apostila filosofia 3 ano 2 bimestre professor

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  • 7/21/2019 Apostila Filosofia 3 Ano 2 Bimestre Professor

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    Professor

    Filosofia

    CCaaddeerrnnooddeeAAttiivviiddaaddeessPPeeddaaggggiiccaassddee

    AApprreennddiizzaaggeemm

    AAuuttoorrrreegguullaaddaa--002233SSrriiee||22BBiimmeessttrree

    Disciplina Curso Bimestre Srie

    Filosofia Ensino Mdio 2 3

    Habilidades Associadas

    1. Refletir sobre a noo do saber tico.

    2.

    Refletir sobre a questo da felicidade em diferentes pocas.

    3. Identificar os desafios ticos a partir de situaes atuais, evidenciadas na mdia, no cotidiano, naescola, nas comunidades, na sociedade.

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    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para se contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar solues

    para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o

    a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prtica.

    Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso sitewww.conexaoprofessor.rj.gov.br,a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/
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    Caro Tutor,

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 2 Bimestre do Currculo Mnimo de filosofia da 3 Srie

    do Ensino Mdio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o perodo de um

    ms.

    A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades

    com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as

    trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no

    percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da

    disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de

    nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.

    Neste Caderno de Atividades, vamos refletir sobre a noo tica e aprender a

    diferenciar os juzos de fato dos juzos de valor. Vamos tambm pensar sobre o que

    felicidade e refletir sobre o que nos ensinou Aristteles, para nos tornarmos virtuosos e

    felizes: o caminho do meio e conhecer a teoria do existencialista Jean Paul Sartre que

    um convite para voc, meu caro estudante, a se engajar nas lutas por tudo aquilo que

    considera que precisa ser feito para que possamos viver em um mundo com menosinjustia. tica parte da Filosofia Prtica e refere-se ao agir humano.

    Para os assuntos abordados em cada bimestre, apresentamos, sempre que

    possvel, relaes diretas com os materiais que esto disponibilizados no portal

    eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o

    Professor Tutor.

    Este documento apresenta 03 (trs) Aulas. As aulas so compostas por uma

    explicao base, para que voc seja capaz de compreender os principais conceitos

    relacionados s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e

    atividades respectivas. As Atividades so referentes a dois tempos de aulas semanais

    previstos na matriz da terceira srie. Para reforar a aprendizagem, propomos, ainda,

    uma pesquisae uma avaliaosobre o assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

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    Introduo ..............................................................................................................3

    Objetivos Gerais ....................................................................................................... 5

    Materiais de Apoio Pedaggico ............................................................................... 5

    Orientao Didtico-Pedaggica .............................................................................. 7

    Aula 1: Costumes e valores ...................................................................................... 8

    Aula 2: Felicidade ................................................................................................... 14

    Aula 3: Existimos, a que ser que se destina?....................................................... 19

    Avaliao ................................................................................................................ 24

    Pesquisa .................................................................................................................. 28

    Referncias ............................................................................................................. 31

    Sumrio

    http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522471http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522471http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522472http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522472http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522473http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522473http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522474http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522474http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522475http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522475http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522476http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522476http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522477http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522477http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522478http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522478http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522479http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522479http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522479http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522478http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522477http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522476http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522475http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522474http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522473http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522472http://c/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Material%20pronto%202%C2%BA%20Bimestre/WORD/Filosofia%20docx%203o%20ano%20professor%20-%20formatado.docx%23_Toc376522471
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    O mundo do ser humano o objeto do terceiro ano, que contempla as

    dimenses artstica, tica e poltica e as relaes entre elas. O foco do 2 bimestre

    indica a dimenso da tica como um sabe, dissociando-a de uma questo de boa

    educao e honestidade, prprias do senso comum. O objetivo da reflexo que aqui

    propomos caminha no sentido de contribuir para que os estudantes percebam a

    diferena entre a moral e a tica, de forma a contribuir para a reflexo dos prprios

    valores que determinam a moral vigente.

    A autonomia do sujeito moral fundamental para que os estudantes comecem

    a pensar a partir dos seus prprios parmetros. Sendo a busca pela felicidade uma

    preocupao primordial nas relaes humanas preparamos uma aula sobre o tema

    para que a discusso sobre a ao humana seja intermediada por esse conceito.

    Consideramos que ao tratar o tema da felicidade o estudante ser confrontado com a

    compreenso reflexiva da tica, o que o permitir pensar de forma mais

    fundamentada sobre os desafios ticos atuais.

    No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais

    que podem auxili-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

    Aula

    Referncia

    Teleaulas

    nOrientaes Pedaggicas do CM

    Aula 1Filosofia:teleaula-03 e 04

    Textos curtos sobre cidadania. Biblioteca cidadaniaportal da educao pblica. Disponvel em:.

    Materiais de Apoio Pedaggico

    Objetivos Gerais

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0000.htmhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0000.htmhttp://www.youtube.com/watch?v=GSh8X2gGJJshttp://www.youtube.com/watch?v=GSh8X2gGJJshttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0000.htmhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0000.htm
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    NOVAES, Adauto (org). tica. So Paulo: Cia das Letras;Cia do Bolso, 2007.GALVO, A M. A crise da tica. Petrpolis: Vozes, 1998.5- Caf Filosficotica em tempo de mudana. Disponvel em:

    .

    Aula 2Filosofia:teleaula-03 e 04

    Caf Filosfico - A morte como instante de vida.Disponvel em:.

    Caf Filosfico - A felicidade depende do Auto-Conhecimento Disponvel em: ---

    Aula 3

    Caf Filosfico - A morte como instante de vida.Disponvel em:.

    Caf Filosfico - A felicidade depende do Auto-Conhecimento Disponvel em:

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    Para que os alunos realizem as atividades referentes a cada dia de aula,

    sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no

    Caderno do Aluno:

    1 - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa

    compreend-lo sem o auxlio de um professor.

    2 - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na pgina 3.

    3 - Reproduza as atividades para que os alunos possam realiz-las de formaindividual ou em dupla.

    4 - Se houver possibilidade de exibir vdeos ou pginas eletrnicas sugeridas na

    seo Materiais de Apoio Pedaggico, faa-o.

    5 - Pea que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos

    abordados no texto base.

    6 - Aps a leitura do material, os alunos devem resolver as questes propostas

    nas ATIVIDADES.

    7 - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas

    com toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala

    para que os alunos possam verificar se acertaram as questes propostas na Atividade.

    Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementao.

    Orientao Didtico-Pedaggica

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    Caro estudante, convidamos voc a refletir sobre a noo do saber tico.

    No dia- a dia, usamos e ouvimos com frequncia a palavra tica, mas na

    verdade muitas vezes ela se refere mais moral.

    Como assim? tica e moral no significam a mesma coisa? No senso-comum,

    sim, mas aqui, vamos pensar em que sentido as duas palavras se aproximam e

    aprender que cada uma delas aponta para questes diferentes.

    Moral vem do latim Mores, que se aplica aos costumes de um determinado povo. No

    dicionrio, podemos encontrar a seguinte definio:

    Moral: Conjunto de regras de conduta consideradas como vlidas, quer de

    modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para um grupo ou pessoa

    determinada. (Novo dicionrio Aurlio da Ling. Portuguesa)

    A palavra tica de origem grega. Vem de Ethosque pode ter dois significados:

    costumes (da mesma forma que mores, do latim) e tambm pode significar carter.No dicionrio esta assim:

    tica: estudo dos juzos de apreciao referentes conduta humana suscetvel

    de qualificao do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a

    determinada sociedade, seja de modo absoluto. (Novo dicionrio Aurlio da

    Ling. Portuguesa)

    Ento, a partir de agora vamos usar as duas palavras de forma diferenciadas,

    ok?

    Usaremos Moral para os costumes e tica como parte da filosofia que reflete

    sobre a moral, sobre as normas de conduta do homem em sociedade e os valores que

    as norteiam.

    Quando falamos em tica estamos falando de algo alm das regras de um

    determinado grupo. A tica questiona os fundamentos e valores que fundaram tais

    regras.

    Aula 1: Costumes e valores

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    A tica trata da ao humana, espao de escolhas e decises que dependem deavaliao e, por isso mesmo, nunca so totalmente seguras. a reflexo tica que nosajuda a lidar com a dvida, com a culpa, com a vergonha, com o arrependimento e fazcom que os seres humanos possam buscar fazer sempre as melhores escolhas nosentido de manter a integridade pessoal, ainda que estejamos sempre sujeitos a

    errar.Mas como escolhemos? Ou melhor, escolhemos a partir do que?

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/comportamento/0036.html

    Os critrios de escolha, ainda que no sejam totalmente conhecidos, se

    baseiam nos valores da pessoa que decide.

    E o que so valores?So avaliaes sobre as coisas e pessoas. Valores no so,

    nem valem por si mesmos. Dependem sempre do sujeito que atribuiu, ou afirmou o

    valor em questo.

    No dia a dia, emitimos juzos de fato e juzos de valor. Vamos ver a diferena

    entre eles?

    Juzo de fato:Pretendem ser objetivos. Enunciam o que so as coisas. Baseiam-se na

    experincia objetiva e na lgica. Dizem o que as coisas so, como so, por que so.

    Independem dos sujeitos concordarem ou no. Eles so!

    Juzo de valor:Enunciamos o que achamos sobre os fatos. Dependem sempre de uma

    avaliao, pois consideramos os fatos bons ou maus.

    Mas repare que o que bom para um determinado grupo pode ser mau para

    outro grupo. E isso faz com que o campo da tica seja sempre polmico.

    Avaliamos os fatos e acontecimentos do mundo. A interpretao,

    evidentemente depender de uma anlise racional. Mas por mais que raciocinemos

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/comportamento/0036.htmlhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/comportamento/0036.html
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    no h garantia de que vamos agir corretamente. Mesmo com muita reflexo, as

    interpretaes so passveis de engano.

    Ningum consegue prever totalmente o resultado de sua ao. Nenhuma ao

    se d solitria. As nossas aes se somam a aes de outros seres humanos que vointerferir no resultado das nossas e assim por diante. O futuro imprevisvel!

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/comportamento/0057.html

    claro que o agir humano fundamentado pela razo propicia melhores

    consequncias que o agir sem razo, ou seja, sem justificativas. Por isso fundamental

    avaliar bem antes de agir. Mas o que mais importante para voc levar dessa aula :

    as avaliaes no acontecem naturalmente, mas sempre dentro de determinadocontexto cultural, econmico e espiritual. Os valores so criados!

    Espero que voc tenha compreendido que se os valores so criaes do ser

    humano, eles tambm podem ser modificados. Os valores esto em constante

    transformao.

    E assim caminhamos numa tenso entre manter os costumes ou modificar os

    costumes quando percebemos que os valores que os definem no cabem mais.

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/comportamento/0057.htmlhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/comportamento/0057.html
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    1. Reescreva com suas palavras as definies para os termos moral e tica.

    Resposta pessoal que deve contemplar que a moral se refere s regras e costumes

    de cada grupo, em cada poca, e a tica como reflexo sobre os valores.

    2. Leia com ateno:

    PM DO 174 INOCENTADO

    Sindicncia conclui que soldado s queria neutralizar o delinquente.

    A morte da recreadora infantil Geisa Firmo, 20anos, no assalto do nibus da linha

    174, em 12 de junho, no teve culpados. Sindicncia da PM, encerrada dia 07,

    afirma que o soldado Marcelo oliveira dos Santos, do Batalho de Operaes

    Especiais disparou duas vezes sua submetralhadora contra ao assaltante Sandro

    Nascimentoe errouapenas para neutralizar o delinquente e no cometeu

    transgresso disciplinar. Sandro reagiu acertando Geisa. A justia tambm j

    havia liberado Marcelo de responder por homicdio duplamente qualificado, j

    que o bandido foi morto pelos PMs.

    JB, 14/11/2000

    A. A manchete enuncia um juzo de fato. Reformule-o de modo a transform-lo

    num juzo de valor.

    R: Juzo de fato. O PM inocentado ( constatao do reprter sobre o resultado da

    sindicncia)

    Juzo de valor: O PM inocente. ( opinio de quem realizou a sindicncia e de

    possveis outros)

    Atividade Comentada 1

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    B. Destaque outros juzos de fato da matria e outros juzos de valor.

    Resposta:

    Juzos de fato:

    -O Soldado Marcelo, disparou duas vezes sua submetralhadora.

    -Sandro reagiu acertando Geisa.

    - A justia j havia liberado Marcelo de responder por homicdio duplamente

    qualificado.

    - O bandido foi morto pela PM.

    Juzos de valor:

    - A morte da recreadora Geisa no teve culpados.

    -Marcelo atirou somente para neutralizar o delinquente.-O PM no cometeu transgresso disciplinar.

    3. Vimos que no campo da moral e da tica se estabelece questes polmicas sobre

    que o que bom ou mau. Umas das razes para as polmicas so mudanas que a

    humanidade passa de gerao para gerao. Os costumes mudam de acordo com as

    pocas. Faa uma lista de comportamentos que se modificaram nas ltimas dcadas

    para homens e mulheres, separadamente.

    Ex: mulheres. No podiam usar Cala comprida.

    Homens: hoje em dia, um homem chorar no mais visto como fraqueza

    Resposta pessoal. Deve ser considerado qualquer comportamento que contemple as

    conquistas do movimento feminista das ltimas dcadas que levou a profundas

    transformaes sociais e afetou tambm o comportamento dos homens.

    OBS: O objetivo da questo fazer com que o aluno perceba como as regras morais

    so passveis de mudanas.

    4. (FGV) A natureza o reino da necessidade, da determinao. Por mais que umanimal seja capaz de expressar sentimentos como raiva, afeto, ansiedade e calma; ouvontades como fome, sono ou sede, ele no capaz de levar esses desejos e essasvontades conscincia, de construir representaes verbais sobre elas, de negociar ainterpretao delas com outros seres e, a partir da, planejar sua ao no tempo e noespao. No reino da natureza, a ao dada em um constante aqui e agora.

    (site educarede:

    http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=13&id-)

    http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=13&id-http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=13&id-
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    A partir do enunciado indique qual das alternativas voc julga como sendo a

    verdadeira:

    a) Os animais so livres por natureza, logo, so capazes de decidir suas aes e

    isso que os diferencia dos seres humanos.b) Os animais so determinados pela natureza e somente a associao deles com

    a vida humana capaz de ajud-los a sair dessa condio.

    c) O que distingue os homens dos animais a capacidade de escolher livremente,

    enquanto as escolhas humanas so determinadas pelos fatores

    socioeconmicos.

    d) Os animais no escolhem, pois o instinto uma determinao da natureza, j o

    homem livre para planejar sua ao, apesar de tambm possuir instintos.

    e) Tanto os homens como os animais so capazes de escolher livremente as aes

    que realizam em suas vidas.

    Comentrio: A alternativa correta a letra D. O enunciado versa sobre a

    determinao biolgica em que os animais esto imersos. Tudo que fazem, no o

    fazem por uma escolha livre, mas sim, seguindo seus instintos. O homem uma

    espcie diferenciada. Uma das diferenas fundamentais justamente que

    escolhemos a partir da nossa conscincia e no da determinao biolgica.

    necessrio, concluir a partir do enunciado, que os homens so livres. Liberdade

    humana esta em oposio a determinao do mundo animal.

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    Quando nasceu o Primognito do Mestre, ele nose cansava de contemplar o beb.- Que deseja que ele seja quando crescer? Algum perguntou.- escandalosamente feliz. Disse o mestre.

    (Antoine de Mello)

    O que ser feliz?

    possvel ser feliz em nossa sociedade? Existe relao entre justia, felicidade e

    a bondade?Pare um pouco para pensar nessas perguntas antes de continuar a ler o texto:

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0088.html

    Quem comeou a se perguntar sobre essas relaes foi o filsofo grego,

    Aristteles. E a partir das suas investigaes, ele afirmou que tudo na natureza tende

    a um fim, ou seja, todas as coisas tm uma finalidade.

    O ser humano parte da natureza e no foge a essa regra.

    E sabe qual o fim que Aristteles afirma que tudo tende? O BEM.

    Pense nesse BEM no como o contrrio de MAL, mas como o fim a que tudo

    tende para se realizar plenamente. A finalidade esta associada perfeio.

    Aula 2: Felicidade

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0088.htmlhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0088.html
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    Exemplo: A melhor faca a que cortar melhor, a que cortar perfeitamente.

    Simples assim!

    Falamos dessa faca que corta to bem! Essa faca EXCELENTE!

    O que o Aristteles queria encontrar era o que seria mais prprio do homem. Oque o caracterizaria frente a todos os outros seres da natureza. O que faz um homem

    ter Excelncia!Qual aexcelncia do ser humano?

    Como o homem parte da natureza e obedece a mesma regra da finalidade,

    qual seria o bem final pra as aes humanas? Qual o bem mais importante? Qual o

    BEM SUPREMO?

    O bem supremo, finalidade buscada nas aes de todos os homens, a

    felicidade.(Aristteles, tica a Nicmaco)

    Mas, cada um parece querer coisas muito diferentes na vida. Ser que a

    felicidade diferente pra cada um?

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0104.html

    O filsofo faz essa reflexo no livro tica a Nicmaco e nos ajuda a

    compreender que apesar da maioria dos seres humanos pensarem que a felicidade a

    riqueza, a honra, o prazer ou a sade, nenhum desses bens poderiam ser a felicidade.

    Por qu?

    Pensemos! Estamos querendo saber qual seria o fim ltimopara o qual as

    aes tendem.

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0104.htmlhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0104.html
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    Nem a riqueza nem a sade poderiam ser esse fim. So meiospara atingirmos a

    felicidade. Queremos ser ricos pra sermos felizes. Queremos ter sade para sermos

    felizes!

    A honra nos dada por algum e a felicidade, ou seja, o Bem Supremo, o fimltimo no poderia depender de uma causa externa. Alm do que fcil perceber que

    algum pode ser honrado e ainda ser vtima de fatalidades da vida.

    O prazer momentneo e qualquer animal pode sentir prazer, ento no seria

    um fim prprio das aes humanas.

    O nosso bem supremo, a felicidade no podia mesmo ser mesmo nem riqueza,

    nem honra, nem prazer, nem sade. E a busca pelo fim ltimo continua.

    Como o ser humano, para os gregos pensado como animal racional o que

    buscamos s poderia estar associado Razo. Fica claro ento que a felicidade

    depende do AGIR RACIONAL,da ao mais virtuosa do homem.

    http://www.dominiosfantasticos.com.br/id97.htm

    Virtuosa? Hum... o que significa isso? Vem de Virtude! Vamos dar um ex. para

    ficar mais fcil pra voc.

    http://www.dominiosfantasticos.com.br/id97.htmhttp://www.dominiosfantasticos.com.br/id97.htm
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    Um pianista toca muito bem! Falamos que ele um excelente pianista, porque

    a execuo da msica se d de forma perfeita! O pianista virtuoso, ou seja, realiza

    com perfeio a sua arte.

    A virtude depende da razo. Ela no algo esttico, no um dom que nasce

    conosco. Ser virtuoso tambm no se relaciona ao modo como voc se sente, mas ao

    modo como voc age! VIRTUDE o agir guiado pela razo.

    E a virtude, para Aristteles, pode ser conquistada pelo hbito de fugirmos dos

    excessos e das faltas. A virtude o caminho do meio. A Justa medida!

    a excelncia moral se relaciona com as emoes e as aes, nas quais o excesso

    uma forma de erro , tanto quanto a falta, enquanto o meio termo louvado como um

    acerto; ser louvado e estar certo so caractersticas da excelncia moral. A excelncia

    moral algo como a equidistncia( ....) seu alvo o meio termo.

    (Aristteles)

    Escolhemos ser bons ou maus quando praticamos mais o bem ou o mal.

    A felicidade est em se tornar virtuoso e para isso devemos trilhar o caminho

    do meio, e criamos hbitos que fiquem entre o excesso e a falta, para nos tornamos

    sempre melhores, buscando a excelncia nas nossas aes.

    o homem totalmente responsvel por suas obras, pois graas a sua razo, dono e

    senhor das suas atitudes!( Aristteles)

    Conhea suas inclinaes e pense que o caminho do meio pode ajudar voc a

    ser Feliz!

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0008.html

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    1. Por que riqueza e sade no so o mesmo que felicidade?

    Resposta: riqueza e a sade so meios para atingirmos a felicidade, por isso no

    podem ser identificados com o fim ltimo que a felicidade.

    ou

    No so bens autossuficientes, ento no poderiam ser um fim em si mesmo.

    2.

    De acordo com o que aprendeu nessa aula responda: Nascemos virtuosos ouaprendemos a ser virtuosos?

    Resposta: Aprendemos a ser virtuosos. Virtude se conquista atravs do hbito.

    3. Explique com suas palavras o que a justa medida para Aristteles?

    Resposta pessoal: que deve contemplar a noo de equidistncia entre o excesso e

    falta; o caminho do meio; fugir em direo contrria das inclinaes.

    Atividade Comentada 2

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    Msica: para se inspirar para essa aula pode ser Cajuna, de Caetano Veloso. Se

    puder, oua.

    Existirmos: a que ser que se destina?

    Pois quando tu me deste a rosa pequenina Vi que s um homem lindo e que se

    acaso a sina

    Do menino infeliz no se nos ilumina

    Tampouco turva-se a lgrima nordestinaApenas a matria vida era to final, ramos olharmo-nos intacta retina

    A cajuna cristalina em Teresina

    A vida humana segue um destino ou cada ser humano constri o prprio

    caminho?

    Se a resposta fosse: sim, o destino j esta traado, estaramos negando a

    liberdade humana.

    Mas cada um constri o seu caminho, pois os homens so livres!

    cepealemanha.wordpress.com

    A liberdade um tema da tica, assunto desse bimestre.

    Liberdade: essa palavra que o sonho humano alimenta: que no h ningum que a

    explique, e ningum que no entenda (Ceclia Meirelles)

    Nascemos livres ou nos tornamos livres?

    Aula 3: Existimos, a que ser que se destina?

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    O problema da liberdade ocupa os filsofos de todas as pocas. Sartre, filsofo

    existencialista do sec. XX, ao escrever sobre liberdade criou uma frase que ficou muito

    famosa e que d o que pensar:

    Estamos condenados liberdade.

    lounge.obviousmag.org quimas.wordpress.com

    Estranho pensar a liberdade como condenao, no mesmo?

    Vamos investigar, nessa aula, o que isso significa!

    O homem faz-se; ele no esta pronto logo de incio; ele se constri

    escolhendo a sua moral; e a presso das circunstncias tal que ele no pode deixar

    de escolher uma moral. S definimos o homem em relao a um engajamento .

    (Sartre)

    Para o existencialismo, o homem ao nascer no esta definido. Ele ir atravs da

    sua EXISTNCIAfazer-se homem.

    Aqui esto em questo dois conceitos: determinao e liberdade.

    Determinar definir previamente.Por ex. esta determinado que as abelhas

    vo produzir mel. Todas as abelhas seguem essa determinao. uma lei da natureza

    que determina isso. O mesmo acontece com todos os demais seres vivos. Cada um tem

    seu papel na natureza e o segue sem o questionar. da essnciada abelha produzir

    mel.

    Sartre nos alerta que com os seres humanos no assim: quando nascemos

    no estamos prontos. O homem se define a partir do que vem a ser na sua existncia,

    no seu tempo de vida. A existncia precede a essncia ( Sartre)

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    Primeiro vem a existncia e depois a essncia. Isso significa que somos

    diferentes da abelha e dos demais seres vivos. Quando nascemos, nossa vida no esta

    determinada a ser dessa ou daquela maneira. Precisamos escolher a cada minuto. As

    escolhas que fazemos que iro determinar como seremos.No nascemos prontos! o homem quem d sentido a sua vida. Esse sentido

    no existe antes dele existir. O homem se constri!

    nesse sentido que o ser humano livre. E no podemos fugir da liberdade.

    Ela uma dimenso da vida humana, nos constitui. O no escolher como uma forma

    de no se comprometer j uma escolha!

    Cada escolha implica numa responsabilidade. Escolhemos continuamente em

    todas as situaes. por isso que Sartre fala que somos CONDENADOS a liberdade.

    http://www.bpmvision.com.br/506/

    No temos como escapar dessa tremenda responsabilidade que decidir

    continuamente que rumo daremos a nossa vida. E tem mais! Cada escolha no implicasomente em responsabilidade para conosco, mas com toda a humanidade. A isso, o

    filsofo chama de engajamento.

    Para ficar bem claro:

    Engajamento quando assumimos a responsabilidade por sermos livres .

    quando nossas aes ganham essa dimenso e escolhemos no somente o que pode

    ser bom pra ns mesmos, mas para toda a humanidade.

    http://www.bpmvision.com.br/506/http://www.bpmvision.com.br/506/
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    Ficar arranjando desculpas e pretextos no retira de ns a responsabilidade

    sobre nossas decises. E at o no decidir uma deciso! Quem procura justificativas

    para no agir, ou cede a influencias externas e no age de acordo com a sua prpria

    conscincia age de m f!

    www.fotolog.com

    Perceber em ns que no temos como escapar de fazer escolhas e que cada

    escolha carrega uma enorme responsabilidade pode nos trazer angstia. Mas essa

    angstia,(um certo buraco ou peso no peito) s voc poder preencher e cuidar.

    Quando assumimos a liberdade que nos constitui e nos tornamos responsveis

    por nossas escolhas, vamos nos construindo como seres humanos autnticos.E o ser

    humano que autntico no foge da sua responsabilidade frente ao mundo e a

    humanidade, no d desculpas, no age de m-f. Ele livre e por ser livre se engajano mundo atravs dos seus projetos.

    E o seu projeto de vida? Esta fazendo suas escolhas com conscincia da sua

    importncia nesse mundo?

    Esperamos que tenha gostado de saber que a sua vida ser o que voc fizer de

    voc mesmo! As possibilidades esto ai para que faa suas escolhas.

    Voc o autor da sua vida! Escreva-a BEM!

    http://leonardopalmeira.com.br/?p=105

    http://leonardopalmeira.com.br/?p=105http://leonardopalmeira.com.br/?p=105
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    1. Explique com suas palavras a frase: estamos condenados liberdade.

    Resposta pessoal: Precisamos fazer escolhas. No temos como escapar da

    responsabilidade de sermos livres. No h como fugir da liberdade.

    2. Que diferena h entre o determinismo e a liberdade?

    Resposta pessoal: determinismo submisso s leis da causalidade fsica, leis da

    natureza. Ao contrrio da liberdade que uma condio prpria dos seres humanosque permite que ultrapassemos a causalidade da natureza pela vontade.

    3. O que a liberdade para Sartre?

    Resposta: liberdade a condio prpria do homem, que dela no pode escapar. Ele

    no esta determinado por uma natureza previamente definida em sua essncia.

    livre para decidir e escolher e por isso no pode usar o determinismo como desculpa

    para nenhuma das suas aes.

    4. O que significa afirmar que no ser humano a existncia precede a essncia?

    Resposta pessoal: Que ao nascer o ser humano no est pronto. Que o ser humano

    no tem uma essncia determinada. Que o homem um projeto que se realiza na

    existncia. Que o ser humano no tem uma essncia que o define previamente.

    5.

    D uma definio para responsabilidade.

    Resposta pessoal: o direito e a obrigao de responder pelos prprios atos,

    justificando as prprias aes diante da comunidade.

    Atividade Comentada 3

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    Caro professor aplicador, sugerimos algumas diferentes formas de avaliar as

    turmas que esto utilizando este material:

    1 Possibilidade: as disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliao do

    Saerjinho, pode-se utilizar a seguinte pontuao:

    Saerjinho:2 pontos

    Avaliao:5 pontos

    Pesquisa:3 pontos

    2 Possibilidade: As disciplinas que no participam da Avaliao do Saerjinho,

    podem utilizar a participao dos alunos durante a leitura e execuo das atividades

    do caderno como uma das trs notas. Neste caso teramos:

    Participao:2 pontos

    Avaliao:5 pontos

    Pesquisa:3 pontos

    Seguem comentrios s questes da avaliao proposta do caderno de

    atividades do aluno.

    Questo 01 - D pelo menos dois exemplos de juzos de fato e dois exemplos de juzos

    de valor.

    Alguns exemplos retirados da prpria atividade.

    Fato:

    -O Soldado Marcelo, disparou duas vezes sua submetralhadora.

    -Sandro reagiu acertando Geisa.

    - A justia j havia liberado Marcelo de responder por homicidio duplamente

    qualificado.

    - O bandido foi morto pela PM.

    Avaliao

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    Valor:

    - A morte da recreadora Geisa no teve culpados.

    -Marcelo atirou somente para neutralizar o delinquente.

    -O PM no cometeu transgresso disciplinar.

    Questo 02 - Explique a diferena entre determinismo e liberdade.

    Resposta pessoal: determinismo submisso s leis da causalidade fsica, leis da

    natureza. Ao contrrio da liberdade que uma condio prpria dos seres humanos

    que permite que ultrapassemos a causalidade da natureza pela vontade.

    Questo 03 - (FGV) no campo das aes humanas que a tica se manifesta. Ou seja,

    so nossos valores morais que nos fazem agir dessa ou daquela maneira. Quando

    precisamos tomar decises importantes devemos pensar bem, analisar e avaliar os

    possveis resultados da ao sobre ns mesmos e sobre a sociedade a qual

    pertencemos. Porm, as consequncias de uma ao acabam por se somar a muitas

    outras, afetando os resultados esperados e da resulta que o futuro imprevisvel.

    Analise as afirmativas as seguintes e marque a alternativa que uma concluso correta

    a ser deduzida do enunciado:

    a) Os dilemas morais colocam os homens com dvidas na hora de agir, mas uma

    anlise permite saber ao certo os efeitos que uma ao vai gerar.

    b) Se pensarmos antes de praticar uma ao, agiremos na direo do bem, pois um

    homem racional pode analisar as consequncias do seu ato e prev-las plenamente.

    c) Temos que refletir antes de agir, para que tenhamos com isso garantias precisas

    quanto s consequncias de nossas aes.

    d) necessrio refletir e analisar cada situao, agindo de acordo com os prprios

    valores morais, embora no haja como prever o que uma ao vai resultar no mundo.

    e) Frente a um dilema moral o homem de bem sempre sabe como agir, pois o certo, o

    errado e suas consequncias s dependem de uma boa anlise.

    Comentrio: A alternativa D esta correta. O texto afirma que o futuro sempre

    imprevisvel. A alternativa D a nica que concorda com a imprevisibilidade do

    futuro. Todas as outras indicam, erradamente, que pela razo poderamos antecipar

    com certeza um acontecimento futuro.

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    Questo 04 - (FGV- adaptada) Nascemos biologicamente humanos, mas precisamos

    transformar nossa natureza biolgica e desenvolver saberes que so necessrios para

    vivermos e nos relacionarmos com as pessoas no mundo. Assim, ao longo de nossas

    vidas, vamos construindo nosso modo de ser, pensar, vamos revendo nossos planos enossas maneiras de agir, criando valores e costumes.

    Marque a alternativa que expressa uma concluso verdadeira que pode ser inferida a

    partir da leitura dos dois textos acima:

    a) A Biologia a cincia que estuda a vida e classifica o ser humano como um grupo de

    mamferos, por isso, ela responsvel pelo desenvolvimento dos valores morais no

    homem.

    b) As cincias biolgicas esto em profunda crise com a classificao do homem, pois a

    categoria de animal insuficiente para essa forma de vida.

    c) A Biologia, enquanto estudo da vida, responsvel por descrever os valores e

    costumes que determinam a vida social e cultural humana.

    d) J se nasce biologicamente humano, mas na medida em que o homem um animal

    capaz de criar valores classificado como uma forma diferente de vida.

    e) Nossa maneira de agir e se relacionar com os outros totalmente determinada pelanossa condio biolgica de animais mamferos e homindeos.

    Comentrio:A alternativa correta a letra D. A questo versa sobre a liberdade. Os

    animais so determinados pela sua natureza biolgica enquanto o homem constri

    valores ao longo da vida na relao com outros homens. Somente o homem capaz

    de criar valores, o que o lana numa perspectiva diferente de todas as demais formas

    de vida. O homem livre e se constri na relao com outros homens. O homem no

    determinado pela sua natureza biolgica como os demais mamferos ou outras

    formas de vida.

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    Questo 05 - Leia com ateno o texto:

    SE eu no for por mim mesmo, quem ser por mim?

    Se eu for apenas por mim quem serei eu?

    Se no agora ------- quando?(Adaptada do livro didtico Filosofando, 3 edio- moderna)

    Reflita e faa um comentrio sobre a relao do texto apresentado no enunciado com

    o conceitos de liberdade.

    Resposta Pessoal: O que esta em questo e importante que o aluno perceba o

    jogo entre o que recebemos do mundo e o que fazemos daquilo que recebemos.

    Somos livres para escolher, mas escolhemos dentro de um determinado contexto de

    mundo que se apresenta. Vivemos entre esses dois polos.

    Valorize se o aluno der o salto para a compreenso de que ainda que no sejamos

    determinados pela natureza somos determinados socialmente.

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    Caro professor aplicador, ressalte com os alunos a importncia de no

    copiarem textos e elaborarem respostas individuais e originais.

    Sugerimos que voc realize a Oficina de introduo ambiental do portal da

    educao.

    De onde retiramos inspirao para essa pesquisa.

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/ed_ambiental/index.

    htmlCaro aluno, refletimos sobre a noo de valor, de felicidade e de liberdade.

    Todos esses temas so parte da tica. A tica chamada tambm de filosofia prtica,

    pois no basta somente pensar ou falar o que cremos ser o certo. Revelamos ao

    mundo se somos ou no seres ticos quando agimos.

    Agora vamos pesquisar sobre um grande desafio tico da atualidade. O que

    fazemos com o lixo que produzimos?

    http://www.not1.com.br/lixo-problema-ambiental-mundial-destinos-do-lixo-solucoes/

    Mas como estamos nos referindo a filosofia pratica, esperamos que utilize tudo

    que aprendeu nas aulas desse bimestre e com a pesquisa que vai fazer possa se

    Pesquisa

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/ed_ambiental/index.htmlhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/ed_ambiental/index.htmlhttp://www.not1.com.br/lixo-problema-ambiental-mundial-destinos-do-lixo-solucoes/http://www.not1.com.br/lixo-problema-ambiental-mundial-destinos-do-lixo-solucoes/http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/ed_ambiental/index.htmlhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/ed_ambiental/index.html
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    engajar nesse assunto de forma a poder ajudar a sua escola e a sua comunidade a

    encontrarem solues. Mos a obra!

    Lembre-se sempre de indicar as fontes ( livros e sites) que pesquisou. Depois de

    pesquisar, busque responder com suas prprias palavras.

    1. O que meio-ambiente?

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    2. Leia sobre o problema do lixo. Em seguida, apresente com suas palavras um quadro

    da situao do Brasil.

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    3. Tente descobrir tambm para onde vai o lixo da sua casa ou escola. Tem coleta

    diariamente? Tem coleta seletiva? Qual cooperativa de catadores de reciclados voc

    poder acionar?

    Siga esse roteiro para algumas observaes e reflexes que podem orientar sua

    pesquisa

    1. Como tratado o lixo em sua casa/ escola?

    2. Os materiais so separados para a coleta seletiva?

    3. Para onde levado o lixo?

    4. Em seu bairro ocorre a coleta seletiva?

    5. E em sua escola?

    6. Voc acha importante ocorrer coleta seletiva?

    7. Por qu?

    8. Se ainda no comeou a coleta seletiva em sua escola, voc gostaria de

    participar do incio da mesma?

    9. Quem voc indicaria para coordenar este tipo de trabalho?

    10.

    O que se aprende na escola de importante para o ambiente, voc repassa paraos seus familiares?

    11.Quais so as reaes da sua famlia a partir das informaes recebidas?

    12.Se houve uma reao positiva quais as novas atitudes da famlia?

    13.Como voc sente em relao atitude da sua famlia?

    Fonte: Oficina de introduo ambiental do portal da educao.

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/ed_ambiental/index.html

    http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/ed_ambiental/index.htmlhttp://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/ed_ambiental/index.html
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    [1] Apostila_ EJA_EM Filosofia_VOL: 2 Cincias Humanas e suas tecnologias- 2000.

    Autoras: Ingrid Muller e Zuleika de Abreu.

    [2] ARANHA, Maria Lcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando.

    Introduo 1-CHAU, Marilena. Iniciao Filosofia: 1 edio. So Paulo: tica,

    2011.

    [3] BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformao de pessoas em

    mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.[4] CHAU, Marilena. Iniciao Filosofia: 1 edio. So Paulo: tica, 2011.

    [5] -_______________O que ideologia. So Paulo: Brasiliense, 1980. (Coleo

    Primeiros Passos).

    [6] Filosofia/Vrios autores._ Curitiba, SEED_PR.

    [7] GALLO, Slvio (coord.). tica e cidadania: caminhos da Filosofia. 13 ed. Campinas,

    SP: Papirus, 2005.

    [8] SARTRE, Jean Paul. O Existencialismo um humanismo.

    http://www.4shared.com/office/QJrIKQSo/O_Existencialismo__um_Humanism.htm.

    Referncias

    http://www.4shared.com/office/QJrIKQSo/O_Existencialismo__um_Humanism.htmhttp://www.4shared.com/office/QJrIKQSo/O_Existencialismo__um_Humanism.htm
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    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Maurcio Tavares Lessa

    Coordenao de reas do ConhecimentoBianca Neuberger Leda

    Raquel Costa da Silva NascimentoFabiano Farias de SouzaPeterson Soares da Silva

    Ivete Silva de OliveiraMarlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORESGiovnia Alves CostaJulio Cesar F. Offredi

    Equipe de Elaborao