apostila de português e redação

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ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL Redação Oficial

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Redação Comercial

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ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Redação Oficial

ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Palestrante: Profª: Ana Kelly Borba da Silva Brustolin Currículo Resumido: Graduada em Letras - Língua e Literatura Portuguesas pela Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC (2005) e mestre em Linguística (Variação Linguística e Ensino), área da Sociolinguística, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/CAPES/2009). Lecionou Língua Inglesa e Portuguesa em escolas da rede pública e Língua Portuguesa em escola da rede Privada, em Curso Pré-Vestibular, Curso Técnico e no Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC), Florianópolis – SC. Atualmente é professora efetiva de língua portuguesa em escola da rede municipal de ensino de Florianópolis e revisora particular. Tem experiência no ensino/aprendizagem de língua materna, correção/revisão de textos, redação oficial, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação, Sociolinguística e Português.

CURSO O PORTUGUÊS E O MERCADO DE TRABALHO: REDAÇÃO OFICIAL E NOVO ACORDO

ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

PROMOÇÃO REALIZAÇÃO APOIO

ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL - EGEM

A estrutura de organização de cursos, capacitações e eventos

promovidos pela FECAM e pelas associações microrregionais estão sob

a responsabilidade da Escola de Gestão Pública Municipal – EGEM.

Como a presente proposta trata da realização de capacitação de técnicos

municipais, entende-se que, por isso, a operacionalização das etapas é

de responsabilidade da EGEM. A entidade realiza trabalho direto junto

às associações de municípios, o que oportuniza uma execução uniforme,

com redução de custos e acesso mais ágil ao público-alvo.

FEDERAÇÃO CATARINENSE DE MUNICÍPIOS – FECAM

ASSOCIAÇÕES DE MUNICÍPIOS DE SANTA CATARINA

A Federação Catarinense de Municípios – FECAM trabalha há 30 anos em prol do

fortalecimento das administrações públicas municipais. Juntamente com as associações

de municípios de Santa Catarina, promove, periodicamente, ações que visem fomentar o

desenvolvimento dos municípios. As duas entidades estão presentes na organização de

mobilizações e eventos que visem atender às reivindicações municipais.

CONTATOS DA EGEM: Telefone: (48) 3221.8800

E-mail: [email protected]

Acesse a programação de cursos e eventos: www.egem.org.br

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(Preenchimento opcional) Questionário preenchido por: __________________________________ Função: _______________

Pesquisa de Satisfação

A EGEM deseja atender a todos da melhor maneira possível. Para tanto, necessita saber algumas informações. Marque com um X uma das alternativas.

1 - O curso atendeu suas expectativas?

Satisfatório

Regular

2 - Quanto ao material oferecido, você considera: Ótimo Bom Regular Ruim

3 - Quanto à duração do curso, você avalia:

Ótimo Bom Regular Ruim

4 - Qual a sua avaliação com relação ao palestrante:

6 - Infra estrutura do local do curso:

Agradecemos pela participação.

Regular Claro e objetivo

Ótimo Bom Regular Ruim

Regular Bom Ótimo Ruim 5 - Avalie o atendimento:

LOCAL: _______________________________________________________ CURSO: ____________________________ DATA______/______/______

SUGESTÕES:

Insatisfatório

Faltou clareza

7 - Como você ficou sabendo da realização do curso:Site FECAM/EGEM E-mail Outros Associações

O resultado das avaliações será publicado no portal da EGEM, no link do curso.

E-mail: _________________________________________________________________________________

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A palavra falada é um fenômeno natural; a palavra escrita é um fenômeno cultural

Fernando Pessoa

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SUMÁRIO

FATORES DE BLOQUEIO ....................................................................................................... 2

COESÃO TEXTUAL ................................................................................................................. 3

COERÊNCIA TEXTUAL .......................................................................................................... 3

PRINCIPAIS PROBLEMAS DA REDAÇÃO EMPRESARIAL ............................................. 5

QUESTÕES PRÁTICAS – TEORIA E EXERCÍCIOS ............................................................. 6

ANEXO / EM ANEXO ............................................................................................................ 10

DISPOSIÇÃO ........................................................................................................................... 11

REGÊNCIA .............................................................................................................................. 14

CONCORDÂNCIA VERBAL ................................................................................................. 17

CONCORDÂNCIA NOMINAL .............................................................................................. 18

PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE APRESENTAM DÚVIDAS EM NOSSO DIA-A-DIA... 21

CRASE ..................................................................................................................................... 23

ESTUDO INTRODUTÓRIO À REDAÇÃO OFICIAL .......................................................... 32

A ESTREIA DA NOVA ORTOGRAFIA ................................................................................ 51

SÍNTESE DAS MUDANÇAS DA NOVA ORTOGRAFIA ................................................... 56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 63

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FATORES DE BLOQUEIO Lúcia Locatelli Flôres1

Começo por lembrar um fato: a maioria das pessoas, mesmo as mais escolarizadas, têm dificuldade de produzir textos técnicos. Reflitamos sobre algumas razões de ordem lógica dessa dificuldade. A primeira, sem dúvida, reside nas diferenças existentes entre a língua falada, especialmente em ocasiões informais – dinâmica, natural, viva, descontraída, reforçada por fatores extralinguísticos que a contextualizam e a adaptam às circunstâncias requeridas no momento de estabelecer a comunicação – e a língua escrita – técnica, bastante artificial e relativamente estanque, respaldada em normas que não contemplam a modalidade falada em situações de comunicação descontraída, e, em inúmeras passagens, não contemplam a Língua Portuguesa falada no Brasil.

Uma segunda razão que dificulta a produção de textos técnicos, certamente, é o conjunto de formalismos linguísticos e extralinguísticos que se convencionou estabelecer tanto para o texto acadêmico, englobando sob esta denominação todo aquele que busca veicular conhecimentos que suscitem ou não discussões, quanto para o texto administrativo, constituído das correspondências, dos documentos e dos específicos da legislação, e, ainda, os de caráter profissional, como o discurso jurídico, médico etc.

O desconhecimento sobre o que escrever também contribui fortemente para a manutenção da circunstância. Para escrever é preciso ter o que dizer por escrito; é preciso conhecer o assunto de que se vai tratar, isto é, é preciso estar informado. É claro que é necessário ter, também, satisfatório conhecimento técnico, mas o domínio da técnica da produção textual por parte de quem se propõe a escrever, sem o do conteúdo sobre o qual vai escrever, de nada servirá. Além do conhecimento do assunto de que deve tratar o texto, se ele for argumentativo, o autor deve ter bom domínio da técnica de argumentar, que pressupõe, acima de tudo, a capacidade de construir argumentos convincentes para conquistar a adesão do leitor às suas idéias.

Quando se trata de produção de textos escolares em qualquer nível, outra razão que pode ser apontada como geradora de dificuldade e bloqueio é a falta de objetivo claro para o texto e de possível leitor, pois o estudante, na maioria das vezes, escreve numa situação de “faz de conta”. Provavelmente, se ele estabelecesse para quê e para quem está escrevendo (além de para o(a) professor(a) – mesmo que na maioria dessas situações o receptor seja virtual –, chegaria à definição clara do que precisa ou deseja comunicar e, consequentemente, de como dizer por escrito o que tem a dizer. Disto se deduz que o autor deve ter bem claros o objetivo e o leitor visados, buscando adequar a linguagem e o conteúdo a eles.2

Acrescente-se, às razões apontadas, o provável bloqueio psicológico que sobrevém, em muitas circunstâncias, à tarefa de produzir textos, ocasionado pela situação de julgamento a que pode estar submetido ao autor, que gera ansiedade e expectativa relativamente à aceitabilidade do receptor.

1 Texto extraído de apostila de Graduação em Letras-Português/UFSC. (FLÔRES, 2002) 2 Grifo meu.

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COESÃO TEXTUAL

A redação de um bom texto depende da articulação de idéias e palavras. Na elaboração de um texto coeso empregam-se, de forma adequada, elementos coesivos que formam uma estrutura clara e coerente nas frases.

Alguns elementos de coesão são: a conjunção e; que indica adição, continuidade; por isso, pois (causa e consequência); mas, porém, embora, (contraste, oposição); além disso, também (adição, continuação); por exemplo, ou seja (esclarecimento); logo, portanto (conclusão).

É preciso atenção na escolha do conectivo adequado para unir e organizar todas as partes de um texto.

COERÊNCIA TEXTUAL

A coerência textual resulta da relação harmoniosa entre as idéias apresentadas em um texto. Refere-se, dessa forma, ao conteúdo, ou seja, à sequência ordenada das opiniões ou fatos expostos de forma coerente, sem contradições ao que se afirma para os interlocutores, devendo ter:

• Organização entre as partes como um todo; • As frases não devem ser contraditórias, • O texto deve ter princípio, meio e fim.

A retomada ou antecipação de termos Exemplo: Bentinho e Escobar eram amigos de Seminário. Quando este soube que aquele deveria ser padre, bolou um plano: colocar alguém em seu lugar. E assim D. Glória, que era uma mulher muito boa, fê-lo. O que retoma o termo “este”? ______________________________________________

O que retoma o termo “aquele”? ____________________________________________

O que retoma o termo “seu”? ______________________________________________

O que retoma o termo “que”? ______________________________________________

O que retoma o termo “fê-lo”? _____________________________________________

PARA REFLETIR: Observe o seguinte período: “Maria deixou a sala completamente suja”. Nesse caso, o problema de coesão resulta em uma ambiguidade: quem estava suja? Maria ou a sala? Para desfazer a ambiguidade, poderíamos agir da seguinte maneira: “Maria deixou a sala que estava completamente suja.” ou “Maria estava completamente suja quando deixou a sala.”

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EXERCÍCIOS

Leia e responda. 1- Construa uma nova versão do texto abaixo, utilizando em relação à palavra Vera, os mecanismos de coesão que julgar adequados. Desde cedo o rádio noticiava: um objeto voador não identificado estava provocando pânico entre os moradores de Valéria. A primeira reação de Vera foi sair da cama e correr para o porto. Fazia seis meses que Vera andava trabalhando em Parintins. Vera levantava cedo todos os dias e passava a manhã inteira conversando com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Vera estava em Parintins, tentando convencer os trabalhadores a mudar a técnica do plantio da várzea. 2- Reescreva as orações usando elementos de coesão para elaborar um texto com elas: a) Os homens não ficam deslumbrados na frente de uma vitrine. b) Eles não compram por impulso. Não têm paciência para a burocracia do crediário. c) O público feminino sente uma atração irresistível pelas ofertas e liquidações do mercado consumidor. d) As propagandas normalmente são direcionadas às mulheres. e) As mulheres têm papel importante na decisão de compra de um homem. f) Eles dizem que as mulheres têm bom gosto, conhecem marcas e sabem se um produto é bom, caro ou barato. 3- Quando o treinador Leão foi escolhido para dirigir a seleção brasileira de futebol, o jornal Correio Popular publicou um texto com muitas imprecisões, do qual conta a seguinte passagem: “Durante a sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial de Ribeirão Preto, sua terra natal, Leão, de 51 anos, sempre impôs seu estilo ao mesmo tempo arredio e disciplinado. Por outro lado, costumava ficar horas aprimorando seus defeitos após os treinos. Ao chegar à seleção brasileira em 1970, quando fez parte do grupo que conquistou o tricampeonato mundial, Leão não dava um passo em falso. Cada atitude e cada declaração eram pensados com um racionalismo típico de sua família, já que seus outros dois irmãos, Edmílson, 53 anos, e Édson, 58, são médicos.” (Correio Popular, Campinas, 20 out. 2000.) a) O que aconteceria com Leão se ele, efetivamente, ficasse “aprimorando seus defeitos”? Reescreva o trecho de maneira que seja eliminado o equívoco. b) A expressão “por outro lado”, no início do segundo período, contribui para tornar o trecho incoerente. Por quê?

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PRINCIPAIS PROBLEMAS DA REDAÇÃO EMPRESARIAL

Maria Rita Quintella3

Na empresa, a escrita é coletiva, isto é, você não escreve em seu próprio nome, mas em nome da companhia para a qual trabalha. Por isso, deve pensar não em "eu", mas em "nós". Mesmo na comunicação interna, você deve considerar que se trata da empresa interagindo verbalmente com seus funcionários.

Apenas alguns relatórios ou notas serão assinados por você correspondendo a um compromisso pessoal, mas a maioria dos documentos diz respeito à empresa e exigem que você respeite os posicionamentos da companhia diante dos fatos relativos à correspondência, porque você está transmitindo uma mensagem no lugar de outrem - , sua empregadora.

Isso exige de você um esforço duplo: ao mesmo tempo em que você precisa apropriar-se da mensagem, colocando-se no lugar do locutor real, você não pode se esquecer do interlocutor, da outra empresa, preocupando-se com o modo como ela pensa, a forma como ela vai reagir ao conteúdo do texto produzido por você e enviado por sua empresa.

É preciso lembrar ainda que o texto empresarial não reflete apenas o trabalho de quem o redigiu, ele reflete toda a empresa. É por isso que uma carta mal escrita, rasurada, mal formatada, sem clareza nem correção, por exemplo, representa uma empresa pouco confiável. Daí a importância de você se preocupar com a clareza, concisão e correção ao redigir em nome de sua empresa, a fim de evitar uma imagem negativa dela.

Mitos e verdades sobre redação empresarial: MITO: você deve usar linguagem formal erudita. VERDADE: você deve usar linguagem formal, mas simples. MITO: você deve apresentar todas as informações. VERDADE: você deve apresentar apenas as informações pertinentes. MITO: as pessoas querem ler seu documento. VERDADE: as pessoas prefeririam fazer outra coisa. Dicas: Você deve usar linguagem simples Os textos que circulam no meio empresarial, normalmente, têm uma função prática; eles

não são construídos para comover o leitor, nem para distraí-lo, mas para informá-lo a respeito de um tema específico. Por isso, use uma linguagem formal, correta do ponto de vista gramatical, mas direta, recorrendo a palavras do dia-a-dia, que facilitam da compreensão do leitor.

Você deve apresentar apenas as informações pertinentes Um texto longo, cheio de detalhes, desvia a atenção do leitor dos pontos mais

importantes e não atinge seu real objetivo. Tenha em mente o que pretende com o documento e atenha-se às informações pertinentes a seus objetivos.

As pessoas prefeririam fazer outra coisa A vida empresarial exige muito de todos os envolvidos nela. Em função disso, não sobra

muito tempo para leituras extensas. Além disso, o leitor de um documento que circula na área

3 Maria Rita Quintella é formada em Letras pela PUCRS, pós-graduada em Teoria da Literatura na mesma Universidade, onde integra a equipe de professores-avaliadores das redações do Vestibular. Trabalha com revisão de textos/preparação de originais para editoras e empresas.

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empresarial nem sempre conhece o autor do texto e pouco interesse tem no texto; lê porque precisa ler, não porque quer. A leitura de uma correspondência obriga o leitor a interromper seu trabalho. Se ela não for direto ao assunto, o leitor a arquiva ou a descarta. Por isso, não se estenda e seja direto.

Seis estratégias para chamar a atenção do leitor:

Apresente o ponto principal no início. Assim, o objetivo do documento fica claro desde o princípio;

Utilize subtítulos descritivos, eles orientam a leitura do documento; Seja claro, a falta de clareza compromete a compreensão de seu texto; Escreva com frases curtas, elas são fáceis de processar; Empregue palavras simples, elas são facilmente compreendidas; Utilize uma diagramação “arejada”, ela valoriza o seu texto.

QUESTÕES PRÁTICAS – TEORIA E EXERCÍCIOS MAU / MAL

1. MAU Mau é antônimo de bom. Pode aparecer como adjetivo – varia em gênero e número:

Não era mau rapaz, apenas um pouco preguiçoso. Não eram maus rapazes, apenas um pouco preguiçosos. Obs.: (feminino) Não era má atriz nas novelas, mas boa cantora no palco.

2. MAL

Mal é antônimo de bem. Pode aparecer como: a. advérbio – não varia:

O candidato foi mal recebido. Fizeram mal em dizer tais coisas.

b. substantivo – varia em número: O mal nem sempre vence o bem. Há males que vêm para o bem.

c. conjunção (corresponde a quando) – não varia: Mal cheguei, ele saiu.

d. mal é também um prefixo: mal-educado, malcriado, mal-humorado

Exercícios 1. Antônio sempre foi um __________ elemento.

2. Na luta contra o ____________, devemos nos lembrar de nosso Criador.

3. O rapaz sofria de um __________ incurável.

4. Dos __________ de nossa época, o pior é a violência.

5. Os __________ costumes causam problemas.

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6. ____________ soou o alarme, todos correram.

7. Ele é ___________criado e ____________ aluno.

MAS / MÁS / MAIS

1. Mais pode ser um pronome ou um advérbio. É o contrário de menos: a. advérbio (indica intensidade) – modifica verbo ou adjetivo:

Converse menos e trabalhe mais. A garota está mais bonita hoje.

b. pronome indefinido (indica quantidade) – modifica um substantivo: Comprei mais lâmpadas para a sala de reuniões.

2. Mas é uma conjunção adversativa (indica oposição). Equivale a porém, todavia, contudo: Ele pretendia apoiá-la, mas na última hora desistiu.

3. Más é adjetivo: Ela é uma má funcionária.

Exercícios 1. Embora fizesse o possível, ficava cada vez ________ atrasado.

2. Todos sabiam que as irmãs de Pedro eram _________ e covardes, ________ ninguém

fazia comentários.

3. Não diga nem ________ uma palavra. Nada pode ser feito agora.

4. O corredor automobilístico esforçou-se ao máximo, _________ as condições da pista

eram __________.

5. Ele reclama sempre, _______________ acaba fazendo seus deveres de casa.

6. Tudo seria ____________ fácil se tivesse comparecido à reunião.

HÁ / A

1. Emprega-se o há: a. Com referência ao verbo fazer, indicando tempo decorrido:

Não o vejo há quinze dias. Não se encontram há tempos. Saiu daqui há duas horas.

b. Quando se trata de forma do verbo haver: Há um artigo interessante nesta revista.

2. Emprega-se o a: a. Com referência a tempo futuro:

A dois minutos da cerimônia, a diretora ainda retocava o batom. b. Com referência a distância:

Morava a cinco quadras daqui.

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Exercícios

1. Estávamos _________ uma pequena distância da praia. (a – há)

2. O posto de gasolina fica __________ três quilômetros daqui. (a há)

3. Vive _________ muitos anos naquela cabana. (a há)

4. O relatório foi encaminhado ________ dois dias. (a há)

5. Sairemos daqui _________ dez minutos. (a – há)

SENÃO / SE NÃO

1. Senão é usado equivalendo a : a. Caso contrário

Saia daqui, senão vai se molhar. b. a não ser

Não faz outra coisa, senão reclamar. c. mas sim

Não tive a intenção de exigir, senão de pedir. 2. Se não é usado equivalendo a se por acaso não.

Esperarei mais um pouco; se não vier, irei embora. (caso não venha) Exercícios

1. Chorarei muito __________________ voltares. (senão – se não)

2. Corre, ________________ ele te acerta. (senão – se não)

3. Não faz nada ________________ estudar. (senão – se não)

CESSÃO / SESSÃO / SECÇÃO ou SEÇÃO a. Cessão significa “ato de ceder”, “ato de dar”: Ele fez a cessão dos seus direitos autorais. A cessão do terreno para a construção do estádio agradou a todos os torcedores. b. Sessão é o intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembléia. Assistimos a uma sessão de cinema. Reuniram-se em sessão extraordinária. c. Secção ou Seção significa parte de um todo, segmento, subdivisão. Lemos a notícia na secção (ou seção) de esportes. Compramos os presentes na secção (ou seção) de eletrodomésticos. Exercícios

a) Os empresários reuniram-se em ______________ extraordinária.

b) Estou na ___________________ de calçados do shopping.

c) Você leu a ______________________ de esportes do jornal?

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d) João fez ___________________ de seu terreno para a construção do campo e futebol.

ONDE / AONDE Emprega-se aonde com os verbos que dão idéia de movimento. Equivale a para onde: Aonde você vai? Aonde nos leva com tal rapidez? Naturalmente, com os verbos que não dão idéia de movimento, emprega-se onde: Onde estão os ofícios? Não sei onde te encontrar. Exercícios a) _______________ estão os documentos? b) ______________ vamos de carro? c) _______________ você vai amanhã? d) Você sabe _________________ Zé Ramalho apresentará o show? POR QUE / PORQUE / POR QUÊ / PORQUÊ Você erra os porquês simplesmente porque nunca deu muita atenção a eles. O uso é muito simples. Lendo abaixo, você vai entender por que os porquês não são – nem de longe – um bicho de sete cabeças.

Forma Emprego Exemplos Por que Em frases interrogativas (diretas e

indiretas) Em substituição à expressão pelo qual (e suas variações) Sempre que estiverem expressas ou subentendidas as palavras motivo, razão

Por que ele sumiu? (interrogativa direta) Digam-me por que ele sumiu. (interrogativa indireta) As ruas por que passamos eram sujas (por que = pelas quais) Não sei por que ele se ofendeu.

Porque Em frases afirmativas e respostas (= pois)

Não fui ao cinema porque choveu.

Por quê No final de frases Eles estão revoltados por quê? Ria, ria sem saber por quê.

Porquê Como substantivo (= motivo) Quero saber o porquê de seu medo. Exercícios 1. A reforma do escritório não foi terminada _______________o seu proprietário ficou sem verba.

2. __________________ o arquiteto pediu demissão da firma?

3. Os que estudam aquele período histórico jamais compreenderam o ________________ de

tanta violência.

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4. Este supermercado foi fechado. _________________?

5. Não se preocupe. Tenho certeza de que a situação _________________ você está

passando é transitória.

6. Retiraram-se da assembléia sem dizer _____________________.

7. Você é contra a liberdade de imprensa? __________________?

8. Responda-me _______________________ não podemos sair agora?

9. ___________________ ela perdeu, fiquei triste.

10. Não sei o __________________ disso.

11. Brigou de novo, ___________________?

ANEXO / EM ANEXO

As formas “anexo”, “anexa”, “anexos” e “anexas” caracterizam-se comumente no uso

como adjetivo. Assim, estas formas devem ajustar-se ao substantivo que modifica: “O/s

documento/s segue/m anexo/s”; “A/s faturas/s segue/m anexa/s”. É importante observar que,

nos exemplos dados, a alteração na ordem não afetaria os mecanismos de concordância:

“Seguem anexos os documentos”; “Seguem anexas as faturas”. Em textos da correspondência

comercial, são mais do que comuns frases (duplamente erradas) como “Segue anexo os

documentos” ou “Segue anexo as fotocópias”. Há um erro de concordância verbal (o verbo

está no singular, mas deveria ficar no plural) e um de concordância nominal (o adjetivo

"anexo" deve concordar em gênero e número com o substantivo que modifica).

Convém dizer que alguns autores rejeitam a expressão “em anexo”, de uso mais do que

vivo (e compreensível) na língua. Em uma frase como “As notas seguem em anexo”, por

exemplo, “anexo” funciona como substantivo e forma com a preposição “em” uma expressão

adverbial. O professor Evanildo Bechara é um dos gramáticos que registram o uso regular de

“em anexo”. Em sua “Moderna Gramática Portuguesa”, o autor dá estes exemplos: “Vai em

anexo a declaração”; “Vão em anexo as declarações”. Publicado em 2001, o “Dicionário da

Língua Portuguesa Contemporânea”, da Academia das Ciências de Lisboa, registra a locução

adverbial “em anexo” e traz como equivalente a ela: “em apenso”, “em forma de aditamento”.

O exemplo é este: “A errata vai em anexo”.

Em resumo: o adjetivo “anexo” varia (“As planilhas seguem anexas”; “Os

comprovantes seguem anexos”); a expressão “em anexo”, apesar de não ser aceita pelos

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gramáticos, de modo geral, não varia (“As notas seguem em anexo”; “Os comprovantes

seguem em anexo”).

DISPOSIÇÃO4

1. ato ou efeito de dispor

2. configuração

o A disposição dos talheres na mesa está regulamentada nas regras de etiqueta.

3. tendência predominante em uma pessoa; atitude característica

o Eis aí uma garota com uma bela disposição.

4. inclinação, modo de pensar em relação a algo

o Não estou com disposição para ouvir histórias!

5. acordo final sobre um assunto

o Ficam revogadas todas as disposições em contrário.

6. o poder ou controle sobre algo

o Esbanjou todos os fundos a sua disposição

Qual a forma correta:

a) sempre à disposição

b)sempre a disposição

c) sempre à sua disposição

d) sempre a sua disposição

e) sempre ao seu dispor?

Qual a forma mais correta em relação ao uso do acento grave?

Disposição é palavra feminina. Sempre é regida pela preposição "a". Assim, a forma

correta é: “Sempre à disposição” ou “sempre ao seu dispor”. Diante do pronome possessivo, a crase pode ou não ser usada. Então, admite-se “sempre

a sua disposição” ou “sempre à sua disposição”.

a ) Correta. Seria o mesmo que "Estar (ou ficar) à disposição de alguém”; “ficar às ordens.” b) Errada. Crase é contração do artigo "a" com a preposição "a".

4 WIKCIONÁRIO. Disposição. Disponível em: http://pt.wiktionary.org/wiki/disposi%C3%A7%C3%A3o, acesso em 30/8/2008 às 14h.

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Regra prática: quando houver dúvidas em relação à crase antes de determinada palavra feminina, basta substituí-la por qualquer palavra masculina, sem alterar a estrutura básica da frase. Se antes da masculina aparecer AO, use o acento grave na feminina!

c) Correta. Diante do pronome possessivo, a crase pode ou não ser usada. Então, admite-se “sempre a sua disposição” ou “sempre à sua disposição”.

Exercícios – situações discursivas

1. Leia o diálogo estabelecido entre Mariana e Helena em um telefonema a respeito de um trabalho em grupo para a faculdade: “– Oi, Mari, cê terminô o trabalho? – Já detonei, Lena! Só que não deu pra passar na facul! O Guga ficô pegando no meu pé pra arrumá uns lance nuns gráficos. – Ah! Eu disse que ia dar zica. Mas cê tá ligada que tem que escrevê uma carta pra secretaria para entregá fora do prazo, né? – Desencana. O Guga falô que ia resolvê essa parada... – Ah, então beleza! Dá um toque pro Gil, falô? Bejão!”

a) Por que o texto acima está em linguagem informal? b) Transcreva algumas palavras do texto que indicam essa linguagem. c) Realize a transposição do texto acima para uma linguagem escrita formal.

2. Na questão acima, o grupo de amigos estava às voltas com uma entrega de trabalho fora de prazo. Justamente por uma questão de formalidade, a Secretaria do Curso exigia uma justificativa para esses casos. Segue abaixo, solicitação de “Guga” para resolver o problema:

Coordenadoria do curso de Economia Gustavo de Medeiros, representante do grupo 5, constituído por ele, Mariana Back, Helena Arruda e Gilberto Corrêa, alunos do segundo semestre do curso de Economia desta Universidade, em virtude de problemas que envolveram pesquisa de campo e dificuldade em obter fontes de dados estatísticos por parte de três jornais de finanças e consultorias de mercado, vem requerer a entrega fora de prazo, com apenas um dia de atraso, do trabalho da disciplina do professor Marcos Rabelo.

Nesses termos Pede deferimento

Florianópolis, 15 de agosto de 2008.

Gustavo de Medeiros

a) Explique por que esse texto foi escrito em linguagem formal e identifique nele palavras e expressões que caracterizam essa linguagem.

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b) Após entregar a justificativa na secretaria, Guga encontrou o professor Marcos Mioto e reforçou a solicitação do grupo. Como o professor evitava usar gírias e não conhecia muito Guga, este se dirigiu a ele utilizando a linguagem formal. Redija um parágrafo como se você fosse Guga, explicando a situação e reforçando o pedido.

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REGÊNCIA

A regência estuda as relações entre um nome ou um verbo e seus complementos. Há dois tipos de regências: regência nominal e regência verbal. Quando o termo regente é um verbo a regência é verbal, quando é um nome, a regência é nominal.

Termo regente = palavra principal a que outra se subordina. Termo regido = palavra dependente que serve de complemento e que se subordina ao termo

regente.

REGÊNCIA NOMINAL

Regência Nominal é o nome da relação entre um nome – substantivo, adjetivo ou

advérbio – e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição.

No estudo da regência nominal, deve-se levar em conta que muitos nomes seguem exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes.

Exemplo: Ele tem aversão à altura. Ficamos contentes por você.

Observação: Há nomes que admitem mais de uma preposição.

Exemplo: Tenha amor a seus filhos. Renato não morria de amor por Paula.

A seguir veremos a relação de alguns nomes e as suas preposições mais usuais:

Substantivos Adjetivos Advérbios Admiração por, a. Aversão a, para, por. Atentado contra, a. Capacidade de, para. Devoção para com, por, a. Dúvida acerca de, em, sobre. Impaciência com. Medo a. Respeito a, com, para com, por.

Acessível a. Acostumado com. Alheio a, de. Ansioso de, para, por. Apto a, para. Capaz de, para. Desejoso de. Escasso de. Generoso com. Grato a, por. Próximo a,de. Satisfeito com, de, em, por. Sito em. Vazio de.

Longe de. Perto de. Paralelamente a.

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REGÊNCIA VERBAL

É o modo pelo qual o verbo se relaciona com os seus complementos.

Exemplo: Todos criticaram a professora.

Há verbos que admitem mais de uma regência. Geralmente a diversidade de regência corresponde a uma diversidade de significados do verbo. Por exemplo, o verbo agradar, no sentido de acariciar, é transitivo direto, enquanto no sentido de satisfazer/ contentar é transitivo indireto. Observe: A mãe, comovida, agradava a filha chorosa.

A filha chorosa – objeto direto Suas palavras agradavam ao público.

Ao público – objeto indireto

Alguns verbos costumam apresentar dificuldade quanto à identificação da regência, devido às situações de informalidade presentes em nosso cotidiano no que diz respeito à língua falada – em que muitas construções se mostram em desacordo com o padrão da língua –, ou, ainda, porque muitos verbos têm mais de um significado e, quase sempre, mais de uma regência. Em caso de dúvida, recomenda-se consultar um dicionário.

Assim, a relação entre o verbo – termo regente – e o seu complemento – termo regido – chama-se regência verbal, orientada pela transitividade dos verbos, que podem se apresentar: diretos ou indiretos; ou seja, exigindo um complemento na forma de objeto direto ou indireto.

Lembrando que o objeto direto é o complemento do verbo que não possui preposição e que também pode ser representado pelos pronomes oblíquos "o", "a", "os", "as". Já o objeto indireto vem acrescido de preposição e igualmente pode ser representado pelos pronomes "lhe", "lhes".

Os pronomes "me", "te", "se", "nos" e "vos" podem, entretanto, funcionar como objetos diretos ou indiretos5.

ATENÇÃO: Muitas vezes alguns verbos podem apresentar diferentes regências sem

que seus sentidos sejam alterados ou, ao contrário, acarretando diferentes significados e acepções.

A seguir verificamos a regência de alguns verbos:

5 Há, ainda, os verbos intransitivos, ou seja, os verbos que não necessitam de complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o fato. Exemplo: As rosas morreram. (VI)  

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Regência de alguns verbos

No quadro a seguir estão alguns verbos que se caracterizam por apresentar uma determinada regência na língua coloquial e outra na língua culta. Compare atentamente os diferentes empregos de cada um deles.

Verbo Na Língua Coloquial Na Língua Padrão Ir e Chegar

Apresentam preposição em Ex.: Iremos em Salvador. O barco chegou no cais.

Exigem preposição a iniciando o adjunto adverbial de lugar. Ex.: Iremos a Salvador. O barco chegou ao cais.

Obedecer e Desobedecer

São transitivos diretos. Ex.: Ele obedece os pais. Nunca desobedeci você.

São transitivos indiretos (exigem preposição a) Ex.: Ele obedece aos pais. Nunca desobedeci a você.

Assistir (significando ver) (Verificar OBS. 1)

É transitivo direto. Ex.: Assistiu um bom filme.

É transitivo indireto (exige a). Ex.: Assistiu a um bom filme.

Preferir

Apresenta expressão de reforço (mais que, muito mais que e outras) Ex.: Prefiro mais passeios que festas.

É transitivo direto e indireto (exige a) Ex.: Prefiro passeios a festas.

Pagar (Verificar OBS.2) e Perdoar (Verificar OBS.2) (quando o objeto é gente)

São transitivos diretos. Ex.: Quem pagou o vendedor? Perdoarei o menino.

São transitivos indiretos (exigem a) Ex.: Quem pagou ao vendedor? Perdoarei ao menino.

Simpatizar e antipatizar

Apresentam pronome oblíquo (me, nos, te, se, entre outros) Todos se simpatizaram com ela.

Não admitem pronome oblíquo. Ex.: Todos simpatizaram com ela.

Observações: 1) Veja, no próximo quadro, outras regências do verbo assistir. 2) Quando o objeto dos verbos pagar e perdoar designa coisa, eles são transitivos

diretos tanto na variante coloquial, como no padrão. Exemplos: Ela não perdoaria esse erro. Quem pagou os ingressos?

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Regência de mais alguns verbos

No quadro a seguir, são apresentados alguns verbos que podem oferecer dúvidas quanto ao seu emprego na língua padrão. As dúvidas ocorrem principalmente porque tais verbos, excetuando-se informar/avisar/prevenir, mudam de regência quando mudam de sentido.

Verbo Sentido Regência Exemplo

Agradar Fazer carinho Satisfazer

VTD VTI

O garoto agradou o cãozinho. O prêmio agradou ao campeão.

Aspirar

Respirar/inalar Desejar/pretender

VTD VTI

O operário aspirou um gás tóxico. Quem não aspira ao sucesso?

Assistir

Ver/presenciar Ajudar/socorrer Caber/pertencer

VTI VTD VTI

Nós já assistimos a esse filme. O médico assistiu os doentes. Esse direito assiste aos povos livres.

Visar

Pretender Mirar Pôr visto/assinar

VTI VTD VTD

Ele não visa ao cargo de assistente? O atirador visava o alvo. O gerente visará o cheque.

Informar Avisar Prevenir

**** **** ****

VTDI

Informe o defeito ao mecânico. Informe o mecânico do defeito. Avise a seu amigo o perigo.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Na língua coloquial, é recorrente a não concordância verbal. Em situações formais

(escrita ou oral), esse fenômeno pode prejudicar a imagem do emissor (quem fala ou escreve).

A concordância verbal ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu

sujeito.

Exemplos:

Ele gosta daquela funcionária.

Eles gostam daquela funcionária. (Inadequado: Eles gosta daquela funcionária)

A gente vai ao cinema. (Inadequado: A gente vamos ao cinema.)

Nós vamos ao cinema (Inadequado: Nós vai ao cinema.)

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CONCORDÂNCIA NOMINAL

Na língua coloquial, é recorrente a não concordância nominal. Em situações formais

(escrita ou oral), esse fenômeno, assim como o anterior, pode prejudicar a imagem do emissor

(quem fala ou escreve).

A concordância nominal ocorre quando os nomes se flexionam concordando uns com

os outros.

Exemplos:

- Os motoristas embriagados serão penalizados.

(Inadequado: Os motorista embriagado serão penalizado.)

- As boas recepcionistas serão promovidas.

(Inadequado: As boa recepcionista serão promovida.)

- Naquela padaria sempre há pães frescos e quentinhos.

(Inadequado: Naquela padaria sempre há pão fresco e quentinho).

MEIO CANSADA OU MEIA CANSADA?

Na língua coloquial é comum as pessoas dizerem “A moça está meia tonta.”,

fenômeno que segundo a língua padrão está incorreto.

Dica: sempre que MEIO se referir a um pouco, mais ou menos, ele será invariável, ou seja,

não passará para o feminino.

Então, o correto é:

A moça está meio tonta. (Inadequado: A moça está meia tonta.)

A comida está meio fria. (Inadequado: A comida está meia fria.)

- Quando meio/meia se referir à metade usa-se a forma variável:

Comi meia maçã.

Comi meio bolo.

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TEMOS MENAS RAZÕES OU MENOS RAZÕES DE ESTAR FELIZES?

Uso do advérbio ‘menos’

Menos, seja como advérbio (choveu menos), seja como preposição (tudo, menos isso),

seja como pronome (mais sol e menos chuva), seja como substantivo (o menos é preferível ao

mais) é uma palavra invariável. Isso significa que este vocábulo nunca deve ser passado para

a forma feminina.

Por hipercorreção, algumas pessoas passam esse vocábulo para o feminino; o que está

incorreto.

Exemplos:

Tenho menos paciência do que meu pai.

(Inadequado: Tenho menas paciência do que meu pai.)

Atualmente, há menos injustiça contra as pessoas.

(Inadequado: Atualmente, há menas injustiça contra as pessoas.)

PARA MIM OU PARA EU FAZER?

Na língua coloquial é comum o uso de para mim em contextos onde o correto seria

para eu.

Exemplos:

- João emprestou o livro para eu ler.

(Inadequado: João emprestou o livro para mim ler.)

- Este trabalho é para eu fazer amanhã.

(Inadequado: Este trabalho é para mim fazer amanhã.)

VOU AO CINEMA OU VOU NO CINEMA?

Na língua coloquial é comum o uso de regências verbais que não estão de acordo com

a norma padrão da língua. O verbo ir é um exemplo.

- Vamos ao cinema esta noite.

(Inadequado: Vamos no cinema esta noite.)

- Luara foi à feira.

(Inadequado: Luara foi na feira.)

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TALVEZ EU SEJA FELIZ OU TALVEZ EU SEJE FELIZ? (Flexão Verbal)

Não existe o verbo seje nem esteje. O correto é seja e esteja. Esse tempo verbal

chama-se presente do subjuntivo.

Lembrando: subjuntivo é o modo da possibilidade, da dúvida, do desejo, etc. Sendo assim, na

maioria das vezes, ele é empregado quando não temos certeza quanto ao fato

Exemplos:

É possível que eu esteja dormindo nesse horário.

Talvez seu amigo seja mais engraçado do que o Pedro.

Duvido que eu seja mais tolerante do que você.

AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?

Essas são expressões distintas, com significados totalmente opostos. Na língua

coloquial, as pessoas costumam confundi-las. Veja o significado de cada uma delas:

AO ENCONTRO DE = concordância, de acordo

O plano de ensino dessa professora vai ao encontro dos objetivos do curso. (= está de acordo)

DE ENCONTRO A = oposição, choque

As idéias desse político corrupto vão de encontro aos princípios de uma sociedade justa e

democrática. (= não está de acordo)

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PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE APRESENTAM DÚVIDAS EM NOSSO DIA-A-DIA...

ALERTA / MENOS

Alerta e menos são sempre invariáveis:

Estamos alerta.

Há menos alunas do que eu imaginava.

ESTOU QUITE / ESTAMOS QUITES

A palavra quite deve concordar em número com o nome a que se refere:

Estou quite com você.

Estamos quites com o Serviço Militar.

BASTANTE / BASTANTES

Quando a palavra bastante funciona como advérbio, ela é invariável; quando funciona

como pronome adjetivo, concorda com o nome a que se refere:

Há bastantes alunas na sala.

Bastantes = pronome adjeitvo.

Alunas = substantivo.

Estas alunas são bastante esforçadas.

Bastante = advérbio.

A FIM / AFIM

- A FIM: igual a "finalidade".

Exemplo: Ari estava a fim daquela garota.

- AFIM: equivalente a "semelhante".

Exemplo: Meu gosto não é afim ao seu em matéria de comida.

ADIAMENTO

Adia-se somente eventos. Datas são trocadas.

Exemplos:

A festa foi adiada para domingo (e não a data da festa).

A data da reunião passou de 15 para 18 de julho (e não a reunião).

Observação: Já prazos podem ser ampliados ou encurtados, nunca adiados.

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BIMENSAL / BIMESTRAL / BIENAL

- BIMENSAL: o que acontece ou aparece duas vezes no mês;

- BIMESTRAL: quando o intervalo é de dois meses;

- BIENAL: intervalo de dois anos.

COM RESERVAS / RESERVADAMENTE

Com reservas: com cuidado, com restrições.

Exemplo:

Tratou do assunto com reservas. (= Não abriu o jogo, não disse tudo o que sabia)

Reservadamente: sigilosamente, confidencialmente.

Exemplo:

Tratou do assunto reservadamente. (= a sós, confidencialmente)

CONFERÊNCIA (Palestra)

Pessoas não "dão" uma conferência nem uma palestra, e sim as "fazem" ou as

"proferem".

Exemplo:

Dr.ª Maria Cândida fez (proferiu) uma conferência (palestra) sobre direito tributário ontem.

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CRASE O que é? Crase é a fusão (ou contração) de duas vogais idênticas numa só. Ou seja, a crase surge quando a preposição “a” se une ao artigo “a”. Na escrita é representada pelo acento grave ( ` ).

Ex: Vou a + a praça. = Vou à praça. Vou a + o banco. = Vou ao banco.

Regras básicas

I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos é porque ocorre a crase. Ex: Temos amor à arte. (Temos amor ao estudo.)

Respondi à pergunta. (Respondi ao questionário.)

II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a ocorre a crase: Ex: Contarei uma estória a você. (Contarei uma estória para você.)

Fui à Holanda. (Fui para a Holanda)

III. Substituir o verbo ir pelo verbo voltar. Se aparecer a expressão voltar da é porque ocorre a crase. Ex: Iremos a Curitiba. (Voltaremos de Curitiba.)

Iremos à Bahia. (Voltaremos da Bahia.)

NÃO ocorre crase

antes de verbo. Voltei a contemplar a lua.

antes de palavras masculinas. Gosto muito de andar a pé. Passeamos a cavalo.

antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona. Dirigiu-se a

V.Sa. com aspereza. Dirigiu-se à Sra. com aspereza.

antes de pronomes em geral. Não vou a qualquer parte. Fiz alusão a esta aluna.

em expressões formadas por palavras repetidas. Ficamos cara a cara.

quando o "a" vem antes de uma palavra no plural. Não falo a pessoas estranhas.

Crase facultativa 1. antes de nome próprio feminino: Refiro-me à (a) Juliana. 2. antes de pronome possessivo feminino: Dirija-se à (a) sua fazenda. 3. depois da preposição até: Dirija-se até à (a) porta.

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Casos particulares 1. Casa. Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada, não ocorre a crase. Ex: Regressaram a casa para almoçar. Regressaram à casa de seus pais. 2. Terra. Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase. Ex: Regressaram a terra depois de dias. Regressaram à terra natal. 3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Ex: Desejavas a aquele cargo.

Desejavas àquele cargo.

Ocorre também crase a) na indicação do número de horas. Chegamos às nove horas. b) na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta. Usam sapatos à (moda de) Luís XV. c) nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento. Chegou à tarde (tempo). Falou à vontade (modo). d) nas locuções conjuntivas e prepositivas: à medida que, à força de...

OBSERVAÇÕES: Há – indica tempo passado. Moramos aqui há seis anos A – indica tempo futuro e distância. Daqui a dois meses, irei embora. Moro a três quarteirões da escola.

CRASE COM NÚMEROS6

"Lombada a 100 metros ou lombada à 100 metros? Ocorre crase antes de números?" A rigor não. A forma correta, no seu exemplo, é a primeira, porque o a que se encontra

na frente do número é uma simples preposição. O que pode ocorrer é você vizualizar uma crase – correta – diante de um numeral em casos como estes: Li da página 1 à 10. Caminhou da rua Augusta à 7 de Setembro. Na verdade o a craseado se refere aí a um substantivo feminino subentendido, que não se repete por questão de estilo: Li da página 1 à página 10. Caminhou da rua Augusta à rua 7 de Setembro.

A palavra ‘crase’ vem do grego e quer dizer ‘fusão, mistura, união’; no caso, designa a fusão da preposição a com o artigo a - ou com o a inicial de aquela/ aquele/ aquilo. Portanto, só se usa à diante de palavras femininas que admitam o artigo definido feminino.

Além do fato de numeral cardinal não ter gênero (exceto um, dois e os terminados em -entos: uma, duas, duzentas etc.), ele não admite a anteposição de artigo. Consequentemente, nada de crase com números. Vale lembrar que na frase "chegou às 10 horas" o às se refere ao substantivo feminino horas, embora esteja imediatamente antes do numeral.

De 1 a 10 / de segunda a sexta / da 1ª à 4ª

6 Material fornecido pela Professora Karoline Kahl Momm (graduada em Letras – Língua e Literatura Portuguesas/USFC).

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Uma quadrinha simples torna mais fácil memorizar outro caso de crase que envolve nº:

DA com À – crase há. Se vai DE – crase pra quê? Este recurso se aplica tanto a números quanto a substantivos: quando se faz uso de dois

desses elementos ligando-os por de – a, não se deve crasear o segundo elemento; mas quando se define o primeiro elemento com da ou do, o segundo inicia com à (ou ao, se masculino). É uma questão de coerência: havendo determinação no 1º substantivo ou numeral ordinal, deve haver no segundo. O que não pode acontecer é a mistura, por exemplo: L * de 2ª à 6ª. Modelos bons:

Trabalhamos de 3ª a sábado.

A exposição ficará aberta ao público de hoje a domingo.

Ainda há vagas para alunos de 5ª a 8ª série.

Só sabe contar de 1 a 100.

Os eletrodomésticos estão em todas as casas, de norte a sul do país.

As inscrições poderão ser feitas de 1° de maio a 15 de junho.

Todas as alunas da 1ª à 4ª série foram dispensadas.

Molhou-se dos pés à cabeça.

A ceia será servida da meia-noite à uma hora.

Trabalho desta segunda à quinta-feira próxima.

O jantar estava perfeito da entrada à sobremesa.

Tudo parece estar em constante subida – da mensalidade escolar à consulta médica, do aparelho de

som à geladeira.

Exercícios – Crase

1. Empregue a crase quando for necessário:

a) A noite, sempre ouvia vozes.

b) De segunda a sábado haverá expediente normal.

c) Graças a Deus acertei todas as questões.

d) Amanhã assistiremos a inauguração da escola.

e) Todos os anos ela vai a Europa.

f) Refiro-me a esta senhora, não aquela.

g) Dirijo-me a Vossa Senhoria.

h) Vamos a Santos e de lá diretamente a agitadíssima São Paulo, enquanto ela vai a

Brasília.

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2. Complete os espaços com uma das alternativas.

Não saia ______ estas horas, a andar ______ pé. Saia ______ tardinha.

a) à, à, à b) à, a, à c) a, à, à d) a, à, a e) a, a, à

3. Complete os espaços com uma das alternativas.

______ primeiras horas da noite, ele chegou ______ escola, porém não ______

tempo para assistir ______ cerimônia.

a) As, a, à, a b) Às, à, à, a c) Às, a, a, à d) As, a, à, à e) Às, à, a, à 4. Complete os espaços com uma das alternativas.

Agradeço ______ Vossa Senhoria ______ oportunidade para manifestar minha

opinião ______ respeito .

a) a, a, a b) à, à, a c) à, a, a d) a, à, a e) à, a, à 5. Complete os espaços com uma das alternativas.

Ele não aspirava ______ primeiras colocações no exame porque nunca atendera

______ palavras dos seus professores.

a) as, a

b) às, às

c) as, às

d) à, às

e) às, a

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6. Complete os espaços com uma das alternativas.

Dizer ______ toda gente o que pensava ______ respeito das coisas era sua maior

ambição, mas não a confessava sequer ______ sua melhor amiga.

a) à, à, à

b) a, à, à

c) a, a, a

d) à, a, à

e) à, à, a

7. Complete os espaços com uma das alternativas.

Refiro-me ______ atitudes de adultos que, na verdade, levam as moças ______

rebeldia insensata e ______ uma fuga também insensata.

a) às, à, à

b) as, à, à

c) às, a, à

d) às, à, a

e) às, a, à

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Exercícios – Regência Verbal e Nominal

1. Assinale a regência verbal correta. a) Um bom governo paga bem seus funcionários. b) O passageiro pagou o motorista. c) O passageiro não pagou o motorista. d) Um bom governo paga bem a seus funcionários. 2. Reescreva as frases seguintes, substituindo o que estiver em destaque pelo verbo indicado

entre parênteses. Faça as alterações necessárias, sem modificar o sentido da frase. a) Presenciávamos tudo atônitos. (assistir)

b) Ver televisão é um hábito de todo mundo? (assistir)

c) Em poucos segundos ele chegou e socorreu a vítima. (assistir)

d) Ninguém demonstrava simpatia pelo médico. (simpatizar)

e) Todos acabaram cedendo aos desígnios do chefe. (obedecer)

f) Os mais acomodados cumpriam as leis injustas. (obedecer)

g) Transgredir a lei é ato passível de punição. (desobedecer)

3. Preferir: Assinale a correta. a) Sempre preferi muito mais estudar do que trabalhar. b) A menina preferia seu pai à sua mãe. c) Prefiro muito mais vinho que cerveja. d) Prefiro mais o vinho do que a cerveja. 4. (Fuvest-SP) Indique a alternativa correta.

a) Preferia brincar do que trabalhar. b) Preferia mais brincar a trabalhar. c) Preferia brincar a trabalhar. d) Preferia brincar à trabalhar. e) Preferia mais brincar que trabalhar. 5. Complete com o verbo agradar:

a) As soluções apresentadas pelo presidente não _______________ (satisfazer) integrantes

da comissão.

b) Não perde as oportunidades de ______________ (fazer carinho) o seu gato.

c) É muito difícil ______________ (satisfazer) gregos e troianos ao mesmo tempo.

Complete: Obedecer – Desobedecer

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a) Se você obedecer _______ lei, nunca terá problemas com a justiça.

b) Vivia a desobedecer ________ seus pais, como se gostasse disso.

6. Complete: Pagar – Perdoar – Agradecer a) Peterson pagou ________ feirante.

b) Não agradeci convenientemente ________ fã que me enviou flores.

c) Perdoar _______ criminoso é fomentar a violência.

d) Ainda não paguei ________ dona do bar.

8. (USP) Quanto a amigos, prefiro João _______ Paulo, _______ quem sinto _______ simpatia. a) a – por – menos b) do que – por – menos c) a – para – menas d) do que – com – menas e) do que – para – menas 9. Assinalar a frase correta. a) Os tolos admiram e obedecem os velhacos. b) Agradeci ao anfitrião o convite. c) Eis o filme que quero assistir. d) Nenhuma das anteriores. Regência Nominal

10. Reescreva as frases, preenchendo com a preposição adequada. Se necessário, faça a

combinação da preposição com o artigo. a) Nem bem havia se adaptado ................ o novo trabalho, foi despedido.

b) Mostrava-se afável ................ os vizinhos.

c) Sentia-se apto ................ conduzir o veículo.

d) O seresteiro já parecia acostumado ................ a garoinha.

e) Tinha medo ................ tempestades.

f) Mantinha-se alheio ................ tudo.

g) Tenho admiração ................ sua mãe.

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Exercícios II – Regência Verbal e Nominal

1. Corrigir, se necessário: a) Que ideal você aspira? b) Cheguei em casa a dez horas. c) Ao empregado o patrão pagou a conta. 2. Complete com o, a, ao, à. a) Eu já paguei ________ ingresso.

b) Você já pagou ________ clube?

c) Os cidadãos devem obedecer ________ lei.

d) Pela primeira vez, desobedeceu ________ regulamento.

3. Complete com o(s), a(s), ao(s), à(s) convenientemente. a) Amanhã iremos assistir ________ jogo do Flamengo.

b) Não assistimos ________ reunião.

c) Ontem, você assistiu ________ programa de televisão.

d) O sacerdote assistia ________ enfermo.

e) O gerente visará ________ documentos.

f) Eles visavam ________ próprio bem.

g) O atirador visou ________ olho do animal.

4. (UEPG-PR) Marque a alternativa que contém erro e justifique sua escolha. a) Ainda não assisti ao filme que você me indicou. b) Ninguém obedece o sinais de trânsito. c) Prefiro esta fazenda àquela que você comprou ontem. d) Se aspiras a cargo de chefia, deves trabalhar muito. e) N.d.a. 5. Considere estas duas frases: a) O vigia caiu da cadeira que estava dormindo. b) Meus amigos não conheciam as pessoas que jantamos ontem.

É possível extrair de cada uma delas um sentido absurdo, uma vez que geram ambiguidade. Explique, em cada uma delas, qual é esse sentido.

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6. Nos enunciados a seguir ocorrem construções sintáticas muito comuns na variante coloquial da língua. Reescreva-os de acordo com a norma padrão.

a) Há pessoas que preferem muito mais fechar os olhos do que enfrentar os problemas

sociais. b) O terreno que os manifestantes acamparam pertence à prefeitura. 7. Complete: (Regência Nominal)

a) Estou acostumado ________ essa situação.

b) Meu irmão está apto ________ dirigir neste final de semana.

c) Somos capazes ________ vencer este jogo!

d) Tenho admiração ________ pessoas humildes e de bom coração.

e) Esta dúvida ________ os dois garotos, está me tirando do sério.

8. Assinale a alternativa certa que poderia completar a frase: “Minha mãe foi muito

generosa ________ meu irmão.” a) por b) de c) sobre d) com e) acerca de 9. (USP) Observe as frases seguintes: I. Pedro pagou os tomates. II. Pedro pagou o feirante. III. Pedro pagou os tomates ao feirante. Assinale a alternativa que teve considerações CORRETAS sobre tais frases. a) Estão corretas apenas I e II porque o verbo pagar é transitivo direto. b) A II está errada porque quando pagar tem por objeto um nome de pessoa, é transitivo

indireto (o certo seria “ao feirante”). c) Apenas I está correta. d) A frase III é a única correta e pagar é transitivo direto nesta frase. e) Todas as frases estão construídas conforme as regras de regência do verbo pagar. 10. (Osec-SP) Corrija o erro, justificando-o: Prefiro mais carro que ônibus.

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ESTUDO INTRODUTÓRIO À REDAÇÃO OFICIAL

1. Definição e classificação da redação oficial

Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos

normativos e comunicações. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso

da norma padrão da língua, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.

Fundamentalmente essas características decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37:

"A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)". Sendo a publicidade e a

impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem

igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.

Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. (BRASIL, 2002, p. 4)

Os textos produzidos dentro das normas da redação oficial podem ser agrupados em

dois grupos:

(1) correspondência, cujos tipos mais comuns são: o ofício, o memorando, o

requerimento, o telegrama, o fax;

(2) documentos, dentre os quais podemos citar: a ata, a certidão, a portaria, a

procuração, o relatório, a instrução normativa, o decreto, entre outros.

Documentos e correspondências oficiais mantêm estreita relação entre si, não apenas

pelas características comuns, mas também porque o encaminhamento de documentos, via de

regra, faz-se acompanhar de correspondências.

Ressalta-se, que nem todos os documentos e as correspondências oficiais são gerados

pelo serviço público. Um exemplo é a declaração, que pode ser realizada pelo cidadão em

favor de si mesmo; o requerimento, que pode ser originado por meio do cidadão ou grupo de

cidadãos, fora do serviço público, o correio eletrônico, do qual pode se valer o cidadão a fim

de se comunicar com o serviço público, e outros casos. O que os eleva a grupos de textos

oficiais é a intenção para a qual foram gerados: discutir assunto (s) de interesse do (s)

signatário (s) ou do que ele representa junto ao (s) órgão (s) público (s).

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Ambos os grupos – correspondência e documentos – requerem obediência a regras

específicas e tradicionais de feitura: impessoalidade, linguagem padrão, clareza, formalidade,

padronização, clareza e concisão, uma vez que ambos devem sempre permitir uma única

interpretação e ser estritamente impessoal e uniforme, o que exige o uso de certo nível de

linguagem e também acentuado caráter de formalidade.

Primeiramente, para se compreender o caráter de formalidade desses textos, ressalva-

se que a redação oficial obedece a normas estabelecidas por decretos, portarias e instruções

normativas federais que regulamentam sua classificação e feitura. Essas normas, contudo, não

impedem que estados e municípios subestabeleçam regras, com algumas variáveis.

Por fim, vale destacar que a identificação sobre as características específicas da forma

oficial de redigir deve ensejar a comunicação impessoal e de máxima clareza. E não uma

forma específica de linguagem que coloquialmente se designa burocratês, porque esta forma

de linguagem apresenta uma distorção do que deve ser a redação oficial, caracterizando-se

pelo uso abusivo de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de

construção de frases.

Utilizam a redação oficial:

a) a Administração Direta (serviços integrados na estrutura administrativa da

Presidência da república e dos Ministérios);

b) a Administração Indireta (entidades dotadas de personalidade jurídica própria):

autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, órgãos que

compõem os poderes Legislativo e Judiciário).

Feitas as considerações básicas da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de

cada uma delas.

1.1. Características da redação oficial

Os textos da redação oficial devem apresentar as seguintes características:

impessoalidade, linguagem padrão, clareza, formalidade, padronização, clareza e concisão,

que podem ser explicadas assim:

a) Impessoalidade

A redação oficial deve ser isenta da interferência da individualidade. O tratamento

impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:

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a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por

exemplo, de um expediente assinado por Chefe de dada Seção, é sempre em nome do Serviço

Público que é feita a comunicação;

b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação: tem-se um destinatário concebido

de forma homogênea e impessoal;

c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: não cabe qualquer tom particular ou

pessoal.

Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que,

por exemplo, constam em um artigo assinado de jornal. Por isso, a necessidade de se produzir

textos, pondo em relevância o seu caráter público, utilizando a concisão, a clareza, a

objetividade e a formalidade a fim de contribuir para a impessoalidade do texto.

b) Uso da norma padrão da língua

O texto oficial requer o uso da norma padrão da língua. Norma padrão é aquela em

que:

a) se observam as regras da gramática tradicional,

b) se emprega um vocabulário comum aos usuários de dado idioma.

c) não se contrapõe à simplicidade de expressão, portanto devem ser evitadas as construções

complexas.

c) Formalidade

Os textos oficiais devem obedecer a certas regras de forma, tanto as de expressões

linguísticas quanto as de constituição e diagramação. O caráter de formalidade é estipulado,

ainda, pelo emprego adequado dos pronomes de tratamentos, pela concisão e impessoalidade.

d) Padronização

A clareza de digitação, o uso de papéis uniformes e a correta diagramação do texto são

indispensáveis à padronização. Cada modalidade de texto tem seu jeito de ser formalizada e

formulada.

e) Clareza

A clareza deve ser a qualidade principal de todo texto oficial. Claro é aquele texto que

possibilita imediata compreensão pelo leitor. A clareza não é algo que se atinja por si só: ela

depende estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem:

a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um

tratamento personalista dado ao texto;

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b) o uso da norma padrão, que permite imediato entendimento por parte do leitor e lhe facilita,

também, o entendimento geral;

c) a formalidade e a padronização, que proporcionam a uniformidade dos textos;

d) a concisão, que evita os excessos linguísticos, as frases feitas e, algumas vezes, vazias de

conteúdo.

É pela observação atenta dessas características que se redige com clareza. Outro

cuidado que favorece a clareza é a releitura de todo texto, bem como sua revisão cuidadosa.

f) Concisão

A concisão consiste na transmissão de um máximo de informações com um mínimo de

palavras. Deste modo, é necessário que o redator tenha conhecimento do assunto e domine o

nível culto da língua em situações de formalidade que exijam o uso deste.

1.2. Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam algumas

peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à

segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação),

levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que

integra a locução como seu núcleo sintático: "Vossa Senhoria nomeará o substituto"; "Vossa

Excelência conhece o assunto".

Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são

sempre os da terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ...

vosso...").

Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir

com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim,

se o interlocutor for homem, usa-se "Vossa Excelência está atarefado", "Vossa Senhoria deve

estar satisfeito"; e se for mulher, "Vossa Excelência está atarefada", "Vossa Senhoria deve

estar satisfeita".

O emprego dos pronomes de tratamento obedece à secular tradição. São de uso

consagrado:

Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

a) do Poder Executivo;

Presidente da República;

Vice-Presidente da República;

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Ministros de Estado;

Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;

Oficiais-Generais das Forças Armadas;

Embaixadores;

Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;

Secretários de Estado dos Governos Estaduais;

Prefeitos Municipais.

b) do Poder Legislativo:

Deputados Federais e Senadores;

Ministro do Tribunal de Contas da União;

Deputados Estaduais e Distritais;

Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;

Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

c) do Poder Judiciário:

Ministros dos Tribunais Superiores;

Membros de Tribunais;

Juízes;

Auditores da Justiça Militar.

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é

Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo

respectivo:

Senhor Senador,

Senhor Juiz,

Senhor Ministro,

Senhor Governador,

Senhor Prefeito,

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No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por

Vossa Excelência, terá a seguinte forma:

A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70.064-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70.165-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Cível Rua ABC, no 123 01.010-000 – São Paulo. SP

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo

adequado é:

Senhor Fulano de Tal,

(...)

No envelope, deve constar do endereçamento:

Ao Senhor

Fulano de Tal

Rua ABC, no 123

70.123 – Curitiba. PR

Observações:

O uso dos tratamentos Digníssimo7 (DD.) e Ilustrissimo (Ilmo.) foi abolido pela

Instrução Normativa nº4, de 6/3/92.

Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite

usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações

dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado8.

Menciona-se, ainda, a forma Vossa Magnificência, usada por força da tradição, em

comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:

Magnífico Reitor,

(...)

Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:

Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é:

7 A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. 8 É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações. 

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Santíssimo Padre,

(...)

Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais.

Corresponde-lhe o vocativo:

Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou

Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,

(...)

Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e

Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores,

Cônegos e superiores religiosos. O pronome Vossa Reverência é usado para sacerdotes,

clérigos e demais religiosos.

1.3. Fechos para Comunicações

O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a

de saudar o destinatário. Uma recomendação feita pela Instrução Normativa nº4, da Secretaria da

Administração Federal, de 6 de março de 1992, que contribui para o caráter de concisão dos

textos da correspondência oficial, diz: “Evite o uso de frases feitas para iniciar o texto. Em lugar

de: ‘Tenho a honra de’, ‘Tenho o prazer de’, ‘Cumpre-me informar que’, empregue a forma

direta: ‘Informo Vossa Excelência de que’, ‘Encaminho a Vossa Senhoria’.” Temos a considerar,

ainda, que iniciar o texto da correspondência com expressões como “Venho por meio deste”,

“Vimos através deste” constitui erro de redundância, uma vez que o ofício, a carta, e outros textos

da correspondência são o meio óbvio, por meio do qual o emissor marca presença junto ao

receptor. Ou seja, neste caso, percebe-se que a redundância não se compõe apenas de elementos

linguísticos, mas também, em certas ocasiões, de elementos contextuais, extralinguísticos.

Os modelos para fecho, também são estabelecidos pela mesma Instrução Normativa

em que se determina o emprego de somente dois fechos diferentes para todas9 as modalidades

de comunicação oficial:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

Respeitosamente,

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

Atenciosamente,

9 Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.

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1.4. Identificação do Signatário

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais

comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do

local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

(espaço para assinatura) Nome

Ministro de Estado da Justiça

(espaço para assinatura) Nome

Prefeito de Florianópolis

Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do

expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

2. Ofício

Há dois tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela

forma: o ofício e o memorando. Nos dois adota-se uma diagramação única.

2.1. Estrutura e diagramação do Padrão Ofício

O ofício10 e o memorando devem conter as seguintes partes:

a) Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: é a

numeração, dentro do ano, que o ofício recebe, em ordem cronológica de feitura, seguida da

sigla de indicação do órgão emitente.

Exemplos:

Memorando nº 155/GD

GD – Gabinete do Diretor

Ofício nº 175/2010-SED

Secretaria de Estado da Educação

10 O Ofício deve conter o timbre, símbolo, nome do órgão e nome da unidade. Deve estar impresso no alto do papel. Ressalta-se que o papel timbrado é de uso exclusivo das comunicações oficiais, não podendo ser usado em correspondências de caráter particular. O timbre é marca oficial e não pode ser alterado pela pessoa encarregada do expediente. 

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b) Local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita: o

mês deve ser escrito por extenso e com inicial minúscula e, após, o último algarismo do ano,

deve ser feito o ponto final.

Exemplo:

Florianópolis, 15 de março de 2010.

c) Assunto: resumo do teor do documento

Exemplos:

Assunto: Produtividade do órgão em 2009.

Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

d) Vocativo: é a saudação. Deve ser empregado o tratamento adequado ao

destinatário, grafado por extenso, conforme foi visto na seção de estudo dos pronomes de

tratamento. Nos ofícios dirigidos por órgãos públicos ao cidadão que não exerce função

pública, emprega-se o vocativo Senhor (a), grafado por extenso, seguido do nome do

receptor.

Exemplo: Senhor João, Senhora Joana.

e) Texto: é a exposição do assunto, o “corpo” do ofício. O texto do ofício que

encaminha documentos, em resposta a pedido por escrito, “deve iniciar fazendo referência ao

expediente que solicitou o encaminhamento”. Caso o motivo da comunicação seja um

encaminhamento devem-se indicar a seguir os dados completos do documento encaminhado

(tipo, data, origem ou signatário e assunto de que trata) e a razão pela qual está sendo

encaminhado, conforme está destacado nas transcrições a seguir:

Em resposta ao Memorando nº25, de 15 de fevereiro de 2010, encaminhamos anexa, cópia do Ofício

nº50, de 23 de abril de 2009, da Secretaria de Estado da Educação, que trata da contratação do servidor

Fulano de Tal.

ou

Encaminhamos, para exame e pronunciamento, a cópia anexa do Memorando nº57, de 5 de março de

2007, do Prefeito Municipal de Chapecó, a respeito do projeto de modernização de técnicas agrícolas

na região oeste de Santa Catarina.

Nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente

deve conter a seguinte estrutura:

introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o

assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”,

“Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta;

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desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma idéia

sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior

clareza à exposição;

conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição

recomendada sobre o assunto.

f) Fecho: é o arremate do texto. É a parte do ofício em que mais incisivamente aparece

a modificação determinada pela Instrução Normativa nº4, de 6 de março de 1992 (Cf. 1.3.

Fechos para Comunicações). Sendo essas formas “respeitosamente” e “atenciosamente”

comuns a todas as comunicações oficiais.

O fecho deve distar um espaço duplo ou 1cm do último parágrafo do texto, vir

centrado à direita, isto é, iniciar no centro vertical da folha e ser seguido de vírgula.

g) Identificação do signatário: é constituída do nome, digitado em maiúsculas, e do

cargo só com as iniciais maiúsculas, escrito sob o nome. A assinatura é feita imediatamente

acima do nome, sem traço horizontal entre os dois. Este conjunto de dados que identificam o

signatário vem centralizado à direita, na mesma direção vertical do fecho, a 2,5com ou 3

espaços duplos deste.

h) Identificação do destinatário: é constituída do pronome de tratamento adequado,

seguido de o Senhor ou a Senhora escrito acima do nome do cargo ou função exercida pelo

destinatário seguido do nome deste (na mesma linha). Abaixo desses dados coloca-se o

endereço. Exemplo:

A Sua Excelência o Senhor

Deputado (nome)

Câmara dos Deputados

70160-990 – Brasília – DF

2.1. 2. Forma de diagramação

Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação:

a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11

nas citações, e 10 nas notas de rodapé;

b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes

Symbol e Wingdings;

c) é obrigatório, constar a partir da segunda página, o número da página;

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d) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;

e) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;

f) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;

g) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada

parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, deixa-se uma linha em

branco;

h) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas,

sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a

elegância e a sobriedade do documento;

i) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão

colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;

j) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de

tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;

k) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto

preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;

l) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte

maneira:

tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo

Exemplo: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”

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Desenho esquemático do Ofício11

11 BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/manual/manual.htm. (P. 15-16).

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3. Memorando

3.1. Definição e Finalidade

“O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um

mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente.

Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna” (MENDES et al.,

1991, p.52).

Esse tipo de correspondência oficial assemelha-se, em sua estrutura, ao ofício. Trata de

assuntos meramente administrativos, entretanto, é usado também para a exposição de

projetos, idéias, diretrizes, entre outros. Admite que lhe dê o despacho no próprio formulário,

o que agiliza a tramitação do(s) assunto(s) tratado(s) nele.

Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer

órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos.

Ressalta-se que o memorando não é de uso exclusivo do serviço público, mas é muito

utilizado também na correspondência empresarial interna (indústria, comércio etc) e externa

(entre matriz e filiais). Neste caso, o memorando deve circular por malote próprio da empresa

e não pelo correio.

3.2. Estrutura e diagramação do memorando

O Manual de Redação da Presidência da República estabele, para o memorando, os

seguintes elementos constitutivos:

a) Nome, número e sigla de identificação da origem: são escritos no alto, junto

à margem esquerda. Exemplo:

Memorando nº15/DSP

15: indica que é o 15º memorando escrito no ano em curso;

DSP: sigla do órgão expedidor, Departamento de Saúde Pública.

b) Data: não deve ser antecedida do nome da localidade,12 visto ser esta uma

informação óbvia, já que o memorando e uma correspondência interna.

c) Destinatário: é indicado pelo cargo que ocupa, ou pelo nome, quando essa

correspondência destina-se a servidor público sem cargo administrativo (ex.:

12 Caso se trate do meio empresarial, em memorandos trocados entre matriz e filiais situadas em localidades distintas, grafa-se o nome da localidade junto à data.

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professor). Esse elemento deve vir sob o número e a sigla, rente à margem

esquerda após AO (À) ou PARA.

d) Assunto: é escrito abaixo da indicação do destinatário, alinhado a esta.

e) Texto: deve iniciar a 4cm do item anterior ou 4 espaços duplos abaixo deste.

Sua linguagem é simples, ou seja, menos cerimoniosa do que a utilizada no

ofício, concisa e clara.

f) Fecho: usa-se o mesmo do ofício – Atenciosamente ou Respeitosamente –,

centrado à direita, seguida da vírgula.

g) Nome e cargo do emitente: também à semelhança do ofício, são grafados a

4cm ou 4 espaços duplos do fecho.

Se o texto possuir mais de uma folha , escreve-se ao pé da primeira folha, a palavra

“continua” e no alto da próxima, “continuação”. No cabeçalho da folha de continuação

escreve-se o número do memorando.

3.3. Tipos de Memorandos

Memorando Circular: se o assunto de que trata o memorando precisa ser

comunicado a vários destinatários, ele se transforma em circular. Em memorandos desse tipo,

escreve-se, no rodapé CC – com cópia – seguido de p/ e da abreviatura dos setores que

receberam a cópia.

Memorando Sigiloso: deve constar, abaixo do cabeçalho, a palavra RESERVADO

(em caixa alta), ser enviado em envelope lacrado e rubricado pelo emitente na aba do fecho,

onde também deve conter a palavra RESERVADO seguida do número do memorando, da

indicação do emissor e do nome da autoridade a quem é dirigido.

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Desenho esquemático do Memorando13

13 BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/manual/manual.htm. (P. 19).

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4. Correio Eletrônico

4.1 Definição e finalidade

O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e agilidade, transformou-se em uma

forma de comunicação fundamental para transmissão de documentos.

4.2. Forma e Estrutura

Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Deste modo,

não interessa determinar forma rígida para sua estrutura. Contudo, deve-se evitar o uso de

linguagem incompatível com uma comunicação oficial (Cf. 1.1. (item b)).

O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de

modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.

Para os arquivos anexados à mensagem deve se valer, preferencialmente, do formato

Rich Text. A mensagem em que se encaminha algum arquivo deve trazer informações

mínimas sobre o seu conteúdo.

Sempre que possível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não esteja

disponível, deve vir acompanhado da mensagem um pedido de confirmação de recebimento.

4.3. Valor documental

Nos termos da legislação vigente, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor

documental, isto é, para que possa ser aceita como documento original, é preciso haver

certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

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Fixação do Conteúdo

1. “Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão” (Manual de redação da presidência da República, 2ª. ed. 2002). Segundo esse segmento, o item abaixo que NÃO colabora para a obscuridade de uma mensagem é: a) a ambiguidade de certos termos; b) a excessiva inversão de termos; c) a troca de uma palavra por um sinônimo; d) o emprego de vocabulário incomum; e) o uso de termos técnicos específicos. 2. Em uma mensagem administrativa deve(m) evitar-se: a) as marcas de pessoalidade; d) a concisão da expressão; b) a transparência semântica dos vocábulos; e) a clareza expositiva. c) a inteligibilidade do que é veiculado; 3. Entre as autoridades abaixo citadas, aquela para a qual NÃO deve ser empregado o tratamento de Vossa Excelência é: a) Oficiais Generais; d) Cardeais; b) Ministros de Estado; e) Secretários de Estado. c) Prefeito; 4. Num expediente aparece escrito o seguinte: Of.28/2006-SG; esses elementos indicam: a) o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede; b) o tipo e a data do expediente, seguido das iniciais da pessoa responsável; c) o modelo do expediente, seguido do dia do mês, ano e sigla do órgão expedidor; d) o modelo do expediente, o número do documento e ano de sua expedição, seguido das iniciais da autoridade responsável; e) o tipo e o número do expediente, acompanhado das iniciais do digitador. 5. O local e a data de um ofício, aviso ou memorando deve aparecer: a) de forma abreviada, ao final do documento; b) de forma extensa, com alinhamento à direita, na parte inicial do documento; c) de forma extensa, com alinhamento à esquerda, no início do documento; d) de forma abreviada, à esquerda, ao final do documento; e) no envelope de correspondência e não no corpo do documento.

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6. A fonte gráfica e o corpo utilizados na apresentação dos documentos do Padrão Ofício são, respectivamente: a) Times New Roman, 14; b) Times New Roman, 12; c) Courier, 12; d) Courier, 10; e) Arial, 10. 7. Em relação à redação de correspondências oficiais, considere as afirmações abaixo. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões): I – As comunicações oficiais, incluindo as assinadas pelo Presidente da República, devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local da assinatura. II – No ofício, além do nome e do cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação, deve-se incluir também o endereço. III – No memorando, o destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. a) I, apenas. b) I e III, apenas. c) III, apenas. d) II e III, apenas. e) I e II, apenas. 8. Se o destinatário de determinada carta fosse um dos nossos senadores, qual deveria ser o tratamento empregado, de forma abreviada? a) S.Sª. b) V.A. c) V.Exª. d) V. Excia. e) V.Sª.

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A ESTREIA DA NOVA ORTOGRAFIA

Aula de português

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem

na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,

e vai desmatando o amazonas de minha ignorância.

Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,

em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé,

a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.

(Carlos Drummond de Andrade)

Uma novidade entrou em vigor no Brasil neste dia 1.º de janeiro de 2009: a reforma

ortográfica. Em setembro de 2008, o presidente Lula decretou a aplicação do acordo no

Brasil. Com a aplicação de tal acordo ortográfico almeja-se (com o passar do tempo) a

unificação do registro escrito nos oito países de língua portuguesa: Brasil, Portugal, Angola,

Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor Leste. O prazo oficial

para a adaptação completa é estimado até 2012, entretanto até tal data, as duas formas irão

conviver lado a lado, como, por exemplo, em concursos públicos, exames vestibulares e

provas escolares. A adesão à reforma para as escolas, de modo geral, deve ser perpetrada até

2010, conforme dizem os especialistas. É importante ressaltar que esse acordo é

simplesmente ortográfico; logo, restringe-se à língua escrita e não à língua falada.

Embora as mudanças atinjam em menor escala a grafia usada no Brasil, os brasileiros podem

estranhar determinadas regras, tais como: a supressão do trema14 e o desuso dos acentos

agudo e circunflexo em certos casos.

14 O trema permanece apenas em palavras estrangeiras e suas derivadas, como Müller, mülleriano.

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Ponto de vista

A nova ortografia causou reações de vários tipos dentre as pessoas. Há quem diga

que outras reformas deveriam ser realizadas em nosso país, pois são imprescindíveis, e não

discordo, porém uma coisa não exclui a outra, sendo que há quem se coloque a favor da nova

reforma, argumentando que o português é uma das línguas mais faladas no mundo e ainda não

está unificado. Todavia, a reforma ortográfica está em vigor em nosso país (depois de alguns

anos de discussões a respeito) e precisamos nos adequar gradualmente a essa nova maneira de

escrever determinadas palavras. Deste modo, para que a reforma não caia de pára-quedas em

nosso cotidiano (ou melhor, “paraquedas”, de acordo com a nova regra gramatical) é

importante estarmos atentos às novas grafias.

Uma sugestão para quem quer ou precisa se atualizar sobre este tema é o Guia

Prático da Nova Ortografia da editora “Melhoramentos”, elaborado por Douglas Tufano15. A

revista Veja.com16 e a Folha online17 divulgaram também um quadro simples e prático para

consulta. Há ainda a obra Escrevendo Pela Nova Ortografia que inaugurou uma parceria entre

a “Publifolha” e o “Instituto Antônio Houaiss”. Para quem procura um corretor ortográfico

atualizado, já há um verificador ortográfico no mercado adaptado às novas grafias, o Vero,

que constitui o pacote de aplicativos gratuitos BR Office.

Portanto, vamos juntos e tranquilos “devagar, devagarinho” começar a dar voos

novos nessa atmosfera de novidades em torno da língua escrita, pois se voarmos com

frequência, logo, seremos uma plateia joia. Sem almejar voos estratosféricos, voemos

devagar dando um voo após o outro. Se cada um der um primeiro voo, a descoberta ficará

superinteressante, visto que é um desafio para as pessoas que já saíram dos bancos escolares e

estão adaptadas à ortografia que antecede a esta e terão que reestudar o que foi aprendido na

escola há um bom tempo. O meu primeiro voo foi esse artigo e o seu? Vamos ser super-

resistentes ao novo ou superexigentes com a gente mesmo?

Novas regras

Preparamos uma breve versão das principais alterações realizadas pela reforma

ortográfica para você consultar quando necessário. Ressaltamos que não há alteração na

pronúncia, somente na grafia.

15 Douglas Tufano é professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa. 16Disponível em: http://veja.abril.com.br/educacao/reforma-ortografica/index.html. Acesso em 10 de janeiro de 2009, às 15 horas. 17Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u321371.shtml. Acesso em 10 de janeiro de 2009, às 17 horas.  

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• O alfabeto passou a ter 26 letras, incorporando as letras “k“, “w“ e “y“. Por

exemplo: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt), show, Kafka, Kelly, Willyam.

• O trema foi totalmente eliminado. Assim, as palavras tranquilo e linguiça passam

a ser escritas tranquilo e linguiça. O trema será mantido, apenas em palavras estrangeiras e

suas derivadas, como Müller, mülleriano.

• O acento agudo desaparece para os ditongos abertos (ei, oi) em palavras

paroxítonas: “assembleia”, “ideia“, “jiboia”. (As palavras paroxítonas têm acento tônico na

penúltima sílaba)18.

• Não se emprega mais, nas palavras paroxítonas, o acento no i e no u tônicos

quando vierem depois de um ditongo. Por exemplo: bocaiuva, feiura.

Atenção: se a palavra for oxítona19 e o i ou o u estiverem em posição final (seguidos

ou não de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

• Não se usa mais o acento circunflexo das palavras finalizadas em êem e ôo(s):

“creem”, “deem”, “leem“, “veem”, “enjoo” e “voo”. Porém, têm e vêm e seus derivados20

(para denotar plural), pôr (“pôr” é verbo e “por” é preposição)21 e pôde (a forma do passado

do verbo poder – pretérito perfeito do indicativo)22 continuam sendo acentuados.

• Não se usa mais acento para diferenciar verbo de substantivo ou preposição: assim,

os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s) e pêra/pêra não serão mais diferenciados

pelo acento na escrita, mas sim pelo contexto.

18Atenção: continuamos a acentuar as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Por exemplo: papéis, herói, heróis, troféu, troféus; e monossílabas: dói. 19 Oxítona é uma palavra cujo acento tônico recai na última sílaba. 20João tem dois filhos/João e Maria têm dois filhos – Camila vem de Salvador/Camila e Davi vêm de Salvador – Ele mantém o leite gelado/Eles mantêm o leite gelado. 21 Exemplo: Vagner vai pôr o CD de música no aparelho de som que foi consertado por mim. 22 “Pode” é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Por exemplo: Mariana não pôde conversar comigo ontem, mas hoje ela pode. 

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• Para palavras compostas com prefixos, emprega-se sempre o hífen diante de

palavra iniciada por “h”. Por exemplo: anti-higiênico, co-herdeiro, macro-história, super-

homem.

A única exceção (claro, a exceção não podia faltar!): “subumano”. Sem “h”.

• Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento

começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-inflamatório, auto-observação, contra-ataque,

micro-ondas, micro-ônibus.

• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o

hífen. Exemplos: ex-aluno, ex-prefeito, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, recém-

casado, recém-nascido.

• O hífen deve ser empregado para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente

se combinam, como em: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

• Não se usa hífen quando o prefixo termina com uma vogal diferente daquela com

que se inicia o segundo elemento. Exemplos: anteontem, autoaprendizagem, autoescola,

coautor, infraestrutura, semiaberto.

Exceção: o prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento, mesmo

quando este se inicia por o: coordenar, cooperar, entre outros.

• Não se utiliza o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento

começa por consoante diferente de r ou s, por exemplo: anteprojeto, antipedagógico,

autopeça, seminovo.

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-

almirante, vice-prefeito e outros.

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• Não se usa hífen quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas

consoantes ser duplicadas, como em: contrarregra, antirrugas, minissaia, semirreta, ultrassom.

Com prefixos que acabam em s ou r, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela

mesma consoante: inter-regional, super-resistente, super-romântico.

• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de

composição23. Por exemplo: girassol, mandachuva, paraquedas, pontapé.

• Se ao fim da linha a separação de uma palavra ou a combinação de palavras

coincidirem com o hífen, ele deve ser repetido na linha subsequente. Exemplo:

Há muitas leituras interessantes na pós-

-graduação.

CURIOSIDADE

Em Portugal o c e o p desaparecerão das palavras em que essas letras não são

pronunciadas. Por exemplo:

acto ato

acção ação

adopção adoção.

Deste modo, estas palavras serão escritas como escrevemos atualmente no Brasil:

ato, ação e adoção.

E, também, algumas palavras iniciadas com h serão grafadas como no Brasil.

Herva erva

Húmido úmido

23 Não se emprega o hífen em palavras que perderam a noção de composição, mas uma lista de palavras com essa perda não aparece no Acordo Ortográfico. A noção de composição é subjetiva e deixa margem à dúvida. 

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SÍNTESE DAS MUDANÇAS DA NOVA ORTOGRAFIA

Tabela retirada da FolhaOnline24

24 Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u485725.shtml, acesso em 12/11/2009.

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Exercícios

1. Leia as frases a seguir e analise se a palavra destacada está correta ou errada, de acordo com a nova ortografia. Quando acabar, confira o seu desempenho e as respostas comentadas. 1 - Ele estuda lingüística faz anos. ( ) Certo ( ) Errado 2 - O exprefeito foi reeleito com 71% dos votos. ( ) Certo ( ) Errado 3 - Meu aluno não gosta do superomem. ( ) Certo ( ) Errado 4 - Vocês vêem muita televisão, hein?! ( ) Certo ( ) Errado 5 - O quarto de Joana está precisando de uma superreforma. ( ) Certo ( ) Errado 6 - O viceprefeito assumirá o cargo em novembro. ( ) Certo ( ) Errado 7 - Ainda faltam 150 kilômetros para chegarmos ao Paraguai. ( ) Certo ( ) Errado 8 - A escola em que meus sobrinhos estudam tem uma bela infraestrutura. ( ) Certo ( ) Errado 9 - A entrevista da Emília, logo mais, será bem tranqüila. ( ) Certo ( ) Errado 10 - Anita ficou mega-feliz ao encontrar Pedro no cinema. ( ) Certo ( ) Errado 11 – Adoro sair de minissaia. ( ) Certo ( ) Errado 12 - Esta autoestrada festá em péssimas condições. ( ) Certo ( ) Errado 13 - Não aguento mais te ouvir falar neste assunto. ( ) Certo ( ) Errado 14 – Minha prima é muito paranóica, vive se preocupando com tudo. ( ) Certo ( ) Errado 15 – Por favor, coloque o leite para esquentar no micro-ondas. ( ) Certo ( ) Errado

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Gabarito Comentado 1 - ERRADO. O trema foi abolido, mas lembre-se que ele ainda aparece em nomes próprios. A forma correta é linguiça. 2 - ERRADO. A regra utilizada para o prefixo ex não sofreu alteração: ele continua sendo separado por hífen. Assim, a forma correta é ex-prefeito. 3 - ERRADO. A regra do hífen não alterou os casos em que o elemento seguinte ao prefixo iniciar pela letra H: palavras compostas com H no meio sempre pedirão hífen. Assim, a forma correta é super-homem. 4 - ERRADO. Não se acentuam mais os encontros êe das palavras. Assim, a forma correta é veem. 5 - ERRADO. O prefixo super exige hífen se a palavra seguinte começar com r. Assim, a forma correta é super-reforma. 6 - ERRADO. A regra utilizada para o prefixo vice não sofreu alteração: ele continua sendo separado por hífen. Assim, a forma correta é vice-prefeito. 7 - ERRADO. O K, assim como o W e o Y, agora fazem parte oficialmente do nosso alfabeto. No entanto, essas novas letras não alteram a grafia das palavras já existentes. Assim, a forma correta é quilômetro. 8 - CERTO. Não se utiliza mais o hífen quando o prefixo terminar por uma vogal diferente daquela que iniciar a palavra seguinte. Assim, tem-se infraestrutura. 9 - ERRADO. O trema foi abolido, mas lembre-se que ele ainda aparece em nomes próprios. Assim, a forma correta é tranquila. 10 - ERRADO. O prefixo mega somente levará hífen diante de palavra iniciada por a. Assim, a forma correta é megafeliz. 11 - CERTO. Quando o prefixo terminar em vogal e a palavra seguinte começar por r ou s, essas letras deverão ser dobradas e a palavra será escrita sem hífen. Assim, tem-se minissaia. 12 - CERTO. Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar por uma vogal diferente daquela que iniciar a palavra seguinte. Portanto, tem-se autoestrada. 13 - CERTO. O trema foi abolido, mas lembre-se que ele ainda aparece em nomes próprios. A forma correta é aguento, sem o trema. 14 - ERRADO. Não se acentua mais os ditongos ei e oi de palavras paroxítonas. Assim, a forma correta é paranoica. 15 - CERTO. Diz a nova regra que o prefixo “micro” termina com a vogal “o”, a mesma vogal com que se inicia o segundo elemento da junção, “ondas”. Agora, escreve-se “micro-ondas”.

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EXERCÍCIOS DE CORREÇÕES DE DOCUMENTOS OFICIAIS

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(Foram realizadas alterações neste documento.

O presente Ofício encontra-se no site: http://www.fecam.org.br)

Ofício Circular nº 066/2007

Florianópolis, 11 de maio de 2007.

Excelentíssimo Senhor Prefeito, A Federação Catarinense de Municípios – FECAM realizaram reunião, em 09 de

maio, com à Coordenadoria do Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa, do Ministério Público do Estado de Santa Catarina – MP/SC, objetivando tratar das questões relacionadas com os Termos de Ajustamento de Conduta sobre o nepotismo.

Na reunião, os promotores de justiça salientaram que as questões referentes aos Termos de Ajustamento de Conduta, tais como prazo para exoneração, proibição do nepotismo cruzado (entre Poder Executivo e Legislativo) e valor da multa; devem ser negociadas na promotoria local de cada município, em obediência a independência funcional de cada membro do MP/SC.

Da mesma forma, foi-nos comunicado que cada promotor de justiça possui 03 (três) minutas de projeto de lei elaborado pela Coordenadoria do Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa do MP/SC: um para vedação do nepotismo no âmbito do Poder Executivo, um para vedação do nepotismo no âmbito do Poder Legislativo e outro para a alteração na Lei Orgânica do Município.

Assim, comunico a Vossa Senhoria que às questões pontuais dos Termos de Ajustamento de Conduta, dos prazos para encaminhamento dos projetos de lei e do afastamento dos servidores para eliminar o nepotismo no âmbito de cada poder, deverá ser debatida com as promotorias de cada município, pois será elas quem definirão os termos constantes do ajustamento de conduta.

Ficamos à disposição para esclarecimentos que se fizerem necessários.

Respeitosamente,

JOSÉ MILTON SCHEFFER Presidente da FECAM Prefeito de Sombrio

Ao Senhor Prefeito Neodi Sareta Prefeito do Muncicípio de Concórdia Nesta

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ARL Antônio Reinaldo & Luiz S.A

Av. Salgueiro 75 – Centro, Criciúma 88056-018

Tel: (48)3659-2757 Fax: (48) 3659-2700

E-mail: [email protected]

COMUNICAÇÃO INTERNA

Nº 025/SD/07

DE: Direção da ARL DATA: 7/10/2007

PARA: RH da ARL

ASSUNTO: Aquisição de computadores

Como resultado da recente aquisição de cento e cinqüenta computadores

(contratação de serviço de telefonia móvel e acesso do tipo banda larga a internet), esta Empresa continuará oferecendo condições dignas de trabalho, bem como a facilidade na comunicação interna e externa.

A dois meses os funcionários não fazem outra coisa, se não reclamar, desgastando, assim, a relação de trabalho entre os membros deste órgão. Esperamos que com esta atitude possamos tornar este local prazerozo e fazer das nossas cessões “coffee break” um momento de descontração, aonde sócios-diretores e demais empregados visem o lucro e o sucesso da ARL.

Informamos ainda, que as salas serão climatizadas e as cadeiras substituídas por outras anatômicas, por que muitos de nossos funcionários apresentaram problemas na coluna. Então, porquê não melhorar as condições de trabalho? Certamente estes investimentos trarão benefícios a ARL.

Acreditamos que o por que deste memorando esteja implícito, mais reiteramos nossa preocupação e solicitamos a gentileza de divulgar estas informações na próxima reunião da Empresa, 15/10/2007, que contará com más de setecentos empregados.

Respeitosamente,

Antônio de Medeiros Diretor

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BRASIL. Decreto nº 2.954, de 29 de janeiro de 1999. Estabelece regras para a redação de atos

normativos de competência dos órgãos do Poder Executivo. Diário Oficial [da República

Federativa do Brasil], Brasília, n.36, p.4, 24 fev. 1999. Seção 1.

BRASIL. Instrução Normativa nº 4, de 6 de março de 1992. Consolida as regras constantes do

Manual de Redação da Presidência da República, tornando obrigatória a sua observação para

todas aquelas modalidades de comunicação oficial comuns aos órgãos que compõem a

Administração Federal. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, n.46,

p.3013, 9 mar. 1992. Seção 1.

BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República. 2.

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Tabela: saiba o que muda na ortografia. Disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u485725.shtml, acesso realizado em

12/11/2009.