apostila nr 10 1a parte

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    SEGURANA NO SISTEMA ELTRICO DE POTNCIA (SEP) E EM SUAS PROXIMIDADES.

    Apresentao: ..........................................................................................................................................3Recomendaes:...................................................................................................................................... 42 Organizao do Sistema Eltrico de Potencia SEP ....................................................................72.1 Definio do SEP.......................................................................................................................... 7

    2.2 Abordagem Legal.......................................................................................................................... 72.3 Abordagem Organizacional .......................................................................................................... 72.4 Abordagem Tcnica...................................................................................................................... 72.5 Avaliao do Glossrio da NR10................................................................................................ 13

    3 Elementos do Trabalho ................................................................................................................... 143.1 Recursos Humanos .................................................................................................................... 143.2 Cadastro e Pronturio de Equipamentos ................................................................................... 173.3 Ferramentas e Equipamentos de Ensaios ................................................................................. 173.4 Procedimento de Trabalho ......................................................................................................... 173.5 Treinamento................................................................................................................................ 203.6 Inspeo da rea de trabalho..................................................................................................... 20

    4 Avaliaes das Condies de Segurana (Impeditiva e de Acesso) ...................................... 214.1 Introduo ...................................................................................................................................214.2 Abordagem Tcnica.................................................................................................................... 214.3 Abordagem de Segurana do Trabalho ..................................................................................... 214.4 - Normas e Procedimentos da Organizao ................................................................................. 214.5 Avaliao das condies de Segurana..................................................................................... 224.6 Resultados e Documentos.......................................................................................................... 22

    5 Anlise de Risco .............................................................................................................................. 235.1 Introduo ...................................................................................................................................235.2 - Caractersticas do Trabalho ........................................................................................................ 245.3 - Tcnicas e Ferramentas..............................................................................................................245. 4 - Resultados e Documentos ......................................................................................................... 26

    6 Sinalizao, Proteo de Equipe e Isolamento............................................................................. 286.1 Introduo ...................................................................................................................................286.2 Caractersticas do Trabalho Sinalizao................................................................................. 286.4 - Caractersticas do Trabalho Proteo da Equipe..................................................................... 286.5 - Caractersticas do Trabalho Isolamento................................................................................... 296.6 Resultados e Documentos.......................................................................................................... 29

    7 Liberao de Instalaes para Servios e Operao...................................................................307.1 Introduo ...................................................................................................................................307.2 Procedimentos de Trabalho........................................................................................................32Filosofia................................................................................................................................................ 32

    8 Responsabilidades e Acidentes ...................................................................................................... 358.1 Responsabilidades sobre o trabalho...................................................................................... 358.2 Cdigo Penal e Civil ................................................................................................................. 358.3 O acidente do trabalho ............................................................................................................. 35

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    Apresentao:

    Esta primeira edio da apostila do Curso complementar de Segurana no sistemaeltrico de potncia (SEP) e em suas proximidades, elaborada pelo Eng. MarcusPossi, um verdadeiro guia de segurana no SEP, que ser til ao aluno do cursonas suas reflexes futuras. Tambm ser muito til para aquele aluno que pretendeser um multiplicador dos conhecimentos adquiridos.

    O treinamento de segurana em sistema eltrico de potencia (SEP) e em suas pro-ximidades foi institudo pela Norma Regulamentadora No 10, publicada em dezembrode 2004 pelo Ministrio do Trabalho e Emprego. A publicao deste regulamento desegurana no trabalho, trar com certeza, um grande impacto na forma de se proje-

    tar, construir e manter as instalaes eltricas no Brasil. Mas quem de fato realizaras mudanas so as pessoas os profissionais da rea e esta mudana s serfeita se estes profissionais forem treinados adequadamente. Neste contexto pode-severificar a grande importncia que ter este trabalho na formao dos profissionaisque atuam no SEP ou em suas proximidades.

    Esta apostila representa uma grande contribuio para o treinamento de seguranaem instalaes e trabalho em eletricidade proposto pela NR-10, pela sua forma a a-presentar os assuntos como eles so, mas questiona como o esprito do seu au-tor e leva o leitor pensar e formar os seus prprios conceitos.

    O texto apresentado de forma clara e til, com a experincia de quem atuou mui-tos anos no trabalho de campo em sistema eltrico de potncia e na normalizaodas instalaes eltricas de mdia e alta tenso e com a didtica de quem dedicaboa parte do seu tempo a atividades de treinamento.

    Esta primeira edio da apostila com certeza o embrio de um livro, talvez o pri-meiro tratando do assunto, que servir como livro texto para cursos semelhantes.

    Joo CunhaCoordenador da Comisso de Instalaes de Mdia e Alta Tenso do CB03/ABNT

    Diretor da Miomega Engenharia

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    Recomendaes:PRAZOS PARA CUMPRIMENTO DOS ITENS DA NORMA REGULAMENTADORA N 10 de 08-12-20041. prazo de seis meses: 10.3.1; 10.3.6 e 10.9.2; - at Junho-2005

    10.3.1 obrigatrio que os projetos de instalaes eltricas especifiquem dispositivos de desli-gamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergizao, para sinaliza-o de advertncia com indicao da condio operativa.

    10.3.6 Todo projeto deve prever condies para a adoo de aterramento temporrio.10.9.2 Os materiais, peas, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados aplicao eminstalaes eltricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avali-ados quanto sua conformidade, no mbito do Sistema Brasileiro de Certificao.

    2. prazo de nove meses: 10.2.3; 10.7.3; 10.7.8 e 10.12.3; - at outubro-200510.2.3 As empresas esto obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalaeseltricas dos seus estabelecimentos com as especificaes do sistema de aterramento e demaisequipamentos e dispositivos de proteo.10.7.3 Os servios em instalaes eltricas energizadas em AT, bem como aqueles executadosno Sistema Eltrico de Potncia SEP, no podem ser realizados individualmente.10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais iso-lantes, destinados ao trabalho em alta tenso, devem ser submetidos a testes eltricos ou en-saios de laboratrio peridicos, obedecendo-se as especificaes do fabricante, os procedimen-

    tos da empresa e na ausncia desses, anualmente.10.12.3 A empresa deve possuir mtodos de resgate padronizados e adequados s suas ativi-dades, disponibilizando os meios para a sua aplicao.

    3. prazo de doze meses: 10.2.9.2 e 10.3.9; - at dezembro-200510.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas s atividades, devendo contemplar acondutibilidade, inflamabilidade e influncias eletromagnticas.10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mnimo, os seguintes itens de seguran-a:a) especificao das caractersticas relativas proteo contra choques eltricos, queimadurase outros riscos adicionais;b) indicao de posio dos dispositivos de manobra dos circuitos eltricos:(Verde D, desligado e Vermelho - L, ligado);c) descrio do sistema de identificao de circuitos eltricos e equipamentos, incluindo disposi-

    tivos de manobra, de controle, de proteo, de intertravamento, dos condutores e os prpriosequipamentos e estruturas, definindo como tais indicaes devem ser aplicadas fisicamente noscomponentes das instalaes;d) recomendaes de restries e advertncias quanto ao acesso de pessoas aos componentesdas instalaes;e) precaues aplicveis em face das influncias externas;f) o princpio funcional dos dispositivos de proteo, constantes do projeto,destinados segurana das pessoas; eg) descrio da compatibilidade dos dispositivos de proteo com a instalao eltrica.

    4. prazo de dezoito meses: subitens 10.2.4; 10.2.5; 10.2.5.1 e 10.2.6; - at Junho-200610.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter oPronturio de Instalaes Eltricas, contendo, alm do disposto no subitem 10.2.3, no mnimo:a) conjunto de procedimentos e instrues tcnicas e administrativas de segurana e sade, im-

    plantadas e relacionadas a esta NR e descrio das medidas de controle1 existentes;b) documentao das inspees e medies do sistema de proteo contra descargas atmosf-ricas e aterramentos eltricos;c) especificao dos equipamentos de proteo coletiva e individual e o ferramental, aplicveisconforme determina esta NR;d) documentao comprobatria da qualificao, habilitao, capacitao, autorizao dos tra-balhadores e dos treinamentos realizados;e) resultados dos testes de isolao eltrica realizados em equipamentos de proteo individuale coletiva;f) certificaes dos equipamentos e materiais eltricos em reas classificadas; e g) relatrio tc-nico das inspees atualizadas com recomendaes, cronogramas de adequaes, contem-plando as alneas de a a f.

    1 Medidas de Segurana e Controle substituiro por conta deste autor o texto que se segue quando no dentro de citaes denorma ou documentos originais.

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    10.2.5 As empresas que operam em instalaes ou equipamentos integrantes do sistema eltri-co de potncia devem constituir pronturio com o contedo do item 10.2.4 e acrescentar aopronturio os documentos a seguir listados:a) descrio dos procedimentos para emergncias; eb) certificaes dos equipamentos de proteo coletiva e individual; 10.2.5.1 As empresas querealizam trabalhos em proximidade do Sistema Eltrico de Potncia devem constituir pronturio

    contemplando as alneas a, c, d e e, do item 10.2.4 e alneas a e b do item 10.2.5.10.2.6 O Pronturio de Instalaes Eltricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo em-pregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer disposiodos trabalhadores envolvidos nas instalaes e servios em eletricidade.

    5. prazo de vinte e quatro meses: subitens 10.6.1.1; 10.7.2; 10.8.8 e 10.11.1. - at dezembro-200610.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de seguranapara trabalhos com instalaes eltricas energizadas, com currculo mnimo, carga horria edemais determinaes estabelecidas no Anexo II desta NR.10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de segurana,especfico em segurana no Sistema Eltrico de Potncia (SEP) e em suas proximidades, comcurrculo mnimo, carga horria e demais determinaes estabelecidas no Anexo II desta NR.10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalaes eltricas devem possuir treina-mento especfico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia eltrica e as principais

    medidas de preveno de acidentes em instalaes eltricas, de acordo com o estabelecido noAnexo II desta NR.10.8.8.1 A empresa conceder autorizao na forma desta NR aos trabalhadores capacitadosou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliao e aprovei-tamento satisfatrios dos cursos constantes do ANEXO II desta NR.10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer algumadas situaes a seguir:a) troca de funo ou mudana de empresa;b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por perodo superior a trs meses;c) modificaes significativas nas instalaes eltricas ou troca de mtodos, processos e organi-zao do trabalho.10.8.8.3 A carga horria e o contedo programtico dos treinamentos de reciclagem destinadosao atendimento das alneas a, b e c do item 10.8.8.2 devem atender as necessidades da si-

    tuao que o motivou.10.8.8.4 Os trabalhos em reas classificadas devem ser precedidos de treinamento especificode acordo com risco envolvido.10.8.9 Os trabalhadores com atividades no relacionadas s instalaes eltricas desenvolvidasem zona livre e na vizinhana da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instru-dos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possveis riscos eadotar as precaues cabveis.10.11.1 Os servios em instalaes eltricas devem ser planejados e realizados em conformida-de com procedimentos de trabalho especficos, padronizados, com descrio detalhada de cadatarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 des-ta NR.

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    1 IntroduoO treinamento dos profissionais para o trabalho em reas de risco por conta de condies el-tricas de media e alta tenso prev que seja feito um estudo particular e individual dos requisi-tos necessrios para a composio e ementa do contedo desse treinamento e possivelmentea realizao de procedimentos de trabalho que so especficos do sistema eltrico afetado. Adiversidade dos servios possveis de serem realizados no campo das instalaes eltricas

    permite que sejam elencado um numero imenso de condies e requisitos especficos fazendocada treinamento SEP nico em sua elaborao e aplicao. Um dos entendimentos, no inicioainda da aplicao dessa Norma regulamentadora, permite verificar a preocupao da equipeformadora da comisso de estudos quanto especificidade do treinamento e sua eficcia eposterior comprovao. Acreditamos que o melhor indicador de desempenho no sejam as no-tas dos testes aplicados de conhecimento dos envolvidos nos treinamentos, mas sim a mudan-a de comportamento dos profissionais no que diz respeito a considerao da vida humanaprpria e de seus companheiros no dia a dia do trabalho. No deixando de preservar os equi-pamentos e instalaes, essa Norma Regulamentadora se detm no bem mais precioso deuma organizao: a vida e sade de seus empregados e prestadores de servio.Esse trabalho deve ser um guia de estudo para permitir aos participantes definir as linhas bsi-cas de ao para desenvolver, sempre luz da NR e das condies especificas encontradasna organizao, um procedimento de treinamento de segurana focado nas suas reais neces-

    sidades e caractersticas sistmicas.

    Esse trabalho dividido em 7 partes principais que devem servir como um guia para ofim j descrito anteriormente:

    1 - Entendimento do Sistema Eltrico Envolvido.2 Entendimento dos Elementos Necessrios aos Trabalhos3 Elementos necessrios a avaliao das condies de segurana4 Tcnicas e Ferramentas para a analise dos Riscos do trabalho5 Elementos para a sinalizao e isolamento fsico da rea de trabalho6 Elementos e Documentos para as Garantias de Liberao e entrega para o trabalho7 Responsabilidades e Acidentes e Emergncia

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    A matriz de responsabilidade:Toda a equipe de trabalho, por conta das melhores prticas deve ser montada e caracteri-zada com a indicao do perfil anterior e com a definio clara de papeis dentro do traba-lho que vai ser executado. Diferentemente da abordagem tradicional de descrio de ativi-dades de funcionrios, ou folha de atribuio da funo a qual ocupa o profissional de atu-ao em rea de risco para classificao trabalhista, o conceito de equipe se torna mais

    forte a partir do momento que para cada trabalho as atribuies especificas de cada um se-ja ratificadas ou acertadas em funo das condies que se encontram equipamentos, sis-tema e recursos humanos. A matriz de responsabilidade uma ferramenta eficaz que traza clara responsabilidade de cada elemento no servio especifico a ser desenvolvido.

    Participante/Atribuio

    Executa

    Apianarea

    derisco

    Apiaforada

    readerisco

    Responsvel

    Planeja

    Profissional 1 X XProfissional 2 X XProfissional 3 X XProfissional 4 XProfissional ... XProfissional n X

    3.2 Cadastro e Pronturio de Equipamentos

    Pronturio: sistema organizado de forma a conter uma memria dinmica de informaespertinentes s instalaes e aos trabalhadores.A diferena bsica entre o cadastro de um equipamento e o seu pronturio reside no ele-mento adicionado a esse ltimo para controle. O tempo. O pronturio o cadastro dinmi-

    co que contm as informaes do presente e do passado do equipamento e dos trabalha-dores. Isso significa que as alteraes em particular dos equipamentos devem ficar regis-tradas. As Instalaes eltricas de mdia tenso de 1,0 kV a 36,2 kV j definem esse pron-turio como necessrio e essencial nos seus captulos 6 - Seleo e Instalao de Compo-nentes, 7 Verificao Final e 9 Subestaes, sendo clara que esse material deve serviraos propsitos de registros e trabalhos nessas instalaes. O registro das mudanas den-tro das instalaes atende agora tambm a demanda das equipes de manuteno e ope-rao que vierem a trabalhar no local. muito importante registrar que o passado e o pre-sente so essenciais para a projeo das tendncias de comportamento e estado das ins-talaes eltricas e seus equipamentos. Esses pronturios so relevantes ate para a deci-so de substituio de equipamentos ou de mudanas de paradigmas nas instalaes.

    3.3 Ferramentas e Equipamentos de EnsaiosComo um dos elementos de trabalho para as equipes que vem a atuar dentro dos sistema el-tricos de potencia pode-se com segurana lembrar a importncia das ferramentas e equipa-mentos de ensaios. Ainda que sejam obrigatrios dentro das normas NBR14039 no seu capitu-lo 7, e sejam ate os elementos bsicos para a elaborao do laudo de conformidade final, es-ses elementos so relevantes na garantia da segurana final das instalaes antes de sua fasede re-energizao e entrega ao sistema. So os equipamentos de ensaio de verificao detenso que garantem a ausncia de tenso perigosa ao trabalho, os equipamentos de teste deisolamento eltrico que garantem o nvel adequado de isolamento antes da entrega final dosservios, e so os elementos de travamento e bloqueio que garantem o isolamento mecnico efsico necessrios e permanentes durante a realizao dos servios.

    3.4 Procedimento de Trabalho

    Esse elemento fundamental para a garantia da segurana nos servios em sistema eltricoder potencia, a parte primeira da definio de segurana do glossrio da NR10. Porm ne-

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    5 Anlise de Risco

    5.1 IntroduoO conceito de risco mais abrangente que apenas ameaa, ele tem tambm a conotaode oportunidade. Mesmo na avaliao dos riscos de segurana e do trabalho a ser execu-tado possvel verificar novas oportunidades de melhoria operacional ou de instalaes.

    Essas melhorias quando estudadas luz do custo beneficio podem trazer resultados muitopositivos no desempenho das instalaes ou da capacidade de produo. Embora esseconceito seja mujito difundido fora do Brasil, esse trabalho no estar contemplando essaabordagem na reduo do perigo dos servios, ficando para uma prxima oportunidade oufoco de abrangncia essa discusso.Existem algumas tcnicas de mapeamento de risco que ajudam em muito na sua identifi-cao e posterior classificao. O mapa de riscos uma delas e talvez seu elemento maiscomum. Esse mapa de riscos um instrumento que ao longo do tempo classifica os ris-cos de forma a facilitar as suas condies de controle e monitoramento.

    Mapa de Riscos

    Categoria Risco Identificado Atributos

    Riscos da Eletricidade Trabalho nas alturas e o risco da queda;Choques eltricosDescargas EltricasRaios e Tempestades

    Riscos dos Meios deTransporte

    Coliso

    AtropelamentoRiscos dos Equipamentoseltricos

    Incndios e de exploses;

    Contaminao e ToxidadeEsmagamento

    Riscos do Ambiente Coliso

    ViolnciaEnchentesAvalanche

    Existe tambm uma corrente de pensamento que analisando os diversos os acidentes, e-feitos das condies de risco no mapeadas e controladas, mostraram que existem causascomuns em dois pontos: a falta de outro profissional nas atividades e no excesso de envol-vimento da mente com a atividade em desprendimento do prprio corpo e seus limites.A definio mais apropriada no momento para PERIGO pode ser obtida atravs da repre-sentao matemtica a seguir de fcil entendimento.

    A expresso acima promove o seguinte pensamento: no havendo medidas de seguran-a e controle, o perigo muito alto, ou seja, as chances de acidente so altas. Havendoalguma medida de controle eficaz esse perigo muito reduzido embora o fator que promo-ve o acidente continue existindo. A anlise de risco conhecida e passa necessariamentepelos processos de identificao dos Riscos possveis, qualificao e quantificao dosRiscos e das medidas de contingenciamento, reduo e controle. Esse processo ser a-presentado mais a frente detalhado dentre outras tcnicas de avaliao do risco do traba-lho.

    PERIGO = _______________________MEDIDAS DE SEGURANA E CONTROLE

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    5.3.3 ANLISE DE ISHIKAWA

    A Anlise das Causas e Conseqncias (AAC) de falhas. Essa analise foi desenvolvida em1943 por Kaorn Ishikawa da Universidade de Tquio e tambm conhecida como diagra-ma de espinha de peixe. normalmente montado a partir do trabalho de uma equipe emantm uma relao hierrquica clara entre as causas e o efeito, garantindo o sucesso da

    ferramenta. As espinhas possuem o a identificao dos grupos mais provveis, muitasvezes chamados de primrios, que so os geradores de problemas. No caso da avaliaodos riscos do trabalho pode-se enumerar dentre outras as seguintes causas: Humanas,Equipamentos (incluindo as ferramentas, equipamentos de ensaio e trabalho e materiais),metodologia, Local do Trabalho, Sistema Eltrico, Ambiente.

    5. 4 - Resultados e DocumentosO resultado dessa etapa um mapa de riscos identificado, classificado por critrios nuncainferior aos mnimos legais que trazem junto em anexo o conjunto de aes corretivas oupreventivas, ainda que temporrias para a reduo das condies de perigo atravs da in-cluso de medidas de controle e segurana aos trabalhadores, sistema e patrimnio. Essemapa um documento legal que assinado pelo responsvel que conduziu a analise de ris-co do trabalho, deve compor o conjunto de documentos que respalda a OS Ordem deServio ou OP Ordem de Operao de Equipamento.Ao formulrio de Avaliao das condies de segurana ento anexado o Mapa da Ris-cos Identificados. importante lembrar que um dos elementos de combate ao acidente, de preveno ao a-cidente ou ainda de garantia de segurana o EPI e o EPC. Nesse caso dentro das carac-tersticas do trabalho no SEP Sistema Eltrico de Potencia temos:

    EQUIPAMENTOS DE SEGURANA INDIVIDUAL (EPI)7 Capacete de segurana com isolamento para eletricidade. Meia bota isolada culos de segurana incolor e com proteo contra raios ultravioletas. Roupas de algodo Luvas de borracha isolantes BT e AT Luvas de pelica para proteo das luvas de borracha Luvas de raspa para trabalhos rsticos Cinturo de segurana com talabarte para trabalhos em grandes alturas

    7 Esses equipamentos de Proteo sero abordados no Capitulo 6 desse trabalho mais adiante.

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    7 Liberao de Instalaes para Servios e Operao

    7.1 IntroduoNesse capitulo ser abordado o modo como os trabalhos devem ser realizados na rea defini-da pelo SEP, no o modo tcnico e sim o procedimento administrativo dessa tcnica visando asegurana. Para acerto de conceitos deve ser esclarecida a zona de ao: o conceito de Zona

    de Risco e de Zona Controlada.A NR10 define como zona de risco (ZR) a regio em torno de parte condutora energizadas,no segregada, acessvel inclusive involuntariamente, cuja aproximao s permitida a pro-fissionais autorizados e com a adoo de tcnicas e ins-trumentos apropriados de trabalho. Nessa zona sem osdevidos cuidados mencionados possvel o aparecimentode um campo eltrico tal que propicia a descarga de umarco eltrico danoso.

    A NR10 define como zona controlada (ZC), a distnciaque comea na iminncia da zona de risco cuja apro-ximao s permitida a profissionais autorizados eque no propicia o aparecimento de um arco eltricodanoso. Na figura ao lado a regio que fica externa a

    barreira (SI) isolante considera livre e desimpedidapara acesso.Tomando-se ento o exemplo acima, apenas profis-sionais que fossem dotados de EPI especifico paratrabalho com linhas energizadas poderiam estar trabalhando nessa regio (ZR) e os traba-lhadores que estivessem devidamente informados e capacitados poderiam estar traba-lhando nas proximidades das instalaes energizadas (ZC) respeitando as distancias desegurana.

    Exemplo 1: Utilizando a manta (cor alaranjada) de isolamento so-

    bre o condutor. Nesse caso a manta estando sobre aparte energizada, atuaria como uma barreira isolante

    permitindo que a regio controlada (ZC) e a zona deRisco (ZR) se estendessem at a superfcie interna dacapa isolante, transformando a figura na seguintecondio.

    Exemplo 2: Realizando um trabalho em uma linha de ener-

    gia ao lado de uma linha energizada. Uma vezque as linhas esto separadas por uma grade(cor alaranjada) de separao fsica entre eles aregio de trabalho estaria dentro da zona con-trolada. Se a grade estiver ento aterrada ga-rantindo a equipontecialidade, ento ela tambmestar classificada como Zona Livre (ZL).O tra-balho ainda que esquerda da grade nesse ca-so est dentro da rea controlada.

    importante notar a palavra involuntria na definio dada pela NR10 em Zona de Risco. Issosignifica que o fato de ser delimitada uma rea em torno da parte energizada, relevante du-rante a analise de risco verificar a rea realmente necessria para a instalao de materiais eequipamentos de porte e de alta conduo eltrica como vergalhes e varas de acesso. Issorequer que nesse caso a rea de risco seja acrescida do comprimento conhecido e possvel epassvel de classificao como involuntrio.