apostila aulas práticas proj. cambira
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apostila aulas práticas Proj. CambiraTRANSCRIPT
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Governo do Estado de Santa Catarina
Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.
CURSO DE PESCADO
INSTRUTORA:
Ana Lúcia Ribeiro
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1. IMPORTÂNCIA DA TRANSFORMAÇÃO DO PESCADO
Foi a pesca provavelmente que deu ao homem o primeiro suprimento alimentar a ser
conservado. O peixe como alimento é uma das principais fontes de proteína de alta
qualidade e preço relativamente baixo. Nosso Estado é privilegiado por excelência, por ser
um produtor de pescados dos mais diversos possíveis, tanto da água doce como da água
salgada. Contudo, o grande potencial, oriundo da atividade pesqueira, ou cultivo não se
resolve a contento, em razão da falta de hábito de consumo do pescado, principalmente em
algumas regiões.
Em decorrência disto, existe desconhecimento, por parte dos produtores, das
técnicas de manuseio, , industrialização e conservação do mesmo.
A conservação de peixes apresenta problemas mais sérios que a conservação de
carne de outros animais, uma vez que a decomposição acontece muito mais rapidamente
em pescado.
Diante destes fatos, a EPAGRI, através dos cursos profissionalizantes, vem
procurando mostrar alternativas de processamento artesanal do pescado, onde o objetivo é
agregação de renda, melhoria de qualidade e aproveitamento da matéria prima disponível.
2. CARACTERIZAÇÃO DO PESCADO
Pescado é todo animal que vive normalmente em água doce ou salgada e que sirva para
alimentação humana.
Incluindo peixes, moluscos, crustáceos, quelôneos e mamíferos.
3. COMPOSIÇÃO DO PEIXE
Muito nutritivo, fonte de proteína de alta qualidade e é superior a carne bovina.
Água...............................................................66 à 84%
Proteínas....................................................... 16 à 24%
Gordura..........................................................0,6 à 22%
Sais Minerais..................................................0,8 à 2%
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A variação na composição química do pescado é afetada por vários fatores , como genética,
desenvolvimento, nutrição, ambiente e outros.
Existem diferenças na composição química entre as espécies de peixes, principalmente no
teor de gordura. Na mesma espécie, existe variação quanto à idade e sexo.
Os peixes mais jovens, têm mais água e menos gordura que os adultos. Pelo fato de
estarem em crescimento. Diminui a gordura disponível para reserva.
Existe diferença na composição da carne em relação a localização anatômica, nos peixes
gordos e semigordos é mais perceptível. Dessa forma pode-se observar que quanto às
proteínas, a porcentagem é maior no dorso e menor no ventre; a gordura é maior no ventre
em relação à cauda, a umidade é maior na cauda e menor no ventre.
Quanto a cor da carne, observa-se que as fibras escuras apresentam maior teor de gordura,
em comparação com as fibras da carne branca.
Portanto, pode-se dizer que as características naturais da carne de pescado podem variar
segundo as estações do ano, as condições de desova, a idade, o local de captura e o
regime alimentar, por influir no teor de gordura e no sabor final do peixe.
O teor de gordura influi decisivamente na vida útil do produto e na aceitação pelos
consumidores.
RENDIMENTO DA PARTE COMESTÍVEL
A parte útil dos pescados, também denominada corpo limpo ou carcaça, segundo alguns
autores, representa em média 62,6% do peso .
Tratando-se de rendimento de filé, com pele, tanto de espécies de marinhas como de água
doce, encontra-se entre 32,8 e 59,8%, com uma média de 50,5%. Com a retirada da pele,o
rendimento é reduzido para 43% .
Existe uma relação inversa entre o tamanho da cabeça e o rendimento de carne, isto é,
peixes de cabeça grande dão rendimentos baixos.
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3.1 TABELA 1- COMPARAÇÃO VALORES NUTRITIVOS EM ALIMENTOS
ALIMENTO CRU
(100g)
CALORIAS
(g)
PROTEÍNAS
(g)
GORDURAS
(g)
MINERAIS
Ca Fe P
Carne bovina magra
111,01
21,0
3,0
12
3,2
224
Carne bovina gorda
250,0
18,7
19,5
2
2,7
188
Carne frango magra
149,0
21,3
7,1
16
1,9
218
Carne frango gorda
235,8
18,9
17,8
15
1,9
207
Carne Suíno
magra
181,0
18,5
11.9
6
2,0
220
Carne Suíno gorda
285,7
16,3
24,5
6
1,5
190
Carne Peixe
Água salgada*
82,9
16,0
2,1
22
1,1
229
Corvina
100,0
20,8
1,1
38
1,1
198
Cação
129,0
18,8
5,4
16
1,5
176
Manjuba
95,0
18,5
2,2
279
1,2
22
Bagre
1 78,2
18,9
11,4
20
0,6
200
Pescadinha
97,0
20,5
1,0
31
1,1
318
Tainha
1 73,0
22,9
8,9
13
1,6
196
Enchova
106,2
19,6
3,1
90
0,6
225
Mexilhão
96,0
14,4
2,3
88
5,8
236
Camarão
101,0
21,2
1,8
96
1,4
170
Siri
100,0
17,9
2,0
1
1,8
192
* Média
Fonte : UFSC
4. CUIDADOS COM O PESCADO
4.1 DE ÁGUA SALGADA (No barco)
- Abrigar o pescado dos raios solares
- Eviscerar o pescado rapidamente
- Evitar estocagem de pescado em pilhas muito altas.
- Conservar em gelo até o retorno à praia
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4.2 CUIDADOS NO MANEJO DE DESPESCA
Manuseio correto do pescado consiste na aplicação de algumas regras fundamentais:
Abater por choque térmico
Lavagem do pescado com água potável
Cuidados no manuseio evitando danos físicos em todo o processamento
Eviscerar com a máxima higiene e com água potável
Resfriamento imediato
Pescado é produto perecível (sofre alterações muito rápido), manter cuidados básicos para
garantir a qualidade do produto.
Um dos principais cuidados é fazer uma boa lavagem dos peixes em água limpa. Após a
lavagem, colocar o peixe em gelo, deve-se alternar uma camada de peixes e outra de gelo,
preferencialmente em escamas (conforme figura 1
A quantidade de gelo varia, dependendo da distância de transporte ou destino. Geralmente
é usado 1 kg de gelo para 2 a 3 kg de peixe.
O gelo deve ser fabricado com água limpa e potável e pode ser:
Gelo em escamas; em cubos; em tubos; em placas; em blocos
Figura 1 - Embalagem do peixe em gelo
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5. INSPEÇÃO SANITÁRIA
O pescado é um produto altamente perecível que necessita de cuidados especiais de
higiene durante a manipulação, processamento, estocagem e comercialização
Para evitarmos o desenvolvimento de bactérias e consequentemente contaminação dos
alimentos, é necessário cuidados com o pescado desde a pesca até o consumo.
5.1 INSPEÇÃO EXTERNA
Se o pescado apresentar as seguintes características, devem ser descartados :
Úlceras de pele e nadadeiras
Cegueira parcial ou total
Guelras danificadas ou esbranquiçadas
Tumores
Hidropisia (acúmulo anormal de líquido em cavidade do corpo)
Parasitos sobre a pele, na musculatura ou guelras
5.2 INSPEÇÃO INTERNA
Apresentando estas características internas o pescado deverá ser descartado:
Hemorragias
Ulcerações
Cistos
Calcificações
Lesões renais
Lesões hepáticas
Parasitas : - Intestinal
- Cavidade abdominal
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6. ALTERAÇÃO DA CARNE DO PEIXE PÓS-MORTE
O pescado, como qualquer outro animal, logo após a morte sofre alterações
microbiológicas, químicas e físicas, passando por uma série de estágios que promovem
alterações no sabor, odor e textura da sua carne, progredindo até a deterioração.
Os principais estágios dessas alterações podem ser classificados como: rigor mortis,
liberação de muco, autólise, digestão química e decomposição bacteriana.
Esses estágios ocorrem simultaneamente, sendo que o início, duração e término podem
variar dependendo das condições de manuseio e armazenagem do pescado.
6.1 RIGOR MORTIS
Após a morte os pescados apresentam um fenômeno conhecido como rigor mortis ou
rigidez cadavérica. Durante o rigor mortis, o corpo do animal contrai-se e torna-se enrijecido.
Após um certo tempo, os músculos relaxam e o corpo amolece novamente.
O rigor mortis está diretamente relacionado aos estágios iniciais da deterioração dos
pescados.
Fatores que influenciam o rigor mortis, são:
Espécie
Estado nutricional
Tipo de captura e manejo
Temperatura de estocagem pós-captura
Acredita-se, que antes e durante o rigor mortis, a decomposição bacteriana da carne é
retardada. Por este motivo, é recomendado observar os fatores que influenciam o rigor
mortis, aumentando desta forma o tempo de conservação do pescado.
6.2 LIBERAÇÃO DO MUCO
A liberação do muco para a parte externa do animal é um fenômeno bastante perceptível na
maioria dos peixes, podendo ser mais ou menos abundante dependendo da espécie.
O muco é formado por uma proteína que é excelente substrato para o desenvolvimento de
bactérias, por isso pode entrar em decomposição, quando o músculo do peixe ainda está
perfeitamente fresco.
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6.3 AUTÓLISE
É a desintegração dos músculos e vísceras dos pescados pela ação de suas próprias
enzimas.
Todos os organismos possuem enzimas, substâncias químicas que no animal vivo tem
função construtiva vital, mas com a morte elas tornam-se destrutivas amolecendo, digerindo
e desintegrando os músculos e vísceras.
6.4 DIGESTÃO QUÍMICA
No trato digestivo dos peixes existem sucos ácidos que auxiliam no processo digestivo.
Após a morte dos peixes estes mesmos ácidos promovem a destruição das paredes
intestinais, atingindo os tecidos musculares, causando queimaduras abdominais e
facilitando a saída de bactérias do intestino que causarão a decomposição da carne do
peixe.
6.5 DECOMPOSIÇÃO BACTERIANA
A decomposição bacteriana apresenta-se como um dos principais fatores que participam da
deterioração do pescado.
Os peixes, apresentam milhões de bactérias distribuídas, principalmente nas guelras, nos
intestinos e no muco.
Na pesca, novas fontes de contaminação (água, gelo, manuseio, equipamento, local)
modificam ou aumentam a microflora presente.
Com a morte do animal, as defesas naturais deixam de atuar e as bactérias logo começam
a invadir o corpo do pescado. As bactérias dos intestinos e das guelras penetram com certa
facilidade na carne, por outro lado, as do muco encontram maior resistência devido à pele e,
em certos peixes, as escamas.
7. AÇÃO MICROBIANA
7.1 MICRORGANISMOS
São uma forma de vida que só podem ser visualizados através de microscópios.
Em presença de nutrientes, umidade e calor, crescem e multiplicam-se rapidamente.
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Estão em todos os lugares e espalham-se facilmente através das mãos, das roupas, dos
equipamentos e utensílios.
Existem muitos tipos de microrganismos: bactérias, algas, amebas, fungos, vírus.
Alguns microrganismos costumam ser úteis, como os fungos Penicillium, responsável
pelo sabor de queijos, Saccharomyces, utilizado na produção de vinho e cerveja, e o
fungo Penicillium notatum, usado na obtenção de antibióticos.
Outros microrganismos podem ser perigosos, como as bactérias Salmonella, responsáveis
por grande número de intoxicações alimentares. Estes podem ser encontrados:
Em qualquer material sujo;
No ar contaminado;
Nas águas poluídas;
No lixo e restos de comidas;
Na saliva de humanos e animais;
Nos excrementos animais e humanos;
Nos cabelos;
Nos ferimentos;
Na boca, nariz, olhos e orelhas de humanos e animais;
Nas moscas, baratas e roedores.
7.2 CONTAMINAÇÃO
Os alimentos podem ser contaminados quando:
São regados ou lavados com águas poluídas.
Tem contato com moscas, baratas, roedores, alimentos contaminados.
Recebem secreções de tosse, espirro ou fala.
São manipulados por pessoa com doença infecto-contagiosa ou com ferimentos
infectados.
São preparadas por pessoas que não lavam corretamente as mãos e as unhas,
especialmente, depois de ir ao banheiro.
Tem contato com excrementos humanos ou animais.
São processados em condições de higiene insatisfatória.
Bactérias do corpo humano:
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Couro Cabeludo.........................................................1 milhão/cm2
Secreção Nasal .........................................................10 milhões/g
Saliva .........................................................................10 milhões/cm2
Axila ...........................................................................100 milhões/cm2
Mãos ..........................................................................100 a 1000/ cm2
Testa ..........................................................................10 à 100.000/cm2
Muitos microorganismo são controlados apenas a temperatura
de fervura (100C), Outros entretanto, necessitam de temperatura mais elevada para serem
inativados (121C), conseguindo-se apenas com equipamentos especiais.
No pescado é importante manter a temperatura inferior a 5C
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7.3 DOENÇAS VEICULADAS POR ALIMENTOS
AGENTE RESERVATÓRIO ALIMENTOS SINTOMAS EFEITOS
Vibrio cholerae Intestino humano peixes, moluscos,
hortaliças, frutas
Início: diarréia moderada
ou abrupta Casos graves:
vômitos, diarréia intensa,
sede, dores abdominais
Destruição a 55º após 15
min
Clostridium botulinum Ambiente (solo e mares) Hortaliças, carne, leite e
derivados. Pescado,
frutas e picles
Início: Náuseas, vômito,
diarréia Neurológicos:
fraqueza, problemas de
visão, paralisação
Destruição das toxinas a
100º C após 5 min
destruição dos esporos a
120ºc após 17 min
Bacilllus cereus Ambiente e trato (solo) No
alimento
emética: amidos, arroz
Diarreica: carnes, tortas,
pudins, molhos, sopas
E: náuseas, vômitos,
dores abdominais
D: dores abdominais,
diarréia, raramente
náuseas e vômitos
Destruição a 100º c após 5
min
Staphylococcus
aureus
Fossas nasais, orofaringe,
pele
Carnes cozidas, queijos,
tortas, leite, saladas,
ovos, camarões
Náuseas, vômitos,
diarréia, dores abdominais
Destruição a 66º C após 15
min, porém as toxinas não
são destruídas
Salmonella sp Trato intestinal humano e
animal
Carnes e derivados,
ovos, aves e saladas e
derivados do leite
Febre, diarréia, dores
abdominais, náuseas e
vômitos
Destruição a 66º C após 20
min
Escherichia coli Trato intestinal humano e
animal
carnes, queijos e tortas Diarréia intensa com
sangue
Destruição a 100º C após
15 min, porém as toxinas
não são destruídas.
Fonte: Tratado de Microbiologia - Isaac Roitman, Luiz Travassos e João lúcio Azevedo Higiene Alimentar, Cuidados Para Uma Alimentação Segura - Estudos Gessy Lever Bergey, D.M et alii, Bergey’s Manual of Bacteriology Determination Banwart, G.J., Basic Food Microbiologgy
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8. HIGIENE
- Alimentos podem estragar-se com facilidade quando falta higiene .
- Quanto maior a higiene, menor a contaminação.
- Contaminação é causada por:
. Falta de limpeza
. Presença de animais domésticos (gato,
cachorro, galinha)
. Lixos acumulados
. Pessoas doentes
. Instalações sujas e mal cuidadas.
8.1 HIGIENE PESSOAL
Quem trabalha com alimentos precisa estar atento a sua saúde e higiene.
O controle da saúde do manipulador é feito através de avaliação médica.
Pele machucada e doenças respiratórias ou digestivas são um grande risco.
Sempre que o manipulador apresentar algum sintoma de doença ou ferimento, deve evitar
processar alimentos
O manipulador deverá estar vestido conforme figura 3. O avental, guarda pó e jaleco branco
ou de cor clara.
As mãos merecem uma atenção especial. Se estiverem feridas, mesmo com curativos, não
devem manipular alimentos.
O manipulador com ferimento deve ser substituído para atividades que não tenham contato
direto com os produtos, ou usar obrigatoriamente luvas descartáveis.
Lavar as mãos é indispensável. Usar água e sabão com agentes
bactericidas. Para secar, ar aquecido ou toalhas descartáveis.
As unhas devem estar sempre limpas, curtas e sem pintura.
CUIDADO
Muitos alimentos contaminados não apresentam alterações
de aspecto, cor, odor e sabor.
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A T E N Ç Ã O
Nunca usar maquiagem, anéis, brincos, pulseiras,
relógios e outros adornos na área de produção.
Evitar tossir, espirrar ou falar próximo aos produtos.
É proibido mascar chicletes, comer ou fumar na
área de produção
8.2 LOCAL DE TRABALHO
Pisos de material resistente, impermeável e lavável.
Paredes laváveis, pintada ou azulejadas.
Teto de material não poroso, não absorvente, lavável e pintado em tons claros.
Boa iluminação e ventilação.
Aberturas teladas.
Água de boa procedência e tratada.
Mesas de manipulação não porosas.
Evitar armazenar materiais de limpeza.
Evitar fumar, comer no local de trabalho.
Sempre, fazer a limpeza do local antes e após os trabalhos.
8.3 EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
Todos os equipamentos e utensílios, que tenham contato com os produtos, devem ser de
materiais considerados inertes (como por exemplo, aço inox) para facilitar a limpeza e
diminuir o risco de contaminação.
Devem ser regularmente limpos e sanitizados.
Os equipamentos devem estar a uma distância mínima de 60 cm entre si, 30 cm do piso e
60 cm das paredes, a fim de facilitar a limpeza e evitar o acúmulo de sujeira.
Equipamentos como secadores, refrigeradores e câmaras frigoríficas devem ser sempre
inspecionadas.
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8.4 MATÉRIA PRIMA
A qualidade da matéria-prima é muito importante.
Seu preparo, antes da incorporação ao processo, deve ser feito em condições
rigorosamente higiênicas.
No estoque, devem ser identificadas por data de entrada, fornecedor, condições de
recebimento e prazo de validade.
8.5 SOLUÇÕES SANITIZANTES
1. Hipoclorito de Sódio ou Água Sanitária (1 colher de sopa para 5 col de água)
2. Álcool iodado ( 1 litro de álcool + 50 ml de iodo)
3. Álcool
4. Desinfetantes a base de iodo de uso exclusivo para alimentos.
9. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO PESCADO
COMO RECONHECER PEIXE FRESCO:
Apresenta olhos brilhantes e saltados, córnea clara e lustrosa. Guelras bem vermelhas.
Carne firme, comprimindo-se não fica marcada a impressão dos dedos.
Escamas e nadadeiras perfeitas, bem aderidas à pele.
Cheiro característico dos peixes frescos principalmente na região da espinha.
Filés ou postas devem apresentar cor rosada e carne firme.
Logo que capturar ou comprar o peixe, coloque - o no gelo, para não deteriorar.
Fresco
Aceitável Deteriorado
Superfície com pigmentação viva e
azulada, coberta por muco
transparente.
Superfície com pigmentação viva, porém
sem brilho coberta por muco ligeiramente
turvo.
Superfície sem brilho e cor, coberta por
muco espesso e opaco
Olhos brilhantes, com pupilas negras
e córnea transparente.
Olhos ligeiramente achatados, córnea e
pupilas ligeiramente opacas.
Olhos fundos, com pupilas cinzas e córnea
opaca.
Guelras vermelhas e sem
mucosidade e visível.
Guelras vermelho escuro presença de muco
claro.
Guelras marrom-acinzentado e com muco
leitoso espesso.
Carne firme e elástica, superfície
lisa.
Carne com elasticidade reduzida, superfície
ligeiramente cerosa.
Carne sem elasticidade, coloração
amarelo-acinzentado.
Odor característico de peixe fresco. Odor agradável, porém não de peixe fresco. Odor desagradável. Cheiro de podre.
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10. PROCESSAMENTOS
10.1 COMO PROCEDER NA LIMPEZA DO PEIXE :
Corte as nadadeiras.
Com a mão esquerda segure-o pela cauda e com a mão direita, com auxílio de uma faca
ou escarificador, raspe da cauda à cabeça até limpar completamente as escamas.
Se o peixe for de pele como o pintado, bagre, linguado, etc., retire em primeiro lugar as
nadadeiras, corte a pele em toda a volta da cauda, faça mais um corte em todo o
comprimento do espinhaço; segure com uma mão e com outra puxe a pele retirando-a
toda de um lado, fazer o mesmo do outro lado. Complete a limpeza abrindo-o pelo ventre
(conforme figura 4), em toda sua extensão esvaziando com cuidado para não romper o
fel e vísceras; levante as guelras e corte próximo a cartilagem que fica em baixo.
Lave o peixe em água corrente.
Figura 4 - Abertura do Pescado
10.1.1 ESCARIFICADOR
Facilita a retirada das escamas,cuidado para não romper o pescado.
Figura 5 - Escarificador para retirar escamas.
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10.2 RESFRIAMENTO
A temperatura do peixe é abaixada até próximo do ponto de congelamento, mas não abaixo
dele.
Os processos físico-químico e bacteriológicos que conduzem a deterioração são retardados
10.3 CONGELAMENTO DO PEIXE
O congelamento é um processo que melhor conserva as características do peixe fresco.
É mais dispendiosa que as demais, porque o peixe, uma vez congelado, deve ser mantido à
temperatura constante de 18C abaixo de zero. É necessário conservá-lo em embalagens
impermeáveis e ao abrigo do ar, para evitar desidratação.
O peixe deve ser usado logo após o seu descongelamento, pois do contrário, o sabor e a
textura serão prejudicados.
Não havendo meios para conservá-lo congelado em casa, não é aconselhável adquirir
quantidade maior do que será consumida em 12 horas.
Depois da limpeza, enxugue com um pano limpo o peixe inteiro ou em postas ou ainda em
filés. Coloque num saco plástico, tendo o cuidado de retirar o ar,
O período de conservação: 6 meses para peixes magros
4 meses para peixes gordos
No caso de filés, separe-os com plástico para que não grudem um no outro, ensaque-os
usando a , mesma técnica para retirar todo o ar.
Obs.: Para descongelamento, retire do freezer na noite anterior e coloque na geladeira.
10.3.1 Estocagem
Utilizar cada compartimento do freezer para um determinado tipo de produto, facilita o
controle e o manuseio dos alimentos.
Respeitar a capacidade do freezer.
Embalar em recipiente impermeável.
Etiquetar o produto, constando as datas de preparo e validade para consumo, o tipo de
alimento.
Os alimentos devem ir ao freezer já resfriados, o primeiro contato com as placas frias,
podendo ser empilhadas após congelados.
Colocar os peixes e alimentos em lotes, dando no mínimo um intervalo de 24 horas.
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10.3.2 Embalagem
Alimentos sólidos:
Sacos de polietileno incolor (atóxico).
Folhas de alumínio.
Recipiente plástico com tampa.
Bandejas e pratos aluminizados
Plástico aderente.
Potes e travessas refratárias (tipo pirex).
Alimentos líquidos:
Potes de vidro
Recipientes plásticos
Formas de gelo.
10.4 GLACEAMENTO ou VITRIFICAÇÃO
É uma proteção do peixe congelado a ação do oxigênio separando-os individualmente.
MATÉRIA PRIMA:
Filés postas e peixes inteiros
TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO:
Limpar o peixe, fazer as postas ou filés
Colocar em uma forma separadamente
Deixar em freezer até o congelamento
Preparar um recipiente com água gelada
Banhar o filé rapidamente nesta água ficando totalmente submerso, formando uma
camada de gelo
Colocar novamente no freezer, repetindo a operação por 2 vezes.
Colocar os filés em sacos plásticos com a quantidade desejada, fechar.
Conservar no freezer com durabilidade de 6 meses.
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10.5 SALGA
As características principais do processo de salga consistem na eliminação da parte da
água do pescado e sua substituição por sal, visando essencialmente a uma menor atividade
de água. A salga é usada principalmente ao peixe de baixo valor comercial.
Existem três tipos de processos mais usuais de salga:
10.5.1 Salga seca
Os peixes devem ser eviscerados e escalados, antes da salga e nos peixes maiores são
efetuados incisões na carne para facilitar a penetração do sal.
Os peixes muito grandes são cortados em pedaços antes da salga. Geralmente para a salga
seca são usados os peixes magros. A proporção entre a quantidade de sal varia entre 10 à
40% de sal para um tempo de salga variando de 2 a 20 dias.
Efetua-se o tombamento, que é o processo de se alternar as camadas mais inferiores com
as mais superiores durante o tempo de salga, visando obter um produto mais homogêneo
curado.
O produto deve, então ser embalado em recipientes que propiciem o mínimo de contato com
o ar. O peixe salgado perde em torno de 30% de peso e o teor de sal eleva até 20%.
10.5.2 Salga mista
Para peixes pequenos e gordos.
Os peixes devem ser eviscerados e limpos antes da salga. A salga mista é um processo
onde não se permite que se perca a água do peixe, formando assim uma salmoura natural
de imersão onde ficará mantido o pescado. Geralmente é feita em tanque de concreto ou
plástico com tampa. A proporção de sal varia de 10 à 40% distribuída de maneira uniforme.
Este é colocado em recipiente usando um sistema de peso onde o líquido que vai formando
uma salmoura saturada, deixando o pescado totalmente imerso nesta salmoura. O tempo
de salga varia de 2 a 15 dias.
10.5.3 Salga úmida
Os peixes devem ser eviscerados e limpos antes da salga. O peixe fica totalmente imerso
em salmoura saturada, por um período de tempo dependendo do seu tamanho. Muito usado
nos peixes pequenos e peixes gordos. Escorrer o excesso de água.
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10.6 DEFUMAÇÃO
É a desidratação parcial do peixe por ação do sal e do calor da fumaça. O combustível além
da fonte de calor e fumaça deve conferir bom aroma, sabor e cor dourada característica.
O teor de sal no músculo é cerca de 1,5 à 2% o que realçará bastante o sabor. Após a
salga, a carne do pescado estará muito úmida . Expor o produto a uma corrente de ar ou
mesmo a permanência no defumador levemente aquecido e sem geração de fumaça, para a
secagem. Quando a superfície estiver seca a sua carne firme, o peixe estará pronto para a
defumação. Durante a defumação o pescado seca e absorve as substâncias aromáticas da
fumaça.
10.6.1 Defumação à frio
A fumaça penetra constantemente e lentamente por igual no pescado em defumador à
temperatura inferior à 30C, por vários dias.
10.6.2 Defumação à quente
Os peixes são submetidos ao calor de 60C por um período de 1:30 horas, para secar .
Na segunda fase a temperatura deve chegar a 100C por 1:30 horas.
Na terceira fase devem ficar expostos por tempo suficiente para dar a cor desejada ao
produto, que pode variar de 2 a 16 horas.
10.6.3 Preparação da salmoura na defumação
Salmoura I (Média para 10 kg de pescado)
10 litros de água fervida fria 3 kg de sal grosso ou 2,5 kg de sal fino 300 g de açúcar
Ferver a água, misturar o sal e açúcar, coar e deixar esfriar.
Salmoura II (quando tiver pó-de-serra com cheiro) 10 litros de água fervida 3 kg de sal grosso 300 g de açúcar 02 copos de vinagre 05 cebolas picadas 05 folhas de louro 05 dentes de alho 05 gr de pimenta do reino 03 gr de orégano Tempero verde
Matéria Prima:
Peixes de preferência gordos.
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Tecnologia de Fabricação:
Fazer a salmoura I ou II .
Colocar o peixe submerso na salmoura: peixe de 1 a 2 kg = 2 horas
filés e postas = 30 minutos.
Retirar da salmoura , amarrar ou colocar em ganchos inox , escorrer
Levar ao defumador
Resfriar e embalar
10.6.4 Tipos de madeiras à serem usadas:
A madeira deve ser seca, sem odor e não resinosa.
- Eucalipto sem casca - Carvalho
- Faia - Goiabeira
- Peroba - Pó de serra(serragem) dessas madeiras
- Carvão
10.6.5 Armazenamento na defumação
Após a defumação, o produto deverá ser resfriado ou congelado para maior durabilidade.
Em temperatura ambiente a conservação é no máximo 2 dias, em geladeira até 7 dias e em
freezer 6 meses, em embalagens adequadas (papel, alumínio ou plástico) e etiquetadas.
10.7 PEIXE ESCALADO
É uma alternativa de conservação do pescado desidratado com sal, que oferece o mesmo
valor nutritivo do peixe fresco.
Matéria prima:
Peixe magro
Tecnologia de Fabricação:
Lavar o peixe, retirar as escamas, nadadeiras e cabeça.
Abrir o peixe pelas costas e retirar as vísceras..
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Lanhar.
Salgar o peixe com sal grosso médio de 10 à 40% de sal
Passar o sal de maneira uniforme e deixar descansar por 4 horas.
Pendurar o peixe em ganchos ou barbantes.
Colocar em armário de tela para evitar insetos ou moscas, em lugar ventilado.
Levar ao sol para secar a umidade, por aproximadamente 60 horas.
Embalar e colocar na geladeira.
OBS: Antes de preparar colocar de molho em água limpa, trocando esta 3 a 4 vezes.
10.8 MOAGEM
É uma forma de aproveitamento de peixes de pequeno porte ou filé, podendo ser utilizado
de diversas maneiras
Considerada uma carne básica para o preparo de outras receitas, você pode preparar,
vários produtos como:
O fishburger
Lingüiça
Pasta (patê)
Bolos
Filés de peixe reconstituídos e outros produtos.
Matéria prima:
Peixes de pequeno porte ou filés
Tecnologia de Fabricação:
Peixe de pequeno porte = Peixe limpo sem cabeça, escamas e nadadeiras.
Congelar anteriormente e passar na máquina de moer com crivo menor.
Filé = Moer resfriado uma vez em crivo maior.
OBS: Utilizar imediatamente a massa ou congelar.
10.9 FISHBURGER
É o “hambúrguer” feito do peixe, onde é aproveitado peixes pequenos ou filés.
O produto é de grande valor nutritivo..
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Matéria Prima: Peixe sem vísceras, cabeça e escamado.
Ingredientes por kg:
100 g de farinha de trigo ou P.T.S (Proteína texturizada de soja moída)
200 ml de água gelada
20 g de sal
0,5 g de noz moscada
50 ml de óleo
1 g de pimenta do reino
3 g de glutamato monossódico
50 g de cebola ralada
2 g de alho
Tecnologia de Fabricação:
Congelar os peixes limpos para facilitar a moagem, durante 2 horas.
Moer os peixes com as espinhas, em discos. por 2 vezes em crivo maior e menor.
Adicionar os ingredientes.
Mexer bem até formar uma massa homogênea.
Hidratar. o P.T.S com água gelada.
Adicionar na massa e mexer bem.
Moldar em forma de bife, e plastificar um a um para congelar e guardar.
Fritar em óleo bem quente.
Duração de 3 à 4 meses.
Obs.: Se preferir passar na farinha de rosca.
10.10 SALSICHA
Matéria Prima:, Filé de Peixe Moído ou Massa de Fishburger.
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Ingredientes por Kg:
15 g de gelo picado
25 g de sal
2 g de alho
20 g de polvilho doce (fécula de mandioca)
10 g de condimento para salsicha
1 g de pimenta branca moída
0,5 g de polifosfato (krakoline)
0,4 g de pó húngaro (nitrito / nitrato)
Tecnologia de Fabricação:
Misturar todos os ingredientes (exceto o krakoline)
Adicionar o krakoline à massa e mexer
Adicionar o gelo picado e misturar bem
Passar novamente na máquina
Embutir em tripas finas (carneiro) ou celulose n 25, amarrando em gomos de 8 à 10 cm
Cozinhar 15 minutos à 80C, com corante natural de urucum.
Resfriar em água gelada ( choque térmico).
Conservar em geladeira.
Duração: Temperatura ambiente - 2 dias
Geladeira - 10 dias
Freezer - 6 meses.
10.11 LINGÜIÇA DE PEIXE
Matéria Prima: Filé de Peixe - 95%
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Toucinho Defumado - 5%
Ingredientes por Kg:
30 g de sal
5 g de colorau ou urucum
3 g de glutamato monossódico
7 g de açúcar
2 g de pimenta do reino
50 g de amido (maizena)
0,5 g de cominho
2 g de alho
0,4 g de pó húngaro (nitrato/nitrito)
150 ml de água gelada
1,5 g de fixador de cor
Tecnologia de Fabricação:
Moer o filé (cerca de 1 cm)
Colocar os filés picados em uma mistura de 300 ml de água, 1 colher de sal, 200 ml de
limão ou vinagre durante 15 minutos para retirar o cheiro forte
Escorrer a salmoura
Prensar a carne, retirando o restante da água
Misturar os ingredientes. Mexer a massa até dar o ponto
Embutir em tripas calibre 22-24 em gomos de 10 cm
Mergulhar as lingüiças em água fervente (80ºC) por 15 minutos
Retirar e colocar em água gelada
Guardar as lingüiças em sacos plásticos na geladeira ou fazer defumação
Consumir em 20 dias. Conservar em freezer até 6 meses.
10.12 PASTA DE PEIXE (PATÊ)
Matéria Prima: Carne de peixe, aproveitamento de carcaça ou
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peixe defumado
Ingredientes por Kg:
20 g de cebola
2 g de alho
20 ml de óleo
Tempero verde ( salsa e cebola)
0,5 g de pimenta do reino
20 g de sal
2 tomates sem pele
20 g de amido (maizena)
0,5 g de noz-moscada
2,5 g de glutamato monossódico
Tecnologia de Fabricação:
Refogar os temperos.
Acrescentar a carne de peixe.
Retirar do fogo.
Acrescentar os demais ingredientes, exceto o amido.
Passar no liqüidificador.
Engrossar com amido se necessário.
Guardar na geladeira em recipiente fechado.
Consumir em 7 dias.
10.13 ALMÔNDEGA
Matéria Prima: Carne de Peixe
Ingredientes por Kg:
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2 tomates
20 g de cebola
2 g de alho
1 pimentão
20 g de sal
2 g de glutamato monossódico
0,5 g de pimenta
2 colheres (sopa) tempero verde
Pão embebido no leite e/ou água
Molho de tomate
Tecnologia de Fabricação:
Cozinhar o peixe de sua preferência em pouca água
Retirar a carne das espinhas
Bater no liqüidificador o tomate, a cebola, o alho, o pimentão e o tempero verde.
Misturar todos os ingrediente, exceto o pão.
Acrescentar o pão embebido no leite e espremido, o suficiente para dar consistência
para modelar pequenas bolinhas.
Cozinhar alguns minutos com molho de tomate ou qualquer outro, suficiente para cobri-
los.
Ou fritar.
10.14 CROQUETE
Matéria Prima: Carne de peixe, ou aproveitamento de sobras.
Ingredientes por Kg:
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2 tomates
20 g de cebola de cabeça
2 g de alho
1 pimentão
20 g de sal
0,5 g de pimenta (opcional)
2 g de glutamato monossódico
2 colheres(sopa) tempero verde
Farinha de trigo
Tecnologia de Fabricação:
Misturar a carne de peixe aos temperos bem picados e à farinha suficiente para dar liga.
Amassar um pouco.
Modelar os croquetes.
Fritar em gordura quente, ou assar no forno.
Obs.: Se preferir, passar os croquetes na clara com água e em farinha de rosca.
10.15 QUIBE DE PEIXE
Matéria Prima: carne de peixe
Ingredientes por Kg:
1 kg de carne de peixe
400 g de trigo de quibe (de molho por mais ou menos 1 hora)
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30 g de sal
Hortelã
Orégano
Pimenta
Tecnologia de Fabricação:
Misturar todos os ingredientes
Passar na máquina de moer de 3 a 5 vezes
Modelar os quibes
Fritar em óleo quente
Ou coloque numa assadeira untada e leve ao forno para assar.
10.16 COXINHA DE PEIXE
Matéria prima: Filé de peixe moído ou sobras
Ingredientes por kg:
20 g de óleo (para refogar)
60 g cebola de cabeça
0,5 g de alho
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150 g de tomate picado sem pele e sem sementes
15 g de sal
0,1 g pimenta com cominho
20 g de tempero verde
maizena
2 colheres de massa de tomate
Tecnologia de fabricação
Fazer um refogado com todos os temperos, acrescentar o peixe, misturar bem, mexer até
dar ponto de refogado.
Desmanchar a maizena em um pouco de água e acrescentar somente até o ponto de
consistência para o recheio.
Retirar do fogo , deixar esfriar para modelar.
Massa
4 copos de trigo
4 copos de líquido (pode ser do cozimento)
200 g de margarina
sal á gosto
Tecnologia de fabricação
ferver o líquido, acrescentar a margarina e o sal.
Acrescentar o trigo de uma só vez e fazer um pirão, mexendo bem, em cima do fogo até
formar uma massa lisa.
Deixar esfriar e modelar.Embalar e armazenar
OBS ; Validade 3 a 4 meses.
11. LITERATURA CONSULTADA
CAMARGO, R. et. al. Tecnologia dos produtos agropecuários - Alimentos.
São Paulo, SP. Nobel, 1984. p. 298.
CIENTEC. Contaminação de alimentos por microrganismos. Porto
Alegre, RS. 1996. p. 11.
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GODOY, M.P. de. Peixes do Estado de Santa Catarina. Editora da UFSC,
Florianópolis, SC. 1987. p. 571.
SANTOS, E. Peixes da Água Doce. Coleção Zoologia Brasílica. Vol. 2.
Itatiaia Editora Limitada. Belo Horizonte, MG. 1981. p. 267.