apostila metrologia básica

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Metrologia Básica Centro de Formação Profissional “Cândido Athayde” CURSO: METROLOGIA BÁSICA 1

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Apostila Metrologia Básica

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Page 1: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Centro de Formação Profissional “Cândido Athayde”

CURSO: METROLOGIA BÁSICA

1

Page 2: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

O que é Metrologia?

A Metrologia é a ciência das medições, abrangendo todos os aspectos teóricos e

práticos que asseguram a precisão exigida no processo produtivo, procurando

garantir a qualidade de produtos e serviços através da calibração de

instrumentos de medição, sejam eles analógicos ou eletrônicos (digitais), e da

realização de ensaios, sendo a base fundamental para a competitividade das

empresas.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Quais as Áreas da Metrologia?

Metrologia Científica :

Utiliza instrumentos laboratoriais, pesquisas e metodologias científicas, que têm

por base padrões de medição nacionais e internacionais, para o alcance de altos

níveis de qualidade metrológica.

Metrologia Industrial :

2

Page 3: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Sistemas de medição que controlam processos produtivos industriais e são

responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos acabados.

Metrologia Legal :

Que está relacionada a sistemas de medição usados em relações comerciais, e

nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente.

Breve Histórico das Medidas

Como fazia o homem, cerca de 4000 anos atrás, para medir comprimentos?

As unidades de medição primitivas estavam baseadas em partes do corpo

humano, que eram referências universais, pois ficava fácil chegar-se a uma medida que podia

ser verificada por qualquer pessoa. Foi assim que surgiram medidas padrão como a polegada,

o palmo, o pé, a braça e o passo.

3

Page 4: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Algumas dessas medidas-padrão continuam sendo empregadas até hoje.

Veja os seus correspondentes em centímetros:

1 polegada = 2,54 cm

1 pé = 30,48 cm

1 jarda = 91,44

O antigo testamento da Bíblia é um dos registros mais antigos da história da

humanidade. E lá, no Gênesis, lê-se que o Criador mandou Noé construir uma arca com

dimensões muito específicas, medidas em côvados.

O côvado era uma medida-padrão da região onde morava Noé, e é equivalente a

três palmos, aproximadamente, 66 cm.

As supostas dimensões da Arca de Noé, como citada na Bíblia, eram de

aproximadamente 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura.

198 m198 m

33 m33 m 19,8 m19,8 m

198 m198 m

33 m33 m 19,8 m19,8 m 4

Page 5: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas

do corpo do rei, sendo que tais padrões deveriam ser

respeitados por todas as pessoas que, naquele reino,

fizessem as medições.

Há cerca de 4.000 anos, os egípcios usavam, como

padrão de medida de comprimento, o cúbito: distância

do cotovelo à ponta do dedo médio.

Como as pessoas têm tamanhos diferentes, o cúbito

variava de uma pessoa para outra, ocasionado as

maiores confusões nos resultados das medidas.

Para serem úteis, era necessário que os padrões

fossem iguais para todos. Diante desse problema, os

egípcios resolveram criar um padrão único: em lugar do próprio corpo, eles passaram a usar,

em suas

medições, barras

de pedra com o

mesmo

comprimento. Foi

assim que surgiu o

cúbito-padrão.

5

Page 6: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Com o tempo as barras passaram a ser construídas de madeira, para facilitar o

transporte. Como a madeira logo se desgastava, foram gravados comprimentos equivalentes

a um cúbito-padrão nas paredes dos principais templos.

Desse modo, cada um podia conferir periodicamente sua barra ou mesmo fazer

outras, quando necessário.

6

Page 7: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Nos séculos XV e XVI, os padrões mais usados na Inglaterra para medir

comprimentos eram a polegada, o pé, a jarda e a milha.

Na França, no século XVII. Ocorreu um avanço importante na questão de

medidas.

A Toesa, que era então utilizada como unidade de medida linear, foi padronizada

em um barra de ferro com dois pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede

externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris.

Dessa forma, assim como o cúbito-padrão, cada interessado poderia conferir seus

próprios instrumentos.

Entretanto, esse padrão também foi se desgastando com o tempo e teve que ser

refeito. Surgiu então, um movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural, isto é,

que pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser facilmente copiada, constituindo um

padrão de medida.

Havia também outra exigência para essa unidade: ela deveria ter sus submúltiplos

estabelecidos segundo o sistema decimal. O sistema decimal já havia sido inventado na Índia,

quatro séculos antes de Cristo.

Finalmente, um sistema com essas características foi apresentado por Talleyrand,

na França, num projeto que se transformou em lei naquele país, sendo aprovada em 8 de

maio de 1790.

Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à décima milionésima

parte de um quarto do meridiano terrestre.

Metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.

Essa medida foi transformada em uma barra de platina que passou a ser

denominada metro dos arquivos.

Com o desenvolvimento da ciência, verificou-se que uma medição mais precisa do

meridiano fatalmente daria um metro um pouco diferente. Assim a primeira definição foi

substituída por uma segunda.

7

Page 8: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Metro é a distância entre dois extremos da barra de platina depositada nos

Arquivos da França e apoiada nos pontos de mínima flexão na temperatura

de zero graus Celsius.

Com exigências tecnológicas maiores, decorrentes do avanço científico, notou-se

que o metro dos arquivos apresenta certos inconvenientes.

Por exemplo, o paralelismo das faces não era assim tão perfeito. O material,

relativamente mole, poderia se desgastar, e a barra também não era suficientemente rígida.

Para aperfeiçoar o sistema, fez-se um outro padrão, que recebeu:

seção transversal em X, para ter

maior estabilidade;

uma adição de 10 % de irídio, para

tornar seu material mais durável;

dois traços em seu plano neutro, de

forma a tornar a medida mais perfeita.

Assim em 1889, surgiu a terceira definição:

Metro é a distância entre eixos de dois traços principais marcados na

superfície neutra do padrão internacional depositado no B.I.P.M. (Bureau

Internacional des Poids et Mésures), na temperatura de zero graus Celsius

e sob uma pressão atmosférica de 760 mmHg e apoiado sobre seus pontos

de mínima flexão.

8

Page 9: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Atualmente, a temperatura de referência para calibração é de 20º C. É nessa

temperatura que o metro, utilizado em laboratório de metrologia, tem o mesmo comprimento

do padrão que se encontra na França, na temperatura de 0º C.

Ocorreram, ainda, outras modificações. Hoje o padrão do metro em vigor no Brasil

é recomendado pelo INMETRO, baseado na velocidade da luz, de acordo com decisão da 17ª

Conferência Geral dos Pesos e Medidas de 1983.

O INMETRO, em sua resolução 3/84, assim definiu o metro:

Metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante o

intervalo de tempo de 1 / 299.792.458 do segundo.

É importante observar que todas essas definições somente estabeleceram com

maior exatidão o valor da mesma unidade: o metro.

Curiosidade

Em 1826, foram feitas 32 barras-padrão na França. Em 1889, determinou-se que a

barra nº 6 seria o metro dos Arquivos e a de nº 26 foi destinada ao Brasil.

Este metro-padrão encontra-se no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

Erro de Medição Existe!

Uma medição perfeita, isto é, sem erros, só pode existir se um SM (sistema de

medição) perfeito existir e a grandeza sob medição (denominada mensurando) tiver um valor

único, perfeitamente definido e estável. Apenas neste caso ideal o resultado de uma medição

(RM) pode ser expresso por um número e uma unidade de medição apenas.

9

Page 10: Apostila Metrologia Básica

2.1 MEDIÇÃO Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza.

2.2 METROLOGIA Ciência da medição:

Observação: A metrologia abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou da tecnologia.

Metrologia Básica

Sabe-se que não existem SM perfeitos

Perturbações externas, como, por exemplo, as condições ambientais, podem

provocar erros, alterando diretamente o SM ou agindo sobre o mensurando, fazendo com que

o comportamento do SM se afaste ainda mais do ideal. Variações de temperatura provocam

dilatações nas escalas de um SM de comprimento, variações nas propriedades de

componentes e circuitos elétricos, que alteram o valor indicado por um SM. vibrações

ambientais, a existência de campos eletromagnéticos, umidade do ar excessiva, diferentes

pressões atmosféricas podem, em maior ou menor grau, afetar o SM, introduzindo erros nas

indicações deste.

Na prática estes diferentes elementos que afetam a resposta de um SM aparecem

superpostos. Ao se utilizar um sistema de medição para determinar o resultado de uma

medição é necessário conhecer e considerar a faixa provável dentro da qual se situam estes

efeitos indesejáveis - sua incerteza - bem como levar em conta as variações do próprio

mensurando. Portanto, o resultado de uma medição não deve ser composto de apenas um

número e uma unidade, mas de uma faixa de valores e a unidade. Em qualquer ponto dentro

desta faixa deve situar-se o valor verdadeiro associado ao mensurando.

Escalas

A régua graduada (escala), o metro articulado e a trena são os mais simples entre os

instrumentos de medida linear. Para que se seja completa e tenha caráter universal, deverá

ter graduações do sistema métrico e do sistema inglês.

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Page 11: Apostila Metrologia Básica

Sistema Métrico: Graduação em milímetros (mm).

Sistema Inglês: Graduação em polegadas ( ” ).

Metrologia Básica

A régua apresenta-se, normalmente, em forma de lâmina de aço-carbono ou de aço

inoxidável, e tem sua graduação inicial situada na extremidade esquerda.

As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000,

1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina são as de 150 mm (6") e 300 mm (12").

Exemplo de catálogo de fabricante de instrumentos de medição com especificação das escalas e suas referências.

11

Page 12: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Utiliza-se a régua graduada nas medições com “erro admissível” superior à menor

graduação. Normalmente, essa graduação equivale a 0,5 mm ou 1/32”.

Tipos e Usos da Escala

1 – Réguas de encosto interno.

Destinada a medições que apresentem faces internas de referência.

2 – Réguas sem encosto.

Nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto de referência.

12

Page 13: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

3 – Réguas com encosto.

Destinada à medição de comprimento a partir de uma face externa, a qual é utilizada como encosto.

4 – Régua de Profundidade.

Utilizada nas medições de canais ou rebaixos.

13

Page 14: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Suporte que possibilita transformar uma régua normal em régua de profundidade.

5 – Régua de dois encostos.

Dotada de duas escalas: uma com referência interna e outra com referênciaexterna. É utilizada principalmente pelos ferreiros.

6 – Régua rígida de aço-carbono com seção retangular.

Régua rígida de aço-carbono com seção retangular utilizada para medição de deslocamentos em máquinas-ferramenta, controle de dimensões lineares, traçagem, etc.

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Page 15: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Características e Conservação

1 – Características

De modo geral, uma escala de qualidade deve apresentar bom acabamento,

bordas retas e bem definidas, e faces polidas.

As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metais

tratados termicamente. É necessário que os traços da escala sejam gravados, bem definidos,

uniformes, eqüidistantes e finos.

A retitude e o erro máximo admissível das divisões obedecem a normas

internacionais.

2 – Conservação

Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.

Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.

Limpar após o uso, para remover o suor ou a sujeira.

Aplicar uma camada de óleo fino antes de guardá-la.

Graduações da Escala

1 - Leitura no sistema métrico

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Page 16: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Cada centímetro na escala encontra-se dividido em 10 partes iguais e cada parte

equivale a 1 mm.

Assim, a leitura pode ser feita em milímetro. A ilustração a seguir mostra, de forma

ampliada, como se faz isso.

Verificando o entendimento

16

Page 17: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

a)______d) ______ g)______ j)_______

b)______ e)______ h)______

c)______ f)______ i)_______

l)______ m) ______ n)______

17

Page 18: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento

o)______ p) ______ q)______

18

Page 19: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

2 - Leitura no sistema inglês de polegada fracionária

Nesse sistema, a polegada divide-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas

de precisão chegam a apresentar 32 e até 64 divisões por polegada, enquanto as demais só

apresentam frações de 1/16”.

Exemplo de escala com 16 divisões.

19

Page 20: Apostila Metrologia Básica

Dividindo 1 ” por 2, teremos: 1:2 = 1 x 1 1

2 2

=

Dividindo 1 ” por 4, teremos: 1:4 = 1 x 1 1

4 4

=

Metrologia Básica

A distância entre traços sendo de ¼. Somando as frações, teremos:

20

Page 21: Apostila Metrologia Básica

1 1 + 2 = 4 4 4

(2)

(2) 1 = 2

1 1 + 3 = 4 4 4

1 + 4

1 1 + 4 = 4 4 4

1 + 4

= 1 1 + 4

Dividindo 1 ” por 8, teremos: 1:8 = 1 x 1 1

8 8

=

1 1 + 2 = 8 8 8

(2)

(2) 1 = 4

A distância entre traços sendo de 1 . Somando as frações, teremos:

8

1 1 + 3 = 8 8 8

1 + 8

1 1 + 4 = 8 8 8

1 + 8

= 1 + 8

2 4

(2)

(2)

(2)

(2) = 1

2

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço da escala.

Metrologia Básica

21

Page 22: Apostila Metrologia Básica

Dividindo 1 ” por 16, teremos: 1:16 = 1 x 1 1

16 16

=

1 1 + 2 = 16 16 16

(2)

(2) 1 = 8

A distância entre traços sendo de 1 . Somando as frações, teremos: 16

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço da escala.

Metrologia Básica

Observe que, na figura acima, estão indicadas somente frações de numerador

ímpar. Isso acontece porque, sempre que houver numeradores pares, a fração é simplificada.

A leitura na escala consiste em observar qual traço coincide com a extremidade do

objeto. Na leitura, deve-se observar sempre a altura do traço, porque ele facilita a

identificação das partes em que a polegada foi dividida.

Exemplo de leitura com a escala

22

Page 23: Apostila Metrologia Básica

Dividindo 1 ” por 32, teremos: 1:32 = 1 x 1 1

32 32

=

1 1 + 2 = 32 32 32

(2)

(2) 1 = 16

A distância entre traços sendo de 1 . Somando as frações, teremos: 32

Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço da escala.

a ) b ) c ) d ) e )

f )

g )

h )

i )

j )

Metrologia Básica

Completar as divisões faltantes da escala

Verificando o entendimento

23

Page 24: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Paquímetros

24

Page 25: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

O paquímetro é um instrumento finamente acabado. Com superfícies planas e

polidas. O cursor é ajustado à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um

mínimo de folga. Geralmente é construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a

20ºC. A escala é graduada em milímetros e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou

milesimal. O cursor é provido de uma escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em

frente às escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada.

25

Page 26: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

26

Page 27: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Paquímetro: tipos e usos

Paquímetro universal ou quadrimensional

É utilizado em medições internas (A), externas (C), de profundidade (D) e de ressaltos (B).

Trata-se do tipo mais usado.

Paquímetro universal com relógio

27

Page 28: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

O relógio acoplado ao cursor facilita a leitura, agilizando a medição.

Paquímetro de Profundidade

Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos etc.

Esse tipo de paquímetro pode apresentar haste simples ou haste com gancho.

Haste simples

Paquímetro de Profundidade

28

Page 29: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Haste com gancho

29

Page 30: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Paquímetros Especiais

1 - Paquímetro com bico ajustável

2 - Paquímetro duplo

O Paquímetro para Dentes de

Engrenagens foi projetado para medir

em 0,02mm ou 0,001" a espessura dos

dentes de engrenagens na linha do

passo (espessura da corda do dente),

usando a distância do topo do dente à

corda (o adendo). Para o mesmo

propósito ele pode ser usado para medir

frezas, ferramentas para formar e para

roscar, etc.

30

Page 31: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

3 - Paquímetro tipo lâmina para medições externas e arredondadas para

medições internas.

4

-

Paquímetro com força de medição

constante com impulsor, para medida de materiais flexíveis.

Este paquímetro foi projetado para medições de materiais flexíveis, onde é

possível controlar a força de medição, evitando assim que deformações interfiram no

resultado da medição.

5 - Paquímetro com bico tipo lâmina.

31

Page 32: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

O paquímetro com bico tipo lâmina foi projetado para medições de canais e rasgos

onde não é possível a medição com o paquímetro convencional.

6 - Paquímetro com ponta para medições de canais externos.

7

- Paquímetro com ponta para medições de canais internos.

32

Page 33: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Paquímetros de Altura

Comumente conhecido como Calibradores Traçadores de Altura, esse instrumento

baseia-se no mesmo princípio de funcionamento do paquímetro, apresentando a escala fixa

com cursor na vertical.

É empregado na traçagem de peças, para facilitar o processo de fabricação e,

com auxílio de acessórios, no controle dimensional.

33

Page 34: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Princípio do Nônio

A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem ao português

Pedro Nunes e ao francês Pierre Vernier, considerados seus inventores.

Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm (conforme figura

acima), e dividindo pelo nº de divisões do mesmo (10 divisões), concluímos que cada intervalo

da divisão do nônio mede 0,9 mm.

Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio,

concluímos que cada divisão do nônio é menor 0,1 mm do que cada divisão da escala fixa.

NN--11

NN

0,9 mm0,9 mm

escala fixaescala fixa

escala móvelescala móvel

34

Page 35: Apostila Metrologia Básica

Resolução = UEF NDN

Metrologia Básica

Essa diferença é também a aproximação máxima fornecida pelo instrumento.

Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o da escala fixa, o

paquímetro estará aberto em 0,1mm, coincidindo o 2º com 0,2mm, o 3º com traço com 0,3

mm e assim sucessivamente.

Cálculo da Resolução

As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem

ser calculadas pela sua resolução.

A resolução é a menor medida que o instrumento oferece. Ela é calculada

utilizando-se a seguinte fórmula:

UEF = unidade da escala fixa.

NDN = número de divisões do nônio.

Exemplos de cálculo de resolução:

35

Page 36: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Erro de Leitura

Erros de leitura são causados por dois fatores:

a) Paralaxe;

b) Pressão de medição;

Exemplo:Exemplo:

-- Nônio com 10 divisões Nônio com 10 divisões

Resolução = 1 mm1 mm10 divisões10 divisões

= 0,1 mm0,1 mm

Exemplo:Exemplo:

-- Nônio com 10 divisões Nônio com 10 divisões

Resolução = 1 mm1 mm10 divisões10 divisões

= 0,1 mm0,1 mm

Exemplo:Exemplo:

-- Nônio com 20 divisões Nônio com 20 divisões

Resolução = 1 mm1 mm20 divisões20 divisões

= 0,05 mm0,05 mm

Exemplo:Exemplo:

-- Nônio com 20 divisões Nônio com 20 divisões

Resolução = 1 mm1 mm20 divisões20 divisões

= 0,05 mm0,05 mm

Exemplo:Exemplo:

-- Nônio com 50 divisões Nônio com 50 divisões

Resolução = 1 mm1 mm50 divisões50 divisões

= 0,02 mm0,02 mm

Exemplo:Exemplo:

-- Nônio com 50 divisões Nônio com 50 divisões

Resolução = 1 mm1 mm50 divisões50 divisões

= 0,02 mm0,02 mm

Observação:Observação:O cálculo da resolução, é aplicado a O cálculo da resolução, é aplicado a todo e qualquer instrumento de todo e qualquer instrumento de medição possuidor de nônio, tais medição possuidor de nônio, tais como: paquímetros, micrômetros, como: paquímetros, micrômetros, goniômetros, etc.goniômetros, etc.

36

Page 37: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

1 - Paralaxe

A Paralaxe é a mudança aparente da posição de um objeto observado, causada

por uma mudança da posição do observador.

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima

a. Assim, os traços do nônio TN são mais elevados que os traços da régua TR.

Colocando-se o paquímetro não perpendicularmente a nossa vista e estando superpostos os

traços TN e TM, cada olho projeta o traço TN em posições opostas.

aa TR

TR

TNTN NônioNônioRéguaRégua

37

Page 38: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura

situando o paquímetro em uma posição perpendicular aos olhos.

2 - Pressão de medição

Já o erro de pressão de medição origina-se no jogo do cursor, controlado por uma

mola. Pode ocorrer uma inclinação do cursor em relação à régua, o que altera a medida.

TN Pro

jeta

do

TN Pro

jeta

do

aa

TN Pro

jeta

do

TN Pro

jeta

do

TNTN

TRTR

38

Page 39: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Para se deslocar com

facilidade sobre a régua, o cursor deve

estar bem regulado: nem muito preso,

nem muito solto. O operador deve,

portanto, regular a mola, adaptando o

instrumento à sua mão. Caso exista

uma folga anormal, os parafusos de

regulagem da mola devem ser

ajustados, girando-os até encostar no

fundo e, em seguida, retornando 1/8

de volta aproximadamente.

Após esse ajuste, o

movimento do cursor deve ser suave,

porém sem folga.

Leitura no Sistema Métrico

Na escala fixa ou principal do paquímetro, a leitura feita antes do zero do nônio

corresponde à leitura em milímetro.

39

Page 40: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Em seguida, você deve contar os traços do nônio até o ponto em que um deles

coincidir com um traço da escala fixa.

Depois, você soma o número que leu na escala fixa ao número que leu no

nônio.

Para você entender o processo de leitura no paquímetro, são apresentados,

a seguir, dois exemplos de leitura.

Exemplos de Leitura

Escala em milímetro e nônio com 10 divisões

Verificando o entendimento

Resolução = 1 mm1 mm10 divisões10 divisões

= 0,1 mm0,1 mm

40

Page 41: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Exemplos de Leitura

Escala em milímetro e nônio com 20 divisões

a )a ) b )b ) c )c )

Resolução = 1 mm1 mm20 divisões20 divisões

= 0,05 mm0,05 mm

41

Page 42: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento

Exemplos de Leitura

Escala em milímetro e nônio com 50 divisões

a )a )

b )b )

42

Page 43: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento

Leitura no Sistema Inglês Fracionário

a )a )

b )b )

43

Page 44: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

No sistema inglês, a escala fixa do paquímetro é graduada em polegada e frações

de polegada. Esses valores fracionários da polegada são complementados com o uso do

nônio.

Para utilizar o nônio, precisamos saber calcular sua resolução:

Assim, cada divisão do nônio vale:

Duas divisões corresponderão à e assim por diante.

A partir daí, vale a

explicação dada no item

anterior: adicionar à leitura

da escala fixa a leitura do

nônio.

Exemplos de Leitura

Resolução = UEFUEFNDNNDN

111616==88

111616

88== :: == 111616

1188

xx == 11128128

UEFUEF = unidade da escala fixa.= unidade da escala fixa.NDNNDN = número de divisões do nônio.= número de divisões do nônio.

11128128

2 ”2 ”128128 == 1 ”1 ”

6464

44

Page 45: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento

a )a )

c )c )

e )e )

b )b )

d )d )

f )f )

45

Page 46: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento

a )a )

c )c )

e )e )

b )b )

d )d )

f )f )

g )g )

i )i )

k )k )

h )h )

j )j )

l )l )

46

Page 47: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Facilitando a Leitura no Sistema Inglês Fracionário

m )

o )

n )n )

p )p )

47

Page 48: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Você deve ter percebido que medir em polegada fracionária exige operações

mentais.

Para facilitar a leitura desse tipo de medida, recomendamos o seguinte

procedimento:

Multiplica-se o último algarismo do denominador da concordância do nônio, pelo o

número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio. O resultado da

multiplicação soma-se com o numerador, repetindo-se o denominador da concordância.

Verificando o entendimento

5 ”5 ”1212331 ”1 ” 88

xx

++

24242929

128128

1 ”1 ” 2929128128

6 ”6 ”121211 88

xx

++

881414

12812877

6464

(2)(2)

(2)(2)

a )a )

c )c )

e )e )

b )b )

d )d )

f )f )

48

Page 49: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento

a )a )

c )c )

e )e )

b )b )

d )d )

f )f )

49

Page 50: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

m )

o )

n )n )

p )p )

50

Page 51: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Colocação de medida no paquímetro em polegada fracionária

Para abrir um paquímetro em uma medida dada em polegada fracionária, devemos:

1º Passo: Verificar se a fração tem denominador 128. Se não tiver, deve-sesubstituí-la pela sua equivalente, com denominador 128.

996464

1818128128

Não tem denominador 128.Não tem denominador 128. É uma fração equivalente comÉ uma fração equivalente comDenominador 128.Denominador 128.

2º Passo: Dividir o numerador por 8. Utilizando o exemplo acima:

Obs.Obs. 8 é o número de divisão do nônio8 é o número de divisão do nônio

1818 88

2222quocientequocienterestoresto

3º Passo: O quociente indica a medida na escala fixa; o resto mostra o número do traço do nônio que coincide com um traço da escala fixa.

51

Page 52: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Colocação de medida no paquímetro em polegada fracionária

Para abrir um paquímetro em uma medida dada em polegada fracionária, devemos:

1º Passo: Verificar se a fração tem denominador 128. Se não tiver, deve-sesubstituí-la pela sua equivalente, com denominador 128.

2525128128

Tem denominador 128.Tem denominador 128.

2º Passo: Dividir o numerador por 8. Utilizando o exemplo acima:

2525 88

3311quocientequocienterestoresto

Obs.Obs. 8 é o número de divisão do nônio8 é o número de divisão do nônio

3º Passo: O quociente indica a medida na escala fixa; o resto mostra o número do traço do nônio que coincide com um traço da escala fixa.

52

Page 53: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Leitura – Sistema Inglês Decimal

No paquímetro em que se adota o sistema inglês decimal, cada polegada da

escala fixa divide-se em 40 partes iguais. Cada divisão corresponde a:

Como o nônio tem 25 divisões, a resolução desse paquímetro é:

O procedimento para leitura é o mesmo que para a escala em milímetro.

Contam-se as unidades 0.025" que estão à esquerda do zero (0) do nônio e, a

seguir, somam-se os milésimos de polegada indicados pelo ponto em que um dos traços do

nônio coincide com o traço da escala fixa.

Verificando o entendimento

40401 ”1 ” == 0,025”0,025”

Resolução = UEFUEFNDNNDN

0,025”0,025”==2525

==

UEFUEF = unidade da escala fixa.= unidade da escala fixa.NDNNDN = número de divisões do nônio.= número de divisões do nônio.

0,001”0,001”

53

Page 54: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Técnica de utilização do paquímetro

Para ser usado corretamente, o paquímetro precisa ter:

seus encostos limpos;

a peça a ser medida deve estar posicionada corretamente entre os encostos.

a )a ) b )b ) c )c )

54

Page 55: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

É importante abrir o paquímetro com uma distância maior que a dimensão do

objeto a ser medido.

O centro do encosto fixo deve ser encostado em uma das extremidades da peça.

Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel

toque a outra extremidade.

Nas medidas externas, a peça a ser medida deve ser colocada o mais

profundamente possível entre os bicos de medição para evitar qualquer desgaste na ponta

dos bicos.

55

Page 56: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos e da

peça devem estar bem apoiadas.

Nas medidas internas, as orelhas precisam ser colocadas o mais profundamente

possível. O paquímetro deve estar sempre paralelo à peça que está sendo medida.

56

Page 57: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Para maior segurança nas medições de diâmetros internos, as superfícies de

medição das orelhas devem coincidir com a linha de centro do furo.

No caso de medidas de profundidade, apóia-se o paquímetro corretamente

sobre a peça, evitando que ele fique inclinado.

57

Page 58: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Nas medidas de ressaltos, coloca-se a parte do paquímetro apropriada para ressaltos

perpendicularmente à superfície de referência da peça.

Não se deve usar a haste de profundidade para esse tipo de medição, porque ela

não permite um apoio firme.

Micrômetros

Origem e Função do Micrômetro

58

Page 59: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Jean Louis Palmer em 1848 apresentou, pela primeira vez, um micrômetro para

requerer sua patente. O instrumento permitia a leitura de centésimos de milímetro, de maneira

simples.

Com o decorrer do tempo, o micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou medições

mais rigorosas e exatas do que o paquímetro.

De modo geral, o instrumento é conhecido como micrômetro. Na França,

entretanto, em homenagem ao seu inventor, o micrômetro é denominado palmer.

Princípio de Funcionamento

59

Page 60: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema

parafuso e porca. Assim, há uma porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma volta

completa, provocará um descolamento igual ao seu passo.

Desse modo, dividindo-se a cabeça do parafuso, pode-se avaliar frações menores

que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.

60

Page 61: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Conhecendo o Micrômetro

61

Page 62: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Principais Componentes

AR

CO

AR

CO

CA

TR

AC

A

CA

TR

AC

A

BA

TE

NT

E

BA

TE

NT

E

CO

M C

ON

TA

DO

R M

EC

ÂN

ICO

C

OM

CO

NT

AD

OR

ME

NIC

O

TA

MB

OR

CO

M F

RIC

ÇÃ

OT

AM

BO

R C

OM

FR

ICÇ

ÃO

FA

CE

S D

E M

ED

IÇÃ

OF

AC

ES

DE

ME

DIÇ

ÃO

FU

SO

F

US

O

BA

INH

A

BA

INH

A

BU

CH

AB

UC

HA

INT

ER

NA

IN

TE

RN

A

PO

RC

A D

E A

JU

ST

E

PO

RC

A D

E A

JU

ST

E

TA

MB

OR

T

AM

BO

R

LIN

HA

DE

RE

FE

NC

IA

LIN

HA

DE

RE

FE

NC

IA

TR

AV

A

TR

AV

A

ISO

LA

NT

E T

ÉR

MIC

O

ISO

LA

NT

E T

ÉR

MIC

O

LE

ITU

RA

DA

S M

ED

IDA

SL

EIT

UR

A D

AS

ME

DID

AS

AR

CO

AR

CO

CA

TR

AC

A

CA

TR

AC

A

BA

TE

NT

E

BA

TE

NT

E

CO

M C

ON

TA

DO

R M

EC

ÂN

ICO

C

OM

CO

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AD

OR

ME

NIC

O

TA

MB

OR

CO

M F

RIC

ÇÃ

OT

AM

BO

R C

OM

FR

ICÇ

ÃO

FA

CE

S D

E M

ED

IÇÃ

OF

AC

ES

DE

ME

DIÇ

ÃO

FU

SO

F

US

O

BA

INH

A

BA

INH

A

BU

CH

AB

UC

HA

INT

ER

NA

IN

TE

RN

A

PO

RC

A D

E A

JU

ST

E

PO

RC

A D

E A

JU

ST

E

TA

MB

OR

T

AM

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R

LIN

HA

DE

RE

FE

NC

IA

LIN

HA

DE

RE

FE

NC

IA

TR

AV

A

TR

AV

A

ISO

LA

NT

E T

ÉR

MIC

O

ISO

LA

NT

E T

ÉR

MIC

O

LE

ITU

RA

DA

S M

ED

IDA

SL

EIT

UR

A D

AS

ME

DID

AS

62

Page 63: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

O arco é constituído de aço especial ou fundido, tratado termicamente para

eliminar as tensões internas.

O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatação porque isola a transmissão

de calor das mãos para o instrumento.

O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado para

garantir exatidão do passo da rosca.

As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se

rigorosamente planos e paralelos. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro, de

alta resistência ao desgaste.

A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando isso é

necessário.

O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso

micrométrico. Portanto, a cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso

micrométrico.

A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante.

A trava permite imobilizar o fuso numa medida pré-determinada.

Características

63

Page 64: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Os micrômetros caracterizam-se pela:

Capacidade;

Resolução;

Aplicação.

A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25 mm (ou 1"),

variando o tamanho do arco de 25 em 25 mm (ou 1 em 1” ). Podem chegar a 2000 mm (ou

80").

A resolução nos micrômetros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; .001" ou .0001".

Micrômetro Externo

Micrômetro para medição externa.

Micrômetro Externo

Tambor com fricçãoTambor com fricção

64

Page 65: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Micrômetro de capacidade de até 2000 mm.

Micrômetros Externos com Ponta Fina

65

Page 66: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Micrômetros Externos com Pontas Cônicas

Micrômetros Externos com Batentes em V

66

Page 67: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Micrômetros Externos com Pontas Esféricas

Micrômetros Externos para Engrenagens

67

Page 68: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Com pontas esféricas intercambiáveis para medição de diâmetros primitivos das engrenagens

Micrômetros Externos com Pontas Tipo Lâmina

Micrômetros Externos com Relógio Comparador

68

Page 69: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Processo de medição

Uma dimensão básica é colocada no micrômetro. Então o fuso é travado e a peça

a ser medida é inserida. O batente móvel transmite a diferença que pode ser lida no relógio

comparador (opcional).

Micrômetros Externos para Roscas

Utilizado para medir diâmetro primitivo de roscas.

Utiliza pontas de medição.

Micrômetro Passa / Não Passa

Julgamento rápido PASSA / NÃO PASSA para medições em grande quantidade.

69

Page 70: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Micrômetros para Medições Especiais

1 - Com arco profundo para medição de produtos semi-acabados com grande

superfície.

2 - Para medir chapas e tiras de

metal

70

Page 71: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

3 - Micrômetros Externos Tipo Paquímetro

Com garras de medição

Este tipo de micrômetro foi especialmente desenhado para

medir em locais de difícil acesso.

4 - Micrômetros para Medições de Rebordos de Latas

Acessórios para

Micrômetros Externos

1 - Barras Padrão para

Micrômetros Externos

71

Page 72: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Controle e ajuste de todos os micrômetros externos com no mínimo 25 mm de

capacidade de medição.

Micrômetros de Profundidade

72

Page 73: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Modelo com hastes intercambiáveis de

metal duro

Micrômetros Internos Tubulares

Design leve devido à construção tubular.

Erros de medição podem ocorrer devido ao posicionamento incorreto

(inclinação) dos micrômetros internos

73

Page 74: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Micrômetros Internos de 3 Pontas “Holtest”

O instrumento entra em contato com a parede do furo

para medi-lo em 3 pontos.

Esse sistema facilita a operação e aumenta a exatidão

se comparado aos instrumentos com duas pontas graças aos pinos

de medição posicionados a distância de 120°.

Girando a catraca, o “Holtest” automaticamente se

posiciona no centro do furo,

executando uma medição mais rápida e

fácil sem perder a exatidão.

74

Page 75: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Cálculo da Resolução

A resolução é a menor medida que o instrumento oferece. Ela é calculada utilizando-se

a seguinte fórmula:

Resolução = PRFMPRFMNDTNDT

PRFM = passo da rosca do fuso micrométrico. PRFM = passo da rosca do fuso micrométrico.

NDN = número de divisões do tambor. NDN = número de divisões do tambor.

Exemplo:Exemplo:

-- Tambor com 50 divisões Tambor com 50 divisões

Resolução = 0,5 mm0,5 mm50 divisões50 divisões

= 0,01 mm0,01 mm

Exemplo:Exemplo:

-- Tambor com 50 divisões Tambor com 50 divisões

Resolução = 0,5 mm0,5 mm50 divisões50 divisões

= 0,01 mm0,01 mm

75

Page 76: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Assim, girando o tambor, cada divisão provocará um deslocamento de 0,01 mm no

fuso.

Micrômetros: sistema métrico

Leitura com resolução de 0,01 mm.

1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.

2º passo - leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.

3º passo - leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor.

Observação:Observação:O cálculo da resolução, é aplicado a O cálculo da resolução, é aplicado a todo e qualquer instrumento de todo e qualquer instrumento de medição possuidor de nônio, tais medição possuidor de nônio, tais como: paquímetros, micrômetros, como: paquímetros, micrômetros, goniômetros, etc.goniômetros, etc.

17 mm17 mm

0,5 mm0,5 mm

0,32 mm0,32 mm

76

Page 77: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.

2º passo - leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.

3º passo - leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor.

17,00 mm 17,00 mm (escala dos mm da bainha)(escala dos mm da bainha)

0,50 mm 0,50 mm (escala dos meios mm da bainha)(escala dos meios mm da bainha)

0,32 mm 0,32 mm (escala centesimal da bainha)(escala centesimal da bainha)

+ +

17,82 mm 17,82 mm Leitura TotalLeitura Total

23 mm23 mm

0,00 mm0,00 mm

0,09 mm0,09 mm

77

Page 78: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Cálculo de Resolução do nônio

Quando no micrômetro houver nônio, ele indica o valor a ser acrescentado à

leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor,

dividida pelo número de divisões do nônio.

Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, sua resolução será:

Leitura com resolução de 0,001 mm.

23,00 mm 23,00 mm (escala dos mm da bainha)(escala dos mm da bainha)

0,00 mm 0,00 mm (escala dos meios mm da bainha)(escala dos meios mm da bainha)

0,09 mm 0,09 mm (escala centesimal da bainha)(escala centesimal da bainha)

+ +

23,09 mm 23,09 mm Leitura TotalLeitura Total

Resolução = 0,01 mm0,01 mm10 divisões10 divisões

= 0,001 mm0,001 mm

78

Page 79: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha

2º passo - leitura dos meios milímetros na mesma escala.

3º passo - leitura dos centésimos na escala do tambor.

4º passo -leitura dos milésimos com o auxílio do nônio da bainha, Verificando qual dos traços

do nônio coincide com o traço do tambor.

Verificando o entendimento.

A A

B B

C C

D D

A = 20,000 mmA = 20,000 mm + +

T = 20,618 mmT = 20,618 mm

B = 00,500 mmB = 00,500 mm

C = 00,110 mmC = 00,110 mm

D = 00,008 mmD = 00,008 mm

79

Page 80: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento.

a )a )

b )b )

c )c )

d )d )

80

Page 81: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento.

e )e )

f )f )

g )g )

h )h )

i )i )

81

Page 82: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento.

j )j )

k )k )

l )l )

m)m)

82

Page 83: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Calibração

Antes de iniciar a medição de uma peça, devemos calibrar o instrumento de acordo com a sua capacidade.

Precisamos tomar os seguintes cuidados:

limpe cuidadosamente as partes móveis eliminando poeiras e sujeiras, com pano macio

e limpo;

antes do uso, limpe as faces de medição; use somente uma folha de papel macio;

encoste suavemente as faces de medição usando apenas a catraca; em seguida,

verifique a coincidência das linhas de referência da bainha com o zero do tambor; se

n )n )

o)o)

p)p)

83

Page 84: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

estas não coincidirem, faça o ajuste movimentando a bainha com a chave de

micrômetro, que normalmente acompanha o instrumento.

Para calibrar ou zerar micrômetros acima de 25 mm de capacidade, deve –se utilizar uma

barra-padrão ou bloco padrão.

Conservação

Alguns cuidados devem ser tomados:

Limpar o micrômetro, secando-o com um pano limpo e macio (flanela);

Untar o micrômetro com vaselina líquida, utilizando um pincel;

Guardar o micrômetro em armário ou estojo apropriado, para não deixá-lo exposto à

sujeira e à umidade.

Evitar contatos e quedas que possam riscar ou danificar o micrômetro e sua escala.

Controle e ajuste de todos os micrômetros externos com nomínimo 25 mm de capacidade de medição.

Barras Padrão paraMicrômetros Externos

Controle e ajuste de todos os micrômetros externos com nomínimo 25 mm de capacidade de medição.

Barras Padrão paraMicrômetros Externos

84

Page 85: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Blocos-Padrão

Para realizar qualquer medida, é

necessário estabelecer previamente um

padrão de referência.

Ao longo do tempo, diversos

padrões foram adotados: o pé, o braço

etc. Mais tarde, no século XVIII, foi

introduzido, na França, o sistema métrico.

Em 1898, C. E. Johanson solicitou

a patente de blocos-padrão: peças em

85

Page 86: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

forma de pequenos paralelepípedos, padronizados nas dimensões de 30 ou 35 mm x 9 mm,

variando de espessura a partir de 0,5 mm.

Atualmente, nas indústrias são encontrados blocos-padrões em milímetro e em

polegada.

Muito utilizados como

padrão de referência na

indústria moderna, desde o

laboratório até a oficina, são

de grande utilidade nos

dispositivos de medição,

nas traçagens de peças e

nas próprias máquinas

operatrizes.

Existem jogos de blocos-padrão com diferentes quantidades de peças. Não devemos,

porém, adotá-los apenas por sua quantidade de peças, mas pela variação de valores

existentes em seus blocos fracionários.

Conservação

As dimensões dos blocos-padrão são extremamente exatas, mas o uso constante pode

interferir nessa exatidão. Por isso, são usados os blocos-protetores, mais resistentes, com a

finalidade de impedir que os blocos-padrão entrem em contato direto com instrumentos ou

ferramentas.

A fabricação dos protetores obedece às mesmas normas utilizadas na construção dos

blocos-padrão normais.

86

Page 87: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Entretanto, emprega-se material que

permite a obtenção de maior dureza.

Geralmente são fornecidos em jogos

de dois blocos, e suas espessuras

normalmente são de 1, 2 ou 2,5 mm, podendo

variar em situações especiais.

Os blocos protetores têm como

finalidade proteger os blocos padrão no

momento de sua utilização.

Classificação

87

Page 88: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Especificações

Exatidão: JIS 37506/DIN-861/ISO-3650

Classe: K

Para calibração de blocos padrão e uso em laboratórios

Classe: 0

Para calibração de blocos padrão e instrumentos de alta precisão.

Classe: 1

Para ser usado em calibradores padrão e ajuste de instrumentos de medição de

comprimento.

Classe: 2

É usado como dispositivo de ajuste e calibração de instrumentos e para fixação

de ferramentas.

Materiais

88

Page 89: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Os materiais mais utilizados para a fabricação dos blocos-padrão são:

Aço

Atualmente é o mais utilizado nas indústrias. O aço é tratado termicamente para

garantir a estabilidade dimensional, além de assegurar dureza acima de 800 HV.

Metal duro

São blocos geralmente fabricados em carbureto de tungstênio. Hoje, este tipo de bloco-

padrão é mais utilizado como bloco protetor. A dureza deste tipo de bloco padrão situa-se

acima de 1.500 HV.

Cerâmica

O material básico utilizado é o zircônio. A utilização deste material ainda é recente, e

suas principais vantagens são a excepcional estabilidade dimensional e a resistência à

corrosão. A dureza obtida nos blocos-padrão de cerâmica situa-se acima de 1400 HV.

Erros admissíveis

As normas internacionais estabelecem os erros dimensionais e de planeza nas

superfícies dos blocos-padrão.

Segue abaixo uma tabela com os erros permissíveis para os blocos-padrão (norma

DIN./ISO/JIS).

Técnica de empilhamento

89

Page 90: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Os blocos deverão ser, inicialmente, limpos com algodão embebido em álcool Iso-

Propílico.

Depois, retira-se toda impureza e umidade, com um pedaço de camurça, papel ou algo

similar, que não solte fiapos.

Os blocos são colocados de forma

cruzada, um sobre o outro. Isso deve ser

feito de modo que as superfícies fiquem

em contato.

Em seguida, devem ser girados

lentamente, exercendo-se uma pressão

moderada até que suas faces fiquem

alinhadas e haja perfeita aderência, de modo a expulsar a lâmina de ar que as separa. A

aderência assim obtida parece ser conseqüência do fenômeno físico conhecido como atração

molecular (com valor de aproximadamente 500N/cm2), e que produz a aderência de dois

corpos metálicos que tenham superfície de contato finamente polidas.

Para a montagem dos demais blocos, procede-se da mesma forma, até atingir a

medida desejada. Em geral, são feitas duas montagens para se estabelecer os limites máximo

e mínimo da dimensão que se deseja calibrar, ou de acordo com a qualidade prevista para o

trabalho.

Exemplo de utilização

90

Page 91: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Os blocos-padrão podem ser usados para verificar um rasgo em forma de rabo de

andorinha com roletes, no valor de 12,573 + 0,005. Devemos fazer duas montagens de

blocos-padrão, uma na dimensão mínima de 12,573 mm e outra na dimensão máxima de

12,578 mm.

91

Page 92: Apostila Metrologia Básica

12,578 - 4,000

Dim. Bloco 2 blocos protetores

8,578 Dim. Bloco - 1,008 1 blocos

7,570 Dim. Bloco - 1,270 1 blocos

6,300 Dim. Bloco 1,300 1 blocos

5,000 Dim. Bloco - 5,000 1 blocos

0,000 6 blocos

12,573 - 4,000

Dim. Bloco 2 blocos protetores

8,573 Dim. Bloco - 1,003 1 blocos

7,570 Dim. Bloco - 1,070 1 blocos

6,500 Dim. Bloco 6,500 1 blocos

0,000 5 blocos

Metrologia Básica

Faz-se a combinação por blocos de forma regressiva, procurando utilizar o menor

número possível de blocos. A técnica consiste em eliminar as últimas casas decimais,

subtraindo da dimensão a medida dos blocos existentes no jogo.

Conservação

Evitar a oxidação pela umidade, marcas dos dedos ou aquecimento utilizando luvas

sempre que possível.

Evitar quedas de objetos sobre os blocos e não deixá-los cair.

Limpar os blocos após sua utilização com álcool iso-propílico, enxugando-os com

camurça ou pano. Antes de guardá-los, é necessário passar uma leve camada de

vaselina (os blocos de cerâmica não devem ser lubrificados).

Evitar contato dos blocos-padrão com desempeno, sem o uso dos blocos protetores.

92

Page 93: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Régua de controle

Réguas de controle são instrumentos para a verificação de superfícies planas,

construídas de aço, ferro fundido ou de granito. Apresentam diversas formas e tamanhos, e

classificam-se em dois grupos:

- réguas de fios retificados;

- réguas de faces lapidadas, retificadas ou rasqueteadas.

Para verificar a planicidade de uma

superfície, coloca-se a régua com o fio

retificado em contato suave sobre essa

superfície, verificando se há passagem de luz.

Repete-se essa operação em diversas

posições.

Esquadro de precisão

É um instrumento em forma de ângulo reto, construído de aço, ou granito. Usa-se para

verificação de superfícies em ângulo de 90º.

Os esquadros são classificados quanto

à forma e ao tamanho.

93

Page 94: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Forma

Cilindro-padrão e coluna-padrão

É um esquadro de forma cilíndrica, fabricado de aço-carbono temperado e retificado.

Usa-se para verificação de superfícies em ângulo de 90º, quando a face de referência é

suficientemente ampla para oferecer bom apoio.

O cilindro-padrão tem sua base rigorosamente perpendicular a qualquer geratriz da sua

superfície cilíndrica. Também a coluna-padrão possui as duas bases rigorosamente

perpendiculares a qualquer dos quatro planos estreitos talhados nas suas arestas

longitudinais e cuidadosamente retificados. A figura acima indica o modo de se fazer a

verificação.

Verificador de ângulos

Esquadro de base com lâmina lisa,

utilizado também para traçar.

Esquadro simples ou plano de uma só peça

94

Page 95: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Usa-se para verificar superfícies em ângulos. Em cada lâmina vem gravado o ângulo,

que varia de 1º a 45º.

Verificador de rosca

Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas está gravado o

número de fios por polegada ou o passo da rosca em milímetros.

Verificador de ângulo de broca

Serve para a verificação do ângulo de 59º e para a medição da aresta de corte de

brocas.

95

Page 96: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificador de folga

O verificador de folga é confeccionado de lâminas de aço temperado, rigorosamente

calibrado em diversas espessuras. As lâminas são móveis e podem ser trocadas. São usadas

para medir folgas nos mecanismos ou conjuntos.

De modo geral, os verificadores de folga se apresentam em forma de canivete.

Em ferramentaria, entretanto, utilizam-

se calibradores de folga em rolos.

Obs.: Não exercer esforço excessivo, o que

pode danificar suas lâminas.

Régua de seno

A régua de seno é constituída de uma barra de aço temperado e retificado. Com

formato retangular, possui dois rebaixos: um numa extremidade e outro próximo à

extremidade oposta. Nesses rebaixos é que se encaixam os dois cilindros que servem de

apoio à régua.

96

Page 97: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Os furos existentes no corpo da régua reduzem seu peso e possibilitam a fixação das

peças que serão medidas.

A distância entre os centros dos

cilindros da régua de seno varia de

acordo com o fabricante.

O

fabricante garante a exatidão da distância (L). A altura (H) é conseguida com a utilização de

blocos-padrão.

97

Page 98: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Por exemplo: deseja-se inclinar a régua de seno 30º (a), sabendo que a distância entre os

cilindros é igual a 100 mm (L).

Qual é a altura (H) dos blocos-padrão?

Sabendo que seno de 30º é 0,5

A mesa de seno é semelhante à régua de seno. Suas proporções, entretanto, são

maiores. Possui também uma base, na qual se encaixa um dos cilindros, o que facilita sua

inclinação.

50 mm

H = seno 30º . 100

H = 0,5 . 100

H = 50 mm

98

Page 99: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

A mesa de seno com contra-pontas permite medição de peças cilíndricas com furos de

centro.

Técnica de utilização

Para medir o ângulo de uma peça com a mesa de seno, é necessário que a mesa

esteja sobre o desempeno e que tenha como referência de comparação o relógio comparador.

Se o relógio, ao se deslocar sobre a superfície a ser verificada, não alterar sua

indicação, significa que o ângulo da peça é semelhante ao da mesa.

99

Page 100: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Com a mesa de seno com contra-pontas, podemos medir ângulos de peças cônicas.

Para isso, basta inclinar a mesa, até a superfície superior da peça ficar paralela à base da

mesa. Dessa forma, a inclinação da mesa será igual à da peça fixada entre as contra-pontas.

Medição de pequenos ângulos

Nessa medição, a mesa de seno e a mesa de seno com contra-pontas possuem uma

diferença de plano (dp). Essa diferença de plano varia de acordo com os fabricantes, sendo

que as alturas mais comuns são de 5, 10 e 12,5 mm.

Para obter a igualdade de plano colocam-se blocos-padrão que correspondam à

diferença de altura entre a base e o cilindro. Com esse recurso podemos fazer qualquer

inclinação, por menor que seja, e ainda usar blocos-padrão protetores.

Relógio Comparador

100

Page 101: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Introdução

Medir a grandeza de uma peça por comparação é determinar a diferença da grandeza

existente entre ela e um padrão de dimensão predeterminado. Daí originou-se o termo

medição indireta.

Relógio Comparador

O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação, dotado de uma

escala e um ponteiro, ligados por mecanismos diversos a uma ponta de contato.

O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação. As

diferenças percebidas nele pela ponta de contato são amplificadas mecanicamente e irão

movimentar o ponteiro rotativo diante da escala.

Co

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Dimensão da peça = Dimensão do padrão ± diferença

101

Page 102: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem

resolução de 0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém os

mais comuns são de 1 mm, 10 mm, .250" ou 1".

Em alguns modelos, a escala dos relógios se

apresenta perpendicularmente em relação a ponta de

contato (vertical).

E, caso apresentem um curso que implique mais

de uma volta, os relógios comparadores possuem,

além do ponteiro normal, outro menor, denominado

contador de voltas do ponteiro principal.

102

Page 103: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis,

podendo ser ajustados nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que será

medida.

Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores.

Sua finalidade é possibilitar controle em série de peças, medições especiais de superfícies

verticais, de profundidade, de espessuras de chapas etc.

103

Page 104: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das

vantagens de seu emprego é a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do

diâmetro ou de defeitos, como conicidade, ovalização etc.

Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma

ponta de contato em movimento axial

transmitido a um relógio comparador, no qual

pode-se obter a leitura da dimensão. O

instrumento deve ser previamente calibrado

em relação a uma medida padrão de

referência.

104

Page 105: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito.

Mecanismos de amplificação

Os sistemas usados nos mecanismos de amplificação são por engrenagem, por

alavanca e mista.

Amplificação por engrenagem

Os instrumentos mais comuns para medição por comparação possuem sistema de

amplificação por engrenagens.

As diferenças de grandeza que acionam o ponto de contato são amplificadas

mecanicamente.

A ponta de contato move o fuso que possui uma cremalheira, que aciona um trem de

engrenagens que, por sua vez, aciona um ponteiro indicador no mostrador.

105

Page 106: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a um

deslocamento de 1 mm da ponta de contato. Como o mostrador contém 100 divisões, cada

divisão equivale a 0,01 mm.

Amplificação por alavanca

106

Page 107: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

O princípio da alavanca aplica-se a aparelhos simples, chamados indicadores com

alavancas, cuja capacidade de medição é limitada pela pequena amplitude do sistema

basculante.

Durante a medição, a haste que suporta o cutelo móvel desliza, a despeito do esforço

em contrário produzido pela mola de contato. O ponteiro-alavanca, mantido em contato com

os dois cutelos pela mola de chamada, gira em frente à graduação.

Condições de uso

Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em boas

condições de uso.

A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um

suporte de relógio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padrão.

Em seguida, deve-se observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos

blocos. São encontrados também calibradores específicos para relógios comparadores.

107

Page 108: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Exemplos de Aplicação

108

Page 109: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

109

Page 110: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Relógio Apalpador

É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco

possui três guias que facilitam a fixação em diversas posições.

Existem dois tipos de relógios apalpadores. Um deles possui reversão automática do

movimento da ponta de medição; outro tem alavanca inversora, a qual seleciona a direção do

movimento de medição ascendente ou descendente.

O mostrador é giratório com resolução de 0.01 mm, 0.002 mm, .001" ou .0001".

Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande

variedade de aplicações, tanto na produção como na inspeção

final.

Exemplos:

- Excentricidade de peças.

- Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.

- Paralelismos entre faces.

- Medições internas.

- Medições de detalhes de difícil acesso.

Conhecendo o Relógio Apalpador

110

Page 111: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Exemplos de Aplicação

Goniômetro

O goniômetro é um instrumento de medição ou de verificação de medidas angulares.

111

Page 112: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

O goniômetro simples, também conhecido como transferidor de grau, é utilizado em

medidas angulares que não necessitam extremo rigor. Sua menor divisão é de 1º (um grau).

Há diversos modelos de goniômetro.

Goniômetro Simples

Goniômetro de Precisão

O articulador gira

com o disco do vernier e,

em sua extremidade, há um

ressalto adaptável à régua.

112

Page 113: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

113

Page 114: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Cálculo da resolução

Na leitura do nônio, utilizamos o valor de 5' (5 minutos) para cada traço do nônio.

Dessa forma, se é o 2o traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa, adicionamos

10' aos graus lidos na escala fixa; se é o 3o traço, adicionamos 15'; se o 4o, 20' etc.

A resolução do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros

instrumentos de medida com nônio, ou seja: divide-se a menor divisão do disco graduado pelo

número de divisões do nônio.

Leitura do goniômetro

Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio. Na

escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti-horário.

Resolução = Resolução = menor divisao do disco graduado

ivisoes do nonio

~

~ número de d

114

Page 115: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Representação dos ângulos.

Existem diferentes maneiras de cotar o ângulo de inclinação da peça.

Exemplos de Aplicação

25º25º

115

Page 116: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Exemplos de Aplicação

Triângulo Retângulo

Na geometria, o Triângulo Retângulo é

um triângulo que possui um ângulo reto e

outros dois ângulos agudos.

É uma figura geométrica muito usada na

matemática, no cálculo de áreas volumes e no

cálculo algébrico. Se souberem 2 lados ou 1

ângulo agudo e 1 lado do Triângulo Retângulo,

não é difícil descobrir os outros lados e

ângulos.

Relações Métricas do Triângulo Retângulo

116

Page 117: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Exercícios

Baseado no desenho abaixo determine os ângulos.

25º25º

115º115º

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Page 118: Apostila Metrologia Básica

Metrologia Básica

Verificando o entendimento

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