apostila coleta conservao de insetos

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COLETA E CONSERVAO DE INSETOS

Douglas Henrique Bottura Maccagnan

Jaboticabal julho 2007

1. INTRODUO Os insetos so organismos pertencentes classe Insecta ou Hexapoda, que esto contidos juntamente com os quelicerados, crustceos e miripodos no filo Arthtopoda. Os insetos constituem o maior grupo de animais, tendo mais de 900.000 espcies conhecidas. Porm acredita-se que o nmero de espcies ainda desconhecidas pelo homem seja muitas vezes maior. Os insetos possuem uma grande importncia ambiental, mdica e econmica. Eles so base da alimentao de muitos organismos superiores, sendo um elo essencial na cadeia trfica. Os mosquitos, piolhos, pulgas, percevejos e uma legio de mosca podem contribuir diretamente para a misria humana, alm de que muitos insetos afetam-nos indiretamente como vetores de doenas humanas ou de animais domsticos: mosquitos (malria, dengue, febre amarela e elefantase); mosca tse-ts (doena do sono); piolhos (tifo e febre recorrente); mosca domstica (febre tifide e disenteria). Na agricultura a importncia antagnica, enquanto alguns grupos so essenciais na produo (cerca de dois teros das plantas frutferas dependem dos insetos para a polinizao), outros, que representam uma minoria, acarretam danos incalculveis s culturas. Estima-se que a perda mdia de produtos armazenados, devido ao ataque de insetos, gira em torno de 20% da produo mundial. Ressalta-se ainda que nas lavouras esses danos so muitos maiores, sendo gasto grandes quantias para controlar pragas de insetos, que podem reduzir grandemente as altas produes agrcolas necessrias para sustentar as grandes populaes humanas. Alm das importncias citadas acima, os insetos atraem a ateno de muitos pelas suas formas e cores, que so de uma variedade gigantesca, fazendo com que muitos tenham como hobby (principalmente no exterior) a coleta e coleo desses animais. Com todas estas caractersticas no por menos que os insetos sejam considerados um grupo fabuloso, no qual so feitos inmeros trabalhos de pesquisa em que o papel do bilogo fundamental.

1.1. Morfologia Ao contrrio dos seres humanos, a estrutura de suporte do corpo dos artrpodos encontra-se externamente, ou seja, o corpo est revestido pelo esqueleto (exoesqueleto), formado principalmente por quitina, que eliminado e renovado medida que o animal cresce. Os insetos so distinguidos dos demais artrpodos por terem trs pares de pernas e geralmente dois pares de asas, localizados na regio mdia ou torxica do corpo. Alm disso, a cabea porta tipicamente um nico par de antenas e um par de olhos. Os insetos apresentam-se, no geral, com o corpo alongado e cilndrico, de simetria bilateral, podendo-se distinguir facilmente as trs regies que o formam: cabea, trax e abdome.

Morfologia externa de um inseto (Orthoptera)

A cabea a parte anterior do corpo do inseto, que se apresenta fortemente quitinizada e em forma de cpsula, sem aparncia externa de segmentao. Na cabea encontram-se os olhos, as antenas e as peas bucais.

O trax a regio mediana do corpo do inseto, na qual se localizam as pernas e as asas. formado por trs segmentos: o protrax, que se une cabea; o mesotrax, poro mediana; o metatrax, que se liga ao abdome. Em cada segmento do trax encontra-se um par de pernas e no meso e metatrax inserem-se as asas. O abdome a poro posterior do corpo dos insetos que, ao contrrio da cabea e do trax, apresenta segmentao bem mais visvel, sendo composto de 9 a 11 segmentos. Os segmentos do abdome so bastante semelhantes, com exceo dos posteriores que sofrem um processo de transformao, no sentido de serem adaptados ao acasalamento e a oviposio.

1.2. Diversidade

Os insetos tm vivido na Terra h cerca de 300 milhes de anos (o homem tm menos que 1 milho) e, durante este tempo, evoluram em muitas direes para se tornarem adaptados para a vida em quase todos os tipos de habitat. Na sua evoluo, resolveram de muitas formas os vrios problemas, como os referentes obteno de alimento, proteo contra inimigos e adaptao a condies ambientais especficas entre outros. Alguns insetos tm estruturas que so admirveis. As abelhas e as vespas e algumas formigas tm seu ovipositor desenvolvido como um punhal envenenado, o qual serve como um excelente meio de ataque e defesa. Algumas moscas tm seus olhos situados na extremidade de pednculos, que em algumas espcies so to longo quanto as asas. Alguns besouros tm as mandbulas com a metade do comprimento de seu corpo e ramificadas como chifres de um veado. Um dos aspectos mais interessantes da estrutura dos insetos a forma pela qual eles se assemelham ou imitam outras coisas. Muitos possuem uma colorao to adaptada que se confundem perfeitamente com seu ambiente de fundo; alguns gafanhotos tm a cor do solo onde pousam; muitas mariposas tm a cor da casca das rvores; e uma grande quantidade de besouros, percevejos,

moscas e abelhas tm as cores das flores que visitam. Esta semelhana de cor torna os insetos muito inconspcuos e provavelmente serve para protege-los contra ataques de inimigos. Muitos insetos assemelham-se extraordinariamente a objetos de seu ambiente, tanto em cor como em forma. Bichos-pau e lagartas-mede-palmos assemelham-se a gravetos, algumas vezes to bem, que se torna necessrio uma viso muito aguada para encontra-los quando esto imveis. Certas cigarrinhas da famlia Membracidae assemelham-se a espinhos de plantas e algumas borboletas a folhas mortas. Um dos tipos mais notveis de mimetismo encontrado em insetos aquele em que um inseto sem meios especiais de defesa se assemelha a um outro que tem um ferro ou algum outro mecanismo defensivo efetivo. Esta semelhana pode ser na cor, forma, tamanho e comportamento. Por exemplo, algumas borboletas que so palatveis para aves imitam a forma e cor de outras impalatveis. A ninfas de alguns percevejos assemelham-se a formigas. Algumas moscas imitam mamangabas, borboletas e besouros imitam vespas. Este mimetismo freqentemente muito impressionante e apenas um observador treinado notar que estes insetos no so vespas e no picam ou ferroam. A arte da camuflagem de fato altamente desenvolvida nos insetos.

2. COLETA Uma das melhores formas de estudar insetos fazer excurses e coletalos, manuse-los e preparar colees. Isso revela ao estudante muitas coisas que ele no encontra nos livros de texto. Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a serem alcanados. Apenas por exemplo, os insetos podem ser coletados para estudos de morfologia, de ciclos de vida, de interao entre espcies, para a confeco de colees didticas, colees cientficas sobre a fauna de uma regio, estudar a abundncia de pragas ou ainda apenas como hobby.

Durante as coletas deve-se levar um caderno para anotar dados (local, habitat, data, etc.) sobre os insetos coletados. Sempre que possvel, devem ser coletados vrios exemplares de uma mesma espcie, que constituiro uma srie. Como os insetos so muito abundantes, h pequena probabilidade que coletas, mesmo quando extensas, tenham algum efeito danoso nas suas populaes. Assim, os conservacionistas no precisam preocupar-se com a exterminao das espcies ou com o rompimento do equilbrio da natureza pelas coletas comuns.

2.1. Onde coletar insetos A melhor poca para coleta-los o vero, mas no Brasil os insetos podem ser encontrados durante o ano todo. As melhores horas para se coletar a maioria das espcies de insetos durante o dia, porm algumas espcies tm hbitos noturnos ficando, durante o dia, escondidos e com baixa atividade. Assim, como espcies diferentes so ativas em horas diferentes necessrio conhecer o hbito do inseto que se pretende coletar. Ms condies de tempo, como chuva ou baixa temperatura, reduzem a atividade de muitos insetos, tornando assim mais difcil encontrar ou coleta-los. Se soubermos onde procurar, podemos encontrar insetos a qualquer hora do dia, em qualquer dia do ano. Os insetos, em conseqncia do seu avolumado nmero de espcies, se encontram presentes, praticamente, em todos os locais que se pode imaginar, desde as mais altas montanhas s cavernas mais escuras ou s guas mais frias ou profundas, e at mesmo no prprio homem (piolho). Existem relatos de coletas de insetos a 4 mil metros de altura. Com essa variao to grande de habitats, e levando-se em conta os seus diferentes hbitos, os insetos podem oferecer uma grande variedade de locais e de circunstancias para serem coletados. Muitos insetos alimentam-se de plantas ou as visitam. Assim, as plantas constituem um dos melhores locais para colet-los. Todas as partes das plantas podem conter insetos. A maioria estar provavelmente nas folhas ou nas flores,

mas outros podem estar no tronco, fruto ou razes, inclusive no interior destas estruturas. Vrios tipos de detritos freqentemente contm insetos. Algumas espcies podem ser encontradas em gravetos, folhas e cascas de rvores em decomposio, particularmente em locais onde a vegetao densa; outras podem ser encontradas embaixo de pedras, tbuas, cortia e objetos semelhantes; tambm so encontrados em material j apodrecido ou em decomposio, como fungos, plantas ou cadveres de animais, frutas e esterco. Muitos insetos podem ser encontrados em construes feitas pelo homem ou ao redor destas. Outros so encontrados alimentando-se de roupas, mveis, gros, em alimentos ou ainda associados a animais domsticos como cachorro, aves e outros. Em noites quentes, vrias espcies de insetos so atradas pela luz e assim podem ser coletados em paredes de casa iluminadas, praas, e outros locais de iluminao intensa. De fato, este um dos processos mais fceis para coletar muitos tipos de insetos. Outros insetos, em alguns casos apenas os estgios imaturos e em outros todos os estgios, so aquticos, vivendo em brejos, pntanos, gua doce e at no mar. Tipos diferentes de habitats aquticos e suas diferentes partes contm espcies especficas. Eles podem ocorrer na superfcie, nadar na coluna dgua, estar na vegetao aqutica, preso em pedras ou embaixo delas e na areia ou no lodo do fundo onde cavam. Os adultos de muitas espcies so mais facilmente obtidos coletando-se as formas imaturas. Porm, muitas vezes, difcil de identifica-las ao nvel de espcies, sendo necessrio cri-las em laboratrio. Isto envolve coleta de casulos, larvas ou ninfas e a manuteno destes em recipientes at que se tornem adultos, o que, no entanto, exige um pouco de conhecimento tcnico e algumas condies especiais. A regra mais bsica que, para se obter sucesso na criao, deve-se reproduzir as mesmas condies em que os imaturos foram encontrados no campo.

importante ressaltar que, para uma coleta eficiente visando um levantamento faunstico de uma rea, todos os diferentes habitats dessa rea devem ser examinados minusiosamente, lembrando que muitos insetos tm tamanho reduzido podendo esconder-se nos mais inusitados lugares. Tambm sabemos que no h nenhuma tcnica de coleta que seja, individualmente, suficiente para coletar todos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente.

2.2. Como coletar Existem diversos meios, processos e artifcios para se coletar ou apanhar insetos. Eles podem ser coletados diretamente em seus prprios esconderijos ou habitats, ou em vo, ou ainda indiretamente, atraindo-os para iscas ou armadilhas de diversos tipos. Dependendo dos mtodos utilizados, as coletas podem ser divididas em duas categorias:

Coletas ativas, onde a coleta depende da ao direta do coletor, que utiliza pinas, redes, aspiradores, guarda-chuva entomolgico e outros aparatos compatveis com o seu objetivo de coleta;

Coletas passivas, onde o coletor deixa que as armadilhas faam o trabalho de captura, sem sua interferncia direta.

O mtodo mais adequado de se coletar determinada espcie de inseto vai depender dos habitats e comportamento que ela apresenta, pois muitos equipamentos so seletivos, isto , coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos.

2.2.1. Equipamentos de coleta ativa Pinas e pincis. Alguns insetos so perigosos e agressivos, outros ainda podem causar alergias em certas pessoas, assim recomendvel que no se utilize s mos limpas para a coleta, a no ser que se conhea o inseto

em questo. Em caso de insetos muito pequenos ou frgeis, o manuseio deve ser feito com pincis.

Figura 1. Pinas para coleta de insetos. A. pinas de ponta fina. B. pinas com mola frouxa.

Guarda-chuva entomolgico. Este equipamento especialmente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arbustos, como besouros, percevejos etc. Pode ser construdo com 1 metro quadrado de pano branco e uma estrutura de madeira ou metal que o deixe aberto, ou ainda improvisado conforme as possibilidades (Fig. 2). O guarda-chuva entomolgico utilizado colocando-o sob um galho de rvore ou um arbusto. Em seguida, bate-se com fora ou chacoalhe o galho, provocando assim a queda dos insetos sobre o pano, onde sero imediatamente apanhados, ou com as mos, com pinas ou pinceis.

Aspirador bucal. So aparelhos simples, usados para a coleta de pequenos insetos, como microhimenpteros, microlepidpteros, pernilongos, pequenos percevejos e cigarrinhas, que se encontram sobre um substrato. O tipo convencional consiste de um pedao de tubo de vidro resistente, com 10 a 15 cm de comprimento por 2.5 a 4 cm de dimetro com as duas aberturas fechadas com rolha; cada rolha atravessada por um tubinho de vidro, com cerca de 8 a 10 cm de comprimento por 5 mm de dimetro, tendo as extremidades externas ligados a tubos de borracha, um com cerca de 15 cm de comprimento e o outro menor (Fig. 3).

O tubinho de vidro ligado com a borracha maior deve ter a sua extremidade interna fechada com tela de nilon para evitar que os insetos aspirados atinjam a garganta do coletor. Usa-se o aspirador, aplicando a extremidade de borracha menor o mais prximo possvel do inseto que se pretende coletar, e a outra extremidade de borracha vai boca do coletor, o qual aspira fortemente arrastando o inseto.

Rede entomolgica para captura em vo. Usada para capturar todo e qualquer inseto em vo. Consta de um aro de arame relativamente grosso, preso em um cabo de madeira e trazendo um saco em forma de coador. As dimenses do aro, ou boca da rede, deve ter entre 25 e 40 cm de dimetro. O cabo deve terno mnimo 1 metro de comprimento e deve ser o mais leve possvel para permitir movimentos rpidos (Fig. 4). O comprimento do coador deve ter, no mnimo, o dobro do dimetro da boca; isto para, quando se capturar um inseto, seja a rede imediatamente dobrada sobre sua boca, impedindo que o inseto escape (Fig.5). O tecido usado na confeco do coador deve ser fino, delicado, de malhas largas e resistentes. Vrios tipos de tecidos podem ser usados, tais como fil de nilon, vual (voile), fil de cortina entre outros.

Rede entomolgica de varredura. Esta rede destina-se a varrer a superfcie da vegetao nativa, rasteira ou arbustiva, como capins e outros matos, ou ainda culturas como amendoim, algodo, soja e outros. De modo geral ela possui o mesmo formato que a anterior, porm deve ter um aro de tamanho maior e ser mais reforada. O aro pode ser feito com ferro de construo 3/16 ou 1/4; o coador deve ser de pano grosso e resistente, como algodo cru, pano de saco de acar ou farinha; e o cabo, forte e resistente, como cabos de vassoura. Usa-se esta rede, varrendo com relativo vigor a superfcie da vegetao, da direita para a esquerda e vice-versa, colhendo deste modo folhas, botes, frutos pequenos, sementes e outros detritos, juntamente com os insetos. Esse material

colhido ento despejado num recipiente, como saco plstico ou vidro de boca larga, fechado, para posteriormente proceder-se a separao e coleta dos insetos.

Rede entomolgica para coleta aqutica. Embora a maioria dos insetos seja de vida terrestre, h formas imaturas de muitos grupos (de mosquitos, liblulas, efemerpteros, etc) e adultos de outros (alguns percevejos e besouros) que vivem em ambientes aquticos. As redes para a coleta aqutica so utilizadas especialmente em riachos e lagos. O aro da rede pode ser quadrado ou em formato de D. Seu uso semelhante ao de uma rede entomolgica comum, mas deve ser mais curta e ser confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da gua.

2.2.2. Equipamentos de coleta passiva A coleta passiva aquela feita com armadilhas que no necessitam da presena constante do coletor. Assim, as armadilhas constituem um mtodo fcil e eficiente para a caa simultnea de diversas espcies de insetos. A armadilha pode ser apenas de interceptao ou ainda ter atrativos que servem de iscas para os insetos. Estes atrativos podem ser de origem fsica (luz, cor), qumica (feromnios sexuais, melados para mosca) ou ainda biolgica.

Armadilha interceptadora de vo (Malaise). Alguns grupos de insetos so bons voadores e deslocam-se ativamente dentro do ambiente. Entre eles, os melhores voadores so os dpteros (moscas e mosquitos) e himenpteros (abelhas e vespa). As armadilhas interceptadoras de vo contm uma barreira pouco visvel para o inseto e com a qual eles colidem. Ao serem interceptados pela armadilha, os insetos tendem a subir, na tentativa de sobrepor a barreira; possvel tambm que, ao se chocarem, caiam no solo, subindo depois. No topo da armadilha existe um recipiente onde os insetos acabam caindo e sendo capturados. H vrias armadilhas que operam com essa estratgia bsica. A mais comum a do tipo Malaise (Fig. 6), que captura os insetos ao tentarem sobrepor a barreira.

A cor da armadilha um fator importante para a captura, sendo recomendado que a barreira central seja negra, pois esta cor dificulta a percepo pelos insetos de que h uma barreira. As armadilhas Malaise devem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas, por onde mais provvel que os insetos voem ativamente.

Armadilha de solo. As armadilhas de solo so especialmente voltadas para os insetos que caminham sobre o solo, por incapacidade de vo ou por preferncia de habitat. Isso inclui uma variedade de formas imaturas de insetos, como larvas de besouros e de moscas, alm de adultos como colembolas, formigas, besouros, gafanhotos e outros. Esta armadilha constitui-se basicamente de um pote enterrado de forma que sua boca fique no mesmo nvel que a superfcie do solo. Dentro do pote devem conter cerca de 1/3 de seu volume de gua ou um conservante (lcool 70%) com umas poucas gotas de detergente. O detergente tem a funo de quebrar a tenso superficial do lquido fazendo com que o inseto afunde. Essas armadilhas podem ter sua eficincia aumentada pela presena de iscas, o que aumenta a probabilidade de se coletar determinados grupos (Fig. 7). As iscas mais atrativas so as de peixe, carne e frutas fermentadas, mas a escolha da isca uma funo do que se pretende coletar.

Armadilha luminosa. um grupo de armadilhas que usam a luz como atraente para os insetos. Vrios tipos de lmpadas podem ser utilizadas, mas a mais indicada a luz negra, pois este tipo de lmpada emite grande parte de sua energia na faixa ultravioleta, justamente nos comprimentos de onda mais favorveis para a atrao dos insetos. Existem vrios modelos dessas armadilhas, cada uma com forma diferente de reteno do inseto. Por exemplo, algumas atraem o inseto de forma que ele caia em um recipiente contendo gua, outras atraem os insetos para uma cerca eletrocultada, este tipo de armadilha muito comum nos aougues e tem como finalidade eliminar as moscas do ambiente. Porm uma das mais comuns a

armadilha luminosa do modelo Luiz de Queirs, na qual os insetos so capturados em um saco de tela (Fig. 8).

Bandejas coloridas. Muitos insetos so atrados por determinadas cores, essa atrao muitas vezes esta relacionado com a cor de um alimento ou ambiente preferido pela espcie de inseto. Sendo assim, alguns grupos de insetos so atrados para cores especficas. Para a coleta desses insetos, podem ser utilizadas bacias de metal ou plstica pintada internamente com as cores amarelo, azul, branco, vermelho, verde ou ainda preto. Estas bacias so colocadas diretamente no solo ou a diferentes alturas, contendo gua e algumas gotas de detergente para quebrar a tenso superficial. Os insetos atrados para ela so capturados na gua. Com um pouco de experincia, possvel saber quais so as cores e a altura mais apropriada para coletar determinado grupo de inseto.

Armadilha adesiva. Esta se trata de um papel ou plstico que possui uma cola na qual os insetos ficam aderidos. Eles so atrados para o papel por atrativos que podem ser fsicos (cor) ou qumicos (feromnio). O problema desta armadilha que os insetos ficam danificados quando so retirados da cola. Sendo assim, esta armadilha imprpria para fazer colees, sendo mais usada para o monitoramento de pragas, quando apenas interessa o nmero de insetos coletados.

Frasco caa-moscas. Consiste de um frasco de vidro, com capacidade aproximada de 500 ml comprido e de fundo chato, tendo lateralmente 3 furos, com cerca de 2 a 2.5 cm de dimetro, cada um, distribudos equidistantemente um pouco acima do meio do frasco. Este frasco caa-moscas funciona com isca lquida, usando substncias odorferas, como melao de cana e fermento de cerveja, que possuem em sua mistura veneno (cido brico). As moscas so atradas pela isca, penetram no

interior do frasco, lambem a isca envenenada, morrem e caem na soluo, sendo posteriormente retiradas.

Funil de Berlese. As folhas secas ou podres, juntamente com os frutos, sementes, gravetos e madeira j apodrecida, e outros detritos, constituem a manta natural e protetora das matas, conhecida como serrapilheira. Ela abriga uma grande quantidade de invertebrados, tais como insetos diminutos e sem asa (colmbolos e tisanuros), besouros, formigas e outros. A fauna contida na serrapilheira pode ser facilmente coletada levando-se toda a poro do folhio para o laboratrio para sua triagem. O funil de Berlese consiste de um funil de metal ou outro material menos resistente, como cartolina, de cerca de 50 cm de altura. O funil tem uma tela fina de arame em seu interior, aproximadamente 5 cm da maior abertura do funil e tem na sua ponta um frasco contendo gua ou um material conservante (Fig. 9). O folhio, levada ao laboratrio em sacos plsticos, colocado sobre a tela. Uma lmpada posicionada sobre o funil provoca um aquecimento e uma dessecao do folhio na parte superior do material. Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade, passando atravs da tela e caindo no recipiente coletor.

Pano para coleta de insetos noturnos. Esta armadilha consiste de um pano branco iluminado por uma lmpada (atraente fsico) que assim acaba atraindo insetos que pousam no pano, sendo assim capturados pelo coletor (Fig. 10). O uso do pano permite uma coleta cuidadosa, sem danos a partes muito delicadas dos insetos.

Como foi visto acima, as vrias armadilhas e tcnicas diferentes correspondem a estratgias montadas para coletar insetos com eficincia a partir do conhecimento de seu comportamento e biologia. Existem, alm das citadas acima, uma infinidade de outras armadilhas e modificaes destas. Assim, este um processo criativo e aberto, que conforme

as necessidades do coletor possvel descobrir no apenas solues que resultem em novas armadilhas, mas tambm modificaes para algumas armadilhas j disponveis.

2.3. Como matar os insetos Raramente os insetos coletados so transportados vivos para a casa do coletor ou laboratrio, exceo feita, quando os mesmo se destinam a estudos de anatomia in vivo, fisiologia, biologia ou ainda experimentos com inseticidas. Nos demais casos, os insetos so mortos no ato da coleta, ou momentos depois, por diversos processos, nos quais so usadas ou no substncias txicas.

Mecnica. A morte mecnica pode ser praticada pela compresso do trax do inseto. Esta prtica possvel para insetos cujo trax pequeno e pouco desenvolvido, como borboletas, formigas-leo e algumas liblulas. Para isto, o inseto disposto com as asas para cima, sendo preso no seu trax pelos dedos indicador e polegar, que o comprime com relativa presso durante alguns segundos. Esta uma prtica bastante usada pelos colecionadores de borboleta.

Lquidos. Os insetos podem ser mortos colocando-os em vidros contendo lcool 70%. Este mtodo bastante prtico, porm ele no deve ser usado para lepidpteros (borboleta e mariposas), pois retiraria as escamas das asas. Alguns insetos ainda perdem as cores quando em contato com essas substncias. O lcool absoluto do comrcio, com 96%, no deve ser usado para a matana e conservao de insetos delicados, pois altamente desidratante, deixando o tegumento ressequido e enrugado.

Gases txicos. Uma forma muito eficiente de se matar insetos usando-se gases txicos, contidos em frascos especiais. Estes frascos podem ser preparados colocando-se gesso, cortia picada ou ainda algodo comprimido no fundo do frasco. Quando em uso, coloca-se um

pouco de ter ou clorofrmio e tampa-se bem. Como esses venenos evaporam-se, necessrio renov-los periodicamente. Ainda esses frascos podem ser feitos contendo cristais de cianeto, que tem como vantagem matar o inseto instantaneamente e o veneno se preservar por longo tempo. Porm o cianeto uma substncia qumica extremamente txica, devendo ser evitada.

Fsica. Os insetos podem ser mortos simplesmente colocando-os no congelador. Eles devem permanecer no congelador por um tempo relativamente longo (vrias horas), pois alguns insetos ainda sobrevivem aps descongelarem. Esta uma prtica bastante simples que tem como vantagem no colocar o inseto em contato com substncias qumicas que possam danifica-los. As larvas e lagartas devem ser mortas em gua quente, isto , devem ser mergulhadas na gua quente e retiradas em seguida. Dessa forma, as larvas e lagartas morrem com o corpo e apndices distendidos. No devem ser colocadas diretamente no lcool, pois assim ficam com o corpo e apndices encolhidos.

3. TRANSPORTE Os insetos mortos em lcool 70% devem ser transportados e conservados nesse fixador. Quando muito pequenos, devem ser colocados em tubinhos (anestesia de dentista), que sero acondicionados em vidros maiores ou em caixas. Os maiores, quando no mortos em meios lquidos, podero ser acondicionados em caixinhas ou latas. No fundo de cada recipiente coloca-se uma camada de naftalina em p e, sobre essa, algodo e papel higinico. Dependendo do tamanho do recipiente, pode-se sobrepor os insetos em varias camadas separadas por um papel. Alguns insetos podem ser acondicionados em envelopes entomolgicos que so confeccionados com papel dobrado conforme a figura 11. Este mtodo muito utilizado no acondicionamento de lepidpteros (borboletas e mariposas) e outros insetos de asas longas e delicadas.

4. MONTAGEM E PRESERVAO

4.1. Preservao temporria Muitas vezes no h tempo para o preparo e a estocagem logo aps sua coleta e morte. H varias maneiras de mant-los em boa condio at que possam ser preparados adequadamente. O mtodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permanecero estocados at a montagem final. Em qualquer dos meios de conservao temporria de insetos, no devem ser esquecidas etiquetas, cujos dados sero repassados paras etiquetas permanentes aps a montagem do inseto.

Refrigerao. Insetos de tamanho mdio ou grande, devidamente acondicionados em recipientes, podem ser deixados em um refrigerador por longo tempo e ainda permanecer em boas condies para serem alfinetados. Porm, pr requisito que os insetos no estejam molhados, para que no congele gua encima dele. Papel absorvente entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliar na manuteno de baixa umidade.

Preservao em via lquida. Insetos podem ser mantidos em lcool ou outros lquidos apropriados por vrios anos antes de serem alfinetados. Para alguns grupos, no entanto, como pernilongos, borboletas e mariposas, no recomendada a preservao em via lquida. Estes insetos so bastante frgeis e tm cerdas longas e escamas que so danificadas com este tipo de preservao. Essas escamas e cerdas so importantes na identificao de espcies e fazem muita falta quando perdidas. O lcool etlico em concentrao de 70% usualmente o melhor lquido para a conservao. Porm alguns insetos so mais bem conservados em concentraes diferentes.

Preservao em via seca. Embora seja prefervel alfinetar insetos recmcoletados, os mtodos de preservao a seco, com a utilizao de envelopes entomolgicos, tm sido amplamente usados. Porm, o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em envelopes o suficiente para desidrat-los, tornando-os quebradios. Por isso, antes da montagem, os insetos devem ser colocados em uma cmara mida. Cmara mida um recipiente com tampa que tem seu fundo forrado com areia mida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina, para que no haja a proliferao de fungos. Sobre a areia, pode-se colocar um papel filtro ou um papel jornal, onde sero arranjados os insetos (Fig.12). A funo da cmara mida reidratar os exemplares, tornando-os maleveis, de modo que eles possam ser alfinetados e seus apndices posicionados de forma correta, sem que se partam.

4.2. Conservao permanente Insetos preparados e montados podem ser preservados por centenas de anos nas colees, desde que atendidas as condies de temperatura e umidade adequadas. Alm de que insetos bem montados permitem uma melhor anlise das estruturas morfolgicas, auxiliando na sua identificao.

4.2.1. Conservao em via seca Os insetos que sero conservados secos so geralmente montados de duas formas: espetados diretamente com um alfinete entomolgico ou em dupla montagem. O alfinete permite que o inseto fique suspenso, no entrando em contato com algo que possa danifica-lo, alm de facilitar o manuseio do exemplar. Porm, as liblulas (Odonatas) so melhores acondicionadas em pequenos sacos plsticos, pois sua cabea e seus apndices desprendem-se muito facilmente.

Alfinetagem direta. Para esta prtica existem alfinetes que possuem caractersticas especiais (alfinetes entomolgicos), como o tipo de ao, o tamanho, a flexibilidade e o material da cabea, que os tornam particularmente apropriados para o uso em colees de insetos. Sua espessura varivel, sendo que alguns so to finos que permitem a alfinetagem de insetos diminutos. De modo geral o alfinete inserido verticalmente no escudo, de modo que fique em ngulo de 90o em relao ao eixo longitudinal do corpo do inseto, entre o primeiro e segundo par de pernas, tomando cuidado para que o alfinete no as danifique (Fig.13). Como organismos bilaterais, uma boa parte das estruturas nos insetos produzida em pares. Assim, quase sempre a insero do alfinete d-se ligeiramente deslocada para a direita. Alm disso, o trax a parte mais resistente do corpo, de modo que onde a perfurao deve ser feita na maior parte dos insetos, em especial no mesotrax. Ainda existem recomendaes especificas sobre como alfinetar apropriadamente cada grupo de insetos (Fig. 14). Logo aps a alfinetegem, antes que o inseto seque completamente, as antenas, asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos os apndices fiquem bem visveis, facilitando o estudo do exemplar (Fig.15). Em alguns casos, para a identificao de ao nvel de espcie necessrio analisar a genitlia do inseto, sendo preciso separa-la do corpo e, sendo que apo a analise ela deve ser mantida junto com o inseto, conforme figura 16. Para Lepidoptera (borboletas e mariposas) e outros insetos que sero montados com as asas abertas so utilizados esticadores. De modo geral, este consiste de tbuas finas e de madeira mole, que so disposta de tal forma que deixam um vo ou canaleta com mais ou menos 1.5 cm de largura entre elas. No fundo dessa canaleta deve conter isopor ou cortia, para ser espetado o alfinete do inseto (Fig.17).

Dupla montagem. Para pequenos insetos, pode ser utilizada a tcnica de dupla montagem, pois seriam danificados facilmente ou mesmo destrudos se alfinetados. Assim, o exemplar pode ser espetado com um micro-alfinete que aposto a um suporte de cortia, o qual montado em um alfinete maior. Outra maneira de montar insetos pequenos colocando-o no vrtice dobrado de um pequeno tringulo de papel resistente, cuja a base espetada por um alfinete (Fig.18).

Montagem em lminas. Para a identificao de insetos com tamanho muito reduzido, como puges, trips e microhimenpteros, necessrio a preparao de lminas, o que inclui a desidrarao e clarificao dos espcimes (Fig. 19). H inmeras tcnicas diferentes de preparao de lminas permanentes, que variam conforme necessidades especficas.

4.2.2. Conservao em via lquida Insetos podem tambm ser mortos e imediatamente fixados utilizando-se substncias qumicas lquidas. O lcool etlico a principal substncia lquida utilizada, em concentraes que variam dependendo do grupo do inseto. Geralmente utilizado lcool na concentrao de 70%. Porm alguns insetos, como pequenas vespas, devem ser preservados em lcool com concentrao de 95%, evitando deformaes nas asas. A importncia da diluio correta que, em baixas concentraes, a conservao insuficiente, permitindo o aparecimento de bactrias e conseqente deteriorao do material; em altas concentraes, o material perde muita gua, levando ao enrugamento e danificao dos exemplares. Alm do lcool, outras solues podem ser utilizadas, como a soluo de Dietrich, que tem a seguinte composio: 55 ml de gua destilada; 35 ml de lcool 95%; 10 ml de formol e 4 ml de cido actico glacial. A coleo em via lquida necessita de ser inspecionada periodicamente devido a evaporao do lcool ser um risco constante.

4.2.3. Etiquetagem Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou lquida devem conter etiqueta de 2.0 X 1.0 cm, escritas com tinta nanquim (o nanquim umas das tintas mais estveis que se conhece). Quando em via seca, as etiquetas devem ser confeccionadas em papel branco resistente. A qualidade do papel deve ser levada em considerao, uma vez que, como vimos, insetos bem montados e em boas condies de conservao permanecem em colees por muito tempo. As etiquetas devem ser colocadas de maneira que fiquem paralelas ao corpo do inseto, a uma altura uniforme no alfinete. Quando em via lquida, a etiqueta deve ser mantida dentro do frasco, e para isto deve ser feita em papel vegetal e os dados devem ser anotados a lpis ou a caneta nanquim, que no borram quando em contato com o lcool. A composio das etiquetas uma etapa fundamental na preparao de colees cientficas. A primeira etiqueta a ser colocada a da procedncia. Nesta escrito em primeiro lugar o Pas; em segundo lugar o Estado onde foi feita a coleta (pode usar sigla); em seguida vem o Municpio. Para Municpios muito grandes ou com ambientes diversificados, necessrio indicar uma sublocalidade (distrito, fazenda ou outra referncia). Dados sobre o mtodo de coleta, data de coleta e do coletor so completamente indispensveis nessa etiqueta. Aps o nome do coletor, utilizam-se as abreviaturas col ou leg (do latim legit, colecionou). Depois de procedida a identificao, deve ser acrescida uma etiqueta ao alfinete ou lmina contendo o nome da espcie, autor e a data da descrio original, alm do nome do pesquisador que identificou e a data da identificao, conforme a figura abaixo.

Brasil. SP. Itpolis 10. fevereiro. 2008 Pena, J. S. col.

Quesada gigas (Olivier, 1790) Maccagnan,D. 2008

4.3 Armazenagem Aps a montagem e etiquetagem, os insetos devem permanecer em estufa a uma temperatura de 45oC por cerca de 48 horas, ou at que seja eliminada a umidade por completo. Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofgicos que possam, depois, atacar e destruir toda a coleo qual o inseto ser incorporado. Os insetos alfinetados ou em envelopes devem ser guardados em gavetas ou caixas que possuem uma tampa que proporcione uma boa vedao. Normalmente so usadas caixas com as seguintes dimenses 45 cm de largura x 54 cm de comprimento x 6 cm altura. Essas caixas devem ter um vidro em sua tampa, proporcionando visualizar todos os insetos, e ainda deve ter um sobre fundo macio (isopor ou cortia) que permite a fcil penetrao e fixao dos alfinetes. comum que esse sobre fundo seja coberto com papel milimetrado. Este tipo de caixa muito prtico, pelas suas dimenses mdias, servindo tanto para colees isoladas, como para armrios gaveteiros e mostrurios biolgicos. Para o acondicionamento dos insetos separados em grupos pode-se usar caixinhas de papelo de 5 x 10 cm sem tampa, que depois sero guardas na caixa maior (Fig. 20). Algumas precaues devem ser tomadas para que a coleo tenha uma vida til muito longa. Entre os cuidados que devem ser tomados com relao a colees em via seca, a umidade o fator principal a ser controlado. Ela deve ser a mais baixa possvel. Normalmente, aumentando a temperatura de local onde se encontra a coleo, tem-s a que da umidade. Muitas vezes, h necessidade do uso de desumificadores. Alm disso, em todas as gavetas entomolgicas contendo insetos, devem ser colocados pequenos recipientes abertos contendo naftalina em p para melhor conservao dos espcimes. sempre necessrio proteger a coleo da luz direta, para evitar a foto decomposio da cor dos exemplares.

5. FIGURAS

Figura 2. Guarda-chuva entomolgico. A. Vista inferior. B. Esquema de encaixes das hastes de madeira. C. Hastes de madera.

Figura 3. Modelos de aspiradores entomolgicos. A. Aspirador comum. B. Aspirador com pra de borracha.

Figura 4. Rede entomolgica. A. Rede. B. Aro de metal. C. Molde da rede. D. Tipos de encaixe para o cabo de madeira.

Figura 5. O uso da rede entomolgica. A E. Seqncia de captura e manuseio.

Figura 6. Armadilha de interceptao de vo do tipo Malaise.

Figura 7. Armadilha de solo com isca.

Figura 8. Armadilha luminosa. A. Tipo Luiz de Queiroz. B. Armadilha luminosa com reteno em lquido.

Figura 9. A. Funil de Berlese. B.Funil de Berlese-Tullgreen.

Figura 10. Pano iluminado para coleta noturna.

Figura 11. Envelope entomolgico para armazenagem temporria de insetos. A D. Seqncia de dobras.

Figura 12. Cmara mida.

Figura 13. Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos.

Figura 14. Posio correta para a insero do alfinete em vrios grupos de insetos. Os locais onde os alfinetes devem ser introduzidos so marcados com x. A. Coleoptera; B. Orthoptera; C. Hemiptera (Heteroptera); D. Hymenoptera; E. Dermaptera; F. Neuroptera; G. Diptera; H. Lepidoptera; J. Phasmatodea; L. Mantodea; M. Hemiptera (Homoptera); N. Odonata; P. Blattodea.

Figura 15. Uso de outros alfinetes para posicionar corretamente os apndices dos insetos

Figura 17. Acondicionamnto de genitlia em microtubo no mesmo alfinete que o exemplar.

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Figura 17. Montagem de Lepidptera. A C. Seqncia de posicionamento das asas e antenas.

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Figura 18. Dupla montagem

Figura 19. Lmina permanente de colees entomolgicas.

Figura 20. Gaveta entomolgica com caixinhas para armazenagem de insetos em grupos.

Para saber mais: 1. Manual de Coleta, Conservao, Montagem e Identificao de Insetos. Srie Manuais Prticos em Biologia 1. Editora Holos, p. 78, 2001. 2. Entomologia Agrcola. Biblioteca de Cincias Agrrias Luiz de Queiroz, volume 10. Editora FEALQ, p. 920, 2002. 3. Entomologia Geral. Editora Livraria Nobel. p. 514, 1977. 4. Introduo ao Estudo dos Insetos. Editora Edgard Blcher. p. 653, 1969. 5. Manual de Ecologia dos Insetos. Editora Agronmica Ceres. p. 419. 1976.

OBS. As figuras 1 13 e 15 20 foram retiradas do livro Manual de Coleta, Conservao, Montagem e Identificao de Insetos; a figura 14 do livro Entomologia Geral.

Douglas Henrique Bottura Maccagnan Bacharel em Cincias Biolgicas, formado pela Universidade Federal de So Carlos UFSCar. Mestre em Agronomia, rea de concentrao Entomologia Agrcola, pela Faculdade de Cincias Agrrias e Veterinrias de Jaboticabal FCAV-UNESP. Doutor em Cincias, rea de concentrao Entomologia, pela Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras USP de Ribeiro Preto.

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