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NORMAS GERAIS DO COMÉRCIO EXTERIOR

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Todos os direitos reservados à Associação Brasileira de Consultoria e Assessoria

em Comércio Exterior.

Formação de Despachante Aduaneiro. ABRACOMEX

Presidente da ABRACOMEX: Marcus Vinicius F. Tatagiba.

Coordenador Acadêmico: José Manuel Meireles de Sousa

NORMAS GERAIS DO COMÉRCIO EXTERIOR

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1 Sumário

PROGRAMA DA DISCIPLINA..............................................................................................4

1. A ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO...........................................51.1 Câmara de Comércio Exterior (Camex).............................................................. 6

1.2 Ministério das Relações Exteriores (MRE) ......................................................... 7

1.3 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ........... 7

1.4 Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) ........................................................... 7

1.5 Ministério da Fazenda (MF) ............................................................................... 8

1.6 Banco Central do Brasil (BACEN) ....................................................................... 9

1.7 Órgãos Anuentes ................................................................................................ 9

2.1 Portaria SECEX 10/2010 ................................................................................... 11

2.2 Elementos Importantes da Portaria SECEX 10/10 ........................................... 12

2.2.1 Licenciamentos das Importações ............................................................. 12

2.2.2 Registro de Exportação (RE) ..................................................................... 12

2.2.3 Registro de Exportação Simplificado (RES) ............................................... 12

2.2.4 Exportação em Consignação .................................................................... 12

2.2.5 ALADI - Associação Latino-americana de Integração ............................... 132.2.6 Mercosul ................................................................................................... 13

2.2.7 Sistema Geral de Preferências (SGP) ........................................................ 13

2.2.8 Sistema Geral de Preferências Comerciais (SGPC) ................................... 13

2.3 Radar da Receita Federal ................................................................................. 14

2.3.1 Modalidades de Credenciamento no Radar ............................................. 14

2.5 Regulamento Aduaneiro .................................................................................. 16

2.6 Jurisdição Aduaneira ........................................................................................ 16

2.6.1 Território Aduaneiro ................................................................................. 16

2.6.2 Recintos Alfandegados ............................................................................. 17

2.6.3 Portos Secos ............................................................................................. 17

2.6.4 Administração Aduaneira ......................................................................... 18

2.6.5 Controle Aduaneiro de Veículos ............................................................... 19

2.6.6 Controle das Unidades e Carga ................................................................ 19

3.1 Fatura Proforma ............................................................................................... 20

3.2 Fatura Comercial .............................................................................................. 20

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3.3 Packing List (Romaneio De Carga) ................................................................... 21

3.4 Conhecimento de Embarque ........................................................................... 22

3.5 Certificado de Origem ...................................................................................... 223.6 Documentos básicos no despacho de importação .......................................... 22

3.6.1 Documentos de Instrução da DI ............................................................... 23

3.7 Documentos básicos no despacho de exportação .......................................... 23

3.7.1 Documentos de Instrução da DE .............................................................. 23

4.1 História e aplicação dos Incoterms .................................................................. 24

4.2 Significado Jurídico .......................................................................................... 25

4.3 Quadro Resumo dos Incoterms ....................................................................... 25

4.4 Definições dos Incoterms................................................................................. 26

4.4.1 EXW - Ex Works......................................................................................... 26

4.4.2 FCA - Free Carrier ...................................................................................... 26

4.4.3 FOB - Free on Board.................................................................................. 26

4.4.4 FAS - Free Alongside Ship ......................................................................... 26

4.4.5 CFR - Cost and Freight .............................................................................. 26

4.4.6 CIF - Cost, Insurance and Freight .............................................................. 27

4.4.7 CPT - Carried Paid To ................................................................................ 274.4.8 CIP - Carriage and Insurance Paid ............................................................. 27

4.4.9 DAT - Delivered at Terminal ..................................................................... 27

4.4.10 DAP - Delivered at Place ........................................................................... 27

4.4.11 DDP - Delivered Duty Paid ........................................................................ 28

5. BARREIRAS COMERCIAIS (Conteúdo extra – Não consta no programa) ......... 29

5.1 Barreiras Tarifárias ........................................................................................... 29

5.2 Barreiras Não Tarifárias ................................................................................... 29

5.3 Apoio no Brasil ................................................................................................. 30

6. CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS .................................................................. 31

6.1 Sistema Harmonizado - SH ............................................................................... 31

6.2 Estrutura e Composição da NCM/SH ............................................................... 31

6.3 Dúvidas na Classificação Fiscal ......................................................................... 32

6.4 Quadro com as Seções e Capítulos do Sistema Harmonizado ........................ 32

6.5 Regras Gerais de Interpretação ....................................................................... 38

6.6 Regra Geral Complementar (RGC) ................................................................... 39

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6.7 Roteiro para Classificação de Mercadorias ..................................................... 39

6.8 Notas Explicativas do SH .................................................................................. 40

7. TRIBUTOS NA IMPORTAÇÃO ....................................................................................... 417.1 Imposto de Importação ................................................................................... 41

7.1.1 Fato Gerador do Imposto de Importação ................................................ 41

7.1.2 Base de Cálculo para o Imposto de Importação ....................................... 41

7.1.3 Cálculo do Imposto de Importação .......................................................... 42

7.1.4 Tributação Simplificada ............................................................................ 42

7.1.5 Tributação Especial ................................................................................... 42

7.1.6 Contribuintes e Responsáveis .................................................................. 43

7.2 Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI ................................................ 44

7.2.1 Base de Cálculo ......................................................................................... 44

7.3 Pis e Cofins ....................................................................................................... 44

7.3.1 Fato Gerador ............................................................................................. 44

7.3.2 Base de Cálculo ......................................................................................... 45

7.3.3 Contribuintes e Responsáveis Solidários .................................................. 45

7.3.4 Calculando o Pis/Cofins ............................................................................ 45

7.4 Despesas Operacionais nas Operações de Despacho Aduaneiro .................... 468. MODALIDADES DE PAGAMENTO NO COMÉRCIO EXTERIOR .................................. 48

8.1 Documentação no Câmbio Brasileiro .............................................................. 49

8.2 Remessa Sem Saque ........................................................................................ 50

8.3 Cobrança Bancária ou Cobrança Documentária .............................................. 51

8.4 Carta de Crédito (Letter of Credit ) ................................................................... 52

8.4.1 Garantias e Riscos para o Vendedor ......................................................... 53

8.4.2 Garantias e Riscos para o Comprador ...................................................... 54

8.4.3 Recomendações Básicas ao Comprador de Mercadoria (Tomador) ........ 55

8.4.4 Emendas e Cancelamentos ....................................................................... 57

8.4.5 Despesas de Bancos Locais e de Bancos no Exterior ................................ 58

8.4.6 Roteiro Básico de uma Carta De Crédito .................................................. 59

8.5 Pagamento Antecipado (Cash In Advance) ...................................................... 60

8.5.1 Roteiro Básico do Pagamento Antecipado ............................................... 61

9. REGIMES ADUANEIROS........................................................................................... 62

9.1 Trânsito Aduaneiro .......................................................................................... 63

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9.1.2 DTA - Declaração de Trânsito Aduaneiro ................................................. 64

9.1.3 MIC-DTA – Manifesto Internacional de Carga .......................................... 64

9.1.4 TIF-DTA – Conhecimento-Carta de Porte Internacional ........................... 649.1.5 DTT – Declaração de Trânsito de Transferência ....................................... 65

9.1.6 DTI – Declaração de Transbordo Internacional ........................................ 65

9.1.7 DTC – Declaração de Trânsito de Contêiner ............................................. 65

9.2 Entreposto Aduaneiro ...................................................................................... 66

9.2.1 Entreposto Aduaneiro na Importação ...................................................... 67

9.2.2 Entreposto Aduaneiro na Exportação ...................................................... 68

9.3 Admissão Temporária ...................................................................................... 69

9.4 Drawback ......................................................................................................... 70

9.4.1 Drawback Restituição ............................................................................... 70

9.4.2 DRAWBACK Suspensão ............................................................................. 71

9.4.3 Drawback Isenção ..................................................................................... 71

9.4.4 Drawback Verde-Amarelo (Interno) ......................................................... 71

9.5 Entreposto Industrial ....................................................................................... 72

9.6 Exportação Temporária ................................................................................... 72

SLIDES

1.  Estrutura Brasileira no Comércio Exterior ....................................................... 74

2.  A Documentação no Comércio Internacional .................................................. 85

3.  Incoterms 2010 ................................................................................................ 92

4.  Classificação Fiscal ......................................................................................... 103

5.  Tributos no Comércio Exterior ....................................................................... 128

6.  Pagamentos Internacionais ........................................................................... 137

7.  Regimes Aduaneiros ...................................................................................... 143

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5 PROGRAMA DA DISCIPLINA

Ementa

Análise das Normas Administrativas – Consolidação Portaria SECEX. Incoterms. Análisedos Documentos na Exportação e Importação. Barreiras, Práticas Desleais deComércio e Medidas de Defesa Comercial. Fontes de pesquisa para consultas àsLegislações incluindo RFB, BACEN,DECEX e outros Órgão Reguladores (conteúdo eatividades no portal de ensino). Classificação Fiscal de Mercadorias – NCM (conteúdoe atividades portal de ensino e áudio conferência)

Carga horária total12 horas (considerando atividades extra classe através do portal de ensino)

Objetivos

•  Conhecer os principais pontos da legislação administrativa do comércio exteriorbrasileiro e fontes de pesquisa.

•  Conhecer quais são os documentos utilizado na importação e na exportaçãoBrasileira.

•  Analisar os termos de comércio padronizados pela Câmara de Comércio

Internacional.•  Debater sobre as barreiras e praticas desleais de comércio internacional.

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1. A ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

O comércio exterior brasileiro é descentralizado, não possuindo algum órgão

específico para a atividade. Em outros países, como na Itália, existe uma pastaexclusiva para os negócios internacionais, o Ministério do Comércio Exterior.

Aqui, a gestão se dá por áreas de competências, como Política de Comércio Exterior,Política Fiscal, Política Financeira, Políticas Bilaterais de Relações Internacionais, entreoutras.

1.1 Câmara de Comércio Exterior (Camex)

O órgão mais importante, e atuante, no comércio exterior brasileiro é ligado

diretamente a Presidência da República. Trata-se da Camex (Câmara de Comércioexterior).

A Camex foi criada em 1995, composta por um Conselho de Ministros e uma SecretariaExecutiva. A criação desta câmara foi uma tentativa de responder as rápidastransformações crescimento do setor externo brasileiro, que sempre fora tratada deforma isolada por cada um dos Ministérios do país, limitando demasiadamente oprocesso decisório no comércio exterior. Atualmente, nenhuma medida que afete ocomércio exterior brasileiro pode ser editada sem discussão prévia da Câmara.

Participam da Camex os seguintes Ministérios: MDIC, Casa Civil, Relações Exteriores,Fazenda, Agricultura, Planejamento e Desenvolvimento Agrário.

Entre as principais atribuições/competências, podemos destacar:

1.  Definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política decomércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economiainternacional;

2.  Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativosao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral;

3.  Orientar a política aduaneira, observada a competência específica doMinistério da Fazenda;

4.  Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação;5.  Fixar as alíquotas do imposto de exportação;6.  Fixar as alíquotas do imposto de importação;7.  Fixar direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, e

salvaguardas.

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1.2 Ministério das Relações Exteriores (MRE)

Atua no marketing externo, fazendo a promoção e divulgação de oportunidades

comerciais no estrangeiro. O MRE atua, especificamente, em duas frentes de trabalho:a promoção comercial das exportações brasileiras e as negociações internacionais,sempre buscando o interesse da política externa brasileira.

A promoção comercial busca dar assistência às empresas brasileiras interessadas noprocesso de internacionalização de suas atividades. Este serviço é feito através dosSECOMs.

Os SECOMs são as “antenas” do Departamento de Promoção Comercial do MRE,instalados em mais de 50 postos estratégicos no exterior. São responsáveis por captar

e divulgar as informações de oportunidades comerciais e de investimentos paraempresas brasileiras. Produzem também pesquisas de mercados para produtosbrasileiros com oportunidades no exterior.

1.3 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

É o ministério responsável pelas decisões e execução das diretrizes políticas decomércio e exerce sua função através do órgão gestor SECEX – Secretaria de ComércioExterior.

O MDIC foi criado em 1999 e tem como área de competência, no comércio exterior, osseguintes assuntos, entre outros:

1.  Política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços;2.  Políticas de comércio exterior;3.  Regulamentação e execução dos programas e atividades relativas ao comércio

exterior;4.  Aplicação dos mecanismos de defesa comercial participação em negociações

internacionais relativas ao comércio exterior;

1.4 Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)

O SECEX tem como principal função assessorar o MDIC na condução das políticas decomércio exterior. É o órgão estratégico do Ministério e é responsável pela gestão docontrole comercial. O SECEX normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e avaliaas atividades de comércio exterior de acordo com as diretrizes da Camex e do MDIC.Entre os seus principais objetivos, podemos destacar:

1.  Propor medidas de políticas fiscal e cambial, de financiamento, de seguro, detransporte e fretes e de promoção comercial;

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2.  Participar das negociações em acordos ou convênios internacionaisrelacionados ao comércio exterior;

3.  Formular propostas de políticas de comércio exterior e estabelecer normas

necessárias a sua implementação.

Pode-se dizer, assim, que o SECEX é o carro-chefe do MDIC na gestão do comércioexterior brasileiro. O SECEX está estruturado em quatro departamentos: DECEX,DEINT, DECOM e DEPLA.

A.  DECEX (Departamento de Comércio Exterior) – É a parte operacional da SECEX.É encarregado por elaborar e implementar os dispositivos regulamentares, noaspecto comercial, do comércio exterior brasileiro. Envolve o licenciamento demercadorias importação e exportação, além da gestão do Sistema Brasileiro de

Comércio Exterior (SISCOMEX);B.  DEINT (Departamento de Negociações Internacionais) – Coordena os trabalhos

de negociações internacionais brasileiras a qual o Brasil participa;C.  DECOM (Departamento de Defesa Comercial) – Coordena as atividades de

combate ao comércio desleal às empresas e produtos brasileiros. O DECOMacompanha e supervisiona os processos instaurados no exterior contraempresas brasileiras, dando-lhes assistências e assessoria cabível.

D.  DEPLA (Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do ComércioExterior) – Coordena a políticas e programas aplicáveis ao comércio exterior. Éum departamento que coleta, analisa e sistematiza os dados e informações

estatísticas, de onde partem as propostas objetivando o desenvolvimento docomércio externo brasileiro.

1.5 Ministério da Fazenda (MF)

Responsável pela política monetária e fiscal, o MF (como é comumente chamado) zelapela defesa e pelos interesses fazendários, de fiscalização e controle de entrada e saídade mercadoria do comércio exterior.

No Comércio exterior, sua intervenção é feita através do principal órgão atuante e

operacional, a Receita Federal do Brasil. Este órgão, que muitas vezes possui status deMinistério, atua na fiscalização aduaneira de mercadorias, produtos e bens queingressam no país ou são enviados ao exterior. É responsável também pela cobrançados direitos aduaneiros incidentes nessas operações. Além da RFB, o MF atua exerceesta competência através do Banco Central do Brasil (BACEN).

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1.6 Banco Central do Brasil (BACEN)

O BACEN é uma autarquia federal (Entidade autônoma, auxiliar e descentralizada da

administração pública), vinculada ao MF e integrante do Sistema Financeiro Nacional.Criado pela Lei 4.595/1964, o BACEN é a autoridade monetária e o principal executordas políticas formuladas pelo Conselho Monetário Nacional, colegiado responsável porapontar as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia.

Além das competências de autoridade monetária, o BACEN autoriza osestabelecimentos bancários a comprar ou vender moedas estrangeiras no Brasil. Estaobrigação se dá pelo fato de no Brasil não ser permitido o livre curso de moedasestrangeiras, tanto a pessoas físicas como jurídicas. Esta regulamentação do controlecambial se encontra no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais

Internacionais (RMCCI).

De forma prática, toda vez que um exportador ou importador for receber/pagar suasoperações deverá procurar um banco autorizado pelo BACEN e comprar/vender asmoedas estrangeiras recebendo/pagando em moedas nacional (Real), operação estafirmada através de um contrato de câmbio.

1.7 Órgãos Anuentes

Dentro da estrutura do comércio exterior brasileiro, o SECEX é o responsável pelos

licenciamentos de importação e de exportação. Cabe a Receita Federal do Brasil,controle de entrada e saída de mercadorias e ao Banco Central o controle das divisas.

Porém, torna-se quase impossível ao SECEX licenciar todos os produtos brasileiros,pela falta de estrutura para atender a todos os interessados e pela falta deconhecimento técnico e competência de cada produto. É neste ponto que entram osÓrgãos Anuentes.

Podemos definir órgãos anuentes aqueles credenciados, dentro da sua área decompetência, para auxiliar no controle comercial, dada a natureza do produto ou pelafinalidade da operação, para fins de licenciamento de importação ou exportação. Estãointerligados ao SISCOMEX, de modo a tornar mais ágil esta análise.

Os produtos e destinados a estes órgãos e as competências técnicas de cada um sãoestabelecidos em normas específicas de cada órgão/Ministério.

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Para o importador/exportador identificar qual órgão é responsável pelos seusprodutos, basta fazer uma busca no SISCOMEX utilizando como chave de pesquisa aNCM. Alguns exemplos:

a)  Banco do Brasil – Por delegação do Secex, responsável pela emissão decertificados, licença de exportação e emissão de visa para alguns produtossujeitos a procedimentos especiais.

b)  Conselho de Energia Nuclear CNEN– Concede autorização prévia paraimportação ou exportação de produtos radioativos.

c)  Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – IBAMA – Análiseprévia para produtos do reino animal e vegetal de forma a proteger a flora efauna silvestre.

d)  Ministério do Exército – autorização prévia para produtos de uso militar.

e)  Ministério da Agricultura e do Abastecimento – Certificados de Padronizaçãopara produtos horti-fruti-granjeiros.

f)  Ministério da Cultura – Autorização prévia para obras de arte.

Fora da esfera estatal de incentivo ao comércio exterior temos embaixadas no Brasil eno exterior, Federações das Indústrias em cada estado, o Sebrae, a APEX, Câmaras deComércio, entre outras entidades, que podem assessorar e promover o intercâmbiocomercial entre o Brasil e outros países.

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11 

2. LEGISLAÇÃO BÁSICA DO COMÉRCIO EXTERIOR

2.1 Portaria SECEX 10/2010

Tanto o processo de importação como o de exportação, se divide em três fasesdistintas: administrativa, fiscal e cambial.

A administrativa está ligada aos procedimentos necessários para efetuar a importaçãoou a importação, e que variam de acordo com o tipo de operação e mercadoria.

A fiscal compreende o despacho aduaneiro que se completa com o pagamento dostributos, quando exigíveis, e retirada/remessa física da mercadoria da Alfândega.

Já a cambial está voltada para a transferência/recebimento de moeda estrangeira pormeio de um banco autorizado a operar em câmbio.

Todas essas fases, seja na compra ou na venda de mercadorias, estão disciplinadasPortaria Secex nº 10/2010.

Dentre as informações importantes para o importador e o exportador, e que estádisponível na website da SECEX, é a relação dos produtos sujeitos a licenciamentoautomático e não automático, que contém todas as mercadorias, relacionadas emNCM/SH e respectivos destaques (se houver), sujeitas à manifestação prévia, com a

indicação do Órgão envolvido.

Estas relações não substituem a consulta ao Tratamento Administrativo do Siscomexpara verificação do sistema administrativo aplicado às mercadorias. Abaixo a relaçãodos principais órgãos anuentes no Brasil.

•  ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica•  ANP - Agência Nacional de Petróleo•  ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária•  CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear•  COMEXE - Comando do Exército•  DECEX - Departamento de Operações de Comércio Exterior•  DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral•  DPF - Departamento de Polícia Federal•  ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos•  IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis•  INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial•  MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento•  MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia

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2.2 Elementos Importantes da Portaria SECEX 10/10

2.2.1 Licenciamentos das Importações

De acordo com o sistema administrativo brasileiro, as importações podem ser:

I.  Importações dispensadas de Licenciamento;II.  Importações sujeitas a Licenciamento Automático; e

III.  Importações sujeitas a Licenciamento Não Automático anterior e posteriorao embarque

Produtos com LI anterior ao embarque e embarcado antes da devida autorizaçãocaberá penalidade.

2.2.2 Registro de Exportação (RE)

•  O Registro de Exportação no Siscomex é o conjunto de informações de naturezacomercial, financeira, cambial e fiscal que caracterizam a operação deexportação e definem o seu enquadramento.

•  O RE deverá ser efetuado previamente à declaração para despacho aduaneiro eao embarque da mercadoria.

•  O prazo de validade para embarque das mercadorias para o exterior é desessenta dias da data da efetivação do RE.

• O RE não utilizado até a data de validade para embarque poderá serprorrogado.

2.2.3 Registro de Exportação Simplificado (RES)

O Registro de Exportação Simplificado no Siscomex é aplicável a operações deexportação, com cobertura cambial e para embarque imediato para o exterior, até olimite de US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos), ou o equivalenteem outras moedas. (IN RFB 846/08)

2.2.4 Exportação em Consignação

Todos os produtos da pauta de exportação brasileira são passíveis de venda emconsignação, exceto aqueles relacionados no Anexo “S” da Portaria Secex 10/2010.

Exemplos: Carnes, Café não torrado, Soja, Açúcares (cana, beterraba), Álcool etílico,Cigarros contendo tabaco, etc.

A exportação em consignação implica a obrigação de o exportador comprovar dentrodo prazo de até 720 dias, contados da data do embarque, o ingresso de moedaestrangeira, pela venda da mercadoria ao exterior, na forma da regulamentação

cambial, ou o retorno da mercadoria.

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2.2.5 ALADI - Associação Latino-americana de Integração

A ALADI - tem como objetivo o estabelecimento de um mercado comum latino-

americano, por intermédio de preferências tarifárias e eliminação de barreiras e outrosmecanismos que impeçam o livre comércio.

Fazem parte da ALADI os seguintes países membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Para fazerem jus ao tratamento preferencial outorgado pelos países membros daALADI, os produtos beneficiados devem ser acompanhados do Certificado de OrigemALADI.

2.2.6 Mercosul

O MERCOSUL, constituído pelo Tratado de Assunção - Decreto nº 350, de 21 denovembro de 1991 -, tem como objetivo a integração econômica e comercial do Brasil,Argentina, Paraguai e Uruguai.

Para fazerem jus ao tratamento preferencial outorgado pelos países membros doMERCOSUL, os produtos beneficiados devem ser acompanhados do Certificado deOrigem - MERCOSUL.

2.2.7 Sistema Geral de Preferências (SGP)

Constitui um programa de benefícios tarifários concedidos pelos paísesindustrializados aos países em desenvolvimento, na forma de redução ou isenção doimposto de importação incidente sobre determinados produtos.

Para fazerem jus ao tratamento preferencial do SGP, os produtos beneficiários devemestar acompanhados do Certificado de Origem “Form A”, cuja emissão está a cargo dasdependências do Banco do Brasil autorizadas pela SECEX.

2.2.8 Sistema Geral de Preferências Comerciais (SGPC)

O Acordo sobre o Sistema Global de Preferências Comerciais entre os Países emDesenvolvimento (SGPC) tem, por princípio, a concessão de vantagens mútuas demodo a trazer benefícios a todos os seus participantes, considerados seus níveis dedesenvolvimento econômico e industrial, os padrões de seu comércio exterior, suaspolíticas e seus sistemas comerciais.

Para fazerem jus ao tratamento preferencial do SGPC, os produtos beneficiários devemser acompanhados do Certificado de Origem – SGPC.

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2.3 Radar da Receita Federal

Foi disponibilizado em 21 de agosto de 2002, para todas as Unidades Aduaneiras da

SRF, o acesso ao sistema Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dosIntervenientes Aduaneiros (RADAR).

A concepção geral do sistema objetiva disponibilizar, em tempo real, informações denatureza aduaneira, contábil e fiscal que permitam à fiscalização identificar ocomportamento e inferir o perfil de risco dos diversos agentes relacionados aocomércio exterior, tornando-se uma ferramenta fundamental no combate às fraudes.

Com esta sistemática, as operações de comércio exterior, as informações de naturezaaduaneira, contábil e fiscal de todas as empresas, são disponibilizadas em tempo real

para os auditores fiscais da Receita, que colocam importadores e exportadores sobanálise 24h por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.

E como isto funciona na prática? Via de regra, toda e qualquer operação aduaneira, deimportação ou de exportação (despacho aduaneiro) deve ser processada no SistemaIntegrado de Comércio Exterior (Siscomex). E para se ter acesso a este sistema, todosprecisam estar cadastrados nesse sistema.

2.3.1 Modalidades de Credenciamento no RadarNa atualidade, a Instrução Normativa SRF nº 650/2006 é a norma que disciplina estahabilitação. Nela, foram criadas 4 as modalidades de credenciamento, que variam deacordo com o tipo e a operação do interveniente:

•  Ordinária;•  Simplificada;•  Especial; e•  Restrita.

A Habilitação Ordinária é destinada às empresas que possuem habitualidade nocomércio exterior, e é o maior foco da Receita Federal. É a modalidade de habilitaçãomais completa, e também a mais demorada.

Os auditores da Receita irão averiguar questões desde a existência de fato da empresa,como local, quantidade de funcionários, equipamentos utilizados, armazéns até oporte econômico empresarial.

Este último quesito é um capítulo a parte. Serão analisados pontos como suacapacidade econômica e financeira e o volume de suas operações para atestar (ounão) a compatibilidade com as informações evidenciadas.

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Qualquer inconsistência pode ser ato de procedimento especial de fiscalização,previsto na legislação atual, podendo a empresa ter suspenso o seu direito atuar nocomércio exterior.

Na Habilitação Simplificada, não são analisados fatores como capacidade econômica efinanceira dos interessados, como na ordinária. Esta é feita de forma sumária,analisando apenas se aos documentos apresentados estão em consonância com alegislação vigente.

Mas mesmo sem os ritos burocráticos da outra modalidade, a Receita Federal efetuaum monitoramento constante dessas operações

Essa possibilidade de credenciamento é indicada para as pessoas físicas, as empresaspúblicas ou sociedades de economia mista, as entidades sem fins lucrativos e,também, para as pessoas jurídicas que se enquadrem nas situações abaixo indicada:

1.  Obrigadas a apresentar, mensalmente, a Declaração de Débitos e CréditosTributários Federais (DCTF);

2.  Constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital aberto, bem comosuas subsidiárias integrais;

3.  Habilitadas a utilizar o Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul);4.  Que atuem exclusivamente como pessoa jurídica encomendante;5.  Que realizem apenas importações de bens destinados à incorporação ao seu

ativo permanente;

6.  Que atuem no comércio exterior em valor de pequena monta.

Segundo as regras atuais, valor de pequena monta são as operações de comércioexterior com cobertura cambial que não ultrapassem US$ 150.000 CIF nasImportações, e US$ 300.000 FOB nas exportações, em cada período consecutivo deseis meses, perfeito para as empresas de pequeno e médio porte que estão emprocesso inicial de internacionalização.

Já a Habilitação Especial e a Habilitação Restrita possuem um campo de atuaçãomuito pequeno, se comparado a todas as operações dos intervenientes de negócios

aduaneiros.

A primeira opção é destinada aos órgãos da administração pública direta, autarquia efundação pública, órgão público autônomo, e organismos internacionais.

Já a segunda, a restrita, é para pessoa física ou jurídica que tenha operadoanteriormente no comércio exterior, exclusivamente para realização de consulta ouretificação de declaração. Isto significa dizer que a empresa atuava com regularidade,ou não, e por algum motivo deixou de operar. Entretanto, como mesmo depois deliberada a carga o processo não termina perante o fisco, ela precisa fazer algum tipo de

consulta ou então correção.

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2.5 Regulamento Aduaneiro

O Regulamento Aduaneiro é dividido em sete grandes livros, conforme segue abaixo:

•  Livro I – Da jurisdição aduaneira e do controle aduaneiro de veículos.

•  Livro II – Dos impostos de importação e exportação.

•  Livro III – Dos demais impostos, e das taxas e contribuições, devidos naimportação.

•  Livro IV – Dos regimes aduaneiros especiais e dos aplicados em áreas especiais.

•  Livro V – Do controle aduaneiro de mercadorias.

•  Livro VI – Das infrações e das penalidade.

•  Livro Complementar – Das disposições finais e transitórias.

2.6 Jurisdição Aduaneira

2.6.1 Território Aduaneiro

Definição

O Território Aduaneiro compreende todo o território nacional, sem distinção. A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e estádividido em:

•  Zona Primária – área sob o controle aduaneiro com presença constante dofisco, (portos, aeroportos e pontos alfandegados de fronteira) e constituempontos de concentração de mercadorias;

•  Zona Secundária – é todo o resto do território aduaneiro brasileiro

Os portos, aeroportos e pontos de fronteiras serão alfandegados por ato declaratórioda autoridade aduaneira competente, para que neles passam, sob controle aduaneiro:

•  Estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados;•  Ser efetuado operações de carga, descarga armazenagem ou passagem de

mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; e•  Embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele

destinados.

O ato que declarar o alfandegamento estabelecerá as operações aduaneiras autorizadae os termos, limites e condições para sua execução.

Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderão efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.

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2.6.2 Recintos Alfandegados

Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira

competente, na zona primária ou zona secundária, a fim de que neles possa ocorrer,sob o controle aduaneiro movimentação, armazenagem e despacho de mercadoriaprocedente do exterior, ou a ele destinada.

Poderão ser alfandegados:

•  Portos, aeroportos e instalações portuárias, administrados pelas pessoas jurídicas;

•  Recintos de fronteiras terrestres, administrados pelas pessoas jurídicas;•  Recintos denominados de Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA),

administrados pelas pessoas jurídicas titulares das respectivas licenças;•  Bases militares, sob responsabilidade das Forças Armadas;•  Recintos de exposições, feiras, congressos, apresentações artísticas, torneios

esportivos e assemelhados, sob a responsabilidade da pessoa jurídicapromotora do evento;

•  Lojas francas e seus depósitos, sob a responsabilidade da respectiva empresaexploradora;

•  Recintos para movimentação e armazenagem de remessas postaisinternacionais, sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Correios eTelégrafos; e

•  Silos ou tanques para armazenamento de produtos a granel, localizados emáreas contíguas a porto organizado ou instalações portuárias, ligados aestes por tubulações, esteiras rolantes ou similares, instaladas em caráterpermanente.

2.6.3 Portos Secos

Portos secos são recintos alfandegados de uso público, situados em zona secundária,nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despachoaduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.

As operações de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controleaduaneiro, bem assim a prestação de serviços conexos, em porto seco, sujeitam-se aoregime de concessão ou de permissão.

A execução das operações e a prestação dos serviços conexos serão efetivadasmediante o regime de permissão, salvo quando os serviços devam ser prestados emporto seco instalado em imóvel pertencente à União, caso em que será adotado oregime de concessão precedida da execução de obra pública.

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O porto seco é instalado, preferencialmente, adjacente às regiões produtoras econsumidoras.

No porto seco são também executados todos os serviços aduaneiros a cargo daSecretaria da Receita Federal, inclusive os de processamento de despacho aduaneirode importação e de exportação (conferência e desembaraço aduaneiros), permitindo,assim, a interiorização desses serviços no País.

A prestação dos serviços aduaneiros em porto seco próximo ao domicílio dos agenteseconômicos envolvidos proporciona uma grande simplificação de procedimentos parao contribuinte.

2.6.4 Administração Aduaneira

O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre ocomércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo oterritório aduaneiro (Constituição da República, artigo 237).

A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta ou continuada nos portos, aeroportos,pontos de fronteira e recintos alfandegados, em conformidade com o estabelecido noato de alfandegamento.

O atendimento em dias e horas fora do expediente normal da unidade aduaneira é

considerado serviço extraordinário, devendo os interessados, na forma estabelecidaem ato normativo da Secretaria da Receita Federal, ressarcir a Administração dasdespesas decorrentes dos serviços a eles efetivamente prestados

Nas áreas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bemassim em outras áreas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ouembarque e desembarque de passageiros, procedentes do exterior ou a eledestinados, a administração aduaneira tem precedência sobre os demais órgãos queali exerçam suas atribuições.

As pessoas físicas ou jurídicas exibirão aos Auditores-Fiscais da Receita Federal,sempre que exigidos, as mercadorias, livros das escritas fiscal e geral, documentosmantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, e todos os documentos, em usoou já arquivados, que forem julgados necessários à fiscalização, e lhes franquearão osseus estabelecimentos, depósitos e dependências, bem assim veículos, cofres e outrosmóveis, a qualquer hora do dia, ou da noite, se à noite os estabelecimentos estiveremfuncionando.

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As pessoas físicas ou jurídicas, usuárias de sistema de processamento de dados,deverão manter documentação técnica completa e atualizada do sistema, suficientepara possibilitar a sua auditoria, facultada a manutenção em meio magnético, sem

prejuízo da sua emissão gráfica, quando solicitada.

2.6.5 Controle Aduaneiro de Veículos

A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados sópoderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.

O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso no territórioaduaneiro até a sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bensexistentes a bordo, inclusive a bagagens de viajantes.

A Secretaria da Receita Federal poderá autorizar a entrada ou a saída de veículos porporto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados.

É proibido ao condutor de veículo procedente do exterior ou a ele destinado:

•  Estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria, inclusivetransbordo, fora de local habilitado; e

•  Trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às normasreguladoras do transporte internacional correspondente à sua espécie.

É proibido, ainda, ao condutor de veículo, procedente do exterior ou a ele destinado,desviá-lo da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem motivo justificado.

É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo umdeles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível otransbordo de pessoa ou mercadoria, sem observância das normas de controleaduaneiro.

2.6.6 Controle das Unidades e Carga

As unidades de carga utilizadas no transporte de mercadorias serão objeto de controledesde a sua chegada até a efetiva saída do território aduaneiro.

O controle das unidades de carga ingressadas na zona secundária será exercidomediante aplicação do regime aduaneiro especial de admissão temporária, nos termosestabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal.

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3. DOCUMENTOS NO COMÉRCIO EXTERIOR

Nas transações internacionais, seja na importação ou na exportação, os documentos

desempenham uma importante função de negociação.

São eles que descrevem o que está sendo vendido, transportados ou atestam aqualidade do produto feita através de um laboratório ou de uma instituiçãocredenciada de renome internacional. E os principais documentos no comércioexterior são:

•  Proforma;•  Invoice ou Fatura Comercial;•  Packing List ou Romaneio de Carga;

•  Conhecimento de Embarque (BL, AWB...);•  Certificado de Origem.

3.1 Fatura Proforma

O ato de exportar sempre tem origem em um contato preliminar entre o exportador eo potencial importador de sua mercadoria no exterior.

Após a manifestação de interesse por parte do importador, o exportador deverá enviarao importador a Fatura Proforma em que são estipuladas as condições de venda da

mercadoria.

Esse documento é considerado como um contrato de compra e venda, e por estemotivo, é necessário que o importador ao receber este documento o analiseverificando os termos e condições para então dar o aceite ou ajustar a negociação.

3.2 Fatura Comercial

A fatura comercial é o documento que consolida todas as informações sobre anegociação, contendo todas as informações inerentes a este processo. Podemos dizerque é a nota fiscal de venda internacional, pois em relação às questões fiscais ecaracterísticas entre ambos, são bastante parecidos e tem a mesma finalidade.

Itens que a fatura deve conter:

•  Nome e endereço, completos, do exportador;•  Nome e endereço, completos, do importador;

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•  Especificação das mercadorias em português ou em idioma oficial do AcordoGeral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT), ou, se em outro idioma,acompanhada de tradução em língua portuguesa, a critério da autoridade

aduaneira, contendo as denominações próprias e comerciais, com aindicação dos elementos indispensáveis à sua perfeita identificação;

•  Marca, numeração e, se houver, número de referência dos volumes;•  Quantidade e espécie dos volumes;•  Peso bruto dos volumes, entendendo-se como tal o da mercadoria com todos

os seus recipientes, embalagens e demais envoltórios;•  Peso líquido, assim considerado o da mercadoria livre de todo e qualquer

envoltório;•  País de origem, como tal entendido aquele onde houver sido produzido a

mercadoria, ou onde tiver ocorrido a última transformação substancial;

•  País de aquisição, assim considerado aquele do qual a mercadoria foi adquiridapara ser exportada para o Brasil, independentemente do país de origem damercadoria ou de seus insumos;

•  País de procedência, assim considerado aquele onde se encontrava amercadoria no momento de sua aquisição;

•  Preço unitário e total de cada espécie de mercadoria e, se houver o montante ea natureza das reduções e descontos concedidos ao importador;

•  Frete e demais despesas relativas às mercadorias especificadas na fatura;•  Condições e moeda de pagamento, e•  Termo de condição de venda (Incoterm).

Penalidades

Multa de R$ 200,00 pela apresentação da fatura comercial em desacordo com uma oumais das indicações contidas no Art. 497-RA.

3.3 Packing List (Romaneio De Carga)

Trata-se de uma relação dos volumes a serem exportados e de seu conteúdo e deveconter os seguintes elementos:

•  Número do documento;•  Nome e endereço do exportador e do importador;•  Data da emissão;•  Descrição da mercadoria, quantidade, unidade, peso bruto e líquido;•  Local de embarque e desembarque;•  Nome da transportadora e data de embarque;•  Número de volumes, identificação dos volumes por ordem numérica, tipo de

embalagem, peso bruto e líquido por volume, as dimensões em metroscúbicos.

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PENALIDADE: Multa de R$ 500,00 pela não-apresentação do Romaneio de Carga(Packing List) nos documentos de instrução da Declaração Aduaneira.

3.4 Conhecimento de Embarque

A empresa de transporte emite, em inglês, o Conhecimento de Embarque, quecomprova ter a mercadoria sido colocada a bordo do meio de transporte. Esse é odocumento que realmente dar posse da mercadoria. O Conhecimento de Embarquedeve conter:

•  Nome e endereço do exportador e do importador;•  Locais de embarque e de desembarque;•  Quantidade marca e espécie de volumes, tipo de embalagem;

•  NCM (quatro dígitos apenas);•  Peso bruto e líquido;•  Valor da mercadoria;•  Dimensão e cubagem dos volumes;•  Valor do frete.

3.5 Certificado de Origem

O objetivo deste documento é o de atestar que o produto é, efetivamente, origináriodo país exportador. Sua emissão é essencial nas exportações para países que

concedem preferências tarifárias. Os Certificados de Origem são fornecidos porentidades credenciadas, mediante a apresentação da fatura comercial. Normalmente,podem ser:

•  Certificado de Origem Mercosul;•  Certificado de Origem ALADI;•  Certificado de Origem SGP (Form A);•  Certificado de Origem SGPC.

3.6 Documentos básicos no despacho de importação

Art. 1º da IN 680

A mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo ou não, sujeita-se adespacho aduaneiro de importação, que será processado com base em declaraçãoformulada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), salvo exceçõesprevistas nesta Instrução Normativa ou em normas específicas.

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3.6.1 Documentos de Instrução da DI

Art. 18. A DI será instruída com os seguintes documentos:

I.  Via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;II.  Via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;

III.  Romaneio de carga (packing list), quando aplicável; eIV.  Outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou

de legislação específica.

Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à SRF quando suaapresentação for solicitada, devendo ser mantidos em poder do importador pelo prazoprevisto na legislação.

Na prática, no despacho de importação é necessário a montagem de uma pasta paracontendo capa e demais documentos necessários para recepção e inicio do tramitepela fiscalização.

3.7 Documentos básicos no despacho de exportação

3.7.1 Documentos de Instrução da DE

A pasta da DE – Declaração de Exportação - será montada com os seguintes

documentos:

•  Extrato da DE;•  Extrato do RE;•  1º. Via da nota fiscal do exportador;•  Romaneio de carga;•  Ticket de pesagem;•  Reserva de praça (via marítima);•  Conhecimento de embarque ou equivalente (via Aérea, Rodoviário e

Ferroviário).

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4. INCOTERMS (Versão 2010)

Não é nenhum exagero afirmar que a sociedade e o mundo atual são da informação e

do contrato. O novo mundo exige um contrato entre partes de qualquer negócio. E nocomércio internacional, é necessário ter fórmulas contratuais que visam fixar direitos eobrigações para o exportador e para o importador. Chamamos estas fórmulas deIncoterms.

Os Incoterms (International Commercial Terms) define os direitos e obrigaçõesrecíprocos do exportador e do importador. Eles estão estruturados dentro de umcontrato de compra e venda e estabelecem um padrão de definições de regras epráticas usuais, neutras, imparciais e de caráter uniformizador.O objetivo dosIncoterms é oferecer um leque de regras internacionais para a interpretação dos

termos comerciais usuais no comércio internacional. A operação de comércio exteriorbaseada nestas regras tem suas incertezas e interpretações controversas reduzidas,pois determina, com precisão, o momento de transferência de obrigações, seja nocusto ou no risco.

O uso dos Incoterms possibilita entendimento entre vendedor e comprador, quanto àstarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local onde é elaborada até olocal de destino final, da embalagem, transportes internos, licenças de exportação e deimportação, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais,despesas alfandegárias, entre outras coisas.

Na realidade, não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor ecomprador, quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do localonde é elaborada até o local de destino final (zona de consumo): embalagem,transportes internos, licenças de exportação e de importação, movimentação emterminais, transporte e seguro internacionais etc.

Um bom domínio dos Incoterms é indispensável para que o negociador possa incluirtodos os seus gastos nas transações em Comércio Exterior. Ressalte-se que as regrasdefinidas pelos Incoterms valem apenas entre os exportadores e importadores, não

produzindo efeitos em relação às demais partes envolvidas, tais como: despachantes,seguradoras e transportadores.

4.1 História e aplicação dos Incoterms

A primeira edição dos Incoterms foi em 1936, pela Câmara Internacional do Comércio – CCI, com sede em Paris. A CCI interpretou e consolidou as diversas formascontratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional até aquelemomento.

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Depois disto, vários aperfeiçoamentos do texto original foram produzidos, sempre comfoco nas mudanças do processo negocial e logístico, sendo que o último absolveu amaior parte das alterações. A última versão publicada do Incoterms é do ano de 2000.

A utilização dos Incoterms é feita por intermédio dos 11 termos (siglas), que sãochamados de condições de venda, e que são mundialmente reconhecidos porimportadores e exportadores. Eles são divididos em quatro grupos, que facilita oentendimento e a definição de cada um.

Representados por siglas de três letras, os termos internacionais de comérciosimplificam os contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem osdireitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefasadicionais ao processo de elaboração do produto. Por isso, são também denominados

"Cláusulas de Preço", pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõemo preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção.

4.2 Significado Jurídico

Após agregados aos contratos de compra e venda, os Incoterms passam a ter forçalegal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim,simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda.

4.3 Quadro Resumo dos Incoterms

GRUPO  INCOTERMS  DESCRIÇÃO 

Partida – mínima obrigaçãopara o exportador

EXW – Ex-Works Mercadoria entregue aocomprador no

estabelecimento do vendedor.

F

Transporte Internacional nãopago pelo exportador

FCA – Free CarrierFAS – Free Alongside Ship

FOB – Free On Board

Mercadoria entregue a umtransportador internacionalindicado pelo comprador.

Transporte Internacionalpago pelo exportador

CFR – Cost And Freight

CIF – Cost, Insurance AndFreight

CPT – Carriage Paid ToCIP – Carriage And Insurance

Paid To

O vendedor contrata o

transporte, sem assumir riscospor perdas ou danos àsmercadorias ou custos

adicionais decorrentes deeventos ocorridos após oembarque e despacho.

Chegada – máximaobrigação para o exportador

DAT - Delivered At Terminal

DAP – Delivered At Place

DDP - delivered duty paid

O vendedor se responsabilizapor todos os custos e riscos

para colocar a mercadoria nolocal de destino.

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4.4 Definições dos Incoterms

4.4.1 EXW - Ex Works

Significa que o vendedor entrega quando coloca as mercadorias à disposição docomprador no estabelecimento do vendedor ou em outro local designado (porexemplo, obra, fábrica, armazém, etc.). O vendedor não necessita carregar asmercadorias em qualquer veículo de coleta, nem desembaraçar as mercadorias paraexportação, caso tal desembaraço seja aplicável.

4.4.2 FCA - Free Carrier

Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadora ou outra pessoa

designada pelo comprador no estabelecimento do vendedor ou em outro localdesignado. Aconselha-se que as partes especifiquem o mais claramente possível oponto dentro do local designado para entrega, já que o risco é transferido aocomprador nesse ponto.

4.4.3 FOB - Free on Board

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio designado pelocomprador no porto de embarque designado ou obtém as mercadorias já dentro domeio de transporte principal. O risco de perda ou dano às mercadorias é transmitido

quando estas estão a bordo do navio e o comprador arca com todos os custos dessemomento em diante.

4.4.4 FAS - Free Alongside Ship

Significa que o vendedor entrega quando as mercadorias são colocadas ao lado donavio (por exemplo, em um cais ou em uma barca) designado pelo comprador noporto de embarque designado. O risco de perda ou danos às mercadorias é transferidoquando estas estão ao lado do navio, e o comprador arca com todos os custos dessemomento em diante.

4.4.5 CFR - Cost and Freight

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio ou obtém asmercadorias já entregues dessa forma. O risco de perda ou dano às mercadorias étransferido quando estas estão a bordo do navio. O vendedor deve contratar e pagarpelos custos e transporte necessários para trazer as mercadorias ao porto de destinodesignado.

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4.4.6 CIF - Cost, Insurance and Freight

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio ou obtém as

mercadorias já entregues dessa forma. O risco de perda ou dano às mercadorias étransferido quando estas estão a bordo do navio. O vendedor deve contratar e pagarpelos custos e transporte necessários para trazer as mercadorias ao porto de destinodesignado.

4.4.7 CPT - Carried Paid To

Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadora ou a outra pessoadesignada pelo vendedor em um local acordado (caso haja esse local) e que ovendedor deve contratar e pagar pelos custos do transporte necessário para levar as

mercadorias ao local de destino designado.

4.4.8 CIP - Carriage and Insurance Paid

Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadora ou a outra pessoadesignada pelo vendedor em um local acordado (caso haja esse local) e que ovendedor deve contratar e pagar pelos custos do transporte necessário para levar asmercadorias ao local de destino designado. porto de embarque

4.4.9 DAT - Delivered at Terminal

Significa que o vendedor entrega quando as mercadorias, uma vez descarregadas domeio de transporte de chegada, são colocadas à disposição do comprador em umterminal designado no porto ou local de destino designado. “Terminal“ inclui qualquerlocal, coberto ou não, tal como um cais, armazém, pátio de contêineres ou rodovia,terminal de carga ferroviária ou aérea. O vendedor arca com todos os riscos envolvidosno transporte e na descarga das mercadorias no terminal, no porto ou local de destinodesignado.

4.4.10 DAP - Delivered at Place

Significa que o vendedor entrega quando as mercadorias são colocadas à disposição docomprador no meio de transporte de chegada prontas para descarga no local dedestino designado. O vendedor arca com todos os riscos envolvidos no transporte e nadescarga das mercadorias no local designado.

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28 

4.4.11 DDP - Delivered Duty Paid

Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando estas são colocadas à

disposição do comprador, desembaraçadas para importação no meio de transporte dechegada prontas para descarga no local de destino designado. O vendedor arca comtodos os custos e riscos envolvidos no transporte das mercadorias até o local dedestino e tem a obrigação de desembaraçar as mercadorias, não apenas paraimportação como para exportação, pagar quaisquer impostos deimportação/exportação e conduzir todas as formalidades alfandegárias.

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5. BARREIRAS COMERCIAIS (CONTEÚDO EXTRA – NÃO CONSTA NO PROGRAMA)

Barreira pode ser entendida como qualquer lei, regulamento, política, medida ou

prática governamental que imponha restrições ao comércio exterior.

Portanto, antes de iniciar seu plano de exportação ou importação é necessário analisaras características de cada mercado.

Algumas vezes estas barreiras tornam a entrada dos produtos inviáveis, poisrepresentam altos custos e fazem com que os produtos importados deixem de sercompetitivos quando comparados aos similares nacionais.

As barreiras são divididas em três categorias:

•  Tarifárias•  Não tarifárias

•  Técnicas

5.1 Barreiras Tarifárias

São consideradas barreiras tarifárias as tarifas de importação, taxas diversas evaloração aduaneira, aplicadas pelos países importadores.

A formação de blocos econômicos, cada vez mais comum no atual cenário deeconomias globalizadas, favorece a criação de zonas de livre comércio e a gradativaextinção das barreiras tarifárias. Por outro lado, sempre pensando na proteção daeconomia interna, os países tendem a criar novas barreiras não tarifárias e técnicas.

5.2 Barreiras Não Tarifárias

Como exemplos de barreiras não tarifárias, podemos citar:

•  Restrições quantitativas: estabelecimento de quotas anuais para determinadosprodutos;

•  Licenciamento de importação: exigência de licenças de importação, obtidaspreviamente ao embarque das mercadorias;

•  Procedimentos alfandegários: inspeções;

•  Medidas de antidumping: buscam anular o dano sofrido por uma indústria, emdecorrência de importações realizadas a preços de dumping.

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Considera-se que há prática de dumping, em comércio internacional, quando umaempresa exporta para outro país um produto a preço inferior àquele vigente em seumercado interno, com o objetivo de eliminar a concorrência, tanto de produtores

locais, como de outros produtores estrangeiros.

•  Medidas compensatórias: visam à neutralização dos efeitos danosos à produçãodoméstica de importações de produtos subsidiados.

Entende-se por subsídio a concessão de um benefício, em função das seguinteshipóteses:

a) haja, no país exportador, qualquer forma de sustentação de renda ou de preços que,

direta ou indiretamente, contribua para aumentar exportações ou reduzir importaçõesde qualquer produto; ou

b) haja contribuição financeira por um governo ou órgão público, no interior doterritório de um país.

•  Medidas de salvaguarda: tem por finalidade garantir uma proteção temporáriaque permita ao setor prejudicado por um aumento substancial de importações,ajustarem-se às novas condições de concorrência.

5.3 Apoio no Brasil

O Departamento de Defesa Comercial, DECOM, é a autoridade investigadora brasileirapara fins das investigações que autorizam a aplicação de medidas de defesa comercial.

O DECOM insere-se na estrutura da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX, noâmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC.

•  Contatos:  Diretor: Felipe HeesTel (0xx61) 2027-7770 - Fax (0xx61) 2027-7445 - e-mail: [email protected] Site: http://www.mdic.gov.br//comercio-exterior 

  Coordenação-Geral de Apoio ao Exportador, Negociações e [email protected]   Coordenação-Geral de Produtos Agropecuá[email protected]   Coordenação-Geral de Produtos Intermediá[email protected] 

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6. CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS

6.1 Sistema Harmonizado - SH

O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ousimplesmente Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional de classificaçãode mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições.

Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional,assim como aprimorar a coleta, a comparação e a análise das estatísticas,particularmente as do comércio exterior. Além disso, o SH facilita as negociaçõescomerciais internacionais, a elaboração das tarifas de fretes e das estatísticas relativasaos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras informações utilizadas

pelos diversos intervenientes no comércio internacional.

A composição dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejamatendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva eaplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível desofisticação das mercadorias.

O Sistema Harmonizado (SH) abrange:

Nomenclatura  – Compreende 21 seções, composta por 96 capítulos, além das Notas

de Seção, de Capítulo e de Subposição. Os capítulos, por sua vez, são divididos emposições e subposições, atribuindo-se códigos numéricos a cada um dosdesdobramentos citados. Enquanto o Capítulo 77 foi reservado para uma eventualutilização futura no SH, os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos especiaispelas Partes Contratantes. O Brasil, por exemplo, utiliza o Capítulo 99 para registraroperações especiais na exportação;

Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado – Estabelecem as regrasgerais de classificação das mercadorias na Nomenclatura;

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) – Fornecem esclarecimentos einterpretam o Sistema Harmonizado, estabelecendo, detalhadamente, o alcance econteúdo da Nomenclatura.

6.2 Estrutura e Composição da NCM/SH

O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, aNomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que tem por base o SistemaHarmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros sãoformados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo dígitoscorrespondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do MERCOSUL.

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32 A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Comum do MERCOSUL

(NCM) obedece à seguinte estrutura:

00 00 00 0 0

Exemplo: Código NCM: 0104.10.11 Animais reprodutores de raça pura, da espécieovina, prenhe ou com cria ao pé.

Este código é resultado dos seguintes desdobramentos:

Seção I ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMALCapítulo 01 Animais vivosPosição 0104 Animais vivos das espécies ovina e caprinaSubposição 0104.10 OvinosItem 0104.10.1 Reprodutores de raça puraSubitem 0104.10.11 Prenhe ou com cria ao pé

6.3 Dúvidas na Classificação Fiscal

A solução de consultas sobre classificação fiscal de mercadorias é de competência daSecretaria da Receita Federal (SRF), por intermédio da Coordenação-Geral do SistemaAduaneiro e da Superintendência Regional da Receita Federal.

Em caso de dúvidas sobre a correta classificação fiscal de mercadorias, o interessadodeverá contatar a Unidade da Receita Federal do seu domicílio fiscal, formulandoconsulta por escrito, de acordo com as orientações constantes no site dessa Secretaria.

6.4 Quadro com as Seções e Capítulos do Sistema Harmonizado

Seções eCapítulos

Descrição

SEÇÃO I ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL

Capítulos

01 Animais vivos

02 Carnes e miudezas, comestíveis

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03 Peixes e crustáceos, moluscos e os outros invertebrados aquáticos

04Leite e laticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis deorigem animal, não especificados nem compreendidos em outros

Capítulos

05Outros produtos de origem animal, não especificados nem compreendidosem outros Capítulos

SEÇÃO II PRODUTOS DO REINO VEGETAL

Capítulos

06 Plantas vivas e produtos de floricultura

07 Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis

08 Frutas; cascas de cítricos e de melões

09 Café, chá, mate e especiarias

10 Cereais11

Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; glútende trigo

12Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantasindustriais ou medicinais; palha e forragem

13 Gomas, resinas e outros sucos e extratos vegetais

14Matérias para entrançar e outros produtos de origem vegetal, nãoespecificados nem compreendidos em outros Capítulos

SEÇÃO IIIGORDURAS E ÓLEOS ANIMAIS OU VEGETAIS; PRODUTOS DA SUADISSOCIAÇÃO; GORDURAS ALIMENTARES ELABORADAS; CERAS DE

ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL.Capítulo

15Gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação;gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal

SEÇÃO IVPRODUTOS DAS INDÚSTRIAS ALIMENTARES; BEBIDAS, LÍQUIDOSALCOÓLICOS E VINAGRES; FUMO (TABACO) E SEUS SUCEDÂNEOSMANUFATURADOS.

Capítulos

16Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou deoutros invertebrados aquáticos

17 Açúcares e produtos de confeitaria18 Cacau e suas preparações

19Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou de leite;produtos de pastelaria

20Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes deplantas

21 Preparações alimentícias diversas

22 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres

23Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparadospara animais

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24 Fumo (tabaco) e seus sucedâneos, manufaturados

SEÇÃO V PRODUTOS MINERAIS

Capítulos

25 Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento

26 Minérios, escórias e cinzas

27Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos de sua destilação;matérias betuminosas; ceras minerais

SEÇÃO VI PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS OU DAS INDÚSTRIAS CONEXAS

Capítulos

28Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos demetais preciosos, de elementos radioativos, de metais das terras raras oude isótopos

29 Produtos químicos orgânicos30 Produtos farmacêuticos

31 Adubos ou fertilizantes

32Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus derivados; pigmentos eoutras matérias corantes, tintas e vernizes, mástiques; tintas de escrever

33Óleos essenciais e resinóides; produtos de perfumaria ou de toucadorpreparados e preparações cosméticas

34

Sabões, agentes orgânicos de superfície, preparações para lavagem,preparações lubrificantes, ceras artificiais, ceras preparadas, produtos deconservação e limpeza, velas e artigos semelhantes, massas ou pastas de

modelar, "ceras" para dentistas e composições para dentista à base degesso

35Matérias albuminóides; produtos à base de amidos ou de féculasmodificados; colas; enzimas

36Pólvoras e explosivos; artigos de pirotecnia; fósforos; ligas pirofóricas;matérias inflamáveis

37 Produtos para fotografia e cinematografia

38 Produtos diversos das indústrias químicas

SEÇÃO VII PLÁSTICOS E SUAS OBRAS; BORRACHA E SUAS OBRAS.

Capítulos

39 Plásticos e suas obras40 Borracha e suas obras

SEÇÃOVIII

PELES, COUROS, PELETERIA (PELES COM PÊLO*) E OBRAS DESTASMATÉRIAS; ARTIGOS DE CORREEIRO OU DE SELEIRO; ARTIGOS DE VIAGEM,BOLSAS E ARTEFATOS SEMELHANTES; OBRAS DE TRIPA.

Capítulos

41 Peles, exceto a peleteria (peles com pêlo*), e couros

42Obras de couro; artigos de correeiro ou de seleiro; artigos de viagem,bolsas e artefatos semelhantes; obras de tripa

43 Peleteria (peles com pêlo*) e suas obras; peleteria (peles com pêlo*)

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artificial

SEÇÃO IX MADEIRA, CARVÃO VEGETAL E OBRAS DE MADEIRA; CORTIÇA E SUASOBRAS; OBRAS DE ESPATARIA OU DE CESTARIA.

Capítulos

44 Madeira, carvão vegetal e obras de madeira

45 Cortiça e suas obras

46 Obras de espartaria ou de cestaria

SEÇÃO XPASTAS DE MADEIRA OU DE MATÉRIAS FIBROSAS CELULÓSICAS; PAPEL OUCARTÃO DE RECICLAR (DESPERDÍCIOS E APARAS); PAPEL E SUAS OBRAS.

Capítulos

47 Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas; papel oucartão de reciclar (desperdícios e aparas)

48 Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão

49Livros, jornais, gravuras e outros produtos das indústrias gráficas; textosmanuscritos ou datilografados, planos e plantas

SEÇÃO XI MATÉRIAS TÊXTEIS E SUAS OBRAS

Capítulos

50 Seda

51 Lã e pêlos finos ou grosseiros; fios e tecidos de crina

52 Algodão

53 Outras fibras têxteis vegetais; fios de papel e tecido de fios de papel54 Filamentos sintéticos ou artificiais

55 Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas

56Pastas ("ouates"), feltros e falsos tecidos; fios especiais; cordéis, cordas ecabos; artigos de cordoaria

57 Tapetes e outros revestimentos para pavimentos, de matérias têxteis

58Tecidos especiais; tecidos tufados; rendas; tapeçarias; passamanarias;bordados

59Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados; artigospara usos técnicos de matérias têxteis

60 Tecidos de malha

61 Vestuário e seus acessórios, de malha

62 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha

63Outros artefatos têxteis confeccionados; sortidos; artefatos de matériastêxteis, calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, usados; trapos

SEÇÃO XIICALÇADOS, CHAPÉUS E ARTEFATOS DE USO SEMELHANTE, GUARDA-CHUVAS, GUARDA-SÓIS, BENGALAS, CHICOTES, E SUAS PARTES; PENASPREPARADAS E SUAS OBRAS; FLORES ARTIFICIAIS; OBRAS DE CABELO.

Capítulos

64 Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas partes

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36 

65 Chapéus e artefatos de uso semelhante, e suas partes

66Guarda-chuvas, sombrinhas, guarda-sóis, bengalas, bengalas-assentos,chicotes, e suas partes

67Penas e penugem preparadas, e suas obras; flores artificiais; obras decabelo

SEÇÃOXIII

OBRAS DE PEDRA, GESSO, CIMENTO, AMIANTO, MICA OU DE MATÉRIASSEMELHANTES; PRODUTOS CERÂMICOS; VIDRO E SUAS OBRAS.

Capítulos

68Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matériassemelhantes

69 Produtos cerâmicos

70 Vidro e suas obras

SEÇÃOXIV

PÉROLAS NATURAIS OU CULTIVADAS, PEDRAS PRECIOSAS OUSEMIPRECIOSAS E SEMELHANTES, METAIS PRECIOSOS, METAISFOLHEADOS OU CHAPEADOS DE METAIS PRECIOSOS, E SUAS OBRAS;BIJUTERIAS; MOEDAS.

Capítulo

71Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas esemelhantes, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metaispreciosos, e suas obras; bijuterias; moedas

SEÇÃO XV METAIS COMUNS E SUAS OBRAS

Capítulos

72 Ferro fundido, ferro e aço73 Obras de ferro fundido, ferro ou aço

74 Cobre e suas obras

75 Níquel e suas obras

76 Alumínio e suas obras

77 (Reservado para uma eventual utilização futura no SH)

78 Chumbo e suas obras

79 Zinco e suas obras

80 Estanho e suas obras

81 Outros metais comuns; ceramais ("cermets"); obras dessas matérias

82Ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, e suas partes, de metaiscomuns

83 Obras diversas de metais comuns

SEÇÃOXVI

MÁQUINAS E APARELHOS, MATERIAL ELÉTRICO, E SUAS PARTES;APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE SOM, APARELHOS DEGRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE IMAGENS E DE SOM EM TELEVISÃO, ESUAS PARTES E ACESSÓRIOS.

Capítulos

84Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos

mecânicos, e suas partes

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37 85

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos degravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou dereprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e

acessóriosSEÇÃOXVII

MATERIAL DE TRANSPORTE

Capítulos

86Veículos e material para vias férreas ou semelhantes, e suas partes;aparelhos mecânicos (incluídos os eletromecânicos) de sinalização paravias de comunicação

87Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suaspartes e acessórios

88 Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes

89 Embarcações e estruturas flutuantes

SEÇÃOXVIII

INSTRUMENTOS E APARELHOS DE ÓPTICA, FOTOGRAFIA OUCINEMATOGRAFIA, MEDIDA, CONTROLE OU DE PRECISÃO;INSTRUMENTOS E APARELHOS MÉDICO-CIRÚRGICOS; APARELHOS DERELOJOARIA; INSTRUMENTOS MUSICAIS; SUAS PARTES E ACESSÓRIOS.

Capítulos

90Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia, medida,controle ou de precisão; instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; suaspartes e acessórios

91 Aparelhos de relojoaria e suas partes92 Instrumentos musicais, suas partes e acessórios

SEÇÃOXIX

ARMAS E MUNIÇÕES; SUAS PARTES E ACESSÓRIOS.

Capítulo

93 Armas e munições; suas partes e acessórios

SEÇÃO XX MERCADORIAS E PRODUTOS DIVERSOS

Capítulos

94

Móveis, mobiliário médico-cirúrgico; colchões, almofadas e semelhantes;aparelhos de iluminação não especificados nem compreendidos em outros

Capítulos; anúncios, cartazes ou tabuletas e placas indicadoras luminosos,e artigos semelhantes; construções pré-fabricadas

95Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para esporte; suas partese acessórios

96 Obras diversas

SEÇÃOXXI

OBJETOS DE ARTE, DE COLEÇÃO E ANTIGÜIDADES.

Capítulos

97 Objetos de arte, de coleção e antigüidades

98 (Reservado para usos especiais pelas Partes Contratantes)

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38 

99Operações especiais (utilizado exclusivamente pelo Brasil para classificaroperações especiais na exportação)

6.5 Regras Gerais de Interpretação

A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes Regras:

1)  Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para osefeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notasde Seção e de Capítulo e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidasposições e Notas, pelas Regras seguintes.a)  Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo

mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado em que se

encontra, as características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrangeigualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termosdas disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou pormontar.

b)  Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essamatéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias.Da mesmo forma, qualquer referência a obras de uma matéria determinadaabrange as obras constituídas inteira ou parcialmente dessa matéria. Aclassificação destes produtos misturados ou artigos compostos efetua-seconforme os princípios enunciados na Regra 3.

2)  Quando pareça que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições poraplicação da Regra 2-"b" ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte:a)  A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando

duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte dasmatérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, oua apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda aretalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ouartigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente umadescrição mais precisa ou completa da mercadoria.

b)  Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes ouconstituídas pela reunião de artigos diferentes e as mercadorias apresentadasem sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não sepossa efetuar pela aplicação da Regra 3-"a", classificam-se pela matéria ouartigo que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizaresta determinação.

c)  Nos casos em que as Regras 3-"a" e 3-"b" não permitam efetuar a classificação,a mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordemnumérica, dentre as suscetíveis de validamente se tomarem em consideração.

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39 

3)  As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acimaenunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos maissemelhantes.

4)  Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estãosujeitas às Regras seguintes:a)  Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para

armas, para instrumentos de desenho, para jóias e receptáculos semelhantes,especialmente fabricados para conterem um artigo determinado ou umsortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com osartigos a que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejamdo tipo normalmente vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não dizrespeito aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua característicaessencial.

b)  Sem prejuízo do disposto na Regra 5-"a", as embalagens contendo mercadoriasclassificam-se com estas últimas quando sejam do tipo normalmente utilizadopara o seu acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatóriaquando as embalagens sejam claramente suscetíveis de utilização repetida.

5)  A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição édeterminada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas deSubposição respectivas, assim como, "mutatis mutandis", pelas Regrasprecedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmonível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são tambémaplicáveis, salvo disposições em contrário.

6.6 Regra Geral Complementar (RGC)

•  RGC-1) - As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado seaplicarão, "mutatis mutandis", para determinar dentro de cada posição ousubposição, o item aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente,entendendo-se que apenas são comparáveis desdobramentos regionais (itens esubitens) do mesmo nível.

•  RGC-2) - As embalagens contendo mercadorias e que sejam claramentesuscetíveis de utilização repetida, mencionadas na Regra 5 b), seguirão seu

próprio regime de classificação sempre que estejam submetidas aos regimesaduaneiros especiais de admissão temporária ou de exportação temporária.Caso contrário, seguirão o regime de classificação das mercadorias.

6.7 Roteiro para Classificação de Mercadorias

•  Considere as Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado e aRegra Geral Complementar da NCM (item IV);

•  Identifique a Seção e o Capítulo desejados, dispostos na tabela do item VII;

•  Clique no Capítulo selecionado para visualizar a tabela de códigos e descrições

das mercadorias na NCM do referido Capítulo;

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40 

•  Proceda ao enquadramento da mercadoria, seguindo o ordenamento declassificação dos códigos na NCM (posição, subposição, item e subitem), deacordo com as especificidades do produto, conforme demonstrado no item II;

•  Observação: Na classificação de mercadorias, é fundamental que sejamconsideradas, quando houver, as Notas de Seção e de Capítulo, disponíveis natabela do item VII. Nas Seções que constam Notas, clique em "Ver Notas deSeção", ao final da descrição da Seção. As Notas de Capítulo antecedem oscódigos e descrições de cada um deles.

6.8 Notas Explicativas do SH

As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) compreendem as Notas deSeção, de Capítulo e de Subposição. Trata-se de material extenso e pormenorizado,

que estabelece, detalhadamente, o alcance e conteúdo da Nomenclatura abrangidapelo SH.

Base legal: Decreto nº 97.409, de 23/12/1988 (DOU de 28/12/1988), que promulgou aConvenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e deCodificação de Mercadorias, bem como alterações posteriores.

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41 

7. TRIBUTOS NA IMPORTAÇÃO

7.1 Imposto de Importação

O imposto de importação incide sobre mercadorias estrangeiras inclusive sobrebagagem de viajante e sobre bens enviados como presente ou amostra, ou a títulogratuito.

São consideradas mercadorias estrangeiras para fins de incidência do imposto deimportação toda mercadoria procedente do exterior, inclusive mercadoria nacional ounacionalizada exportada, que retorne ao país, salvo se:

•  Enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;

•  Devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição;•  Por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país

importador;

•  Por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou

•  Por outros fatores alheios à vontade do exportador.

7.1.1 Fato Gerador do Imposto de Importação

O fato gerador do imposto de importação é à entrada de mercadoria estrangeira noterritório aduaneiro, sendo que a data considerada para apuração, cálculo dos

impostos e o devido recolhimento será sempre o registro da declaração deimportação.

7.1.2 Base de Cálculo para o Imposto de Importação

A base de cálculo para o imposto será:

•  Quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado; e

•  Quando a alíquota for especifica, a quantidade apurada de mercadoria expressana unidade de medida estabelecida.

Toda mercadoria submetida a despacho de importação está sujeita ao controle docorrespondente valor aduaneiro. O controle consiste na verificação da conformidadedo valor aduaneiro declarado pelo importador com as regras estabelecidas no acordode valoração aduaneira.

O valor aduaneiro é composto da seguinte forma:

•  O custo pago pela mercadoria no país de aquisição;

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•  O custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou aeroportoalfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde serãocumpridas as formalidades de entrada no país;

•  Os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transportede mercadoria importada, até a chegada no país;

•  O custo do seguro de mercadoria durante as operações de carga, descarga etransporte internacional.

Nota: Quando a declaração de importação se referir a mercadorias classificadas emmais de um código da Nomenclatura Comum do Mercosul:

•  O custo do transporte de cada mercadoria será obtido mediante a divisão dovalor total do transporte proporcionalmente aos pesos líquidos das

mercadorias; e•  O custo do seguro de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor

total do seguro proporcionalmente aos valores das mercadorias, carregadas, nolocal de embarque.

7.1.3 Cálculo do Imposto de Importação

O imposto de importação será calculado com a aplicação da alíquota prevista, sobre ovalor aduaneiro apurado em moeda estrangeira, devidamente convertido em moedanacional conforme taxa de câmbio vigente na data do fato gerador (registro da DI).

Ex: Valor aduaneiro x alíquota do imposto = valor do imposto

7.1.4 Tributação Simplificada

O regime de tributação simplificada é o que permite a classificação genérica, para finsde despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional,mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isençãodo imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP -Importação e da COFINS - Importação.

Essas mesmas condições poderão ser estendidas às encomendas aéreas internacionaistransportadas ao amparo de conhecimento de carga.

7.1.5 Tributação Especial

O regime de tributação especial é o que permite o despacho de bens integrantes debagagem mediante a exigência tão-somente do imposto de importação, calculado pelaaplicação da alíquota de cinqüenta por cento sobre o valor do bem, apurado conformefatura de compra apresentada, ou na falta deste, o valor de forma geral estabelecidopela autoridade aduaneira.

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Aplica-se o regime de tributação especial aos bens:

•  Compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o limite de

valor global; e•  Adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de

isenção.

7.1.6 Contribuintes e Responsáveis

É contribuinte do imposto:

•  O importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada demercadoria estrangeira no território aduaneiro;

•  O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivoremetente; e

•  O adquirente de mercadoria entrepostada.

É responsável pelo imposto:

•  O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ousob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno;

•  O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia demercadoria sob controle aduaneiro; ou

•  Qualquer outra pessoa que a Lei assim designar.

É responsável solidário:

•  O adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ouredução do imposto;

•  O representante, no País, do transportador estrangeiro;

•  O adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso deimportação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídicaimportadora;

•  O encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedênciaestrangeira de pessoa jurídica importadora;

•  O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratadopara a realização do transporte multimodal;

•  O beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à industrializaçãopara exportação, no caso de admissão de mercadoria no regime por outrobeneficiário, mediante sua anuência, com vistas à execução de etapa da cadeiaindustrial do produto a ser; e

•  Qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

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7.2 Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI

O IPI incide sobre produtos industrializados de procedência estrangeira.

O fato gerador do imposto, na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto deprocedência estrangeira. Neste caso, para o IPI a ser pago na entrada da mercadoriaestrangeira em território nacional, a data considerada para apuração, cálculo dosimpostos e o devido recolhimento será sempre o registro da declaração de importação(DI).

7.2.1 Base de Cálculo

A base de cálculo do imposto, na importação, é o valor que servir ou que serviria de

base para cálculo do imposto de importação, por ocasião do despacho aduaneiro,acrescido do montante desse imposto e dos encargos cambiais efetivamente pagospelo importador ou dele exigíveis.

O imposto será calculado mediante aplicação das alíquotas, constantes da Tabela deIncidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, sobre a base de cálculo.

É contribuinte do imposto, na importação, o importador, em relação ao fato geradordecorrente do desembaraço aduaneiro.

Exemplo:

•  (base de cálculo dos impostos de importação + imposto de importação) xalíquota do IPI = IPI de entrada a ser recolhido.

•  ( BC II) + 150 (valor II) = 1.150 (BC IPI)

•  10% (alíq. IPI) = 115 (valor do IPI a recolher)

7.3 Pis e Cofins

A importação de produtos estrangeiros está sujeita ao pagamento da contribuiçãopara o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação.

7.3.1 Fato Gerador

O fato gerador da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS -Importação é a entrada de bens estrangeiros no território aduaneiro. Para efeito decálculo da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação,considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importaçãona data do registro da declaração de importação na data do registro da declaração deimportação

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7.3.2 Base de Cálculo

A base de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS -

Importação é o valor aduaneiro, assim entendido o valor que servir ou que serviria debase para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do ICMS incidenteno desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições.

ICMS incidente comporá a base de cálculo das contribuições, mesmo que tenha seurecolhimento diferido

7.3.3 Contribuintes e Responsáveis Solidários

É contribuinte da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS -

Importação:

•  O importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada debens estrangeiros no território aduaneiro;

•  O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivoremetente; e

•  O adquirente de mercadoria entrepostada.

São responsáveis solidários:

•  O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia debem sob controle aduaneiro; e

•  O transportador, quando transportar bens procedentes do exterior ou sobcontrole aduaneiro, inclusive em percurso interno;

•  O representante, no País, do transportador estrangeiro;

•  O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratadopara a realização do transporte multimodal; e

•  O adquirente de bens estrangeiros, no caso de importação realizada por suaconta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

7.3.4 Calculando o Pis/Cofins

Em uma operação temos os seguintes valores:

•  Valor Aduaneiro R$ 1.000,00

•  Valor do imp. importação R$ 150,00

•  Valor do IPI R$ 115,00

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Nesse caso o problema é calcular os valores de PIS/COFINS, mas já verificamos acimaque o valor do ICMS na entrada, faz parte da base de cálculo para os dois tributos. Se

 já temos o valor aduaneiro, agora precisamos saber qual o valor do ICMS para este

caso, e assim poderemos formar a base de cálculo para o PIS/COFINS.

Base de cálculo do ICMS na entrada = (valor aduaneiro + imp. de importação + IPI)dividido por ((100 – alíquota ICMS)/100).

Agora em números:

(1.000+150+115) / ((100-17)/100) =1.265 / 0,83 = 1.524,09.

Logo o valor do ICMS será:

1.524,09 (bases de calculo ICMS) x 17% (alíquota ICMS) = 259,09 (ICMS).

Podemos agora partir para o cálculo dos tributos pretendidos, pois já sabemos qual é ovalor do ICMS.

A base de cálculo para PIS/COFINS de entrada = (valor aduaneiro + ICMS) / ((100-(1,65+7,6))/100).

Agora em números:

(1.000 + 259,09 ) / ((100-9,25)/100) = 1.259,09 / 0,9075 = 1.387,42.

Valor do PIS: 1.387,42 (base cálculo) x 1,65% (alíquota) = 22,89.

Valor COFINS: 1.387,42 (base calculo) x 7,6% (alíquota) = 105,44

7.4 Despesas Operacionais nas Operações de Despacho Aduaneiro

Ao contrário do que verificamos antes, essas despesas não são tributos, mas vão fazerparte do processo de despacho de mercadoria para que a mesma seja totalmente

liberada.

As despesas aduaneiras como são conhecidas, é composta por taxas e despesas comprestação de serviço nas diversas operações de importação ou de exportação, seja elamarítima, aérea, ferroviária ou rodoviária. Seja qual for a operação que você vairealizar, muitas dessas despesas vão ser necessárias para o andamento do despachoaduaneiro.

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Vamos conhecer algumas delas:

AFRMM – adicional ao frete para renovação da marinha mercante é uma taxa cobrada

para todas as cargas que sejam descarregadas em porto brasileiro, salvo as exceçõesprevistas em legislação. A sua cobrança hoje é feito na grande maioria das vezes pelosistema “Mercante” disponibilizado pelo Ministério dos Transportes, debitadodiretamente na conta corrente do devedor. O percentual hoje cobrado é de 25% sobreo valor do frete e só é devido quando a carga descarregada foi transportada pelomodal marítimo.

Capatazias – é uma taxa cobrada pelos portos nas operações de carregamento edescarregamento de cargas. Essa cobrança tem o objetivo de remunerar a mão deobra utilizada nos portos para arrumação das cargas que serão carregadas ou

descarregadas, e hoje é cobrada por unidade (tonelagem, cubagem ou quantidade devolume).

Armazenagem – é um serviço prestado pelos portos, aeroportos, pontos de fronteira eporto seco. Esse serviço consiste em armazenar a carga em armazém alfandegado atéque seja providenciado o seu despacho para a importação ou exportação.

Alem do serviço de armazenagem existem vários outros serviços que poderão serprestados pela administração dos recintos alfandegados antes e após o despacho. Osvalores para esses serviços variam de recinto para recinto.

Honorários de Despachante Aduaneiro – é o valor cobrado pela prestação de serviços, junto aos órgãos competentes por parte da figura do despachante aduaneiro, com oobjetivo de representar o importador / exportador nos procedimentos para liberaçãode cargas.

Desconsolidação de Cargas, e Liberação de Conhecimento de Embarque – são doisserviços prestados pelos agentes de transportes internacionais ou seu representantepara que após a chegada e descarregamento da carga possamos dar continuidade aoprocesso de despacho.

Taxa de Siscomex – é um valor cobrado pela utilização do sistema no registro dadeclaração de importação. O valor varia de acordo com a quantidade de adiçõesincluídas em uma DI (declaração de importação) e é sempre debitado em conta nomomento do registro da DI.

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8. MODALIDADES DE PAGAMENTO NO COMÉRCIO EXTERIOR

No comércio exterior convive-se com certas peculiaridades e, por essa razão, o

comerciante deve estar atento – sempre – a todo o universo da operação. Conhecer otodo não é apenas importante: é indispensável. Qualquer problema que ocorra com aoperação não será problema do Departamento Financeiro ou do Comercial ou doOperacional. Será um problema que poderá prejudicar a empresa como um todo.

É necessário deixar claro que muita coisa que parece ser igual a uma operaçãodoméstica, no Comércio Exterior pode ser muito diferente. Costuma-se afirmaralgumas verdades incontestáveis:

No comércio exterior não há lugar para amadorismo: ou se é um profissional ou não se

faz comércio exterior; e

No comércio exterior as decisões devem ser tomadas com segurança absoluta. Frasescomo eu acho que, pensei que era, deve ser assim, entre outras, são expressões quedevem ser banidas do vocabulário do profissional da área.

Veja a seguir, alguns aspectos peculiares e fundamentais em Comércio Exterior:

Idioma

O português não é idioma comercial. Em regra utilizamos o inglês;

Leis, regras e “usos e costumes”

Em uma operação de comércio exterior as leis nacionais do país do vendedor ou docomprador não serão levadas em conta no caso de uma disputa judicial. Os contratosinternacionais são regidos por regras próprias, em especial aquelas emanadas daCâmara de Comércio Internacional (Paris) e que são incorporadas nos contratos;

Práticas Comerciais

Algumas práticas comerciais incorporadas no cotidiano doméstico jamais serão aceitasem outros mercados, assim como o mercado doméstico não aceita certas práticasusuais em alguns países;

Contratos Comerciais

Geralmente representados por uma fatura proforma são resumidos e codificados,porém devem conter – no mínimo – o essencial que assegure a finalização da operaçãoa contendo;

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Garantia de Contrato ou Garantia de Performance

Usual nos fornecimentos de valores significativos e/ou que comprometam o

fornecedor a médio e longo prazo;

Sistema de Pagamento e/ou Garantia de pagamento e/ou Cartas de Crédito

Regras próprias do mercado financeiro internacional que, ou impossibilitam umeventual cancelamento ou tornam o cancelamento oneroso;

Controles Governamentais, Cotas, Licenciamento

Há a ingerência governamental nas operações dificultando e, até mesmo, impedindo

certas alterações no curso do processo;

Aspectos relativos a costumes, política e religião

Presente, principalmente, no relacionamento com alguns países do norte da África,Oriente Médio, Índia, Paquistão e Extremo Oriente.

Meio Ambiente e Direitos Humanos

Restrições governamentais.

Proteção ao consumidor e Normas Técnicas

Verificação sobre o atendimento às exigências governamentais domésticas deresponsabilidade do importador.

8.1 Documentação no Câmbio Brasileiro

O embarque da mercadoria implica na emissão, no país de exportação, de uma sériede documentos nacionais e internacionais. Os documentos internacionais são emitidosem razão de exigências internacionais, sejam por força de tratados, convenções,

acordos ou convênios, seja por exigência do(s) país (es) exportador e/ou importador.Estes documentos internacionais é que formam o conjunto dos chamados documentosde embarque, cabendo, dentre eles, destacar:

•  Fatura comercial;

•  Conhecimento de Embarqueo  Marítimo (Bill of Lading – B/L);o  Aéreo (Air Way Bill – AWB);o  Rodoviário Internacional (CRT);o  Ferroviário Internacional (TIF);

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•  Apólice / Certificado de Seguro;

•  Certificado de Origem;

•  Romaneio (packing list).

Além dos documentos de embarque, o vendedor costuma emitir um saque / letra decâmbio (draft / Bill of Exchange) quando a operação é realizada em cobrança ou porexigência de carta de crédito. É importante destacar que o saque não é documento decomércio exterior.

Dos documentos de embarque, podemos afirmar que o mais importante deles é oconhecimento de embarque. Além de contrato de transporte, atesta que a mercadoriafoi recebida pelo transportador em aparente boa ordem e condições. Se marítimo,indica, ainda, que a mercadoria está a bordo (on board ).

É, também, documento que dá ao seu portador ou consignatário a posse damercadoria. Sendo marítimo, representa a propriedade da mercadoria, podendo atradição da mesma ser efetuada mediante endosso.

Ora, se o vendedor pretende estabelecer um mínimo de segurança para o pagamentode sua operação, não permitirá que tais documentos, especialmente o conhecimentode embarque, sejam entregues ao comprador antes que este efetue o pagamento ou,pelo menos, aceite um saque para pagamento futuro.

Porém, nada impede ao vendedor nos casos em que não tenham motivos para temerqualquer risco comercial ou político que entregue os documentos ao compradorindependentemente de pagamento, aceite ou de qualquer outra garantia.

É, exatamente, em função do maior ou menor risco de não pagamento que serádefinida a modalidade de pagamento.

8.2 Remessa Sem Saque

A presente modalidade implica no embarque da mercadoria e remessa dos

documentos pertinentes pelo vendedor diretamente ao comprador, antes dopagamento, sem qualquer interferência bancária. O vendedor, sequer emite qualquertítulo (saque) contra o comprador.

Trata-se de operação de alto risco para o vendedor. Ele deve confiar integralmente nocomprador e em seu país. Deve, pois, estar seguro de que o importador lhe pagará, àvista ou a prazo, após o recebimento da mercadoria, conforme compactuado nocontrato comercial.

Sua utilização, conseqüentemente, só ocorre nas operações realizadas entre empresasdo mesmo grupo ou com compradores tradicionais.

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Sem dúvida alguma, para o comprador esta é a mais interessante das modalidades.

Recebendo diretamente os documentos, acelera o desembaraço da mercadoria e,

assim, evita eventuais custos de armazenagem. Como não há intervenção bancária notrâmite da documentação, elimina, também, as despesas de bancos locais e debanqueiros, no exterior.

8.3 Cobrança Bancária ou Cobrança Documentária

A cobrança, por definição, é manuseio de documentos pelos bancos. Por documentosentende-se:

•  Documentos comerciais: faturas comerciais, conhecimentos de embarque e

outros;•  Documentos financeiros: saques, recibos, notas promissórias, cheques etc.

Com relação ao prazo de pagamento, a cobrança pode ser:

•  À vista (sight draft): neste caso o pagamento ao vendedor é efetuado pelocomprador contra a apresentação dos documentos.

•  A prazo: os documentos são entregues ao comprador contra o aceite(acceptance) do saque, para pagamento pelo comprador ao vendedor, no seuvencimento. Normalmente o vencimento é estabelecido após a data do

embarque (... days from bl date).

Na prática, as partes envolvidas numa cobrança são:

•  Cedente ( principal ): é aquele que confia ao banco remete os documentos emcobrança. Normalmente, é o próprio vendedor, exportador, sacador (drawer );

•  Banco remetente (remitting bank ): o banco ao qual o cedente confiou osdocumentos para cobrança;

•  Banco apresentador ( presenting bank ): o banco encarregado de apresentar osdocumentos ao sacado. O chamado banco cobrador (collecting bank ),

•  Sacado (drawer ): aquele a quem é feita a apresentação, conforme instruçõesde cobrança. Em regra, é o comprador, importador.

Nesta modalidade o vendedor embarca a mercadoria e entrega os documentos a umbanco para que este, através de um de seus correspondentes no Brasil, providencie acobrança dos mesmos juros ao comprador. Normalmente os documentos sãoacompanhados de um saque (letra de câmbio ou cambial ) à vista ou a prazo, sacadopelo vendedor contra o comprador. Trata-se de título representativo da dívida.

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O comprador deve sempre indicar ao vendedor o banco através do qual deseja receberos documentos em cobrança. Não o fazendo, corre-se o risco que os documentoscheguem através de bancos com os quais o comprador não opera, inclusive em outras

praças, o que, no mínimo, causará atrasos na comunicação, por tal banco, da chegadados documentos.

Os bancos envolvidos no procedimento de cobrança são apenas intermediários doprocesso e, portanto, não se responsabilizam pelo pagamento, Responsabilizam-se,apenas, pelo fiel cumprimento das instruções recebidas do vendedor.

8.4 Carta de Crédito (Letter of Credit )

Aconselhável nas operações de alto risco de não pagamento (comercial e/ou político)

o Crédito Documentário constitui-se em modalidade através da qual um banco (bancoemitente – issuing bank ) agindo a pedido e por conta do importador (proponente /tomador – applicant / beneficiary ). Permite, dessa maneira, que um banco assuma opapel de pagador da operação.

Também tem sido exigido quando o vendedor necessita, em seu país, definanciamento à comercialização de mercadoria, no caso de operações a prazo. Talinstrumento serve, pois, para alavancagem financeira para o vendedor.

Compromisso firme do balanço emitente, posto que deva ser irrevogável (irrevocable),

pode envolver compromisso adicional de outro banco (banco confirmador –confirming bank ), dando maior segurança à operação.

Obviamente que estes compromissos são estabelecidos condicionalmente, ou seja, opagamento é assegurado ao beneficiário desde que ele cumpra todos os termos econdições estabelecidas no referido Crédito Documentário e apresente todos osdocumentos exigidos pelo mesmo.

O Crédito Documentário é assim chamado por estabelecer, em regra, que o seupagamento será feito contra ou após a apresentação – pelo beneficiário – dedocumentos ao banco designado – (nominated bank ), ou seja, banco nomeado pelobanco emitente para efetuar o pagamento ( aceite ou negociação ). Para o nossotrabalho, optamos pela designação Carta de Crédito.

Em tais operações, tanto o banco emitente quanto o banco confirmador – ao contráriodo que ocorre nas Cobranças em que os bancos são meros intermediários – estãocomprometidos no pagamento ao beneficiário. Está obrigado a pagar o beneficiárioindependentemente de o pagamento ter sido efetuado pelo comprador. Para estesbancos, pois, trata-se de operação de risco. Por essa razão, além de cobrarem tarifaspela prestação de serviços, cobram comissões pelo risco que correm.

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Partes intervenientes na Carta de Crédito:

•  Proponente/tomador (applicant/taker ): comprador, importador, aquele que

solicita ao banco emitente a abertura/emissão da Carta de Crédito;•  Banco Emitente (issuing bank ): banco que, a pedido e por conta do tomador,

emite a Carta de CRÉDITO;

•  Banco Avisador (advising bank ): banco através do qual o banco emitente emitea Carta de Crédito e que é responsável de avisar o beneficiário (entregar aCarta de Crédito ao beneficiário);

•  Banco Confirmador (confirming bank ): banco que, a pedido ou sob autorizaçãodo banco emitente, confirma a Carta de Crédito;

•  Beneficiário (beneficiary ): vendedor, exportador, aquele em favor do qual aCarta de Crédito é emitida;

•  Banco Designado ou Nomeado (nominated bank ): banco a quem osdocumentos deverão ser apresentados;

•  Banco Negociador (negotiating bank ): banco que está autorizado a negociar.

Estas operações estão regulamentadas pela Câmara de Comércio Internacional – CCI,Paris – através da Publicação 600, a qual deverá sempre estar incorporada no texto dasCartas de Crédito.

Sempre é bom lembrar que, dada a complexidade com que se revestem as operaçõescursadas ao amparo de Cartas de Crédito, torna-se indispensável o profundo

conhecimento destes regulamentos por parte de todos os seus intervenientes.

8.4.1 Garantias e Riscos para o Vendedor

A Carta de Crédito pode ser considerada como um ótimo instrumento, desde que,além de irrevogável, apresente as seguintes características:

•  Seja emitida e/ou confirmada por um first class bank ;

•  Seja emitida e/ou confirmada em um país que não ofereça risco detransferência;

•  Estabeleça termos e condições que o exportador possa cumprir;•  Exija documentos que o exportador possa fornecer;

•  O exportador cumpra todos os seus termos e condições e apresente todos osdocumentos por ela exigidos, em ordem (sem discrepâncias).

Sendo operação à vista, o vendedor embarca a mercadoria e apresenta os documentosao banco designado para pagamento.

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Sendo operação a prazo, apresenta os documentos ao banco designado e aguarda ovencimento do prazo para recebimento do pagamento. Em qualquer destascircunstâncias e consideradas as características acima, é correto afirmar que a Carta de

Crédito será honrada e, portanto, que seu pagamento é líquido e certo.

No entanto, deve ser ressaltado que o pressuposto do cumprimento de uma Carta deCrédito se pauta pela exatidão. A Carta de Crédito pretende ser um documentoperfeito. Há que se respeitar o princípio do “estrito cumprimento” ou da “estritaconformidade”.

Qualquer erro, qualquer imperfeição, omissão ou alteração de dados nadocumentação, no confronto desta com os termos e condições da Carta de Crédito ouno confronto entre os próprios documentos, será considerado uma divergência, uma

discrepância e, conseqüentemente, poderá acarretar a recusa dos documentos ouimpugnação de pagamento.

Se o beneficiário, ao receber a Carta de Crédito, percebe que ela não o satisfazplenamente, deverá de pronto, exigir que nela seja promovida a emenda (amendment )necessária (aditivo que tem por objetivo suprimir, incluir, alterar ou explicar termos econdições da Carta de Crédito ).

8.4.2 Garantias e Riscos para o Comprador

É preciso dizer, desde já, que a finalidade do crédito é assegurar pagamento aobeneficiário. Em princípio, não tem a finalidade de assegurar recebimento damercadoria ao importador.

O pagamento será efetuado ao beneficiário com base em documentos. Embora sejacorreto afirmar que o pagamento somente será efetuado ao beneficiário se eleapresentar documentos que comprovem o estrito cumprimento dos termos econdições da Carta de Crédito, isto não assegura, no entanto, que efetivamente tenhaocorrido o embarque das mercadorias e nem que, se embarcadas, as mercadoriassejam exatamente aquelas indicadas na Carta de Crédito e nos documentos.

Para maior clareza, transcrevemos, a seguir, alguns trechos da Publicação 600:

•  “Créditos, por sua natureza, são transações distintas dos contratos de venda oude outro (s) contrato (s), nos quais possam estar baseados e os bancos, denenhum modo, estão vinculados ou obrigados por tal (is) contrato (s) sejaincluída no Crédito...”

•  “Em operações de Crédito todas as partes envolvidas operam com documentose não com mercadorias, serviços e/ou outros desempenhos a que osdocumentos possam se referir.”

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•  “Após a recepção dos documentos o Banco Emitente e/ou o BancoConfirmador, caso haja, ou o Banco Designado, devem determinar, com baseapenas nos documentos...”

•  “Os bancos não assumem obrigação ou responsabilidade pela forma,suficiência, exatidão, autenticidade, falsificação ou efeito legal de qualquer(quaisquer) documento (s),..., tampouco assumem obrigação ouresponsabilidade pela descrição,...., ou existência das mercadoriasrepresentadas por quaisquer documentos, ...”

Por essa razão, o comprador deve tomar alguns cuidados, especialmente no queconcerne à integridade e reputação do vendedor, antes de concordar em lhe forneceruma Carta de Crédito. Deve, também, exigir documentos apropriados visando aminimizar os riscos de erro ou fraude.

8.4.3 Recomendações Básicas ao Comprador de Mercadoria (Tomador)

Antes de “fechar” o negócio comercial promova um criterioso levantamento cadastraldo vendedor, em especial sobre sua integridade e reputação

Em caso de dúvida:

•  Não comprar deste fornecedor;

•  Exigir documentos apropriados, como por exemplo, certificado de inspeção

pré-embarque indicando a empresa certificadora, a forma da inspeção e ostermos do certificado;

•  Sua capacidade para entregar a mercadoria nos prazos e condições pactuados:quando necessário, exigir performance bond ;

•  Verificar se as exigências, termos e condições estabelecidas pelo vendedor paraa abertura da Carta de Crédito são exeqüíveis à luz da nossa legislação,especialmente no que respeita ao licenciamento;

•  Avaliar se as condições estabelecidas pelo vendedor para a abertura da Cartade Crédito estão de acordo com o contrato comercial e não comprometem asegurança da operação nos seus vários aspectos operacional, comercial e

financeiro.

Fechado o negócio com o vendedor, o comprador deve identificar, no mercado local,um banco autorizado a operar em câmbio que esteja disposto a emitir a Carta deCrédito. Para tanto, deverá escolher um banco que:

•  Possa atender, na integra, as necessidades de sua operação e que seja de 1ªlinha para que seja aceito pelo vendedor;

•  Tradicional em operações da espécie;

•  Que mantenha correspondentes na localidade do vendedor;

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•  Que tenha linhas de crédito no exterior, para o caso de operações confirmadasou financiadas;

•  Ofereça serviços da melhor qualidade;

•  Possa oferecer tarifas e comissões personalizadas, levando em conta aqualidade e quantidade de negócios da sua empresa;

•  Não extrapole nas exigências de garantia; e, finalmente,

•  Esteja disposto a assessorá-lo, como parceiro.

Ao solicitar a emissão da Carta de Crédito, é preciso informar ao banco, eminstrumento apropriado (“proposta-contrato” para a abertura de crédito), e de formaclara e preciosa todos os termos e condições do negócio para que a Carta de Créditoseja emitida em conformidade com o contrato comercial, com destaque para:

•  Forma de abertura da Carta de Crédito: se por via aérea, telégrafo ou Swift;•  Banco avisador (através do qual a Carta de Crédito deverá ser aberta);

•  Tipo de Carta de Crédito: irrevogável ou irrevogável confirmada, transferível;

•  Nome e endereço corretos e completos do beneficiário;

•  Moeda e valor, inclusive valores adicionais aceitáveis;

•  Comissão de agente se houver;

•  Disponibilidade do crédito;

•  Prazo para o pagamento e exigência de saque;

•  Permissão, ou não, para embarques parciais;

•  Permissão, ou não, para transbordo;

•  Validade para embarque/recebimento para embarque (respeitada a validadeindicada na LI, quando for o caso);

•  Porto local para embarque/recebimento para embarque;

•  Porto local para desembarque/entrega;

•  Modalidade de transporte;

•  Validade para a apresentação de documentos (e período par apresentação,contado do embarque/recebimento para embarque);

•  Descrição da mercadoria (resumida, fazendo referência à fatura pro forma e/ouLI – Licença de Importação);

• Condição de compra “Incoterms”;

•  Preço unitário;

•  Quantidade, medida, peso etc.;

•  Documentos exigidos (fatura comercial, conhecimento de embarque,certificado de origem, packing list etc.);

•  Condições adicionais e instruções especiais;

•  Despesas: quais e por conta de quem correrão;

•  Etc.

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Na existência de condições técnicas a serem incluídas na Carta de Crédito, fornecer aobanco o texto já traduzido. Lembre-se que os bancos não se responsabilizam pelatradução de termos técnicos e reservam o direito de transmiti-los sem tradução;

Evite a inclusão de excessivo detalhamento. A existência de muitos pormenores, alémde não melhorar a segurança para o importador, em regra, só serve para causarconfusão e mal-entendidos.

Informe, com clareza, os documentos contra os quais o Crédito deverá ser honrado.Indique, também, o tipo e quantidade de originais e cópias de cada documento. Nocaso de outros documentos que não a fatura comercial, o documento de transporte eo documento de seguro, informe quem deverá ser o emitente, qual a sua redação e oseu conteúdo.

Jamais utilize expressões como “bem conhecido”, “qualificado”, “idôneo”, “oficial”,“regular”, “competente” e outras de efeito semelhante para identificar o emitente dequalquer documento;

Quando possível e estando o Banco Emitente de acordo, instruir para que osdocumentos originais, ou parte deles, sejam remetidos diretamente pelo beneficiárioao tomador, e que o conhecimento de embarque seja emitido à ordem do tomador.Seguramente estas providências facilitarão o Despacho Aduaneiro.

Após a emissão da Carta de Crédito:

•  Solicitar, imediatamente, ao banco, Carta de Crédito. Verificar se a mesma foiemitida como solicitado;

•  Enviar cópia da Carta de Crédito ao beneficiário o mais breve possível.

•  Após (a negociação) o recebimento dos documentos pelo Banco Emitente:

•  Certificar-se que os mesmos se encontram em “boa ordem”, ou seja, semdiscrepâncias;

•  Se informado pelo Banco Emitente da existência de discrepâncias, procure,imediatamente, delas se inteirar, avaliar o seu impacto e, o mais breve possível,

informe por escrito, o Banco Emitente quanto à aceitação, ou não, dosdocumentos. O Banco Emitente tem apenas 7 dias úteis bancários, após orecebimento dos documentos para recusar o pagamento.

8.4.4 Emendas e Cancelamentos

Sendo irrevogável, a Carta de Crédito não poderá ser emendada ou cancelada sem aconcordância de todas as partes, a saber: tomador, banco confirmador e beneficiário.É o que estabelece a Publicação 600, da CCI:

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•  “... um Crédito irrevogável não pode ser emendado ou cancelado sem aconcordância do Banco Emitente, do Banco Confirmador, se houver, e doBanco Beneficiário.”

•  “Os termos de um Crédito original... permaneceram válidos para o Beneficiárioaté que o Beneficiário comunique sua aceitação da emenda ao banco queavisou tal emenda...”

Uma emenda (amendment ) nada mais é que um aditivo à Carta de Crédito e, como jáfoi dito anteriormente, serve para suprimir, incluir, alterar ou explicar os termos econdições da Carta de Crédito.

A solicitação, emissão, confirmação e aviso de uma emenda seguem o mesmo caminhoe ritual da Carta de Crédito. A emenda, no entanto, só produz efeito final após a sua

aceitação pelo beneficiário. Significa dizer que, não raras vezes, o tomador fica “namão” do beneficiário até que este concorde com determinada emenda.

Embora ocorram com certa freqüência, as emendas devem ser evitadas por que:

•  Muitas vezes, podem sugerir certa inabilidade ou falta de qualificaçãoprofissional da parte de quem as solicita;

•  O excessivo número de emendas em uma Carta DE Crédito pode gerarconfusão;

•  Retardam o embarque de mercadoria; e

•  Principalmente geram despesas não previstas na operação.

Os cancelamentos de Cartas de Crédito, embora não sejam tão freqüentes, também –a exemplo da emenda – dependem das anuências de todas as partes envolvidas naoperação. Por exemplo, se for ordenado um cancelamento que venha a ser recusadopelo Beneficiário, o Tomador pode estar certo de que a mercadoria será embarcada eque a Carta de Crédito será honrada.

A maior incidência de cancelamentos é verificada em casos de saldos não utilizados.Porém, qualquer que seja o seu motivo, o cancelamento gera despesas bancárias, no

Brasil e no exterior. Além disso, comissões e gastos cobrados pelos bancos em funçãoda abertura e confirmação da Carta de Crédito não serão devolvidos ao Tomador.

Atenção e cuidados especiais na análise da Fatura Pro Forma, da LI e da Proposta-Contrato para Abertura do Crédito.

8.4.5 Despesas de Bancos Locais e de Bancos no Exterior

Uma operação com Carta de Crédito, além de ser demorada e complexa, é umaoperação onerosa por envolver serviços e compromissos bancários, principalmentequando se tratar de Carta de Crédito confirmada.

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Normalmente, as despesas bancárias correm por conta do Tomador, salvo quandopactuado em contrário.

Hoje é muito comum que uma parte de tais despesas seja absorvida pelo Beneficiário.Cabe ao Tomador, no momento da compra da mercadoria, ajustar esta condição como Beneficiário, como por exemplo: despesas fora do país do comprador correrão porconta do beneficiário.

Para finalizar, registre-se que operações com Carta de Crédito, como regra geral, sãomuito interessantes para o vendedor de mercadoria. Apesar de às vezes não existiroutra saída, o comprador deve evitar operar nesta modalidade.

8.4.6 Roteiro Básico de uma Carta De Crédito

Carta de Crédito à vista:

•  Contrato Comercial (observar exigências de LI)

•  LI, quando exigível previamente ao embarque (observar exigências e condiçõesdo contrato comercial)

•  Solicitação de abertura de Carta de Crédito: proposta-contrato e constituiçãode garantias junto ao Banco Emitente

•  Emissão da Carta de Crédito

•  Aviso (entrega) e Confirmação da Carta de Crédito ao Beneficiário

•  Embarque da mercadoria•  Apresentação dos documentos pelo Beneficiário ao Banco Designado

•  Análise e remessa dos documentos pelo Banco Designado ao Banco Emitente;débito, sob aviso, pelo Designado ao Emitente.

•  Pagamento ao Beneficiário

•  Contratação do Câmbio e pagamento ao Banco Emitente pelo Tomador

•  Banco Emitente entrega documentos ao Tomador

•  Beneficiário providencia o Desembaraço Aduaneiro

Carta de Crédito a prazo:

•  Contrato Comercial (observar exigências de LI);

•  LI, quando exigível previamente ao embarque (observar exigências e condiçõesdo contrato comercial);

•  Solicitação de abertura de Carta de Crédito: proposta-contrato e constituiçãode garantias junto ao Banco Emitente;

•  Emissão da Carta de Crédito;

•  Aviso (entrega) e Confirmação da Carta de Crédito ao Beneficiário;

•  Embarque da mercadoria;

•  Apresentação dos documentos pelo Beneficiário ao Banco Designado

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•  Análise e remessa dos documentos pelo Banco Designado ao Banco Emitente;

•  Banco Designado compromete-se a pagar Beneficiário no vencimento

•  Banco Emitente entrega documentos ao Tomador mediante constituição ou

reforço de garantia;•  Tomador providencia Desembaraço Aduaneiro;

•  Tomador providencia pagamento ao Banco Emitente, em moeda nacional.

8.5 Pagamento Antecipado (Cash In Advance)

Nesta modalidade, o comprador deverá efetuar o pagamento ao vendedorpreviamente ao embarque da mercadoria. Para o vendedor isso é excelente!

Deixa de correr riscos de não pagamento e ainda conta com capital para produzir ou

adquirir a mercadoria a ser exportada.

Para o comprador, no entanto, é uma operação financeiramente onerosa e, muitasvezes, de alto risco: desembolsa o dinheiro antes do embarque da mercadoria e correo risco d não recebê-la. Se for o caso, o comprador deverá exigir a performance bond.

O pagamento antecipado pode envolver o pagamento total ou parcial da operação e éexigido pelo vendedor por vários motivos, a saber:

•  Eliminar riscos comercial e/ou político;

•  Financiar a produção do bem a ser exportado;•  Sinal de pagamento (down payment) para início de fabricação d mercadoria

adquirida sob encomenda.

Sua operacionalização é simples posto que, concretizado o pagamento, o vendedor –nos termos do contrato comercial – embarca a mercadoria e remete a documentaçãopara o comprador para que este providencie o Desembaraço Aduaneiro.

Nos casos em que tenha ocorrido pagamento antecipado parcial, a operação éconduzida em modalidade mista e, portanto, pode ser que os documentos sejam

remetidos através de bancos.

A legislação brasileira permite que o comprador, sem necessidade de préviaautorização governamental, realize pagamentos antecipados. No entanto, estabelecealgumas exigências, em especial:

•  Que a operação comercial esteja efetivamente contratada no exterior;

•  Que a antecipação do pagamento em relação ao embarque ou à nacionalizaçãoda mercadoria, conforme o caso, não seja superior a 180 dias (casosexcepcionais serão admitidos);

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•  Que o contrato comercial (fatura pro forma) preveja esta condição depagamento e indique a data prevista para o embarque ou a nacionalização damercadoria;

•  Que a LI – Licença de Importação, quando esta for exigível previamente aoembarque, esteja devidamente aprovada pelo órgão anuente.

Fica o comprador, ainda, responsável por:

•  Desembaraçar ou nacionalizar a mercadoria e vincular o Contrato de Câmbio àrespectiva DI no prazo mínimo de 60 dias da data prevista para embarque ounacionalização prevista no contrato comercial e informada por ocasião daliquidação do contrato de câmbio;

•  Não ocorrendo o embarque ou a nacionalização até a data prevista para esse

fim no contrato comercial, repatriar, em até 30 dias, os valorescorrespondentes aos pagamentos antecipados.

8.5.1 Roteiro Básico do Pagamento Antecipado

•  Contrato Comercial (observar exigências de LI);

•  LI, quando exigível previamente ao embarque;

•  Contratação do Câmbio e pagamento pelo comprador ao banco, em moedanacional e remessa da moeda estrangeira pelo banco ao vendedor;

•  Embarque da mercadoria e remessas dos documentos pelo vendedor

diretamente ao comprador;•  Comprador providencia o Desembaraço Aduaneiro.

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9. REGIMES ADUANEIROS

Regime Aduaneiro é o tratamento tributário e administrativo aplicáveis às mercadorias

submetidas a controle aduaneiro, segundo a natureza e objetivos da operação, e deacordo com as leis e regulamentos aduaneiros.

O regime aduaneiro geral ou comum, como o nome já indica, caracteriza-se pelageneralidade das importações, com pagamento de direitos aduaneiros, ou ainda, coma concessão de isenção ou redução desses direitos.

Consiste na importação de bens a título definitivo, ficando, portanto, autorizado o seuconsumo no país após a sua nacionalização. No caso de exportação, considera-sedesnacionalizada a mercadoria após o desembaraço aduaneiro.

Já os regimes especiais são as exceções ao regime geral, visam atender a situações detemporariedade dos bens no território aduaneiro ou a concessão de benefício fiscal.

Devido à importância econômica significativa para o País, são denominados tambémde "Regimes Econômicos", ou "Regimes Suspensivos", porque suspendem opagamento dos direitos aduaneiros durante sua vigência.

Algumas características dos regimes especiais: suspensão do crédito tributário;permanência no regime por prazo determinado; garantia (real ou pessoal) dos tributos

em termo de responsabilidade, os bens ingressam no país, mas não se integram àriqueza nacional; os bens podem ser ou não despachados para consumo.

A utilização de regimes aduaneiros especiais, tendo em vista a natureza de cada umade suas espécies e respectivas aplicações, também tem outros efeitos importantes naatividade econômica, tais como:

a)  O armazenamento, no País, de mercadorias estrangeiras, por prazodeterminado, permitindo ao importador a manutenção de estoquesestratégicos e o pagamento de tributos por ocasião do despacho paraconsumo;

b)  Realização de feiras e exposições comerciais; ec)  O transporte de mercadorias estrangeiras com suspensão de impostos, entre

locais sob controle aduaneiro.

Afora isso, ao permitir a realização de eventos de natureza cultural, esportiva ecientífica, com a utilização de bens estrangeiros, os regimes aduaneiros especiaispossibilitam maior integração do País com o exterior.

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63 

Tipos de Regimes Aduaneiros Especiais

9.1 Trânsito Aduaneiro

Regime aduaneiro especial que permite o transporte de mercadoria, sob controleaduaneiro, de um ponto a outro do território nacional, com suspensão de tributos.

Definições Importantes

•  Local de Origem: Local sob controle aduaneiro (Porto, Aeroporto, EADI etc.)que seja ponto inicial do itinerário de trânsito.

•  Local de Destino: Local sob controle aduaneiro, que seja ponto final doitinerário de trânsito aduaneiro.

•  Unidade de Origem: A que tem jurisdição sobre o local de origem onde ocorrao despacho de trânsito.

•  Unidade de Destino: A que tem jurisdição sobre o local de destino onde ocorraa conclusão do trânsito.

Modalidades de operação de Trânsito Aduaneiro

•  Entrada – transporte de mercadoria procedente do exterior, do ponto dedescarga até o ponto de despacho;

•  Saída – transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, do local de origem

até o local de embarque;•  Passagem – passagem pelo território aduaneiro de mercadoria procedente do

exterior e a ele destinada;

•  Transferência – transporte de um recinto a outro, situado na zona secundária;e

•  Especial – transporte de material destinado a reposição, conserto deembarcações e aeronaves.

Beneficiários do regime

• Importador

•  Exportador

•  Depositante

•  Representante no País de importador

•  Transportador

•  Agente unitizador e desunitizador

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64 9.1.2 DTA - Declaração de Trânsito Aduaneiro

É utilizada somente para carga procedente do exterior e amparada por conhecimentode transporte internacional.

Elas poderão ser:

•  De entrada ou de passagem, comum - cuja correspondente carga se sujeita àemissão de fatura comercial; ou

•  De entrada ou de passagem, especial - para cuja correspondente carga não éexigida a emissão de fatura comercial, tais como: mala diplomática, bagagem

desacompanhada e semelhante.

9.1.3 MIC-DTA – Manifesto Internacional de Carga

É utilizado somente para o trânsito rodoviário em viagem internacional de cargaproveniente e destinada a país conveniado ao acordo internacional e de acordo com alegislação específica sobre o assunto.

Poderá ser:

• De entrada - Se carga procedente de país conveniado e destinada ao Brasil; ou

•  De passagem - Se carga procedente do exterior e a ele destinada, sendo aprocedência ou a origem em país conveniado.

9.1.4 TIF-DTA – Conhecimento-Carta de Porte Internacional

É, ao mesmo tempo, um conhecimento de transporte e uma declaração de trânsitoaduaneiro e é utilizado somente para o trânsito ferroviário em viagem internacional decarga proveniente e destinada a país conveniado ao acordo internacional e de acordocom a legislação específica sobre o assunto.

Poderá ser:

•  De entrada - se carga procedente de país conveniado e destinada ao Brasil.

•  De passagem - se carga procedente do exterior e a ele destinada, sendo aprocedência ou a origem em país conveniado.

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65 9.1.5 DTT – Declaração de Trânsito de Transferência

É utilizada somente para cargas que, pelos mais diversos motivos, não se encontremamparadas por conhecimento de transporte internacional. Por conseguinte, essascargas não se encontram controladas pelo Siscomex Mantra ou pelo SiscomexPresença de Carga.

9.1.6 DTI – Declaração de Transbordo Internacional

É utilizada somente para carga procedente do exterior e a ele destinada emtransbordo ou baldeação entre veículos em viagem internacional, e que não sofrerá

novo transbordo ou baldeação no país, ou seja, segue direto para o exterior.

Nota: A DTI encontra-se disponível somente para as vias aéreas e marítimas.

9.1.7 DTC – Declaração de Trânsito de Contêiner

É utilizada somente para operações de transferência de contêineres, contendo carga,transportada pelo modal marítimo, descarregados do navio no pátio do porto edestinados a armazenagem em recinto alfandegado jurisdicionado na mesma unidadeda SRF.

Transportadores e Exigências Aduaneiras

As transportadoras para efetuarem transportes em Trânsito Aduaneiro, só podem comhabilitação prévia pela SRF. E a concessão e aplicação serão sempre requeridas àautoridade aduaneira na unidade de origem.

Essa autoridade aduaneira poderá:

•  Estabelecer a rota a ser cumprida;

•  Fixar prazo para execução da operação;

•  Adotar cautelas julgadas necessárias à segurança fiscal.

São cautelas fiscais aplicáveis isolada ou cumulativamente no Trânsito Aduaneiro:

•  Lacração – aplicação, em ponto determinado do volume, recipiente ou veículode selo ou qualquer dispositivo que impeça o acesso ao conteúdo ou ao interiordo veículo;

•  Sinetagem – gravação de lacração por meio de estampa ou sinete:

•  Cintagem – aplicação de cinta ou amarras que impeçam a abertura dosvolumes.

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66 

•  Marcação – aplicação de etiquetas ou outras marcas; e

•  Acompanhamento Fiscal – determinado somente em caso especiais, mediantedespacho fundamentado da autoridade concedente do regime.

9.2 Entreposto AduaneiroLocal de Operação do Regime

O regime de entreposto aduaneiro, na importação e na exportação, será operado emPorto Seco, recinto alfandegado de uso público localizado em aeroporto ou portoorganizado, instalação portuária de uso público ou instalação portuária de usoprivativo misto, previamente credenciados pela Secretaria da Receita Federal

O Entreposto Aduaneiro poderá ser operado, ainda, em:

I.  Recinto de uso privativo, alfandegado em caráter temporário para aexposição de mercadorias importadas em feira, congresso, mostra ouevento semelhante, concedido ao correspondente promotor do evento; e

II.  Local não alfandegado, de uso privativo, para depósito de mercadoriadestinada a embarque direto para o exterior, por empresa comercialexportadora

Mercadorias usadas e mercadorias cuja importação ou exportação esteja proibida nãosão passíveis de serem admitidas no regime de entreposto aduaneiro.

Além disso, as mercadorias armazenadas nos entreposto não estão sujeitos àassinatura de termo de responsabilidade, mas o depositário responde pelos tributos edemais acréscimos legais.

E a qualquer momento a autoridade aduaneira poderia exigir a apresentação damercadoria submetida ao regime de entreposto aduaneiro, proceder a inventários eoutros elementos de fiscalização prévia que entender necessários.

Ocorrendo extravio ou avaria de mercadoria submetida ao regime, o depositárioresponde pelo pagamento:

•  Dos impostos suspensos, da multa, de mora ou de oficio, e dos demaisacréscimos legais cabíveis, quando se tratar de mercadoria submetida aoregime de entreposto aduaneiro na importação, ou na modalidade de regimecomum, na exportação; e

•  Dos impostos que deixaram de ser pagos e dos benefícios fiscais de qualquernatureza acaso auferidos, da multa, de mora ou de ofício, e dos demaisacréscimos legais cabíveis, no caso de mercadoria submetida ao regime deentreposto aduaneiro, na modalidade de regime extraordinário, na exportação.

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67 Responde pela guarda das mercadorias:

•  O permissionário ou concessionário do recinto alfandegado de uso públicocredenciado; ou

•  O beneficiário do regime, nos demais casos.

9.2.1 Entreposto Aduaneiro na Importação

Regime especial de entreposto aduaneiro na importação é o que permite oarmazenamento de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público,com suspensão do pagamento dos impostos incidentes na importação.

São beneficiários do regime de entreposto aduaneiro na Importação:

•  O consignatário da mercadoria entrepostada;

•  O promotor de feira, congresso, mostra ou evento semelhante, em recinto deuso privativo, previamente alfandegado para esse fim;

•  Pessoa física, desde que o regime seja em porto seco e a pessoa física investidoda condição de agente de venda do exportador; e

•  O permissionário ou concessionário do recinto alfandegado, desde que figuradocomo consignatário da mercadoria, devendo ser observada, neste caso, a

restrição estabelecida.

O regime de entreposto aduaneiro na importação será requerido com base emdeclaração de admissão formulada pelo beneficiário no Sistema Integrado deComércio Exterior (SISCOMEX)

Prazo de Permanência no Regime

A mercadoria poderá permanecer no regime de entreposto aduaneiro na importaçãopelo prazo de até um ano, prorrogável por período não superior, no total, há dois

anos, contato da data do desembaraço aduaneiro de admissão.

Em situações especiais, poderá ser concedida nova prorrogação, respeitando o limitemáximo de três anos.

Na hipótese de a mercadoria permanecer em feira, congresso, mostra ou eventosemelhante, o prazo de vigência será equivalente àquele estabelecido para oalfandegamento do recinto.

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68 

Extinção do Regime

A mercadoria deverá ter uma das seguintes destinações, em até quarenta e cinco dias

do término do prazo de vigência do regime, sob pena de ser considerada abandonada:

•  Despacho para consumo;

•  Reexportação;

•  Exportação; ou

•  Transferência para outro regime aduaneiro especial.

9.2.2 Entreposto Aduaneiro na Exportação

O regime de entreposto aduaneiro na exportação é o que permite a armazenagem de

mercadoria destinada à exportação.

O entreposto aduaneiro na exportação compreende as seguintes modalidades:

•  Modalidade Regime Comum - Permite-se a armazenagem de mercadorias emrecinto de uso público, com suspensão do pagamento de impostos.

•  Modalidade Regime Extraordinário - Permite-se a armazenagem demercadorias em recinto de uso privativo, com direito a utilização dos benefíciosfiscais previstos para incentivo à exportação, antes do seu efetivo embarquepara O exterior.

São beneficiários do Entreposto na Exportação

•  Na modalidade de regime comum, a pessoa jurídica que depositar, em recintocredenciado, mercadoria destinada ao mercado externo; e

•  Na modalidade de regime extraordinário, a empresa comercial exportadora.

Prazo de Vigência do Regime

•  Na modalidade de regime comum, subsistirá a partir da data da entrada da

mercadoria na unidade de armazenagem, por um ano, prorrogável por períodonão superior, no total, há dois anos; e

•  Na modalidade de regime extraordinário, subsistirá a partir da data da saída damercadoria do estabelecimento do produtor vendedor, por noventa dias,podendo ser prorrogado por igual período.

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69 

9.3 Admissão Temporária

Conceito

A admissão temporária é o regime especial que permite a Importação de bens quedevam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão de tributos.

Concessão e Aplicação

O interessado pleiteia o regime, através de requerimento, que deve ser apresentado àrepartição onde será processado o despacho aduaneiro da mercadoria, devendoconstar de seu pedido, entre outros, o enquadramento legal cabível, a finalidade, oprazo pretendido, a descrição pormenorizada do bem e o local onde a mercadoria será

utilizada.

Indeferida a admissão temporária, os bens devem ser reexportados no prazo de 30(trinta) dias da ciência da decisão ou, alternativamente, nacionalizados e despachadospara consumo, desde que observadas as exigências legais e regulamentares, inclusiveas relativas ao controle administrativo das importações.

Para a concessão do regime, a autoridade competente deve observar, ainda,relativamente aos bens, o cumprimento cumulativo das seguintes condições:

• Sejam importados com o caráter de temporariedade, comprovada estacondição por qualquer meio julgado idôneo.

•  Sejam importados sem cobertura cambial.

•  Sejam adequados à finalidade para a qual foram importados.

Extinção do Regime

Extingue-se a admissão temporária com a adoção de uma das seguintes providências,que deve ser requerida pelo beneficiário, dentro do prazo fixado para a permanênciados bens no País:

a)  Reexportação;b)  Entrega à Fazenda Nacional, livres de quaisquer despesas, desde que a

autoridade aduaneira concorde em recebê-los;c)  Destruição, às expensas do interessado;d)  Transferência para outro regime especial;e)  Despacho para consumo, se nacionalizados.

Os prazos de validade do regime de admissão temporária são contados a partir dodesembaraço aduaneiro, podendo ser dispensada a garantia para algumas empresasidôneas.

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Não pode ser concedido o regime de admissão temporária à importação de bensdoados, a qualquer título, devendo-se utilizar do regime comum de importação.

9.4 Drawback

Conceito

O Drawback é o regime aduaneiro especial que consiste na importação, comrestituição dos tributos pagos, suspensão ou isenção dos tributos incidentes nasimportações de mercadorias destinadas à fabricação, complementação,beneficiamento e/ou acondicionamento de produtos exportados ou a exportar.

A aplicação deste regime visa a dar poder competitivo à produção nacional, através da

redução do custo final dos produtos que foram ou que serão exportados, conseguidapela redução da carga tributária incidente sobre as mercadorias estrangeiras nelesutilizadas.

O Drawback é um estimulo à exportação e pode ser concedido à empresa industrial oucomercial.

Como se trata de estímulo à exportação, a mercadoria importada sob o regime deDrawback não está sujeita ao exame de similaridade nem à obrigatoriedade detransporte em navio de bandeira brasileira.

Os incentivos do Drawback abrangem:

•  Imposto de Importação;

•  Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI;

•  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte e deComunicação -ICMS;

•  Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante.

9.4.1 Drawback Restituição

É a modalidade de Drawback que possibilita a restituição do valor dos tributos pagosna Importação de mercadorias, desde que estes tenham sido utilizados na fabricaçãode produtos já exportados.

Ex: Uma empresa importa 100 microprocessadores pagando os tributos devidos naimportação. Fabrica, com os processadores importados, 100 microcomputadores, quesão exportados. Adquire, em razão do Incentivo do Drawback Restituição, direito derequerer a concessão do crédito fiscal para ser utilizado em futuras importações.

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9.4.2 DRAWBACK Suspensão

É a modalidade de Drawback que permite ao beneficiário importar, com suspensão de

tributos, matérias primas, insumos, partes, peças e componentes para aplicação emprodutos que deverão ser exportados.

Ex: Ao importar 100 microprocessadores para fabricação de 100 microcomputadores,o importador sabe que os computadores serão exportados, requer a suspensão dostributos devidos, mediante garantia que se extinguira com a comprovação da efetivaexportação.

9.4.3 Drawback Isenção

É a modalidade de Drawback que permite ao beneficiário, através da importação comisenção, a reposição de estoque de mercadorias em quantidade e qualidadeequivalente às utilizadas nos produtos exportados.

Ex: Ao importar 100 microprocessadores para fabricação de 100 microcomputadores, aempresa não cogitava a exportação dos computadores. Entretanto, encontrandomelhores condições comerciais no mercado externo, promoveu a exportação dosprodutos. Ao efetivar a exportação, a empresa obteve direito, através do regimeespecial de Drawback Isenção, de importar outros 100 microcomputadores, comisenção de tributos, para a reposição de seu estoque.

9.4.4 Drawback Verde-Amarelo (Interno)

Este incentivo à exportação consiste em isentar de impostos internos matérias-primas,produtos intermediários e material de embalagem, de fabricação nacional, destinadosà venda, no País, a empresas que irão industrializar esses insumos e depois exportar oproduto final.

O Drawback Verde-Amarelo não é um regime aduaneiro especial. É um incentivo àexportação, que utiliza sistemática à utilizada no regime aduaneiro especial deDrawback.

O Drawback Verde-Amarelo também denominado de Drawback Interno, restringe-seao IPI e ao lCMS

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9.5 Entreposto Industrial

Conceito

É o regime aduaneiro especial que permite a determinado departamento de umaindústria importar, com suspensão de tributos, mercadorias que, depois desubmetidas à operação de industrialização, devem destinar-se ao mercado externo.

Todavia, é permitido que parte da produção do entreposto industrial seja destinada aomercado interno, desde que pagos os tributos suspensos relativos às mercadoriasimportadas utilizadas nos produtos finais.

O regime de entreposto industrial visa a:

•  Facilitar a importação de insumos industriais para serem beneficiados ouagregados a produtos nacionais destinados à exportação;

•  Reduzir os custos dos produtos finais.

Concessão do Regime

Compete ao Coordenador-Geral do Sistema Aduaneiro, por subdelegação decompetência da Secretaria da Receita Federal, autorizar a instalação de entrepostoindustrial, bem como fixar condições e prazo para o seu funcionamento.

Permissionários e Beneficiários: As empresas industriais permissionárias são asbeneficiárias do regime de entreposto industrial.

Benefícios na Exportação: as mercadorias produzidas no entreposto industrial, quandodestinadas ao mercado externo, gozam de todos os benefícios fiscais concedidos àexportação.

9.6 Exportação Temporária

Conceito

Considera-se exportação temporária a saída, do País, de mercadoria nacional ounacionalizada, condicionada à reimportação em prazo determinado, no mesmo estadoou após submetida a processo de conserto, reparo ou restauração.

O regime visa a facilitar a salda dos bens que vão ao exterior para exposições, feiras,competições, testes, promoções, reparos, consertos, restaurações, ou em auxilio ouapoio a pessoa que viaja ao exterior deles necessitando para o exercício de suasatividades profissionais ou de lazer. Tem, portanto, grande importância econômica ecultural.

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O imposto de exportação é garantido por termo de responsabilidade e exaure-sequando de sua concessão, não cabendo mais discuti-lo quando da reimportação, seeste for o caso.

Reimportação: Considera-se reimportação a entrada no País de mercadoria que tenhasido exportada, definitivamente, ou em regime aduaneiro especial de exportaçãotemporária.

Concessão do Regime: poderá ser requerida à repartição que jurisdiciona o exportadorou aquela que jurisdiciona o porto, aeroporto ou ponto de fronteira de saída dos benspara o exterior.

A entrada no território nacional de produto reimportado que não cumpriu as

condições do regime de exportação temporária constitui fato gerador do imposto deimportação.

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Normas Gerais do Comércio Exterior

COMÉRCIO INTERNACIONAL

• Os países não conseguem produzir todos os produtos de que

necessitam

• Suas empresas procuram especializar-se em atividades de

produção nas quais são mais competitivas

• Estão em condições mais favoráveis devido a fatores cambiais,

recursos naturais e até mesmo sua posição geográfica,

gerando assim um “intercâmbio” de mercadorias com

empresas de outros países.

• A esse “intercâmbio”, damos o nome de comércio

internacional ou comércio exterior.

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Fluxo de Mercadorias Fluxo Financeiro

EXPORTAÇÃO

Fluxos do Comércio Internacional

Fluxos do Comércio Internacional

Fluxo de Mercadorias Fluxo Financeiro

IMPORTAÇÃO

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Panorama do Comércio Exterior Mundial 2009

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INTERVENIENTES DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

VendedorExportador Comprador

Importador

PaísExportador

PaísImportador

BancoExportador

BancoImportador

Transporte Internacional

Organismos e Acordos Internacionais

Despachantes, Forwarders,Terminais, Transporte interno

Documentos/Garantias/Pagamento

Aduana Aduana

Oportunidades de Operações no Comércio Exterior Brasileiro

Exportadores

Importadores

Despachante Aduaneiro

Correios e Couriers

SeguradorasBancos, Financiadorase Corretoras de Câmbio

Federações das IndústriasAssociações ComerciaisCâmaras de Comércio

Consulados/EmbaixadasBrasileira e Estrangeiras

GOVERNO BRASILEIRO com seusOrgãos de Apoio ao Comércio Exterior

Assessorias/Consultorias

ContabilidadeSoftwares Gestão Treinamentos

Direito

Embalagens Design

Marcas & Patentes

Agentes CargasArmadoresCias Aéreas

Transportadoras

PortosArmazénsTerminais

Entrepostos

Sindicatos

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Estrutura do ComércioExterior Brasileiro

Presidênciada

República do Brasil

MDIC

SECEX

DECEX

DEPLA

DEINT

DECOM

DENOC

SUFRAMA

SCS

CAMEXAPEXBrasil

MRE MF

SAIN SRF IRB SERPROBACEN

Banco doBrasil

MAPA

SRI

MT

DNIT

ANTT

ANTAQ 

MC

Correios

MCT

CNEN

INMETRO

MS

ANVISA

MMA

IBAMA

MJ

DPF

MD

EXÉRCITO

FORÇA AÉREA

SAC

CONAC

ANAC

INFRAERO

SEP SAE

ORGÃOS ANUENTES

Portaria SECEX nº 10, DOU em 25/05/2010

Dispõe sobre as normas e

procedimentos aplicáveis

às operações de Comércio

Exterior.

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Credenciamento e Habilitação

No objeto do Contrato Social da empresa deve constar aatividade de Importação e Exportação.

A habilitação para operar em comércio exterior(Exportação/Importação) será de responsabilidade da SRFBconforme IN 650/06.

Essa habilitação se dará de duas formas:

Simplificada – valor de pequena monta (U$ 150 mil/paraimportação e US$ 300 mil/para exportação) durante 6meses;

Ordinária – valor varia de acordo com a capacidadeeconômica comprovada.

RADAR E SISCOMEX Habilitação de Responsável Legal: A atuação da pessoa jurídica

em operações de comércio exterior (importação, exportação,trânsito aduaneiro e internação da Zona Franca de Manaus)depende de análise prévia pela SRF de suas informaçõescadastrais e fiscais.

Autorizada a empresa a operar no comércio exterior, a SRFcadastra a mesma e efetua a habilitação do seu responsável legal(dirigente, diretor, sócio-gerente).

Esta pessoa física habilitada credencia os representantes daempresa (prepostos ou despachantes aduaneiros) diretamente noSiscomex.

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Registro de Exportador/Importador (REI)

O registro no REI da Secretaria de Comércio Exterior seráautomático a partir da primeira operação registrada emqualquer USRF via Siscomex.

Não é necessário qualquer providencia administrativa paramanter o registro.

Qualquer pessoa física poderá importar mercadorias desdeque, não caracterize comércio ou seja uma habitualidade.

Licenciamentos das Importações

De acordo com o sistema administrativo as importações podemser:

I. importações dispensadas de Licenciamento;

II. importações sujeitas a Licenciamento Automático; e

III. importações sujeitas a Licenciamento Não Automático

Anterior ao embarque; e Posterior ao embarque.

IV. Produtos com LI anterior ao embarque e embarcadoantes da devida autorização caberá penalidade.

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Registro de Exportação (RE)

O Registro de Exportação no Siscomex é o conjunto de informações denatureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracterizam aoperação de exportação e definem o seu enquadramento.

O RE deverá ser efetuado previamente à declaração para despachoaduaneiro e ao embarque da mercadoria.

O prazo de validade para embarque das mercadorias para o exterior éde sessenta dias da data da efetivação do RE.

O RE não utilizado até a data de validade para embarque poderá serprorrogado.

Registro de Exportação Simplificado (RES)

O Registro de Exportação Simplificado no Siscomex é aplicávela operações de exportação, com cobertura cambial e paraembarque imediato para o exterior

Tem limite de US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares dosEstados Unidos), ou o equivalente em outras moedas. (IN RFB846/08)

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Exportação em Consignação

Todos os produtos da pauta de exportação brasileira sãopassíveis de venda em consignação, exceto aqueles relacionadosno Anexo “ S” da Portaria Secex 10/2010. Exemplos: Carnes, Café não torrado, Soja, Açúcares (cana, beterraba),

Álcool etílico, Cigarros contendo tabaco, ...

A exportação em consignação implica a obrigação de oexportador comprovar dentro do prazo de até 720 dias,contados da data do embarque, o ingresso de moedaestrangeira, pela venda da mercadoria ao exterior, na forma daregulamentação cambial, ou o retorno da mercadoria.

• REGULAMENTO ADUANEIRO

Decreto nº 6.759, DOU em 06/02/2009

Regulamenta a administração

das atividades aduaneiras, e a

fiscalização, o controle e atributação das operações de

Comércio Exterior.

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O Regulamento Aduaneiro é dividido em sete grandes livros

com os seus respectivos títulos e capítulos conforme segueabaixo:

Livro I – Da jurisdição aduaneira e do controleaduaneiro de veículos.

Livro II – Dos impostos de importação e exportação.

Livro III – Dos demais impostos, e das taxas econtribuições, devidos na importação.

Livro IV – Dos regimes aduaneiros especiais e dosaplicados em áreas especiais.

Livro V – Do controle aduaneiro de mercadorias.

Livro VI – Das infrações e das penalidade.

Livro Complementar

JURISDIÇÃO ADUANEIRA

Território Aduaneiro

Compreende todo o território nacional semdistinção.

A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se portodo o território aduaneiro e esta dividido em: ZonaPrimária e Zona Secundária.

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Zona Primária: área sob o controle aduaneiro compresença constante do fisco, (portos, aeroportos epontos alfandegados de fronteira) e constituempontos de concentração de mercadorias;

Zona Secundária: é todo o resto do território

aduaneiro brasileiro.

JURISDIÇÃO ADUANEIRA

Portos Secos ou EADI

• Portos secos são recintos alfandegados de uso público,situados em zona secundária, nos quais são executadasoperações de movimentação, armazenagem e despacho

aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controleaduaneiro.

• As operações de movimentação e armazenagem demercadorias sob controle aduaneiro, bem assim a prestaçãode serviços conexos, em porto seco, sujeitam-se ao regime deconcessão ou de permissão.

JURISDIÇÃO ADUANEIRA

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No porto seco são também executados todos osserviços aduaneiros a cargo da Secretaria da ReceitaFederal, inclusive os de processamento de despachoaduaneiro de importação e de exportação(conferência e desembaraço aduaneiros),permitindo, assim, a interiorização desses serviços

no País.

JURISDIÇÃO ADUANEIRA

A Documentação no Comércio Internacional

No comércio internacional, os documentosdesempenham importante função na formalizaçãodas condições da operação.

Para facilitar o intercâmbio comercial, alguns

documentos são padronizados, embora hajadiferenciações de modelos conforme o paísimportador, mas o importante é que haja clareza nascondições da negociação.

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EXPORTADORIMPORTADOR

TransporteIntermacional

Bancos que operam com Câmbio

Empresas e/ouOrgãos Credenciados

na Origem

SISCOMEX

Empresas e/ouOrgãos Credenciados

no Destino

ADUANASAÍDA

Exportação

ADUANAENTRADA

Importação

SeguroIntermacional

INCOTERMS 2010

Condição de Pagamento

País Origem/Recebedor País Saída Pagamento

Documentos da Mercadoria Proforma Invoice (equivalente a um Orçamento); Commercial Invoice (equivalente a Nota Fiscal); Packing List (equivalente ao romaneio de carga); Nota Fiscal; Conhecimento de Transporte Internacional;

Certificado de Origem, Legalização Consular,Certificado Fitossanitário, Certificado deInspeção, Certificado de Fumigação, ...

Certificado ou Apólice de Seguro, Borderô ouCarta de Entrega.

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Documentos da Logística Aduaneira

Na importação: Licença de Importação (LI); Declaração de Importação (DI) Declaração Simplificada de Importação (DSI); Comprovante de Importação (CI).

Na exportação:Registro de Exportação (RE); Declaração Despacho Exportação (DDE); Registro de Exportação Simplificada (RES);

Declaração Simplificada de Exportação (DSE); Comprovante de Exportação (CE).

Documentação Financeira

Carta de Crédito (L/C) Letra de Câmbio ou Saque (equivalente a

duplicata) Borderô de Entrega de Documentos;

Contrato de Câmbio

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PROFORMA INVOICE (FATURA PROFORMA)

Documento que é considerado como um contratode compra e venda

É necessário que o importador ao receber estedocumento o analise verificando os termos econdições para então dar o aceite ou ajustar anegociação.

Obrigatório para emissão de alguns tipos delicenciamento não automático e abertura de carta

de crédito

COMMERCIAL INVOICE (FATURA COMERCIAL)

Documento que consolida todas as informações sobre anegociação

Contém todas as informações inerentes a este processo Assemelha-se à nota fiscal de venda internacional Possui um conjunto de informações obrigatórias

constantes no Regulamento Aduaneiro Emitido pelo exportador no momento em que a operação

é concretizada Precisa ser emitido e assinado (de próprio punho) pela

pessoa autorizada no exportador

Penalidades: Art. 715/RA: Aplica-se a Multa de R$ 200,00 pela apresentação da faturacomercial em desacordo com uma ou mais das indicações estabelecidas no art. 557 doRA.

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PACKING LIST (LISTA/ROMANEIO DE CARGA)

Documento emitido pelo exportador para o embarque demercadorias que se encontram acondicionadas em maisde um volume ou em um único volume que contenhavariados tipos de produtos.

É necessário para o desembaraço da mercadoria e para aorientação do importador quando da chegada dosprodutos no país de destino.

O Romaneio nada mais é do que uma simples lista

relacionando uma descrição detalhada dos produtos aserem embarcados (volumes e conteúdos).

CERTIFICADO DE ORIGEM

O objetivo deste documento é o de atestar que oproduto é, efetivamente, originário do país exportador.

Sua emissão é essencial nas exportações para paísesque concedem preferências tarifárias.

Os Certificados de Origem são fornecidos porentidades credenciadas, mediante a apresentação dafatura comercial.

Tipos: Mercosul, ALADI, Comum, SGP - Form “A”, SGPC.

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CONHECIMENTO DE EMBARQUE

A empresa de transporte emite, em inglês ou no idioma do paísde destino, o Conhecimento de Embarque, que comprova ter amercadoria sido colocada a bordo do meio de transporte.

Esse é o documento que dá posse da mercadoria.

Tipos de Conhecimento de Embarque Marítimo: B/L (Bill of Lading) Aéreo: AWB (Air WayBill) Rodoviário: CRT (Conhecimento Rod.de Transporte)

Ferroviário: TIF (Transporte Internacional Ferroviário)

CERTIFICADO OU APÓLICE DE SEGURO INTERNACIONAL Documento necessário quando a condição de venda envolve

a contratação de seguro da mercadoria. Deve serprovidenciado antes do embarque, junto a uma empresaseguradora. Garantia de cobertura durante o transporte damercadoria.

NOTA FISCAL DE SAÍDA (EXP) Deve acompanhar a mercadoria desde a saída do

estabelecimento até a efetiva liberação junto à Secretaria daReceita Federal. Ela precisa acompanhar o produto somenteno trânsito interno.

NOTA FISCAL DE ENTRADA (IMP) Utilizado para dar entrada no estoque da empresa.

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LETTER OF CREDIT – L/C (CARTA DE CRÉDITO)

Nas operações realizadas sob esta condição, o originaldeste documento é imprescindível para que o exportadorpossa concretizar a negociação da operação junto aobanco.

Ela deve ser providenciada pelo importador e emitida por

um Banco, de livre escolha do importador.

O exportador deve, então, procurar obter maiores

informações sobre o Banco escolhido pelo importador

para a emissão da carta de crédito.

CONTRATO DE CÂMBIO: Documento informatizado paracoleta de informações, emitido pelo banco negociador decâmbio e que formaliza a troca de divisa estrangeira pormoeda nacional. No âmbito externo, equivale à Nota Fiscal, etem validade a partir da data de saída da mercadoria doterritório nacional. Este documento é imprescindível para oimportador liberar a mercadoria no país de destino.

BORDERÔ: ou carta de entrega (nos casos de cobrança):protocolo fornecido pelo Banco negociador de câmbio, noqual são relacionados todos os outros documentos a eleentregues.

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Destaques na nova versão

O novo termos DAT e DAP substituiram os termosDAF, DES, DEQ e DDU

Agora, a definição de ‘terminais” de acordo comos Incoterms 2010 inclui qualquer lugar, seja emaárea coberta ou não. Pode ser um cais, umarmazém, um pátio de contêineres, um terminalferroviário, rodoviário ou terminal de carga aérea.

Uma nova definição de transferência de custos eriscos nos termos FOB, CFR e CIF.

INCOTERMS - International Commercial Terms A sociedade e o mundo atual são da informação e do

contrato. O novo mundo exige um contrato entre partesde qualquer negócio.

Np comércio internacional é necessário ter fórmulascontratuais que visam fixar direitos e obrigações para oexportador e para o importador. Chamamos estasfórmulas de INCOTERMS.

Os Incoterms define os direitos e obrigações recíprocos doexportador e do importador.

Eles estão estruturados dentro de um contrato de comprae venda e estabelecem um padrão de definições de regrase práticas usuais, neutras, imparciais e de caráteruniformizador.

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Objetivos dos INCOTERMS

O objetivo dos Incoterms é oferecer um leque de regrasinternacionais para a interpretação dos termos comerciaisusuais no comércio internacional.

A operação de comércio exterior baseada nestas regrastem suas incertezas e interpretações controversasreduzidas, pois determina, com precisão, o momento detransferência de obrigações, seja no custo ou no risco.

O uso dos Incoterms possibilita entendimento entrevendedor e comprador, na logística aduaneira,

compreendendo desde a embalagem até o pagamentodos direitos aduaneiros, seja no país de origem ou destino.

GRUPO INCOTERMS DESCRIÇÃO

EPartida – Mínima obrigação

para o exportador

EXW – Ex-Works Mercadoria entregue aocomprador no estabelecimentodo vendedor.

FTransporte Internacional não

pago pelo exportador

FCA – Free CarrierFAS – Free Alongside ShipFOB – Free On Board

Mercadoria entregue a umtransportador internacionalindicado pelo comprador.

C

Transporte Internacional pagopelo exportador

CFR – Cost And FreightCIF – Cost, Insurance And

FreightCPT – Carriage Paid ToCIP – Carriage And InsurancePaid To

O vendedor contrata otransporte, sem assumir riscospor perdas ou danos àsmercadorias ou custosadicionais decorrentes deeventos ocorridos após oembarque e despacho.

DChegada – Máxima obrigação

para o exportador

DAT - Delivered At Terminal

DAP – Delivered At Place

DDP - delivered duty paid

O vendedor se responsabilizapor todos os custos e riscospara colocar a mercadoria nolocal de destino.

Quadro Resumo

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APRESENTAÇÃO DOS PRINCIPAIS INCOTERMS

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EXW - Ex Works

Significa que o vendedor entrega quando coloca as mercadorias àdisposição do comprador no estabelecimento do vendedor ou emoutro local designado (por exemplo, obra, fábrica, armazém, etc.).O vendedor não necessita carregar as mercadorias em qualquerveículo de coleta, nem desembaraçar as mercadorias paraexportação, caso tal desembaraço seja aplicável.

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FCA - Free Carrier

Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadoraou outra pessoa designada pelo comprador no estabelecimentodo vendedor ou em outro local designado. Aconselha-se que aspartes especifiquem o mais claramente possível o ponto dentro dolocal designado para entrega, já que o risco é transferido aocomprador nesse ponto.

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FOB - Free on Board

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do naviodesignado pelo comprador no porto de embarque designado ouobtém as mercadorias já dentro do meio de transporte principal.O risco de perda ou dano às mercadorias é transmitido quandoestas estão a bordo do navio e o comprador arca com todos oscustos desse momento em diante.

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CFR - Cost and Freight

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navioou obtém as mercadorias já entregues dessa forma. O risco deperda ou dano às mercadorias é transferido quando estas estão abordo do navio. O vendedor deve contratar e pagar pelos custos etransporte necessários para trazer as mercadorias ao porto dedestino designado.

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CIF - Cost, Insurance and Freight

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navioou obtém as mercadorias já entregues dessa forma. O risco deperda ou dano às mercadorias é transferido quando estas estão abordo do navio. O vendedor deve contratar e pagar pelos custos etransporte necessários para trazer as mercadorias ao porto dedestino designado.

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CPT - Carried Paid To

Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadoraou a outra pessoa designada pelo vendedor em um local acordado(caso haja esse local) e que o vendedor deve contratar e pagarpelos custos do transporte necessário para levar as mercadoriasao local de destino designado.

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DAT - Delivered at TerminalSignifica que o vendedor entrega quando as mercadorias, uma vezdescarregadas do meio de transporte de chegada, são colocadas àdisposição do comprador em um terminal designado no porto oulocal de destino designado.

Terminal inclui qualquer local, coberto ou não, tal como um cais,armazém, pátio de contêineres ou rodovia, terminal de cargaferroviária ou aérea.

O vendedor arca com todos os riscos envolvidos no transporte ena descarga das mercadorias no terminal, no porto ou local dedestino designado.

Seguro, riscos e despesas, de acordo com o Incoterms ® 2010

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Normas Gerais no Comércio ExteriorClassificação Fiscal

ABRACOMEX

A ABRACOMEX é a associação que congrega as empresas eos profissionais que prestam serviços no segmento decomércio exterior.

Reunimos mais de 600 associados.

Realizamos ações na área de treinamentos, consultorias,estudos, pesquisas, produção de informações, fomento deoportunidades empresariais e profissionais.

Aguardamos a sua visita no site www.abracomex.org.

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Citrus reticulata

Bergamota

Vergamota

Laranja-cravo

Laranja-mimosa

Mandarina

Mimosa

Tangerina

Mexerica

5

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A ciência comercial que trata especialmente doestudo das Mercadorias e suas relações de compra e

venda. Antes de qualquer transação comercial, é

necessária a nomeação precisa da mercadoria, de tal

forma que se faça compreender claramente por todas

as partes nela interessadas (comprador, vendedor,

transportador, segurador, banqueiro e fiscalizador). ...

MerceologiaMerceologia

... Essa necessidade fez que a Merceologia

desenvolvesse um sistema racional de

nomenclatura que fosse aceito pela totalidade do

Comércio Internacional. Uma nomenclatura tem

que ser algo dinâmico, que incorpore os novos

produtos que vão surgindo.

MerceologiaMerceologia

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Identificação Tecnológica de uma Mercadoria: Para aperfeita identificação Merceologia de uma mercadoriatemos de analisá-la sobre diferentes aspectos, demaneira simples até a mais complexa.

Classificação Fiscal de MercadoriasClassificação Fiscal de Mercadorias

O Sistema Harmonizado de Designação e de

Codificação de Mercadorias, ou simplesmente

Sistema Harmonizado (SH), é um método

internacional de classificação de mercadorias,

baseado em uma estrutura de códigos e respectivas

descrições.

Sistema Harmonizado (SH)Sistema Harmonizado (SH)

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Este Sistema foi criado para promover odesenvolvimento do comércio internacional, assimcomo aprimorar a coleta, a comparação e a análise dasestatísticas, particularmente as do comércio exterior.

Além disso, o SH facilita as negociações comerciaisinternacionais, a elaboração das tarifas de fretes e dasestatísticas relativas aos diferentes meios de transportede mercadorias e de outras informações utilizadas pelos

diversos intervenientes no comércio internacional.

Objetivo do SHObjetivo do SH

A composição dos códigos do SH, formado por SEISSEIS

DÍGITOSDÍGITOS, permite que sejam atendidas as

especificidades dos produtos, tais como origem,

matéria constitutiva e aplicação, em um

ordenamento numérico lógico, crescente e de

acordo com o nível de sofisticação das mercadorias.

Estrutura do SHEstrutura do SH

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• 21 Seções• 96 Capítulos

• +/- 1.400 Posições

• Notas de Seção, Capítulos,Sub-posição,Complementares

• 6 RGI

Estrutura do SHEstrutura do SH

O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde

 janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do MERCOSUL

(NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado.

Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis

primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto

o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentosespecíficos atribuídos no âmbito do MERCOSUL.

NCMNCM –  – Nomenclatura Comum doNomenclatura Comum do

MercosulMercosul

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- 14 -

00 00 00 0 0

A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Comumdo MERCOSUL (NCM) obedece à seguinte estrutura:

Exemplo da Estrutura da NCMExemplo da Estrutura da NCM

- 15 -

Seção IANIMAIS VIVOS E

PRODUTOS DO REINOANIMAL

Capítulo 01 Animais vivos

Posição 0104Animais vivos das espéciesovina e caprina

Subposição 0104.10 Ovinos

Item 0104.10.1 Reprodutores de raça pura

Subitem 0104.10.11 Prenhe ou com cria ao pé

Exemplo da Estrutura da NCMExemplo da Estrutura da NCM

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- 16 -

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 – Cobrança do II (TEC) e IPI (TIPI);

 – Estabelecimento de direitos de defesa comercial(antidumping, compensatórios e salvaguarda)

 – Controle administrativo na importação e naexportação

 – Negociação em Acordos Internacionais

 – Analise estatística no comércio exterior

Aplicação da NCMAplicação da NCM

Exemplo da Estrutura da NCMExemplo da Estrutura da NCM

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Nomenclatura aduaneira aprovada pela Associação Latino -

Americana de Integração (ALADI) e adotada como base comum

para a realização das negociações previstas no Tratado de

Montevidéu 1980, bem como para expressar as concessões

outorgadas através de qualquer um de seus mecanismos e para a

apresentação das estatísticas de comércio exterior dos países-

membros.

NALADINALADI

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Nomenclatura de Mercadorias é uma relaçãonominal de mercadorias devidamentecatalogadas.

Já a Tarifa Aduaneira é uma “pauta de direitosaduaneiros”, situando cada item daNomenclatura à correspondente obrigaçãotributária.

Nomenclatura x Tarifa AduaneiraNomenclatura x Tarifa Aduaneira

Na seguinte Tela do Siscomex Exportação (Registro de

Exportação - RE), é realizado o enquadramento da

mercadoria, ou seja, procede-se a informação do

produto a ser exportado através da NCM (Nomenclatura

Comum do Mercosul)

Aplicação da Classificação FiscalAplicação da Classificação Fiscal

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SISBACEN 85006-0743/XXXXXX S I S C O M E X 04/05/01 17:36

TRANSACAO PCEX300 REGISTRO DE OPERACOES DE EXPORTACAO MCEX311O

-------------- ---------- PCEX3111 - CONSULTA RE ESPECIFICO -------------------------------

NUMERO DO RE: 00/0788898-001 DATA-REGISTRO: 31/08/2000

10-CODIGOS DA MERCADORIA:

a-NCM.: 84161000 - 00 QUEIMADORES P/ALIMENT.FORNALHAS,DE COMBUSTIV.LIQUIDOS

c-NALADI/SH.....: 84161000

11-DESCRICAO DA MERCADORIA:

BOQUILLAS ASPERSORAS DE LICOR NEGRO DE DIAMETRO 1.1/4" PARA QUEIMADOR

LICOR CALDERA RECUPERADORA, DESENHO 4-40-23-M2922-1; PE A INOX FUNDIDO CF

TUBO INOX 316.

12-CATEGORIA TEXTIL:

13-ESTADO PRODUTOR.: RS RIO GRANDE DO SUL

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ENTRA=SEGUE PF5/17=PRIMEIRA PAGINA PF3/15=RETORNAPF9/21=TRANSACAO PF6/18=MENU PF12/24=ENCERRA

Tela do Siscomex ExportaçãoTela do Siscomex Exportação

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Tela do Siscomex ImportTela do Siscomex Import

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Estabelecem as regras gerais de classificação das mercadorias naNomenclatura.

Indicam a maneira em que devem ser interpretados os textos dasposições e constituem os princípios pelos quais se rege a classificação demercadorias.

Regras Gerais de Interpretação

Os títulos das Seções, Capítulos e Sub capítulos

têm apenas valor indicativo. Para os efeitos

legais, a classificação é determinada pelos textos

das Posições e das Notas de Seção e de Capítulo

e, desde que não sejam contrárias aos textos

das referidas Posições e Notas, pelas regras

seguintes:

RG #1RG #1

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• Cap. 62 – Vestuário e seus acessórios, exceto de malha

Posição 6212 – compreende alguns artigos que são de malha

• Os cavalos vivos são mencionados no texto da Posição 0101.

Não havendo necessidade de se recorrer a qualquer outra

Regra ou Nota.

• Os damascos refrigerados também estão compreendidos na

posição 0809, porque o texto da posição se refere a damascos

frescos e na Nota 2, do Capítulo 08, diz-se que “as frutas

refrigeradas classificam-se nas mesmas Posições das frutas

frescas correspondentes”.

Exemplo da RG #1Exemplo da RG #1

Qualquer referência a um artigo em determinada

Posição abrange esse artigo incompleto ou

inacabado, desde que apresente, no estado em que

se encontra, as características essenciais do artigo

completo ou acabado.

Abrange igualmente o artigo completo ou acabado,

ou como tal considerado nos termos das

disposições precedentes, mesmo que se apresentedesmontado ou por montar .

RG #2aRG #2a

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8711.20.20  – Motocicletas, com motor depistão alternativo, de cilindrada superior a250cm3 mas não superiorA 500cm3.

8703.24.10 - Veículos automóveis, de cilindradasuperior a 3.000cm3, com capacidade detransporte de pessoas sentadas, inferior ou igual a6, incluindo o condutor.

Exemplo da RG #2aExemplo da RG #2a

Qualquer referência a uma matéria em determinada

Posição diz respeito a essa matéria, que em estado puro,

quer misturada ou associada a outras matérias.

Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma

matéria determinada abrange as obras constituídas

inteira ou parcialmente dessa matéria. A classificação

destes produtos misturados ou artigos compostos

efetua-se conforme os princípios enunciados na Regra

3.

RG #2bRG #2b

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Quando pareça que a mercadoria pode

classificar-se em duas ou mais Posições por

aplicação da Regra 2 b) ou por qualquer outra

razão, a classificação deve efetuar-se da forma

seguinte:

RG #3RG #3

A Posição mais específica prevalece sobre as maisgenéricas, todavia, quando duas ou mais Posições serefiram, cada, uma delas, a apenas uma parte dasmatérias constitutivas de um produto misturado ou deum artigo composto, ou a apenas um dos componentesde sortidos acondicionados para venda a retalho, taisPosições devem considerar-se, em relação a essesprodutos ou artigos, como igualmente específicas,ainda que uma delas apresente uma descrição mais

precisa ou completa da mercadoria.

RG #3ARG #3A

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Exemplo da RG #3aExemplo da RG #3a

Barbeador elétrico:

1) posição 8510 (Aparelhos ou máquinas de

barbear e as máquinas de tosquiar);

2) 8508 (ferramentas eletromecânicas com motor

elétrico incorporado, de uso manual);

3) 8509 (aparelhos eletromecânicos com motor

elétrico incorporado, de uso doméstico)

Exemplo da RG #3aExemplo da RG #3a

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Os produtos misturados, as obras compostas dematérias diferentes ou constituídas pela reuniãode artigos diferentes e as mercadoriasapresentadas em sortidos acondicionados paravenda a retalho, cuja classificação não se possaefetuar pela aplicação da Regra 3 a), classificam-se pela matéria ou artigo que lhes confira acaracterística essencial , quando for possívelrealizar esta determinação.

RG #3BRG #3B

• pacote de espaguete não

cozido (1902)

• saquinho de queijo ralado

(0406)

• pequena lata de molho de

tomate (2103)

• apresentados numa caixa de

papelão;

Exemplo da RG #3bExemplo da RG #3b

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Nos casos em que as Regras 3 a) e 3 b) nãopermitam efetuar a classificação, a mercadoria

classifica-se na posição situada em último lugar 

na ordem numérica, dentre as suscetíveis de

validamente se tomarem em consideração.

RG #3CRG #3C

Exemplo da RG #3cExemplo da RG #3c

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• Conjunto de cabeleireiro: 1 máquina de cortar cabelo elétrica(8510), 1 pente (9615), 1 par de tesouras (8213), 1 escova(9603), 1 toalha de matéria têxtil (6302), apresentados emestojo de couro (4202);

• Conjunto: camarões (1605), patê de fígado (1602), queijo(0406), bacon em fatias (1602) e salsichas (1601),apresentados em sua respectiva lata;

• Conjunto de desenho: 1 régua (9017), 1 disco de cálculo(9017), 1 compasso (9017), 1 lápis (9609) e 1 apontador(8214), apresentados em um estojo de folha de plástico

(4202).

Exemplo da RG #3cExemplo da RG #3c

• As mercadorias que não possam ser

classificadas por aplicação das regras acima

enunciadas classificam-se na Posição

correspondente aos artigos semelhantes.

 – Ex.:Vapor de água superaquecida para produção

de energia elétrica. Classificada na posição 2716

(energia elétrica)

RG #4RG #4

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RG #4RG #4

Classificando uma MercadoriaClassificando uma Mercadoria

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Moto Yamaha R1Moto Yamaha R1

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- 44 -

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As multas por erro de Classificação Fiscal estão previstas no Regulamento Aduaneiro

(Decreto 6.759/09 - Titulo III – Das Multas) e na Lei 10.833/03.

1 - NA IMPORTAÇÃO:

1% do Valor Aduaneiro da(s) mercadoria(s) com no mínimo de R$ 500,00 (art.

711 e $2o. do RA) e máximo de 10% do valor total das mercadorias constantes

na DI (art. 69 Lei 10.833/03).

2 - NA EXPORTAÇÃO:

a) de 20% a 50% (art. 718, inciso II, a);

b) de 60% a 100% no caso de reincidência (art. 718, inciso I).

Obs: Na exportação a aplicação de multa depende de prévia manifestação

da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX (art. 722).

Multas por erro de Classificação FiscalMultas por erro de Classificação Fiscal

3 - NA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO (art. 711, $6o. e art. 725/RA):

a) 75% quando há lançamento de ofício, sobre a totalidade ou diferença do

imposto ou contribuição no caso de declaração inexata, falta de declaração,

falta de pagamento ou recolhimento.

b) 150% nos casos de evidente intuito de fraude, definido nos artigos 71, 72, 73

da Lei 4.502/1964.

Multas por erro de Classificação FiscalMultas por erro de Classificação Fiscal

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Normas Gerais no Comércio Exterior

Tributos no Comércio Exterior

Exportações e importações são tratadas diferentemente quanto àtributação. As empresas exportadoras estão isentas do pagamentode diversos impostos, facilidades cambiais e contam com o créditodos impostos pagos sobre matéria-prima utilizada na produção,reduzindo preço de venda e gerando maior competitividade paraproduto no mercado internacional.

Já as importações são tributadas de forma um pouco mais rígidapela União, utilizando-se de fórmulas mais complexas para o

cálculo dos impostos, onde cada produto, de acordo com seu NCM,possui maior ou menor alíquota de impostos.

Tributos no Comércio ExteriorTributos no Comércio Exterior

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• Conceito: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, emmoeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constituasanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividadeadministrativa plenamente vinculada" (CTN, art. 3º)

• Os sistemas tributários modernos costumam estruturar-se com trêsobjetivos: A) O objetivo meramente fiscal de arrecadar recursospara cobrir as despesas públicas; B) O objetivo social, de melhorar adistribuição de renda e de riqueza; e C) O objetivo funcional deorientar a poupança, a produção e os investimentos, procurando

corrigir as imperfeições do mercado

Pontos Básicos no TributoPontos Básicos no Tributo

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Imposto é tributo cujo fato gerador independe de qualqueratividade estatal específica relativa ao contribuinte, ou seja, ocontribuinte deve pagá-lo mas não deve esperar nada emtroca, senão a utilização criteriosa dos recursos arrecadadosnas atividades governamentais em geral.

• Já na taxa o fato gerador deve ser o exercício regular do poderde polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviçopúblico específico e divisível, prestado ao contribuinte ouposto à sua disposição. Na taxa de emissão de passaporte ocontribuinte em princípio recebe seu passaporte, e só paga a

taxa se o requerer.

Classificação dos TributosClassificação dos Tributos

• VA (Valor Aduaneiro) - Ponto de Partida para a apuração dostributos na importação. Recomendado-se apurar o VA peloprimeiro método do acordo

• “É o valor da transação, isto é, o preço efetivamente pagoou a pagar pelas mercadorias, ajustado de acordo com asdisposições do artigo 8º, e desde que não haja vinculaçãoentre o imp/exp ou, se houver, que a vinculação não tenhainfluenciado no preço da mercadoria

• É calculado pelo valor da mercadoria no local de embarque,

adicionado o total pago à companhia de transporte, segurointernacional (se houver) e a capatazia marítima, nos casosespecíficos.

Valor AduaneiroValor Aduaneiro

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VA (ou CIF)

Capatazias Marítima

Seguro Internacional

Frete Internacional

VMLE (FOB)

Cálculo do Valor AduaneiroCálculo do Valor Aduaneiro

Valor FOB US$ 30.000,00

Frete Internacional US$ 2.500,00

Seguro Internacional US$ 150,00

Capatazias Marítima US$ 100,00

Valor Aduaneiro (VA) US$ 32.750,00

Valor Aduaneiro x Taxa Fiscal

de Conversão (US$ 1,00 = R$ 1,78)

R$ 58,295,00

Exemplo de Cálculo do VAExemplo de Cálculo do VA

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Fato gerador: entrada de mercadoriaestrangeira no território aduaneiro.

• Base de cálculo: o valor aduaneiroapurado segundo as normas do Artigo VIIdo Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio -GATT 1994.

• Alíquota: fixada na TEC (Tarifa ExternaComum) ou específica do Regime deTributação Simplificada (60%) e do Regimede Bagagem (50%).

Impostos de ImportaçãoImpostos de Importação

O imposto de importação será calculado com aaplicação da alíquota prevista, sobre o valor aduaneiroapurado em moeda estrangeira, devidamenteconvertido em moeda nacional conforme taxa decâmbio vigente na data do fato gerador (registro da DI).

II = Valor aduaneiro x alíquota do imposto = Valor do imposto (R$)

Calculando o Imposto de ImportaçãoCalculando o Imposto de Importação

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Fato gerador: desembaraço aduaneiro deproduto de procedência estrangeira. Não écobrado IPI na exportação.

• Base de cálculo: o valor que serviu ou queserviria de base para cálculo do imposto deimportação, por ocasião do despachoaduaneiro, acrescido do montante desseimposto.

• Alíquota: fixada na Tabela de Incidência doImposto sobre Produtos Industrializados.

IPIIPI

IPI = Calculado pela aplicação das alíquotasfixadas na TIPI sobre a base de cálculo (ValorAduaneiro da mercadoria + valor do Imposto deImportação).

IPI = (Valor aduaneiro + II) x alíquota do TIPI = Valor

do imposto (R$)

Calculando o IPICalculando o IPI

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• Fato gerador: entrada de mercadoriaestrangeira no território aduaneiro.

• Base de cálculo: o valor aduaneiro adicionadoao ICMS da Importação (Reduzido, incluindoapenas com o II e IPI)

• Alíquota: regra geral 1,65% de PIS, e 7,6% deCofins.

• Informação Importante: Cálculo feito ‘pordentro’, em que o imposto é base de cálculo

dele mesmo, resultando em um valor maiorque o absoluto

PIS/PIS/CofinsCofins

PIS = Calculado pela aplicação da alíquota do PIS sobre a basede cálculo (VA + ICMS) e dividido pela soma das própriascontribuições (PIS+Cofins - cálculo “por dentro”).

PIS = Alíquota PIS % x (VA + (Alíquota ICMS % x (VA + II + IPI))-----------------------------------------------------------

(100-Alíquota ICMS)/100------------------------------------------------------------------------------------

(100 - (Alíquota PIS + Alíquota Cofins))/100

Calculando o PISCalculando o PIS

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COFINS = Calculado pela aplicação da alíquota do COFINSsobre a base de cálculo (VA + ICMS) e dividido pela soma daspróprias contribuições (PIS+Cofins - cálculo “por dentro”).

COFINS = Alíquota Cofins % x (VA + (Alíquota ICMS % x (VA + II + IPI))---------------------------------------------------------

(100-Alíquota ICMS)/100---------------------------------------------------------------------------------

(100 - (Alíquota PIS + Alíquota Cofins))/100

Calculando o COFINSCalculando o COFINS

• Fato gerador: operação relativa à circulação demercadorias ocorrido quando do desembaraçoaduaneiro. Não é cobrado ICMS na exportação.

• Base de cálculo: o valor aduaneiro, acrescidodo II, IPI, PIS, Cofins e das despesas aduaneiras,dependendo da legislação estadual.

• Alíquota: varia conforme as leis estaduais.

• Informação Importante: Cálculo feito ‘pordentro’, em que o imposto é base de cálculodele mesmo, resultando em um valor maiorque o absoluto.

ICMS na ImportaçãoICMS na Importação

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ICMS = Calculado pela aplicação da alíquota de ICMS naentrada sobre a base de cálculo do ICMS (VA + II + IPI + PIS +Cofins + Despesas Aduaneiras conf. UF ), dividido pelo ICMS(cálculo “por dentro”).

ICMS = Alíquota ICMS % x (VA+II+IPI+PIS+Cofins+Despesas Aduaneiras)----------------------------------------------------------------------------------------

(100-Alíquota ICMS)/100

Calculando o ICMSCalculando o ICMS

• Entende-se como despesas aduaneiras todas as importânciasindispensáveis, cobradas ou debitadas ao adquirente no controle edesembaraço da mercadoria, ainda que venham a ser conhecidas somenteapós o desembaraço aduaneiro, especialmente:

• Liberação de BL / Taxas / Demurrage / Movimentação / Desova /• Transporte Interno Porto/EADI / Honorários Aduaneiros• Taxa Sindicato Despachantes Aduaneiro / Armazenagem• Separação carga / Etiquetagem / Picking• Transporte Rápido (motoboy) / Transporte Interno até o cliente final• Multas ocorridas durante o curso do despacho aduaneiro• AFRMM e Taxa Siscomex• Outras de qualquer natureza

Despesas AduaneirasDespesas Aduaneiras

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Normas Gerais no Comércio ExteriorPagamentos Internacionais

O Regime Cambial Brasileiro

A compra e venda de moedas estrangeiras no Brasil émonopolizada pelo Banco Central do Brasil

Os Bancos Privados são autorizados para operarem noCâmbio.

Todas as Operações de compra e venda, com exceção dosegmento CÂMBIO TURISMO, estão sujeitos a um contratode câmbio

A formalização de compra e venda de moeda estrangeirasé feita através de um contrato de câmbio, que chamamostecnicamente de FECHAMENTO DE CÂMBIO

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Câmbio no brasil: o que é? Como funciona?

É troca de moedas. Câmbio é compra ou venda de moedasestrangeiras ou de papéis que as representem

No Brasil, em decorrência da atual legislação, sempre umadas moedas envolvidas será a nacional

O exportador vende as moedas estrangeiras resultantes desuas exportações, recebendo, em pagamento, moedanacional

O importador, com o fim de pagar seus fornecedores

estrangeiros, compra moedas estrangeiras, pagando-as coma moeda nacional

Modalidades de Pagamento

Pagamento antecipado

Remessa sem Saque

Cobrança documentária

Carta de Crédito (L/C)

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Carta de Crédito (Letter of Credit )

Aconselhável nas operações de alto risco de não pagamento(comercial e/ou político)

O Crédito Documentário constitui-se em modalidadeatravés da qual um banco (banco emitente – issuing bank )agindo a pedido e por conta do importador (proponente /tomador – applicant / beneficiary ).

Permite, dessa maneira, que um banco assuma o papel depagador da operação.

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Compromisso firme do banco emitente, posto que deva serirrevogável (irrevocable), pode envolver compromisso adicionalde outro banco (banco confirmador – confirming bank ), dandomaior segurança à operação.

O Crédito Documentário é assim chamado por estabelecer, emregra, que o seu pagamento será feito contra ou após aapresentação – pelo beneficiário – de documentos ao bancodesignado – (nominated bank ),

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Partes intervenientes na Carta de Crédito

Proponente/tomador (applicant/taker ): comprador,importador, aquele que solicita ao banco emitente aabertura/emissão da Carta de Crédito

Banco Emitente (issuing bank ): banco que, a pedido e porconta do tomador, emite a Carta de CRÉDITO

Banco Avisador (advising bank ): banco através do qual obanco emitente emite a Carta de Crédito e que éresponsável de avisar o beneficiário (entregar a Carta deCrédito ao beneficiário)

Partes intervenientes na Carta de Crédito

Banco Confirmador (confirming bank ): banco que, apedido ou sob autorização do banco emitente, confirma aCarta de Crédito

Beneficiário (beneficiary ): vendedor, exportador, aqueleem favor do qual a Carta de Crédito é emitida

Banco Designado ou Nomeado (nominated bank ): banco aquem os documentos deverão ser apresentados

Banco Negociador (negotiating bank ): banco que estáautorizado a negociar

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Emenda e Discrepância

EMENDA: Quando o exportador recebe a L/C e observa quehá erros ou necessidade de correção de algum campoespecífico para cumprimento das obrigações negociadas,pode solicitar ao importador que providencie junto ao seubanco a emissão de EMENDA(s) à Carta de Crédito, antes doembarque.

DISCREPÂNCIA: Quando o Banco no exterior recebe osdocumentos para conferência e encontra algum itensdesconforme à L/C, irá apontar e cobrar DISCREPÂNCIA(s) à

Carta de Crédito. O importador pode aceitar ou não a(s)Discrepância(s). Caso não aceite o Banco pode não efetivar opagamento ao Exportador.

• COMUM ou NORMAL:

O Regime Aduaneiro Comum, na importação ou naexportação, é aquele em que não existem limitaçõesou benefícios específicos.

Os tributos incidentes são pagos na operação ecumpridos os demais requisitos administrativos, nãohavendo suspensão das obrigações fiscais.

REGIMES ADUANEIROSREGIMES ADUANEIROS

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• ESPECIAIS:Os Regimes Aduaneiros Especiais, na importação ou naexportação, são aqueles que têm característicaspróprias tais como:

Suspensão do crédito tributário. Permanência no regime por prazo determinado. Termos de Responsabilidade como Garantia (real ou pessoal)

dos tributos.

Os bens podem ser ou não despachados para consumo. Extinção

REGIMES ADUANEIROSREGIMES ADUANEIROS

ESPECIAISESPECIAISESPECIAISESPECIAIS APLICADOS EM AREAS APLICADOS EM AREAS APLICADOS EM AREAS APLICADOS EM AREAS

ESPECIAISESPECIAISESPECIAISESPECIAIS

 Admissão Temporária Admissão Temporária Admissão Temporária Admissão Temporária

Exportação TemporáriaExportação TemporáriaExportação TemporáriaExportação Temporária

Trânsito AduaneiroTrânsito AduaneiroTrânsito AduaneiroTrânsito Aduaneiro

DrawbackDrawbackDrawbackDrawback

Entreposto AduaneiroEntreposto AduaneiroEntreposto AduaneiroEntreposto Aduaneiro

OutrosOutrosOutrosOutros

Zona Franca de ManausZona Franca de ManausZona Franca de ManausZona Franca de Manaus

Loja Franca (Loja Franca (Loja Franca (Loja Franca (free shop) 

Zona de Processamento deZona de Processamento deZona de Processamento deZona de Processamento de

ExportaçãoExportaçãoExportaçãoExportação ---- ZPEZPEZPEZPE

OutrosOutrosOutrosOutros

REGIMES ADUANEIROSREGIMES ADUANEIROS

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(Sem modificações)

Importação

Reexportação

Permite a importação de bens que possam permanecer nopaís durante prazo fixado, com suspensão dos tributos.

ADMISSÃO TEMPORÁRIAADMISSÃO TEMPORÁRIA

Reimportação

Exportação

Saída de mercadoria nacional ou nacionalizada,condicionada à reimportação em prazo determinado, nomesmo estado, ou após ter sido submetida a processo deconserto, reparo ou restauração.

EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIAEXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA

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Modalidades: Suspensão, Isenção, Restituição dostributos incidentes nas importações de mercadoriasdestinadas à exportação.

Importação de

insumos

Exportação

DRAWBACKDRAWBACK

Regime aduaneiro especial que permite otransporte de mercadoria, sob controleaduaneiro, de um ponto a outro do territórionacional, com suspensão de tributos.

Trânsito Aduaneiro

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consumoconsumoconsumoconsumo

ExportaçãoExportaçãoExportaçãoExportação

ExportaçãoExportaçãoExportaçãoExportação

 Aduana Aduana Aduana Aduana

ImportaçãoImportaçãoImportaçãoImportação

TRÂNSITO ADUANEIROTRÂNSITO ADUANEIRO

1. LOCAL DE ORIGEM: Local sob controle aduaneiro(Porto, Aeroporto, EADI etc.) que seja ponto inicialdo itinerário de trânsito.

2. LOCAL DE DESTINO: Local sob controle aduaneiro,que seja ponto final do itinerário de trânsitoaduaneiro.

3. UNIDADE DE ORIGEM: A que tem jurisdição sobre olocal de origem onde ocorra o despacho de trânsito.

4. UNIDADE DE DESTINO: A que tem jurisdição sobreo local de destino onde ocorra a conclusão dotrânsito.

DEFINIÇÕESDEFINIÇÕES

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• ENTRADA – transporte de mercadoria procedente doexterior, do ponto de descarga até o ponto de despacho;

• SAÍDA – transporte de mercadoria nacional ounacionalizada, do local de origem até o local deembarque;

• PASSAGEM – passagem pelo território aduaneiro demercadoria procedente do exterior e a ele destinada;

• TRANSFERÊNCIA – transporte de um recinto a outro,situado na zona secundária; e

• ESPECIAL – transporte de material destinado a

reposição, conserto de embarcações e aeronaves.

MODALIDADE DE OPERAÇÕESMODALIDADE DE OPERAÇÕES

• Importador

• Exportador

• Depositante

• Representante no País de importador• Transportador

• Agente unitizador e desunitizador

BENEFICIÁRIOSBENEFICIÁRIOS

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DTA - Declaração de Trânsito Aduaneiro - é utilizadasomente para carga procedente do exterior eamparada por conhecimento de transporteinternacional.

• De entrada ou de passagem, comum, cuja correspondentecarga sujeita-se à emissão de fatura comercial; ou

• De entrada ou de passagem, especial, para cujacorrespondente carga não é exigida a emissão de faturacomercial, tais como: mala diplomática, bagagemdesacompanhada e semelhantes.

TIPOS DETIPOS DE DTA’sDTA’s

MIC-DTA – Manifesto Internacional de Carga-Declaração deTrânsito Aduaneiro - é utilizado somente para o trânsitorodoviário em viagem internacional de carga proveniente edestinada a país conveniado ao acordo internacional e deacordo com a legislação específica sobre o assunto.

Poderá ser:• De entrada - Se carga procedente de país conveniado e

destinada ao Brasil; ou

• De passagem - Se carga procedente do exterior e a eledestinada, sendo a procedência ou a origem em paísconveniado.

TIPOS DETIPOS DE DTA’sDTA’s

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TIF-DTA – Conhecimento-Carta de Porte Internacional -Declaração de Trânsito Aduaneiro - é, ao mesmo tempo, umconhecimento de transporte e uma declaração de trânsitoaduaneiro e é utilizado somente para o trânsito ferroviário emviagem internacional de carga proveniente e destinada a paísconveniado ao acordo internacional e de acordo com alegislação específica sobre o assunto.

Poderá ser:

• De entrada - se carga procedente de país conveniado edestinada ao Brasil.

• De passagem - se carga procedente do exterior e a eledestinada, sendo a procedência ou a origem em paísconveniado.

TIPOS DETIPOS DE DTA’sDTA’s

DTT – Declaração de Trânsito de Transferência - éutilizada somente para cargas que, pelos maisdiversos motivos, não se encontrem amparadas

por conhecimento de transporte internacional.Por conseguinte, essas cargas não se encontramcontroladas pelo Siscomex Mantra ou peloSiscomex Presença de Carga.

TIPOS DETIPOS DE DTA’sDTA’s

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DTI – Declaração de Transbordo Internacional - éutilizada somente para carga procedente doexterior e a ele destinada em transbordo oubaldeação entre veículos em viagem internacional,e que não sofrerá novo transbordo ou baldeaçãono país, ou seja, segue direto para o exterior.

Nota: A DTI encontra-se disponível somente para

as vias aérea e marítima.

TIPOS DETIPOS DE DTA’sDTA’s

DTC – Declaração de Trânsito deContêiner – é utilizada somente para

operações de transferência de contêineres,contendo carga, transportada pelo modal

marítimo, descarregados do navio no pátio doporto e destinados a armazenagem em recintoalfandegado jurisdicionado na mesma unidade daSRF.

TIPOS DETIPOS DE DTA’sDTA’s

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A concessão e aplicação serão sempre requeridas àautoridade aduaneira na unidade de origem.

Essa autoridade aduaneira poderá:

 – Estabelecer a rota a ser cumprida; – Fixar prazo para execução da operação; – Adotar cautelas julgadas necessárias à segurança fiscal.

CONCESSÃO E APLICAÇÃO DO REGIMECONCESSÃO E APLICAÇÃO DO REGIME

• LACRAÇÃO – aplicação, em ponto determinado dovolume, recipiente ou veículo de selo ou qualquerdispositivo que impeça o acesso ao conteúdo ou aointerior do veículo;

• SINETAGEM – gravação de lacração por meio deestampa ou sinete:

• CINTAGEM – aplicação de cinta ou amarras queimpeçam a abertura dos volumes.

• MARCAÇÃO – aplicação de etiquetas ou outras marcas;e

• ACOMPANHAMENTO FISCAL – determinado somenteem caso especiais, mediante despacho fundamentadoda autoridade concedente do regime.

CONCESSÃO E APLICAÇÃO DO REGIMECONCESSÃO E APLICAÇÃO DO REGIME

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Sistemas Informatizado noTrânsito Aduaneiro

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Entreposto Aduaneiro é o regime que permite, naimportação e na exportação, o depósito de

mercadorias, em local determinado, comsuspensão do pagamento de tributos e sob o

controle fiscal.

Entreposto Aduaneiro

O regime de entreposto aduaneiro, na importação ena exportação, será operado em Porto Seco, recintoalfandegado de uso público localizado em aeroportoou porto organizado, instalação portuária de uso

público ou instalação portuária de uso privativomisto, previamente credenciados pela Secretaria daReceita Federal

LOCAL DE OPERAÇÃO DO REGIMELOCAL DE OPERAÇÃO DO REGIME

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Poderá ser operado, ainda, em:I - recinto de uso privativo, alfandegado em caráter

temporário para a exposição de mercadoriasimportadas em feira, congresso, mostra ou eventosemelhante, concedido ao correspondente promotordo evento; e

II - local não alfandegado, de uso privativo, paradepósito de mercadoria destinada a embarque diretopara o exterior, por empresa comercial exportadora

• Mercadoria cuja importação ouexportação esteja proibida;

• Bem usado.

NÃO SE APLICA ENTREPOSTO EM:NÃO SE APLICA ENTREPOSTO EM:

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• Dos impostos suspensos, da multa, de mora ou de oficio, e dosdemais acréscimo legais cabíveis, quando se tratar demercadoria submetida ao regime de entreposto aduaneiro naimportação, ou na modalidade de regime comum, naexportação; e

• Dos impostos que deixaram de ser pagos e dos benefíciosfiscais de qualquer natureza acaso auferidos, da multa, de moraou de ofício, e dos demais acréscimos legais cabíveis, no casode mercadoria submetida ao regime de entreposto aduaneiro,na modalidade de regime extraordinário, na exportação.

HAVENDO AVARIA OU EXTRAVIO, OHAVENDO AVARIA OU EXTRAVIO, ODEPOSITÁRIO RESPONDE:DEPOSITÁRIO RESPONDE:

Conceito

Regime especial de entreposto aduaneiro na

importação é o que permite o armazenamento

de mercadoria estrangeira em recinto

alfandegado de uso público, com suspensão

do pagamento dos impostos incidentes na

importação.

ENTREPOSTO ADUANEIRO NAENTREPOSTO ADUANEIRO NAIMPORTAÇÃOIMPORTAÇÃO

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É beneficiário do regime de entreposto aduaneiro na

Importação:

• O consignatário da mercadoria entrepostada;

• O promotor de feira, congresso, mostra ou eventosemelhante, em recinto de uso privativo, previamentealfandegado para esse fim;

• Pessoa física, desde que o regime seja em porto seco e apessoa física investido da condição de agente de venda doexportador; e

• O permissionário ou concessionário do recinto alfandegado,desde que figurado como consignatário da mercadoria,devendo ser observada, neste caso, a restrição estabelecida.

BENEFICIÁRIO DO REGIMEBENEFICIÁRIO DO REGIME

O regime de entreposto aduaneiro naimportação será requerido com base emdeclaração de admissão formulada pelobeneficiário no Sistema Integrado de Comércio

Exterior (SISCOMEX)

CONCESSÃO DO REGIMECONCESSÃO DO REGIME

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A mercadoria poderá permanecer no regime deentreposto aduaneiro na importação pelo prazo de atéum ano, prorrogável por período não superior, nototal, a dois anos, contato da data dodesembaraço aduaneiro de admissão.

Em situações especiais, poderá ser concedida nova

prorrogação, respeitando o limite máximo de três anos.

PRAZO DO REGIMEPRAZO DO REGIME

A mercadoria deverá ter uma das seguintesdestinações, em até quarenta e cinco dias dotérmino do prazo de vigência do regime, sob pena de serconsiderada abandonada:

 – Despacho para consumo; – Reexportação; – Exportação; ou – Transferência para outros regime aduaneiro especial.

EXTINÇÃO DO REGIMEEXTINÇÃO DO REGIME

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Conceito

O regime de entreposto aduaneiro na exportação

é o que permite a armazenagem de mercadoria

destinada a exportação.

ENTREPOSTO ADUANEIRO NAENTREPOSTO ADUANEIRO NAEXPORTAÇÃOEXPORTAÇÃO

O entreposto aduaneiro na exportação compreende

as seguintes modalidades:

 – Regime Comum

 – Regime Extraordinário

MODALIDADES DE ENTREPOSTOMODALIDADES DE ENTREPOSTOADUANEIRO NA EXPORTAÇÃOADUANEIRO NA EXPORTAÇÃO

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Modalidade Regime Comum

Permite-se a armazenagem de mercadorias em recintode uso público, com suspensão do pagamento deimpostos.

Modalidade Regime Extraordinário

Permite-se a armazenagem de mercadorias em recinto

de uso privativo, com direito a utilização dos benefíciosfiscais previstos para incentivo à exportação, antes doseu efetivo embarque para o exterior.

MODALIDADES DE ENTREPOSTOMODALIDADES DE ENTREPOSTO

ADUANEIRO NA EXPORTAÇÃOADUANEIRO NA EXPORTAÇÃO

• Na modalidade de regime comum, a pessoa jurídica que depositar, em recinto credenciado,mercadoria destinada ao mercado externo; e

• Na modalidade de regime extraordinário, aempresa comercial exportadora.

BENEFICIÁRIOS DO ENTREPOSTOBENEFICIÁRIOS DO ENTREPOSTO

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• Na modalidade de regime comum, subsistirá a partirda data da entrada da mercadoria na unidade dearmazenagem, por um ano, prorrogável porperíodo não superior, no total, a dois anos ; e

• Na modalidade de regime extraordinário,subsistirá a partir da data da saída damercadoria do estabelecimento do produtorvendedor, por noventa dias, podendo ser

prorrogado por igual período.

PRAZO DE VIGÊNCIA DO ENTREPOSTOPRAZO DE VIGÊNCIA DO ENTREPOSTO

• Iniciar o despacho de exportação;

• No caso de regime comum, reintegrá-la aoestoque do seu estabelecimento; ou

• Em qualquer outro caso, pagar os impostossuspensos e ressarcir os benefícios fiscal acasofruídos em razão da admissão da mercadoria noregime.

EXTINÇÃO DO REGIMEEXTINÇÃO DO REGIME