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HUMANIVERSIDADE HOLÍSTICA Drenagem Linfática

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HUMANIVERSIDADE HOLÍSTICA

Drenagem Linfática

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Humaniversidade Holística 1

Índice

Matéria Página: Drenagem linfática_______________________________________________________ Linfa__________________________________________________________________ Como é a linfa__________________________________________________________ Nodos linfáticos________________________________________________________ Formam os linfonodos_______________________________________________________ Estrutura de um Linfonodo_________________________________________________ Como a linfa se movimenta pelo corpo_______________________________________ Como fazer a drenagem linfática manual_______________________________________ Benefícios da Drenagem Linfática Manual____________________________________ Influência da drenagem linfática Manual sobre a cicatrização______________________ Indicações, contraindicações e dosagem______________________________________ Indicações_______________________________________________________________ Contraindicações________________________________________________________ Dosagem_______________________________________________________________ Sequência 1 a 4___________________________________________________________ Sequência 5 a 8__________________________________________________________ Sequência 9 e 10_________________________________________________________ Sequência 11 a 14_________________________________________________________ Sequência 15 a 17________________________________________________________ Sequência 18____________________________________________________________ Drenagem linfática facial___________________________________________________ Drenagem linfática manual_________________________________________________ Processos_______________________________________________________________ Captação_______________________________________________________________ Liberação______________________________________________________________ Indicações______________________________________________________________ Emprego em tratamentos estéticos · acne______________________________________ Contra indicações da drenagem linfática_______________________________________ Componentes da drenagem linfática manual_____________________________________ Manobras de drenagem linfática______________________________________________ Referências Bibliográficas ____________________________________________

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Humaniversidade Holística 2

DRENAGEM LINFÁTICA

Para um melhor entendimento da drenagem linfática necessitamos definir alguns elementos.

Linfa

É o líquido encontrado nos "vasos" linfáticos. Era "Líquido Intersticial" que, por sua vez era “Líquido Intracelular” ou ainda "Sangue Arterial". É importante entender que os líquidos, no corpo, recebem o nome em função do lugar onde estão. É como a água: Quando cai do céu, chamamos de chuva, quando brota da terra, chamamos de vertente. As vertentes formam riachos que formam rios que formam lagoas ou deságuam no mar. Tudo é água, mas nomes e propriedades diferentes. Da mesma forma os líquidos de nosso corpo vão trocando de nome e características de acordo com o local onde estão. Quando sai do coração chamamos "Sangue Arterial", quando entra no interstício celular chamamos de "Líquido Intersticial", quando penetra numa célula chamamos de "Líquido Intracelular" ao sair da célula volta a chamar-se “Líquido Intersticial”. Existem duas maneiras do “Líquido Intersticial” deixar o interstício celular. Pode sair por uma vênula e será chamado de Sangue Venoso ou pode sair por um capilar linfático recebendo o nome de "Linfa" que mais tarde se juntará ao "Sangue Venoso” pouco antes de sair do coração. Portanto a “Linfa” deve ser definida pelo local onde se encontra, nos vasos linfáticos.

Como é a linfa?

Sendo que sai do interstício celular é desprovida dos eritrócitos que lá não penetram. Portanto é praticamente incolor tendo quase a mesma composição do plasma sanguíneo. Carrega consigo o que encontramos no interstício celular, em especial aquilo cujo peso molecular ou tamanho seja grande de mais para sair por uma vênula, as “Macromoléculas" formadas por proteínas ou toxinas mas não apenas toxinas e sim todas as substâncias que se encontraram no "Interstício celular" por ocasião de seu esvaziamento como "sais”, hormônios, proteínas, energéticos, etc. e os elementos pertinentes ao "Sistema Linfático" como os linfócitos produzidos nos Nodos Linfáticos e Tecidos Linfáticos. Sendo que os vasos linfáticos são maiores que os sanguíneos as macromoléculas de gordura, capturadas no intestino, aproveitam este caminho para chegarem até o fígado. Neste percurso a linfa adquire uma aparência leitosa. No corpo o sistema tem, resumidamente, duas funções: defender e limpar. Na drenagem linfática nos deteremos na função de "Limpeza" onde compõe a chamada "Circulação de Retorno (Venosa e Linfática) colaborando na desintoxicação do organismo, em especial, no que diz respeito as "Macro Moléculas"(sujeira grande). Contudo, sua função na defesa será levada em consideração ao decidirmos sobre suas indicações e contraindicações.

Nodos linfáticos

São estruturas ovais nas quais os vasos linfáticos penetram trazendo a linfa e seus componentes. Constituídos de tecido linfático são cobertos por uma cápsula de tecido fibroso.

Formam os linfonodos

Trabéculas, vasos aferentes (que trazem a linfa), seios linfáticos, vasos eferentes (por onde sai a linfa), nódulos corticais, córtex, centro germinativo, cordões medulares, artérias e veias. Temos de 400 a 600 linfonodos agrupados em cadeias no corpo. As principais cadeias são: cervical, axilar, fossa olecraniana, ducto torácico, pré-aórtico, inguinais e losango poplíteo. Tem por “entranhas” (este processo, às vezes, forma ínguas) e são verdadeiros laboratórios produzindo defesas na forma de linfócitos e “anticorpos”.

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Estrutura de um Linfonodo Centenas desses pequenos órgãos em forma de feijão agrupam-se ao longo de vasos linfáticos. Cada linfonodo é envolvido por uma cápsula que divide-se em compartimentos por meio de trabéculas. Esses compartimentos contem uma rede de fibras que sustentam os linfócitos e os macrófagos que filtram microrganismos estranhos e resíduos. Esse processo “limpa” a linfa à medida que ela flui através do linfonodo.

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Como a linfa se movimenta pelo corpo?

Para respondermos esta pergunta temos de saber algo sobre os vasos linfáticos. Estes possuem camadas semelhantes às paredes das veias e valvas em maior número que nas veias o que permite a linfa fluir em uma só direção, a do coração. Estas valvas dão aos vasos linfáticos uma aparência característica de colar de contas.

A linfa é propelida ao longo dos vasos linfáticos pelos seguintes mecanismos: a. O estiramento e a contração do segmento de um vaso linfático entre duas valvas. b. A formação de nova linfa por pressão interna ou externa nos interstícios celulares, empurrando a

antiga para frente. c. Ação massageadora dos músculos esqueléticos sobre os vasos linfáticos. d. Ação reflexa ao batimento das artérias (os vasos estão próximos das artérias e “sentem’ o

batimento)”. e. A sucção formada pelos movimentos respiratórios. f. Na região, acima do pescoço, colabora a força da gravidade. Observando os mecanismos de movimentação da linfa notamos a formação de nova linfa, a ação

massageadora dos músculos sobre os vasos, o reflexo dos batimentos das artérias sobre os vasos linfáticos e a sucção promovida pelos movimentas respiratórios mantêm uma relação entre si. Quando o primeiro aumenta os outros mecanismos tendem a acompanhar este aumento. Havendo um aumento de atividades metabólicas intracelulares que ocasiona uma pressão interna nos interstícios celulares pela presença de toxinas e "macromoléculas” ou uma pressão externa que "espreme" os interstícios superficiais desencadeando a abertura para as vias linfáticas, os demais mecanismos responsáveis pela movimentação da linfa também aumentam proporcionalmente. Ex: quando aumentamos a atividade física correndo, esprememos os interstícios celulares da “planta” do pé, os movimentos musculares aumentam os batimentos das artérias como também os movimentos respiratórios.

Sendo assim, toma-se evidente que a formação e transporte de linfa, efetuada por estes mecanismos, não é constante, podendo variar de acordo com a situação.

COMO FAZER A DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL?

a. Pressão: A linfa que vem ao coração procede de todas as partes do corpo, desde as mais

profundas até as periféricas (camadas da pele e tecido adiposo). Na drenagem linfática manual procura-se atuar nos tecidos mais periféricos forçando, por pressão, seu líquido intersticial a tomar se linfa que acabará impulsionando a linfa dos vasos mais profundos. Sendo assim ela terá de ser “suave” o suficiente para não interferir no tecido muscular e tão pouco no sistema venoso, mas com pressão suficiente para manipular os interstícios dos tecidos superficiais espremendo-os para que se forme linfa que será recolhida pelos capilares e conduzida para os vasos mais profundos. Isto significa que a direção da linfa superficial é a de "aprofundamento".

b. Direção: Se considerarmos as vias linfáticas como componentes da circulação de retomo usadas

para "esvaziar” o interstício celular de "Macromoléculas” (sujeira grande) que não conseguiram sair pelas vênulas, deveríamos fazê-la no sentido de colaborar com esta articulação. Significa então que temos de ir direcioná-la para o coração? Alguns afirmam que a Drenagem Linfática deve começar próximo ao coração e ir afastando-se dele gradativamente. Parece que o lugar onde tem início a drenagem é Irrelevante, pois, no "processo natural” - Drenagem Fisiológica -, a Drenagem ocorre na área que se está movimentando (lembrar que entre os mecanismos "naturais" da Drenagem temos a pressão interna ou externa nos interstícios celulares que formam nova linfa e massagem muscular. Isso ocorre nas áreas onde temos atividade). Além disso é importante compreender que a Drenagem Linfática Manual se dá pelo esvaziamento dos interstícios para os vasos mais profundos onde, como nova linfa, empurrarão a linfa que ali se encontra (as valvas impedem o refluxo). Nesta etapa (mais profunda) não atuamos pois nossa pressão é superficial. Prova de que o quesito "Proximal Distal' não é significativo está na atuação dos aparelhos de drenagem mecânica que na maioria, iniciam a Drenagem pelos pés. Outros autores de "Métodos” igualmente não observam este principio e conseguem resultados.

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Se entendermos os princípios entenderemos os resultados. Contudo devemos ter uma metodologia de trabalho. Se a Proximal Distal for a mais conveniente, não há motivo para não utiliza-la. Porém, isto seria uma “OPÇÃO”, não uma "OBRIGAÇÃO". Sendo assim, não se apresse em condenar outros métodos.

c. Velocidade: Sobre a "velocidade" estipulou-se que ela deva ser lenta mas, como vimos na

consideração dos mecanismos envolvidos, há ocasiões em que a linfa se encaminha com maior rapidez (uma pessoa em atividade física deve processar mais linfa do que em repouso). A drenagem lenta pode apresentar benefícios secundários. Vodder, (precursor da Drenagem Linfática) salientava que a lentidão provocava uma "indução" ao estado "Parassimpático" do SNA (Sistema Nervoso Autônomo) que é estado propício para a recuperação e o tratamento do STRESS. Contudo, novamente, a lentidão parece mais uma questão de "OPÇÃO" do que "OBRIGAÇÃO".

d. Manobras: Para entendermos as manobras e seus motivos necessitamos rever a parte anatômica

e fisiológica do Sistema Linfático. A linfa que é conduzida para or coração frequentemente passa por expansões nodulares chamadas de "Nodos Linfáticos” ou Linfonodos, geralmente dispostos em cadeias, nos quais ela é purificada. Células fagocitárias fazem a "filtragem" da linfa eliminando as Macromoléculas ou diminuindo seu tamanho. Estes Nodos também desempenham importante papel na defesa do organismo agindo como barreira contra agentes agressores que ali chegam trazidos pela linfa. Nos linfonodos são aprisionados ou destruídos. 4s nodos linfáticos também são centros germinativos de linfócitos (um tipo de célula de defesa do organismo). A existência destes nodos, geralmente dispostos em cadeias, e suas múltiplas funções devem ser levadas em consideração por ocasião da administração de uma Drenagem Linfática. As principais cadeias ganglionares encontradas nas áreas manipuláveis pela Drenagem Linfática Manual são: cervicais, axilares, olecranianas, inguinais e as dos losangos poplíteos. Todas se encontram em articulações. Sendo assim, ao movimentarmos pernas, braços e boca estamos "massageando” estas cadeias de nodos, esvaziando-as. Esta é a maneira natural de intervir nas cadeias ganglionares, flexionando as articulações e, dada a complexidade das estruturas envolvidas, parece-nos que, na Drenagem Linfática Manual, deveríamos imitar estes movimentos em vez de usarmos nossas mãos ou dedos. Assim evitaremos danificar suas delicadas estruturas ou libertar algum agente ou célula perigosa ali "aprisionada".

e. Condução: A Drenagem Manual é feita por manobras superficiais que devem pressionar o

tecido superficial (camadas da pele e tecido adiposo) sem atingir a musculatura. Toda vez que um tecido intersticial recebe um aumento de pressão (pode ser interna ou externa), forma-se a linfa. Não é necessária uma condução visto que a linfa procurará os vasos profundos, abaixo do local onde ocorre a "leve pressão”. Lembre-se, a linfa superficial é conduzida para "DENTRO", para o interior da região "Drenada", e não para o Coração.

Benefícios da Drenagem Linfática Manual

De acordo com Emil Vodder (1936), fisioterapeuta dinamarquês, grande estudioso da Drenagem

Linfática Manual, podemos conseguir com esta técnica uma estimulação da produção e movimentação da linfa, "drenando' líquido e macromoléculas do interstício celular. Isto propicia a absorções de edemas visíveis e os menos visíveis. Sendo assim, esta indicada para os edemas pós-traumáticos como os que surgem em contusões e é igualmente eficiente nos edemas que provocam dores de cabeça ou dores na coluna vertebral. É a massagem mais indicada no combate ao reumatismo, celulite e efeitos da menopausa. À osteoporose pode ser combatida, com excelentes resultados, com este método de massagem. Quando existe uma diminuição na produção de hormônios os poucos produzidos podem ficar "perdidos" em interstícios celulares que não são o seu destino. Isto causa uma falta de comunicação entre os órgãos, o sistema nervoso e o glandular endócrino. A Drenagem Linfática faz com que os líquidos do corpo circulem e, como consequência, uma atenuação ou desaparecimento dos sintomas da diminuição hormonal. A Drenagem linfática Manual também estimula os imunitários, por sensibilizar na zona cortical dos linfonodos linfáticos a produção de linfócitos. Favorece a regeneração dos tecidos. Isto pode ser explicado pela eliminação do edema intersticial que, quando presente, diminui a velocidade da micro-circulação. Exerce efeitos sobre o sistema nervoso de forma tranquilizante, relaxante e analgésica. Neste aspecto a Drenagem Linfática Manual é parecida com a Massagem Sueca feita de maneira lenta e superficial.

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O efeito relaxante estimula a predominância do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático, que influi na recuperação das forças e o dos tecidos. Pode-se ainda citar benefícios nos casos de acne, rosácea, pós-operatório de cirurgias plásticas.

Obs.: Apesar de a Drenagem Linfática Manual poder ser combinada com um grande número de tratamentos, não seria indicado uni-la, na mesma área, às técnicas de massagem hiperemiantes como a

Massagem Sueca Rápida e Profunda que tem efeito de circulação venosa. Levando em consideração que a Drenagem Linfática Manual, como a m Sueca, gera um incremento de

toxinas na circulação cardiovascular, deve-se ter o cuidado de não fazê-la de maneira prolongada em especial nos casos de insuficiência renal quando poderá estar contra indicada. Nos casos em "Drenar" o corpo inteiro fazer por partes, em diferentes ocasiões ou diminuir a quantidade de manobras (geralmente usamos 4 e poderemos usar 2).

Considerações finais. A DL deverá ser preferencialmente lenta para poder influenciar no Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático. Recomendamos iniciá-las com uma harmonização respiratória (lenta e profunda) e dando água para o cliente (1 copo). Ambiente silencioso. A linfa deve ser "direcionada" para o interior do corpo ( aprofundamento) e não para o coração. Deve-se ter uma sequência de partes a serem drenadas. Se preferir a "proximal distal" não há objeções. As flexões das articulações deverão ser feitas ao iniciar e finalizar a drenagem do segmento.

Influência da drenagem linfática

Manual sobre a cicatrização

O excesso de líquido intersticial é prejudicial à cicatrização, pois cria condições locais desfavoráveis à proliferação celular e à síntese protéica (baixo pH; alta tensão de CO2; baixa concentração de O2). O resultado será a maior frequência de infecção e a formação de tecido cicatricial mais exuberante.

As cicatrizes não perfeitamente niveladas com a superfície da pele constituem um sério transtorno estético. Sob esse aspecto, a massoterapia e a drenagem linfática manual são úteis desde a fase conjuntiva até a fase madura.

Os objetivos são: melhorar a capacidade linfática, visando o restabelecimento da corrente circulatória periférica da lesão, a fim de manter o edema nas proporções mais discretas possíveis; eliminar os resíduos metabólicos; estimular o trofismo da região; e, nas cicatrizes maduras, suprimir aderências e amolecer os tecidos.

O tratamento massoterápico é fundamental após a primeira fase, em tomo do vigésimo dia, e as manobras de drenagem linfática manual iniciadas precocemente se efetuarão, de preferência diariamente, primeiro sobre os linfonodos regionais e os tecidos vizinhos da lesão, sempre com manobras finas e indolores, com intensidade leve e sem deslocamento de tecidos.

Quando a cicatriz está na fase madura, as manobras de drenagem linfática devem sempre preceder manobras específicas desfibrosantes, vibratórias, de trações múltiplas e de mobilizações.

Indicações, contraindicações e dosagem

É importante deixar claro que as indicações adiante relacionadas são compatíveis com a formação e as atribuições do técnico esteticista, pois estão interrelacionadas, em todos os casos, com alguma alteração estética. As indicações da drenagem linfática manual, no entanto, vão muito além, sendo de âmbito da atuação do fisioterapeuta.

INDICAÇÕES: A drenagem linfática manual é indicada nos seguintes casos: Lipodistrofia ginóide e adiposidade localizada, pré e pós-cirurgia, plástica e pós-lipoaspiração;

cicatrizes hipertróficas e retrateis; relaxamento; síndromes vasculares, telangiectasias, microvarizes e varizes. É absolutamente necessária a autorização médica, pois, enquanto a drenagem linfática manual apresenta grandes benefícios no caso de algumas patologias, como as varizes com etiologia hereditária de fragilidade venosa por insuficiência valvular, em outras ela é totalmente contraindicada, como o caso de flebites.

CONTRAINDICAÇÕES: Em algumas situações, o emprego da drenagem linfática manual é absolutamente contraindicado:

câncer (suspeita ou em tratamento); febre; afecções cutâneas; processos infecciosos; asma;

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hipertireoidismo; insuficiência cardíaca. A contraindicação também pode se verificar no caso de outras patologias. Por isso, quando há suspeita de qualquer alteração no cliente o correto é encaminhá-lo ao médico e iniciar a técnica somente após sua autorização.

DOSAGEM: Diversos fatores determinam a dosagem de drenagem linfática manual corporal. Os principais são a indicação e os resultados visados. No pós-cirurgia plástica, o início e o número de sessões por semana normalmente fica a critério do

médico. No entanto, deve ser o mais precoce possível, para ajudar na penetração do líquido excedente nos capilares sanguíneos e linfáticos intactos da região adjacente à lesão. O ideal seria que a primeira drenagem linfática manual fosse realizada logo após o término da cirurgia, somente nas áreas próximas à incisão e sobre os linfonodos regionais.

Na lipodistrofia ginóide e na adiposidade localizada, o ideal é que a massagem seja feita três vezes por semana, sempre antes de tratamentos outros tratamentos estéticos.

Nas síndromes vasculares, a determinação está a cargo do médico responsável pelo cliente. Nos casos de relaxamento, e como coadjuvante em tratamentos de estrias, como não existe um

envolvimento metabólico que desprenda de continuidade, fica a critério do cliente e do massagista a determinação da dosagem, segundo o que for mais conveniente.

Sequência

1 - Círculos fixos com as pontas dos dedos lateralmente ao tendão calcâneo. Pressão em direção aos coletores dorsais do pé.

2 - Drenagens dos linfonodos poplíteos, com os dedos de ambas as mãos estendidos, sob a fossa poplítea.

3 - Círculos fixos com os polegares no dorso do pé, do tornozelo até a raiz dos dedos e de volta ao tornozelo. Pressão em direção ã região ventral e medial da perna.

4 - Círculos fixos com os polegares sobre os tornozelos, entre os maléolos. Pressão em direção aos coletores dorsais do pé.

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5 - Círculos fixos com as mãos em concha, simultaneamente, na região anterior da perna, logo abaixo da patela. As pontas dos dedos estão voltadas para a fossa poplitea. Pressão em direção aos linfonodos. popliteos.

6 - Drenagem dos linfonodos inguinais superficiais superolaterais, com os dedos de uma mão sobre a outra.

7 - Drenagem dos linfonodos inguinais superficiais superomediais e inferiores, com os dedos de uma mão sobre a outra.

8 - Pressão em bracelete com ambas as mãos, da virilha até o joelho e de volta à virilha. Pressão direcionada diagonalmente para a região inguinal. O movimento deve abranger desde a face medial até a face lateral da coxa.

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9 - Círculos fixos alternados com as mãos paralelas, sobre a região do trígono femoral, da virilha ao joelho e de volta à virilha. Pressão em direção aos linfonodos inguinais superficiais superomediais inferiores.

10 - Deslizamento superficial. O cliente deve inspirar enquanto o profissional realiza um deslizamento simultâneo com as duas mãos, do púbis até a borda das costelas. O cliente deve inspirar no momento em que o deslizamento é feito para os lados, com os polegares acompanhando o arco inferior das costelas, as mãos retornam suavemente pelas laterais da cintura até o púbis.

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11 - Fricção no percurso do intestino grosso. Os dedos indicadores, médios e anulares das duas mãos sobrepostas iniciam o movimento logo abaixo das costelas, no lado esquerdo do abdômen circulando por todo o intestino.

12 - Deslizamento profundo. Uma das mãos realiza circulo no sentido horário, sobre o colo ascendente, transverso e descendente. Na altura do colo,descendentes, a outra mão reforça o movimento.

13 - Drenagem dos linfonodos cervicais laterais supraclaviculares, simultaneamente dos dois lados da região anterior do pescoço, com os dedos indicadores e médicos.

14 - Drenagem dos linfonodos deltopeitorais infraclaviculares, com os

dedos de uma mão ao lado da outra.

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15 - Círculo fixo com os dedos, contornando a face lateral da mama, dos linfonodos axilares ao plexo subaureolar e de volta aos linfonodos axilares, dos linfonodos infraclaviculares até a auréola.

16 - Drenagem dos linfonodos axilares, com os dedos de uma mão sobre a outra.

17 - Pressão em bracelete com uma das mãos na face anterior e posterior, da fossa cubital até o punho e de volta à fossa cubital. Pressão em direção à fossa cubital.

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Drenagem Linfática Facial

DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL

A drenagem linfática através de manobras realizadas com as mãos é conhecida desde 1982, quando Winiwarter primeiramente a descreveu tomando como base os conhecimentos que tinha na época. Em 1936, o Dr. Vodder, por ocasião de uma conferência sobre saúde, apresentou o primeiro relato escrito sobre a técnica de massagem específica, a que ele chamou de drenagem linfática manual.

Desde então, vários profissionais da área médica interessam-se pela técnica, que atualmente é de grande utilidade na área estética.

O objetivo básico da massagem é drenar o excesso de fluido acumulado nos espaços intersticiais, de forma a manter um equilíbrio de pressões tissulares e hidrostáticas, agindo no edema linfático. PROCESSOS Dois processos visam remover e transportar esse líquido de volta à circulação sanguínea. CAPTAÇÃO O primeiro deles, denominado captação, é realizado no nível da zona com edema visando aumentar a absorção de líquidos pelos capilares linfáticos. O aumento da pressão tissular exercida pela massagem irá induzir o processo de captação. LIBERAÇÃO 0 segundo processo, denominado liberação ou evacuação, não se dá no nível da zona com edema, mas sim no nível de précoletores e coletores linfáticos, que transportarão a linfa captada pelos capilares. . Em estética, a drenagem linfática manual representa um mecanismo capaz de retirar o excesso de líquido da substância fundamental, bem como desintoxicá-la, tanto através da remoção de proteínas e resíduos metabólicos quanto através da renovacão do líquido intersticial e aumento em oxigênio e nutrientes. INDICAÇÕES · Tecido com edema · Circulação sanguínea de retorno comprometida · Pele irritada · Musculatura tensa · Sistema nervoso abalado

18 - Pressão em bracelete com uma das mãos na face anterior, da raiz do braço até o cúbito e de volta à raiz do braço. Pressão em direção à fossa axilar.

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EMPREGO EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS · Acne · Peles seborréicas · Couperose · Revitalização · Pré e pós -cirurgia plástica · Relaxamento de clientes tensos

Na acne grau II, caracterizado pela presença de pápulas e pústulas (o que significa ter ocorrido rompimento dos folículos, a drenagem linfática é a única manobra capaz de promover a normalização do tecido afetado).

Qualquer outro tipo de massagem aumentaria a quantidade de líquido filtrado, em vez de retirar o excedente, como seria o indicado.

Nas peles seborréicas, a drenagem substitui com vantagem a massagem comum, pois esta aumenta a atividade das glândulas sebáceas, o que não seria indicado.

Nas peles com couperose, a drenagem substitui a massagem comum, porque qualquer manobra mais vigorosa seria prejudicial, pois as peles acometidas pela patologia são muito sensíveis.

Na revitalização, salvo em peles seborréicas, é possível a drenagem linfática ser praticada tanto quanto outro tipo de massagem, porém os efeitos calmantes, de desintoxicação, de aporte de oxigênio e de enriquecimento de nutrientes nos tecidos não podem faltar em nenhum tratamento de pele involutiva que visa retardar os processos de desgaste biológico.

No pré-operatório, assim como na revitalização, a drenagem e a massagem comum podem completar-

se, porém no pós-operatório a drenagem linfática é absoluta e tem o objetivo de manter nas proporções mais discretas possíveis o edema pós-cirúrgico, já que um edema volumoso dificulta a regeneração do tecido pelo aumento da distância a ser percorrida por nutrientes e resíduos em sentido inverso.

A primeira drenagem pode ser feita no mesmo dia da cirurgia abrangendo os pré-coletores e coletores próximos à área operada, sem tocar as regiões descoladas. Após 24 horas, a drenagem pode avançar cuidadosamente sobre a área operada com pressões levíssimas, sem contudo haver qualquer deslocamento da pele. O ideal é que a drenagem seja diária até completar um mês, ou, no mínimo, duas vezes por semana.

Contraindicações da drenagem linfática PARCIAIS · Câncer diagnosticado e tratado · Pré-canceroses de pele · Pós-trombose e tromboflebite · Hipertiroidismo · Asma brônquica · Inflamações crônicas · Estados febris · Insuficiência cardíaca congestiva Em todos os casos, só poderá ser empregada a drenagem linfática com autorização médica. ABSOLUTAS · Câncer (suspeito ou ainda não tratado) · Inflamações agudas · Trombose

Componentes da drenagem linfática manual

A direção deve ser sempre centrípeta acompanhando a direção da circulação linfática venosa, porém a massagem deve ser iniciada na porção proximal do membro, e não na distal; no entanto, a pressão dada deve ter a direção centrípeta ou a mesma do fluxo linfático e venoso, mesmo que a sucessão de movimentos seja em direção contrária, o que garantirá o livre escoamento da linfa.

Antes de promover a drenagem da cabeça, é necessário drenar o pescoço, pela disposição anatômica dos vasos e linfonodos linfáticos.

Todas as vias linfáticas da cabeça e do pescoço desembocam na.fossa supraclavicular, sendo nos linfonodos desta região o início da drenagem do pescoço. Após a drenagem dos linfonodos supraclaviculares, sobe-se com o movimento paralelo e anteriormente ao músculo esternocleidooccipitomastoideo terminando no nível do processo mastóideo. Em seguida, paralela e posteriormente ao músculo, partindo dos linfonodos supraclaviculares até os nodos occipitais, localizados na linha média da nuca junto à inserção do músculo trapézio.

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A drenagem da face inicia-se nos linfonodos parótideos, respeitando-se as vias aferentes. Todas as manobras de drenagem linfática manual são repetidas em sentido e ordem contrárias,

retornando-se ao ponto de partida. A pressão também é componente importante desta massagem. Enquanto a sequência, o ritmo e a

mecânica dos movimentos independem de fatores individuais, por obedecerem a um esquema fixo, a pressão adequada varia conforme as condições do tecido no momento da drenagem.

A pressão adequada deve ser suficiente para impulsionar o líquido intersticial para dentro dos capilares linfáticos, restabelecendo o equilíbrio entre a filtração e reabsorção, porém deve ser mantida abaixo do valor da pressão interna dos capilares, visando manter a integridade dos mesmos.

Isso significa que a pressão da massagem deve ser: · Leve em caso de: Edema e tônus muscular rígido · Moderada em caso de: Turgor e tônus muscular normal

A pele não deve ficar avermelhada e as manobras não devem em hipótese alguma provocar dor. O ritmo da massagem deve sempre ser constante e lento. A sequência das manobras deve ser rigorosamente respeitada, só podendo-se passar para a região

subsequente (distal) depois de terminada a região proximal, com o objetivo de garantir o livre escoamento da linfa. A posição do cliente é fundamental para o resultado. Como se sabe que a gravidade afeta o fluxo linfático e venoso, a maca deverá estar elevada o suficiente para que esta força auxilie a drenagem, porém sem atrapalhar o conforto do cliente e do profissional.

SISTEMA LINFÁTICO DA CABEÇA E COLO

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Humaniversidade Holística 15

1 - Frontais; 1 - Parietais;

1 - Occipitais; 2 - Nariz;

2 - Dos Lábios; 2 - Mento; 3 - Nodos Pré-Auriculares;

4 - Nodos Parotídeos; 5 - Nodos Mastóideos; 6 - Nodos Suboccipitais; 7 - Nodos Cervicais; 8 - Nodos Submandibulares; 9 - Veia Linfática que se abre; 9 - Veia Subclávia

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Humaniversidade Holística 16

MANOBRAS DE DRENAGEM LINFÁTICA

1. Drenagem dos occipitais (1 vez) com os quatro dedos de cada mão. 2. Deslizamento bi-lateral (3vezes) simultâneo com os quatro dedos de cada mão, partindo da

nuca até os nodos supraclaviculares e drenando-os (1vez).

1. Deslizamento com três dedos (indicador, médio e anular) (três vezes) 2. Drenagem dos supraclaviculares (1vez)

1. Deslizamento a partir do mento até o fim da mandíbula (3 vezes) Drenagem dos parótideos (1 vez)

2. Descer em círculo no pescoço em direção aos supraclaviculares (3 vezes) Drenagem dos supraclaviculares (1 vez)

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Humaniversidade Holística 17

1. Deslizamento com três dedos (indicador, médio e anular) simultâneos, com as duas mãos

(3 vezes) 2. Drenagem do submento (1 vez)

1. Deslizamento simultâneo com os três dedos (indicador, médio e anular), com as duas mãos (3 vezes)

2. Drenagem dos submandibulares (1vez)

1. Deslizamento inicial com os dedos médios, acrescentando, quando necessário, os indicadores e anulares ( 3 vezes). Drenagem nos submandibulares (1 vez).

2. Deslizamento descendo para o pescoço ( 3 vezes). Drenagem dos supraclaviculares ( 1 vez).

1. Deslizamentos individuais só usando o dedo médio em cada direção (3 vezes) 2. Drenagem dos pré-auriculares ( 1 vez).

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Humaniversidade Holística 18

1. Deslizamentos simultâneos e paralelos com os dedos indicadores, médios e anulares, partindo do

canto interno dos olhos para a região temporal (3 vezes). 2. Drenagem dos pré-auriculares (1 vez).

1. Fricções circulares com início no mento em direção à região auricular, no ângulo da boca, na base do nariz e na testa. Partindo do músculo corrugador do supercílio, fazendo espirais amplas até a região temporal (3 vezes cada um).

2. Drenagem dos pré-auriculares ( 1 vez).

1. Círculos ( 3 vezes), drenando os pré-auriculares (1 vez). 2. Círculos (idem ao 1º), drenando os submandibulares (1 vez) 3. Círculos (idem ao 1º), drenando os supraclaviculares ( 1 vez)

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Humaniversidade Holística 19

1. Pressão mais deslizamento em direção às têmporas ( 3 vezes). Drenar os pré-auriculares ( 1 vez). 2. Idem, partindo do nariz (3 vezes). Drenar os submandibulares ( 1 vez) 3. Idem, partindo do lábio inferior (3 vezes). Drenar a região submentoneana (1 vez) 4. Idem, partindo do submandibular em direção à clavícula (3 vez). Drenar os supraclaviculares (1

vez)

Deslizamento bi-lateral simultâneo com os polegares em direção aos nodos parótideos. Deixando os polegares nesta posição, separar os dedos indicadores indo até as asas do nariz e deslizando-os para os parótideos novamente, indo encontrar o polegar e o dedo médio. Retirar os polegares para o mento, deslizando-os para os nodos do submento, passando pelos submandibulares indo até o fim da mandíbula. Descer pelo pescoço, drenando os supraclaviculares ( 3 vezes cada movimento, 1 vez só a drenagem final no supraclavicular).

Fazer pressão na região orbicular dos olhos, com as duas mãos deitadas sobre os mesmos, após ter friccionado bem as mãos.

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Humaniversidade Holística 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Leduc, Albert – Drenagem linfática – Teoria e prática; 3ª edição. Ed. Manole. Andreoli, Carla Parada Pazinatto – Drenagem Linfática – reestruturação anatômica e fisiológica passo a passo; Ed. Napoleão Jacquemay, Dominique – A drenagem vitalidade: a drenagem linfática associada à energia chinesa; Ed. Manole.