apostila financeira

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AnÆlise das Demonstraıes Financeiras Um mØtodo revolucionÆrio para as empresas sarem do marasmo em que se encontram. A metodologia e o material contido nesta apostila foram desenvolvidos e criados pela `gil Consultoria. Todos os direitos autorais sªo de propriedade da empresa. PABX: (11) 5594-6365 Home Page: www.agil.com.br E-Mail: [email protected] Prof. Adriano Gomes

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Análise das Demonstrações

Financeiras

Um método revolucionário para as empresas saírem do marasmo em que se

encontram.

A metodologia e o material contido nesta apostila foram desenvolvidos e criados pela Ágil Consultoria. Todos os direitos autorais são de propriedade da empresa.

PABX: (11) 5594-6365

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Prof. Adriano Gomes

Análise das Demonstrações Financeiras

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ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 2

1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................ 3 1.1 O Que Mostram as Demonstrações Financeiras................................................... 3 1.2 Balanço Patrimonial.............................................................................................. 3 1.3 Demonstração do Resultado do Exercício............................................................ 7 1.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido........................................... 9 1.5 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos � DOAR.......................... 11 2 ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES................................................................... 13 2.1 O Papel dos Índices de Balanço............................................................................ 13 2.1.1 Quantos Índices são Necessários Para uma Boa Análise?.................................... 13 2.1.2 Aspactos da Empresa Revelados Pelos Índices.................................................... 13 2.1.3 Principais Índices.................................................................................................. 14 2.2 Descrição Detalhada dos Índices........................................................................... 15 2.2.1 Estrutura de Capitais............................................................................................. 15 2.2.1.1 Participação de Capitais de Terceiros................................................................... 15 2.2.1.2 Composição do Endividamento............................................................................ 15 2.2.1.3 Imobilização do Patrimônio Líquido.................................................................... 16 2.2.1.4 Imobilização dos Recursos não Correntes............................................................ 16 2.2.2 Liquidez................................................................................................................ 17 2.2.2.1 Liquidez Geral...................................................................................................... 17 2.2.2.2 Liquidez Corrente................................................................................................. 17 2.2.2.3 Liquidez Seca........................................................................................................ 18 2.2.3 Rentabilidadde...................................................................................................... 19 2.2.3.1 Giro do Ativo....................................................................................................... 19 2.2.3.2 Margem Líquida................................................................................................... 19 2.2.3.3 Rentabilidade do Ativo......................................................................................... 20 2.2.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido................................................................... 20 3 PREVISÃO DE FALÊNCIA................................................................................ 28 3.1 Análise Discriminante........................................................................................... 28 CONCLUSÃO....................................................................................................... 38

BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... 39

Análise das Demonstrações Financeiras

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho acadêmico é mostrar que a Análise das

Demonstrações é um importante instrumento que os administradores devem utilizar,

visando otimizar os resultados e criar novas situações para a empresa.

• No capítulo 1 são apresentados os conceitos básicos e os tipos de

Demonstrações Contábeis.

• No capitulo 2 são apresentados os índices de Estrutura de Capitais, de

Liquidez e Rentabilidade, de maneira detalhada.

• No capitulo 3 são abordados os Índices de Previsão de Falência, pelo

método de Análise Discriminante, onde foram detalhados seis métodos.

Finalizando, destacamos que nos capítulos 2 e 3, os índices também foram

abordados com um caso prático, para melhor compreensão dos índices aqui

analisados.

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1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

1.1 O QUE MOSTRAM AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A Lei das Sociedades por Ações (Lei n° 6.404) determina a estrutura básica das

quatro demonstrações financeiras.

A legislação fiscal tornou essas determinações obrigatórias também para os demais

tipos de sociedades. Por essa razão, todas as empresas, no Brasil, divulgam suas

demonstrações financeiras sob a forma prevista na Lei das S.A.

Essa lei trouxe consideráveis aperfeiçoamentos contábeis em relação às práticas

anteriormente vigentes e tornou-se um marco na história da Contabilidade no Brasil, apesar de

ainda não incorporar todos os aperfeiçoamentos que seriam possíveis.

Para efeito de Análise de Balanços, a Lei das S.A. representou notável avanço. O

conteúdo e a forma de apresentação das demonstrações financeiras atendem perfeitamente às

necessidades da Análise de Balanços.

1.2 BALANÇO PATRIMONIAL

É a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa � Ativo -, assim

como as obrigações � Passivo Exigível � em determinada data. A diferença é chamada

Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer

através de recursos trazidos de for a da empresa, quer gerados por esta em suas operações e

retidos internamente.

Robert N. Anthony* conceituado autor americano, afirma que o balanço mostra :

1. As fontes de onde provieram os recursos utilizados para a empresa operar �

Passivo e Patrimônio Líquido � e;

* ANTHONY, Rober Newton. Contabilidade gerencial; introdução à Contabilidade. São Paulo, Atlas, 1981

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2. Os bens e direitos em que esses recursos se acham investidos.

Essa definição põe em evidência os termos fontes e investimentos de recursos, o que é

altamente desejável do ângulo da Análise de Balanços, visto que analisar balanços é, em

grande parte, avaliar a adequação entre as diversas fontes e os investimentos efetuados.

É interessante notar que o Ativo mostra o que existe concretamente na empresa. Todos

os bens e direitos podem ser comprovados por documentos, tocados ou vistos. As únicas

exceções são as despesas antecipadas e as diferidas, as quais representam investimentos que

beneficiarão exercícios seguintes e, por isso, se acham no balanço (é algo que aumenta o valor

da empresa sem ter um valor objetivo ou de mercado). O Passivo Exigível e o Patrimônio

Líquido mostram a origem dos recursos que se acham investidos no Ativo. Especificamente, o

Patrimônio Líquido não representa nada de concreto. Quando a empresa é constituída, os

sócios entregam-lhe determinado Capital representado por dinheiro ou bens. Nesse momento,

a empresa possui apenas esses bens e o numerário que recebeu dos sócios. O Capital mostra

apenas a origem desses bens e dinheiro. É apenas um elemento informativo e não algo de

concreto.

Em conformidade com a Lei n° 6.404/76, o Balanço Patrimonial deve conter os

seguintes grupos de contas :

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ATIVO ATIVO CIRCULANTE • Disponibilidades

• Direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte

• Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO • Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte

• Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia

ATIVO PERMANENTE Investimentos • Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza,

não classificáveis no Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou empresa

Imobilizado • Direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da

companhia ou empresa, ou exercidos com esta finalidade, inclusive os de propriedade comercial ou industrial

Diferido • Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado

de mais um exercício social, inclusive juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais

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PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE • Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do

Ativo Permanente quando vencerem no exercício seguinte PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO • Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercício seguinte

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS • Receitas de exercícios futuros diminuídas dos custos e despesas correspondentes

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social • Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada Reservas de Capital • Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias

• Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição

• Prêmios recebidos na emissão de debêntures, doações e subvenções para investimentos

• Correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizada Reservas de Reavaliações • Contrapartida do aumento de elementos do Ativo em virtude de novas avaliações,

documentadas por laudo técnico. Reservas de Lucros • Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia Lucros ou Prejuízos Acumulados • Lucros gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação específica

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1.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Trata-se de uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio

Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do

Ativo, através do ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro

proveniente das transações. Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As

despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através da redução do Ativo ou

aumento do Passivo Exigível.

Enfim, todas as receitas e despesas se acham compreendidas na Demonstração do

Resultado, segundo uma forma de apresentação que as ordena de acordo com a sua natureza;

fornecendo informações significativas sobre a empresa.

A Demonstração do Resultado é, pois, o resumo do movimento de certas entradas e

saídas no balanço, entre duas datas.

A Demonstração do Resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo de

dinheiro. Para a Demonstração do Resultado não importa se uma receita ou despesa tem

reflexos em dinheiro, basta apenas que afete o Patrimônio Líquido.

Segundo a Lei n.° 6.404/76, a Demonstração do Resultado do Exercício discriminará

os seguintes elementos :

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receita Bruta de Vendas e Serviços (-) Devoluções (-) Abatimentos (-) Impostos (=) Receita Líquida das Vendas e Serviços (-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos (=) Lucro Bruto (-) Despesas com Vendas (-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras) (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (=) Lucro ou Prejuízo Operacional (+) Receitas não Operacionais (-) Despesas não Operacionais (+) Saldo da Correção Monetária (=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda (-) Provisão para o Imposto de Renda (-) Participações de Debêntures (-) Participação dos Empregados (-) Participação dos Administradores e Partes Beneficiárias (-) Contribuições p/ Instituições, Fundo de Assist. ou Previdência de Empregados (=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício (=) Lucro ou Prejuízo por Ação

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1.4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido apresenta as variações de todas

as contas do Patrimônio Líquido ocorridas entre dois balanços, independentemente da origem

da variação, seja ela proveniente da correção monetária, de aumento de capital, de reavaliação

de elementos do ativo, de lucro ou de simples transferência entre contas, dentro do próprio

Patrimônio Líquido.

Enquanto a Demonstração do Resultado evidencia como se chegou ao total do

aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido em decorrência de transações efetuadas pela

empresa, expurgando o inchaço causado pela inflação, a Demonstração das Mutações do

Patrimônio Líquido mostra toda e qualquer variação em qualquer conta.

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido não costuma ser analisada no

sentido tradicional em que o são o Balanço e a Demonstração do Resultado do Exercício.

O conteúdo básico da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é

representado na página seguinte.

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1.5 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS - DOAR

A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos mostra as novas origens e

aplicações verificadas durante o exercício, ocorridas nos itens não Circulantes do Balanço, ou

seja, no Exigível a Longo Prazo, Patrimônio Líquido, Ativo Permanente e Realizável a Longo

Prazo.

A diferença entre as novas origens não circulantes e as novas aplicações não

circulantes será igual ao Capital Circulante Líquido. Dessa maneira, a DOAR é uma

demonstração que evidencia a variação do Capital Circulante Líquido.

Através da DOAR é possível conhecer como fluíram os recursos ao longo de um

exercício: quais foram os recursos obtidos, qual a participação das transações comerciais no

total de recursos gerados, como foram aplicados os novos recursos etc. Enfim, a DOAR visa

permitir a análise do aspecto financeiro da empresa, tanto no que diz respeito ao movimento

de investimentos e financiamentos quanto relativamente à administração da empresa sob

ângulo de obter e aplicar compativelmente os recursos.

Apresenta-se a seguir o modelo básico da DOAR.

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2. ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES 2.1 O PAPEL DOS ÍNDICES DE BALANÇO Os índices constituem a técnica de análise mais empregada, sua característica

fundamental é fornecer uma visão ampla da situação econômica ou financeira da empresa.

� Um índice é como uma vela acesa num quadro escuro� 1 2.1.1 QUANTOS ÍNDICES SÃO NECESSÁRIOS PARA UMA BOA ANÁLISE? O importante não é o cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de

índices que permita conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada

da análise.

� ... , a quantidade de índices que deve ser utilizada na análise depende exclusivamente da

profundidade que se deseja da análise.� 2

2.1.2 ASPECTOS DA EMPRESA REVELADOS PELO ÍNDICE

PRINCIPAIS ASPECTOS REVELADOS PELOS ÍNDICES

FINANCEIROS ESTRUTURA Situação Financeira LIQUIDEZ Situação Econômica RENTABILIDADE

1 Dante C. Matarazzo � Análise Financeira de Balanços Vol. 1, Pg. 96 2 Dante C. Matarazzo � Análise Financeira de Balanços Vol. 1, Pg. 97

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2.2 DESCRIÇÃO DETALHADA DOS ÍNDICES 2.2.1 ESTRUTURA DE CAPITAIS Os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em termos

de obtenção e aplicação de recursos.

2.2.1.1 Participação de Capitais de Terceiros: CT PL Fórmula:

• Indica: quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada R$ 100 de capital

próprio investido.

• Interpretação: quanto menor, melhor.

• Obs.: o índice de Participação de Capitais de Terceiros relaciona, portanto, as duas

grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, Capitais Próprios e Capitais de Terceiros.

Também pode ser chamado de índice de Grau de Endividamento.

2.2.1.2 Composição do Endividamento: PC

CT Fórmula: • Indica: qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais.

Capitais de Terceiros X 100 Patrimônio Líquido

Passivo Circulante X 100 Capitais de Terceiros

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• Interpretação: quanto menor, melhor.

• Obs.: este índice indica qual e a composição da dívida, já que, uma coisa é ter dívidas de

curto prazo que precisam ser pagas com recursos gerados a curto prazo, e outra, é ter

dívidas de longo prazo, onde se dispõe de tempo para se gerar recursos.

2.2.1.3 Imobilização do Patrimônio Líquido: AP PL Fórmula: • Indica: quantos reais a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada R$ 100 de

Patrimônio Liquido.

• Interpretação: quanto menor, melhor.

• Obs.: as aplicações dos recursos do Patrimônio Liquido são mutuamente exclusivas do

Ativo Permanente e do Ativo Circulante. Quanto mais a empresa investir no Ativo

Permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante e, em

conseqüência , maior será a dependência a capitais de terceiros para o financiamento do

Ativo Circulante.

2.2.1.4 Imobilização dos Recursos não Correntes: AP PL + ELP Fórmula: • Indica: que percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.

Ativo Permanente X 100 Patrimônio Liquido

Ativo Permanente

X 100 Patrimônio Liquido + Exigível a Longo Prazo

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• Interpretação: quanto menor, melhor.

• Obs.: este índice não deve em regra ser superior a 100%.

2.2.2 LIQUIDEZ Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa. São índices

que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, procuram medir quão sólida

é a base financeira da empresa.

2.2.2.1 Liquidez Geral: AC + RLP PC + ELP Fórmula: • Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para

cada R$ 1,00 de dívida total.

• Interpretação: quanto maior, melhor.

• Obs.: o índice de Liquidez Geral indica se a empresa tem condições de pagar suas dívidas

totais, mesmo aquelas de longo prazo, com os recursos que possui no seu Ativo

Circulante.

2.2.2.2 Liquidez Corrente: AC PC Fórmula:

Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

Ativo Circulante Passivo Circulante

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• Indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo

Circulante.

• Interpretação: quanto maio, melhor.

• Obs.: o índice de Liquidez Corrente indica se o Ativo Circulante é suficiente para cobrir

as dívidas de curto prazo.

2.2.2.3 Liquidez Seca: D + DR + ODRCD PC Fórmula: • Indica: quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada R$ 1,00 de passivo

Circulante (dívidas a curto prazo).

• Interpretação: quanto maior, melhor.

• Obs.: este índice é um teste de força aplicado à empresa; visa medir o grau de excelência

da sua situação financeira.

Disponível + Duplicatas a Receber + Outros Direitos de Rápida Conversibilidade em Dinheiro Passivo Circulante

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2.2.3 RENTABILIDADE Os índices deste grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é,

quanto rendem os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa.

2.2.3.1 Giro do Ativo: V AT Fórmula: 1 • Indica: quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total.

• Interpretação: quanto maior, melhor.

• Obs.: esse índice mede o volume de vendas da empresa em relação ao capital total

investido. Não se pode dizer que uma empresa está vendendo pouco ou muito olhando

apenas para o valor absoluto de suas vendas.

2.2.3.2 Margem Líquida: LL V Fórmula:

1 Ativo Médio = Ativo Inicial + Ativo Final ---------------------------------- 2

Lucro Líquido X 100 Ativo Médio ¹

Lucro Líquido X 100 Vendas Líquidas

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• Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100 vendidos.

• Interpretação: quanto maior, melhor.

• Obs.: esse índice mostra qual a margem de lucro que a empresa alcança em relação ao

valor de suas vendas líquidas.

2.2.3.3 Rentabilidade do Ativo: LL AT Fórmula:1 Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100 de investimento total médio.

Interpretação: quanto maior, melhor.

Obs.: esse índice mostra quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação ao Ativo, é a

medida da capacidade de gerar lucro líquido e pode ser usado como medida de desempenho

comparativo ano a ano.

2.2.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido: LL PL Fórmula:2 1 ídem ao da página anterior. 2 Patrimônio Líquido Médio = Patrimônio Líquido Inicial Corrigido + Patrimônio Líquido Final ------------------------------------------------------------------------------- 2 onde: Patrimônio Líquido Inicial Corrigido = Patrimônio Líquido Inicial x (1 + £ ) , sendo £ a taxa de inflação do período.

Lucro Líquido X 100 Ativo Médio ¹

Lucro Líquido X 100 Patrimônio Líquido Médio ²

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• Indica: quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 100 de Capital Próprio investido.

• Interpretação: quanto maior, melhor.

• Obs.: o papel do índice de rentabilidade do Patrimônio Líquido é mostrar qual a taxa de

rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com outros rendimentos

alternativos do mercado, como: CDB, ações, letras de cambio e com outras empresas; com

isso se pode avaliar se a empresa oferece uma boa rentabilidade.

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CASO

PRÁTICO

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3 PREVISÃO DE FALÊNCIA 3.1 ANÁLISE DISCRIMINANTE A análise discriminante constituí-se numa poderosa técnica estatística capaz de dizer

se determinado elemento pertence a uma população X ou a uma população Y. Aplicado à

Análise de Balanços, isto significa indicar se uma empresa pertence à população de solventes

ou à população de insolventes.

O mecanismo de análise discriminante pode ser assim resumido:

a) Escolhem-se dois grupos (população), como, por exemplo, empresas insol-

ventes e empresas solventes

b) Coletam-se os dados (índices) das empresas de cada grupo. A análise discri-

minante busca encontrar uma função matemática, baseada em vários índices,

que melhor discrime (separe) os dois grupos. Isto é, uma função capaz de

informar se uma empresa se enquadra no grupo das solventes ou das

insolventes. Nessa função, a variável dependente é comparada a um número

fixo � chamado ponto crítico � predeterminado pelo modelo. Se o valor da

variável dependente ficar acima do ponto crítico, a empresa estará entre as

solventes; se ficar abaixo, estará entre as insolventes.

onde: Y = a1x1 + a2x2 + a3x3 + a4x4

Y = variável dependente; reflete o total de pontos alcançado pela empresa.

a1 a2 a3 a4 . . . = pesos: indicam a importância relativa de cada índice.

x1 x2 x3 x4 . . . = variáveis independentes: são os índices de balanço.

Essa função pode ser testada quanto à sua capacidade de discriminar (separar)

eficazmente as empresas em insolventes e solventes. O próprio modelo matemático indica

qual a margem de acertos e de erros da fórmula. Através dela também se pode testar se a

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inclusão de mais variáveis independentes (mais índices) melhora subtancialmente ou não o

seu poder de discriminar; assim , decide-se quantas variáveis independentes devem ser

compreendidas na fórmula.

Em resumo, a análise discriminante aplicada à Análise de Balanços, através de índices

financeiros, indica simultaneamente:

• quais índices utilizar;

• que peso devem ter esses índices;

• qual o poder de discriminação da função, ou seja, qual a probabilidade de acertos

nas previsões de insolvência do modelo.

Diversos estudiosos efetuaram, no Brasil, testes estatísticos sobre a previsão de

insolvência com base na análise discriminante. Os diversos trabalhos e respectivas fórmulas

são:

KANITZ:

FI = 0,05x1 + 1,65x2 + 3,55x3 - 1,06x4 - 0,33x6 onde: FI = Fator de Insolvência = total de pontos obtidos x1 = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido x2 = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo/Exigível Total x3 = Ativo Circulante - Estoques/Passivos Circulante x4 = Ativo Circulante/Passivo Circulante x5 = Exigível Total/Patrimônio Líquido Segundo esse modelo, a empresa estará insolvente se FI for inferior a �3; a sua

classificação estará indefinida entre �3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência. (Nesse

modelo há uma região crítica, em vez de um ponto crítico).

ALTMAN (dois modelos): Z1 = - 1,44 + 4,03x2 + 2,25x3 + 0,14x4 + 0,42x5 Z2 = - 1,84 - 0,51x1 + 6,32x3 + 0,71x4 + 0,52x5 onde:

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Z1 ou Z2 = Total de pontos obtidos x1 = Ativo Circulante - Passivo Circulante/Ativo Total x2 = Reservas e Lucros Suspensos/Ativo Total Lucro Líquido + Despesas Financeiras + Imposto de Renda

x3 = Ativo Total x4 = Patrimônio Líquido/Exigível Total x5 = Vendas/Ativo Total Nesses modelos, o ponto crítico é o 0 (zero).

ELIZABETSKY: Z = 1,93x32 - 0.20x33 + 1,02x35 + 1,33x36 - 1,12x37 onde: Z = Total dos pontos obtidos x32 = Lucro Líquido/Vendas x33 = Disponível/Ativo Permanente x35 = Contas a Receber/Ativo Total x36 = Estoques/Ativo Total x37 = Passivo Circulante/Ativo Total

Segundo esse modelo, o ponto crítico é 0,5. Acima desse valor a empresa estará

solvente; abaixo, insolvente.

MATIAS: Z = 23,792x1 - 8,26x2 - 8,868x3 - 0,764x4 - 0,535x5 + 9,912x6 onde: Z = Total dos pontos obtidos x1 = Patrimônio Líquido/Ativo Total x2 = Financiamento e Empréstimos Bancários/Ativo Circulante x3 = Fornecedores/Ativo Total x4 = Ativo Circulante/Passivo Circulante x5 = Lucro Operacional/Lucro Bruto x6 = Disponível/Ativo Total O ponto crítico nesse modelo é zero.

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PEREIRA: Z = 0,722 - 5,124E23 + 11,016L19 - 0,34L21 - 0,48L26 + 8,605R13 - 0,004R29 onde: Z = Total de pontos obtidos E23 = Duplicatas Descontadas/Duplicatas a Receber L19 = Estoques (Final)/Custo das Mercadorias Vendidas L21 = Fornecedores/vendas L26 = Estoque Médio/Custo das Mercadorias Vendidas

R13 = (Lucro Operacional + Despesas Financeiras) / (Ativo Total - Investimento Médio)

R29 = Exigível Total/(Lucro Líquido + 0,1 Imobilizado Médio + Saldo Devedor da Correção Monetária).

Nesse modelo o ponto de separação é zero. Abaixo de zero a empresa estará

insolvente; acima de zero, solvente.

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CASO

PRÁTICO

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CONCLUSÃO

As Demonstrações Financeiras são os instrumentos mais importantes para

análise de balanço, então estas demonstrações devem ser consistentes e

seguirem uma uniformidade, para quando de sua análise os índices espelhem

uma situação próxima da realidade.

Duas demosntrações financeiras são mais utilizadas para análise, são elas

(Balanço Patrimonial e DRE), onde podemos analisar a situação da estrutura de

capitais, da liquidez, da rentabilidade e previsão de falência.

Em nosso caso prático analisando, a estrutura de capitais, podemos

perceber que as empresas tem um alto grau de endividamento, trabalhando

bastante com capital de terceiros.

Na liquidez, verificamos que a situação é suficiente para honrar suas

obrigações, mas requer atenção para aumentar esta folga.

Com relação a rentabilidade, podemos verificar que as empresas possuem

rentabilidades diferentes, umas maiores e outras menores, sabemos que quanto

maior melhor, mas não podemos afirmar se é uma boa rentabilidade ou não. Só

podemos fazer isso, se possuír-mos uma média do setor.

Os indicadores de previsão de falência utilizados em nosso caso prático,

não conseguiram satisfatoriamente prever a insonvência de uma das empresas

analizadas, pois em alguns desses índices, não apresentou o menor sinal de

insolvência.

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BIBLIOGRAFIA

GOMES, Adriano. A Empresa Ágil, Ed. Nobel, 1999.

MATARAZZO, Dante C.. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica. Volume 1,

2ª edição. Ed. Atlas.

FRANCO, Hilário. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15ª edição. Ed. Atlas.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 5ª edição. Ed. Atlas.

NETO, Alexandre Assaf. Estrutura de Análise de Balanço: um enfoque econômico

financeiro. 3ª edição. Ed. Atlas.

GAZETA MERCANTIL. Balanço Anual 1999. 30/06/99, nº 23.

DIÀRIO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, de 11/03/98 pag. 9, 28/03/98 pag. 32,

26/03/99 pag. 13.

BOLSA DE VALORES DO ESTADO DE SÃO PAULO � BOVESPA. ITR 3º trim/98.

INTERNET

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• SITE http://www//sadia.com.br