apostila metrologia- aprend.qual

72
METROLOGIA UNIDADE OPERACIONAL (CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL“JOSÉ IGNÁCIO PEIXOTO”)

Upload: fabricia-cristina

Post on 04-Dec-2015

247 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

sds

TRANSCRIPT

Page 1: Apostila Metrologia- Aprend.qual

METROLOGIA

UNIDADE OPERACIONAL(CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL“JOSÉ IGNÁCIO PEIXOTO”)

Page 2: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Presidente da FIEMG

Olavo Machado Júnior

Gestor do SENAI

Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e

Superintendente de Conhecimento e Tecnologia

Lúcio José de Figueiredo Sampaio

Gerente de Educação e Tecnologia

Edmar Fernando de Alcântara

Elaboração

Aurélio Silva Fernandes

Unidade Operacional

Centro de Formação Profissional “José Ignácio Peixoto”

Page 3: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Sumário

PRESIDENTE DA FIEMG...................................................................................................2

APRESENTAÇÃO.........................................................................................5

INTRODUÇÃO.............................................................................................6

METROLOGIA..............................................................................................7

FINALIDADE DO CONTROLE................................................................................................7

MEDIÇÃO.......................................................................................................................7

UNIDADE.......................................................................................................................7

PADRÃO........................................................................................................................8

MÉTODO, INSTRUMENTO E OPERADOR................................................................................8

UNIDADES DIMENSIONAIS LINEARES..........................................................10

HISTÓRICO...................................................................................................................10

RÉGUA GRADUADA...................................................................................12

HISTÓRICO...................................................................................................................12

TIPOS E USOS...............................................................................................................12

LEITURA NO SISTEMA MÉTRICO.........................................................................................13

LEITURA NO SISTEMA INGLÊS DE POLEGADA FRACIONÁRIA......................................................14

CONSERVAÇÃO.............................................................................................................14

CARACTERÍSTICAS.........................................................................................................14

PAQUÍMETRO............................................................................................15

CONCEITO...................................................................................................................15

TIPOS E USOS...............................................................................................................15

PRINCÍPIO DO NÔNIO.....................................................................................................17

RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS...........................................................................................19

CUIDADOS ESPECIAIS.....................................................................................................20

PAQUÍMETRO: SISTEMA MÉTRICO..............................................................21

PAQUÍMETRO: SISTEMA INGLÊS.................................................................22

MICRÔMETRO (TIPOS E USO).....................................................................26

NOMENCLATURA...........................................................................................................26

CARACTERÍSTICAS.........................................................................................................27

CONSERVAÇÃO.............................................................................................................29

Page 4: Apostila Metrologia- Aprend.qual

MICRÔMETRO (SISTEMA MÉTRICO)............................................................30

MICRÔMETRO COM EXATIDÃO DE 0,01 MM.........................................................................30

MICRÔMETRO COM EXATIDÃO DE 0,001 MM.......................................................................31

MICRÔMETRO (SISTEMA INGLÊS)...............................................................32

DIFERENÇAS ENTRE O MICRÔMETRO DE 0,001” E O DE 0,01 MM...........................................33

GONIÔMETRO...........................................................................................34

CONCEITO...................................................................................................................34

CONSERVAÇÃO.............................................................................................................37

GABARITOS..................................................................................................................38

VERIFICADORES............................................................................................................38

FIEIRA.........................................................................................................................38

CALIBRADORES.........................................................................................40

TIPOS DE CALIBRADOR...................................................................................................40

BLOCOS-PADRÃO......................................................................................44

CLASSIFICAÇÃO.............................................................................................................45

RELÓGIO COMPARADOR............................................................................49

RELÓGIO COM PONTA DE CONTATO DE ALAVANCA (APALPADOR).............................................52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................54

Page 5: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

ApresentaçãoApresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento.”Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e ,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !

Gerência de Educação e Tecnologia

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 5/55

Page 6: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

IntroduçãoIntrodução

Neste material são explicadas as técnicas de utilização dos instrumentos

de medição, com a preocupação constante com a reciclagem do profissional e

sua constante melhoria, ao mesmo tempo traz uma linguagem simples e clara,

propiciando a fácil compreensão deste conteúdo.

Aqui abordamos conteúdos de medição direta com a utilização de

paquímetro, micrômetro; como também, as de medição indireta com a utilização

de relógios, verificadores, etc, baseados nas competências necessárias para a

vida profissional.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 6/55

Page 7: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

MetrologiaMetrologia

A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, as dimensões lineares e angulares das peças mecânicas. Nenhum processo de usinagem permite que se obtenha rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é necessário conhecer a grandeza do erro tolerável, antes de se escolherem os meios de fabricação e controle convenientes.

Finalidade do controle

Destina-se a orientar a fabricação, evitando erros, e não somente reter ou rejeitar os produtos fabricados fora das normas; por conseguinte, representa um fator importante na redução das despesas gerais e no acréscimo da produtividade.

Um controle eficaz deve ser total, ou seja, exercido em todas os estágios de usinagem da matéria, sendo realizados por meio de aparelhos e instrumentos; devem-se, portanto, controlar não somente as peças fabricadas, mas também os aparelhos e instrumentos verificadores:

- de desgastes, nos verificadores com dimensões fixas;

- de regulagem, nos verificadores com dimensões variáveis.

Isto se aplica também às ferramentas, aos acessórios e às máquinas-ferramentas utilizadas na fabricação.

Medição

O conceito de medir traz, em si, uma idéia de comparação. Como só se podem comparar “coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que, como as demais, esta sujeita a contestações:

“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada como unidade”.

Para se medir um comprimento, deve-se primeiramente escolher outro que sirva como unidade e verificar quantas vezes a unidade cabe dentro do comprimento por medir. Uma superfície só pode ser medida com unidade de superfície; um volume, com unidade de volume; uma velocidade, com unidade de velocidade; uma pressão, com unidade de pressão, etc.

Unidade

É um determinado valor em função do qual outros valores são enunciados. Usando-se a unidade METRO, pode-se dizer, por exemplo, qual é o comprimento de um corredor. A unidade é fixada por definição e independe do prevalecimento

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 7/55

Page 8: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

de condições físicas como temperatura, grau higroscópio (umidade), pressão, etc.

Padrão

O padrão é a materialização da unidade; é influenciada por condições físicas, podendo-se mesmo dizer que é a materialização da unidade, somente sob condições especificas.

Método, Instrumento e Operador

Um dos mais significativos índices de progresso, em todos os ramos da atividade humana, é a perfeição dos processos metrológicos que neles se empregam. Principalmente no domínio da técnica, a Metrologia é de importância transcendental.

O sucessivo aumento de produção e a melhoria de qualidade requerem um ininterrupto desenvolvimento e aperfeiçoamento na técnica de medição; quanto maiores são as exigências, com referência à qualidade e ao rendimento, maiores são as necessidades de aparatos, ferramentas de medição e elementos capazes.

Na tomada de quaisquer medidas, devem ser considerados três elementos fundamentais: o método, o instrumento e o operador.

1 - Método

a) MEDIÇÃO DIRETA

Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta com instrumentos, aparelhos e máquinas de medir.

b) MEDIÇÃO INDIRETA POR COMPARAÇÃO

Medir por comparação é determinar a grandeza de urna peça com relação a outra, de padrão ou dimensão aproximada; dai a expressão: medição indireta.

2 – Instrumentos de Medição

A exatidão relativa das medidas depende, evidentemente, da qualidade dos instrumentos de medição empregados. É indispensável que o instrumento esteja aferido e que a sua aproximação permita avaliar a grandeza em causa, com a precisão exigida.

3 – Operador

O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. E ele a parte inteligente na apreciação das medidas.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 8/55

Page 9: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para adaptar as circunstâncias, o método mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes para interpretar os resultados encontrados.

LABORATÓRIO DE METROLOGIALABORATÓRIO DE METROLOGIA

Nos casos de medição de peças muito precisas, torna-se necessária uma climatização do local; esse local deve satisfazer as seguintes exigências:

1 -TEMPERATURA

A Conferência Internacional do Ex-Comité I.S.A. fixou em 200 C a temperatura de aferição dos instrumentos destinados a verificar as dimensões ou formas. Em conseqüência, o laboratório devera ser mantido dentro dessa temperatura, sendo tolerável a variação de mais ou menos 10 C.

2 - UMIDADE

A umidade relativa do ar não deverá ultrapassar 55%; é aconselhável instalar um higrostato (aparelho regulador de umidade); na falta deste, usa-se o CLORETO DE CÁLCIO INDUSTRIAL, cuja propriedade química retira cerca de 15% da umidade relativa do ar.

3 - VIBRAÇÃO

Para se protegerem as máquinas e aparelhos contra a vibração do prédio, forra-se a mesa com tapete de borracha, com espessura de 15 a 20 mm, e sobre este se coloca uma chapa de aço, de 6 mm.

4 – ESPAÇO

No laboratório, o espaço deve ser suficiente para acomodar em armários todos os instrumentos e, ainda, proporcionar bem-estar a todos que nele trabalham.

5 - ILUMINAÇÃO E LIMPEZA

A iluminação deve ser uniforme, constante e disposta de maneira que evite ofuscamento. Nenhum dispositivo de precisão deve estar exposto ao pó, para que não haja desgastes e para que as partes óticas não fiquem prejudicadas por constantes limpezas. O local de trabalho deverá ser o mais limpo e organizado possível, evitando-se que as peças fiquem umas sobre as outras.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 9/55

Page 10: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

UNIDADES DIMENSIONAIS LINEARESUNIDADES DIMENSIONAIS LINEARES

Histórico

O homem, cerca de 4.000 anos atrás, para medir os comprimentos baseavam-se em partes do corpo humano, que eram referências universais, pois ficava fácil chegar-se a uma medida que podia ser verificada por qualquer pessoa. Foi assim que surgiram medidas padrão como a polegada, o palmo, o pé, a jarda, a braça, o passo, o côvado, o cúbito e a toesa.

Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas do corpo do rei, sendo que tais padrões deveriam ser respeitados por todas as pessoas que, naquele reino, fizessem as medições.

Algumas dessas medidas-padrão continuam sendo empregadas até hoje.Veja os seus correspondentes em centímetros:

1 polegada = 2,54 cm1 pé = 30,48 cm1 jarda = 91,44 cm

Como as pessoas têm tamanhos diferentes, as medidas variavam de uma pessoa para outra, ocasionando as maiores confusões nos resultados. Para serem úteis, era necessário que os padrões fossem iguais para todos. Foi criado um padrão único (cúbito-padrão), em lugar do próprio corpo, passaram a usar, barras de pedra com o mesmo comprimento, depois construídas de madeira, para facilitar o transporte, mas com o tempo se gastavam, então, gravaram comprimentos equivalentes nas paredes dos principais templos.

No século XVII, ocorreu um avanço importante na questão de medidas. A Toesa, que era então utilizada como unidade de medida linear, foi padronizada em uma barra de ferro com dois pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris. Dessa forma, assim como o cúbito-padrão, cada interessado poderia conferir seus próprios instrumentos. Uma toesa é equivalente a seis pés, aproximadamente, 182,9 cm.Surgiu um movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural, isto é, que pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser facilmente copiada, constituindo um padrão de medida. Havia também outra exigência para essa unidade: ela deveria ter seus submúltiplos estabelecidos segundo o sistema decimal. Finalmente, um sistema com essas características foi apresentado por Talleyrand, na França, num projeto que se transformou em lei naquele país, sendo aprovada em 8 de maio de 1790, esse valor, escolhido por apresentar caráter mundial, foi adotado em 1875, como unidade oficial de medidas por 18 Nações.

Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 10/55

Page 11: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Com o desenvolvimento da ciência, verificou-se que uma medição mais precisa do meridiano fatalmente daria um metro um pouco diferente. Assim, a primeira definição foi substituída por uma várias definições até os dias atuais.

Observação : No Brasil, o sistema métrico foi implantado pela Lei Imperial nº 1157, de 26 de junho de 1862. Estabeleceu-se, então, um prazo de dez anos para que padrões antigos fossem inteiramente substituídos.

Definição Metro O padrão internacional está depositado no

B.I.P.M. (Bureau Internacional des Poids et Mésures) na França; no Brasil o metro-padrão encontra-se no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)

De acordo com 17ª Conferência Geral dos Pesos e Medidas de 1983, o INMETRO em sua resolução 3/84, assim definiu o metro:

Metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo de tempo de 1 /299.792.458 do segundo.

METRO-PADRÃO UNIVERSAL

É a distância materializada pela gravação de dois traços no plano neutro de uma barra de liga bastante estável, composta de 90% de platina e de 10% de irídio, cuja seção, de máxima rigidez, tem a forma de um X.

MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS

Nome Símbolo Fator de multiplicação da unidade

Exametro Em 1018 = 1 000 000 000 000 000 000 m

Petametro Pm 1015 = 1 000 000 000 000 000 m

Terametro Tm 1012 = 1 000 000 000 000 m

Gigametro Gm 109 = 1 000 000 000 m

Megametro Mm 106 = 1 000 000 m

Quilometro km 103 = 1 000 m

Hectômetro hm 102 = 1 00 m

Decametro dam 10 m

Metro m 1 = 1m

Decímetro dm 10-1 = 0,1 m

Centímetro cm 10-2 = 0,01 m

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 11/55

Page 12: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

RÉGUA GRADUADARÉGUA GRADUADA

Histórico

A régua graduada é o mais simples entre os instrumentos de medida linear. A régua apresenta-se, normalmente, em forma de lâmina de aço-carbono ou de aço inoxidável. Nessa lâmina estão gravadas as medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm), conforme o sistema métrico, ou em polegada e suas frações, conforme o sistema inglês.

Régua graduadaRégua graduada

Utiliza-se a régua graduada nas medições com “erro admissível” superior à menor graduação. Normalmente, essa graduação eqüivale a 0,5 mm ou 1 / 32". As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000, 1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina são as de 150 mm (6") e 300 mm (12").

Tipos e usos

Régua de encosto internoDestinada a medições que apresentem faces internas de referência.

Régua sem encostoRégua sem encosto

Nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto de referência.

Régua com encostoRégua com encosto

Destinada à medição de comprimento a partir de uma face externa, a qual é utilizada como encosto.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 12/55

Page 13: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Régua de profundidadeRégua de profundidade

Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.

Régua de dois encostosRégua de dois encostos

Dotada de duas escalas: uma com referência interna e outra com referênciaexterna. É utilizada principalmente pelos ferreiros.

Régua rígida de aço-carbono com seção retangularRégua rígida de aço-carbono com seção retangular

Utilizada para medição de deslocamentos em máquina-ferramenta, controle de dimensões lineares, traçagem etc.

Leitura no sistema métrico

Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cadaparte eqüivale a 1 mm. Assim, a leitura pode ser feita em milímetro. A ilustração a seguir mostra, de forma ampliada, como se faz isso.

Exemplo

a) 10 mmb) 15 mm

c) 10 mmd) 3 mm

e) 14 mmf) 27 mm

g) 4 mmh) 21 mm

i) 10 mmj) 35 mm

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 13/55

Page 14: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Leitura no sistema inglês de polegada fracionária

Nesse sistema, a polegada divide-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas de precisão chegam a apresentar 32 divisões por polegada, enquanto as demais só apresentam frações de 1/16".

A ilustração a baixo mostra essa divisão, representando a polegada em tamanho ampliado.

Exemplo:

A U L A

a) 1 1/16” b) 1 1/4"

Conservação

Evitar que a régua caia ou a escala fique em contato com as ferramentas comuns de trabalho.

Evitar riscos ou entalhes que possam prejudicar a leitura da graduação. Não flexionar a régua: isso pode empená-la ou quebrá-la. Não utilizá-la para bater em outros objetos. Limpá-la após o uso, removendo a sujeira. Aplicar uma leve camada de

óleo fino, antes de guardar a régua graduada.

Características

Ser, de preferência de aço inoxidável; Ter graduação uniforme; Apresentar traços bem finos profundos e salientados em preto.

PAQUÍMETROPAQUÍMETRO

Conceito

Utilizado para medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental específico e a precisão requerida não desce a menos de 0.02 mm, 1” e 0,001” (fig. 1).

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 14/55

Page 15: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

1. orelha fixa 2. orelha móvel 3. nônio ou vernier (polegada) 4. parafuso de trava 5. cursor 6. escala fixa de polegadas 7. bico fixo

8. encosto fixo 9. encosto móvel 10. bico móvel 11. nônio ou vernier (milímetro) 12. impulsor 13. escala fixa de milímetros 14. haste de profundidade

É um instrumento finamente acabado, com as suas superfícies plana e polidas. O cursor é ajustado à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de folga. Geralmente é construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a 20º C. A escala é graduada em milímetros e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou milesimal. O cursor é provido de uma escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em frente às escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada.

Tipos e usos

Paquímetro UniversalPaquímetro Universal

É utilizado em medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos. Trata-se do tipo mais usado.

Paquímetro universal de relógioPaquímetro universal de relógio

O relógio acoplado ao cursor facilita a leitura, agilizando a medição.

Paquímetro com bico móvel Paquímetro com bico móvel

Empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 15/55

Page 16: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Paquímetro de profundidadePaquímetro de profundidade

Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos etc. Esse tipo de paquímetro pode apresentar haste simples ou haste com gancho.

Veja a seguir duas situações de uso do paquímetro de profundidade.

haste simples haste com gancho

Paquímetro duploPaquímetro duplo

Serve para medir dentes de engrenagens.

Paquímetro digitalPaquímetro digital

Utilizado para leitura rápida, livre de erro de paralaxe, e ideal para controle estatístico.

Paquímetro de alturaPaquímetro de altura

Esse instrumento baseia-se no mesmo princípio de funcionamento do paquímetro, apresentando a escala fixa com cursor na vertical. É empregado na traçagem de peças, para facilitar o processo de fabricação e, com auxílio de acessórios, no controle dimensional.

Paquímetro de bicos longosPaquímetro de bicos longos

Utilizado para medição em posição profunda.

Princípio do Nônio

A escala do cursor, chamada nônio (designação dada pelos portugueses em homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção) ou vernier (denominação dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que eles afirmam ser o inventor), consiste na divisão do valor N de uma escala graduada fixa por N.1 (n0 de divisões) de uma escala graduada móvel.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 16/55

Page 17: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9 mm (fig.2), e dividindo pelo n0 de divisões do mesmo (10 divisões), concluímos que cada intervalo do nônio mede 0,9 mm

Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o primeiro traço da escala móvel.

Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre o terceiros traços e assim por diante.

Observando a diferença entre cada divisão da escala fixa e uma divisão do nônio, concluímos que cada divisão do nônio é menor 0,1 mm do que cada divisão da escala fixa. Essa diferença é também a aproximação máxima fornecida pelo instrumento.

Cálculo de Aproximação (Sensibilidade)Cálculo de Aproximação (Sensibilidade)

Para se calcular a aproximação (também chamada sensibilidade) dos paquímetros, divide-se o menor valor da escala principal (escala fixa), pelo número de divisões da escala móvel (nônio).

A aproximação se obtém, pois, com a fórmula:a = e a = aproximação e = menor valor da escala principal (fixa) n n = número de divisões do nônio (vernier)

Exemplo - e = 1 mm

n = 20 divisões a = 1 mm = 0,0520

Observação:O cálculo de aproximação obtido pela divisão do menor valor da escala principal pelo número de divisões do nônio, é aplicado a todo e qualquer instrumento de medição possuidor de nônio, tais como: paquímetros, micrômetros, goniômetros, etc.

Erros de LeituraSão causados por dois fatores:

a) paralaxe;b) pressão de medição.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 17/55

Page 18: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

ParalaxeParalaxe

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima a. Assim, os traços do nônio TN são mais elevados que os traços da régua TM.

Colocando-se a escala do nônio perpendicularmente a nossa vista, isso evitará erros consideráveis de leitura.

A maioria das pessoas possuem maior acuidade visual em um dos olhos, o que provoca erro de leitura.

Recomenda-se a leitura feita com um só olho, apesar das dificuldades em encontrar-se a posição certa.

Pressão de MediçãoPressão de Medição

E a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão de contato com a peça por medir. Em virtude do jogo do cursor sobre a régua, que é compensado pela mola F, da figura abaixo, a pressão pode resultar numa inclinação do cursor em relação à perpendicular à régua. Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a sensibilidade do operador, o que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador regular a mola, adaptando o instrumento à sua mão.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 18/55

Page 19: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

ERROS DE MEDIÇÃOEstão classificados em erros de influências objetivas e de influências

subjetivas.a) de influências objetivas : São aqueles motivados pelo instrumento:

erros de planicidade; erros de paralelismo; erros da divisão da régua; erros da divisão do nônlo; erros da colocação em zero.

b) de influências subjetivas: São aqueles causados pelo operador (erros de leitura).

Observação:Os fabricantes de instrumentos de medição fornecem tabelas de erros

admissíveis, obedecendo às normas existentes, de acordo com a aproximação do instrumento.

Recomendações Especiais

Limpe cuidadosamente as partes móveis, eliminando poeira e sujeiras com um pano macio (antes e depois do uso);

Verifique se o movimento do cursor é suave e sem folgas em toda a capacidade útil. (ajuste os parafusos,encoste até ao fundo e retorne 1/8 de sua volta,45o);

Posicione corretamente os bicos principais na medição externa aproximando o máximo possível a peça da escala graduada;

Posicione corretamente as orelhas para medição interna;

Posicione corretamente a vareta de profundidade;

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 19/55

Page 20: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Posicione corretamente as faces para medição de ressaltos (primeiramente a face da escala e depois encoste suavemente a face do cursor;

Tome providências ao medir furos pequenos (menores que Ø10 mm).

Cuidados Especiais

Evite aplicar em esforços excessivos;

Evite danos nas pontas de medição;

Limpe cuidadosamente após o uso (pano seco e limpo); Aplique suavemente uma camada bem fina e

uniforme de óleo anti-ferrugem;

Ao guardar observe os itens:Não exponha diretamente à luz do sol;Guarde em ambiente de baixa umidade, boa ventilação e livre de poeira;Deixe as faces de medição ligeiramente separadas, de 0,2 a 2 mm;Não deixe o cursor travado;Guarde sempre em sua capa ou estojo adequado.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 20/55

Page 21: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

PAQUÍMETRO: SISTEMA MÉTRICOPAQUÍMETRO: SISTEMA MÉTRICO

PASSOS PARA A LEITURA NO SISTEMA MÉTRICO

1) Na escala fixa ou principal do paquímetro, a leitura feita antes do zero do nônio corresponde à leitura em milímetro .

2) Em seguida, você deve contar os traços do nônio até o ponto em que um deles coincidir com um traço da escala fixa.

3) Depois, você soma o número que leu na escala fixa ao número que leu no nônio.

Para você entender o processo de leitura no paquímetro, são apresentados, a seguir, exemplos de leitura.

Escala em milímetro e nônio com 10 divisões

Resolução :

Leitura1,0 mm escala fixa0,3 mm nônio (traço coincidente: 3º)1,3 mm total (leitura final)

Leitura103,0 mm escala fixa 0,5 mm nônio (traço coincidente: 5º)103,5 mm total (leitura final)

Escala em milímetro e nônio com 20 divisões

Resolução :

Leitura73,00 mm escala fixa 0,65 mm nônio73,65 mm total

Escala em milímetro e nônio com 50 divisões

Resolução :

Leitura68,00 mm escala fixa 0,32 mm nônio68,32 mm total

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 21/55

Page 22: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

PAQUÍMETRO: SISTEMA PAQUÍMETRO: SISTEMA INGLÊSINGLÊS

LEITURA DE POLEGADA MILESIMAL

No paquímetro em que se adota o sistema inglês, cada polegada da escalafixa divide-se em 40 partes iguais. Cada divisão corresponde a:

(que é igual a 0,025")

Como o nônio tem 25 divisões, a resolução desse paquímetro é:

Resolução =

O procedimento para leitura é o mesmo que para a escala em milímetro. Contam-se as unidades 0,025" que estão à esquerda do zero (0) do nônio e,

a seguir, somam-se os milésimos de polegada indicados pelo ponto em que um dos traços do nônio coincide com o traço da escala fixa.

Leitura: 0,050" escala fixa+ 0,014" nônio 0,064" total

LEITURA DE POLEGADA FRACIONÁRIANo sistema inglês, a escala fixa do paquímetro é graduada em polegada e

frações de polegada. Esses valores fracionários da polegada são complementados com o uso do nônio.

Para utilizar o nônio, precisamos saber calcular sua resolução:Resolução =

Assim, cada divisão do nônio vale

Duas divisões corresponderão a ou e assim por diante.

A partir daí, vale a explicação dada no item anterior: adicionar à leitura da escala fixa a do nônio.

Exemplo:Na figura a seguir, podemos ler:Escala fixa nônio

Portanto:

Total :

Observação: As frações sempre devem ser simplificadas.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 22/55

Page 23: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

A U L A Você deve ter percebido que medir em polegada fracionária exige operações mentais. Para facilitar a leitura desse tipo de medida, recomendamos os seguintes procedimentos:

1o passo - Verifique se o zero (0) do nônio coincide com um dos traços da escala fixa. Se coincidir, faça a leitura somente na escala fixa.

2º passo - Quando o zero (0) do nônio não coincidir, verifique qual dos traços do nônio está nessa situação e faça a leitura do nônio.

3º passo - Verifique na escala fixa quantas divisões existem antes do zero (0) do nônio.

4º passo - Sabendo que cada divisão da escala fixa equivale a

e com base na leitura do nônio, escolhemos uma fração da escala fixa de mesmo denominador. Por exemplo:Leitura do nônio fração escolhida da escala fixa

5o passo - Multiplique o número de divisões da escala fixa (3º passo) pelo numerador da fração escolhida (4º passo). Some com a fração do nônio (2º passo) e faça a leitura final

Exemplo:2º passo 3º passo 1 divisão4º passo fração escolhida

5º passo Leitura final:

REGRA PRÁTICAMultiplica-se o valor do último traço da escala principal que esta a esquerda

do vernier pelo último algarismo do denominador corresponde ao traço do vernier que coincidiu, o resultado da multiplicação, soma-se com numerador, repetindo-se o denominador do traço do vernier coincidente.

Obs: a parte inteira (quando o vernier ultrapassar a 1”), abandonamos esta parte inteira e fazemos a contagem dos traços, como se iniciássemos a operação do 0 (zero) da escala principal. Ao final da aplicação do processo, incluímos parte inteira antes da fração encontrada.

Exemplo:

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 23/55

Page 24: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

a)

+1 3 = 7

64 64x

Leitura final = 7” 64

b)

+8 3 = 67”

128 128x

Leitura final = 2 67” 128

COLOCAÇÃO DE MEDIDA NO PAQUÍMETRO EM POLEGADA FRACIONÁRIA

Para abrir um paquímetro em uma medida dada em polegada fracionária,devemos:

1º passo - Verificar se a fração tem denominador 128. Se não tiver, deve-se substituí-la pela sua equivalente, com denominador 128.Exemplo: não tem denominador 128.

é uma fração equivalente, com denominador 128.

Observação: o numerador é dividido por 8, pois 8 é o número de divisões do nônio.

2º passo - Dividir o numerador por 8. Utilizando o exemplo acima:

3º passo - O quociente indica a medida na escala fixa; o resto mostra o número do traço do nônio que coincide com um traço da escala fixa.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 24/55

Page 25: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

TRANSFORMAÇÕES DE UNIDADESTRANSFORMAÇÕES DE UNIDADESPolegada Fracionária em Milímetro

Deve-se multiplicar o valor em polegada fracionária por 25,4.Ex : a) 2” = 2 x 25,4 = 50,8 mm b)

3

8

3 25 4

8

76 2

89 525

" , ,,

xmm

Milímetro em Polegada FracionáriaDeve-se dividir o valor em milímetro por 25,4 e multiplicá-lo por 128. O

resultado deve ser escrito como numerador de uma fração cujo denominador é 128. Caso o numerador não dê um número inteiro, deve-se arredondá-lo para o número inteiro mais próximo.

Ex : a) =0 5 128

128

64

128

, "x

simplificando:64

128

32

64

16

32

8

16

4

8

2

4

1

2

" " " " " " "

Regra prática - Para converter milímetro em polegada ordinária, basta multiplicar o valor em milímetro por 5,04 , mantendo-se 128 como denominador. Arredondar, se necessário.

Ex : ax

), , ,12 7 5 04

128

64 008

128 arredondando: 64

128

" ,

simplificando: 12"

bx

), , ,19 8 25 4

128

99 792

128 arredondando: 100

128

" ,

simplificando: 25

32

"

Polegada Milesimal em Polegada FracionáriaDeve-se multiplicar a medida expressa em milésimo por uma das divisões

da polegada, que passa a ser o denominador da polegada fracionária resultante.

Ex : a) 0,125” = b)

0,750” = 0 750 8

8

6

8

3

4

, " " "x

Polegada Fracionária em polegada MilesimalDeve-se dividir o numerador da fração pelo seu denominador.

Ex : a)"

, "3

8

3

80 375

b)"

,5

16

5

160 3125

Polegada Milesimal em MilímetroBasta multiplicar o valor por 25,4.

Ex : a) 0,375” = 0,375” x 25,4 = 9,525 mm

Milímetro em Polegada MilesimalBasta dividir o valor em milímetro por 25,4.

Ex : a mm) ,,

,, "5 08

5 08

25 40 200 b mm)

,, "18

18

25 40 7086 arredondando

0,709”____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 25/55

Page 26: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

MICRÔMETRO (TIPOS E USO)MICRÔMETRO (TIPOS E USO)

ORIGEM E FUNÇÃO DO MICRÔMETRO

Jean Louis Palmer apresentou, pela primeira vez, um micrômetro para requerer sua patente. O instrumento permitia a leitura de centésimos de milímetro, de maneira simples.Com o decorrer do tempo, o micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou medições mais rigorosas e exatas do que o paquímetro. De modo geral, o instrumento é conhecido como micrômetro. Na França, entretanto, em homenagem ao seu inventor, o micrômetro é denominado palmer.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e porca. Assim, há uma porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma volta completa, provocará um descolamento igual ao seu passo. Desse modo, dividindo-se a “cabeça” do parafuso, pode-se avaliar frações menores que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.

Nomenclatura

A figura seguinte mostra os componentes de um micrômetro.

Vamos ver os principais componentes de um micrômetro. O arco é constituído de aço especial ou fundido, tratado termicamente para

eliminar as tensões internas. O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatação porque isola a

transmissão de calor das mãos para o instrumento. O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado

para garantir exatidão do passo da rosca. As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso,

apresentam-se rigorosamente planos e paralelos. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro, de alta resistência ao desgaste.

A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando isso é necessário.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 26/55

Page 27: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso micrométrico. Portanto, a cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico.

A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante. A trava permite imobilizar o fuso numa medida predeterminada .

Características

Os micrômetros caracterizam-se pela: capacidade; resolução; aplicação.

Capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25 mm (ou 1"), variando o tamanho do arco de 25 em 25 mm (ou 1 em 1"). Podem chegar a 2000 mm (ou 80").

Resolução nos micrômetros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; .001" ou .0001".

No micrômetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1", quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor coincide com o traço zero (0) da bainha

A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor.

Para diferentes aplicações, temos os seguintes tipos de micrômetro.

De profundidadeDe profundidade

Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão, que são fornecidas juntamente com o micrômetro.

Com arco profundoCom arco profundo

Serve para medições de espessuras de bordas ou de partes salientes das peças.

Com disco nas hastesCom disco nas hastes

O disco aumenta a área de contato possibilitando a medição de papel, cartolina, couro, borracha, pano etc. Também é empregado para medir dentes de engrenagens.

A U L A

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 27/55

Page 28: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Para medição de roscasPara medição de roscas

Especialmente construído para medir roscas triangulares, este micrômetro possui as hastes furadas para que se possa encaixar as pontas intercambiáveis, conforme o passo para o tipo da rosca a medir.

Com contato em forma de VCom contato em forma de V

É especialmente construído para medição de ferramentas de corte que possuem número ímpar de cortes (fresas de topo, macho, alargadores etc.). Os ângulos em V dos micrômetros para medição de ferramentas de 3 cortes é de 60º; 5 cortes, 108º e 7 cortes, 128º34’17".

Para medir parede de tubosPara medir parede de tubos

Este micrômetro é dotado de arco especial e possui o contato a 90º com a haste móvel, o que permite a introdução do contato fixo no furo do tubo.

Contador mecânicoContador mecânico

É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador mecânico. Facilita a leitura independentemente da posição de observação (erro de paralaxe).

Digital eletrônicoDigital eletrônico

Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle estatístico de processos, juntamente com microprocessadores.

CALIBRAÇÃO (REGULAGEM DA BAINHA)CALIBRAÇÃO (REGULAGEM DA BAINHA)

Antes de iniciar a medição de uma peça, devemos calibrar o instrumento de acordo com a sua capacidade.

Para os micrômetros cuja capacidade é de 0 a 25 mm, ou de 0 a 1", precisamos tomar os seguintes cuidados:

limpe cuidadosamente as partes móveis eliminando poeiras e sujeiras, com pano macio e limpo;

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 28/55

Page 29: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

antes do uso, limpe as faces de medição; use somente uma folha de papel macio;

encoste suavemente as faces de medição usando apenas a catraca; em seguida, verifique a coincidência das linhas de referência da bainha com o zero do tambor; se estas não coincidirem, faça o ajuste movimentando a bainha com a chave de micrômetro, que normalmente acompanha o instrumento.

Para calibrar micrômetros de maior capacidade, ou seja, de 25 a 50 mm, de 50 a 75 mm etc. ou de 1" a 2", de 2" a 3" etc., deve-se ter o mesmo cuidado e utilizar os mesmos procedimentos para os micrômetros citados anteriormente, porém com a utilização de barra-padrão para calibração.

Conservação

Limpar o micrômetro, secando-o com um pano limpo e macio (flanela). Untar o micrômetro com vaselina líquida, utilizando um pincel. Guardar o micrômetro em armário ou estojo apropriado, para não

deixá-lo exposto à sujeira e à umidade. Evitar contatos e quedas que possam riscar ou danificar o micrômetro

e sua escala.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 29/55

Page 30: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

MICRÔMETRO (SISTEMA MÉTRICO)MICRÔMETRO (SISTEMA MÉTRICO)

Micrômetro com exatidão de 0,01 mm

Vejamos como se faz o cálculo de leitura em um micrômetro. A cada volta do tambor, o fuso micrométrico avança uma distância chamada passo.

A exatidão de uma medida tomada em um micrômetro corresponde ao menor deslocamento do seu fuso. Para obter a medida, divide-se o passo pelo número de divisões do tambor.

Resolução = passo da rosca do fuso micrométrico número de divisões do tambor

Se o passo da rosca é de 0,5 mm e o tambor tem 50 divisões, a resolução

será: mm

Assim, girando o tambor, cada divisão provocará um deslocamento de 0,01 mm no fuso.

LEITURA NO MICRÔMETRO COM RESOLUÇÃO DE 0,01 MM.1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.

2º passo - leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.

3º passo - leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor.

EXEMPLOS:

a)

17,00mm (escala dos mm da bainha)+ 0,50mm (escala dos meios mm da bainha)

0,32mm (escala centesimal do tambor)17,82mm Leitura total

b)

23,00mm (escala dos mm da bainha)+ 0,00mm (escala dos meios mm da bainha)

0,09mm (escala centesimal do tambor) 23,09mm Leitura total

Micrômetro com exatidão de 0,001 mm

Quando no micrômetro houver nônio, ele indica o valor a ser acrescentado à leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor, dividida pelo número de divisões do nônio.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 30/55

Page 31: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, sua exatidão será:

E =

Leitura no micrômetro com resolução de 0,001 mm.

1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.

2º passo - leitura dos meios milímetros na mesma escala.

3º passo - leitura dos centésimos na escala do tambor.

4º passo -leitura dos milésimos com o auxílio do nônio da bainha, verificando qual dos traços do nônio coincide com o traço do tambor.

A leitura final será a soma dessas quatro leituras parciais.

Exemplos:

a) b)

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 31/55

Page 32: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

MICRÔMETRO (SISTEMA INGLÊS)MICRÔMETRO (SISTEMA INGLÊS)

No sistema inglês, o micrômetro apresenta as seguintes características:

na bainha está gravado o comprimento de uma polegada, dividido em 40 partes igual. Desse modo, cada divisão equivale a 1": 40 = 0,025";

o tambor do micrômetro, com resolução de 0,001", possui 25 divisões.

Para medir com o micrômetro de resolução 0,001", lê-se primeiro a indicação da bainha. Depois, soma-se essa medida ao ponto de leitura do tambor que coincide com o traço de referência da bainha.

Exemplo:

bainha = 0,625”tambor = 0,019”leitura = 0,694”

MICRÔMETRO COM RESOLUÇÃO 0,0001"

Para a leitura no micrômetro de 0,0001", além das graduações normais que existem na bainha (25 divisões), há um nônio com dez divisões. O tambor divide-se, então, em 250 partes iguais.

A leitura do micrômetro é:

Sem o nônio resolução = passo da rosca = 0,025” = 0,001”Nº de divisões do tambor 25

Com o nônio resolução = resolução do tambor = 0,001” = 0,0001”Nº de divisões do nônio 10

Para medir, basta adicionar as leituras da bainha, do tambor e do nônio. Exemplo:

bainha = 0,375”tambor = 0,005”nônio = 0,0004”leitura = 0,3804”

Diferenças entre o micrômetro de 0,001” e o de 0,01 mm

DADOS COMPARATIVOS

MICRÔMETRO DE 0,001”

MICRÔMETRO DE 0,01 mm

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 32/55

Page 33: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Parafuso micrométrico 40 fios por polegada 0,5 mm de passo

Graduação do cilindro Cada polegada é dividida em 40 partes de 0,025” cada uma.

Divisões em milímetros e meios milímetros

Graduação do tambor 25 divisões, cada uma com 0,001”

50 divisões cada uma com 0,01 mm

CÁLCULO DA APROXIMAÇÃO

S = aproximaçãoe = unidade de medidaN = nº de divisões do cilindron1 = nº de divisões do tamborn2 = nº de divisões do nônio

Exemplo: Micrômetro 0,0001”, com vernier, teremos:unidade de medida = 1 mmnº de divisões do cilindro = 40nº de divisões do tambor = 25nº de divisões do nônio = 10

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 33/55

Page 34: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

GONIÔMETROGONIÔMETRO

Conceito

É um instrumento de medição ou de verificação de medidas angulares.

TIPOS

O goniômetro simples, também conhecido como transferidor de grau, é utilizado em medidas angulares que não necessitam extremo rigor. Sua menor divisão é de 1º (um grau). Há diversos modelos de goniômetro. A seguir, mostramos um tipo bastante usado, em que podemos observar as medidas de um ângulo agudo e de um ângulo obtuso.

Na figura que segue, temos um goniômetro de precisão. O disco graduado apresenta quatro graduações de 0 a 90º. O articulador gira com o disco do vernier e, em sua extremidade, há um ressalto adaptável à régua.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 34/55

Page 35: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

EXEMPLOS

DIVISÃO ANGULAR

Em todo tipo de goniômetro,o ângulo reto (90º) apresenta 90 divisões. Daí concluímos que cada divisão equivale a 1º. Na figura abaixo, observamos a divisão do disco graduado do goniômetro.

CÁLCULO DA RESOLUÇÃONa leitura do nônio, utilizamos o valor de 5' (5 minutos) para cada traço do

nônio. Dessa forma, se é o 2º traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa, adicionamos 10' aos graus lidos na escala fixa; se é o 3º traço, adicionamos 15'; se o 4º, 20' etc.

A resolução do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros instrumentos de medida com nônio, ou seja: divide-se a menor divisão do disco graduado pelo número de divisões do nônio.

Resolução = menor divisão do disco graduadonúmero de divisões do nônio

ou seja: Resolução =

Utilização do nônio

Nos goniômetros de precisão, o nônio apresenta 12 divisões à direita , e a esquerda do zero do nônio. Se o sentido da leitura for à direita, usa-se o nônio da direita; se for à esquerda, usa-se o nônio da esquerda.

LEITURA DO GONIÔMETRO

Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio. Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti-horário.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 35/55

Page 36: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

A leitura dos minutos, por sua vez, È realizada a partir do zero nônio, seguindo a mesma direção da leitura dos graus.

Assim, nas figuras acima, as medidas s„o, respectivamente:A1 = 64º B1 = 30' leitura completa 64º30'A2 = 42º B2 = 20' leitura completa 42º20'

Conservação

Evitar quedas e contato com ferramentas de oficina. Guardar o instrumento em local apropriado, sem expô-lo ao pó ou à

umidade.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 36/55

Page 37: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Gabaritos

Em determinados trabalhos em série, há necessidade de se lidar com perfis complexos, com furações, suportes e montagens. Nesse caso, utilizam-se gabaritos para verificação e controle, ou para facilitar certas operações.

Os gabaritos são instrumentos relativamente simples, confeccionados de aço-carbono, podendo ser fabricado pelo próprio mecânico. Suas formas, tipos e tamanhos variam de acordo com o trabalho a ser realizado.

Verificadores

Verificador de raioVerificador de raio

Serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina É estampada a medida do raio. Suas dimensões variam, geralmente, de 1 a 15 mm ou de 1/32” a 1/2”.

Verificador de ânguloVerificador de ângulo

Usa-se para verificar superfÌcies em ângulos. Em cada lâmina vem gravado o ângulo, que varia de 1º a 45º.

Escantilhões para roscas métrica e whithworthEscantilhões para roscas métrica e whithworth

Servem para verificar e posicionar ferramentas para roscar em torno mecânico.

Verificador de roscaVerificador de rosca

Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas está gravado o número de fios por polegada ou o passo da rosca em milímetros.

Verificador de ângulo de brocaVerificador de ângulo de broca

Serve para a verificação do ângulo de 59º e para a medição da aresta de corte de brocas.

VERIFICADOR DE FOLGAVERIFICADOR DE FOLGA

O verificador de folga é confeccionado de lâminas de aço temperado, rigorosamente calibradas em diversas espessuras. As lâminas são móveis e podem ser trocadas. São usadas para medir folgas nos mecanismos ou conjuntos.

Fieira

A fieira, ou verificador de chapas e fios, destina-se à verificação de espessuras e diâmetros.

Os dois modelos acima são de aço temperado. Caracterizam-se por uma série de entalhes. Cada entalhe corresponde, rigorosamente, a uma medida de

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 37/55

Page 38: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

diâmetro de fios ou espessuras de chapas, conforme a fieira adotada. A verificação é feita por tentativas, procurando o entalhe que se ajusta ao fio ou à chapa que se quer verificar.

Fieiras usadas no BrasilAdotam-se as fieiras mais comumente usadas nos Estados Unidos e na

Inglaterra. A comparação de uma medida com outra é feita por meio de tabelas apropriadas.

Observação: Existe norma brasileira para fios, estabelecendo suas bitolas pela medida da seção em milímetros quadrados.

As tabelas, em geral compreendem números de fieiras de seis zeros (000000) até fieira 50.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 38/55

Page 39: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

CALIBRADORESCALIBRADORES

Calibradores são instrumentos que estabelecem os limites máximo e mínimo das dimensões que desejamos comparar. Podem ter formatos especiais, dependendo das aplicações, como, por exemplo, as medidas de roscas, furos e eixos.

Geralmente fabricados de aço-carbono e com as faces de contato temperadas e retificadas, os calibradores são empregados nos trabalhos de produção em série de peças intercambiáveis, isto é, peças que podem ser trocadas entre si, por constituírem conjuntos praticamente idênticos.

Quando isso acontece, as peças estão dentro dos limites de tolerância, isto é, entre o limite máximo e o limite mínimo, quer dizer: passa/não-passa.

Tipos de calibrador

Calibrador tampão (para furos)Calibrador tampão (para furos)

O funcionamento do calibrador tampão é bem simples: o furo que ser·medido deve permitir a entrada da extremidade mais longa do tampão (lado passa), mas não da outra extremidade (lado não-passa).

Por exemplo, no calibrador tampão 50H7, a extremidade cilíndrica da esquerda (50 mm + 0,000 mm, ou seja, 50 mm) deve passar pelo furo. O diâmetro da direita (50 mm + 0,030 mm) não deve passar pelo furo.

O lado não-passa tem uma marca vermelha. Esse tipo de calibrador é normalmente utilizado em furos e ranhuras de até 100 mm.

calibrador tampão de tolerância (passa/não-passa) 50 H7 IS

Calibrador de bocaCalibrador de boca

Esse calibrador tem duas bocas para controle: uma passa, com a medida máxima, e a outra não-passa, com a medida mínima.

O lado não-passa tem chanfros e uma marca vermelha. É normalmente utilizado para eixos e materiais planos de até 100 mm.

O calibrador deve entrar no furo ou passar sobre o eixo por seu próprio peso, sem pressão.

Calibrador de boca 27 h6 ISO

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 39/55

Page 40: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Calibrador de boca separadaCalibrador de boca separada

Para dimensões muito grandes, são utilizados dois calibradores de bocas separadas: um passa e o outro não-passa.

Os calibradores de bocas separadas são usados para dimensões compreendidas entre 100 mm e 500 mm.

Calibrador de boca escalonadaCalibrador de boca escalonada

Para verificações com maior rapidez, foram projetados calibradores de bocas escalonadas ou de bocas progressivas.

O eixo deve passar no diâmetro máximo (D.máx.) e não passar no diâmetro mínimo (D mín.). Sua utilização compreende dimensões de até 500 mm.

Calibrador chatoCalibrador chato

Para dimensões internas, na faixa de 80 a 260 mm, tendo em vista a redução de seu peso, usa-se o calibrador chato ou calibrador de contato parcial (fig. A).

Para dimensões internas entre 100 e 260 mm, usa-se o calibrador escalonado (fig. B).

Para dimensões acima de 260 mm, usa-se o calibrador tipo vareta, que são hastes metálicas com as pontas em forma de calota esférica (fig. C).

fig. A fig. C

fig. B

Calibrador de bocas ajustávelCalibrador de bocas ajustável

O calibrador de boca ajustável resolve o problema das indústrias médias e pequenas pela redução do investimento inicial na compra desses equipamentos.

O calibrador ajustável para eixo tem dois ou quatro parafusos de fixação e pinos de aço temperado e retificado. É confeccionado de ferro fundido, em forma de ferradura.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 40/55

Page 41: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

A dimensão máxima pode ser ajustada entre os dois pinos anteriores, enquanto a dimensão mínima é ajustada entre os dois pinos posteriores.

Esse calibrador normalmente é ajustado com auxílio de blocos-padrão.

Calibrador tampão e anéis cônicosCalibrador tampão e anéis cônicos

As duas peças de um conjunto cônico podem ser verificadas por meio de um calibrador tampão cônico e de um anel cônico.

Para a verificação simples do cone, tenta-se uma movimentação transversal do padrão. Quando o cone é exato, o movimento é nulo. Em seguida, procede-se à verificação por atrito, depois de ter estendido sobre a superfÌcie do cone padrão uma camada muito fina de corante, que deixará traços nas partes em contato. Por fim, verifica-se o diâmetro pela posição de penetração do calibrador. Esse método é muito sensível na calibração de pequenas inclinações.

Calibrador cônico morseCalibrador cônico morse

O calibrador cônico morse possibilita ajustes com aperto enérgico entre peças que serão montadas ou desmontadas com freqüência.

Sua conicidade é padronizada, podendo ser macho ou fêmea.

Calibrador de roscaCalibrador de rosca

Um processo usual e rápido de verificar roscas consiste no uso dos calibradores de rosca. São peças de aço, temperadas e retificadas, obedecendo a dimensões e condições de execução para cada tipo de rosca. O calibrador de rosca da figura a seguir é um tipo usual de calibrador de anel, composto por dois anéis, sendo que um lado passa e o outro não passa, para a verificação da rosca externa.

O outro calibrador da figura é o modelo comum do tampão de rosca, servindo a verificação de rosca interna.

A extremidade de rosca mais longa do calibrador tampão verifica o limite mínimo: ela deve penetrar suavemente, sem ser forçada, na rosca interna da peça que está sendo verificada. Diz-se lado passa. A extremidade de rosca mais curta, não-passa, verifica o limite máximo.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 41/55

Page 42: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

As ranhuras servem para coletar os cavacos ou sujeiras que estejam aderidos aos filetes das roscas. É conveniente limpar cuidadosamente as roscas antes de fazer a verificação.

Calibrador regulável de roscaCalibrador regulável de rosca

O calibrador de boca de roletes é geralmente de boca progressiva, o que torna a operação muito rápida, não só porque é desnecessário virar o calibrador, como porque o calibrador não se aparafusa a peça.

O calibrador em forma de ferradura pode ter quatro roletes cilíndricos ou quatro segmentos de cilindro.

Os roletes cilíndricos podem ter roscas ou sulcos circulares, cujo perfil e passo são iguais aos do parafuso que se vai verificar.

As vantagens sobre o calibrador de anéis são: verificação mais rápida; desgaste menor, pois os roletes giram; regulagem exata; uso de um só calibrador para vários diâmetros.

São ajustados às dimensões máxima e mínima do diâmetro médio dos flancos.

ConservaçãoConservação

Evitar choques e quedas. Limpar e passar um pouco de óleo fino, após o uso. Guardar em estojo e em local apropriado.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 42/55

Page 43: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

BLOCOS-PADRÃOBLOCOS-PADRÃO

Para realizar qualquer medida, é necessário estabelecer previamente um padrão de referência.

Em 1898, C. E. Johanson solicitou a patente de blocos-padrão: peças em forma de pequenos paralelepípedos, padronizados nas dimensões de 30 ou 35 mm x 9 mm, variando de espessura a partir de 0,5 mm. Atualmente, nas indústrias são encontrados blocos-padrão em milímetro e em polegada.

Muito utilizados como padrão de referência na indústria moderna, desde o laboratório até a oficina, são de grande utilidade nos dispositivos de medição, nas traçagens de peças e nas próprias máquinas operatrizes.

Existem jogos de blocos-padrão com diferentes quantidades de peças. Não devemos, porém, adotá-los apenas por sua quantidade de peças, mas pela variação de valores existentes em seus blocos fracionários.

As dimensões dos blocos-padrão são extremamente exatas, mas o uso constante pode interferir nessa exatidão. Por isso, são usados os blocos-protetores, mais resistentes, com a finalidade de impedir que os blocos-padrão entrem em contato direto com instrumentos ou ferramentas.

Bloco-padrão protetorBloco-padrão protetor

A fabricação dos protetores obedece às mesmas normas utilizadas na construção dos blocos-padrão normais. Entretanto, emprega-se material que permite a obtenção de maior dureza.

Geralmente são fornecidos em jogos de dois blocos, e suas espessuras normalmente são de 1, 2 ou 2,5 mm, podendo variar em situações especiais.

Os blocos protetores têm como finalidade proteger os blocos-padrão no momento de sua utilização.

Exemplo da composição de um jogo de blocos-padrão, contendo 114 peças, já incluídos dois blocos protetores:

2 - blocos-padrão protetores de 2,00 mm de espessura;1 - bloco-padrão de 1,0005 mm;

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 43/55

Page 44: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

9 - blocos-padrão de 1,001; 1,002; 1,003 ........ 1,009 mm;49 - blocos-padrão de 1,01; 1,02; 1,03 .......... 1,49 mm;49 - blocos-padrão de 0,50; 1,00; 1,50; 2,00 ..... 24,5 mm;4 - blocos-padrão de 25; 50; 75 e 100 mm.

Classificação

De acordo com o trabalho, os blocos-padrão são encontrados em quatro classes.

DIN./ISO/JIS BS FS APLICAÇÃO00 00 1 Para aplicação científica ou calibração

de blocos-padrão.

0 0 2 Calibração de blocos-padrão destinados a operação de inspeção, e calibração de instrumentos.

1 I 3 Para inspeção e ajuste de instrumentos de medição nas áreas de inspeção.

2 II B Para uso em oficinas e ferramentarias.

Normas: DIN. 861 FS. (Federal Standard) GCG-G-15C SB (British Standard) 4311 ISO 3650 JIS B-7506

Obs: é encontrado também numa classe denominada K, que é classificada entre as classes 00 e 0, porque apresenta as características de desvio dimensional dos blocos-padrão classe 0, porém com desvio de paralelismo das faces similar aos blocos-padrão da classe 00. É normalmente utilizado para a calibração de blocos-padrão nos laboratórios de referência, devido ao custo reduzido em relação ao bloco de classe 00.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 44/55

Page 45: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Os materiais mais utilizados para a fabricação dos blocos-padrão são:

AçoAço

Atualmente È o mais utilizado nas indústrias. O aço é tratado termicamente para garantir a estabilidade dimensional, além de assegurar dureza acima de 800 HV.

Metal duroMetal duro

São blocos geralmente fabricados em carbureto de tungstênio. Hoje, este tipo de bloco-padrão é mais utilizado como bloco protetor. A dureza deste tipo de bloco padrão situa-se acima de 1.500 HV.

CerâmicaCerâmica

O material básico utilizado é o zircônio. A utilização deste material ainda é recente, e suas principais vantagens são a excepcional estabilidade dimensional e a resistência à corrosão. A dureza obtida nos blocos-padrão de cerâmica situa-se acima de 1400 HV.

Erros admissíveis

As normas internacionais estabelecem os erros dimensionais e de planeza nas superfícies dos blocos-padrão. Segue abaixo uma mostra da tabela com os erros permissíveis para os blocos-padrão (norma DIN./ISO/JIS), e orientação de como determinar o erro permissível do bloco-padrão, conforme sua dimensão e sua classe.

DIMENSÃO(mm)

EXATIDÃO A 20ºC (m) CLASSE 00 CLASSE 0 CLASSE 1 CLASSE 2

até 10 ± 0.06 ± 0.12 ± 0.20 ± 0.4510 - 25 ± 0.07 ± 0.14 ± 0.30 ± 0.6025 - 50 ± 0.10 ± 0.20 ± 0.40 ± 0.8050 - 75 ± 0.12 ± 0.25 ± 0.50 ± 1.0075 - 100 ± 0.14 ± 0.30 ± 0.60 ± 1.20100 - 150 ± 0.20 ± 0.40 ± 0.80 ± 1.60700 - 800 ± 0.80 ± 1.70 ± 3.40 ± 6.50800 - 900 ± 0.90 ± 1.90 ± 3.80 ± 7.50900 - 1000 ± 1.00 ± 2.00 ± 4.20 ± 8.00DIN./ISO/JIS

Técnica de Empilhamento

Os blocos deverão ser, inicialmente, limpos com algodão embebido em benzina ou em algum tipo de solvente.

Depois, retira-se toda impureza e umidade, com um pedaço de camurça, papel ou algo similar, que não solte fiapos.

Os blocos são colocados de forma cruzada, um sobre o outro. Isso deve ser feito de modo que as superfícies fiquem em contato.

Em seguida, devem ser girados lentamente, exercendo-se uma pressa moderada até que suas faces fiquem alinhadas e haja perfeita aderência, de modo a expulsar a lâmina de ar que as separa. A aderência assim obtida parece

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 45/55

Page 46: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

ser conseqüência do fenômeno físico conhecido como atração molecular (com valor de aproximadamente 500N/cm2), e que produz a aderência de dois corpos metálicos que tenham superfície de contato finamente polidas.

Para a montagem dos demais blocos, procede-se da mesma forma, até atingir a medida desejada. Em geral, são feitas duas montagens para se estabelecer os limites máximo e mínimo da dimensão que se deseja calibrar, ou de acordo com a qualidade prevista para o trabalho (IT).

Exemplo:

Os blocos-padrão podem ser usados para verificar um rasgo em forma de rabo de andorinha com roletes, no valor de 12,573 + 0,005. Devemos fazer duas montagens de blocos-padrão, uma na dimensão mínima de 12,573 mm e outra na dimensão máxima de 12,578 mm.

Faz-se a combinação por blocos de forma regressiva, procurando utilizar o menor número possível de blocos

A técnica consiste em eliminar as últimas casas decimais, subtraindo da dimensão a medida dos blocos existentes no jogo.

Exemplo:

DIMENSÃO MÁXIMA DIMENSÃO MÍNIMA12,578 12,573DIM 12,573BLOCO - 4,000 2 blocos protetoresDIM 8,578BLOCO - 1,008 1DIM 7,570BLOCO - 1,270 1DIM 6,300BLOCO - 1,300 1DIM 5,000 BLOCO - 5,000 1

0 6 blocos

DIM 12,578BLOCO - 4,000 2 blocos protetoresDIM 8,573BLOCO - 1,003 1DIM 7,570BLOCO - 1,070 1DIM 6,500BLOCO - 6,500 1

0 5 blocos

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 46/55

Page 47: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Blocos e AcessóriosHá acessórios de diversos formatos que, juntamente com os blocos-padrão, permitem

que se façam vários tipos de controle.

verificação de um calibrador de boca verificação de distância ente furos

grampo para fixar blocos-padrão conservando as montagens posicionadas

Observação: No jogo consta um só padrão de cada medida, não podendo haver repetição de blocos.

Existe um suporte, acoplado a uma base, que serve para calibrar o micrômetro interno de dois contatos.

Nele, pode-se montar uma ponta para traçar, com exatidão, linhas paralelas à base.

Geralmente, os acessórios são fornecidos em jogos acondicionados em estojos protetores.

Conservação Evitar a oxidação pela umidade, marcas dos dedos ou aquecimento

utilizando luvas sempre que possÌvel. Evitar quedas de objetos sobre os blocos e não deixá-los cair. Limpar os blocos após sua utilização com benzina pura, enxugando-

os com camurça ou pano. Antes de guardá-los, é necessário passar uma leve camada de vaselina (os blocos de cerâmica não devem ser lubrificados).

Evitar contato dos blocos-padrão com desempeno, sem o uso dos blocos protetores.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 47/55

Page 48: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

RELÓGIO COMPARADORRELÓGIO COMPARADOR

É um instrumento de medição por comparação, dotado de uma escala e um ponteiro, ligado por mecanismos diversos a uma ponta de contato.

O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação. As diferenças percebidas nele pela ponta de contato são amplificadas mecanicamente e irão movimentar o ponteiro rotativo diante da escala.

Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a diferença é positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida.

Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem resolução de 0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém os mais comuns são de 1 mm, 10 mm, 0,250" ou 1".

Em alguns modelos, a escala dos relógios se apresenta perpendicularmente em relação a ponta de contato (vertical). E, caso apresentem um curso que implique mais de uma volta, os relógios comparadores possuem, além do ponteiro normal, outro menor, denominado contador de voltas do ponteiro principal.

Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis, podendo ser ajustados nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que será medida.

Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua finalidade é possibilitar controle em série de peças, medições especiais de superfícies verticais, de profundidade, de espessuras de chapas etc.

Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das vantagens de seu emprego é a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro ou de defeitos, como conicidade, ovalização etc.

O instrumento deve ser previamente calibrado em relação a uma medida padrão de referência.

Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 48/55

Page 49: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

RELÓGIO COMPARADOR ELETRÔNICO

Este relógio possibilita uma leitura rápida, indicando instantaneamente a medida no display em milímetros, com conversão para polegada, zeragem em qualquer ponto e com saída para miniprocessadores estatísticos.

A aplicação é semelhante à de um relógio comparador comum, além das vantagens apresentadas acima.

MECANISMOS DE AMPLIFICAÇÃOOs sistemas usados nos mecanismos de amplificação são por engrenagem,

por alavanca e mista.

Amplificação por engrenagemAmplificação por engrenagem

Os instrumentos mais comuns para medição por comparação possuem sistema de amplificação por engrenagens.

As diferenças de grandeza que acionam o ponto de contato são amplificadas mecanicamente.

Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a um deslocamento de 1 mm da ponta de contato. Como o mostrador contém 100 divisões, cada divisão equivale a 0,01 mm.

Amplificação por alavancaAmplificação por alavanca

O princípio da alavanca aplica-se a aparelhos simples, chamados indicadores com alavancas, cuja capacidade de medição é limitada pela pequena amplitude do sistema basculante.

Amplificação mistaAmplificação mista

É o resultado da combinação entre alavanca e engrenagem. Permite levar a sensibilidade até 0,001 mm, sem reduzir a capacidade de medição.

CONDIÇÕES DE USO

Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em boas condições de uso.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 49/55

Page 50: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um suporte de relógio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padrão. Em seguida, deve-se observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São encontrados também calibradores específicos para relógios comparadores.

Observação: Antes de tocar na peça, o ponteiro do relógio comparador fica em uma posição anterior a zero. Assim, ao iniciar uma medida, deve-se dar uma pré-carga para o ajuste do zero.

Colocar o relógio sempre numa posição perpendicular em relação à peça, para não incorrer em erros de medida.

APLICAÇÕES DOS RELÓGIOS COMPARADORES

verificação do paralelismo verificação de excentricidade de peça montada na placa do torno

verificação de concentricidade verificação do alinhamento das pontas de um torno

verificação de superfícies planas

CONSERVAÇÃO

Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça. Levantar um pouco a ponta de contato ao retirar a peça. Evitar choques, arranhões e sujeira. Manter o relôgio guardado no seu estojo. Os relógios devem ser lubrificados internamente nos mancais das

engrenagens.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 50/55

Page 51: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Relógio com ponta de contato de alavanca (apalpador)

É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco possui três guias que facilitam a fixação em diversas posições.

Existem dois tipos de relógios apalpadores. Um deles possui reversão automática do movimento da ponta de medição; outro tem alavanca inversora, a qual seleciona a direção do movimento de medição ascendente ou descendente.

O mostrador é giratório com resolução de 0,01 mm; 0,002 mm; 0,001" ou 0,0001".

Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicações, tanto na produção como na inspeção final.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 51/55

Page 52: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Exemplos:- Excentricidade de peças.- Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.- Paralelismos entre faces.- Medições internas.- Medições de detalhes de difícil acesso.

Exemplos de aplicação

alinhamento e centragem de peças nas máquinas

verificação de difícil acesso

CONSERVAÇÃO

Evitar choques, arranhões e sujeira. Guardá-lo em estojo apropriado. Montá-lo rigidamente em seu suporte. Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça. Verificar se o relógio é anti-magnético antes de colocá-lo em contato com a

mesa magnética.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 52/55

Page 53: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

TOLERANCIA DIMENSIONALTOLERANCIA DIMENSIONAL

Conceitos na aplicação de medidas com tolerância

Conceito: é a variação de medida sem perda de qualidade.

Limite Superior: é o maior valor encontrado na tabela.

Limite Inferior: é o menor valor encontrado na tabela.

Dimensão Nominal: é dada no desenho.

Dimensão efetiva ou real: é a dimensão que se obtêm medindo a peça. Não coincide com a dimensão nominal

Dimensão Superior: é a dimensão nominal acrescida do limite superior, respeitando o sinaI.

Dimensão Inferior: é a dimensão nominal acrescida ou subtraída do limite inferior.

Dimensão Ideal: é a dimensão superior mais a dimensão inferior, dividida por dois.

Campo de Tolerância: é a diferença entre a dimensão superior e a dimensão inferior.

Linha zero: é a linha que nos desenhos fixa a dimensão nominal e serve de origem aos afastamentos.

Eixo: termo convencionalmente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes como sendo qualquer parte de uma peça cuja superfície externa é destinada a alojar-se na superfície interna de outra.

Furo: Termo convencionalmente aplicada para fins de tolerâncias e ajustes, como sendo todo espaço delimitado por superfície interna de uma peça e destinada a alojar a eixo.

Folga: é a diferença entre as dimensões do furo e do eixo, quando o eixo é menor que o furo.

Folga Máxima: é a diferença entre o maior furo e o menor eixo.

Folga Mínima: é a diferença entre o menor furo e o maior eixo.

Folga Ideal: é a diferença entre a dimensão ideal do furo e a dimensão ideal do eixo.

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 53/55

Page 54: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

lnterferência: é a diferença entre as dimensões do eixo e do furo, quando o eixo é maior que o furo.

lnterferência máxima: é a diferença entre a dimensão máxima do eixo e a mínima do furo.

lnterferência mínima: é a diferença entre a dimensão mínima do eixo e a máxima do furo.

Ajuste ou Acoplamento: é o comportamento de um eixo num furo, ambos da mesma dimensão nominal caracterizado pela folga ou interferência apresenta.

Ajuste com folga: é aquele em que o afastamento superior do eixo é maior ou igual ao afastamento inferior do furo.

Ajuste com interferência: é aquele em que o afastamento superior do furo é menor ou igual ao afastamento inferior do eixo.

Ajuste incerto: é aquele em que o afastamento superior do eixo é maior que afastamento inferior do furo e o afastamento superior do furo é maior que o afastamento inferior do eixo.

Eixo Base: é o eixo em que o afastamento superior é pré-estabelecido como sendo igual a zero.

Furo Base: é o furo em que o afastamento inferior é pré-estabelecido como sendo igual a zero

NOTA: Quando o eixo for maior que a furo, subtrai-se a menor, do maior e dá-se o sinal negativo; neste caso, não existe folga, existe pressão.

Ex: Calcule as folgas máxima e mínima, e o campo de tolerância da cotas abaixo:

furo: eixo:

FURO EIXO

Limite superior +0,025Limite inferior +0,000 +0,017Dimensão nominal 50,000 50,000Dimensão superior 50,025 50,033Dimensão inferior 50,000 50,017Dimensão ideal 50,0125 50,025Campo de Tolerância 0,025 0,016Folga Máxima 50,025-50,017 = 0,008Folga Mínima 50,000 - 50,033 = - 0,033Folga Ideal 50,0125 - 50,025 = - 0,0125

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 54/55

Page 55: Apostila Metrologia- Aprend.qual

Metrologia____________________________________________________________

Referências BibliográficasReferências Bibliográficas

Coleção Básica Senai – CBSTelecurso 2000 - Profissionalizante

____________________________________________________________

APRENDIZAGEM 55/55