apostila de implantodontia

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APOSTILA DE IMPLANTODONTIA Rayssa Mendonça Vitorino – 9º SEMESTRE

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Health & Medicine


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Page 1: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

Rayssa Mendonça Vitorino – 9º SEMESTRE

Page 2: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

IMPLANTODONTIA

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RESUMO AV1 E AV2

o Períodos da Implantodontia:

­ Empírica (Até antes de 1940)

­ Fibrointegração (1930 a 1945)

­ Osseointegração (1970 – Período contemporâneo que corresponde até os dias

atuais)

o Histórico:

­ Maggilio – Implantes imediatos confeccionados em ouro (Colocados imediatamente

após a extração do dente e a prótese era instalada após a cicatrização tecidual).

­ Berry – Elaborou os princípios de biocompatibilidade.

­ Payne – Descreveu o implante de um cesto cilíndrico em ouro, em que o alvéolo era

alargado com uma broca e uma coroa com um núcleo de porcelana foi fixada

imediatamente na parte interna e oca do implante.

­ Greenfield – Descreveu o implante cilíndrico oco de porcelana rugosa em dois

estágios, princípios de cirurgia “limpa”, função após 6 a 8 semanas.

­ Alvin e Strock – Descreveram o implante em forma de parafuso feito de vitálio.

Preconizou um implante em forma de parafuso com uma capa de cicatrização. Mais

tarde, desenvolveram a transfixação endodôntica.

­ Formiggini – Desenvolveu o implante helicoidal em espiral, podendo ser ele em

tântalo ou em aço inoxidável, iniciando a implantodontia aloplástica.

­ Cherchève – Modificou a técnica de Formiggini e desenvolveu a dupla hélice espiral

e um kit cirúrgico próprio; Primeiro a utilizar um tomógrafo.

­ Scialom – Foi o pioneiro no uso de implante em tripé, também chamado de implante

agulhado.

­ Linkow – Desenvolveu o implante laminado.

­ Branemark – Introduziu o conceito de osseointegração, utilizando implantes de

titânio.

o Por que a escolha do titânio?

­ Metal muito leve

­ Seu módulo de elasticidade é mais próxima ao do osso

­ Muito resistente à corrosão, desgaste e a fratura

­ É usinável e sólido em temperatura ambiente

OSSEOINTEGRAÇÃO FIBROINTEGRAÇÃO

CONCEITO

É uma união anatômica e funcional que ocorre entre o osso vivo e remodelado e da superfície do implante.

É a falta de íntimo contato entre implante e osso, podendo propiciar a proliferação de tecido mole.

CAUSA Problemas sistêmicos; Super aquecimento

OBSERVAÇÕES

Ela independe do formato do implante, pois isso não interfere na osseointegração, mas sim no tipo de material (Titânio).

Page 3: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

IMPLANTODONTIA

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o Evolução da implantodontia:

DOIS ESTÁGIOS ESTÁGIO ÚNICO CARGA IMEDIATA

1º momento – CIRÚRGICO: Coloca o implante e aguarda.

2 a 4 meses – maxila 4 a 6 meses – mandíbula

2º momento – PROTÉTICO: Exposição do implante para colocar o cicatrizador.

Coloca o implante e o cicatrizador na mesma sessão.

Coloca o implante, deixa-o exposto e já coloca a carga.

o Anatomia:

GRAU DE DENSIDADE

OSSO TIPO I OSSO TIPO II OSSO TIPO III OSSO TIPO IV

Osso residual

formado por osso

cortical homogêneo,

possuindo uma

espessura de cortical

maior.

Osso residual

formado por uma

camada do osso

cortical espesso,

circundado por osso

esponjoso denso.

Osso residual

formado por uma

camada do osso

cortical espesso,

circundado por osso

esponjoso denso.

Osso residual

formado por uma fina

camada de osso

cortical, circundado

por osso esponjoso

de baixa densidade.

Melhor para se fazer

carga imediata,

porque se tem

estabilidade primária,

tendo assim uma

resistência muito

maior.

Ossos 2 e 3 são os

melhores para

osseointegração, pois

apresentam

características tanto

de osso cortical como

esponjoso.

Ossos 2 e 3 são os

melhores para

osseointegração, pois

apresentam

características tanto

de osso cortical como

esponjoso.

Utiliza-se implante

cilíndrico, pois ele tem

efeito de corte.

Utiliza-se implante

cilíndrico, pois ele tem

efeito de corte.

Utiliza-se implante

cônico, pois ele tem

efeito de compactar.

Utiliza-se implante

cônico, pois ele tem

efeito de compactar.

GRAU DE REABSORÇÃO

A B C D E

Tem crista óssea Começa a

reabsorver

Reabsorção

avançada

Reabsorção do

osso basal

Reabsorção

avançada do

osso basal

­ Paciente fumante tem osso III ou IV.

­ A falta de osso pode impedir um posicionamento correto dos implantes e também

promover um aumento do tecido duro e mole antes do tratamento.

Page 4: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

IMPLANTODONTIA

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­ O tamanho da plataforma do implante no nível de emergência do rebordo alveolar

deve ser quando possíveis, sendo similar no diâmetro da raiz a ser substituída.

­ Polígono de Roy – É a disposição de implantes em vários locais, melhorando a

estabilidade.

­ Cantilever – É a distância entre a linha que passa no centro dos implantes +

posteriores com linha que passa no implante + anteriores X2; Quanto maior o

cantilever, maior o risco de fratura.

­ Retenção primária é quando o implante trava no osso (Físico), a secundária é

quando ocorre através da osseointegração (Biológico).

­ A maxila como é imóvel, então o travamento primário é mais rápido (2 a 4 meses); já

a mandíbula é mais demorado (4 a 6 meses).

o Instalação de implantes:

PLATAFORMA

REDUZIDA (NP)

PLATAFORMA

REGULAR (RP)

PLATAFORMA

LARGA (WP)

Tamanho da coroa

6mm 7 – 8mm 9 – 10mm

Largura 3.3 – 3.5 4.1 5 – 7

Indicações Laterais superiores e inferiores e centrais

inferiores

Os demais Molares

O ideal é que o comprimento do implante seja entre 10 a 13cm

o Distâncias:

IMPLANTE-DENTE DENTE-DENTE

HE 1,5 3,0

HI 1,0 2,0

CONE-MORSE 1,0 2,0

o Sequência de instalação:

­ FRESA ESFÉRICA OU BROCA LANÇA: Romper a cortical óssea; Primeiro

momento da sequência das brocas.

­ FRESA 2: Penetra 7mm; Determina comprimento e inclinação do implante.

­ FRESA 2-3 (PILOTO): Amplia a cortical, preparando o osso para a fresa 3.

­ FRESA 3: Dá o diâmetro final do implante.

­ ESCARIADOR OU COUNTER-SINK: Prepara para encaixar a plataforma; Para osso

tipo I e II.

­ CHAVE PORTA IMPLANTE

­ INSTALAÇÃO DO IMPLANTE

­ INSTALAÇÃO DO PARAFUSO PARA COBERTURA

­ SUTURA

Se não usar o guia cirúrgico, entre todas as brocas deve utilizar o paralisador, para verificar a direção e a posição

da penetração do implante.

Page 5: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

IMPLANTODONTIA

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­ CICATRIZADOR POR 3 SEMANAS

o Resumo para melhor entendimento da distribuição dos pilares:

CIMENTADOS X PARAFUSADOS

Indicado para anteriores Indicado para posteriores

Esconde o acesso do parafuso Anatomia oclusal alterada pelo parafuso

Emergência anatômica ideal Risco de fratura

Adaptação passiva Difícil confecção e técnica

Fácil de confecção por parte do técnico Aceita erros

Não tem correções, logo é irreversível Ausência de cimento

Risco de transbordar cimento

o Regeneração óssea guiada (ROG):

­ Utilizadas em cirurgias extremamente avançadas e poucos invasivas.

­ O processo alveolar vestibular é totalmente reabsorvido com a remoção do dente ou

da raiz, pois ele está na dependência do ligamento periodontal.

­ Nunca utilizar como referência o processo alveolar vestibular, mas sim o palatino,

por ser mais espesso e mais resistente.

o Bioengenharia:

HEXÁGENO EXTERNO HEXÁGENO INTERNO CONE-MORSE

V

A

N

Reversilidade Permite a redução da

altura vertical da

plataforma do implante

Regiões estéticas

Possui várias posições

de encaixe

Apropriado para

instalação em estágio

único

Não forma biofilme

MÚLTIPLAS

PARAFUSADAS

MINI PILAR CÔNICO

STANDART UCLA SEM

AR

MÚLTIPLAS CIMENTADAS

MUNHÃO

UCLA COM AR

UNITÁRIA

PARAFUSADA

CÔNICO

UCLA COM AR

UNITÁRIA CIMENTADA

MUNHÃO

SEXTAVADO

UCLA COM AR

Page 6: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

IMPLANTODONTIA

5

T

A

G

E

N

S

É o mais usado Não apresenta GAPs Indicado para carga imediata

Baixo custo Diminuição na

saucerização

Diminui quase totalmente os

GAPs e a saucerização

Simples e retira fácil Diminuição no

afrouxamento do

parafuso

Não aceita a UCLA

Grande variedade de

componente protético

Extremamente retentivo

Apropriados para

instalação em dois

estágios

D

E

S

V

A

N

T

A

G

E

N

S

Micromovimentos Caro Muito caro

Sofre facilmente traumas

laterais

Risco de fratura Não admite erros, devido à

técnica ser difícil.

Formação de microgaps,

saucerizando e

acumulando mais placa.

Não aceita erros, devido

à técnica ser difícil.

o Plano de tratamento:

­ Consulta inicial:

Protocolo de atendimento para consulta

Conversa inicial com o paciente

Exame clínico

Solicitação de exames pré-operatórios

Repasse do orçamento

Agendamento da consulta

­ Doenças que impossibilitam temporariamente:

Diabetes

Cardiovasculares

Hipertensão

Quimioterapia

Radioterapia

­ Fatores de risco:

Idade

Fumo

Álcool

Uso de bisfosfonato

Paciente classe III

Problemas psicológicos

Bruxismo

­ Planejamento reverso:

É o que começa pelo fim

Page 7: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

IMPLANTODONTIA

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Inicia pela fase protética, molda, monta em articulador, enceramento

diagnóstico, guia cirúrgico, planeja e vê realmente como vai ficar o final do

tratamento antes de executar o procedimento.

Etapas:

Moldagens prévias

Obtenção do modelo

Registro de oclusão

Enceramento

Moldagem em ASA

Obtenção do guia

­ Guia cirúrgico:

Momento de reabertura.

Otimizar o planejamento protético e cirúrgico

Melhorar a distribuição do número de implantes

Melhorar o paralelismo e o tripoidismo

Guiar a angulação M-D e V-L

o Reabertura:

­ Objetivos:

Acesso visível ao parafuso do implante

Acesso permanente a cabeça do implante para a confecção da prótese

Valorização da estética da prótese em área cervical.

­ Tipos:

Bisturi circular

Incisão linear

Incisão em H

Incisão palatal com retalho

Técnica do pendículo proximal

Técnica de manipulação da papila incisiva

Associação com enxerto de tecido mole

o Cicatrizador:

­ Dispositivo de titânio rosqueado

­ Utilizado para segunda fase

­ Funções:

Proporcionar aos tecidos moles uma cicatrização adequada para facilitar e

viabilizar a confecção da prótese.

Perfil de emergência no formato do dente.

Geralmente permanece por 2 a 6 semanas

o Biomaterais:

­ Qualquer substâncias ou combinação de substância, sintética ou natural, que possa

ser usada por um período de tempo.

Unitários ou sem

ganho de tecido

Múltiplos ou com ganho de tecido

Page 8: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

IMPLANTODONTIA

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­ Características:

Ser biocompatível

Ter estabilidade mecânica adequada ao seu uso

Ter peso e densidade adequada

Ter custo relativamente baixo

Ser reproduzível e de fácil fabricação

Estimular reações biológicas favoráveis

­ Propriedades:

Não induzir a formação de trombos como resultado do contato entre o sangue

e o biomaterial

Não induzir respostas imunológicas adversas

Não ser tóxico

Não ser carcinogênico

Não reproduzir resposta inflamatória aguda ou crônica que impeça a

diferenciação própria dos tecidos adjacentes.

­ Classificação quanto à origem:

Autógeno ou autólogo: Que vem do próprio indivíduo

Alógeno ou homólogono: Que vem de outros indivíduos

Xenógenos ou heterólogo: Que vem de animais

Aloplásticos: Substâncias sintéticas

­ Propriedades biológicas do material:

Osteocondutor: Permite

Osteoindutor: Ajuda

Osteogênico: Formação

Osteopromotor: Protege

PERIODONTO X PERIIMPLANTAR

O tecido periimplantar tem uma mucosa que

tem função de exercer proteção como barreira

física, evitando proliferação bacteriana, porém

a resistência é menor, pois possui mais fibras

colágenas e menos fibroblastos do que o

tecido conjuntivo periodontal.

↑ fibroblastos ↓ fibroblastos

↓ colágeno ↑ colágeno

↑ vascularização ↓ vascularização

Possui resistência à sondagem baixa, pois

tem uma união frágil, visto que pode deslocar

não só o epitélio juncional como o conjuntivo

também.

O Espaço Biológico são diferentes em dimensão.

Enquanto o dente se relaciona com o Ligamento Periodontal e osso, o implante se relaciona

Page 9: APOSTILA DE IMPLANTODONTIA

IMPLANTODONTIA

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diretamente com osso.

PERIODONTITE x PERIIMPLANTITE

Sub e justa epitelial Rápido comprometimento ósseo

Demora a comprometer o osso (Reabsorção) Devido à baixa vascularização, a organização

da inserção conjuntiva cervical é a união

menos resistente do epitélio juncional com

implante

Exsudato Ausência de Ligamento Periodontal, faz com

que a transmissão das cargas seja para o

osso.

o Moldagem:

­ Na prótese sobre implante a moldagem é realizada apenas a transferência da

posição do implante.

­ Os transferentes quadrados são os que devido às retenções que apresentam em

superfície, oferecem muita resistência ao serem removidos com o molde, devendo

para tanto desparafusar o seu parafuso de fixação (Captação ou de arrasto). Para

cada tipo de pilar é um transferente específico.

­ Os transferentes redondos são os que permanecem na boca ao se remover a

moldagem. Devem ser reposicionados em seus respectivos locais após se obter o

molde (Reposição ou de encaixe).

­ Para saber se está bem encaixado deve-se fazer um rx.

­ Passo-a-passo:

Moldeira

Coloca silicone

Espera tomar presa (Em casos das abertas, deve desparafusar o parafuso)

ABERTA X FECHADA

Geralmente anterior Geralmente posterior

Moldagem por arrasto Moldagem por encaixe

Moldeira aberta Moldeira fechada

Locais com espaço interoclusal Locais sem espaço interoclusal