manual coleta insetos

45
Série Manuais Práticos em Biologia - 1 Qualéomelhoreqllipa llllllll\ ,I '>t I 11 1111 11th coletas visando um J III de Coleta, Como os alunos dcv e lll (llIL-I ai pai 11 , tll 'Íl! II11 variedade de espécies na 111 '11;1 1 11.'1 11 ' dr lill1 Iltr - nservaçao, (que não sejam aren a" aqu l'1.1 '1 11 as coleções, ligada , ,1 11 11" ,," li guardarinsClos. d l' lll illllll, III"' ,'I ontagem e Identificação de Insetos sendo dl'lI l le ! d, _ ' ,li tomar para ql ll' 1111 111 1. 11 \ ,I li lI! eUI " I i ngu tlf!l' III ' -1 1111\ I, q lll' \ ,in di 01, o livrn ,1h'llIk. 11I.l 1' "( . 111 ' IH. 1 111 '11Ih , 11 ," " , .,1 A llld.l 'Ilh •• "h ' lll" mCIlI l' cOlll n lll l11 ,III" Cln vezes d!' 1\.111'r {I\ colcçol'\ did.íllt ,I aulas lk "'. 1,,1. 1 inform al,.:.1t 1 I entolllolllp 1l .1 d. lI! II I.llícia Massuti de Almeida, alguns <':1I id .t d ,,', 1',II.IUI 1i bcll' Stnlmarl' Ribeiro-Costa & da série d I' 1\1 .. 111111 publicado pdit Luciane Marinoni essa laclll l.l , ,,' Ii ll ild'ijil,,/.I I'" acadêmil .l"llt di 1 \."1 l'i1IC' 11 editora

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Page 1: Manual Coleta Insetos

Seacuterie Manuais Praacuteticos em Biologia - 1 Qualeacuteomelhoreqllipallllllll I gtt I 11 1111 11th

coletas visando um levanlallllIII I II lIll1 id~ J III de ColetaComo os alunos dcvelll (llIL-I ai pai 11 tllIacutel II11

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publicado pdit Luciane Marinoni essa laclllll Ii ll ildijilI I acadecircmil lllt di 11 li1IC 11

O(olo~

editora

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de

III Insetos I

I

I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo

Montagem e Identificaccedilatildeo de ~ Insetos

I

LUacuteCIA MASSUTTI DE ALMEIDA CIBELE SRffiEIRO-COSTA

LUCIANE MARINONI

Q 9iolos edilora

Rib ei ratildeo Preto 2003

Iuacutecia MlIssuH d e Alm eida Depto de Zoulogia UFPR Cx Postal 8 153 1-990 uriti ha PRo c-mail lal meidabioufprbr

Clhele S Ribeiro-Costa Depto de Zoologi a UFPR Cx Postal 81531-990 Curitiba R c-mai stra bi oufprbr

Luciane M arinoni Depto dc Zoologia UFPR Cx Post 1 81531-990 Curitiba PR c-l11 uil hmllmiddotinoni bioufprbr

ctJ 1998 20012003 Luacutecia Massuti de Almeida

Dados Internacionais de CataJogaccedilatildeo da Publicaccedilatildeo (CIP) 1

(Cacircmara Brasileira do Livro SP Brasil)

5957 Almeida Luacutecia Massuti de Ribeiro -Costa A477M Cibele S Marinoni Luciane Manual de

Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e ilI dentif icaccedilatildeo de InsetosLuacutecia Massuti de

Almeida Cibele S Ribeiro-Costa Luciane Mar inoni--Ribeiratildeo Preto Holos 1998

88p il 21 I

1 5957 - Entomologia 2 Manual de teacutecnicas de coleta I Ribeiro -costa Cibele S Entomologia 11 Marinoni Luciane 111 Tiacutetulo IV Seacuterie

I SBN 85-86699 - 03-9 7885 86 699030 ~

la tira gem (3000 exemplares) - agosto1998 2~ ti ragem (3000 exemplares) - abri l2001 3 tira gem (3000 exem plares) - abrU2003

Proibida a reproduccedilatildeo total ou parcial Os intratores seratildeo processados na forma da lei I ~

Holos Editora Ltda-ME Rua 8ertha Lutz 390

14057-280 Ribeiratildeo Preto -SP TelcFux (0++ 16) 639-9609

E-mail holosholoscditoracombr

II wwwhooseditoracombrll

1 1111 ( 11 al gueacutem para dcsen vo lver agrave qualidade do al110r eacute o mais importunte Eu 1111 l IIIII I I1[C desejo que nosso sistema de cducacatildeo seja tatildeo perfeito quc haja CSp~lCcedilO 1111I1Illl c para o ucsenvolvimento de valore~ morais c as qualidades do Amor da

1 ~ l ldI d1 111 da Verdade e da Natildeo-violecircncia Os va lores hUnlanos natildeo podcm scr I Ii lIl c i I (Illll eSludo de li vros e ouvindo pal cs tlmiddotas Eles preci sam ser cultivados por I l I Il ld IVidll II (Sothya Sai Baba)

IV

Almcida Ribeiro-Custa amp Marinoni

Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo t 2 Coleta 4

21 Equipamentos de coleta ~ 5 2 1 1 Em coleta ativas l ~ 6

21 11 Pinccedilas (I

2112 Vidros con tendo aacutelcool ou outros conservantes 6 2113 Vidros letais 7

A Vidro letal com cianeto 7 B Vidro letal com liacutequ ido toacutexico 8

2114 Acondicionamento temporaacuterioenvelopes triacircngulos e mantas 10 2115 Caixas para estoque do material 12 2116 Guarda-chuva entomoloacutegico 12 2117 Aspirador ~ 13 2118 Rede en lomoloacutegiea e de varredura 15

21 19 Redes para coleta aquaacuteLica 17 2 12 ColeLa Passiva (Armadilhas) 18

21 21 Armadi lhas intercepladoras de vocirco 18 2122 Annadilhas com alrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos 23

A Armadilha de so lo 24 B Armadilha para borboletas 25

C Armadilha para moscas 26

D Armadilha de Shannon 27

E Amladilha luminosa 29

F Funil de Berlese 31

G Pano para insetos noturnos 32

H Bandejas coloridas 34

22 Comentaacuter ios Gerais 34

3 Manutenccedilatildeo de imaturos em laboratoacuterio 36 3631 Material 3(1311 Gaiolas de emergecircncia de insetos

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo 37

32 Cuidados com a criaccedilatildeo alimento 38 31)33 Problemas com a criaccedilatildeo I()331 Umidade lO332 Temperatura lO333 FOloperiacuteodo ti34 Coleta de plantas II35 Prensa para exsicatas

v

Manual u Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos Almeida Ribeiro-Costa amp Marinoniil middot

I I

r I

4 Montagem e preservaccedilatildeo ~c G~ 11 g 43

I 4 1 Jrcwrvaccedilatildeo temporaacuteria I qr4~8 43

I I ) Re frigeraccedilatildeo 43

I I 12 Preservaccedilatildeo em via liquida 43 11 3 Preservaccedilatildeo em via seca

j 44 42 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes 44

2 1 Conservaccedilatildeo em via seca 45421 1 Cacircmara uacutemida 45 4212 Alti netagem direta 46 4213 Dupla Montagem

51 4214 Montagem em lacircminas 52 42 15 Cuidados a serem tomados na montagem 54I

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida 55

423 Etiquetagem 56

43 Procedimentos apoacutes a montagem Agradecimentos Os autores satildeo gratos a todos que contribuiacuteram 59S Estudo e identificaccedilatildeo do material para a realizaccedilatildeo deste trabalho Em particular agrave ProfaDra Mima

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo 61 I61 Martins Casagrande pelo incentivo revisatildeo do manuscrito e pelas 52 Dissecccedilatildeo 64 sugestotildees baseadas em sua experiecircncia ministrando a disciplina 52 1 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia 65

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera de Entomo lo gi a I para o Curso de Poacutes -graduaccedilatildeo em6753 Precauccedilotildees quarentenaacuterias Entomologia da Universidade Federal do Paranaacute Aos Profs 686 Remessa e empacotamento 69 Danuacutencia Urban e Vinalto Graf pela lei tura criacutetica do texto e 61 Caixa com insetos alfinetados 69 sugestotildees ao manuscrito Ao doutorando Paulo Roberto Valle da 62 Material seco natildeo montado 70 Silva Pereira pela elaboraccedilatildeo das ilustraccedilotildees e ideacuteias na arte final 63 Material em via Hquida 7064 Empacotamento

707 Bibliografia 72 ~nexo Empresas que comercializam produtos entomoloacutegico 74Indice de Assuntos 7S

_tfIVERSIDAD( DO AMAZON~oI t- ~ ~I - etDi ~Il 42= 8 10 0052middot99

II 1li

vi VII

Monual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

1 Introduccedilatildeo Os insetos representam cerca de 70 das espeacutecies de

anjmajs conhecidas sendo portanto o maior grupo existente atualmente Eles vivem em vir tualmente todos os ambientes e apresen tam os mais variados haacutebi tos - parasi tas e de vida livre de beneacuteficos a a lt ame nte prejudic iais ao homem As formas predado ras ali paras itas podem causar inuacutemeras perdas por doenccedilas seacuterias em animais e vegetrus e danos a al imentos roupas outros materiais uacuteteis ao homem

Para lidar de maneira objetiva com os insetos que causam rrejuiacutezo ao homem eacute essenc ial que as espeacutecies sejam conhecidas e o taman ho de suas populaccedilotildees esti mado Haacute outros casos aleacutem do interesse econocircmico ou meacuted ico mais di re to em que o luvantamento da fauna de insetos - ou seja dafauna entomoloacutegica de uma aacuterea- mostra-se importante Isso vai desde trabalhos em discip li nas de Zoolo g ia e En tomoacutelogia ateacute estudos de hiodiversidade indicadores de qualidade ambiental ou levantamento de material para estudos de geneacutetica fisiologia ou sistemaacutetica por exemplo Para isso uma etapa fundamental eacute a realizaccedilatildeo lIiciente de coletas e a iden tificaccedilatildeo correta do material Apenas tllpois desse trabalho eacute que os estudos de identificaccedilatildeo e descriccedilatildeo IIdcquada das espeacutec ies e outras providecircncias podem ser tomados Ilsqui~a s importa ntes realizadas com insetos prCSllvatl l) 1 IIladcquadamenle ou identi ficados incorretamente pndl ll l 1t 1

llImlusotildecs invaacuteliltIacuteillgt Em todos esses casos o resultado do traha lhu 01 11111111

111I 1IlOnj un to de exemplares que adveio de ccr t (ll~ I Il 11 til I IILI I

Mil ti as VCZIS eacute Ilecessaacuterio verificar posterionmll ll l~ nidllillf 1 l~ 111

Ccit a Io i correl a ou procurar caracteres arl il inlloll ql h 11 1111 lill l1

l ido ohscrvatlns antes Assi m qualqw l lJlI l qllIliacutepn h-111110 n IUllc ll il l tl iH)dcvcserJescarlado l1I11 IHlIIIIII11l dCIImiddotllIl1l~ dl l ~

YlII

MlIllu al de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos 11

depositar exemplares representativos em museus ou instituiccedilotildees cientiacuteficas que possuam infra-estrutura apropriada para sua preservaccedilatildeo Estes exemplares constituiratildeo o material-testemunho tambeacutem denominados de voucher que fica disponiacutevel para estudos posteriores e possiacuteveis correccedilotildees de problemas taxonocircmicos O nuacutemero de exemplares depositados o local e o nome da Instituiccedilatildeo devem ser citados nos trabalhos cientiacuteficos que fizerem referecircncia a essas coletas

Coleccedilotildees de insetos tambeacutem satildeo feitas por amadores (como hobby) por estudantes (para fins didaacuteticos) ou por especialistas neste uacuteltimo caso como fonte de referecircnci a para estudos sistemaacuteticos Tanto as coleccedilotildees de amadores como as de estudantes quando elaboradas seguindo teacutecnicas adequadas de coleta montagem e preservaccedilatildeo podem ser utilizadasincIusive para fins cientiacuteficos constituindo fonte importante de informaccedilatildeo

A identificaccedilatildeo correta do material tambeacutem eacute um fator fu ndamental no processo de investigaccedilatildeo bioloacutegica Ela fornece atraveacutes do nome especiacutefico fornecido a palavra-chave para a circulaccedilatildeo de todas as informaccedilotildees colhidas eou armazenadas ateacute entatildeo sobre um essa espeacutecie Cabe salientar que quase sempre apenas exemplares muito bem montados e conservados podem ser identificados ateacute o niacutevel de espeacutecie uma vez que haacute muitos caracteres delicados que se perdem com o manuseio indevido do material

Na Entomologia Aplicada podemos relacionar duas principais aacutereas onde a taxonomia pode ser efetiva ou mesmo indispensaacutevel bull controle bioloacutegico de pragas vegetais ou animais identificaccedilatildeo

baacutesica consultas antes da introduccedilatildeo de parasitoacuteides ou predadores informaccedilotildees sobre seu local de origem indicaccedilatildeo de parasitoacuteides alternativos ti conhecimento sobre o manejo de pragas

bull vigilacircnci a san itaacuteria e sauacutede puacuteblica reconhecimento das condiccedilotildees epidemioloacutegicas atuais detecccedilatildeo imediata de

Introduccedilatildeo

introduccedilotildees danosas de espeacutecies exoacuteticas (isto eacute espeacutecies introduzidas de outras regiotildees do Paiacutes ou de outros paiacuteses) e obtenccedilatildeo de informaccedilotildees sobre o manejo e controle de vetores

Tendo em vista que a identificaccedilatildeo tem como base o estudo tia morfologia das diferentes partes do corpo de um exemplar cabe salientar a importacircncia dos procedimentos adequados para a montagem e a conservaccedilatildeo de insetos Se apoacutes a montagem partes do inseto estiverem danificadas ou difiacuteceis de serem visualizadas (por excesso de cola por exemplo ou pela presenccedila de fungos ocasionada por maacute conservaccedilatildeo) raramente seraacute possiacutevel uma identificaccedilatildeo ao niacutevel de espeacutecie ou agraves vezes em niacuteveis

laxonocircmicos mais elevados As poucas publicaccedilotildees a respeito de teacutecnicas de coleta e

preparaccedilatildeo de insetos contecircm informaccedilotildees muitas vezes fragmentadas ou pouco acessiacuteveis a estudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo Assim esta publicaccedilatildeo visa principalmente reunir () conhecimento baacutesico sobre as teacutecnicas mais comuns de coleta preparaccedilatildeo e preservaccedilatildeo aleacutem de fornecer subsiacutedios e orientaccedilatildeo para identificaccedilatildeo de insetos para fins cientiacuteficos apresentandoshytiS de forma didaacutetica e objetiva Assim este livro deve auxiliar a preparaccedilatildeo dos profissionais na aacuterea de biologia agronomia vl tcrinaacuteria e outras aacutereas correlatas aleacutem de dar embasamento para Il1c nicos e amadores fornecendo formaccedilatildeo geral mas servindo lambeacutem como um texto de apoio a alunos de poacutes-graduaccedilatildeo e

11rofissionais na aacuterea de Entomologia Por outro lado a boa execuccedilatildeo de coletas e a adequada

lonstruccedilatildeo de coleccedilotildees dependem de um conhecimento correto lO menos em alguma extensatildeo de sistemaacutetica morfologia e biologia tios vaacuterios grupos de Insecta Desse modo o uso deste livro deveria vir ucompanhado de um estudo de livros gerais de Entomologia

11Idicados na Bibliografia (Capiacutetulo 7)

2

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

2 Coleta Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a

serem alcanccedilados Apenas como exemplo os insetos podem ser colerados para estudos de morfologia de ciclos de vida (isto eacute de biologia das espeacutecies) ou de inLeraccedilatildeo entre espeacutecies (is to eacute ecoloacutegicos) para a confecccedilatildeo de coleccedilotildees didaacutelicas coleccedilotildees cientiacuteficas sobre uma regiatildeo estudar a abundacircncia depragas ou ainda como hobby Insetos considerados pragas por exemplo devem ser coletados em nuacutemero superior a 20 espeacutecimes para que possam ser en viados a especiaHstas para identificaccedilatildeo Se houver formas imatu ras estas devem de preferecircncia ser trazidas vivas ao laboratoacuterio para criaccedilatildeo e obtenccedilatildeo dos adultos pois geralmente eacute muito difiacuteci l a identificaccedilatildeo de uma espeacutecie atraveacutes de estaacutegios imattlros Mui tas vezes eacute importante enviar para identificaccedilatildeo uma amostra da planta onde o inseto foi coletado pois muitas espeacutecies podem ser especiacuteficas para determinadas plantas sendo este dado importante para a sua iJcntiljccedilaccedilatildeo e pode serutiJizado em um trabalho cientiacutefico

Como os insetos satildeo muito abundantes a probabi lidade de q Ul col(w lIlesmo extensas tenham algum impacto no tamanho dagt popullCcediliXs t5 indcvafllc Portanlo os conservacionistas natildeo precisam se prcocu par l OIl () rompi menlo do equi iacutebrio ecoloacutegico pelas coletas comuns

Para um a colctu lficicnlc visando um levantamento fauniacutesti co O local Visitado deve ser examinado minuciosamente arbustos vcgcla~uacuteo rasleira rlorcs frutos em decomposiccedilatildeo galhos e folhas caiacutedos 110 chilo restos de culturas fendas no solo barrancos troncos de aacutervor~s em ani mais mortos dejetos Lixo urbano nin hos de animais depoacutesitos de gratildeos e raccedilotildees focos de iluminaccedilatildeo puacuteblica etc Como Ioi comentado acima a diversidade de biologias das inuacutemeras espeacutecies de insetos recomenda que sej a explorado o maior nuacutemero possiacutevel de haacutebitats de maneira a poder

4

Coleta

encontrar as espeacutecies que vivem em cada um dos haacutebitats especializados

Dependendo dos meacutetodos util izados as coletas podem ser divididas em duas categorias

bull coletas ativas onde os coletores utilizam redes aspiradores guarda-chuva entomoloacutegico e outros aparatos compatiacuteveis com o seu objetivo de coleta

bull coletas passivas onde o coletor deixa que as armadilhas faccedilam o trabalho de captura sem a sua interferecircncia direta

Os dois tipos de coleta podem e devem ser usados si m ultaneamente quando se pretende obter exemplares pe rtencentes a diferentes grupos de insetos pois muitos equipamentos satildeo seletivos isto eacute coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos

O meacutetodo mais simples de coleta pode ser o de simplesmente pegar o espeacutecime com a matildeo Poreacutem esse meacutetodo soacute eacute vaacutelido para espeacutecies com pouca mobilidade Mesmo assim pode causar alguns problemas para o coletor como alergias e coceiras ou para o material resultando na quebra de estruturas importqntes O uso de equipamentos apropriados de modo geral evita esses problemas Muitas vezes apenas uma rede e vidros letais satildeo suficientes No entanto para que se obtenha uma maior diversidade de espeacutecies outros equipamentos mais sofisticados podem ser utiLizados sempre em funccedilatildeo dos objetivos traccedilados

21 Equipamentos de coleta

Uma boa parte do equipamento descrito a seguir pode ser comprado de empresas especializadas em material de pesquisa bioloacutegica No Brasil esse comeacutercio eacute quase inexistente Illas n

Ameacuterica do Norle e na Europa ele eacute bastante difundido No entanto o preccedilo desse material -em especial com os cus tos

5

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

6

A

Coletn

tmpo

PiI AJ11 tiras ele papel

~llrude_1

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1111110 bullbull-0

algodlo liquido Iltlco

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snngerlt ~ (-o de 011 ~~ cnoto 8 (y-= middot)3Eif~

c

Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

--11

r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

)

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

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B

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

T E u d

r eoJmiddotpt

b~

1

A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

11

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Coleta

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B

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

1L

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

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--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

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Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

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~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

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cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

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Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

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Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

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Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

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Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 2: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de

III Insetos I

I

I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo

Montagem e Identificaccedilatildeo de ~ Insetos

I

LUacuteCIA MASSUTTI DE ALMEIDA CIBELE SRffiEIRO-COSTA

LUCIANE MARINONI

Q 9iolos edilora

Rib ei ratildeo Preto 2003

Iuacutecia MlIssuH d e Alm eida Depto de Zoulogia UFPR Cx Postal 8 153 1-990 uriti ha PRo c-mail lal meidabioufprbr

Clhele S Ribeiro-Costa Depto de Zoologi a UFPR Cx Postal 81531-990 Curitiba R c-mai stra bi oufprbr

Luciane M arinoni Depto dc Zoologia UFPR Cx Post 1 81531-990 Curitiba PR c-l11 uil hmllmiddotinoni bioufprbr

ctJ 1998 20012003 Luacutecia Massuti de Almeida

Dados Internacionais de CataJogaccedilatildeo da Publicaccedilatildeo (CIP) 1

(Cacircmara Brasileira do Livro SP Brasil)

5957 Almeida Luacutecia Massuti de Ribeiro -Costa A477M Cibele S Marinoni Luciane Manual de

Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e ilI dentif icaccedilatildeo de InsetosLuacutecia Massuti de

Almeida Cibele S Ribeiro-Costa Luciane Mar inoni--Ribeiratildeo Preto Holos 1998

88p il 21 I

1 5957 - Entomologia 2 Manual de teacutecnicas de coleta I Ribeiro -costa Cibele S Entomologia 11 Marinoni Luciane 111 Tiacutetulo IV Seacuterie

I SBN 85-86699 - 03-9 7885 86 699030 ~

la tira gem (3000 exemplares) - agosto1998 2~ ti ragem (3000 exemplares) - abri l2001 3 tira gem (3000 exem plares) - abrU2003

Proibida a reproduccedilatildeo total ou parcial Os intratores seratildeo processados na forma da lei I ~

Holos Editora Ltda-ME Rua 8ertha Lutz 390

14057-280 Ribeiratildeo Preto -SP TelcFux (0++ 16) 639-9609

E-mail holosholoscditoracombr

II wwwhooseditoracombrll

1 1111 ( 11 al gueacutem para dcsen vo lver agrave qualidade do al110r eacute o mais importunte Eu 1111 l IIIII I I1[C desejo que nosso sistema de cducacatildeo seja tatildeo perfeito quc haja CSp~lCcedilO 1111I1Illl c para o ucsenvolvimento de valore~ morais c as qualidades do Amor da

1 ~ l ldI d1 111 da Verdade e da Natildeo-violecircncia Os va lores hUnlanos natildeo podcm scr I Ii lIl c i I (Illll eSludo de li vros e ouvindo pal cs tlmiddotas Eles preci sam ser cultivados por I l I Il ld IVidll II (Sothya Sai Baba)

IV

Almcida Ribeiro-Custa amp Marinoni

Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo t 2 Coleta 4

21 Equipamentos de coleta ~ 5 2 1 1 Em coleta ativas l ~ 6

21 11 Pinccedilas (I

2112 Vidros con tendo aacutelcool ou outros conservantes 6 2113 Vidros letais 7

A Vidro letal com cianeto 7 B Vidro letal com liacutequ ido toacutexico 8

2114 Acondicionamento temporaacuterioenvelopes triacircngulos e mantas 10 2115 Caixas para estoque do material 12 2116 Guarda-chuva entomoloacutegico 12 2117 Aspirador ~ 13 2118 Rede en lomoloacutegiea e de varredura 15

21 19 Redes para coleta aquaacuteLica 17 2 12 ColeLa Passiva (Armadilhas) 18

21 21 Armadi lhas intercepladoras de vocirco 18 2122 Annadilhas com alrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos 23

A Armadilha de so lo 24 B Armadilha para borboletas 25

C Armadilha para moscas 26

D Armadilha de Shannon 27

E Amladilha luminosa 29

F Funil de Berlese 31

G Pano para insetos noturnos 32

H Bandejas coloridas 34

22 Comentaacuter ios Gerais 34

3 Manutenccedilatildeo de imaturos em laboratoacuterio 36 3631 Material 3(1311 Gaiolas de emergecircncia de insetos

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo 37

32 Cuidados com a criaccedilatildeo alimento 38 31)33 Problemas com a criaccedilatildeo I()331 Umidade lO332 Temperatura lO333 FOloperiacuteodo ti34 Coleta de plantas II35 Prensa para exsicatas

v

Manual u Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos Almeida Ribeiro-Costa amp Marinoniil middot

I I

r I

4 Montagem e preservaccedilatildeo ~c G~ 11 g 43

I 4 1 Jrcwrvaccedilatildeo temporaacuteria I qr4~8 43

I I ) Re frigeraccedilatildeo 43

I I 12 Preservaccedilatildeo em via liquida 43 11 3 Preservaccedilatildeo em via seca

j 44 42 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes 44

2 1 Conservaccedilatildeo em via seca 45421 1 Cacircmara uacutemida 45 4212 Alti netagem direta 46 4213 Dupla Montagem

51 4214 Montagem em lacircminas 52 42 15 Cuidados a serem tomados na montagem 54I

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida 55

423 Etiquetagem 56

43 Procedimentos apoacutes a montagem Agradecimentos Os autores satildeo gratos a todos que contribuiacuteram 59S Estudo e identificaccedilatildeo do material para a realizaccedilatildeo deste trabalho Em particular agrave ProfaDra Mima

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo 61 I61 Martins Casagrande pelo incentivo revisatildeo do manuscrito e pelas 52 Dissecccedilatildeo 64 sugestotildees baseadas em sua experiecircncia ministrando a disciplina 52 1 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia 65

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera de Entomo lo gi a I para o Curso de Poacutes -graduaccedilatildeo em6753 Precauccedilotildees quarentenaacuterias Entomologia da Universidade Federal do Paranaacute Aos Profs 686 Remessa e empacotamento 69 Danuacutencia Urban e Vinalto Graf pela lei tura criacutetica do texto e 61 Caixa com insetos alfinetados 69 sugestotildees ao manuscrito Ao doutorando Paulo Roberto Valle da 62 Material seco natildeo montado 70 Silva Pereira pela elaboraccedilatildeo das ilustraccedilotildees e ideacuteias na arte final 63 Material em via Hquida 7064 Empacotamento

707 Bibliografia 72 ~nexo Empresas que comercializam produtos entomoloacutegico 74Indice de Assuntos 7S

_tfIVERSIDAD( DO AMAZON~oI t- ~ ~I - etDi ~Il 42= 8 10 0052middot99

II 1li

vi VII

Monual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

1 Introduccedilatildeo Os insetos representam cerca de 70 das espeacutecies de

anjmajs conhecidas sendo portanto o maior grupo existente atualmente Eles vivem em vir tualmente todos os ambientes e apresen tam os mais variados haacutebi tos - parasi tas e de vida livre de beneacuteficos a a lt ame nte prejudic iais ao homem As formas predado ras ali paras itas podem causar inuacutemeras perdas por doenccedilas seacuterias em animais e vegetrus e danos a al imentos roupas outros materiais uacuteteis ao homem

Para lidar de maneira objetiva com os insetos que causam rrejuiacutezo ao homem eacute essenc ial que as espeacutecies sejam conhecidas e o taman ho de suas populaccedilotildees esti mado Haacute outros casos aleacutem do interesse econocircmico ou meacuted ico mais di re to em que o luvantamento da fauna de insetos - ou seja dafauna entomoloacutegica de uma aacuterea- mostra-se importante Isso vai desde trabalhos em discip li nas de Zoolo g ia e En tomoacutelogia ateacute estudos de hiodiversidade indicadores de qualidade ambiental ou levantamento de material para estudos de geneacutetica fisiologia ou sistemaacutetica por exemplo Para isso uma etapa fundamental eacute a realizaccedilatildeo lIiciente de coletas e a iden tificaccedilatildeo correta do material Apenas tllpois desse trabalho eacute que os estudos de identificaccedilatildeo e descriccedilatildeo IIdcquada das espeacutec ies e outras providecircncias podem ser tomados Ilsqui~a s importa ntes realizadas com insetos prCSllvatl l) 1 IIladcquadamenle ou identi ficados incorretamente pndl ll l 1t 1

llImlusotildecs invaacuteliltIacuteillgt Em todos esses casos o resultado do traha lhu 01 11111111

111I 1IlOnj un to de exemplares que adveio de ccr t (ll~ I Il 11 til I IILI I

Mil ti as VCZIS eacute Ilecessaacuterio verificar posterionmll ll l~ nidllillf 1 l~ 111

Ccit a Io i correl a ou procurar caracteres arl il inlloll ql h 11 1111 lill l1

l ido ohscrvatlns antes Assi m qualqw l lJlI l qllIliacutepn h-111110 n IUllc ll il l tl iH)dcvcserJescarlado l1I11 IHlIIIIII11l dCIImiddotllIl1l~ dl l ~

YlII

MlIllu al de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos 11

depositar exemplares representativos em museus ou instituiccedilotildees cientiacuteficas que possuam infra-estrutura apropriada para sua preservaccedilatildeo Estes exemplares constituiratildeo o material-testemunho tambeacutem denominados de voucher que fica disponiacutevel para estudos posteriores e possiacuteveis correccedilotildees de problemas taxonocircmicos O nuacutemero de exemplares depositados o local e o nome da Instituiccedilatildeo devem ser citados nos trabalhos cientiacuteficos que fizerem referecircncia a essas coletas

Coleccedilotildees de insetos tambeacutem satildeo feitas por amadores (como hobby) por estudantes (para fins didaacuteticos) ou por especialistas neste uacuteltimo caso como fonte de referecircnci a para estudos sistemaacuteticos Tanto as coleccedilotildees de amadores como as de estudantes quando elaboradas seguindo teacutecnicas adequadas de coleta montagem e preservaccedilatildeo podem ser utilizadasincIusive para fins cientiacuteficos constituindo fonte importante de informaccedilatildeo

A identificaccedilatildeo correta do material tambeacutem eacute um fator fu ndamental no processo de investigaccedilatildeo bioloacutegica Ela fornece atraveacutes do nome especiacutefico fornecido a palavra-chave para a circulaccedilatildeo de todas as informaccedilotildees colhidas eou armazenadas ateacute entatildeo sobre um essa espeacutecie Cabe salientar que quase sempre apenas exemplares muito bem montados e conservados podem ser identificados ateacute o niacutevel de espeacutecie uma vez que haacute muitos caracteres delicados que se perdem com o manuseio indevido do material

Na Entomologia Aplicada podemos relacionar duas principais aacutereas onde a taxonomia pode ser efetiva ou mesmo indispensaacutevel bull controle bioloacutegico de pragas vegetais ou animais identificaccedilatildeo

baacutesica consultas antes da introduccedilatildeo de parasitoacuteides ou predadores informaccedilotildees sobre seu local de origem indicaccedilatildeo de parasitoacuteides alternativos ti conhecimento sobre o manejo de pragas

bull vigilacircnci a san itaacuteria e sauacutede puacuteblica reconhecimento das condiccedilotildees epidemioloacutegicas atuais detecccedilatildeo imediata de

Introduccedilatildeo

introduccedilotildees danosas de espeacutecies exoacuteticas (isto eacute espeacutecies introduzidas de outras regiotildees do Paiacutes ou de outros paiacuteses) e obtenccedilatildeo de informaccedilotildees sobre o manejo e controle de vetores

Tendo em vista que a identificaccedilatildeo tem como base o estudo tia morfologia das diferentes partes do corpo de um exemplar cabe salientar a importacircncia dos procedimentos adequados para a montagem e a conservaccedilatildeo de insetos Se apoacutes a montagem partes do inseto estiverem danificadas ou difiacuteceis de serem visualizadas (por excesso de cola por exemplo ou pela presenccedila de fungos ocasionada por maacute conservaccedilatildeo) raramente seraacute possiacutevel uma identificaccedilatildeo ao niacutevel de espeacutecie ou agraves vezes em niacuteveis

laxonocircmicos mais elevados As poucas publicaccedilotildees a respeito de teacutecnicas de coleta e

preparaccedilatildeo de insetos contecircm informaccedilotildees muitas vezes fragmentadas ou pouco acessiacuteveis a estudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo Assim esta publicaccedilatildeo visa principalmente reunir () conhecimento baacutesico sobre as teacutecnicas mais comuns de coleta preparaccedilatildeo e preservaccedilatildeo aleacutem de fornecer subsiacutedios e orientaccedilatildeo para identificaccedilatildeo de insetos para fins cientiacuteficos apresentandoshytiS de forma didaacutetica e objetiva Assim este livro deve auxiliar a preparaccedilatildeo dos profissionais na aacuterea de biologia agronomia vl tcrinaacuteria e outras aacutereas correlatas aleacutem de dar embasamento para Il1c nicos e amadores fornecendo formaccedilatildeo geral mas servindo lambeacutem como um texto de apoio a alunos de poacutes-graduaccedilatildeo e

11rofissionais na aacuterea de Entomologia Por outro lado a boa execuccedilatildeo de coletas e a adequada

lonstruccedilatildeo de coleccedilotildees dependem de um conhecimento correto lO menos em alguma extensatildeo de sistemaacutetica morfologia e biologia tios vaacuterios grupos de Insecta Desse modo o uso deste livro deveria vir ucompanhado de um estudo de livros gerais de Entomologia

11Idicados na Bibliografia (Capiacutetulo 7)

2

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

2 Coleta Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a

serem alcanccedilados Apenas como exemplo os insetos podem ser colerados para estudos de morfologia de ciclos de vida (isto eacute de biologia das espeacutecies) ou de inLeraccedilatildeo entre espeacutecies (is to eacute ecoloacutegicos) para a confecccedilatildeo de coleccedilotildees didaacutelicas coleccedilotildees cientiacuteficas sobre uma regiatildeo estudar a abundacircncia depragas ou ainda como hobby Insetos considerados pragas por exemplo devem ser coletados em nuacutemero superior a 20 espeacutecimes para que possam ser en viados a especiaHstas para identificaccedilatildeo Se houver formas imatu ras estas devem de preferecircncia ser trazidas vivas ao laboratoacuterio para criaccedilatildeo e obtenccedilatildeo dos adultos pois geralmente eacute muito difiacuteci l a identificaccedilatildeo de uma espeacutecie atraveacutes de estaacutegios imattlros Mui tas vezes eacute importante enviar para identificaccedilatildeo uma amostra da planta onde o inseto foi coletado pois muitas espeacutecies podem ser especiacuteficas para determinadas plantas sendo este dado importante para a sua iJcntiljccedilaccedilatildeo e pode serutiJizado em um trabalho cientiacutefico

Como os insetos satildeo muito abundantes a probabi lidade de q Ul col(w lIlesmo extensas tenham algum impacto no tamanho dagt popullCcediliXs t5 indcvafllc Portanlo os conservacionistas natildeo precisam se prcocu par l OIl () rompi menlo do equi iacutebrio ecoloacutegico pelas coletas comuns

Para um a colctu lficicnlc visando um levantamento fauniacutesti co O local Visitado deve ser examinado minuciosamente arbustos vcgcla~uacuteo rasleira rlorcs frutos em decomposiccedilatildeo galhos e folhas caiacutedos 110 chilo restos de culturas fendas no solo barrancos troncos de aacutervor~s em ani mais mortos dejetos Lixo urbano nin hos de animais depoacutesitos de gratildeos e raccedilotildees focos de iluminaccedilatildeo puacuteblica etc Como Ioi comentado acima a diversidade de biologias das inuacutemeras espeacutecies de insetos recomenda que sej a explorado o maior nuacutemero possiacutevel de haacutebitats de maneira a poder

4

Coleta

encontrar as espeacutecies que vivem em cada um dos haacutebitats especializados

Dependendo dos meacutetodos util izados as coletas podem ser divididas em duas categorias

bull coletas ativas onde os coletores utilizam redes aspiradores guarda-chuva entomoloacutegico e outros aparatos compatiacuteveis com o seu objetivo de coleta

bull coletas passivas onde o coletor deixa que as armadilhas faccedilam o trabalho de captura sem a sua interferecircncia direta

Os dois tipos de coleta podem e devem ser usados si m ultaneamente quando se pretende obter exemplares pe rtencentes a diferentes grupos de insetos pois muitos equipamentos satildeo seletivos isto eacute coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos

O meacutetodo mais simples de coleta pode ser o de simplesmente pegar o espeacutecime com a matildeo Poreacutem esse meacutetodo soacute eacute vaacutelido para espeacutecies com pouca mobilidade Mesmo assim pode causar alguns problemas para o coletor como alergias e coceiras ou para o material resultando na quebra de estruturas importqntes O uso de equipamentos apropriados de modo geral evita esses problemas Muitas vezes apenas uma rede e vidros letais satildeo suficientes No entanto para que se obtenha uma maior diversidade de espeacutecies outros equipamentos mais sofisticados podem ser utiLizados sempre em funccedilatildeo dos objetivos traccedilados

21 Equipamentos de coleta

Uma boa parte do equipamento descrito a seguir pode ser comprado de empresas especializadas em material de pesquisa bioloacutegica No Brasil esse comeacutercio eacute quase inexistente Illas n

Ameacuterica do Norle e na Europa ele eacute bastante difundido No entanto o preccedilo desse material -em especial com os cus tos

5

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

6

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Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

--11

r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

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MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

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A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

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A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

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Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

r- ~cm ---1

T ~ A

dlacode alumfnlo

Sem shy

t 14mpada

-+---aI018

cone

cone 40em

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----I I

tsl

i

reclplenta-_-t-_

26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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I I

I

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I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

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Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

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Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

55

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

ARNEIT RH JR amp RL JACQUES JR 1993 SilllOIl amp Sdlllsteacuters GLlide to iflsects Simon amp Schuster Inc New York 512 p

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

SHANNON R 1939 Methods forcolJectirlg and feeding mosquitos ill llI1wllmiddot yellow fever studies Amer J Trop Med 19 131 - 140

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VANZOLlNI PE amp N PAPAVERO J967 Manual de coLeta e preparartio de aninltlis terrestres e de aacutegua doce Secretaria de Agricultura de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 223 p

VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

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VHO 1992 A practicaJ guide for malaria entomoJogists in lhe Agrave Im~HtI

Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 3: Manual Coleta Insetos

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo

Montagem e Identificaccedilatildeo de ~ Insetos

I

LUacuteCIA MASSUTTI DE ALMEIDA CIBELE SRffiEIRO-COSTA

LUCIANE MARINONI

Q 9iolos edilora

Rib ei ratildeo Preto 2003

Iuacutecia MlIssuH d e Alm eida Depto de Zoulogia UFPR Cx Postal 8 153 1-990 uriti ha PRo c-mail lal meidabioufprbr

Clhele S Ribeiro-Costa Depto de Zoologi a UFPR Cx Postal 81531-990 Curitiba R c-mai stra bi oufprbr

Luciane M arinoni Depto dc Zoologia UFPR Cx Post 1 81531-990 Curitiba PR c-l11 uil hmllmiddotinoni bioufprbr

ctJ 1998 20012003 Luacutecia Massuti de Almeida

Dados Internacionais de CataJogaccedilatildeo da Publicaccedilatildeo (CIP) 1

(Cacircmara Brasileira do Livro SP Brasil)

5957 Almeida Luacutecia Massuti de Ribeiro -Costa A477M Cibele S Marinoni Luciane Manual de

Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e ilI dentif icaccedilatildeo de InsetosLuacutecia Massuti de

Almeida Cibele S Ribeiro-Costa Luciane Mar inoni--Ribeiratildeo Preto Holos 1998

88p il 21 I

1 5957 - Entomologia 2 Manual de teacutecnicas de coleta I Ribeiro -costa Cibele S Entomologia 11 Marinoni Luciane 111 Tiacutetulo IV Seacuterie

I SBN 85-86699 - 03-9 7885 86 699030 ~

la tira gem (3000 exemplares) - agosto1998 2~ ti ragem (3000 exemplares) - abri l2001 3 tira gem (3000 exem plares) - abrU2003

Proibida a reproduccedilatildeo total ou parcial Os intratores seratildeo processados na forma da lei I ~

Holos Editora Ltda-ME Rua 8ertha Lutz 390

14057-280 Ribeiratildeo Preto -SP TelcFux (0++ 16) 639-9609

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II wwwhooseditoracombrll

1 1111 ( 11 al gueacutem para dcsen vo lver agrave qualidade do al110r eacute o mais importunte Eu 1111 l IIIII I I1[C desejo que nosso sistema de cducacatildeo seja tatildeo perfeito quc haja CSp~lCcedilO 1111I1Illl c para o ucsenvolvimento de valore~ morais c as qualidades do Amor da

1 ~ l ldI d1 111 da Verdade e da Natildeo-violecircncia Os va lores hUnlanos natildeo podcm scr I Ii lIl c i I (Illll eSludo de li vros e ouvindo pal cs tlmiddotas Eles preci sam ser cultivados por I l I Il ld IVidll II (Sothya Sai Baba)

IV

Almcida Ribeiro-Custa amp Marinoni

Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo t 2 Coleta 4

21 Equipamentos de coleta ~ 5 2 1 1 Em coleta ativas l ~ 6

21 11 Pinccedilas (I

2112 Vidros con tendo aacutelcool ou outros conservantes 6 2113 Vidros letais 7

A Vidro letal com cianeto 7 B Vidro letal com liacutequ ido toacutexico 8

2114 Acondicionamento temporaacuterioenvelopes triacircngulos e mantas 10 2115 Caixas para estoque do material 12 2116 Guarda-chuva entomoloacutegico 12 2117 Aspirador ~ 13 2118 Rede en lomoloacutegiea e de varredura 15

21 19 Redes para coleta aquaacuteLica 17 2 12 ColeLa Passiva (Armadilhas) 18

21 21 Armadi lhas intercepladoras de vocirco 18 2122 Annadilhas com alrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos 23

A Armadilha de so lo 24 B Armadilha para borboletas 25

C Armadilha para moscas 26

D Armadilha de Shannon 27

E Amladilha luminosa 29

F Funil de Berlese 31

G Pano para insetos noturnos 32

H Bandejas coloridas 34

22 Comentaacuter ios Gerais 34

3 Manutenccedilatildeo de imaturos em laboratoacuterio 36 3631 Material 3(1311 Gaiolas de emergecircncia de insetos

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo 37

32 Cuidados com a criaccedilatildeo alimento 38 31)33 Problemas com a criaccedilatildeo I()331 Umidade lO332 Temperatura lO333 FOloperiacuteodo ti34 Coleta de plantas II35 Prensa para exsicatas

v

Manual u Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos Almeida Ribeiro-Costa amp Marinoniil middot

I I

r I

4 Montagem e preservaccedilatildeo ~c G~ 11 g 43

I 4 1 Jrcwrvaccedilatildeo temporaacuteria I qr4~8 43

I I ) Re frigeraccedilatildeo 43

I I 12 Preservaccedilatildeo em via liquida 43 11 3 Preservaccedilatildeo em via seca

j 44 42 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes 44

2 1 Conservaccedilatildeo em via seca 45421 1 Cacircmara uacutemida 45 4212 Alti netagem direta 46 4213 Dupla Montagem

51 4214 Montagem em lacircminas 52 42 15 Cuidados a serem tomados na montagem 54I

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida 55

423 Etiquetagem 56

43 Procedimentos apoacutes a montagem Agradecimentos Os autores satildeo gratos a todos que contribuiacuteram 59S Estudo e identificaccedilatildeo do material para a realizaccedilatildeo deste trabalho Em particular agrave ProfaDra Mima

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo 61 I61 Martins Casagrande pelo incentivo revisatildeo do manuscrito e pelas 52 Dissecccedilatildeo 64 sugestotildees baseadas em sua experiecircncia ministrando a disciplina 52 1 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia 65

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera de Entomo lo gi a I para o Curso de Poacutes -graduaccedilatildeo em6753 Precauccedilotildees quarentenaacuterias Entomologia da Universidade Federal do Paranaacute Aos Profs 686 Remessa e empacotamento 69 Danuacutencia Urban e Vinalto Graf pela lei tura criacutetica do texto e 61 Caixa com insetos alfinetados 69 sugestotildees ao manuscrito Ao doutorando Paulo Roberto Valle da 62 Material seco natildeo montado 70 Silva Pereira pela elaboraccedilatildeo das ilustraccedilotildees e ideacuteias na arte final 63 Material em via Hquida 7064 Empacotamento

707 Bibliografia 72 ~nexo Empresas que comercializam produtos entomoloacutegico 74Indice de Assuntos 7S

_tfIVERSIDAD( DO AMAZON~oI t- ~ ~I - etDi ~Il 42= 8 10 0052middot99

II 1li

vi VII

Monual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

1 Introduccedilatildeo Os insetos representam cerca de 70 das espeacutecies de

anjmajs conhecidas sendo portanto o maior grupo existente atualmente Eles vivem em vir tualmente todos os ambientes e apresen tam os mais variados haacutebi tos - parasi tas e de vida livre de beneacuteficos a a lt ame nte prejudic iais ao homem As formas predado ras ali paras itas podem causar inuacutemeras perdas por doenccedilas seacuterias em animais e vegetrus e danos a al imentos roupas outros materiais uacuteteis ao homem

Para lidar de maneira objetiva com os insetos que causam rrejuiacutezo ao homem eacute essenc ial que as espeacutecies sejam conhecidas e o taman ho de suas populaccedilotildees esti mado Haacute outros casos aleacutem do interesse econocircmico ou meacuted ico mais di re to em que o luvantamento da fauna de insetos - ou seja dafauna entomoloacutegica de uma aacuterea- mostra-se importante Isso vai desde trabalhos em discip li nas de Zoolo g ia e En tomoacutelogia ateacute estudos de hiodiversidade indicadores de qualidade ambiental ou levantamento de material para estudos de geneacutetica fisiologia ou sistemaacutetica por exemplo Para isso uma etapa fundamental eacute a realizaccedilatildeo lIiciente de coletas e a iden tificaccedilatildeo correta do material Apenas tllpois desse trabalho eacute que os estudos de identificaccedilatildeo e descriccedilatildeo IIdcquada das espeacutec ies e outras providecircncias podem ser tomados Ilsqui~a s importa ntes realizadas com insetos prCSllvatl l) 1 IIladcquadamenle ou identi ficados incorretamente pndl ll l 1t 1

llImlusotildecs invaacuteliltIacuteillgt Em todos esses casos o resultado do traha lhu 01 11111111

111I 1IlOnj un to de exemplares que adveio de ccr t (ll~ I Il 11 til I IILI I

Mil ti as VCZIS eacute Ilecessaacuterio verificar posterionmll ll l~ nidllillf 1 l~ 111

Ccit a Io i correl a ou procurar caracteres arl il inlloll ql h 11 1111 lill l1

l ido ohscrvatlns antes Assi m qualqw l lJlI l qllIliacutepn h-111110 n IUllc ll il l tl iH)dcvcserJescarlado l1I11 IHlIIIIII11l dCIImiddotllIl1l~ dl l ~

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MlIllu al de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos 11

depositar exemplares representativos em museus ou instituiccedilotildees cientiacuteficas que possuam infra-estrutura apropriada para sua preservaccedilatildeo Estes exemplares constituiratildeo o material-testemunho tambeacutem denominados de voucher que fica disponiacutevel para estudos posteriores e possiacuteveis correccedilotildees de problemas taxonocircmicos O nuacutemero de exemplares depositados o local e o nome da Instituiccedilatildeo devem ser citados nos trabalhos cientiacuteficos que fizerem referecircncia a essas coletas

Coleccedilotildees de insetos tambeacutem satildeo feitas por amadores (como hobby) por estudantes (para fins didaacuteticos) ou por especialistas neste uacuteltimo caso como fonte de referecircnci a para estudos sistemaacuteticos Tanto as coleccedilotildees de amadores como as de estudantes quando elaboradas seguindo teacutecnicas adequadas de coleta montagem e preservaccedilatildeo podem ser utilizadasincIusive para fins cientiacuteficos constituindo fonte importante de informaccedilatildeo

A identificaccedilatildeo correta do material tambeacutem eacute um fator fu ndamental no processo de investigaccedilatildeo bioloacutegica Ela fornece atraveacutes do nome especiacutefico fornecido a palavra-chave para a circulaccedilatildeo de todas as informaccedilotildees colhidas eou armazenadas ateacute entatildeo sobre um essa espeacutecie Cabe salientar que quase sempre apenas exemplares muito bem montados e conservados podem ser identificados ateacute o niacutevel de espeacutecie uma vez que haacute muitos caracteres delicados que se perdem com o manuseio indevido do material

Na Entomologia Aplicada podemos relacionar duas principais aacutereas onde a taxonomia pode ser efetiva ou mesmo indispensaacutevel bull controle bioloacutegico de pragas vegetais ou animais identificaccedilatildeo

baacutesica consultas antes da introduccedilatildeo de parasitoacuteides ou predadores informaccedilotildees sobre seu local de origem indicaccedilatildeo de parasitoacuteides alternativos ti conhecimento sobre o manejo de pragas

bull vigilacircnci a san itaacuteria e sauacutede puacuteblica reconhecimento das condiccedilotildees epidemioloacutegicas atuais detecccedilatildeo imediata de

Introduccedilatildeo

introduccedilotildees danosas de espeacutecies exoacuteticas (isto eacute espeacutecies introduzidas de outras regiotildees do Paiacutes ou de outros paiacuteses) e obtenccedilatildeo de informaccedilotildees sobre o manejo e controle de vetores

Tendo em vista que a identificaccedilatildeo tem como base o estudo tia morfologia das diferentes partes do corpo de um exemplar cabe salientar a importacircncia dos procedimentos adequados para a montagem e a conservaccedilatildeo de insetos Se apoacutes a montagem partes do inseto estiverem danificadas ou difiacuteceis de serem visualizadas (por excesso de cola por exemplo ou pela presenccedila de fungos ocasionada por maacute conservaccedilatildeo) raramente seraacute possiacutevel uma identificaccedilatildeo ao niacutevel de espeacutecie ou agraves vezes em niacuteveis

laxonocircmicos mais elevados As poucas publicaccedilotildees a respeito de teacutecnicas de coleta e

preparaccedilatildeo de insetos contecircm informaccedilotildees muitas vezes fragmentadas ou pouco acessiacuteveis a estudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo Assim esta publicaccedilatildeo visa principalmente reunir () conhecimento baacutesico sobre as teacutecnicas mais comuns de coleta preparaccedilatildeo e preservaccedilatildeo aleacutem de fornecer subsiacutedios e orientaccedilatildeo para identificaccedilatildeo de insetos para fins cientiacuteficos apresentandoshytiS de forma didaacutetica e objetiva Assim este livro deve auxiliar a preparaccedilatildeo dos profissionais na aacuterea de biologia agronomia vl tcrinaacuteria e outras aacutereas correlatas aleacutem de dar embasamento para Il1c nicos e amadores fornecendo formaccedilatildeo geral mas servindo lambeacutem como um texto de apoio a alunos de poacutes-graduaccedilatildeo e

11rofissionais na aacuterea de Entomologia Por outro lado a boa execuccedilatildeo de coletas e a adequada

lonstruccedilatildeo de coleccedilotildees dependem de um conhecimento correto lO menos em alguma extensatildeo de sistemaacutetica morfologia e biologia tios vaacuterios grupos de Insecta Desse modo o uso deste livro deveria vir ucompanhado de um estudo de livros gerais de Entomologia

11Idicados na Bibliografia (Capiacutetulo 7)

2

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

2 Coleta Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a

serem alcanccedilados Apenas como exemplo os insetos podem ser colerados para estudos de morfologia de ciclos de vida (isto eacute de biologia das espeacutecies) ou de inLeraccedilatildeo entre espeacutecies (is to eacute ecoloacutegicos) para a confecccedilatildeo de coleccedilotildees didaacutelicas coleccedilotildees cientiacuteficas sobre uma regiatildeo estudar a abundacircncia depragas ou ainda como hobby Insetos considerados pragas por exemplo devem ser coletados em nuacutemero superior a 20 espeacutecimes para que possam ser en viados a especiaHstas para identificaccedilatildeo Se houver formas imatu ras estas devem de preferecircncia ser trazidas vivas ao laboratoacuterio para criaccedilatildeo e obtenccedilatildeo dos adultos pois geralmente eacute muito difiacuteci l a identificaccedilatildeo de uma espeacutecie atraveacutes de estaacutegios imattlros Mui tas vezes eacute importante enviar para identificaccedilatildeo uma amostra da planta onde o inseto foi coletado pois muitas espeacutecies podem ser especiacuteficas para determinadas plantas sendo este dado importante para a sua iJcntiljccedilaccedilatildeo e pode serutiJizado em um trabalho cientiacutefico

Como os insetos satildeo muito abundantes a probabi lidade de q Ul col(w lIlesmo extensas tenham algum impacto no tamanho dagt popullCcediliXs t5 indcvafllc Portanlo os conservacionistas natildeo precisam se prcocu par l OIl () rompi menlo do equi iacutebrio ecoloacutegico pelas coletas comuns

Para um a colctu lficicnlc visando um levantamento fauniacutesti co O local Visitado deve ser examinado minuciosamente arbustos vcgcla~uacuteo rasleira rlorcs frutos em decomposiccedilatildeo galhos e folhas caiacutedos 110 chilo restos de culturas fendas no solo barrancos troncos de aacutervor~s em ani mais mortos dejetos Lixo urbano nin hos de animais depoacutesitos de gratildeos e raccedilotildees focos de iluminaccedilatildeo puacuteblica etc Como Ioi comentado acima a diversidade de biologias das inuacutemeras espeacutecies de insetos recomenda que sej a explorado o maior nuacutemero possiacutevel de haacutebitats de maneira a poder

4

Coleta

encontrar as espeacutecies que vivem em cada um dos haacutebitats especializados

Dependendo dos meacutetodos util izados as coletas podem ser divididas em duas categorias

bull coletas ativas onde os coletores utilizam redes aspiradores guarda-chuva entomoloacutegico e outros aparatos compatiacuteveis com o seu objetivo de coleta

bull coletas passivas onde o coletor deixa que as armadilhas faccedilam o trabalho de captura sem a sua interferecircncia direta

Os dois tipos de coleta podem e devem ser usados si m ultaneamente quando se pretende obter exemplares pe rtencentes a diferentes grupos de insetos pois muitos equipamentos satildeo seletivos isto eacute coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos

O meacutetodo mais simples de coleta pode ser o de simplesmente pegar o espeacutecime com a matildeo Poreacutem esse meacutetodo soacute eacute vaacutelido para espeacutecies com pouca mobilidade Mesmo assim pode causar alguns problemas para o coletor como alergias e coceiras ou para o material resultando na quebra de estruturas importqntes O uso de equipamentos apropriados de modo geral evita esses problemas Muitas vezes apenas uma rede e vidros letais satildeo suficientes No entanto para que se obtenha uma maior diversidade de espeacutecies outros equipamentos mais sofisticados podem ser utiLizados sempre em funccedilatildeo dos objetivos traccedilados

21 Equipamentos de coleta

Uma boa parte do equipamento descrito a seguir pode ser comprado de empresas especializadas em material de pesquisa bioloacutegica No Brasil esse comeacutercio eacute quase inexistente Illas n

Ameacuterica do Norle e na Europa ele eacute bastante difundido No entanto o preccedilo desse material -em especial com os cus tos

5

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

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Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

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r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

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MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

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Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

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Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

1

forccedilo

Frente

1-----=== 1 m ------i

i T O55m

Jr Tm

1115m

o97mU O67Frenle 1 1 -] m

I---- 1 m ---J f- 15m

C J r 1 11

F

--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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I I

I

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I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

47

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

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comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

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FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

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Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

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Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 4: Manual Coleta Insetos

Iuacutecia MlIssuH d e Alm eida Depto de Zoulogia UFPR Cx Postal 8 153 1-990 uriti ha PRo c-mail lal meidabioufprbr

Clhele S Ribeiro-Costa Depto de Zoologi a UFPR Cx Postal 81531-990 Curitiba R c-mai stra bi oufprbr

Luciane M arinoni Depto dc Zoologia UFPR Cx Post 1 81531-990 Curitiba PR c-l11 uil hmllmiddotinoni bioufprbr

ctJ 1998 20012003 Luacutecia Massuti de Almeida

Dados Internacionais de CataJogaccedilatildeo da Publicaccedilatildeo (CIP) 1

(Cacircmara Brasileira do Livro SP Brasil)

5957 Almeida Luacutecia Massuti de Ribeiro -Costa A477M Cibele S Marinoni Luciane Manual de

Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e ilI dentif icaccedilatildeo de InsetosLuacutecia Massuti de

Almeida Cibele S Ribeiro-Costa Luciane Mar inoni--Ribeiratildeo Preto Holos 1998

88p il 21 I

1 5957 - Entomologia 2 Manual de teacutecnicas de coleta I Ribeiro -costa Cibele S Entomologia 11 Marinoni Luciane 111 Tiacutetulo IV Seacuterie

I SBN 85-86699 - 03-9 7885 86 699030 ~

la tira gem (3000 exemplares) - agosto1998 2~ ti ragem (3000 exemplares) - abri l2001 3 tira gem (3000 exem plares) - abrU2003

Proibida a reproduccedilatildeo total ou parcial Os intratores seratildeo processados na forma da lei I ~

Holos Editora Ltda-ME Rua 8ertha Lutz 390

14057-280 Ribeiratildeo Preto -SP TelcFux (0++ 16) 639-9609

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II wwwhooseditoracombrll

1 1111 ( 11 al gueacutem para dcsen vo lver agrave qualidade do al110r eacute o mais importunte Eu 1111 l IIIII I I1[C desejo que nosso sistema de cducacatildeo seja tatildeo perfeito quc haja CSp~lCcedilO 1111I1Illl c para o ucsenvolvimento de valore~ morais c as qualidades do Amor da

1 ~ l ldI d1 111 da Verdade e da Natildeo-violecircncia Os va lores hUnlanos natildeo podcm scr I Ii lIl c i I (Illll eSludo de li vros e ouvindo pal cs tlmiddotas Eles preci sam ser cultivados por I l I Il ld IVidll II (Sothya Sai Baba)

IV

Almcida Ribeiro-Custa amp Marinoni

Sumaacuterio

1 Introduccedilatildeo t 2 Coleta 4

21 Equipamentos de coleta ~ 5 2 1 1 Em coleta ativas l ~ 6

21 11 Pinccedilas (I

2112 Vidros con tendo aacutelcool ou outros conservantes 6 2113 Vidros letais 7

A Vidro letal com cianeto 7 B Vidro letal com liacutequ ido toacutexico 8

2114 Acondicionamento temporaacuterioenvelopes triacircngulos e mantas 10 2115 Caixas para estoque do material 12 2116 Guarda-chuva entomoloacutegico 12 2117 Aspirador ~ 13 2118 Rede en lomoloacutegiea e de varredura 15

21 19 Redes para coleta aquaacuteLica 17 2 12 ColeLa Passiva (Armadilhas) 18

21 21 Armadi lhas intercepladoras de vocirco 18 2122 Annadilhas com alrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos 23

A Armadilha de so lo 24 B Armadilha para borboletas 25

C Armadilha para moscas 26

D Armadilha de Shannon 27

E Amladilha luminosa 29

F Funil de Berlese 31

G Pano para insetos noturnos 32

H Bandejas coloridas 34

22 Comentaacuter ios Gerais 34

3 Manutenccedilatildeo de imaturos em laboratoacuterio 36 3631 Material 3(1311 Gaiolas de emergecircncia de insetos

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo 37

32 Cuidados com a criaccedilatildeo alimento 38 31)33 Problemas com a criaccedilatildeo I()331 Umidade lO332 Temperatura lO333 FOloperiacuteodo ti34 Coleta de plantas II35 Prensa para exsicatas

v

Manual u Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos Almeida Ribeiro-Costa amp Marinoniil middot

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4 Montagem e preservaccedilatildeo ~c G~ 11 g 43

I 4 1 Jrcwrvaccedilatildeo temporaacuteria I qr4~8 43

I I ) Re frigeraccedilatildeo 43

I I 12 Preservaccedilatildeo em via liquida 43 11 3 Preservaccedilatildeo em via seca

j 44 42 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes 44

2 1 Conservaccedilatildeo em via seca 45421 1 Cacircmara uacutemida 45 4212 Alti netagem direta 46 4213 Dupla Montagem

51 4214 Montagem em lacircminas 52 42 15 Cuidados a serem tomados na montagem 54I

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida 55

423 Etiquetagem 56

43 Procedimentos apoacutes a montagem Agradecimentos Os autores satildeo gratos a todos que contribuiacuteram 59S Estudo e identificaccedilatildeo do material para a realizaccedilatildeo deste trabalho Em particular agrave ProfaDra Mima

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo 61 I61 Martins Casagrande pelo incentivo revisatildeo do manuscrito e pelas 52 Dissecccedilatildeo 64 sugestotildees baseadas em sua experiecircncia ministrando a disciplina 52 1 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia 65

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera de Entomo lo gi a I para o Curso de Poacutes -graduaccedilatildeo em6753 Precauccedilotildees quarentenaacuterias Entomologia da Universidade Federal do Paranaacute Aos Profs 686 Remessa e empacotamento 69 Danuacutencia Urban e Vinalto Graf pela lei tura criacutetica do texto e 61 Caixa com insetos alfinetados 69 sugestotildees ao manuscrito Ao doutorando Paulo Roberto Valle da 62 Material seco natildeo montado 70 Silva Pereira pela elaboraccedilatildeo das ilustraccedilotildees e ideacuteias na arte final 63 Material em via Hquida 7064 Empacotamento

707 Bibliografia 72 ~nexo Empresas que comercializam produtos entomoloacutegico 74Indice de Assuntos 7S

_tfIVERSIDAD( DO AMAZON~oI t- ~ ~I - etDi ~Il 42= 8 10 0052middot99

II 1li

vi VII

Monual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

1 Introduccedilatildeo Os insetos representam cerca de 70 das espeacutecies de

anjmajs conhecidas sendo portanto o maior grupo existente atualmente Eles vivem em vir tualmente todos os ambientes e apresen tam os mais variados haacutebi tos - parasi tas e de vida livre de beneacuteficos a a lt ame nte prejudic iais ao homem As formas predado ras ali paras itas podem causar inuacutemeras perdas por doenccedilas seacuterias em animais e vegetrus e danos a al imentos roupas outros materiais uacuteteis ao homem

Para lidar de maneira objetiva com os insetos que causam rrejuiacutezo ao homem eacute essenc ial que as espeacutecies sejam conhecidas e o taman ho de suas populaccedilotildees esti mado Haacute outros casos aleacutem do interesse econocircmico ou meacuted ico mais di re to em que o luvantamento da fauna de insetos - ou seja dafauna entomoloacutegica de uma aacuterea- mostra-se importante Isso vai desde trabalhos em discip li nas de Zoolo g ia e En tomoacutelogia ateacute estudos de hiodiversidade indicadores de qualidade ambiental ou levantamento de material para estudos de geneacutetica fisiologia ou sistemaacutetica por exemplo Para isso uma etapa fundamental eacute a realizaccedilatildeo lIiciente de coletas e a iden tificaccedilatildeo correta do material Apenas tllpois desse trabalho eacute que os estudos de identificaccedilatildeo e descriccedilatildeo IIdcquada das espeacutec ies e outras providecircncias podem ser tomados Ilsqui~a s importa ntes realizadas com insetos prCSllvatl l) 1 IIladcquadamenle ou identi ficados incorretamente pndl ll l 1t 1

llImlusotildecs invaacuteliltIacuteillgt Em todos esses casos o resultado do traha lhu 01 11111111

111I 1IlOnj un to de exemplares que adveio de ccr t (ll~ I Il 11 til I IILI I

Mil ti as VCZIS eacute Ilecessaacuterio verificar posterionmll ll l~ nidllillf 1 l~ 111

Ccit a Io i correl a ou procurar caracteres arl il inlloll ql h 11 1111 lill l1

l ido ohscrvatlns antes Assi m qualqw l lJlI l qllIliacutepn h-111110 n IUllc ll il l tl iH)dcvcserJescarlado l1I11 IHlIIIIII11l dCIImiddotllIl1l~ dl l ~

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MlIllu al de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos 11

depositar exemplares representativos em museus ou instituiccedilotildees cientiacuteficas que possuam infra-estrutura apropriada para sua preservaccedilatildeo Estes exemplares constituiratildeo o material-testemunho tambeacutem denominados de voucher que fica disponiacutevel para estudos posteriores e possiacuteveis correccedilotildees de problemas taxonocircmicos O nuacutemero de exemplares depositados o local e o nome da Instituiccedilatildeo devem ser citados nos trabalhos cientiacuteficos que fizerem referecircncia a essas coletas

Coleccedilotildees de insetos tambeacutem satildeo feitas por amadores (como hobby) por estudantes (para fins didaacuteticos) ou por especialistas neste uacuteltimo caso como fonte de referecircnci a para estudos sistemaacuteticos Tanto as coleccedilotildees de amadores como as de estudantes quando elaboradas seguindo teacutecnicas adequadas de coleta montagem e preservaccedilatildeo podem ser utilizadasincIusive para fins cientiacuteficos constituindo fonte importante de informaccedilatildeo

A identificaccedilatildeo correta do material tambeacutem eacute um fator fu ndamental no processo de investigaccedilatildeo bioloacutegica Ela fornece atraveacutes do nome especiacutefico fornecido a palavra-chave para a circulaccedilatildeo de todas as informaccedilotildees colhidas eou armazenadas ateacute entatildeo sobre um essa espeacutecie Cabe salientar que quase sempre apenas exemplares muito bem montados e conservados podem ser identificados ateacute o niacutevel de espeacutecie uma vez que haacute muitos caracteres delicados que se perdem com o manuseio indevido do material

Na Entomologia Aplicada podemos relacionar duas principais aacutereas onde a taxonomia pode ser efetiva ou mesmo indispensaacutevel bull controle bioloacutegico de pragas vegetais ou animais identificaccedilatildeo

baacutesica consultas antes da introduccedilatildeo de parasitoacuteides ou predadores informaccedilotildees sobre seu local de origem indicaccedilatildeo de parasitoacuteides alternativos ti conhecimento sobre o manejo de pragas

bull vigilacircnci a san itaacuteria e sauacutede puacuteblica reconhecimento das condiccedilotildees epidemioloacutegicas atuais detecccedilatildeo imediata de

Introduccedilatildeo

introduccedilotildees danosas de espeacutecies exoacuteticas (isto eacute espeacutecies introduzidas de outras regiotildees do Paiacutes ou de outros paiacuteses) e obtenccedilatildeo de informaccedilotildees sobre o manejo e controle de vetores

Tendo em vista que a identificaccedilatildeo tem como base o estudo tia morfologia das diferentes partes do corpo de um exemplar cabe salientar a importacircncia dos procedimentos adequados para a montagem e a conservaccedilatildeo de insetos Se apoacutes a montagem partes do inseto estiverem danificadas ou difiacuteceis de serem visualizadas (por excesso de cola por exemplo ou pela presenccedila de fungos ocasionada por maacute conservaccedilatildeo) raramente seraacute possiacutevel uma identificaccedilatildeo ao niacutevel de espeacutecie ou agraves vezes em niacuteveis

laxonocircmicos mais elevados As poucas publicaccedilotildees a respeito de teacutecnicas de coleta e

preparaccedilatildeo de insetos contecircm informaccedilotildees muitas vezes fragmentadas ou pouco acessiacuteveis a estudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo Assim esta publicaccedilatildeo visa principalmente reunir () conhecimento baacutesico sobre as teacutecnicas mais comuns de coleta preparaccedilatildeo e preservaccedilatildeo aleacutem de fornecer subsiacutedios e orientaccedilatildeo para identificaccedilatildeo de insetos para fins cientiacuteficos apresentandoshytiS de forma didaacutetica e objetiva Assim este livro deve auxiliar a preparaccedilatildeo dos profissionais na aacuterea de biologia agronomia vl tcrinaacuteria e outras aacutereas correlatas aleacutem de dar embasamento para Il1c nicos e amadores fornecendo formaccedilatildeo geral mas servindo lambeacutem como um texto de apoio a alunos de poacutes-graduaccedilatildeo e

11rofissionais na aacuterea de Entomologia Por outro lado a boa execuccedilatildeo de coletas e a adequada

lonstruccedilatildeo de coleccedilotildees dependem de um conhecimento correto lO menos em alguma extensatildeo de sistemaacutetica morfologia e biologia tios vaacuterios grupos de Insecta Desse modo o uso deste livro deveria vir ucompanhado de um estudo de livros gerais de Entomologia

11Idicados na Bibliografia (Capiacutetulo 7)

2

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

2 Coleta Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a

serem alcanccedilados Apenas como exemplo os insetos podem ser colerados para estudos de morfologia de ciclos de vida (isto eacute de biologia das espeacutecies) ou de inLeraccedilatildeo entre espeacutecies (is to eacute ecoloacutegicos) para a confecccedilatildeo de coleccedilotildees didaacutelicas coleccedilotildees cientiacuteficas sobre uma regiatildeo estudar a abundacircncia depragas ou ainda como hobby Insetos considerados pragas por exemplo devem ser coletados em nuacutemero superior a 20 espeacutecimes para que possam ser en viados a especiaHstas para identificaccedilatildeo Se houver formas imatu ras estas devem de preferecircncia ser trazidas vivas ao laboratoacuterio para criaccedilatildeo e obtenccedilatildeo dos adultos pois geralmente eacute muito difiacuteci l a identificaccedilatildeo de uma espeacutecie atraveacutes de estaacutegios imattlros Mui tas vezes eacute importante enviar para identificaccedilatildeo uma amostra da planta onde o inseto foi coletado pois muitas espeacutecies podem ser especiacuteficas para determinadas plantas sendo este dado importante para a sua iJcntiljccedilaccedilatildeo e pode serutiJizado em um trabalho cientiacutefico

Como os insetos satildeo muito abundantes a probabi lidade de q Ul col(w lIlesmo extensas tenham algum impacto no tamanho dagt popullCcediliXs t5 indcvafllc Portanlo os conservacionistas natildeo precisam se prcocu par l OIl () rompi menlo do equi iacutebrio ecoloacutegico pelas coletas comuns

Para um a colctu lficicnlc visando um levantamento fauniacutesti co O local Visitado deve ser examinado minuciosamente arbustos vcgcla~uacuteo rasleira rlorcs frutos em decomposiccedilatildeo galhos e folhas caiacutedos 110 chilo restos de culturas fendas no solo barrancos troncos de aacutervor~s em ani mais mortos dejetos Lixo urbano nin hos de animais depoacutesitos de gratildeos e raccedilotildees focos de iluminaccedilatildeo puacuteblica etc Como Ioi comentado acima a diversidade de biologias das inuacutemeras espeacutecies de insetos recomenda que sej a explorado o maior nuacutemero possiacutevel de haacutebitats de maneira a poder

4

Coleta

encontrar as espeacutecies que vivem em cada um dos haacutebitats especializados

Dependendo dos meacutetodos util izados as coletas podem ser divididas em duas categorias

bull coletas ativas onde os coletores utilizam redes aspiradores guarda-chuva entomoloacutegico e outros aparatos compatiacuteveis com o seu objetivo de coleta

bull coletas passivas onde o coletor deixa que as armadilhas faccedilam o trabalho de captura sem a sua interferecircncia direta

Os dois tipos de coleta podem e devem ser usados si m ultaneamente quando se pretende obter exemplares pe rtencentes a diferentes grupos de insetos pois muitos equipamentos satildeo seletivos isto eacute coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos

O meacutetodo mais simples de coleta pode ser o de simplesmente pegar o espeacutecime com a matildeo Poreacutem esse meacutetodo soacute eacute vaacutelido para espeacutecies com pouca mobilidade Mesmo assim pode causar alguns problemas para o coletor como alergias e coceiras ou para o material resultando na quebra de estruturas importqntes O uso de equipamentos apropriados de modo geral evita esses problemas Muitas vezes apenas uma rede e vidros letais satildeo suficientes No entanto para que se obtenha uma maior diversidade de espeacutecies outros equipamentos mais sofisticados podem ser utiLizados sempre em funccedilatildeo dos objetivos traccedilados

21 Equipamentos de coleta

Uma boa parte do equipamento descrito a seguir pode ser comprado de empresas especializadas em material de pesquisa bioloacutegica No Brasil esse comeacutercio eacute quase inexistente Illas n

Ameacuterica do Norle e na Europa ele eacute bastante difundido No entanto o preccedilo desse material -em especial com os cus tos

5

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

6

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PiI AJ11 tiras ele papel

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algodlo liquido Iltlco

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Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

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r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

)

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

I E

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13 em

I i

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

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f- 30 cm

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1

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Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

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Coleta

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

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13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

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Teto I mIbull shyL

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ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

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Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

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a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

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reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

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Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

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27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

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Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

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iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

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Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

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ISBN 85-86699middot72~

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ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 5: Manual Coleta Insetos

Manual u Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos Almeida Ribeiro-Costa amp Marinoniil middot

I I

r I

4 Montagem e preservaccedilatildeo ~c G~ 11 g 43

I 4 1 Jrcwrvaccedilatildeo temporaacuteria I qr4~8 43

I I ) Re frigeraccedilatildeo 43

I I 12 Preservaccedilatildeo em via liquida 43 11 3 Preservaccedilatildeo em via seca

j 44 42 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes 44

2 1 Conservaccedilatildeo em via seca 45421 1 Cacircmara uacutemida 45 4212 Alti netagem direta 46 4213 Dupla Montagem

51 4214 Montagem em lacircminas 52 42 15 Cuidados a serem tomados na montagem 54I

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida 55

423 Etiquetagem 56

43 Procedimentos apoacutes a montagem Agradecimentos Os autores satildeo gratos a todos que contribuiacuteram 59S Estudo e identificaccedilatildeo do material para a realizaccedilatildeo deste trabalho Em particular agrave ProfaDra Mima

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo 61 I61 Martins Casagrande pelo incentivo revisatildeo do manuscrito e pelas 52 Dissecccedilatildeo 64 sugestotildees baseadas em sua experiecircncia ministrando a disciplina 52 1 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia 65

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera de Entomo lo gi a I para o Curso de Poacutes -graduaccedilatildeo em6753 Precauccedilotildees quarentenaacuterias Entomologia da Universidade Federal do Paranaacute Aos Profs 686 Remessa e empacotamento 69 Danuacutencia Urban e Vinalto Graf pela lei tura criacutetica do texto e 61 Caixa com insetos alfinetados 69 sugestotildees ao manuscrito Ao doutorando Paulo Roberto Valle da 62 Material seco natildeo montado 70 Silva Pereira pela elaboraccedilatildeo das ilustraccedilotildees e ideacuteias na arte final 63 Material em via Hquida 7064 Empacotamento

707 Bibliografia 72 ~nexo Empresas que comercializam produtos entomoloacutegico 74Indice de Assuntos 7S

_tfIVERSIDAD( DO AMAZON~oI t- ~ ~I - etDi ~Il 42= 8 10 0052middot99

II 1li

vi VII

Monual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

1 Introduccedilatildeo Os insetos representam cerca de 70 das espeacutecies de

anjmajs conhecidas sendo portanto o maior grupo existente atualmente Eles vivem em vir tualmente todos os ambientes e apresen tam os mais variados haacutebi tos - parasi tas e de vida livre de beneacuteficos a a lt ame nte prejudic iais ao homem As formas predado ras ali paras itas podem causar inuacutemeras perdas por doenccedilas seacuterias em animais e vegetrus e danos a al imentos roupas outros materiais uacuteteis ao homem

Para lidar de maneira objetiva com os insetos que causam rrejuiacutezo ao homem eacute essenc ial que as espeacutecies sejam conhecidas e o taman ho de suas populaccedilotildees esti mado Haacute outros casos aleacutem do interesse econocircmico ou meacuted ico mais di re to em que o luvantamento da fauna de insetos - ou seja dafauna entomoloacutegica de uma aacuterea- mostra-se importante Isso vai desde trabalhos em discip li nas de Zoolo g ia e En tomoacutelogia ateacute estudos de hiodiversidade indicadores de qualidade ambiental ou levantamento de material para estudos de geneacutetica fisiologia ou sistemaacutetica por exemplo Para isso uma etapa fundamental eacute a realizaccedilatildeo lIiciente de coletas e a iden tificaccedilatildeo correta do material Apenas tllpois desse trabalho eacute que os estudos de identificaccedilatildeo e descriccedilatildeo IIdcquada das espeacutec ies e outras providecircncias podem ser tomados Ilsqui~a s importa ntes realizadas com insetos prCSllvatl l) 1 IIladcquadamenle ou identi ficados incorretamente pndl ll l 1t 1

llImlusotildecs invaacuteliltIacuteillgt Em todos esses casos o resultado do traha lhu 01 11111111

111I 1IlOnj un to de exemplares que adveio de ccr t (ll~ I Il 11 til I IILI I

Mil ti as VCZIS eacute Ilecessaacuterio verificar posterionmll ll l~ nidllillf 1 l~ 111

Ccit a Io i correl a ou procurar caracteres arl il inlloll ql h 11 1111 lill l1

l ido ohscrvatlns antes Assi m qualqw l lJlI l qllIliacutepn h-111110 n IUllc ll il l tl iH)dcvcserJescarlado l1I11 IHlIIIIII11l dCIImiddotllIl1l~ dl l ~

YlII

MlIllu al de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos 11

depositar exemplares representativos em museus ou instituiccedilotildees cientiacuteficas que possuam infra-estrutura apropriada para sua preservaccedilatildeo Estes exemplares constituiratildeo o material-testemunho tambeacutem denominados de voucher que fica disponiacutevel para estudos posteriores e possiacuteveis correccedilotildees de problemas taxonocircmicos O nuacutemero de exemplares depositados o local e o nome da Instituiccedilatildeo devem ser citados nos trabalhos cientiacuteficos que fizerem referecircncia a essas coletas

Coleccedilotildees de insetos tambeacutem satildeo feitas por amadores (como hobby) por estudantes (para fins didaacuteticos) ou por especialistas neste uacuteltimo caso como fonte de referecircnci a para estudos sistemaacuteticos Tanto as coleccedilotildees de amadores como as de estudantes quando elaboradas seguindo teacutecnicas adequadas de coleta montagem e preservaccedilatildeo podem ser utilizadasincIusive para fins cientiacuteficos constituindo fonte importante de informaccedilatildeo

A identificaccedilatildeo correta do material tambeacutem eacute um fator fu ndamental no processo de investigaccedilatildeo bioloacutegica Ela fornece atraveacutes do nome especiacutefico fornecido a palavra-chave para a circulaccedilatildeo de todas as informaccedilotildees colhidas eou armazenadas ateacute entatildeo sobre um essa espeacutecie Cabe salientar que quase sempre apenas exemplares muito bem montados e conservados podem ser identificados ateacute o niacutevel de espeacutecie uma vez que haacute muitos caracteres delicados que se perdem com o manuseio indevido do material

Na Entomologia Aplicada podemos relacionar duas principais aacutereas onde a taxonomia pode ser efetiva ou mesmo indispensaacutevel bull controle bioloacutegico de pragas vegetais ou animais identificaccedilatildeo

baacutesica consultas antes da introduccedilatildeo de parasitoacuteides ou predadores informaccedilotildees sobre seu local de origem indicaccedilatildeo de parasitoacuteides alternativos ti conhecimento sobre o manejo de pragas

bull vigilacircnci a san itaacuteria e sauacutede puacuteblica reconhecimento das condiccedilotildees epidemioloacutegicas atuais detecccedilatildeo imediata de

Introduccedilatildeo

introduccedilotildees danosas de espeacutecies exoacuteticas (isto eacute espeacutecies introduzidas de outras regiotildees do Paiacutes ou de outros paiacuteses) e obtenccedilatildeo de informaccedilotildees sobre o manejo e controle de vetores

Tendo em vista que a identificaccedilatildeo tem como base o estudo tia morfologia das diferentes partes do corpo de um exemplar cabe salientar a importacircncia dos procedimentos adequados para a montagem e a conservaccedilatildeo de insetos Se apoacutes a montagem partes do inseto estiverem danificadas ou difiacuteceis de serem visualizadas (por excesso de cola por exemplo ou pela presenccedila de fungos ocasionada por maacute conservaccedilatildeo) raramente seraacute possiacutevel uma identificaccedilatildeo ao niacutevel de espeacutecie ou agraves vezes em niacuteveis

laxonocircmicos mais elevados As poucas publicaccedilotildees a respeito de teacutecnicas de coleta e

preparaccedilatildeo de insetos contecircm informaccedilotildees muitas vezes fragmentadas ou pouco acessiacuteveis a estudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo Assim esta publicaccedilatildeo visa principalmente reunir () conhecimento baacutesico sobre as teacutecnicas mais comuns de coleta preparaccedilatildeo e preservaccedilatildeo aleacutem de fornecer subsiacutedios e orientaccedilatildeo para identificaccedilatildeo de insetos para fins cientiacuteficos apresentandoshytiS de forma didaacutetica e objetiva Assim este livro deve auxiliar a preparaccedilatildeo dos profissionais na aacuterea de biologia agronomia vl tcrinaacuteria e outras aacutereas correlatas aleacutem de dar embasamento para Il1c nicos e amadores fornecendo formaccedilatildeo geral mas servindo lambeacutem como um texto de apoio a alunos de poacutes-graduaccedilatildeo e

11rofissionais na aacuterea de Entomologia Por outro lado a boa execuccedilatildeo de coletas e a adequada

lonstruccedilatildeo de coleccedilotildees dependem de um conhecimento correto lO menos em alguma extensatildeo de sistemaacutetica morfologia e biologia tios vaacuterios grupos de Insecta Desse modo o uso deste livro deveria vir ucompanhado de um estudo de livros gerais de Entomologia

11Idicados na Bibliografia (Capiacutetulo 7)

2

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

2 Coleta Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a

serem alcanccedilados Apenas como exemplo os insetos podem ser colerados para estudos de morfologia de ciclos de vida (isto eacute de biologia das espeacutecies) ou de inLeraccedilatildeo entre espeacutecies (is to eacute ecoloacutegicos) para a confecccedilatildeo de coleccedilotildees didaacutelicas coleccedilotildees cientiacuteficas sobre uma regiatildeo estudar a abundacircncia depragas ou ainda como hobby Insetos considerados pragas por exemplo devem ser coletados em nuacutemero superior a 20 espeacutecimes para que possam ser en viados a especiaHstas para identificaccedilatildeo Se houver formas imatu ras estas devem de preferecircncia ser trazidas vivas ao laboratoacuterio para criaccedilatildeo e obtenccedilatildeo dos adultos pois geralmente eacute muito difiacuteci l a identificaccedilatildeo de uma espeacutecie atraveacutes de estaacutegios imattlros Mui tas vezes eacute importante enviar para identificaccedilatildeo uma amostra da planta onde o inseto foi coletado pois muitas espeacutecies podem ser especiacuteficas para determinadas plantas sendo este dado importante para a sua iJcntiljccedilaccedilatildeo e pode serutiJizado em um trabalho cientiacutefico

Como os insetos satildeo muito abundantes a probabi lidade de q Ul col(w lIlesmo extensas tenham algum impacto no tamanho dagt popullCcediliXs t5 indcvafllc Portanlo os conservacionistas natildeo precisam se prcocu par l OIl () rompi menlo do equi iacutebrio ecoloacutegico pelas coletas comuns

Para um a colctu lficicnlc visando um levantamento fauniacutesti co O local Visitado deve ser examinado minuciosamente arbustos vcgcla~uacuteo rasleira rlorcs frutos em decomposiccedilatildeo galhos e folhas caiacutedos 110 chilo restos de culturas fendas no solo barrancos troncos de aacutervor~s em ani mais mortos dejetos Lixo urbano nin hos de animais depoacutesitos de gratildeos e raccedilotildees focos de iluminaccedilatildeo puacuteblica etc Como Ioi comentado acima a diversidade de biologias das inuacutemeras espeacutecies de insetos recomenda que sej a explorado o maior nuacutemero possiacutevel de haacutebitats de maneira a poder

4

Coleta

encontrar as espeacutecies que vivem em cada um dos haacutebitats especializados

Dependendo dos meacutetodos util izados as coletas podem ser divididas em duas categorias

bull coletas ativas onde os coletores utilizam redes aspiradores guarda-chuva entomoloacutegico e outros aparatos compatiacuteveis com o seu objetivo de coleta

bull coletas passivas onde o coletor deixa que as armadilhas faccedilam o trabalho de captura sem a sua interferecircncia direta

Os dois tipos de coleta podem e devem ser usados si m ultaneamente quando se pretende obter exemplares pe rtencentes a diferentes grupos de insetos pois muitos equipamentos satildeo seletivos isto eacute coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos

O meacutetodo mais simples de coleta pode ser o de simplesmente pegar o espeacutecime com a matildeo Poreacutem esse meacutetodo soacute eacute vaacutelido para espeacutecies com pouca mobilidade Mesmo assim pode causar alguns problemas para o coletor como alergias e coceiras ou para o material resultando na quebra de estruturas importqntes O uso de equipamentos apropriados de modo geral evita esses problemas Muitas vezes apenas uma rede e vidros letais satildeo suficientes No entanto para que se obtenha uma maior diversidade de espeacutecies outros equipamentos mais sofisticados podem ser utiLizados sempre em funccedilatildeo dos objetivos traccedilados

21 Equipamentos de coleta

Uma boa parte do equipamento descrito a seguir pode ser comprado de empresas especializadas em material de pesquisa bioloacutegica No Brasil esse comeacutercio eacute quase inexistente Illas n

Ameacuterica do Norle e na Europa ele eacute bastante difundido No entanto o preccedilo desse material -em especial com os cus tos

5

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

6

A

Coletn

tmpo

PiI AJ11 tiras ele papel

~llrude_1

papollo

1111110 bullbull-0

algodlo liquido Iltlco

crttamplade

snngerlt ~ (-o de 011 ~~ cnoto 8 (y-= middot)3Eif~

c

Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

--11

r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

)

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

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13 em

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

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r eoJmiddotpt

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1

A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

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Coleta

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

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Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

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morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

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Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

mires techniques for collection and preservation United Slatcs Department of Agriculture Washington DC 103 p

TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

insects and aLlied fonns The Australian Entomological SocielY Brisbane 86 p

VANZOLlNI PE amp N PAPAVERO J967 Manual de coLeta e preparartio de aninltlis terrestres e de aacutegua doce Secretaria de Agricultura de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 223 p

VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

WHITE RE 1983 A field guide to file beecles oI Nurth Allltlill Houghton Miff1in Company Baston 368 p

VHO 1992 A practicaJ guide for malaria entomoJogists in lhe Agrave Im~HtI

Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 6: Manual Coleta Insetos

Monual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

1 Introduccedilatildeo Os insetos representam cerca de 70 das espeacutecies de

anjmajs conhecidas sendo portanto o maior grupo existente atualmente Eles vivem em vir tualmente todos os ambientes e apresen tam os mais variados haacutebi tos - parasi tas e de vida livre de beneacuteficos a a lt ame nte prejudic iais ao homem As formas predado ras ali paras itas podem causar inuacutemeras perdas por doenccedilas seacuterias em animais e vegetrus e danos a al imentos roupas outros materiais uacuteteis ao homem

Para lidar de maneira objetiva com os insetos que causam rrejuiacutezo ao homem eacute essenc ial que as espeacutecies sejam conhecidas e o taman ho de suas populaccedilotildees esti mado Haacute outros casos aleacutem do interesse econocircmico ou meacuted ico mais di re to em que o luvantamento da fauna de insetos - ou seja dafauna entomoloacutegica de uma aacuterea- mostra-se importante Isso vai desde trabalhos em discip li nas de Zoolo g ia e En tomoacutelogia ateacute estudos de hiodiversidade indicadores de qualidade ambiental ou levantamento de material para estudos de geneacutetica fisiologia ou sistemaacutetica por exemplo Para isso uma etapa fundamental eacute a realizaccedilatildeo lIiciente de coletas e a iden tificaccedilatildeo correta do material Apenas tllpois desse trabalho eacute que os estudos de identificaccedilatildeo e descriccedilatildeo IIdcquada das espeacutec ies e outras providecircncias podem ser tomados Ilsqui~a s importa ntes realizadas com insetos prCSllvatl l) 1 IIladcquadamenle ou identi ficados incorretamente pndl ll l 1t 1

llImlusotildecs invaacuteliltIacuteillgt Em todos esses casos o resultado do traha lhu 01 11111111

111I 1IlOnj un to de exemplares que adveio de ccr t (ll~ I Il 11 til I IILI I

Mil ti as VCZIS eacute Ilecessaacuterio verificar posterionmll ll l~ nidllillf 1 l~ 111

Ccit a Io i correl a ou procurar caracteres arl il inlloll ql h 11 1111 lill l1

l ido ohscrvatlns antes Assi m qualqw l lJlI l qllIliacutepn h-111110 n IUllc ll il l tl iH)dcvcserJescarlado l1I11 IHlIIIIII11l dCIImiddotllIl1l~ dl l ~

YlII

MlIllu al de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos 11

depositar exemplares representativos em museus ou instituiccedilotildees cientiacuteficas que possuam infra-estrutura apropriada para sua preservaccedilatildeo Estes exemplares constituiratildeo o material-testemunho tambeacutem denominados de voucher que fica disponiacutevel para estudos posteriores e possiacuteveis correccedilotildees de problemas taxonocircmicos O nuacutemero de exemplares depositados o local e o nome da Instituiccedilatildeo devem ser citados nos trabalhos cientiacuteficos que fizerem referecircncia a essas coletas

Coleccedilotildees de insetos tambeacutem satildeo feitas por amadores (como hobby) por estudantes (para fins didaacuteticos) ou por especialistas neste uacuteltimo caso como fonte de referecircnci a para estudos sistemaacuteticos Tanto as coleccedilotildees de amadores como as de estudantes quando elaboradas seguindo teacutecnicas adequadas de coleta montagem e preservaccedilatildeo podem ser utilizadasincIusive para fins cientiacuteficos constituindo fonte importante de informaccedilatildeo

A identificaccedilatildeo correta do material tambeacutem eacute um fator fu ndamental no processo de investigaccedilatildeo bioloacutegica Ela fornece atraveacutes do nome especiacutefico fornecido a palavra-chave para a circulaccedilatildeo de todas as informaccedilotildees colhidas eou armazenadas ateacute entatildeo sobre um essa espeacutecie Cabe salientar que quase sempre apenas exemplares muito bem montados e conservados podem ser identificados ateacute o niacutevel de espeacutecie uma vez que haacute muitos caracteres delicados que se perdem com o manuseio indevido do material

Na Entomologia Aplicada podemos relacionar duas principais aacutereas onde a taxonomia pode ser efetiva ou mesmo indispensaacutevel bull controle bioloacutegico de pragas vegetais ou animais identificaccedilatildeo

baacutesica consultas antes da introduccedilatildeo de parasitoacuteides ou predadores informaccedilotildees sobre seu local de origem indicaccedilatildeo de parasitoacuteides alternativos ti conhecimento sobre o manejo de pragas

bull vigilacircnci a san itaacuteria e sauacutede puacuteblica reconhecimento das condiccedilotildees epidemioloacutegicas atuais detecccedilatildeo imediata de

Introduccedilatildeo

introduccedilotildees danosas de espeacutecies exoacuteticas (isto eacute espeacutecies introduzidas de outras regiotildees do Paiacutes ou de outros paiacuteses) e obtenccedilatildeo de informaccedilotildees sobre o manejo e controle de vetores

Tendo em vista que a identificaccedilatildeo tem como base o estudo tia morfologia das diferentes partes do corpo de um exemplar cabe salientar a importacircncia dos procedimentos adequados para a montagem e a conservaccedilatildeo de insetos Se apoacutes a montagem partes do inseto estiverem danificadas ou difiacuteceis de serem visualizadas (por excesso de cola por exemplo ou pela presenccedila de fungos ocasionada por maacute conservaccedilatildeo) raramente seraacute possiacutevel uma identificaccedilatildeo ao niacutevel de espeacutecie ou agraves vezes em niacuteveis

laxonocircmicos mais elevados As poucas publicaccedilotildees a respeito de teacutecnicas de coleta e

preparaccedilatildeo de insetos contecircm informaccedilotildees muitas vezes fragmentadas ou pouco acessiacuteveis a estudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo Assim esta publicaccedilatildeo visa principalmente reunir () conhecimento baacutesico sobre as teacutecnicas mais comuns de coleta preparaccedilatildeo e preservaccedilatildeo aleacutem de fornecer subsiacutedios e orientaccedilatildeo para identificaccedilatildeo de insetos para fins cientiacuteficos apresentandoshytiS de forma didaacutetica e objetiva Assim este livro deve auxiliar a preparaccedilatildeo dos profissionais na aacuterea de biologia agronomia vl tcrinaacuteria e outras aacutereas correlatas aleacutem de dar embasamento para Il1c nicos e amadores fornecendo formaccedilatildeo geral mas servindo lambeacutem como um texto de apoio a alunos de poacutes-graduaccedilatildeo e

11rofissionais na aacuterea de Entomologia Por outro lado a boa execuccedilatildeo de coletas e a adequada

lonstruccedilatildeo de coleccedilotildees dependem de um conhecimento correto lO menos em alguma extensatildeo de sistemaacutetica morfologia e biologia tios vaacuterios grupos de Insecta Desse modo o uso deste livro deveria vir ucompanhado de um estudo de livros gerais de Entomologia

11Idicados na Bibliografia (Capiacutetulo 7)

2

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

2 Coleta Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a

serem alcanccedilados Apenas como exemplo os insetos podem ser colerados para estudos de morfologia de ciclos de vida (isto eacute de biologia das espeacutecies) ou de inLeraccedilatildeo entre espeacutecies (is to eacute ecoloacutegicos) para a confecccedilatildeo de coleccedilotildees didaacutelicas coleccedilotildees cientiacuteficas sobre uma regiatildeo estudar a abundacircncia depragas ou ainda como hobby Insetos considerados pragas por exemplo devem ser coletados em nuacutemero superior a 20 espeacutecimes para que possam ser en viados a especiaHstas para identificaccedilatildeo Se houver formas imatu ras estas devem de preferecircncia ser trazidas vivas ao laboratoacuterio para criaccedilatildeo e obtenccedilatildeo dos adultos pois geralmente eacute muito difiacuteci l a identificaccedilatildeo de uma espeacutecie atraveacutes de estaacutegios imattlros Mui tas vezes eacute importante enviar para identificaccedilatildeo uma amostra da planta onde o inseto foi coletado pois muitas espeacutecies podem ser especiacuteficas para determinadas plantas sendo este dado importante para a sua iJcntiljccedilaccedilatildeo e pode serutiJizado em um trabalho cientiacutefico

Como os insetos satildeo muito abundantes a probabi lidade de q Ul col(w lIlesmo extensas tenham algum impacto no tamanho dagt popullCcediliXs t5 indcvafllc Portanlo os conservacionistas natildeo precisam se prcocu par l OIl () rompi menlo do equi iacutebrio ecoloacutegico pelas coletas comuns

Para um a colctu lficicnlc visando um levantamento fauniacutesti co O local Visitado deve ser examinado minuciosamente arbustos vcgcla~uacuteo rasleira rlorcs frutos em decomposiccedilatildeo galhos e folhas caiacutedos 110 chilo restos de culturas fendas no solo barrancos troncos de aacutervor~s em ani mais mortos dejetos Lixo urbano nin hos de animais depoacutesitos de gratildeos e raccedilotildees focos de iluminaccedilatildeo puacuteblica etc Como Ioi comentado acima a diversidade de biologias das inuacutemeras espeacutecies de insetos recomenda que sej a explorado o maior nuacutemero possiacutevel de haacutebitats de maneira a poder

4

Coleta

encontrar as espeacutecies que vivem em cada um dos haacutebitats especializados

Dependendo dos meacutetodos util izados as coletas podem ser divididas em duas categorias

bull coletas ativas onde os coletores utilizam redes aspiradores guarda-chuva entomoloacutegico e outros aparatos compatiacuteveis com o seu objetivo de coleta

bull coletas passivas onde o coletor deixa que as armadilhas faccedilam o trabalho de captura sem a sua interferecircncia direta

Os dois tipos de coleta podem e devem ser usados si m ultaneamente quando se pretende obter exemplares pe rtencentes a diferentes grupos de insetos pois muitos equipamentos satildeo seletivos isto eacute coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos

O meacutetodo mais simples de coleta pode ser o de simplesmente pegar o espeacutecime com a matildeo Poreacutem esse meacutetodo soacute eacute vaacutelido para espeacutecies com pouca mobilidade Mesmo assim pode causar alguns problemas para o coletor como alergias e coceiras ou para o material resultando na quebra de estruturas importqntes O uso de equipamentos apropriados de modo geral evita esses problemas Muitas vezes apenas uma rede e vidros letais satildeo suficientes No entanto para que se obtenha uma maior diversidade de espeacutecies outros equipamentos mais sofisticados podem ser utiLizados sempre em funccedilatildeo dos objetivos traccedilados

21 Equipamentos de coleta

Uma boa parte do equipamento descrito a seguir pode ser comprado de empresas especializadas em material de pesquisa bioloacutegica No Brasil esse comeacutercio eacute quase inexistente Illas n

Ameacuterica do Norle e na Europa ele eacute bastante difundido No entanto o preccedilo desse material -em especial com os cus tos

5

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

6

A

Coletn

tmpo

PiI AJ11 tiras ele papel

~llrude_1

papollo

1111110 bullbull-0

algodlo liquido Iltlco

crttamplade

snngerlt ~ (-o de 011 ~~ cnoto 8 (y-= middot)3Eif~

c

Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

--11

r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

)

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

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13 em

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

T E u d

r eoJmiddotpt

b~

1

A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

11

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Coleta

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B

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

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Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

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Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

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Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

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Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

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Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

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27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

SHANNON R 1939 Methods forcolJectirlg and feeding mosquitos ill llI1wllmiddot yellow fever studies Amer J Trop Med 19 131 - 140

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ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

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JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 7: Manual Coleta Insetos

MlIllu al de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos 11

depositar exemplares representativos em museus ou instituiccedilotildees cientiacuteficas que possuam infra-estrutura apropriada para sua preservaccedilatildeo Estes exemplares constituiratildeo o material-testemunho tambeacutem denominados de voucher que fica disponiacutevel para estudos posteriores e possiacuteveis correccedilotildees de problemas taxonocircmicos O nuacutemero de exemplares depositados o local e o nome da Instituiccedilatildeo devem ser citados nos trabalhos cientiacuteficos que fizerem referecircncia a essas coletas

Coleccedilotildees de insetos tambeacutem satildeo feitas por amadores (como hobby) por estudantes (para fins didaacuteticos) ou por especialistas neste uacuteltimo caso como fonte de referecircnci a para estudos sistemaacuteticos Tanto as coleccedilotildees de amadores como as de estudantes quando elaboradas seguindo teacutecnicas adequadas de coleta montagem e preservaccedilatildeo podem ser utilizadasincIusive para fins cientiacuteficos constituindo fonte importante de informaccedilatildeo

A identificaccedilatildeo correta do material tambeacutem eacute um fator fu ndamental no processo de investigaccedilatildeo bioloacutegica Ela fornece atraveacutes do nome especiacutefico fornecido a palavra-chave para a circulaccedilatildeo de todas as informaccedilotildees colhidas eou armazenadas ateacute entatildeo sobre um essa espeacutecie Cabe salientar que quase sempre apenas exemplares muito bem montados e conservados podem ser identificados ateacute o niacutevel de espeacutecie uma vez que haacute muitos caracteres delicados que se perdem com o manuseio indevido do material

Na Entomologia Aplicada podemos relacionar duas principais aacutereas onde a taxonomia pode ser efetiva ou mesmo indispensaacutevel bull controle bioloacutegico de pragas vegetais ou animais identificaccedilatildeo

baacutesica consultas antes da introduccedilatildeo de parasitoacuteides ou predadores informaccedilotildees sobre seu local de origem indicaccedilatildeo de parasitoacuteides alternativos ti conhecimento sobre o manejo de pragas

bull vigilacircnci a san itaacuteria e sauacutede puacuteblica reconhecimento das condiccedilotildees epidemioloacutegicas atuais detecccedilatildeo imediata de

Introduccedilatildeo

introduccedilotildees danosas de espeacutecies exoacuteticas (isto eacute espeacutecies introduzidas de outras regiotildees do Paiacutes ou de outros paiacuteses) e obtenccedilatildeo de informaccedilotildees sobre o manejo e controle de vetores

Tendo em vista que a identificaccedilatildeo tem como base o estudo tia morfologia das diferentes partes do corpo de um exemplar cabe salientar a importacircncia dos procedimentos adequados para a montagem e a conservaccedilatildeo de insetos Se apoacutes a montagem partes do inseto estiverem danificadas ou difiacuteceis de serem visualizadas (por excesso de cola por exemplo ou pela presenccedila de fungos ocasionada por maacute conservaccedilatildeo) raramente seraacute possiacutevel uma identificaccedilatildeo ao niacutevel de espeacutecie ou agraves vezes em niacuteveis

laxonocircmicos mais elevados As poucas publicaccedilotildees a respeito de teacutecnicas de coleta e

preparaccedilatildeo de insetos contecircm informaccedilotildees muitas vezes fragmentadas ou pouco acessiacuteveis a estudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo Assim esta publicaccedilatildeo visa principalmente reunir () conhecimento baacutesico sobre as teacutecnicas mais comuns de coleta preparaccedilatildeo e preservaccedilatildeo aleacutem de fornecer subsiacutedios e orientaccedilatildeo para identificaccedilatildeo de insetos para fins cientiacuteficos apresentandoshytiS de forma didaacutetica e objetiva Assim este livro deve auxiliar a preparaccedilatildeo dos profissionais na aacuterea de biologia agronomia vl tcrinaacuteria e outras aacutereas correlatas aleacutem de dar embasamento para Il1c nicos e amadores fornecendo formaccedilatildeo geral mas servindo lambeacutem como um texto de apoio a alunos de poacutes-graduaccedilatildeo e

11rofissionais na aacuterea de Entomologia Por outro lado a boa execuccedilatildeo de coletas e a adequada

lonstruccedilatildeo de coleccedilotildees dependem de um conhecimento correto lO menos em alguma extensatildeo de sistemaacutetica morfologia e biologia tios vaacuterios grupos de Insecta Desse modo o uso deste livro deveria vir ucompanhado de um estudo de livros gerais de Entomologia

11Idicados na Bibliografia (Capiacutetulo 7)

2

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

2 Coleta Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a

serem alcanccedilados Apenas como exemplo os insetos podem ser colerados para estudos de morfologia de ciclos de vida (isto eacute de biologia das espeacutecies) ou de inLeraccedilatildeo entre espeacutecies (is to eacute ecoloacutegicos) para a confecccedilatildeo de coleccedilotildees didaacutelicas coleccedilotildees cientiacuteficas sobre uma regiatildeo estudar a abundacircncia depragas ou ainda como hobby Insetos considerados pragas por exemplo devem ser coletados em nuacutemero superior a 20 espeacutecimes para que possam ser en viados a especiaHstas para identificaccedilatildeo Se houver formas imatu ras estas devem de preferecircncia ser trazidas vivas ao laboratoacuterio para criaccedilatildeo e obtenccedilatildeo dos adultos pois geralmente eacute muito difiacuteci l a identificaccedilatildeo de uma espeacutecie atraveacutes de estaacutegios imattlros Mui tas vezes eacute importante enviar para identificaccedilatildeo uma amostra da planta onde o inseto foi coletado pois muitas espeacutecies podem ser especiacuteficas para determinadas plantas sendo este dado importante para a sua iJcntiljccedilaccedilatildeo e pode serutiJizado em um trabalho cientiacutefico

Como os insetos satildeo muito abundantes a probabi lidade de q Ul col(w lIlesmo extensas tenham algum impacto no tamanho dagt popullCcediliXs t5 indcvafllc Portanlo os conservacionistas natildeo precisam se prcocu par l OIl () rompi menlo do equi iacutebrio ecoloacutegico pelas coletas comuns

Para um a colctu lficicnlc visando um levantamento fauniacutesti co O local Visitado deve ser examinado minuciosamente arbustos vcgcla~uacuteo rasleira rlorcs frutos em decomposiccedilatildeo galhos e folhas caiacutedos 110 chilo restos de culturas fendas no solo barrancos troncos de aacutervor~s em ani mais mortos dejetos Lixo urbano nin hos de animais depoacutesitos de gratildeos e raccedilotildees focos de iluminaccedilatildeo puacuteblica etc Como Ioi comentado acima a diversidade de biologias das inuacutemeras espeacutecies de insetos recomenda que sej a explorado o maior nuacutemero possiacutevel de haacutebitats de maneira a poder

4

Coleta

encontrar as espeacutecies que vivem em cada um dos haacutebitats especializados

Dependendo dos meacutetodos util izados as coletas podem ser divididas em duas categorias

bull coletas ativas onde os coletores utilizam redes aspiradores guarda-chuva entomoloacutegico e outros aparatos compatiacuteveis com o seu objetivo de coleta

bull coletas passivas onde o coletor deixa que as armadilhas faccedilam o trabalho de captura sem a sua interferecircncia direta

Os dois tipos de coleta podem e devem ser usados si m ultaneamente quando se pretende obter exemplares pe rtencentes a diferentes grupos de insetos pois muitos equipamentos satildeo seletivos isto eacute coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos

O meacutetodo mais simples de coleta pode ser o de simplesmente pegar o espeacutecime com a matildeo Poreacutem esse meacutetodo soacute eacute vaacutelido para espeacutecies com pouca mobilidade Mesmo assim pode causar alguns problemas para o coletor como alergias e coceiras ou para o material resultando na quebra de estruturas importqntes O uso de equipamentos apropriados de modo geral evita esses problemas Muitas vezes apenas uma rede e vidros letais satildeo suficientes No entanto para que se obtenha uma maior diversidade de espeacutecies outros equipamentos mais sofisticados podem ser utiLizados sempre em funccedilatildeo dos objetivos traccedilados

21 Equipamentos de coleta

Uma boa parte do equipamento descrito a seguir pode ser comprado de empresas especializadas em material de pesquisa bioloacutegica No Brasil esse comeacutercio eacute quase inexistente Illas n

Ameacuterica do Norle e na Europa ele eacute bastante difundido No entanto o preccedilo desse material -em especial com os cus tos

5

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

6

A

Coletn

tmpo

PiI AJ11 tiras ele papel

~llrude_1

papollo

1111110 bullbull-0

algodlo liquido Iltlco

crttamplade

snngerlt ~ (-o de 011 ~~ cnoto 8 (y-= middot)3Eif~

c

Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

--11

r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

)

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

T E u d

r eoJmiddotpt

b~

1

A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

11

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Coleta

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B

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

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Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

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Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

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Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

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Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

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Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

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27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

SHANNON R 1939 Methods forcolJectirlg and feeding mosquitos ill llI1wllmiddot yellow fever studies Amer J Trop Med 19 131 - 140

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ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

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JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

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Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 8: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

2 Coleta Um projeto de coleta de insetos depende dos objetivos a

serem alcanccedilados Apenas como exemplo os insetos podem ser colerados para estudos de morfologia de ciclos de vida (isto eacute de biologia das espeacutecies) ou de inLeraccedilatildeo entre espeacutecies (is to eacute ecoloacutegicos) para a confecccedilatildeo de coleccedilotildees didaacutelicas coleccedilotildees cientiacuteficas sobre uma regiatildeo estudar a abundacircncia depragas ou ainda como hobby Insetos considerados pragas por exemplo devem ser coletados em nuacutemero superior a 20 espeacutecimes para que possam ser en viados a especiaHstas para identificaccedilatildeo Se houver formas imatu ras estas devem de preferecircncia ser trazidas vivas ao laboratoacuterio para criaccedilatildeo e obtenccedilatildeo dos adultos pois geralmente eacute muito difiacuteci l a identificaccedilatildeo de uma espeacutecie atraveacutes de estaacutegios imattlros Mui tas vezes eacute importante enviar para identificaccedilatildeo uma amostra da planta onde o inseto foi coletado pois muitas espeacutecies podem ser especiacuteficas para determinadas plantas sendo este dado importante para a sua iJcntiljccedilaccedilatildeo e pode serutiJizado em um trabalho cientiacutefico

Como os insetos satildeo muito abundantes a probabi lidade de q Ul col(w lIlesmo extensas tenham algum impacto no tamanho dagt popullCcediliXs t5 indcvafllc Portanlo os conservacionistas natildeo precisam se prcocu par l OIl () rompi menlo do equi iacutebrio ecoloacutegico pelas coletas comuns

Para um a colctu lficicnlc visando um levantamento fauniacutesti co O local Visitado deve ser examinado minuciosamente arbustos vcgcla~uacuteo rasleira rlorcs frutos em decomposiccedilatildeo galhos e folhas caiacutedos 110 chilo restos de culturas fendas no solo barrancos troncos de aacutervor~s em ani mais mortos dejetos Lixo urbano nin hos de animais depoacutesitos de gratildeos e raccedilotildees focos de iluminaccedilatildeo puacuteblica etc Como Ioi comentado acima a diversidade de biologias das inuacutemeras espeacutecies de insetos recomenda que sej a explorado o maior nuacutemero possiacutevel de haacutebitats de maneira a poder

4

Coleta

encontrar as espeacutecies que vivem em cada um dos haacutebitats especializados

Dependendo dos meacutetodos util izados as coletas podem ser divididas em duas categorias

bull coletas ativas onde os coletores utilizam redes aspiradores guarda-chuva entomoloacutegico e outros aparatos compatiacuteveis com o seu objetivo de coleta

bull coletas passivas onde o coletor deixa que as armadilhas faccedilam o trabalho de captura sem a sua interferecircncia direta

Os dois tipos de coleta podem e devem ser usados si m ultaneamente quando se pretende obter exemplares pe rtencentes a diferentes grupos de insetos pois muitos equipamentos satildeo seletivos isto eacute coletam com maior probabilidade alguns grupos de insetos

O meacutetodo mais simples de coleta pode ser o de simplesmente pegar o espeacutecime com a matildeo Poreacutem esse meacutetodo soacute eacute vaacutelido para espeacutecies com pouca mobilidade Mesmo assim pode causar alguns problemas para o coletor como alergias e coceiras ou para o material resultando na quebra de estruturas importqntes O uso de equipamentos apropriados de modo geral evita esses problemas Muitas vezes apenas uma rede e vidros letais satildeo suficientes No entanto para que se obtenha uma maior diversidade de espeacutecies outros equipamentos mais sofisticados podem ser utiLizados sempre em funccedilatildeo dos objetivos traccedilados

21 Equipamentos de coleta

Uma boa parte do equipamento descrito a seguir pode ser comprado de empresas especializadas em material de pesquisa bioloacutegica No Brasil esse comeacutercio eacute quase inexistente Illas n

Ameacuterica do Norle e na Europa ele eacute bastante difundido No entanto o preccedilo desse material -em especial com os cus tos

5

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

6

A

Coletn

tmpo

PiI AJ11 tiras ele papel

~llrude_1

papollo

1111110 bullbull-0

algodlo liquido Iltlco

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snngerlt ~ (-o de 011 ~~ cnoto 8 (y-= middot)3Eif~

c

Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

--11

r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

)

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

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13 em

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

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r eoJmiddotpt

b~

1

A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

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Coleta

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B

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

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Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

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Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

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~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

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cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

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Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 9: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

~ A

c ~ ccedil B

Figura 1 Pinccedilas para coleta de insetos A Pinccedila de ponta fina B Pinccedila com moJa frouxa

adic ionais de importaccedilatildeo- pode-se tornar elevado Uma parte do mate rial referido aqui pode ser confeccionado no proacuteprio laboratoacuterio requisitando-se apenas o auxiacutelio de alguns serviccedilos externos como uma costureira O custo da preparaccedilatildeo interna de cada item pode chegar agrave metade ou a um terccedilo do material importado Apenas alguns itens satildeo mais difiacuteceis de serem confeccionados e devem ser adquiridos

211 Em coletas ativas

2111 Pinccedilas e pinceacuteis Os insetos geralmente possuem corpo fraacuteg i I Seu manuseio durante as etapas de coleta transporte e montagem deve ser fei to com o uso de pinccedilas finas e leves (Fig 1A) do tiPll lll i mluo por relojoeiros As pinccedilas com mola frouxa e ponta arredondada (Fig IB) satildeo apropriadas para o manuseio de alguns insetos princ ipulmcntc de formas imaturas e borboletas Em casos de insetos mu ito pcqulnos ou fraacutegeis o manuseio deve ser feito com pinceacuteis

2112 Vidros contendo aacutelcool ou outros conservantes Os vidros com liacutequidos conscrvanlcs satildeo uacuteteis na coleta deformas imaturas e de alguns grupos com adultos de corpo mole Agraves vezes o aacutelcool ali

urna outra substacircncia eacute utilizada afJ~nas para matar os insetos coletados mas em outros casos e ses satildeo os proacuteprios meios pennanentes de conservaccedilatildeo

O aacutelcool etiacutelico (ou etano) em concentraccedilatildeo de 70 ou 80

6

A

Coletn

tmpo

PiI AJ11 tiras ele papel

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1111110 bullbull-0

algodlo liquido Iltlco

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snngerlt ~ (-o de 011 ~~ cnoto 8 (y-= middot)3Eif~

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Figura 2 Vidros letais para coletas entomoloacutegicas A Vidro letal com cristais de Cianeto B Vidro leta] com acetato de etila C Cinturatildeo

eacute O liacutequido mais frequumlentemente utilizado A preparaccedilatildeo do aacutelcool nessas concentraccedilotildees precisas pode ser feita com o uSo de um acocircometJo No entanto na falta desse equipamento pode-se utilizar trecircs partes de aacutelcool para uma parte de aacutegua Em alguns casos como para insetos com asas membranosas muito delicadas deve-se utilizar aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 para que as asas natildeo se dobrem e as partes moles do corpo natildeo se enruguem Conforme indicado no item 423 nunca se deve esquecer de incluir em cada fraico a etiqueta de procedecircncia

2113 Vidros letais (Fig 2) Logo apoacutes acolela os insetos devem ser mortos em vidros letais que podem ser confeccionados em vaacuterios tamanhos dependendo do material coletado O coletor deve levar consigo pelo menos um frasco pequeno de 25 cm de diacircmetro c 10 a 15 cm de altura para insetos pequenos e um ou mais frdSCOS maiores para insetos grandes Frascos com boca larga como os de conserva facilitam o manuseio aleacutem de serem fortes e terem tampa di rosca com boa vedaccedilatildeo

Descreveremos a seguir corno confecc ionar os dOIS I1 pOS

mais uti lizados de vidros letais

A Vidro letal com cianeto C oloca-se no fundo de u m frasco llllll1 C1II1I1Ua de

7

--11

r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

)

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

I E

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13 em

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B

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

T E u d

r eoJmiddotpt

b~

1

A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

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hat d madellll

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Coleta

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

1L

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01 0 lO1

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

1

forccedilo

Frente

1-----=== 1 m ------i

i T O55m

Jr Tm

1115m

o97mU O67Frenle 1 1 -] m

I---- 1 m ---J f- 15m

C J r 1 11

F

--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

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Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

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Coleta

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leia de arame

funil

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a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

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haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

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FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

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Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

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1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

47

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

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Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

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ISBN 85-86699-17-9

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Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

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ISBN 85middottlIJUi I 1I

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Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

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Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 10: Manual Coleta Insetos

--11

r Manual de Coleta Conservaccediliiacuteo Montagem e IdcnLificaccediliiacuteo de Insetos 1

aproximadamente 1 cm de cristais de cianeto de caacutelcio cianeto de soacutedio ou cianeto de potaacutessio (Fig 2B) Sobre esta deve ser colocada uma camada mais fina de serragem A camada de serragem deve ser separada de uma quarta camada a ser adicionada ~ depois por uma rodela de papelatildeo natildeo muito grosso A quarta e uacute ltima camada deve ser preparada com gesso em poacute misturado agrave aacutegua e deve ter aproximadamente J5 cm de espessura Quando o gesso esti ver quase seco deve ser perfurado com auxO io de um alfinete grosso para que o gaacutes de cianeto paise para a porccedilatildeo superior do vidro e mate os insetos Assim o cianeto comeccedila a agir apenas quando t

os primeiros insetos satildeo colocados no vidro Recomenda-se a colocaccedilatildeo de tiras de papel absorvente

dentro do vidro letal para evitar que os insetos se choquem o que eacute uacutetil quando haacute exemplares maiores que podem arrancar antenas e pernas dos insetos menores Ainda o papel controla o excesso de umidade no frasco Depois do vidro letal pronto a porccedilatildeo inferior do frasco deve ser protegida externamente com tiras de esparadrapo ou rila udesi va grossa Isso eacute muito importante para evitar que no caso de queda Oll choque o vidro se quebre e o veneno se espalhe Uma nulra opccedilatildeo para aconfecccedilatildeo do frasco letal eacute utilizar seringas plaacutesticas lllllllhos ck ensaio plaacutesticos

As pnmipais vantagens do vidro letal com cianeto satildeo (a) a accedilatildeo do ciwllln dura muito tempo natildeo sendo necessaacuteria reposiccedilatildeo de vencllo (h ) n tiiacutelllllo nmll quase instantaneamente (c) os insetos natildeo sUo colocadus CllI contato di reto com o veneno

O pnmlIlal imollvcnicnlcdcstateacutecOlca-e isso eacute exLremamente importantc- eacute n falo de o CJUJlct~l ser uma substacircncia quiacutemica extremamente toacutexica Aleacutem lIissl) al1ltns insetos mortos com essa

II substacircncia podem perder a coluraccedilatildeo c endurecer depois de algum tempo Os cuidados extremos com ~l preparaccedilatildeo do vidro letal devem ~

I comeccedilar com o manuseio do cianeto Sempre devem ser utilizadas luvas e pinccedila de preferecircncia maacutescara mantendo o produto sempre tatildeo afastado do roslo quanto possiacutevel Qualquer resiacuteduo do cianeto em pinccedilas deve ser removido cuidadosamente e as luvas devem ser

8 lLshy

Coleta

descartadas como material hospitalar exatamente devido agrave longa atividade de sua accedilatildeo toacutexica Aleacutem disso o frasco de cianelo ucve ser sempre mantido em armaacuterio trancado com acesso agraves chavus limitado uma vez que haacute responsabilidade civil para acidentes com esse tipo de material

B Vidro letal com liacutequido toacutexico A manei ra mais faacutec il e raacutepida de se fazer um vidro letal eacute

colocar no fundo de um frasco um pedaccedilo de algodatildeo com algumas gotas de acetato de etila coberto por urna rodela de papelatildeo bem ajustada agrave p arede interna do vidro No papelatildeo satildeo feitos picotes nas bordas laterais que permi tiratildeo a passagem dos gases do veneno para a parte superior do vidro (Fig 2A) Pode-se ainda colocar no fundo do vidro apenas a camada de gesso Quando estiver seca acrescentam-se algumas gotas de acetato de etila ou outro liacutequido toacutexico qualquer como eacuteter clorofoacutermio ou tetraclorelo de carbono Estes vidros tambeacutem devem conter tiras de papel absorvente

O acetato de etila apresenta a vantagem de natildeo alterar a pigmentaccedilatildeo dos insetos matar rapidamente e natildeo ser muito toacutexico (para o homem) No entanto precisa ser continuamente reposto pois eacute altamente volaacuteti l

De maneira geneacuterica haacute alguns cuidados a serem tomados durante o manuseio de vidros letais e do material coletado com sua ajuda

bull Natildeo deixar os vidros letais expostos ao sol pois as subsltlncias quiacutemicas (acetato e cianeto) volatilizam-se rapidamenle c perdem seu efeito

bull Separar dos vidros ainda no campo os espeacutecimes mIis fliacutegaacute normalmente os menores para que natildeo se danifiquem

bull Evitar o acuacutemulo de inselos em um mesmo vidrll Iccedil lal poliU qlll

natildeo se quebrem bull Quando utilizado o cianeto natildeo deixar os lxllllplus 101 Il1ll ilo

tempo dentro do vidro pois estes lcnucm iI pcnltl t lO I(lraccediliill

)

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

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Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

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b~

1

A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

11

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Coleta

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

r- ~cm ---1

T ~ A

dlacode alumfnlo

Sem shy

t 14mpada

-+---aI018

cone

cone 40em

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tsl

i

reclplenta-_-t-_

26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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I I

I

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I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

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Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

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Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

55

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

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JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

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Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 11: Manual Coleta Insetos

MltUllIal de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi fi caccedilatildeo de Insetos 1

I E

1u

13 em

I i

B

~ C O

Figura 3 TriacircnguJo de papel para armazenamento temporaacuterio de insetos AmiddotD Seacutequumlecircncia de dobras

uriginal e endurecer mais rapidamente

bull Os i niCIO~ com asas fraacutegeis como borboletas e libeacutelula aleacutem das Iormu imulums natildeo devem ser colocados em vidros letais

bull NlIIIrt aSfrar () viu() Letal para tentar reconhecer a substacircncia 11 10rI(I(or(f

bull Quando 101 II tihzauo () cianelo identificar claramente o vidro com uma cliqulLa csccedilrila ccedilomlclras grandes VENENO e o siacutembolo para a presenccedila de SUbSlUl1cius loacutexicas ( ~)

Os vidros kluis podem ser transportados de maneira segura utilizando-se um cillluratildeo com encaixe de diversos tamanhos (Fig 2C) Coletes especiais com vaacuterios bolsos Lambeacutem satildeo apropriados para essa flnalidade

2114 Acondicionamento temporaacuterio envelopes triacircngulos e mantas Depois de mortos os insetos podem ficar armazenados em

10

Coleta

I

f- 30 cm

T E u d

r eoJmiddotpt

b~

1

A

Figura 4 Manta entomoloacutegica A-D Modelo para elaboraccedilatildeo

envelopes triacircngulos de papel e mantas ateacute serem levados ao laboratoacuterio O papel utilizado para a confecccedilatildeo das mantas pode ser o manteiga ou jornal Este uacuteltimo apesar de natildeo ser transparente tem a vantagem de ser absorvente e conservar por mais tempo os insetos eliminando o excesso de gordura de seus corpos

Envelopes ou triacircngulos satildeo confeccionados com tiras de papel de tamanhos variados e dobrados conforme esquema das Figuras 3A-D Um bom tamanho para o acondicionamento de insetos eacute o de 13 x 9 em

As mantas podem ser preparadas com duas ti ras de papel com 30 x 10 em superpostas e dobradas em sequumlecircncia alternada como indicado na F igura 4 No quadrado central fo rmado r uli sobreposiccedilatildeo das tiras deve ser acomodada uma camada filla dl algodatildeo bmto onde seratildeo dispostos os insetos (Fig 4A) O a l~Odiil

comum natildeo eacute aconselhaacutevel pois os apecircndices dos insetos plld~11 1

ficar presos nas suas fibras quebrando-se no manuseio Nu lallll dl

11

11

hat d madellll

c

Coleta

~- Toln

fi

MO plUtIc_ bo shyA

B

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

1L

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bonia rofCcedilllce (rnorim)

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

1

forccedilo

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1-----=== 1 m ------i

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1115m

o97mU O67Frenle 1 1 -] m

I---- 1 m ---J f- 15m

C J r 1 11

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--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

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ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

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Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

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I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

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a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

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haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

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reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

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Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

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MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

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Bibliogmlb

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

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iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

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ISBN 85middot86699-27-6

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Ocidente lI ltI- I I I~ lo

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ISBN 85-86699middot72~

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ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 12: Manual Coleta Insetos

11

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Coleta

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B

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem e ldcntiticaccedilatildeo de Insetos

reforccedilo borbol-traquo

B parfuo

A

Figura 5 Guarda-chuva entomoloacutegico A Vista inferior B Esquema de encaixe das hastes de madeira C Hastes de madeira

algodatildeo bruto deve-se utilizar lenccedilos de papel absorvente Em cada envelope lriacircngulo ou manta contendo insetos natildeo

se deve esquecer de colocar uma etiqueta com os dados de coleta shylocal idade data da coleta nome do coletor e outros que se julgarem importantes para o estudo feito

2115 CaiXas para estoque do material Caixas feitas de papelatildeo madeira plaacutestico Oll metal satildeo usadas para estocar as mantas envelopes ou triacircngu los contendo oS insetos que foram retirados do vidro letal Latas de melaI como aquelas util izadas para guardar bolachas satildeo excelentes paraeSle tipo de armazenamento Natildeo se deve esquecer de adic ionar naftalina moiacuteda para melhor conservaccedilatildeo Os insetos podem ser preservados por muitos anos desta maneira

2116 Guarda-chuva entomoloacutegico (Figs 5A-C) O guardashychuva entomoloacutegico eacute especi almente utilizado para a coleta de pequenos insetos que pousam em arhustos como coleoacutepteros alguns percevejos etc Pode ser confeccionado com I metro quadrado de morim branco com reforccedilos triangulares em cada um dos cantos (Fig SA) para encaixe de duas varas de madeira intercruzadas (Fig SC) Para uniatildeo das duas varas satildeo util izados parafuso e borboleta de accedilo (Fig 5B) Uma haste de madeira de pelo menos 60 em de comprimento eacute utilizada para bater nos arbustos fazendo com que os insetos caiam

12

Figura 6 Modelos de aspiradores entomoloacutegicos A Aspirador comum B Aspirador com pecircra de borracha

sobre o guarda-chuva Depois de caiacuterem no guarda-chuva os insetos satildeo capturados mais facilmente com o uso de um aspirador

2117 Aspirador (Fig 6) Haacute insetos pequenos que caminham sobre o substrato por fa lta de asas ou por apresentarem modificaccedilotildees proacuteprias para um contato mais direto com esse haacutebitat Assim haacute fonnjgas colecircmbolos e tisanuros (entre muitos outros) que natildeo tendo acas vivem permanentemente sob ou sobre pedras e troncos ou sobre folhas As tesourinhas (Detmaptera) baratinhas silvestres (BlattaIia) algumas famiacutelias de Coleopteracorn eacutelitros curtos (por exemplo Staphyin idae) entre outros grupos -aleacutem de todas as fonuas jovensshysatildeo grupos al ados que tecircm agiHdade para caminhar sobre o substrato Esses grupos podem ser coletados com mais faci lidade com o uso de pinccedilas ou com o auxiacutelio de um aspirador O aspirador tam beacutem eacute usado para coletar insetos delicados que pousam tm UllI

substrato atnuacutedo por alguma isca e que ali permanecem por plllllO

tempo Talvez o caso mais tiacutepico seja o de iscai hUIll UI1USmiddot 1111

estudos epidemioloacutegicos com doenccedilas transmitidas por 11 IIJsq I I i lOS

hematoacutefagos (Culicidae SimuJiidae Ceratopogonimlc t Psydlothdac) o proacuteprio coletor deixa seu braccedilo exposto -ou conla ~(llll (l iIlIlIm

13

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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210 m tnve

liMa --~ (0~

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morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

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Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

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Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

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Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

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Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

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27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

SHANNON R 1939 Methods forcolJectirlg and feeding mosquitos ill llI1wllmiddot yellow fever studies Amer J Trop Med 19 131 - 140

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ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

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Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

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Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

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Ocidente lI ltI- I I I~ lo

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Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

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Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 13: Manual Coleta Insetos

Manual de Colela Conservaccedilatildeo Monlagem c Ident ificaccedilatildeo de Insetos

1L

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Jp--------------= m7odo

bonia rofCcedilllce (rnorim)

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Itmiddot CDrt

01 0 lO1

C - doOndo

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Figura 7 Rede entomoloacutegica ou de varredura A Rede B Aro de metal C Molde da rede D Tipos de encaixe para o cabo de madeira

tle algueacutem mais- coletando os insetos que pousam buscando alimento O~ tipos de aspiradores mais simples consistem de um tubo

pljsl ico lransparente semi-flexiacutevel (por exemplo um pedaccedilo de mangllli ra) de cerca de 3 em de diacircmetro e 15 cm de compri mento cmn j l S extremidades tampadas com rolhas de borracha ou corticcedila AllilVlS tll lIJla dai tampas insere-se um tubo curto de plaacutestico riacutegido Olll 5 II1Il1 Llc diflmctro c 15 cm de comprimento (dos quais 5 cm ficam para dentro do tubo) com o qual se faz a aspiraccedilatildeo Na outra cxtrcmidatlc do tuho InUlsparente tambeacutem no centro da tampa deve ser introduzido Olltro luho de plaacutestico riacutegido com o mesmo comprimento do antelior Acoplado a esle conecta-se outro tubo de plaacutestico flexiacutevel ou de borracha bem l1l~is longo (5mm de diacircmetro e 30crn de comprimento) por onde seratildeo wpiruuos os insetos A extremidade interna do tubo riacutegiuu que entra em contato com a boca dentro do tu bo maior deve ser rcvcsliLlu coin filoacute para que apoacutes passarem para o espaccedilo interno do uspirador natildeo sejam ingeridos pelo coletor Uma variaccedilatildeo do aspirador pode ser feita colocando-se uma pecircra de borracha acoplada agrave extremidade do tubo Jongo de borracha

14

Col ela

i I i~ura 8 O uso da rede entomoloacutegica A-E Sequumlecircncia de captura e IIl11nuseio

(Jig6B) Os insetos capturados satildeo transferidos de quando em quundo para o vidro letal evitando o acuacutemulo e consequumlente quebra h IS indiviacuteduos

118 Rede entomoloacutegica e de varredura (Figs 7 8A-E) Muitos I nsctos satildeo fitoacutefagos -e portanto estatildeo quase sempre em contato direto com a vegetaccedilatildeo- ou usam as plantas como local de pouso Dependendo do local e da eacutepoca do ano a vegetaccedilatildeo (isto eacute a lulhagem da vegetaccedilatildeo) corresponde ao microhaacutebitat que talvei Ihrigue individualmente a maior diversidade de insetos De fato eacute possiacutevel encontTar espeacutecies da maior parte das ordens pousadas li a

vegetaccedilatildeo ou cfeti vamente utilizanclo-a como fonte de ai im CI 11() ISSli

IIldui muitas espeacutecies de inuacutemeras famiacutelias de ColeoptcnI (ll l ll

( middoturculionidae c Chrysomelidae de muitas famiacutel ias de DI plenl ~0I11t l

(gtlitidae c AbTomyzidae diversas espeacutecies de Ily Il HmiddotJloJl llla ~spccia l mel1t e se houver floraccedilatildeo como Apidac c Vesp id ill I vuacuterias 14I llIiacutelias de Ilcm iptcra como Reduvi idac c lcll taI0 I11Idlc lo

15

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

1

forccedilo

Frente

1-----=== 1 m ------i

i T O55m

Jr Tm

1115m

o97mU O67Frenle 1 1 -] m

I---- 1 m ---J f- 15m

C J r 1 11

F

--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

r- ~cm ---1

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-+---aI018

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

r

I I

I

li I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

55

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

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Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 14: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Idenlificaccedilatildeo de Insetos

Homoptera como Aphidae e Membracidae grilos (Ensifera Gryllidae) e gafanhotos (Caelifera Acrididae) entre dezenas de outras Haacute mesmo espeacutecies de insetos predadores de fitoacutefagos como Chrysopidae (Neuroptera) Asilidae c Pipunculidae (Diptera) que estatildeo associados agravevegetaccedilatildeo Assim dependendo da fauna de insetos que se pretende levantar a coleta direto na vegetaccedilatildeo eacute uma excelente aI ternati va e o uso de redes eacute recomendaacuteve I

Redes entomoloacutegicas satildeo constituiacutedas por um aro de arame resistente de dimensotildees variaacuteveis Uma rede pode ter 30 em de diacircmetro com duas hastes retas de 7 e 8 em (Fig 7B) que satildeo encaixadas em sulcos feitos em cada um dos lados de um cabo de madeira A rede propriamente dita eacute confeccionada com tela fina de naacuteilon ou filoacute que deve ser costurada em forma de saco com 60 em de comprimento 50 em de largura (Fig 7C) e borda reforccedilada por morim ou de preferecircncia lona por onde seraacute paado o aro de arame Para a fixaccedilatildeo das hastes do aro nos sulcos do tabo de madeira utiliza-se uma mangadePVC urncoJarde metaJou um arameenroJado (Fig ID)

Para a rede de varredura utiliza-se a mesma estrutu ra - uoslltuindo-se o saco de fil oacute ou naacuteilon por um tec ido mais r~sistcnll como o modm Este tipo de rede eacute uti lizado para insetos que vi VCI11I1L vegetaccedilatildeo rasteira Diferentemente da rede entomoloacutegica normal que eacute usada pura coletar um inseto durante o vocirco a rede de vai Idura eacute llsada pura bater cliretamenle na folhagem O tecido da rede devl()(lrlanlo ser mai~ grosso para resistir a perfuraccedilotildees que poderium SIJ causadas pelos galhos das pl anta~

A nah tlllOmoloacutegica uti I izadn para a coleta de borboletas e libeacutelulas pOdecirc Slr igual agrave dcs~rita acima tendo como modificaccedilatildeo principa l aacutei IlHditlus do aru uo anime do saco de filoacute e do cabo O tamanho ideal plra CiSC Lipl) de retlc eacute de 40 em de diacircmetro e 80 cm de comprimento O cabo deve ser longo e pode ser feito de maneira a possuir duas ou mais partes que se encaixam (telescopaclas) ou agrave base de rosca e contra-rosca

A maneira mais eficaz de utilizaccedilatildeo da rede entomoloacutegica

Coleta

ld resumida na Figura 8 Inclina-se a abertura da rede em cerca dI I (Fig 8A) aproximando-se e capturando o inseto em um lanc l Ipido Logo apoacutes a captura (Fig 8B) a rede deve ser girada IllpiuRmente de maneira a fechar sua abertura (Fig 8C-D) O fund dl rede onde o inseto ficou preso deve ser levantado em direccedilatildeo iI 1111 com o auxiacutelio de uma das matildeos (Fig 8E) O vidro letal deve ser 1111 raduzido cuidadosamente pela abeltura da rede para a captura do eto O direcionamento para a luz eacute um detalhe importante Uma oa parte dos insetos apresenta fototropismo positivo isto eacute em uma

Iluuccedilatildeo de penumbra relativa eles satildeo atraiacutedos para a parte com Illiliacutes luminosidade Assim se o fundo da rede estaacute posicionado para

I 111 o inseto desloca-se em direccedilatildeo a ele afastando-se da boca da

Ildc evitando-se que ele escape Para a captura de borboletas o vidro letal natildeo deve ser

IllII izudo mesmo que esle seja grande pois as asas podem-se quebrar huver perda das escamas inutilizando o material Borboletas e tllilri posas devem ser mortas ainda dentro da rede apertando-se o tllrnx lateralmente agravealtura do segundo par de pernas utilizando-se

Ilt dedos indicador e polegar A rede de varredura deve ser utilizada de forma a varrer

IlIda a fauna de insetos que se encontra na vegetaccedilatildeo Todo o limterial coletado -insetos e pedaccedilos de plantas- pode ser recolhido

111 sacoS plaacutesticos contendo um chumaccedilo de algodatildeo embebido em tctato de etila A separaccedilatildeo dos insetos agraves vezes trabalhosa eacute feita

11 volta ao laboratoacuterio sob lupa

2119 Redes para coleta aquaacutetica Embora a maioria dos insetos Ijam terrestres haacute formas imaturas de muitos grupos e adultos de IjulrOS que vivem em ambientes aquaacuteticos A maioria dos insetos ilquaacuteticos estaacute restrita agrave aacutegua-doce mas haacute alguns grupos que vivem 111 aacuteguas estuarinas e outroS poucos que vivem em lagoas e poccedilas salinas ou em pequenas profundidades no mar As teacutecnicas W lI l a rede aquaacutetica satildeo recomendadas em todos esses casos

As redes para a coleta aquaacutetica satildeo utilizada) espedalllltl lll

1716

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

1

forccedilo

Frente

1-----=== 1 m ------i

i T O55m

Jr Tm

1115m

o97mU O67Frenle 1 1 -] m

I---- 1 m ---J f- 15m

C J r 1 11

F

--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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-+---aI018

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

r

I I

I

li I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 15: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identi ficaccedilatildeo de Insetos

nas coletas de fonnas imaturas de insetos (de mosquitos libeacutelulas efecircmeras etc) e de fo rmas adultas aquaacuteticas (alguns percevejos e besouros) em riachos e lagos A boca pode ser quadrada ou com o formato de um D Seu uso eacute semelhante ao de uma rede e ntomoloacutegica normal mas deve ser mais curta e deve se r confeccionada com tecido de malha que permita a passagem da aacutegua Pode-se utilizar tambeacutem um coador de naacuteilon ou metal como uma peneira de cozinha Em ambos os casos util iza-se um cabo de madeira longo como utilizado em vassouras

21 2 Coleta Passiva (Armadilhas)

As coletas ativas permitem a exploraccedilatildeo de haacutebitats muito especiacuteficos direcionando voluntariamente o esforccedilo de coleta No entanto elas exigem a presenccedila ativa evidentemente do coletor o que sempre implica em restriccedilotildees de tempo disponiveJ ao longo de um d ia de um mecircs ou de um ano As armadilhas por outro lado constituem um meacutetodo muito eficiente que permanece 24 horas por d ia durante o ano inteiro Aleacutem disso ela permite a coleta de uma grande vruicdade de insetos facilitando em grande medida o trabalho do coletor

Eacute considerada uma armadilha qualquer equipamento confeccionado de tal forma que uma vez que os insetos nela adentrem natildeo possam mais sair O tipo de armadilha a ser utilizado depende do grupo de inseto que se deseja coletar e pode ou natildeo contar com atrativos A seguir seratildeo descritas as armaclilhas mais frequumlentemente utilizadas em levantamentos gerais de entomofauna

2121 Armadilhas intercep tadoras de vocirco (Malaise) Alguns gmpos de insetos satildeo bons voadores e desfocarn-se ativamente dentro do ambiente E ntre eles os melhores voadores satildeo os diacutepteros e himenoacutepteros que buscam fontes de recursos voando qu ase que constantemente em seus ambientes naturais As abelhas (por exemplo Jpidae HaJicl idae) e vespas (como Vespidae e Pompilidae) estatildeo

olcta

Fhlllra 9 Modelo de Armacillha do tipo Malaise

l lllre os himenoacutepteros mais ativos Entre os diacutepteros este nuacutemero eacute 1111 LI lo maior como eacute o caso dos Asilidae Syrphidae Sarcophagidae f 11lScidae Calliphoridae e Tachinidae entre os de maior porte e um nlude nuacutemero de famiacutelias de Acalyptratae e de grupos mais basais

I hllrachycera entre os diacutepteros menores Ainda muitos grupos cujas hUlnas jovens vivem no folhiccedilo emergem e deslocam-se dentro dos II11hientes voando rente ao chatildeo (em especial vaacuterias famiacutelias de

I )lpteraBibionomorpha) Essa caracteriacutestica permite o desenvolvimento de uma

l lrateacutegia particular de coleta com a instalaccedilatildeo de armadilhas qllc inte rcep tam o vocirco desses insetos A s armadi lhas II1lerceptadoras de vocirco contecircm uma barreira pouco visiacutevel para o l11eto e com a qual eles col idem Ao serem interceptados pela illlltadilha os insetos tendem a subir na tentativa de sobrepor a harreira eacute possiacutevel tambeacutem que ao se chocarem caiam ao solo lhindo depois Haacute vaacuterias annadi lhas que operam com essa estrateacutegia I)(tSica A mais comwn eacute a do tipo Malaise (Figs 9 e 10) que captll ra

I s i nselOS ao tentarem sobrepor a barreira Esta annadilha foi desenvolvidapelo entomoacutelogo sueco RltU

Malai-ie Towncs (1 972) e outros autores propuseram VlIacuteIlLIS

1918

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

1

forccedilo

Frente

1-----=== 1 m ------i

i T O55m

Jr Tm

1115m

o97mU O67Frenle 1 1 -] m

I---- 1 m ---J f- 15m

C J r 1 11

F

--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

r

I I

I

li I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 16: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOI1lagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

iacute 078 m

1

forccedilo

Frente

1-----=== 1 m ------i

i T O55m

Jr Tm

1115m

o97mU O67Frenle 1 1 -] m

I---- 1 m ---J f- 15m

C J r 1 11

F

--11 f--- 1 m ---J I l 5m

Figura 10 Molde para confecccedilatildeo da armadilha A e B Parte da frente C Parte de traacutes Do Teto E e F Barreira central

modificaccedilotildees para tomaacute-la ainda mais eficiente Os insetos satildeo captu rados no ponto mais alto da tenda onde fica um recipiente contendo aacutelcool a 70

A descriccedilatildeo feita a seguir de uma annadilba do tipo Malaise eacute baseada no trabalho de Townes (J 972) co m pequenas mod ificaccedilotildees e adaptaccedilotildees Basicamente esta armadilha eacute constitu iacuteda por urna tenda de te la de naacuteilon suspensa por estacas de madeira com uma barreira central tambeacutem de naacuteilon (Fig 9) Eacute fOffilada por uma parte frontal (Fig 9A+B) uma posterior (Fig 9C) um telO (Fig 9D com duas ~guas) e uma barreira central (Fig 9E+F)

As costuras entre as diferentes partes que compotildeem a armadil ha devem ser r eforccediladas por vieacutes de tecido resistente do lipo morim A parte da frente desse modelo eacute composta por dois

20

Co lei a

1III110S (Fig 1 OA+B) a parte A eacute triangular com 78 cm de alllllltl por I 111 na maior largura Esta parte deve ser costurada agrave parte B Jc 111Isma largura da parte A e de altura de 97 em (Fig lOA+B ) A pill le de traacutes C (Fig 1OC) eacute trapezoidal com 110 m de maior l llura 80 cm na menor altura e I m de largura A costura da base du triacircngulo superior da parte C tambeacutem deve ser reforccedilada com I~cido resistente O teto (Fig lOD) compotildee-se por dois panos de clllnensotildees iguais (1 75 m de largura maior altura 95 em menor alrura

iacute cm) A parte superior do teto deveraacute ser recortada com uma IlIdinaccedilatildeo na regiatildeo central de aproximadamente 7 cm (Fig 10D) ollJTei ra central eacute fonnada por dois panos (F ig IOE+F) unidos por costura reforccedilada na sua maior largura A parte E (Fig ] OE) perior eacute subtriangular com dimensotildees de 150 rn de largura maior

110f 6 em de largura menor com altura maior de 67 em por 16 cm de Ih ura menor sendo sua parte superior recortada com inclinaccedilatildeo central li 6 em conforme indicado na F igura lOE A parte F da barreira 1 lI tral (Fig IOF) eacute retangular com dimensotildees de 150 m de largura 11m 95 em de altura

A cor da armadilha eacute um fator importante para a captura dos i I11CtOS Townes (1 972) recomenda que a parte inferior da barreira llnlra (Fig IOF) seja negra para que a captura seja mais eficiente 1n dificul ta a percepccedilatildeo pelos insetos de que haacute uma barreira

Os cantos das partes da frente (A+B) e de traacutes (C) indicados 11 Figura 10 devem ser reforccedilados com morim para a fixaccedilatildeo de Illmses Cordas resistentes devem ser amarradas nos ilhoses e em Ilqlenas estacas de madeira que presas ao solo manteratildeo a Mal ai se t middotIcada Aleacutem destas pequenas estacas outras duas satildeo necessaacuterias ptra elevar a armadilha do solo A estaca que seraacute fixada na rrcnt~ da IIllIadilha deveraacute medir cerca de 2lOm e a de traacutes40 m A cslma

doI I lente lambeacutem serviraacute como suporte para encaixe da pcCcedil1 d~ 111(0111

1l1lllc seraacute acoplado o recipiente coletor (Fig 9) As partes superiores da frenle (Fig IOA ) do I llll oJlde

slniacute ucoplado O frasco coletor (Fig OD ) deVCJil1 sl~1 11 1111 adas 0111 mOIin Pam1 uniatildeo do frasccl co letur li illllladrllJa llltllil se

21

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

r- ~cm ---1

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-+---aI018

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

r

I I

I

li I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

55

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 17: Manual Coleta Insetos

Manual ele COleta Conservaccedilatildeo MO lll aacutegeru e lcJenti fic accediliiacuteo de Insetos

I Imota

0~1 00o bo artffelo

15-m Q o o ~==sect

ir ~~ I----V5 em ~

Figura 11 Peccedila de nletal e recipiente coletor da ArmadiJha MaJaise A Peccedila de metal B Peccedila de metal dobrada para encaixe da haste de madeira C Viita la teral da peccedila de metal D Borracha para encaixe do frasco coletor E Fr asco coletor

urna peccedila de metal confeccionada em metaluacutergica conforme medida indicadas nas Figuras l IA-C As abas inferiores dessa peccedila (Fig 11 A) satildeo dobradas para envolver a parte superior da estaca de 2 10 m de comprimento que SUsten ta a parte da frente da armadilha (Fig 9) A parte da peccedila de metal vazada deve ser levemente inclinada e com as bordas ligeiramen te voltadas para dentro conforme a Figura 11 C a fim de acoplar o recipiente coletor Na uniatildeo da peccedila metaacutel ica com o frasco acopIa-se uma rodela de borracha vazada de dimensotildees de 55 em de diacircmetro interno por 15 cm de largura (Fig JID)

O recipiente coletor eacute composto por dois frascos de acriacutel ico transparente unidos por roSca Eles podem ter 15 cm de comprimento por 95 em de diacircmetro cada um O pote superior deve ser recortado

22

Coleta

11 ilizando-se uma lacircmina aquecida para que se obtenha um ori rirll)

dI 55 cm (Fig I IE) A uniatildeo da borracha o reforccedilo da armadilha li pfccedila de metal e o frasco coletor eacute feita com 8 parafusos eacute sua

Ilspectivas porcas O frasco inferior conteraacute aacutelcool 70 onde cairatilden 11 insetos

As armadilhas Malaisedevem ser instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas por onde eacute mais provaacutevel que os insetos voem ativamente Deve-se ainda observar que a parte da frente da Illurulha fique orientada para a regiatildeo que permanece a maior parte llo uno ensolarada Na regiatildeo sul do Brasil por exemplo aorientaccedilatildeo I k ve ser para o norte Com isso aproveita-se a lumjnosidade solar que atrai o inseto para direcionar a armadilha ao longo do eixo lesteshyIIlste ou ligeiramente deslocado para nordeste-noroeste

Haacute variaccedilotildees grandes natildeo apenas na forma no tamanho na 1middot 1rutura e na forma dos coletores das annadilhas Malaise como haacute t ri 4tccedilotildees sobre como instalaacute-Ias Apenas para se ter uma ideacuteia a (una de insetos de copas de aacutervores eacute consideravelmente diferente lIa fauna que voa junto ao solo Assim haacute armadilhas suspensas 1J1ll func ionam sob princiacutepios semelhantes agraves armadilhas do tipo Millaise que satildeo mantidas elevadas dentro de matas agrave altura da copa 111 uumlrvores a 20 25 ou mais metros de altu ra do soJo

122 Armadilhas com atrativos bioloacutegicos quiacutemicos ou fiacutesicos Ilfi lima seacuterie de grupos de insetos que natildeo apenas tecircm preferecircnc ias illllllntares defiruacutedas corno tambeacutem tecircm uma capacidade apUntdl

rh dctecccedilatildeo da presenccedila desses alimentos Em ambientes 1Hllllrlis I IlIselOs precisam detectar as fon tes de alimentos e pum isso 111 i111lt1111

pll ialmente receptores olfativos - mais que a viso- cxtnmiddot lll[llIlllIll Imlados Assi m conhecendo um pouco da hiologia du lmiddotIIII

11 I iacutevcl aumentar a eficiecircncia das coletas uLi Iizandll ~11I1 li I I~I ~ middot I I ~

hlacircncial-gt ou produtos que mais atTaem CSSlS )IIIPLt lliacute vllIacute( i IlpUS de armad ilhls que trabalham com iscas l Viacute ll ll 111111 dI iq 1

IL plldLm Mr usudas Agraves vezes eacute ncclssuacuterin ulll UII LII 1101 Ifllllhllllr OI1

k jlllldulns pma lima coleta mais cfidCIll de IIIIi g lllpl

23

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

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Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

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B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

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reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

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Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

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Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

insects and aLlied fonns The Australian Entomological SocielY Brisbane 86 p

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VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

WHITE RE 1983 A field guide to file beecles oI Nurth Allltlill Houghton Miff1in Company Baston 368 p

VHO 1992 A practicaJ guide for malaria entomoJogists in lhe Agrave Im~HtI

Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

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Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

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Ocidente lI ltI- I I I~ lo

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Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 18: Manual Coleta Insetos

U

Manual de Cu leta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

bull Uporte

15 em __-_0 ___ reclpnte

1 --I- g detergente

f---__ 10 em -1

Figura 12 Armadilha de solo

A Annadillla de solo (Fig ] 2)

As armadilhas de solo satildeo especialmente voltadas para insetos que caminham sobre o solo por incapacidade de vocirco ou por preferecircncia de haacutebitat Isso inclui uma variedade de formas imatura de insetos como larvas de besouros e de diacutep teros mas tambeacutem adultos de insetos sem asa como COlIemboJ a Protura DipJura Archaeognatha Zygentoma form igas adultos com asas de alguns grupos como Sciaridae e Phoridae (Diptera) aleacutem de outros artroacutepodes como aacutecaros aranhas siacutenfiIos dipl6 podes etc

Essas armadilhas podem ter su a eficiecircncia aumen tada pela presenccedila de iscas A armadilha de solo proposta aqui eacute muito simples Ela eacute constituida por um recipiente de boca Jarga por exemplo de 15 cm de diacircmetro por 10 cm de altura enterrado no solo de mane ir a que a abertura fjque ao niacutevel da superfiacutecie (Fig 12) Este recipiente deve ser coberto por tela firme de malha grossa de arame Uma isca envolta em tecido fino pode ficar presa por barbante agrave tela Insetos

24

Cu lela

rIt i -- orllltloli bull

funil

70 0m 16at1co

13

14

plagrave1co

~ fio IM nylon

I I I 0001

l~ f-- 25 em ---I f--- 105 em -------1

Ii~urns 13 C 14 13 Armadilha para coleta de borboletas 14 Armadilha para I IIlcta de moscas

clHI se deslocam no sol o sendo atraiacutedos pela isca tecircm uma Ilmbabilidade alta de caiacuterem dentro do recipiente Este deve conter

IIeacute1 de um terccedilo do volume do frasco com aacutegua com algumas golas dl detergente o que iraacute quebrar da tensatildeo superficial Sobre as hordas cl annadilha devem ser colocados dois suportes (pedaccedilos de madl ill li pedras) para apoio de uma prancha de madeira evitando o acuacutellIulo k aacutegua dachuva no interior da armadilha As iscas mais atral lvu sfi I

I de peixe carne e frutas fermentadas mas a escolha da isc ecirc 1I1IIa lunccedilatildeo do que se pretende coletar A armadilha de ~ol) t~1I11111 111 111)lt1 l l utilizada somente com aacutegua e detergente sem qua-llIll bl t tI

1111 que eacute chamada pitfall)

B Armadilha para borboletas (Fig I ~ Muitas espeacutecies de borboletas satildeo illlaiil ls Ih)1 II 11 lOS (~ II

dlcomposiccedilatildeo uma vez que elas aiacute CI1l(l llt l 1I11 aacutelltlt I u S 1C1 tIacute eacute lIl~ S

25

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

r- ~cm ---1

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dlacode alumfnlo

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-+---aI018

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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I I

I

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I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

47

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 19: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem c Identincaccedilatildeo de Insetos

necessaacuterios para sua alimentaccedilatildeo Eacute possiacutevel uti lizar uma annadilha particu larmente preparada para coletar essas borboletas N o entanto eacute necessaacuterio lembrar que as coletas Com iscas satildeo bastante seletivas O utros g rupos de mariposas e borboletas natildeo seratildeo coletados com essas annadilhas

A armadilha mais utilizada para colela de borboletas eacute constituiacuteda de uma rede tubul ar de 70 em de comprimento de voai ou renda fina com os bordos superior e inferior reforccedilados por morim por onde passam dois aros metaacutelicos de 26 em de diacircmetro cada A abertura superior da rede deve ser fechada com tecido fino e a inferior deve permanecer aberta Ao longo da rede tubular entre os orifiacutecios do voaI satildeo transpassados quatro fios de naacuteilon Na parte infeJior os fios satildeo presos a um disco plaacutestico de 29 em de diacircmetro

que deve distar 5 em da abertura inferior da rede N a regiatildeo superior estes fios seratildeo reu nidos formando uma alccedila que eacute utilizada para

pendurar a armadi lha em qualquer Suporte como um tronco de aacutervore A isca deve ser colocada no centro do disco plaacutestico inferior sendo u~ frutas em decomposiccedilatildeo as iscas mais utilizadas especialmente a banana amassada regada com caldo de cana o que acelera o processo ue fermentaccedilatildeo Pode-se colocar um plaacutestico amplo cobrindo toda a parte superior Lia armadilha para proteccedilatildeo contra a chuva

Ai horbolclas atraiacutedas pela isca enlrdratildeo pelo espaccedilo deixado entre li abGrlUnt inrcriorda rede e o disco plaacutestico tendendo a subir e ficando presas

C Armadilha para moscas (f ig 14)

Muitas espeacutecies de mOscas alimentam-se de bacteacuterias fermentadoras que ~e desenvolvem em mateacuteria vegetal ou anjmal em

decomposiccedilatildeo Para a coleta dessas moscas a armadilha descrita por Ferre ira (1978) geralmente eacute a mais L11iJ izada Pode ser feita com urna lata com volume de 500 ge (om abertura larga -como as de lei te em poacute-- pintada de preto ou amare lo fosco Na parte inferior da lata satildeo feitos orifiacutecios triangulares de aproximadamente 1em de

altura por onde alt mosca entram na annadilha Estes orifiacutecios podem

26

Coleta

ser feitos em posto de gasolina com a maacutequina de abrir latas de oacuteleo Naabertura superior da lata eacute encaixado um funil de tela fina e liacute gida de aproximadamente 20 em de altura O diacircmetro maior eacute igual ao da lala para que o encaixe sej a perfeito o diacircmetro menor que fica direcionado para cima natildeo deve ultrapassar 3 cm de diacircmetro Ainda tO redor da abertura superior da lata sobre o funil de tela acopla-se um saco plaacutestico transparente preso agrave lata por elaacutestico que serviraacute para o aprisionamento das moscas A p arte superior do saco plaacutestico deve ser finamente perfurada para que ele natildeo colabe e para que natildeo haja acuacutemulo de umidade

A isca que deve ser colocada previamente ao funil de teJa e ao saco plaacutestico fica diretamente no fu ndo da lata As iscas normalmente utilizadas satildeo material orgacircnico (vegetal animal ou ambos) em decomposiccedilatildeo O uso de fru tos em decomposiccedilatildeo atrairaacute espeacutecies de diacutepteros da fam iacutelia Mycetophilidae e de famiacutel ias de Acalyptratae como as drosoacutefilas bem como vespas borboletas e hesouros de vaacuterias famiacutelias O uso de carne - fiacutegado ou peixe por cxemplo- atrairaacute especialmente os Calyptratae como Muscidae Calliphoridae e Sarcophagidae O uso de fezes exerceraacute atraccedilatildeo sobre alguns grupos de diacutepteros como Sepsidae e Sarcophagidae

A armadilha deve ser suspensa a pelo menos 20 em do solo utilizando-se quatro cordotildees amarrados agraves laterais da lata O local mais apropriado para pendurar a lata eacute agrave sombra natildeo estando encostada na folhagem para que natildeo haj a invasatildeo por aacutecaros to

ronnigas Uma outra maneira de coletar esses ani mais eacute fazer o i nverso

simplesmente localizando mateacuteria vegetal ou animal em decoll1posiuo - fezes carcaccedilas e frutos em decomposiccedilatildeo- em ambientes lIalll l oi- L

levando-os para laboratoacuterio onde satildeo criados ateacute q Ul (hdll)S

Imerjam

D Armadilha de Shannon (Fig 15)

27

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

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ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

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Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

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folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

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a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

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morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

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FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

insects and aLlied fonns The Australian Entomological SocielY Brisbane 86 p

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WHITE RE 1983 A field guide to file beecles oI Nurth Allltlill Houghton Miff1in Company Baston 368 p

VHO 1992 A practicaJ guide for malaria entomoJogists in lhe Agrave Im~HtI

Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

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Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

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Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 20: Manual Coleta Insetos

Manual uacutee Co lela Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Inselos

Figura 15 Armadilhado tipo Shannoo

de mosquitos Foi criada por Shannon (I 939) tendo sido modificada por mui tos autores Consiste de uma tenda de tecido fino sustentada por estacas de madeira a 20 cm do solo contendo isca humana ou anim al ou uma fonte luminosa (Fig 15) Cavalos bois e outros animais domeacutesticos satildeo mantidos dentro dessa tenda para atrair borrachudos mosquitos mutucas e outros hematoacutefagos

A tenda constitui-se de um teto (Fig 16A) uma parte da frente e outra de traacutes iguais (Fig 16B) e duas partes laterais tambeacutem iguais (Fig 16C) As costuras que unem as diferentes partes satildeo reforccediladas com vieacutes de tecido grosso ou morim Ilhoses devem ser colocados em todos os can tos como indkados nas Figuras 16A-C onde seratildeo presos os cordotildees que serviratildeo para estender a tenda Quatro estacas de made ira de aproximadamente 250 m de omprimento satildeo fixados no solo para suporte dos cordotildees superiores da lcnda Os cordotildees inferiores devem ser amarrados em pequenas Iiacutelcas de aproximadamente 25 cm de comprimento que tambeacutem

Coleta

_ -25m _ __ 1------2m ---1 I 25 m ---1o

EFrenle 3imUral T~ ~

CA co tu o

Teto I mIbull shyL

I ~ m oj- shy

ivura 16 Molde para confetccedilatildeo da armadiacutelba Shannoo A Teto B Partes da Ilcnte e traacutes C Laterais

ilQ presas ao solo Uma form a mais simples de se confeccionar uma annuclilha

IHtra captura de mosquitos foi idealizada em WHO (1962) e consiste luma tenda ampla de formato retangular suportada por quatro It llstes de madeira que tambeacutem servem para fixaccedilatildeo O princiacutepio lwsico dessas armadilhas eacute de coleta seletiva - manual- dos insetos filie voam para seu interior utilizando-se um apirador ou diretamente lum um tubo de ensaio Cada exemplar vivo poderaacute estar separado I IClI um chumaccedilo de algodatildeo

Esse mesmo formato geral de armadilha -como uma caixa Illangular aberta na base- pode ser utilizada de outras formas 11 ma de las eacute a col ocaccedilatildeo de material bioloacutegico variado em decomposiccedilatildeo -por exemplo lixo- na parte inferior da armadilha (h insetos localizam e alcanccedilam o al imento mas depois voando Illdcrencialmente para cima ficam presos Eles satildeo coletados depois 11111 a um ou com o uso de uma rede

E Armadilha luminosa (Fig 17) As fontes luminosas satildeo um atrativo para divclios gnJpns dI

Ulsdos alados Provavelmente a luminosidade da lua deve sa ulilllada 11 los insetos no ciclo reprodutivo para a l ocaliza~n CIII II 11Ialhnl l

Il meus de uma mesma espeacutecie na eacutepoca do ucaSUIUI1K lI lll Ecl i riacuteci I

Llll r se as fontes artificiais de luz confundem ou a iudalll os IIlslos l1tSC processo magt com certeza servem como almccedilUuml(l dll 1111 11 para

28 U)

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

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210 m tnve

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I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

r

I I

I

li I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

55

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

SHANNON R 1939 Methods forcolJectirlg and feeding mosquitos ill llI1wllmiddot yellow fever studies Amer J Trop Med 19 131 - 140

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 21: Manual Coleta Insetos

Montage m c Ident ificaccedilao de Insetos

f) i

I

Mallllal de Coleta Con~ervaccedilatilde()

r- ~cm ---1

T ~ A

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-+---aI018

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cone 40em

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26 em

1 tubo

B Figura 17 Armadilba luminosa A Tipo Luiz de Queiroz B Suporte de madeira para a armadilha

ajudar o coletor

Haacute vaacuterios tipos de armadilha que utilizam a luz como atrativo para captura de insetos Uma das mais comuns eacute a armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz (Silveira Neto 1969) E la consiste de um funiJ de alumiacutenio de cerca de 65 cm de altura O diacircmetro maior do funi l deve ter no maacuteximo 37 em o cone do fun il 40 cm de comprimento o tubo do funil 25 cm de altura Sobre o maior diacircmetro do funil encaixa-se uma armaccedilatildeo feuumla com quatro aletas de alumiacutenio

de 45 cm de altura por 14 em de largura cada uma dispostas de maneira cruzada ao redor de uma lacircmpada flu orescente Para o IIl fl cionamento da lacircmpada deve ser instalado um siStema eleacutetrico na piI le superior do disco de alumiacutenio consti tuido por reator tomada e 111 ler Dependendo do objetivo da coleta acopla-se na regiatildeo

O

Coleta

f

A

~ I6mpda shy

I I

folhiccedilo Sem

leia de arame

funil

SOem

recipiente aacutelcool 70

uporte

~ J~~r~t

a Figura 18 A Funil de Berlese B Funil de Berlese-Tullgreen

inferior da armadilha uma gaiola de tela fma (55 cm de altura por 37 em de diacircmetro) ou um pote com aacutelcool para aprisionar ou matar os insetos Um disco de alumiacutenio com 40 cm de diacircmetro deve ser colocado sobre a armadilha para proteccedilatildeo da aacutegua da chuva No centro deste disco eacute colocada uma alccedila por onde a armadilha seraacute pendurada

Ao inveacutes de se utilizar a annadilba luminosa pendurada podeshyse confeccionar um suporte de madeira (Fig 17B) mais adequado para coletas com uso de aacutelcool como fixador

F Funil de Berlese (Figs 18A-B) Haacute um nuacutemero bastante grande de espeacutecies de insch)~ ql (

passam toda ~ua vida no folhiccedilo que se acumula com a l lll ld1 dI

l olhas no solo em aacutereas com cobertura mais densa de veglIUmiddot11i

L(lJnO f1o rc- lus restingas e cerradotildees Eacute possiacutevel coletaI 11 111111111

dCSSLl raull a CO11 as armadilhas de solo jaacute descri tas ac ill1il C1 1

I

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

r

I I

I

li I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

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LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 22: Manual Coleta Insetos

Manu al de Colela Conservaccediliio Montagem e Idcnti I icaccedilatildeo de Insetos

natildeo satildeo muito eficientes para alguns grupos pois dependem de atraccedilatildeo ou deslocamento casual dos insetos Uma ltl ltel nal iva eacute levar toda urna porccedilatildeo de folhiccedilo para o laboratoacuterio para cxplorlrcxaustivarnente esse material Esse esforccedilo pode ser minimiuclo com o LISO do funi l de Berlese

O fu nil de Berlese consiste de um funi l de melai ou outro material menos resistente como caItolina de cerca de 50 emde altu ra que fica apoiado sobre uma tela de arame de mutila fina A tela eacute apoiada a aproximadamente 5 cm abaixo da aberlura Inaior do funil que tem urna manga superior (Fig18A) Na outra extremidade do fun il coloca-se um frasco mortiacutefero ou recipiente com aacutelcool 70

O folhiccedilo levado ao laboratoacuterio em sacos plaacutesticos eacute colocado sobre a tela Uma lacircmpada posicionada sobre o funi l provoca um aquecimento e uma dessecaccedilatildeo do folh iccedilo na parte superior do material Os insetos pequenos fogem do calor e da perda de umidade passando atraveacutes da tela e caindo no recipiente coletor

O Funil de Berlese-Tullgreen eacute uma modificaccedilatildeo do original unindo dois funis por sua abeltura maior A fonte luminosa eacute encaixada na abertura menor do funil superior que serve para direcionar o calor e a luz no folhiccedilo Este tipo de funil fica apoiado em um tripeacute preso por aros de metal (Fig 18-B)

Deve-se ter o cuidado para que a amostra natildeo seque rapidamente impossibilitando que os insetos de movimento lento fiquem imobi lizados e natildeo caiam no recipiente coletor

G Pano para coleta de insetos noturnos (Fig 19) As coletas com pano iluminado tecircm um princiacutepio semelhante

agrave das armadilhas lumi nosas No caso do uso do pano as coletas podem ser mais seletivas que quando os insetos caem diretamente em uma annadilha com recipiente coletor O uso do pano permite umlcoletacuidadosa sem dano a partes muito delicadas dos insetos Ialvez o grupo mais importante nesse contexto sejam as mariposas Para a atraccedilatildeo dos insetos utiliza-se uma fonte luminosa proacutexima a 11111 pano branco esticado entre duas aacutervores ou duas estacas Podeshy

32

C lcllt1

= hto

210 m tnve

liMa --~ (0~

I

morlm --f--- branco

1m

haste longitudinal 1

~r-shyFigur-l 19 Pano para coleta noturna

se ainda utilizar como superfiacutecie de captura uma parede branca com

fonte luminosa proacutexima Outra (onna de se coletarem insetos noturnos eacute com o uso de

uma armadilha com suporte proacuteprio (Fig 19) Eacute confeccionada com duas hastes de madeira A haste vertical tem 170 m (com 20 cm para serem enterrados no solo) a outra tem 2 10 m e constituiraacute a haste transversal Essa haste deveraacute ter um recorte na regiatildeo mediana onde seraacute encaixada a haste longitudinal As duas seratildeo presas com parafuso e armeIa tipo borboleta (igual ao encaixe da Fig 5B) UI n pano branco de 20 mde comprimento por 10 m de largura deVI Sll

preso na haste transversal com cordotildees firmes passados atraW 11middotmiddot ilhoses colocados nos cantos superiores Nos cantos infcril )Jlmiddot Ih I pano os cordotildees passam atraveacutes de ilhoses e satildeo amarrados llmiddot Illl

no solo Uma lacircmpada de mercuacuterio de 150 W ou mais dn I

33

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

r

I I

I

li I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

47

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

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comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

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Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

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Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

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Paacuteginas 88 Ano 200

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ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 23: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Constrvaccedilatildeo Monllgem l ililnlifiuccedilatildeo de Insetos

acoplada atraveacutes de suporte de madeira agrave haste transversal distando 10 em do pano branco Os comprimentos de onda das lacircmpadas de mercuacuterio tecircm uma atraccedilatildeo sobre os insetos l1lui to maior que os das lacircmpadas de filamento comum

Os insetos que pousam no pano satildeo capturados manualmente e mortos no vidro letal Insetos de corpo volumoso como mariposas depois de mortos com um aperto lateral no toacuterax devem ainda ser fixados com injeccedilatildeo de formol no abdome Com insetos grandes o processo de desidrataccedilatildeo pode ser demorado de maneira que haacute decomposiccedilatildeo dos tecidos i ntemos agraves vezes resultando na perda do exemplar

H Bandejas coloridas Diferentes grupos de insetos satildeo atraiacutedos por objetos

coloridos Para essa finalidade podem ser utilizadas bacias de metal ou plaacutelttico pintadas intemamente com as cores azul branco vermelho verde ou preto Estas bacias coloridas satildeo colocadalt diretamente no solo ou a diferentes alturas contendo aacutegua com algumas gotas de detergente para quebrar a tensatildeo superficial Nas bordas da bac ia devem ser feitos orifiacutecios onde satildeo col adas telas finas para que em caso de chuva o excesso de aacutegua no recipiente natildeo leve os insetos coletados ao transbordar No caso de afiacutedeos a bacia de coloraccedilatildeo amarela instalada a 1 m do solo eacute a que fornece melhores resultados Com um pouco de experiecircncia eacute possiacutevel saber quais satildeo as cores e a a ltura mais apropriada para coletar o grupo de nosso interesse

22 Comentaacuter ios Gerais

Como foi visto acima as vaacuterias armadilhas e teacutecnicas diferentes correspondem a estrateacutegias montadas para coletar insetos com eficiecircncia a partir do conhecimento de sua biologia Natildeo haacute nenhuma leacutecnica de coleta que seja individualmente suficiente para coletar rodos os grupos de insetos vivendo em qualquer ambiente Haacute insetos diu mos e noturnos haacute insetos alados e sem asas haacute insetos que vivem

34

Coleta

no solo na folhagem da vegetaccedilatildeo rasteira nas copas das uacutervor~ s haacute insetos que estatildeo ativos o ano inteiro e outros que satildeo ati vos apenas uma parte do ano haacute insetos que se alimentam de flores de folhas de animais ou plantas em decomposiccedilatildeo hematoacutefagos de seiva c de presas haacute insetos aquaacuteticos e terrestres etc Assim para um levantamento eficiente de insetos de uma regiatildeo eacute necessaacuterio diversificar as teacutecnicas

As armadilhas atuais por outro lado foram desenvolvidas gradualmente com estudos de biologia das espeacutecies e uma reflexatildeo sobre como utilizar essa informaccedilatildeo no desenvolvimento de teacutecnicas de coletas Vaacuterias armadi lh as foram propostas com configuraccedilotildees que depois se mostraram menos eficientes em relaccedilatildeo a novas modificaccedilotildees propostas Assim este eacute um processo criativo aberto

possiacutevel descobrir natildeo apenas soluccedilotildees que resultem em novas mmadilhas como tambeacutem novas soluccedilotildees para algumalt das limitaccedilotildees das armadi lhas jaacute disponiacuteveis Voltando a um ponto j aacute comentado leima annadil has podem ser compradas mas tambeacutem construiacutedas tm laboratoacuterio permitindo a exploraccedilatildeo de novas possibilidades

35

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

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cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

47

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 24: Manual Coleta Insetos

3 Manutenccedilatildeo de formas imaturas de insetos emlaboratoacuterio

II

II

Muitas vezes eacute difiacutecil a identificaccedilatildeo de formas imaturas shyII ninfas larvas e pupas- ao niacutevel de espeacutecie (ou mesmo ao niacutevel de

gecircnero e em alguns casos ateacute de famiacutel ia) Quando encontradas noI campo eacute aconselhaacutevel trazer as formas jovens para criaccedilatildeo em

laboratoacuterio ateacute que atinjam o estaacutegio adulto Cri aacute-bs no enlanto 11 exige um pouco de conhecimento teacutecnico e algu mas condiccedilotildeesI I materiais A regra mais baacutesica eacute que para se obter sucesso na criaccedilatildeo

deve-se reproduzir as mesmas condiccedilotildees em que os imaturos foram encontrados no campo A dificuldade agraves vezes eacute compreender e reproduzir no laboratoacuterio microcondiccedilotildees dos haacutebitats naturais

O laboratoacuterio deve conter equipamentos adequados aleacutem de pessoa l tre inado a executar tai s tarefas Para o bom desenvo lvi mento das criaccedilotildees satildeo exigidos cuidados especiais levando-se em consideraccedilatildeo a especificidade de cada grupo de iIISltO

31 Mltcrial

311 Gaiolas de emergecircncia de insetos (Fig 20A-D)

Para a criaccedilatildeo dos imaturos pode-se utilizar nas situaccedilotildees

36 ~

Manutenccedilatildeo de Formus Imaturas

mais simples um vidro de boca larga coberto com tela ou vot1 Pll1

por elaacutestico (F ig 20A) No vidro deve ser colocado o ai illll ll llll mantida a umjdade necessaacuteria Pode-se ainda utilizar uma l a l - oI h criaccedilatildeo com annaccedilatildeo de madeira e laterais de vidro transpan 1l1l cl

ou tela que pennitem faacutecil observaccedilatildeo dos insetos (Fig 20B Quando se deseja apenas obter o adulto sem a preocupaccedilall

de trocar o alimento (para insetos que vivem internamente no substrato vegetal por exemplo em fru tos em vagens sementes ou madeira) pode-se utilizar uma caixa de papelatildeo com um recipiente de vidro acoplado para onde o adulto se dirige ao emergi r atraiacutedo pela luz (Fig 20C)

Insetos que vivem em plantas podem ser f acilmente mantidos em vasos cobertos com tela suportada por armaccedilatildeo de metal ou envo ltos em celuloacuteide fechado com tecido fino preso por elaacutestico (Fig 20D) Em casas especializadas podem ser obtidos outros redpientes uacuteteis para a criaccedilatildeo de insetos corno pl acas de Petri descartaacuteveis gerbox e insetaacuterios

312 Casa de vegetaccedilatildeo e cacircmara para criaccedilatildeo insetos

Os recipientes de criaccedilatildeo podem ser acondicionados em casa de vegetaccedilatildeo que eacute consti tuiacuteda basicamente de uma estrutura de madeira revestida por tela fina coberta com teto transparente A importacircncia de sua utikaccedilatildeo estaacute no fato de que ela reproduz em suas medidas as condiccedilotildees encontradas no ambiente natural

Quando se procura criar insetos com a final idade de analisar dados referenles ao comportamento ciclo de vida ou qualquer outro tipo de estudo que leve em conta fatores como temperatura umidade e fotoperiacuteodo pode-se util izar equi pamentos mais sofisticados Existem no mercado cacircmaras especiais para cri a~a(l

de insetos (BOD- Biological Oxigene Demand) com as quab pode dese nvolver perfeitamente uma criaccedilatildeo com di vlrsUuml~

paracircmetros preacute-estabelecidos

37

lt II

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 25: Manual Coleta Insetos

lt II

r

I I

I

li I

I

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montngem c Idenlilicaccedilatildeo de Insetos

madeira

boI

tlco

cau de p pelio ~CUI6id

reelplent tnn~nt

FJgUra20 Recipientes para criaccedilatildeo de insetos A Vidro de boca-larga B Caixa de madeira com vidro e tela C Caixa de papelatildeo com recipiente coletor D Vaso com coberturade tela e celuloacuteide E Caixa com tela e manga

32 Cuidados com a criaccedilatildeo - alimento

A escolha do al imento a ser forn ecido depende evidenteshymente dltl csplcie a ser criada Algumas espeacutecies satildeo generalistas como as baratas os gafan hotos e as formigas aceitando uma ampla variedade dc al imcntos inc lui ndo mateacuteria orgacircnica morta ou em decomposiccedilatildeo Outros grupl)S satildeo mais especiacuteficos com preferecircncias alimentares tatildeo restritas que apenas uma espeacutecie de planta ou animal serviraacute cemo alimento O idcuJ eacute que no momento da coleta na ausecircncia de conhecimento disponiacutevel na literatura de dados de biologia se observem o tipo de alimento preferido peJo inseto para consumo oviposiccedilatildeo e outros dados relevantes para sua criaccedilatildeo de modo que eles possam ser reproduzidos em laboratoacuterio

A aliacutementaccedilatildeo de espeacuteci es predadoras deve ser feita mantendo-se paralelamente uma criaccedilatildeo de seu alimento Isso pode corresponder a larvas de outros insetos Alguns besouros

38

Manutenccedilatildeo de Formas Imaturas

predadores por exemplo alimentam-se bem com larvas de outros besouros que crescem em produtos alimenlicios armazenados ou mesmo que crescem em dietas artificiais encontradas no mercado para catildees gatos e coelhos Restos de alimentos - restos de animais natildeo digeriacutedos- devem ser retirados diariamente para evitar o

crescimento de bacteacuterias patoacutegenas Para espeacutecies natildeo predadoras deve-se acrescentar ao recipiente

de criaccedilatildeo parte do substrato onde foram encontradas No caso de insetos fitoacutefagos criados em gaiolas com vasos contendo plantas em desenvolvimento natildeo haacute necessidade de maiores cuidados a natildeo ser a rega da planta Para outras espeacutecies fitoacutefagas criadas diretamente em folhas isoladas no entanto deve-se ter o cuidado de verificar as folhas diariamente pois tendem a secar rapidamente

Insetos que crescem em produtos alimentiacutecios armazenados satildeo mantidos vivos e se reproduzem cornfacilidade ernfarinhas gratildeos (feijatildeo amendoim milho etc) fumo ou outros cereais apenas controlando-se o excesso de umidade Para a criaccedilatildeo de insetos hematoacutefagos utili zam-se animais como galinhas ratos e coelhos

mantidos em cati veiro

33 Problemas com a criaccedilatildeo

Alguns prob lemas podem surgir em qualquer tipo de riaccedilatildeo Os mais comuns satildeo o aparecimento de aacutecaros fungos e

bacteacuterias Para se evitarem esses problemas os recipientes devem ~cr limpos e esterilizados com frequumlecircncia com todos os insetos mortos removidos Para a manipulaccedilatildeo dos insetos deve-se utilizar um pincel macio para que o material natildeo se danifique No iniacutecio da lontaminaccedilatildeo por ftmgos ou aacutecaros uma das alternativas eacute renovar lodo o substrato Para o controle de aacutecaros nas criaccedilotildees llS

ncipientes com os insetos devem ser colocados em outro mtlIll

[nntendo oacuteleo comum O canibalismo representa um grande problema na CliHI

dI insetos predadores sendo muitas vezes neccsiiIacuteriacuten NUamp

39

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

55

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

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Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 26: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOlllOgclII ~ Identificaccedilatildeo de Insetos

individualizaccedilatildeo Mesmo algumas espeacutecies n5n-prccladoras podemshyse tomar canibais quando haacute superpopulaccedilatildeo nc) recipiente

Parasitas e predadores podem representar um seacuterio problema nas criaccedilotildees Para diminiur as possibilidades de introduccedilatildeo desses inimigos naturais deve-se ter o cuidado de observar minuciosamente os hospedeiros antes de serem transferidos para os recipientes de criaccedilatildeo

331 UllUacutedade

A umidade representa tambeacutem um fator importante na cliaccedilatildeo de insetos devendo ser acompanhada com atenccedilatildeo As espeacutecies de produtos armazenados e algumas pupas natildeo requerem muita umidade poreacutem a maioria dos insetos necessitam niacuteveis altos de umidade Para isso utiliza-se um chumaccedilo de algodatildeo ou esponja embebida em aacutegua Nas criaccedilotildees de espeacutecies pequenas em placas de Petri utiliza-se papel fil tro umedecido para revestir o fundo do recipiente O excesso de umidade por outro lado pode resultar em condensaccedilatildeo da aacutegua dentro do recipiente de modo que os insetos acabam por morrer presos nas gotiacuteculas de aacutegua Aleacutem disso o excesso de umidade contribui para a formaccedilatildeo de colocircnias de fungos

332 Temperatura

A maioria das espeacutecies podem ser mantidas em salas com temperatura ambiente A temperatura oacutetima para criaccedilatildeo varia de espeacutecie para espeacutecie Os extremos de temperatura geralmente natildeo satildeo suportados pela maioria dos insetos Assim os recipientes de criaccedilatildeo natildeo podem ser deixados diretamente ao solou em ambiente com temperatura excessivamente baixa Aleacutem disso temperaturas abaixo de uma faixa oacutetima tendem a aumentar o tempo de desenvolvimento dos insetos

333 Fotoperiacuteodo

A luz tambeacutem influencia o desenvolvimento dos insetos Em

40

Manutenccedilatildeo de Fonnns Imaturas

laboratoacuterio pode-se manipular os periacuteodos de luz e de sombra que melhor se enquadrem aos requisitos de determinada espeacutecie Essci peoacuteodos podem ser regulados atraveacutef de um timer na salade criaccedilatildeo ou acoplado agrave cacircmara de criaccedilatildeo Em geral o fotoperiacuteodo utilizado para insetos eacute de 1212 horas Essa natildeo eacute uma questatildeo oacutebvia Em laboratoacuterios sem esse controle eacute possiacutevel que as lacircmpadas permaneccedilam acesas por tempo demasiadamente longo (por exemplo agrave noite) ou que o ambiente seja demasiadamente escuro com exposiccedilatildeo insuficiente das coleccedilotildees agrave luz Essas variaacuteveis podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos insetos

34 Coleta de plantas

Muitas vezes eacute interessante coletar partes da planta (galho com folhas flores fmtos e sementes) onde o inseto foi encontrado Estes dados podem contribuir significativamente para a identificaccedilatildeo do inseto A identificaccedilatildeo da planta soacute eacute possiacutevel com a preparaccedilatildeo adequada de exsicatas Para isso deve-se coletar a planta e trazecirc-la dentro de saco plaacutestico fechado contendo os dados do local data e coletor Aleacutem disso mesmo que natildeo haja dificuldade em identificar o inseto coletado quando a espeacutecie eacute relativamente comum esses dados ~omo quais plantas satildeo usadas como alimento- podem ser extremamente uacuteteis na literatura gerando um conhecimento mais amplo da biologia da espeacutecie a ser utilizado depois na tomada de decisotildees sobre controle ou auxiacutelio na criaccedilatildeo

35 Prensa para exsicatas (Fig 21 )

A prensa para exsicatas pode ser confeccionada de 111 flli

bem simples Eacute composta por duas armaccedilotildees feitas tOIll Iml 11

madeira entrelaccediladas unidas por pregos Entre eSS1IS csll I11111~ bulllO

acomodadas pranchas de papelatildeo As partes das p l II11~ IIIkllldils

-latildeo distendidas cuidadosamente arranjadas 1IIIIlmiddotl[I~ 11111Cl (

cobertas com papel jornal ou outro papeI ahll1vlIIIC IgtLI1S lil til

41

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

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Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

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Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

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Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

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Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

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Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 27: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MOl1l il iacutelcm e Idcl1 lifklCcedililo de Insetos

borracha -ou cintas de tecido resistente com fivelas para ajusteshydevem envolver as armaccedilotildees de madei ra conlendo as plantas intercaladas com papel e as pranchas de papllatilden De quando em quando o papel absorvente deve ser trocadu pura evitar o excesso de umidade oque propicia o desenvol vimcnto de fungos Desta fonna depois de algum tempo o material ficaraacute seco c poderaacute ser depositado em herbaacuterios

tira de madeira

p rego -~aI~ir

Figura 21 Prensa para exsicatas

4 Montagem e -preservaccedilao

41 Preservaccedilatildeo temporaacuteria

Frequumlentemente natildeo haacute tempo para o preparo e a estocagem de insetos logo apoacutes sua coleta e morte Haacute vaacutelias maneiras de mantecircshylos em boas condiccedilotildees ateacute que possam ser preparados adequadashymente O meacutetodo a ser utilizado depende do tempo que os exemplares permaneceratildeo estocados ateacute a montagem final

411 Refrigeraccedilatildeo

Insetos de tamanho meacutedio a grande devidamente acondicioshynados em recipientes podem ser deixados em um refrigerador por vaacuterios dias e ainda permanecer em boas condiccedilotildees para serem alfinetados Certa umidade deve estar presente no recipiente para que estes espeacutecimes natildeo se tomem secos demais mas esta natildeo deve ser elevada para que natildeo haja condensaccedilatildeo de aacutegua Para as asas de insetos pequenos mesmo pequenas gotiacuteculas podem ser muito prejudiciais Papel absorvente colocado entre os insetos e o fundo do recipiente auxiliaraacute na manutenccedilatildeo de baixa umidade

412 Preservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos podem ser mantidos em aacutelcool ou Ilutnl I lql lU llI

apropriados por vaacuterios anos antes de serem ai 11 rlll IdlI 1lIi l l tl gtlll

grupos no entanto como mosquitos da rUlluliu CIIIIUdll b bull d l(IImiddot1l1

e mariposas natildeo eacute recomendada a p rcCI VII llllmiddot11I lil Irqllldll I insetos satildeo btstantc fraacutegeis e tecircm cl rdl 1111111

42

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

47

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 28: Manual Coleta Insetos

Manual de Co leta Conservaccedilatildeo MonHlgclI1 (~ IclLlllililaccedilao de Insetos

danificadas com este tipo de preservaccedilatildeo Essas escamas e cerdas satildeo importantes na identificaccedilatildeo deespeacutecies e Itll-C 111 muito falta quando perdidas

O aacutelcool vendido no comeacutercio pode ser encontrado em duas concentraccedilotildees 42deg GL que correspondt U 1)6 e 36deg GL quecorresponde a85 O etanol (ou aacutelcool etiacutelko) em concentraccedilatildeo de 70 usualmente eacute o melhor liacutequido para conscrvlccedilatildeo e o mais utilizado Na falta de alcoocircmetro pode-se preparar o iacutelcaol 70 com 70mJ de aacutelcool diluiacutedos em 26ml de aacutegua Os JIymenoplera parasitoacuteides podem ser preservados em aacutelcool com concentraccedilatildeo de 95 Nessa concentraccedilatildeo o aacutelcool previne o donramento das asas e o enrugamento das partes mais moles do corpo do inseto A importacircnc ia da dilujccedilatildeo do aacutelcoo l eacute que em baixas concentraccedilotildees a conservaccedilatildeo eacute insufici ente permitindo o aparecimento de bacteacuterias e bavendo deterioraccedilatildeo do material em altas concentraccedilotildees haacute perda de aacutegua do material por pressatildeo osmoacutetica levando ao enrugamento e agrave danificaccedilatildeo dos exemplares (exceto em alguns casos de insetos com o corpo mui to riacutegido)

413 Preservaccedilatildeo em via seca

Embora seja preferiacutevel alfinetar insetos receacutem-coletados os meacutetodos de preservaccedilatildeo a seco com a utilizaccedilatildeo de mantas e envelopes ou triacircngulos de papel (Figs 3 4) tecircm sido amplamente utilizados Os envelopes ou triacircngulos satildeo util izados preferencialmente para Lepidoptera 19uns grupos de Trichoptera os Diptera da farru1ia Tipuuumldae Neuroptera e Odonata cujos representantes possuem asas grandes e fraacutegeis Em qualquer dos meios de conservaccedilatildeo temporaacuteria ue insetos natildeo devem ser esquecidas etiquetas cujos dados seratildeo rcpmsados para as etiquetas permanentos apoacutes a montagem do inseto

2 Montagem e conservaccedilatildeo permanentes

I~ i mportante que os insetos sejam corretamente preparados

44

Montagem e Preservaccedilatildeo

T I ~_POPI

1 o N

u

Figura 22 Cacircmara uacutemida

e montados Nessas condiccedilotildees eles podem ser preservados por centenas de anos nas coleccedilotildees desde que atendidas as condiccedilotildees de temperatura e umidade adequadas Aleacutem do mais insetos bem montados podem ser manuseados e examinados sob lupa com baixo risco de dano a partes do corpo

421 Conservaccedilatildeo em via seca

Os exemplares secos satildeo geralmente montados de duas formas espetados di retamente com um alfinete entomoloacutegico (Fig 23) ou em dupla montagem (Figs 29 30 e 32) Alguns insetos como afiacutedeos (Homoptera) e colecircmbolos por serem de tamanho reduzido e fraacutegeis satildeo montados de maneira especial diretamente em lacircminas (Fig 34)

4211 Cacircmara uacutemida Muitas vezes o pouco tempo que o corpo de insetos permanece em mantas ou envelopes eacute o suficienll para desidrataacute-los tornando-os secos e quebradiccedilos Por isso ant lS da montagem os insetos devem ser colocados em uma cU 111 11 il

uacutemida Isso eacute suficiente para reidratar os exemplares tornanl ll os maleaacuteveis de modo que eles possam ser alfinetados l IlI

apecircndices posicionados de forma correta sem que se pUI talll

Vaacuterios ti pos de recipientes podem ser utili ladoo IIlI

confecccedilatildeo de uma cacircmara uacutemida Daacute-se preferecircncia uumlq lll k i hiacute Xli

45

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

47

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

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7

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Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 29: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Lnsetos

ccedilorreto Incorreto

Figura 23 Eixos corretos e incorretos de alfinetagem de insetos bull li (5-20 em de altura) com abertura larga e tampa que natildeo permita a

entrada de ar (Fig 22) O fundo do recipiente deve ser forrado com areia uacutemida e uma pequena quantidade de fenol ou pequenos cristais de naftalina para que natildeo haja a proliferaccedilatildeo de fu ngos Sobre a

10 areia pode ser colocado papel fil tro ou papel jornal onde seratildeo arranjados os insetos para que amoleccedilam

~ lt

O tempo necessaacuterio para que um inseto se torne hidratado e consequumlentemente flexivel depende de seu tamanho do tempo de

L estoque c da temperatura ambiente A duraccedilatildeo do processo de l

lt 11Idralaccedilatildeo pode variar de poucas horas a dias Para acelerar esse proCLSSO pude-se colocar proacuteximo agrave cacircmara uacutemida uma lacircmpada para aqulximcllto de todo o ambiente interno

Ir

4212 Alfineta~cm direta A a]finetagem eacute o melhor processo para a conscrva~rlO de IIlsclos com corpo muito esc1erotinizado Haacute alfi1letes el(()lI1olt)gim especiais que devem ser uti lizados Os alfinetes entomoloacutegicos tecircm cnnlcteriacuteslicas especiais de tipo de accedilo comprimento Ilex ibi lidadc e material especial para a cabeccedila que os tornam parI iltululllwnte apropriados para seu uso em coleccedilotildees de insetos Eles tecircm espessura variaacutevel adequada aos diversos tamanhos de insetos (de 000 -os mais unos- 00 Oe de I a 7 os mais grossos) Deve-se dar preferecircncia aos alfinetes de accedilo inoxidaacutevel pois estes natildeo enferrujam Infelizmente natildeo haacute induacutestrias que fabriquem estes alfinetes no Brasil sendo necessaacuteria a sua

46

Montagem e Preservaccedilatildeo

HIftlnIPtaf

T IOm

1 ~

Figura 24 Bloco de madeira

importaccedilatildeo Para insetos grandes a alfinetagem eacute feita diretamente no corpo do exemplar De modo geral o alfinete eacute inserido verticalmente no escudo de modo que fique em um acircngulo de 90) em relaccedilatildeo ao eixo longitudinal do corpo do inseto entre o primeiro e segundo par de pemas tomando o cuidado para que o alfinete natildeo as danifique (Fig 23)

Todos os exemplares devem ser posicionados a uma mesma altura cerca de I 0 cm abaixo da cabeccedila do alfinete Isto eacute indispensaacutevel para que ao se pegar a cabeccedila do alfinete haja espaccedilo para que as pontas dos dedos natildeo loquem e quebrem o exemplar Para facililar essa tarefa existem blocos especiais de madeira ou accedilo com perfuraccedilotildees em diferentes alturas que facilitam o ajuste da altura do exemplar e de seus vaacuterios niacuteveis de etiquetas no alfinete (Fig 24) Os blocos de madeira com a escada perfurada pode ser confeccionadt)s sem nenhuma dificuldade

Muitas vezes o inseto eacute colado diretamente no dl lllnll entomoloacutegico No entanto esta teacutecnica natildeo eacute recomendatl 111111

vez que eacute comum o inseto descolar-se do alfinete com o I1 HIIIII~cicl durante a identificaccedilatildeo

A perfuraccedilatildeo do corpo do inseto sempre traI algiacutellll dlllll)

agraves suas estruturas morfoloacutegicas e a tecidos internos A nl1tlg011 rio alfinete eacute que transpassado verticalmente O CXClI1phll fien 1I(fgtsiacutecl observaacute-lo sob diferentes acircngulos com grande 1llIhdadl N(II~llIUIIIO eacute necessaacuterio minimizar os danos causudl)~ pdn pClrLilH~fin A

47

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

55

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

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Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 30: Manual Coleta Insetos

Manual ue Coleta Conservaccedilatildeo Monlagcm c Idcmificaccedilatildeo de insetos

Figura 25 Posiccedilatildeo correta para inserccedilatildeo do alfmete em vaacuterios grupos de insetos A Orthoptera B Homoptera C Remiptera D Coleoptera E Lepidoptera F Rymenoptera

orientaccedilatildeo geral eacute que natildeo sejam danificadas estruturas importantes para que seja possiacutevel a correta identificaccedilatildeo do materi al Como organismos bilaterais um a boa parte das estruturas DOS insetos eacute produzida aos pares Assim quase sempre a inserccedilatildeo do alfinete daacuteshyse Iigeiramente deslocada para a direita Aleacutem disso o toacuterax eacute a parte mais resistente do corpo de modo que eacute onde a perfuraccedilatildeo deve ser feita na maior parte dos insetos -em especial nomesotoacuterax

Abaixo seguem-se recomendaccedilotildees especiacuteficas sobre como ai rinctar apropriadamente espeacutecies de diferentes grupos de insetos

B lattaria Ensiferordf Caelifera - a perfuraccedilatildeo deve ser fei la na parte poslerior do pronoto Jogo agrave direita da linhamediana do corpo

(ri~ 25A) Hemiptera HOTToptera - no escutelo um pouco agrave direita da

48

Monlagem c Preservaccedilatildeo

Figura 26 Uso de outros alfmetes para posicionar corretamente apecircndices dos insetos

linha mediana (Fig 25B-C)

Coleoptera - no eacuteliacutetro direito proacuteximo agrave base (Fig 25D) Lepidoptera - no mesotoacuterax entre a base das asas anteriores

(Fig25E)

Diptera Hymenoptera - no mesotoacuterax entre a base dagt asas anteriores um pouco agrave direita da linha mediana (Fig 25F)

Logo apoacutes a aJfinetagem antes que os insetos sequem completamente as antenas asas e pernas devem ser arranjadas de forma que todos estes apecircndices fiquem bem visiacuteveis para estudo Fig 26) Nesse processo para muitos grupos satildeo utilizadas placas de isopor cobertas com papel para fixaccedilatildeo do exemplar e alfinetes que cruzados facilitaratildeo a acomodaccedilatildeo dos apecircndices na posiccedilatildeo luacutecquada Em Lepidoptera satildeo utilizados esticadores taacutebuas dI distensatildeo confeccionadas conforme a Figura 27 As borboleta ao alfinetadas em um sulco no centro da taacutebua e com auxiacutel io de 11Iw fk papel e alfinetes as asas satildeo distendidas e presas junto agrave Idllllll (Iig 28) sobrepostas agraves taacutebuas laterais

Quando houver necessidade do uso de cola para IIXH11t1

dI peccedilas quebradas ~ que ocorre com alguma frequumlecircncia 1111 dunllll

11 processo de dupla montagem (vide item 213) a cola (ll

49

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 31: Manual Coleta Insetos

27

10 CI11

28

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mont agem e Identificaccedilatildeo de Insetos Montagem c Preservaccedilatildeo

peccedila superior madeira

ba

tira de papcl

A cB Figuras 27 e 28 Montagem de Lepidoptera 27 Esticador ou taacutebua de distensatildeo 28 Sequecircncia de posicionamento das asas e antenas

base de aacutegua Este tipo de cola pode ser facilmente dissolvido quando houver necessidade de observaccedilatildeo de estruturas taxonocircmicas importantes que se tomaram pouco visiacuteveis apoacutes o processo de montagem do exemplar Entretanto para borboletas mariposas Oll

outros insetos com escamas ou pecirclos deve ser lIsada cola orgacircnica solvente Esmalte de unha transparente tambeacutem pode ser uti lizado 01

montagem de pequenos insetos que podem ser removidos com aectona ou thinner

Quando pequenos insetos satildeo colados diretamente no alfinete

50

alllna

29 30

Figuras 29-30 29 Suporte de corticcedila com micro-alfinete Figura 30 Montagem em triacircngulo

a cola deveraacute ser passada em toda a volta do alfinete agrave altura desejada para que o inseto natildeo descole facilmente Aleacutem disso deve-se evi tar o excesso de cola que muitas vezes acaba cobrindo estrutura importantes para a identificaccedilatildeo impedindo sua observaccedilatildeo Eacute importante que na montagem de insetos pequenos utilizem-se lupas com lentes de aumento de duas a trecircs vezes facilitando e dando mais precisatildeo ao trabalho

Pupaacuterios presas ou partes de materiais atacados pelo inseto podem ser colados em pequeno triacircngulo de papel do tipo cartolina ~finetado junto aoexemplar Outra alternativa para o armazenamento desLe tipo de material pode ser o uso de caacutepsulas de gelatina tambeacutem espetadas junto ao espeacutecime Frequumlentemente estes materiais devidamente acondicionados correspondem a dados bioloacutegicos Illlportantes que facilitam o processo de identificaccedilatildeo ou enriquecem II conhecimento da biologia da espeacutecie

21 3 Dupla montagem Para pequenos insetos pode ser util izada Ileacutecnicade dupla montagem pois seriam danjEicados facilrncn lL OI

I IlSmO destruiacutedos se alfinetados Assim o exemplar pode ser cipclmh I

51

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

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comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

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FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

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Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

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Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

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Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 32: Manual Coleta Insetos

Manual de Coletu Conservaccedilatildeo MontupcnI c ItlclltllHuccedilatildeo de Insetos

~

Figura 31 Cortador de triacircnguJos

com om micro-alfinete que eacute aposto a um surort~ de lorliccedila o qual eacute montado em um alfinete maior (Fig 29) Outra manciradc montar insetos pequenos eacute colando-o no veacutertice dobratlo de um pequeno triacircngulo de papel resistente cuja base eacute espcteacute1llu por um alfinete nuacutemero 2 ou 3 (Fig 30) Para a confecccedilatildeo do triacircngulo haacute picotadores apropriados (Fig 31) No caso de insetos de corpo muito alongado a montagem eacute feita sobre dois triacircngulos como indicado na Figura 32

4214 Montagem em lacircminas Pulgotildees satildeo muillis VCtS cole lados diretamente das pl~mtas com auxJ1io de um pincel c ~olocados em aacutelcoo I 95 ou 70 Ambas as formas aacuteptera e aIaiacutetl Satilde(l necessaacuterias para o reconhecimento das espeacutecies Para a idcnt i Ilcaccedilatildeo eacute necessaacuteria a preparaccedilatildeo de lacircminas o que inclui a maceraccedilatildeo desidrataccedilatildeo e clarificaccedilatildeo dos espeacutecimes etapas que precedem u montagem permanente da lacircmina com baacutelsamo do Canadaacute Haacute inuacutemeras teacutecnicas diferentes de preparaccedilatildeo de lacircminas permanentes que variam confoffi1e necessidades especiacuteficas Aqui eacute rornecida uma delas

Vaacuterios exemplares devem ser colocados em um tubo de ensaio com aacutelcool 70 e fervidos em banho-maria de um a dois minutos Retira-se o aacutelcool com auxiacutelio de uma pipctade ponta finae adicionashyse hidroacutexido de potaacutessio ou soacutedio a 10 deixando-se ferver lentamente por mais um ou dois minutos ateacute que os insetos fiquem levemente mais claros Retira-se a soluccedilatildeo colocando-se em seu lugar aacutegua destilada para lavar o excesso da potassa ou soda deixando-se lnl banho-maria por mais 10 minutos ou mesmo por vaacuterias horas a IdoEm seguida retira-se a aacutegua e adiciona-se aacutecido aceacutelico glacial

5~

Montagem e Preservaccedilatildeo

Figura 32 Montagem de insetos de abdocircmen longo com dois triacircngulos

por dois a trecircs minutos deixando-se decantar Retira-se o liacutequido e acrescenta-se mais aacutecido por dois ou trecircs minutos deixando-se decantar novamente Adicionam-se algu mas gotas de oacuteleo de cravo por no miacutenimo 10 minutos antes de proceder agrave montagem Um ou dois afiacutedeos devem ser transferidos para uma lacircmina limpa contendo no centro uma gota de baacutelsamo do Canadaacute O exemplar deve ser arranjado rapidamente sobre a lacircmina com as asas expandidas antenas

alfinete

mlcrotubo com glicerina

etiqueta d procedecircncIa

Figura 33 Acondicionamento de genitaacutelia em microluho no mesmo alfilll ~h que o exemplar

51

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

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Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

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Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

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Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

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5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

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Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 33: Manual Coleta Insetos

Manual dt Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e l(kntif1cltl~atildeoacute de Insetos

1 t rlJi~Ija i ~

L- shy

Figura 34 Lacircmina permanente de coleccedilotildees entomoloacutegicus

e pernas em posiccedilatildeo adequada (Fig 34) Pode-se diluir levemente o baacutelsamo com xilol de maneira a facilitar a manipulaccedilatildeo do material Cobre-se com lanuacutenula apoiada inicialmente em acircngulo de 45deg para que natildeo haja formaccedilatildeo de bolhas de ar A lacircmin~ depois de montada deve ser deixada na posiccedilatildeo horizontal por vaacuter ias ~cl1lanas ateacute a secagem completa do baacutelsamo Aleacutem dos dados usuais de procedecircncia outras etiquetas devem conter a colort1ltiO dos afiacutedeos quando vivos aleacutem dedados ecoloacutegicos Alguns outros grupos como os Thysanoptera tambeacutem devem ser montados em lacircmina pam facilitar a identiricaccedilatildeo Aleacutem disso quase todos os eSludos muis dcLalhados de morfologia ou sistemaacutetica envolvendo insetos pcqucnos exigem um processo de montagem em lacircmi na para estudo em microscoacutepio

4215 Cuidados a serem tomados durante na montagem Os exemplares a serem preparados para uma coleccedilatildeo pemlUJ1Cnte devem estar com os tecidos do corpo maleacuteaveis para que se preservem praticamente intactos durante o processo de monlagem quando da introduccedilatildeo do alfinete Aqueles inselos que natildeo foram rcceacutem-coletados ou seja que tenharr sido estocados de maneira a licarem com o corpo seco devem ser levados a uma cacircmara uacutemida para amolecimento como jaacute foi comentado Os insetos estocados em via liacutequida devem passar por um processo de desidrataccedilatildeo antes da aLfinetagem A montagem ctireta de insetos que eslavam em aacutelcool 70 faz com que quase sempre fiquem enrugados devido agrave presenccedila de aacutegua particularmente as asas A exceccedilatildeo satildeo os insetos que possuem exoesqueleto bastante esclerotinizado como besouros e alguns percevejos que podem ser alfinetados imediatamente apoacutes a retirada

4

Montage m e Preservaccedilatildeo

do aacutelcool Para a desidrataccedilatildeo banha-se o inseto em uma sucessatildeo de aacutelcoois em concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de 10 minutos por banho (de 80 ao absoluto) Em alguns casos como em Diptera pode-se retirar o inseto do aacutelcool 70 colocando-o em uma p laca de Petri contendo uma fina pcliacuteculade xilol com as asas distendidas Apoacutes alguns mi nutos tendo o xilol evaporado segue-se o processo de montagem usual O material natildeo deve secar ao vento pois as asas podem enrugar

422 Conservaccedilatildeo em via liacutequida

Insetos tambeacutem podem ser mortos e imediatamente fi xados utilizando-se substacircncias quiacutemicas liacutequidas embora amaioria dos i nsetos eacute melhor conservado se forem mortos e fixados em via seca O aacutelcool etiacutelico eacute a principal substacircncia liacutequida uti lizada em concentraccedilotildees que variam dependendo do grupo A concentraccedilatildeo mais usada eacute a de 70 (veja 412) Os Hymenoptera parasitoacuteides satildeo melhor conservados em aacutelcool 95 poi s esta concentraccedilatildeo previne o dobramento das asas membranosas e o enrugamento do corpo Em armadilha Malaisejaacute descrita anteriormente o aacutelcool tambeacutem deve estar em maior concentraccedilatildeo pois o 1luiacutedo do corpo dos insetos iraacute diluir o aacutelcool com o aumento do nuacutemero de exemplares presentes no coletor

Para alguns grupos a preservaccedilatildeo daacute-se de maneira melhor ad icion ando-se outras substacircnc ias ao aacutelcool Para trips por exemplo a mel hor soluccedilatildeo eacute a de aacutelcool com aacutecido aceacutetico glicerinado Os aacutecaros -que satildeo aracn iacutedeos e natildeo insetos- satildeo conservados da mesma maneira Para formas imaturas ou Oll lros insetos de corpo mole que perdem ou modificam a cor rolie se utilizar uma substacircncia especial (Kahle Dietrich) que Le l1l li

seguinte composiccedilatildeo 55 m] de aacutegua destil ada 35 1111de uacuteltlnl 95 10 ml de fo rmol e 4 m] de aacutecido aceacutetico glac ial Jgtt1ta larvas Il ideal eacute mataacute-Ias em aacutegua fervente pura ou uma soluccedila0 reI Vl II I1 de partes iguais de aacutegua e aacutelcool por alguns minutos II ansrer indntLs em

55

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

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Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 34: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Mo ntagem C lIJcnlifiGIIatildeO Jc Insetos

seguida para aacutelcool 70 ou outro fi xador Outra substacircncia muito utilizada para fixaccedilatildeo de larvas eacute o KAA I parte de 4uerosene 10 partes de aacutelcool isopropiacutelico 2 partes de aacutecido aceacutetico glacial

Insetos que vatildeo ser utilizados em eSlUdos anatocircmicos devem ser fixados em Bouin alcooacutel ico Ig de aacutecido piacutecrko 150ml de aacutelcool 80 60ml de formol e 15mJ de aacutecido aceacutetico glacial Apoacutes a fIXaccedilatildeo nesse meio por cerca de 6 a 24 horas o inseto deve ser transferido para o aacutelcool 70

Cuidados com a coleccedilatildeo em via liacutequida Material preservado em via liacutequida natildeo necessita de cuidados tatildeo acurados quanto O material preservado em via seca A coleccedilatildeo em via liacutequida necessita no entanto ser revista periodicamente a evaporaccedilatildeo do aacutelcool 6 um risco constante Deve haver portanto reposiccedilatildeo do liacutequ ido Clmservante sempre que necessaacuterio Se natildeo for possiacutevel a inspeccedilatildeu perioacutedica eacute interessante que os frascos menores contendo o mattrial jaacute em aacutelcool sejam fechados com um chumaccedilo de algodatildeo e colocados invertidos ou seja com a abertura para baixo dentro de outro frasco maior tambeacutem preenchido com aacutelcool 70 fechado com wl1Ipa hermeacutetica

Para que os vidros com a coleccedilatildeo liacutequida fiquem melhor preservados o ideal eacute guardaacute-los em armaacuterio com portas hermeticamente fechadas Isso evitaraacute que o conservante dos vidros seque em pouco tempo e tambeacutem que haja perda da coloraccedilatildeo dos insetos por fotcdecomposiccedilatildeo dos pigmentos Eacute importante tambeacutem que o material em via uacutemida fique em ambiente diferente daquele em via seca

423 Etiquetagem

Insetos montados ou ainda armazenados em via seca ou uacutemida devem conter etiquetas de 20 x 10 em escritas com tinta nanquim (Figs 35 A-B) O nanquirn eacute uma das ti ntas mais estaacuteveis conhecidas sendo particularmente recomendada para coleccedilotildees que devem durar deacutecadas Quando em via seca as etiquetas devem ser confeccionadas

56

Montagem e Preservaccedilatildeo

em papel branco resistente A qual idade do papel deve ser levada em consideraccedilatildeo uma vez que como vimos insetos bem montados c em boas condiccedilotildees de conservaccedilatildeo podem permanecer em coleccedilotildees por muito tempo As etiquetas devem ser colocadas de maneira que liquem paralelas ao corpo do inseto a uma alrura unifonne no alfinete Quando se usa apenas uma etiqueta esta deve estar a aproximadashymente 05 em do inseto (Fig 33) Caso sejam acrescidas outras etiquetas contendo dados bioloacutegicos adicionais -como hospedeiros haacutebitos tipos de danos etc-elas devem ser mantidas a uma mesma distacircncia entre elas Estas devem ser orientadas de maneira que possam ser lidas todas do mesmo lado preferencialmente do lado esquerdo

Quando em via liacutequida as etiquetas podem ser maiores (mantidas as proporccedilotildees) e devem ser confeccionadas em papel vegetal uma vez que pode haver deterioraccedilatildeo de outros tipos de papel ao longo do tempo mesmo em aacutelcool Os dados devem ser anotados a Laacutepis ou a caneta nanquim que natildeo borram quando em contato com o aacutelcool

A composiccedilatildeo das etiquetas eacute uma etapa fundamental na preparaccedilatildeo de coleccedilotildees cientiacuteficas Na ausecircncia de informaccedilotildees precisas do local de coleta ou em casos de erros na atribuiccedilatildeo de informaccedilatildeo aos exemplares (por exemplo troca de etiquetas) inuacutemeralt conclusotildees taxonocircmicas sistemaacuteticas biogeograacuteficai e evolutivas equivocadas podem ser inferidas Isso inclui tambeacutem a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de voltar a coletar wna espeacutecie rara ou nova por erro na informaccedilatildeo sobre o local onde a primeira coleta foi feita

A primeira etiqueta a ser colocada eacute a de procedecircncia (Fig 35 A) Vaacuterias informaccedilotildees miacutenimas precisam estar presentes nessa etiqueta A primeira delas eacute o Paiacutes Para os brasileiros Piracicaha pode ser orna referecirc ncIacutea oacutebvia mas se este material ror cnviacln por1 um especialista no exterior pode ser imposs iacutevel saber em que palll

do globo esse lugar fica Em segundo lugar dcVl l dOt I 11 1111

ind icaccedilatildeo do Esteacuteldo (ou da Proviacutencia) onde roi fClliI I (1) ld I 11 qUl

pode ser feito atraveacutes de uma sigla (por exemplo SI) O I1Ol1le til) Municiacutepio tambeacutem deve ser fornecido emhora IIl1l1fIS w(~ ISiO sC la

57

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

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comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 35: Manual Coleta Insetos

Manual ele Coleta Conservaccedilatildeo Mlll1 ll1gcm e luentificaccedilacirco de Insetos

f--- 2 em ----j

TI ~SIL ~ e-m- I ___ 11961 em

11 ~L~ ~

Figura 35 Etiquetas para material enlomoluacutellico A Etiqueta de procedecircncia B Etiqueta de identificaccedilatildeo

insuficiente Para Municiacutepios muito grandes ou com ambientes jiversificados eacute necessaacuterio indicar uma sublocaliuade Isso pode corresponder ao nome de um subdistrito de L1mu faenda de um acidente geograacutefico ou um trecho de estrada No Mun iciacutepio do Rio de Janeiro por exemplo um exemplar pode ter sido lolctlttuo agrave beirashymar vivendo na areia no alto do Patildeo de Accediluacutecarelll um pequeno campo rupeslre em floresta uacutemida a 600 metros de altitude em uma restinga ou no proacuteprio ambiente urbano esses satildeo ambientes distintos com faunas muito ou quase completamente difcrcnles A lentativade fazer nova coleta pode depender inteiramente dessa informaccedilatildeo Dados sobre O meacutetodo de coleta data de colctu e do coletor satildeo complementos indispensaacuteveis nessa etiqueta Apoacutes o nome do coletor uti lizam-se as abreviaturas col ou Ieg (lt10 InUm legit colecionou)

Depois de procedida a identificaccedilatildeo pode ser ucrescentada uma etiqueta ao alfinete ou agrave lacircmina contendo o 110m da espeacutecie autor e data da descriccedilatildeo original aleacutem do nome do pesquisador que identificou o material e a data da identificaccedilatildeo (Fig 35B) A informaccedilatildeo sobre quem procedeu agrave identificaccedilatildeo eacute importante Sempre que haacute mudanccedilas na sistemaacutetica do grupo -o que ocorre com alguma frequumlecircncia ao longo de deacutecadas- as informaccedilotildees na etiqueta sobre o autor e a data da identificaccedilatildeo satildeo auxiacutel im importantes para um leitor OLl outro pesquisador sobre a credibilidade ou atualidade da klenlificaccedilatildeo feita Em alguns casos quando a identificaccedilatildeo eacute corrigida amhas as etiquetas de identificaccedilatildeo a origi nal e a nova devem ser IllUntidas junto ao exemplar Nas preparaccedilotildees em lacircmina a etiqueta de procedecircncia deve ser colocada no canto esquerdo da lacircmina c a til idcl1li ricaccedilatildeo no canto direito (Fig 34)

Montagem e Preservaccedilatildeo

43 Procedimentos apoacutes a montagem

Apoacutes a montagem e etiquetagem os insetos devem permanecer em estufa por no minimo 24 hora) ou ateacute que seja eliminada a umidade por completo Este procedimento evita o surgimento de fungos e insetos sarcofaacutegicos (que atacam cadaacuteveres no caso de outros insetos) que possam depois atacar e destrui r toda a coleccedilatildeo agrave qual este i nseto seraacute incorporado

O acondicionamento dos insetos agrave coleccedilatildeo eacute feito em pequenas caixas de plaacuteslico ou papelatildeo com fundo de polietileno ou isopor Cada caixa deve conter uma etiqueta com o nome do taacutexon mais restri to ao qual o exemplar ( OLl os exemplares) pertence se eacute que houve esforccedilo de identificaccedilatildeo Isto eacute se foi possiacutevel determinar que um conjunto de exemplares pertence a urna mesma espeacutecie conveacutem colocar uma etiqueta de identificaccedilatildeo nessa caixinha com o nome da espeacutecie se foi possiacutevel identificar apenas o gecircnero ou a famiacutel ia sem detenn inar a que espeacutecies pertencem o nome do gecircnero ou da famiacutelia deve estar indicado Isso daacute uma visatildeo de conjunto a quem olha uma gaveta de coleccedilatildeo imediatamente visualizando o estado de identificaccedilatildeo do material disponiacutevel e os grupos presentes naquela gaveta

As caixinhas podem ter 5 x 10 em 10 x 10 em 10 x 20 em medidas padratildeo ou otuacutera medida fe ita sob encomenda e satildeo dispostas dentro de gavetas de madei ra - por exemplo de 45 x 54 cm- com tampa de vidro (Fig 36) Um armaacuterio guarda todo um conjunto de gavetas fazendo com que em cada annaacuterio possam ser guardadas ateacute alguns milhares de exemplares A disposiccedilatildeo das caixin has identificadas dentro das gavetas e das gavetas dentro dos armaacuterios pode seguir um criteacuterio alfabeacutetico ou evolutivo

Algumas precauccedilotildees devem ser tomadas para que acolcccedilatildell tenha uma vida uacutetil muito longa Entre os cuidados a serem tomados com relaccedilatildeo a uma coleccedilatildeo em via seca a umidade eacute o primilla l rlllll a ser controlado Esta deve ser a mais baixa possiacutevel NOlllIalllll 111

aumentando-se a temperatura do local onde se encont ra Ikllll

5958

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

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ISBN 85middot86699-27-6

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ISBN 85-86699-21-7

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ISBN 85-86699middot72~

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Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 36: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta ConseTVaccedilatildeo Montagem c Idcnli ricnccedilaacuteo de Insetos

tampa de vidro

~q7 H==- caixas

(4 ~ pc ~ naftalina __ iP 11 _ moiacuteda

Figura 36 Gaveta eotomoloacutegica com caixas plaacutestica pm1 ~ rmuzenagem de insetos

tem-se uma queda de umidade Muitalt vezes haacute Ilcccssjuade do uso de desumidificadores Aleacutem disso em todas as gavdas cntomoloacutegicas contendo alt caixinhas com os insetos devem ser coloLuuos pequenos recipientes abertos contendo naftalina em poacute para melhor conservaccedilatildeo dos espeacutecimes (Fig 23) Como no caso das C()hfOtildeCS em aacutelcool eacute sempre necessaacuterio proteger a coleccedilatildeo da luz Uacutei rdtl para evitar a fotodecomposiccedilatildeo da cor dos exemplares

()()

5 Estud identificaccedilatildeo

material

51 Conceitos de classificaccedilatildeo e identificaccedilatildeo

Os termos classificaccedilatildeo identificaccedilatildeo e taxonomia muitas vezes satildeo aplicados erroneamente Eacute importante sal ientar que existem diferenccedilas sign ificativas entre eles A necessidade de agregar as coisas em classes eacute urna caracteriacutestica geral do ser humano Os animais natildeo podem ser discutidos ou tratados de m aneira cientiacutefica sem que sejam denominados e descritos previamente com base nas semelhanccedilas e diferenccedilas em relaccedilatildeo a outros organismos

O primeiro passo de uma classificaccedilatildeo reside simplesmente em agrupar objetos individuais baseando-se em um sislema (li

relaccedilotildees Uma classificaccedilatildeo hioloacutegica eacute a ordenaccedilatildeo de orgatllgtIlII

em classes ou taacutexons (que satildeo conjuntos de organismo~) com hHSl

em algum criteacuterio De modo geral cada uma dessasc lusse I l Cl I11

um nome fonual que vecircm do latim ou eacute uma palavra latini lltll (11111

exemplo Insecta Diptera Muscidae Musca ou Mm( (1 ((111 111 1 Esses nomes vem acompanhados de um anexo que i Illltl I oi jlOS iCcedillll

que esse taacutexon ocupa em uma bierarquia que Si1l ih lhIlIHli l1

categorias taxonocircmIacutecas (por exemplo Re ino ClilS l~ ( Irdl llI Familia Gecircnero ou Espeacutecie) Assim em Classl ISl~ l j l III ~gtII I

o nome do grupo e Classe apenas ind icl qllt l ~ 1i1 ~IIIIlIJl lll 1

uma posiccedilatildeo relalivamente alta na hierarqUIa Jo gnlpo~ Illl ujllil tl

II 61

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

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ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

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Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 37: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo lvlontligcm c Identificaccedilatildeo de Insetos

muitos subgrupos Jaacute Gecircnero Musca diz respeito a um taacutexon que se chama Musca e tem uma posiccedilatildeo baixa na hierarquia com poucos subgrupos incluiacutedos

Jaacute a taxonomia eacute o estudo teoacuterico dos prohlemas relativos agraves classificaccedilotildees bioloacutegicas incluindo as respectivas bases princiacutepios normas e regras e se res tringe agrave fase descritiva discriminatoacuteria e nomenclatorial Assim quando se fala que algueacutem c1asificou um animal normalmente estaacute-se indicando que foi criada uma classe para esse grupo dentro de um sistemajaacute existente

Por outro lado a identificaccedilatildeo ou determinaccedilatildeo de um organismo consiste simplesmente em estabelecer uma relaccedilatildeo de identidade entre o exemplar que se tem em matildeos e aqueles que jaacute fo ram classificados Isso eacute feito procurando descobrir os nomes cientiacuteficos das classes a que ele pertence criados por taxocircnomos (ou s istematas) na literatura A identificaccedilatildeo eacute feita atraveacutes de chaves de idelltificaccediliio disponiacuteveis na literatura especializada ou atraveacutes de comparaccedilatildeo di reta com exemplares jaacute identificados por um bom especialista no grupo

As chaves de identificaccedilatildeo mais utilizadas satildeo as chaves dicotocircmicas que se baseiam em caracteres diagnoacutesticos ou seja aqueles mais evidentes e definidos que permitem a distinccedilatildeo entre speacutecies do mesmo gecircnero ou entre gecircneros da mesma famiacutel ia

etc Estas chaves satildeo ditas dicotocircmicas pois geralmente incluem duas opccedilotildees Cada uma delas conteacutem um ou mais caracteres que levam ao item seguinte da chave com duas outras novas opccedilotildees e assim por diante terminando em um nome ao qual refere-se o inseto As chaves dicotocircmicas satildeo elaboradas por taxocircnomos OLl sistematas que se dedicam agrave sistematizaccedilatildeo ou organizaccedilatildeo dos gntpOS de insetos (ou outros grupos de organismos) encontrados na natu reza Em muitos casos ao se utilizar uma chave que sabemos que estaacute atualizada em relaccedilatildeo ao conhecimento de um grupo descobrimos que o material que temos em matildeos natildeo se encaixa na descriccedilatildeo ou na diagnose de nenhuma das espeacutecies conhecidas Nesses casos temos em matildeos uma espeacutecie nova para a ciecircncia o que natildeo eacute raro para a

62

Estudo e Identi ricalt~ (l

maioria dos grupos tropicais de insetos Esse materiallx lLt Sl l lkhl~ 1 11o

em uma publicaccedilatildeo espec ializada seguindo certos padnll palrl iacuteI preparaccedilatildeo do trabalho

As chaves mais utilizadas para identificaccedilatildeo de lnsllno a -I niacutevel de Ordem e Famiacutelia satildeo as de Borror etal (1 992) CSflH) (1 991) Costa Lima (1939 1962) Zucchi et ai (1993) O itktl embora nem sempre possiacutevel eacute identificar o materi al ateacute o niacutew l dl espeacutecie Frequumlentemente devido a uma diversidade de fatorl~ limitantes as identificaccedilotildees soacute satildeo possiacuteveis ateacute o niacutevel de gecircllcn tribo ou mesmo de famiacutelia Entre esses fatores estatildeo o tamanho (isto eacute luacutemero de espeacutecies) e a complexidade (a dificuldade de diferenciar as vaacuterias espeacutecies) de celtos grupos problemas nos trabalhos jaacute publicados sobre o grupo a ausecircncia de bibliografia disponiacutevel no laboratoacuterio a inexistecircncia de coleccedilotildees de referecircncia e a falta de especialistas experientes

A identificuccedilatildeo somente por comparaccedilatildeo natildeo eacute a ideal principalmente se reali zada por uma pessoa natildeo especializada no grupo em questatildeo A identificaccedilatildeo por comparaccedilatildeo deve estar assoc iada agrave consu lta bib liograacutefica Na maioria das vezes a bibliografi a a ser consultada eacute muito extensa e natildeo existente em bibliotecas nacionais Geralmente as melhores bibliotecas para cada grupo possuidoras da bibliografia necessaacuteria estatildeo associadas aos locais de trabalho rjos especial istas nesses grupos

Quando haacute necessidade de identificaccedilatildeo de in ietos para trabalhos cientiacutefiacutecos ou Dissertaccedilotildees e Teses deve-se rccor 11 iHl

especialista do grupo em questatildeo Uma relaccedilatildeo dos espcciahslil lo 111

vaacuterios grupos de insetos pode ser obtida em diversas IllllttS

Blackwelder et aI (1 961) Arnett (1978) Vilela ef 1 (1 )lh ) l

Marinoni (1995) No Brasil o Cent ro de Identificaccedilatildeo de Jn l~ t llS l illiacutelllgI

- CIIF- presta serviccedilos de identificaccedilatildeo mcdilll tl pagallmllh) I~ formado por pesqu isadores do Departamen to di nn lllgill dll Un i ve rs idade Federal do Paranaacute c col tl l lI adOI I til IHIIIIIS

Instituiccedilotildees nacionais que identificam di lcrcllt glllJlllS Ik~ itlSIIIlS

oacute

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

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E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

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Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

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MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

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Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

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iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

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Ocidente lI ltI- I I I~ lo

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ISBN85-86699-10-1

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Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

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Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 38: Manual Coleta Insetos

Manual de Coletl Conservaccedilatildeo Montagem C IJcnli1icaccedilatildeo de Insetos

Qualquer que seja a metodologia util izada para se proceder agrave identificaccedilatildeo eacute necessaacuterio o exame do matcrid Illuitas vezes bastante detalhado o que implica em um bom conh~ciacutel11cnlo de morfologia baacutesica de insetos

Para o estudo completo dos espeacutecimes dcve-se contar com um bom estereomicroscoacutepio (lupa) com lentes de aumento de pelo menos 6 12 25 e 50 vezes e um boa luminaacuteria A iluminaccedilatildeo ideal eacute a de fibra oacuteptica pois natildeo prouuz rcOexo no material e natildeo o aquece

Para o exame de lacircmjnas eacute necessaacuterio um microscoacutepio com aumentos de 100200 ou mais vezes de prefcrecirclllitl com contraste de fase peacutelJa que os detalhes possam ser observados com maior nitidez

Para melhor observaccedilatildeo do exemplar ti lupu lo interessante que se use um suporte para sua fi xaccedilatildeo Este poch se r facilmente confeccionado colocando-se massa de moldar sobre uma lacircmina de vidro O espeacutecime alfinetado preso Uuml IlltlSSa poderaacute ser observado sob qualquer acircngulo de forma mais segll ra

Se for necessaacuterio desenhar alguma estrutura parltl sua melhor compreensatildeo e interpretaccedilatildeo recomenda-se que Sl acople urna cacircmara clara ao microscoacutepio ou lupa que relleti niacute a 1I IIagelll in vCltida do exemplar agrave imagem de uma folha de desenho tom a ponta do laacutepis que se deslocasobre ele Assim desenha-se J irdmmntc sobre o exemplar o que garante uma grande fidcdignidallc nIS proporccedilotildees e fonnas do desenho

52 Dissecccedilatildeo

Para a identificaccedilatildeo de insetos gCllI lmcnte eacute necessaacuteria a dissecccedilatildeo de estmtu ras para um exame com maiores detalhes Aqui tambeacutem eacute necessaacuterio o uso de um miacutetroscoacutepio ou lupa com boa ilu minaccedilatildeo e instrumentos apropriados como pinccedila de ponta fina tesoma para rnicrocirurgia estiletes pinceacuteis microalfinetes lacircminas escavadas e lamiacutenulas

64

E~LUdo e lueJllilka~iio

Frequumlentemente a dissecccedilatildeo e montagem d~ f(l1ituacutelll l (lU

tenninaacutelia masculinaeou feminina satildeo imprescindiacuteveis pllIlllllilha1I li taxonocircmico ao niacutevel de espeacutecie Em diacutepteros e besouros p nllllk J II

genitaacuteliacutea pode ser retirada logo apoacutes a coleta na nCiIiiacute(1 dn alfinetagem enquanto o inseto ainda estaacute flexiacutevel

Algumas peccedilas depois de dissecadas podem ser obscl VII (

entre lacircmina e lamiacutenula No entanto se as peccedilas forem Illllllo

grandes ou altas elas podem ser comprimidas e quebrar N~SSl casos eles devem ser examinadas em lacircmina escavada ou srl colocado entre a lacircmina e a Iarniacutenul a um apoio de altura sufic iente (como um pequeno caco de lamiacutenula) para que a peccedila natildeo suja danificada Apoacutes o estudo as peccedilas satildeo estocadas em pequenos tubos plaacutesticos ou de vidro contendo uma gota de glicerina Estes tubinhos devem ser fechados com tampa de borracha ou de corticcedila alfinetados junto ao exemplar (Fig 33) Ao colocar a tampa no tubinho deve-se ter o cuidado de retirar o ar com auxiacutelio de um al finete Oll

estilete evitando que a tampa se destaque do tubo Se partes do corpo do inseto forem dissecadalt c guardada

em separado elas devem levar uma etiqueta contendo os mesmos dados da etiqueta do exemplar alfinetado juntamente com o nome da estrutura

521 Preparaccedilatildeo de genitaacutelia

Alguns meacutetodos de montagem de genitaacutelia satildeo especiacuteficus para diferentes grupos de insetos Estes meacutetodos satildeo descritos iI segUi r

No caso de besouros (Coleoptera) o exemplar montado l amolecido a quente em aacutegua com detergente (exemplares IIla llt esclerotinizados) por alguns segundos Sob Iupa o abdocircnll~ 1I 1

retirado e colocado em hidroacutexido de soacutedio ou de potaacutessio1 I f)i por mais alguns segundos para a retirada dos restos de HImiddotHIII IIII

seguida o abdocircmen eacute colocado em lacircmina escavada ou 1111 lIllIl pequena placa de Petri contendo aacutegua destilada anrll ~(l 11IJ1li

65

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

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72

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

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FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

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Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

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Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 39: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo MonlagclTI IJcnli fj lHiO de Inselos

separa-se a genitaacuteli a do resto do abdocircmen Depois dc observados o abdocircmen e a genitaacutelia podem ser transferidos direlalncnle para o tubo em que seratildeo mantidos ou montados em lacircmina permanenle Para montagem em lacircmina permanente a peccedila deve ser acomodada no centro de uma lacircmina contendo uma gota de haacutelsalllll do Canadaacute ou Euparal Depois de obtida a pos iccedilatildeo adequada tia peccedila deve-se cobri-la com lamiacutenula em acircngulo de 45 graus abaixando-a devagar para evitar a fommccedilatildeo de bolhas como jaacute roi comentado Em alguns casos o exemplar pode ser amolecido em cacircmara uacutemida e a gcnitaacutelia retirada diretamente da porccedilatildeo terminal do abdocircmen

No caso de mosqll itos e moscas (Diptcra) a plrlc terminal do abdocircmen do exemplar eacute ret irada cuidadosamente com auxilio de uma pinccedila de ponta f in a ou cortada com auxiacutel io de uma microtesoura Ela eacute entatildeo transferida para uma placa de porcelana ou lacircmina escavada contendo hidroacutexido de potlths io a 10 onde permanece por aproximadamente 20 horas a r io para o amolecimento dos tecidos e cJaretl11ento das partes lscllrotmizadas O passo seguinte eacute a transferecircnci a do abdocircmen para ~lIcool 70 para interrupccedilatildeo dos processos de amolecimento c chuculllcnto por accedilatildeo da potassa A limpeza do material deve ser (cita rcllrando-se as partes moles sob lupa em lacircmina escavada contendo glicerina com aux iacutelio de pinccedila de ponta fi na e pincel Depois ele na lizado o estudo a genitaacutelia eacute acondicionada segundo os mesmos procedimentos que para Coleoptera

Para mosqu itos o processo eacute um pomo d i Icrcllltauo Apoacutes a retirada da parte final do abdocircmen esta eacute colocada em hidroacutexido de potaacutessio a 20 por cerca de 12 horas C(gtn1 o auxO io de pipeta de Pastem com ponta f i1a retira-se iI soluccedilatildeo de hidroacutexido colocando-se em aacutecido aceacutetico a 20 Apocircs 10 minutos deve-se substituir o aacutecido anterior por aacutecido aceacutetico ao qual foram adicionadas uma ou duas gotas de corante (fucs ina uacuteeacuteida) Deltltl-se a genuumlaacutelia nes te Iiacutequ ido ateacute que el a alcance a cor desejada Mais tarde reti ra-se il genitil ia desta soluccedilatildeo banhando-a em uma sucessatildeo de aacutelcoois L1ll concentraccedilotildees crescentes com duraccedilatildeo de lO minutos por banho

66

Estudo e Identificaccedilatildeo

(de 80 ao absoluto) para desidrataccedilatildeo O aacutelcool absoluto eacute retirado e substituiacutedo por creosoto de faia onde pennanece por no I11 UacuteX i mo uma hora Faz-se entatildeo a montagem permanente da genjlaacuteliu entre lacircmina e laminula com baacutelsamo do Canadaacute ou EuparaJ

522 Preparaccedilatildeo de asas de Lepidoptera

A venaccedilatildeo dalt asas em alguns grupos consti tui caraacuteler importante na identificaccedilatildeo As escamas e pecirclos nas asas de borboletas e mariposas muitas vezes dificultam a observaccedilatildeo das veias e por isso necessitam ser removidas

O procedimento correto eacute retirar as asas cortando-ac na base tomando o cuidado para natildeo danificar ofrecircnulo (uma estrutura da margem das asas anteriores) Inicialmente as asas devem ser colocadas em aacutelcool 7000 por alguns segundos para a retirada do excesso de gordura Em seguida devem ser retiradas do aacutelcool e colocadas em hipoc lorito de soacutedio (aacutegua sanitaacuteria) Esse processo demora entre 30 segundos e alguns minutos apoacutes os quais as escamas e pecirclos seratildeo retirados com auxiacutelio de pincel e as asas ficam clarificadas Quando suficientemente clareadas as asas devem ser transferidas imediatamente para aacutegua destilada ou aacutelcool para neutralizar o efeito do hipoclorito e posteriormente para papel de filt ro Se o objetivo ror o de montagem de lacircminas permanentes o processo de lavagem deve ser feito diversas vezes para a retirada de todo o hipoclorito de soacutedio Isso feito a asa deve ser transferida para o aacutelcool 50 e deixada durante lima noite em corante (fucsina aacutecida) para que as veias fiquem bem visiacuteveis E m seguida coloca-se novamente em aacutelcool 9500 e a asa estaacute pronta para ser montada P ara a montagem deve-se esticaacute-la del icadamente com pincel fino em lacircmina ainda dentro do aacutelcool ateacute que este se evapore ocasiatildeo em que devem ser adicionadas u ma ou duas gotas de Euparal Ass i 111

a asa estaraacute pronta para ser coberta com outra lacircmina ou com lamiacutelu il n dependendo do tamanho da asa

67

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

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MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

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73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

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Ocidente lI ltI- I I I~ lo

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Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

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Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

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Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 40: Manual Coleta Insetos

Manual de Colela Conservaccedilatildeo MontagellJ ( Idcllllflcuccedilito de Insetos

53 Precauccedilotildees quarentenaacuterias

Produtos que entram em um Paiacutes por rrnntciras atraveacutes de carregamentos por caminhotildees em portos ou aeroportos devem ser fiscalizados por teacutecnicos capacitados para rcaliacutear a detecccedilatildeo de insetos vivos ou seus vestiacutegios

Nos Estados Unidos por exemplo apls1I da vigilacircncia cuidadosa entram no pais anualmente cerca de 25 LI 30 novas espeacutecies de insetos transportados junto a dmglli ou de forma ilegal Dessas espeacutecies uma ou duas tomam-se pragls crils no Paiacutes

Eacute fundamental que teacutecnicos sejam habllildns Il cxaminar o material entomoloacutegico que entra no Paiacutes alruvrs 11m I rontciras de forma a identificar de maneira correta os insetos

Caso a inspeccedilatildeo de fronteuumla natildeo I Lmiddot l1h~ 1 llHldiccedilotildees de distinguir os danos ou mesmo a presenccedila do illscltl 1lI produto o mesmo deve ser encaminhado a oacutergatildeos especia is qUl pnslam este

tipo de serviccedilo

l1K

6 Remessa e empacotamento

Em geral a remessa de insetos para a identificaccedilatildeo eacute feita pelo correio o que pode ser perfeitamente seguro sem qualquer risco de danos desde que se tomem algumas precauccedilotildees especiais

61 Caixa com insetos aJimetados

A caixa onde iratildeo os insetos alfinetados deve ser de material leve e resistente O fu ndo interno deve ser de corticcedila ou isopor preso firmemente agrave caixa O alfinete deve fi car preso ao fundo Se o espeacutecime for grande c com apecircndices longos ou se o alfinete estiver com o frasco de genitaacutelia ou caacutepsula de gelatina devem ser utilizados alfinetes adicionais que apoiaratildeo o material por c ima para queele natildeo gire no alfinete c acabe caindo Em cada um dos cantos da caixa deve-se colocar um pequeno chumaccedilo de algodatildeo preso com um alfinete que ~udaraacute a prender algum material que eventualmente venha a se soltar Um uacutenico alfinete com um exemplar solto em uma caixa entomoloacutegica pode ao longo de seu transporte danificar vaacuterios exemplares de outros alfinetes Para que o material se mantenha firme no interior da caixa el a deve ser fechada com uma falsa tampa de papelatildeo agrave altura da cabeccedila dos alfinetes antes do fechamento definitivo Esta tampa deve conter omaalccedila ou fenda para facililursua reti rada O espaccedilo en tre a fa lsa tampa e a tampa defi ni ti va deve ser preenchido com algodatildeo Nunca se deve colocar naftalina ou quaklu~r material solto dentro da cai xa Todos esses detalhe satildeo muito importantes e devem ser rigorosamente observados pois 110 correio o manuseio dos pacotes eacute fei to sem o cuidado nlccssaacuterin pecirclm esse tipo de remessa

69

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

71

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

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CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

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TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

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Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

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Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 41: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem lt Iclcntifi c~lIatildeo de Insetos

62 Material seco natildeo montado

o materi al seco deve ser acondicionauo em mantas que para a remessa devem ser colocadas em um caixa resistente natildeo podendo ficar soltas Algodatildeo espuma ou oullO material deve ser colocado entre as mantas para que elalt nau fiquem soltas na caixa Insetos com asas grandes ou abdocircmen longo tomo borboletas mariposas libeacutelulas etc- devem ser acondicionados em envelopes triecircmgulares

63 Material em via liacutequida

Insetos menores que 30 mm devem ser tolocados em frascos de vidro transparente para melhor visuall uccediluo Os maiores podem ser colocados em frascos de plaacutestico r1civc l Nos dois casos o frasco deve estar completamente prcclltltido com liacutequido conservante e tamponado com algodatildeo para rculIzir movimentaccedilatildeo dos espeacuteci mes no seu interior O frasco deve ser CIl vol vidu com papel ou algodatildeo para ev itar que se quebre com impactos hruscos e ainda deve ser colocado em saco plaacutestico e lacrado pois 110 ~aso de quebra ou vazamento a evaporaccedilatildeo do liacutequ ido seniacute pmlclad1

64 Empacotamen to

Insetos montados natildeo montados ou CIII Via liacutequida devem ser acondicionados em caixa de papcliio grosso Esta deve ser colocada em uma outra caixa maior de l11odo que haja um espaccedilo de aproximadamente 10 em em todos os lauos Nestes espaccedilos deve ser colocado material amortecldm de choques como palha ~erragem de madeira algodatildeo tiras dl papel flocos de isopor ou espuma de plaacutestico (Fig 37)

O embrulho deve ser feitu com papel pardo resistente e amarrado fi rmemente com conJuo rlaacutestico ou de algodatildeo Eacute aconselhaacutevel que aleacutem da etiqueta externa do pacote se coloque na

f()

Remessa e Empacotamento

caixa interna uma etiqueta de endereccedilamento pois o papel de cmhmlho pode ser retirado completamente e perdidos os endcrc~()s Jn destinaLaacuterio e do remetente lcto pode ocorrer principalmente quundt l

se trata de transporte internacional durante a pacsagem do materiul pel a al facircndega

As caixas enviadas pelo cOITeio devem conter aleacutem das etiquetas de endereccedilamento uma etiqueta de tamanho maior com os dizeres FRAacuteOll ou MANUSEAR COM CUIDADO e ainda INSETOS MORTOS PARAFINS CIENTIacuteFICOS - SEM VALOR COMERCIAL Estas etiquetas devem ser escritas tambeacutem em inglecircs quando o envio eacute internacional facilitando a fiscaJizaccedilatildeo

Quando se envia material pelo correio eacute importante que se mande tambeacutem u ma carta ao destinataacuterio em separado notificandoshyo do envio da remessa Normalmente a carta chega antes do pacote

Figura 37 Acondicionamento de material entomoloacutegico para remessa

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Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BloQulP How lo make an insect collection 1992 l3ioLJulp Products Inc 2nd editioo 31 p

BLACKWELDER RE amp RM BLACKWELDER 1961 fgtinctory of zoological faxoflomists of lhe world XVIl I -104 p Southem lllinois University Press Carbondale

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

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CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

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Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

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STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

mires techniques for collection and preservation United Slatcs Department of Agriculture Washington DC 103 p

TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

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VHO 1992 A practicaJ guide for malaria entomoJogists in lhe Agrave Im~HtI

Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

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74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

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fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

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5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

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fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

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iacutendice Remissivo

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Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

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ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

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Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

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Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

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~middotn U -1

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Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

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Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

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E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 42: Manual Coleta Insetos

Manual de Coleta Conservaccedilatildeo Montagem e Identificaccedilatildeo de Insetos

7 Bibliografia ARNETT RJ Jr 1978 The naturauumlt s direro (Iul all1lcJIac

(Internatiorzal) (43rd ed) x + 310 p World NHlUral History Publications Baltimore

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BORRaR DJ CA TRIPLEIIORN amp NF JOHNSON 1992111 illlroductioll to the study of illsects Saunders College Puhli hing Orlando Fl6rida 875 p

BORRaR OJ amp R E WHI TE 1976 A field gllidl to te immiddotecs Houghton Mifflin Company Boston 404 p

DA COSTA LIMA A 1939-1962 Insetos do Bralil ESltlIla Nacional de Agronomia 12 volumes Rio de Janeiro

CSIRO CEd) 1991 The insects ofAustraitl 1 flmiddottlmokol sfudents and research workers 2 volumes Carlton Mllbollmc University Press 560 + 600 p

FERREIRA MJ DE M 1978 Sinantropin de diptlfoS musc6ideos de Curitiba Paranaacute L Calliphoridae Utllfl Im Bio 38(2)445shy454

HOFFMANN M 1985 Preparaccedilatildeo empacotamento c remessa de insetos mortos para identificaccedilatildeo Cenlro de rJcntificaccedilatildeo de Insetos Fitoacutefagos (ClIF) Curitiba 6 p

MARINONI RC 1996 Diretoacuterio cle t(IfiIlOIO zooacutelogos do Brasil Sociedade Brasileira de Zoologia 4H p (publicaccedilatildeo avulsa)

MAZA-RAMIREZ R1987 Maripol( IJIli((lUS Fondo de Cu ltura

72

Bibliogmlb

Econocircmica S de Cv 302 p NEVES DP amp J E DA S ILVA 1989 Entom I pio 11 1(1

comportamento captura montagem Editora COOpl1lld 11t~ 1(1

Horizonte 112 p PAPAVERO N 1994 Fundatnelltos praacuteticos de laxolollifl ~I(lhl~II i

coleccedilotildees bibliografia nomenclatura Editora da Univclii(bdl Estadual Paulista Satildeo Paulo 285 p

SHANNON R 1939 Methods forcolJectirlg and feeding mosquitos ill llI1wllmiddot yellow fever studies Amer J Trop Med 19 131 - 140

SILVEIRA NETO S O NAKANo D BARBIN amp N A NOVA 1976 Mlllllof de ecologia dos insetos EdAgronocircmica Ceres Satildeo Pauh 419 p

STEYSKAL GC WL MURPHY amp EM HOOVER 1986 Insects llIlfl

mires techniques for collection and preservation United Slatcs Department of Agriculture Washington DC 103 p

TawNEs H 1972 A light-weighl malaise trapo Ent News 83239-247 UPTON MS 1991 Methods for co lIectillg preserving and srllllyillg

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VANZOLlNI PE amp N PAPAVERO J967 Manual de coLeta e preparartio de aninltlis terrestres e de aacutegua doce Secretaria de Agricultura de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 223 p

VILELA EF amp N DOS ANJOS 1995 Quem eacute quem na Emofgill CataacuteLogo dos Entomoacutelogos Brasileiros Sociedade Entomoltshygica do Brasil (publicaccedilatildeo avulsa)

WHITE RE 1983 A field guide to file beecles oI Nurth Allltlill Houghton Miff1in Company Baston 368 p

VHO 1992 A practicaJ guide for malaria entomoJogists in lhe Agrave Im~HtI

Region ofWHO WHO Regional Office for Afrrca BI1llillt~

ZUCCHI RA S SILVEIRA NETO amp O NAKANO 19ltn (lIiacute ri Identiftcaccediluumlo de Pragas Agriacutecolas FEALQ Pirlrllolbll Sfin Paulo 139 p

73

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

Ento-tech Rodourevej 3481 th DK-2610 Rodoure Dinamarca

FARGON - Engenharia e Induacutestria Ltda Rua Guaraliba ] 81 Socorro Santo Amaro 04776-000 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (011) 523-721 I Fax (011) 246-5033

JR Eh1ke amp Cia Ltda Materiais e equipamentos para laboratoacuterio e hospitais Av Joatildeo Gualberto ] 66180030-001 Curitiba Paranaacute Brasil Telefone (041) 352-2144 Fax (041) 252-2196

LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

74

iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

75

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

--

iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

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Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

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InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

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de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

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Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

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cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

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5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 43: Manual Coleta Insetos

Anxo - Empresas que Comercializam Produtos EnlomoIoacutegicos

Anexo Empresas que comercializmTI produtos entomoloacutegicos

BioQuip Products 17803 LaSaJle Avenue Gardena CaJifomia 90248-3602 USA Telefone (310) 324-0620 Fax (310) 324 shy7931 E-mai] bioquipaoJcom

Biosystems - Comercial Importadora Exportadora de Equipamen shytos para Laboratoacuterios Ltda Rua Amazonas Marcondes 336-A 80035-230 Curitiba Paranaacute Fone (041 ) 254--8611 Fax (041) 253shy6722

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LC Mark Rua Joaquim dos Reis 51 Satildeo Paulo Satildeo Paulo Brasil Telefone (01 1) 548-9500 Fax (O] 1) 521 -1667

Wards Natural Science Stablishment PO Box 1712 Rochester New York 14603 ou PO Box 1749 Monterey CaJifornia 93940 USA

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iacutendice Remissivo

Iacutendice Remissivo acetato de etila 9 17 Bibionomorpha 19 Acalyptratae 1920 bibliografia 63 72 aacutecaros 24 27 39 55 biologia 3 4 233435 38 4 151 aacutecido aceacutetico BioQuip 74

glacial 52 55 5oacute Biosystems 74 g licerinado 55 Blackwelder 63 72

adullo46172427 3637 Bland72 aiacuteideos34455394 borboletas 6 lO 12 16 17 25-27 33 agronomia 3 Borror63 72 aacutegua desti lada 52 55 65 67 B lattaria 13 48 aacutelcool 720 23 31 32 43 52 54 66 67 Bouin 56

e tI1ico 6 4445 cadaacuteveres 59 isoprop iacutelico 56 Cllixa

alcoocircmelro 44 de remessa 69 71 al fine te entorno loacutegico 4 S 47 de criaccedilatildeo 37 algodatildeo 9 lI 12 17 29 40 5669 70 para estoque 12 alimento I 14 1523 29 37-39 4 1 paa gavetas 59 amadores 2 3 Calliphoridae 1927 Anjos 73 cacircmara uacutemida 4546 54 66 Apidae 15 18 canibal ismo 39 ara nhas 24 Calyptratae 27 Archaeognatha 24 carne 25 27 armadil has categoria taxonocircmica 6 1

ele solo 24 25 31 Ceralopogonidae 13 luminosas 29 30 3 1 32 cereais 39 Malaise 18-21 2355 Chrysomelidae 15 Shanno n 2728 chuva 25 26 31 34 suspensas 23 cianeto 7- 10

Amett 6372 ciclo de vida 37 arlroacutepodes 24 CllF63 asas 2429 34 43-4553-55 classificaccedilatildeo (bioloacutegica) oacute 162 Asilidae l6 19 clorofoacutermio 9 aspiradores 5 13 14 29 coelhos 39 bacteacuterias 26 39 44 coleccedilotildees bandejas coloridas 34 cienLiacuteficas 4 57 banho-maria 52 diduacutelic lS 4 baratas 38 colecircmbolos 1lt15 Barbin 73 Coleoptera 13 15 41)(i ~ 6Cl Berlcse-Tullgrcn 32 coleoacuteptc rus 12

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fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

77

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iacutendice Remissivo

7

Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 44: Manual Coleta Insetos

fndice Remi~sjvo

coleta ati va 5 6 18 passiva 5 18

colete 10 Collembola 24 comportamento 37 conservaccedilatildeo 3 6 12 44-46555760

contro le biQloacutegico2 de pragas 2 68 de vetores 3

copas (das aacutervores) 2335 corante 66 67 corticcedila 14 52 65 69 Costa Lima 72 creosoto 67 criaccedilatildeo 4 36-41 CSIR063n Culicidae 13 43 dados ecoloacutegicos 54 decomposiccedilatildeo 425-2729343538 Dennaptera 13 desidrataccedilatildeo 34 4552545567 desumidificadores 60 detergente 25 3465

Jieta 39 Dietrich (v Kahle Dietr ich) diploacutepodes 24 Diplura24 Diptera 24 44 49 55 6166 diacutepteros 18 19 27 65 dissecccedilatildeo 64 65 descriccedilatildeo (de espeacutecies) I 62 efecircmeras 18 Ehlke 74 eacutelitros 13 49 empacotamento 69 70 enrugamento 44 55 entomologia 1-3 Ento-Tech 74 envelope 10- 12 444570

escada (de montagem) 47 escamas 17 4~ 44 50 67 esmalte 50 especialistas 245762 63 espeacutecie

nova 62 exoacuteticas 3

estereom icrosliacutepio 64 esticadores 49 cstufa 59 elanoi 644 eacuteter 9 eliqueta 7 10 12444754565965 etiquetagem 5oacute j(

Euparai 66 6 exsicata41 Fargon 74 farinha 39 feijatildeo 39 Ferreira 26 72 fi bra oacuteptiea 64 filoacute 14 16 fitoacutefagos 15 161963 flores 4 1531 394 folbagem 15 16 7 35 folhas 4 133 13941 folhiccedilo 193 132 formas imaturas (v illlaturos) fonnigas 132427 H fOnTIo13455 56 fCltodecomposiccediluumlo 56 60 fo toperfodo 3740 lt+ t frecircnulo67 frutos1 25 37 4 1 lucsina aacuteddn 66 67 fU1 m3Y fUlgo~ 3394042 4659 funil Je Berlese 3132 gaioLgt de emergecircncia 36 glIinhas 39 gtni laacutel ili 65-67 69

76

fnclice Remissivo

gerbox 37 gesso 8 9 glicerina 55 65 66 gratildeos 4 39 guarda-chuvas cntomoloacutegicos 5 12 13 haacutebilut 45 15 1 amp 2436 haacutebitos I 57 Hallictidae 18 hematoacutefagos 132835 39

herbaacuterio 42 hidroacutexido

de potaacutess io 52 65 66 de soacutedio 65

himenoacuteptcros 18 19 hipocori to de soacutedio 67 Hoffmann 72 Hoovcr 72 hospedeiros 40 57 Hymenoptera 15 444955 identilicaccedilatildeo 1-436 4 144 4748 51

5254 5amp5961-6467 79 imaturos46 10 17 1amp243655 isca 1323-286amp Jaeq ues 72 Johnson 72 Kahle Dietrich 55

KAA56 lacircmina 23 45 52-54 58 64-67 lamiacutenula 54 64-67 lacircmpada 32 46

fluorescente 30 de mercuacuterio 33 34

larva 24 36 38 5556 levantamentos (fauniacutesticos) 1 4 18 35

libeacutelulas 10 16 18 70 Luiz de Queiroz 3D lupa 17 455 164-66

luvas 8 luz 172930 32 37 404J 60 Malaise (v armadilhas Malaise)

manejo23

manta 10-12 44 4570

Marioni 63 72 mariposas 1726 3234 43 iO 11 I lt I

Mark 74 maacutescaras 8 Maza-Ramirez 72 micro-ailinete 52 microscoacutepio 54 64 milho 39 montagem 2 3 6 43-45 49-55 59 fl i shy

67 morfologia 345464 morim 12 1620 2 12628 mosquitos 13 18 28 29 43 66 M urphy 73 Muscidae 1927 6 1

Musca6 162 Myeetophilidae 27 naftalina 12 466069 naacutei lon 16 18 2026 Nakano 73 nanquim 56 57 Neuroptera 16 44 Neves 73 niacutevel de espeacutecie 2 336 63 65

Nova 73 O titidae 15 oviposiccedilatildeo 38 Papavero 73 papel

absorvente 89 124 1-43 filtro 40 46 pardo 7

parasitoacuteides 2 44 55 pcixe 25 27 pecirclos 5067 percevejos 12 18 54 Phoridac 19 24 27 pipeta 52 66 pitfall25 pinccedila6 8 13 64 6oacute

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iacutendice Remissivo

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Dalton de Souza Amorim Paacuteginas 156 Ano 2002

ISBN 85-86699-36middot5

Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

Meacutetodos Filogeneacuteticos Comshyparativos

Nelson Papavero Jorge L1orente-Bousquets David Espinosa Organista Rita

Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

~middotn U -1

Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

Francisco J S l (UH

Paacuteginas 127 Ano 20() ISBN 85-86699middot3middot1 middot9

Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24

Page 45: Manual Coleta Insetos

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iacutendice Remissivo

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Fundamentos de Sistemaacutetica Filogeneacutetica

Seacutergio Russo Matioli Paacuteginas 202 Ano 2001

ISBN 85middot86699-27-6

Biologia Molecular e Evoluccedilatildeo ~rl(I)du ~UmiddottaacutettUdl-- ((IIIImiddotltrbullbull I - - Joseacute Alexandre F Diniz Filho

Paacuteginas 162 Ano 2000

ISBN 85-86699-21-7

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Mascarenhas Paacuteginas 168 Ano 2000

ISBN 85-86699-17-9

Histoacuteria da Biologia Comparashyda bull Desde o Gecircnesls ateacute o Fim do Impeacuterio Romano do

Ocidente lI ltI- I I I~ lo

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Leandro Aabello Monteiro Seacutergio Furtado dos Reis Paacuteginas 188 Ano 1999

ISBN85-86699-10-1

Princiacutepios de Morfometria Geomeacutetrica

Cibal) S HUIO)II r(i ~ lfj

Rosa M d HIOI 11 Paacuteginas 1 AIIII l iI)

ISBN 85middottlIJUi I 1I

InuArtebrados - Manunl d Aulas Praacuteticas

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Hibridaccedilatildeo de Aacutecidos Nucleacuteicos

Maria C E Amaral amp Volk I Bittrich

Paacuteginas 88 Ano 200

ISBN 85-86699middot72~

Laguinhos Mini-Ecossistemas para Escolas e Jardins

E-- -I Lucia M de Al meirln (10 RCosta Luclonc M WI11111 1

Paacuteginas 78 AI1I1 ()(lll

ISBN 85middot 8Iil I)~ OHI

Manual de Coleta Con ccedilatildeo Montagem e Idcnlltl

de Insetos OIIlVI V MII mlr I 1rltlIII IViii I

J shy

O bullbull ~ P IIII middoti~~middot middot - --- 111 111 111 hmiddot1 1 ~fJ() I

I LmiddotI U MLTA AgraveUTmiddot

Serpentes da Mat Atlftntlceacutel bull Guia Ilustrado par Sorra do

Mar

pinceI639 526466 67 Pipunculidae 16 placas de Pet ri 3740 5565 Pompi lidae 18 Protura 24 Psychouidae 13 pulgotildees 52 pupa36 40 PVC 16 quarentena 68 querosene 56 ratos 39 rec ipiente coletor 21 22 32 rede

cntomoloacutegica 15 16 18 de varredura 16 17

refrigeraccedilatildeo 43 remessa 69-7 [

sauacutede puacutebl ica 2 sarcofaacutegicos 59 Smcophagidae 19 27 Sciaridae 24 Seps idac 27 Shannon (veja armadilha Shannon) Si lva 73 Silveira Neto 30 73 Simul iidae 13 sIacutenf ilos 4 sistemaacutetica 1-354 57 58

SIeyskal73 subl oca[ idade 58 Syrphidae 19 taacutebuas de distensatildeo 49 Tachin idae 19 taxonomia 2 6162

temperatura 37 40 454659 tensatildeo supcrlic ial 25 34 tcrminaacutelia 65 tesourinhas 13 646lt lelracoreto uc carhono 9 thillner 50 T hysanoptcra 54 fimer41 tisanuros 13 toacuterax 17 34 48 4Y Townes [9-2 1

triacircngulo 10-12 Triplehorn 72 tubinho (de gcnitiacute lia) (i5 tubo de ensaio 29 52 U pton 73 umidade 8 27 32 3739 40 42 43 45

5960 Vanzolini 73 Vespidae 15 18 veterinaacuterja 3 via

liacutequida 43 53-57 70 seca 444555 5t15~

vidros letais 5 7-1 0 11 15 1734 vigilacircncia sanituacuterla 2 Vilela 6373 voa1 26 36 voucher 2 Wards 74 Wrule 72 73

W HO 2973 xilol5455 Zucchi 6~ 73

ygentomma 24