apostila de contabilidade para comÉrcio exterior

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CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR Apostila elaborado por: Prof. Mestre Antonio David Julian Prof. Luís Otávio Simões Contabilidade APOSTILA Contabilidade – Prof. Mestre Antonio David Julian Prof. Luís Otávio Simões 1

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Page 1: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR

Apostila elaborado por:

Prof. Mestre Antonio David Julian

Prof. Luís Otávio Simões

Contabilidade

APOSTILA

Contabilidade – Prof. Mestre Antonio David Julian Prof. Luís Otávio Simões

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Page 2: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Objetivos do Curso de Contabilidade Geral

Ao final dessa disciplina, o aluno deve estar apto a:

Interpretar melhor a situação econômico-financeira das empresas; Obter informações da Contabilidade para a tomada de decisões, tanto por parte dos administradores

ou proprietários, como também por parte daqueles que pretendem investir na empresa; Manter controle do patrimônio de uma empresa.

Referências para estudo

FEA/USP. Contabilidade introdutória. 9ª. ed. São Paulo, Atlas, 1998.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 3 ed. São Paulo, Atlas, 2000.

MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil. 23 ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

Outros textos indicados pelo Professor

Material Instrucional: slides / transparências

Seus apontamentos de sala de aula

Exercícios e exemplos trabalhados durante o Curso

Contabilidade – Prof. Mestre Antonio David Julian Prof. Luís Otávio Simões

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Introdução

História da contabilidade - Origem

Seus princípios rudimentares surgiram na antiga Babilônia, quando o imperador Nabucodonosor

a reconstruiu e cercou-a com enormes muralhas e portas de bronze.Com o desenvolvimento do

comércio, a cidade tornou-se a maior e mais rica cidade da Ásia, e com o objetivo de controlar suas

riquezas, e que lhe deviam os povos conquistados, o imperador criou um simples sistema de registros,

que era gravado em tabuinhas de barro, com letras cuneiformes . Isto ocorreu por volta do ano 520 a.. C.

Com o desenvolvimento do comércio entre os povos, cresceu a necessidade de se registrar as

operações de compra e venda e também da riqueza., possuída pelos reis e comerciantes.

Nos séculos XV e XVI, o Mundo passou por profundas modificações políticas, religiosas e

científicas, através do Renascimento Literário e Artístico, do desenvolvimento das Ciências Exatas e

Naturais, das Reformas Religiosas e da evolução política.. Surgindo assim, o Estado Moderno, onde o

regime feudal foi substituído pouco a pouco por monarquias absolutas que , para o melhor

funcionamento da nova organização social, criou-se o Imposto Real. A Contabilidade tornou-se então,

imprescindível para o controle das receitas e despesas da nova estrutura do Estado.

Inicialmente , porém, o desenvolvimento da Contabilidade esteve intimamente ligado ao

surgimento do Capitalismo. Sua função era medir os acréscimos ou decréscimos dos capitais

empregados em uma atividade comercial ou industrial. Hoje, com a evolução da Contabilidade e com o

surgimento do Método das Partidas Dobradas, o campo de atuação desta Ciência tornou-se muito vasto,

podendo ela ser aplicada a qualquer pessoa que exerça qualquer atividade econômica.

Podemos então afirmar que a Contabilidade surgiu da necessidade que as pessoas têm de

controlar o que possuem, ganham ou devem.

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Capítulo 1

Contabilidade (FEA/USP, pág. 21-28 e 255-263)

Conceito e Aplicação

A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante registro, demonstração e interpretação dos fatos nele ocorridos.

A Contabilidade, como todas as ciências, tem um objeto de estudo. Como a Física estuda os fenômenos da Natureza, a Química estuda a interação entres as diversas substâncias, etc, a Contabilidade estuda o patrimônio de uma entidade, sua composição, sua formação e mutação.

A Contabilidade surgiu da necessidade de controlar o patrimônio, pois seria difícil controlar o patrimônio, que se constitui no conjunto de bens, direitos e obrigações das empresas, se não houvessem registros padronizados sobre todas as mutações ocorridas. Assim sendo, o objeto da Contabilidade é o patrimônio.

A Ciência Contábil possui uma metodologia própria para estudar o Patrimônio, captando, registrando, acumulando, resumindo e interpretando os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade.

Os Usuários da Contabilidade

Os usuários da Contabilidade são todas as pessoas físicas ou jurídicas interessadas em conhecer e analisar a posição patrimonial de uma entidade. Como exemplos, temos:

Sócios, acionistas e proprietários;

Administradores, diretores e executivos;

Bancos, capitalistas, emprestadores de dinheiro;

Governo;

Pessoas físicas.

As Finalidades da Informação Contábil

A finalidade da Contabilidade é gerar informações e avaliações visando prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, que possibilitem:

Controle

Planejamento

Controle: que é o processo pelo qual a administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo de conformidade com os planos e políticas traçados pela administração;

Planejamento: que é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro, pela organização.

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Page 5: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

PESSOA FÍSICA

Pessoa natural aquela que nasce, cresce e morre, ou seja, a sua existência independe da vontade própria, isto quer dizer que a lei que se aplica para existência da pessoa física é a lei da natureza.(Que tem CPF - Código Pessoa Física).

PESSOA JURÍDICA

Para existência da pessoa Jurídica depende da vontade de pessoas física e também da legislação que disciplina a existência da empresa. Então podemos dizer que pessoa jurídica a lei é que lhe concede o direito a vida(Aquela que possui (CNPJ- Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).

TIPOS DE EMPRESAS(ATIVIDADES)

Indústria:

Aquela que transforma matéria prima em produto acabado.

Ex:: Uma empresa que produz extrato de tomate ela transforma a fruta em poupa de tomate.

Comércio:

Aquela que compra e vende. Esta por sua vez pode ser atacadista que compra e revende para

outras empresas comercializarem ou varejista que compra para revender direto ao consumidor.

Prestação de serviços:

Aquela empresa que vende serviços, exemplo mecânico quando vende sua mão de obra, o

médico quando vende seus serviços.

Técnicas Contábeis

São chamados de técnicas contábeis os métodos utilizados para o registro dos fatos

administrativos (escrituração), e elaboração posterior das demonstrações contábeis (demonstrações

financeiras), a análise da consistência e qualidade dos lançamentos e das demonstrações (auditoria) e o

estudo comparativo das demonstrações financeiras para diagnosticar a saúde econômico-financeira da

empresa (análise de balanços).

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Coleta os dados

Registra e processa

RelatóriosContábeis

Usuários daContabilidad

e

Área de atuação da contabilidade

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Podemos dizer que as técnicas contábeis envolvem quatro etapas, ordenadas da seguinte forma:

- Escrituração;

- Demonstrações Financeiras;

- Auditoria;

- Análise de Balanços.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE

A Contabilidade é governada por um conjunto de leis de formação, os chamados Princípios de

Contabilidade, que servem para orientar a prática profissional.

Os princípios Fundamentais da Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias

relativa à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e

profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência

social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.

Os Princípios de Contabilidade são as premissas básicas para a elaboração e

interpretação dos relatórios contábeis. Estes princípios buscam a uniformização dos métodos

aplicados pela Contabilidade. São estes os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil e, com

raras exceções, em todo o mundo:

De acordo com a Resolução CFC nº750 de 29 de dezembro de 1993, são Princípios

Fundamentais de Contabilidade:

Princípio da Entidade;

Princípio da Continuidade;

Princípio da Oportunidade;

Princípio do Registro pelo valor original;

Princípio da atualização monetária;

Princípio da competência;

Princípio da prudência;

O princípio da entidade

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a

autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos

patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma

sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por

conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aquele dos seu sócios ou proprietários,

no caso de sociedade ou instituição.

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Parágrafo único: O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira.

A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa

unidade de natureza econômico-contábil.

Princípio da Entidade

Este princípio desassocia a entidade de seus sócios ou dirigentes enquanto entidades sócio-

econômicas individualizadas. Cada um destes entes (empresa e sócios, por exemplo) deve manter a sua

própria contabilização.

O princípio da continuidade

A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável, deve

ser considerada quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e

qualitativas.

A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o

vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado,

previsto ou previsível.

A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do

Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes

patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de

geração de resultado.

A continuidade da entidade é um aspecto relevante a ser rigorosamente observado pelos

executivos e leitores de demonstrações contábeis já que o simples fato de a entidade ser capaz de

continuamente realizar suas operações, por si só, adiciona valor ao negócio. Paralisações, interrupções,

ou alteração abrupta da produção fatalmente acarretam perda de valor para a entidade e precisam assim,

ser precisamente consideradas pelos diversos usuários da informação contábil.

A rápida inovação tecnológica e o fenômeno da globalização de nossos dias, mais que ressaltam

a importância de se dedicar bastante atenção à continuidade do negócio, na medida em que, tanto interna

como externamente, a entidade é impactada por uma série de fatores (conjunturais, tecnológicos,

ambientais, etc.) que podem afetar quantitativa e qualitativamente a capacidade futura de geração de

resultados.

O princípio da continuidade, também conhecido como ¨entidade em marcha¨, para alguns

autores, dá origem a outro princípio, o do registro pelo valor original que será visto mais adiante, logo

após a apresentação do Princípio da Oportunidade.

Princípio da Continuidade

Tendo a entidade duração indeterminada, a sua contabilidade também assim deve ser. A

contabilização de seus fatos deve ser contínua, sem interrupções.

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O princípio da oportunidade

O Princípio da Oportunidade refere-se simultaneamente, a tempestividade e à integridade do

registro do patrimônio e das sua mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a

extensão correta, independentemente das causas que as originaram.

Como resultado da observância do Princípio da Oportunidade:

I. desde que devidamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito

mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;

II. o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os

aspectos físicos e monetários;

III. o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio

da Entidade em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao

processo decisório da gestão.

O princípio da oportunidade, seguido ao pé da letra, como aliás tem quer ser, por ser obrigação

dos contadores a sua fiel observância, tem para os usuários da informação contábil uma importância

vital. Hoje em dia, com a grande expansão dos sistemas informatizados, não se pode mais aceitar as

desculpas habituais de alguns profissionais, sobre o atraso no fornecimento de informação sobre saldos

de contas e relatórios contábeis, devidos à não efetivação de registros contábeis no momento oportuno.

A informação considerada como um bem precioso que é demandada avidamente por diversos

usuários, pode ser a responsável pelo sucesso ou fracasso de um negócio, percebendo-se assim, a

importância de seu reconhecimento e registro imediato. Pode-se afirmar que : a informação contábil que

não é oportuna não tem valor.

Durante muitos anos, a prática injustificável, utilizada por alguns profissionais da área contábil,

de não fornecer as informações em tempo oportuno, ocasionou bastante descrédito à profissão, fazendo

com que muitas pessoas deixassem de atribuir importância à contabilidade por não verem atendidas as

suas necessidades básicas de informação.

Princípio da Realização

A receita deve ser reconhecida ou contabilizada no período contábil em que aconteceu. Receita

é a troca de bens ou serviços por dinheiro ou equivalente. Exemplos: Um açougue vende carne, um

dentista presta serviços odontológicos, etc.

O princípio do registro pelo valor original

Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações

com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação

das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no

interior da Entidade.

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Page 9: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Do Princípio do Registro pelo Valor Original resulta:

I. a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada,

considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes;

II. uma vez integradas no patrimônio, o Bem, Direito ou Obrigação não poderão ser

alterados seu valores intrínsecos, admitindo-se, tão somente, sua decomposição em elementos e/ou sua

agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

III. o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do

patrimônio, inclusive quando da saída deste;

IV. os Princípios da Atualização Monetária e do Registro pelo Valor Original são compatíveis

entre si e complementares, dado que o primeiro apenas utiliza e mantém atualizado o valor de entrada;

V. o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui

imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.

Para os contadores, o registro pelo valor original reforça o princípio da continuidade por

entenderem que, se a empresas não tem prazo definido para encerrar suas atividades, os registros devem

ser efetuados a valores de entrada (compras) e não valores de saídas (vendas). Quando ocorrer a venda

do bem, este será a preço de mercado, reconhecendo-se somente neste momento a diferença de valor.

Se a Contabilidade registrasse as operações a valores de saída, estaria trabalhando com a

hipótese de descontinuidade a cada transação, como se imaginasse que a empresa estaria

permanentemente à venda. Para tanto necessitaria de informações a tempo real dos valores de mercado

do patrimônio da entidade, o que, a primeira vista, não parece ser viável ( o custo de obter a informação

talvez superasse o beneficio).

Em resumo, deve-se atentar para o fato que, ao seguir o princípio do registro pelo valor original,

baseado em uma unidade monetária, a Contabilidade apresenta um retrato do patrimônio da entidade em

um determinado momento, que possibilita a comparabilidade dos dados e demonstrações contábeis, o

que seria impossível, caso permitisse que fossem utilizados critérios alternativos de avaliação.

Princípio do Custo como Base de Valor

Os fatos administrativos devem ser registrados inicialmente com valores originais. A

contabilização deve ser feita com base nos preços pagos para adquirir os bens e direitos.

O princípio da atualização monetária

Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos

registros contábeis através de ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes

patrimoniais.

São resultantes da adoção do Princípio da Atualização Monetária:

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I. a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade

constante em termos de poder aquisitivo;

II. para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é

necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam

substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência o do Patrimônio

Líquido;

III. a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente, o ajustamento

dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos

aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

O princípio da atualização monetária complementa o princípio do registro pelo valor original,

reconhecendo a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um determinado período. Para os

usuários, este princípio é da maior importância, pois possibilita uma análise da informação contábil

calcada em valores de mesmo poder aquisitivo. Por menor que seja a inflação de um período ela deve ser

considerada em qualquer avaliação que se necessite fazer sobre o patrimônio das entidades. Mesmo que

se possa questionar a validade ou composição dos indicadores a serem utilizados (se IGP, INPC, UFIR,

etc.), os mesmos aperfeiçoam a informação, oferecendo melhor condição de comparação do que se,

simplesmente, utilizássemos o valor histórico.

Como o patrimônio das entidades é composto de bens, direitos e obrigações, o mesmo também

sofre o impacto da inflação, devendo pois ser considerado em todo o tipo de análise.

Até 1995, as empresas reconheciam e registravam os ajustes decorrentes da inflação, através dos

métodos da CORREÇÃO MONETÁRIA ou de uma forma mais completa, denominada de CORREÇÃO

INTEGRAL. No primeiro método, era feita a correção do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido,

reconhecendo-se e registrando-se os ajustes em conta de resultado com Correção monetária. No segundo,

muito mais preciso e detalhado, apurava-se os ganhos ou perdas com a inflação, em cada item afetado,

apresentando assim uma informação mais rica para os tomadores de decisão.

A partir de 1995, com a queda abrupta da inflação, em decorrência do sucesso alcançado pelo

Plano Real, o Governo, através da lei 9.249, aboliu a correção monetária das demonstrações contábeis,

numa tentativa de apagar a memória inflacionária,. Embora reconhecendo-se que durante todo este

período (1994/1999) tenhamos experimentado uma queda expressiva nos índices inflacionários, quando

comparado com os anos anteriores à implantação do Plano Real, chamamos a atenção para o fato de

existir uma inflação acumulada neste período que dependendo do indicador utilizado, beira os 40% e que

não está sendo reconhecida nos balanços publicados pelas empresas, com todas as implicações possíveis

para o usuário das informação contábil.

O princípio da competência

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As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que

ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou

pagamento.

O princípio da Competência determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em

aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações

patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade.

O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural

do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

As receitas consideram-se realizadas:

I. nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem

compromisso firme de efetivá-lo, quer pela fruição de serviços por esta prestados;

II. quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o

desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

III. pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;

IV. no recebimento efetivo de doações e subvenções.

Consideram-se incorridas as despesas:

I. quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua

propriedade para terceiro;

II. pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

III. pelo surgimento de um passivo sem o correspondente ativo.

Dos mais importantes princípio da Contabilidade, o princípio da competência de exercícios é de

difícil entendimento por parte de não contadores devido ao hábito arraigado de muitas pessoas de

somente considerar a existência de uma operação quando ocorre uma movimentação de caixa.

Para efeito de planejamento e controle das operações de uma empresa a adoção do princípio de

competência possibilita um conhecimento muito mais amplo e efetivo sobre a situação patrimonial da

entidade. Ao se considerar o fato gerador da receita ou da despesa, independentemente de seu

recebimento ou pagamento, estamos reconhecendo todos os fatos que estejam afetando o patrimônio da

entidade, no momento em que eles ocorrem e não somente quando da movimentação de caixa.

A adoção do princípio de competência além de propiciar uma melhor apuração do resultado do

exercício, também possibilita uma melhor avaliação do patrimônio da entidade, traduzindo-se em um

efetivo instrumento de planejamento e controle por obrigar os gestores a realizarem análises,

conferências, ajustes, etc., possibilitando um maior conhecimento sobre o negócio.

Confrontação das Despesas com as Receitas

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A contabilização das despesas (entende-se como despesa a todo sacrifício para a obtenção de

receita) deve obedecer ao período do fato gerador, ou seja, a obtenção da receita a que se refere. O

registro da despesa deve obedecer à realização e não ao pagamento.

O princípio da prudência

O princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do

ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para

a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido,

quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da

Contabilidade.

O Princípio da Prudência, durante muito tempo referido como convenção do Conservadorismo,

procura reforçar a necessidade de se apresentar informação que reflita de forma adequada o Patrimônio

Líquido da Entidade.

Quase que uma regra comportamental, o Conservadorismo obriga a adoção de um espírito de

precaução por parte do Contador. Quando ele tiver dúvida sobre tratar um determinado gasto como

Ativo ou Redução de Patrimônio Líquido (básica e normalmente despesa), deve optar pela forma de

maior precaução, ou seja, pela segunda. Por exemplo, sendo duvidoso o recebimento de uma duplicata ,

esta deve ser baixada para o resultado (diretamente ou por meio da constituição de uma provisão), ou,

então se um estoque, avaliado pelo custo de aquisição (mercadoria), ou de fabricação (produto), estiver

ativado por um valor que exceda seu valor de venda, deve-se ser reduzido ao montante deste último

(Custo ou Mercado - dos dois o menor).

Complementando, se existirem dívidas sobre contabilizar um item como parte do Patrimônio

Líquido ou das dívidas, deve também ser adotada a alternativa mais conservadora, isto é, a que avaliar

pela forma mais precavida o Patrimônio Líquido.

É necessário, todavia, lembrar que não se pode adotar esse espírito de forma indiscriminada,

pois então passaria a haver uma subavaliação desmesurada e intencional da riqueza própria da empresa.

Acima de tudo, deve imperar o bom-senso, de forma a serem observadas as aplicações do

Conservadorismo apenas nos casos em que dúvidas reais existirem.

Princípio do Denominador Comum Monetário

A Contabilidade deve registrar os fatos suscetíveis de avaliação monetária.

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Regime de Caixa e Regime de Competência

REGIME DE CAIXA

No regime de caixa as receitas e despesas vão ser contabilizadas de acordo com seu efetivo

recebimento ou pagamento independente do fato gerador., para as empresas privadas este regime não é

adotado Pela Legislação do Imposto de Renda.

REGIME DE COMPETÊNCIA

No regime de competência as receitas e as despesas serão contabilizadas de acordo com o fato

gerador. Ex. se uma venda efetuada no mes 01/95 a prazo para recebimento a partir de 02/95 , o

reconhecimento desta receia será no mes 01/95, e nos meses subsequentes será registrado apenas o

recebimento dos direitos referente a vendas a prazo.

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Capítulo 2- O Patrimônio

O Patrimônio (Iudícibus e Marion, pág. 32-37)

CONCEITO

Patrimônio é um conjunto de Bens Direitos e Obrigações, pertencente a uma entidade, quer seja ela pessoa física ou jurídica.

O Patrimônio de uma entidade é formado pelos seus bens, direitos e obrigações.

COMPOSIÇÃO

O patrimônio é composto por: Bens, que podem ser Materiais e Imateriais, Direitos, e Obrigações.

BENS

Coisas que uma entidade possui para uso, consumo ou troca.

Exemplos:

Bens de Uso Bens de Consumo Bens de troca

Máquinas Material de limpeza Dinheiro

Móveis Material de escritório Mercadorias

Imóveis Alimentos para funcionários

Os bens podem ser classificados quanto a sua materialidade em:

Tangíveis ou Materiais, quando têm corpo, matéria. Exemplos: Prédios, máquinas, móveis, veículos;

Intangíveis ou Imateriais, quando são incorpóreos. Exemplos: Marcas, patentes, ponto comercial.

Ou ainda, quanto a sua mobilidade em:

Móveis, quando não são fixos ao solo, podendo ser transportados de um lugar para outro. Exemplos: mesas e cadeiras, veículos, máquinas;

Imóveis, quando são fixos ao solo. Exemplos: terrenos, árvores, prédios, etc.

DIREITOS

Os direitos representam bens cuja propriedade é da entidade mas a posse está confiada a terceiros. Sendo assim, a entidade proprietária tem o direito de receber do possuidor o bem de volta em algum momento no futuro. Exemplos: O dinheiro depositado em conta bancária, valores a receber de clientes, aplicações em ações.

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Page 15: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

OBRIGAÇÕES

Entende-se por obrigações, todas as dívidas e valores a pagar a terceiros. Exemplos: Salários a pagar, dívidas com fornecedores, empréstimos obtidos, impostos a recolher.

Representação Gráfica do Patrimônio

O patrimônio de uma entidade pode ser representado graficamente pelo Balanço Patrimonial que reflete a posição financeira em um determinado momento.

O Balanço Patrimonial pode ser comparado a uma balança cujos pratos devem conter o mesmo peso para estar equilibrada. Semelhantemente o balanço patrimonial deve possuir tal equilíbrio.

O balanço patrimonial pode ser representado como visto no quadro abaixo.

Possui duas colunas denominadas: Ativo e Passivo.

ATIVO

O ativo representa todos os bens e direitos de propriedade da empresa, avaliáveis monetariamente, que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa.

PASSIVO

Evidencia toda as obrigações ou dívida que a empresa tem com terceiros ou com os sócios.

O passivo que representa obrigações com terceiros pode ser chamado de Passivo Exigível ou ainda de Capital de Terceiros:. Exemplos: contas a pagar, fornecedores de matéria-prima, impostos a pagar, financiamentos, empréstimos, etc.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) ou Situação Líquida (SL)

O Patrimônio Líquido é o passivo que representa as obrigações com os sócios de uma empresa. O PL registra os recursos dos proprietários aplicados no empreendimento e os auferidos durante sua atividade. Pode ser chamado de Capital Próprio.

Balanço PatrimonialATIVO PASSIVO

Bens Obrigações com Terceiros

DireitosPATRIMÔNIO LÍQUIDO

Obrigações com Sócios

Equação do Patrimônio Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido

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Page 16: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Origem e Aplicação de Recursos

Origens de Recursos – O lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Exigível) como Capital Próprio (Patrimônio Líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem de capital.

Aplicações de Recursos – O lado do Ativo é caracterizado pela aplicaç ão dos recursos originados no Passivo e no Patrimônio Líquido.

ATIVO PASSIVO

Aplicação de Origem deRecursos Recursos

Plano de Contas

É o agrupamento ordenado de todas as contas que são utilizadas pela contabilidade de uma empresa.

Um plano de contas, portanto, deve registrar as contas que serão movimentadas pela contabilidade em decorrência das operações da empresa ou, ainda, contas que, embora não movimentadas no presente, poderão ser utilizadas no futuro.

Cada empresa, de acordo com sua atividade e seu tamanho, deve ter o seu próprio Plano de Contas.

Veja no apêndice, um modelo de plano de contas.

Exercícios

Questão 1: Uma empresa apresentou em seu balanço $500.000,00 em bens e $800.000,00 em obrigações. Determine o valor dos direitos.

Questão 2: Admitindo-se que o Ativo de uma empresa é de $250 milhões e o Passivo Exigível de $230 milhões, qual é o Patrimônio Líquido? Qual o montante de Origem e Aplicação de Recursos?

Questão 3: Sabendo que uma empresa possui $5.000,00 de capital de terceiros e $10.000,00 de capital próprio, determine o valor do seu patrimônio bruto.

Questão 4: A Empresa Capitalista apurou 200 milhões de Capital de Terceiros e $186 milhões de Capital Próprio. Qual é o total do seu Ativo?

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Capítulo 3- Contas

Contas

CONCEITO

São vários os conceitos apresentados para contas;1) "Conta é uma representação gráfica de Débitos e dos Créditos que qualifica os componentes Patrimôniais"2) "Conta é um titulo que identifica um componente do Patrimônio"3) "Conta é um termo técnico utilizado pela contabilidade para registrar as ocorrências que envolvam o Patrimônio, as Receitas e as Despesas".Exemplo:

CONTAS -CAPITAL SOCIAL-CAIXA-VEÍCULOS-MOVEIS E UTENSÍLIOS-BANCO CONTA MOVIMENTO-TERRENOS-DUPLICATAS A RECEBER-FORNECEDORES-JUROS ATIVOS-JUROS PASSIVOS, ETC.

ELEMENTOS DE UMA CONTA

Os elementos fundamentas de uma conta são:1) TITULO -É o nome que se dá um elemento do patrimônio, e o que ele representa.2) DÉBITO -São os registros efetuados na coluna de débito da conta.3) CRÉDITO -São os registros efetuados na coluna de crédito da conta.4) SALDO -É a diferença existente entre o débito e o crédito da conta.

As contas podem apresentar os seguintes saldos;DEVEDOR -Quando o débito é superior ao créditoCREDOR -Quando a soma dos créditos é superior a coluna do débitoNULO-Quando a soma do débito é igual a soma do crédito

-Representação Gráfica das ContasOficialmente podemos afirmar que a representação gráfica de uma conta é da seguinte forma;

TITULO:-DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO

Também podemos trabalhar para ilustrações e resoluções de problemas com a conta T, que é uma demonstração simplificada da conta assim representada;

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TÍTULO DA CONTA

DÉBITO CRÉDITO

FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS CONTAS

-Função Registrar as operações que ocorrem com o patrimônio.

C O N T A F U N Ç Ã OCAIXA Registrar as operações com recebimentos e pagamentos em dinheiroCAPITAL Registrar o valor que constituem o capital social da empresaVEÍCULOS Registrar as aquisições e as baixas de veículos pertencentes a empresaBANCOS C/ MOVIMENTO

Registros as operações de depósitos efetuados em contas da empresa nosbancos

-Funcionamento das ContasAs contas funcionam através de débito e crédito, ou seja, elas podem ser creditadas ou debitadas

conforme o caso. Débito e Crédito

Todo aumento ou diminuição do patrimônio dá-se através de débito e crédito.debitar = Registrar um valor na coluna do débito de uma determinada conta.creditar= Registrar um valor na coluna do crédito de determinada conta.Exemplo;

Na constituição da Firma Bar do Cuca Ltda., os sócios integralizaram a importância de R$ 10.000,00 em dinheiro, assim temos

C A I X A C A P I T A L S O C I A L

D C D C

10.000,00 10.000,00

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Imaginemos que uma pessoa queira organizar seu vestuário. Para tal, esta pessoa precisará de uma guarda roupas. Suponhamos que este guarda roupas tenha muitas gavetas. Sendo assim esta pessoa poderá dispor todas as suas roupas por tipo de peças em cada uma das gavetas, mantendo a organização. Ou seja, esta pessoa irá destinar uma gaveta para cada tipo de roupa, como por exemplo: camisas, calças, roupas íntimas, meias, shorts, bermudas, etc. Para que não haja mais problemas de localização de suas roupas, esta pessoa deverá manter em cada gaveta as roupas certas, ou seja, não poderá guardar na gaveta de camisas uma meia, nem na gaveta das roupas íntimas alguma bermuda. Para saber quantas camisas limpas e passadas ela tem a sua disposição, basta abrir a gaveta de camisas e contar.

Este mesmo tipo de organização é adotado pela Contabilidade. Todas as informações contábeis devem ser guardadas e controladas em ‘gavetas’ ou contas. A conta é onde podemos registrar as informações contábeis de forma que ao precisarmos delas poderemos dispor com facilidade.

As contas podem ser classificadas em Patrimoniais e de Resultados.

Contas Patrimoniais

São contas que representam o patrimônio, ou seja, os bens , direitos e obrigações com terceiros e com os sócios.

Exemplos:

Contas que representam bens: Caixa (dinheiro), Veículos (automóveis), Estoque de Mercadorias (mercadoria para revenda), etc;

Contas que representam direitos: Bancos (dinheiro depositado numa conta bancária), Duplicatas a receber (valores a receber de clientes mediante a emissão de duplicatas), etc.

Contas que representam obrigações com terceiros: Fornecedores (dívidas pela compra a prazo), Salários a pagar (líquido da folha de pagamento ainda não pagos aos funcionários), etc.

Contas que representam obrigações com os sócios: Capital Social (dinheiro aplicado pelos sócios), Lucros Acumulados (lucros auferidos durante o período em que a empresa este em atividade), etc.

Podemos dispor o balanço patrimonial da seguinte forma:

Ativo PassivoBens: Obrigações com terceiros:Caixa FornecedoresEstoque de mercadorias Salários a pagar

Direitos: Obrigações com os sócios:Bancos Capital socialDuplicatas a receber Lucros acumulados

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Contas de Resultado

São contas que representam as receitas e despesas. A diferença destas duas contas determina o resultado do período. Este resultado será registrado mais tarde no patrimônio líquido da empresa como lucro ou prejuízo. As contas de resultado não aparecem no balanço patrimonial.

Resultado= Receitas - Despesas

Receitas

É a maneira pela qual a empresa ‘ganha dinheiro’, decorrente da venda de mercadorias, prestação de serviços, cobrança de aluguéis, cobrança de juros de um empréstimo, etc.

Exemplo de receitas: Receitas de vendas, Receita de serviços prestados, Receita de aluguéis.

Despesa

É o sacrifício que a empresa realiza para a obtenção de receita, decorrente do consumo de bens e da utilização de serviços.

Exemplo de despesas: Despesa de manutenção, Despesa com alimentação dos funcionários; Despesa com energia elétrica.

Plano de Contas

É o agrupamento ordenado de todas as contas que são utilizadas pela contabilidade de uma empresa.

Um plano de contas, portanto, deve registrar as contas que serão movimentadas pela contabilidade em decorrência das operações da empresa ou, ainda, contas que, embora não movimentadas no presente, poderão ser utilizadas no futuro.

Cada empresa, de acordo com sua atividade e seu tamanho, deve ter o seu próprio Plano de Contas.

Veja no apêndice, um modelo de plano de contas.

Exemplo de Contas de Ativo e Passivo

Contas de Ativo:

Caixa: representa os bens ‘dinheiros’ guardados na empresa;

Bancos: representa o dinheiro guardado no banco que a empresa tem o direito de receber mais tarde;

Contas a receber: representa o direito que a empresa tem de receber de seus clientes pela venda a prazo de suas mercadorias;

Estoques de mercadorias: representa os bens ‘ mercadorias’ estocados na empresa e que serão vendidos mais tarde;

Terrenos: representa os bens ‘terrenos’ de propriedade da empresa;

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Máquinas: representa os bens ‘máquinas’ de propriedade da empresa;

Móveis e Utensílios: representa os bens ‘móveis e utensílios’ de propriedade da empresa. Exemplo: mesas, armários, cadeiras, estantes, arquivos, etc;

Contas de Passivo:

Títulos a pagar: registra as obrigações que a empresa tem a pagar devido a aquisição de bens por meio de compra a prazo mediante títulos;

Salários a pagar: registra a obrigação que a empresa tem de pagar salários de funcionários;

Fornecedores: registra as obrigações que a empresa tem a pagar devido a aquisição de mercadorias por meio de compra a prazo.

Contas de PL:

Capital Social: registra a obrigação que a empresa tem de devolver aos sócios ou acionistas o capital investido por eles na empresa;

Lucros acumulados: registra os lucros acumulados no exercício e que deverão, a princípio, ser pagos aos sócios;

Prejuízos acumulados: registra os prejuízos acumulados no exercício.

Exercícios

Questão 1: Eis os componentes patrimoniais da empresa Unificada Ltda: Caixa: $50.000,00; Móveis e Utensílios: $90.000,00; Impostos a Pagar: $15.000,00; Fornecedores: $55.000,00; Capital Social: $95.000,00; Veículos: $40.000,00; Salários a Pagar: $35.000,00; Clientes: $60.000,00;Lucros Acumulados: $40.000,00.

Levando-se em consideração as contas acima, calcule:a) Capital Próprio:b) Capital de Terceiros:c) Aplicação de Recursos:d) Origens de Recursos:e) Recursos Totais:f) Situação Líquida:g) Patrimônio Bruto:

Questão 2: Dado o balanço patrimonial de uma empresa abaixo:

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Ativo PassivoCaixa 1.000 Títulos a Pagar 500Bancos 2.000 Duplicatas a Pagar 3.500Contas a Receber 5.000 Contas a Pagar 2.000Máquinas 3.000 Fornecedores 1.000

Patrimônio Líquido

4.000

Total 11.000 Total 11.000

Pede-se:a- Valor total dos bens:b- Valor total dos direitos:c- Valor total da dívida com terceiros:d- Situação líquida:

Movimentações numa Conta

Da mesma forma que podemos abrir e fechas as gavetas de nosso armário para por ou retirar uma peça de roupa, podemos assim proceder com as contas. Nós podemos ‘pôr e retirar’ informações dessas contas. A estas operações chamamos de movimentações.

Em geral, as operações ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, no Passivo Exigível e no Patrimônio Líquido. Esses aumentos e diminuições são registrados em contas contábeis.

Para simplificar as ilustrações, explicações e resoluções de problemas, utilizaremos uma representação gráfica de conta bastante simples, que será denominada ‘Conta T’ ou ‘Razonete’.

“Nome da Conta”Débito Crédito

   

A natureza da conta ou seu ‘sinal’ é que irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para as diminuições, como veremos a seguir.

ATIVO PASSIVO

Natureza NaturezaDevedora Credora

Contas de Ativo- Os elementos que compõem o Ativo figuram no lado esquerdo do Balanço. Em coerência, as contas de Ativo (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo.

‘Contas de Ativo’

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Débito Crédito

Aumenta(+)

Diminui(-)

Contas de Passivo e de Patrimônio Líquido - Como as contas do Passivo aparecem sempre no lado direito do Balanço, deve acontecer com elas o inverso do que acontece com as do Ativo.

Como o Patrimônio Líquido (positivo) ocupa o lado direito do Balanço, o funcionamento de suas contas será igual ao funcionamento das do Passivo, ou seja:

‘Contas de Passivo ou de PL’Débito Crédito

Diminuições(-)

Aumentos(+)

Exemplos de Registros de Operações

1) Integralização do capital social em dinheiro, no valor de R$ 1.000.000.

CaixaDébito Crédito

1.000.000

Capital SocialDébito Crédito

1.000.000

- O Ativo Caixa foi aumentado, então se deve debitar a conta ‘Caixa’.

- O PL foi aumentado, então se deve creditar a conta ‘Capital Social’.

2) Compra de terrenos a prazo, no valor de R$ 200.000.

TerrenosDébito Crédito200.000

Títulos a PagarDébito Crédito

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200.000

- O Ativo ‘Terrenos’ foi aumentado, então se deve debitar a conta ‘Terrenos’.

- O Passivo ‘Títulos a Pagar’ foi aumentado, então se deve creditar a conta ‘Títulos a Pagar’.

3) Pagamento dos Títulos a Pagar em dinheiro.

CaixaDébito Crédito

1.000.000 (1)200.000(3)

800.000

Títulos a PagarDébito Crédito

200.000(3)200.000 (2)

0

- O Ativo ‘Caixa’ foi diminuído, então se deve creditar a conta Caixa.

- O Passivo ‘Títulos a Pagar’ foi diminuído, então se deve debitar a conta Títulos a Pagar.

Balancete de Verificação

Desde que os lançamentos de débito e de crédito, para cada operação, sejam sempre iguais, é óbvio que o valor dos lançamentos a débito das diversas contas de uma entidade seja igual ao valor total dos lançamentos a crédito.

É costume procurar verificar essas igualdades periodicamente, relacionando todas as contas em demonstrativos chamados ‘Balancetes de Verificação’.

Exemplo simples de um Balancete de Verificação:

ContasSaldos

Devedores CredoresCaixa 800.000 -Terrenos 200.000 -Capital - 1.000.000Totais 1.000.000 1.000.000

Exercícios

Questão 1: Dado o balancete abaixo, responda o que se pede:

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a- Total das receitas:b- Total das despesas:c- Total do Passivo:d- Total do Lucro ou prejuízo:

Contas SaldosDevedor Credor

Caixa 1.500Banco 400Contas a pagar 300Vendas de Mercadorias 2.000Despesa de Aluguel 500Despesa de Material de Escritório

50

Duplicatas a pagar 500Duplicatas a receber 1.000Capital social 650Totais 3.450 3.450

Questão 2: De acordo com o balancete da questão anterior, e mediante as movimentações a seguir, determine o que se pede:

a- Saldo final da conta Caixa:b- Saldo final da conta Bancos:c- Saldo final da conta Duplicatas a Pagar:d- Saldo final da conta Móveis e Utensílios:

Movimentação:dia 01, compra de uma cadeira, a vista, com cheque no valor de $50,00;dia 02, recebimento em dinheiro de clientes referentes a duplicatas a receber no valor de $200,00;dia 03, compra de mercadorias, a prazo, mediante aceite de duplicatas no valor de $1.000,00;dia 04, pagamento de duplicatas, através de cheque no valor de $300,00.Questão 3: Em 1-10-X1, duas pessoas resolveram organizar uma empresa para consertos de balanças de precisão, a qual denominaram Preciso das Balanças Ltda.

1. Foi elaborado, nesta data, o estatuto da empresa com o capital constituído de 10.000 cotas, no valor de $10,00 cada uma, perfazendo um total de $ 100.000.

2. Foram integralizados, no ato, 20% do capital em dinheiro.3. A empresa foi instalada em uma das duas partes de um prédio adquirido para esse fim, por $20.000,

sendo $2.000 a vista e o restante dividido em três parcelas mensais iguais e consecutivas, vencendo a primeira em 1-11-X1.

4. Em 05-10-X1, foram compradas diversas máquinas industriais de Marco Alexandre & Filhos Ltda, por $5.000, sendo $1.000 a vista e o restante, com vencimento para 30-11-19X1, mediante o aceite de uma duplicata.

5. Em 10-10, foram adquiridas, a vista, cinco mesas e cinco cadeiras para escritório, por $3.000 em dinheiro.

6. Em 15-10, foi aberta uma conta no Banco Cobra Tudo S.A., sendo depositada a importância de $10.000.

7. Em 16-10, foi obtido um empréstimo de $20.000, no Banco Cobra Tudo S.A., sendo emitida uma nota promissória, sem despesas e juros, pelo prazo de 90 dias.

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8. Em 25-10, foram compradas a vista, mediante cheque nº 0001 do Banco Cobra Tudo SA, instalações para a empresa por $ 4.000.

9. Em 30-10, foram adquiridas, a prazo, de Márcia Albuquerque & Filhas Ltda., mediante aceite de duplicata, com vencimento para 15-12-19X1, peças para reparos de balanças, no valor de $2.000.

10. Em 31-10-X1, foi prestado um serviço de reparos em balança a empresa Carlab Laboratórios Ltda, no valor de $20.000, recebidos a vista em dinheiro.

Pede-se:a) Fazer os lançamentos contábeis no razão, utilizando os razonetes; b) Levantar um balancete de verificação em 31-10-X1;c) Confeccionar o balanço patrimonial em 31-10-X1.

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Capítulo 4- O Balanço Patrimonial

Estrutura do Balanço Patrimonial

A disposição das contas dentro do balanço patrimonial obedece a dois critérios: prazo, liquidez e exigibilidade:

Prazo – em contabilidade, curto prazo significa, normalmente, o pe ríodo de até um ano; longo prazo, o período superior a um ano.

Grau de Liquidez Decrescente – Grau de liquidez é a capacidade de um ativo de se transformar em dinheiro rapidamente. Quanto mais líquido, mais rápido se transformará em dinheiro. Os itens de maior liquidez são classificados em primeiro plano. Os de menor liquidez aparecem em último lugar.

Grau de Exigibilidade – Grau de exigibilidade é a urgência que uma conta de passivo tem de ser liquidada. Quanto mais exigível, mais urgente é sua liquidação. Os itens de maior exigibilidade são classificados em primeiro lugar. Os de menor exigibilidade aparecem em último lugar.

Grupos de Contas do Ativo

Ativo Circulante – O dinheiro, que é o item mais líquido, é agrupado com outros itens que serão transformados em dinheiro, consumidos ou vendidos em curto prazo, ou seja, dentro de um ano:

Disponível

Contas a Receber

Estoques

Investimentos Temporários

Realizável a Longo Prazo - São ativos de menor liquidez que o Circulante, ou seja, transformam-se em dinheiro mais lentamente.

Neste item, são classificados os empréstimos ou adiantamentos concedidos às sociedades coligadas ou controladas, a diretores, acionistas etc., além dos Títulos a Receber em Longo Prazo.

Permanente - São aqueles ativos que dificilmente serão vendidos, pois sua característica básica é não se destinarem à venda.

O Permanente subdivide-se em três grupos:

Investimentos: as participações (que não se destinam à venda) em outras sociedades (Investimento em Coligadas e Controladas) e outras aplicações de característica permanente que não se destinam à manutenção da atividade operacional da empresa, tais como: imóveis alugados a terceiros (não de uso, mas para renda), obras de arte, etc.

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Imobilizado: as aplicações que tenham por objetivo, bens destinados à manutenção da atividade operacional da empresa, tais como: imóvel (onde está sediada a empresa), instalações, móveis e utensílios, veículos, máquinas e equipamentos (no caso de indústria), marcas e patentes, etc.

Diferido : são as aplicações de recursos em despesas, ou gastos, que contribuem para a obtenção de receita ou para a formação do resultado de mais de um (vários) exercício social, tais como: gastos pré-operacionais, gastos de reorganização, pesquisa e desenvolvimento de produtos, etc.

Grupos de Contas do Passivo

Passivo Circulante – São as obrigações com terceiros que normalmente são pagas dentro de um ano (Curto Prazo).

Exigível a Longo Prazo – São as dívidas da empresa com terceiros que serão liquidadas com prazo superior a um ano: Financiamentos, Títulos a Pagar, Debêntures, etc.

Patrimônio Líquido – O PL representa os investimentos dos proprietários (Capital) mais o Lucro Acumulado, no decorrer dos anos retido na empresa, ou seja, não distribuído e ainda não incorporado ao Capital. Além desses itens podemos observar neste grupo de contas as reservas.

Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO Circulante

DisponibilidadesContas a ReceberEstoquesInvestimentos Temporários

Realizável a Longo Prazo

PermanenteInvestimentosImobilizadoDiferido

Circulante

Exigível a Longo Prazo

Patrimônio Líquido

Ativo Total Passivo Total

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Exercícios

Questão 1: Com base nos dados abaixo, apure a Situação Líquida: Capital Social – 2.000,00 Móveis e Utensílios – 400,00 Caixa – 800,00 Lucros Acumulados – ? Duplicatas a Pagar – 50,00 Mercadorias em Estoque – 400,00 Duplicatas a Receber – 550,00

Questão 2: Uma empresa apresenta os seguintes saldos nas contas de seu balancete: Estoques: $6.000,00; Adiantamento de Clientes: $12.000,00; Participações Societárias: $25.000,00; Fornecedores: $2.000,00; Duplicatas a Receber: $4.000,00; Empréstimos Obtidos: $9.000,00; Imóveis: $11.000,00; Adiantamento a Fornecedores: $7.000,00. Qual é a Situação Líquida da empresa?

Questão 3: Considerando os dados abaixo e sabendo-se que o Passivo é igual ao Ativo Imobilizado, indique os saldos das contas Mercadorias e Salários a Pagar.

ATIVO PASSIVOCaixa 27.000,00 Fornecedores 100.000,00Bancos 63.000,00 Salários a Pagar ?Mercadorias ? PL

Moveis e Utensílios 150.000,0

0Capital 250.000,00

Duplicatas a Receber

100.000,00

Lucros Acumulados

50.000,00

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Questão 4: Dado o balanço abaixo, e sabendo que o passivo exigível representa 30% do ativo de curto prazo, indique o valor das contas: Salários a pagar e Patrimônio Líquido.

Ativo PassivoCaixa 8.000 Títulos a Pagar 4.000Bancos 2.000 Salários a pagar ?Estoques 20.000Máquinas 30.000 Patrimônio

Líquido?

Edifícios 100.000Total 160.000 Total 160.000

Questão 5: De acordo com a demonstração abaixo, responda o que se pede:

a) O valor do ativo circulante;b) O valor do passivo circulante;c) O valor da situação líquida;d) O valor do capital de terceiros.

Balanço PatrimonialBancos 1.000 Fornecedores 2.500Máquinas 2.350 Contas a pagar 1.950Estoques 1.800 Capital Social 2.450Duplicatas a receber 550RLP 1.200TOTAL 6.900 TOTAL 6.900

Questão 6: De acordo com as contas a seguir, extraídas do balanço patrimonial da empresa Rumo ao Hexa Ltda, e sabendo que o ativo circulante excede o passivo circulante em R$ 1.670,00, determine a situação líquida da empresa. Contas: Passivo Circulante= 1.550,00; Ativo Permanente= 3.770,00; Exigível a Longo Prazo= 3.700,00; Realizável a Longo Prazo= 960,00;Lucros Acumulados= 1.700,00.

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Capítulo 5- Apuração do Resultado do Exercício

Apuração do Resultado

A cada exercício social (normalmente, um ano) a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios. Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a contabilidade confronta a receita (vendas) com as despesas. Se a receita foi maior que a despesa, a empresa teve lucro. Se a receita foi menor que a despesa, teve prejuízo.

Lucro: Receita > DespesasPrejuízo: Receita < Despesas

Nulo: Receita = Despesas

Veja o capítulo 3.

Regime de Competência

A receita será contabilizada no período em que for gerada, independentemente do seu recebimento.

A despesa será contabilizada como tal no período em que for consumida, incorrida, utilizada, independentemente do pagamento.

O lucro será apurado, portanto, considerando-se determinado período, normalmente um ano: toda a despesa gerada no período (mesmo que ainda não tenha sido paga) será subtraída do total da receita, também gerada no mesmo período (mesmo que ainda não tenha sido recebida).

Regime de Caixa

A receita será contabilizada no momento do seu recebimento, ou seja, quando entrar dinheiro no caixa.

A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja, quando sair dinheiro do caixa.

Assim, o lucro será apurado subtraindo-se toda a despesa paga (saída de dinheiro do caixa) da receita recebida (entrada de dinheiro no caixa).

Exemplo de Regime de Competência e de Caixa

A Cia. ABC vendeu em X1 R$ 50.000 e só recebeu R$ 30.000 (o restante receberá em X3); teve como despesa incorrida R$ 38.000 e pagou até o último dia de X1 R$ 32.000.

Apuração do Resultado

Regime de Competência

Regime de Caixa

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Receitas 50.000 30.000 (-) Despesas (38.000) (32.000) (=) Lucro/ Prejuízo

12.000 (2.000)

Exercícios

Questão 1: A empresa Imperial Ltda, em 2001, vendeu mercadorias no valor de $3.000, sendo 50% a vista e o restante a prazo. Neste mesmo período incorreu em despesas totais de $1500, sendo que pagou em dinheiro $500, e o restante a prazo. Com base nestas informações, monte um quadro demonstrando o lançamento pelo regime de competência e pelo regime de caixa, apurando o lucro no final.

Apuração do Resultado

Regime de Competência

Regime de Caixa

Receitas (-) Despesas (=) Lucro/ Prejuízo

Questão 2: Uma empresa realizou vendas no valor de $5.000,00, tendo recebido a vista $2.000,00. O restante deverá receber no próximo exercício. Para a realização das vendas, incorreu em despesas no valor de $3.000,00, tendo sido pagos até o final do atual exercício, $2.000,00 a vista, sendo que o restante será pago no exercício seguinte. Apure o resultado pelo regime de Caixa e de Competência.

Apuração do Resultado

Regime de Competência

Regime de Caixa

Receitas (-) Despesas (=) Lucro/ Prejuízo

Questão 5: Uma empresa realizou vendas no valor de $6.000,00, tendo recebido a vista $3.000,00. O restante deverá receber no próximo exercício. Para a realização das vendas, incorreu em despesas no valor de $4.000,00, tendo sido pagos até o final do atual exercício, $3.000,00 a vista, sendo que o restante será pago no exercício seguinte. Apure o resultado pelo regime de Caixa e de Competência

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Capítulo 6- Operações com Mercadorias

Operações Com Mercadorias (FEA/USP, pág. 95-96 e 111-114)

Resultado com Mercadorias (RCM)

RCM = Vendas – Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

Existem dois sistemas de apuração do CMV:

Inventário Periódico; Inventário Permanente.

Inventário Periódico – quando efetuamos as vendas sem um controle paralelo e concomitante de nosso Estoque e, portanto, sem controlar o Custo das Mercadorias Vendidas. Quando necessitamos apurar o Resultado obtido com a venda das Mercadorias (RCM), fazemos um levantamento físico para avaliação do Estoque de Mercadorias existente naquela data; e pela diferença entre o total das Mercadorias Disponíveis para Venda durante o período e esse Estoque Final (apurado extracontabilmente), obtemos o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) nesse período. (p. 96)

CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

Exemplo: A Cia. ABC possuía em 01/01/X1, estoque inicial no valor de R$ 120.000. Durante o mês, realizou compras no montante de R$ 480.000. O estoque final em 31/01/X1 foi avaliado em R$ 97.000. As vendas foram de R$ 620.000.

CMV = EI + C – EFCMV = 120.000 + 480.000 – 97.000CMV = R$ 503.000

RCM = Vendas – CMVRCM = 620.000 – 503.000RCM = R$ 117.000

Inventário Permanente (pág. 97-110) – quando controlamos de forma contínua o Estoque de Mercadorias, dando-lhe baixa, em cada venda, pelo custo dessas Mercadorias Vendidas (CMV). Esse Controle Permanente é efetuado sobre todas as Mercadorias que estiverem à disposição para venda, isto é, esse controle é efetuado sobre as Mercadorias Vendidas (CMV) e sobre as Mercadorias que não foram vendidas (Estoque Final). Pela Soma dos Custos de todas as Vendas, teremos o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) total do período. (p. 96)

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Page 34: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Critérios de Inventário Permanente

Preço Específico- Quando é possível fazer a determinação do preço específico de cada unidade em estoque, pode-se dar baixa em cada venda, por esse valor; com isto, no estoque final, seu valor será a soma de todos os custos específicos de cada unidade ainda existente. (p. 101)Tal tipo de apropriação de custo, entretanto, somente é possível em alguns casos, onde a quantidade, ou o valor, ou a própria característica da mercadoria o permite (isto é feito, por exemplo, nesse comércio de carros usados). Na maioria das vezes não é possível ou economicamente conveniente a identificação do custo específico de cada unidade. (p. 102)

PEPS – Com base nesse critério, daremos baixas no custo da seguinte maneira: o Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Assim, à medida que ocorrerem as vendas, vamos dando baixas a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao raciocínio de que vendemos primeiro as primeiras unidades compradas. (p. 102)

UEPS – a Última a Entrar é a Primeira a Sair.

Média Ponderada Móvel (MPM) – Chama-se Ponderada Móvel, pois o valor médio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Assim, ele será calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes. (p. 104)

Exemplo 1: Uma empresa apresentou a seguinte movimentação:

- 01/01/X1 – estoque inicial de 10 unid, adquiridas por R$ 5 cada;- 08/01/X1 – compra de 8 unid, adquiridas por R$ 8 cada;- 31/01/X1 – venda de 12 unid por R$ 11 cada.

Calcular o CMV, o Estoque Final e o RCM utilizando o PEPS, o UEPS e a Média Ponderada Móvel.

Solução pelo PEPS:

CMV = 10 unid. x R$ 5 = R$ 50 2 unid. x R$ 8 = R$ 16

R$ 66

Estoque Final = 6 unid. x R$ 8 = R$ 48

RCM = Vendas – CMVRCM = (12 unid. x R$ 11) – R$ 66RCM = R$ 132 – R$ 66RCM = R$ 66

Solução pelo UEPS:

CMV = 8 unid. x R$ 8 = R$ 64 4 unid. x R$ 5 = R$ 20

R$ 84

Estoque Final = 6 unid. x R$ 5 = R$ 30

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Page 35: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

RCM = Vendas – CMVRCM = (12 unid. x R$ 11) – R$ 84RCM = R$ 132 – R$ 84RCM = R$ 48

Solução pela MPM:

Estoque Inicial = 10 unid. x R$ 5 = R$ 50Compras = 8 unid. x R$ 8 = R$ 64

Custo Médio = 50 + 64 = 114 = R$ 6,33 10 + 8 18

CMV = 12 unid. x R$ 6,33 = R$ 75,96

RCM = R$ 132 – R$ 75,96 = R$ 56,04

Exercícios

Questão 1: Determinada empresa iniciou suas atividades sem estoques. No primeiro dia de operação, comprou $50.000,00 de mercadorias. Ao final do mês, o estoque da empresa apresentava um saldo de $12.500,00. Segundo o inventário periódico, determine o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV).

Questão 2: O inventário periódico pode ser levantado a qualquer momento, dependendo da necessidade da empresa. Dessa forma, a partir das informações abaixo, pede-se a realização de um inventário periódico. No início do exercício, a empresa tem um estoque inicial de 20,000 peças no valor de $35.000,00. Sabendo-se que no decorrer deste período, a empresa efetuou compras no total de 35.000 peças no valor de $73.920,00. O saldo no final do exercício foi de 15.000 peças no valor de $29.705,00. Informe a quantidade física e financeira das operações de venda realizadas pela empresa neste período.

Questão 3: Aplique o método do CUSTO MÉDIO nas operações com mercadorias a seguir: 01/10/2001 – estoque inicial de 20 unidades, adquiridas por $5,00 cada. 11/10/2001 – compra de 14 unidades, adquiridas por $5,40 cada. 25/10/2001 – venda de 16 unidades, por $8,70 cada. 28/10/2001 – compra de 10 unidades, adquiridas por $5,60 cada.

Pede-se: a) o valor em $ do estoque final. b) o valor em $ do CMV (custo das mercadorias vendidas). c) o valor em $ das receitas com vendas. d) o valor em $ do RCM (resultado com mercadorias).

Questão 4: A empresa Sândalo S.A. possuía estoque inicial em 01/10/2001 avaliado em $234.600,00. As compras do mês de outubro totalizaram $675.000,00. Através de inventário físico, apurou-se estoque final de $218.000,00. As vendas foram de $910.800,00. Calcule o CMV (custo das mercadorias vendidas) e o RCM (resultado com mercadorias) ou LBV (lucro bruto com mercadorias) através do inventário periódico.

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Page 36: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Questão 5: Em janeiro de 2001 foram feitas vendas totais de mercadorias de $3.500.000,00, com custo de $2.000.000,00. As compras no mesmo período foram de $1.000.000,00. Sabendo-se que o estoque de mercadorias em 1/1/2001 era de $1.000.000,00, pede-se: a) o valor dos estoques de mercadorias em 31/1/91; b) o valor bruto sobre vendas em 31/1/91. Questão 6: A empresa É Penta Brasil Ltda apresentou os seguintes dados em seus registros contábeis: CMV= 12.000, Compras= 8.000, Devolução de compras= 1.000, Estoque inicial de mercadorias= 2.000, Receita de vendas= 25.000.

Pede-se: a) O estoque final; b) O RCM.

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Page 37: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Critérios de Inventário Permanente - Continuação

Exemplo 2: Utilizando a ficha de controle de estoque uma loja comercial movimentou em seu estoque um determinado produto conforme descrito abaixo:

Dia 1: compra de 10 aparelhos por $25,00 cada;Dia 5: venda de 4 aparelhos pelo preço de $ 35,00 cada;Dia 15: venda de mais 5 aparelhos por $ 40,00 cada;Dia 20: compra de 5 unidades por $150,00 no total;Dia 30: venda de 10 aparelhos por $ 40,00 cada.

Sabendo que o estoque inicial era de 10 aparelhos com custo unitário de $ 20,00, pede-se:

a) O controle do estoque através da ficha de estoque;b) Determine o CMV, as vendas totais, o RCM e o EF

Utilizando o Custo Médio:

Dia Operação Entradas Saídas SaldosQde Unit Total Qde Unit Total Qde Unit Total

Saldo inicial 10 20 2001 Compra 10 25 250 20 22,5 4505 Venda 4 22,5 90 16 22,5 360

15 Venda 5 22,5 112,5 11 22,5 247,520 Compra 5 30 150 16 24,8 397,530 Venda 10 24,8 248 6 24,8 149,5

15 400 19 450,5 6 149,5

CMV = $ 450,5 ou CMV= 200 + 400 – 149,5 = $ 450,5

Vendas: 140+200+200= $ 540

4 x 35 = 1405 x 40 = 2005 x 40 = 200

RCM= 540 – 450,5= $ 89,5

EF= $ 149,5

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Page 38: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Utilizando o PEPS:

Dia Operação Entradas Saídas SaldosQde Unit Total Qde Unit Total Qde Unit Total

Saldo inicial 10 20 2001 Compra 10 25 250 10 25 250

20 - 450

5 Venda 4 20 80 6 20 12010 25 25016 - 370

15 Venda 5 20 100 1 20 2010 25 25011 - 270

20 Compra 5 30 150 1 20 2010 25 2505 30 150

16 - 420

30 Venda 1 20 20 1 25 259 25 225 5 30 150

10 - 245 6 - 175

15 400 19 425 6 175

CMV = $ 425 ou CMV= 200 + 400 – 175 = $ 425

Vendas: 140+200+200= $ 540

4 x 35 = 1405 x 40 = 2005 x 40 = 200

RCM= 540 – 425= $ 115

EF= $ 175

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Page 39: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Utilizando o UEPS:

Dia Operação Entradas Saídas SaldosQde Unit Total Qde Unit Total Qde Unit Total

Saldo inicial 10 20 2001 Compra 10 25 250 10 25 250

20 - 450

5 Venda 4 25 100 10 20 2006 25 150

16 - 350

15 Venda 5 25 125 10 20 2001 25 25

11 - 225

20 Compra 5 30 150 10 20 2001 25 255 30 150

16 - 420

30 Venda 5 30 150 6 20 1201 25 25 - - -4 20 80 - - -

10 - 255 6 - 120

15 400 19 480 6 120

CMV = $ 480 ou CMV= 200 + 400 – 120 = $ 480

Vendas: 140+200+200= $ 540

4 x 35 = 1405 x 40 = 2005 x 40 = 200

RCM= 540 – 480= $ 60

EF= $ 120

Exercícios

Questão 1: Aplique o método UEPS, nas operações com mercadorias a seguir: 01/10/2001 – estoque inicial de 20 unidades, adquiridas por $5,00 cada. 11/10/2001 – compra de 14 unidades, adquiridas por $5,40 cada. 25/10/2001 – venda de 16 unidades, por $8,70 cada.

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Page 40: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

28/10/2001 – compra de 10 unidades, adquiridas por $5,60 cada.

Pede-se: a) o valor em $do estoque final. b) o valor em $do CMV (custo das mercadorias vendidas). c) o valor em $das receitas com vendas. d) o valor em $do RCM (resultado com mercadorias).

Questão 2: Uma loja que comercializa aparelhos eletrônicos, movimentou em seu estoque, um aparelho de Vídeo Cassete da marca Di Mase, conforme descrito abaixo:

Dia 6: compra de 10 aparelhos por $210,00 cada;Dia 9: venda de 5 aparelhos pelo preço de $ 480,00 cada;Dia 13: compra de 5 unidades por $1.100,00 no total;Dia 21: venda de 10 aparelhos por $ 500 cada.

Sabendo que o estoque inicial era de 7 aparelhos com custo unitário de $ 180,00, pede-se:a) O controle do estoque através da ficha de estoque utilizando o Custo Médio;b) Determine o CMV, as vendas totais, o RCM e o EF.

Questão 3: Uma loja que comercializa aparelhos eletrônicos, movimentou em seu estoque, um aparelho de DVD da marca Fritzen, conforme descrito abaixo:

Dia 5: compra de 10 aparelhos por $210,00 cada;Dia 8: venda de 3 aparelhos pelo preço de $ 480,00 cada;Dia 10: venda de mais 6 aparelhos por $ 520,00 cada;Dia 15: compra de 5 unidades por $1.100,00 no total;Dia 20: venda de 7 aparelhos por $ 500 cada.

Sabendo que o estoque inicial era de 5 aparelhos com custo unitário de $ 200,00, pede-se:c) O controle do estoque através da ficha de estoque utilizando o PEPS;d) Determine o CMV, as vendas totais, o RCM e o EF.

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Page 41: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Capítulo 7- Impostos

Operações com Mercadorias - Impostos

ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços: incidente sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de alguns serviços, como o fornecimento de energia elétrica, transportes e comunicações.

Exemplo: A Cia. ABC comprou mercadorias no valor de R$ 2.000 a vista, incluindo R$ 360 de ICMS. Vendeu todas por R$ 3.300, a vista, com ICMS de R$ 594. Contabilize as operações:

Registro da compra de mercadorias:

Diversos a CaixaMercadorias 1.640ICMS a Recuperar 360 2.000

Registro da venda de mercadorias:

Caixaa Vendas 3.300

Registro do ICMS sobre as vendas:

ICMS sobre Vendasa ICMS a Recuperar 594

Registro da baixa no estoque:

CMVa Mercadorias 1.640

Registro da apuração do ICMS:

ICMS a Recuperara ICMS a Recolher 234

PIS sobre Faturamento – calculado com base no faturamento mensal.

COFINS – também calculado com base no faturamento mensal.

Exemplo: A Cia. ABC teve faturamento mensal de R$ 100.000. O PIS calculado foi de R$ 650 e o COFINS de R$ 2.000.

PIS sobre Faturamento

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Page 42: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

a PIS sobre Faturamento a Recolher 650

COFINSa COFINS a Recolher 2.000

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Page 43: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Capítulo 8- Lançamentos Contábeis Específicos

Regime de Competência – Casos Específicos (FEA/USP, p. 73-82)

Despesas Antecipadas - Existem certos ativos oriundos de gastos realizados no período corrente que beneficiam o exercício seguinte ou subperíodos de tal exercício. (p. 77)

Exemplo: A Cia. ABC pagou, em 09/03/X1, prêmio de seguro no valor de R$ 12.000, em dinheiro. A cobertura será de 10/03/X1 a 09/03/X2. Faça a contabilização do pagamento do prêmio, e da apropriação da despesa de seguro mensal.

Registro do pagamento do prêmio (09/03/X1)

Seguros a Vencer (ativo circulante)a Caixa 12.000

Registro da apuração da despesa mensal (31/03/X1)

Despesas de Seguros (despesa)a Seguros a Vencer 1.000C – a Seguros a Vencer 1.000

Depreciação - A maior parte dos Ativos Imobilizados (exceção feita praticamente a Terrenos e Obras de Arte) têm vida útil limitada, ou seja, serão úteis à empresa por um conjunto de períodos finitos, também chamados períodos contábeis. À medida que esses períodos forem decorrendo, dar-se-á o desgaste dos bens, que representam o custo a ser registrado.

Depreciação = (Valor do bem – Valor residual) Vida útil

TABELA DE VIDA ÚTILContas V.U.

anos% a.a.

Terrenos - -Edifícios 25 4Instalações 10 10Máquinas 10 10Equip. Informática 5 20Móveis e Utensílios 10 10Veículos 5 20

Exemplo: uma máquina, adquirida por $ 20.000 em 10/01/X1, possui valor residual de $ 1.000. Sua vida útil estimada é de 10 anos.

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Page 44: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Depreciação = (20.000 – 1.000) = $ 1.900/ano

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Lançamento no diário:

Despesa de Depreciaçãoa Depreciação Acumulada (imobilizado) 1.900

Amortização - Corresponde à perda do valor do capital aplicado em Ativos Intangíveis. Assim, são amortizáveis os Ativos Permanentes Intangíveis, como por exemplo: Direitos Autorais, Patentes e Direitos de Exploração.

Amortização = Valor do Direito N° de Períodos de Duração

Exemplo: Projeto contabilizado no Diferido no valor de $2.000.000 deverá ser amortizado em 5 anos.

Amortização = 2.000.000 5 = $ 400.000/ ano

Lançamento no diário:

Despesa de Amortizaçãoa Amortização Acumulada (imobilizado) 400.000

Exaustão - Corresponde à perda do valor, decorrente da exploração de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

O cálculo da exaustão deve considerar:

O custo de aquisição;

o volume da produção no ano;

a razão entre o potencial conhecido da mina e o volume de produção do período;

o prazo de duração do contrato, se preferida pela empresa essa base.

Adiantamentos de Clientes - São recebimentos adiantados que vão gerar um passivo, por representarem a obrigação de prestação de serviço futuro, ou entrega posterior de bens.

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Page 45: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

Exemplo:

Caixaa Adiantamentos de Clientes (passivo) 4.000 (recebimento pelo bem a ser entregue)

Adiantamentos de Clientes (passivo)a Receitas de Serviços 4.000 (apropriação da receita correspondente a entrega de bens)

Adiantamentos a Fornecedores - São pagamentos adiantados que vão gerar um direito, por representarem um direito a prestação de serviço futuro, ou recebimento posterior de bens.

Exemplo:

Adiantamentos a Fornecedores (ativo)a Caixa 4.000 (pagamento pelo bem a ser entregue)

Estoquesa Adiantamentos a Fornecedores (ativo) 4.000 (pelo recebimento do bem)

Exercícios

Questão 1: A Imobiliária Acapulco recebeu da Cia. Avenca, em 01/10/2001, $270.000,00 de aluguel de um galpão. O período de utilização do imóvel será de 01/10/2001 a 30/06/2002. Determine a Receita de Aluguel e o saldo de Aluguéis Antecipados da Imobiliária Acapulco em 31/12/2001.

Questão 2: A Loja F adquiriu, em 30/09/00, um veículo por $18.000,00. Sabendo-se que a taxa de depreciação relativa a veículos é de 20% ao ano, qual será o valor da despesa de depreciação desse veículo, referente ao exercício a se encerrar em 31/12/00?

Questão 3: A Cia. T. Júnior pagará ao Banco do Brasil S.A juros de $3.600.000 em 30-6-X8, correspon- dentes ao empréstimo de 01 ano contraído em 30-6-X7.

Qual é o valor da despesa de juros, pelo Regime de Competência, referente ao ano de 19X7?

Questão 4: Uma empresa encerrou, em agosto do corrente ano, um projeto contabilizado do ativo diferido no valor de $10.000.000,00. Para fins de planejamento financeiro, determine quanto de despesa de amortização a empresa irá contabilizar até o fim do ano corrente, sabendo que o período de amortização deverá ser de 5 anos.

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Questão 5: A empresa Sono Suave, uma industria de colchões, decidiu aumentar sua produção. Para isto planeja comprar uma máquina que produz molas de aço, um dos componentes de seu principal produto. A fim de elaborar um estudo de viabilidade, o departamento financeiro deseja saber qual deverá ser o montante de despesa de depreciação desta máquina no seu primeiro exercício de funcionamento. Sabendo que a máquina será adquirida em maio do corrente ano ao preço de $ 1.000.000,00 e que ao final de 10 anos seu valor residual será de $50.000,00, ajude o departamento financeiro.

Questão 6: Uma empresa encerrou, em agosto do corrente ano, um projeto contabilizado do ativo diferido no valor de $1.000.000,00. Para fins de planejamento financeiro, determine quanto de despesa de amortização a empresa irá contabilizar até o fim do ano corrente, sabendo que o período de amortização deverá ser de 5 anos.

Questão 7: A Cia. T. Júnior pagará ao Banco do Brasil S.A juros de $3.600.000 em 30-6-19X8, correspondentes ao empréstimo de 01 ano contraído em 30-6-19X7. Qual é o valor da despesa de juros, pelo Regime de Competência, referente ao ano de 19X7?

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Capítulo 9- Demonstração do Resultado

Demonstração do Resultado do Exercício – D.R.E. (Iudícibus e Marion, pág. 63-75)

A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). (p. 63)

DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

19X1Receita Bruta 1.250.000,00

Vendas 1.000.000,00 Serviços Prestados 250.000,00

(-) Deduções da Receita Bruta (114.000,00)Impostos s/ vendas (95.000,00)Abatimentos (5.000,00)Devolução (14.000,00)

 Receita Líquida 1.136.000,00

(-) CMV (30.000,00) 

Lucro Bruto 1.106.000,00

(-) Despesas Operacionais (108.000,00)Desp. De Vendas (25.000,00)Desp. Administrativas (80.000,00)Desp. Financeiras (5.000,00)Receitas Financeiras 2.000,00

 Resultado Operacional 998.000,00

(+/-) Receitas e Despesas Não-operacionais 8.000,00 Ganho na venda de ativo imobilizado 3.000,00 Ganho na venda de ações 5.000,00

 Lucro antes do IR - LAIR 1.006.000,00

(-) Provisão para Imposto de Renda (150.900,00)(-) Provisão para Contribuição Social (80.480,00)

 Lucro após o IR 855.100,00

(-) Participações (200.000,00)Debêntures (10.000,00)Empregados (150.000,00)Partes Beneficiárias (25.000,00)Doações (15.000,00)

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 Lucro Líquido 655.100,00 Lucro / Prejuízo por ação 0,66

Exercícios

Questão 1: A Sociedade Vapore apresentou um lucro bruto sobre as vendas no valor de $3.360,00, e o mesmo representava 30% do total das vendas efetuadas. Sabendo-se que o estoque inicial era de $8.000 e o final de $7.000, que as despesas operacionais somavam 20% do total da receita bruta e que não houve nem despesa e nem receita não operacional, pede-se: a) o valor das compras no período; b) o lucro líquido do período.

Questão 2: Com base nos valores estabelecidos abaixo, indique a “Receita Líquida de Vendas”, o “Lucro Bruto” e o “Resultado Operacional”.

Venda de Mercadorias 65.000,00Lucro na venda de ativo imobilizado 3.600,00 Custo das mercadorias vendidas 23.000,00Salários 5.000,00 Honorários da Diretoria 400,00 Pis/ Confins 2.500,00 ICMS sobre Vendas 1.300,00 Devoluções de Vendas 4.500,00 Despesa com Aluguel 1.000,00

Questão 3: Elabore a DRE da empresa J & J Comércio de Bebidas Ltda, de acordo com os valores estabelecidos, a seguir: Vendas de mercadorias $ 25.000,00; Impostos s/ vendas $4.500,00; Cancelamentos $500,00; Custo das Mercadorias Vendidas $5.500,00; Salários $1.000,00; Aluguéis $500,00; Despesa de amortização $350,00; Despesas c/ honorários $400,00; Ganho na venda de ativo imobilizado $250,00.

Questão 4: Elabore a DRE da empresa Manancial Distribuidora de Água Mineral Ltda, de acordo com os valores estabelecidos, a seguir: Vendas de mercadorias $ 42.000,00; Impostos s/ vendas $7.560,00; Devoluções $ 1.500,00; CMV $10.500,00; Salários $3.000,00; Aluguéis $5.000,00; Despesa de depreciação $250,00; Despesas de transporte $1.500,00; Ganho na venda de ativo imobilizado $100,00.

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Capítulo 10- Análise das Demonstrações

Análise Horizontal e Vertical das Demonstrações Contábeis (Iudícibus e Marion, p. 137-140)

Análise Horizontal – Uma vez padronizadas as demonstrações financeiras, a análise horizontal é facilmente realizada estabelecendo o ano inicial da série analisada como índice básico 100 e expressando as cifras relativas aos anos posteriores, com relação ao índice básico 100. Basta fazer a regra de três para encontrar os outros índices. (p. 138)

Exemplo:

Ano 1 Ano 2 Ano 3

Valores $ 243.000 $ 320.760 $ 359.640Índices 100 132 148

Análise Vertical – Basicamente, a análise vertical é realizada extraindo-se relacionamentos percentuais entre itens pertencentes à mesma Demonstração Financeira.

A finalidade da análise vertical é dar uma idéia da representatividade de um determinado item ou subgrupo de uma demonstração financeira relativamente a um determinado total ou subtotal tomado como base. (p. 139)

Exemplo:

Passivo Valor Análise Vertical

Passivo Circulante $ 310.400 32%Exigível a Longo Prazo $ 242.500 25%

Patrimônio Líquido $ 417.100 43%

Passivo Total $ 970.000 100%

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EXEMPLO 1:

BALANÇO PATRIMONIALAnálise Horizontal e Vertical

19X1 A.V. % 19X2 A.V. %A.H. %

ATIVOCirculante

Disponível 27.640 6 44.422 5 61 Estoques 124.638 26 331.053 36 166 Clientes 28.754 6 94.256 10 228 Outros 115.362 24 174.828 19 52

Total do Circulante 296.394 62 644.559 69 117

Realizável Longo Prazo

Diversos 36.702 8 29.680 3 (19)

PermanenteInvestimentos 75.113 16 130.028 14 73 Imobilizado 60.781 13 62.652 7 3 Diferido 9.330 2 60.587 7 549

Total do Permanente 145.224 30 253.267 27 74 Total do Ativo 478.320 100 927.506 100 94

PASSIVOCirculante

Contas a Pagar 72.021 15 456.209 49 533

Exigível a Longo Prazo

Diversos 226.273 47 161.293 17 (29)

Patrimônio LíquidoCapital 70.000 15 87.500 9 25 Reservas 110.026 23 222.504 24 102

Total do PL 180.026 38 310.004 33 72 Total do Passivo 478.320 100 927.506 100 94

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Exemplo 2:

DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIOAnálise Horizontal e Vertical

19X1A.V. % 19X2

A.V. % A.H. %

Receita Bruta 1.250.000,00 100,00 1.740.000,0

0 100,00 39,20

Vendas 1.000.000,00 80,00 1.500.000,0

0 86,21 50,00 Serviços Prestados 250.000,00 20,00 240.000,00 13,79 (4,00)

(-) Deduções da Receita Bruta (211.500,00)(16,92

) (295.500,00)(16,98

) 39,72

Impostos s/ vendas (192.500,00)(15,40

) (282.000,00)(16,21

) 46,49 Abatimentos (5.000,00) (0,40) (3.500,00) (0,20) (30,00)Devolução (14.000,00) (1,12) (10.000,00) (0,57) (28,57)

         

Receita Líquida 1.038.500,00 83,08 1.444.500,0

0 83,02 39,09

(-) CMV (400.000,00)(32,00

) (600.000,00)(34,48

) 50,00          

Lucro Bruto 638.500,00 51,08 844.500,00 48,53 32,26

(-) Despesas Operacionais (133.000,00)(10,64

) (161.800,00) (9,30) 21,65 Desp. De Vendas (50.000,00) (4,00) (75.000,00) (4,31) 50,00 Desp. Administrativas (80.000,00) (6,40) (85.000,00) (4,89) 6,25 Desp. Financeiras (5.000,00) (0,40) (4.000,00) (0,23) (20,00)Receitas Financeiras 2.000,00 0,16 2.200,00 0,13 10,00

         Resultado Operacional 505.500,00 40,44 682.700,00 39,24 35,05

(+/-) Receitas e Despesas Não-operacionais 8.000,00 0,64 (1.500,00) (0,09)

(118,75)

Ganho/ Perda na vda de ativo imobil 3.000,00 0,24 (100,00

)

Ganho/ Perda na venda de ações 5.000,00 0,40 (1.500,00) (0,09)(130,00

)         

Lucro antes do IR – LAIR 513.500,00 41,08 681.200,00 39,15 32,66

(-) Provisão para Imposto de Renda (77.025,00) (6,16) (102.180,00) (5,87) 32,66 (-) Provisão para Contribuição Social (41.080,00) (3,29) (54.496,00) (3,13) 32,66

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         Lucro após o IR 436.475,00 34,92 579.020,00 33,28 32,66

(-) Participações (113.483,50) (9,08) (150.545,20) (8,65) 32,66 Debêntures (21.823,75) (1,75) (28.951,00) (1,66) 32,66 Empregados (43.647,50) (3,49) (57.902,00) (3,33) 32,66 Partes Beneficiárias (43.647,50) (3,49) (57.902,00) (3,33) 32,66 Doações (4.364,75) (0,35) (5.790,20) (0,33) 32,66

         Lucro Líquido 322.991,50 25,84 428.474,80 24,62 32,66

Lucro / Prejuízo por ação 0,32 0,43 32,66

Exercícios

Questão 1: A empresa Cinco Estrelas S.A. publicou em seus balanços de X0, X1 e X2, o seguinte Ativo Circulante:

Ativo CirculanteX0 X1 X2

Caixa 1.000 1.200 3.300Bancos 2.350 1.800 587Estoques 1.800 2.200 2.505Duplicatas a receber 550 1.500 885TOTAL 6.900 6.700 7.277

Pede-se a análise vertical de todos os períodos.

Questão 2: Com o objetivo de atender a um pedido de empréstimo bancário, o gerente do banco Green Money S.A., solicitou ao seu cliente o balanço patrimonial abaixo. Ajude o gerente a fazer as análises horizontais e verticais.

Balanço PatrimonialBlue Rock Pedras Decorativas Ltda

ATIVO 2000AV

2001AV

AH

PASSIVO 2000AV

2001AV

AH

Circulante Circulante4.00

07.00

0Disponibilid

ades1.50

02.000

Clientes1.20

01.500 ELP 0

1.000

Estoques7.00

010.00

0Total

Circulante9.70

013.50

0PL

80.700

86.000

RLP 0 500

Permanente75.0

0080.00

0

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Total Ativo84.7

0094.00

0Total

Passivo84.7

0094.0

00

Questão 3: Com o objetivo de atender a um pedido de fornecimento de matéria-prima a um novo cliente, o analista de crédito da empresa fornecedora solicitou ao cliente o balanço patrimonial abaixo. Ajude o gerente a fazer as análises horizontais e verticais.

Balanço PatrimonialClave de Sol Instrumentos Musicais Ltda

ATIVO 2000AV

2001AV

AH

PASSIVO 2000AV

2001AV

AH

Circulante Circulante 4.500

10.000

Disponibilidades

2.500

2.500

Clientes 1.200

1.500 ELP 0 500

Estoques 8.000

11.000

Total Circulante

11.700

15.000

PL 82.200

85.000

RLP 0 500Permanente 75.0

0080.00

0Total Ativo 86.7

0095.50

0Total Passivo

86.700

95.500

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Capítulo 11- Análise das Demonstrações

Índices Financeiros (Iudícibus e Marion, pág. 140-150)

O uso dos quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir o que poderá acontecer no futuro. (p. 140)

Quocientes de Liquidez:

a) Quociente de Liquidez Imediata – Este quociente representa o valor de quanto dispomos, imediatamente, para saldar nossas dívidas de curto prazo. (p. 141)

Liquidez Imediata = Disponibilidades_ Passivo Circulante

b) Quociente de Liquidez Corrente – Este quociente evidencia quantos reais dispomos para honrar compromissos de curto prazo.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante_ Passivo Circulante

c) Quociente de Liquidez Seco – Esta é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques do numerador estamos eliminando uma fonte de incerteza. (p. 143)

Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoques_ Passivo Circulante

d) Quociente de Liquidez Geral – Esse quociente serve para detectar a saúde financeira (no que se refere à liquidez) de longo prazo do empreendimento. (p. 144)

Liquidez Geral = Ativo Circulante + R.L.P. Passivo Circulante. + E.L.P.

Quocientes de Endividamento (Estrutura de Capital):

a) Quociente de Participação de Capitais de Terceiros Sobre os Recursos Totais

Expressa o quociente a porcentagem que o endividamento representa sobre os fundos totais. Também significa qual a porcentagem do ativo total financiada com recursos de terceiros. (p. 145)

CT s/ RT = Exigível Total * . Exigível Total + Patrimônio Líquido

* Passivo Circulante + E.L.P.

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b) Quociente de Capitais de Terceiros /Capitais Próprios

Deverão ser, na medida do possível, projetados os efeitos (sobre os demonstrativos financeiros futuros) das políticas alternativas de captação de recursos próprios (capitais de risco) e de terceiros ou uma adequada combinação de ambos, que, às vezes, é a melhor alternativa. (p. 145)

CT s/ CP= Exigível Total_ __ Patrimônio Líquido

c) Quociente de Participação do Exigível a Curto Prazo sobre o Exigível Total

É interessante verificar, do endividamento total, qual a parcela que vence no curto prazo. Esse quociente pode fornecer algumas indicações sobre como a entidade objeto de análise de crédito está financiando sua expansão (se estiver se expandindo). (p. 145)

PC s/ ET= Passivo Circulante____ Passivo Exigível Total Quocientes de Rotatividade:

a) Rotatividade ou Giro dos Estoques

Esse quociente procura mensurar quantas vezes se renovou o estoque de produtos ou mercadorias por causa das vendas. (p. 146)

RE= Custo das Vendas_______ Estoque Médio de Mercadorias

b) Prazo Médio de Recebimento de Contas a Receber

Esse quociente indica quantos dias, semanas ou meses a empresa deverá esperar, em média, antes de receber suas vendas a prazo. (p. 147)

PMRCR= Duplicatas a Receber Médio x 360__ Receita Bruta

c) Prazo Médio de Pagamento de Contas a Pagar

Se uma empresa demora muito mais para receber suas vendas a prazo do que para pagar suas compras a prazo, irá necessitar mais capital de giro adicional para sustentar suas vendas, criando-se um círculo vicioso difícil de romper. (p. 148)

PMPCP= Fornecedores Médio x 360__ Compras

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d) Quociente de Posicionamento Relativo

A empresa deveria fazer o possível para tornar este quociente inferior a 1 ou, pelo menos, ao redor de 1, a fim de garantir uma posição neutra. (p. 149)

PR= Prazo Médio de Recebimento__ Prazo Médio de Pagamento

e) Rotação ou Giro do Ativo

Este quociente de atividade expressa quantas vezes o ativo girou ou se renovou pelas vendas. (p. 149)

RA = Vendas _ _ Ativo Médio

Exercícios

Questão 1: Com base no Balaço Patrimonial citado abaixo, calcule a Liquidez Corrente e a Liquidez Geral referentes aos anos de 1998 e 1999. Comente os resultados encontrados.

BALANÇO PATRIMONIALATIVO PASSIVO

1998 1999 1998 1999Caixa 35.600,00 46.500,00 Fornecedores 35.000,00 36.000,00Banco c/ movimento 16.890,00 22.000,00 Impostos a Pagar 15.000,00 18.600,00Duplicatas a Receber 20.600,00 13.500,00 Salários a Pagar 18.600,00 19.780,00Estoques 65.600,00 42.000,00 Duplicatas a Pagar 25.000,00 2.000,00

Total Circulante 138.690,0

0124.000,0

0Total Circulante 93.600,00 76.380,00

Realizável a LP Exigível a Longo Prazo Aplicações Financeiras

33.500,00 16.800,00 Financiamentos 38.590,00 68.000,00

Duplicatas a Receber 40.000,00 18.600,00 Empréstimo a Pagar 19.500,00 20.000,00Total RLP 73.500,00 35.400,00 Total ELP 58.090,00 88.000,00PERMANENTE PL IMOBILIZADO Capital 90.000,00 90.000,00

Veículos 30.000,00 25.900,00 Capital a Integralizar (40.000,00

)

Máquinas 40.000,00 45.200,00 Lucros Acumulados 120.000,0

011.720,00

Imóveis 39.500,00 35.600,00

Total Permanente 109.500,0

0106.700,0

0Total PL

170.000,00

101.720,00

TOTAL GERAL 321.690,0

0266.100,0

0TOTAL GERAL

321.690,00

266.100,00

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Questão 2: Com o objetivo de atender a um pedido de fornecimento de matéria-prima a um novo cliente, o analista de crédito da empresa fornecedora solicitou ao cliente o balanço patrimonial abaixo. Ajude o analista de crédito a calcular os índices de liquidez imediata, corrente, seca e geral desta empresa nos anos de 2000 e 2001.

Balanço PatrimonialClave de Sol Instrumentos Musicais Ltda

ATIVO 2000 2001 PASSIVO 2000 2001Circulante Circulante 4.500 10.000Disponibilidades 2.500 2.500Clientes 1.200 1.500 Exigível a longo

Prazo0 500

Estoques 8.000 11.000Total Circulante 11.700 15.000 Patrimônio Líquido 82.200 85.000

Realizável a Longo Prazo

0 500

Permanente 75.000 80.000Total Ativo 86.700 95.500 Total Passivo 86.700 95.500

Questão 3: Com o objetivo de atender a um pedido de empréstimo bancário, o gerente do banco Green Money S.A., solicitou ao seu cliente o balanço patrimonial abaixo. Ajude o gerente, a calcular os índices de liquidez imediata, corrente, seca e geral desta empresa nos anos de 2000 e 2001.

Balanço PatrimonialBlue Rock Pedras Decorativas Ltda

ATIVO 2000 2001 PASSIVO 2000 2001Circulante Circulante 4.000 7.000Disponibilidades 1.500 2.000

Clientes 1.200 1.500Exigível a longo Prazo

0 1.000

Estoques 7.000 10.000

Total Circulante 9.700 13.500 Patrimônio Líquido 80.70086.00

0

Realizável a Longo Prazo

0 500

Permanente75.00

080.000

Total Ativo84.70

094.000 Total Passivo 84.700

94.000

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Apêndice 1

PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO

1. ATIVO

1.1. Circulante

1.1.1 Disponível1.1.1.1. Caixa1.1.1.2. Bancos1.1.1.3. Aplicações de Liquidez Imediata

1.1.2. Contas a Receber1.1.2.1. Clientes a Receber1.1.2.2. Duplicatas a Receber1.1.2.3. (-) Provisão para Devedores Duvidosos1.1.2.4. Promissórias a Receber1.1.2.5. Títulos a Receber1.1.2.6. Empréstimos a Receber1.1.2.7. Dividendos a Receber1.1.2.8. Adiantamentos a Terceiros1.1.2.9. Adiantamentos a Funcionários1.1.2.10. Adiantamento de Viagem1.1.2.11. Adiantamento de Despesas1.1.2.12. Empréstimos a Funcionários1.1.2.13. Impostos a Recuperar

1.1.3. Investimentos Temporários1.1.3.1. Títulos e Valores Mobiliários

1.1.4. Estoques1.1.4.1. Mercadorias1.1.4.2. Matéria-prima1.1.4.3. Material Secundário1.1.4.4. Embalagens1.1.4.5. Produtos Semi-acabados1.1.4.6. Produtos Acabados1.1.4.7. Mercadorias em Consignação1.1.4.8. Almoxarifado

1.1.5. Despesas Antecipadas1.1.5.1. Prêmios de Seguros a Apropriar1.1.5.2. Assinaturas e Anuidades a Apropriar1.1.5.3. Aluguéis Antecipados

1.2. Realizável à Longo Prazo

1.2.1. Créditos e Valores1.2.1.1. Contas Vinculadas

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1.2.1.2. Clientes1.2.1.3. Títulos a receber1.2.1.4. Adiantamento a terceiros1.2.1.5. Aplicações Financeiras1.2.1.6. Títulos e Valores Mobiliários

1.3. Permanente

1.3.1. Investimentos1.3.1.1. Ações1.3.1.2. Obras de Arte1.3.1.3. Imóveis não de uso

1.3.2. Imobilizado1.3.2.1. Terrenos1.3.2.2. Edifícios1.3.2.3. (-) Deprec. Acum. Edifícios1.3.2.4. Instalações1.3.2.5. (-) DAC Instalações1.3.2.6. Máquinas e Equipamentos1.3.2.7. (-) DAC Máquinas e Equipamentos1.3.2.8. Equip Processamento de Dados1.3.2.9. (-) DAC Equip Proc Dados1.3.2.10. Móveis e Utensílios1.3.2.11. (-) DAC Móveis e Utensílios1.3.2.12. Veículos1.3.2.13. (-) DAC Veículos1.3.2.14. Marcas e Patentes1.3.2.15. (-) Amortização de Marcas e Patentes1.3.2.16. Florestamento1.3.2.17. (-) Exaustão de Florestamento1.3.2.18. Recursos Minerais1.3.2.19. (-) Exaustão de Recursos Minerais1.3.2.20. Benfeitoria em Imóvel de Terceiros1.3.2.21. (-) Amort Benfeitoria em Imóvel de Terceiros1.3.2.22. Imobilizações em Andamento

1.3.3. Diferido1.3.3.1. Gastos Pré-operacionais1.3.3.2. Pesquisas e Desenvolvimentos de Produtos1.3.3.3. Implantação de Sistemas e Métodos1.3.3.4. Reorganização1.3.3.5. (-) Amortizações

2. PASSIVO

2.1. Circulante

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2.1.1. Financiamentos2.1.1.1. Empréstimos Bancários2.1.1.2. Fornecedores2.1.1.3. Títulos a Pagar2.1.1.4. Duplicatas a Pagar2.1.1.5. Promissórias a Pagar

2.1.2. Obrigações Fiscais2.1.2.1. ICMS a recolher2.1.2.2. IPI a recolher2.1.2.3. ISS a recolher2.1.2.4. PIS a recolher2.1.2.5. COFINS a recolher2.1.2.6. IR a recolher2.1.2.7. Contribuição Social a recolher

2.1.3. Outras Obrigações2.1.3.1. Adiantamento de Clientes2.1.3.2. Contas a Pagar2.1.3.3. Salários a pagar2.1.3.4. Encargos Sociais a pagar2.1.3.5. FGTS a recolher2.1.3.6. Comissões a pagar2.1.3.7. Honorários a pagar2.1.3.8. Gratificações a pagar2.1.3.9. Provisão para Férias2.1.3.10. Provisão para 13º Salário2.1.3.11. Provisão para Dividendos

2.2. Exigível a Longo Prazo

2.2.1. Exigível a Longo Prazo2.2.1.1. Empréstimos2.2.1.2. Financiamentos2.2.1.3. Títulos a pagar2.2.1.4. Debêntures

2.3. Patrimônio Líquido

2.3.1. Capital Social2.3.1.1. Capital Subscrito2.3.1.2. (-) Capital a Integralizar

2.3.2. Reservas de Capital2.3.2.1. Ágio na Emissão de Ações2.3.2.2. Prêmio na Emissão de Ações2.3.2.3. Doações e Subvenções para Investimentos

2.3.3. Reserva de Reavaliações

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2.3.4. Reservas de Lucros2.3.4.1. Reserva Legal2.3.4.2. Reserva Estatutária2.3.4.3. Reserva para Contingências2.3.4.4. Reservas de Lucros a Realizar2.3.4.5. Reserva para Expansão2.3.4.6. Reserva Especial para dividendos obrigatórios não distribuídos

2.3.5. Lucros ou Prejuízos Acumulados

2.3.6. (-) Ações em Tesouraria

3. RECEITAS

3.1. Receitas Operacionais

3.1.1. Receita Bruta3.1.1.1. Vendas de Mercadorias3.1.1.2. Vendas de Produtos3.1.1.3. Serviços Prestados

3.1.2. Outras Receitas Operacionais3.1.2.1. Aluguéis3.1.2.2. Juros recebidos3.1.2.3. Descontos Obtidos3.1.2.4. Receitas Eventuais

3.2. (-) Deduções da Receita3.2.1. (-) Impostos3.2.1.1. ICMS3.2.1.2. ISS3.2.1.3. PIS s/ Faturamento3.2.1.4. COFINS

3.2.2. (-) Outras Deduções3.2.2.1. Descontos Incondicionais Concedidos3.2.2.2. Cancelamento de Vendas3.2.2.3. Devolução de Vendas

3.3. Receitas Não-Operacionais3.3.1. Receitas Não-Operacionais3.3.1.1. Ganho na Venda de Imobilizado3.3.1.2. Ganho na Venda de Ações

4. CUSTOS E DESPESAS

4.1. Custos

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4.1.1. Custos das Vendas e Serviços Prestados4.1.1.1. Custo das Mercadorias Vendidas4.1.1.2. Custo dos Serviços Prestados4.1.1.3. Custo dos Produtos Vendidos

4.2. Despesas Operacionais

4.2.1. Despesas de Vendas4.2.1.1. Salários4.2.1.2. Encargos Sociais4.2.1.3. Comissões4.2.1.4. Propaganda e Publicidade4.2.1.5. Outras despesas

4.2.2. Despesas Administrativas4.2.2.1. Salários4.2.2.2. Encargos Sociais4.2.2.3. Gratificações4.2.2.4. Aluguéis4.2.2.5. Depreciações4.2.2.6. Amortizações4.2.2.7. Manutenções4.2.2.8. Energia Elétrica4.2.2.9. Água e Esgoto4.2.2.10. Seguros4.2.2.11. Telecomunicações4.2.2.12. Correios4.2.2.13. Fretes4.2.2.14. Honorário da Diretoria4.2.2.15. Viagens4.2.2.16. Material de Escritório4.2.2.17. Material de Limpeza4.2.2.18. Revistas e publicações4.2.2.19. Copa e Cozinha4.2.2.20. Serviços Profissionais e Contratados4.2.2.21. IPTU4.2.2.22. IPVA4.2.2.23. Taxas

4.2.3. Despesas e Receitas Financeiras4.2.3.1. Juros pagos4.2.3.2. (-) Juros recebidos4.2.3.3. Descontos Concedidos4.2.3.4. (-) Descontos Obtidos4.2.3.5. Despesas Bancárias4.2.3.6. Variação Monetária

4.3. Despesas Não Operacionais

4.3.1. Perdas Não Operacionais

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Page 63: APOSTILA DE CONTABILIDADE PARA COMÉRCIO EXTERIOR

4.3.1.1. Perda na Venda de Imobilizado4.3.1.2. Perda na venda de Ações

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Apêndice 2

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE

Exercício no. _______ Data: ____/____/_____ Método: ___________________

Dia Operação Entradas Saídas SaldosQde Unit Total Qde Unit Total Qde Unit Total

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Apêndice 3

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

Exercício no. _______ Data: ____/____/_____

Contas Saldo Inicial Movimentação Saldo FinalDevedore

sCredores Devedores Credores Devedores Credores

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Totais

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