apostila metrologia 2014 parte 1

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  • 8/12/2019 Apostila Metrologia 2014 Parte 1

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    Prof Auada

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    METROLOGIA

    1. GENERALIDADES

    1.1. Introduo

    O conceito de medir traz em si, uma idia de comparao e como s se pode comparar coisas" de uma

    mesma espcie, podemos definir medio como: "medir comparar uma dada grandeza com outra de

    mesma espcie, tomada como unidade.

    O homem precisa medir para definir seu espao, sua atuao. Para isso, temos a metrologia comoferramenta de trabalho.

    A formao desta palavra METRO = medir; LOGIA = estudo.

    A Metrologia acincia das medies, abrangendo todos osaspectostericos eprticos que asseguram a

    preciso exigida noprocesso produtivo,procurando garantir aqualidade deprodutos e servios atravs da

    calibrao deinstrumentos de medio,seja ele analgico ou digital, e da realizao de ensaios, sendo a

    base fundamental para a competitividade das empresas.

    Metrologia tambm diz respeito ao conhecimento dos pesos e medidas e dos sistemas de unidades detodos os povos, antigos e modernos.

    1.2. Histrico

    Cerca de 4.000 anos atrs, as unidades de medio estavam baseadas em partes do corpo humano, que

    eram referncias universais, pois ficava fcil chegar a uma medida que podia ser verificada por qualquer

    pessoa. Foi assim que surgiram medidas padro como a polegada, o palmo, o p, a jarda, a braa e o passo.

    Algumas dessas medidas-padro continuam sendo empregadas at hoje. Veja os seus correspondentes em

    centmetros:

    1 polegada = 2,54 cm

    1 p = 30,48 cm

    1 jarda = 91,44 cm

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aspectohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Te%C3%B3ricohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A1ticohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Processo_produtivo&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Produtohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Calibra%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumentos_de_medi%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumentos_de_medi%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Calibra%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Produtohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidadehttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Processo_produtivo&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A1ticohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Te%C3%B3ricohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aspectohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
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    O Antigo Testamento da Bblia um dos registros mais antigos da histria da humanidade. E l, no Gnesis,

    l-se que o Criador mandou No construir uma arca com dimenses muito especficas, medidas em

    cvados.

    O cvado era uma medida-padro da regio onde morava No, e equivalente a trs palmos,

    aproximadamente, 66 cm.

    Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas do corpo do rei, sendo que tais padres deveriam ser

    respeitados por todas as pessoas que, naquele reino, fizessem as medies.

    Embora "solues metro lgicas" datem de 4800 a. C., perodo ureo egpcio, do qual a pirmide de

    QUEOPS o maior exemplo, os primeiros padres de comprimento de que se tem registro so da civilizao

    grega, que definiu o cbito, 500 a. C.. Esse cbito distncia do cotovelo at a ponta do indicador foi

    subdividido em palmo e dgito, medindo cada um:

    Cbito = 523 mm

    Palmo = 229 mm

    Dgito = 19 mm

    Como as pessoas tm tamanhos diferentes, o cbito variava de uma pessoa para outra, ocasionando as

    maiores confuses nos resultados nas medidas. Para serem teis, era necessrio que os padres fossem

    iguais para todos. Diante desse problema, os egpcios resolveram criar um padro nico: em lugar do

    prprio corpo, eles passaram a usar, em suas medies, barras de pedra com o mesmo comprimento. Foi

    assim que surgiu o cbito-padro.

    Com o tempo, as barras passaram a ser construdas de madeira, para facilitar o transporte. Como a madeira

    logo se gastava, foram gravados comprimentos equivalentes a um cbito-padro nas paredes dos principais

    templos. Desse modo, cada um podia conferir periodicamente sua barra ou mesmo fazer outras, quando

    necessrio.

    Com o domnio romano, o cbito foi substitudo pelo p que era constitudo de 12 polegadas, sendo esta

    igual ao cumprimento da segunda falange do polegar da mo do homem.

    A jarda que fora definida no sculo XII, provavelmente devido ao esporte de arco e flecha popular nessapoca, como sendo distncia da ponta do nariz do Rei Henrique I at o polegar, s foi oficializada como

    unidade de comprimento em 1.558 pela Rainha Elizabeth e materializada por uma barra de bronze.

    Nesta mesma poca fixou-se o p como unidade de comprimento, atravs de decreto real que versava:

    Num certo domingo, ao sarem da igreja, dezesseis homens devero alinhar-se tocando o p esquerdo um

    no outro. A distncia assim coberta ser denominada vara e um dezesseis avos ser o p.

    Nos sculos XV e XVI, os padres mais usados na Inglaterra para medir comprimentos eram a polegada, o

    p, a jarda e a milha.

    Em 1959, a jarda foi definida em funo do metro, valendo 0,91440 m. As divises da jarda (3 ps; cada p

    com 12 polegadas) passaram, ento, a ter seus valores expressos no sistema mtrico:

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    1 yd (uma jarda) = 0,91440 m

    1 ft (um p) = 304,8 mm = 30,48 cm = 0,3048 m

    1 inch (uma polegada) = 25,4 mm = 2,54 cm = 0,0254 m

    A jarda, como hoje conhecida, foi estabelecida em 1878 como sendo a distncia entre os terminais de

    ouro de uma barra de bronze, medida a 62 F (18 C).

    Nesse perodo, na Europa Continental, especificamente na Frana, procurou-se uma forma de definir um

    padro de comprimento que no dependesse da estatura da famlia real. Surge assim a Toesa, que era

    ento utilizada como unidade de medida linear, foi padronizada em uma barra de ferro com dois pinos nas

    extremidades e, em seguida, chumbados na parede externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris.

    Dessa forma, assim como o cbito-padro, cada interessado poderia conferir seus prprios instrumentos.

    Uma toesa equivalente a seis ps, aproximadamente, 182,9 cm.

    Entretanto, esse padro tambm foi se desgastando com o tempo e teve que ser refeito. Surgiu, ento, um

    movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural, isto , que pudesse ser encontrada na natureza

    e, assim, ser facilmente copiada, constituindo um padro de medida. Havia tambm outra exigncia para

    essa unidade: ela deveria ter seus submltiplos estabelecidos segundo o sistema decimal. O sistema

    decimal j havia sido inventado na ndia, quatro sculos antes de Cristo. Finalmente, um sistema com essas

    caractersticas foi apresentado por Talleyrand, na Frana, num projeto que se transformou em lei naquele

    pas, sendo aprovada em 8 de maio de 1790.

    Estabelecia-se, ento, que a nova unidade deveria ser igual dcima milionsima parte de um quarto do

    meridiano terrestre.

    Essa nova unidade passou a ser chamada metro (o termo grego metron significa medir).

    Os astrnomos franceses Delambre e Mechain foram incumbidos de medir o meridiano. Utilizando a toesa

    como unidade, mediram a distncia entre Dunkerque (Frana) e Montjuich (Espanha). Feitos os clculos,

    chegou-se a uma distncia que foi materializada numa barra de platina de seco retangular de 4,05 x 25

    mm. O comprimento dessa barra era equivalente ao comprimento da unidade padro metro, que assim foi

    definido:

    Metro a dcima milionsima parte de um quarto do meridiano terrestre.

    Foi esse metro transformado em barra de platina que passou a ser denominado metro dos arquivos.

    Com o desenvolvimento da cincia, verificou-se que uma medio mais precisa do meridiano fatalmente

    daria um metro um pouco diferente. Assim, a primeira definio foi substituda por uma segunda:

    Metro a distncia entre os dois extremos da barra de platina depositada nos Arquivos da

    Frana e apoiada nos pontos de mnima flexo na temperatura de zero grau Celsius.

    Escolheu-se a temperatura de zero grau Celsius por ser, na poca, a mais facilmente obtida com o gelofundente.

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    No sculo XIX, vrios pases j haviam adotado o sistema mtrico. No Brasil, o sistema mtrico foi

    implantado pela Lei Imperial n 1157, de 26 de junho de 1862. Estabeleceu-se, ento, um prazo de dez anos

    para que padres antigos fossem inteiramente substitudos.

    Com exigncias tecnolgicas maiores, decorrentes do avano cientfico, notouse que o metro dos arquivos

    apresentava certos inconvenientes. Por exemplo, o paralelismo das faces no era assim to perfeito. Omaterial, relativamente mole, poderia se desgastar, e a barra tambm no era suficientemente rgida.

    Para aperfeioar o sistema, fez-se outro padro, que recebeu:

    seo transversal em X, para ter maior estabilidade;

    uma adio de 10% de irdio, para tornar seu material mais durvel;

    dois traos em seu plano neutro, de forma a tornar a medida mais perfeita.

    Assim, em 1889, surgiu a terceira definio:

    Metro a distncia entre os eixos de dois traos principais marcados na

    superfcie neutra do padro internacional depositado no B.I.P.M. (Bureau

    Internacional ds Poids et Msures), na temperatura de zero grau Celsius e sob uma

    presso atmosfrica de 760 mmHg e apoiado sobre seus pontos de mnima flexo.

    Atualmente, a temperatura de referncia para calibrao de 20C. nessa temperatura que o metro,

    utilizado em laboratrio de metrologia, tem o mesmo comprimento do padro que se encontra na Frana,

    na temperatura de zero grau Celsius.

    Ocorreram, ainda, outras modificaes. Hoje, o padro do metro em vigor no Brasil recomendado pelo

    INMETRO, baseado na velocidade da luz, de acordo com deciso da 17 Conferncia Geral dos Pesos e

    Medidas de 1983. O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial), em

    sua resoluo 3/84, assim definiu o metro:

    Metro o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vcuo,

    durante o intervalo de tempo de 1 do segundo.

    299.792.458

    importante observar que todas essas definies somente estabeleceram com maior exatido o valor da

    mesma unidade:o METRO.

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    1.3. Mltiplos e submltiplos do metro

    NOME SMBOLO FATOR PELO QUAL A UNIDADE MULTIPLICADA

    Exametro Em 1018 = 1 000 000 000 000 000 000 m

    Peptametro Pm 1015 = 1 000 000 000 000 000 m

    Terametro Tm 1012 = 1 000 000 000 000 m

    Gigametro Gm 109 = 1 000 000 000 m

    Megametro Mm 106 = 1 000 000 m

    Quilmetro km 103 = 1 000 m

    Hectmetro hm 102 = 100 m

    Decmetro dam 101 = 10 m

    Metro m 100

    = 1m

    Decmetro dm 10-1 = 0,1 m

    Centmetro cm 10-2 = 0,01 m

    Milmetro mm 10-3 = 0,001 m

    Micrometro m 10-6 = 0,000 001 m

    Nanometro nm 10-9 = 0,000 000 001 m

    Picometro pm 10-12 = 0,000 000 000 001 m

    Fentometro fm 10-15 = 0,000 000 000 000 001 m

    Attometro am 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001 m

    A tabela acima baseada no Sistema Internacional de Medidas (SI).

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    1.4. Finalidade

    A metrologia uma das funes bsicas necessrias a todo Sistema de Garantia da Qualidade. Efetivar aqualidade depende fundamentalmente da quantificao das caractersticas do produto e do processo. Esta

    quantificao conseguida atravs de:

    Definio das unidades padronizadas, conhecidas por unidade de medida, que permitem a

    converso de abstraes como comprimento e massa em grandezas quantificveis como metro,

    quilograma, etc.;

    Instrumentos que so calibrados em termos destas unidades de medidas padronizadas;

    Uso destes instrumentos para quantificar ou medir as "dimenses" do produto ou processo de

    anlise.

    A este item, inclui-se o OPERADOR, que , talvez, o mais importante. ele a parte inteligente na apreciao

    das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a preciso conseguida. necessrio ao

    operador:

    Conhecer o instrumento;

    Adaptar-se as circunstncias;

    Escolher o mtodo mais aconselhvel para interpretar os resultados.

    Nota: Laboratrio de Metrologia

    Temperatura 201C

    Ausncia de vibraes e oscilaes; espao suficiente; boa iluminao; limpeza; etc.

    2. T IPOS DE MEDIDAS E MEDIES

    A partir da noo de que fundamentalmente medir comparar, tem-se que uma medida pode ser obtida

    por dois mtodos distintos:

    2.1.

    Medio por comparao DIRETA

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    Compara-se o objeto da medida com uma escala conveniente, obtendo-se um resultado em valor absoluto

    e unidade coerente. Por exemplo: medio da distncia entre dois traos utilizando-se uma rgua graduada.

    2.2.

    Medio por comparao INDIRETA

    Compara-se o objeto da medida com um padro de mesma natureza ou propriedade, inferindo sobre as

    caractersticas medidas/verificadas. Por exemplo, medies/controle de peas com calibradores passa-no-

    passa; utilizao de relgios comparadores.

    2.3.

    Critrios de escolhaA passagem de medio direta para indireta pode, em geral, ser associada a dois fatos:

    Tempo necessrio para executar a medio;

    Necessidade de resoluo ou preciso incompatveis com a dimenso a ser medida (com instrumentos de

    medio direta), por exemplo: 50 mm com 0,1 de preciso

    2.4.

    Exatido e Preciso

    A exatido proporcional a diferena entre um valor observado e o valor de referncia.

    Normalmente, o valor observado a mdia de diversos valores individuais.

    A preciso proporcional a diferena entre si dos valores observados para obter-se uma medida. Assim,

    quanto maior a concordncia entre os valores individuais de um conjunto de medidas maior a preciso.

    Campo de Tolerncia: o conjunto dos valores compreendidos entre as dimenses mxima e mnima da

    medida.

    2.6. Tolerncia de Forma e Posio

    No caso e peas mais complexas, no suficiente apenas garantir que certas caractersticas bsicas estejam

    dentro de limites pr-estabelecidos. Para garantir o desempenho de uma pea necessrio que ela esteja

    geometricamente dentro de limites pr-estabelecidos. Assim necessrio que, em um plano, um furo seja o

    mais circular possvel e no espao mais cilndrico possvel. necessrio, pois que se estabeleam valores

    limites para a localizao e para a posio relativa das superfcies.

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    3. INSTRUMENTAO BSICA

    A regra das "quatro a dez vezes" no exigido por norma, mas usual que uma dimenso tolerada, porexemplo, dentro de 0,05mm seja controlada por micrmetro de preciso 0,01mm, resultando em uma

    relao de 5.

    Qual a importncia dessa regra? Foram desenvolvidos clculos, baseados em premissas diversas, que

    demonstram que:

    a probabilidade de se cometer erro na medida, quando a relao menor do que 4, muito grande.

    o custo do sistema torna-se exagerado quando a relao maior do que 10.

    Um sistema deve considerar essa regra para ser seguida em cada caso e condies complementares noscasos em que uma relao maior ou igual a quatro no seja possvel de ser observada. Tais condies

    poderiam ser:

    Uso de vrios instrumentos, sendo considerada, como resultado, a mdia de suas leituras;

    Controle das condies ambientais;

    Uso do operador mais especializado e, se justificvel, at nico;

    Menor intervalo de calibrao;

    Uso de procedimento de medio mais especfico e detalhado.

    Em resumo, as providncias possveis para eliminao das fontes de erro.

    3.1. Principais Instrumentos de Presso e Temperatura

    Manmetro: instrumento para medir e indicar presso maior do que a presso ambiente.

    Vacumetro: instrumento para medir e indicar presso menor do que a presso ambiente.

    Manovacumetro: instrumento para medir e indicar presso maior ou menor do que a pressoambiente.

    Termmetro: instrumento para medir e indicar temperatura. Devido utilizao de diferentes

    unidades e escalas de temperaturas, podemos ter valores positivos ou negativos. Seu

    funcionamento bsico, normalmente atravs da "dilatao".

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    4. PADRES

    4.1.

    Introduo

    A preocupao da humanidade com o problema "medio" ficou clara com o histrico apresentado no item

    1.2, porm, a existncia de um sistema de medidas ou unidades apenas necessrio, e no suficiente.

    preciso garantir ainda:

    a utilizao de tal sistema;

    a homogeneidade dos processos de medida.

    O primeiro conseguido atravs da existncia, no pas usurio, de um rgo que estabelea o sistema

    compulsoriamente, e isto feito no Brasil atravs do CONMETRO. O segundo feito atravs damanuteno de padres de referncia e de meios de disseminao para os usurios, e isto feito

    semelhana do National Bureau of Standards (NBS) nos EUA pelo INMETRO.

    4.2. Rastreabilidade

    O NBS, criado em 1901, tem como tarefas bsicas, oferecer:

    Servios de medio para a cincia e tecnologia;

    Cincia e tecnologia para a indstria e para o governo;

    Servios tecnolgicos para paridade no comrcio;

    Servios tecnolgicos para a segurana pblica;

    Servios de informao tecnolgica.

    No Brasil, a existncia do CONMETRO e INMETRO permite assegurar o que em todos os ramos de nossas

    atividades necessrio ter: a REFERNCIA, atravs da conceituao da rastreabilidade.

    De acordo com a definio do VIM ("Vocabulrio Internacional de termos fundamentais e gerais de

    metrologia", INMETRO, CNI, SENAI, 2. edio, 2000), a "Propriedade do resultado de uma medio ou do

    valor de um padro estar relacionado a referncias estabelecidas, geralmente a padres nacionais ou

    internacionais, atravs de uma cadeia contnua de comparaes, todas tendo incertezas estabelecidas."

    A definio ser abordada apenas intuitivamente. A palavra rastreabilidade uma corruptela de

    rastreamento e significa aquilo que possvel ser seguido at uma origem qualquer.

    A maioria das atividades do homem tem por finalidade transaes tcnicas e comerciais. Para tanto o

    cedente e o adquirente querem ter garantia do que (qualidade) e de quanto (quantidade) est sendo

    transacionado. Para garantir isto, necessrio que ambos estejam baseados nas mesmas referncias e que

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    os processos de medio sejam homogneos, ou inversamente, atravs de anlise dos resultados e da

    anlise do processo de medida, cada um chega a uma referncia comum. o que caracteriza a

    rastreabilidade.

    Idealmente, o sistema nacional deveria ter o esquema organizacional abaixo:

    CONMETRO Conselho Nacional de Normalizao, Metrologia e Qualidade Industrial.

    SINMETRO Sistema Nacional de Normalizao, Metrologia e Qualidade Industrial.

    INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial.

    CEMCI Centro de Metrologia Cientfica e Industrial.

    O equilbrio de tal sistema organizacional dinmico e deve ser suportado por atividades interlaboratoriais,para constituir uma rede nacional de metrologia.

    Os laboratrios constituintes deste esquema, principalmente laboratrios de transferncia, seriam

    estabelecidos pelo INMETRO, atravs de credenciamento e constituiriam a Rede Nacional de Calibrao.

    4.3.Tipos de Padres

    So diversos os tipos de padres, dependendo de suas qualidades metrolgicas e do tipo de utilizao a que

    esto destinados.

    Medida materializada, instrumento de medio, material de referncia ou sistema de medio destinado a

    definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza para servir

    com referncia.

    4.3.1.Padro Internacional

    aquele reconhecido por um acordo internacional para servir, internacionalmente, como base para

    estabelecer valores a outros padres da grandeza a que se refere.

    No caso do quilograma, existe somente um artefato no BIPM que representa o padro de massa em nvel

    internacional.

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    Outros padres, como o de comprimento, podem ser realizados em muitos pases, a partir da definio do

    metro.

    4.3.2.Padro Nacional

    aquele reconhecido por deciso nacional para servir, em um pas, como base para estabelecer valores a

    outros padres da grandeza a que se refere. Geralmente, o padro de melhor qualidade metrolgica do

    pas, que chamado de padro primrio. Ocasionalmente, isto pode no vir a ser verdadeiro, pois pode

    acontecer de existir padres melhores que o padro nacional.

    4.3.2.1.Padro Primrio

    o Padro que designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais altas qualidades metrolgicas

    e cujo valor aceito como referncia a outros padres da mesma grandeza.

    4.3.2.2.Padro Secundrio

    um padro cujo valor estabelecido por comparao a um padro primrio da mesma grandeza.

    4.3.2.3.Padro de Referncia

    So os padres da mais alta qualidade metrolgica disponvel em certo local ou em uma dada organizao,

    a partir do qual as medies so derivadas.

    4.3.2.4.Padro de Trabalho

    Padro utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas materializadas, instrumentos de

    medio ou materiais de referncia.

    4.3.2.5.Padro de Transferncia

    Padro utilizado como intermedirio para comparar padres.

    4.3.2.6.Padro Itinerante

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    Padro para ser transportado entre locais diferentes, algumas vezes de construo especial.

    4.3.3.Hierarquia dos padres

    No se compara todas as medies com o padro dado pela definio da unidade correspondente. Por

    exemplo, totalmente impraticvel comparar todas as medies de comprimento com o comprimento do

    trajeto percorrido pela luz durante um intervalo de

    tempo determinado. muito mais prtico possuir ou ter pronto acesso a outros padres mais adequados.

    Em funo disso, uma hierarquia de padres foi desenvolvida como mostrado a seguir:

    PADRES PRIMRIOS DE REFERENCIA

    PADRES DE TRANSFERENCIA

    PADRES DE TRABALHO

    INSTRUMENTOS DE MEDIO

    5.

    CONFIRMAO / COMPROVAO METROLGICA

    o conjunto de operaes requeridas para garantir que um item de equipamento de medio encontra-se

    em um estado de conformidade com as especificaes para seu uso pretendido. Geralmente, inclui

    calibrao, qualquer ajuste e/ou reparo necessrio e as re-calibraes subseqentes, assim como qualquer

    selagem e rotulagem necessria.

    5.1. Requisitos ISO-9001/9002

    Seleo de Equipamento;

    Calibrao e Ajuste;

    Procedimentos;

    Identificao da Situao;

    Registros;

    Condies Ambientais Adequadas;

    Preservao; Proteo (selo, lacre, etc.).

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    5.2. Ajuste

    a operao designada para trazer um instrumento de medio para um estado de desempenho, ausente

    de tendncias e adequado ao seu uso.

    5.3. Calibrao

    Conjunto de operaes que estabelece, sob condies especificadas, a relao entre os valores indicados

    por um instrumento de medio, ou valores representados por uma medida materializada ou um material

    de referncia, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidas por padres.

    5.4. Manuteno

    o ato de manter um instrumento em perfeitas condies de uso, de acordo com normas pr-estabelecidas

    em funo da utilizao do mesmo. Podemos classific-la basicamente em:

    Preventiva e Corretiva.

    "A preciso e a qualidade de seus produtos est ligada ao perfeito desempenho e eficincia de seus

    instrumentos".

    Algumas dicas de como conservar seu instrumento.

    A escolha do instrumento adequado muito importante para o seu trabalho bem como sua melhor

    utilizao, mas sem dvida os cuidados com os mesmos so essncias para sua durao e melhor

    desempenho.

    Paqumetros

    Posicione corretamente os bicos principais na medio externa aproximando o mximo possvel

    pea da escala graduada. Isso evitar erros por folga do cursor e o desgaste prematura das pontas

    onde a rea de contato menor.

    No utilize o paqumetro em esforos excessivos. Tome providncias para que o instrumento nosofra quedas, ou seja, usado no lugar do martelo.

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    METROLOGIA AUADA

    15

    Evite danos nas pontas de medio. Procure que as orelhas de medio nunca sejam utilizadas como

    compasso de traagem. Nem outras pontas.

    Limpe cuidadosamente aps o uso com um pano macio.

    Ao guard-lo por um grande perodo, aplique uma camada de leo antiferrugem suavemente em

    todas as faces do instrumento. No exponha o instrumento diretamente luz do sol.

    Deixe as faces de medio ligeiramente separadas, de 0,2 a 2 mm.

    Traadores de Altura

    Guarde o instrumento sempre sem a ponta se for necessrio manter o traador com a ponta

    montada, deixe-a separada do desempeno de 2 a 20mm. Isso evitar danos e acidentes. Ao guard-lo por um grande perodo, aplique uma camada de leo antiferrugem suavemente em

    todas as faces do instrumento.

    No exponha o instrumento diretamente luz do sol.

    Micrmetros

    Nunca faa girar violentamente o micrmetro. Essa prtica poder acarretar o desgaste prematuroou acidentes.

    Aps seu uso, limpe cuidadosamente, retirando sujeiras e marcas deixadas pelos dedos no

    manuseio.

    Ao guard-lo por um grande perodo, aplique uma camada de leo antiferrugem suavemente em

    todas as faces do instrumento.

    Deixe as faces de medio ligeiramente separadas de 0,1 a 1 mm e no deixe o fuso travado.

    No exponha o instrumento diretamente luz do sol.

    Relgios Comparadores

    Aps o uso limpe sujeiras e marcas deixadas pelos dedos no manuseio. Use um pano macio e seco.

    Proteja o relgio ao guard-lo por longos perodos. Usando um pano macio embebido em leo

    antiferrugem.

    No exponha o relgio diretamente luz do sol e guarde-o em ambiente de baixa umidade, com boa

    ventilao e livre de poeira.

    No exponha o instrumento diretamente luz do sol.

    Guarde-o sempre em seu estojo (ou saco plstico).

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    METROLOGIA AUADA

    16

    6. S ISTEMAS DE TOLERNCIAS E AJUSTES

    A impossibilidade de se obter uma pea tendo exatamente a medida desejada e a importncia fundamental

    da intercambiabilidade na produo em massa fez surgir, nos diferentes pases, vrios sistemas de controle

    das medidas.

    00,3025,0

    05,0

    Em qualquer norma ou pas, consideram-se as seguintes definies nos termos usados para sistemas de

    Tolerncia e Ajustes.

    6.1.

    Dimenso Nominal (Dnom)

    As cotas indicadas no desenho tcnico so chamadas de dimenses nominais. obtida a partir do projeto.

    Consideraremos geralmente, como sendo o nmero inteiro mais prximo das dimenses limites. Por

    exemplo, 30 mm.

    Eixo e Furo tm a mesma Dnom.

    6.2. Dimenso Efetiva

    qualquer valor obtido medindo-se uma pea com um instrumento adequado, cuja sensibilidade seja

    suficiente para controlar as medidas mxima e mnima.

    Exemplo: leitura no paqumetro igual 30,10 mm.

    6.3. Dimenses Limites

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    METROLOGIA AUADA

    17

    So os valores mximo e mnimo admissveis para a pea, sem que seja rejeitada.

    30,00 + 0,25 = 30,25 mm

    No exemplo

    30,00 + 0,05 = 30,05 mm

    6.3.1. Dimenso Mxima (Dmx)

    o mximo valor admissvel para a pea, sem que seja rejeitada.

    No exemplo acimaDmx= 30,25 mm

    6.3.2. Dimenso Mnima (Dmn)

    o mnimo valor admissvel para a pea, sem que seja rejeitada.

    No exemplo acimaDmn= 30,05 mm

    7. Afastamentos

    a diferena entre as dimenses limites e a dimenso nominal.

    7.1. Afastamento Superior

    a diferena entre a dimenso mxima e a dimenso nominal. Pode ser positivo ou negativo. Para o eixo

    usamos as, para o furo usamos As.

    as = DmxDnom => (eixo)

    As = DmxDnom => (Furo)

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    7.2. Afastamento Inferior

    a diferena entre a dimenso mnima e a dimenso nominal. Pode ser positivo ou negativo. Para o eixo

    usamos ai, para o furo usamos Ai.

    ai = DmnDnom => (eixo)

    Ai = DmnDnom => (Furo)

    8. Tolernc ia

    a variao dimensional permissvel da pea, dada pela diferena entre os afastamentos superior e inferior

    ou entre as dimenses mxima e mnima da pea. Sempre um valor positivo.

    t = asai (eixo)

    ou t = DmxDmn

    t = AsAi (Furo)

    t t

    Dmx Dmn Dmx Dmn

    eixo Furo

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    9. Campo de Tolernc ia

    o conjunto de valores compreendidos entre as dimenses mxima e mnima da pea. Representa-se

    graficamente por um retngulo hachurado.

    10. L inha Zero (LZ)

    uma linha imaginria que na representao grfica de tolerncias e ajustes, passa na altura da dimenso

    nominal. Serve de origem aos afastamentos (positivos acima da linha zero e negativos abaixo da linha zero).

    Exemplo: a) eixo com Dmx= 40,20 mm e Dmn= 40,05 mm

    b) Furo com Dmx= 39,90 mm e Dmn= 39,70 mm

    (+)

    as=0,20mm eixo

    ai= 0,05mm LZ = Dnom= 40,00mm

    As =0,10mm

    Furo Ai =0,30mm

    ()

    11. E ixo

    Termo utilizado para descrever uma caracterstica externa de uma pea, incluindo tambm elementos no

    cilndricos. Sempre indicado com letra minscula.

    Ex. largura de uma chaveta, (medida externa).

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    12. Furo

    Termo convencional utilizado para descrever uma caracterstica interna de uma pea, incluindo tambmelementos no cilndricos. Sempre indicado com letra maiscula.

    Ex. largura do rasgo onde se alojar a chaveta, (medida interna).

    eixo Furo

    13. A justes

    o comportamento dimensional de um furo em relao a um eixo, ambos com a mesma dimenso

    nominal. caracterizado pela folga ou interferncia apresentada antes da montagem.

    13.1. Ajuste com Folga

    Diferena positiva entre as dimenses do furo e do eixo, antes da montagem, quando o eixo menor que o

    furo.

    O afastamento inferior do furo maior ou igual ao afastamento superior do eixo.

    Dmnfuro Dmxeixo ou Ai as

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    O ajuste com folga tem como caractersticas ou condies limites:

    a.)Folga Mxima Diferena positiva entre a dimenso mxima do furo e a dimenso

    mnima do eixo.

    Fmx= DmxfuroDmn eixo = Asai

    b.)Folga Mnima Diferena positiva entre a dimenso mnima do furo e a dimenso

    mxima do eixo.

    Fmn= DmnfuroDmx eixo = Aias

    Exemplo: Furo: Dmx = 30,30 mm Eixo: Dmx = 29,80 mm

    Dmn = 30,05 mm Dmn = 29,60 mm

    (+)

    As=0,30mm Furo

    Ai= 0,05mm LZ = Dnom= 30,00mm

    as =0,20mm

    eixo ai =0,40mm

    ()

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    13.2. Ajuste com Interferncia

    Diferena negativa entre as dimenses do furo e do eixo, antes da montagem, quando o eixo maior que o

    furo.

    A montagem da pea, pode ser feita com o auxilio de martelo, prensa e/ou aquecimento da pea com furo.

    O afastamento inferior do eixo maior ou igual ao afastamento superior do furo.

    Dmneixo Dmxfuro ou ai As

    Dmxfuro Dmneixo ou As ai

    O ajuste com interferncia tem como caractersticas ou condies limites:

    a.)Interferncia Mxima Diferena negativa entre a dimenso mnima do furo e a

    dimenso mxima do eixo.

    Imx= DmnfuroDmx eixo = Aias

    b.)Interferncia Mnima Diferena negativa entre a dimenso mxima do furo e a

    dimenso mnima do eixo.

    Imn= DmxfuroDmn eixo = Asai

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    Exemplo: Furo: Dmx = 49,95 mm Eixo: Dmx = 50,25 mm

    Dmn = 49,70 mm Dmn = 50,05 mm

    (+)

    as=0,25mm eixo

    ai= 0,05mm LZ = Dnom= 50,00mm

    As =0,05mm

    Furo Ai =0,30mm

    ()

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    13.3. Ajuste Incerto

    aquele em que as dimenses mxima e mnima de fabricao do furo ou do eixo so tais que no se pode

    garantir se no assento de um casal escolhido ao acaso, haver folga ou interferncia. Ou seja, pode ocorrer

    uma folga ou interferncia entre o furo e o eixo quando montados.

    Este tipo de ajuste se d quando a dimenso mxima do eixo maior que a dimenso mnima do furo e

    dimenso mxima do furo maior que a dimenso mnima do eixo.

    O ajuste incerto quando ambos os campos de tolerncia tem uma faixa de valores em comum. Algumas

    ou todas as dimenses do furo coincidem com algumas ou todas as dimenses do eixo.

    O ajuste incerto tem como caractersticas ou condies limites:

    a.)Interferncia Mxima Imx= DmnfuroDmx eixo = Aias

    b.)Folga Mxima Fmx= DmxfuroDmn eixo = Asai

    Exemplo:

    Furo: Dmx = 30,50 mm Eixo: Dmx = 30,40 mm

    Dmn = 30,15 mm Dmn = 30,10 mm

    FURO (+)eixoAs=0,50mm Imx

    as=0,40mmAi=0,15mm ai=0,10mm LZ=Dnom=30,00mm

    ()

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    METROLOGIA AUADA

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    14. Exerc c ios :

    Para as dimenses limites, determinar:

    a) Dimenso nominal do furo e eixo.

    b) Afastamentos superior e inferior do furo e eixo.

    c) Tolerncia do furo e do eixo.

    d) Fazer a representao grfica do furo e do eixo na linha zero.

    e) Determinar o tipo de ajuste.

    f) Determinar as caractersticas do ajuste.

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    1

    Eixo22,95 mm

    Furo23,40 mm

    22,78 mm 23,05 mmDnom Dmx Dmn as ai t Dnom Dmx Dmn As Ai t

    23,00 22,95 22,78 23,00 23,40 23,05

    as = DmxDnom(eixo) ai = DmnDnom(eixo) t = asai (eixo)

    As = DmxDnom(furo) Ai = DmmDnom(furo) t = AsAi (furo)

    Ajuste com folga Ai as

    Folga Mxima Fmx= Asai

    Folga Mnima Fmn= Ai as

    Ajuste com interferncia ai As

    Interferncia Mxima Imx= Aias

    Interferncia Mnima Imn= As ai

    Ajuste Incerto

    Interferncia Mxima Imx= Ai

    asFolga Mxima Fmx= Asai

    Determinamos para o eixo:

    as = DmxDnom as = 22,9523,00 = 0,05 mm

    ai = DmnDnom ai = 22,7823,00 = 0,22 mm

    t = asai t = 0,05(0,22) = 0,05 + 0,22 = 0,17 mm

    Determinamos para o Furo:

    As = DmxDnom As = 23,4023,00 = 0,40 mm

    Ai = DmnDnom Ai = 23,0523,00 = 0,05 mm

    t = AsAi t = 0,400,05 = 0,35 mm

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    METROLOGIA AUADA

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    Com os valores dos afastamentos e tolerncias, completamos a tabela e fazemos a

    representao grfica.

    eixo22,95 mm

    Furo23,40 mm

    22,78 mm 23,05 mmDnom Dmx Dmn as ai t Dnom Dmx Dmn As Ai t

    23,00 22,95 22,78 -0,05 -0,22 0,17 23,00 23,40 23,05 0,40 0,05 0,35

    (+)

    As=0,40mm Furo

    Ai= 0,05mm LZ = Dnom= 23,00mm

    as =0,05mm

    Eixo ai =0,22mm

    ()

    Para determinar o tipo de ajuste, temos:

    Ajuste com folga Ai as

    Neste caso:

    Ai = 0,05 mm e as = 0,05 mm

    Como: 0,05 0,05 Verdadeiro.

    Conclumos que nosso ajuste do tipo: Ajuste com Folga.

    Calculamos as caractersticas do ajuste ou condies limites:

    Fmx= DmxfuroDmn eixo = Asai

    Fmx= 0,40 ( 0,22) = 0,62 mm

    Fmn= DmnfuroDmx eixo = Aias

    Fmn= 0,05 ( 0,05) = 0,10 mm

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    METROLOGIA AUADA

    28

    Nome:

    RA: Turma:

    2

    Eixo65,38 mm

    Furo64,92 mm

    65,12 mm 64,60 mm

    Dnom Dmx Dmn as ai t Dnom Dmx Dmn As Ai t

    as = DmxDnom(eixo) ai = DmnDnom(eixo) t = asai (eixo)

    As = DmxDnom(furo) Ai = DmmDnom(furo) t = AsAi (furo)

    Ajuste com folga Ai as

    Folga Mxima Fmx= Asai

    Folga Mnima Fmn= Ai as

    Ajuste com interferncia ai As

    Interferncia Mxima Imx= Aias

    Interferncia Mnima Imn= As ai

    Ajuste Incerto

    Interferncia Mxima Imx= Aias

    Folga Mxima Fmx= Asai

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    METROLOGIA AUADA

    29

    Nome:

    RA: Turma:

    3

    Eixo48,15 mm

    Furo48,30 mm

    47,85 mm 47,95 mm

    Dnom Dmx Dmn as ai t Dnom Dmx Dmn As Ai t

    as = Dmx

    Dnom

    (eixo) ai = Dmn

    Dnom

    (eixo) t = asai (eixo)

    As = DmxDnom(furo) Ai = DmmDnom(furo) t = AsAi (furo)

    Ajuste com folga Ai as

    Folga Mxima Fmx= Asai

    Folga Mnima Fmn= Ai as

    Ajuste com interferncia ai As

    Interferncia Mxima Imx= Ai

    asInterferncia Mnima Imn= As ai

    Ajuste Incerto

    Interferncia Mxima Imx= Aias

    Folga Mxima Fmx= Asai

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    30/34

    METROLOGIA AUADA

    30

    Nome:

    RA: Turma:

    4

    Eixo38,00 mm

    Furo38,30 mm

    37,85 mm 38,00 mm

    Dnom Dmx Dmn as ai t Dnom Dmx Dmn As Ai t

    as = Dmx

    Dnom

    (eixo) ai = Dmn

    Dnom

    (eixo) t = asai (eixo)

    As = DmxDnom(furo) Ai = DmmDnom(furo) t = AsAi (furo)

    Ajuste com folga Ai as

    Folga Mxima Fmx= Asai

    Folga Mnima Fmn= Ai as

    Ajuste com interferncia ai As

    Interferncia Mxima Imx= Ai

    asInterferncia Mnima Imn= As ai

    Ajuste Incerto

    Interferncia Mxima Imx= Aias

    Folga Mxima Fmx= Asai

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    31/34

    METROLOGIA AUADA

    31

    Nome:

    RA: Turma:

    5

    Eixo19,65 mm

    Furo19,90 mm

    19,45 mm 19,70 mm

    Dnom Dmx Dmn as ai t Dnom Dmx Dmn As Ai t

    as = Dmx

    Dnom

    (eixo) ai = Dmn

    Dnom

    (eixo) t = asai (eixo)

    As = DmxDnom(furo) Ai = DmmDnom(furo) t = AsAi (furo)

    Ajuste com folga Ai as

    Folga Mxima Fmx= Asai

    Folga Mnima Fmn= Ai as

    Ajuste com interferncia ai As

    Interferncia Mxima Imx= Ai

    asInterferncia Mnima Imn= As ai

    Ajuste Incerto

    Interferncia Mxima Imx= Aias

    Folga Mxima Fmx= Asai

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    METROLOGIA AUADA

    32

    Nome:

    RA: Turma:

    6

    Eixo89,10 mm

    Furo89,05 mm

    88,90 mm 88,85 mm

    Dnom Dmx Dmn as ai t Dnom Dmx Dmn As Ai t

    as = Dmx

    Dnom

    (eixo) ai = Dmn

    Dnom

    (eixo) t = asai (eixo)

    As = DmxDnom(furo) Ai = DmmDnom(furo) t = AsAi (furo)

    Ajuste com folga Ai as

    Folga Mxima Fmx= Asai

    Folga Mnima Fmn= Ai as

    Ajuste com interferncia ai As

    Interferncia Mxima Imx= Ai

    asInterferncia Mnima Imn= As ai

    Ajuste Incerto

    Interferncia Mxima Imx= Aias

    Folga Mxima Fmx= Asai

  • 8/12/2019 Apostila Metrologia 2014 Parte 1

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    METROLOGIA AUADA

    33

    15. B IBLIOGRAFIA METROLOGIA

    AGOSTINHO, O. L.,Tolerncias, ajustes, desvios e anlise de dimenses.Editora Edgard Blucher, So Paulo. 1995

    BECKWITH, T.G., LEWIS, N. B., MARANGONI, R. D., Mechanical Measurements.Addison-Wesley Publishing Company, USA. 1982

    COMPAIN, L.,Metrologia de Taller.Ediciones Urmo, Bilbao. 1970

    GUIMARES, V. A., Controle Dimensional e Geomtrico Uma Introduo a Metrologia Industrial.Ed. Universitria, Passo Fundo. 1999

    LINK, W., Tpicos Avanados da Metrologia Mecnica Confiabilidade Metrolgica e suas aplicaes nametrologia.

    Mitutoyo Sul Amrica Ltda, So Paulo. 2000

    LIRA, F. A., Metrologia na Indstria.Ed. rica, So Paulo. 2001

    NOVASKI, O., Introduo a Engenharia de Fabricao Mecnica.Ed. Edgard Blucher, So Paulo. 1994

    PUGLIESI, M., RABELLO, I.D., BINI, E., Tolerncia, rolamentos e engrenagens.Hemus Editora, So Paulo. 1975

    RODRIGUES, R. S., Metrologia Industrial a medio da pea.Editora Formacon, Mogi da Cruzes. 1989

    WAENY, J. C. C.,Controle total da qualidade em metrologia.Makron Books, So Paulo. 1992

    Apostilas e Videos do TELECURSO 2000 Profissionalizante, Mecnica Metrologia.Editora Globo, So Paulo. 1996

    Normas da ABNT referentes a Tolerncias e Ajustes.

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    METROLOGIA AUADA

    Normas da ABNT referentes a Instrumentos de Medio.