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2 INICIANDO A CONVERSA Vivemos numa sociedade em que a maioria da população é alfabetizada. Passou pelo menos 8 anos na escola. Apesar disso, a insegurança em produzir um texto é comum. Isso porque, por mais incrível que pareça, as habilidades de escrita e leitura não foram vivenciadas como deveriam. Ler e escrever, como muita gente pensa, não é decifrar ou codificar um texto. As palavras expõem sentidos além das letras impressas no papel. Ler é ouvir e compreender a voz de quem fala no texto, é ir além das palavras grafadas – é escutar o dito e perceber o não-dito. Por sua vez, escrever é comunicar-se, é manifestar-se, é perpetuar a fala. O que se escreve fica eternizado na história. Entender isso é necessário para que se reflita melhor antes de se ler e escrever qualquer que seja o tipo de texto. Nossa proposta aqui é específica – abordar questões pertinentes a redação exigida pelo Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, porém, há de se saber que a produção de texto, a redação, envolve significados bem mais profundos do que apenas técnicas de escrita. Cônscios disso, vamos direto ao ponto: O QUE É UMA REDAÇÃO? 1. Ato o u efeito de r edigir. 2. Modo de redigir. 3. Casa onde se redige um periódico. 4. Conjunto de redatores. (Fonte: Dicionário Aurélio). Logo, apreendemos que Redação é uma produção textual. É a escrita de um texto mais comumente em prosa. Assim, podemos nos comunicar utilizando a escrita por meio dos Gêneros Textuais. E O QUE SÃO GÊNEROS TEXTUAIS? São os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Por exemplo: a carta pessoal, o requerimento, o poema, a parlenda, a Hq – história em quadrinhos, o bilhete, a propaganda, a receita, a piada, o chat, o fórum eletrônico, o Wat Sap e muitos outros. Os gêneros textuais podem ser classificados conforme a sua natureza linguística, isto é, de acordo com características comuns de composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Isso indicará sua tipologia textual.

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Orientações sobre como redigir uma dissertação-argumentativa para o ENEM e concursos.

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    INICIANDO A CONVERSA

    Vivemos numa sociedade em que a maioria da

    populao alfabetizada. Passou pelo menos 8 anos

    na escola. Apesar disso, a insegurana em produzir

    um texto comum. Isso porque, por mais incrvel que

    parea, as habilidades de escrita e leitura no foram vivenciadas como deveriam. Ler

    e escrever, como muita gente pensa, no decifrar ou codificar um texto. As palavras

    expem sentidos alm das letras impressas no papel. Ler ouvir e compreender a voz

    de quem fala no texto, ir alm das palavras grafadas escutar o dito e perceber o

    no-dito. Por sua vez, escrever comunicar-se, manifestar-se, perpetuar a fala. O

    que se escreve fica eternizado na histria. Entender isso necessrio para que se

    reflita melhor antes de se ler e escrever qualquer que seja o tipo de texto. Nossa

    proposta aqui especfica abordar questes pertinentes a redao exigida pelo

    Exame Nacional do Ensino Mdio ENEM, porm, h de se saber que a produo de

    texto, a redao, envolve significados bem mais profundos do que apenas tcnicas de

    escrita.

    Cnscios disso, vamos direto ao ponto:

    O QUE UMA REDAO?

    1. Ato ou efeito de redigir. 2. Modo deredigir. 3. Casa onde se redige um peridico. 4.

    Conjunto de redatores. (Fonte: Dicionrio Aurlio).

    Logo, apreendemos que Redao uma

    produo textual. a escrita de um texto mais

    comumente em prosa. Assim, podemos nos comunicar utilizando a escrita por meio

    dos Gneros Textuais.

    E O QUE SO GNEROS TEXTUAIS?

    So os textos materializados que encontramos em nossa vida diria e que apresentam

    caractersticas sociocomunicativas definidas por contedos, propriedades funcionais,

    estilo e composio caracterstica. Por exemplo: a carta pessoal, o requerimento, o

    poema, a parlenda, a Hq histria em quadrinhos, o bilhete, a propaganda, a receita,

    a piada, o chat, o frum eletrnico, o Wat Sap e muitos outros. Os gneros textuais

    podem ser classificados conforme a sua natureza lingustica, isto , de acordo com

    caractersticas comuns de composio (aspectos lexicais, sintticos, tempos verbais,relaes lgicas). Isso indicar sua tipologia textual.

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    TIPOLOGIA TEXTUAL

    H basicamente, conforme Werlich (1973), cinco tipos de

    textos, os quais so:

    1.Descritivo: Descreve fatos, lugares, coisas, etc. So

    cheios de adjetivos e substantivos.2.Narrativo: Narram, relatam, contam fatos,

    acontecimentos. H predomnio dos verbos do pretrito.

    3.Expositivo: Expem fatos, informaes, notcias.

    4. Argumentativo: Apresenta uma tese e a defende por meio de argumentos,

    concluindo o seu ponto de vista de modo consistente.

    5. Injuntivo: D ordens, conselhos, faz pedidos, objetiva provocar uma ao no

    interlocutor.

    Aqui nos aprofundaremos no tipo Argumentativo, de gnero Dissertativo-Argumentativo, por ser o exigido pelo ENEM.

    DISSERTAO-ARGUMENTATIVA

    Embora o termo dissertao-argumentativa seja redundante, exposto desta forma

    para que o dissertador no caia no erro de apenas citar fatos, esquecendo-se de emitir

    um ponto de vista e argumentar coerentemente sobre eles.

    Assim sendo, segundo Plato e Fiorin (2001; p. 298 e 299), o texto dissertativo

    o tipo de texto que analisa e interpreta dados da realidade

    por meio de conceitos abstratos. (...) Na dissertao

    predominam os conceitos, isto a referncia ao mundo real por

    meio de conceitos amplos, de modelos genricos, muitas vezes

    abstrados do tempo e do espao. O discurso dissertativo mais

    tpico o discurso da cincia e da filosofia; nele as referncias

    ao mundo concreto s ocorrem como recursos de

    argumentao, para ilustrar leis ou teorias.

    Detendo-nos do conceito de dissertao, o qu, ento, o ENEM exige de seus

    candidatos? Essa resposta encontramos no Guia do Participante Redao do ENEM

    2013.

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    Como voc pode perceber, a redao exigida pauta-se em critrios bem

    definidos e que sero cobrados no momento da avaliao para a obteno de uma

    nota que pode variar de 0 a 1000 pontos, conforme as competncias demonstradas

    pelo candidato em seu texto. Essas competncias so os requisitos especficos a

    serem observados pelos avaliadores do ENEM. As quais a Guia do Participante da

    Redao nos apresenta, sendo estas:

    Mas a que propriamente diz respeito cada uma dessas competncias?

    Falaremos disso logo a frente, no momento veremos o que leva uma redao a obter a

    nota zero.

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    A redao receber nota 0 (zero) se apresentar uma das caractersticas a

    seguir:

    fuga total ao tema;

    no obedincia estrutura dissertativo-argumentativa;

    texto com at 7 (sete) linhas; improprios, desenhos e outras formas propositais de anulao ou parte

    do texto deliberadamente desconectado do tema proposto;

    desrespeito aos direitos humanos; e

    folha de redao em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de

    rascunho.

    Agora, j sabendo o que no devemos fazer, passamos as competncias

    lingusticas que precisamos dominar.

    COMPETNCIA 1 DEMONSTRAR DOMNIO DA MODALIDADE ESCRITA

    FORMAL DA LNGUA PORTUGUESA.

    A primeira competncia a ser avaliada em seu texto o domnio da modalidade escrita

    formal da lngua.

    Voc j aprendeu que as pessoas no escrevem e falam do mesmo modo,

    uma vez que so processos diferentes, cada qual com caractersticas prprias. Na

    escrita formal, por exemplo, deve-se evitar, ao relacionar ideias, o emprego repetido

    de palavras, como e, a, da, ento, prprias de um uso mais informal. Por isso,

    para atender a essa exigncia, voc precisa ter conscincia da distino entre a

    modalidade escrita e a oral, bem como entre registro formal e informal. Outra diferena

    entre as duas modalidades diz respeito constituio das frases. No registro informal,

    elas so muitas vezes fragmentadas, j que os interlocutores podem complementar as

    informaes com o contexto em que a interao ocorre, mas, no registro escrito

    formal, em que esse contexto no est presente, as informaes precisam estar

    completas nas frases. A entoao, recurso expressivo importante da oralidade, e as

    pausas, que conferem coerncia ao texto, so muitas vezes marcadas, na escrita, por

    meio dos sinais de pontuao. Por isso, as regras de pontuao assumem tambm

    essa funo de organizao do texto. Na redao do seu texto, voc deve procurar ser

    claro, objetivo e direto, empregar um vocabulrio mais variado e preciso, diferente do

    que utiliza quando fala, e seguir as regras estabelecidas pela modalidade escrita

    formal da Lngua Portuguesa. Alm disso, o texto dissertativo-argumentativo escrito

    exige que alguns requisitos bsicos sejam atendidos.

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    COMPETNCIA 2 COMPREENDER A PROPOSTA DE REDAO E APLICAR

    CONCEITOS DAS VRIAS REAS DE CONHECIMENTO PARA DESENVOLVER O

    TEMA, DENTRO DOS LIMITES ESTRUTURAIS DO TEXTO DISSERTATIVO

    ARGUMENTATIVO EM PROSA.

    O segundo aspecto a ser avaliado no seu texto a compreenso da proposta deredao esta exige que o participante escreva um texto dissertativo argumentativo,

    que o tipo de texto que demonstra a verdade de uma ideia ou tese. mais do que

    uma simples exposio de ideias. Nessa redao, o participante deve evitar elaborar

    um texto de carter apenas expositivo. preciso apresentar um texto que expe um

    aspecto relacionado ao tema, defendendo uma posio, uma tese. dessa forma que

    se atende s exigncias expressas pela Competncia 2 da Matriz de Avaliao do

    Enem.

    O tema constitui o ncleo das ideias sobre as quais a tese se organiza. Emmbito mais abrangente, o assunto recebe uma delimitao por meio do tema, ou seja,

    um assunto pode ser abordado por diferentes temas. Seguem algumas

    recomendaes para essa elaborao:

    a) Leia com ateno a proposta da redao e os textos motivadores, para

    compreender bem o que est sendo solicitado.

    b) Evite ficar preso s ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque foram

    apresentados apenas para despertar uma reflexo sobre o tema e no para limitar sua

    criatividade.

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    c) No copie trechos dos textos motivadores. Lembre-se de que eles foram

    apresentados apenas para despertar seus conhecimentos sobre o tema.

    d) Reflita sobre o tema proposto para decidir como abord-lo, qual ser seu ponto de

    vista e como defend-lo.

    e) Rena todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema, procurando organiz-las emuma estrutura coerente para us-las no desenvolvimento do seu texto.

    f) Desenvolva o tema de forma consistente para que o leitor possa acompanhar o seu

    raciocnio facilmente, o que significa que a progresso textual fluente e articulada

    com o projeto do texto.

    g) Lembre-se de que cada pargrafo deve desenvolver um tpico frasal.

    h) Examine, com ateno, a introduo e a concluso para ver se h coerncia entre o

    incio e o fim.

    i) Utilize informaes de vrias reas do conhecimento, demonstrando que voc estatualizado em relao ao que acontece no mundo.

    j) Evite recorrer a reflexes previsveis, que demonstram pouca originalidade no

    desenvolvimento do tema proposto.

    l) Mantenha-se dentro dos limites do tema proposto, tomando cuidado para no se

    afastar do seu foco. Esse um dos principais problemas identificados nas redaes.

    Nesse caso, duas situaes podem ocorrer: fuga total ao tema ou fuga parcial ao

    tema.

    Como estamos falando de temtica textual, aprofundemo-nos antes do

    desenvolvimento dela na dissertao, antes de seguirmos para a competncia 3.

    RETORNANDO A QUESTO: O QUE UM TEXTO

    DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO?

    O texto dissertativo-argumentativo organizado na defesa de um

    ponto de vista sobre determinado assunto. fundamentado com

    argumentos, para influenciar a opinio do leitor ou ouvinte,

    tentando convenc-lo de que a ideia defendida est correta. preciso, portanto, expor

    e explicar ideias. Da a sua dupla natureza: argumentativo porque defende uma tese,

    uma opinio, e dissertativo porque se utiliza de explicaes para justific-la.

    Seu objetivo , em ltima anlise, convencer ou tentar convencer o leitor, pela

    apresentao de razes e pela evidncia de provas, luz de um raciocnio coerente e

    consistente. A sua redao atender s exigncias de elaborao de um texto

    dissertativo argumentativo se combinar dois princpios de estruturao:

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    I Apresentar uma tese, desenvolver justificativas para comprovar essa tese e uma

    concluso que d um fecho discusso elaborada no texto, compondo o processo

    argumentativo.

    TESE a ideia que voc vai defender no seu texto. Ela deve estar relacionada ao

    tema e apoiada em argumentos ao longo da redao.ARGUMENTOS a justificativa para convencer o leitor a concordar com a tese

    defendida. Cada argumento deve responder pergunta Por qu? em relao tese

    defendida.

    II Utilizar estratgias argumentativas para expor o problema discutido no texto e

    detalhar os argumentos utilizados.

    ESTRATGIAS ARGUMENTATIVAS So recursos utilizados para desenvolver os

    argumentos, de modo a convencer o leitor, como: exemplos;

    dados estatsticos;

    pesquisas;

    fatos comprovveis;

    citaes ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto;

    aluses histricas; e

    comparaes entre fatos, situaes, pocas ou lugares distintos.

    COMPETNCIA 3 SELECIONAR, RELACIONAR, ORGANIZAR E INTERPRETAR

    INFORMAES, FATOS, OPINIES E ARGUMENTOS EM DEFESA DE UM

    PONTO DE VISTA.

    O terceiro aspecto a ser avaliado no seu texto a forma como voc seleciona,

    relaciona, organiza e interpreta informaes, fatos, opinies e argumentos em defesa

    do ponto de vista defendido como tese. preciso que elabore um texto que apresente,

    claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posioassumida por voc em relao temtica exigida pela proposta de redao.

    Esta Competncia trata da inteligibilidade do texto, ou seja, da sua coerncia,

    da plausibilidade entre as ideias apresentadas. A inteligibilidade da sua redao

    depende, portanto, dos seguintes fatores:

    relao de sentido entre as partes do texto;

    preciso vocabular;

    progresso temtica adequada ao desenvolvimento do tema, revelando que aredao foi planejada e que as ideias desenvolvidas so pouco a pouco

    apresentadas, em uma ordem lgica; e

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    adequao entre o contedo do texto e o mundo real.

    O QUE COERNCIA?

    A coerncia se estabelece a partir das ideias apresentadas no texto e dos

    conhecimentos dos interlocutores, garantindo a construo do sentido de acordo comas expectativas do leitor. Est, pois, ligada compreenso, possibilidade de

    interpretao dos sentidos do texto. O leitor poder processar esse texto e refletir a

    respeito das ideias nele contidas; pode, em resposta, reagir de maneiras diversas:

    aceitar, recusar, questionar, at mesmo mudar seu comportamento em face das ideias

    do autor, compartilhando ou no da sua opinio.

    Resumindo: na organizao do texto dissertativo-argumentativo, voc deve procurar

    atender s seguintes exigncias: apresentao clara da tese e seleo dos argumentos que a sustentam;

    encadeamento das ideias, de modo que cada pargrafo apresente informaes

    novas, coerentes com o que foi apresentado anteriormente, sem repeties ou

    saltos temticos;

    congruncia entre as informaes do texto e a realidade; e

    preciso vocabular.

    COMPETNCIA 4 DEMONSTRAR CONHECIMENTO DOS MECANISMOS

    LINGUSTICOS NECESSRIOS PARA A CONSTRUO DA ARGUMENTAO.

    Os aspectos a serem avaliados nesta Competncia dizem respeito estruturao

    lgica e formal entre as partes da redao. A organizao textual exige que as frases

    e os pargrafos estabeleam entre si uma relao que garanta a sequenciao

    coerente do texto e a interdependncia entre as ideias. Esse encadeamento pode ser

    expresso por conjunes, por determinadas palavras, ou pode ser inferido a partir da

    articulao dessas ideias. Preposies, conjunes, advrbios e locues adverbiais

    so responsveis pela coeso do texto, porque estabelecem uma inter-relao entre

    oraes, frases e pargrafos. Cada pargrafo ser composto de um ou mais perodos

    tambm articulados; cada ideia nova precisa estabelecer relao com as anteriores.

    Assim, na produo da sua redao, voc deve utilizar variados recursos

    lingusticos que garantam as relaes de continuidade essenciais elaborao de um

    texto coeso. Na avaliao desta Competncia, ser considerado o seguinte aspecto:

    Encadeamento textualPara garantir a coeso textual, devem ser observados determinados princpios em

    diferentes nveis:

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    Estruturao dos pargrafos um pargrafo uma unidade textual formada por

    uma ideia principal qual se ligam ideias secundrias. No texto dissertativo-

    argumentativo, os pargrafos podem ser desenvolvidos por comparao, por causa-

    consequncia, por exemplificao, por detalhamento, entre outras possibilidades.

    Deve haver uma articulao entre um pargrafo e outro.Estruturao dos perodos pela prpria especificidade do texto dissertativo-

    argumentativo, os perodos do texto so, normalmente, estruturados de modo

    complexo, formados por duas ou mais oraes, para que se possa expressar as ideias

    de causa-consequncia, contradio, temporalidade, comparao, concluso, entre

    outras.

    Referenciao as referncias a pessoas, coisas, lugares e fatos so introduzidas e,

    depois, retomadas, medida que o texto vai progredindo. Esse processo pode ser

    expresso por pronomes, advrbios, artigos ou vocbulos de base lexical,estabelecendo relaes de sinonmia, antonmia, hiponmia, hiperonmia, uso de

    expresses resumitivas, expresses metafricas ou expresses meta discursivas.

    RECOMENDAES

    Procure utilizar as seguintes estratgias de coeso para se

    referir a elementos que j apareceram no texto:

    a) substituio de termos ou expresses por pronomes

    pessoais, possessivos e demonstrativos, advrbios que indicam localizao, artigos;

    b) substituio de termos ou expresses por sinnimos, antnimos, hipnimos,

    hipernimos, expresses resumitivas ou expresses metafricas;

    c) substituio de substantivos, verbos, perodos ou fragmentos do texto por

    conectivos ou expresses que resumam e retomem o que j foi dito; e

    d) elipse ou omisso de elementos que j tenham sido citados ou sejam facilmente

    identificveis.

    Resumindo: na elaborao da redao, voc deve evitar:

    frases fragmentadas que comprometam a estrutura lgico-gramatical;

    sequncia justaposta de ideias sem encaixamentos sintticos, reproduzindo

    usos tpicos da oralidade;

    frase com apenas orao subordinada, sem orao principal;

    emprego equivocado do conector (preposio, conjuno, pronome relativo,

    alguns advrbios e locues adverbiais) que no estabelea relao lgica

    entre dois trechos do texto e prejudique a compreenso da mensagem; emprego do pronome relativo sem a preposio, quando obrigatria; e

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    repetio ou substituio inadequada de palavras sem se valer dos recursos

    oferecidos pela lngua (pronome, advrbio, artigo, sinnimo).

    COMPETNCIA 5 ELABORAR PROPOSTA DE INTERVENO PARA O

    PROBLEMA ABORDADO, RESPEITANDO OS DIREITOS HUMANOS.O quinto aspecto a ser avaliado no seu texto a apresentao de uma proposta de

    interveno para o problema abordado. Por isso, a sua redao, alm de apresentar

    uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos consistentes, deve oferecer uma

    proposta de interveno na vida social. Essa proposta deve considerar os pontos

    abordados na argumentao, deve manter vnculo direto com a tese desenvolvida no

    texto e coerncia com os argumentos utilizados, j que expressa a sua viso, como

    autor, das possveis solues para a questo discutida.

    A proposta de interveno precisa ser detalhada de modo a permitir ao leitor ojulgamento sobre sua exequibilidade, portanto, deve conter a exposio da

    interveno sugerida e o detalhamento dos meios para realiz-la. A proposta deve,

    ainda, refletir os conhecimentos de mundo de quem a redige, e a coerncia da

    argumentao ser um dos aspectos decisivos no processo de avaliao.

    necessrio que ela respeite os direitos humanos, que no rompa com valores como

    cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural. Ao redigir seu texto, procure

    evitar propostas vagas, gerais; busque propostas mais concretas, especficas,

    consistentes com o desenvolvimento de suas ideias.

    Antes de elaborar sua proposta, procure responder s seguintes perguntas: O

    que possvel apresentar como proposta de interveno na vida social? Como

    viabilizar essa proposta? O seu texto ser avaliado, portanto, com base na

    combinao dos seguintes critrios:

    a) presena de propostax ausncia de proposta; e

    b) proposta com detalhamento dos meios para sua realizao x proposta sem o

    detalhamento dos meios para sua realizao.

    Diante do que vimos at aqui como garantir uma nota mxima? Examinemos

    algumas redaes que foram baseadas na proposta de redao do ano de 2012.

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    ANLISE DE REDAES - 1

    Redao de GABRIELA ARAUJO ATTIE

    Uberlndia/MG

    A imigrao no BrasilDurante, principalmente, a dcada de 1980, o Brasil mostrou-

    se um pas de migrao. Na chamada dcada perdida, inmeros

    brasileiros deixaram o pas em busca de melhores condies de vida.

    No sculo XXI, um fenmeno inverso evidente: a chegada ao Brasil

    de grandes contingentes imigratrios, com indivduos de pases

    subdesenvolvidos latinoamericanos. No entanto, as condies precrias

    de vida dessas pessoas so desafios ao governo e sociedade brasileirapara a plena adaptao de todos os cidados nova realidade.

    A ascenso do Brasil ao posto de uma das dez maiores

    economias do mundo um importante fator atrativo aos

    estrangeiros. Embora o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)

    nacional , segundo previses, seja menor em 2012 em relao a anos

    anteriores, o pas mostra um verdadeiro aquecimento nos setores

    econmicos, representado, por exemplo, pelo aumento do poder deconsumo da classe C.

    Esse aspecto contribui para a construo de uma imagem

    positiva e promissora do Brasil no exterior, o que favorece a

    imigrao. A vida dos imigrantes no pas, entretanto, exibe uma

    diferente e crtica faceta: a explorao da mo-de-obra e a misria.

    Portanto, para impedir a continuidade dessa situao,

    imprescindvel a interveno governamental , por meio dafiscalizao de empresas que apresentem imigrantes como

    funcionrios, bem como a realizao de denncias de explorao

    por brasileiros ou por imigrantes. Ademais, necessrio fomentar o

    respeito e a assistncia a eles, ideais que devem ser divulgados por

    campanhas e por propagandas do governo ou de ONGs, alm de

    garantir seu acesso saude e educao, por meio de polticas

    pblicas especficas a esse grupo.

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    Comentrios

    O texto demonstra excelente domnio da modalidade escrita formale no apresenta

    problemas lingusticos, a no ser a falta de acento em sade, sem reincidncia em

    inadequaes de grafia. Demonstra tambm que a proposta de redao foi

    compreendida e que o tema foi desenvolvido dentro dos limites estruturais dotexto dissertativo-argumentativo. O texto objetivo e impessoal. A redao

    organiza-se em quatro pargrafos bem construdos. A tese desenvolvida a de que o

    Brasil atrai muitos imigrantes devido a sua excelente situao econmica. O texto diz

    que o governo deve interferir para evitar a explorao da mo de obra e assegurar os

    direitos dos imigrantes sade e educao.

    Na introduo, o texto alude ao fato de muitos brasileiros terem emigrado na

    dcada de 1980 e afirma que agora houve uma inverso de fluxo. As ideias so

    desenvolvidas esclarecendo que o Brasil est entre as dez maiores economias domundo, houve um aquecimento econmico e a classe C tem tido acesso a maior nvel

    de consumo. Essa imagem positiva atrai imigrantes, mas favorece a explorao da

    mo de obra.

    O texto apresenta como concluso uma proposta ampla e abrangente de

    interveno para o problema abordado, respeitando os direitos humanos:

    interveno governamental e fiscalizao sobre empresas que empregam imigrantes.

    Prope tambm campanhas para fomentar o respeito aos que vm de fora e sugere a

    assistncia aos novos cidados, por meio de polticas pblicas que assegurem acesso

    sade e educao. As propostas so coerentes com as ideias desenvolvidas no

    texto.

    A redao apresenta encadeamento de ideias e demonstra competncia em

    selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos e argumentos

    em defesa de um ponto de vista: o tema desenvolvido de forma coerente, os

    argumentos selecionados so consistentes e a concluso relacionada ao ponto de

    vista adotado. O emprego de elementos coesivos torna o texto bem articulado e

    garante a sua continuidade, revelando conhecimento dos mecanismos lingusticos

    necessrios construo da argumentao. O texto recorre a vrios recursos

    coesivos, por exemplo: no primeiro pargrafo, a expresso Na chamada dcada

    perdida retoma a dcada de 1980; o termo Esse aspecto retoma a informao

    antecedente sobre a situao econmica do Brasil. So empregados ainda diversos

    conectores que contribuem para a sequenciao das ideias: no entanto, Embora,

    entretanto, Portanto, bem como, Ademais, alm de.

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    ANLISE DE REDAO - 2

    Redao de LARISSA REGHELIN COMAZZETTO

    Santa Maria/RS

    Imigrao no Brasil : Resolver para poder crescer

    Japoneses, italianos, portugueses, aorianos ou espanhis.

    Durante o sculo XIX, muitos foram os povos que, em busca de

    trabalho e bem-estar social, desembarcaram no Brasil e

    enriqueceram nossa cultura. Atualmente, em pleno sculo XXI, a

    imigrao para o Brasil mantm-se crescente, desafiando no

    somente nossa sociedade como tambm nossa economia.Assim como os antigos imigrantes, os indivduos que hoje se

    instalam em territrio brasileiro anseiam por melhores e mais dignas

    condies de vida. Muitos deles, devido Crise Econmica originada

    em 2008, viram-se obrigados a se dirigir para outras naes, como

    o Brasil . Os espanhis, por exemplo, por terem sido intensamente

    atingidos pela recesso, j somam uma quantidade expressiva na

    periferia de So Paulo. Diante disso, a frao da sociedade que resideem tal localidade vem enfrentando muitas dificuldades em dividir

    seu espao, que, inicialmente, no era adequado sobrevivncia,

    quem dir aps a chegada dos europeus. Segundo pesquisas realizadas

    pelo jornal A Folha de So Paulo, no primeiro semestre de 2012,

    brasileiros e espanhois dos arredores de So Paulo vivem em

    constantes conflitos e a causa traduz-se, justamente, na

    irregularidade habitacional que ambos compartilham.Como se no bastasse, a economia brasileira tambm tem

    sofrido com a chegada dos migrantes. Existem, entre eles, tanto

    trabalhadores desqualificados como profissionais graduados. O

    problema reside na pouca oferta de emprego a eles destinada.

    Visto que no recebem oportunidades, passam a integrar setores

    informais da economia, sem direitos trabalhistas e com ausncia de

    pagamento dos devidos impostos. O Estado, dessa forma, deixa de

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    arrecadar capital e de aproveitar a mo-de-obra disponvel , o que

    auxiliaria no andamento da economia nacional .

    Assim, com a finalidade de preparar a sociedade e a economia

    brasileiras para a chegada dos novos imigrantes, medidas devem ser

    tomadas. O Estado deve oferecer incentivos s empresas que

    empregarem os recm-chegados; essas, por sua vez, devem

    preparlos para o mercado brasileiro, oferecendo treinamentos

    adequados e cursos de Lngua Portuguesa e, ainda, garantir seus

    direitos trabalhistas. imprescindvel que o governo procure

    habitaes para os imigrantes e que ns, brasileiros, respeitemos os

    povos que, seja no passado ou no presente, somente tm a nos

    acrescentar.

    Comentrios

    O texto demonstra excelente domnio da modalidade escrita formale no apresenta

    problemas lingusticos, a no ser a falta de acento em espanhis, sem reincidncia

    em inadequaes de grafia. Demonstra tambm que a proposta de redao foi

    compreendida e que o tema foi desenvolvido dentro dos limites estruturais do

    texto dissertativo-argumentativo. O texto objetivo e impessoal. A redao

    organiza-se em quatro pargrafos bem construdos.

    A tese desenvolvida a de que o Brasil enfrenta um grande desafio social e

    econmico ao receber tantos imigrantes na atualidade, e o governo deve interferir para

    integrar esses novos cidados assegurando emprego, qualificao e cursos de Lngua

    Portuguesa, bem como garantindo direitos trabalhistas e habitao. Na introduo, o

    texto cita a imigrao no sculo XIX. As ideias so desenvolvidas esclarecendo que o

    Brasil est recebendo muitos espanhis devido crise econmica que comeou em

    2008. Aprofunda essa informao elucidando que a chegada dos espanhis em SoPaulo tem provocado conflitos na periferia. Amplia a argumentao, informando que

    muitas vezes esses imigrantes so desqualificados e integram setores informais do

    mercado, o que no contribui para o desenvolvimento da economia. Conclui com uma

    proposta ampla e abrangente de interveno para o problema abordado,

    respeitando os direitos humanos: o governo deve intervir com incentivos a

    empresas que empregarem imigrantes, e essas empresas devem oferecer

    treinamentos e cursos de Lngua Portuguesa e garantir os direitos trabalhistas. O

    governo deve ainda lhes assegurar habitao. A proposta coerente com as ideiasdesenvolvidas no texto.

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    A redao apresenta encadeamento de ideias e demonstra que a participante

    soube selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos e

    argumentos em defesa de seu ponto de vista: o tema desenvolvido de forma

    coerente, os argumentos selecionados so consistentes e a concluso relacionada

    ao ponto de vista adotado, pois sugere que o Brasil deve se preparar para receberbem os imigrantes, j que eles tm muito a nos acrescentar. Do ponto de vista da

    estruturao textual, o texto recorre a vrios conectores, revelando utilizao dos

    mecanismos lingusticos necessrios construo da argumentao. O texto

    emprega recursos coesivos que contribuem para a boa articulao entre as ideias, por

    exemplo: Assim como, Diante disso, Como se no bastasse, Muitos deles, entre

    eles, dessa forma, essas. Emprega tambm conectores, tais como: no somente

    ... como tambm, Visto que, Assim.

    ANLISE DE REDAO 3

    Redao de CAROLINE LOPES DOS SANTOS

    Santa Maria/RS

    Olhares que buscam o Brasil

    Ao despontar como potncia econmica do sculo XXI, o Brasiltem cada vez mais atrado os olhares do mundo, chamando a

    ateno da mdia, de grandes empresas e de outros pases. Contudo,

    outro olhar no menos importante que deveria comear a nos

    sensibilizar mais: o olhar marginalizado e cheio de esperana daqueles

    que no tm dinheiro, dos famintos e desempregados ao redor do

    globo. So pessoas com esse perfil que majoritariamente contribuem

    para o crescente volume de imigrantes no pas, e o que se v umaausncia de polticas pblicas eficientes para receber e integrar essas

    pessoas sociedade.

    No parece que a soluo seja simplesmente deixar que

    imigrantes pouco qualificados continuem entrando no pas de forma

    irregular e esperar que eles, sozinhos, encontrem um ofcio para se

    sustentar. O governo ainda no percebeu que a regularizao desses

    imigrantes e a insero dos mesmos no mercado de trabalho formalpoderiam servir como oportunidades para o pas arrecadar mais

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    impostos e possveis futuros cidados, ou seja, novos contribuintes

    para a deficitria Previdncia Social .

    Visando aproveitar tais benefcios, o governo poderia comear

    a implantar, nas regies por onde chegam os imigrantes, mais rgos

    e agncias que oferecessem servios de regularizao do visto e da

    carteira de trabalho, posto que ainda h muita deficincia de

    controle nesse setor. Alm disso, nos destinos finais desses imigrantes

    poderiam ser oferecidos cursos de portugus e cursos qualificantes

    voltados para os mesmos. Isso facilitaria muito a insero dessas

    pessoas no mercado de trabalho formal e poderia inclusive suprir a

    alta demanda por mo-de-obra em setores como o da construo

    civil , por exemplo.

    Nesse sentido, preciso que atitudes mais energticas sejam

    tomadas a fim de que o pas no deixe escapar essa oportunidade: a

    de transformar o problema da imigrao crescente em uma soluo

    para outros. A questo merece mais ateno do governo, portanto,

    pois no deve ser a toa que o Brasil , alm de ser conhecido pela

    hospitalidade, tambm o pelo modo criativo de resolver problemas.

    Prestemos mais ateno aos olhares que nos cercam; deles podem vir

    novas oportunidades.

    Comentrios

    O texto revela excelente domnio da modalidade escrita formal e do tipo

    dissertativo-argumentativo e no apresenta problemas lingusticos, a no ser o uso

    inadequado da palavra energticas, sem reincidncia em inadequaes lingusticas.

    Trata-se de texto objetivo e impessoal. A redao organiza-se em quatro pargrafosbem construdos.

    O texto desenvolve a tese de que o Brasil vive um excelente momento

    econmico e o fluxo imigratrio decorrente desse fato tende a ser benfico

    economicamente, desde que o pas saiba aproveitar a qualificao dos imigrantes em

    seu mercado de trabalho, transformando o que poderia ser problema em uma soluo

    para outras questes.

    Na introduo, esclarece que o Brasil atualmente uma potncia econmica

    que atrai as atenes do mundo e tambm imigrantes em busca de melhorescondies de vida, mas que as polticas pblicas nesse setor so insuficientes. Amplia

    essa ideia diluindo uma proposta de interveno que respeita os direitos

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    humanos no desenvolvimento do texto, ou seja, uma proposta de recepo a esses

    imigrantes com vrios pontos: regularizao, integrao ao mercado de trabalho,

    implantao de rgos de recepo, oferecimento de cursos de Lngua Portuguesa e

    de qualificao profissional. Essa recepo aos imigrantes proporcionaria maior

    arrecadao de impostos e poderia suprir reas em que h falta de mo de obra.Como concluso, retoma a ideia de que o governo deve tomar iniciativas para

    transformar o possvel problema do excesso de imigrantes em soluo. Ressalta que

    o Brasil, alm de ser reconhecido pela hospitalidade, tambm o pela criatividade

    em resolver problemas.

    A redao apresenta encadeamento de ideias e demonstra que a participante

    soube selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos e

    argumentos em defesa de seu ponto de vista: o tema desenvolvido de forma

    coerente, os argumentos selecionados so consistentes e a concluso relacionadaao ponto de vista adotado. Como forma de estruturao das ideias, so utilizados

    diversos recursos de conexo, assegurando a sequenciao e a textualidade da

    redao: Contudo, Esse perfil, desses imigrantes, tais benefcios, posto que,

    nesse setor, Alm disso, Isso, dessas pessoas, Nesse sentido, a fim de que,

    Portanto. Assim, o texto demonstra recursos lingusticos necessrios

    construo da argumentao.

    Vistos alguns exemplos prticos de como proceder na hora de escrever,

    aprofundemo-nos mais um pouco nas recomendaes de alguns tericos renomados,

    como Plato e Fiorin.

    1. NORMA LINGUSTICA E ARGUMENTAO

    Falar ou escrever com correo um dos procedimentos argumentativos, isto , o uso

    de certo padro de linguagem concorre para aumentar ou diminuir o poder de

    persuaso daquele que fala. Essa proposio pe e, destaque duas consideraes

    importantes:

    a) usar a linguagem adequada a cada situao uma das qualidades do bom usurio

    do idioma;

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    b) no se pode afirmar que exista um padro de linguagem superior em termos

    absolutos: a situao concreta de comunicao que determina a forma de linguagem

    mais ou menos eficiente.

    O bom usurio da lngua aquele que domina diferentes variantes do seu

    idioma e sabe us-las apropriadamente. Na dissertao, j se sabe a lngua padro,norma culta, deve ser a utilizada.

    Tratemos agora da Coeso Textual, a fim de esclarecermos a sua importncia na

    progresso do texto e dos sentidos que os conectivos produzem no texto.

    2. COESO TEXTUAL

    A conexo interna entre os vrios enunciados presentes no texto d-se o nome de

    coeso. Diz-se que um texto coeso quando seus vrios enunciados esto

    organicamente articulados entre si, quando h concatenao entre eles.So vrias as palavras que, num texto, assumem a funo de conectivo ou

    elemento de coeso:

    as preposies: a, de , para, com, por, etc;

    as conjunes: que, para que, quando, embora, mas, e , ou, etc;

    os pronomes: ele, ela, seu, sua, este, esse, aquele, que , o qual, etc;

    os advrbios: aqui, a, l, assim, etc.

    O uso adequado desses elementos de coeso confere unidades ao texto e

    contribui consideravelmente para a expresso clara das ideias. O uso inadequado

    sempre tem efeitos perturbadores, tornando certas passagens incompreensveis.

    A escrita no exige que os perodos sejam longos e complexos, mas que sejam

    completos e que as partes estejam absolutamente conectadas entre si.

    Dessa forma, vamos refletir sobre o papel dos elementos de coeso.

    2.2 O PAPEL DOS ELEMENTOS DE COESO

    Consideramos como elementos de coeso todas as palavras ou expresses que

    servem para estabelecer elos, para criar relaes entre segmentos do discurso tais

    como: ento, portanto, j que, com efeito, porque, ora, mas, assim, da, a, dessa

    forma, isto , embora e tantas outras.

    Vejamos abaixo as relaes que alguns elementos de coeso estabelecem:

    a) assim, desse modo: tm um valor exemplificativo e complementar. A

    sequncia introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar ou

    ilustrar o que se disse antes.

    Ex.:

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    O governador resolveu no comprometer-se com nenhuma das faces em

    disputa pela liderana do partido. Assim, ele ficar vontade para negociar

    com qualquer uma que venha vencer.

    b) e: anuncia o desenvolvimento do discurso e no a repetio do que oi dito

    antes; indica uma progresso semntica que adiciona, acrescenta algum dadonovo. Se no acrescentar nada, constitui pura repetio e deve ser evitada. Ao

    dizer:

    Ex.:

    Este trator serve para arar a terra e para fazer colheitas.

    O e introduz um segmento que acrescenta uma informao nova. Por isso seu

    uso apropriado. Mas, ao dizer:

    Tudo permanece imvel e fica sem se alterar.

    O segmento introduzido pelo e no adiciona nenhuma informao nova. Trata-

    se, portanto, de um uso inadequado.

    c) ainda: serve, entre outras coisas, para introduzir mais uma argumentao a

    favor de determinada concluso, ou para incluir um elemento a mais dentro de

    um conjunto qualquer.

    Ex.:

    O nvel de vida dos brasileiros baixo porque os salrios so pequenos.

    Convm lembrar ainda que os servios pblicos so extremamente deficientes.

    d) alis, alm do mais, alm de tudo, alm disso: introduzem um argumento

    decisivo, apresentado como acrscimo, como se fosse desnecessrio,

    justamente para dar o golpe final no argumento contrtio.

    Ex.:

    Os salrios esto cada vez mais baixos porque o processo inflacionrio diminui

    consideravelmente seu poder de compra. Alm de tudo so considerados

    como renda e taxados com impostos.

    e) isto , quer dizer, ou seja, em outras palavras:introduzem esclarecimentos,

    retificaes ou desenvolvimentos do que foi dito anteriormente.

    Ex.:

    Muitos jornais fazem alarde de sua neutralidade em relao aos fatos, isto ,

    de seu no comprometimento com nenhuma das foras em ao no interior da

    sociedade.

    f) mas, porm, contudo, e outros conectivos adversativos: marcam oposio

    entre dois enunciados ou dois argumento do texto. No se podem ligar, com

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    esse relatores, segmentos que no se opem. s vezes, a oposio se faz

    entre significados implcitos no texto.

    Ex. :

    Choveu na semana passada, mas no o suficiente para se comear o plantio.

    g) Embora, ainda que, mesmo que: so relatores que estabelecem ao mesmotempo uma relao de contradio e de concesso. Servem para diminuir um

    dado contrrio para depois negar seu valor de argumento. Trata-se de um

    expediente de argumentao muito vigoroso: sem negar as possveis objees,

    afirma-se um ponto de vista contrrio.

    Ex.:

    Ainda que a cincia e a tcnica tenham presenteado o homem com abrigos

    confortveis, ps velozes como raio, olhos de longo alcance e asas para voar,

    no resolveram o problema das injustias.

    Como se nota, mesmo concedendo ou admitindo as grandes vantagens da

    tcnica e da cincia, afirma-se uma desvantagem maior.

    O uso do embora e conectivos do mesmo sentido pressupe uma relao de

    contradio, que, se no houver, deixa o enunciado descabido.

    Ex.:

    Embora o Brasil possua um solo frtil e imensas reas de terras plantveis,

    vamos resolver o problema da fomo.

    h) Certos elementos de coeso sevem para estabelecer gradao entre os

    componentes de certa escala. Alguns, como mesmo, at, at mesmo, situam

    alguma coisa no topo da escala; outros como ao menos, pelo menos, no

    mnimo, situam-se no plano mais baixo.

    Ex.:

    O homem ambicioso. Quer ser dono de bens materiais, da cincia, do prprio

    semelhante, at mesmo do futuro e da morte.

    Ou

    preciso garantir ao homem seu bem-estar: o lazer, a cultura, a liberdade, ou,

    no mnimo, a moradia, o alimento e a sade.

    Diante dessas consideraes, vale pena ressaltar que, s vezes, na

    disposio dos elementos de coeso, cria-se o paradoxo semntico provocando

    determinados efeitos de sentido. Pode-se conseguir, por exemplo, um efeito de humor

    ou de ironia ou revelar preconceitos estabelecendo-se uma relao de contradio

    entre dois segmentos que, usualmente, no so vistos como contraditrios.

    Ex.:

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    Ela mulher, mas capaz.

    2.3 A RETOMADA OU A ANTECIPAO

    DE TERMOS

    Analisando a lead desse jornal: a polciacolocou ndios ao redor do prdio, ou havia

    ndios no prdio?

    Vamos entender melhor sobre como evitar

    tais situaes de ambiguidade.

    Observe o trecho que segue:

    Jos e Renato, apesar de serem gmeos, so muitos diferentes. Por exemplo,

    este calmo, aquele explosivo.

    O termo este retoma o nome prprio Renato, enquanto aquele faz a mesma coisa

    com a palavra Jos. Este e aquele so chamados anafricos.

    Anafrico, genericamente, pode ser definido como uma palavra ou expresso

    que serve para retomar um termo j expresso no texto, ou tambm que serve para

    antecipar termos que viro depois. So anafricos, por exemplo, os pronomes

    demonstrativos (este, esse, aquele),os pronomes relativos (que, o qual, onde, cujo),

    advrbios e expresses adverbiais (ento, dessa feita, acima, atrs), etc.

    Quando um elemento anafrico est empregado num dado contexto tal que

    pode referir-se a dois termos antecedentes distintos, isso provoca ambiguidade e

    constitui uma ruptura de coeso. Na escrita, preciso tomar cuidado para que o leitor

    perceba claramente a que termo se refere o elemento anafrico.

    Eis alguns exemplos de ambiguidade por causa do uso dos anafricos:

    O PT entrou em desacordo com o PMDB por causa de sua proposta de

    aumento de salrio.

    No caso, suapode estar se referindo proposta do PT ou do PMDB. Para

    desfazer a ambiguidade, apela-se para outras formas de construo da frase, como,

    por exemplo:

    A proposta de aumento de salrio formulada pelo PT provocou desacordo com

    o PMDB.

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    O uso do pronome relativo pode tambm provocar ambiguidade, como na frase

    que se segue:

    Via ao longe sol e a floresta, que tingia a paisagem som suasvariadas cores.

    No caso, o pronome que pode estar se referindo a sol ou a floresta. H frases

    das redaes escolares em que simplesmente no h coeso nenhuma. o que

    ocorre nesta frase, citada pela Prof. Maria Tereza Fraga no seu livro sobre redao

    no vestibular:

    Encontrei apenas belas palavras o qual no duvido da sinceridade de quem as

    escreveu.

    Como se v o, enunciado fica desconexo porque o pronome o qual no

    recupera antecedente algum.

    Agora que voc j conhece de que a dissertao-

    argumentativa composta e como deve ser redigida, escolha um

    dos temas abaixo e elabore um texto dissertativo de no mnimo 8

    linhas e de no mximo 30 linhas. D um ttulo a ele, siga a estrutura

    proposio (introduo), argumentao e concluso, apontando

    uma soluo plausvel para o problema abordado e, no se esquea de escrever de

    acordo com a variante culta da lngua portuguesa.

    POSSVEIS TEMAS PARA A REDAO DO ENEM 2014,

    CONFORME A REVISTA ELETRNICA UNIVERSIA

    BRASIL.

    1. Papel da mulher no sculo XXI

    O papel da mulher no sculo XXI um tema social que tem grande destaque na

    mdia e, portanto, a aposta para tema de redao no s do Enem como tambm de

    outros vestibulares. Sobre esse tema preciso discutir, por exemplo, sobre uma

    soluo para a questo do assdio nos transportes pblicose outros problemas

    comuns no cotidiano das mulheres.

    2. Manifestaes durante o MundialO mundo parou para assistir ao Mundial, porm muitos brasileiros continuaram

    tomando as ruas para protestar contra a realizao do evento. importante refletir

    http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/11/1100519/7x1-enem-2014-veja-7-temas-ligados-mundial-podem-cair-redaco.htmlhttp://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/11/1100519/7x1-enem-2014-veja-7-temas-ligados-mundial-podem-cair-redaco.html
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    sobre o que querem esses manifestantes e encontrar respostas para essas

    reivindicaes.

    3. Os 50 anos do Golpe Militar de 64

    A democracia recente no Brasil. O Enem pode tratar a sua consolidao como tema

    da redao. OGolpe Militar de 1964cessou muito dos direitos humanos. O aluno

    deve ter a conscincia de que a democracia instaurada aps esse perodo precisa sesolidificar.

    4. tica dentro e fora do campo

    Outro assunto relacionado ao Mundial a questo da tica dentro e fora do campo,

    desde a mordida do jogador Surez at a compra de ingressos reservados aosdeficientes fsicos. O que podia ter sido diferente no comportamento das pessoas?

    5. Os justiceiros

    Este ano, observamos muitos casos de pessoas que tentaram fazer justia com as

    prprias mose agiram de forma violenta, causando at mesmo o assassinato de

    pessoas em prol dos seus prprios valores. At que ponto a justia brasileira falha e

    onde acaba o direito de uma pessoa de tomar esse exerccio para si?

    6. Diretas J

    O movimento das Diretas J, consideradas uma das maiores manifestaes

    populares do Pas, completa 30 anos. Novamente a questo da democracia abordada, porm desta vez na vertente da redemocratizao do Brasil. O fim do

    bipartidarismo e a mobilizao popular podem ser tratados pelo Enem.

    7. Patriotismo

    O verde e amarelo caracterizaram ainda mais o Pas durante o Mundial, com

    bandeiras penduradas nos retrovisores de carros e janelas de casas. Por isso,o patriotismo pode ser abordado no examecomo algo que s aparece durante

    eventos de futebol.

    8. Cobertura do Mundial pela mdia

    O Mundial foi abordado sob diferentes aspectos pela mdia. interessante que o

    estudante analise se a imprensa priorizou os jogos, as manifestaes ou osestrangeiros que vieram conhecer o Pas, bem como se foi adotada uma postura tica.

    9. Redes sociais x Direitos Humanos

    Uma discusso que poderia ser levantada na redao a questo da privacidade eos limites que englobam as redes sociais com foco nos Direitos Humanos. A

    proximidade do tema com o cotidiano dos alunos faz com que pginas como o

    http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/03/31/1092368/infografico-golpe-militar-como-desfecho-um-processo.htmlhttp://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/14/1100533/professor-explica-diretas-podem-cair-redaco-enem-2014.htmlhttp://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/05/14/1096671/entenda-importancia-conhecer-direitos-humanos-redaco-enem-2014.htmlhttp://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/05/14/1096671/entenda-importancia-conhecer-direitos-humanos-redaco-enem-2014.htmlhttp://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/14/1100533/professor-explica-diretas-podem-cair-redaco-enem-2014.htmlhttp://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/03/31/1092368/infografico-golpe-militar-como-desfecho-um-processo.html
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    26

    Facebook e o Twitter sejam colocadas em debatequando falamos sobre o respeito

    e a privacidade.

    10. O Futebol

    O tema futebol parece bvio, mas a verdade que o esporte pode ser analisado de

    diversas formas, partindo da sua funo durante perodos ditatoriais e passando pelo

    desrespeito que acontece nos campos.

    11. Legado do Mundial

    O que vai restar do Mundial? Como vai ficar a economia brasileira? A reflexo e

    anlise de dados ligados aos jogos podem ser cobradas, incentivando o estudante a

    fazer o balano dos seus benefcios e prejuzos.

    12. Plano RealO Plano Real, estratgia adotada pelo governo em a fim de controlar a hiperinflao

    econmica que o pas vivia, completa 20 anos em 2014. As origens da inflao e operodo antes do Plano podem ser colocados em destaque.

    13. Racismo

    O racismo na sociedade brasileira uma das grandes apostas para a redao.

    Vivemos em uma democracia racial que uma grande falcia, e isso pode aparecer

    com alguma aluso ao sistema de cotas. Alm disso, o racismo nos campos de futebol

    pode ser apontado aps o episdio sofrido pelo jogador Daniel Alves, que foi atingidopor uma banana em uma partida.

    14. Limites do humor nas redes sociais

    Aps a derrota do Brasil pela Alemanha no Mundial, muitas piadas surgiram nas redes

    sociais utilizando at mesmo o ditador Adolf Hitler. Esse tipo de piada pode serconsiderada ofensiva devido aos horrores acontecidos no Holocausto. Portanto, preciso discutir sobre os limites do humor nas redes sociais.

    15. Escassez de gua

    O Enem tambm apresenta uma forte preocupao com o meio ambiente.

    A escassez de gua enfrentada pelo Pas um dos temas mais preocupantes, e o

    exame pode esperar que o candidato relacione o meio ambiente com as polticaspblicas que pensem no bem estar do cidado.

    16. Campanhas de Vacinao

    Recentemente foram lanadas Campanhas de Vacinao para meninas de 13 anos

    contra o HPV. Essas vacinas geraram problemas envolvendo o preconceito que

    existe sobre as campanhas de preveno e a sexualidade em si. O candidato precisa

    avaliar os dois lados da moeda e refletir sobre o que pode ser feito para prevenir os

    http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/01/29/1078522/holocausto-meio-da-arte-obras-feitas-no-periodo-menina-roubava-livros.htmlhttp://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/01/29/1078522/holocausto-meio-da-arte-obras-feitas-no-periodo-menina-roubava-livros.html
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    cidados e, ao mesmo tempo, conscientizar os pais sobre a importncia dessas

    vacinas.

    17. O Brasil diante dos estrangeiros

    Como o Brasil se mostrou para os diversos estrangeiros que vieram acompanhar o

    Mundial e, afinal, qual a cara do Brasil? O encontro de culturas tambm forte

    candidato para aparecer na redao do Enem.

    Acrescento a essa lista temas bastante atuais como: a homofobia; a violncia contra

    as mulheres, a pedofilia, a legalizao das drogas no pas, a profissionalizao da

    prostituio, a maioridade penal, o racismo no futebol, a violncia nas manifestaes

    de rua, a regulamentao do trabalho das empregadas domsticas.

    ENCERRANDO A CONVERSA

    muito importante que voc esteja preparado (a) emocionalmente e com um

    contedo socioculturalmente produtivo. As informaes sozinhas no enriquecem o

    texto, mas ser o todo concatenado e bem articulado, redigido conforme o padro

    culto da lngua que garantir a consistncia da proposio, argumentao e concluso

    do seu texto. Por isso, estudo bastante para dominar os princpios que regem a

    dissertao. Lembre-se que tudo vale a pena se a alma no pequena e, alm de

    disso que, com Cristo voc pode tudo, porque Ele te fortalece! Deus te abenoe!

    Texto Organizado Por

    Gloria de Lourdes Silva de Oliveira Melo.i

    iProfessora de Lngua Portuguesa, graduada em Letras Portugus e Literatura Verncula, ps-graduada

    em Psicopedagogia Clnica e Institucional, ps-graduanda em Planejamento, Implementao e gesto de

    Educao a Distncia pela universidade Federal Fluminense e Mestranda em Letras pela Universidade

    Federal de Rondnia. Formadora de Professores do Ensino Fundamental da rede municipal de Porto

    Velho e professora no Programa Salto pela SEDUC/RO. E-mail: [email protected]

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    REFERNCIAS

    MARCUSCHI, Luiz Antnio. Gneros Textuais: Definio e Funcionalidade,

    in: BEZERRA, MACHADO, DIONISIO (org.). Gneros Textuais e Ensino. So

    Paulo: Parbola Editorial, 2010, p. 19-38.

    PLATO, S. Francisco; FIORIN, Jos Luiz. Para Entender o Texto: Leitura e

    Redao. So Paulo: Editora tica, 2001.

    Guia do Participante da Redao do ENEM 2013. Disponvel em:

    http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2013/guia

    _participante_redacao_enem_2013.pdf - acesso em 23 de setembro de 2014.

    Revista Universia Brasil. Possveis Temas Para a Redao do ENEM em

    2014. http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/17/1100822/17-

    temas-podem-cair-redaco-enem-2014.html - acesso em 28 de setembro de

    2014.

    http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/17/1100822/17-temas-podem-cair-redaco-enem-2014.htmlhttp://www.universia.com.br/http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2013/guia_participante_redacao_enem_2013.pdfmailto:[email protected]