apostila espaco aereo

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    A ABP SOMOS TODOS NS!

    APOSTILA ESPAO AREODerick Baum

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    ESPAO AREODERICK BAUM

    TRFEGO AREO

    1. INTRODUO

    A idia que o cu infinito e que existe liberdade ao se voar pode ter seu romantismo, porm,e cada vez mais, se afasta da realidade. O espao areo organizado considerando-se os interesses deseus usurios tanto da aviao militar como da aviao civil. Esta, considerando-se seu carterinternacional, exige que seu planejamento siga normas ditadas pela Organizao da Aviao CivilInternacional (OACI).

    Neste mdulo ser apresentada a estrutura do espao areo brasileiro, os servios que soprestados em cada setor do espao areo, as regras de vo bsicas, uma noo de separao entreaeronaves, as etapas que compem um vo, alguns conceitos de altimetria e, para finalizar, soapresentados os principais auxlios operao aeronutica. O Sistema CNS/ATM e as demaistendncias para o controle do trfego areo, tarefa fundamental para a existncia do transporte areo,esto no Mdulo 16 (CNS/ATM).

    2. ESTRUTURA DO ESPAO AREO

    O espao areo sob jurisdio do Brasil divide-se em:

    a) Espao Areo Inferior que tem como limite inferior o solo ou a gua e limite superior o nvel devo 245 inclusive (FL 245 flight level que corresponde a 24.500 ps, ou cerca de 7.500 m) e;b) Espao Areo Superior que tem como limite inferior o FL 245 (exclusive) e limite superiorilimitado.

    Os limites laterais dos mesmos esto especificados nas cartas de rota (ERC Enroute Chart).Nota: A necessidade de se dividir verticalmente o espao areo e design-lo como espaos areos

    superior e inferior tm por finalidade estabelecer as partes do espao areo onde voem aeronaves desemelhantes desempenhos, de forma a compatibilizar o objetivo dos vos mais diretos possveis como espaamento exigido entre os auxlios navegao area, com a topografia e com outros fatoresintervenientes.

    Para fins de prestao de servios, est designado em:

    Espao Areo Controlado ATZ - Zona de Trfego de Aerdromo CTR - Zona de Controle de Trfego TMA - rea de Controle Terminal CTA - rea de Controle UTA - rea de Controle Superior

    Regio de Informao de Vo ( espao areo no controlado) FIR Regio de Informao de Vo Espao Areo Condicionado reas Proibidas reas Restritas reas Perigosas

    Nota: O que distingue um espao areo ser controlado ou no a capacidade de se mantercomunicao bilateral contnua entre rgo de trfego areo e aeronaves, ou seja, rea de coberturade freqncia aliada a uma demanda de trfego areo. A utilizao de radar como um auxlio prestao do servio de trfego areo visa atender melhores requisitos de informao de vo, menorseparao, maior capacidade de trfego em cada setor, facilitar subidas e descidas, etc. Portanto,

    podemos ter reas controladas onde no h cobertura radar.

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    Espaos Areos Controlados

    I. Zona de Trfego de Aerdromo (ATZ), em aerdromo controlado.

    Espao areo estabelecido em torno de um aerdromo, para proteo do trfego de aerdromo (fig.1). A ATZ envolve o circuito de trfego e as reas de manobras de um aerdromo. Visa estabelecer umespao controlado para trfego de aerdromo em condies visuais, segundo as regras VFR. Possuiconfigurao varivel (geralmente com limite lateral entre 2NM e 5NM) e limite inferior o solo ou gua.So representadas nas Cartas de Aproximao Visual (VAC Visual Approach Chart). O rgo decontrole responsvel por esta rea a TWR (Torre de Controle).

    II. Zona de Controle (CTR)Espao areo envolvendo um ou mais aerdromos prximos e capazes de conter as trajetrias dos

    procedimentos de aproximao e sada por instrumentos (fig. 2). A CTR possui configurao varivel(geralmente com limite lateral entre 8NM e 15NM) e limite inferior o solo ou gua. So representadasnas ERC e nas Cartas de rea (ARC Area Chart). O rgo de controle responsvel por esta rea o APP(Controle de Aproximao).

    III. rea de Controle Terminal (TMA)rea de controle situada na confluncia de rotas ATS e envolve os procedimentos de chegada e sadade um ou mais aerdromos. Contm uma ou mais CTR e estabelece um espao areo controladoadicional para as aproximaes e sadas de um ou mais aerdromos (fig. 3). As TMA tambm tmconfigurao varivel (geralmente com limite lateral entre 40NM e 50NM) e constam nas ARC. O rgode controle responsvel por esta rea o APP.

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    IV. rea de Controle (CTA)Compreende as aerovias inferiores, as reas de controle terminal e outras partes do espao areo

    inferior, assim definidas como reas de controle. So representadas nas ERC. O rgo de controleresponsvel por esta rea o ACC (Centro de Controle de rea). As aerovias (AWY) so, portanto, reascontroladas dispostas em corredor e providas ou no de auxlios navegao area nas mesmas.

    As aerovias inferiores possuem as seguintes caractersticas quando balizadas por auxlios navegaoem solo: limite vertical inferior: 500ft abaixo do nvel mnimo constante da ERC; limite superior: FL 245 (inclusive); limite lateral: 16NM estreitando-se a partir de 54NM antes de um auxlio-rdio navegao eatingindo sobre este a largura de 8 NM. (Obs.: quando a distncia entre os auxlios menor que 54NM,a largura da aerovia de 11NM em toda sua extenso).

    V. rea Superior de Controle (UTA)Compreende as aerovias superiores e outras partes do espao areo superior, assim definidas comoreas superiores de controle. So representadas nas Cartas de Rota (ERC). O rgo de controleresponsvel por esta rea o ACC.As aerovias inferiores possuem as seguintes caractersticas quando balizadas por auxlios navegaoem solo: limite vertical inferior: FL 245 (exclusive); limite superior: ilimitado. limite lateral: 43NM estreitando-se a partir de 216NM antes do bloqueio do auxlio at a largura de21,5NM. (Obs.: caso a distncia entre equipamentos seja inferior a 108NM, a largura ser constante ede 21,5NM).

    Regio de Informao de Vo (FIR)

    a regio que inclui, de maneira contnua, a totalidade do espao areo compreendido por seuslimites laterais e verticais, e na qual se prestam os servios de informao de vo e alerta. No Brasil, osespaos areos, superior e inferior, so constitudos de cinco regies de informao de vo (FIR-Amaznica, FIR-Recife, FIR-Braslia, FIR-Curitiba e FIR-Atlntico), dispostas de modo que as FIR socontguas que cobrem o territrio brasileiro e guas ocenicas at o meridiano 010 (fig. 4).

    A configurao das Regies de Informao de Vo (FIR) a seguinte: Limite vertical superior: ilimitado (UNL); Limite vertical inferior: solo ou gua;

    Limites laterais: indicados nas ERC.

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    Espaos Areos Condicionados

    Os espaos areos condicionados so espaos areos restritivos circulao area geral, dedimenses definidas, constituindo-se de reas proibidas, restritas ou perigosas, com limites indicadosnas cartas aeronuticas e manuais (AIP-BR ASIL, SID, IAC) do DECEA, identificadas, respectivamente,pelas letras P, R ou D.

    Os espaos areos condicionados so identificados da seguinte forma: rea Proibida (P) - Espao areo dentro do qual o vo no permitido. (Ex: sobrevo de rea desegurana nacional) rea Restrita (R) - Espao areo onde o vo s pode ser realizado sob condies preestabelecidas.(Ex: treinamento de aeronaves militares) rea Perigosa (D) - Espao areo dentro do qual existem riscos potenciais ou atuais para a navegaoarea. (Ex: lanamento de foguetes antigranizo)

    3. SERVIOS DE TRFEGO AREO

    As finalidades dos servios de trfego areo so:a) Prevenircolises entre aer onaves em vo, entre aeronaves e veculos ou obstculos na rea de

    manobras e ainda acelerar e manter ordenado o fluxo de trfego areo;b) Manter as separaes mnimas estabelecidas entre as aeronaves;c) Dar orientao e informaes teis para a conduo segura e eficiente dos vos;d) Orientar e instruir as aeronaves na execuo dos procedimentos de espera, chegada e sada,estabelecidos pelo DECEA; e,e) Notificar aos rgos apropriados a respeito de aeronaves que necessitam de ajuda de Busca eSalvamento.Os Servios esto divididos em Controle de Trfego Areo, Informao de Vo e Alerta.O servio de Controle de Trfego Areo subdividido em:a) Servio de Controle de rea - prestado por um ACC ou APP;b) Servio de Controle de Aproximao - prestado por um APP ou TWR; ec) Servio de Controle de Aerdromo - prestado por uma TWR

    Servio de Informao de Vo prestado com a finalidade de proporcionar avisos e informaes teispara a realizao segura e eficiente dos vos.

    Servio de Alerta prestado para notificar os rgos apropriados a respeito das aeronaves quenecessitam de ajuda de busca e salvamento e para auxiliar tais rgos no que for necessrio.

    O servio de Informao de Vo e Alerta so prestados pelos rgos ATS (ACC, APP, TWR ou EstaoRdio) que tenha jurisdio no espao areo considerado.Nota 1: Uma aeronave controlada dever estar sob controle de somente um rgo de trfego areo, esomente um rgo de Controle de Trfego Areo ter jurisdio sobre um determinado espao areo.Nota 2: Nos procedimentos de trfego areo indispensvel observar a hora exata. A hora nosservios de trfego areo o Tempo Universal Coordenado (horrio de Greenwich), que utilizado em

    todos os procedimentos de trfego areo no mundo.

    4. REGRAS DE VO

    As operaes de aeronaves devem obedecer s regras gerais e, quando em vo, s regras de vovisual (VFR) ou de vo por instrumentos (IFR). Em ambas as regras, as aeronaves, pilotos em comandoe aerdromos devero estar homologados para o fim que se destina. Em complemento as regras VFRe IFR, h as regras estabelecidas em relao ao perodo de operao do aerdromo ou aeronave, quepodem ser diurno (do nascer ao por do sol) ou noturno (do por do sol ao nascer do sol).

    4.1 Regras de Vo Visual (VFR)

    Caber ao piloto em comando de uma aeronave em vo VFR providenciar sua prpria separao emrelao a obstculos e demais aeronaves por meio do uso da viso.Para que um piloto mantenha-se segundo as regras de vo visual, dever manter simultaneamente:

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    Manter referncia com o solo ou gua, de modo que as formaes meteorolgicas abaixo do nvel devo no obstruam mais da metade da rea de viso do piloto; Voar abaixo do nvel de vo 150 (FL 150); Voar com velocidade inferior a 250 KT se voar abaixo de 10.000ft ou 380 KT se voar acima de 10.000ft; Manter-se afastado lateralmente de nuvens em 1500m e verticalmente em 1000ft ; e Manter visibilidade superior a 5 km voando at 10.000ft ou 8 km voando acima de 10.000ft.Para que um piloto decole de um aerdromo segundo as Regras de Vo Visual, este aerdromodever estar operando em condies visuais, ou seja, teto (altura, acima do solo ou gua, da base damais baixa camada de nuvens) mnimo de 450m (1500 ft) e visibilidade de 5000m.

    4.2 Regras de Vo Por Instrumentos (IFR)

    Voar por instrumentos receber orientaes, atravs dos instrumentos de bordo, de equipamentosem solo (NDB, VOR, ILS, Radar, etc.) ou no (navegao satelital, inercial). imprescindvel que o aerdromo de partida e de pouso sejam homologados para operaes porinstrumentos e as condies meteorolgicas predominantes no aerdromo devero ser iguais ou

    superiores aos mnimos estabelecidos para operao IFR.

    4.3 Nvel de Cruzeiro o nvel que se mantm durante etapa considervel do vo. Todo planejamento de um vo se iniciade uma origem e um destino e, consequentemente, um rumo magntico que une as duaslocalidades. Para o vo em rota, deve-se selecionar um nvel de vo apropriado (Tabela 1), em funodo rumo magntico que se pretenda voar: Para voar entre 360 e 179, deve-se selecionar um nvel impar Para voar entre 180 e 359, deve-se selecionar um nvel par

    Considerar-se- um FL par ou mpar, quando os dois primeiros dgitos do nvel forem pares oumpares. Quando o ltimo nmero for "0" indicar um vo IFR e, quando for "5", indicar um vo VFR.Portanto, a separao em nveis mpares e pares no permite que, em uma mesma aerovia, aeronavesem sentidos contrrios voem em um mesmo nvel de vo.

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    5. SEPARAO

    a) VerticalA separao vertical a forma mais simples de separar as aeronaves com o objetivo de prevenircolises em vo. As distncias de separao adotadas internacionalmente so as seguintes: 1000 p s at o nvel de vo 410; 2000 p s acima do nvel 410.

    A razo para a fixao de um valor mais alto acima do nvel 410 deve-se maior impreciso dos

    altmetros nesses nveis elevados. Avanos futuros na tecnologia relacionada com instrumentaopodero determinar separaes menores. Em situaes de forte turbulncia, as separaes acimamencionadas podero ser dobradas a fim de garantir a manuteno da segurana de vo.

    b) HorizontalA separao horizontal estabelecida em funo de vrias caractersticas, das quais podemos citar: Espao areo onde a separao estabelecida (ATZ, CTR, TMA, CTA, FIR, etc.); Tipo de equipamento de auxlio a navegao de solo (NDB, VOR, etc.); Utilizao de radar (de terminal, de rota, de aproximao); Esteira de turbulncia entre aeronaves; Velocidade das aeronaves; Servio de trfego areo prestado (controle, informao de vo);

    Regra de vo (VFR ou IFR); Tempo de vo.

    6. ETAPAS DE UM VO

    Considerando que a maioria dos vos comercial processada em IFR, pode-se considerar que um voapresenta as seguintes etapas:

    1 ) Planejamento do VoTrata-se da preparao de um Plano de Vo que submetido previamente aprovao de um rgode trfego areo.

    2 ) Acionamento dos Motores e Push-backAps a aprovao do plano de vo, antes de se iniciar a movimentao da aeronave, deve-se solicitar TWR autorizao para acionamento dos motores e para o incio dopush-back, caso necessrio

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    3 ) Incio de TxiAps o push-backuma nova solicitao de deslocamento no solo (txi) deve ser efetuada TWR. Ocontrole de txi efetuado at uma posio prxima a cabeceira de decolagem (ponto de espera).4 ) DecolagemA TWR fornece a autorizao para a decolagem. Essa fase termina imediatamente aps a decolagem. A

    partir da decolagem a aeronave passa a ser controlada pelo APP.

    5 ) Sada da TerminalAps a subida inicial, a sada da Terminal desenvolvida por um procedimento de subida (SID)especificado pelo APP. Faz-se o trajeto da pista, em regime ascendente, at a porta da aerovia.

    6 ) Vo em CruzeiroDeixando a rea Terminal, a aeronave passa a ser monitorada pelo ACC. Neste trecho se atinge aaltitude e a velocidade de cruzeiro at as proximidades da rea Terminal onde se localiza oaerdromo de destino.

    7 ) Incio de Descida

    Compreende a fase em que a aeronave, ainda em rota, inicia o seu procedimento de aproximao,definido por procedimento (STAR) a ser cumprido daaerovia at as proximidades do aerdromo dechegada, seguindo um sequenciamento estabelecido pelo rgo de controle.

    8 ) Entrada na TerminalA partir deste momento a aeronave passa para o controle do APP. Quando a rea terminal temmovimento intenso a aeronave seqenciada pode ser vetorada, a fim garantir espaamentosotimizados entre as aeronaves.

    9) Aproximao FinalChegada a vez da aeronave, o APP autoriza o procedimento em que a aeronave passa por um pontoestabelecido como de alinhamento com a pista e a partir do qual poder, com auxlio deequipamentos, buscar manter a trajetria de planeio at o toque na pista. A TWR passa a acompanharo procedimento que no pode ser alterado, exceto nos casos de arremetida durante o pouso.

    10 ) Pouso e TxiJ com o controle da TWR, a aeronave tem a informao do trajeto a ser seguido at a sua posio deparada no ptio.

    8. ALTIMETRIA

    Os altmetros das aeronaves indicam valores altimtricos que dependem dos referenciais de pressoque o piloto introduz no instrumento. Quando o piloto l no altmetro da aeronave, por exemplo,6000 ft, a pergunta imprescindvel qual o referencial para esta marcao. Surgem, ento, trsdefinies fundamentais: altitude, nvel de vo e altura.

    altitude - distncia vertical entre um nvel, um ponto ou objeto considerado como ponto e o nvelmdio do mar. nvel de vo - distncia da aeronave em relao a superfcie isobrica de 1013.2 hPa (hectopascal). altura - distncia vertical de um nvel, ponto ou objeto considerado como ponto e uma determinadareferncia, normalmente o solo.

    Para se definir o referencial o piloto dever inserir um valor em seu altmetro, em hectopascais, quepode ser QNH (ajuste de altmetro), QNE (ajuste padro) e QFE (ajuste a zero).

    Ajuste de Altmetro (QNH)Presso baromtrica de um determinado ponto do solo (estao ou aerdromo), reduzida ao nvel

    mdio do mar, expressa em hectopascais. Quando introduzida no altmetro de bordo, este indicar aaltitude do aerdromo, quando a aeronave ali pousar.

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    Ajuste Padro (QNE)Quando introduzido no altmetro 1013.2 hPa. Quando introduzida no altmetro de bordo, esteindicar nvel de vo (FL).

    Ajuste a Zero (QFE)Presso baromtrica em determinado ponto do solo (estao ou aerdromo), expressa emhectopascais. Quando introduzida no altmetro de bordo, este indicar a altura zero, quando aaeronave ali pousar.Uma aeronave sempre decola ou pousa com o altmetro ajustado em QNH a partir de informao dorgo de trfego areo.Aps a decolagem, a aeronave prossegue a subida e ao cruzar a altitude de transio (altitude na qual,ou abaixo da qual, a posio vertical de uma aeronave controlada por referncia a altitudes) o pilotoinsere em seu altmetro QNE, ou seja, 1013 hPa

    .

    9. AUXLIOS NAVEGAOExistem auxlios navegao so destinados a todas as fases de vo (aproximao, pouso, sada, emrota). Dentre os mais importantes podemos citar:

    a) NDBFoi o mais importante auxlio-rdio nos primrdios da aviao mundial. O Non-Directional

    Beacon (NDB) ainda utilizado em muitos pases, balizando aerovias, determinando pontos dereferncia em reas terminais ou propiciando execuo de aproximaes por instrumentos, alm deproporcionar orientao navegao martima costeira.

    Tambm conhecido como rdio-farol, consiste de um transmissor no solo emitindo ondaseletromagnticas no direcionais que, ao serem captadas por receptores de bordo dotados deantenas direcionais, propiciam a informao de direo do sinal recebido. Seu alcance pode ser de at270 km quando o transmissor tem potncia de 1 KW.

    As marcaes proporcionadas pelo NDB so pouco precisas, principalmente no perodocrepuscular (efeito noturno) e em vo prximo a formaes meteorolgicas.

    b) VORO VHF Omni-Directional Range (VOR) importante no auxlio ao piloto na determinao de

    posio, na orientao em rota e na execuo de procedimentos de aproximao. de curto alcance.Compe-se de uma unidade transmissora no solo e outra receptora a bordo. A finalidade medir adiferena de fase de um sinal de referncia e de um sinal varivel, emitido pela transmissora. Adiferena de fase, convertida em medida angular, a partir do Norte Magntico (sinal de referncia) denominada de radial.

    O VOR pode ser utilizado para conseguir separao entre aeronaves, exigindo-se que elasvoem para a estao ou desta forma se afastem numadeterminada radial. Quando uma aeronave voapara a estao numa radial qualquer, mantendo seu curso inalterado, aps o bloqueio passa a voar naradial oposta, visto que cada radial tem origem na estao.

    Ao contrrio do NDB, o VOR no sofre influncia de perturbaes atmosfricas, oferecendomarcaes seguras e precisas. O alcance depende da linha de visada. Em condies normais de200NM a 6.000m acima da estao transmissora.

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    c) DMEO Distance Measuring Equipment(DME) o par por excelncia do VOR. Fornece a distncia at

    a sua antena transmissora. Consiste num equipamento interrogador de bordo e uma estao

    respondedora no solo. Opera emitindo pares de pulsos eletrnicos a razo de 30/seg da aeronavepara a estao no solo. Esta responde, 50 seg depois, pares de pulsos iguais aos recebidos mas numafreqncia diferente. O equipamento de bordo mede o tempo de resposta transformando em milhasnuticas de distncia entre a aeronave e o solo. Cada DME pode responder simultaneamente at 100aeronaves.Nota: a distncia medida pelo DME a distncia obliqua, ou seja, a distncia real da aeronave e oequipamento.

    d) ILSO Instrument Landing System (ILS) um equipamento de preciso empregado em vrios

    aeroportos do mundo. Proporciona, aeronave equipada com o correspondente instrumento debordo, orientao segura de alinhamento e ngulo de descida quando na aproximao final para uma

    pista de pouso.O equipamento de solo constitudo por dois transmissores altamente direcionais,denominados de Localizer(LOC) e o Glide Slope (GS), alm de dois ou trs marcadores-rdio localizadosao longo da trajetria de descida. muitas vezes associado a auxlios visuais (luzes de aproximao, dezona de toque e de eixo de pista).

    Em funo do grau de preciso dos equipamentos de solo, o ILS classificado em 5 categorias(CAT I, II, IIIa, IIIb e IIIc). Na Tabela 1 esto mostrados os mnimos operacionais por categoria de ILS. Aoperao do ILS depende tambm da disponibilidade e da categoria dos instrumentos de bordo e,tambm, do credenciamento da tripulao para o nvel pretendido.

    O transmissor do LOC, situado alm da cabeceira oposta do pouso, emite sinais-rdiodirecionais em VHF, direita e esquerda do eixo da pista, modulados em 90 Hz e 150 Hzrespectivamente, cuja composio permite ao piloto manter sua aeronave num curso coincidentecom o prolongamento do eixo da pista.

    O transmissor do GS, localizado num ponto a aproximadamente 300 m da cabeceira da pistae a 150m do eixo da pista, transmite em UHF um preciso feixe de sinais-rdio acima e abaixo datrajetria ideal de planeio (3 com o plano horizontal), modulados em 90 Hz e 150 Hzrespectivamente, permitindo o piloto manter sua aeronave numa adequada trajetria de descida.

    Os marcadores so chamados de OM (outer-marker), MM (middle-marker) e IM (inner-marker),respectivamente, marcador externo, mdio e interno. O OM fica a cerca de 5 NM da cabeceira e indicaum ponto em que o glide j deve ter sido interceptado pela aeronave. O MM deve estar a 1 km,aproximadamente na altura de deciso (DH) do CAT I, corresponde a uma altura de 200 ps e o IMprximo a cabeceira de pouso.

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