritrio sem precedente jurisprudencial).

    Casos julgados pela Corte envolvendo o Brasil:

    Caso Escher (2009): grampos inautorizados.

    Caso Stimo Garibaldi (2009): homicdio de um sem terra indenizao

    para os familiares de U$ 200.000,00.

    Caso Gomes Lund (Guerrilha do Araguaia 2010)

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    NOVIDADES

    Emenda 75 inseriu mais uma imunidade genrica ao artigo 150, VI, e, em favor de fonogramas

    e videofonogramas de msica brasileira.

    Emenda 84 Alterou o percentual de repartio de receitas, no imposto de renda e IPI, obrigando

    a Unio a repassar 49% (e no mais 48%). Os Municpios passam a receber, via Fundo de

    Participao, 24,5% ao todo.

    Emenda 87 Altera o ICMS incidente sobre operaes que destinem bens e servios a

    consumidor final, contribuinte ou no do imposto, localizado em outro Estado.

    PEGADINHAS

    CF DIZ IMPOSTOS: art. 145, 1; 146, III, a; 147; 150, VI e 5; 155, 3.

    CF DIZ TRIBUTOS: art. 150, I a V; 151, I e III; 152.

    LEI COMPLEMENTAR: A CF diz expressamente. Casos no art. 146; 146-A; 148; 153, VII; 154, I;

    ITCMD Exterior; 155, 2, XII (ICMS); 156 (ISS); 161 (Reparties).

    LEI ORDINRIA: Quando a CF no diz nada, normalmente cabe Lei ordinria (ou MP), sobretudo

    nos casos do CTN, art. 97.

    SE A CF DIZ LEI: Consultar posio do STF se ele entende que Lei Complementar ou

    ordinria.

    LIMITAES CONSTITUCIONAIS

    Legalidade: Lei exceto: alquotas II, IE, IPI, IOF, CIDE Combustveis; Isenes ICMS; Fora reserva

    legal.

    Anterioridade: S para aumento; ano seguinte publicao e 90 dias depois, exceto: 1) Nenhuma

    (II, IE, IOF, IEG; EC guerra/calamidade); 2) S exerccio (IR, BC do IPTU/IPVA); 3) S 90: IPI,

    Seguridade, CIDE-C, ICMS 1554.

    Irretroatividade: Tributos; Vigncia. Excees: CTN, art. 106.

    Outras: Isonomia; No-confisco; Liberdade de trafego (tributos inter-E-M exceto pedgio);

    Uniformidade Geogrfica; Vedao Iseno Heternoma.

  • Direito Tributrio Prof. Srgio Karkache

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    IMUNIDADES

    Genricas: Recproca (U, E, DF, M e Autarquias/FP); Religiosa; Institucional (Partidos/Fundaes;

    Sindicais trabalhadores, Educao/Assistncia SFL+Lei); Livro etc; Msica BR (CD/DVD).

    fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou

    literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem

    como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicao

    industrial de mdias pticas de leitura a laser.

    Extravagantes: Exportaes (IPI, ICMS, Sociais, CIDES); Pequena Gleba Rural (ITR); Ouro

    Financeiro (todos exceto IOF); ICMS interestaduais petrleo/energia; Princpio da Exclusividade

    (CF1553); ITBI (CF156); Reforma agrria (CF1845); Seguridade (Beneficentes AS); Taxas

    (CF5).

    IMUNIDADE X ISENO:

    Imunidade: na CF, no revogvel (em regra), limitao ao poder de tributar. Iseno: instituda

    por Lei (em regra), revogvel (em regra); benefcio fiscal.

    CONCEITOS

    Obrigao: Nasce no FG; Principal (pagar tributo ou multa) e Acessria; FG previsto em Lei na

    principal e na legislao na acessria.

    Crdito: Nasce da obrigao principal; Constitui-se pelo lanamento; Autnomo frente a

    obrigao; Sujeito a suspenso, extino, excluso (CTN, art. 151, 156, 175).

    Suspende: moratria, parcelamento, depsito integral, reclamaes/rec adm; liminares (JUD).

    Extingue: pagamento, compensao, transao, remisso, consignao em pagamento;

    converso do depsito em renda; pgto homologado; deciso transitada em julgado; deciso adm

    definitiva; dao em pgto (imveis); prescrio; decadncia.

    Excluso: Iseno e anistia

    Formas de lanamento: Declarao, Homologao, Ofcio.

    Prescrio: 5 anos a partir da constituio definitiva. Interrupo (CTN174nico); Suspenso

    (CTN151). Para execuo na Justia. Interrompe para todos na solidariedade. Contribuinte tem

    que guardar documentos fiscais at a prescrio.

    Decadncia: 5 anos. 4 dies a quo: fato gerador (homologao); 1/jan seguinte; 1 notificao da

    investigao; deciso anulatria formal. Para lanar o tributo.

  • Direito Tributrio Prof. Srgio Karkache

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    Responsabilidade Tributria: Substituio (progressiva ou regressiva); Transferncia: 1) Titulares

    (Bens/PF/PJ/sucesso de fato/Estabelecimentos); 2) Terceiros: solidria (134); pessoal (135); 3)

    Infraes: em regra independe da inteno do agente, excees 137.

    Nos Bens: quem paga o comprador, salvo se: 1) tiver prova de quitao no ttulo; 2) comprar em

    hasta pblica.

    Pessoa Fsica: do de cujus transfere para o esplio, do esplio transfere para os sucessores e

    meeiro, nos limites do que cada um destes receber (foras da herana).

    Pessoa Jurdica: resultantes da fuso, transformao, etc. Respondem.

    Fundo de Comrcio: comprador paga integralmente, se vendedor cessou atividades;

    subsidiariamente ao vendedor, se ele continua trabalhando.

    Sucesso empresarial de fato: dvida acompanha scio que continua o negcio em outro lugar ou

    situao.

    Terceiros Solidria: terceiro responde se impossvel exigir do devedor e se participou do fato

    gerador.

    Terceiros pessoal: terceiro responde se cometeu infrao, ou excedeu poderes.

    Denncia espontnea: Se pagar antes do Fisco investigar, no paga multa. No vale parcelar e

    quando contribuinte confessa (ex. Declarao).

    Privilgios:

    Regra Geral: 1) Trabalhista/Acidente-Trabalho; 2) Tributrio...

    Falncias: 1) Extraconcursais (remuneraes; quantias; despesas; custas sucumbncia; AJ

    vlidos e Tributos); 2) Concursais: TRAB/AC < 150SM; GARANTIA REAL; TRIBUTRIO; CC964;

    CC965; QUIROGRAFRIOS; MULTAS; SUBORDINADOS.

    Tributrios: 1) Unio; 2) Estados/DF/TF; 3) Municpios. Dentro de cada um: Imputaes (CTN,

    art. 163: OP-ST; CM-TX-IM; > PRESCR.;

  • Direito Administrativo Prof. Andr Barbieri

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    Responsabilidade Civil do Estado - artigo 37, 6, CF

    1. Introduo: a chamada responsabilidade civil do Estado tambm conhecida como

    responsabilidade extracontratual.

    2. Artigo 37, 6, CF: a responsabilidade das pessoas jurdicas de direito pblico e das pessoas

    jurdicas de direito privado prestadoras de servios pblicos objetiva. A responsabilidade do

    agente pblico ser sempre subjetiva.

    Artigo 37, CF

    (...)

    6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios

    pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a

    terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou

    culpa.

    Cuidado! A responsabilidade subjetiva do Estado ainda aplicada, porm de forma excepcional,

    sempre nos casos em que a omisso do Estado causar um dano ao particular. Essa

    responsabilidade subjetiva tambm conhecida como culpa invisvel ou culpa administrativa.

    3. Modalidades da responsabilidade objetiva

    Dentro da responsabilidade objetiva a regra a modalidade do risco administrativo, ou seja, so

    admitidas as excludentes (culpa exclusiva da vtima, forma maior e culpa de terceiro). Todavia,

    quando se tratar de dano ambiental e de dano nuclear ser caso de risco integral, em que no h

    excludente.

    4. Principais casos concretos em destaques

    a) Ato lcito: o ato lcito gera responsabilidade objetiva do Estado, porm, o particular que sofreu

    o dano ter a indenizao fundamentada no princpio da igualdade.

    b) Preso foragido que, tempos depois, praticou um novo crime: o preso foragido que, tempos

    depois, praticou novo crime, no gera o dever de indenizar do Estado, uma vez que entende o

    STF que no h nexo causal.

    c) Concessionria de servios pblicos: a pessoa jurdica de direito privado prestadora de

    servio pblico responde objetivamente perante os danos causados a 3 (usurios ou no

    usurios), sendo que a responsabilidade do Estado subsidiria.

    d) Agente pblico: a responsabilidade do agente pblico sempre subjetiva. Contudo, se ele

    exercia a funo e causou o dano ao particular o Estado ser responsabilizado. Porm, se o

  • Direito Administrativo Prof. Andr Barbieri

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    agente pblico no exercia a funo e, ainda assim, causou um dano ao indivduo, o Estado no

    ter qualquer responsabilidade.

    5. Princpio da dupla garantia

    O agente pblico que, no exerccio da funo, causar dano ao particular tem a garantia de,

    primeiramente, a ao ser proposta em face do Estado e, se este for condenado, na ao

    regressiva, dever provar que o agente pblico agiu com dolo ou culpa.

    Em que pese ser tema que no est pacificado na doutrina, a posio dominante que o

    particular tem o prazo de 5 anos para ingressar com a ao de indenizao contra o Estado. Uma

    vez que o Estado foi condenado e tal sentena transitou em julgado, caber agora uma ao de

    regresso contra o real causador do dano, vez que a Administrao Pblica obrigada a mover a

    ao de regresso contra o agente. Todavia, quanto ao prazo, lembrar que, na ao regressiva,

    aplica o artigo 37, 5, da CF, vez que imprescritvel a ao para ressarcimento dos cofres

    pblicos.

    Servios Pblicos Lei 8987/95

    1. Conceito

    a) Substrato material: comodidade ou utilidada. Servio pblico sempre prestao material.

    b) Elemento formal: prestado pelo regime de Direito Pblico.

    c) Elemento subjetivo: necessariamente prestada pelo Estado (direta ou indiretamente).

    2. Princpios

    a) Generalidade/Universalidade: servio pblico deve ser prestado a maior quantidade de

    pessoas possveis.

    b) Modicidade: as tarifas, na prestao dos servios, devem ser mdicas.

    No se confunde com gratuidade.

    c) Atualidade/Adaptabilidade: os servios pblicos devem ser prestados com a tecnologia do

    momento.

    d) Cortesia: a prestao do servio pblico deve ser corts.

    e) Isonomia: devem ser prestados de forma insonmica a todos os cidados.

    f) Continuidade: a prestao do servio deve ser contnua, como regra. Excepcionalmente pode

    ser interrompido nos casos de emergncia, melhoria do sistema e de inadimplncia.

  • Direito Administrativo Prof. Andr Barbieri

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    3. Classificao dos servios pblicos

    a) Individuais/ uti singuli: so prestados a todos, porm, possvel individualizar o quanto cada

    pessoa utiliza. Ex: energia eltrica, transporte pblico, telefonia... So cobrados mediante taxas ou

    tarifas.

    b) Gerais/ uti universi: so prestados a toda coletividade, mas sem individualizao do consumo

    de cada usurio. Ex: iluminao pblica, limpeza pblica... So cobrados mediante impostos.

    4. Diferenas entre a concesso e a permisso

    a) o contrato de permisso pode ser celebrado com pessoas jurdicas ou pessoas fsicas, j a

    concesso jamais ser celebrada com pessoa fsica.

    b) o contrato de concesso a modalidade licitatria sempre ser a concorrncia,

    independentemente do valor do contrato, na permisso no h essa obrigatoriedade.

    c) a concesso requer lei especfica que a autorize, a permisso no requer tal exigncia.

    Princpios do Direito Administrativo

    1. Princpios constitucionais do Direito Administrativo (artigo 37, caput, da Constituio

    -I-M-P-

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade,

    impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (...)

    a) Legalidade: a legalidade pblica restritiva, ou seja, o administrador s pode fazer o que a lei

    permitir. O administrador est subordinado lei. Administrar aplicar a lei de ofcio.

    b) Impessoalidade: a no discriminao, ou seja, o Estado deve tratar todos os cidados da

    mesma forma, com igualdade. A impessoalidade impe trs reflexos:

    b.1) no privilegiar ou prejudicar ningum;

    b.2) proibir que o agente pblico se autopromova com a coisa pblica e;

    b.3) na responsabilidade civil, o dano praticado pelo agente pblico, no exerccio da funo, gera

    a responsabilidade do Estado, no primeiro momento.

    c) Moralidade: a probidade, honestidade, boa-f objetiva. Cuidado que a moralidade

    administrativa no se confunde com a moralidade social/comum.

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    d) Publicidade: a regra na Administrao Pblica. A publicidade exterioriza: possibilidade de

    controle do ato administrativo, eficcia do ato (a produo de efeitos perante o cidado) e a

    contagem do prazo. So excees da publicidade:

    d.1) a segurana do Estado;

    d,2) a segurana da sociedade;

    d.3) a privacidade/intimidade do indivduo/das partes.

    e) Eficincia: includa expressamente na Constituio Federal com a Emenda Constitucional n.

    19/98. A eficincia ser sempre o alcance do mximo de resultado com o menor custo possvel.

    Cuidado! Os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade no esto expressos na

    Constituio Federal, mas so princpios implcitos.

    2. Princpios infraconstitucionais do Direito Administrativo (artigo 2, pargrafo nico, da

    Lei 9.784/99)

    a) Supremacia do interesse pblico sobre o privado: O Estado pode restringir direitos

    individuais em benefcio da coletividade. Assim, o Estado possui prerrogativas no estendidas ao

    particular.

    b) Indisponibilidade do interesse pblico: o limite da supremacia do interesse pblico

    encontrado na indisponibilidade do interesse pblico, pois este impe limitaes atuao

    estatal.

    c) Devido processo legal (contraditrio e ampla defesa): no Direito Administrativo a ampla

    defesa e o contraditrio, assim como no direito processual, so perfeitamente aplicados. Porm,

    vale lembrar que a defesa tcnica tambm faz parte da ampla defesa, porm, no processo

    administrativo, a ausncia do advogado no viola tal princpio, nos termos da smula vinculante

    n. 05, porque o advogado passou a ser prescindvel.

    d) Autotutela: a Administrao tem o poder de controlar os seus prprios atos,

    independentemente de ser provocada. Lembrar que o ato inconveniente ou inoportuno ser

    revogado e o ato ilegal ser anulado. Da revogao os efeitos so ex nunc, da anulao os efeitos

    so ex tunc. Ver smula 473 do STF e artigo 53 da Lei 9.784/99.

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    e) Motivao: o poder-dever que a Administrao tem de fundamentar os atos praticados, ou

    seja, essa a regra. A motivao deve ser anterior ou concomitante ao ato, jamais posterior ao

    ato. Motivar apresentar os fundamentos de fato e de direito.

    f) Proporcionalidade: relao entre os meios e os fins. PS: lembrar do jantar com massas e

    frutos do mar.

    g) Razoabilidade: a relao de equilbrio, decises extremadas ferem a razoabilidade.

    h) Segurana jurdica: novas interpretaes no podem retroagir, porque possuem efeitos

    apenas ex nunc.

    Cuidado! O que ocorre se um princpio for descumprido? Existir a possibilidade de se tipificar um

    ato de improbidade administrativa, nos termos do artigo 11, da Lei 8.429/92.

    Organizao da Administrao Pblica Artigo 37, XIX, CF e Decreto-lei 200/67

    1. Desconcentrao e descentralizao: desconcentrao ocorre no contexto de uma pessoa

    jurdica, razo pela qual existe hierarquia e subordinao. J, a descentralizao ocorre no

    contexto de duas pessoas jurdicas e a relao de controle finalstico/vinculao.

    Cuidado! Entre a Administrao Pblica direita e a Administrao Pblica indireta no existe

    relao de hierarquia ou subordinao, mas controle finalstico.

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade,

    impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

    (...)

    XIX somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de

    empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei

    complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao.

    2. Caractersticas da Administrao Pblica Direta:

    a) formada pela Unio, Estado, DF e Municpios;

    b) so pessoas polticas, assim, formada por pessoas jurdicas de direito pblico, com

    competncias legislativas;

    c) devem licitar;

    d) devem realizar concurso pblico para contratar;

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    e) bens pblicos;

    f) regime dos precatrios;

    g) prazos processuais dilatados.

    3. Administrao Pblica Indireta

    a) possuem personalidade jurdica prpria;

    b) patrimnio prprio;

    c) no possuem finalidade lucrativa

    c) possuem capacidade de autoadministrao;

    d) possuem autonomia financeira, administrativa e tcnica.

    4. Espcies da Administrao Pblica Indireta

    a) Autarquia: pessoa jurdica de direito pblico, criada e extinta por lei na prestao de um

    servio tpico de Estado. So espcies de autarquias:

    a) autarquias em regime especial;

    b) autarquias geogrficas;

    c) autarquias fundacionais e;

    d) conselhos profissionais.

    Cuidado! A OAB no uma autarquia, mas uma entidade .

    b) Fundao pblica: podem ser pessoas jurdicas de direito pblico ou de direito privado, sendo

    um patrimnio personalizado destinado a aspectos culturais, cientficos, sempre com finalidade

    especfica.

    c) Empresa pblica: pessoa jurdica de direito privado formada por capital exclusivamente

    pblico, podendo prestar um servio pblico ou explorar atividade econmica, sob qualquer tipo

    societrio.

    d) Sociedade de economia mista: pessoa jurdica de direito privado, pode prestar servio

    pblico ou explorar atividade econmica. O Estado possui a maior parte do capital, tem que ser

    AS.

    Cuidado! Agncia executiva apenas uma qualificao atribuda s autarquias ou fundaes

    pblicas que celebram um contrato de gesto com a Administrao, tendo em vista um aumento

    da eficincia.

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    Cuidado! O rgo pblico no possui personalidade jurdica. Quem possui tal personalidade a

    pessoa jurdica da qual o rgo faz parte.

    Licitao Artigo 37, XXI, CF; Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02

    1. Introduo: um procedimento administrativo formal em que as finalidades so:

    a) buscar a melhor proposta para o Estado;

    b) dar tratamento isonmico aos participantes e;

    c) promover o desenvolvimento nacional.

    Cuidado! Licitao procedimento administrativo, uma vez que se materializa numa sequncia

    lgica e concatenada de atos.

    2. Princpios especficos:

    a) sigilo das propostas: a licitao pblica, mas as propostas devem ser sigilosas at o

    momento da abertura dos envelopes.

    b) vedao oferta de vantagem: as propostas devem ser individualizadas, no se admitindo

    que um participante vincule sua proposta ao outro.

    c) vinculao ao instrumento convocatrio: tanto a Administrao Pblica quanto os

    participantes esto vinculados ao instrumento convocatrio.

    d) julgamento objetivo: a busca pela melhor proposta Administrao Pblica deve ser aferida

    com julgamento objetivo, ou seja, aquele que est nos termos da lei e do edital.

    e) adjudicao compulsria: o vencedor da licitao tem o direito de receber o objeto licitado,

    porm, a contratao com o poder pblico to somente uma expectativa de direito.

    3. Contratao direta

    a) Licitao inexigvel: ocorre quando for impossvel licitar, quer seja por exclusividade do

    produto/fornecedor, artista consagrado ou servio de alta especialidade. O rol exemplificativo e o

    dever de no licitar vinculativo, nos termos do artigo 25 da Lei 8.666/93.

    b) Licitao dispensvel: cabe, no caso concreto, a deciso do administrador, uma vez que

    possvel, ou no, licitar (deciso discricionria), mas o rol taxativo, nos termos do artigo 24 da

    Lei 8.666/93.

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    c) Licitao dispensada: no cabe qualquer anlise do administrador, pois o rol taxativo e o

    dever de no licitar vinculativo, conforme artigo 17 da Lei 8.666/93.

    Cuidado! O artigo 17 se desdobra nos incisos I e II, razo pela qual a alienao do bem mvel

    no exige autorizao legislativa.

    4. Tipos de licitao

    a) Menor preo: aplicada ao prego.

    b) Melhor tcnica: dentre as vrias tcnicas, escolhe-se a que for a mais adequada, nos termos

    da lei e do edital.

    c) Tcnica e preo: aplicada para servios e bens de informtica.

    d) Maior lance: aplicada ao leilo.

    5. Modalidades

    a) Concorrncia: destinada para compras de grande vulto e hierarquicamente superior s

    demais, tendo em vista ser sempre possvel sua aplicao.

    b) Tomada de preo: destinada s compras de mdio vulto em que os participantes esto

    previamente cadastrados.

    c) Convite: voltada para compras de pequeno vulto em que no se fala de edital, mas da carta-

    convite.

    Cuidado! O prazo mnimo no convite de 5 dias teis.

    d) Concurso: busca escolher trabalhos tcnicos, cientficos ou artsticos com a entrega de

    prmios ou remunerao ao vencedor.

    e) Leilo: modalidade utilizada para alienao e be