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    Apostila De Redao E Produo De Textos

    Prof.a Isabella Kiara

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    REDAO O ESTUDO DA DISSERTAO ARGUMENTATIVA

    A ESTRUTURA DISSERTATIVA

    TESE ARGUMENTAO CONCLUSO

    1o pargrafo

    2o, 3o e 4o pargrafos 5 a 6 linhas

    5 a 6 linhas cada um

    OBS.: Estrutura vlida para um texto dissertativo-argumentativo de, no mnimo, 25 linhas, semcontar o ttulo.

    A Tese (introduo) de uma dissertao deve ser clara, objetiva e concisa. Esta precisaser discutida, argumentada e concluda. Seguem exemplos de teses, visto que uma dasreclamaes dos alunos sempre esta:

    " Professora, eu no sei comear!" Assim, os exemplos ajudaro a resolver esse impasse,dando inmeras possibilidades ao aluno.

    Vale lembrar que na tese deve sempre estar presente a palavra-chave do tema proposto.

    MODELOS DE TESE (INTRODUO)

    1. Uma declarao (tema: liberao da maconha)

    um grave erro a liberao da maconha. Provocar de imediato violenta elevaodo consumo. O Estado perder o precrio controle que ainda exerce sobre as drogas

    psicotrpicas e nossas instituies de recuperao de viciados no tero estrutura suficientepara atender demanda.

    A declarao a forma mais comum de comear um texto. Procure fazer uma declarao forte,capaz de surpreender o leitor.

    2. Diviso (tema: excluso social)Predominam ainda no Brasil duas convices errneas sobre o problema da excluso social: ade que ela deve ser enfrentada apenas pelo poder pblico e a de que sua superao envolvemuitos recursos e esforos extraordinrios. Experincias relatadas nesta Folha mostram queo combate marginalidade social em Nova Iorque vem contando com intensivos esforos do

    poder pblico e ampla participao da iniciativa privada.

    Ao dizer que h duas convices errneas, fica logo clara a direo que o pargrafo vai tomar.O autor ter de explicit-lo na frase seguinte.

    5o pargrafo 5 a 6 linhas

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    3. Definio (tema: o mito)

    O mito, entre os povos primitivos, uma forma de se situar no mundo, isto , de encontraro seu lugar entre os demais seres da natureza. um modo ingnuo, fantasioso, anterior atoda reflexo e no crtico de estabelecer algumas verdades que no s explicam parte dosfenmenos naturais ou mesmo a construo cultural, mas que do, tambm, as formas da ao

    humana.

    A definio uma forma simples e muito usada em pargrafos chave, sobretudo em textosdissertativos. Pode ocupar s a primeira frase ou todo o primeiro pargrafo.

    4. Uma pergunta (tema: a sade no Brasil)

    Ser que com novos impostos que a sade melhorar no Brasil? Os contribuintes j estocansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece no ter fim. A cada ano,somos lesados por novos impostos para alimentar um sistema que s parece piorar.

    A pergunta no respondida de imediato. Ela serve para despertar a ateno do leitor para otema e ser respondida ao longo da argumentao.

    5. Comparao (tema: reforma agrria)

    O tema da reforma agrria est presente h bastante tempo nas discusses sobre osproblemas mais graves que afetam o Brasil. Numa comparao entre o movimento pelaabolio da escravido no Brasil, no final do sculo passado, e o movimento atualmente pelareforma agrria podemos perceber algumas semelhanas. Como na poca da abolio daescravido existiam elementos favorveis e contrrios a ela, tambm hoje h os que so afavor e os que so contra a implantao da reforma agrria.

    Para introduzir o tema da reforma agrria, o autor comparou a sociedade de hoje com a do finaldo sculo XIX, mostrando a semelhana de comportamento entre elas.

    6. Oposio (tema: a educao no Brasil)De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo. De outro,gastos excessivos com computadores, antenas Wi-Fi, aparelhos de DVD. este o paradoxoque vive hoje a educao no Brasil.

    As duas primeiras frases criam uma oposio (de um lado/de outro) que estabelecer o rumoda argumentao.

    7. Aluso histrica (tema: globalizao)

    Aps a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste/oeste e o mundo pareceter aberto de vez as portas para a globalizao. As fronteiras foram derrubadas e a economia

    entrou em rota acelerada de competio.O conhecimento dos principais fatos histricos ajuda a iniciar um texto. O leitor situado notempo e pode ter uma melhor dimenso do problema.

    8. Uma frase nominal seguida de explicao (tema: a educao no Brasil)

    Uma tragdia. Essa a concluso da prpria Secretaria de Avaliao e InformaoEducacional do Ministrio da Educao e Cultura sobre o desempenho dos alunos do 3o anodo Ensino Mdio

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    submetidos ao Saeb (Sistema de Avaliao da Educao Bsica), que ainda avaliouestudantes em todas as regies do territrio nacional.

    A palavra tragdia explicada logo depois, retomada por essa a concluso.

    9. Adjetivao (tema: a educao no Brasil)

    Equivocada e pouco racional. Esta a verdadeira adjetivao para a poltica educacional dogoverno.

    A adjetivao inicial ser a base para desenvolver o tema. O autor dir, nos pargrafosseguintes, por que acha a poltica educacional do governo equivocada e pouco racional.

    10. Citao (tema: poltica demogrfica)

    "As pessoas chegam ao ponto de uma criana morrer e os pais no chorarem mais, trazerema criana, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem embora". O comentrio dofotgrafo Sebastio Salgado, falando sobre o que viu em Ruanda, um acicate no estado deletargia tica que domina algumas naes do Primeiro Mundo.

    A citao inicial facilita a continuidade do texto, pois ela retomada pela palavra comentrio dasegunda frase.

    11. Citao de forma indireta (tema: consumismo)

    O terico Joaquim Nabuco, em sua comiserao pelo escravo brasileiro, disse que este s tema prpria morte. O movimento brasileiro antiescravista, quando j fortalecido, deixou bem claraessa pungente acusao nas palavras dos abolicionistas.

    Esse recurso deve ser usado quando no sabemos textualmente a citao. melhor citar deforma indireta que de forma errada.

    12. Exposio de ponto de vista (tema: o provo)

    O ministro da Educao se esfora para convencer de que o provo fundamental para amelhoria da qualidade do ensino superior. Para isso, vem ocupando generosos espaos namdia e fazendo milionria campanha publicitria, ensinando como gastar mal o dinheiro quedeveria ser investido na educao.

    Ao comear o texto com a opinio contrria, delineia-se, de imediato, qual a posio dosautores. Seu objetivo ser refutar os argumentos do opositor, numa espcie de contraargumentao.

    13. Retomada de um provrbio (tema: mdia e tecnologia)

    O corriqueiro adgio de que o pior cego o que no quer ver se aplica com perfeio naanlise sobre o atual estgio da mdia: desconhecer ou tentar ignorar os incrveis avanostecnolgicos de nossos dias, e supor que eles no tero reflexos profundos no futuro dos

    jornais simplesmente impossvel.

    Sempre que voc usar esse recurso, no escreva o provrbio simplesmente. Faa umcomentrio sobre ele para quebrar a ideia de lugar-comum que todos eles trazem. No exemploacima, o autor diz "o corriqueiro adgio" e assim demonstra que est consciente de que estpartindo de algo por demais conhecido.

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    14. Ilustrao (tema: aborto)

    O Jornal do Comrcio de Manaus publicou um anncio em que uma jovem de dezoito anos, jme de duas filhas, dizia estar grvida, mas no queria a criana. Ela a entregaria a quem sedispusesse a pagar sua ligao de trompas. Preferia dar o filho a ter que fazer um aborto. Otema tabu no Brasil.(...)

    Voc pode comear narrando um fato para ilustrar o tema. Veja que a coeso do pargrafoseguinte se faz de forma fcil; a palavra tema retoma a questo que vai ser discutida.

    15. Uma sequncia de frases nominais (frases sem verbo) (tema: a impunidade no Brasil)

    Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clnica do Rio. Meia centenade mortes numa clnica de hemodilise em Caruaru. Chacina de sem-terra em Eldorado dosCarajs. Muitos meses j se passaram e esses fatos continuam impunes.

    O que se deve observar nesse tipo de introduo so os paralelismos que do equilbrio sdiversas frases nominais. A estrutura de cada frase deve ser semelhante.

    16. Aluso a um romance, um conto, um poema, um filme (tema: a intolerncia)

    Quem assistiu ao filme A rainha Margot, com a deslumbrante Isabelle Adjani, ainda deve ter osfatos vivos na memria. Na madrugada de 24 de agosto de 1572, as tropas do rei de Frana,sob ordens de Catarina de Mdicis, a Rainha Me e verdadeira governante, desencadearamuma das mais tenebrosas carnificinas da Histria. Desse horror a Histria do Brasil est

    praticamente livre(...)

    O resumo do filme A rainha Margot serve de introduo para desenvolver o tema daintolerncia religiosa. A coeso com o segundo pargrafo d-se atravs da palavra horror, quesintetiza o enredo do filme contado no pargrafo inicial.

    17. Descrio de um fato de forma cinematogrfica (tema: violncia urbana)

    Madrugada de 11 de agosto. Moema, bairro paulistano de classe mdia. Choperia Bodega- um bar da moda, frequentado por jovens bem-nascidos. Um assalto. Cinco ladres. Todostruculentos. Duas pessoas mortas: Adriana Ciola, 23, e Jos Renato Tahan, 25. Ela, estudante.Ele, dentista. A populao clama por justia diante de tanta violncia(...)

    O pargrafo desenvolvido por flashes, o que d agilidade ao texto e prende a ateno doleitor. Depois desses dois pargrafos, o autor fala da origem do movimento "Reage So Paulo".

    18. Omisso de dados identificadores (tema: tica)

    Mas o que significa, afinal, esta palavra, que virou bandeira da juventude? Com certeza no algo que se refira somente poltica ou s grandes decises do Brasil e do mundo. Segundo

    Tarcsio Padilha, tica um estudo filosfico da ao e da conduta humanas cujos valoresprovm da prpria natureza do homem e se adaptam s mudanas da histria e da sociedade.

    A ARGUMENTAO

    O desenvolvimento a parte mais extensa do texto dissertativo. Compreende osargumentos (evidncias, exemplos, justificativas etc.) que do sustentao tese ideiacentral

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    apresentada no primeiro pargrafo. O contedo dos pargrafos de desenvolvimentodeve obedecer a uma progresso: repetir ideias mudando apenas as palavras resulta emredundncia. preciso encadear os enunciados de maneira que se completem (cadaenunciado acrescentar informaes novas ao anterior). Deve-se tambm evitar a reproduode clichs, frmulas prontas e frases feitas recursos que enfraqueam a argumentao.

    Cabe lembrar, ainda, que a adequada utilizao de seu repertrio cultural serdeterminante para diversificar e enriquecer seus argumentos. Observe alguns exemplos deargumentao:

    Tema: Televiso

    Argumentao por exemplificao

    J foi criada at uma campanha "Quem financia a baixaria contra a cidadania" para que sejam divulgados os nomes das empresas que anunciam nos programas que maisrecebem denncias de desrespeito aos direitos humanos. O mais importante nessa iniciativa que a participao da sociedade, que pode abandonar a passividade e interferir na qualidade

    da programao que chega s casas dos brasileiros.Argumentao histrica

    Quem assiste TV hoje talvez nem imagine que seu compromisso inicial, quando chegouao pas, h pouco mais de meio sculo, fosse com educao, informao e entretenimento.No se pode negar que ela evoluiu transformou-se na maior representante da mdia, mas emcontrapartida esqueceu-se de educar, informa relativamente e entretm de maneira discutvel.

    Argumentao por constatao Para alm daquilo que a televisoexibe, deve-se levar em conta tambm seu papel social. Quem h no renunciou um encontrocom amigou ou a um passeio com a famlia para no perder a novela ou a participao dealgum artista num programa de auditrio? Ao que tudo indica, muitos tm elegido a tev comocompanhia favorita.

    Argumentao por comparao

    Enquanto pases com Inglaterra e Canad tm leia que protegem as crianas daexposio ao sexo e violncia na televiso, no Brasil no h nenhum controle efetivo sobre aprogramao. No de surpreender que muitos brasileiros estejam defendendo alguma formade censura sobre a TV aberta.

    Argumentao por testemunho

    Conforme citado pelo jornalista Nelson Hoineff, "o que a televiso tem de mais fascinantepara quem a faz justamente o que ela tem de mais nocivo para quem a v: sua capacidade

    aparentemente infinita de massificao". De fato, mais de 80% da populao brasileira temesse veculo como principal fonte de informao e referncia.

    A CONCLUSO DO TEXTO DISSERTATIVO

    Quando elaboramos uma dissertao, temos sempre um objetivo definido: defender umaideia, um ponto de vista. Para tanto, formulamos uma tese interessante, que ser desenvolvidacom eficientes argumentos, at atingir a ltima etapa da estrutura dissertativa: a concluso.

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    Assim, as ideias devem estar articuladas numa sequncia que conduza logicamente ao final dotexto.

    No h um modelo nico de concluso. Cada texto pede um determinado tipo defechamento, a depender do tema, bem como do enfoque escolhido pelo autor. Em textos comteor informativo, por exemplo, caber a concluso que condense as ideias consideradas. J no

    caso de textos cujo contedo seja polmico, questionador, ser apropriada uma concluso que

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    proponha solues ou trace perspectivas para o tema discutido.

    Observe alguns dos procedimentos adequados para se concluir um texto dissertativo:

    Sntese da discusso apropriada para textos expositivos, limita-se a condensar asideias defendidas ao longo da explanao.

    Retomada da tese a confirmao da ideia central. Refora a posio apresentada noincio do texto. Deve-se, contudo, evitar a redundncia ou mera repetio da tese.

    Proposta(s) de soluo partindo de questes levantadas na argumentao, consiste nasugesto de possveis solues para os problemas discutidos.

    Com interrogao (retrica) s deve ser utilizada quando trouxer implcita a crticaprocedente, que instigue a reflexo do leitor. preciso evitar perguntas que repassem ao leitora incumbncia de encontrar respostas que deveriam estar contidas no prprio texto.

    DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO

    nhtmb b... Emi. m.

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    10 Erros Mais Comuns Em Redao De Vestibular

    1) Fugir do tema: Se voc fugir do tema sua nota deredao ser zero! Leia com ateno a proposta e grife nos textos de base e quais as palavrasmais importantes do tema.

    2) Errar o gnero do texto solicitado: Ser original no quer dizerque voc pode contradizer as regras do jogo. Se te pediram uma dissertao e voc escreveuuma poesia, vai tirar zero! Dissertao = texto argumentativo, defesa de uma tese. Narrao= escrita em prosa (pargrafos) que contam uma histria com cenrio, personagens, enredoe desenlace. Carta = texto destinado a algum com objetivo e argumentos explcitos no texto(reclamao, solicitao, elogio) e despedida final.

    3) Texto estilo autoajuda: A dissertao no um batepapo com o leitor e no pode ser interativa, diz Zez. Segundo ela, comum candidatos queusam a estrutura lingustica tpica de livros de autoajuda que incluem, por exemplo, a palavravoc.

    4) Argumentos frgeis, chaves e senso comum: Uma boa dissertao gnero mais comum nos vestibulares exige argumentos e explicao slidas e originais.Fuja como o diabo da cruz de quem diz que o trabalho empobrece o homem e prefira estarantes s do que mal acompanhado. Usas essas frases feitas s empobrece o seu texto eenfraquece o seu argumento.

    5) Coeso e coerncia fundamental: comum escrever umalista de informaes e argumentos antes de criar seu texto, mas as informaes no podemaparecer jogadas no texto, selecione as melhores e crie uma evoluo de sua argumentao.Muito cuidado para no se contradizer, importante falar de mais de um aspecto da questo,mas voc deve apresentar uma concluso definitiva.

    6) Errar a grafia ou concordncia das palavras: Frases desestruturadaspodem comprometer a redao porque a leitura no flui. Em casos de erros crassos, h perdade pontos.

    7) Usar verbos no imperativo: Expresses como faa suaparte ou todos juntos conseguiremos demonstram uma inteno de dilogo com o leitor. Sevoc quer uma boa nota na redao no fuja da discusso exigida na dissertao, no joguepara o leitor a responsabilidade de refletir. Essa responsabilidade sua!

    8 ) Mesclar pessoas gramaticais: Comear o texto usando nsprecisamos, mudar para a terceira pessoa eles querem, e encerrar usando eu acredito, outro erro comum. Isto mostra que o aluno no conseguiu criai uma linha de raciocnio nica.

    9) Linguagem coloquial, grias ou clichs: Evite-os a todo custo.Mesmo colocando-os entre aspas, para dizer que voc sabe que uma gria, significa quevoc no sabe um sinnimo disso na norma culta.

    10) Letra ilegvel: Vestibular no concurso decaligrafia, mas se o professor que corrigir o seu texto no entender o que voc escreveu voccom certeza vai perder pontos. Para isso que existe o rascunho. Mas se mesmo assim, ao

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    passar a limpo o texto voc errar, risque a palavra inteira e reescreva corretamente a seguir,no tente transformar um e em um o. Limpeza e organizao sempre!

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    A Esttica de uma Redao (Adilson Torquato)

    Nunca comece uma redao com perodos longos. Basta fazer uma frase-ncleo que ser asua ideia geral a ser desenvolvida nos pargrafos que se seguiro;

    Nunca coloque uma expresso que desconhea, pois o erro de ortografia e acentuao oque mais tira pontos em uma redao;

    Nunca use grias na redao pois a dissertao a explicao racional do que vai serdesenvolvido e uma gria pode cortar totalmente a sequncia do que vai ser desenvolvido almde ofender a norma culta da Lngua Portuguesa;

    Nunca esquea dos pingos nos "is" pois bolinha no vale (nem coraozinho);

    Nunca coloque vrgulas onde no so necessrias (o que tem de erro de pontuao!);

    Nunca entregue uma redao sem verificar a separao silbica das palavras;

    Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel;

    Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte frase ncleo para orientar seus

    argumentos;

    Verifique sempre a ESTTICA: Pargrafo, acentuao, vocabulrio, separao silbica eprincipalmente a PONTUAO que a maior dificuldade de quem escreve e a maioria achaque to fcil pontuar !

    Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante sem diminuir aletra no final da redao para ganhar mais espao ou aumentar para preencher espao;

    A letra tem que ser visvel e compreensvel para quem l;

    Prepare sempre um esquema lgico em cima da estrutura intrnseca e extrnseca;

    No inicie nem termine uma redao com expresses do tipo: "... Eu acho... Parece ser...

    Acredito mesmo... Quem sabe..." mostra dvidas em seus argumentos anteriores;

    Cuidado com "superlativos criativos" do tipo: "... mesmamente... apenasmente." . Ede "neologismos incultos" do tipo: "...imexvel... inconstitucionalizvel...".

    Nada de n parecido com r;

    Nada de s parecido com j;

    Nada de j com cara de s ou vice-versa;

    Nada de y com cara de g e vice-versa; Nada de m com cara de n;

    Nada de sc com cara de x e vice-versa;

    Nada de t com cara de f;

    Nada de com cara de ss;

    Nada de bolinha nos is;

    Nada de h com cara de m maisculo;

    Nada de letra maiscula onde deveria ser minscula exceto se a norma pedir;

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    Nada de rr com cara de m ou vice-versa;

    Procure fazer uma letra manuscrita, a de forma confunde muito, ocupa espao e no se podedistinguir a CAIXA ALTA da BAIXA;

    No escreva palavras com dvida de grafia;

    No acelere o ritmo para acabar logo nem demore demais para no perder tempo; No exceda em reticncias, ponto e vrgula, dois pontos e vrgula sem necessidade;

    No ultrapasse as margens do papel tanto nas laterais quanto no topo e no fim da pauta. Paraisto existem as faixas de limite do papel;

    COESO E COERNCIA TEXTUAL (www.educacional.com.br)

    COERNCIA

    Um texto pode ser incoerente se o seu autor no consegue inferir um sentido ou umaideia atravs da articulao de suas frases e pargrafos e por meio de recursos lingusticos(pontuao, vocabulrio, etc.).

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    A coerncia textual a relao lgica entre as ideias; o resultado da no contradioentre as partes do texto.

    As crianas esto morrendo de fome por causa da riqueza do pas. Adoro sanduche porqueengorda.

    As frases acima so contraditrias, no apresentam informaes claras, portanto, soincoerentes.

    COESO

    a ligao, a relao, a conexo entre as palavras, expresses ou frases do texto.

    Comprei um livro que me foi muito til para realizar a prova. Comprei um livro. O livro me foimuito til para realizar a prova.

    Conheci o pai da Joana, que me pareceu muito inteligente. Quem inteligente: o pai ouCelina? Neste caso, a variao do pronome que exclui a ambiguidade.

    Conheci o pai da Joana, o qual me pareceu muito inteligente. Conheci o pai da Joana, a qual

    me pareceu muito inteligente.Os automveis colocados venda durante a exposio no obtiveram muito sucesso.

    Isso talvez tenha ocorrido porque os carros no estavam em um lugar de destaque no evento.

    O Rio de Janeiro uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade maravilhosa conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade e carnaval.

    H diversas formas de se garantir a coeso entre os elementos de uma frase ou de umtexto:

    Substituio de palavras com o emprego de sinnimos ou de palavras ou expresses demesmo campo associativo.

    Nominalizao emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivocorrespondente (desgastar / desgaste / desgastante).

    Repetio na ligao semntica dos termos, empregada como recurso estilstico de intenoarticulatria, e no uma redundncia - resultado da pobreza de vocabulrio. Por exemplo,Grande no pensamento, grande na ao, grande na glria, grande no infortnio, ele morreudesconhecido e s. (Rocha Lima)

    Uso de hipnimos relao que se estabelece com base na maior especificidade dosignificado de um deles. Por exemplo, mesa (mais especfico) e mvel (mais genrico).

    Emprego de hipernimos - relaes de um termo de sentido mais amplo com outros de

    sentido mais especfico. Por exemplo, felino est numa relao de hiperonmia com gato. Substitutos universais - Necessito viajar, porm s o farei no ano vindouro.

    A coeso apoiada na gramtica d-se no uso de conectivos, como certos pronomes,certos advrbios e expresses adverbiais, conjunes, elipses, entre outros.

    1) A coeso textual pode ser feita atravs de termos que:

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    retomam palavras, expresses ou frases j ditas, atravs de pronomes, verbos, numerais,advrbios, substantivos, adjetivos.

    encadeiam partes ou segmentos do texto: so palavras ou expresses que criam as relaesentre os elementos do texto.

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    a) fazem uma gradao na direo de uma concluso: "at", "mesmo", "inclusive"etc.; b) argumentam em direo a concluses opostas: "caso contrrio", "ou", "ouento", "quer... quer"; etc.; c) ligam argumentos em favor de uma mesmaconcluso: "e", "tambm", "ainda", "nem", "no s... mas tambm" etc.; d) fazemcomparao de superioridade, de inferioridade ou igualdade: "mais... do que", "menos...

    do que", "tanto... quanto", etc.; e) justificam ou explicam o que foi dito: "porque", "jque", "que", "pois" etc.; f) introduzem uma concluso: portanto, logo, por conseguinte, pois,etc.; g) contrapem argumentos: "mas", "porm", "todavia", "contudo", "entretanto", "noentanto", "embora", "ainda que" etc.; h) indicam uma generalizao do que j foi dito: "defato", "alis", "realmente", "tambm" etc.; i) introduzem argumento decisivo: "alis", "almdisso", "ademais", "alm de tudo" etc.; j) trazem uma correo ou reforam o contedo do jdito: "ou melhor", "ao contrrio", "de fato", "isto ", "quer dizer", "ou seja", etc.; l) trazem umaconfirmao ou explicitao: "assim", "dessa maneira", "desse modo", etc.; m) especificam ouexemplificam o que foi dito: "por exemplo", "como", etc.

    2) Os elementos coesivos por justaposio estabelecem a sequncia do texto:

    a) introduzem o tema ou indicam mudana de assunto: "a propsito", "por falar nisso", "masvoltando ao assunto", etc.; b) marcam a sequncia temporal: "cinco anos depois", "um poucomais tarde", etc.; c) indicam a ordenao espacial: " direita", "na frente", "atrs", etc.; d)indicam a ordem dos assuntos do texto: "primeiramente", "a seguir", "finalmente", etc.

    O Rascunho

    Ao estruturar o esquema da redao, voc ter facilitado sobremaneira o seu trabalho epassar, ento, para a feitura da redao provisria, o rascunho.

    Desenvolva o rascunho a partir do esquema. Na redao provisria, voc deve usarabreviaes e no deve se preocupar com a esttica da letra. A parte de apresentao s tem

    importncia no momento da redao definitiva.Releia vrias vezes a redao provisria, modifique, tente outras construes, verifique

    a logicidade das ideias apresentadas, retire palavras muito usadas, crie novas comparaes emetforas. O esprito crtico sobre o rascunho importantssimo.

    Falta de ideias? Coisa nenhuma. Na hora de fazer uma redao, o maior problema dos alunosparece ser mesmo a... preguia.

    Pois . O pessoal quer se sentar mesa e "psicografar" um texto em uma hora. Semelaborar um roteiro e sem fazer reviso. No final, fica espantado ao ver que no papel no temnada que preste.

    Culpa de quem? Infelizmente da escola, que ensina o mtodo da "psicografia": "Vamosl, minha gente! Senta a e faz um texto".

    At parece que o aluno est num centro esprita, e no num estabelecimento escolar.Porque, pra escrever bem desse jeito, meu caro, s baixando um esprito. De preferncia o deMachado de Assis.

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    Difcil escrever bem se no h um roteiro. O roteiro determina a estrutura e o contedodo texto; diz onde, quando e por que vai entrar o qu. Sem um roteiro, o texto corre o risco devirar uma embolada sem sentido e, pior, repetitiva.

    O problema que elaborar um roteiro d trabalho. A criatura deve se sentar e pensar,muito antes de pegar no lpis ou no teclado. Tem que saber o que quer saber. Tem que

    encontrar