apostila 1 fase do exame da oab

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  • 8/10/2019 Apostila 1 Fase Do Exame Da OAB

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    APOSTILA PREPARATRIA

    1 FASE DO EXAME DA OAB

    FGV

    2013

    Prof. Leandro Veo!o

    """.eandro#eo!o.$o%.&rPor'a ()r*d+$o do D+re+'o Ad%+n+!'ra'+#o

    1

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    I , O -)e D+re+'o Ad%+n+!'ra'+#o/

    1. on$e+'o o conjunto de princpios jurdicos que regem aatividade administrativa, as entidades, os rgose os agentespblicos, objetivando o perfeito atendimento das necessidades dacoletividade e dos ns desejados pelo Estado.

    2. O&e'o r+n$+acompete-lhe o estudo da atividade ou funoadministrativa eercida direta ou indiretamente, de sua estrutura, deseus bens, de seu pessoal e de sua nalidade.

    !. Fon'e! e!!en$+a+!

    e+)r+!r)d4n$+ado)'r+nar+n$*+o! 5era+! do d+re+'o$o!')%e!

    ". Pr+n$*+o! &6!+$o! da Ad%+n+!'ra78o P9&+$a :ar'. 3;< F?

    e5a+dade # segundo o qual ao administrador somente dadoreali$ar o quanto previsto na lei% dentre os princpios, este o maisimportante e do qual decorre os demais, por ser essencial ao Estadode &ireito e ao Estado &emocr'tico de &ireito.

    +%e!!oa+dade # a atuao deve voltar-se ao atendimentoimpessoal, geral, ainda que venha a interessar a pessoasdeterminadas, no sendo a atuao atribuda ao agente p(blico, mas

    ao )rgo ou * entidade estatal.

    %ora+dade # que encerra a necessidade de toda a atividadeadministrativa, bem assim de os atos administrativos atenderem a ums) tempo * lei, * moral, * eq+idade, aos deveres de boaadministrao, visto que pode haver imoralidade em ato tido comolegal nem tudo que legal honesto - e. determinado prefeito, porter sido derrotado no pleito eleitoral e *s vsperas do encerramentodo mandato, congela o imposto territorial urbano com o to de

    diminuir as receitas do /unicpio e inviabili$ar a sua administraoainda que tenha agido conforme a lei, agiu com inobserv0ncia da

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    moralidade administrativa% a imoralidade administrativa qualicada a que congura o ato de improbidade administrativa, e no apenas oato imoral.

    )&+$+dade # a atuao transparente do 1oder 1(blico eige apublicao, ainda que meramente interna, de toda forma demanifestao administrativa, constituindo esse princpio requisito deec'cia dos atos administrativos% a publicidade est' intimamenterelacionada ao controle da 2dministrao, visto que, conhecendo seusatos, contratos, neg)cios, pode o particular cogitar de impugn'-losinterna ou eternamente% o princpio propicia, ainda, a obteno deinforma3es, certid3es, atestados da 2dministrao, por qualquerinteressado, desde que observada a forma legal% concorrem, porm,

    reservas ao princpio quando em jogo estiver a segurana dasociedade e4ou do Estado ou quando o conte(do da informao forresguardado por sigilo.

    e@$+4n$+a # que imp3e a necessidade de adoo, peloadministrador, de critrios tcnicos, ou prossionais, que assegurem omelhor resultado possvel, abolindo-se qualquer forma de atuaoamadorstica, obrigando tambm a entidade a organi$ar-se de modoeciente% com relao * eig5ncia de eci5ncia, h' duas normas

    epressas que a consagram no pr)prio teto constitucional aavaliao peri)dica de desempenho a que est' submetido o servidor%a possibilidade de formali$ao de contratos de gesto, asorgani$a3es sociais e as ag5ncias eecutivas e outras formas demoderni$ao institudas a partir da E6 n7 8949:.

    a previso dessas regras na 6; no se limita ao ,podendo ser encontrada em outros pontos% servem de eemplos asprevis3es do art. ?7, @AABBB moralidade administrativa, art. 9!, BAe A motivao das decises judiciais, art. 8C9 princpio daefcincia, quando limita os gastos com folha de pessoal, entreoutros.

    cada Estado no eerccio de seu 1oder 6onstituinte &erivado&ecorrente, com fundamento no art. D? da 6;, tem a possibilidade,quando da elaborao de suas 6onstitui3es, de acrescentar outrosprincpios, como por eemplo a 6onstituio paulista, que prev5 ara$oabilidade, a nalidade, a motivao e o interesse p(blico comoprincpios b'sicos da 2dministrao% a mesma concluso pode seradotada para o &istrito ;ederal e para os /unicpios quando daelaborao de suas @eis rg0nicas, a teor do disposto,

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    respectivamente, nos artigos !D e D9 da 6;, bem como para olegislador infraconstitucional.

    a violao de qualquer dos princpios b'sicos da 2dministrao

    inibe a edio de ato, contrato ou instrumento administrativo v'lido ecapa$ de produ$ir efeitos jurdicos% tal violao, isolada ouconjuntamente, sugere sempre o eerccio do controle dos atos da2dministrao, seja por meio de mandado de segurana, ao

    popular, ao civil pblica, seja mesmo pela aplicao doprincpio daautotutela% h', contudo, situa3es que importam maior gravidade,ensejando, a partir da violao do princpio, a aplicao de san3escivis, penas, polticas e administrativas - e. a contratao comfraude ao procedimento licitat)rio e conseq+ente favorecimento do

    contratado houve violao ao princpio da legalidade, daimpessoalidade e da moralidade administrativa, podendo ter havido,ainda, a violao do princpio da eci5ncia% tal contratao poder'ensejar a aplicao da @ei n7 :."D949D, apurando-se a pr'tica do atode improbidade administrativa por meio de ao civil pblica% mas amesma contratao poder' ensejar a impetrao de mandado deseguranapelo titular do direito de participar de certame licitat)riov'lido, assim como poder' ensejar, pelo cidado, o ajui$amento deao popularante o preju$o causado ao patrimFnio p(blico% admite-

    se a convalidao, seja por meio de raticao, seja medianteconrmao, de atos administrativos editados com preterio dosprincpios, em especial quando deles no decorrer preju$o materialpara os administrados e para a 2dministrao 1(blica% os atospraticados com vcio de forma, porque inobservada a regra decompet5ncia, ou com preterio da forma eigida em lei, podem edevem ensejar a convalidao% assim agindo, a 2dministrao estar'saneando o ato e homenageando o princpio da legalidade% no ser'admitida, porm, para atos editados com preterio dos motivos, doconte(do ou da nalidade, porquanto deles sempre ser' resultantegrave preju$o.

    .1 r+n$*+o! de d+re+'o ad%+n+!'ra'+#o

    !)re%a$+a do +n'ere!!e 9&+$o !o&re o r+#ado # noconfronto entre o interesse do particular e o interesse p(blico,prevalecer' o segundo - e. 2dministrao reconhece de utilidadep(blica um bem im)vel e declara a sua epropriao o direito depropriedade deferido constitucionalmente ao particular cede lugar aointeresse da coletividade% haver' sempre limites a tal supremacia.

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    +nd+!on+&++dade do! +n'ere!!e! 9&+$o! # no deferidaliberdade ao administrador para concreti$ar transa3es de qualquernature$a sem prvia e correspondente norma legal% os bens, direitos einteresses p(blicos so conados a ele apenas para a sua gesto,

    nunca para a sua disposio% o poder de disposio, seja para alien'-los, renunci'-los ou transacion'-los, depender' sempre de lei% oprincpio pr)imo e se confunde em parte com o da legalidade,muito embora este lhe seja superior e antecedente necess'rio.

    $on'+n)+dade# a atividade administrativa, em especial os serviosp(blicos, no pode sofrer paralisa3es% por conta desse princpio h'ressalvas e ece3es ao direito de greve a todos deferido% em setratando de agentes p(blicos, contudo, determinadas fun3es no

    podem sofrer paralisao em nenhuma hip)tese, nem mesmo para oeerccio daquele direito constitucional% h' proibi3es ao eerccio dagreve por militares e para os demais tal eerccio depende deregulamentao legal% servios essenciais no admitem paralisao,como os de segurana p(blica, transporte p(blico, sa(de etc% tambmpor fora desse princpio, ao menos em tese, no pode o contratoadministrativo no ser cumprido pelo contratado, ainda que a2dministrao contratante tenha deiado de satisfa$er suasobriga3es contratuais% no aplic'vel aos contratos administrativos,

    via de regra, a chamada Gexceptio non adimpleti contractusG eceode contrato no cumprido, assim como, por fora desse princpio,admite-se a encampao da concesso de servio p(blico.

    a)'o')'ea # deve a 2dministrao rever os seus pr)prios atos,seja para revog'-los quando inconvenientes, seja para anul'-losquando ilegais% Ga 2dministrao pode anular seus pr)prios atos,quando eivados de vcios que os tornem ilegais, porque deles no seoriginam direitos, ou revog'-los, por motivo de conveni5ncia eoportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, emtodos os casos, a apreciao judicialG H(mula ">! do HI;% anula-se oato ilegal% revoga-se o ato inconveniente ou inoportuno% apossibilidade de reviso interna dos atos administrativos no podecondu$ir a abusos, desrespeito de direitos% cessa a possibilidade dereviso, por conveni5ncia e oportunidade, sempre que o ato produ$irefeitos e gerar direitos a outrem.

    e!e$+a+dade # por conta desse princpio, as entidades estataisno podem abandonar, alterar ou modicar os objetivos para os quaisforam constitudos% sempre atuaro vinculadas e adstritas ao seus nsou objeto social% no se admite, ento, que uma autarquia criada para

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    o fomento do turismo possa vir a atuar, na pr'tica, na 'rea da sa(de,ou em qualquer outra diversa daquela legal e estatutariamenteada% a alterao do objeto somente admissvel se observada aforma pela qual foi constituda a entidade.

    re!)n78o de e5+'+%+dade # para concreti$ar o interesse p(blicoque norteia a atuao da 2dministrao, suas decis3es so dotadasdo atributo da presuno de legitimidade e de legalidade, tornando-aspresumivelmente verdadeiras quanto aos fatos e adequadas quanto *legalidade% tal atributo permite a eecuo direta, pela pr)pria2dministrao, do conte(do do ato ou deciso administrativa, mesmoque no conte com a concord0ncia do particular, e ainda que se lheimponha uma obrigao.

    os princpios abrangem a 2dministrao 1(blica direta e indireta dequalquer dos 1oderes da Jnio, dos Estados, do &istrito ;ederal e dos/unicpios.

    a atuao administrativa desconforme, ou contr'ria aos princpiosenunciados, carreta ao ato a invalidade dos efeitos almejados peloagente ou pela 2dministrao% assim, perpetrando ato com preterioda especialidade, ou paralisando o contrato com inobserv0ncia do

    princpio da continuidade, decorrer' a edio de ato nulo, sujeitandoseus respons'veis * apurao do preju$o a que tiverem dado causa%sendo a violao qualicada, poder' ocorrer a pr'tica de ato deimprobidade administrativa.

    II , Or5an+a78o da Ad%+n+!'ra78o P9&+$a

    Bra!+e+ra

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    1. on$e+'o o conjunto de entidades e de )rgos incumbidos dereali$ar a atividade administrativa visando a satisfao das

    necessidades coletivas e segundo os ns desejados pelo Estado.

    D. Or5an+a78o Ad%+n+!'ra'+#a Bra!+e+ra

    Ad%+n+!'ra78o P9&+$a d+re'a # corresponde * atuao diretapelo pr)prio Estado por suas entidades estatais Jnio, Estados,/unicpios e &istrito ;ederal a primeira dotada de soberania, asdemais, de autonomia poltica, administrativa e nanceira.

    Ad%+n+!'ra78o P9&+$a +nd+re'a # quando eecutada porterceiros que no se confundem com a 2dministrao 1(blica direta% atransfer5ncia da eecuo de servios pode ocorrer para terceiros quese encontrem dentro ou fora da estrutura da 2dministrao 1(blica%quando reali$ada por terceiros que se encontrem dentro da estruturada 2dministrao, mas que no se confundem com a 2dministrao1(blica direta, surgem as guras das autarquias, undaes,empresas pblicas e sociedades de economia mista e, maisrecentemente, as agncias reguladoras e executivas% quando a

    transfer5ncia ocorre para terceiros que se encontrem fora daestrutura da 2dministrao, vale di$er, para particulares, surgem asguras das concessionriasepermissionrias.

    Parae!'a'a+! :3C !e'or? # servios sociais autFnomos,organi$a3es sociais, dentre outras.

    d'-se o nome de $en'ra+ada para a atividade eercidadiretamente pela entidade estatal% de!$on$en'rada, sempre que a

    compet5ncia para o eerccio da atividade repartida ou espalhadapor diversos )rgos dentro da 2dministrao 1(blica direta mediantev'rios critrios, como o territorial, o geogr'co e. administra3esregionais ou subprefeituras etc, o hier'rquico e. departamentos,divis3es, unidades etc, por matria e. /inistrios da 2dministrao;ederal, Hecretarias Estaduais ou /unicipais etc% e de!$en'ra+ada,quando a atividade administrativa deferida a outras entidadesdotadas de personalidade jurdica, seja por outorga lei, seja pordelegao contrato.

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    e!'r)')ra da Ad%+n+!'ra78o P9&+$a +nd+re'a as pessoasjurdicas institudas pela vontade do 1oder 1(blico, e por issointegrantes da chamada 2dministrao 1(blica indireta, possuemcaractersticas pr)prias, distintas das pessoas jurdicas criadas por

    particulares% so elasa a criao somente pode decorrer de lei%b sua fnalidade no ser lucrativa%c no se extinguem pela prpria vontade (princpio doparalelismo das ormas!" mas apenas por ora de lei (nol#es incidem" exclusivamente" as normas prprias do direitoprivado!%d sujeitam$se sempre a controle interno pela prpriaentidade a que se vinculam e esto tamb%m sob controle

    externo exercido pelo &egislativo" com apoio do 'ribunal deontas" e pelo )udicirio" al%m da fscali*ao desempen#adapelo +inist%rio ,blico%e permanecem adstritas - fnalidade para a qual oraminstitudas (princpio da especialidade! 44 no obstante seencontrarem dentro da estrutura da 2dministrao, no se confundemcom a chamada 2dministrao 1(blica direta do Estado% dois so osobjetivos que norteiam a criao dessas guras a prestao deservios pblicose a explorao de atividades econ.micas.

    a)'ar-)+a! # so consideradas pessoas jurdicas de direitopblicocriadas para aprestao de servios pblicos contandocom um capital exclusivamente pblico% o (nico instrumentovi'vel para a criao de autarquias a lei, no se prestando para essanalidade os decretos, as medidas provis)rias, sendo, outrossim,necess'ria lei especfcaquando da criao de cada autarquia todave$ que o 1oder Eecutivo pretender criar uma nova autarquia, postoque a compet5ncia sobre essa matria sua, em car'ter privativo,dever' providenciar uma lei pr)pria, no sendo possvel, portanto,imaginar a criao, por intermdio de uma s) lei, de diversasautarquias% a etino tambm dever' ser feita mediante leiespecca% apresentam como caractersticas importantes autonomiaadministrativa" autonomia fnanceira e patrim.nio prprio, deforma a demonstrar que, uma ve$ criadas, apresentam independ5nciaem relao * 2dministrao direta, no sendo outro o signicado daepresso

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    daquela para com estas, que se restringir ao campo dalegalidade ou fnalidade, podendo, ainda, receber o nome detutela% possvel atribuir a essas entidades os mesmos privilgios deque dotada a 2dministrao 1(blica direta, eis que so prestadoras

    de servios p(blicos, (nica atividade que lhes possvel, e tambmem vista de sua personalidade de direito p(blico, assim, usufruem daimunidade tributriaem relao aos impostos e esto includasna expresso /0a*enda ,blica1, tendo os privilgios processuaisados no 616 qu'druplo o pra$o para contestar e o dobro pararecorrer% a responsabilidade pelas obriga3es contradas por essaspessoas a elas pertence, podendo admitir-se, no m'imo, seja oEstado chamado apenas em car'ter subsidi'rio, vale di$er, apenasdepois de esgotadas as foras da autarquia% no se cogita aqui da

    possibilidade de o Estado responder em car'ter solid'rio% em ra$odas atividades que desenvolvem servios p(blicos, no sesubmetem ao regime alimentar - e. BL6M2, BN2/2, BLHH,N26EL,.

    a54n$+a! re5)adora!# surgem como espcies de autarquias queapresentam por objetivo a regulamentao, o controle e a scali$aoda eecuo dos servios p(blicos transferidos ao setor privado% trata-se de autarquias de regime especial, *s quais se aplicam todas as

    caractersticas at ento vericadas para as demais - e. 2LEE@2g5ncia Lacional de Energia Eltrica, 2L1 2g5ncia Lacional de1etr)leo, 2L2IE@ 2g5ncia Lacional de Ielecomunica3es e 2LH2g5ncia Lacional de Ha(de - elas esto vinculadas e nosubordinadas aos respectivos /inistrios, as duas primeiras ao das/inas e Energia.

    f)nda7e! # so denidas como pessoas jurdicas de direitopblico ou privado criadas para a prestao de serviospblicos, contando com patrimFnio personali$ado destacado peloseu instituidor, para a preservao do interesse p(blico% aoassumirem personalidade de direito p(blico, as funda3es em tudo seassemelham ao regime jurdico das autarquias, surgindo, ali's, comoespcies desse g5nero, sendo rotuladas como autarquiasundacionais% aplicam-se *s undaes pblicastodas as normas,direitos e restri3es pertinentes *s autarquias% possvel cogitar aeist5ncia dentro da 2dministrao 1(blica indireta, de funda3escom personalidade jurdica de direito privado, no se podendoconfundi-las, no entanto, com as chamadas undaes particulares,porque so inteiramente disciplinadas pelo direito privado - e.Niblioteca Lacional, BNOE, ;JL2B.

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    e%re!a! 9&+$a! :e!'a'a? # so denidas como pessoasjurdicas de direito privado, criadas para a prestao deservios pblicos ou para a explorao de atividades

    econ.micas, constitudas por um capital exclusivamente pblicoe sob qualquer modalidade empresarial (sociedades civis oucomerciais!% so dotadas de autonomia administrativa"autonomia fnanceira e patrim.nio prprio da mesma formacomo visto para as autarquias e funda3es% no eiste vnculo dehierarquia ou subordinao em relao * 2dministrao 1(blica diretarespons'vel pela sua criao, o que no impede a eist5ncia de umcontrole sobre suas atividades, que se restringir ao campo dalegalidade ou fnalidade, podendo, ainda, receber o nome de

    tutela% sua criao, por integrarem a 2dministrao 1(blica, tambmdepende de lei especfca% por se tratar de pessoas jurdicas dedireito privado, o papel atribudo * lei nesses casos se revelacompletamente diferente, eis que ela no cria, mas apenas autori*a,a sua criao, que se concreti$ar' mediante registro dos estatutossociais no rgo competente% no t5m, por nature$a, qualquerprivilgio estatal, s) auferindo as prerrogativas administrativas,tribut'rias e processuais que lhe forem concedidas especicamentena lei criadora ou em dispositivos especiais pertinentes% quanto *

    questo relativa * responsabilidade pelas obriga3es que contraramperante terceiros, sem d(vida nenhuma sero elas a seremchamadas, respondendo o Estado apenas em car'ter subsidi'rio, seforem prestadoras de servios p(blicos% quanto * possibilidade de sesubmeterem ao regime falimentar, a questo ca em diretadepend5ncia, uma ve$ mais, das atividades desenvolvidas, porquanto,se prestadoras de servios p(blicos, no se vislumbra essapossibilidade, se eploradora de atividade econFmica, a possibilidadese torna possvel.

    !o$+edade! de e$ono%+a %+!'a:e!'a'a? # so denidas comopessoas jurdicas de direito privado, criadas para a prestaode servios pblicos ou para a explorao de atividadesecon.micas, contando com um capital misto e constitudassomente sob a modalidade empresarial de sociedade anFnimaformato de sociedades comerciais% pela denio oferecida, surgemagora as diferenas entre as empresas p(blicas e as sociedades deeconomia mista, a comear pelo capital, eis que inteiramente p(blicopara aquelas e misto para estas% enquanto as empresas p(blicaspodem assumir qualquer modalidade empresarial, podendo surgir na

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    forma de sociedades civis ou comerciais por fora do art. ?P do &ec.-lei nP DQQ4C>, as sociedades de economia mista, em vista do mesmocomando legal, s) podero assumir a modalidade de sociedadesanFnimas - e. Nanco do Nrasil, 1etrobr's.

    'er$e+ro !e'or composto por particulares, portanto pessoasjurdicas de direito privado, que no integram a estrutura da2dministrao 1(blica, mas que com ela mant5m, por ra$3es diversase por meio de formas diferenciadas, parcerias com o intuito depreservar o interesse p(blico

    Ex: or5an+a7e! !o$+a+! :arae!'a'a? # so denidas comopessoas jurdicas de direito privado, sem ns lucrativos, criadas por

    particulares, para desempenhar servios sociais no eclusivos doEstado, tais como ensino, pesquisa cientca, proteo ao meioambiente, incentivo * cultura, programas de sa(de% a parceria ser'concreti$ada por meio de um contrato de gesto, pela qual serodenidos os incentivos que essas pessoas recebero do Estado para aeecuo das atividades, dentre eles destinao de recursosorament'rios, destinao de bens por meio de permisso de uso,destinao de servios, possibilidade de serem elas contratadas pordispensa de licitao% de se registrar que, por se tratar de

    qualicativo atribudo em car'ter tempor'rio a particulares, arefer5ncia aos eemplos torna-se difcil, o que no nos impede demencionar que sua utili$ao tem se vericado, em maior escala, nosetor de sa(de, quando ento o Estado repassa a essas entidades aadministrao de hospitais p(blicos.

    Ex2: !er#+7o! !o$+a+! a)'no%o! :arae!'a'a? # so todosaqueles institudos por lei com personalidade jurdica de direitoprivado para ministrar assist5ncia ou ensino a certas categoriassociais ou grupos prossionais, e que no tenham nalidade lucrativa%atuam ao lado do Estado, em car'ter de cooperao, no prestandoservio p(blico delegado, como ocorre com as organi$a3es sociais,mas atividades privadas que o 1oder 1(blico tem interesse emincentivar% esses servios sociais autFnomos t5m autori$ao doEstado para arrecadar e utili$ar, na sua manuteno, contribui3esparascais% embora no integrantes da 2dministrao 1(blica,sujeitam-se aos princpios da licitao, * reali$ao de processoseletivo e * prestao de contas, por estarem manuseando verbasp(blicas% assumem a forma de institui3es particulares convencionais,tais como funda3es, sociedades civis e associa3es, e no possuem

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    privilgios scais, administrativos e processuais - e. HEL2B, HEHB,HEH6, HEL26 etc.

    III , A5en'e! E!'a'a+!:Ser#+dore! P9&+$o!< r58o! P9&+$o! e

    ar5o! na Ad%+n+!'ra78o P9&+$a ?

    1. In'rod)78o2 atividade administrativa pode ser eercida diretamente pelaEntidade Estatal centrali*ao, por outras pessoas jurdicas e elavinculadas descentrali*ao ou por escal3es diferentes e quecomp3em a estrutura administrativa da mesma entidadedesconcentrao% a diversidade e multiplicidade de fun3es eigeuma ou outra soluo% h' impossibilidade de concentrao em um s)centro de compet5ncia de todas as tarefas deferidas a determinadaentidade estatal% assim, ante o gigantismo de suas atribui3esinicialmente acometidas apenas * chea, ocorrendo adesconcentrao, que eige a manuteno de vnculo hier'rquico efuncional, diferentemente do que ocorre com a descentrali*aopor outorga ou delegao, conforme decorre de lei ou contrato.

    1.1 Or58o! 9&+$o!so centros de compet5ncia, ou unidades deatuao, pertencentes a uma entidade estatal, dotados de atribui3espr)prias, porm no dotados de personalidade jurdica pr)pria% porno ser dotado de personalidade jurdica integram a pessoa jurdica,atua em nome daquele a que se vinculam, no sendo sujeitos deobriga3es e de direitos% dessa forma, a Hecretaria de Estado daHa(de )rgo atua em nome do Estado pessoa jurdica de direitop(blico, o /inistrio da Rustia )rgo atua em nome da Jniopessoa jurdica de direito p(blico.

    -)an'o o!+78o +er6r-)+$a

    independentes # t5m origem na 6; e representam os 1oderes do

    Estado, sem qualquer subordinao - e. 1oder Eecutivo, o@egislativo e o Rudici'rio ou a 1resid5ncia da Mep(blica, o 6ongresso

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    Lacional, a 60mara dos &eputados e dos Henadores, o HI;, no 0mbitofederal% o Ooverno do Estado, a 2ssemblia @egislativa, o Iribunal de

    Rustia e os Iribunais de 2lada, no 0mbito estadual% a 1refeitura/unicipal, a 60mara de Sereadores, no 0mbito municipal.

    aut.nomos # subordinados aos independentes e locali$ados nac(pula da 2dministrao, possuem autonomia administrativa enanceira os ministrios, as secretarias estaduais e municipais, aprocuradoria-geral de Rustia.

    superiores # so )rgos de direo despidos de autonomia evoltados a fun3es tcnicas e de planejamento os gabinetes, ascoordenadorias, as divis3es.

    subalternos# so despidos de autonomia e resumidos * eecuode atribui3es conadas por outros )rgos se3es, portarias,servios.

    -)an'o $o%o!+78o

    simples# re(nam um (nico centro de compet5ncia )rgo.

    compostos# re(nam mais de um centro de compet5ncia )rgo.-)an'o a')a78o f)n$+ona

    singulares# decidam pela vontade de um (nico agente titular -e. a 1resid5ncia da Mep(blica, a Oovernadoria e a 1refeitura.

    colegiados # decidam pela conjugao de vontades de seusintegrantes membros% deliberao o designativo correto para asdecis3es colegiadas.

    D. ar5o! P9&+$o! Mepresentam a unidade de atribui3es eresponsabilidades conadas a um agente p(blico% os cargos p(blicosdevem ser organi$ados em classescorresponde a juno de cargosde id5ntica nature$a, com compet5ncia, responsabilidade evencimentos id5nticos ou carreiras corresponde * organi$ao doscargos, sendo obrigat)ria a sua eist5ncia na 2dministrao direta eindireta, sugerindo vinculao hier'rquica entre uns e outros e formaisonFmicas de acesso, por promoo, remoo, permuta etc. quecomp3em o quadro% eles devem ser criados por lei ou resoluo

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    1oder @egislativo e somente sero etintos ou transformados por atoda mesma nature$a princpio doparalelismo das formas% podem sereetivos, em comisso, ou vitalcios, conforme o modo deprovimento ou investidura do agente% no 1oder Eecutivo, sempre so

    criados por lei, sendo esta de iniciativa do chefe do 1oder Eecutivo%os cargos no 1oder @egislativo dependem de ato normativo internoresoluo, com conte(do e forma de lei% para o 1oder Rudici'rio h'necessidade de lei de iniciativa da chea desse 1oder, sendo aplic'velid5ntica regra aos Iribunais de 6ontas e ao /inistrio 1(blico daJnio, do &istrito ;ederal e dos Estados% os cargos vitalcios jui$,promotor, conselheiro do Iribunal de 6ontas so institucionali$adospela 6; e os demais, por lei% a eig5ncia do concurso p(blico somentese d' em face dos cargos efetivos, ou de provimento efetivo, no

    sendo eigido para o eerccio tempor'rio de funo p(blicaprovimento tempor'rio, para os cargos declarados em lei deprovimento em comisso e para as Gfunes de conanaG% asGfunes de conanaG somente podem ser eercidas por servidoresp(blicos, j' concursados% destinam-se apenas *s Gatribui3es dedireo, chea e assessoramentoG% os cargos em comisso, ou seja,os que admitem o provimento independentemente de concursos livrenomeao, tambm so destinados eclusivamente *s atribui3es dedireo, chea e assessoramentoG, devendo parte deles ser

    preenchida to-s) por servidores p(blicos, como determina a 6;.!. A5en'e! 9&+$o! toda pessoa fsica vinculada, denitiva outransitoriamente, ao eerccio de uno pblica% os agentesp(blicos ocupam cargos que integram os )rgos, que, por sua ve$,integram a entidade estatal, na qual desempenham fun3es p(blicas%as fun3es t5m nature$a de encargo Gmnus pblicoG e sempre sedestinam a satisfa$er as necessidades da coletividade.

    o*'+$o! , so titulares de cargo locali$ados na c(pulagovernamental, investidos por eleio, nomeao ou designao, parao eerccio de fun3es descritas na 6;% so polticos eleitos pelo votopopular, ministros de Estado, ju$es e promotores de justia, membrosdos Iribunais de 6ontas e representantes diplom'ticos.

    ad%+n+!'ra'+#o! , so os vinculados * 2dministrao por rela3esde emprego, prossionais, normalmente nomeados ou contratados,no eercendo atividades polticas ou governamentais% t5m comoespcies os servidores p(blicos antigos funcion'rios p(blicosconcursados% os eercentes de cargo ou emprego em comisso e osservidores tempor'rios.

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    onor*@$o! # so os eercentes de funo p(blica de formatransit)ria, convocados, designados ou nomeados para cumprirobjetivos cvicos, culturais, educacionais, recreativos ou de assist5ncia

    social, como o mes'rio eleitoral ou membro do 6onselho de Hentenado Iribunal do R(ri - jurado.

    dee5ado! # so os destinat'rios de funo especca, reali$ando-a em nome pr)prio, tal como ocorre com os serventu'rios da Rustiaem serventias cart)rios etrajudiciais registro civil das pessoasnaturais, por e..

    $reden$+ado! # so os que recebem poderes de representao do

    ente estatal para atos determinados, como ocorre nas transa3esinternacionais.

    2rgo corresponde a centro de compet5ncia despersonali$ado eintegrante da estrutura administrativa% cargo, ao lugar titulari$adopelo agente p(blico% e uno, aos encargos ou atribui3es% no h'cargo sem funo% h' funo sem cargo.

    +n#e!'+d)ra o) ro#+%en'o * forma de vinculao do agente aocargo ou * funo d'-se o nome de investidura ou provimento% ainvestidura contrap3e-se * vac0ncia, forma de desligamento doagente p(blico do cargo ou funo, e pode ser

    o*'+$a# decorrente de eleio para mandatos 1residente daMep(blica, senadores, deputados, governadores, prefeitos evereadores, assim como para altos cargos da 2dministrao e paraos em comisso nas mesmas circunst0ncias ministros, secret'rios,procurador-geral da Mep(blica e procurador-geral da justia.

    or+5+n6r+a o) der+#ada # a originria corresponde * primeiraforma de vinculao do agente e a derivada pressup3e vinculaoanterior promoo, remoo, permuta% ambas pressup3em, viade regra, concurso eterno origin'ria ou interno derivada% oprovimento derivado est' presente tambm na reintegraocorresponde ao retorno ao cargo anterior por anulao dodesligamento, podendo ser judicial ou administrativa, conformedecorra ou no de deciso judicial% o agente retorna com os mesmosdireitos% se o cargo j' tiver sido ocupado por outro, este ser' removidopara cargo desimpedido ou permanecer' em disponibilidade,

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    readmisso correspondia * forma de retorno do servidor legal ecorretamente desligado% era discricion'ria e no podia ser impostapelo Rudici'rio% no mais admitida, pois os estatutos no mais acontemplam, aproveitamento o trmino do perodo de

    disponibilidade corresponde ao aproveitamento, pelo qual o servidorretoma o eerccio de suas fun3es no cargo de que titular ereverso corresponde ao retorno do agente p(blico aposentado aocargo que ocupava ou a outro compatvel, normalmente condicionadaa certo trato temporal ou * superao da limitao fsica ou mentalque impFs a aposentadoria por invalide$ # art. !C da @ei :88D49Q.

    #+'a*$+a# a que confere car'ter de perpetuidade ao seu titularju$es, promotores de justia, membros do Iribunal de 6ontas,

    eigindo processo judicial para o desligamento.efe'+#a# adequada para os servidores p(blicos, conferindo graude estabilidade depois de vencido o est'gio probat)rio de tr5s anos.

    e% $o%+!!8o# no confere vitaliciedade ou efetividade ao titular,sendo cabente nas nomea3es para cargos ou fun3es de conana.

    e!'a&++dade H #+'a+$+edadeenquanto a estabilidade assegura

    efetivamente a perman5ncia do servidor no servio, a vitaliciedadeassegura a sua perman5ncia no cargo, incidindo no sobre todas ascarreiras, mas, to-somente, em relao *quelas relacionadas pelapr)pria 6onstituio% embora ambas demandam nomeao emcar'ter efetivo, ou seja, precedida de concurso p(blico, o est'gioprobat)rio para a estabilidade de tr5s anos, enquanto o davitaliciedade de apenas dois% enquanto a perda do cargo peloservidor vitalcio s) poder' ocorrer mediante sentena judicial comtr0nsito em julgado ou de deliberao do tribunal ao qual esteja o Rui$vinculado antes do seu vitaliciamento, o servidor est'vel s) perder'o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgada,mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampladefesa, mediante procedimento de avaliao peri)dica dedesempenho, assegurando ampla defesa.

    #a$n$+a o desligamento do agente p(blico corresponde * suadestituio do cargo, emprego ou funo% h' vac0ncia nas seguinteship)teses

    eJonera78o# que pode ser a pedido ou no% a eonerao GexocioG pode ocorrer para os cargos vitalcios sempre que no for

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    satisfeito o est'gio probat)rio, ou quando o agente, a despeito de tertomado posse, no entra em eerccio, efetivos ou em comisso.

    de%+!!8o# imposta pelo cometimento de falta disciplinar e tem

    nature$a de penalidade.

    fae$+%en'o

    ao!en'ador+a# a transfer5ncia para a inatividade remunerada,podendo ser voluntria a pedido e desde que satisfeitos certosrequisitos, compulsriaobrigat)ria epor invalidez.

    reada'a78o # corresponde * investidura do agente em cargo

    compatvel com a limitao que tenha sofrido em sua capacidadefsica ou mental, ada tal limitao em inspeo mdica.

    a 6;, por fora da E6 n7 8949:, prev5 outras duas hip)teses dedesligamento a a#a+a78o +n!a'+!fa'Kr+a de de!e%eno e bara a'ender ao +%+'e de de!e!a! $o% e!!oa a'+#o e+na'+#o a ei de !esponsabilidade "iscalestabelece para a Jnio olimite m'imo de ?QT do gasto com folha de pessoal em relao *arrecadao e de CQT para os Estados, /unicpios e &istrito ;ederal.

    a$e!!+&++dade os cargos, empregos e fun3es p(blicas soacessveis aos brasileiros e estrangeiros includos pela E6 n7 8949:,na forma da lei% eistem cargos que a 6; houve por bem restringir tosomente para os brasileiros natos, ecluindo assim os brasileirosnaturali$ados, bem como os estrangeiros, por ra$3es )bvias e.cargos que materiali$am a linha sucess)ria do 1residente daMep(blica% h' eig5ncia de aprovao em concurso p(blico de provasou de provas e ttulos, salvo ece3es constitucionais estabelecidase. cargos em comisso% no eigem concurso, j' que acessveisapenas aos servidores de carreira% as contrata3es por tempodeterminado somente so admitidas para atender a necessidadetempor'ria de ecepcional interesse p(blico, e quando possvel deveeigir seleo p(blica% o pra$o de validade do concurso p(blico no de dois anos, mas de

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    visto que impossvel a todos o eerccio de toda e qualqueratividade 44 a possibilidade de o ingresso no servio p(blico fa$er-sediretamente, sem concurso, absolutamente ecepcional% que a 6;prev5 hip)teses ecepcionais de contratao por tempo determinado,

    ou servios de car'ter tempor'rio% nessas hip)teses, porm, o agenteno ocupar' cargo ou emprego p(blico, eercer' to-somente afuno p(blica% por isso no se eige concurso p(blico para oeerccio de funo p(blica, ditando a 6; a obrigao apenas paraGcargo ou empregoG Ga investidura em cargo ou emprego pblico de

    provas ou de provas e ttulos$ de acordo com a natureza e acomplexidade do cargo ou emprego$ na forma prevista em lei$ressaltadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em leide livre nomeao e exoneraoG 44 a 2dministrao, antes da posse,

    pode revogar ou anular o concurso, desde que concorra ou o interessep(blico ou qualquer ilegalidade na sua reali$ao% depois da posse,somente se admitir' a invalidao do concurso mediante regularprocesso administrativo, assegurando o contradit)rio e a ampladefesa 44 vencido o concurso pblico, passa o aprovado a deterdireito subjetivo * nomeao se esta vier a ocorrer% o provimento docargo d'-se pela nomeao por decreto, por portaria% pode serconcreti$ada em car'ter efetivo, quando se trata de cargo isolado oude carreira, e em comisso para cargos de conana livre de

    eonerao% a investidura decorre daposse, que a condio para oeerccio da funo p(blica dever' ocorrer no pra$o de !Q dias,contados da publicao do ato de provimento, quando ento oservidor dever' apresentar sua declarao de bens e valores, bemcomo a declarao quanto ao eerccio ou no de outro cargo,emprego ou funo p(blica% o ato de posse tambm depender' deprvia inspeo mdica ocial, e a partir desta passa o servidor adeter direitos inerentes ao seu cargo% o incio efetivo das suasatribui3es dever' ocorrer no pra$o de 8? dias, contados a partir daposse, sob pena de eonerao% ao entrar em eerccio, o servidornomeado para cargo de provimento efetivo car' sujeito a estgioprobatrio por perodo de 34 meses, durante o qual a sua aptidoe capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo,observados os seguintes fatores assiduidade, disciplina, capacidadede iniciativa, produtividade e responsabilidade% a passagem para aestabilidade no se fa$ mais de forma autom'tica, demandando areali$ao de uma avaliao especial de desempen#o porcomisso instituda para essa nalidade% embora epressamenteprevista, a reali$ao da avaliao de desempenho at o presentemomento no foi concreti$ada, na medida em que depende da ediode regulamentao posterior que ainda no foi levada a efeito%

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    preenchidos todos os requisitos, ou seja, nomeao em car'terefetivo, est'gio probat)rio de ! anos e aprovao em avaliao dedesempenho, o servidor adquire a estabilidade, que lhe garante aperman5ncia no servio p(blico e no no cargo% etinto o cargo ou

    declarada sua desnecessidade, o servidor est'vel car' emdisponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio,at seu adequado aproveitamento em outro cargo% no possvel ademisso ou eonerao do funcion'rio sem oferecer a elecontradit)rio e ampla defesa% nada impede que a eonerao recaiasobre o funcion'rio em est'gio probat)rio, desde que decorrente daetino do cargo.

    ?. S+!'e%a! re%)nera'Kr+o! do! a5en'e! 9&+$o!

    re%)nera78o :o) e!'+4nd+o? # devida * grande massa deservidores p(blicos ou agentes administrativos, correspondendo aovalor ado em lei vencimento - no singular e *s vantagens pessoaisvencimentos - no plural% corresponde ao valor a que fa$ jus oservidor pelo perodo trabalhado.

    !)&!*d+o!# a modalidade de remunerao, ada em parcela(nica e devido aos chamados agentes polticos detentores de

    mandato eletivo, membros da /agistratura e /1, conselheiros dosIribunais de 6ontas e outros de determinadas categorias prossionaisprocuradores dos Estados, integrantes da 2dvocacia-Oeral da Jnio edefensores p(blicos, servidores da 1olcia ;ederal, 6ivil e /ilitar,inclusive 6orpos de Nombeiros /ilitares% por ser devido e ado emparcela (nica, o subsdio no pode incluir qualquer vantagem pessoalanu5nios, q+inq+5nios etc., mas no impedem o recebimento de 8!7sal'rio, adicional noturno, adicional de frias, sal'rio-famlia etc.

    - adicionais so #an'a5en!devidas pelo tempo de servio ou peloeerccio de fun3es especiais% gratifcaesso devidas em ra$ode condi3es anormais do servio ou em ra$o de condi3es doservidor% a totali$ao da parcela a vencimento e as gratica3ese adicionais comp3em a remunerao do servidor p(blico.

    - vige a proibio da irredutibilidade de vencimentos.

    - independentemente do regime a que estiver submetido o servidor, a6; estabelece qual o limite m'imo de remunerao dentro da2dministrao 1(blica, isto , o que percebem os %inistros do &'"attulo de subsdio.

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    a$)%)a78o re%)nerada vedada a acumulao remuneradade cargos p(blicos, eceto quando houver compatibilidade de hor'riose no ultrapasse o valor do subsdio percebido pelos /inistros do HI;

    a de dois cargos de professor, a de um cargo de professor com outrot#cnico ou cientco, a de dois cargos ou empregos privativos deprossionais de sade com prosses regulamentadas 44 apossibilidade de acumulao remunerada de cargos tambm seestende, desde que comprovada a compatibilidade de hor'rios, e queo resultado da acumulao no eceda o valor do subsdio dos/inistros do HI;, para os integrantes do 1oder Rudici'rio e do /1,conforme previso constitucional, podendo eercer a de um cargo demagist#rio 44 a 6; estabeleceu regras especcas acerca dessa

    proibio para os detentores de mandato eletivo tratando(se demandato federal$ estadual ou distrital$ car afastado de seu cargo$emprego ou funo% investido no mandato de prefeito$ ser afastadodo cargo$ emprego ou funo$ sendo(l)e facultado optar pela suaremunerao% investido no mandato de vereador$ )avendocompatibilidade de )orrios$ perceber as vantagens de seu cargo$emprego ou funo$ sem pre*uzo da remunerao do cargo eletivo$ e$no )avendo compatibilidade$ ser afastado do cargo$ emprego oufuno$ sendo(l)e facultado optar pela sua remunerao.

    C. De#ere! do! a5en'e! 9&+$o! esto epressos no tetoconstitucional e nos diversos Estatutos dos Hervidores 1(blicos% a @ein7 :."D949D tambm epressa a possibilidade de sancionamento daconduta do agente mprobo, ou seja, autor de ato de improbidadeadministrativa atos de improbidade que importam enriquecimentoilcito do agente ou do particular beneciado% atos que importam danoao Er'rio e atos que importam violao aos princpios da2dministrao% pela doutrina so anotados os seguintes deveres adever de lealdadepara com a entidade estatal a que est' vinculado,b dever de obedi+nciaacatamento * lei e *s ordens de superiores,c dever de conduta #ticade honestidade, moralidade, decoro, $elo,eci5ncia e ec'cia.

    >. D+re+'o! e de#ere! +nfra$on!'+')$+ona+!a ao pela 6; dasregras b'sicas relativas ao regime dos servidores p(blicos no esgotao tema, no impedindo o legislador infraconstitucional de disciplin'-lo,inclusive, como j' se disse no incio, inovando sobre ele,estabelecendo obriga3es e direitos% a matria relativa aos servidoresp(blicos daquelas que comportam leis federais, estaduais,

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    municipais e distritais, cada qual, por )bvio, dentro do seu campo deatuao% dessa forma, perfeitamente possvel que a matria sejadisciplinada de forma diferenciada nas diversas esferas do governo,desde que respeitados os princpios estabelecidos pela 6;.

    :. Re!on!a&++dade do a5en'e a pr'tica de ato ilcito pelo agentep(blico no eerccio de suas fun3es pode ensejar aresponsabili*ao civil" criminal e administrativa% aresponsabilidade civil e a responsabilidade criminalso adaspelo Rudici'rio, segundo as normas do direito civil e do direito penal% aresponsabilidade administrativa apurada e ada pela pr)pria2dministrao 1(blica, em sede de procedimento pr)prio processoadministrativo disciplinar ou sindic0ncia% em qualquer caso, porm,

    h' necessidade de observ0ncia do contradit)rio e da ampla defesa% asano em ra$o do cometimento de ilcito administrativo deve estarprevista em lei, e ser' ada em conformidade com a gravidade dainfrao% a etino da pena disciplinar pode decorrer do seucumprimento, da prescrio opera a etino da punibilidade pelodecurso do tempo ou do perdodepende de lei ou ato normativogeral editado pelo pr)prio 1oder que aplicou a sano% a pena dedemisso no suscetvel de perdo% a pena de demisso no aplic'vel aos vitalcios, porquanto depende de processo judicial% a

    apurao da responsabilidade administrativaindepende, pois, doRudici'rio 44 a responsabilidade civilpode ser apurada internamentee resultar em acordo com o servidor sempre que se cuidar de danocausado ao Estado% em se tratando de servidor celetista, indispens'vel a sua concord0ncia para os descontos mensais% para osdemais agentes, se a lei prever o desconto, este poder' ocorrerindependentemente de eventual discord0ncia a deciso auto-eecut'vel% se o dano tiver sido praticado contra terceiro, porm,responder' o Estado, restando-lhe a ao regressiva% em qualquercaso, para que o agente seja responsabili$ado indispens'vel acongurao do ilcito civil ao, culpa ou dolo, relao decausalidade e vericao do dano 44 a responsabilidade criminaldecorre da pr'tica de infrao penal, apurada e ada pelo ju$ocriminal, segundo as normas pr)prias 61, 611 e legislao especial%a deciso proferida no ju$o criminal na ao penal somenterepercute na 2dministrao comunicabilidade das inst0ncias,inibindo o processamento do processo administrativo se a negar aexist+ncia do fato, b negar a autoria% assim, se determinado agente denunciado pela pr'tica do crime de GconcussoG e no ju$o criminal absolvido porque o fato no ocorreu, ou tendo ocorrido, no o seu

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    autor, dever' ser absolvido na esfera administrativa tambm% omesmo se aplica * responsabilidade civil.

    IV Podere! Ad%+n+!'ra'+#o!

    8. Poderde#er 1oder sugere faculdade, uso de prerrogativassegundo o desejo de seu detentor% para a 2dministrao 1(blica no assim% 1oder corresponde, ao mesmo tempo, a dever ,oder$dever%h' inteira subordinao do poder em relao ao dever, tanto queaquele no pode ser eercido livremente, sujeitando-se sempre a umanalidade especca 44 o seu uso de maneira ilcita encerra o abuso de

    poder e a ilegalidade do ato praticado% o uso ilegal pode advir daincompet5ncia do agente, do distanciamento da nalidade do ato, ou,ainda, da sua eecuo equivocada% assim, tem-se o a'o +e5aporexcesso de poderquando o conte(do do ato foge aos limites a eletangidos - e. quando deferida uma vantagem no prevista em lei edesvio de fnalidade quando o ato for praticado com nalidadediversa da estatuda pela lei - e. se a desapropriao decretadano porque o bem im)vel do particular encerra alguma utilidadesocial, mas para satisfa$er ao desejo de seu propriet'rio e o a&)!o

    de oderpor irregular execuo do ato% para alguns, o abuso depoder corresponde ao g5nero, sendo suas espcies o desvio denalidadee o excesso de poder% havidos por desvio de fnalidade,os atos so ilegais necessariamente% se decorrentes de excesso depoder, podem ser mantidos os seus efeitos, desde que afastadosaqueles que ecedem a norma legal% o abuso de poder por irregularexecuo do ato f'cil de ser encontrado na convalidao do ato

    jurdico administrativo em ato concreto, material% assim, se o agente,embora competente, atua com abuso de autoridade, ter' havido

    a&)!o do oder% o ato jurdico no ser' necessariamente nulo, masseu eecutor responder' pela autuao ilegal responsabilidade civil,criminal e administrativa% o mandado de segurana, a ao popularea ao civil pblica podem questionar, judicialmente, os atospraticados com desvio de fnalidadee com a&)!o de oder.

    conquanto possam ser estudados separadamente, porqueinteressam a captulos e institutos diferentes, os chamados odere!ad%+n+!'ra'+#o!so

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    d+!$r+$+on6r+o tocam aos atos administrativos # aquele que oagente tambm ca inteiramente preso ao enunciado da lei, que, noentanto, no estabelece um (nico comportamento a ser adotado porele em situa3es concretas% abre um espao para o administrador,

    lanando mo de um ju$o de conveni5ncia e oportunidade, no selimite a um (nico comportamento possvel - e. autori$ao para oporte de arma, colocao de cadeiras e mesas em calada defronte abares e restaurantes etc.

    +er6r-)+$o tangem * 2dministrao 1(blica# o que det5m a2dministrao para a sua organi$ao estrutural, o que escalona seus)rgos e reparte suas fun3es, denindo, na forma da lei, os limitesde compet5ncias de cada um% dele decorrem algumas prerrogativas

    delegar e avocar atribui3es, dar ordens, scali$ar e rever atividadesde )rgos inferiores.

    d+!$++nar tangem * 2dministrao 1(blica# aquele conferidoao administrador para apurar infra3es e aplicar penalidadesfuncionais a seus agentes e demais pessoas sujeitas * disciplinaadministrativa, como o caso das que por ela so contratados.

    nor%a'+#o :o) re5)a%en'ar? # a faculdade atribuda ao

    administrador chefe do Eecutivo para a epedio de decretos eregulamentoscom o intuito de oferecer el eecuo * lei no podecontrariar, restringir ou ampliar o conte(do de leis j' eistentes, masto-somente melhor eplicit'-losart, -.$ /" ( /ompete

    privativamente ao 0residente da !epblica ( 12( sancionar$ promulgare fazer publicar as leis$ bem como expedir decretos e regulamentos

    para a sua el execuo% tudo que se disse at aqui retrata o que, naclassicao doutrin'ria, recebe o nome de decretos eregulamentos de execuo se determinada matria ainda notiver sido objeto de regulamentao, por via de lei, no se justicar' aedio de decretos e regulamentos, pois no tero ao que oferecer elregulamentao sendo os (nicos, ali's, admitidos em nossoordenamento jurdico como regra geral%

    de o*$+a # atribuio ou poder conferida * 2dministrao deimpor limites ao eerccio de direitos e de atividades individuais emfuno do interesse p(blico prim'rio% decorre da supremacia dointeresse p(blico em relao ao interesse do particular, resultandolimites ao eerccio de liberdade e propriedade deferidas aosparticulares% o que ocorre para o eerccio de pross3es, instalaoe funcionamento de lojas comerciais, e mesmo para as constru3es

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    residenciais ou comerciais% nessas hip)teses, necessariamente, ointeressado dever' postular a obteno de ato administrativo queretrate a possibilidade, * vista do interesse p(blico, de eercer seudireito% a atuao do poder de polcia, que no se confunde com

    polcia judici'ria e a repressiva de delitos, ser' eteriori$ada pelaconcesso de licena ou de autori$ao concedidas por alvar'% analidade do poder de polcia a defesa do bem-estar social, aproteo do interesse da coletividade, ou mesmo do Estado,encontrando limites nos direitos fundamentais assegurados no tetoconstitucionais, e sendo sempre question'vel perante o Rudici'rio,notadamente nas hip)teses de desvio de nalidade, abuso ou ecessode poder% o eerccio desse poder pode dar-se por meio da edio deatos normativos de alcance gerale. edio de regulamentos e

    portarias que disciplinem o uso e a venda de fogos de artifcios, asoltura de bal3es, a venda de bebidas alco)licas, bem como aslimita3es administrativas ao direito de propriedade ou mesmo pormeio de atos de eeitos concretos os eemplos se multiplicam,podendo-se vericar a etenso desse poder na scali$ao sobre ocomrcio de medicamentos, o controle sobre as publica3es, naaplicao de san3es a estabelecimentos comerciais por falta desegurana ou higiene, no embargo a obras irregulares, bem como nosimples guinchamento de um veculo parado em lugar proibido% a

    atuao administrativa dotada, por ve$es, de a'r+&)'o! quebuscam garantir certe$a de sua eecuo e verdadeira preval5ncia dointeresse p(blico, so eles discricionariedade a lei concede aoadministrador a possibilidade de decidir o momento, as circunst0nciaspara o eerccio da atividade% concede-lhe oportunidade econveni5ncia a seu ju$o, auto$executoriedade o ato ser'eecutado diretamente pela 2dministrao, no carecendo deprovimento judicial para tornar-se apto e coercibilidade aoparticular a deciso administrativa sempre ser' cogente, obrigat)ria,admitindo o emprego de fora para seu cumprimento% a scali$aoeercida pela 1refeitura /unicipal em bares e restaurantes, por e.,decorre do eerccio do poder de polcia% f'cil conhecer os atributosmencionados a autoridade decide a ocasio, a oportunidade para ascali$ao, no havendo previso legal para que ocorra naquela datae hor'rio h' discricionariedade% da scali$ao poder' resultar aapreenso de mercadorias impr)prias para o consumo humano, e elaser' eecutada pela 2dministrao auto-eecutoriedade, sendoobrigat)ria para o particular coercibilidade% o particular poder' aqualquer tempo questionar a atuao da 2dministrao, normalmenteo fa$endo por mandado de seguranacom pedido liminar 44 do poderde polcia no pode decorrer a concesso de vantagens pessoais ou a

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    imposio de preju$os dissociados do atendimento do interessep(blico% por isso, h' mister da observ3ncia da necessidade,

    proporcionalidade e adequaoec'cia, que constituem limites dopoder de polcia.

    V , ATOS DA ADMIISTRANO , ATOS

    ADMIISTRATIVOS

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    8. o7e! e!!en$+a+!

    U toda manifestao unilateralde vontade da 2dministrao diretaou indireta, ou de quem lhe faa as ve$es concession'rios e

    permission'rios, que agindo nessa qualidade tenha por m imediato,adquirir, resguardar, transerir, modifcar, extinguire declarardireitos ou impor obriga3es aos administrados, passvel dereapreciao pelo 1oder Rudici'rio dever' restringir ao aspecto de sualegalidade, de forma a no interferir no princpio da separao entreos 1oderes, e desde que, por )bvio, tenha sido provocado porterceiros% nem todo ato administrativo provm da 2dministrao1(blica, da mesma maneira que nem todo ato da 2dministrao podeser considerado como administrativo, pois, como se ver' mais

    adiante, os chamados atos de gesto so editados pelo 1oder1(blico, mas debaio de regime jurdico de direito privado% a licitudedos atos praticados pelos particulares vericada pela sua nocontrariedade em relao * lei, a dos atos administrativos aferidapela sua compatibilidade em relao a ela.

    D. Re-)+!+'o!ee%en'o! de #a+dadepara os atos administrativos

    $o%e'4n$+aK agente capa$ # para ser considerado v'lido, deve

    ser editado por quem detenha compet5ncia para tanto. for%aK forma prescrita ou no defesa em lei # o modo peloqual o ato deve ser feito% a previamente estabelecida por lei, que,em geral, a escrita% pode se cogitar da eist5ncia de atosadministrativos que no sigam essa forma escrita, mas que acabemsendo eteriori$adas por intermdio de gestos ou mesmo de maneiraverbal, surgindo como eemplos os gestos e apitos emitidos por umguarda de tr0nsito.

    o&e'oK objeto lcito # o assunto de que trata o ato, ou seuconte(do, como a imposio de uma multa ou a regulamentao deuma feira livre.

    @na+dade eclusivo dos atos administrativos # o objetivo doato, de acordo com a vontade da lei% o desvio de nalidade, ou analidade diversa da desejada pela lei, uma espcie de abuso depoder.

    %o'+#oeclusivo dos atos administrativos # a obrigao quetem a 2dministrao 1(blica de oferecer, *queles a quem representa,

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    eplica3es quanto aos atos que edita, o mesmo no se vericandorelativamente aos particulares, por representarem os seus pr)priosinteresses% eatamente por meio da eplicao desses motivos queo 1oder Rudici'rio ter' condi3es, desde que provocado para tanto, de

    estabelecer o controle de legalidade em relao aos atosadministrativos, o (nico, a saber, que lhe permitido% tambm danecessidade de motivao desses atos que surge a chamada:"499.

    a falta de um dos requisitos pode levar * invalidao do ato, * sua

    ilegalidade ou * possibilidade de sua anulao pelo 1oder Rudici'rio.!. A'r+&)'o! surgem em decorr5ncia dos interesses que a2dministrao representa quando atua, vale di$er, os da coletividade

    . re!)n78o de e5+'+%+dade # salvo prova em contr'rio,presumem-se legtimos os atos da administrao e verdadeiros osfatos por ela alegados presuno relativa ou

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    -)an'o ao! de!'+na'6r+o!

    gerais # so os editados sem um destinat'rio especco - e.

    edital de um concurso p(blico, portaria proibindo a venda de bebidasalco)licas a menores etc.

    individuais # so os editados com destinat'rio certo - e.permisso de uso de um bem p(blico, nomeao de um funcion'rio,sua eonerao, autori$ao para o porte de arma etc.

    -)an'o ao a$an$e

    internos# geram efeitos dentro da 2dministrao 1(blica - e.edio de pareceres etc.

    externos # geram efeitos fora da 2dministrao 1(blica - e.permisso de uso, autori$ao para o porte de arma etc.

    -)an'o ao o&e'o

    de imp%rio # a 2dministrao tem supremacia sobre o

    administrado% so aqueles que a 2dministrao pratica, de formaunilateral, lanando mo de sua supremacia sobre os interesses dosparticulares - e. interdio de um estabelecimento comercial emvista de irregularidades encontradas, embargo de uma obra pelosmesmos motivos, aplicao de san3es administrativas aos agentesp(blicos pela pr'tica de irregularidades etc.

    de gesto# so aqueles que a 2dministrao pratica afastando-sedas prerrogativas cl'usulas eorbitantes que normalmente utili$apara se equiparar aos particulares com quem se relaciona - e.situao em que o 1oder 1(blico celebra contratos de locao comparticulares na qualidade de locat'rio, pois esse tipo de ajuste nocaracteri$a contrato administrativo.

    de expediente # so os destinados a dar andamento aosprocessos e papis que tramitam no interior das reparti3es.

    -)an'o ao 5ra) de +&erdade $onfer+do ao ad%+n+!'rador

    vinculados # so aqueles em que o administrador ca inteiramentepreso ao enunciado da lei, que estabelece, previamente, um (nico

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    comportamento possvel de ser adotado em situa3es concretas, noeistindo, pois, nenhum espao para a reali$ao de um ju$o deconveni5ncia e oportunidade - e. regras de um concurso p(blico etc.

    discricionrios # embora tambm esteja o administradorsubmetido ao imprio da lei, aqui ela no prev5 um (nicocomportamento possvel de ser adotado em situa3es concretas,abrindo, por conseq+5ncia, espao para que o administradorestabelea um ju$o de conveni5ncia e oportunidade - e.determinao de mo (nica ou mo dupla de tr0nsito numa rua etc.

    Q. E!$+e!

    nor%a'+#o!# so atos que cont5m um comando geral, impessoal,como o regulamento, o decreto, o regimento de aplicaointerna, destinando-se a prover o funcionamento dos )rgos e aresoluo ato editado por altas autoridades - ministros esecret'rios de Estado - e se destina a esclarecer situao pr)pria dasua 'rea de atuao% as deliberaes, que podem ser normativasou meramente decis)rias, retratam a conjugao de vontade damaioria que comp3e o )rgo colegiado, possuindo a nature$a de atonormativo.

    ord+n6r+o! # so atos disciplinadores da conduta interna da2dministrao, endereados aos servidores, como as instrues, osavisos, os ocios, as portarias normalmente utili$adas paradesignar servidores para determinada funo, ou do incio asindic0ncia e a procedimento administrativo disciplinar, as ordensde servio ou memorandos do incio * eecuo do contratoadministrativo, indicando ao particular a possibilidade de iniciar acontraprestao avenada.

    en)n$+a'+#o! # so os atos que apenas atestam, certicam oudeclaram uma situao de interesse do particular ou da pr)pria2dministrao, tal como ocorre com as certidesconsigna o registroem livros, papel ou documento ocial, atestadoscomprova um fatohavido, ainda que sujeito a alterao, pareceres normativos,pareceres t%cnicos.

    ne5o$+a+! # so os atos que eprimem manifestao de vontadebilateral e concordante 2dministrao e particular sugerindo areali$ao de um neg)cio jurdico - e. licenano pode ser negadasempre que cumpridas as eig5ncias pra a sua obteno, constituindo

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    esta direito individual lquido e certo% da ser indeni$'vel a suarevogao posterior autori*ao uma espcie de alvar'% pode serrecusada e a qualquer tempo invalidada, permisso eprime afaculdade outorgada ao particular para a utili$ao especial de bem

    p(blico ou prestao de servio p(blico - e. alvar's de licena paraedicar, construir e eercer prosso% autori$ao para o porte dearma de fogo, para caa e pesca amadoras% permisso para ainstalao de banca de jornais e revistas em logradouros p(blicos% aspermiss3es devem ser licitadas etc% so epedidas a pedido ou arequerimento do interessado, carecendo sempre da manifestaoconcordante da vontade de cambos.

    )n+'+#o! # so os atos que cont5m uma sano imposta ao

    particular ou ao agente p(blico ante o desrespeito *s disposi3eslegais, regulamentares ou ordinat)rias% so eemplos a multaadministrativa(nica a depender do Rudici'rio para a sua eecuo,a interdio administrativa, a destruio de coisas, oaastamento temporrio de cargo ou uno pblica% todosdependem de procedimento administrativo contradit)rio ampladefesa, inclusive e so de iniciativa vinculada.

    C. In#a+da78o do a'o ad%+n+!'ra'+#o os atos administrativos

    podem deiar de produ$ir efeitos sempre que vericada anecessidade de sua supresso, seja por ilegalidade anulao, sejapor conveni5ncia e oportunidade revogao, seja, quando possvel,por descumprimento na sua eecuo cassao% a anulaotantopode ser derivante de deciso da pr)pria 2dministrao comotambm ordenada pelo Rudici'rio, operando os seus efeitos retroativosGex tuncG% a revogao, contudo, somente possvel por deciso dapr)pria 2dministrao, e opera efeitos Gex nuncG, no retroagindo eno alcanando direitos adquiridos.

    VI , LIITANO PBLIA

    8. De@n+78o um procedimento administrativo voltado * seleo daproposta mais vantajosa para a contratao desejada pela

    2dministrao e necess'ria ao atendimento do interesse p(blico% temcomo nalidade permitir a melhor contratao possvel seleo da

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    proposta mais vantajosa, no necessariamente a que apresente omenor preo e possibilitar que qualquer interessado possavalidamente participar da disputa pelas contrata3es% composta pordiversas fases etapas, todas elas independentes entre si,

    apresentando-se em uma ordem cronol)gica que no pode seralterada, visando * celebrao de um futuro contrato% a reali*aode licitao % a regra" excepcionalmente" admite$se acontratao direta (sem licitao!.

    D. Pr+n$*+o! ee%en'are!

    5era+! # legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,eci5ncia e isonomia.

    e!e$*@$o!# vinculao ao instrumento convocat)rio edital ouconvite, procedimento formal, julgamento objetivo das propostas,sigilo na apresentao das propostas, adjudicao compuls)ria aovencedor etc.

    o&e'o obras, servios, inclusive de publicidade, compras,alienaes, locaes, concesses e permisses, quandocontratadas pela 2dministrao, constituem o objeto possvel do

    certame licitat)rio.$on'ra'a78o d+re'a+$+'a78o d+!en!6#e

    em ra*o do valor

    em ra*o de situaes excepcionais # em casos de guerra,grave perturbao da ordem greve, motim, revoluo, golpe deEstado, emerg5ncia no se confunde com mera urg5ncia% eventoinesperado e imprevisvel, decorrente da ao da nature$a -inundao, seca, epidemia - permite a contratao por pra$o nosuperior a 8:Q dias% a emerg5ncia cta ou decorrente de omisso ouinc(ria do agente p(blico deve levar este * responsabili$aoadministrativa, criminal e civil, porque frustradora do dever de licitarou calamidade p(blica, quando no h' interessados habilitados, autori$ada a contratao direta.

    em ra*o do objeto# e. nas compras de hortifrutigranjeiros eoutros g5neros perecveis, desde que observado o preo do dia e o

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    tempo necess'rios * reali$ao do certame% nas compras de materiaisusados pelas ;oras 2rmadas, desde que no se trate de material deuso pessoal e administrativo, dentre outras hip)teses.

    em ra*o da pessoa # e. na contratao de associao deportadores de deci5ncia fsica, sem ns lucrativos e de comprovadaidoneidade, desde que se trate de contrato de prestao de serviosou fornecimento de mo-de-obra e que o preo seja compatvel comos praticados no mercado o superfaturamento nunca permitido%para as contrata3es com organi$a3es sociais, desde que se trate deservios, que a qualicao tenha sido obtida no 0mbito dasrespectivas esferas de governo e o objeto esteja contemplado nocontrato de gesto.

    a lei enumera taativamente as hip)teses de dispensa.

    h' situao que a doutrina dene ser de licitao racassadaparticipantes no obt5m a habilitao ou so desclassicados oudeserta no surgem interessados% a contratao direta, nessescasos, dever' seguir o que previa o edital da licitao anterior.

    +$+'a78o +neJ+5*#eso situa3es em que, nada obstante possa o

    administrador pretender abrir uma licitao, ainda assim, a tentativaseria in)cua por fora da impossibilidade de instaurao decompetio - fornecedor eclusivo 4 not)ria especiali$ao 4prossional de qualquer setor artstico, desde que consagrado pelacrtica especiali$ada ou pela opinio p(blica.

    !. Moda+dade!

    $on$orr4n$+a# a modalidade de licitao indicada para contratosde maior vulto ou valor% tem como requisitos ou caractersticasb'sicas a universalidadedecorrente da amplitude de participantespotenciais no certame licitat)rio% por esse requisito admite-se aqualquer interessado a sua participao, ainda que no estejacadastrado, diferentemente do que ocorre na tomada de preos e noconvite, a ampla publicidade, a #abilitao preliminar e ojulgamento por comissocomposta de, no mnimo, tr5s membros,podendo apenas dois ser servidores e o terceiro convidado% ela podeser permanente ou especial, formada ou composta para umprocedimento determinado% a capacidade jurdica, a regularidadescal, a qualicao tcnica e a idoneidade econFmico-nanceira soanalisadas e julgadas pela comisso.

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    'o%ada de re7o # a modalidade de licitao indicada paracontratos de vulto m%dio, que admite determinados interessadoshabilitados antes do incio do procedimento, aberta mediante

    publicidade% possui caractersticas pr)imas *s da concorr5nciajulgamento por comisso, divulgao do ato convocat)rio, mas deladifere substancialmente pela obrigatoriedade de habilitao prviaantes do incio do procedimento, que decorre da inscrio noregistro cadastral assentamento que defere a qualicao deinteressados em contratar segundo sua 'rea de atuao, substituindoa apresentao de parte da documentao.

    $on#+'e# a modalidade de licitao indicada para contratos de

    menor valor% tr5s interessados, registrados ou no na repartiolicitante, pelo convite que substitui o edital so chamados aapresentar suas propostas no pra$o de ? dias (teis% a publicidade doconvite relativa, porquanto se eige apenas a publicao internaaao no quadro de avisos% admite-se, porm, a participao dequalquer interessado, desde que D" horas antes da data nalencerramento e abertura das propostas este venha a se manifestar%se o procedimento se repetir para o mesmo objeto ou assemelhado, alicitante dever' substituir um dos convidados optando por outro j'

    cadastrado e no convidado% o julgamento das propostas tantopoder' ser reali$ado por comisso como por servidor (nico% a ordemde servio ou a nota de empenho podem substituir o instrumento docontrato, dando incio * eecuo do que foi pactuado% o controle dalegalidade reali$ada pela necessidade de publicao, ainda queresumida, na imprensa ocial.

    e+8o # a modalidade de licitao obrigat)ria para a venda debens mveis inservveis para a 5dministrao, b venda deprodutos legalmente apreendidos ou pen#orados comumentepara objetos apreendidos em rodovi'rias, aeroportos, postos defronteiras etc., c venda de bens imveis cuja aquisio ten#aderivado de procedimentos judiciais ou de dao empagamento admitindo-se tambm a concorr5ncia% qualquer queseja o tipo, eige prvia avaliao do bem posto * venda e amplapublicidade% admitido tambm para a alienao de aes,dissoluo de sociedades com alienao de seus ativos,locao, comodato, concesses, permisses ou autori*aesde servios pblicos,para cumprimento do ,lano 6acional de7esestati*ao.

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    $on$)r!o# cam ajustados para objetos especcos.

    re58o # a modalidade de licitao que, ainda, pode ser adotada

    pela Jnio Estados e /unicpios tero de legislar a respeito sedesejarem adot'-lo para aquisio de bens e de servios comuns,assim compreendidos aqueles cujos Gpadr3es de desempenho equalidade possam ser objetivamente denidos pelo edital, por meiode especica3es usuais no mercado% reali$ado em duas fasesdistintas a interna, denominada Gpreparat)riaG e reservada para a

    justicao da necessidade de contratao e denio do objeto,dentre outras provid5ncias% b eterna, que tem incio com aconvocao dos interessados e reali$ao da sesso p(blica de

    julgamento% os licitantes habilitados apresentaro propostas contendoa indicao do objeto e do preo% conhecidas as ofertas, a de menorvalor e os que a ecederem em at 8QT podero apresentar lancesverbais e sucessivos, at que proclamado o vencedor% o critrio ser'sempre o de menor preo% vedada a eig5ncia de Ggarantia depropostaG, Gaquisio de edital pelos licitantes, como condio paraparticipao no certameG e Gpagamento de taas e emolumentosG. @ei 8Q?DQ4QD V decretos ?"?Q4Q? e ??Q"4Q? V@6 8D!4QC

    ?. Pro$ed+%en'o fa!e!+n'erna# inicia-se com a abertura do procedimento, caracteri$aoda necessidade de contratar, denio precisa do objeto a sercontratado, reserva de recursos orament'rios dentre outros% a @eidas @icita3es prescreve, por e., a necessidade, nas contrata3es deobras e servios, de Gprojeto b'sico aprovado pela autoridadecompetenteG, a eist5ncia de Goramento detalhadoG em planilhas, aGpreviso de recursos orament'riosG e, quando o caso, acontemplao no Gplano plurianualG.

    eJ'erna

    ed+'aou carta-convite, no caso da modalidade convite # a leiinterna das licita3es na medida em que tra$ dentro de si todas asregras que sero desenvolvidas durante todo o procedimento%ecepcionalmente, a fase eterna comea com audi5ncia p(blica,antecedente da divulgao do edital, e reservada para as hip)tesesque contemplam contratao futura cem ve$es superior ao limiteimposto para a concorr5ncia de obras e servios de engenharia% aaudi5ncia p(blica destina-se a tornar p(blica a contratao desejada e

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    deve ser reali$ada 8? dias antes da publicao do edital% o edital deveser divulgado interna e eternamente, admitindo-se a publicaoresumida na segunda hip)tese aviso do edital% o pra$o deconvocao dos interessados ser', no mnimo, de !Q dias nas

    concorr5ncias, "? nos concursos, 8? nas tomadas de preo e leilo e ?dias (teis nos convites% ele deve conter objeto da licitao, pra$o econdi3es para a assinatura do contrato, san3es em ra$o doinadimplemento, local onde poder' ser eaminado o projeto b'sico eo projeto eecutivo, critrios para participar da licitao e para o

    julgamento, condi3es de pagamento, eig5ncias de seguros, dentreoutras cl'usulas obrigat)rias% o pra$o para a impugnao do edital eseus termos epira, para o licitante, no segundo dia (til que antecedera abertura dos envelopes de habilitao nas concorr5ncias ou dos

    envelopes com as propostas nos convites, tomadas de preos,concursos e leil3es% para o cidado, porm, o pra$o de impugnao de at ? dias (teis antes daquela data abertura.

    a&++'a78o # o recebimento da documentao e proposta% adocumentao dever' comprovar a habilitao jurdica, a capacidadetcnica, a idoneidade nanceira e a regularidade scal do licitante natomada de preos e convite essa fase antecedente * abertura docertame% a habilitao no discricion'ria, vinculada% a comisso

    dever' ater-se aos requisitos eigidos e * vericao de seuatendimento pelo interessado, conferindo-a aos que os satisfa$erem%o desatendimento gera a inabilitao e inibe o conhecimento daproposta de preo apresentada em envelope distinto, opaco, fechadoe rubricado% pode ocorrer que apenas um seja habilitado, e a licitaoprosseguir' com a abertura do seu envelope de propostas% se nenhuminteressado for habilitado haver' a licitao fracassada, que podeensejar a contratao direta% antes, porm, dever' a 2dministraoconceder o pra$o de : dias para os interessados representarem suasdocumenta3es, suprindo as falhas% a habilitao eige habilitao

    jurdica, qualicao tcnica, qualicao econFmico-nanceira,regularidade scal.

    $a!!+@$a78o# ao contr'rio do que ocorre na fase antecedente dahabilitao, na classicao devem as propostas receber an'lisequanto aos seu conte(do% naquela fase, basta a an'lise sob o aspectoformal se atendidos ou no os requisitos objetivos% nesta, a an'lisetocar' o conte(do das propostas visando saber se so, de fato,factveis e se atendem ao edital, sob pena de desclassicao% oeame das propostas e a conseq+ente classicao podero ensejar areali$ao de percias, eames, testes, para a vericao da

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    idoneidade eeq+ibilidade da proposta apresentada% a propostainidFnea ser' desclassicada% a habilitao restringe-se aoproponente, a classicao atinge a proposta.

    )5a%en'o# ocorre ap)s a classicao das propostas, e nele h'a confrontao daquelas que forem selecionadas% ser' privativo dacomisso, nas concorr5ncias e tomadas de preo, da comisso ou doservidor nomeado, nos convites% o julgamento ser' uno, sempre deacordo com os critrios de avaliao descritos no edital% havendoempate, aplica-se o critrio de prefer5ncia deferida a bens ou serviosprodu$idos no Nrasil, mantido o empate, aplica-se o sorteio% o

    julgamento deve ser objetivo e seguir o tipo de licitao adotadomenor preo usual, mel#or t%cnica o material mais eciente,

    mais rent'vel, melhor% so reservadas para servios de nature$aintelectual - projetos, consultorias - e ecepcionalmente utili$adaspara o fornecimento de bens, eecuo de obras ou prestao deservios% para o julgamento emprega-se ! envelopes um para adocumentao - habilitao, outro para a tcnica a ser emprega, e oterceiro contendo a proposta de preo% a 2dministrao, selecionandoa melhor tcnica, dever' em seguida eleger o melhor preo,negociando, se caso, com o vencedor para que prevalea o menorpreo apresentado, t%cnica e preopreo mais vantajoso e melhor

    tcnica, maior oerta ou lance refere-se, eclusivamente, aoleilo.

    o%oo5a78o# corresponde * aprovao do certame e de seuresultado% reali$ada pela autoridade administrativa no participanteda comisso de licitao e indicada pela lei local% em regra, ser'aquela que ordenou a abertura da licitao% pode tal agente p(blicoa homologar o resultado, procedendo na seq+5ncia * adjudicao doobjeto ao vencedor% b anular o certame, ante qualquer ilegalidade% crevogar o certame, se presente causa que o autori$e% d sanar osvcios ou irregularidades que no contaminem o resultado da licitao.

    - +n#a+da78o da +$+'a78o pode decorrer de anulao pelailegalidade conhecida no procedimento, operando efeitos Gex tuncG eno gerando direito a indeni$ao, carecendo o ato ser fundamentadoe publicado ou revogaoao contr'rio da anulao, pode ensejar odireito a indeni$ao ao licitante vencedor e que teve para si o objetoadjudicado% assim, a revogao opera efeitos Gex nuncG e prende-se aGra$3es de interesse p(blico decorrente de fato supervenientedevidamente comprovadoG% se o ato no contiver sucientedemonstrao do interesse p(blico gasalhado na revogao, pode o

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    licitante vencedor buscar o restabelecimento do procedimentolicitat)rio, conquanto a 2dministrao no esteja obrigada a contrat'-lo% ou seja, a 2dministrao pode revogar desde que o faa na formada lei% somente ela pode revogar a licitao% o Rudici'rio somente

    poder' anular a licitao.

    ad)d+$a78o# o licitante que teve a sua proposta acolhida como avencedora ter' direito ao futuro contrato% a adjudicao produ$ osseguintes efeitos jurdicos a confere ao vencedor o direito acontratao futura, b impede a 2dministrao de proceder * aberturade outra licitao com id5ntico objeto, c libera todos os demaisparticipantes, inclusive as garantias por eles oferecidas, d vincula ovencedor nos termos do edital e da proposta consagrada, e sujeita o

    vencedor adjudicat'rio *s penalidades previstas no edital se noassinar o contrato no pra$o assinado.

    VII OTRATOS ADMIISTRATIVOS

    1. on$e+'o! +%or'an'e!

    on'ra'o! ad%+n+!'ra'+#o! '*+$o! so todos aqueles ajustescelebrados pela 2dministrao 1(blica por meio de regras

    previamente estipuladas por ela, sob um regime de direito p(blico,visando * preservao dos interesses da coletividade% a marca

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    caracterstica dos contratos celebrados com a 2dministrao 1(blicaencontra-se no regime jurdico debaio do qual os ajustes so ados%em vista dos interesses a serem preservados, ou seja, os dacoletividade, as regras so estabelecidas de forma unilateral pelo

    1oder 1(blico, sem que os particulares que com ele contratem possamestabelecer qualquer tipo de interfer5ncia% aos olhos dos particulares,os contratos administrativos surgem como ajustes de adeso, postoque no podem eles interferir de forma alguma quando da suaelaborao% a 2dministrao 1(blica so conferidas prerrogativas,vantagens que no se estendem aos particulares, que a colocam emuma posio de superioridade em relao a elas, quando dacelebrao de contratos administrativos, por fora dos interesses querepresenta

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    dos princpios da continuidade dos servios p(blicos e da supremaciado interesse p(blico sobre o particular% o atraso de pagamentos - 9Qdias, se ausente justa causa - ou a imposio de gravameinsuport'vel para o contratado podem, porm, autori$ar a suspenso

    da eecuo do contrato%

    er%+'+r e!'rano! a a$o%anar a eJe$)78o do o&e'oa$')ado%

    a o!!+&++dade de a+$a78o de ena+dade!< an'e ode!$)%r+%en'o da! o&r+5a7e! a!!)%+da! - advertncia,multa, resciso unilateral do contrato, suspenso temporriaimpede a contratao ou a participao de licitao pelo )rgo ou

    entidade que a reali$ou - e. Hecretaria de Estado, no se estende aoutros - como as outras Hecretarias% pelo pra$o no superior a D anose declarao de inidoneidadeestende-se a toda a 2dministraocontratante - a todas as Hecretarias de Estado, por e.%

    a exigncia de garantias.

    !. 6)!)a! e!!en$+a+! a que determina a incluso do objetocom seus elementos caractersticos, o regime de execuo ou

    a orma de ornecimento, os pra*os de incio de etapas deexecuo" de concluso" de entrega, e o cr%dito pelo qualcorrer a despesa% essa (ltima de forma a evitar possa a2dministrao alegar, durante a eecuo do ajuste, a falta de verbaspara nanci'-lo.

    ". In!'r)%en'o o contrato administrativo poder' ser verbal, naspequenas contrata3es que tenham por objeto compras, sendoescritoem todas as demais hip)teses% o instrumento tanto pode sero termo registrado em livro prprio da contratante ou aescritura pblica, nas hip)teses em que esta eigida como navenda e compra% ele obrigat)rio nas concorr5ncias e tomadas depreos e nas contrata3es diretas por dispensa ou ineigibilidade,podendo ser dispensado nas demais hip)teses em que for substitudopor

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    C. E@$6$+a pode ser coincidente com a vig5ncia% corresponde *possibilidade de produo dos efeitos% a publicao resumida docontrato condio para a ec'cia% via de regra, a ec'cia etingue-

    se com a etino do contrato.

    >. Prao de d)ra78o via de regra, coincidente com a vigncia docr%dito oramentrio, que id5ntica ao ano civil, salvo secelebrado o neg)cio no (ltimo quadrimestre% ecepcionam a regra,ainda, os projetos contemplados no plano plurianual aquelesprojetos cuja durao se estenda por mais de um oramento, osservios prestados de orma contnua o pra$o poder' serprorrogado por at CQ meses, admitindo-se, em car'ter ecepcional e

    desde que devidamente justicado, o seu prolongamento, por mais 8Dmeses, o aluguel de equipamentose a utili*ao de programasde inormticaesses dois (ltimos podero se prolongar pelo pra$ode at ": meses.

    :. Garan'+a! o contratante dever', conforme indicado no edital ouinstrumento convocat)rio, ofertar garantia capa$ de assegurar a eleecuo do objeto contratado% a garantia ser' escolhida pelocontratado, desde que prevista no edital, podendo ser cauo em

    dinheiro ou ttulos da dvida p(blica, seguro$garantia ouGperformance bondG% ap)lice de seguro que obrigue a segurada aeecutar o contrato ou * indeni$ao ou fana$bancriagarantiadejuss)ria% o limite da garantia ser' de at ?T do valor do contrato,salvo se se referir a obras, servios e fornecimento de grande vulto,quando ser' de at 8QT do valor do contrato% a 2dministrao deveeigir, a prestao das seguintes garantias seguro de bens e depessoas, compromisso de ornecimento pelo ornecedor"importador" ou abricante de bens" materiais ou produtoscontratados, sempre que tais cautelas forem convenientes.

    9. EJe$)78o no curso da eecuo do contrato administrativodetm a 2dministrao o dever de scali$ar e orientar o contratado, oque no retira deste a responsabilidade por sua el eecuo.

    8Q. EJ'+n78o a cessao do vnculo obrigacional entre as partespelo integral cumprimento de suas cl'usulas concluso do objetoou pelo seu rompimento, atravs da resciso administrativa 4amig'vel ou consensual 4 judicial ou da anulao.

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    88. IneJe$)78o o descumprimento do pactuado leva * imposiode san3es, penalidades e * apurao da responsabilidade civil% naship)teses em que se apresenta justicada a ineecuo contratual,aplica-se a estas a chamada teoria da impreviso, como causa

    justicadora da ineecuo do contrato ora maior, caso ortuito,ato do prncipe, ato da 5dministrao e interernciasimprevistas.

    for7a %a+or # retrata aquela criada pelo homem, surgindo comoeemplo a deWagrao de um movimento grevista posterior *assinatura do contrato, impedindo que a empresa contratada possacumprir o ajuste nos termos inicialmente ados.

    $a!o for')+'o # eventos da nature$a que impedem ou dicultam aeecuo do ajuste conforme o combinado inicialmente e que nopoderiam ter sido previstos pelas partes - e. presena de chuvastorrenciais em regio normalmente sujeita a longos perodos deestiagem ou mesmo o eemplo contr'rio, eis que a falta constante dechuvas poderia tra$er problemas quanto ao fornecimento de energiaeltrica de forma a prejudicar a eecuo do contrato.

    fa'o do r*n$+e # toda determinao estatal, positiva ou

    negativa, geral, imprevista e imprevisvel, que onerasubstancialmente a eecuo do contrato administrativo% obriga o1oder 1(blico contratante a compensar integralmente os preju$ossuportados pela outra parte, a m de possibilitar o prosseguimento daeecuo reviso, e, se esta for impossvel, rende ensejo * rescisodo contrato, com as indeni$a3es cabveis - e. a criao de um novotributo, aumentando os encargos para os contratados, demandandouma reviso das cl'usulas inicialmente adas para o equilbrio daequao econFmica-nanceira% situa3es criadas pelo governo queimportem em medidas de racionamento de energia eltrica.

    fa'o da Ad%+n+!'ra78o# toda ao ou omisso do 1oder 1(blicoque, incidindo direta ou especicamente sobre o contrato, retarda ouimpede sua eecuo% enquanto no

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    terceiros, levando a uma impossibilidade de cumprimento do ajuste,ao menos nos termos inicialmente estabelecidos.

    +n'erfer4n$+a! +%re#+!'a! # no se confundem com outras

    eventuais superveni5ncias caso fortuito, fora maior, fato do prncipe,fato da administrao, porque estas sobrev5m ao contrato, ao passoque aquelas o antecedem, mas se mant5m desconhecidas at seremreveladas atravs das obras e servios em andamento, dada suaomisso nas sondagens ou sua imprevisibilidade para o local, emcircunst0ncias comuns de trabalho% no so impeditivas da eecuodo contrato, mas sim criadoras de maiores diculdades eonerosidades para a concluso dos trabalhos, o que enseja aadequao dos preos e dos pra$os * nova realidade encontrada in

    loco, como numa obra p(blica, o encontro de um