apostila 1º aulão do esquadrão do conhecimento 2012 - espaço ciência

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3 Esquadrão do Conhecimento 1º AULÃO ENEM 2012 A dúvida não passa por aqui. https://www.facebook.com/esquadraodoconhecimento (Facebook) http://esquadraodoconhecimento.wordpress.com/ (blog) Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia Edmário Menezes GLOBALIZAÇÃO O conceito globalização surgiu em meados da década de 1980, a qual vem a substituir conceitos como internacionalização e transnacionalização, porém se voltarmos no tempo é possível observar que é uma prática muito antiga. A humanidade desde o início de sua existência vem evoluindo, passou de uma simples família para tribos, depois foram formadas as cidades-estado, nações e hoje com a interdependência de todos os povos do nosso planeta, chegamos a um fenômeno natural, denominado de "aldeia global". O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtém-se como conseqüência o aumento acirrado da concorrência. Globalização ou Mundialização é a interdependência dos povos e países do nosso planeta, também denominado de "aldeia global". As notícias do mundo são divulgadas pelos jornais, rádio, TV, internet e outros meios de comunicação: a invasão americana ao Iraque, a Copa do Mundo, o ataque às Torres Gêmeas. Com toda essa tecnologia a serviço da humanidade, da impressão que o planeta terra ficou menor. Podemos também observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim, a vida do ser humano sofre influência direta dessa tal Globalização. Tal fenômeno também apresenta divergências em relação as suas benevolências. Essas interações atreladas ao mecanismo acelerado da comunicação não são puramente satisfatórias para o convívio saudável do homem. Este tentou criar uma situação agradável, mas surgiram “Os Mitos da Globalização”: Todos terão acesso à tecnologia, ao desenvolvimento, ao dinheiro. Ou seja, todos terão acesso a tudo, quando na verdade a homogeneidade entre os homens não condiz com a conjuntura atual, nem mesmo a uma perspectiva futura. Como exemplo, podemos citar o Brasil, que ainda está longe de países do norte europeu e da Ásia, que lideram a lista de inclusão digital. Mas o acesso à internet está em crescimento no país. Enquanto a Suécia lidera a lista com 97% da população tendo acesso à rede em casa, a taxa brasileira é de 33% - ocupa a 63ª posição entre 154 países no mundo. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Mapa da Inclusão Digital, estudo feito em parceria entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a operadora de telefonia Vivo. Observe na tabela a seguir com os dados relacionados ao ano de 2010. Continente Porcentagem que usa internet África 10.9 % América do Norte 77.4 % América Latina/Caribe 34.5 % Ásia 21.5 % Oriente Médio 29.8 % Europa 58.4 % Oceania 61.3 % Total no mundo 28.7 % Há seis anos, apenas 8% dos brasileiros tinha internet em suas residências segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - houve um crescimento de 154%. "Se a gente quiser entender o boom da internet no país, temos que entender que foram 33 milhões de pessoas que migraram para a classe C (renda familiar de R$ 1800 até R$ 7450) desde 2006", afirma Cortes Neri. "As pessoas estão migrando de classe e está aumentando a taxa de uso do serviço dentro das classes." Enquanto na classe AB o acesso é de 75,82%, na classe C é de 33,9% e nas classes inferiores cai para níveis inferiores a 10%. Por causa desse fenômeno o mundo vive uma interação dinâmica com a informação “instantânea”. Aplicativos como Facebook, Twitter, Messenger, You Tube, dentre outros, são responsáveis por disseminar a informação, conhecimento, fato e/ou fenômeno de modo ultrarrápido. Onde o mundo ganha na velocidade e no aporte de conteúdo. Contudo, podendo ter reduzida a qualidade deste ou mesmo a ausência de compromisso com a verdade. ATUALIDADES O mundo globalizado está à beira de um colapso, estão aparecendo a todo o momento situações caóticas. Há poucos meses as instituições

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3 Esquadrão do Conhecimento 1º AULÃO ENEM 2012 A dúvida não passa por aqui.

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Ciências Humanas e suas Tecnologias – Geografia Edmário Menezes

GLOBALIZAÇÃO

O conceito globalização surgiu em meados da

década de 1980, a qual vem a substituir conceitos como internacionalização e transnacionalização, porém se voltarmos no tempo é possível observar que é uma prática muito antiga. A humanidade desde o início de sua existência vem evoluindo, passou de uma simples família para tribos, depois foram formadas as cidades-estado, nações e hoje com a interdependência de todos os povos do nosso planeta, chegamos a um fenômeno natural, denominado de "aldeia global".

O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtém-se como conseqüência o aumento acirrado da concorrência.

Globalização ou Mundialização é a interdependência dos povos e países do nosso planeta, também denominado de "aldeia global". As notícias do mundo são divulgadas pelos jornais, rádio, TV, internet e outros meios de comunicação: a invasão americana ao Iraque, a Copa do Mundo, o ataque às Torres Gêmeas. Com toda essa tecnologia a serviço da humanidade, da impressão que o planeta terra ficou menor. Podemos também observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim, a vida do ser humano sofre influência direta dessa tal Globalização.

Tal fenômeno também apresenta divergências em relação as suas benevolências. Essas interações atreladas ao mecanismo acelerado da comunicação não são puramente satisfatórias para o convívio saudável do homem. Este tentou criar uma situação agradável, mas surgiram “Os Mitos da Globalização”: Todos terão acesso à tecnologia, ao desenvolvimento, ao dinheiro. Ou seja, todos terão acesso a tudo, quando na verdade a homogeneidade entre os homens não condiz com a conjuntura atual, nem mesmo a uma perspectiva futura.

Como exemplo, podemos citar o Brasil, que ainda está longe de países do norte europeu e da Ásia,

que lideram a lista de inclusão digital. Mas o acesso à internet está em crescimento no país. Enquanto a Suécia lidera a lista com 97% da população tendo acesso à rede em casa, a taxa brasileira é de 33% - ocupa a 63ª posição entre 154 países no mundo. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Mapa da Inclusão Digital, estudo feito em parceria entre a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a operadora de telefonia Vivo.

Observe na tabela a seguir com os dados relacionados ao ano de 2010.

Continente Porcentagem que usa

internet

África 10.9 %

América do Norte 77.4 %

América Latina/Caribe 34.5 %

Ásia 21.5 %

Oriente Médio 29.8 %

Europa 58.4 %

Oceania 61.3 %

Total no mundo 28.7 %

Há seis anos, apenas 8% dos brasileiros tinha

internet em suas residências segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios - houve um crescimento de 154%. "Se a gente quiser entender o boom da internet no país, temos que entender que foram 33 milhões de pessoas que migraram para a classe C (renda familiar de R$ 1800 até R$ 7450) desde 2006", afirma Cortes Neri. "As pessoas estão migrando de classe e está aumentando a taxa de uso do serviço dentro das classes." Enquanto na classe AB o acesso é de 75,82%, na classe C é de 33,9% e nas classes inferiores cai para níveis inferiores a 10%.

Por causa desse fenômeno o mundo vive uma interação dinâmica com a informação “instantânea”. Aplicativos como Facebook, Twitter, Messenger, You Tube, dentre outros, são responsáveis por disseminar a informação, conhecimento, fato e/ou fenômeno de modo ultrarrápido. Onde o mundo ganha na velocidade e no

aporte de conteúdo. Contudo, podendo ter reduzida a qualidade deste ou mesmo a ausência de compromisso com a verdade.

ATUALIDADES O mundo globalizado está à beira de

um colapso, estão aparecendo a todo o momento situações caóticas. Há poucos meses as instituições

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financeiras juntamente com os maiores empreendimentos do mercado mundial passaram por uma avalanche de prejuízos liderados pelos Estados Unidos da América. O consumismo desenfreado desencadeia vários problemas sociais, políticos, econômicos, estruturais etc. Visto que tais atitudes afetam desde a questão do lixo até a existência da fome. Onde se perde pelo meio do caminho as questões referentes ao saneamento básico, MST, a falta de água. Chegando a um dos mais polêmicos problemas da atualidade: A Energia. Hoje o Brasil é referência mundial em uma das vertentes de energias renováveis, o Biodiesel. Obtendo, também, em algumas regiões a geração de energia eólica e a solar mais timidamente. Contudo, os olhos do Governo Federal já se voltam para o Pré-Sal. Camada geológica descoberta recentemente a 7 mil metros de profundidade contendo o petróleo. A qual proporcionará um grande upgrade na economia nacional. E desta forma alguma pessoas se perguntam onde ficam os estudos sobre a utilização de energias renováveis? E a questão ambiental? E a sustentabilidade? E o Aquecimento Global? Os movimentos ambientalistas estão se propagando. Mas em escala mundial ainda é moderado, em se tratando de comportamento social. E neste contexto surgem as “empresas verdes”, estas que se apropriam da questão ambiental, da conservação do ambiente para conquistar consumidores. Neste contexto, nós consumidores, nos posicionamos através do voto, estabelecido com o ato da compra. Ao comprar um produto, estamos dando um voto de confiança. Em contrapartida observamos os conflitos oriundos da necessidade de obtenção de matérias-primas para geração de energia. No foco dos conflitos encontra-se o petróleo, o ouro negro. Possuidor absoluto do assédio econômico mundial. Então, observamos que no contexto atual o mundo vive em crise. A sociedade se desenvolveu ao passo que o consumo fora desenfreado. Possivelmente os conceitos sociais deveram ser reformulados.

CULTURA

O homem em sociedade tende a desenvolver diferentes meios de interação e regras comportamentais comuns ao grupo a que pertence. Isso é refletido em suas práticas religiosas, sua lingua, além de todas as suas manifestações artísticas. A esse sistema de regras damos o nome de cultura. Não é difícil identificar diferentes grupos sociais através de suas características coletivas, não apenas etnicamente como também em suas peculiaridades culturais, temos as diversas tribos urbanas já bem conhecidas e rotuladas como por exemplo os punks, góticos, nerds, etc.

A cultura não é estática, ela pode se sujeitar a assimilações de outras culturas, o Brasil por exemplo tem uma cultura altamente diversificada por possuir um povo com origens diversas o que abre espaço para diferentes intervenções culturais.

QUESTÕES 1. Leia o texto. A maioria das pessoas hoje tende a pensar em cultura como pertencendo a uma determinada sociedade: japoneses têm cultura japonesa, franceses têm cultura francesa, americanos têm cultura americana, e assim por diante. Mas hoje isso tem se mostrado confuso: nós pertencemos à nossa cultura nacional específica, mas muitos de nós no mundo afluente atual também selecionamos – ou pelo menos acreditamos que selecionamos – aspectos de nossas vidas no que pode ser chamado de “o supermercado cultural global”. Um resultado disso é uma profunda contradição (...). Sentimos que pertencemos à nossa cultura nacional específica e acreditamos que devemos estimá-la. Mas também consumimos no supermercado cultural global e acreditamos que podemos comprar, fazer, ser qualquer coisa do mundo que queiramos – mas não podemos ter as duas coisas. Não podemos ter ao mesmo tempo a escolha entre todas as culturas do mundo e a nossa própria individualidade cultural. Ao acreditar ser possível escolher aspectos de sua vida e da cultura do mundo todo, então onde está o seu lar? (...) Podem lar e raízes serem simplesmente mais uma escolha do consumidor?

Gordon Mathews. Global culture/individual identity: searching for home in the cultural supermarket. London, Routledge,

2000, p. 9

Identifique a opção cujo argumento traduz corretamente as idéias apresentadas no texto. a) A invasão cultural estrangeira, destruindo as culturas nacionais. b) O consumismo indiscriminado como fator de alienação. c) O multiculturalismo como resultado das migrações internacionais. d) A perda das “raízes culturais” como decorrência lógica da urbanização. e) A identidade cultural problemática no contexto da globalização. 2. Estamos testemunhando o reverso da tendência histórica da assalariação do trabalho e socialização da produção, que foi característica predominante na era industrial. A nova organização social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa à administração descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos mercados personalizados. As novas tecnologias da informação possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real, seja entre continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 (adaptado).

No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças constantes nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado

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a) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as linhas de montagem sob influência dos modelos orientais de gestão. b) o aumento das formas de teletrabalho como solução de larga escala para o problema do desemprego crônico. c) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas às demandas por inovação e com vistas à mobilidade dos investimentos. d) a autonomização crescente das máquinas e computadores em substituição ao trabalho dos especialistas técnicos e gestores. e) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e clientes com a garantia de harmonização das relações de trabalho. 3.

O espaço mundial sob a “nova des-ordem” é um emaranhado de zonas, redes e “aglomerados”, espaços hegemônicos e contra-hegemônicos que se cruzam de forma complexa na face da Terra. Fica clara, de saída, a polêmica que envolve uma nova regionalização mundial. Como regionalizar um espaço tão heterogêneo e, em parte, fluido, como é o espaço mundial contemporâneo?

HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES, C.W. A nova des-ordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006.

O mapa procura representar a lógica espacial do mundo contemporâneo pós-União Soviética, no contexto de avanço da globalização e do neoliberalismo, quando a divisão entre países socialistas e capitalistas se desfez e as categorias de “primeiro” e “terceiro” mundo perderam sua validade explicativa. Considerando esse objetivo interpretativo, tal distribuição espacial aponta para

a) a estagnação dos Estados com forte identidade cultural. b) o alcance da racionalidade anticapitalista. c) a influência das grandes potências econômicas. d) a dissolução de blocos políticos regionais. e) o alargamento da força econômica dos países islâmicos. 4. O artesanato traz as marcas de cada cultura e, desse modo, atesta a ligação do homem com o meio social em que vive. Os artefatos são produzidos manualmente e costumam revelar uma integração entre homem e meio ambiente, identificável no tipo de matéria-prima utilizada. Pela matéria prima (o barro) utilizada e pelos tipos humanos representados, em qual região do Brasil o artefato acima foi produzido? a) Sul b) Norte c) Sudeste d) Nordeste e) Centro-Oeste

Linguagens, códigos e suas tecnologias

Elisabete Menezes

VARIEDADE LINGUÍSTICA

O que é?

Uma língua não é falada uniformemente por seus

usuários. Dentro de uma mesmo língua há vários

“ Seu dotô, me dê

licença,

pra minha historia conta

pois eu sô da terra

estranha

e é bem triste o meu

pená!!

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falares e suas diferenças recebem influência direta da

historia dos grupos e da região, da época e até mesmo

do contexto politico-histórico-social.

Mesmo entre membros de um mesmo grupo há

diferenças de fala, e cada um desses membros domina

vários falares, desenvolvendo-se em diferentes

contextos. Há nítida diferença, por exemplo, entre o

modo de falar de um individuo que se encontra com os

amigos em momentos de descontração e o modo de

falar que este mesmo individuo assume quando se

submete a uma entrevista para obtenção de uma vaga

de emprego.

No trecho acima de Patativa de Assaré, as

palavras em destaque são de uma variante da língua:

COLOQUIAL.

Imagine reescrever o trecho acima na variante da

língua CULTA: “ Senhor doutor, dê-me licença, para

que eu lhe conte a minha história , pois sou de uma

terra estranha e tenho sofrido bastante”

De um texto poético, passou a um texto

meramente subjetivo, lírico!!

Vamos aquecer:

LÍNGUA x LINGUAGEM:

A linguagem é a capacidade natural que o ser humano

tem de se comunicar, seja por meio de palavras,

gestos, imagens, sons, cores, expressões, etc.

A língua é o conjunto de sinais que determinadas

comunidades usam para se comunicar.

TIPOS DE VARIEDADE LINGUÍSTICA/DIALETOS:

SEXO: A variação linguística ligada ao sexo está ligada

aos papeis sociais que o homem e a mulher exercem,

pois homem e mulher são socialmente diferentes no

sentido de que a sociedade lhes confere papeis

distintos e espera que utilizem padrões de

comportamentos também distintos.

Exemplos:

Homem:

Cara, preciso te dá ideia do que rolou ontem na festa! Mulher: Ai amiga, preciso te contar o que aconteceu ontem! Homem: Comprei uma camisa massa! Mulher: Amiga, comprei uma blusinha linda! FAIXA ETÁRIA: A faixa etária: palavras que variam ao longo das gerações, cada idade possui uma especificidade em sua fala. Um jovem de 18 anos não

usa os mesmos termos que um homem de 40 anos, pois a língua se transforma com o tempo. ESCOLARIDADE: anos de escolarização e qualidade da escola que frequentou. GRAU DE FORMALIDADE DA SITUAÇÃO, STATUS SOCIOECONÔMICO: desigualdade na distribuição de bens materiais e culturais, que reflete em diferenças sociolinguísticas. Na maioria das vezes pessoas de status econômico mais baixo possui uma linguagem mais coloquial do que quem status mais alto. GEOGRÁFICA: Diferenças linguísticas observadas entre pessoas de regiões distintas, onde se fala a mesma língua. Nesse tipo de variação, as diferenças mais comuns são as que encontramos no plano fonético (pronúncia, entonação-R do Paulistano/paulista/nordestino) e no plano sintático (concordâncias, ou regências usas que não são usadas na norma culta -O pessoal saíram juntos- A gente fomos comer).

Observamos que existem várias situações de fala, onde devemos saber diferenciar o tipo de linguagem que se deve utilizar em cada uma delas. Em uma situação como a defesa de uma tese, por exemplo, se deve usar a linguagem formal, já em uma conversa no barzinho com os amigos se usa a informal, que são dois polos extremos e opostos.

QUESTÕES 1. No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: Não se conformou: devia haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria? O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não.

Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91.ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.

No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence a variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho:

A) “Não se conformou: devia haver engano” (ℓ.1). B )“e Fabiano perdeu os estribos” (ℓ.3). C)“Passar a vida inteira assim no toco” (ℓ.4). D)“entregando o que era dele de mão beijada!” (ℓ.4-5). E) “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (ℓ.11).

2. As dimensões continentais do Brasil são objeto de reflexões expressas em diferentes linguagens. Esse tema aparece no seguinte poema:

“(….) Que importa que uns falem mole descansado Que os cariocas arranhem os erres na garganta

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Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais? Que tem se os quinhentos réis meridional Vira cinco tostões do Rio pro Norte? Junto formamos este assombro de misérias e grandezas, Brasil, nome de vegetal! (….)”

(Mário de Andrade. Poesias completas. 6. ed. São

Paulo: Martins Editora, 1980.)

O texto poético ora reproduzido trata das diferenças brasileiras no âmbito

A) étnico e religioso. B) linguístico e econômico. C) racial e folclórico. D) histórico e geográfico. E) literário e popular. 3. Leia com atenção o texto:

[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?). (Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)

O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto

(A) ao vocabulário. (B) à derivação. (C) à pronúncia. (D) gênero (E) à sintaxe. 4. Os amigos F.V.S., 17 anos, M.J.S., 18 anos, e J.S., 20 anos, moradores de Bom Jesus, cidade paraibana na divisa com o Ceará, trabalham o dia inteiro nas roças de milho e feijão. “Não ganhamos salário, é ‘de meia’. Metade da produção fica para o dono da terra e metade para a gente.” (Folha de São Paulo, 1° jun. 2002). Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de trabalho. Utilizam a expressão “é de meia” e, logo em seguida, explicam o que isso significa. Ao dar a explicação, eles a) alteram o sentido da expressão. b) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar. c) dificultam a comunicação com o repórter. d) desrespeitam a formação profissional do repórter. 5. O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da linguagem usada ao contexto: a) “O carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito.” (Um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que vai passando.)

b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” (Um jovem que fala para um amigo.) c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação.” (Alguém comenta em um reunião de trabalho.) d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de secretária executiva desta conceituada empresa.” (Alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.) e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros.” (Um professor universitário em um congresso internacional.)

Ciências da Natureza e suas Tecnologias – Química

Flávia Vasconcelos

A atmosfera atual do nosso planeta não é a mesma, pois as moléculas e partículas que a formam estão sempre sendo substituídas por diversos

processos de trocas. Desde as revoluções agrícola e industrial, o balanço entre processos físicos, químicos e biológicos no planeta tem sofrido mudanças como, por exemplo, do elevado crescimento da população, da queima de elevadas quantidades de combustíveis fósseis - e a consequente liberação de grandes quantidades de gás carbônico para a atmosfera - e a intensificação de práticas de plantio, levando ao grande consumo de fertilizantes. O aumento da concentração atmosférica de CO2, por exemplo, é resultado principalmente da queima de combustíveis, mas também resulta de processos de desflorestamento. A emissão de óxido nitroso vem crescendo como resultado das práticas de fertilização do solo, enquanto metano, que também participa em importantes processos fotoquímicos, é gerado em grandes quantidades por atividades humanas – queima de biomassa, pecuária, depósitos de lixo – e processos naturais (pântanos, decomposição de matéria orgânica). As emissões de enxofre na queima de carvão mineral e óleos diesel e combustível, para produção de energia, mas também em erupções vulcânicas, contribuem para os fenômenos da chuva ácida e da formação de aerossóis que, entre outros efeitos, podem ocasionar variações climáticas nas temperaturas regionais por dispersão da radiação solar. Para compreendermos as transformações químicas e físicas na atmosfera, estudaremos esses processos nos Ciclos Biogeoquímicos, vamos lá?! Atmosfera – composta por material sólido, como poeira em suspensão, pólen, micro-organismos, gotículas de água, e principalmente por gases, composta por cerca de: ~78% de Gás Nitrogênio (N2) ~ 21 % de Gás oxigênio (O2) ~ 1 % de Gás carbônico (CO2), gás metano (CH4), Gás hidrogênio (H2), dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3) e gases nobres (Ar, Ne, Xe...).

* Esta composição é variável dependendo da região que se

analisa.

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A atmosfera tem função vital de proteção da Terra, pois absorve a maior parte da radiação cósmica e eletromagnética do Sol: apenas a radiação na região do ultravioleta (UV), visível e infravermelha, (IV) e as ondas de rádio são transmitidas pela atmosfera e atinge nossas cabeças. Desta forma, é também essencial na manutenção do balanço de calor na Terra, absorvendo a radiação infravermelha emitida pelo sol e aquela reemitida pela Terra. Estabelecem-se assim condições para que não tenhamos as temperaturas extremas que existem em outros planetas e satélites que não têm atmosfera.

A estrutura das regiões da atmosfera quase sempre é definida de acordo com as variações da temperatura com a altitude. A tropopausa (que separa a troposfera da estratosfera) pode variar até mais de 1 km em um único dia em função de diversos fatores que incluem a temperatura e natureza da camada inferior. A troposfera é caracterizada por quedas na temperatura à medida que a altitude aumenta, isto é, à medida que aumenta a distância da fonte de calor que é a superfície da Terra. Na tropopausa, em sua parte mais fria, a água atmosférica é solidificada. Isso evita a perda do elemento hidrogênio da Terra para o espaço sideral. Na estratosfera há um aumento da temperatura com a altitude, que atinge seu máximo na sua parte superior devido à presença do ozônio (O3). Este gás, que atinge uma concentração de cerca de 10 ppmv (partes por milhão em volume) na parte

intermediária desta camada, é o responsável pela absorção de energia UV, causando assim este aumento na temperatura. Na mesosfera, por sua vez, há uma queda na temperatura devido à diminuição da concentração de espécies que absorvem energia, especialmente o ozônio. Nesta e em camadas mais altas (a termosfera) aparecem espécies iônicas e atômicas, e nesta última, a temperatura, devido à absorção de radiação de alta de energia de comprimento de ondas de cerca de 200 nm, chega a cerca de 1.200 °C. Embora a composição média da atmosfera permaneça constante desde que a humanidade caminha sobre a Terra, as moléculas dos gases são constantemente trocadas. Essas transformações são estudadas nos ciclos biogeoquímicos. São vários ciclos, mas os mais importantes, pela quantidade envolvida de cada espécie, são os do carbono, da água, do nitrogênio e do enxofre.

Ciclo do Carbono

A importância do carbono e de seus compostos é indiscutível. Este é onipresente na natureza e seus compostos (e.g. proteínas, carboidratos e gorduras) são constituintes essenciais de toda a matéria viva, e fundamentais na respiração, fotossíntese e regulação do clima. Existe uma grande variedade de compostos de carbono envolvidos no seu ciclo global, os principais compostos presentes na atmosfera são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), e monóxido de carbono (CO). Os reservatórios de CO2 na atmosfera, litosfera e oceanos são extremamente grandes. Os fluxos entre estes compartimentos são bidirecionais e quase em balanço, o que faz com que as estimativas de troca sejam difíceis. As principais reações para formação ou modificação de compostos de carbono são as seguintes:

Dessa maneira, parte do CO2 fixado segundo a equação 1, é reemitido segundo a equação 2. O restante será armazenado, na forma de biomassa, pelas folhas, caules, raízes, etc, no que é chamado de Produção Primária Líquida (PPL). Essa biomassa, ao ser consumida, como alimento, por organismos heterotróficos, é parcialmente reconvertida de forma imediata a CO2 pela respiração e, posteriormente, por processos de decomposição da matéria orgânica, através da morte de animais e plantas e ataque por microrganismos. No decorrer de um tempo suficientemente longo, a respiração e a decomposição dos organismos heterotróficos tende a balancear a PPL. A fixação do CO2 pelos oceanos se dá através da dissolução do gás na água e por fotossíntese. A dissolução do CO2 pode ser expressa pelas seguintes equações:

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A espécie predominante irá depender do pH da água e das respectivas constantes de equilíbrio das reações. De modo aproximado, a 15ºC e valores de pH abaixo de 5,0, prevalece o CO2(aq), enquanto para pH acima de 10,5 prevalece o CO

2-3(aq). Para pH próximos

a 8,0 praticamente só existe o íon HCO3-

. No caso de oceanos, em que o pH da água está próximo a 8,0, a espécie solúvel predominante será, portanto, o íon bicarbonato, HCO

3-. A principal rota de transferência do

CO2 para o fundo dos oceanos é pela sedimentação de carbonato de cálcio insolúvel, CaCO3, na forma de organismos formadores de exoesqueletos, como conchas, moluscos, etc. Sua decomposição ao longo de milhões de anos leva à formação de depósitos ricos em hidrocarbonetos (e.g. petróleo) e carvão. Outra parte é re-dissolvida por processos químicos e biológicos, permanecendo como fração solúvel. A combustão incompleta de compostos orgânicos pode gerar tanto gás carbônico, como o monóxido de carbono. O CO tem importante papel na química da troposfera, especialmente através da reação com o radical OH•, sendo um dos controladores de sua concentração no ar em diversos locais. É ainda um gás-estufa, embora de efeitos menos severos do que o CO2.

Ciclo do Nitrogênio

O nitrogênio é o macroelemento essencial para a vida por se tratar de um dos principais componentes dos aminoácidos formadores das proteínas. A forma molecular de N2 é considerada inerte e de difícil quebra, sendo algumas bactérias responsáveis pela quebra da tripla ligação existente na molécula deste gás. Qualquer processo que resulte na transformação do N2 da atmosfera em outros compostos de nitrogênio é denominado de fixação de nitrogênio. Para o ecossistema terrestre, na ausência de fertilizantes, a fixação biológica de N2 pela bactéria chamada Rhizobium é a fonte mais importante de nitrogênio para os organismos vivos. Esta bactéria vive em nódulos ou raizes de leguminosas e representa um exemplo interessante de simbiose, onde há benefícios para ambas as espécies: a leguminosa fornece local e alimento (açúcar) para a bactéria e, por outro lado, recebe o nitrogênio em forma assimilável. Em ecossistemas aquáticos o ciclo do nitrogênio é similar,

sendo as cianobactérias os microrganismos mais importantes na fixação de nitrogênio. Adicionalmente, o nitrogênio gasoso pode ser convertido em amônia e espécies oxidadas, por meio de reação provocada por descargas de relâmpagos, em processo chamado de fixação atmosférica de nitrogênio. Atividades antrópicas, como por exemplo a produção de amônia ou ácido nítrico, também contribuem para a fixação de nitrogênio em processo denominado de fixação industrial de nitrogênio. O nitrogênio também pode ser oxidado a nitritos (NO2

-) ou

nitratos (NO3-) num processo chamado de nitrificação,

o qual é facilitado pela presença de certas bactérias (Nitrossomonas, Nitrosococus e Nitrosolobus) e pode ser resumido nas reações 9 e 10. Os óxidos nítrico (NO) e nitroso (N2O) são subprodutos destas reações, as quais também contribuem para a emissão destes gases para a atmosfera. As bactérias, plantas e algas convertem os compostos inorgânicos de nitrogênio a espécies orgânicas, tornando o nitrogênio disponível na cadeia ecológica alimentar. Nos animais, em processo de respiração celular, os compostos orgânicos são transformados, retornam ao solo como excremento e podem ser absorvidos por plantas. Quando os organismos morrem, certas bactérias são capazes de converter os compostos orgânicos contendo nitrogênio em nitrato, amônia ou, por uma série de reações químicas, em nitrogênio molecular, quando, então, retorna à atmosfera. A redução de nitrato (NO3

-) a espécies de

nitrogênio (reação 10) sob forma de gás (e.g. N2, N2O, NO), ocorre em processos químicos e biológicos e é denominada de desnitrificação. Como resultado deste processo, o N2 atmosférico constitui o principal reservatório de nitrogênio na Terra. Por outro lado, a ausência de desnitrificação pode ter sido a responsável, no passado, pelo grande acúmulo de nitrato nos oceanos. O ser humano alterou o ciclo do nitrogênio pela introdução de grande quantidade de nitrogênio reativo. Esse nitrogênio é essencial para a agricultura porque é um dos principais componentes do adubo (NPK), isto é, aquele contendo nitrogênio, fósforo e potássio. O processo conhecido como Haber-Bosh produz amônia a partir da reação entre o nitrogênio atmosférico e gás hidrogênio, N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g). A amônia apresenta vasta aplicação e pode-se destacar seu uso como fonte de nitrogênio na fabricação de fertilizantes, como agente neutralizador na indústria de petróleo e como gás de refrigeração em sistemas industriais.

Ciclo do Enxofre O ciclo global do enxofre compreende um conjunto de transformações entre as espécies de enxofre presentes na litosfera, hidrosfera, biosfera e atmosfera. Compostos reduzidos de enxofre, principalmente o sulfeto de hidrogênio (H2S), são formados por atividade bacteriana anaeróbica, no processo de oxidação de carbono orgânico a dióxido de

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carbono e redução de sulfato (SO42-

) a sulfeto (S2-).

Parte deste, ao reagir com íons metálicos é fixado na litosfera, na forma de rochas e sedimentos. Na presença de oxigênio, bactérias aeróbicas também podem produzir sulfeto, pela decomposição de matéria biológica contendo enxofre. Compostos reduzidos de enxofre como o sulfeto de hidrogênio (H2S), o dimetilsulfeto (CH3SCH3 ou DMS), o sulfeto de carbonila (COS) e o dissulfeto de carbono (CS2) são voláteis e rapidamente escapam para a atmosfera. Dimetilsulfeto (CH3SCH3) é o principal composto biogênico do enxofre, sendo emitido predominantemente por certas algas marinhas, por exemplo, a alga vermelha Polysiphonia fastigiata. Parte do enxofre deste organismo está na forma de ácido dimetilssulfopropiônico, que sofre decomposição produzindo o DMS, formando um grande reservatório desta espécie nos oceanos. As árvores e outras espécies de plantas são as principais fontes de sulfeto de carbonila (COS) para a atmosfera. O sulfeto de hidrogênio (H2S) é um gás de cheiro desagradável, sendo o principal produto da atividade bacteriana. Fontes de H2S para a atmosfera incluem emissões vulcânicas, oceânicas, a partir de solos e vegetação, queima da biomassa e emissões industriais. Uma vez na atmosfera, é rapidamente oxidado pelo radical OH•. A atmosfera atua como um meio oxidante para o enxofre: compostos reduzidos de enxofre reagem principalmente com radicais OH• e NO3•, sendo oxidados principalmente a SO2. Uma vez formado ou emitido para a atmosfera, SO2 é oxidado, tanto na fase gasosa, quanto na fase aquosa (chuva, neblina, nevoeiro), produzindo ácido sulfúrico (H2SO4) ou partículas neutralizadas sob forma de sulfato. A seqüência de reações abaixo representa o processo de conversão do H2S a SO2, que se inicia com o ataque pelo radical OH• sendo, em seguida, observada uma série de reações subsequentes (reações 11 a 15) de espécies intermediárias com outros oxidantes presentes na atmosfera:

Para todos os outros compostos reduzidos de enxofre, também a reação com radical OH• é o processo de oxidação mais importante na fase gasosa atmosférica. No caso do DMS, a reação com radical NO3•, por ser rápida, torna-se também um processo importante de remoção deste gás, em atmosferas poluídas por óxidos de nitrogênio (NOx). O dióxido de enxofre, SO2, além de ser lançado na atmosfera em grandes quantidades pela queima de combustíveis, é também o principal produto formado devido à oxidação de todos os compostos reduzidos de enxofre. A

oxidação por radical hidroxila tem sido também considerada como a principal reação responsável pela conversão do SO2 na fase gasosa atmosférica:

O trióxido de enxofre (SO3) formado reage rapidamente com a água, tanto na fase gasosa, quanto pela interação com gotas atmosféricas, produzindo ácido sulfúrico (H2SO4):

Como o dióxido de enxofre, SO2, exibe uma boa solubilidade em água, a fase aquosa atmosférica contém SO2 dissolvido, ou espécies de enxofre no estado de oxidação +4, sulfito (SO3

2-) e bissulfito

(HSO3-), de acordo com os equilíbrios:

Na faixa de pH correspondente à água atmosférica (pH 2 a 6), a maior parte do SO2 dissolvido encontra-se na forma do íon bissulfito, HSO3

-. A

conversão das espécies de S(IV) a S(VI) via solução aquosa apresenta uma química complexa e depende de diversas variáveis, o que inclui: concentração de espécies oxidantes, presença de íons metálicos, tamanho e composição da gota e condições meteorológicas. Possíveis agentes oxidantes para o processo incluem: O2, O3, H2O2, radicais livres tais como OH• e HO2• e espécies de nitrogênio, NO, NO2, HONO, HNO3. Muitos íons metálicos presentes na atmosfera, principalmente Fe(III) e Mn(II), são reconhecidos como agentes catalisadores importantes para a reação de oxidação do S(IV) em fase aquosa. Íons metálicos encontram-se no aerossol atmosférico provenientes da erosão dos solos, indústrias metalúrgicas, de construção e emissões veiculares. Impactos ambientais

Ao lado dos processos naturais, atividades humanas, tais como indústria, agricultura e pecuária, a aglomeração em grandes cidades, todas dependentes de grandes quantidades de variados insumos e energia, também interferem significativamente nos diversos ciclos,

ocasionando transformações na composição e na concentração dos diversos constituintes da atmosfera. Os impactos ambientais no ecossistema terrestre e em especial na atmosfera, devido à utilização e transformação de substâncias químicas, poderão ser minimizados pelo uso adequado dos

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conhecimentos de química e dos recursos naturais, pelo entendimento dos processos ambientais, bem como, pelo estabelecimento de estratégias de remediação e desenvolvimento sustentado. Este é o grande desafio para as gerações atuais e futuras.

Questões 01. O etanol é considerado um biocombustível promissor, pois, sob o ponto de vista do balanço de carbono, possui uma taxa de emissão praticamente igual à zero. Entretanto, esse não é o único ciclo biogeoquímico associado à produção de etanol. O plantio da cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção de etanol, envolve a adição de macronutrientes como enxofre, nitrogênio, fósforo e potássio, principais elementos envolvidos no crescimento de um vegetal.

(Revista Química Nova Escola, n. 28, 2008)

O nitrogênio incorporado ao solo, como consequência da atividade descritiva anteriormente, é transformado em nitrogênio ativo e afetará o meio ambiente, causando: a) o acúmulo de sais insolúveis, desencadeando um processo de salinificação do solo. b) a eliminação de microorganismos existentes no solo responsáveis pelo processo de desnitrificação. c) a contaminação de rios e lagos devido à alta solubilidade de íons como NO3

- e NH4

+ em água.

d) a diminuição do pH do solo pela presença de NH3, que reage com a água, formando o NH4OH. e) a diminuição da oxigenação do solo, uma vez que o nitrogênio ativo forma espécies químicas do tipo NO2, NO3

-, N2O.

2. O texto “O voo das Folhas” traz uma visão dos índios Ticunas para um fenômeno usualmente observado na natureza: O Vôo das Folhas Com o vento / as folhas se movimentam. / E quando caem no chão / ficam paradas em silêncio. / Assim se forma o ngaura / O ngaura cobre o chão da floresta, enriquece a terra e alimenta as árvores.] / As folhas velhas morrem para ajudar o crescimento das folhas novas.] / Dentro do ngaura vivem aranhas, formigas, escorpiões, centopeias, minhocas, cogumelos e vários tipos de outros seres muitos pequenos.] / As folhas também caem nos lagos, nos igarapés e igapós.

A natureza segundo os Ticunas/ Livro das Árvores. Organização Geral dos Professores Bilíngues Ticunas, 2000.

Na visão nos índios Ticunas, a descrição sobre o ngaura permite classificá-lo como um produto diretamente relacionado ao ciclo:

a) Da água d) Do oxigênio b) Do fósforo e) Do carbono. c) Do nitrogênio

3. O ciclo biogeoquímico do carbono compreende diversos compartimentos, entre os quais a Terra, a atmosfera e os oceanos, e diversos processos que permitem a transferência de compostos entre esses reservatórios. Os estoques de carbono armazenados na forma de recursos não renováveis, por exemplo, o petróleo, são limitados, sendo de grande relevância

que se perceba a importância da substituição de combustíveis fósseis por combustíveis de fontes renováveis. A utilização de combustíveis fósseis interfere no ciclo do carbono, pois provoca a) aumento da porcentagem de carbono contido na Terra. b) redução na taxa de fotossíntese dos vegetais superiores. c) aumento da produção de carboidratos de origem vegetal. d) aumento na quantidade de carbono presente na atmosfera. e) redução da quantidade global de carbono armazenado nos oceanos. 4. A fotossíntese é importante para a vida na Terra. Nos cloroplastos dos organismos fotossintetizantes, a energia solar é convertida em energia química que, juntamente com água e gás carbônico (CO2), é utilizada para a síntese de compostos orgânicos (carboidratos). A fotossíntese é o único processo de importância biológica capaz de realizar essa conversão. Todos os organismos, incluindo os produtores, aproveitam a energia armazenada nos carboidratos para impulsionar os processos celulares, liberando CO2 para a atmosfera e água para a célula por meio da respiração celular. Além disso, grande fração dos recursos energéticos do planeta, produzidos tanto no presente (biomassa) como em tempos remotos (combustível fóssil), é resultante da atividade fotossintética. As informações sobre obtenção e transformação dos recursos naturais por meio dos processos vitais de fotossíntese e respiração, descritas no texto, permitem concluir que a) o CO2 e a água são moléculas de alto teor energético. b) os carboidratos convertem energia solar em energia química. c) a vida na Terra depende, em última análise, da energia proveniente do Sol. d) o processo respiratório é responsável pela retirada de carbono da atmosfera. e) a produção de biomassa e de combustível fóssil, por si, é responsável pelo aumento de CO2 atmosférico.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias – Física

Davi Morato

Nossa Energia Matriz: O Sol

A energia solar está se tornando um fator

chave no mercado de energia renovável. O rápido

desenvolvimento da tecnologia de energia solar

transformou a energia solar em uma alternativa factível

aos sistemas de energia convencional nos últimos

anos, e o mercado está apresentando rápida expansão.

Energia Solar desperdiçada Muito antes de descobrir as reservas de óleo do pré-sal, o Brasil já era uma das nações mais ricas do mundo em energia. É o país com a maior área territorial dos trópicos e, consequentemente, recebe uma

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quantidade gigantesca de radiação solar. O grau de aproveitamento dessa energia para produção de eletricidade, porém, é quase nenhum. Nações de clima temperado e com territórios muito menores, que passam vários meses cobertos de neve, como Alemanha e Espanha, produzem mais energia solar do que o Brasil.

“O lugar menos ensolarado do Brasil (Florianópolis) recebe 40% mais energia solar do que o lugar mais ensolarado da Alemanha”, compara o especialista Ricardo Rüther, do Laboratório de Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo ele, só em 2007, os alemães instalaram em seus telhados, na forma de painéis solares, o equivalente ao que produz a usina nuclear de Angra 2 (1.200 megawatts). O país europeu é o pioneiro no incentivo ao uso da energia solar, com um programa federal que subsidia a produção. No Brasil, o uso da energia solar ainda se resume a aquecedores para água de chuveiro. O uso de sistemas fotovoltaicos para produção de eletricidade é bastante limitado. Mas o potencial é enorme. “Se a área do lago de Itaipu fosse coberta com painéis solares, isso produziria mais do que o dobro da energia que é produzida pela via hidrelétrica“, afirma Rüther. No lugar dos atuais 25%, a usina produziria 50% da eletricidade consumida no Brasil. Um problema é o preço: a energia elétrica solar ainda custa cerca de dez vezes mais do que a energia elétrica convencional, segundo o pesquisador Enio Pereira, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outra é a escala: “O que teria de ser instalado em Itaipu corresponde a cerca de dez vezes o que já se instalou de painéis fotovoltaicos até hoje no mundo”, afirma Rüther. Fonte: O Estado de São Paulo Coletor solar: A radiação solar pode ser absorvida por coletores solares, principalmente para aquecimento de água, a temperaturas relativamente baixas (inferiores a 100ºC). O uso dessa tecnologia ocorre predominantemente no setor residencial, mas há demanda significativa e aplicações em outros setores, como edifícios públicos e comerciais, hospitais, restaurantes, hotéis e similares. Esse sistema de aproveitamento térmico da energia solar, também denominado aquecimento solar ativo, envolve o uso de um coletor solar discreto. O coletor é instalado normalmente no teto das residências e edificações. Devido à baixa densidade da energia solar que incide sobre a superfície terrestre, o atendimento de uma

única residência pode requerer a instalação de vários metros quadrados de coletores. Para o suprimento de água quente de uma residência típica (três ou quatro moradores), são necessários cerca de 4 m2 de coletor. Um exemplo de coletor solar plano é apresentado na Figura abaixo.

Concentrador solar: O aproveitamento da energia solar aplicado a sistemas que requerem temperaturas mais elevadas ocorre por meio de concentradores solares, cuja finalidade é captar a energia solar incidente numa área relativamente grande e concentrá-la numa área muito menor, de modo que a temperatura desta última aumente substancialmente. A superfície refletora (espelho) dos concentradores tem forma parabólica ou esférica, de modo que os raios solares que nela incidem sejam refletidos para uma superfície bem menor, denominada foco, onde se localiza o material a ser aquecido. Os sistemas parabólicos de alta concentração atingem temperaturas bastante elevadas e índices de eficiência que variam de 14% a 22% de aproveitamento da energia solar incidente, podendo ser utilizada para a geração de vapor e, consequentemente, de energia elétrica. Contudo, a necessidade de focalizar a luz solar sobre uma pequena área exige algum dispositivo de orientação, acarretando custos adicionais ao sistema, os quais tendem a ser minimizados em sistemas de grande porte. Entre meados e final dos anos 1980, foram instalados nove sistemas parabólicos no sul da Califórnia, EUA, com tamanhos que variam entre 14 MW e 80 MW, totalizando 354 MW de potência instalada (Figura 3.6). Trata-se de sistemas híbridos, os quais operam com auxílio de gás natural, de modo a atender a demanda em horários de baixa incidência solar. Os custos da eletricidade gerada têm variado entre US$ 90 e US$ 280 por megaWatt-hora. Recentes melhoramentos têm sido feitos, visando a reduzir custos e aumentar a eficiência de conversão. Em lugar de pesados espelhos de vidro, têm-se empregado folhas circulares de filme plástico aluminizado (NREL, 2000). Protetores Solares Físicos

Protetores solares podem ser formulados com duas “categorias” de substâncias:

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- substâncias orgânicas: costumam ser chamadas de “filtros químicos”. Há dezenas de “filtros químicos”. Alguns exemplos: avobenzone, benzophenone-3, octyl metoxicinnamate, octocrylene.

- substâncias inorgânicas: costumam ser chamadas de “filtros físicos” ou “minerais”. Há dois principais exemplos: dióxido de titânio (TiO2) e óxido de zinco (ZnO).

De acordo com o FDA, o óxido de zinco é mais eficiente contra os raios UV-A do que o dióxido de titânio, embora ambos sejam considerados relativamente bons tanto contra os UV-A quanto contra os UV-B:

Os protetores solares disponíveis no mercado costumam ser uma mistura de “filtros físicos” e “químicos” ou costumam conter apenas filtros químicos. Porém, de acordo com os dermatologistas, algumas pessoas apresentam alguma irritação ou até alergia a diversos “filtros químicos”. A alternativa para estas pessoas costuma ser os protetores solares que são feitos apenas com protetores físicos.

O problema é que a maioria dos protetores solares físicos costuma deixar a pele com um resíduo esbranquiçado (“white-cast”) bastante bizarro. Atualmente, no entanto, foram lançados no mercado vários protetores solares que, embora contenham apenas protetores físicos na fórmula, são transparentes ou praticamente transparentes em uma boa parte de cores de pele. Isso foi possível principalmente porque os cientistas conseguiram reduzir o tamanho das partículas de dióxido de titânio e óxido de zinco a um tamanho muito pequeno. Quanto menor é o tamanho das partículas de dióxido de titânio e/ou óxido de zinco usadas, menor é o resíduo esbranquiçado que o protetor solar deixará na pele. Conservação da Energia Potencial Quando temos um sistema constituído por duas ou mais partículas, devemos ter cuidado ao calcular o trabalho feito por uma força que age sobre uma parte do sistema, pois o deslocamento do ponto de aplicação da força nem sempre é igual ao deslocamento do

sistema todo. Na realidade é possível que diferentes partes de um sistema tenham diferentes deslocamentos. Em muitos casos, o trabalho feito sobre um sistema, não provoca modificação da energia cinética do sistema, mas é armazenado como energia potencial. Consideramos um esquiador de massa m, que é transportado por um elevador para o topo de uma encosta, a uma altura h, com velocidade desprezível. O elevador faz um trabalho sobre o esquiador, de grandeza mgh, qualquer que seja o ângulo de inclinação da subida. A energia cinética do esquiador não se altera, pois a força gravitacional da terra, que atua sobre o esquiador, faz trabalho -mgh, de modo que o trabalho total efetuado sobre o esquiador é nulo. Consideremos agora a terra e o esquiador (excluindo o elevador) como um sistema de duas partículas. O tal feito desse sistema é o trabalho mgh do sistema terra-esquiador. Quando este desliza em uma encosta sem atrito, esta energia potencial se converte em energia cinética do sistema, que é exatamente a energia cinética do esquiador, pois o movimento da terra é desprezível. Observe que quando o esquiador é levado até o topo da encosta, o trabalho da gravidade é negativo, e a energia potencial do sistema aumenta, enquanto que, quando o esquiador desce a rampa da encosta, o trabalho da gravidade é positivo e a energia potencial do sistema diminui. O trabalho total da gravidade, quando o esquiador sobe até o topo da encosta e retorna a posição original é nulo. A força da gravidade é uma força conservativa. Em geral Uma força é conservativa se o trabalho que ela efetua sobre uma partícula, quando a partícula se desloca sobre qualquer trajetória fechada é nulo. Conclui-se então que a Energia Potencial é conservativa, pois conforme pode ser visto do exemplo esquiador terra, dada tal trajetória fechada, a energia potencial final é igual a energia potencial final, o que demonstra seu caráter conservativo.

Energia potencial gravitacional: trata-se de uma energia associada ao estado de separação entre dois objetos que se atraem mutuamente através da força gravitacional. Dessa forma, quando elevamos um corpo de massa m a certa altura h estamos transferindo energia para o corpo na forma de trabalho. O corpo acumula energia e a transforma em energia cinética quando o soltamos, voltando a sua posição inicial.

Matematicamente podemos calcular o valor da energia potencial de um determinado objeto da seguinte maneira:

Onde:

Epg = energia potencial gravitacional – dada em joule (J) m = massa –dada em quilograma (kg) g = aceleração gravitacional – dada em metros por segundo ao quadrado (m/s

2)

h = altura – dada em metros (m)

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Energia potencial elástica:é uma forma de energia mecânica que está armazenada numa mola deformada ou num elástico esticado. Por isso pode ser considerada uma forma de energia lenta, mas que pode ser transformada em energia de movimento.

A relação matemática que nos permite calcular o valor da energia potencial elástica é a seguinte:

Conservação da Energia Cinética De forma análoga a feita para observar-se a energia potencial como uma energia conservativa, propõe-se o estudo da conservatividade da energia cinética. Para um objeto de massa m a uma velocidade v, a sua energia cinética, em um dado instante de tempo, é expressa na mecânica clássica como:

A Conservação da Energia Mecânica Energia mecânica é a energia que pode ser transferida por meio de força. A energia mecânica total de um sistema é a soma da energia potencial com a energia cinética. Se o sistema for conservativo, ou seja, apenas forças conservativas atuam nele, a energia mecânica total conserva-se e é uma constante de movimento. A energia mecânica "E" que um corpo possui é a soma da sua energia cinética "c" mais energia potencial "p" Questões: 1. A figura abaixo representa um raio de luz vindo do

sol que incide, paralelamente ao eixo principal, num

espelho esférico côncavo E de raio de curvatura igual a

40 cm. O raio refletido vai atravessar o eixo principal no

ponto de abscissa, em cm, igual a:

a) 10

b) 20

c) 30

d) 40

e) 50

2. Um atleta de massa m está saltando em uma cama

elástica. Ao abandonar com velocidade v0, ele atinge

uma altura h. Considere que a energia potencial

gravitacional é nula no nível da cama e despreze a

resistência do ar. A figura mostra o momento em que o

atleta passa, subindo, pela metade da altura h.

Nessa posição a energia mecânica do atleta é:

a) 2

2

0mv

mgh

b) 22

2

0mvmgh

c) 2

2

0mv

d) 2

mgh

e) 42

2

0mvmgh

3. Um corpo é abandonado do ponto A e desliza sem

atrito sobre as superfícies indicadas atingindo o ponto

B. o corpo atingirá o ponto B com maior velocidade, no

caso:

a) I

b) II

c) III

d) IV

e) A velocidade escalar é a mesma no ponto B em

todos os casos.

4.

Com o projeto da mochila ilustrado acima, pretende-se

aproveitar, na geração de energia elétrica para acionar

dispositivos eletrônicos portáteis, parte da energia

desperdiçada no ato de caminhar. As transformações

de energia envolvidas na produção de eletricidade

enquanto uma pessoa caminha com essa mochila

podem ser assim esquematizada:

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As energias I e II, representadas no esquema acima

podem ser identificadas, respectivamente, como:

a) cinética e elétrica

b) térmica e cinética

c) geotérmica e elétrica

d) sonora e térmica

e) radiante e elétrica

Ciências Humanas e suas Tecnologias – História

Josemar Ademar

DEMOCRACIA: UMA UTOPIA? INTRODUÇÃO: Democracia (grego: Demos= Povo + Cratos=

Governo)

É o nome dado a uma forma de governo adotada na antiga cidade de Atenas.

Considerada a matriz da democracia moderna, a democracia ateniense vigorou por muitos anos após a instauração de sua forma primitiva com as reformas de Sólon por volta dos anos 590 a.C..

Embora a democracia possa ser definida como "o governo do povo, pelo povo e para o povo", é importante lembrar que o significado de "governo" e "povo" na Atenas Antiga difere daquele das democracias contemporâneas.

Enquanto a democracia contemporânea em geral considera o governo um corpo formado por representantes eleitos e o "povo" (geralmente) como um conjunto de cidadãos próprios de uma nação, homens e mulheres, acima dos 18 anos.

Os atenienses consideravam o "governo" como sendo a assembléia (ekklesia) que tomava decisões diretamente (sem intermédio de representantes) e o "povo" (geralmente) como os homens atenienses alfabetizados.

A Democracia Antiga possui muitas semelhanças com a atual, porém ao longe dos anos ela foi se adequando de acordo com a época e com a cultura de cada Estado.

Dentre essas semelhanças podemos citar o princípio de igualdade de direitos (isonomia), soberania popular no processo político e o controle do povo sobre a escolha e atuação dos governantes.

Porém, os dois tipos de democracia se diferenciam em alguns aspectos:

A Democracia Antiga era Participativa e Direta.

Participativa, porque através da participação do cidadão na Assembleia do povo, se aprovava ou rejeitava projetos em prol da melhoria de vida da cidade.

Para os cidadãos quem não se interessava em participar das decisões da vida pública era considerada uma pessoa inútil.

Porém, um ponto negativo da democracia antiga, era que somente poderia participar da Assembleia uma parte da população masculina e adulta que constituía o grupo de cidadãos, ficando excluídos da cidadania e, portanto da participação política os estrangeiros, escravos, mulheres e jovens com menos de 21 anos que não tinham o direito de votar.

Direta pelo fato que, as leis eram feitas e votadas pelos próprios cidadãos, e não por representantes eleitos como nos sistemas atuais.

A Democracia Representativa (Atual).

O modelo atual de democracia fruto da Revolução Francesa é muito diversificado.

No caso do Brasil, funciona a democracia Representativo-Direta.

O povo exerce o poder tanto por meio dos seus representantes eleitos pela maioria do voto, quanto diretamente, mas apenas por meio de plebiscitos, referendos e reuniões abertas à sociedade civil.

As mesmas encontram o espaço para se expressar e fiscalizar os Orçamentos Participativos, destinadas a submeter os recursos públicos.

Um ponto negativo em relação à democracia representativa está na perda de sua principal característica o Direito de Igualdade. Essa forma de sistema político parece separar a vida cotidiana da política, pois dar a impressão da existência de um grupo de cidadãos com capacidades especiais e específicas para governar.

A Democracia representativa é o ato de um

grupo ou pessoa ser eleito, normalmente por votação, para "representar" um povo ou uma população, isto é, para agir, falar e decidir em "nome do povo".

Os "representantes do povo" se agrupam em instituições chamadas Parlamento, Congresso ou Assembleia da República.

O conceito moderno de democracia é dominado pela forma de democracia eleitoral e plebiscitária majoritária no Ocidente, a que chamamos democracia liberal ou democracia representativa.

Apesar de sua aceitação generalizada – sobretudo no pós-Guerra Fria - a democracia liberal é apenas uma das formas de representação balanceada de interesses, compreendida num conceito global de isonomia.

A moderna noção de democracia se desenvolveu durante todo o século XIX e se firmou no século XX e está ligada ao ideal de participação popular, que remonta aos gregos, mas que se enriqueceu com as contribuções da Revolução Francesa, do Governo Representativo Liberal inglês e, finalmente, da Revolução Americana, que foram experiências de libertação do Homem e afirmaram da sua autonomia.

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Características da democracia representativa.

Enquanto na antiga democracia grega a participação no processo democrático era limitada a alguns membros da sociedade, na democracia representativa o sufrágio universal conseguiu quantitativamente garantir a participação da grande maioria de cidadãos. Porém qualitativamente seus mecanismos limitam a atuação dos participantes no jogo democrático.

A democracia representativa torna estrutural e permanente uma separação entre dirigentes e dirigidos.

Um dos mecanismos que vai reforçar a separação entre dirigentes e dirigidos se refere aos conhecimentos técnicos necessários àqueles que irão representar o "povo".

O lema da Listapartecipata italiana, que é "O controle do governo nas mãos do Povo (e não somente no dia das eleições)" bem ilustra esse ponto.

Regimes anti-democraticos. 1.1. Ditaduras:

O que distingue, sobretudo, de modo claro, a Ditadura moderna da Ditadura romana, por um lado, e da "Ditadura revolucionária", por outro, é a sua diferente conotação de valor.

A Ditadura romana possui uma conotação tradicionalmente positiva, como um órgão capaz de defender a ordem constituída em face de crises de emergência mais ou menos graves;

A "Ditadura revolucionária", como Governo ditatorial provisório que preparava o caminho para a instauração de uma sociedade mais justa (a Sociedade dos Iguais).

A Ditadura moderna tem, pelo contrário, uma conotação indubitavelmente negativa. Designa a classe dos regimes antidemocráticos ou não democráticos modernos. PS. Neste sentido, a democracia liberal, como termo positivo da dicotomia, caracteriza-se pela divisão de fato e de direito do poder e pela transmissão da autoridade política de baixo para cima; como termo negativo.

A Ditadura se distingue, em contraposição, por uma acentuada concentração do poder e pela transmissão da autoridade política de cima para baixo.

É de notar, no entanto, que as características antidemocráticas, apontadas podem ser encontradas também em regimes políticos habitualmente designados por nomes diversos do de Ditadura.

Dentre eles, os mais relevantes são: despotismo, absolutismo, autoritarismo e totalitarismo.

Mais tarde, o despotismo oriental, de um lado, foi atribuído, conforme Aristóteles, “à índole dos povos asiáticos”, considerados

incapazes de autogovernar-se e inclinados à obediência.

Tem sido observado também que este tipo de regime caracteriza-se pela sacralização do déspota, que aparece como um Deus ou como um descendente de um Deus ou ainda como um sumo-sacerdote.

Na segunda acepção, despotismo é, praticamente, sinônimo de absolutismo, palavra com a qual se definem, principalmente, as monarquias absolutistas que se instauraram na Europa, entre os séculos XVI e XVIII, no contexto histórico da formação do Estado moderno (v. Absolutismo).

Na monarquia absoluta, cada poder (legislativo, executivo, judiciário) concentra-se formalmente nas mãos do soberano que está livre de qualquer limitação jurídica, desvinculado das leis.

Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais.

No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades.

Uso excessivo de força militar como forma de reprimir qualquer tipo de oposição ao governo; - Falta de eleições ou, quando ocorrem, são manipuladas; - Censura e controle dos meios de comunicação (revistas, jornais, rádio); - Propaganda governamental como forma de exaltar a figura do líder.

Como exemplos de totalitarismo, podemos citar os regimes fascistas que vigoraram em alguns países da Europa (Itália, Alemanha, Espanha e Portugal) durante as décadas de 1930 a 1940.

QUESTÕES.

01. No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – como o Facebook e o Twitter – ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.

SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).

Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes:

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A. reforçar a atuação dos regimes políticos existentes. B. tomar conhecimento dos fatos sem se envolver. C. manter o distanciamento necessário à sua segurança. D. disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores. E. Difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população. 02. Movimento das Caras-Pintadas. O movimento representado na imagem, do início dos anos de 1990, arrebatou milhares de jovens no Brasil. Nesse contexto, a juventude, movida por um forte sentimento cívico: A. aliou-se aos partidos de oposição e organizou as campanhas Diretas Já. B. manifestou-se contra a corrupção e pressionou pela aprovação da Lei da Ficha Limpa. C. engajou-se nos protestos relâmpago e utilizou a internet para agendar suas manifestações. D. espelhou-se no movimento estudantil de 1968 e protagonizou ações revolucionárias armadas. E. Tornou-se porta voz da sociedade e influenciou no processo de impeachment do então presidente Collor. 03. O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga. FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 (adaptado). O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são: A. decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, utópicas. B. parâmetros idealizados, cujo cumprimento é destituído de obrigação. C. amplas e vão além da capacidade de o indivíduo conseguir cumpri-las integralmente. D. criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei à qual deve se submeter. E. cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente a observar as normas jurídicas. 04. Na década de 1990, os movimentos sociais camponeses e as ONGs tiveram destaque, ao lado de outros sujeitos coletivos. Na sociedade brasileira, a ação dos movimentos sociais vem construindo lentamente um conjunto de práticas democráticas no interior das escolas, das comunidades, dos grupos organizados e na interface da sociedade civil com o Estado. O diálogo, o confronto e o conflito têm sido os motores de construção democrática.

SOUZA, M. A. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: participação e possibilidades das práticas democráticas.

Segundo o texto, os movimentos sociais contribuem para o processo de construção democrática, por que: A. determinam o papel do Estado nas transformações socioeconômicas. B. aumentam o clima de tensão social na sociedade civil. C. pressionam o Estado para o atendimento das demandas da sociedade. D. privilegiam determinadas parcelas da sociedade em detrimento das demais. E. propiciam a adoção de valores éticos pelos órgãos do Estado.

Matemática e suas Tecnologias

Lauro Campos

RELAÇÕES MÉTRICAS Dado o triângulo retângulo ABC abaixo:

Tem-se: c e b são os catetos; a é a hipotenusa; h é a altura relativa a hipotenusa a ; m é projeção ortogonal do cateto c e n é a projeção ortogonal do cateto b . Com estes itens, temos as seguintes relações: Teorema de Pitágoras: Em todo triangulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos: a

2= b

2 + c

2

O quadrado de cada cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção do cateto correspondente: c

2 = a ×m e b

2 = a × n

O quadrado da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto das projeções de cada cateto: h

2 = m× n

O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa a ela: b × c = a × h

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Seja o triângulo retângulo abaixo:

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Tem-se:

a é a medida da hipotenusa;

b e c são as medidas dos catetos. Defini-se:

SENO DE UM ÂNGULO AGUDO É a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da hipotenusa. No triangulo anterior tem-se:

e

COSSENO DE UM ÂNGULO AGUDO É a razão entre a medida do cateto adjacente a esse ângulo e a medida da hipotenusa.

No triângulo, temos:

e

TANGENTE DE UM ÂNGULO AGUDO É a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente a esse ângulo.

No triângulo, temos:

e

Em geral temos: Sendo x a medida de um ângulo agudo num triangulo retângulo temos:

* MÚSICA (GLOBELEZA) *

VÊM, DEIXA O LAURO TE LEVAR b AO QUADRADO na PRA ESPANTAR A SOLIDÃO Ê Ê Ê VÊM PRA SER FELIZ PRA SER FELIZ c AO QUADRADO IGUAL ma EU TÔ QUE TÔ LEGAL NA AULA DO LAURINHO NO MEIO DESSE POVO AGENTE VAI SER VER NA GLOBO LÁ VOU EU, LÁ VOU EU h AO QUADRADO nm NO CARNAVAL DO LAURO FELIZ EU VOU VIVER A VIDA VEM AMOR...

* MUSICA (RELAÇÕES MÉTRICAS) * Ulê, lê, lê, lê... O seno de um ângulo no triângulo é o cateto oposto ao ângulo sobre a hipotenusa, nusa, nusa. Esta é a razão do seno. O cosseno de um ângulo no triângulo é o cateto adjacente ao ângulo sobre a hipotenusa, nusa, nusa. Esta é a razão do cosseno. E tangente de um ângulo no triângulo é o cateto oposto ao ângulo sobre o adjacente, cente, cente. Esta é a razão da tangente. Na trigonometria o seno e o cosseno vão se relacionar com a equação sen

2 + cos

2 =1

ÂNGULOS NOTÁVEIS (30°, 45°, 60°)

Podemos encontrar os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos 30°, 45° e 60° através da tabela abaixo:

* FUNK DA TANGENTE * 1, 2, 3 ê ê 3, 2, 1, fala Tudo sobre depois

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Raiz quadrada em cada um, demorou vem, vem vem, vem vem, vem vem com mão na minha tangente

sobre 3, fala 1, vem, vem vem, vem SENSUAL

QUESTÕES 01. Uma empresa de iluminação necessita esticar um cabo de energia provisório do topo de um edifício, cujo formado é um retângulo, a um determinado ponto do solo distante a 6 metros, como ilustra a figura a seguir. O comprimento desse cabo de energia, em metros, será de

a) 28. b) 14. c) 12. d) 10. e) 8. 02. Um balão atmosférico, lançado em Bauru (343 quilômetros a Noroeste de São Paulo), na noite do último domingo, caiu nesta segunda-feira em Cuiabá Paulista, na região de Presidente Prudente, assustando agricultores da região. O artefato faz parte do programa Projeto Hibiscus, desenvolvido por Brasil, França, Argentina, Inglaterra e Itália, para a medição do comportamento da camada de ozônio, e sua descida se seu após o cumprimento do tempo previsto de medição. Na data do acontecido, duas pessoas avistaram o balão. Uma estava a 1,8 km da posição vertical do balão e o avistou sob um ângulo de 60º; a outra estava a 5,5 km da posição vertical do balão, alinhada com a primeira, e no mesmo sentido, conforme se vê na figura, e o avistou sob um ângulo de 30º. Qual a altura aproximada em que se encontrava o balão? a) 1,8 km b) 1,9 km c) 3,1 km d) 3,7 km e) 5,5 km

03. Para determinar a distância de um barco até a praia, um navegante utilizou o seguinte procedimento: a partir de um ponto A, mediu ângulo visual â fazendo mira em um ponto fixo P

da praia. Mantendo o barco no mesmo sentido, ele seguiu até um ponto B de modo que fosse possível ver o mesmo ponto P da praia, no entanto sob um ângulo visual 2â. A figura ilustra essa situação:

Suponha que o navegante tenha medido o ângulo â = 30° e ao chegar ao ponto B, verificou que o barco havia percorrido a distância AB = 2.000 m. Com base nesses dados e mantendo a mesma trajetória, a menor distância do barco até o ponto fixo P será: a) 1000 m

b) 1000 m

c) 2000

m

d) 2000 m

e) 2000 m

04. Na figura acima, que representa o projeto de uma

escada com 5 degraus de mesma altura, o

comprimento total do corrimão é igual a:

a) 1,8 m.

b) 1,9 m.

c) 2,0 m.

d) 2,1 m.

e) 2,2 m

Ciências da Natureza e suas Tecnologias - Biologia Lucilo Campos

Teorias da Evolução

Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin. Atualmente, foi formulada a Teoria sintética da evolução, também

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denominada Neodarwinismo, que incorpora os conceitos modernos da genética ás ideias essenciais de Darwin sobre seleção natural. A teoria de Lamarck Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), naturalista francês, foi o primeiro cientista a proporuma teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia zoológica. Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais: Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem. Lei da transmissão dos caracteres adquiridos : alterações provocadas em determinadas características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes. Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas. A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas ideias apresentam um erro básico: as características adquiridas não são hereditárias. Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias. A teoria de Darwin Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente. Os princípios básicos das ideias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:

Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, indenticos entre si.

Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.

O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.

Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.

Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm

maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.

Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.

Assim , ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio. A teoria sintética da evolução A Teoriasintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes. A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo. Para melhor compreender esta definição , é importante conhecer o conceito biológico de espécie: agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos. Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode ter populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são potencialmente intercruzantes. A definição biológica de espécie só é valida para organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em espécies. Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não existe um indivíduo igual ao outro. Exceções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos, mas mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á ação do meio. A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla. A compreensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na frequência dos genes dessa população. Os fatores que determinam alterações na frequência dos genes

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são denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos, pode ser alterado. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim , quanto maior é a variabilidade genética. Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos duas categorias: - Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica, mutação cromossônica , recombinação; - Fatores que atuam sobre a variabilidade genética jás estabelecida : seleção natural, migração e oscilação genética. A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies.

Questões 1. As mudanças evolutivas dos organismos resultam de alguns processos comuns à maioria dos seres vivos. É um processo evolutivo comum a plantas e animais vertebrados: a) movimento de indivíduos ou de material genético entre populações, o que reduz a diversidade de genes e cromossomos. b) sobrevivência de indivíduos portadores de determinadas características genéticas em ambientes específicos. c) aparecimento, por geração espontânea, de novos indivíduos adaptados ao ambiente. d) aquisição de características genéticas transmitidas aos descendentes em resposta a mudanças ambientais. e) recombinação de genes presentes em cromossomos do mesmo tipo durante a fase da esporulação. 2. A teoria sintética da evolução se fundamenta basicamente em três processos: 1. Processo que cria variabilidade, 2. Processo que amplia a variabilidade, e 3. Processo que orienta a população para maior adaptação. São exemplos desses três processos, respectivamente: a) recombinação gênica, mutação, seleção natural. b) recombinação gênica, seleção natural, mutação. c) seleção natural, mutação, recombinação gênica. d) mutação, seleção natural, recombinação gênica. e) mutação, recombinação gênica, seleção natural. 3. Os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers questionaram a visão tradicional de como a girafa desenvolveu o pescoço comprido. Observações feitas na África demonstraram que as girafas que atingem alturas de 4 a 5 metros, geralmente se alimentam de folhas a 3 metros do solo. O pescoço comprido é usado como uma arma nos combates corpo a corpo pelos machos na disputa por fêmeas. As fêmeas também preferem acasalar com machos de pescoço grande. Esses

pesquisadores argumentam que o pescoço da girafa ficou grande devido à seleção sexual; machos com pescoços mais compridos deixavam mais descendentes do que machos com pescoços mais curtos.

(Simmons and Scheepers, 1996. American Naturalist Vol.

148: pp. 771-786. Adaptado)

Sobre a visão tradicional de como a girafa desenvolve um pescoço comprido, é CORRETO afirmar que: a) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei de uso e desuso. As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço mais comprido e, cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho. b) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam, portanto, mais descendentes. c) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei do uso e desuso. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam, portanto, mais descendentes. d) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam, portanto, mais descendentes. e) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência diferencial de girafas. As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço mais comprido e, cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho. 4) Leia os trechos seguintes, extraídos de um texto sobre a cor de pele na espécie humana. A pele de povos que habitaram certas áreas durante milênios adaptou-se para permitir a produção de vitamina D. À medida que os seres humanos começaram a se movimentar pelo Velho Mundo há cerca de 100 mil anos, sua pele foi se adaptando às condições ambientais das diferentes regiões. A cor da pele das populações nativas da África foi a que teve mais tempo para se adaptar porque os primeiros seres humanos surgiram ali.

(Scientific American Brasil, vol.6, novembro de 2002).

Nesses dois trechos, encontram-se subjacentes ideias a) da Teoria Sintética da Evolução. b) darwinistas c) neodarwinistas d) lamarckistas e) sobre especiação

Paródia Evolução

Música original: Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones (Engenheiros do Hawaii)

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Era um garoto que resolveu provar que existe evolução girando o mundo foi encontrar as evidências da América Olhou um fóssil e viu que sim havia semelhanças afins com as espécies que são atuais os fósseis eram ancestrais pensava a vida tem mais idade com a natureza a selecionar adaptados pois separou espécies pra diversificar Stop com a evolução Stop com a seleção De Charles Darwin a opinião achou oposição era um garoto que percebeu o mecanismo de seleção girando o mundo observou em um ser vivo adaptação pescoço longo girafa traz herdando de seus ancestrais a evolução que evidência nos dá os seres a se adaptar homologia analogia temos os órgãos vestigiais registro fóssil do ancestral que está morto embaixo do chão Stop com a oposição Stop com a oposição No peito Darwin é quem traz os méritos afins

DATA LOCAL

28.07.2012 Espaço Ciência 18.08.2012 Teatro Beberibe

29.09.2012 Espaço Ciência

28.10.2012 Teatro Beberibe

https://www.facebook.com/EsquadraoConhecimento E vai rolar sorteio: ao chegarmos a

1000 “CURTIR” estaremos sorteando um convite para o MEGA AULÃO do dia 28 de outubro, no Teatro Beberibe. Este, será um Final de Semana antes da Prova do ENEM. Participe!!

ATENÇÃO PARA AS DATAS DOS PRÓXIMOS

AULÕES: