apostila de madeira2006

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    CARACTERSTICAS FSICAS

    E

    MECNICAS DAS MADEIRAS

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    1.1 GENERALIDADES.

    A madeira um material natural de origem vegetal encontrada em florestas natu-rais e em florestas resultantes de reflorestamentos. Uma grande vantagem da ma-deira que sua fonte de matria prima abundante e renovvel.

    A madeira compete com o concreto e com o ao, quando comparamos suas ca-ractersticas estruturais e geralmente possui um peso especifico muito menor queo ao e o concreto.

    Existe na sociedade brasileira um preconceito quanto durabilidade e resistn-cia da madeira, que foi sendo formado ao longo do tempo, principalmente porqueas indstrias do ao e do concreto, investiram em pesquisas e divulgao dos re-sultados, acompanhados pela atualizao de suas normas de clculo, propiciandoa elaborao de projetos com alto grau de qualidade tcnica.

    No Brasil, a madeira produzida pelas serrarias, e a aplicao da madeira naconstruo civil, ocorreu desordenadamente e sem acompanhamento tcnico a-dequado. No Brasil o texto original da norma brasileira para estruturas de madeira,a NBR 7190 Clculo e Execuo de Estruturas de Madeira foi editado pela pri-meira na dcada de 50, foi atualizado somente em 1997.

    A madeira pode ser considerada um material estrutural muito resistente quandoutilizamos a espcie adequada na classificao, associado a um sistema estruturalapropriado.

    A durabilidade da construo em madeira depende diretamente do projeto arquite-

    tnico, como uso de beirais largos, formas de proteger a madeira do contato diretocom a umidade do solo, deixar a madeira respirar, etc... podem garantir uma vidatil de 50 anos ou mais.

    Uma caracterstica de madeira que merece destaque a anisotropia, responsvelpor diferentes comportamentos de acordo com a direo de aplicao da cargaem relao s fibras. Outra caracterstica importante refere-se grande variabili-dade de suas propriedades devida s inmeras espcies disponveis no mercado.

    Muitas pesquisas foram realizadas nas ltimas duas dcadas no Brasil e com issorealizou-se a reviso da norma brasileira para estruturas de madeira com grande

    contribuio da Escola de Engenharia da USP/ So Carlos e o LAMEM que resul-tou na aprovao da atual norma brasileira para projeto de estruturas de madeira,NBR 7190:1997. Muitas pesquisas precisam ser realizadas para o desenvolvimen-to da tecnologia da madeira no Brasil e a parceria entre as indstrias e as institui-es de pesquisas, gerando publicaes e criando um melhor envolvimento dearquitetos e engenheiros.

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    1.2 - FISIOLOGIA E CRESCIMENTO DA RVORE

    O crescimento principal da rvore ocorre verticalmente. Esse crescimento cont-nuo, apresentando variaes em funo das condies climticas e da espcie da

    madeira. Alm desse crescimento vertical, ocorre tambm um aumento do dime-tro do tronco devido ao crescimento das camadas perifricas responsvel pelocrescimento horizontal (cmbio). No corte transversal de um tronco de rvore es-sas camadas aparecem como anis de crescimento.

    Do ponto de vista macroscpico da rvore, podem-se observar as seguintes ca-ractersticas: do crescimento vertical resulta a medula (geralmente a madeira maisfraca ou defeituosa); ao conjunto dos anis de crescimento chama-se lenho, oqual apresenta-se recoberto por um tecido especial chamado casca; entre a cascae o lenho existe uma camada extremamente delgada, aparentemente fluida, de-nominada cmbio.

    As seivas brutas, retiradas do solo, sobem pela camada perifrica do lenho, o al-burno, at as folhas, onde se processa a fotossntese produzindo a seiva elabora-da que desce pela parte interna da casa, o floema, at as razes. Parte dessa sei-va elaborada conduzida radialmente at o centro do tronco por meio dos raiosmedulares. As substncias no utilizadas pelas clulas como alimento so lenta-mente armazenados no lenho. A parte do lenho modificada por essa substncia designada como cerne, geralmente mais densa, menos permevel a lquidos egases, mais resistentes ao ataque de fungos apodrecedores e insetos, apresentamaior resistncia mecnica. Em contraposio, o alburno,menos denso, constitu-do pelo conjunto das camadas externas do lenho, mais permeveis a lquidos e

    gases est mais sujeito ao ataque de fungos apodrecedores e insetos, alm deapresentar menor resistncia mecnica.

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    ANATOMIA DO TECIDO LENHOSO

    1.3 - PROPRIEDADES FSICAS DA MADEIRA

    Conhecer as propriedades fsicas da madeira de grande importncia porque es-tas propriedades podem influenciar significativamente no desempenho e resistn-cia da madeira utilizada.

    Entre as caractersticas fsicas da madeira cujo conhecimento importante parasua utilizao como material de construo, destacam-se:

    Umidade Densidade Retratibilidade Resistncia ao fogo Durabilidade natural Resistncia qumica.

    Outro fator a ser considerado na utilizao da madeira o fato de se tratar de ummaterial anisotrpico, ou seja, com comportamentos diferentes em relao dire-o de crescimento das fibras. Devido orientao das fibras de madeira e suaforma de crescimento, as propriedades variam de acordo com trs eixos perpendi-culares entre si: longitudinal, radial e tangencial.

    As diferenas das propriedades nas direes radial e tangencial so relativamentemenores quando comparadas com a direo longitudinal. Comumente as proprie-dades da madeira so apresentadas, para utilizao estrutural, somente no senti-do paralelo s fibras da madeira (longitudinal), e no sentido perpendicular s fibras(radial e tangencial).

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    A) TEOR DE UMIDADE

    A umidade da madeira determinada pela seguinte expresso:

    Onde:

    m1= massa midam2= massa secaw= umidade (%)

    A gua importante para o crescimento e desenvolvimento da rvore, constituin-do uma grande poro da madeira verde. Na arvore a gua na clula da madeiraapresenta-se de duas formas, como gua livre contida nas cavidades das clulas(lumens), e como gua impregnada contida nas paredes das clulas.

    Quando a rvore cortada, ela tende a perder rapidamente a gua livre existenteem seu interior para, a seguir, perder a gua de impregnao mais lentamente. A

    umidade na madeira tende a um equilbrio com a umidade e temperatura do ambi-ente em que se encontra.O teor de umidade correspondente ao mnimo de gua livre e o mximo de guade impregnao denominado de ponto de saturao das fibras. Para as madei-ras brasileiras esta umidade encontra-se em torno de 25%.

    A perda de gua na madeira at o ponto de saturao das fibras se d sem a o-corrncia de problemas para a estrutura de madeira. A partir deste ponto a perdade umidade acompanhada pela retrao (reduo das dimenses) e o aumento

    100.2

    21

    m

    mmw

    =

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    da resistncia, por isso a secagem deve ser executada com cuidado para se evitarproblema na madeira.

    Para fins de aplicao na construo civil a madeira considerada seca quan-do seu teor de umidade estiver entre de 12% a 15% dependo do local da obra.

    B) RETRATIBILIDADE

    Define-se retratibilidadecomo sendo a reduo das dimenses em uma pea damadeira pela sada da gua de impregnao. Com visto anteriormente a madeiraapresenta comportamentos diferentes de acordo com a direo em relao s fi-bras e os anis de crescimento. Assim, a retrao ocorre em porcentagens dife-rentes nas direes tangencial, radial e longitudinal.

    Em ordem decrescente de valores, encontra-se a retrao tangencial com valoresde at 10% de variao dimensional, podendo causa tambm problemas de toro

    nas peas de madeira. Na seqncia, a retrao radial com valores na ordem de6% de variao dimensional, tambm pode causar problema de rachaduras naspeas de madeira. Por ltimo, encontra-se a retrao longitudinal com valores de0,5% de variao dimensional.

    Um processo inverso tambm pode ocorrer, o inchamento, que se d quando amadeira fica exposta a condies de alta umidade ao invs de perder gua elaabsorve, provocando um aumento das dimenses das peas.

    C) RESISTNCIA DA MADEIRA AO FOGO

    Erroneamente, a madeira considerada de baixa resistncia ao fogo. Isto se de-ve, principalmente, falta de conhecimento das suas propriedades de resistnciaquando submetida a altas temperaturas e quando exposta chama, pois, sendo

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    bem dimensionada ela apresenta resistncia ao fogo superior de outros materi-ais estruturais.

    Uma pea de madeira exposta ao fogo torna-se um combustvel para a propaga-o das chamas, porm, aps alguns minutos, a camada mais externa da madeira

    se carboniza se tornado um isolante trmico que retm o calor, auxiliando, assim,na conteno do incndio, evitando que toda pea seja destruda.

    Outra caracterstica importante da madeira com relao ao fogo o fato de noapresentar distoro quando submetidas a altas temperaturas, tal como ocorrecom o ao, dificultado assim a runa da estrutura.

    D) DURABILIDADE NATURAL

    A durabilidade da madeira, com relao a biodeteriorao, depende da espcie edas caractersticas anatmicas. Certas espcies apresentam alta resistncia natu-

    ral ao ataque biolgico enquanto outras so menos resistentes.

    Outro ponto importante que deve ser destacado a diferena na durabilidade damadeira de acordo com a regio da tora da qual a pea de madeira foi extrada, ocerne e o alburno apresentam caractersticas diferentes, incluindo-se aqui a dura-bilidade natural, com o alburno sendo muito mais vulnervel ao ataque biolgico, eo cerne sendo mais resistente ao ataque biolgico, devido s resinas ali deposita-das ao longo dos anos.A baixa durabilidade natural de algumas espcies pode ser compensada com umtratamento preservativo, alcanando-se assim melhores nveis de durabilidade,

    prximos dos apresentados pelas espcies naturalmente resistentes.

    1.4 - PROPRIEDADES MECNICAS DA MADEIRA

    As propriedades mecnicas so responsveis pela resposta da madeira quandosolicitada por carregamentos externos. So divididas em propriedades de resis-tncia e elasticidade

    1.41 - PROPRIEDADES ELSTICAS

    Elasticidade a capacidade do material de retornar sua forma inicial, aps a reti-rada a ao do carregamento externo que o solicitava, sem apresentar deforma-o residual.Apesar de no ser um material elstico ideal, pois apresenta uma deformao re-sidual aps a solicitao, a madeira pode ser considerada como tal para a maioriadas aplicaes estruturais.

    As propriedades elsticas so descritas por trs constantes: o mdulo de elastici-dade longitudinal (E), o mdulo de elasticidade transversal (G) e o coeficiente de

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    Poisson (v). Como a madeira um material ortotrpico, as propriedades de elasti-cidade variam de acordo com a direo das fibras em relao direo de aplica-es da fora.

    A) MDULO DE ELASTICIDADE (E)

    De acordo com a norma brasileira trabalha-se com trs valores de mdulo de elas-ticidade: o mdulo de elasticidade longitudinal (E0), determinado atravs do ensaiode compresso paralela s fibras da madeira; o mdulo de elasticidade normal(E90), que pode ser representado com uma frao do mdulo de elasticidade longi-tudinal pela seguinte expresso.

    200

    90

    EE = (FONTE:NBR 7190:1997)

    B) MDULO DE ELASTICIDADE TRANSVERSAL (G)

    Pode ser estimado a partir do mdulo de elasticidade longitudinal (E0), pela se-guinte relao:

    200EG = (FONTE:NBR 7190:1997)

    C) COEFICIENTE DE POISSON

    A norma brasileira, NBR 7190:1997, no traz em seu texto nenhuma especifica-o a respeito de valores do coeficiente de Poisson para madeira.

    1.42 - PROPRIEDADES DE RESISTNCIA

    Estas propriedades descrevem as resistncias ltimas de um material quando so-licitado por uma fora. As propriedades de resistncia da madeira tambm dife-rem segundo os trs eixos principais, embora com valores muito prximos nasdirees tangencial e radial. Por isso, as propriedades de resistncia so analisa-das segundo duas direes: paralela e normal s fibras.

    A) COMPRESSO

    Trs so as solicitaes s quais se podemos submeter madeira na compres-so: paralela, normal ou inclinada em relao s fibras.

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    Quando a pea solicitada por compresso paralela s fibras, as foras agemparalelamente direo do comprimento das clulas. Desta forma as clulas, emconjunto, conferem uma grande resistncia madeira na compresso.

    Para caso de solicitao normal s fibras, a madeira apresenta valores de resis-tncia menores que os de compresso paralela, pois a fora aplicada na direonormal ao comprimento das clulas, direo esta onde as clulas apresentam bai-xa resistncia. Os valores de resistncia compresso normal s fibras so daordem de dos valores apresentados pela madeira na compresso paralela.

    J para solicitaes inclinadas em relao s fibras da madeira adotam-se valoresintermedirios entre a compresso paralela e a normal, valores estes obtidos pelaexpresso do Hankison:

    2

    902

    0

    9000

    cossen.

    .

    cc

    cc

    cff

    fff

    +

    =

    B) TRAO

    Duas solicitaes diferentes de trao podem ocorrer em peas da madeira: tra-o paralela ou trao perpendicular s fibras da madeira. As propriedades damadeira referente a estas solicitaes diferem consideravelmente.

    A ruptura por trao paralela s fibras pode ocorrer de duas maneiras, por desli-zamento entre as clulas ou por ruptura das paredes das clulas. Em ambos osmodos de ruptura a madeira apresenta baixos valores de deformao e elevadosvalores de resistncia.

    J na ruptura por trao normal s fibras, a madeira apresenta baixos valores deresistncia. Na trao, anlogo ao caso da compresso normal s fibras, os esfor-os agem na direo perpendicular ao comprimento das fibras tendendo a separ-las, alterando significativamente a sua integridade estrutural e apresenta baixosvalores de deformao. Deve-se evitar, para efeito de projetos, a considerao daresistncia da madeira quando solicitada trao na direo normal s fibras.

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    RESUMO-COMPRESSO PARALELA: encurtamento das clulas da madeira ao longo doseu eixo longitudinal.

    TRAO PARALELA: alongamento das clulas da madeira ao longo eixo longitu-

    dinal.

    COMPRESSO NORMAL AS FIBRAS (perpendicular): comprime as clulas damadeira perpendicular ao eixo longitudinal.

    TRAO NORMAL AS FIBRAS: tende a separar as clulas da madeira perpendi-cular aos seus eixos, onde a resistncia baixa, devendo ser evitada.

    C) CISALHAMENTO

    Existem trs tipos de cisalhamento que podem ocorrer em peas de madeira. Oprimeiro se d quando a ao age no sentido perpendicular s fibras (cisalhamen-to vertical), este tipo de solicitao no crtico na madeira, pois, antes de romperpor cisalhamento a pea j apresentar problemas de resistncia na compressonormal.

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    Os outros dois tipos de cisalhamento referem-se fora aplicada no sentido longi-tudinal s fibras (cisalhamento horizontal) e a fora aplicada perpendicular s li-nhas dos anis de crescimento (cisalhamento rolling). O caso mais crtico o docisalhamento horizontal que leva ruptura pelo escorregamento entre as clulasde madeira. J o cisalhamento rolling produz uma tendncia das clulas rolarem

    uma sobre as outras.

    CISALHAMENTO VERTICAL: deforma as clulas da madeira perpendicularmenteao eixo longitudinal. Normalmente no considerada, pois, outras falhas ocorre-ro antes.CISALHAMENTO HORIZONTAL: produz a tendncia das clulas da madeira desepararem e escorregarem longitudinalmente.

    D) FLEXO SIMPLES

    Quando a madeira solicitada flexo simples ocorrem quatro tipos de esforos:compresso paralela s fibras, trao paralela s fibras, cisalhamento horizontal enas regies dos apoios compresso normal s fibras.

    A madeira apresenta uma tima resistncia na direo paralela as fibras. Tantona trao quanto na compresso. Portanto resiste bem a flexo.

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    E) RESISTNCIA AO CHOQUE

    A resistncia ao choque a capacidade do material absorver rapidamente energiapela deformao. A madeira considerada um material de tima resistncia ao

    choque.

    1.5 - FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA

    Pelo fato da madeira ser um material de origem biolgica, est sujeita a variaesna sua estrutura que podem acarretar mudanas nas suas propriedades. Estasmudanas so resultantes de trs fatores principais: anatmicos, ambientais e deutilizao.

    A) NS

    Os ns so originrios dos galhos existentes nos troncos da madeira aps o des-baste dos mesmos. Existem dois tipos de ns, os soltos e os firmes. Ambos redu-zem a resistncia da madeira pelo fato de interromperem a continuidade e direodas fibras. Tambm podem causar efeitos localizados de tenso concentrada. Ainfluncia de um n depende do seu tamanho, localizao, forma, firmeza e dotipo de tenso considerada. geralmente os ns tem maior influncia na trao doque na compresso.

    B) FALHAS NATURAIS DA MADEIRA

    Dois tipos de falhas principais podem ocorrer devido natureza da madeira. A

    primeira delas est relacionada com o encurvamento do tronco e dos galhos du-rante o crescimento da rvore, alterando o alinhamento das fibras e podendo in-fluenciar na resistncia. Outro fator a ser observado a presena de alburno, quepor suas prprias caractersticas fsicas apresenta valores de resistncia menores.

    C) PRESENA DA MEDULA

    Quando a pea serrada contm a medula, provoca diminuio da resistncia me-cnica e facilitar o ataque biolgico. Podem tambm surgir rachaduras no cerneprximas medula, decorrentes de fortes tenses internas devidas ao processa-mento.

    D) DEFEITOS POR ATAQUES BIOLGICOS

    Estes defeitos surgem dos ataques provenientes de fungos ou insetos. Os insetoscausam as perfuraes, que podem ser pequenoss, ou grandes, j os fungos cau-sam manchas azuladas e podrides (clara ou parda).

    Perfuraes pequenas Perfuraes grandes

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    Podrido Podrido Mancha

    E) DEFEITOS DE SECAGEM

    So originados pela deficincia dos sistemas de secagem e armazenamento daspeas. Podem ser: encanoamento, arqueamento, encurvamento, torcimento e ra-chadura.

    1.6 - DIMENSES COMERCIAIS DA MADEIRA

    Apresenta-se a nomenclatura, seguida das sees comerciais das madeiras en-contradas comercialmente no Brasil.

    A) DIMENSES COMERCIAIS DA MADEIRA SERRADA

    NOMENCLATURA SEO TRANSVERSAL NOMINAL (CM)Ripas 1,2 x 5,0 1,5 X 5,0

    Ripes 2,0 x 5,0 2,5 X 6,0Sarrafos 2,0 x 10,0 3,0 X 12,0 3,0 X 16,0Caibros 5,0 x 6,0 6,0 X 6,0Caibres 6,0 X 8,0

    Pontaletes 7,5 x 7,5 10,0 X 10,0Vigotas, Vigas 6,0 x 12,0 6,0 X 16,0

    Tbuas 2,5 x 22,0 2,5 X 30,0Pranchas 4,0 x 20,0 4,0 X 30,0

    Pranches 6,0 x 20,0 6,0 X 30,0Postes 12,0 x 12,0 15,0 X 15,0

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    B) DIMENSES USUAIS DAS TORAS DE MADEIRAS (POSTES ROLIOS)

    DIMETROCOMPRIMENTO (M)

    TIPOBASE (CM) TOPO (CM)

    7 Leve 18,5 13,78 Leve 19,7 14,0

    9 Leve20,823,627,7

    14,317,221,3

    10

    Leve

    MdioPesado

    21,6

    24,828,6

    14,6

    17,821,6

    11LeveMdioPesado

    22,625,829,9

    15,018,122,3

    12LeveMdioPesado

    23,626,730,8

    15,318,522,6

    13MdioPesado

    25,429,6

    16,220,4

    14 MdioPesado 26,430,6 16,520,7

    15MdioPesado

    27,030,8

    16,520,4

    16MdioPesado

    28,032,4

    16,921,3

    17MdioPesado

    29,333,7

    17,522,0

    18MdioPesado

    29,934,4

    17,522,0

    19MdioPesado

    31,236,3

    17,822,0

    20MdioPesado

    32,537,7

    17,822,6

    Fonte:

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    C) TABELA TIPOS DE MADEIRA E RESISITENCIA NORMA NBR 7190/1997

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    MADEIRA LAMINADA

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    CARACTERSTICAS

    Laminas de madeira macia, coladas com espessuras inferiores a 4,5cm. As la-minas so retiradas na direo longitudinal da fibra da madeira e coladas com-pondo uma viga de altura maior mantendo a direo longitudinal ao longo do com-

    primento da viga.

    As colas mais utilizadas so as resorcinas, melanina, uria e acetato. Sendo queresorcina e a melanina podem ficar expostas ao tempo (podem ser usadas comoestruturas externas), exemplo: a estrutura do barco.

    A madeira laminada muito utilizada em estruturas curvas como os arcos e cas-cos dos barcos. As madeiras utilizadas so madeiras de reflorestamento.

    FABRICANTE NACIONAL DE MADEIRA LAMINADA STELLA

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    SISTEMAS UTILIZADOS EM MADEIRA LAMINADA E SEU PR-DIMENSIONAMENTO

    FONTE: www.habitlegno.it/assets/images/tabgrigia.gif

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    COBERTURAS

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    3.1 - TESOURAS

    As tesouras so trelias de banzos inclinados, so estruturas planas verticais,

    pois recebem cargas paralelamente ao seu plano, transmitindo-as aos seus apoi-os. As trelias apresentam formas triangulares, com ns articulados e carrega-mento aplicados nos ns.

    A) TRELIA PRATT Em geral mais utilizada na estrutura metlica, pois suasdiagonais so tracionadas.

    B) TRELIA HOWE Em geral mais utilizada nas estruturas de madeira, pois

    suas diagonais so comprimidas podendo ser confeccionada no sistema desambladuras (encaixes). A madeira quando aplicada na trelia to eficientequanto o ao, pois as barras da trelia so pequenas barras, e apresentam com-presso, ou trao pura na direo paralela a fibra da madeira.

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    3.2 - COMPONENTES DA COBERTURA DE MADEIRA PARA TELHAS CER-MICAS

    A estrutura principal constituda pelas tesouras, etc...E a trama o quadriculadoconstitudo de teras, caibros e ripas, que se apoiam sobre a tesoura, e servem de

    apoio s telhas.

    A) MATERIAS UTILIZADOS NAS ESTRUTURAS

    Podemos utilizar todas as madeiras de lei para a estrutura de telhado, no entantoa peroba e a madeira mais indicada na literatura da construo . Hoje a perobarosa est em extino e o IPT recomenda outras madeiras em substituio pe-roba rosa. Observar com ateno que uma madeira que apresenta a mesmas ca-ractersticas fsicas e mecnicas da peroba rosa a cupiba, vendida muitas ve-zes como peroba rosa do Par. Esta madeira apresenta como caracterstica fsicaum odor caracterstico muito forte.

    A tabela abaixo apresenta madeiras que podem ser utilizadas no local da Perobarosa, madeiras que no conste na tabela devemos verificar se as mesmas possu-em a resistncia compresso paralela a fibra fc0 igual ou superior a 55,5

    Mpa.

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    B) MADEIRAS UTILIZADAS COMO ESTRUTURA

    Engloba as peas de madeira serrada na forma de vigas, caibros, pranchase tbuas utilizadas em estruturas de cobertura, onde tradicionalmente eraempregada a madeira de peroba-rosa.ARARACANGA ITABA

    ANGELIM-PEDRA JARANAANGELIM-VERMELHO MAARAMDUBAANGCO-PRETO MUIRACATIARAANGCO-VERMELHO PAU-AMARELOBACURI PAU-MULATOBACURI-DE-ANTA ROSADINHO

    CUPIBA PAU-ROXOEUCALIPTO-R SAPUCIAFAVA-ORELHA-DE-NEGRO TANIBUCAFAVEIRA-AMARGOSA TALAJUBAGARAPA TIMBORANAGOIABO UXIFONTE: IPT MADEIRA USO SUSTENTVEL NA CONSTRUO CIVIL, 2003

    As madeiras serradas das toras j so padronizadas em bitolas comerciais. Noentanto, existem casos onde os dimensionamentos das peas exigem peas maio-

    res ou diferentes, assim sendo deve-se partir para sees compostas.

    - teras e vigas: 6x12cm ou 6x16cm- caibros: 5x6cm ou 6x8 cm- ripas: 1,5x5cm ou 1,2X5

    3.3 - ELEMENTOS UTILIZADOS NAS TESOURAS

    A tesoura compostas pelos elementos:

    Banzo Superior: pea de sustentao da tera, indo do ponto de apoio da te-soura do telhado ao cume, geralmente trabalham compresso. Popularmenteconhecido como Perna

    Banzo Inferior: pea que corre ao longo da parte inferior da tesoura e vai deapoio a apoio, geralmente trabalham trao. Popularmente conhecido comoLinha.

    Estribo: so ferragens que garantem a unio entre as peas das tesouras.

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    Montante: peas que ligam a banzo superior ao banzo inferior. Na treliahowepodemos dizer que os montantes so tracionados. Popularmente so conheci-dos como pendural o montante central, e os demais de tirantes.

    Diagonal e escoras: so peas inclinadas que ligam o banzo superior ao ban-zo inferior, encontram-se, geralmente, em posio oblqua. Popularmente so

    chamadas de asna a que sai do p do montante central, as demais de escoras.Na trelia howe trabalham compresso.

    Em tesouras simples no mnimo devemos saber:

    As tesouras devem ser contraventadas, com mos francesas e diagonais na

    linha da cumeeira.(contraventamento no plano longitudinal) O espaamento mximo entre duas tesouras de aproximadamente 3,6m O espaamento ideal entre duas teras, com a telha cermica de 1,6 m. O espaamento ideal entre duas teras de 2,5 m para telhas mais leves

    como as telhas eternit. O espaamento entre dois caibros de 50 cm O espaamento entre duas ripas depende da galga da telha (gabarito da te-

    lha).

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    CONTRAVENTAMENTO NO PLANO LONGITUDINAL DA COBERTURA

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    Teras

    As teras apiam-se sobre duas tesouras consecutivas ou pontaletes, e suas bito-las dependem do espao entre elas (vo livre entre tesouras), do tipo de madeirae da telha empregada. Podemos adotar na prtica as madeiras.

    -bitolas de 6x12 se vo entre tesouras no exceder a 2,50m.-bitolas de 6x16 para vos entre 2,50 a 3,60m.

    Para vos maiores que 3,60 devemos utilizar bitolas especiais o que no acon-selhvel pelo seu custo. As teras so peas horizontais colocadas em direoperpendicular s tesouras e recebem o nome de cumeeiras quando so colocadasna parte mais alta do telhado (cume), e contra frechal na parte baixa.

    TABELA DISTNCIAS ENTRE TESOURAS (Vo das teras)

    PARA TELAHDOS COM TELHAS MAIS LEVES COMO METLICA OU ETERNITPODE-SE ESPAAR MAIS AS TERAS COMO INDICADO NA TABELA ACIMA

    Francesa, Romana, Portuguesaou Plan

    Colonial ou PaulistaDISTNCIAENTRE TER-AS (M)

    1.00 a 1.20 2.85 3.50 2.65 3.40

    1.21 a 1.40 2.70 3.30 2.50 3.20

    1.41 a 1.60 2.60 3.15 2.40 3.10

    1.61 a 1.80 2.45 3.05 2.30 2.45

    1.81 a 2.00 2.40 2.90 2.20 2.85

    2.01 a 2.20 2.30 2.80 --- ---

    Seo trans-versal datera (cm)

    6 X 12 6 X 16 6 X 12 6 X 16

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    Caibros

    Os caibros so colocados em direo perpendicular as teras, portanto paralela stesouras. So inclinados, sendo que seu declive determina o caimento do telhado.

    A bitola do caibro varia com o espaamento das teras, com o tipo de madeira eda telha. Podemos adotar na prtica e utilizando as madeiras.

    - teras espaadas at 2,00m usamos caibros de 5x6.- quando as teras excederem a 2,00, e no ultrapassarem a 2,50, usamos

    caibros de 6x8 chamado de caibres.

    Os caibros so colocados com uma distncia mxima de 0,50m (eixo a eixo) paraque se possa usar ripas comuns de 1,2x5cm.

    Ripas

    As ripas so a ltima parte da trama e so pregadas perpendiculares aos caibros.So encontradas com sees de 1,2x5,0cm ou 1,5x5,0cm.

    O espaamento entre ripas depende da telha utilizada. Para a colocao das ripas necessrio que se tenha na obra algumas telhas para medir a sua galga. Elasso colocadas do beiral para a cumeeira, iniciando-se com duas ripas ou sobretesteira.

    Portanto, para garantir esse espaamento constante, o carpinteiro prepara umaguia (galga). As ripas suportam o peso das telhas, devemos, portanto, veri-

    ficar o espaamento entre os caibros. Se este espaamento for de 0,50 em 0,50m,podemos utilizar as ripas 1,2x 5,0m.

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    5 - LIGAES E EMENDAS POR SAMBLADURAS

    As sambladuras so encaixes realizados entre as peas inclinadas da tesoura,como entre a diagonal e os banzos.

    Recorte:d= altura da peaa= recorte, a >2cm1/8d < a < 1/4 d

    FONTE: MOLITERNO, A

    FONTE: MOLITERNO, A. FONTE: MOLITERNO, A.

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    FONTE: MOLITERNO, A.

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    TESOURA COM MONTANTES EM SANDUCHES

    DETALHE 1

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    DETALHE 2

    DETALHE 3

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    6 - REVESTIMENTO EXTERNO - TELHAS

    Neste captulo iremos abordar as telhas cermicas visto serem as mais utiliza-das em obras residenciais. As demais telhas (fibrocimento, alumnio, galvani-

    zada) so mais utilizadas em obras comerciais e industriais. Para a sua utiliza-o, conveniente solicitar a orientao de um tcnico do fabricante ou mes-mo o uso de catlos tcnicos.

    As telhas cermicas tm incio com a preparao da argila, e consiste na mis-tura de vrias argilas. Na prxima etapa, a argila j misturada passa por umamoagem e por uma refinao chegando at a extrusora, onde o p de argila setransforma em massa homognea e sem impureza. Essa massa passa pelasprensas de moldagem, indo diretamente para a secagem. S ento feita aprimeira seleo e a primeira queima em forno a uma temperatura de 900C.

    Devem apresentar som metlico, assemelhado ao de um sino quando suspen-sas por uma extremidade e percutidas. No devem apresentar deformao, de-feitos ou manchas.

    Para inclinaes de telhados acima de 45, recomenda-se que as telhas sejamfuradas para serem amarradas ao madeiramento, com arame galvanizado oufio de cobre.

    Ao cobrir, usar rgua em vez de linha, desde a ponta do beiral at a cumeeira,e deslocar de acordo com a medida da telha, cobrindo sempre do beiral para acumeeira, colocando duas ripas sobreposta ou testeira para regularmos a altu-

    ra da 1 telha. As telhas cermicas mais utilizadas so:

    Francesa ou Marselha Paulista ou Canal ou Colonial Paulistinha Plan Romana Portuguesa

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    A) TELHA FRANCESA

    Tem forma retangular, so planas e chatas, possuem numa das bordas lateraisdois canais longitudinais. Nas bordas superior e inferior possue dois cutelos emsentido oposto para encaixe. Os encaixes em seus extremos servem para fixa-

    o e para evitar a passagem da gua.-15 unidades por m2

    - Peso: 45 kgf/m2 - seca e 54 kgf/m2 - saturada-dimenses: aproximadamente 40 cm de comprimento, 24 cm de largura.- inclinao: 32 a 40%

    B) TELHA PAULISTA

    Constituem-se de duas peas diferentes capa e canal. O canal tem funode conduzir a gua e a capa de cobrir o espao entre dois canais.

    -26 - 27 unidades por m2

    - peso: 69 KGF/m2-seca; 83 KGF/m2-saturada.-dimenses aproximadas:Canal - comprimento 46cm, largura 18cmcapa- comprimento 46cm, largura 16cm

    - inclinao: 20 a 25%

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    C) TIPO PLAN

    Constituem-se de duas peas diferentes capa e canal, com cantos arredonda-dos e a seo retangular.

    - 26 unidades por m2- inclinao: de 20 a 30%- peso: 72 kgf/m2-seca: 86 kgf/m2-saturada- dimenses do canal aproximadas : comprimento 46cm e largura 18cm- dimenses da capa aproximadas: comprimento 46cm largura 16cm

    D) TELHA ROMANA E TELHA PORTUGUESA

    A telha romana tem o mesmo formato que as telhas plan, somente que nessestipos o canal junto com a capa.

    - inclinao: 30 a 45%-16 peas por m2- peso: 48 kgf/m2-seca; 58 kgf/m2-saturada- dimenses: 41,5cm de comprimento e 21,6cm de largura

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    GALGA: Gabaritos das telhas cermicas que definem o espaamento entre duasripas, observando que as dimenses apresentadas acima para cada telha devemser verificadas com o fabricante, pois existe muita variao no tamanho da telhade fabricante para fabricante.

    BEIRAIS

    Beiral a parte do telhado que avana alm das paredes externas, geralmentetem uma largura variando entre 0,40 a 1,00m, e o mais comum 0,60; 0,80.

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    7 - FORMAS DOS TELHADOS

    Os telhados so constitudos por linhas (vincos) que lhes confere as diversas for-mas. As principais linhas so:

    -cumeeiras-espiges-guas-furtadas ou rinces.

    -a cumeeira um divisor de guas horizontais e est representada na figura pelaletra (A)-os espiges so, tambm, um divisor de guas, porm, inclinados, letra (B)-as guas-furtadas ou rinces so receptadores de gua inclinados, letra (C)

    O telhado pode terminar em oito ou em gua. Temos um telhado com duas -guas e, portanto dois oites. Os telhados de quatro guas, no possuem oites.

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    TIPOS DE TELHADO

    COM UMA GUA:

    COM DUAS GUAS:

    COM TRS GUAS:

    COM QUATRO GUAS:

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    8 - REGRA GERAL PARA DESENHO DAS LINHAS DO TELHADO

    As guas do telhado ou os panos tem seu caimento ou inclinao de acordo com

    o tipo de telha utilizada.

    Consideraes para o traado do telhado:

    Iniciamos o traado pelo maior retngulo em planta, pos ele ir apresentar a cu-meeira mais alta

    1--Os espiges so as bissetrizes de ngulos internos formados pelos encontrosde paredes.2- As guas-furtadas so as bissetrizes de ngulos externos formados pelos en-contros de paredes.

    3-Quando temos uma cumeeira em nvel mais elevado da outra, fazemos a unioentre as duas com um espigo, e no encontro do espigo com cumeeira mais bai-xa nasce uma gua furtada.

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    9- ESTRUTURA PORTANTE DE VIGA E PILARCARACTERSTICAS DAS CONSTRUES EM ESTRUTURA DE VIGA E PILARDE MADEIRA

    Pilares portantes e vigas principais, onde as vigas principais descarregam nas

    vigas secundrias. Em geral, essas estruturas possuem uma vo mximo demadeiras macias de 4m a 5m de vo. Quando os vo so maiores, recomen-da-se trabalhar com madeiras laminadas. As vigas secundarias apresentamuma distancia que varia de 40 a 60 cm de distancia uma da outra.

    LIGAO VIGA E PILAR

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    ENCONTRO DA BASE DE CONCRETO COM O PILAR DE MADEIRA

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    9 - CONEXES METLICAS

    As peas metlicas utilizadas em estruturas de telhado so pregos, parafusos,chapas de ao para os estribos, presilhas e chapas denteadas do tipo Gang-Nail.

    Os pregos mais utilizados so:22X42 ou 22X48 para pregar as vigas22X42 ou 19X39 para pregar os caibros15X15 para pregar as ripas.

    Os pregos obedecem as normas EB-73 e PB-58/ABNT.

    CONECTORES TIPO GANG-NAIL

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    Bibliografia

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Projeto de estruturas deMadeira- NBR 7190. Rio de Janeiro, ABNT, 1997.MOLITERNO, Antonio. Caderno de Projetos de Telhados em Estruturas deMadeira. 2a. Ed. Ampliada. So Paulo: Edgar Blcher, 1999.CALIL Jr. C.: BARALDI, L. T. STAMATO, G. C.; FERREIRA, N. dos S.; Notas de

    Aula-Set 406-Estruturas de Madei ra. USP/EESC/ LAMEM, So Carlos, 1999