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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado APOSTILA – PROJETO INTEGRADOR I 1

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

APOSTILA – PROJETO INTEGRADOR I

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CONHECIMENTO E CIÊNCIA

Conhecimento é a relação que se estabelece entre o sujeito que conhece ou deseja

conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer.

Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno

qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em

nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras

de livros e artigos diversos.

A construção do conhecimento fundado sobre o uso crítico da razão, vinculado a

princípios éticos e a raízes sociais é tarefa que precisa ser retomada a cada momento, sem

jamais ter fim.

Através dos tempos, vários foram os principais modos de conhecer o mundo e suas

formas de abordagens para se chegar ao conhecimento verdadeiro. Tais abordagens

permanecem coexistindo nos dias de hoje. Veja a síntese no quadro abaixo:

Modos de conhecer o Mundo

Critérios de verdade

Objetivação Metodologia Relação sujeito-objeto

1. O Mito

(ou conhecimento teológico)

A Fé Dogmatismo – Doutrinamento (Proselitismo)

A experiência pessoal

Relação Suprapessoal, em que a Revelação do Sagrado se manifesta (revela) sobrenaturalmente ao profano através do rito (Dramatização do mito, ou seja, da liturgia religiosa).

2. A Filosofia A razão A razão discursiva.

A dialética (O discurso)

Relação transpessoal em que a palavra diz as coisas. O mundo se manifesta pelos fenômenos e é dizível através do logos.

3. O Senso Comum A cultura ética e moral

A tradição cultural

As crenças silenciosas (Ideologias)

Relação interpessoal, em que a ideologia é estabelecida pelas ideias dominantes e pelos poderes

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estabelecidos.

5. A Ciência A experimentação

Objetividade -Comprovação de uma determinada tese de modo objetivo

A observação Relação “impessoal”, há isenção do cientista diante de sua pesquisa, o chamado “mito da neutralidade científica”.

Sistematizando o quadro anterior:

TIPOS DE CONHECIMENTOS

Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e

transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por

diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de

criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias

experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite

dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.

Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana,

permitimo-nos também ao pensar e, por consequência, a ordenação e a previsão dos

fenômenos que nos cerca.

Conhecer é passar do desconhecimento ao saber, mesmo que este seja algo

simples ou incompleto; é ter uma ordem onde antes havia o caos, ou seja, é adquirir

saberes a respeito de algum assunto, onde antes havia ignorância.

Quando se fala em “conhecimento”, muitos relacionam com “ciência”. De um modo geral,

o conhecimento científico é considerado como sendo a verdade das coisas. Os meios de

comunicação reforçam essa visão incorreta que temos em relação à ciência e que se chama

cientificismo ou positivismo (é uma visão de mundo baseada na ideia de que a ciência está

acima de tudo. Como consequência disso, a religião, o mito, o senso comum, a filosofia e

outros saberes são desprestigiados ou abandonados. Essa visão de mundo desenvolveu-se na

Europa a partir da segunda revolução industrial, a qual, devido aos seus avanços tecnológicos,

iludiu muitos intelectuais, os quais passaram a acreditar que através da ciência o século XX

traria progresso, prosperidade e felicidade para a humanidade). Na realidade, há diversos

saberes que a humanidade usa; a ciência é apenas um deles.

Para conhecer, precisamos de três elementos:

a) O sujeito, que é o ser que quer saber ou conhecer;

b) O objeto ou assunto, aquilo que queremos saber;

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c) A imagem mental em forma de opinião, ideia ou conceito que resultam da relação sujeito-

objeto e que passa a habitar a subjetividade daquele que conhece.

Existem diferentes tipos de conhecimentos:

1 - Conhecimento Teológico Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser

confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.

Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duendes; acreditar em

reencarnação; acreditar em espíritos, etc..

2 - Conhecimento Filosófico É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre

fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.

Exemplo: “O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche)

3 - Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum) É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento

adquirido através de ações não planejadas e baseado nas vivências do dia-a-dia.

Exemplo: A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta,

acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.

4 - Conhecimento Científico É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está

nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:

É racional e objetivo.

Atém-se aos fatos.

Transcende aos fatos.

É analítico.

Requer exatidão e clareza.

É comunicável.

É verificável.

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Depende de investigação metódica.

Busca e aplica leis.

É explicativo.

Pode fazer predições.

É aberto.

É útil

Exemplo: Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração dos

batráquios.

A EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO HUMANO

Os egípcios já tinham desenvolvido um saber técnico evoluído, principalmente nas áreas

de matemática, geometria e na medicina, mas os gregos foram provavelmente os primeiros a

buscar o saber que não tivesse, necessariamente, uma relação com atividade de utilização

prática. A preocupação dos precursores da filosofia (filo = amigo + sofia (sóphos) = saber e

quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porquê e o para quê de tudo o que se

pudesse pensar.

O conhecimento histórico dos seres humanos sempre teve uma forte influência de

crenças e dogmas religiosos. Mas, na Idade Média, a Igreja Católica serviu de marco referencial

para praticamente todas as ideias discutidas na época. A população não participava do saber,

já que os documentos para consulta estavam presos nos mosteiros das ordens religiosas.

Foi no período do Renascimento, aproximadamente entre o séculos XV e XVI (anos

1400 e 1500) que, segundo alguns historiadores, os seres humanos retomaram o prazer de

pensar e produzir o conhecimento através das ideias. Neste período as artes, de uma forma

geral, tomaram um impulso significativo.

No século XVII e XVIII (anos 1600 e 1700) a burguesia assumiu uma característica

própria de pensamento, tendendo para um processo que tivesse imediata utilização prática.

Com isso surgiu o Iluminismo, corrente filosófica que propôs "a luz da razão sobre as trevas

dos dogmas religiosos". O pensador René Descartes mostrou ser a razão a essência dos

seres humanos, surgindo a frase "penso, logo existo". No aspecto político o movimento

Iluminista expressou-se pela necessidade do povo escolher seus governantes através de livre

escolha da vontade popular. Lembremo-nos de que foi neste período que ocorreu a Revolução

Francesa em 1789.

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O Método Científico surgiu como uma tentativa de organizar o pensamento para se

chegar ao meio mais adequado de conhecer e controlar a natureza. Já no fim do período do

Renascimento, Francis Bacon pregava o método indutivo como meio de se produzir o

conhecimento. Este método entendia o conhecimento como resultado de experimentações

contínuas e do aprofundamento do conhecimento empírico. Por outro lado, através de seu

Discurso sobre o método, René Descartes defendeu o método dedutivo como aquele que

possibilitaria a aquisição do conhecimento através da elaboração lógica de hipóteses e a busca

de sua confirmação ou negação.

Observação: no método indutivo, parte-se do particular para o geral, isto é, a partir da

observação de casos particulares, elabora-se uma teoria e busca-se determinar, através de

pesquisas, se esta tem caráter geral. No método dedutivo, faz-se o oposto: elabora-se a

hipótese geral e busca-se comprová-la em observações de casos particulares.

A pesquisa eleitoral é um bom exemplo do raciocínio indutivo. Através da amostragem

de eleitores realiza-se a pesquisa que irá ser utilizada para encontrar o percentual de votos de

cada um dos candidatos. É claro que a validade dos resultados depende da representatividade

da amostra e o método estatístico é sua base de sustentação.

Os raciocínios dedutivos caracterizam-se essencialmente por apresentarem conclusões

que devem ser necessariamente verdadeiras, se todas as premissas (isto é, fatos ou princípios

que serves de base à conclusão de um raciocínio) forem também verdadeiras.

Exemplo de raciocínio dedutivo:

Premissa maior (caráter geral): Todo mamífero tem coração.

Premissa menor (caráter particular): Todos os cavalos são mamíferos.

Conclusão: Logo, todos os cavalos têm coração.

As conclusões obtidas por meio da indução correspondem a uma verdade não contida

nas premissas consideradas, diferentemente do que ocorre com a dedução. Assim, se por meio

da dedução chega-se a conclusões verdadeiras, já que baseada em premissas igualmente

verdadeiras, por meio da indução chega-se a conclusões que são apenas prováveis.

Comparando o método dedutivo e o indutivo, concluímos que enquanto o pensamento dedutivo

leva a conclusões inquestionáveis, porém já contidas nas hipóteses, o raciocínio indutivo leva a

conclusões prováveis, porém mais gerais do que o conteúdo das hipóteses.

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A Igreja e o pensamento mágico cederam lugar a um processo denominado, por alguns

historiadores, de "laicização da sociedade". Se a Igreja trazia até o fim da Idade Média a

hegemonia dos estudos e da explicação dos fenômenos relacionados à vida, a ciência tomou a

frente deste processo, fazendo da Igreja e do pensamento religioso razão de ser dos estudos

científicos.

No século XIX (anos 1800) a ciência passou a ter uma importância fundamental. Parecia

que tudo só tinha explicação através da ciência, como se o que não fosse científico não

correspondesse a verdade. O século XIX serviu como referência de desenvolvimento do

conhecimento científico em todas as áreas. Na sociologia, Augusto Comte desenvolveu sua

explicação de sociedade, criando o Positivismo, vindo logo após outros pensadores; na

Economia, Karl Marx procurou explicar a relações sociais através das questões econômicas,

resultando no Materialismo-Dialético; Charles Darwin revolucionou a Antropologia, ferindo os

dogmas sacralizados pela religião, com a Teoria da Hereditariedade das Espécies ou Teoria

da Evolução. A ciência passou a assumir uma posição quase que dogmática diante das

explicações dos fenômenos sociais, biológicos, antropológicos, físicos e naturais.

A neutralidade científica

É sabido que, para se fazer uma análise desapaixonada de qualquer tema, é necessário

que o pesquisador mantenha uma certa distância emocional do assunto abordado. Mas será

isso possível? Seria possível um padre, ao analisar a evolução histórica da Igreja, manter-se

afastado de sua própria história de vida? Ou ao contrário, um pesquisador ateu abordar um

tema religioso sem um consequente envolvimento ideológico nos caminhos de sua pesquisa?

Provavelmente a resposta seria não. Mas, ao mesmo tempo, a consciência desta

realidade pode nos preparar para trabalhar esta variável de forma que os resultados da

pesquisa não sofram interferências além das esperadas. É preciso que o pesquisador tenha

consciência da possibilidade de interferência de sua formação moral, religiosa, cultural e de sua

carga de valores para que os resultados da pesquisa não sejam influenciados por eles além do

aceitável.

EXERCÍCIOS

1) Leia as alternativas abaixo, diga se há o conhecimento filosófico, científico, empírico, científico, explique o porquê:

a) Neste tipo de conhecimento não é necessário que haja um parecer científico para que se comprove o que é dito; é um saber informal que engloba até opiniões, estereótipos e preconceitos.   É um saber imediato, subjetivo, heterogêneo e acrítico, pois se conforma

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com o que é dito. Exemplo: conhecimento de um pescador, um agricultor, uma cozinheira, um jogador de futebol, um pedreiro, um índio sobre o segredo das plantas e animais da selva, o racismo, a homofobia, o geocentrismo, etc.Resposta:..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

b) Fundamenta-se na fé. Usa a dedução, partindo de uma realidade universal para dar sentido a realidades particulares. Parte da compreensão e da aceitação da existência de uma divindade (ou várias), que seria a razão de ser de todas as coisas. Resposta:.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

c) É racional e deve ter como objetivo a busca da verdade. Ele é sistemático e procura a raiz das coisas, usando o rigor lógico. O conhecimento filosófico busca os “porquês” de tudo o que existe.Resposta:...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

d) É racional, utilizando-se de experimentos, observações, comprovações e induções. É sistemático, prevendo ainda a experimentação, validação e comprovação daquilo a que pretende provar. Resposta:.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

2) Marque a alternativa correta:

A) Por que se faz pesquisa ? (a) Para desenvolver uma nova tecnologia. (b) Para se ter um conhecimento maior da área a ser estudada. (c) Para apresentar um currículo mais extenso e melhor. (d) Todas as alternativas

B) Quando se diz que “mulher no volante, perigo constante”, temos um exemplo de:(a) Conhecimento científico(b) Conhecimento teológico(c) Conhecimento empírico(d) Conhecimento filosófico

C) “A História busca como fonte fatos e acontecimentos plausíveis”. Temos um exemplo de

(a) Conhecimento científico(b) Conhecimento teológico

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(c) Conhecimento empírico(d) Conhecimento filosófico

3) É possível dizer que o conhecimento surge do vazio?..........................................................................................................................................................................................................................................................................................

4) Explique:........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

5) Diga se abaixo há o método dedutivo ou o método indutivo:

Método................................... Método...................................

Leva o pesquisador do conhecido ao desconhecido com pouca margem de erro; É de alcance limitado, pois a conclusão

não pode exceder as premissas. Neste método a racionalização ou

combinação de idéias em sentido interpretativo vale mais do que a experimentação de caso por caso. Parte do geral para se chegar às

particularidades. Encontra larga aplicação em ciências

como Física e Matemática

Parte de questões particulares até chegar a conclusões generalizadas.

Tem a finalidade de ampliar o alcance dos conhecimentos.

Influenciou no desenvolvimento de técnicas de coleta de dados e na

elaboração de instrumentos. Foi visto como o método por

excelência das ciências naturais.

6) Diga se abaixo há o método dedutivo ou o método indutivo:

a) Todo homem é mortal Pedro é homem Pedro é mortalb) Todo mamífero tem um coração Todos os cães são mamíferos Todos os cães

têm um coração.

C) Antônio é mortal Benedito é mortal Carlos é mortal Zózimo é mortal Antonio, Benedito, Carlos e Zózimo são homens os homens são mortais.

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O TRABALHO CIENTÍFICO NO ÂMBITO UNIVERSITÁRIO

A Organização dos Estudos na Vida Universitária:

Exigências, Recomendações e sugestões:

Postura: Mudar radicalmente explorando o que já foi estudado anteriormente.

Resultado do processo: Depende fundamentalmente do aluno.

Desenvolvimento psíquico e intelectual.

Autonomia com relação à estrutura do ensino e recursos.

Auto-atividade didática: Crítica e rigorosa.

Projeto de trabalho: Individualizado.

Material Didático: Complementação da sala de aula.

Assimilação de conteúdo: Não deve ser passiva e mecânica como na escola básica, em

que se enfocava a presença física e o cumprimento forçado de tarefas mecânicas.

Formação universitária: Atividades de laboratório e campo;

Habilidades profissionais próprias de cada área;

Embasamento teórico correspondente ao nível superior;

Uso de instrumentos bibliográficos de auxílio (criar uma biblioteca pessoal

Textos Básicos: Dicionário, texto introdutório, histórico e revistas atuais.

Referências: Em consultas, devem ser anotadas para consultas posteriores.

Recursos eletrônicos: Feitos por quem? Quando? Instituição? Fidedignos?

Retenção de Ideias: Apenas as ideias centrais de uma aula devem ser retidas.

Tomando nota: Não devemos copiar todo o discurso de alguém. Gravar é uma opção

mais fácil, desde que obtida a devida permissão.

Horários: Algumas pessoas fixam horários destinados ao estudo em casa.

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SUGESTÃO DE FLUXOGRAMA DA VIDA DE ESTUDOS

RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA DA LEITURA

Os textos agora terão caráter científico e filosófico, o que dificulta ainda mais o entendimento; Exigem Razão Reflexiva; Teoria da Comunicação Humana: Emissor transmite uma mensagem que é captada pelo receptor. Explica-se, desta forma, o cuidado que devemos ter com a escrita de nossos textos científicos; Texto-Linguagem: Meio intermediário pelo qual duas consciências se comunicam. Ao escrever um texto, o autor (emissor) codifica sua mensagem que, por sua vez, já tinha sido pensada, concebida e o leitor (receptor), ao ler um texto, decodifica a mensagem do autor, para então pensá-la, assimilá-la e personalizá-la, compreendendo-a: assim se completa a comunicação. Sofremos influências situacionais e culturais que colocam em risco a eficácia de nosso processo de comunicação; Unidade de Leitura: Setor do texto que forma uma totalidade de sentido. Pode ser um capítulo ou qualquer outra subdivisão. Para que a mensagem seja compreendida de forma exata, é importante ler toda a unidade e tudo aquilo que diz respeito ao tema em questão; O estudo de determinado texto deve ser feito sem intervalo, para que as noções não se percam ou se confundam;

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PASSOS BÁSICOS PARA UMA BOA LEITURA

Primeira Leitura:

Realizada rapidamente, sem o objetivo de esgotar a compreensão.

É responsável pela visão panorâmica.

Nela devemos tentar pesquisar dados sobre o autor do texto, o que

proporcionará uma melhor elucidação das ideias.

Busca pelo vocabulário: Para que a próxima leitura seja mais simples, é

importante saber exatamente o que significam termos de valor histórico, doutrinas e referências

a autores que se tornam símbolos.

Exemplo:

“Prestes a ‘vira uma balzaca’, Fernanda Lima supera críticas...”

(Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 11.03.2007.Caderno Tudo de Bom, p6.)

Consulta ao Vocabulário: Balzaca = Balzaquiano (relativo ou pertencente ao escritor

francês Honoré de Balzac(1799-1850), ou próprio dele, escritor do romance “A mulher de trinta

anos”.

Segunda Leitura:

A Análise Temática do Texto é o objetivo dessa segunda leitura.

Através do título, busca-se entender a conexão entre ele e o que está sendo dito;

O que o autor fala sobre o tema? Como ele responde ao que está perguntando?

As respostas são suficientes? Preciso ir além?

A argumentação do autor é sólida?

Uma vez respondidas estas perguntas, procede-se à Análise Interpretativa:

Interpretar, em sentido restrito, é tomar uma posição própria a respeito das ideias

enunciadas, é a estrita mensagem do texto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo,

é explorar toda a fecundidade das ideias expostas, é cotejá-las (compará-las) com outras.

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PESQUISA – DEFINIÇÃO E EVOLUÇÃO

A pesquisa consiste na execução de um conjunto de ações e de estratégias planejadas

no projeto de pesquisa, integradas e harmonizadas sequencialmente, para a geração de

conhecimento original, de acordo com certas exigências e condições.

Esse processo se inicia com:

a) a caracterização do problema (que fazer? que objetivo alcançar?), delineado em dimensões

técnicas e operacionais viáveis, delimitadas e objetivas;

b) o estabelecimento de um conjunto de afirmações conjeturais (hipóteses), a partir de dados e

observações levantadas pelo pesquisador, para servir como setas indicadoras da definição de

objetivos, isto é, respostas para os seguintes itens:

para que fazer ? (objetivo geral)

para quem fazer ? (objetivos específicos);

c) esses objetivos serão atingidos mediante a execução de ações planejadas e desenvolvidas

conforme uma metodologia científica que responde o “como fazer”, de forma consistente com

os cenários da pesquisa, os recursos disponíveis para sua execução e a finalidade ou aplicação

esperada dos resultados.

O que é metodologia?

Metodologia significa, etimologicamente, o estudo dos caminhos, dos instrumentos

usados para se fazer pesquisa científica, com o intuito de fazê-la de forma eficiente.

A metodologia é uma disciplina normativa definida como o estudo sistemático e lógico

dos princípios que dirigem a pesquisa científica, desde suposições básicas até técnicas de

indagação. Não deve ser confundida com a teoria que embasará a pesquisa, pois só se

interessa pela validade dos dados coletados, e não pelo seu conteúdo.

Assim, a metodologia, mais do que uma descrição formal de técnicas e métodos a

serem utilizados na pesquisa científica, indica a opção que o pesquisador fez do quadro teórico

(passo fundamental para o estabelecimento da linha de pesquisa a ser adotada) para

determinada situação prática do problema objeto de pesquisa.

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BREVE HISTÓRICO

No Brasil das décadas de 60, 70 e 80 eram feitas sem metodologia definida.

Atualmente, o quadro de pesquisas realizadas no Brasil apresenta a seguinte

subdivisão: 75% feitas por Universidades; 20% por Empresas; 05% por Institutos isolados.

Tipos de Pesquisa:

a. Pesquisa Quantitativa:

Rápida

Menos humana

Nela, os homens se tornam números.

Exemplo de pesquisa quantitativa: censo demográfico simples.

b. Pesquisa Qualitativa:

Busca a peculiaridade do objeto;

Lenta;

Menor extensão;

Maior profundidade;

Complexa ao extremo;

Exemplo de pesquisa qualitativa: hábitos de consumo de determinada faixa social.

Obs.: existem vários tipos de pesquisa, a saber: experimental, documental, exploratória,

etnográfica... Porém, não nos cabe definir todas devido ao fato de serem tipos complexos e

quase sempre utilizados em estudos específicos.

Técnicas ou Instrumentos de pesquisa.

Relato Oral:

A testemunha fala sobre um contexto.

Questão complexa da verdade: Mentir é um direito constitucional.

Você não pode criar provas contra você.

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História de Vida:

Relato do narrador sobre sua história através do tempo.

Muito usada na constituição de biografias.

Estudo de caso: Estudo sobre um caso contemporâneo específico.

Questionário:

Perguntas bem estruturadas;

Devem ser exclusivas;

Hierarquizadas;

Seguir ritual de aplicação.

Entrevista: as entrevistas podem ser realizadas de diversas maneiras. A seguir,

observaremos algumas delas:

a) Informal: Não é dirigida. Surge em uma oportunidade.

Ex.: pesquisa feita em supermercados com consumidores que estejam adquirindo determinado

produto.

b) Focalizada: feita com o auxílio de uma pauta semi-estruturada;

Ex.: Médico e Paciente.

c) Estruturada: Fixa o número de questões a serem feitas.

d) Painel: Fazemos as mesmas perguntas hoje, depois de 15 dias, 30...

Ex.: Políticos na TV.

e) Ritual: Feita sempre da mesma maneira.

Ex.: Feita com estrelas de outros países quando visitam o Brasil: “É a sua 1ª. Vez no Brasil? O

que achou de nossas praias? E as mulheres brasileiras? (observem também a repetição nas

respostas...)

f) Temática: Temos apenas um tema e a partir dele elaboramos o trabalho.

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g) Em Profundidade: a partir da representação de mundo que o entrevistado criou.

Ex.: em consultas psiquiátricas.

h) De Confronto: quando o entrevistador briga com o entrevistado para retirar as informações

necessárias dele. Estando fora do controle, é mais fácil retirarmos informações de alguém.

i) Coletiva: com o uso de mediador.

Ex.: Debates de TV.

Preparação para a realização de uma entrevista:

a. Conhecimento prévio;

b. Bom roteiro;

c. Ordem cronológica ordenada, sem saltos;

d. Validação e fidedignidade;

e. Pré-teste;

f. Respeito ao entrevistado;

g. Capacidade de ouvir sem interromper;

h. Interromper quando for necessário;

i. Saber perguntar sobre a resposta;

j. O registro correto de dados através de anotações, gravações e filmagens deve ser

guardado por pelo menos cinco anos. O arquivamento prolongado só deve ser feito em casos

mais específicos.

k. Com relação à seleção dos sujeitos da pesquisa, é importante levarmos em consideração

uma série de fatores, tais como: sexo, idade, profissão, local de nascimento e de crescimento,

traumas, frustrações, constituição familiar...

Técnica de Observação:

Tem sua gênese na sociologia e na antropologia.

A observação humana tem caráter seletivo.

O que estamos “vendo” é influenciado de forma profunda por nossa história de vida.

É subjetiva, pois negligenciamos alguns aspectos em detrimento de outros;

O controle deve ser sistemático para haver fidedignidade;

É preciso definir o foco de investigação e sua configuração espaço-temporal;

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É uma experiência direta, o que possibilita o maior contato possível entre o observador e

o fenômeno pesquisado.

Sofre influência da capacidade de Introspecção do observador.

Facilita nos casos em que o informante não pode falar. Ex.: Noções matemáticas em

bebês.

Possibilita colher informações daqueles que são proibidos de expressar o que sentem na

verdade. Neste caso pode ser associada à Pesquisa Feita em Profundidade, na qual ‘entramos’

no mundo que a pessoa criou. Ex.: historinhas infantis que possibilitam a verificação de maus

tratos e abusos.

O treinamento do observador: “Segundo Patton (1980), para realizar as observações é

preciso preparo material, físico, intelectual e psicológico. O observador, diz ele, precisa

aprender a fazer registros descritivos, saber separar os detalhes relevantes dos triviais,

aprender a fazer anotações organizadas e utilizar métodos rigorosos para validar as suas

observações”.

Referência:Ludke & André. O professor e a pesquisa. 1986, p.26

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TEXTO TÉCNICO: O RESUMO

Resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. Resumir um

texto significa reduzi-lo ao seu esqueleto essencial sem perder de vista três elementos:

a. cada uma das partes essenciais do texto;

b. a progressão em que elas se sucedem;

c. a correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.

Muitas pessoas julgam que resumir é reproduzir frases ou partes de frases do texto

original, construindo uma espécie de "colagem". Essa "colagem" de fragmentos do texto original

NÃO É UM RESUMO! Resumir é apresentar, com as próprias palavras, os pontos relevantes

de um texto. A reprodução de frases do texto, em geral, atesta que ele não foi compreendido.

Para elaborar um bom resumo, é necessário compreender antes o conteúdo global do

texto. Não é possível ir resumindo à medida que se vai fazendo a primeira leitura.

É evidente que o grau de dificuldade para resumir um texto depende basicamente de

dois fatores:

a. da complexidade do próprio texto (seu vocabulário, sua estruturação sintático-

semântica, suas relações lógicas, o tipo de assunto tratado etc.);

b. da competência do leitor (seu grau de amadurecimento intelectual, o repertório de

informações que possui, a familiaridade com os temas explorados).

Alguns procedimentos para diminuir as dificuldades de elaboração do resumo:

1. Ler uma vez o texto, ininterruptamente, do começo até o fim: sem a noção do conjunto, é

mais difícil entender o significado preciso de cada uma das partes. Essa primeira leitura deve

ser feita com a preocupação de responder à seguinte pergunta: do que trata o texto?

2. Uma segunda leitura é sempre necessária. Mas esta, com interrupções, com o lápis na mão,

para compreender melhor o significado de palavras difíceis (se preciso, recorra ao dicionário) e

para captar o sentido de frases mais complexas (longas, com inversões, com elementos

ocultos), bem como as conexões entre elas;

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3. Num terceiro momento, tentar fazer uma segmentação do texto em blocos de ideias que

tenham alguma unidade de significação. Em um texto pequeno, normalmente pode-se adotar

como critério de segmentação a divisão em parágrafos. Quando se trata de um texto maior (o

capítulo de um livro, por exemplo) é conveniente adotar um critério de segmentação mais

funcional, o que vai depender de cada texto. Em seguida, com palavras abstratas e mais

abrangentes, tenta-se resumir a ideia ou as ideias centrais de cada fragmento.

4. Dar a redação final com suas palavras, procurando não só condensar os segmentos mas

encadeá-los na progressão em que se sucedem no texto e estabelecer

EXEMPLO:

A Receita Federal brasileira vai iniciar um processo de integração com o fisco dos

demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) para combater as fraudes fiscais

que estão ocorrendo nas operações comerciais feitas entre empresas do bloco econômico.

Com a globalização, os chamados "preços de transferência" se transformaram no

principal alvo das administrações tributárias dos países filiados ao Centro Interamericano de

Administradores Tributários (CIAT). Por esse mecanismo, as empresas conseguem fraudar o

fisco realizando operações de compra e venda com preços que não correspondem ao valor real

dos produtos ou serviços negociados. Em todos os casos, é sempre necessário utilizar um

paraíso fiscal - país que apresenta vantagens e isenções tributárias.

No caso de uma exportação, a empresa vende seu produto por um preço muito baixo, o

que caracteriza uma operação não-lucrativa ( portanto, sem incidência de Imposto de Renda). A

venda é intermediada por uma empresa localizada em um paraíso fiscal, que recoloca o preço

em seu patamar real e conclui a venda ao comprador. O lucro realizado por essa empresa

retorna ao exportador sem ônus fiscal.

Na importação, a operação é inversa. O produto é comprado a um preço elevado,

reajustado em um paraíso fiscal antes de chegar ao seu destino. O importador alega prejuízo

na operação e escapa ao fisco.

"A globalização, que agilizou e sofisticou os negócios entre as empresas, criou

modernas doenças fiscais. Temos que combatê-las", disse o Secretário da Receita Federal do

Brasil, Everardo Maciel, à Folha.

Apenas um trabalho conjunto entre os diversos países do Mercosul poderá extinguir ou,

pelo menos, neutralizar as fraudes fiscais internacionais.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

(Folha de S. Paulo - 18.5.97, com adaptações)

Resumo do texto acima:

A globalização da economia, embora tenha agilizado e sofisticado os negócios entre as

empresas, também criou algumas "doenças", como fraudes fiscais que estão ocorrendo nas

operações comerciais entre empresas do Mercosul. Assim, o Brasil e os países do Mercosul

devem trabalhar em conjunto a fim de extinguir, ou ao menos neutralizar, essas fraudes fiscais

internacionais.

 (SAVIOLI, F.P. & FIORIN, J.L. Para entender o texto. 7 ed. São Paulo. Ática. 1993).

EXERCÍCIO

Proposta de produção textual:

Leia o texto que se segue e, seguindo os passos sugeridos nesta unidade, faça um

resumo de seu conteúdo.

Brasil tem conceito infeliz de que direitos humanos são para bandidos

Extraído de: OAB - Maranhão -  28 de Maio de 2009

Corrupção no serviço público. Violência em áreas rurais e contra povos indígenas.

Grupos de parapoliciais e traficantes que dividem domínio de cidade. Todos esses casos

tiveram exemplos ocorridos de forma sistemática no Brasil em 2008, segundo o Relatório Anual

da Anistia Internacional (organização não governamental que luta por direitos humanos),

divulgado nesta quinta-feira, em Londres (à 1h, horário de Brasília). Para o coordenador da

Anistia Internacional para assuntos brasileiros, o britânico Tim Cahill, "existe um conceito infeliz

no Brasil que é que os direitos humanos só defendem bandidos".

Para Cahill, esse conceito de que só "bandidos" são beneficiados "é popularizado e

utilizado por pessoas que tem interesse em mantê-lo". Com isso, várias ações governamentais

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

no Brasil acabam sendo executadas para satisfazer àqueles que não acreditam nos direitos

humanos.

"Isso ajuda na justificação de adotar políticas de comportamento repressivo, como as

megaoperações no Rio de Janeiro ou a ideia de que os índios ameaçam os interesses

econômicos do Mato Grosso do Sul", diz Cahill. "Se a população percebesse que se todos

tivéssemos os direitos humanos garantidos a economia e a segurança, por exemplo, seriam

melhoradas", completa.(...)

Violência policial

No Rio de Janeiro, as milícias, formadas na maioria das vezes por policiais, e os

traficantes de drogas, que controlam cerca de 170 favelas, disputaram o controle de diversas

partes da cidade. A Anistia lembra que durante as eleições, o Exército precisou ser destacado

para garantir a segurança de candidatos em algumas localidades.

"As milícias são consequência da impunidade. As milícias, hoje, acabam ameaçando a

vida dos moradores e a estrutura democrática do Estado já que estão elegendo até deputados

estaduais", diz Tim Cahill.

Ainda na capital fluminense, o ano foi marcado por diversas incursões de policiais nas

favelas, resultando na morte de várias pessoas. A Anistia diz que o número de homícidios na

cidade diminuiu, mas as pessoas mortas pela polícia em casos registrados como "autos de

resistência" representaram aproximadamente 15% do total de mortes violentas ocorridas entre

janeiro e outubro de 2008. (...)

Corrupção

A Anistia Internacional considera a corrupção no Brasil como uma forma de violação dos

direitos humanos. O relatório anual cita casos como um esquema de desvio de verbas públicas

do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para serviços

contratados por Câmaras municipais.

Para Tim Cahill, o assunto pode ser considerado violência contra a população do país.

"A corrupção é um elemento importante. Ela tira recursos do Estado que são requisitados para

o investimento em desenvolvimento social", disse.

Melhoras

Apesar de não exemplificar no relatório, a Anistia destaca que o Brasil conquistou

algumas vitórias no campo dos direitos humanos.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Tim Cahill cita como conquistas o início do debate pela lei da anistia e a CPI das milícias

no Rio de Janeiro. (...)

Disponível no site http://www.jusbrasil.com.br/noticias/

Acesso em 11/08/09

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

TEXTO TÉCNICO: A RESENHA

Resenhar significa fazer uma relação das propriedades (características, qualidades) de

um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstâncias

que o envolvem.

O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade (um jogo de

futebol, uma comemoração solene, uma feira de livros, etc.) ou textos e obras culturais (um

romance, uma peça de teatro, um filme).

A resenha nunca poderá ser completa e exaustiva, já que são infinitas as propriedades e

circunstâncias que vão envolver o objeto descrito. O resenhador deve, portanto, saber

selecionar os aspectos mais importantes, filtrando apenas aquilo que for funcional para a

mensagem que deseja passar ao leitor.

Podemos imaginar, por exemplo, duas resenhas distintas sobre um mesmo objeto, ou

seja, o treinamento de atletas para uma Copa do Mundo. A primeira destina-se aos leitores de

uma coluna esportiva de um jornal. A outra, ao departamento médico da equipe. O jornalista, na

sua resenha, vai relatar as melhores jogadas, destacando quem fez, durante o treino, uma boa

apresentação, marcando gols, dando dribles, e assim por diante. Já na resenha destinada ao

médico estes dados serão irrelevantes. Pode-se concluir, portanto, que a importância do que se

vai relatar numa resenha depende da finalidade a que ela se presta ou se destina.

A resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação

do resenhador, ou crítica, pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo

juízo crítico de quem a elaborou.

A resenha descritiva consta de:

a) uma parte descritiva, em que se dão informações gerais sobre o objeto analisado. Se for

um livro, por exemplo, o nome do autor, seu título completo, nome da editora, lugar e data da

publicação, e assim por diante. No caso de uma partida esportiva, os times que jogaram, onde

e quando aconteceu, etc.

b) uma parte abrangendo seu conteúdo global. No caso do livro, uma indicação sucinta do

assunto geral da obra e do ponto de vista adotado pelo autor (gênero a que o livro pertence, por

exemplo); inclui também um resumo dos pontos essenciais do texto e seu plano geral. Quanto à

partida, aqui se faz um relato sucinto de seus principais momentos, normalmente com ênfase

no resultado final.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

A resenha crítica abrange este mesmo esquema básico. A diferença é que, neste caso,

entram também os comentários e julgamentos do resenhador sobre as ideias do autor do livro,

do valor da obra, ou sobre a atuação dos jogadores ou as decisões do técnico do time, por

exemplo.

A resenha crítica apresenta as seguintes exigências

1. Conhecimento completo da obra, não deve se limitar à leitura do índice, prefácio e de um ou

outro capítulo.

2. Competência na matéria exposta no livro, bem como a respeito do método empregado.

3. Capacidade de juízo crítico para distinguir claramente o essencial do supérfluo

4. Independência de juízo; o que importa não é saber se as conclusões do autor coincidem com

as nossas opiniões, mas se foram deduzidas corretamente.

5. Correção e urbanidade; respeitando sempre a pessoa do autor e suas intenções.

A descrição do assunto do livro, texto, artigo ou ensaio compreende a apresentação das

ideias principais e das secundárias que sustentam o pensamento do autor. Para facilitar a

descrição do assunto sugere-se a construção dos argumentos por progressão, que consiste no

relacionamento dos diferentes elementos, mas encadeados em sequência lógica, de modo a

haver sempre uma relação evidente entre um elemento e o seu antecedente.

A apreciação crítica deve ser feita em termos de concordância ou discordância, levando

em consideração a validade ou a aplicabilidade do que foi exposto pelo autor.

O que deve constar numa resenha crítica

Devem constar:

O título

A referência bibliográfica da obra

Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

O resumo, ou síntese do conteúdo

A avaliação crítica

Vamos ver como isto se dá na prática analisando o texto que se segue, uma resenha de

um livro.

MEMÓRIA – ricas lembranças de um precioso modo de vida

O Diário de uma garota (Record, Maria Julieta Drummond de Andrade) é um texto que

comove de tão bonito. Nele o leitor encontra o registro amoroso e miúdo dos pequenos nadas

que preencheram os dias de uma adolescente em férias, no verão antigo de 41 para 42.

Acabados os exames, Maria Julieta começa seu diário, anotado em um caderno de capa

dura que ela ganha já usado até a página 49. É a partir daí que o espaço é todo da menina, que

se propõe a registrar nele os principais acontecimentos destas férias para mais tarde recordar

coisas já esquecidas.

O resultado final dá conta plena do recado e ultrapassa em muito a proclamada

modéstia do texto que, ao ser concebido, tinha como destinatária única a mãe da autora, a

quem o caderno deveria ser entregue quando acabado.

E quais foram os afazeres de Maria Julieta naquele longínquo verão? Foram muitos,

pontilhados de muita comilança e de muita leitura: cinema, doce-de-leite, novena, o Tico-Tico,

doce-de-banana, teatrinho, visita, picolés, missa, rosca, cinema de novo, sapatos novos de

camurça branca, o Cruzeiro, bem-casados, romances franceses, comunhão, recorte de

gravuras, Fon-Fon, espiar casamentos, bolinho de legumes, festas de aniversário, Missa do

Galo, carta para a família, dor-de-barriga, desenho de aquarela, mingau, indigestão... Tudo

parecia pouco para encher os dias de uma garota carioca em férias mineiras, das quais

regressa sozinha, de avião.

Tantas e tão preciosas evocações resgatam do esquecimento um modo de vida que é

hoje apenas um dolorido retrato na parede. Retrato, entretanto, que, graças à arte de Julieta,

escapa da moldura, ganha movimentos, cheiros, risos e vida.

O livro, no entanto, guarda ainda outras riquezas: por exemplo, o tom autêntico de sua

linguagem, que, se, como prometeu sua autora, evita as pompas, guarda, não obstante, o

sotaque antigo do tempo em que os adolescentes que faziam diários dominavam os pronomes

cujo/a/os/as, conheciam a impessoalidade do verbo haver no sentido de existir e empregavam,

sem pestanejar, o mais-que-perfeito do indicativo quando de direito...

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Outra e não menor riqueza do livro é o acerto de seu projeto gráfico, aos cuidados de

Raquel Braga. Aproveitando para ilustração recortes que Maria Julieta pregava em seu diário e

reproduzindo na capa do livro a capa marmorizada do caderno, com sua lombada e cantoneiras

imitando couro, o resultado é um trabalho em que forma e conteúdo se casam tão bem casados

que este Diário de uma garota acaba constituindo uma grande festa para seus leitores.

Marisa Lajolo. In: Jornal da Tarde, 18 jan., 1986

O texto é uma resenha crítica, pois nele a resenhadora apresenta um breve resumo da

obra, mas também faz uma apreciação do seu valor (exemplo, 1º período do 1º parágrafo, 3º

parágrafo). Ao comentar a linguagem do livro (6º parágrafo) emite um juízo de valor sobre ela,

estabelecendo um paralelo entre os adolescentes da década de 40 e os de hoje do ponto de

vista da capacidade de se expressar por escrito. No último parágrafo comenta o projeto gráfico

da obra e faz uma apreciação a respeito dele.

A parte descritiva é reduzida ao mínimo indispensável. Apenas o título completo da obra,

a editora e no nome da autora são indicados.

Estamos diante de uma resenha muito bem feita, pois se atém apenas aos elementos

pertinentes para a finalidade a que se destina: informar o público leitor sobre a existência e as

qualificações do livro.

Vejamos, agora, outro exemplo de resenha crítica:

Um gramático contra a gramática

(Gilberto Scarton)

Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM,

1995, 112 páginas), do gramático Celso Pedro Luft, traz um conjunto de ideias que subverte a

ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da

gramática em sala de aula.

Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente,

sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de

ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista,

inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura

prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador, apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e

de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor

gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e

linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos

gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do

irrelevante.

Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim

de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o

leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o

ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano;

um processos espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse

poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do

artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra,

para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.

Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto

pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos

ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação

que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os

professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma

obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.

Comparação entre a resenha descritiva e a resenha crítica:

Os dois textos que se seguem abordam o mesmo assunto, isto é, resenham o mesmo

filme. A diferença é que a primeira é uma resenha descritiva e a segunda, crítica. Vamos tentar

perceber as diferenças entre elas:

a) Resenha descritiva, também chamada sinopse:

O Código da Vinci

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma sinistra

conspiração para revelar um segredo que foi protegido por uma sociedade secreta desde os

tempos de Jesus Cristo. A vítima é o respeitado curador do museu, Jacques Saunière, um dos

líderes dessa antiga fraternidade, o Priorado de Sião, que já teve como membros Leonardo da

Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. Momentos antes de morrer, Saunière consegue deixar uma

mensagem cifrada na cena do crime que apenas sua neta, a criptógrafa francesa Sophie

Neveu, e Robert Langdon, um famoso simbologista de Harvard, podem desvendar. Os dois

transformam-se em suspeitos e em detetives enquanto percorrem as ruas de Paris e de

Londres tentando decifrar um intricado quebra-cabeças que pode lhes revelar um segredo

milenar que envolve a Igreja Católica.

Apenas alguns passos à frente das autoridades e de um perigoso assassino, Sophie e

Robert vão à procura de pistas ocultas nas obras de Da Vinci e se debruçam sobre alguns dos

maiores mistérios da cultura ocidental - da natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do

Santo Graal, até conseguirem decifrar o código que lhes revelará um segredo que surpreenderá

a todos.

Com Tom Hanks, Audrey Tautou, Paul Bettany, Ian McKellen e Jean Reno nos papéis

principais, sob direção de Ron Howard.

b) Resenha crítica

Filme tem elenco ruim e roteiro frágil e burocrático

Sérgio Rizzo (Crítico da Folha)

Primeiro, aos que leram "O Código Da Vinci": a adaptação para cinema não se resume

apenas a jogar fora situações do romance, algo natural diante da impossibilidade de condensar

toda a ação em 140 minutos. Há também uma série de variações - algumas pequenas, outras

mais significativas, sobretudo no final.

Pode ser que o roteirista Akiva Goldsman tenha preferido suas soluções às de Dan

Brown, mas é provável que as alterações sirvam ao objetivo primordial de criar novidades para

quem já conhece a trama e tende a encarar o filme com certa desconfiança.

De qualquer forma, com Goldsman nunca se sabe: depois de perpetrar "Batman e

Robin" (1997) e "Perdidos no Espaço" (1998), ele ganhou o Oscar de roteiro adaptado por

"Uma Mente Brilhante" (2001) e assinou também "A Luta pela Esperança" (2005), os dois

últimos em parceria com o diretor Ron Howard, que o trouxe para "Código".

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

O que era "Uma Mente Brilhante"? Um filme de ator (e que ator: Russell Crowe)

delineado em torno de um só personagem (e que personagem: gênio e maluco em doses

cavalares). "O Código Da Vinci" tem arquitetura mais descentralizada: aventura com ações

paralelas, meia dúzia de personagens relevantes para o encadeamento da trama.

Para complicar, o pano de fundo de almanaque, conduzindo à obrigação de combinar

ingredientes de história, religião e arte. Costumou-se dizer que o livro era um roteiro pronto,

mas aí está o filme para demonstrar o contrário: quando segue o romance ao pé da letra, o

resultado é burocrático e insatisfatório; quando procura escapar dele, frágil.

A escolha do elenco tem sua cota de responsabilidade, claro. Tom Hanks e Audrey

Tautou não foram capazes de fazer por seus personagens o que Ian McKellen e Jean Reno

conseguem, ao usar os traços descritos por Dan Brown para compor figuras de identidade

própria. Já Alfred Molina e Paul Bettany, a turma da Opus Dei, beiram o constrangimento.

Agora, aos que não leram e não pretendem ler: "O Código Da Vinci" procura ser didático

para não deixar ninguém com a sensação de que perdeu um pedaço importante da história. Na

medida em que a correria permite, explica-se o essencial. O problema é que, neste caso, o

essencial talvez seja pouco.

Além disso, a pretensão de deixar tudo muito explicadinho soa escolar, no mau sentido

do termo. Em vez de fluir naturalmente, a narrativa tem "legendas", por meio de diálogos que

contam o que não se viu e de inserções ao estilo PowerPoint que resumem abruptamente

informações e linhas de raciocínio.

E, aos quem não leram o romance e não pretendem ver o filme exclusivamente por

questões de fé: no final das contas, o discurso da adaptação para cinema é carola e inofensivo.

Até a Opus Dei, vilanizada como instituição no livro, recebe tratamento mais moderado, quase

gentil.

Eis um filme com comportamento de candidato que acende uma vela para Deus e outra

para o diabo em tempo de eleição: nem tanto à esquerda nem tanto à direita, muito pelo

contrário. "O Código Da Vinci" quer ficar bem com todo mundo, mas é provável que essa

ambição desmedida lhe renda o castigo de gerar descontentamento em todo mundo.

O Código Da Vinci (The Da Vinci Code)

Direção: Ron Howard - Produção: EUA, 2005

Com: Tom Hanks, Audrey Tautou, Paul Bettany, Ian McKellen, Jean Reno

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Analisando os textos:

Como se pode perceber, na resenha descritiva nos limitamos a fazer uma sinopse do

conteúdo do livro ou filme, ou da atividade realizada, sem nenhum tipo de julgamento de valor.

O objetivo é informar o leitor do conteúdo ou das características do objeto resenhado, sem

influir em sua opinião.

Já na resenha crítica temos um texto bem mais complexo, em que vários elementos do

objeto resenhado são analisado, a fim de embasar as opiniões emitidas. Neste caso, o objetivo

é não apenas informar, mas ajudar a formar a opinião do leitor.

EXERCÍCIOS

Proposta de produção textual:

Escolha um objeto cultural (livro, filme ou peça de teatro) e elabore uma resenha crítica

de acordo com as características textuais vistas nesta unidade.

Observação: este exercício pode ser feito individualmente ou em grupo de, no máximo,

três elementos.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

TEXTO TÉCNICO: RELATÓRIO

O relatório é um documento em que são registrados os resultados de uma experiência,

um procedimento ou uma ocorrência. É usado tanto no setor público como no privado. Veja

algumas situações em que pode ser usado: um gerente de banco pode apresentar a seu

superior um relatório com o número de contas correntes abertas e fechadas no mês,

empréstimos concedidos, etc.; um grupo de pesquisadores pode apresentar ao laboratório que

os emprega um relatório com os resultados dos experimentos sobre um novo remédio; e uma

comissão de parlamentares designados para investigar uma denúncia de corrupção pode

apresentar um relatório com suas conclusões.

Normalmente, o relatório apresenta as seguintes partes:

1. Título: objetivo e sintético.

2. De: designa o remetente.

3. Para: refere-se ao destinatário.

4. Assunto: apresenta o objetivo do trabalho.

5. Referências: fontes de consulta.

6. Texto principal: desenvolvimento do relatório.

7. Conclusões: resumo, resultados, constatações, sugestões.

Pode haver também um vocativo, no início, e local e data, no início ou no final. Também

a assinatura e o cargo do remetente podem ser colocados depois do fecho. A linguagem deve

ser clara, objetiva e concisa e, em geral, segue a variedade padrão formal. Para complementar

o texto é possível acrescentar gráfico, tabela, quadro informativo, descrições, relatos de fatos

ou dados numéricos.

Veja estes exemplos.

Texto 1: (relatório de atividade acadêmica)

A visão de Dom Casmurro

De: FULANO/GRUPO 1

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Para: PROFESSOR DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Objeto: Leitura do livro Dom Casmurro

Referências:

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo, Klick, 1997.

http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/casmurro.

Texto Principal (Resumo do enredo do romance):

O livro foi publicado em 1900 e é um dos romances mais conhecidos de Machado de Assis. O

personagem principal, Bentinho, é destinado à vida sacerdotal em cumprimento a uma antiga

promessa de sua mãe. No entanto, não permanece no seminário, pois não se sente atraído

pelos rituais católicos. Bentinho se apaixona por uma jovem, Capitu, e com ela se casa e tem

um filho - Ezequiel. Esta criança traz problemas futuros ao casal, já que, com a morte do seu

melhor amigo, Escobar, e com a forma estranha de Capitu despedir-se dele somados à

aparência física de Ezequiel com o defunto, Bentinho sente-se cada vez mais enciumado.

Chega ao ponto de planejar o assassinato de Capitu e seu filho (depois se suicidaria), mas não

tem coragem de concretizar o plano. A tragédia dilui-se na separação do casal. Ao final do livro,

Bentinho parece fechar-se cada vez mais em suas dúvidas, passando a ser chamado de

Casmurro por seus amigos e vizinhos. Põe-se, então, a escrever um romance sobre sua vida.

Conclusão: Depreendemos a partir desta leitura que esta obra trabalha com a psicologia do ser

humano, além de revelar uma outra visão da mulher, não aquela vista na sociedade

(semelhante a um anjo), mas à que tem tendências parecidas com as do homem daquela

sociedade novecentista. Há algo ainda a acrescentar: não se pode afirmar, apenas na

experiência de Bentinho, que Capitu realmente o traiu, cabendo ao leitor a sua condenação ou

a sua absolvição.

Texto 2: (relatório de atividade de supervisão)

Timbre da empresa

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

RELATÓRIO

Para: Newton Chaves - Gerente de vendas

De: Lucas Gontijo - Supervisor de vendas

Assunto: Relatório de visitas a pontos-de-venda

Data: 12 de fevereiro de 2003.

Senhor Gerente:

Envio-lhe, anexo, mapa com os pontos-de-venda visitados e avaliação do nosso

atendimento. Embora cada revendedor seja uma realidade única, há alguns aspectos gerais

que passo a destacar a seguir.

1. Atendimento do vendedor. Essa é a principal deficiência da nossa empresa. Falta

qualificação aos nossos vendedores. Alguns compradores queixam-se do tratamento que

recebem do nosso representante. E as visitas não são feitas obedecendo a cronograma

rigoroso.

2. Nossos produtos. Nossos produtos são de boa qualidade e de grande aceitação pelos

clientes que a eles têm acesso. O problema é exatamente o acesso. A exposição da nossa

linha de artigos é deficiente, sobretudo nos médios e grandes supermercados. Ocupamos

poucas frentes nas prateleiras e quase não temos pontas de gôndolas. Alguns itens, como o

Achocolatado Diet, andam quase sumidos.

3. Recomendações:

treinar e até, em alguns casos, substituir vendedores;

intensificar as visitas dos supervisores;

contratar mais degustadoras;

conscientizar o pessoal de todos os níveis das ótimas chances que temos para crescer

muitos pontos na participação das vendas do setor de alimentos enlatados.

Atenciosamente,

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Lucas Gontijo

Supervisor de Vendas

Relatório é um gênero textual em que se expõem os resultados de atividades variadas.

Proposta de elaboração de texto (Relatório)

Reúna-se em grupo, de no máximo cinco integrantes, e produza um relatório de acordo

com as características textuais estudadas.

1ª etapa: leiam o relatório a seguir.

Timbre

RELATÓRIO

Para: Coordenador da 2ª Coordenadoria Regional de Educação

De: Supervisor de Patrimônio

Assunto: Inspeção de cancha de esportes Data: 6 de fevereiro de 2006

Senhor Coordenador:

Estive inspecionando, conforme suas orientações, a cancha de esportes da escola de

Ensino Fundamental São Francisco de Assis, com o objetivo de averiguar a veracidade das

denúncias de pais que apontaram falta de condições físicas do local. Afirmaram os

denunciantes que a cobertura ofereceria perigo às crianças e pessoas que normalmente

circulam nas dependências do citado local. Foram apontados também problemas nos vestiários

e sanitários, como falta de chuveiro e deficiência na ventilação e na iluminação.

Vistoriei o local demoradamente em todas as dependências e constatei o seguinte:

a) Cobertura - A cobertura do imóvel realmente não se encontra em boas condições. Há

várias telhas com rachaduras. A água da chuva (estive no local em dia chuvoso) invade o

ambiente em vários pontos, e inclusive impede a prática de qualquer esporte ou de Educação

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Física em dias de chuva. Todavia, não constatei danos estruturais que possam representar

risco à integridade física dos frequentadores. Recomendo a substituição das telhas danificadas,

sob pena de se deteriorar o madeirame que suporta o telhado e, aí sim, haveria perigo até de

queda da cobertura.

b) Sanitários - Nos banheiros e vestiários constatei falta de alguns chuveiros, lâmpadas

queimadas e vidraças estilhaçadas. É urgente a substituição das lâmpadas queimadas,

reposição dos chuveiros e substituição das vidraças por janelas basculantes, o que resolveria,

inclusive, o problema da ventilação deficiente.

c) Pintura - Também se faz necessária pintura nova em todas as dependências do imóvel,

pois o aspecto atual chega a ser deprimente.

d) Orçamento - O presente relatório segue às mãos de V. Sa. sem o orçamento relativo às

reformas necessárias, como seria recomendável. Assim estou procedendo devido à veemência

das reclamações, possibilitando, dessa forma, que seja dada imediata satisfação aos

denunciantes e à comunidade. O orçamento completo já está sendo elaborado. Encaminhá-lo-

ei assim que estiver concluído.

Atenciosamente,

Jaime Batista

Supervisor de Patrimônio

2ª etapa:

Examine as instalações da Universidade e verifique se há consertos a serem realizados

ou a necessidade de alguma reforma (por exemplo: ampliação da cantina, construção de

quadra de esportes etc.).

A partir do modelo, elabore um relatório registrando o resultado da inspeção. Justifique

com explicações ou até mesmo com argumentos variados as requisições de conserto ou as

sugestões de reforma. Lembre-se de adaptar os dados do cabeçalho. O relatório pode ser

dirigido ao Reitor da Universidade ou a outra autoridade.

Siga, ainda, estas instruções:

Empregue a variedade padrão da língua e não se esqueça de que o texto deve ser

objetivo e a linguagem clara e concisa.

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Page 36: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Antes de entregar o trabalho ao professor, releia o relatório e altere o que for necessário;

avalie se foram colocados o título, o remetente, o destinatário, o assunto, as referências; se o

conteúdo do texto está completo e se há conclusão. Verifique se é necessário colocar o

vocativo, o local e a data, e lembre-se da assinatura dos remetentes.

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Page 37: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

FICHAMENTO: TÉCNICA DE ESTUDO

 

1 Definição

 

O fichamento é uma forma de investigar que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar)

todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. É uma parte importante na

organização da pesquisa de documentos, permitindo um fácil acesso aos dados fundamentais

para a conclusão do trabalho. Esse trabalho facilitará a procura do pesquisador, que terá ao seu

alcance as informações coletadas nas bibliotecas públicas ou privadas, na Internet, ou mesmo

em seu acervo particular, evitando que consulte mais de uma vez a respeito de um determinado

tema, por não conseguir guardar em sua memória todas os dados aos quais teve acesso.

Os registros não são feitos necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de

cartolina pautada. Podem ser feitos em folhas de papel comum, cadernos ou, mais

modernamente, em bancos de dados computadorizados, entre outros. O importante é que eles

estejam bem organizados e de acesso fácil para que os dados não se percam. Existem quatro

tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico por autor, o fichamento bibliográfico por

assunto, o fichamento de transcrição, e o fichamento de resumo/analítico.

 

2 Tipologia

 

2.1 Ficha bibliográfica por autor

 

Conforme o pesquisador vai tomando contato com o material impresso, deve organizá-

lo. Poderá fazê-lo através do fichamento bibliográfico por autor, onde ficarão anotados o nome

do autor (na chamada), o título da obra, edição, local de publicação, editora, ano da publicação,

número do volume se houver mais de um e número de páginas.

Exemplo:

 

001

SCARPARO, M. S. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de

Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.

 

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Page 38: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Vertentes científicas: aspectos históricos, aspectos psicológicos.

Questões jurídicas: questionamentos acerca do embrião humano; o tema no direito brasileiro;

estudos e projetos; o tema no direito internacional.

Legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa; lei espanhola; Recomendação

1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M.

Referências bibliográficas.

 

2.2 Ficha bibliográfica por assunto

 

Esse tipo de fichamento é mais fácil de trabalhar. As instruções indicadas no item

anterior repetem-se aqui, sendo que desta vez o assunto deve estar encabeçando a ficha (na

chamada).

Exemplo:

001 INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

 

SCARPARO, M. S. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de

Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.

Vertentes científicas: aspectos históricos, aspectos psicológicos.

Questões jurídicas: questionamentos acerca do embrião humano; o tema no direito brasileiro;

estudos e projetos; o tema no direito internacional.

Legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa; lei espanhola; Recomendação

1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M.

Referências bibliográficas.

 

2.3 Ficha de transcrição (ou de citação)

 

Este tipo de fichamento serve para que o pesquisador selecione as passagens que

achar mais interessantes no decorrer da obra. É necessário que seja reproduzido fielmente o

texto do autor (cópia literal). Após a transcrição, indica-se a referência bibliográfica cabível, ou

então encabeça-se a ficha com a referência bibliográfica completa da obra e após a(s)

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Page 39: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

citação(ões), coloca(m)-se o(s) número(s) da(s) página(s) de origem. Se o trecho for citado

entre aspas duplas e no seu curso houver uma palavra ou expressão aspeada, estas aspas

deverão aparecer sob a forma de aspas simples (’).

Exemplo:

 

SCARPARO, M. S. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de

Janeiro: Forense Universitária, 1991. 189 p.

 

Eis posicionamento importante, citado pela autora, sobre o início da vida e sua proteção

jurídica: “A personalidade começa com o nascimento com vida, que se verifica quando o feto se

separa completamente do corpo materno. Neste momento é que pode ser objeto de uma

proteção jurídica independente da que concerne à mãe”. (p. 40-41).

 

2.4 Ficha resumo/analítica

 

Uma ficha resumo/analítica consiste numa síntese de um livro, capítulo, trecho ou de

vários livros com a intenção de elaborar um trabalho ordenado de conclusões pessoais ou

mesmo de um grupo. Para fazer uma ficha resumo/analítica é necessário: verificar a indicação

bibliográfica, fazer um esquema, e elaborar o resumo propriamente dito.

A indicação bibliográfica mostra a fonte da leitura; o resumo sintetiza o conteúdo da obra

em redação do próprio fichador e/ou através de transcrições literais, e neste caso, com

indicação parentética da(s) página(s); as citações dizem respeito às transcrições significativas

da obra; a análise crítica do conteúdo lido apresenta as apreciações do fichador, através de

análise e críticas coerentes e cientificamente responsáveis, sustentadas nas ideias do próprio

fichador e/ou em outros textos, os quais serão devidamente referenciados conforme ABNT, no

corpo deste item ou em notas de rodapés da ficha; a ideação coloca em destaque as novas

ideias surgidas frente à leitura reflexiva.

Exemplo: 

SCARPARO, M. S. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos e legais. Rio de Janeiro:

Forense Universitária, 1991. 189 p.

Discutindo os diversos aspectos – biomédicos, psicológicos, bioéticos, religiosos e jurídicos – que

constituem questões fundamentais na abordagem das novas práticas conceptivas, este lançamento da

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Page 40: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Editora Forense Universitária é obra pioneira no Brasil. Como o próprio título sugere, a fertilização

assistida – termo preferível a artificial – ainda é uma questão aberta, suscitando debates e polêmicas nos

vários países em que é praticada. Devido à atualidade do tema e ao significado dos valores éticos e

morais implicados no processo, torna-se cada vez mais necessária a normalização jurídica da matéria, o

que só se verificará a partir de uma ampla discussão entre os especialistas e a difusão de

esclarecimentos e informações à opinião pública, debate para a autora pretende contribuir. O assunto é

tão polêmico que a própria autora salienta: “a adequada abordagem dos aspectos relacionados à

fecundação artificial pressupõe um enfoque interdisciplinar que dê cobertura à multiplicidade das

variáveis e que conduza à convergência para um horizonte amplo a ser abrangido pelo conhecimento

jurídico.” (p. 2)

IDEAÇÃO:

Após a leitura da obra em referência chega-se ao posicionamento de que se faz necessária, no Brasil

como em outras partes do mundo, a criação de leis que venham a dirimir os possíveis conflitos advindos

das novas técnicas de reprodução assistida.

OBSERVAÇÃO:

Em apêndice a obra contém a proteção nacional: Resolução n. 1 do Conselho Nacional de Saúde, de 13

de junho de 1988, sobre as Normas de Pesquisa em Saúde; o tema da Constituinte: Projetos de lei

nacionais. Além disso, traz legislação e jurisprudência internacional: legislação portuguesa, lei espanhola,

Recomendação 1.100 do Conselho da Europa, o caso do Bebê M, estudo do direito comparado.

 

 

Retirado do site: http://www.silviamota.com.br/direito/artigos/fichamento.htm (acesso em fev/10)

EXERCÍCIO

1) Após a leitura do artigo LOGÍSTICA REVERSA: OPORTUNIDADES PARA

REDUÇÃO DE CUSTOS EM DECORRÊNCIA DA EVOLUÇÃO DO FATOR

ECOLÓGICO ( que se encontra no skydrive), faça um fichamento:

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Page 41: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA

A Questão Título X Tema

No cotidiano, as pessoas expõem pontos de vista, defendem ideias, questionam

diversos assuntos, seja oralmente, seja por meio da escrita, procurando convencer o

interlocutor ou leitor de seu ponto de vista. Para isso é importante a organização das ideias na

elaboração de um texto coeso e coerente. Também se deve observar a definição do tema, a

articulação adequada entre os parágrafos e a estruturação do texto em partes relacionadas

entre si.

Leia o texto a seguir e veja como distinguir melhor título e tema:

A ética brasileira

A questão do bom gosto, a meu ver, é tanto de ordem estética quanto ética. O drama

no Brasil é que a sociedade funciona reprimindo qualquer comportamento ético. A moral, os

escrúpulos, sofrem contínuos colapsos no íntimo de cada um de nós, nos pequenos

acontecimentos da vida diária. [...] Uma regra de boa educação, de convivialidade, de

simpatia, no Brasil atual, é um ser mal-educado, violento, escandaloso. Esta bela sociedade

em que vivemos parece impelir tudo à brutalidade e à esculhambação.

MARCELO COELHO.

Folha de S.Paulo, São Paulo, 3 novo 2003. (Fragmento.)

Título: A ética Brasileira

Tema: O comportamento inescrupuloso do brasileiro

Você pôde observar que o título e o tema são diferentes. O título sintetiza a ideia

principal do texto, por isso é mais curto e, normalmente, não possui verbo. Ele é uma "moldura"

do texto e delimita o tema, com uma breve referência ao que vai ser exposto.

Já o tema é o assunto proposto para a discussão; numa atividade de produção de texto,

é o assunto sobre o qual você deverá escrever. Ele geralmente é formado por uma ou mais

orações.

Se em um exercício de redação lhe fosse dado, por exemplo, como título O computador,

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Page 42: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

você deveria selecionar o conteúdo do tema para a discussão, que poderia ser um destes: a

utilização do computador nas empresas revoluciona o mercado de trabalho; a substituição do

homem pela máquina vem aumentando a onda de desemprego; o uso do computador cria

maior fonte de recursos para o trabalho humano; o computador começa uma nova era na

educação; a vida familiar muda com a chegada do computador; a tecnologia abre caminhos

para o avanço da medicina. Esses e muitos outros temas poderiam ser explorados, numa

redação com o título O computador.

O título indica o assunto e individualiza o texto.

O tema é a ideia-núcleo do texto que permite discutir mais de uma posição sobre o

mesmo assunto.

A Montagem da Pesquisa: Escolha do Tema

Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de

pesquisa:

Fatores internos

Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal.

Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa.

O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido.

Fatores Externos

A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores

acadêmicos e sociais.

O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho.

Material de consulta e dados necessários ao pesquisador

Levantamento ou Revisão de Literatura

O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a

disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa.

Este levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações

existentes.

Sugestões para o Levantamento de Literatura

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Page 43: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Locais de coletas

Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares,

instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados.

Registro de documentos

Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de xerox, fotografias ou outro

meio qualquer.

Organização

Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa. O

levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:

a - Nível geral do tema a ser tratado.

Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto.

b - Nível específico a ser tratado.

Relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à

especificidade do tema a ser tratado.

Problema

O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o

tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será

confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa.

Hipótese

Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação categórica

(uma suposição), que tente responder ao problema levantado no tema escolhido para pesquisa.

O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a hipótese (ou suposição)

levantada

Justificativa

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Page 44: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

A justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento

de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo

pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns

indivíduos, de ser comprovada.

Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a

hipótese levantada, ou seja: tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de

pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade

imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.

Objetivos

A definição dos objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização

do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.

Os objetivos podem ser separados em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos.

Metodologia

A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação

desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.

É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista

etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de

tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de

pesquisa.

Esquema do Trabalho

O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final.

Este Esquema é um esboço, podendo ser totalmente alterado durante o

desenvolvimento do trabalho.

Depois de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário do trabalho final.

Exemplo:

Título: Ocupações Marginais no Nordeste Paulista

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Page 45: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

1. Introdução

2. Ocupações marginais

2.1 Conceito de ocupação marginal

2.2 Características das ocupações marginais

2.2.1 Características econômicas

2.2.2 Características sócio-culturais

3 Ocupações marginais e mobilidade social

3.1 Desigualdade social

3.2. Mobilidade social

3.2.1 Modelos explicativos da mobilidade social

3.2.2 A metodologia da mobilidade

3.2.2 Mobilidade e distância social

4. Ocupações marginais na área urbana

4.1 Setor artesanal

4.2 Setor de comércio

4.3 Setor de serviços

5. Ocupações marginais na área rural

5.1 Setor da agricultura

5.2 Setor da pecuária

5.3 Setor de mineração

6. Conclusões

(Referência: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade.

Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991: 155)

A Internet

A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-se de uma rede

mundial de comunicação via computador, onde as informações são trocadas livremente entre

todos.

Sem dúvida, a Internet representa uma revolução no que concerne à troca de

informação. A partir dela, todos podem informar a todos. Mas, se ela pode facilitar a busca e a

coleta de dados, ao mesmo tempo oferece alguns perigos; na verdade, as informações

passadas por essa rede não têm critérios de manutenção de qualidade da informação.

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Page 46: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Explicando melhor: qualquer um pode colocar sua "Homepage" (ou sua Página) na rede.

Vamos supor que um indivíduo coloque sua página na "net" (rede) e o objetivo desta página

seja falar sobre a História do Brasil: ele pode perfeitamente, sem que ninguém o impeça, dizer

que o Brasil foi descoberto "por Diogo da Silva, no ano de 1325". Sendo assim, devemos levar

em conta que toda e qualquer informação colhida na Internet deverá ser confirmada antes de

divulgada.

(Fonte: Prof. Dr  Gilberto  Teixeira)

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Page 47: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

O PROJETO DE PESQUISA

As partes de um projeto de pesquisa são:

Título

Introdução

Material e Métodos

Referências Bibliográficas

Anexos (se necessário)

Cronograma

Orçamento (se for o caso)

TÍTULO

O título deve ser cuidadosamente escolhido, mostrando com clareza exatamente a que o

projeto se refere. O leitor deve ser capaz de através do título, reconhecer a área de estudo e o

tema da pesquisa.

INTRODUÇÃO

Nesta parte, deve-se dissertar, descrever e argumentar, utilizando-se de formas

impessoais.

O conteúdo da introdução deve mostrar:

A motivação para a pesquisa: quais experiências levaram à identificação do problema

que se pretende estudar.

A problematização: a pergunta que se responde através da pesquisa.

A justificativa: a importância e relevância do problema e de seu equacionamento.

Os objetivos: o que se pretende alcançar com o estudo.

A maior parte desses itens deve conter revisão da bibliografia encontrada através do

levantamento bibliográfico prévio da literatura científica relacionada ao tema. Por isto, a

problematização, a justificativa e os objetivos devem estar baseados no "estado da arte"

da área em estudo.

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Page 48: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Os objetivos devem fazer parte da introdução. Em geral, divide-se os objetivos em

gerais e específicos. Os objetivos gerais afirmam com clareza e precisão o que se

pretende estudar. Os objetivos específicos afirmam as diversas hipóteses de trabalho

com suas respectivas variáveis.

MATERIAL E MÉTODOS/METODOLOGIA

Trata-se de um exercício de síntese e de focalização na delimitação do procedimento

investigativo. Nesta parte deve-se utilizar verbos no infinitivo ou futuro para descrever como se

pretende chegar aos objetivos almejados.

Esta parte deve conter os seguintes itens:

Fundamentação teórica dos métodos a serem utilizados.

Descrição da amostra ou sujeitos da pesquisa e como se pretende escolhê-los, isto é, a

técnica de amostragem que se irá utilizar, justificando a escolha.

Descrição dos instrumentos ou materiais a serem utilizados na pesquisa. Isto se refere

aos instrumentos, tais como, equipamentos, questionários, roteiros etc., justificando o

seu desenvolvimento e utilização.

Descrição do procedimento, contendo "passo a passo" de como os sujeitos da pesquisa

irão participar dela e de como e onde utilizará os instrumentos.

REFERÊNCIAS

Trata-se de uma lista dos textos e seus autores, efetivamente citados no texto, tanto na

Introdução quanto no Material e Métodos/ Metodologia. A lista deve ser padronizada, seguindo-

se o modelo da ABNT. (ver módulos sobre organização das referências segundo normas da

ABNT nesta mesma apostila)

FIGURAS, QUADROS, TABELAS E ANEXOS

Transcrição dos instrumentos que serão utilizados, banco de dados ou outros textos

relevantes para a compreensão do problema e do tratamento metodológico.

As figuras, quadros, tabelas e anexos devem seguir uma numeração própria e deve-se

fornecer um título para cada um desses itens. Além disso, devem ter uma explicação ou

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Page 49: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

"chamada" no texto. Os gráficos, fotografias, esquemas etc., são chamados de figuras. As

tabelas sempre contêm dados numéricos, do contrário, são denominados quadros.

 

Retirado do site:

http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=21&texto=1670

Acesso em fevereiro de 2010

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Page 50: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO TRABALHO

Formato O papel branco formato A-4 (padrão internacional), de dimensão 21x29cm, é o indicado pela ABNT para trabalhos de teor didático-científico, devendo ser utilizado apenas um lado e tinta preta.

Fonte Recomenda-se a utilização de fontes Times New Roman ou Arial nos tamanhos 12 para o texto e tamanho 11 para as citações longas e notas de rodapé.

Margens As margens superior e esquerda são de 3cm, e direita e inferior são de 3cm. Os parágrafos são de 2cm a partir da esquerda.

Espaços • O espaço deve ser 1,5 em todo o corpo do texto. • Para os títulos e subtítulos podemos escolher essas opções: - dois espaços duplos antes de cada novo título ou subtítulo; - espaço duplo no corpo do texto, marcando na opção espaçamento antes e depois: 18 pt.

Paginação Numeramos apenas a partir dos elementos textuais, com o numeral em algarismo arábico que deve vir no alto da página, na margem direita. Havendo anexo, as páginas devem ser numeradas, dando sequência à numeração do texto principal.

CitaçãoVocê pode inserir uma citação de um trecho de texto de autor pesquisado em seu

trabalho de duas maneiras:a) No caso de citação curta, ele virá inserida no próprio texto, sem divisão, marcada por aspas e tendo ao final a indicação do autor, da obra e da página de onde foi retirada. b) No caso de citação longa, ela virá destacada do texto do trabalho, sem aspas, em corpo de letra menor, como dito no item “fonte” acima, e recuado 4cm em relação ao texto principal. Ao final, também dever constar a indicação do autor, da obra e da página.Vamos a um exemplo de como fazer a indicação da obra de onde você retirou uma citação. Suponhamos que você faça uma citação do livro abaixo:

JAPIASSU, Hilton F.. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

A indicação de citação deste livro é feita desta maneira:

(JAPIASSU, 1975, p. xxx)

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Page 51: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

O nome do autor vem em maiúsculas, como aparecerá nas referências ao fim do trabalho. Lembrar que todo autor citado no corpo do trabalho tem de constar das referências. A data identifica a que livro você se refere, principalmente se houver mais de um livro do mesmo autor nas referências. E a página (indicada pelo p. ) vai localizar, dentro da obra, onde se encontra o texto que você citou.

Agora, vejamos dois trechos de textos contendo citações incorporadas a ele:

1º. Caso: citação curta (até três linhas), incorporada ao texto, destacada apenas por aspas.

Apesar de longamente aguardado, o instante da criação não vem. A espera não se converte, no caso de Romão, na surpresa do encontro ou, como diz Bachelard, “quando o acontecimento claramente esperado sobrevém – novo paradoxo -, ele nos aparece como uma clara novidade” (BACHELARD, 1988, p. 49).

2º. Caso: citação longa, destacada do texto, sem aspas, em corpo de letra menor e recuada.

Como considerações finais, cumpre ressaltar que um dos aspectos mais importantes a

serem considerados na elaboração de um trabalho acadêmico é a clareza e objetividade do

texto. Assim, não se deve tentar mostrar erudição ao redigir textos com a ordem das frases

invertidas ou com o excessivo emprego de termos arcaicos e pedantes. A leitura do texto deve

fluir agradavelmente, sem ser enfadonha ao leitor. O autor deve ser claro, direto, conciso e

objetivo. É óbvio que essa simplicidade não deve comprometer a qualidade do texto, nem

tampouco justifica o emprego de termos chulos, coloquiais ou mesmo gramaticalmente pobres.

Mas a qualidade fundamental de um bom texto, qualquer que seja ele, é a clareza.

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Voltando a Bachelard, há um trecho em que diz:

...parece-nos incontestável que uma palavra permanece ligada aos mais

longínquos, aos mais obscuros desejos que animam, em suas

profundezas, o psiquismo humano. O inconsciente murmura

ininterruptamente, e é escutando esse murmurar que logramos

apreender-lhe a verdade (BACHELARD, 1988, p. 55).

Page 52: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

A linguagem de um texto científico é impessoal e deverá ser elaborada na terceira

pessoa verbal, em seu valor denotativo, literal, evitando-se a duplicidade de sentidos e

linguagens figuradas. Objetividade e clareza são fundamentais ao construir seu texto científico,

usando a ordem direta e escolhendo as palavras que melhor expressem o que deseja.

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Page 53: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

O ARTIGO CIENTÍFICO DE CONCLUSÃO DE CURSO

1. Definição de Artigo Científico

O artigo é a apresentação sintética, em forma de texto escrito, em um mínimo de 6 e máximo de 15 laudas, dos resultados de investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão. Seu objetivo fundamental é o de ser um meio rápido e sucinto de divulgar e tornar conhecidos a dúvida investigada, o referencial teórico utilizado (as teorias que serviam de base para orientar a pesquisa), a metodologia empregada, os resultados alcançados e as principais dificuldades encontradas no processo de investigação ou na análise de uma questão.

Os problemas/temas abordados nos artigos podem ser os mais diversos: podem fazer parte quer de questões que historicamente são polemizadas, quer de problemas teóricos ou práticos novos.

2. Como dar início ao trabalho

À semelhança do trabalho monográfico, o passo inicial para a redação do artigo é a elaboração de um projeto de pesquisa, visando esclarecer/definir o tema a ser trabalhado, o objeto a ser focalizado na pesquisa, seus objetivos, tanto o geral quanto os específicos, a metodologia de trabalho, bem como a bibliografia básica a ser consultada. Obviamente, por ter menor extensão e exigir maior concisão por parte do autor, o projeto para elaboração de um artigo será necessariamente também mais sucinto do que o de um trabalho monográfico.

3. A estrutura do artigo científico

Por ser um texto de menor extensão, o artigo científico não apresenta mudanças de página em sua estrutura. Ou seja, ele vai em um continuum, da primeira à última página, apresentando os seguintes elementos:

1.Título2. Autor (es)3. Epígrafe (facultativa)4. Resumo e Palavras-chave;5. Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão),6. Notas (opcional)7. Referências.

3.1 . O título

Quanto ao título do artigo, deve ser representativo de seu conteúdo, porém de forma concisa. O título de um trabalho não é seu resumo. Assim, devem ser evitados títulos longos. Um bom título deve conter apenas as palavras essenciais sem, todavia, prejudicar a clareza e entendimento da natureza do trabalho.

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Page 54: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

3.2 . Identificação do(s) autor(es) do artigo

O autor do artigo deve vir indicado do centro para a margem direita. Caso haja mais de um autor, os mesmos deverão vir em ordem alfabética. Após o nome do autor, deve vir sua titulação, bem como instituição à qual se vincula.

3.3 . Epígrafe

Também opcional, constitui-se numa frase ou citação que encabeça uma produção escrita, uma citação de texto ou trecho de texto de autor de relevância para a área ou tema trabalhado no texto monográfico.

3.4 . Resumo e Palavras-chave

O resumo é um elemento obrigatório, constituído de uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, em torno de 250 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a NBR 6028. No resumo, o espaço entrelinhas deve ser simples. Do mesmo modo que no trabalho monográfico, costuma ser solicitada uma versão do resumo em outro idioma, sendo empregados para este em geral o inglês, o francês ou o espanhol.

As palavras-chave são elementos também obrigatórios e devem ser representativas do conteúdo do trabalho, em um número mínimo de três e máximo de cinco.

3.5 . Divisão do Conteúdo

3.5.1. INTRODUÇÃO

A introdução é a apresentação sucinta e objetiva do trabalho, que fornece informações sobre sua natureza, sua importância e sobre como foi elaborado: objetivo, métodos e procedimentos seguidos.

Na introdução, o tema é apresentado e esclarecido aos leitores, são dadas as indicações de leitura do trabalho.

Em outras palavras, é a parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho.

Deve-se mencionar a importância do trabalho, justificando a necessidade de se realizar tal empreendimento

3.5.2 . DESENVOLVIMENTO

As propostas citadas na introdução devem estar desenvolvidas e comprovadas ao longo desta parte do trabalho.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

3.5.3. CONCLUSÃO

A conclusão é a parte em que o autor avalia os resultados obtidos, dando um “fecho” às idéias desenvolvidas ao longo do trabalho.

3.6 . NOTAS

As notas devem vir ao final do trabalho, antes das Referências. São notas explicativas, que se destinam ao registro de comentários adicionais não cabíveis no texto, ou ainda para remeter o leitor a outras partes do trabalho ou a outras obras que tratam da mesma temática. São apresentadas em algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo ou parte.

3.7 . REFERÊNCIAS

Referências são um conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diferentes tipos de materiais. As publicações devem ter sido mencionadas no texto do trabalho e devem obedecer as Normas da ABNT 6023/2000. Trata-se de uma listagem dos livros, artigos e outros elementos de autores efetivamente utilizados e referenciados ao longo do artigo, do mesmo modo do que ocorre no trabalho monográfico.

4. Normas Para Elaboração e Apresentação do Artigo de Conclusão de Curso presentemente adotadas pela Suam

Os trabalhos deverão ser inéditos e conter no mínimo 6 e, no máximo, 15 páginas, em formato A4, fonte Times New Roman, corpo 12, espaço 1,5, parágrafo 1,5 cm, e margens de 3,0 cm.

Na folha inicial, devem constar o título do artigo, o nome completo do autor, sua matrícula e habilitação que está cursando.

Na mesma folha, logo abaixo, devem constar o Resumo, de aproximadamente seis linhas (máximo de 250 palavras), redigido em parágrafo único em espaço simples, e três a cinco palavras-chave.

A numeração, com o numeral em algarismo arábico, deve vir no alto da página, na margem direita. Havendo anexo, as páginas devem ser numeradas, dando seqüência à numeração do texto principal.

Caso o artigo contenha imagens, estas deverão estar digitalizadas em formato TIF, BMP ou JPG, devendo vir em separado, mesmo quando incorporadas ao arquivo texto, com indicação de posicionamento no texto e legendadas.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

As citações bibliográficas deverão seguir o sistema: (autor, data, página), remetendo às referências contidas ao final do trabalho, elaboradas segundo normas da ABNT.

Não devem ser inseridas notas de pé de página. As notas devem vir ao final do trabalho, imediatamente antes das referências bibliográficas.

Citações

Uma citação nada mais é do que a corroboração de uma afirmativa feita pelo autor do texto monográfico através da citação de uma fonte autorizada, ou seja, o texto de um autor de renome na área trabalhada, o resultado de uma pesquisa e assim por diante.

As citações, em um artigo, seguem as mesmas normas das citações inseridas em trabalhos monográficos.

Conclusão

Pretendeu-se neste trabalho proporcionar, de forma muito sintética, mas objetiva e estruturante, uma familiarização com os principais cuidados a ter na escrita de um artigo científico. Para satisfazer este objetivo, optou-se por uma descrição sequencial dos componentes típicos de um documento desta natureza. Faz-se notar, todavia, que ninguém se pode considerar perfeito neste tipo de tarefa, pois a arte de escrever artigos científicos constrói-se no dia a dia, através da experiência e da cultura.

Como nota final, sugerimos a leitura dos artigos científicos das revistas publicadas pela Unisuam, ou seja, Semioses, Augustus, Legis Augustus e Corpus et Sciencia. Todas estão disponível no site da instituição, no link “publicações”, encontrado no item “Pesquisa e Extensão" da página inicial.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

COMO FAZER REFERÊNCIAS: bibliográficas, eletrônicas e demais formas de documentos

Copyright©2000 de Maria Bernardete Martins Alves e Susana M. de Arruda Este documento pode ser copiado e disponibilizado eletronicamente, desde que forma e conteúdo sejam

mantidos.

Atualizada em fev 2007, conforme NBR-6023/2002

1  ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS

1.1 Definição:Referência é conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a sua identificação individual. (NBR 6023, 2002, p. 2).

Nota: "Constitui uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto. Não devem ser referenciados documentos que não citados no texto. Caso haja conveniência de referenciar material bibliográfico não citado, deve-se fazer uma lista própria após a lista de referências sob o título: Bibliografia recomendada."  (NBR 10719, 1989, p. 13).

1.2 Ordenação das referências 1.2.1  As referências podem ter  uma ordenação alfabética, cronológica e sistemática (por assunto). Entretanto neste manual, sugerimos a adoção da ordenação alfabética ascendente. 1.2.2  Autor repetido: Quando se referencia várias obras do mesmo autor, substitui-se o nome do autor das referências subsequentes por um traço equivalente a seis espaços.

1.3.  Aspectos gráficos 1.3.1  Espaçamento: as referências devem ser digitadas, usando espaço simples entre as linhas e espaço duplo para separá-las. 1.3.2  Margem: As referências são alinhadas somente à margem esquerda.

1.3.3   Pontuação: Usa-se ponto após o nome do autor/autores, após o título, edição e no final da

referência; Os dois pontos são usados antes do subtítulo, antes da editora e depois do termo In:; A virgula é usada após o sobrenome dos autores, após a editora, entre o volume e o

número, páginas da revista e após o título da revista; O Ponto e vírgula seguido de espaço é usado para separar os autores; O hífen é utilizado entre páginas (ex: 10-15) e, entre datas de fascículos sequenciais

(ex: 1998-1999); A barra transversal é usada entre números e datas de fascículos não sequenciais (ex:

7/9, 1979/1981);

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

O colchetes é usado para indicar os elementos de referência,  que não aparecem na obra referenciada, porém são conhecidos (ex: [1991]);

O parêntese é usado para indicar série, grau (nas monografias de conclusão de curso e especialização, teses e dissertações) e para o título que caracteriza a função e/ou responsabilidade, de forma abreviada. (Coord., Org., Comp.).   Ex: BOSI, Alfredo (Org.)

As Reticências são usadas para indicar supressão de títulos.     Ex: Anais...

1.3.4  Maiúsculas: usa-se maiúsculas ou caixa alta para: Sobrenome do autor Primeira palavra do título quando esta inicia a referência ( ex.: O MARUJO) Entidades coletivas (na entrada direta) Nomes geográficos (quando anteceder um órgão governamental da administração:

Ex: BRASIL.  Ministério da Educação); Títulos de eventos (congressos, seminários etc.)

1.3.5  Grifo: usa-se grifo, itálico ou negrito, para: Título das obras que não iniciam a referência Título dos periódicos; Nomes científicos, conforme norma própria.

2  AUTORIA

2.1 Autor Pessoal

Nota: "Indicar o sobrenome, em caixa alta, seguido do prenome, abreviado ou não desde que haja padronização neste procedimento, separados entre si por ponto e vírgula seguidos de espaço" (NBR 6023)

2.1.1 Um Autor

SCHUTZ, Edgar. Reengenharia mental: reeducação de hábitos e programação de metas. Florianópolis: Insular, 1997. 104 p.

2.1.2 Dois Autores

SÓDERSTEN, Bo; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed. London: MacMillan, 1994. 714 p.

2.1.3 Três Autores

NORTON, Peter; AITKEN, Peter; WILTON, Richard. A bíblia do programador. Tradução: Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro: Campos, 1994. 640 p.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

2.1.4 Mais de três Autores

BRITO, Edson Vianna, et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático de consulta diária. 6. ed. atual. São Paulo: Frase Editora, 1996. 288 p.

Nota: Quando houver mais de três autores, indicar apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão et al. Em casos específicos tais como projetos de pesquisa científica nos quais a menção dos nomes for indispensável para certificar autoria, é facultado indicar todos os nomes.

2.1.5 Autor Desconhecido

Nota: Em caso de autoria desconhecida a entrada é feita pelo título. o termo “anônimo” não deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido.

PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilson Naveira. Gerência da vida: reflexões filosóficas. 3. ed.  Rio de Janeiro: Record, 1990. 247. p. 212-213.

2.1.6  Pseudônimo:

Nota: Quando o autor da obra adotar pseudônimo na obra a ser referenciada, este deve ser considerado para entrada. Quando o verdadeiro nome for conhecido, deve-se indicá-lo entre colchetes após o pseudônimo.

 ATHAYDE, Tristão de [Alceu Amoroso Lima]. Debates pedagógicos.  Rio de Janeiro:  Schmidt, 1931.

2.1.7 Organizadores, compiladores, editores, adaptadores etc.

Nota: Quando a responsabilidade intelectual de uma obra for atribuída a um organizador, editor, coordenador etc., a entrada da obra é feita pelo sobrenome, seguido das abreviaturas correspondentes entre parênteses. Quando houver mais de um organizador ou compilador, deve-se adotar as mesmas regras para autoria (itens: 2 a 2.1.4)

BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1978. 293p.

 2.1.8  Autor Entidade Coletiva (Associações, Empresas, Instituições).

Nota: Obras de cunho administrativo ou legal de entidades independentes, entrar diretamente pelo nome da entidade, em caixa alta, por extenso, considerando a subordinação hierárquica, quando houver.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico. São Paulo, 1988. 279 p.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. Centro de Estudos em Enfermagem. Informações pesquisas e pesquisadores em Enfermagem. São Paulo, 1916. 124 p.

INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Brasil). Classificação Nacional e patentes. 3. ed. Rio de Janeiro, 1979. v. 9.

Nota: Quando a entidade, vinculada a um órgão maior, tem uma denominação específica que a identifica, a entrada é feita diretamente pelo seu nome. Nomes homônimos, usar a área geográfica, local.  BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliografia do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Divisão de Publicações, 1971.

BIBLIOTECA NACIONAL (Lisboa). Bibliografia Vicentina. Lisboa: [s.n.], 1942.

2.1.9  Órgãos governamentais

Nota: Quando se tratar de órgãos governamentais da administração (Ministérios, Secretarias e outros) entrar pelo nome geográfico em caixa alta (país, estado ou município), considerando a subordinação hierárquica, quando houver.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional. Educação profissional:  um projeto para o desenvolvimento sustentado. Brasília: SEFOR, 1995. 24 p.

2.1.10  Outros tipos de responsabilidade: tradutor, prefaciador, ilustrador, etc.

Nota: Quando necessário, acrescenta-se informações referentes à outros tipos de responsabilidade logo após o título, conforme aparece no documento.

SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolás Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M. Ferreras Tascón, Carlos H. de León Aragón. Varsóvia: Editorial Científica Polaca, 1972. 82 p.

3. IMPRENTA (Local, Editora e Data)

3.1 Local

Nota: nome do local (cidade), deve ser indicado tal como aparece na obra referenciada. Quando houver homônimos, acrescenta-se o nome do estado ou país.

Viçosa, MG Viçosa, RN

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Nota: Quando o Local e a Editora não aparecem na publicação mas é conhecido, indicar entre colchetes.

[São Paulo: Nobel]

Nota: Quando o Local e a Editora não são conhecidos, indicar entre colchetes.

[S. l. : s. n.]

3.2 Editora

Nota: quando o editor é o mesmo autor, não mencioná-lo como editor. Quando houver mais de uma editora, indica-se a que aparecer com maior destaque na folha de rosto, as demais podem ser também registradas com os respectivos lugares. Ex: São Paulo: Nobel

Rio de Janeiro: Makron; São Paulo: Nobel

3.3 Data

Nota: A data de publicação deve ser indicada em algarismos arábicos. Por se tratar de elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja da publicação, da impressão, do copirraite ou outra. Quando a data não consta na obra, registrar a data aproximada entre colchetes.

[1981 ou 1982] Ou seja, a obra foi publicada em um ano ou outro. [1995?] A interrogação indica tratar-se de data provável. [1995] Data presumível, devido a data certa não ser indicada na obra. [entre 1990 e 1998] Neste caso, use intervalos menores de 20 anos. [ca.1978] Indicação de data aproximada. [199-] Década certa, embora não se saiba o ano provável. [199?] Década provável, o que é indicado pelo sinal de interrogação. [19--] Indicação para século certo. [19--?] Indicação para século provável

4 MODELOS DE REFERÊNCIA

4.1 Obras consideradas no todo

AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da edição. Local de Publicação: Editor, ano de publicação. Número de páginas ou volume. (Série). Notas. 

4.1.1  Livros

DINA, Antonio. A fábrica automática e a organização do trabalho. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1987. 132 p.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

4.1.2  Dicionários

AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Delta, 1980. 5 v.

4.1.3  Atlas

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Atlas celeste.  5. ed. Petrópolis: Vozes, 1984. 175 p.

4.1.4  Bibliografias

INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Bibliografia Brasileira de Ciência da Informação: 1984/1986. Brasília: IBICT, 1987

4.1.5  Biografias

SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolás Copérnico: 1473-1973. Tradução de Victor M. Ferreras Tascón, Carlos H. de León Aragón. Varsóvia: Editorial Científica Polaca, 1972. 82 p.

4.1.6 Enciclopédias

THE NEW Encyclopaedia Britannica: micropaedia. Chicago: Encyclopaedia Britannica, 1986. 30 v.4.1.7 Bíblias  

BÍBLIA. Língua. Título da obra. Tradução ou versão. Local: Editora, Data de publicação. Total de páginas. Notas (se houver).

BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueredo. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica, 1980. Edição Ecumênica.

4.1.8  Normas Técnicas  

ORGÃO NORMALIZADOR. Título: subtítulo, número da Norma. Local, ano. volume ou página(s).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003. 3 p.

4.1.10 Dissertações e Teses  

AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Categoria (Grau e área de concentração) - Instituição, local.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 f.. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1989.

4.1.11 Congressos, Conferências, Simpósios, Workshops, Jornadas e outros Eventos Científicos  

NOME DO CONGRESSO. número, ano, Cidade onde se realizou o Congresso. Título… Local de publicação: Editora, data de publicação. Número de páginas ou volume.

Nota:Quando se tratar de mais de um evento, realizados simultaneamente, deve-se seguir as mesmas regras aplicadas a autores pessoais.

4.1.11.1 Jornadas

JORNADA INTERNA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 18., JORNADA INTERNA DE INICIAÇÃO ARTÍSTICA E CULTURAL; 8., 1996, Rio de Janeiro. Livro de Resumos do XVIII Jornada de Iniciação Científica e VIII Jornada de Iniciação Artística e Cultural.  Rio de Janeiro: UFRJ, 1996. 822 p.

4.1.12  Relatórios oficiais

COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR. Departamento de Pesquisa Científica e Tecnológica. Relatório. Rio de Janeiro, 1972. Relatório. Mimeografado.

4.1.13 Relatórios técnico-científicos

SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de; MELHADO, Silvio Burratino. Subsídios para a avaliação do custo de mão-de-obra na construção civil. São Paulo: EPUSP, 1991. 38 p. (Série Texto Técnico, TT/PCC/01).

4.1.14  Referências Legislativas

4.1.14.1  Constituições  

PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Constituição (data de promulgação). Título. Local: Editor, Ano de publicação. Número de páginas ou volumes. Notas.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira).

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Page 64: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

4.1.14.2  Leis e Decretos  

PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto , número, data (dia, mês e ano). Ementa. Dados da publicação que publicou a lei ou decreto.

BRASIL. Decreto n. 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõe sobre documentos e procedimentos para despacho de aeronave em serviço internacional. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 48, p. 3-4, jan./mar.,1. trim. 1984. Legislação Federal e marginália.

BRASIL. Lei n. 9273, de 3 de maio de 1996. Torna obrigatório a inclusão de dispositivo de segurança que impeça a reutilização das seringas descartáveis.  Lex:  Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v. 60, p. 1260, maio/jun., 3. trim.1996. Legislação Federal e marginália.

4.1.14.3 Pareceres  

AUTOR (Pessoa física ou Instituição responsável pelo documento). Ementa, tipo, número e data (dia, mês e ano) do parecer. Dados da publicação que publicou o parecer.

BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Do parecer no tocante aos financiamentos gerados por importações de mercadorias, cujo embarque tenha ocorrido antes da publicação do Decreto-lei n. 1.994, de 29 de dezembro de 1982. Parecer normativo, n. 6, de 23 de março de 1984. Relator: Ernani Garcia dos Santos. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo,  p. 521-522,  jan./mar. 1. Trim., 1984. Legislação Federal e marginália.

4.1.14.4  Portarias, Resoluções e Deliberações  

AUTOR. (entidade coletiva responsável pelo documento). Ementa (quando houver). Tipo de documento, número e data (dia, mês e ano). Dados da Publicação que publicou. 

4.1.14.5 Portarias

BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Desliga a Empresa de Correios e Telégrafos - ECT do sistema de arrecadação. Portaria n. 12, de 21 de março de 1996.  Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, p. 742-743, mar./abr., 2. Trim. 1996. Legislação Federal e marginália.,

4.1.14.6 Resoluções

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Page 65: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Aprova as instruções para escolha dos delegados-eleitores , efetivo e suplente à Assembléia para eleição de membros do seu Conselho Federal. Resolução n. 1.148, de 2 de março de 1984. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, p.425-426, jan./mar., 1. Trim. de 1984. Legislação Federal e marginália.

4.1.14.7 Acórdãos, Decisões, Deliberações e Sentenças das Cortes ou Tribunais  

AUTOR (entidade coletiva responsável pelo documento). Nome da Corte ou Tribunal. Ementa (quando houver). Tipo e número do recurso (apelação, embargo, habeas-corpus, mandado de segurança, etc.). Partes litigantes. Nome do relator precedido da palavra "Relator". Data, precedida da palavra (acórdão ou decisão ou sentença) Dados da publicação que o publicou. Voto vencedor e vencido, quando houver.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Ação Rescisória que ataca apenas um dos fundamentos do julgado rescindendo, permanecendo subsistentes ou outros aspectos não impugnados pelo autor. Ocorrência, ademais, de imprecisão na identificação e localização do imóvel objeto da demanda. Coisa julgada. Inexistência. Ação de consignação em pagamento não decidiu sobre domínio e não poderia fazê-lo, pois não é de sua índole conferir a propriedade a alguém. Alegação de violação da lei e de coisa julgada repelida. Ação rescisória julgada improcedente. Acórdão em ação rescisória n. 75-RJ. Manoel da Silva Abreu e Estado do Rio de Janeiro. Relator: Ministro Barros Monteiro. DJ, 20 nov. 1989. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, v.2, n. 5, jan. 1990. p.7-14.

4.2  Partes de Monografias  

AUTOR da parte. Título da parte. Termo In: Autor da obra. Título da obra. Número da edição. Local de Publicação: Editor , Ano de publicação. Número ou volume, se houver, páginas inicial-final da parte,e/ou isoladas.

4.2.1  Capítulos de livros

NOGUEIRA, D. P. Fadiga. In: FUNDACENTRO. Curso de médicos do trabalho. São Paulo, 1974. v.3, p. 807-813.

4.2.2  Verbetes de Enciclopédias

MIRANDA, Jorge. Regulamento. In: POLIS Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado: Antropologia, Direito, Economia, Ciência Política. São Paulo: Verbo, 1987. v. 5, p. 266-278.

4.2.3  Verbetes de Dicionários:

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

HALLISEY, Charles. Budismo. In: OUTHWAITE, William; BUTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento social do século XX. Tradução de Eduardo Francisco Alves; Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. p. 47-49.

4.2.4 Partes isoladas

MORAIS, Fernando. Olga.  São Paulo: Alfa-Omega, 1979. p. 90, 91, 96, 175, 185.

4.2.5 Bíblia em parte  

Título da parte. Língua. In: Título. Tradução ou versão. Local: Editora, data de publicação. Páginas inicial e final da parte. Notas (se houver).

Jó. Português. In: Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueredo. Rio de Janeiro: Encyclopedia Britânnica, 1980. p. 389-412. Edição Ecumênica. Bíblia. A. T.

4.2.6 Trabalhos apresentados em Congressos, Conferências, Simpósios, Workshops, Jornadas, Encontros  e outros Eventos Científicos.  

AUTOR. Título do trabalho. In: NOME DO CONGRESSO, número, ano, Cidade onde se realizou o Congresso. Título (Anais ou Proceedings ou Resumos…). Local de publicação: Editora, data de publicação. Volume, se houver. Páginas inicial e final do trabalho.

4.2.6.1 Encontros

RODRIGUES, M. V. Uma investigação na qualidade de vida no trabalho. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, 13., Belo Horizonte, 1989.   Anais… Belo Horizonte: ANPAD, 1989. p. 455-468.

4.2.6.2 Reuniões Anuais

FRALEIGH, Arnold. The Algerian of independence. In: ANNUAL MEETING OF THE AMERICAN SOCIETY OF INTERNATIONAL LAW, 61., 1967, Washington. Proceedings… Washington: Society of International Law, 1967. p. 6-12.

4.2.6.3 Conferências

ORTIZ, Alceu Loureiro. Formas alternativas de estruturação do Poder Judiciário. In: CONFERÊNCIA NACIONAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, 11., 1986, Belém. Anais… [S. l.]: OAB, [1986?]. p. 207-208.

4.2.6.4  Workshop

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Page 67: Apostila do projeto integrador i

Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

PRADO, Afonso Henrique Miranda de Almeida. Interpolação de imagens médicas. In: WORKSHOP DE DISSERTAÇÕES EM ANDAMENTO, 1., 1995, São Paulo. Anais…São Paulo: IMCS, USP, 1995. p.2.

4.3 Publicações periódicas

4.3.1 Consideradas no todo

4.3.1.1  Coleções  

TITULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora, ano do primeiro e último volume. Periodicidade. ISSN (Quando houver).

TRANSINFORMAÇÃO. Campinas: PUCCAMP. 1989-1997. Quadrimestral. ISSN: 0103-3786

4.3.1.2  Fascículos  

TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora, volume, número, mês e ano.

  VEJA. São Paulo: Editora Abril, v. 31, n. 1, jan. 1998.

4.3.1.3 Fascículos com título próprio  

TÍTULO DO PERIÓDICO. Titulo do fascículo. Local de publicação (cidade): Editora, volume, número, mês e ano. Notas

GAZETA MERCANTIL. Balanço anual 1997. São Paulo, n. 21, 1997. Suplemento.

EXAME. Melhores e maiores: as 500 maiores empresas do Brasil, São Paulo: Editora Abril. jul. 1997. Suplemento.

4.3.2 Partes de publicações periódicas

4.3.2.1 Artigo de Revista  

AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista, (abreviado ou não) Local de Publicação, Número do Volume, Número do Fascículo, Páginas inicial-final, mês e ano.

ESPOSITO, I. et al. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho e na empresa. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 8, n. 32, p. 37-45, out./dez. 1979.

4.3.2.2 Artigo de jornal

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

 

 AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, Local de Publicação, dia, mês e ano. Número ou Título do  Caderno, seção ou suplemento e, páginas inicial e final do artigo. 

Nota: Os meses devem ser abreviados de acordo com o idioma da publicação, conforme modelo anexo. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data.

OLIVEIRA, W. P. de. Judô: Educação física e moral. O Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 mar. 1981. Caderno de esporte, p. 7.

SUA safra, seu dinheiro. Folha de S. Paulo, São Paulo, 17 ago. 1995. 2. cad. p. 9.

4.4 Outros tipos de documento

4.4.1 Atas de reuniões  

NOME DA ORGANIZAÇÃO. LOCAL. Título e data. Livro, número., páginas, inicial-final.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Central. Ata da reunião realizada no dia 4 de julho de 1997. Livro 50, p. 1.

4.4.2 Bulas ( remédios)  

TÍTULO da medicação. Responsável técnico (se houver). Local: Laboratório, ano de fabricação. Bula de remédio.

NOVALGINA: dipirona sódica. São Paulo: Hoechst, [ 199?]. Bula de remédio.

4.4.3 Cartões Postais  

TÍTULO. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor.

BRASIL turístico: anoitecer sobre o Congresso Nacional - Brasília. São Paulo: Mercador. [198-]. 1 cartão postal: color.

4.4.4  Convênios  

NOME DA PRIMERA INSTITUIÇÃO. Título. local, data.

Nota: A entrada é feita pelo nome da instituição que figura em primeiro lugar no documento. O local é designativo da cidade onde está sendo executado o convênio.

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CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO - CNPQ. Termo de compromisso que entre si celebram o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPQ, por intermédio de sua unidade de pesquisa, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT e a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Florianópolis, 1996.

4.4.5  Discos  

AUTOR (compositor, executor, intérprete). Título. Direção artística (se houver). Local: Gravadora, número de rotações por minuto, sulco ou digital, número de canais sonoros. Número do disco.

DENVER, John. Poems, prayers & promises.  São Paulo: RCA Records, 1974. 1 disco (38 min.): 33 1/3 rpm, microssulco, estéreo. 104.4049.

COBOS, Luís. Suíte 1700: con The Royal Philharmoníc Orchestra. Rio de Janeiro: Sony Music, 1990. 1 disco (45 min.): 33 1/3 rpm, microssulcos, estéreo. 188163/1-467603.

Nota:Caso seja referenciado apenas 1 lado do disco, a indicação deve ser feita pelaabreviatura L. , logo após a data. Em caso de coletânea, entrar pelo título.

TRACY CHAPMAN. São Paulo: Elektra, 1988. L. A, 1 disco (15 min.): 33 1/3rpm, microssulco, estéreo. 670.4170-A.

4.4.6  Discos Compactos (CD - Compact discs)

Nota: A referência de discos compactos (compact discs) difere da do disco comum apenas pela indicação de compacto e pela forma de gravação.

JÓIAS da música. Manaus: Videolar Amazônica: [199?]. v. 1. 1 disco compacto (47 min.): digital, estéreo. DL: M-23206-94. Parte integrante da revista Caras. Os Clássicos dos clássicos.   LUDWIG, Van Beethoven. Beethoven: com Pastoral Emporor Moonlight sonata. São Paulo: movie Play: 1993. 1 disco compact (60 + min.): digital, estéreo. GCH 2404. The Great test Classical Hits .

4.4.7 Entrevistas

Nota: A entrada para entrevista é feita pelo nome do entrevistado. Quando o entrevistador tem maior destaque, entrar por este. Para referenciar entrevistas gravadas, faz-se descrição física de acordo com o suporte adotado. Para entrevistas publicadas em periódicos, proceder como em documentos considerados em parte.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

NOME DO ENTREVISTADO. Título. Referência da publicação. Nota de entrevista

MELLO, Evaldo Cabral de. O passado no presente. Veja, São Paulo, n. 1528, p 9-11, 4 set. 1998. Entrevista concedida a João Gabriel de Lima.

4.4.8  Fitas Gravadas  

AUTOR (compositor, Intérprete). Título. Local: Gravadora, ano. Número e tipo de fitas (duração): tipo de gravação Título de série, quando existir.

PANTANAL. São Paulo: Polygram, 1990. 1 cassete son. (90 min.): estéreo.

4.4.9 Filmes e Vídeos  

TÍTULO. Autor e indicação de responsabilidade relevantes (diretor, produtor, realizador, roteirista e outros). Coordenação (se houver). Local: Produtora e distribuidora, data. Descrição física com detalhes de número de unidades, duração em minutos, sonoro ou mudo, legendas ou de gravação. Série, se houver. Notas especiais.

NOME da rosa. Produção de Jean-Jaques Annaud. São Paulo: Tw Vídeo distribuidora, 1986. 1 Videocassete (130 min.): VHS, Ntsc, son., color. Legendado. Port.

PEDESTRIANT reconstruction. Produção de Jerry J. Eubanks, Tucson: Lawuers & Judges Publishing. 1994. 1 videocassete (40min.): VHS. NTSC, son., color. Sem narrativa. Didático.

4.4.10 Fotografias  

AUTOR (Fotógrafo ou nome do estúdio) Título. Ano. Número de unidades físicas: indicação de cor; dimensões.

Nota:A fotografia de obras de arte tem entrada pelo nome do autor do original, seguido do título e da indicação do nome do fotógrafo, precedido da abreviatura fot. Tratando-se de um conjunto de fotografias com suporte físico próprio como, por exemplo,   um álbum. Esta informação deve preceder o número de fotos.

KELLO, Foto & Vídeo. Escola Técnica Federal de Santa Catarina. 1997. 1 álbum (28 fot.): color.; 17,5 x 13 cm.

4.4.11 Mapas e Globos  

AUTOR. Título. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor, altura x largura. Escala.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

Nota:Ao indicar as dimensões do mapa, transcreve-se primeiro a altura. Referenciar globos como mapas, substituindo o número de unidades físicas pela designação globo e indicando, na dimensão, o diâmetro do globo em centímetros.

SANTA CATARINA. Departamento Estadual de Geografia e Cartografia. Mapa geral do Estado de Santa Catarina. [ Florianópolis], 1958. 1 mapa: 78 x 57 cm. Escala: 1:800:000.

4.4.12  Microfichas

Nota: referenciar como a publicação original, mencionando-se ao final, o número de microfichas e redução, quando houver.

SPINELLI, Mauro. Estudo da motricidade articulatória e da memória auditiva em distúrbios específicos de desenvolvimento da fala. 1973. Tese (Doutorado em voz) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. 3 microfichas.

4.4.13  Microfilmes

Nota: Referenciar como a publicação original, seguida da indicação de unidades físicas e da largura em milímetros. Sendo em negativo, usar a abreviatura neg., após o número de unidades físicas, precedida de dois pontos.

ESTADO, Florianópolis. v. 27, n. 8283-8431. jul./dez. 1941. 1 bobina de microfilme, 35 m.

4.4.14  Slides (diapositivos)  

AUTOR. Título. Local: Produtor, ano. Número de slides: indicação de cor; dimensões em cm.

A MODERNA arquitetura de Brasília. Washington: Pan American Development Foundation, [197?]. 10 slides, color. Acompanha texto.

AMORIM, Hélio Mendes de. Viver ou morrer. Rio de Janeiro: Sonoro-Vídeo, [197?]. 30 slides, color, audiocassete, 95 min.

4.5 Documentos eletrônicos

4.5.1  Arquivo em Disquetes  

AUTOR do arquivo. Título do arquivo. Extensão do arquivo. Local, data. Características físicas, tipo de suporte. Notas.

KRAEMER, Ligia Leindorf Bartz. Apostila.doc. Curitiba, 13 maio 1995. 1 arquivo (605 bytes). Disquete 3 1/2. Word for windows 6.0.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

4.5.2  BBS  

TÍTULO do arquivo. Endereço BBS: , login: , Data de acesso.

HEWLETT - Packard. Endereço BBS: hpcvbbs.cv.hp.com, login: new. Acesso em: 22 maio 1998.

UNIVERSIDADE da Carolina do Norte. Endereço BBS: launch pad. unc.edu. Login: lauch. Acesso em: 22 maio 1998.

4.5.3  Base de Dados em Cd-Rom: no todo  

AUTOR. Título. Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.

INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA - IBICT. Bases de dados em Ciência e Tecnologia. Brasília, n. 1, 1996. CD-ROM.

4.5.4  Base de Dados em Cd-Rom: partes de documentos  

AUTOR DA PARTE. Título da parte. In: AUTOR DO TODO. Título do todo. local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.

PEIXOTO, Maria de Fátima Vieira. Função citação como fator de recuperação de uma rede de assunto. In: IBICT. Base de dados em Ciência e Tecnologia.  Brasília: IBICT, n. 1, 1996. CD-ROM.

4.5.5  E-mail  

AUTOR DA MENSAGEM. Assunto da mensagem. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por < e-mail do destinatário> data de recebimento, dia mês e ano. 

Nota: As informações devem ser retiradas, sempre que possível, do cabeçalho da mensagem recebida. Quando o e-mail for cópia, poderá ser acrescentado os demais destinatários após o primeiro, separados por ponto e vírgula.

MARINO, Anne Marie. TOEFL brienfieng number [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 12 maio 1998.

4.5.6  FTP  

AUTOR (se conhecido) . Título. Endereço ftp: , login: , caminho:, data de acesso.

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Universitária. Current directory is/pub. <ftp:150.162.1.90>, login: anonymous, password: guest, caminho: Pub. Acesso em: 19 maio 1998.

GATES, Garry. Shakespeare and his muse.<ftp://ftp.guten.net/bard/muse.txt> 1 Oct. 1996.

4.5.7   Listas de Discussões

4.5.7.1 Mensagem recebida  

AUTOR da mensagem. Título (Assunto). Nome da lista (se houver). Mensagem disponível em: <endereço da lista> data de acesso.

BRAGA, Hudson. Deus não se agradou dele e de sua oferta. Disponível em: <[email protected]> em: 22 maio 1998.

Nota:Caso trate-se de resposta de terceiros, a entrada dar-se-á pelo nome da mensagem original ou do autor da mensagem.Quando tratar de mensagem - reposta, Re ( Replay) deve preceder o título.

4.5.8  Obras consideradas no todo (On-line)  

AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data. Disponível em: < endereço>. Acesso em: data.

ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de redação e estilo. São Paulo, 1997. Disponível em: <http://www1.estado.com.br/redac/manual.html>. Acesso em: 19 maio 1998.

4.5.9 Publicações Periódicas consideradas no todo (On-line)  

TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. LOCAL (cidade): Editora, volume, número, mês, ano. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, Brasília, v. 26. n.3, 1997. Disponível em : <http://www.ibict.br/cionline>. Acesso em: 19 maio 1998.

4.5.10  Partes de Publicações Periódicas (On-line)

4.5.10.1  Artigos de Periódicos (On-line)  

AUTOR. Título do artigo. Título da publicação seriada, local, volume, número, mês ano. Paginação ou indicação de tamanho. Disponível em: <Endereço.>. Acesso em: data.

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MALOFF, Joel. A internet e o valor da "internetização". Ciência da Informação, Brasília, v. 26, n. 3, 1997. Disponível em: <http://www.ibict.br/cionline/>. Acesso em: 18 maio 1998.

4.5.10.2 Artigos de Jornais (On-line)  

AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente. Disponível em: <Endereço>. Acesso em: data.

TAVES, Rodrigo França. Ministério corta pagamento de 46,5 mil professores. Globo, Rio de Janeiro, 19 maio 1998.  Disponível em:<http://www.oglobo.com.br/>. Acesso em: 19 maio 1998.    UFSC não entrega lista ao MEC. Universidade Aberta: online. Disponível em: <http://www.unaberta.ufsc.br/novaua/index.html>. Acesso em:19 maio 1998.

4.5.11  Homepage  

AUTOR. Título. Informações complementares (Coordenação, desenvolvida por, apresenta..., quando houver etc.). Disponível em:. <Endereço>. Acesso em: data.

ETSnet. Toefl on line: Test of english as a foreign language. Disponível  em: <http://www.toefl.org>. Acesso em: 19 maio 1998.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Universitária. Serviço de Referência. Catálogos de Universidades. Apresenta endereços de Universidades nacionais e estrangeiras. Disponível em: <http://www.bu.ufsc.br>. Acesso em: 19 maio 1998.

4.6 Séries e coleções

Nota :Ao final da referência indicam-se os títulos das Séries e Coleções e sua numeração tal qual figuram no documento, entre parênteses.

PÁDUA, Marsílio. O defensor da paz. Tradução e notas de José Antônio Camargo. Introdução de José Antônio Camargo Rodrigues de Souza; Gregório Francisco Bertolloni. Petrópolis: Vozes, 1997. 701 p. (Clássicos do pensamento político).

4.7 Documentos com notas

São informações complementares acrescentadas no final da referência, sem destaque tipográfico.

4.7.1  Abstracts

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BIER, Ethan. Anti-neural inhibition: a conserved mechanism for neural induction. Cell, Cambridge, v. 89, n. 5, 1997. p. 681-684. Chemical abstracts, Ohio: CAS, v. 127, n. 6. Aug, 1997. p. 409. Abstracts.

4.7.2 Autor desconhecido

PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilson Naveira e. Gerência da vida: reflexões filosóficas. 3. ed. Rio Janeiro: Record, 1990. p. 212-213. Autor desconhecido.

Nota: Em obras cuja autoria é desconhecida, a entrada deve ser feita pelo título. O termo “anônimo” nunca deverá ser usado em substituição ao nome do autor.

4.7.3.  Dissertações e teses

AMBONI, Narcisa de Fátima. Estratégias organizacionais: um estudo de multicasos em sistemas universitários federais das capitais da região sul do país. 1995. 143 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Curso de Pós-graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1995.

LOPES, Heitor Silveira. Analogia e aprendizado evolucionário: aplicação em diagnóstico clínico. 1996. 179 f. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) - Curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1996.

4.7.4  Ensaios

MÉLO, Veríssimo de. Ensaios de antropologia brasileira. Natal: Imprensa Universitária, 1973. 172 p. Ensaio.

4.7.5. Facsimiles

SOUZA, João da Cruz. Evocações. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura, 1986. 404 p. Edição fac-similar.

4.7.6  Notas de aula

KNAPP, Ulrich. Separação de isótopos de urânio conforme o processo Nozzle: curso introdutório, 5-30 de set. de 1977. 26 f. Notas de Aula. Mimeografado.

4.7.7  Reimpressões

PUTNAN, Hilary. Mind, language and reality:  philosophical papers. Cambridge: Cambridge University, 1995. v. 2. Reimpressão.

4.7.8  Notas múltiplas

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Projeto Integrador I – Profa. Alexsandra Machado

DUARTE, Raymundo. Notas preliminares do movimento messiânico de Pau de Colher: comunicação apresentada ao IV Colóquio Internacional de estudos Luso-Brasileiro. Salvador. 1969. Notas prévias. Mimeografado.

4.7.9  Resenhas

WITTER, Geraldina Porto (Org.). Produção científica. Transinformação, Campinas, SP, v. 9, n. 2, p.135-137, maio/ago. 1997. Resenha.

MATSUDA, C. T. Cometas: do mito à ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha de: SANTOS, P. M. Cometa: divindade momentânea ou bola de gelo sujo? Ciência Hoje, São Paulo, v. 5, n. 30, p. 20, abril. 1987.

4.7.10  Trabalhos não publicados

ALVES, João Bosco da Mota; PEREIRA, Antônio Eduardo Costa. Linguagem Forth. Uberlândia, 100 p. Trabalho não publicado

4.7.11 Tradução do original:

AUDEN, W. H. A mão do artista. Tradução de José Roberto O’Shea. São Paulo: Siciliano, 1993. 399 p. Título original: The dyer’s hand.

4.7.12  Tradução feita com base em outra tradução

MUTAHHARI, Murtadã. Os direitos das mulheres no Islã. Tradução por: Editora Islâmico Alqalam. Lisboa: Islâmica Alqalam, 1988. 383 p. Versão inglesa. Original em Persa.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e Documentação - Referências - Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

CÓDIGO de catalogação Anglo-Americano. Brasília: Edição dos tradutores, 1969.

DUPAS, Maria Angélica. Pesquisando e normalizando: noções básicas e recomendações úteis para elaboração de trabalhos científicos. São Carlos: UFSCAR, 1997. 78 p.

ENCONTRO Nacional de normalização de trabalhos técnicos, científicos e culturais. Niterói, 1989. Manual de normalização, Niterói: UFF/NDC, 1992. 300 p.

FERREIRA, Sueli Mara S.P. ; KROEFF, Márcia. Referências bibliográficas de documentos eletrônicos. São Paulo: APB, 1996. 2 v. (Ensaios APB, n. 35-36).

FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicações técnico-científicas.  Belo Horizonte: UFMG, 1990, 168 p. (Coleção Aprender).

KRAEMER, Lígia Leindorf Bartz et al. Referências bibliográficas de informações e documentos eletrônicos: uma contribuição para a prática. Curitiba: [S.n.], 1996.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991

PUCCAMP. Faculdade de Biblioteconomia. Referências bibliográficas: disque-biblio. Campinas, 1997. 15 p.

SAVI, Maria Gorete M. Referências e citações bibliográficas segundo a ABNT. Florianópolis, 1994. Transparências.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ.   Biblioteca Central. Normas para apresentações de trabalhos: referências bibliográficas. 6. ed. Curitiba, 1996. v. 6.

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