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Apostila Concurso IFRJ – Assistente Administrativo
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LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura, compreensão e interpretação de texto. Sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos.
Variações lingüísticas, diversas modalidades do uso da língua. Sílaba e divisão silábica. Ortografia,
acentuação gráfica e pontuação. Frase, oração, período simples e composto por coordenação e
subordinação. Morfologia: reconhecimento, classificação, formas, flexões e usos das dez classes
de palavras; substantivos, flexões das classes gramaticais – inclusive adjetivos, classes de
palavras: classificação e flexões. Morfologia e flexões do gênero, número e grau. Colocação
pronominal Concordância nominal e verbal; Regência nominal e verbal. Crase. Estrutura e
formação das palavras.
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Compreensão e Interpretação textual, considerando a Norma Culta da Língua Portuguesa,
quanto à tipologia textual, normas gramaticas e ortográficas, coesão e coerência textual,
estrutura frasal, pontuação, acentuação e adequação, frente a textos atuais e clássicos
literários. Analisar relações de intertextualidade e interdiscursividade. identificação de
posicionamentos ou de perspectivas, a compreensão de paráfrases, paródias e estilizações,
entre outras possibilidades.
Texto, Contexto e Elementos Paratextuais
Você já se perguntou o que é, de fato, um texto? Geralmente, entendemos o texto como um conjunto de
frases, ou seja, algo que foi feito para ser lido. Mas a definição de texto não é tão simples quanto parece.
Imagine, por exemplo, que você está lendo um livro e, de repente, encontra em uma página qualquer um
papel com a palavra “madeira”. Ora, certamente você ficará intrigado ou simplesmente não dará
importância a isso.
Agora, vamos imaginar outra situação: você está no meio de uma floresta e ouve alguém gritar:
“Madeira!”. Bem, se você pretende preservar sua vida, sua reação imediata é sair correndo. Isso acontece
porque a situação em que você se encontra levou-o a interpretar o grito como um sinal de alerta.
A partir desses exemplos simples, podemos chegar a algumas conclusões importantes:
1º - os textos não são apenas escritos, eles também podem ser orais;
2º - os textos não são simples amontoados de palavras ou frases, ou seja, eles precisam fazer sentido.
Na segunda situação, uma única palavra foi capaz de transmitir uma mensagem de sentido completo, por
isso ela pode ser considerada um texto. Mas o que leva um texto a fazer sentido?
Existem elementos que nos ajudam a interpretar os textos que estão a nossa volta, mas para que se possa
compreender bem um texto é necessário identificar o contexto (social, cultural, estético, político) no qual
ele está inserido.
O contexto pode ser explícito, quando é expresso por palavras (o texto em que se encontra a frase ou a
frase em que se encontra a palavra), ou implícito, quando está embutido na situação em que o texto é
produzido. Logo, a simples mudança de contexto faz com que a palavra “madeira” seja interpretada de
maneiras diferentes. Na primeira situação, embora a palavra esteja dentro de um livro, ela está
totalmente fora decontexto, por isso não produz sentido algum.
Para deixar ainda mais claro, numa frase o que seria o contexto e qual importância dele. Observe o
seguinte enunciado:
“Que belo dia!”
Sem se levar em conta o contexto, não se pode explicar o sentido desta frase. Poderia se imaginar que ela
poderia se referir a um dia agradável, que a rotina flui sem imprevistos, ou poderia ter sido dita por alguém
que ganhou na loteria. Não se sabe a que contexto se refere, se a um dia de sol após um período chuvoso
ou se é um dia de chuva após meses de sol escaldante. Como não foi apresentada a situação em que esse
enunciado foi proferido, há várias possibilidades de sentido nesta frase.
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Observe o texto abaixo retirado de um site de notícias:
Por Bernardo Caram,G1, Brasília 11/12/2016
“Delator da Odebrecht cita doações não declaradas a mais de 30 políticos
Em informações prestadas ao Ministério Público Federal (MPF) para a assinatura de acordo de delação
premiada, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho apresentou valores
repassados a políticos com a finalidade de obter vantagens para a empreiteira.
O depoimento, que veio a público na sextafeira (9), traz nomes, valores, circunstâncias e motivação dos
repasses. Parte dos recursos foi paga por meio de doações eleitorais oficiais, mas também há registro de
propina e de caixa 2.
Em alguns casos, como o dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), o dinheiro
era entregue a uma pessoa, mas serviria para abastecer um grupo dentro do partido. Em outros casos,
não é possível identificar se a doação foi oficial.
Cláudio atuava na relação da Odebrecht com o Congresso Nacional. Segundo ele, alguns pagamentos
eram feitos para garantir aaprovação de projetos de interesse da empreiteira. ”
Para compreendermos melhor sobre a informação retratada no texto é necessário que estejamos atentos
a situação política do nosso país.
Conhecimento de mundo
Ao longo de sua vida, o leitor adquire conhecimentos utilizados durante a leitura dos extos. O leitor
constrói o sentido do texto quando articula diferentes níveis de conhecimento, entre eles o conhecimento
de mundo. Esse tipo de conhecimento costuma ser adquirido informalmente, através de nossas
experiências pessoais e convívio em sociedade. Ativar seu conhecimento de mundo no momento certo
pode ser útil tanto para salvar sua vida no meio da floresta ou para resolver questões de concursos.
Agora observe a seguinte imagem:
O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A
propaganda utiliza recursos “verbais” e “não verbais”. Os recursos verbais referem-se à palavra “açúcar”,
escrita no saco, e ao slogan “mude sua embalagem”. O conteúdo verbal da propaganda é reforçado pela
parte não verbal, ou seja, a imagem do saco de açúcar semelhante a uma barriga gorda, que contrasta
com a imagem do adoçante no canto inferior, bem fininho.
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LEGISLAÇÃO E ÉTICA
Constituição da República Federativa do Brasil - Artigos 1º ao 15º. Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990 -
Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações
públicas federais. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei 8.090
de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 13.185 de 6 de novembro de 2015 -
Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Resolução n.º 16 do Conselho
Superior do IFRJ em 10 de agosto de 2011 – REGIMENTO GERAL DO INSTITUTO FEDERAL EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO - IFRJ. Lei 8.027 de 12 de abril de 1990 - Código de Ética dos
Servidores Públicos. Ética no serviço público em todo o seu teor - Ética e Moral; Ética, Princípios e Valores;
Ética e Democracia - Exercício da Cidadania; Ética e Função Pública; Princípios do Direito Administrativo
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Constituição da República Federativa do Brasil - Artigos 1º ao 15º. TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
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VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
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INFORMÁTICA
Conceito de internet e intranet. Conceitos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos
e procedimentos associados a internet/intranet. Ferramentas e aplicativos de navegação, de correio
eletrônico, de grupos de discussão, de busca, de pesquisa e de redes sociais. Noções de sistema
operacional (ambiente Linux e Windows). Acesso à distância a computadores, transferência de
informação e arquivos, aplicativos de áudio, vídeo e multimídia. Edição de textos, planilhas e
apresentações (ambientes Microsoft Office e LibreOffice). Redes de computadores. Conceitos de
proteção e segurança. Noções de vírus, worms e pragas virtuais. Aplicativos para segurança (antivírus,
firewall, anti-spyware etc.). Computação na nuvem (cloud computing).Conceitos de informação, dados,
representação de dados, de conhecimentos, segurança e inteligência. Banco de dados. Base de dados,
documentação e prototipação. Noções de aprendizado de informática - Software e Hardware. Redes de
comunicação - Redes Sociais e Telecomunicações. Planilhas - elaboração, fórmulas e conceitos ligados ao
Excel. Apresentações - Formatos, Designs, Comandos e Conceitos ligados ao Power Point.
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Conceito de internet e intranet. Conceitos e modos de utilização de tecnologias,
ferramentas, aplicativos e procedimentos associados a internet/intranet. Internet
“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine
um mundo novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria capaz de esgotar; com tantas
oportunidades que os empreendedores seriam poucos para aproveitá-las; e com um tipo peculiar de
imóvel que se expandiria com o desenvolvimento.”
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear ficassem sem comunicação entre a Casa Branca e
o Pentágono.
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da década de 60, ficou em poder exclusivo do governo
conectando bases militares, em quatro localidades.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte-americanas de pesquisa que desejassem
aprimorar a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conectados, porém o padrão de
conversação entre as máquinas se tornou impróprio pela quantidade de equipamentos.
Era necessário criar um modelo padrão e universal para que as máquinas continuassem trocando dados,
surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais outras máquinas fossem
inseridas àquela rede.
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens
entre as máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano seguinte a rede se torna
internacional.
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando
aquilo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o processo de pesquisa em tecnologia e
outras áreas a nível mundial, além de alimentar as forças armadas brasileiras de informação de todos os
tipos, até que em 1990 caísse no domínio público.
Com esta popularidade e o surgimento de softwares de navegação de interface amigável, no fim da
década de 90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de informática começaram a utilizar a
rede internacional.
Acesso à Internet
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço de Internet, oferece principalmente serviço de
acesso à Internet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de sites ou blogs, ou seja, são
instituições que se conectam à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela relacionados, e em
função do serviço classificam-se em:
• Provedores de Backbone: São instituições que constroem e administram backbones de longo alcance,
ou seja, estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer acesso à Internet para redes locais;
• Provedores de Acesso: São instituições que se conectam à Internet via um ou mais acessos dedicados e
disponibilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;
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• Provedores de Informação: São instituições que disponibilizam informação através da Internet.
Endereço Eletrônico ou URL
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se conhecer o seu endereço.
Este endereço, que é único, também é considerado sua URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador
de Recursos Universal.
Boa parte dos endereços apresenta-se assim: www.xxxx.com.br
Onde:
www = protocolo da World Wide Web
xxx = domínio
com = comercial
br = brasil
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
É um serviço disponível na Internet que possui um conjunto de documentos espalhados por toda rede e
disponibilizados a qualquer um.
Estes documentos são escritos em hipertexto, que utiliza uma linguagem especial, chamada HTML.
Domínio
Designa o dono do endereço eletrônico em questão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão
localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço
.edu = Instituição acadêmica
.gov = Instituição governamental
.mil = Instituição militar norte-americana
.net = Provedor de serviços em redes
.org = Organização sem fins lucrativos
HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de Trasferência em Hipertexto
É um protocolo ou língua específica da internet, responsável pela comunicação entre computadores.
Um hipertexto é um texto em formato digital, e pode levar a outros, fazendo o uso de elementos especiais
(palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa
Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, imagens ou sons.
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o mouse, remete o usuário à outra parte do documento
ou outro documento.
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Home Page
Sendo assim, home page designa a página inicial, principal do site ou web page.
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou Perfil no Facebook com uma Home Page, porém são
coisas distintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Facebook é um Profile, ou seja um hipertexto
que possui informações de um usuário dentro de uma comunidade virtual.
HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML devem ter aparência semelhante nas diversas
plataformas de trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “customizar” diversos elementos do documento, como
o tamanho padrão da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na
transmissão através da Internet, evitando longos períodos de espera e congestionamento na rede).
Browser ou Navegador
É o programa específico para visualizar as páginas da web. O Browser lê e interpreta os documentos
escritos em HTML, apresentando as páginas formatadas para os usuários.
ARQUITETURAS DE REDES
As modernas redes de computadores são projetadas de forma altamente estruturada. Nas seções
seguintes examinaremos com algum detalhe a técnica de estruturação.
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das redes é organizada em camadas ou níveis, cada
uma construída sobre sua predecessora. O número de camadas, o nome, o conteúdo e a função de cada
camada diferem de uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o propósito de cada camada é
oferecer certos serviços às camadas superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de como os
serviços oferecidos são de fato implementados.
A camada n em uma máquina estabelece uma conversão com a camada n em outra máquina. As regras e
convenções utilizadas nesta conversação são chamadas
coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilustrado na Figura abaixo para uma rede com sete
camadas. As entidades que compõem as camadas correspondentes em máquinas diferentes são
chamadas de processos parceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que se comunicam
utilizando o protocolo.
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente da camada n em uma máquina para a camada n em
outra máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e informações de controle para a camada
imediatamente abaixo, até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível 1 está o meio físico de
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comunicação, através do qual a comunicação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual é mostrada
através de linhas pontilhadas e a comunicação física através de linhas sólidas.
Entre cada par de camadas adjacentes há uma interface. A interface define quais operações primitivas e
serviços a camada inferior oferece à camada superior. Quando os projetistas decidem quantas camadas
incluir em uma rede e o que cada camada deve fazer, uma das considerações mais importantes é definir
interfaces limpas entreas camadas. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempenhe um conjunto
específico de funções bem compreendidas. Além de minimizar a quantidade de informações que deve ser
passada de camada em camada, interfaces bem definidas também tornam fácil a troca da implementação
de uma camada por outra implementação completamente diferente (por exemplo, trocar todas as linhas
telefônicas por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova implementação é que ela ofereça à
camada superior exatamente os mesmos serviços que a implementação antiga oferecia.
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de arquitetura de rede. A especificação de arquitetura
deve conter informações suficientes para que um implementador possa escrever o programa ou construir
o hardware de cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao protocolo apropriado. Nem os
detalhes de implementação nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura, pois esses
detalhes estão escondidos dentro da máquina e não são visíveis externamente. Não é nem mesmo
necessário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede sejam as mesmas, desde que cada
máquina possa usar corretamente todos os protocolos.
O endereço IP
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou
deixar um recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:quando você quer enviar um
presente a alguém, você obtém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma transportadora para
entregar. É graças ao endereço que é possívelencontrar exatamente a pessoa a ser presenteada. Também
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CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS Estado, Governo e Sociedade: conceito e evolução do Estado contemporâneo; aspectos
fundamentais na formação do estado brasileiro; teorias das formas e dos sistemas de governo.
Administração Estratégica. Organização do Estado e da gestão. Departamentalização;
descentralização; desconcentração. Os agentes públicos e a sua gestão, normas legais e
constitucionais aplicáveis. Serviço de atendimento ao cidadão. Comunicação interna e externa;
relacionamento interpessoal e trabalho em equipe. Gestão de conflitos. Governança na gestão
pública. Da administração Pública: conceito, princípios, finalidade, Administração Pública direta
e indireta, entidades políticas e administrativas, órgãos e agentes públicos, poderes e deveres do
administrador público. Ato Administrativo: conceito, requisitos, atributos, classificação, espécies,
motivação e invalidação. Procedimento Administrativo. Contrato administrativo: conceito,
características, espécies, inexecução e extinção. Licitação: conceito, finalidade, princípios,
modalidades, dispensa e inexigibilidade, procedimento, anulação e revogação. Comunicações
Oficiais. Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de raciocínio verbal.
Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios.
Noções de matemática financeira. Rotinas e Processos Administrativos.
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Estado, Governo e Sociedade: conceito e evolução do Estado contemporâneo;
aspectos fundamentais na formação do estado brasileiro; teorias das formas e dos
sistemas de governo
I – Breve escorço sobre a evolução do Estado.
O Estado, pode ter sempre existido, independentemente da produção humana, ou seja, ele foi surgindo
através das múltiplas relações mútuas em prol de um bem comum até que conseguiu se organizar
estruturalmente, ou pode nunca ter existido sendo fruto apenas de uma acepção ontológica do que na
verdade sempre existiu com outro nome, o Poder, pode ainda ser uma “invenção” moderna que evoluiu
das teses político filosóficas de diversos pensadores e ativistas políticos no curso da história e pode estar
fadado a desaparecer como pregou Marx.
Muitas são as teses e teorias sobre o surgimento ou mesmo a existência do Estado, o fato é que entre
esta e àquela ficaremos com o surgimento do Estado, em alguma parte da história, mesmo que
incidentalmente, pelo forte argumento de que é extrema perda de tempo escrever sobre algo que não
existe, pois uma vez que não existe, não está no mundo.
Basicamente, o Estado na Idade Média surge da luta contínua travada pelo território, uma vez que o
sistema feudal de aproveitamento da terra garantiria o controle e monopólio do poder:
“As lutas entre a nobreza, a Igreja e os príncipes por suas respectivas parcelas no controle e produção da
terra prolongaram-se durante toda a Idade Média. Nos séculos XII e XIII, emerge mais um grupo como
participante nesse entrechoque de forças: os privilegiados moradores das cidades, a “burguesia”.”
Chama-se atenção para o fato do surgimento de uma classe social e econômica, formada de moradores
da cidade, homens livres, comerciantes, banqueiros, estudiosos, artesões, entre outras atribuições
autônomas e sustentáveis, que conseguiram através de seus dotes e por meio do pagamento de tributo
de proteção aos senhores feudais formarem os burgos, vindo daí a origem da expressão “burguês”.
Este monopólio do poder, pelo soberano, afora a ingerência da Igreja, foi evoluindo para o absolutismo
ao mesmo tempo em que a classe burguesa igualmente evoluía, mas achacada pelos altos tributos
cobrados de todos os meios e de todos os lados, evoluindo para uma situação, quem em torno do século
XVIII já seria insustentável.
O Estado moderno surgiu no auge da monopolização do poder do governante do estado, conforme a
exposição de Norbert Elias:
“O governo monopolista, fundamentado nos monopólios da tributação e da violência física, atingira
assim, nesse estágio particular, como monopólio pessoal de um único indivíduo, sua forma consumada.
Era protegido por uma organização de vigilância muito eficiente. O rei latifundiário, que distribuía terras
ou dízimos, tornara-se o rei endinheirado, que distribuía salários, e este fato dava à centralização um
poder e uma solidez nunca alcançados antes. O poder das forças centrífugas havia sido finalmente
quebrado. Todos os possíveis rivais do governante monopolista viram-se reduzidos a uma dependência
institucionalmente forte de sua pessoa. Não mais em livre competição, mas apenas numa competição
controlada pelo monopólio, apenas um segmento da nobreza, o segmento cortesão, concorria pelas
oportunidades dispensadas pelo governante monopolista, e ela vivia ao mesmo tempo sob a constante
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pressão de um exército de reserva formado pela aristocracia do interior do país e por elementos em
ascensão da burguesia. A corte era a forma organizacional dessa competição restrita.”
Mas este monopólio não era ilimitado, e por conta de muitas despesas com as guerras, a manutenção dos
privilégios e descontroles administrativos, o governante sofria pressões da classe em expansão, a
burguesia, exsurgia comandando o Terceiro Estado, operando-se a transformação do monopólio pessoal
em monopólio público:
“A capacidade do funcionário central de governar toda a rede humana, sobretudo em seu interesse
pessoal, só foi seriamente restringida quando a balança sobre a qual se colocava se inclinou radicalmente
em favor da burguesia e um novo equilíbrio social, com novos eixos de tensão, se estabeleceu. Só nessa
ocasião, os monopólios pessoais passaram a tomar-se monopólios públicos no sentido institucional. Numa
longa série de provas eliminatórias, na gradual centralização dos meios de violência física e tributária, em
combinação com a divisão de trabalho em aumento crescente e a ascensão das classes burguesas
profissionais, a sociedade francesa foi organizada, passo a passo, sob a forma de Estado.”
Apesar da transformação do monopólio, de pessoal a público, quem detém efetivamente este monopólio
é a burguesia, que assume o controle do Estado
Passando o monopólio para o Estado[5], independentemente de quem o controle, tornando-o público e
institucionalizado, corresponde a dizer que a riqueza do Estado proveniente da cobrança de tributos,
fonte de receita prima facie, que anteriormente constituía a riqueza monopolista – o soberano, que a
distribuía como lhe apreciasse -, agora passaria a ser recolhida e administrada, do ponto de vista formal,
pelas instituições, contudo sem ainda ter uma estrutura organizacional que pudesse administrar esse
capital de modo a estabelecer uma relação de deveres e obrigações entre o Estado, através de suas
instituições, e o pagador de tributos, onde não houvesse mais privilégios, intervenções eclesiásticas,
confiscos, desperdício de dinheiro alheio e se realizasse o mínimo necessário de aporte capital para as
políticas de desenvolvimento social.
A sociedade deste Estado se dividia em classes, o Estado de classes, que primava pela máxima da
igualdade, contudo uma igualdade à moda da ficção de George Orwell.
De fato, o Estado burguês manteve o monopólio da tributação e da violência física, só que ao invés de
centralizá-lo em um individuo, descentralizou-o através de suas instituições.
Com a formação dos Estados, em sentido lato de sociedade política, soberania, povo, território, além de
uma Constituição política, grande parte adotou como sistema econômico o capitalismo, centrado nos
postulados da propriedade privada dos meios de produção e do lucro, regulando a matéria relativa aos
seus tributos e demais receitas, contudo, não regulando corretamente a contrapartida do benefício
estatal, de modo que podemos apontar aqui o surgimento de um – unicamente – Estado Fiscal.
Do ponto de vista da historiografia considera-se a Revolução francesa, em 1789, como o marco inicial do
surgimento do Estado de Direito – estado burguês como visto acima -, mormente pela célebre Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão e porque foi o início da queda do absolutismo e das dinastias,
gozando, portanto, de importância histórica especial, entretanto a primeira organização estruturada de
Estado surgiu em 1778 com o pacto das 13 colônias americanas e a edição de uma constituição
confederativa, com estados soberanos e, mais tarde, em 1787 com a unificação da soberania,
sancionando uma constituição federativa.
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Classifica-se a evolução do Estado de Direito em:
a) Estado Liberal – surge com a revolução burguesa na França, suas características básicas são a não
intervenção do Estado na economia, igualdade formal, autonomia e divisão dos poderes, Constituição
como norma suprema e limitadora dos poderes públicos e garantia de direitos fundamentais individuais,
surgindo os denominados direitos de primeira geração;
b) Estado Social – surge com a Revolução Russa, em 1917, após constantes reivindicações dos
trabalhadores por melhores condições de vida, suas características básicas são a intervenção do Estado
na economia para garantir um mínimo necessário ao cidadão, aproximação a uma igualdade material,
autonomia e divisão dos poderes, Constituição como norma suprema e limitadora dos poderes públicos
e garantias de direitos sociais como, educação, saúde, trabalho, moradia, entre outros, surgindo os
direitos de segunda geração;
c) Estado Democrático – surge após a Segunda Guerra mundial, dissociando-se das políticas totalitárias
como o nazismo e fascismo, sendo suas características principais a representatividade política pelo voto
do povo, detentor da soberania e uma Constituição não apenas limitadora de poderes e políticas públicas,
mas regulamentadora das prestações positivas do Estado em prol do cidadão e da coletividade, direitos
fundamentais individuais e coletivos, tais como, direito a paz, ao meio ambiente ecologicamente correto,
às tutelas de liberdade do pensamento, expressão, autoria e intimidade, o respeito e a autodeterminação
dos povos, as políticas de reforma agrária e moradia popular, os benefícios e aposentadorias
previdenciários, a assistência social, entre outros, surgindo os direitos de terceira geração[9] e outros,
denominados de quarta geração, ligados ao constante progresso científico e tecnológico contemporâneo
e outros fenômenos políticos como a globalização e a unificação dos países, de modo à regular a
cibernética, a informática, a biogenética, entre outros.
Uma definição de Estado contemporâneo envolve numerosos problemas, derivados principalmente da
dificuldade de analisar exaustivamente as múltiplas relações que se criaram entre o Estado e o complexo
social e de captar, depois, os seus efeitos sobre a racionalidade interna do sistema político. Uma
abordagem que se revela particularmente útil na investigação referente aos problemas subjacentes ao
desenvolvimento do Estado contemporâneo é a da análise da difícil coexistência das formas do Estado de
direito com os conteúdos do Estado social.
A estrutura do Estado de direito pode ser, assim, sistematizada como
1) Estrutura formal do sistema jurídico: garantia das liberdades fundamentais com a aplicação da lei geral-
abstrata por parte de juízes independentes.
2) Estrutura material do sistema jurídico: liberdade de concorrência no mercado, reconhecida no
comércio aos sujeitos da propriedade.
3) Estrutura social do sistema jurídico: a questão social e as políticas reformistas de integração da classe
trabalhadora.
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4) Estrutura política do sistema jurídico: separação e distribuição do poder.
Na nova ordem internacional, a expressão significativa de “Estado”, isoladamente, vai perdendo seu
sentido semântico e transformando-se em polissemia dos blocos de poder, “Mercado”, “União” e outras
nomenclaturas dos novos tempos globalizados, de forma que ao se referir ao Estado em si, por si só, resta
um território e um povo, mas muito se discute sobre o verdadeiro sentido e alcance da soberania.
II – O Estado brasileiro.
A formação contemporânea do Estado brasileiro é peculiar, devido ao grande período de colonização que
se utilizou do solo nacional como entreposto de mercadorias agrícolas para abastecimento da rota
mercantilista portuguesa, o Brasil não experimentou o sistema feudal e muito menos seus habitantes não
constituíram burgos, tendo-se assim formado uma “burguesia” a moda nacional.
“Na verdade, assim como não tivemos um “feudalismo”, também não tivemos o “burgo” característico
do mundo medieval. Apesar da existência e da longa duração forçada das corporações de ofícios, não
conhecemos o “burguês” da fase em que se diferenciava o mestre do artesão senão das relações deles
entre si – o “burguês” como típico morador do “burgo”. O burguês já surge, no Brasil, como uma entidade
especializada, seja na figura do agente artesanal inserido na rede de mercantilização da produção interna,
seja como negociante (…). Pela própria dinâmica da economia colonial, as duas florações do “burguês”
permaneceriam sufocadas, enquanto o escravismo, a grande lavoura exportadora e o estatuto colonial
estiveram conjugados. A Independência, rompendo o estatuto colonial, criou condições de expansão da
“burguesia” e, em particular, de valorização social crescente do “alto comércio”.”
A economia nacional, que tem como marcos a Independência e a libertação dos escravos, foi construída
sobre díspares realidades, de um lado tendo grandes fazendeiros num país de forte dependência
econômica agrícola e de outro o resto da sociedade.
“Da economia brasileira, em suma, e é o que devemos levar daqui, o que se destaca e lhe serve de
característica fundamental é: de um lado, na sua estrutura, um organismo meramente produtor, e
constituído só para isto: um pequeno número de empresários e dirigentes que senhoreiam tudo, e a
grande massa da população que lhe serve de mão-de-obra. Doutro lado, no funcionamento, um
fornecedor do comércio internacional dos gêneros que este reclama e de que ela dispõe. Finalmente, na
sua evolução, e como conseqüência daquelas feições, a exploração extensiva e simplesmente
especuladora, instável no tempo e no espaço, dos recursos naturais do país. É isto a economia brasileira
que vamos encontrar no momento em ora abordamos sua história.”
Historicamente o Brasil sempre “importou” suas políticas, a aristocracia rural nacional, composta da elite
de fazendeiros, enviava seus filhos para a Europa para que se formassem bacharéis, e estes em suas
viagens ao Velho Mundo traziam na bagagem as novas ideologias, implantando-se aqui ideologias de
fachada:
“A democracia no Brasil sempre foi um lamentável mal-entendido. Uma aristocracia rural e semifeudal
importou-a e tratou de acomodá-la, onde fosse possível, aos seus direitos e privilégios, os mesmos
privilégios que tinham sido, no Velho Mundo, o alvo da luta da burguesia contra os aristocratas. E assim
puderam incorporar à situação tradicional, ao menos como fachada ou decoração externa, alguns lemas
que pareciam os mais acertados para a época e eram exaltados nos livros e discursos.”