apostila 1º aulão do esquadrão do conhecimento 2013

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3 Esquadrão do Conhecimento 1º AULÃO ENEM 2013 A dúvida não passa por aqui. https://www.facebook.com/esquadraodoconhecimento (Facebook) http://esquadraodoconhecimento.wordpress.com/ (blog) Uma festa é uma solenidade comemorativa destinada a pessoas ou fatos importantes. As variantes mais comuns de festas são as de aniversário (que ocorrem geralmente de ano em ano no dia do nascimento) e as religiosas (procissões resultantes de romarias ou peregrinações), em comemoração a certas crenças religiosas. Durante a execução de um evento muitos recursos são necessários para se instaurar um clima propício ao que se pede no evento. Som, luz, painéis, leds, lasers, fumaça e muito mais. As luzes: A luz, como tudo no universo, é outra forma de expressar energia, mas é uma expressão extraordinária e única. A definição do dicionário fala que a luz é uma radiação eletromagnética (apesar de usarmos a palavra “luz” para nos referir somente à luz visível). Essa definição está correta, mas deixa de lado alguns aspectos mais interessantes da luz, aspectos estes que a tornam única. Fontes de Luz Considere um dispositivo que possa detectar luz, como, por exemplo, o olho humano. Qualquer objeto que possa estimular luminosamente tal receptor é chamado de fonte luminosa. As fontes luminosas podem ser classificadas em duas categorias, a depender de sua natureza: • Fontes Primárias: As fontes que emitem luz própria. São exemplos de fontes primárias as estrelas em atividade, uma chama, etc. • Fontes Secundárias: São corpos que recebem luz de outras fontes e as enviam para o receptor. Ex: Lua. Também podemos classificar as fontes luminosas, de acordo com seu tamanho, em puntiforme (as que possuem dimensão desprezível) ou extensa (as que possuem dimensão não-desprezíve Princípios da Óptica Geométrica Os princípios da óptica geométrica são três, que estão enumerados abaixo: 1. Princípio da propagação retilínea da luz: Estabelece que, em meios transparentes e homogêneos, a luz se propaga em linha reta. 2. Princípio da independência dos raios de luz: A trajetória de um raio de luz não é desviada por outro raio de luz (os raios de luz são independentes entre si). Observe na figura que cada raio continua a se propagar como se o outro não existisse. 3. Princípio da reversibilidade dos raios de luz: A trajetória de um raio de luz não depende do sentido de seu percurso. Aplicações dos Princípios da Óptica Geométrica Sombra e Penumbra Considere o aparato experimental a seguir, constituído de uma fonte puntiforme, um disco e um anteparo. Como a luz se propaga em linha reta, será observada no anteparo uma região não iluminada. Tal região é chamada “região de sombra” . Considere, agora, um aparato semelhante ao descrito anteriormente, porém com uma fonte extensa em substituição à fonte puntiforme. Ciências da Natureza Física Davi Morato

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Material trabalhado no aulão do Esquadrão do Conhecimento no dia 24 de agosto de 2013. Agricultura, Química Ambiental, Interpretação de Texto, Probabilidade, Vírus, Luz,

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3 Esquadrão do Conhecimento 1º AULÃO ENEM 2013 A dúvida não passa por aqui.

https://www.facebook.com/esquadraodoconhecimento (Facebook)

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Uma festa é uma solenidade comemorativa destinada

a pessoas ou fatos importantes. As variantes mais comuns de festas são as de aniversário (que ocorrem geralmente de ano em ano no dia do nascimento) e as religiosas (procissões resultantes de romarias ou peregrinações), em comemoração a certas crenças religiosas. Durante a execução de um evento muitos recursos são

necessários para se instaurar um clima propício ao que

se pede no evento. Som, luz, painéis, leds, lasers,

fumaça e muito mais.

As luzes:

A luz, como tudo no universo, é outra forma de expressar energia, mas é uma expressão extraordinária e única. A definição do dicionário fala que a luz é uma radiação eletromagnética (apesar de usarmos a palavra “luz” para nos referir somente à luz visível). Essa definição está correta, mas deixa de lado alguns aspectos mais interessantes da luz, aspectos estes que a tornam única. Fontes de Luz

Considere um dispositivo que possa detectar luz, como, por exemplo, o olho humano. Qualquer objeto que possa estimular luminosamente tal receptor é chamado de fonte luminosa. As fontes luminosas podem ser classificadas em duas categorias, a depender de sua natureza: • Fontes Primárias: As fontes que emitem luz própria.

São exemplos de fontes primárias as estrelas em atividade, uma chama, etc. • Fontes Secundárias: São corpos que recebem luz

de outras fontes e as enviam para o receptor. Ex: Lua. Também podemos classificar as fontes luminosas, de

acordo com seu tamanho, em puntiforme (as que

possuem dimensão desprezível) ou extensa (as que

possuem dimensão não-desprezíve

Princípios da Óptica Geométrica

Os princípios da óptica geométrica são três, que estão enumerados abaixo:

1. Princípio da propagação retilínea da luz:

Estabelece que, em meios transparentes e homogêneos, a luz se propaga em linha reta. 2. Princípio da independência dos raios de luz: A

trajetória de um raio de luz não é desviada por outro raio de luz (os raios de luz são independentes entre si). Observe na figura que cada raio continua a se propagar como se o outro não existisse.

3. Princípio da reversibilidade dos raios de luz: A

trajetória de um raio de luz não depende do sentido de seu percurso.

Aplicações dos Princípios da Óptica Geométrica Sombra e Penumbra

Considere o aparato experimental a seguir, constituído de uma fonte puntiforme, um disco e um anteparo.

Como a luz se propaga em linha reta, será observada no anteparo uma região não iluminada. Tal região é chamada “região de sombra” . Considere, agora, um aparato semelhante ao descrito anteriormente, porém com uma fonte extensa em substituição à fonte puntiforme.

Ciências da Natureza – Física Davi Morato

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Neste caso, além da região iluminada e da região de sombra (não iluminada), surge uma região parcialmente iluminada. Essa região é chamada de penumbra. Reflexão e Refração da Luz

Quando um feixe de luz atinge uma superfície, parte da luz se propaga, em feixe, para fora da superfície, como se tivesse sido originada na superfície. Esse fenômeno é conhecido como reflexão da luz. A reflexão pode ser regular, o que acontece quando a superfície incidente (S) é desprovida de irregularidades e os raios refletidos são paralelos.

A reflexão pode ser difusa, nesse caso, os raios refletidos têm direções aleatórias.

Quando um feixe de luz incide numa superfície e passa a se propagar em outro meio, dizemos que a luz foi refratada.

Pode ocorrer também o fenômeno da absorção. Ele ocorre quando a luz incidente em uma superfície (S) não é refletida nem é refratada, a luz é absorvida ocasionando aquecimento.

Reflexão da Luz

O fenômeno da reflexão da luz é o mais presente em nosso cotidiano. É ele, por exemplo, que nos permite enxergar os objetos que refletem a luz emitida por uma fonte primária. É ele, também, que nos permite reconhecer as cores dos objetos. A luz branca solar é policromática, ou seja, é composta por várias cores. Quando ela incide sobre um objeto, alguma componente será refletida e as demais serão absorvidas. É a componente refletida que atinge nossos olhos e nos permite atribuir uma cor ao objeto. Um objeto que se apresente azul aos nossos olhos, por exemplo, ao ser iluminado por luz solar, irá absorver as demais componentes e refletir o azul que irá atingir nossos olhos. Se tal objeto for iluminado com uma luz monocromática de outra cor, que não azul, ele irá parecer escuro.

1ª Lei da Reflexão: O raio incidente, o raio refletido e a

normal são coplanares. 2ª Lei da Reflexão: O ângulo de reflexão é igual ao

ângulo de incidência (i = r).

A luz sofre refração quando muda de meio alterando

sua velocidade de propagação. Em geral, a refração é acompanhada por desvio na trajetória original da luz, porém existe um caso no qual a luz não sofre desvio: quando a luz incide normalmente à superfície. Paralelamente à refração, ocorrem os fenômenos de absorção e reflexão da luz. Define-se dioptro o conjunto: meio 1, meio 2 e a superfície de separação (S).

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Em um dioptro ideal ou perfeito, a refração da luz nem é acompanhada de reflexão nem de absorção. Lentes Esféricas

Comportamento Óptico

As lentes, quanto ao comportamento óptico, são classificadas em lentes convergentes e divergentes. As lentes convergentes são aquelas que quando atingidas por raios paralelos, esses raios irão convergir para um único ponto, que é chamado de foco. As lentes divergentes, quando atravessadas por raios paralelos, refratam os raios de forma que eles divergem. Observe as figuras:

O fato de a lente ser divergente ou convergente irá depender do índice de refração do material com o qual a lente é feita e do índice de refração do material em que ela se encontra imersa. Se o índice de refração da lente de bordas delgadas for maior que o índice de refração do meio na qual ela está imersa, o raio de luz que atravessa essa lente se refrata afastando-se da normal (observe a figura). Nesse caso, a lente é convergente.

Já se a lente de bordas delgadas estiver imersa em um meio de índice de refração maior que o dela, a luz se refrata aproximando-se da normal. Nesse caso ela é divergente.

Com as lentes de bordas espessas acontece o comportamento contrário. Se a lente está imersa em um meio de índice de refração menor, o raio refratado afasta-se do normal também, para satisfazer a lei de Snell, mas nesse caso a lente será divergente.

E se a lente de bordas espessas tiver índice de refração maior do que o meio, ela será convergente.

De forma esquemática temos:

Costuma-se representar as lentes da seguinte maneira:

Em uma Festa, o jogo de luz, com sãs lâmpadas

potentes e suas lentes para dar efeitos são de extrema

importância para o clímax do momento.

Questões

1. (Enem 2012) A eficiência das lâmpadas pode ser

comparada utilizando a razão, considerada linear, entre a quantidade de luz produzida e o consumo. A quantidade de luz é medida pelo fluxo luminoso, cuja unidade é o lúmen (lm). O consumo está relacionado à potência elétrica da lâmpada que é medida em watt (W). Por exemplo, uma lâmpada incandescente de 40 W emite cerca de 600 lm, enquanto uma lâmpada fluorescente de 40 W emite cerca de 3000 lm.

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Disponível em: http://tecnologia.terra.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado). A eficiência de uma lâmpada incandescente de 40 W é a) maior que a de uma lâmpada fluorescente de 8 W,

que produz menor quantidade de luz. b) maior que a de uma lâmpada fluorescente de 40 W,

que produz menor quantidade de luz. c) menor que a de uma lâmpada fluorescente de 8 W,

que produz a mesma quantidade de luz. d) menor que a de uma lâmpada fluorescente de 40 W,

pois consome maior quantidade de energia. e) igual a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, que

consome a mesma quantidade de energia. 2. (Enem 2012) Alguns povos indígenas ainda

preservam suas tradições realizando a pesca com lanças, demonstrando uma notável habilidade. Para fisgar um peixe em um lago com águas tranquilas o índio deve mirar abaixo da posição em que enxerga o peixe. Ele deve proceder dessa forma porque os raios de luz a) refletidos pelo peixe não descrevem uma trajetória

retilínea no interior da água. b) emitidos pelos olhos do índio desviam sua trajetória

quando passam do ar para a água. c) espalhados pelo peixe são refletidos pela superfície

da água. d) emitidos pelos olhos do índio são espalhados pela

superfície da água. e) refletidos pelo peixe desviam sua trajetória quando

passam da água para o ar. 3. (Enem 2011) Para que uma substância seja colorida

ela deve absorver luz na região do visível. Quando uma amostra absorve luz visível, a cor que percebemos é a soma das cores restantes que são refletidas ou transmitidas pelo objeto. A Figura 1 mostra o espectro de absorção para uma substância e é possível observar que há um comprimento de onda em que a intensidade de absorção é máxima. Um observador pode prever a cor dessa substância pelo uso da roda de cores (Figura 2): o comprimento de onda correspondente à cor do objeto é encontrado no lado oposto ao comprimento de onda da absorção máxima.

Qual a cor da substância que deu origem ao espectro da Figura 1? a) Azul. b) Verde. c) Violeta. d) Laranja. e) Vermelho. 4. (Enem 2011) Uma equipe de cientistas lançará uma

expedição ao Titanic para criar um detalhado mapa 3D que “vai tirar, virtualmente, o Titanic do fundo do mar para o público”. A expedição ao local, a 4 quilômetros de profundidade no Oceano Atlântico, está sendo apresentada como a mais sofisticada expedição científica ao Titanic. Ela utilizará tecnologias de imagem e sonar que nunca tinham sido aplicadas ao navio, para obter o mais completo inventário de seu conteúdo. Esta complementação é necessária em razão das condições do navio, naufragado há um século. O Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.estadao.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado). No problema apresentado para gerar imagens através de camadas de sedimentos depositados no navio, o sonar é mais adequado, pois a a) propagação da luz na água ocorre a uma velocidade

maior que a do som neste meio. b) absorção da luz ao longo de uma camada de água é

facilitada enquanto a absorção do som não. c) refração da luz a uma grande profundidade acontece

com uma intensidade menor que a do som. d) atenuação da luz nos materiais analisados é distinta

da atenuação de som nestes mesmos materiais. e) reflexão da luz nas camadas de sedimentos é menos

intensa do que a reflexão do som neste material. 5. (Enem 2010) Um grupo de cientistas liderado por

pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, construiu o primeiro metamaterial que apresenta valor negativo do índice de refração relativo para a luz visível. Denomina-se metamaterial um material óptico artificial, tridimensional, formado por pequenas estruturas menores do que o comprimento de onda da luz, o que lhe dá propriedades e comportamentos que não são encontrados em materiais naturais. Esse material tem sido chamado de “canhoto”. Disponível em: http://inovacaotecnologica.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado). Considerando o comportamento atípico desse metamaterial, qual é a figura que representa a refração da luz ao passar do ar para esse meio?

a)

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b)

c)

d)

e)

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BRASIL: “UMA NAÇÃO EM FORMAÇÃO”.

INTRODUÇÃO

Considerar o fato de o Brasil ter se tornado

independente em 1822 ou não é tratar de uma série de

problemáticas que nos levaria a uma imensa

discussão. Mesmo diante de tantos interesses que

circundavam aqueles dias, vale ressaltar que o 7 de

setembro de 1822 foi, de modo geral, o inicio da

formação do nosso jovem país como uma nação

independente. A nossa independência enquanto

processo histórico desenhou-se muito tempo antes do

príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos

nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga.

Entretanto é necessário observar os fatores que

coadunaram para o evento. Vejamos:

1. A chegada da Família Real ao Brasil:

Foi episódio de grande importância para que possamos

iniciar as justificativas da nossa independência.

O rei português realizou a abertura dos portos

brasileiros às demais nações do mundo.

Dezembro de 1815 - Dom João assinou um

decreto criando o Reino Unido de Portugal, Brasil e

Algarves. Para muitos historiadores, essa medida é o

marco inicial do processo de emancipação política e

administrativa do Brasil.

PS. A colônia brasileira não mais estaria

atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo

pacto colonial, porém, ficou financeiramente

dependente da Inglaterra. Com a medida, os grandes

produtores agrícolas e comerciantes nacionais

puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo

de prosperidade material nunca antes experimentado

em toda história colonial. A liberdade já era sentida no

bolso de nossas elites.

2. As revoluções de caráter burguês e a insatisfação

do modelo governamental do Antigo Regime (Ver –

revoltas internas antiabsolutistas).

3. O desejo das elites brasileiras em receber mais e

poderem investir internamente.

4. O receio de o Brasil ser territorialmente dividido.

5. O temor da recolonização.

Ciências Humanas – História Josemar Ademar

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PRIMEIRO REINADO (1822-1831)

“Tudo está por fazer”.

Não havia Constituição, códigos legais,

sistema de educação.

Dom Pedro - Aprovou a convocação de uma

Assembleia Constituinte destinada a elaborar a

primeira Carta Magna do Brasil.

Em novembro de 1823 o imperador dissolveu

a Assembleia e criou um Conselho de Estado, que se

encarregou de elaborar outra Constituição.

Em 25 de março de 1824 o imperador

outorgou a primeira Carta Magna brasileira.

Cria o 4º Poder: Poder Moderador.

Governo controverso e autoritário.

Derrota na Guerra da Cisplatina -1825.

A questão sucessória em Portugal – 1826.

Aumento gradativo da insatisfação popular.

Autos gastos e a falência do Banco do Brasil.

Abdicação – 1831.

PERÍODO REGENCIAL (1831-1840)

Os deputados da Assembleia resolveram

instituir um governo provisório até que Dom Pedro II,

herdeiro legítimo do trono, completasse a sua

maioridade.

Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo

regencial abriu espaço para diferentes correntes

políticas. Os liberais, subdivididos entre moderados e

exaltados, tinham posições políticas diversas que iam

desde a manutenção das estruturas monárquicas até

a formulação de um novo governo republicano.

De outro lado, os restauradores –

funcionários públicos, militares conservadores e

comerciantes portugueses – acreditavam que a

estabilidade deveria ser reavida com o retorno de Dom

Pedro I.

Período de grande turbulência política e

social.

As elites procuram resguardar seus

interesses.

As mesmas divergências sobre a delegação

de poderes políticos continuaram a fazer da política

nacional um sinônimo de disputas e instabilidade.

Mesmo a ação reformadora do Ato Adicional, de 1834,

não foi capaz de resolver os dilemas do período.

Umas das mais claras consequências desses

desacordos foram a série de revoltas deflagradas

durante a regência. A Sabinada na Bahia, a Balaiada

no Maranhão e a Revolução Farroupilha na região Sul

foram todas manifestações criadas em consequência da

desordem que marcou todo o período regencial.

Criação da Guarda Nacional.

Golpe da Maioridade – 1840.

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SEGUENDO REINADO (1840-1889)

D. Pedro II diversos problemas oriundos do

período anterior.

Retorno ao comércio internacional.

Grande desenvolvimento interno.

O controle das forças políticas antagônicas.

Grandes avanços políticos – Questão Christie.

Sistema Parlamentarista- “Parlamentarismo

as avessas”.

Grande produtividade do café.

Criação de leis para o fim da escravidão.

A chegada dos imigrantes.

A guerra do Paraguai.

Insatisfação do exército brasileiro.

O golpe e a instalação do República 1889.

QUESTÕES

01. Analise a charge a seguir:

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/charge-do-mes/a-questao-religiosa A charge de Bordallo Pinheiro, publicada em 1875, mostra o imperador D. Pedro II sendo castigado pelo Papa em clara alusão à chamada questão religiosa. Sobre esse episódio do final do regime monárquico no Brasil, é CORRETO afirmar que:

A) a tensão entre Estado e Igreja não contribuiu para a crise da monarquia no Brasil. B) a origem da questão foi a não determinação de expulsão de maçons das irmandades religiosas por D. Pedro II, descumprindo determinação papal. C) apesar da opinião pública contrária, o imperador manteve na prisão, até o cumprimento total da pena, os dois bispos por não acatarem suas determinações. D) na província de Pernambuco, as determinações de D. Pedro II foram postas em prática pelo bispo de Olinda. E) após o incidente, a Igreja passou a condenar oficialmente a prática da escravidão negra no Brasil. 02. Para Caio Prado Jr., a formação brasileira se completaria no momento em que fosse superada a nossa herança de inorganicidade social ― o oposto da interligação com objetivos internos ― trazida da colônia. Este momento alto estaria, ou esteve no futuro. Se passarmos a Sérgio Buarque de Holanda, encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado quando superar a sua herança portuguesa, rural e autoritária, quando então teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de chegada está mais adiante, na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno, dirá que a nação não se completa enquanto as alavancas do comando, principalmente do econômico, não passarem para dentro do país. Como para os outros dois, a conclusão do processo encontra-se no futuro, que agora parece remoto. SCHWARZ, R. Os sete fôlegos de um livro. Sequências brasileiras. São Paulo: Cia. das Letras,1999 (adaptado).

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Acerca das expectativas quanto à formação do Brasil, a sentença que sintetiza os pontos de vista apresentados no texto é:

A. Brasil, um país que vai pra frente. B. Brasil, a eterna esperança. C. Brasil, glória no passado, grandeza no presente. D. Brasil, terra bela, pátria grande. E. Brasil, gigante pela própria natureza.

03.

A gravura sugere que a Guerra do Paraguai

decorreu, essencialmente:

a) da disputa pelos países da Tríplice Aliança por minas de ouro existentes no território paraguaio. b) da política imperialista de D. Pedro II em relação aos territórios localizados na Bacia do Prata. c) do interesse argentino pelas terras do Chaco paraguaio. d) dos interesses comerciais e geopolíticos ingleses pelos países da América do Sul. e) da oposição paraguaia ao projeto brasileiro de abolir a escravidão naquele país. 04. “Na década de 1870, as relações entre o Estado

e a Igreja se tornaram tensas. A união entre trono e

o altar, prevista na Constituição de 1824,

representava, em si mesma, fonte potencial de

conflito.” Boris Fausto.

Identifique a causa fundamental do conflito mencionado pelo texto acima. a) O Estado, durante o império, reconhecia a religião católica como oficial, mas não interferia nas questões eclesiásticas. b) Na década de 1870, o clero não passou a exigir maior autonomia frente ao Estado. c) Em virtude do beneplácito, a proibição do papa do ingresso de maçons nas irmandades desencadeou um atrito entre Estado e Igreja, resultando na prisão de dois bispos pelo governo. d) Pelo fato de a maçonaria não ter nenhuma expressão na política interna do império, a proibição papal não trouxe repercussões. e) O Estado laico foi implantado logo após o conflito com a Igreja, para contornar oposição do clero do Imperador. ________________________________________

Introdução A palavra vírus é originária do latim veneno. O vírus

é um organismo biológico com grande capacidade de multiplicação, utilizando para isso em sua estrutura de uma célula hospedeira. É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais. Estrutura de um vírus

O vírus é formado por um capsídeo de proteínas que envolve o ácido nucléico, que pode ser RNA ou DNA. Vale ressaltar que em alguns tipos de vírus, esta estrutura é envolvida por uma capa lipídica com diversos tipos de proteínas. Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da matriz. Portanto, ele possui uma enorme capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas e procarióticas Classificação

A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucléico que possuem, as características do sistema que os envolvem e os tipos de células que infectam. De acordo com este sistema de classificação, existem aproximadamente, trinta grupos de vírus. Ciclo Reprodutivo

O ciclo reprodutivo de um vírus pode ser expresso em quatro etapas, vamos ver quais são elas: 1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e

fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular. 2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus

fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade. 3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico

e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus. 4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para

infectar novas células sadias. Doenças Causadas por Vírus

Os vírus podem causar doenças em vegetais e animais. As principais doenças causadas por vírus que atingem o ser humano são: Hidrofobia (Raiva): A transmissão é feita pela saliva

introduzida pela mordida de animais infectados (o cão, por exemplo). Infecção: O vírus penetra pelo ferimento e instala-se no sistema nervoso. Controle: A vacinação de animais domésticos e aplicação de soro e vacina em pessoas mordidas. Sintomas e características: Delírios, mal-estar, febre, convulsões, paralisia dos músculos respiratórios (causando morte). Hepatite Infecciosa: A transmissão: gotículas de muco

e saliva; contaminação fecal de água e objetos.

Ciências da Natureza – Biologia Lucilo Campos

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Infecção: o vírus instala-se no fígado onde se multiplica, destruindo células. Controle: Injeção de gamaglobulina em pessoas que entram em contato com o doente; saneamento, cuidados com alimentos ingeridos. Sintomas e características: febre, anorexia, náuseas, mal-estar, icterícia (pode ser fatal). Caxumba: A transmissão é feita contato direto; objetos

contaminados; gotículas de saliva. Infecção: O vírus multiplica-se nas glândulas parótidas; eventualmente localiza-se em outros órgãos, como ovários e testículos. Controle: Uso de vacinação. Sintomas e características: Ocorre na maioria dos casos parotidite (infecção das parótidas), com inchaço abaixo e em frente das orelhas (pode tornar a pessoa estéril se atingir os testículos ou os ovários). Gripe: A transmissão ocorre quando gotículas de

secreção expelidas pelas vias respiratórias. Infecção: o vírus penetra pela boca ou pelo nariz, localizando-se nas vias respiratórias superiores. Controle: Não existe controle Sintomas e características: Febre, dores de cabeça e musculares, obstrução nasal e tosse. Rubéola: A transmissão ocorre com gotículas de muco

e saliva pelo contato direto com o doente. Infecção: O vírus penetra pelas vias respiratórias e se dissemina através do sangue. Controle: A aplicação de imunoglobulina (com efeito protetor ainda discutível pelo conselho de medicina). Sintomas e características: Febre, prostração, erupções cutâneas (em embriões provoca a morte ou deficiências congênitas). Varíola: A transmissão inicia-se com gotículas de

saliva; objetos contaminados e contato direto. Infecção: O agente viral penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue; finalmente, atinge a pele e as mucosas, causando lesões. Controle: vacinação. Esta vacina é eficiente em quase 100% dos casos e deve ser administrada em crianças aos 15 meses de vida. Em mulheres que não tiveram a doença devem ser vacinadas antes de engravidar. Sintomas e características: Febre alta e erupções cutâneas (geralmente deixando cicatrizes na pele; pode ser fatal). Sarampo: A transmissão ocorre quando contato direto

e indireto com secreções nasofaríngeas da pessoa doente. Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue. Controle: A vacina anti-sarampo é eficaz em cerca de 97% dos casos. Deve ser aplicada em duas doses a partir do nono mês de vida da criança. Exceção feita às mulheres grávidas e aos indivíduos imunodeprimidos, adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina. Sintomas e características: febre alta, tosse, vermelhidão por todo o corpo (pode ser fatal em crianças). Febre Amarela: Ocorre devido a picada de mosquitos, entre os quais se destaca o Aedes aegypti.

Infecção: O agente viral penetra através da pele, dissemina-se pelo sangue e localiza-se no fígado, na medula óssea, no baço e em outros órgãos. Controle: vacinação e combate aos mosquitos transmissores. Sintomas e características: febre alta, náuseas, vômitos, calafrios, prostração e pele amarelada (pode ser fatal). Poliomielite: A transmissão ocorre quando o alimento

e objetos contaminados; secreções respiratórias. Infecção: o vírus penetra pela boca, multiplica-se no intestino, dissemina-se pelo sangue e instala-se no sistema nervoso central, onde destrói os neurônios. Controle: Vacinação. Sintomas e características: paralisia dos membros; em muitos casos ocorrem apenas febres baixas e indisposição, que logo desaparecem sem causar problemas (provoca deficiência física).

AIDS (Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida -

SIDA): A transmissão ocorre devido ao sangue,

esperma e muco vaginal contaminados. Infecção: o

vírus penetra no organismo através de relações

sexuais, uso de

agulhas de

injeção

contaminadas ou

transfusões de

sangue infectado;

ataca o sistema

imunológico.

Controle: O uso de preservativos nas relações sexuais e de agulhas descartáveis ou esterilizadas; controle rigoroso, por parte dos bancos de sangue da qualidade do sangue doado; ainda não existem remédios ou vacinas eficazes contra a doença. Sintomas e características: Febre intermitente, diarreia, emagrecimento rápido, inflamação dos gânglios linfáticos, doenças do aparelho respiratório, infecções variadas, câncer de pele (doença mortal em 100% dos casos).

Questões

1. Durante as estações chuvosas, aumentam no Brasil as campanhas de prevenção à dengue, que têm como objetivo a redução da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Que proposta preventiva poderia ser efetivada para diminuir a reprodução desse mosquito? A) Colocação de telas nas portas e janelas, pois o mosquito necessita de ambientes cobertos e fechados para a sua reprodução. B) Substituição das casas de barro por casas de alvenaria, haja vista que o mosquito se reproduz na parede das casas de barro. C) Remoção dos recipientes que possam acumular água, porque as larvas do mosquito se desenvolvem nesse meio.

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D) Higienização adequada de alimentos, visto que as larvas do mosquito se desenvolvem nesse tipo de substrato. E) Colocação de filtros de água nas casas, visto que a reprodução do mosquito acontece em águas contaminadas. 2. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é

a manifestação clínica da infecção pelo vírus HIV, que

leva, em média, oito anos para se manifestar. No

Brasil, desde a identificação do primeiro caso de AIDS

em 1980 até junho 2007, já foram identificados cerca

de 474 mil casos da doença. O país acumulou,

aproximadamente, 192 mil óbitos devido à AIDS até

junho de 2006, sendo as taxas de mortalidade

crescentes até meados da década de 1990 e

estabilizando-se em cerca de 11 mil óbitos anuais

desde 1998. [...] A partir do ano de 2000, essa taxa se

estabilizou em cerca de 6,4 óbitos por 100 mil

habitantes, sendo esta estabilização mais evidente em

São Paulo e no Distrito Federal.

Disponível em: http://www.aids.gov.br. Acesso em: 01 de maio 2009 (adaptado).

A redução nas taxas de mortalidade devido à AIDS a partir da década de 1990 é decorrente A) do aumento do uso de preservativos nas relações sexuais, que torna o vírus menos letal. B) da melhoria das condições alimentares dos soropositivos, a qual fortalece o sistema imunológico deles. C) do desenvolvimento de drogas que permitem diferentes formas de ação contra o vírus HIV. D) das melhorias sanitárias implementadas nos últimos 30 anos, principalmente nas grandes capitais. E) das campanhas que estimulam a vacinação contra o vírus e a busca pelos serviços de saúde. 3. Estima-se que haja atualmente no mundo 40 milhões

de pessoas infectadas pelo HIV (o vírus que causa a

AIDS), sendo que as taxas de novas infecções

continuam crescendo, principalmente na África, Ásia e

Rússia. Nesse cenário de pandemia, uma vacina contra

o HIV teria imenso impacto, pois salvaria milhões de

vidas. Certamente seria um marco na história

planetária e também uma esperança para as

populações carentes de tratamento antiviral e de

acompanhamento médico.

TANURI, A.; FERREIRA JUNIOR, O. C. Vacina contra Aids: desafios e esperanças. Ciência Hoje (44) 26, 2009 (adaptado). Uma vacina eficiente contra o HIV deveria a) induzir a imunidade, para proteger o organismo da contaminação viral. b) ser capaz de alterar o genoma do organismo portador, induzindo a síntese de enzimas protetoras. c) produzir antígenos capazes de se ligarem ao vírus, impedindo que este entre nas células do organismo humano.

d) ser amplamente aplicada em animais, visto que esses são os principais transmissores do vírus para os seres humanos. e) estimular a imunidade, minimizando a transmissão do vírus por gotículas de saliva.

4. Os estudos sobre as formas de replicação dos vírus

intensificaram-se nos últimos anos, objetivando encontrar meios mais eficientes de prevenção e tratamento de doenças virais nos seres humanos. Tais estudos têm demonstrado que existem diferentes tipos de vírus e diferentes formas de replicação. Os vírus de

RNA de cadeia simples podem ser divididos em três tipos básicos, conhecidos como vírus de cadeia

positiva, vírus de cadeia negativa e como retrovírus.

Com relação aos diferentes tipos de replicação dos vírus, analise as afirmativas abaixo.

I - Os retrovírus contêm cadeias simples de RNA,

enzima transcriptase reversa e produzem DNA tendo como modelo o RNA viral.

II - Os vírus de cadeia negativa possuem RNA

genômico com as mesmas seqüências de bases nitrogenadas dos RNA mensageiros (RNAm) formados. Dessa maneira, moléculas de RNA servem de modelo para a síntese de moléculas de RNA complementares à cadeia molde.

III - Os vírus de cadeia positiva possuem RNA

genômico com seqüências de bases nitrogenadas complementares às dos RNAm formados. Desta maneira, moléculas de RNA servem de modelo para a síntese do RNAm.

IV - Os retrovírus contêm uma cadeia de RNA dupla

hélice que serve de base para a transcrição do DNA necessário à replicação.

Marque a alternativa correta.

a) Somente II e III são corretas.

b) Somente IV é correta.

c) Somente I é correta.

d) Somente I, II e III são corretas.

5. O jornal Folha de São Paulo, em 6/4/2006, noticiou que a AIDS (em português: SIDA – síndrome da Imunodeficiência Adquirida), hoje em dia, já faz parte do grupo das doenças negligenciadas pelos países ricos. Estando 95% dos portadores dessa doença nos países pobres, o investimento em pesquisa é pequeno, ocasionando pouco avanço na descoberta de novos tratamentos. Em relação a essa doença, afirma-se:

I- A doença é causada por vírus.

II- A doença provoca diminuição na produção de hemácias.

III- Os sintomas iniciais são característicos, contribuindo para o diagnóstico.

IV- A doença atua sobre o sistema imunológico, diminuindo a resistência do organismo.

De acordo com os conhecimentos atuais, assinale

a) Se apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.

b) Se apenas as afirmativas I e II estão corretas.

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c) Se apenas as afirmativas I e III estão corretas.

d) Se apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

__________________________________________ Histórico da agricultura

Uma das grandes revoluções no processo evolutivo da sociedade se concretizou pela manipulação da terra para a manutenção regular da alimentação da comunidade. Essa técnica deliberou à sociedade a ocorrência do sedentarismo, mediante a redução das técnicas de caça que se apresentavam incertas.

A habilidade para cultivar a terra denomina-se agricultura (do latim = agriculturae – Ager = campo; cultura = cultivo). Contudo, para os moldes da produção atual o conceito e as atribuições foram modificados. Pois, quando ao utilizar o termo agricultura, para fins amplos, entende-se como todas as práticas relacionadas a produção que utiliza o solo para a produção, seja vegetal ou animal. Desta forma, a pecuária (atividade ligada à produção/manejo animal e derivados) passa a compor esse setor econômico.

Alguns conceitos e denominações atribuem também o termo agropecuário, a fim de valorizar e/ou agregar o setor pecuário ao âmbito da terminologia agrária.

A princípio, (primeiras civilizações) a agricultura era para fins de subsistência. Posteriormente, adotou um viés de produção de larga escala (Ex.: Mesopotâmia com a agricultura de várzea). Uma das técnicas adotadas para a produção elevada de alimentos fora a agricultura irrigada, que impactou significativamente o solo, salinizando-o. Fases da agricultura As perspectivas, necessidades e

demandas iniciais da agricultura não correspondem mais aos aspectos correlacionados aos de antigamente. Essa modificação se verifica por causa das mutações sofrida pela sociedade nessa trajetória:

Industrialização

Transição da mão de obra do campo para a cidade

Aumento da população mundial

Com tais evidências, ao reviver o processo histórico da agricultura mundial, surge três momentos marcantes: 1. A Revolução Agrícola (séc. XVIII)

Originou-se a partir da Revolução Industrial, que proporcionou a mecanização e aumento da produção agropecuária com o avanço tecnológico.

2. A Revolução Verde (2ª metade do séc. XX)

Inovação das técnicas de cultivo por parte dos países desenvolvidos, em especial os EUA, além da implantação de sementes VAR (Variedade de Alto Rendimento). O objetivo principal era erradicar a fome. O que não obteve sucesso, pois a produção dos países

subdesenvolvidos ficou comprometida mediante a elevada produção dos desenvolvidos, acarretando a inviabilidade lucrativa da produção desses países pobres.

3. A Revolução Transgênica (final do séc. XX)

Surge com a descoberta das moléculas do DNA (1953), a qual possibilitou realizar mutações gênicas em espécies objetivando a evolução produtiva e a qualidade do produto final, mas só a partir da década de 70. Essa técnica ficou conhecida também como OGMs (Organismos Geneticamente Modificados).

Subdivisões da agricultura

O sistema agrário apresenta várias

especificações quanto à quantidade de cultivo, rotação de produção, finalidade, utilização ou não de produtos químicos, extensão da área produzida, origem dos trabalhadores, dentre outros artifícios.

Segue abaixo apenas uma síntese esquemática das divisões, atribuições e área de concentração da produção.

Extensão

Minifúndio: imóvel rural de área inferior a 1 (um) módulo rural; O conceito de minifúndio está atrelado ao módulo rural, variável de acordo com o tipo de exploração.

Pequena propriedade: imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fiscais;

Média propriedade: imóvel rural de área compreendida entre 4 (quatro) e 15 (quinze) módulos fiscais;

Grande propriedade: imóvel rural de área superior a 15 (quinze) módulos fiscais.

Modelo de produção: A sua definição não possui relação direta com a extensão. Dividi-se em:

Intensivo: Caracterizado pela utilização maciça de insumos, técnicas, subsídios, tecnologia e elevada produtividade.

Extensivo: Expõe uma baixa produtividade, carência tecnológica e de insumos.

Sistemas

Subsistência – É realizada com métodos rudimentares, baixa produtividade, desempenhada por familiares ou comunidades rurais e visa a manutenção alimentar da família ou da comunidade.

Ciências Humanas – Geografia Edmário Menezes

Nota: O módulo fiscal compreende a uma unidade de medida individualizada para cada município, segundo a regulamentação do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). (Fonte: http://www.incra.gov.br/index.php/institucionall/legislacao--/atos-internos/instrucoes/category/30-instrucoes-especiais)

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Itinerante – Baseia-se no deslocamento constante dos autores da produção, por não deterem a posso/propriedade da terra cultivada. Passam a abrir “clarões” nas matas, por exemplo, preparam-na para o cultivo e exaurem o solo e buscam outro local. Apesar da inconstância local, esse sistema busca a subsistência e/ou abastecimento do mercado local.

Jardinagem – Produção característica do sudeste asiático que utiliza técnicas de fertilização do solo, irrigação controlada, terraceamentos, número elevado de mão de obra e reduzido número de máquinas.

Plantation – Antes era classificado como:

latifúndios, produção monocultora, produção voltada ao mercado externo. Atualmente é bastante capitalizada e dependente do mercado externo. Majoritariamente a mão de obra empregada é barata e desqualificada. Contudo, alto investimento em geoprocessamento, biotecnologia e tecnologia da informação.

Atualmente emana uma exigência da comunidade

global em prol de uma melhor qualidade de vida. Isso demanda uma qualidade alimentar segura que busque a preservação do meio ambiente e que promova a expansão de uma saúde de qualidade generalizada.

Nessa perspectiva surge a agricultura sustentável, também denominada como agricultura orgânica, que busca manter a sua produtividade com qualidade, sem degradar o ar, a água e o solo, visando à manutenção e qualidade de vida da sociedade global. Visto que, com os modelos atuais agrários chegar-se-á ao esquema exposto abaixo:

Influência das mudanças climáticas

As projeções climáticas, baseadas em modelos matemáticos, de vários órgãos internacionais apontam para variações climáticas relevantes na escala global. Tais modificações, em uma escala tão ampla, resultará, caso se confirme, em uma catástrofe ambiental. Ao direcionar essas mutações climáticas para o ambiente agrário as perspectivas se tornam preocupantes. A variação da temperatura, o aumento do nível do mar, as mudanças dos ciclos climáticos

servem como exemplo para compor o parâmetro hipotético de um futuro geologicamente próximo. Na constatação desses parâmetros supracitados haverá o comprometimento no abastecimento alimentar no âmbito mundial, o que dificultará o acesso ao alimento e consequentemente

O setor agrário no Brasil

Historicamente o país apresentou resultados oriundos, em sua maioria, para o setor primário (agropecuária e extrativismo). As evidências podem ser relembradas com os ciclos econômicos vivenciados (Pau-Brasil; cana-de-açúcar; café; ouro e borracha). Aparecendo um pequeno desvio, nesse período, na ocorrência do ciclo do ouro. Pois, na sua ausência creditaríamos o modelo econômico nacional às atividades agrárias. Entretanto, a partir da década de 30 o Brasil é tomado pela industrialização maciça, que mecaniza o setor agrário capitalizado, debilita a concorrência dos pequenos produtores, direcionando estes aos centros urbanizados em busca de melhores condições de vida. Tal migração é refletida no perfil demográfico brasileiro e na atuação no mercado de trabalho por setor da economia o que culminou na transição da característica econômica do país. Ao acompanhar a evolução anual dos últimos dados disponíveis quanto à segregação do PIB por componente (tabela abaixo), observa-se a contínua redução significativa do setor agropecuário ao perder espaço para o setor de serviços e da indústria.

PIB por setor (%)

Ano Agricultura Indústria Serviços

2009 6,1 25,4 68,5

2010 5,8 26,8 67,4

Estrutura agrária brasileira

Em linhas gerais, o Brasil ainda apresenta suas terras concentradas nas mãos de poucos, caracterizando o perfil latifundiário do país. Estima-se que apenas 1% dos produtores nacionais detenham 45%, aproximadamente, das terras cultiváveis.

PRINCIPAIS PRODUTOS

EXPORTADOS

2012 2002

Valor (US$)

Part. %

Valor (US$)

Part. %

SOJA EM GRÃOS

17.447.306.054

23,2%

3.029.177.169

12,7%

AÇÚCAR EM BRUTO

10.030.103.067

13,3%

1.111.342.998

4,7%

Para mais informações, consultar:

http://www.mma.gov.br/clima/ciencia-da-mudanca-

do-clima/adaptacao-a-mudanca-do-clima

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CARNE DE FRANGO

7.211.201.783

9,6%

1.392.823.429

5,8%

FARELO DE SOJA

6.595.483.857

8,8%

2.198.958.730

9,2%

CEREAIS 6.452.301.3

18 8,6%

266.839.502

1,1%

CARNE BOVINA

5.744.134.848

7,6%

1.143.840.655

4,8%

CAFÉ VERDE

5.721.757.641

7,6%

1.195.531.237

5,0%

MILHO 5.287.267.4

48 7,0%

259.944.725

1,1%

CELULOSE 4.700.499.2

29 6,3%

1.160.146.998

4,9%

FUMO NÃO MANUFATURADO

3.197.303.248

4,3%

977.669.510

4,1%

AÇÚCAR REFINADO

2.814.765.927

3,7%

982.300.747

4,1%

TOTAL 75.202.124.

420 100

% 23.866.392.

307 100

%

Fonte: AgroStat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC Elaboração: CGOE / DPI / SRI / MAPA

Este cenário reflete o histórico econômico-agrário brasileiro, que privilegiou durante séculos o sistema agrário. A extensão das propriedades se enquadra como latifúndio, na sua grande maioria, e o sistema fica a cargo do plantation, com as culturas da soja, café, cana-de-açúcar etc. Além da elevada produção da carne bovina. Estes índices deliberam ao país a localização entre os maiores produtores agropecuários de todo o mundo.

Perfil climático e o solo nacional

A localização geográfica do território nacional permite uma elevada produção agropecuária, visto que a presença da incidência solar anualmente de modo ininterrupto, favorece para o processo de meteorização da rocha, culminando no aumento dos sedimentos.

Contudo, o intemperismo físico apresenta um retardamento nesta evolução no quesito temporal. Porém, as condições pluviométricas com índices elevados agregam energia para os processos geoquímicos possibilitando a acelerada desagregação da rocha pelo intemperismo químico. Desse modo, a produção de sedimentos se faz com maior velocidade

favorecendo ao aumento do regolito, o que colabora para o agronegócio. Essas condições climáticas são expressas devido ao posicionamento tropicalizado do Brasil, além da extensão continental, com dimensões longitudinais e latitudinais extensas. Entretanto, no âmbito de tais condições climáticas (valorizando os processos pluviais) e as técnicas agrárias (aragem, retirada da camada vegetal, declividade do solo) os fatores erosivos podem ser intensificados, gerando prejuízos para a produção. Quanto aos solos, na representação cartográfica a partir do mapeamento pedológico realizado pela Embrapa (Empresa brasileira de pesquisa agropecuária), os latossolos são os mais aparecem, porém não correspondem aos mais férteis. Para estes citamos os de terra roxa e o de massapé (a nível nacional).

Mudanças climáticas e a produção agrícola

A agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, como temperatura, pluviosidade, umidade do solo e radiação solar. A mudança climática pode afetar a produção agrícola de várias formas: pela mudança em fatores climáticos, incluindo a freqüência e a severidade de eventos extremos, pelo aumento da produção devido ao efeito fertilizador de carbono por meio de maiores concentrações de CO2 atmosférico, pela alteração da intensidade de colheita devido a uma mudança no número de graus-dia de crescimento, ou então modificando a ocorrência e a severidade de pragas e doenças, entre outros efeitos. Estudos baseados em modelos de circulação geral (GCM) mostram que a produtividade de várias culturas tende a diminuir em algumas regiões do globo e aumentar em outras. Assim, a produção em áreas tropicais e subtropicais, principalmente na África sub-saariana, devido às grandes áreas de clima árido e semi-árido e sua dependência de agricultura, tende a ser mais afetada em relação às regiões temperadas. Na busca por compreender quais os impactos na produção brasileira, as estimativas não são animadoras, porque a maior parte do território encontra-se na zona tropical. Independentemente das consequências econômicas, surge uma preocupação ainda mais relevante, pois se na conjuntura atual a segurança alimentar é debilitada, visto a subnutrição/desnutrição presente na esfera global, mesmo com a elevada

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produção. Pare e pense! Qual o cenário futuro do mundo acerca da redução dessa produção alimentar?

QUESTÕES 1. Nos últimos 50 anos, as temperaturas de inverno na península antártica subiram quase 6 oC. Ao contrário do esperado, o aquecimento tem aumentado a precipitação de neve. Isso ocorre porque o gelo marinho, que forma um manto impermeável sobre o oceano, está derretendo devido à elevação de temperatura, o que permite que mais umidade escape para a atmosfera. Essa umidade cai na forma de neve. Logo depois de chegar a essa região, certa espécie de pingüins precisa de solos nus para construir seus ninhos de pedregulhos. Se a neve não derrete a tempo, eles põem seus ovos sobre ela. Quando a neve finalmente derrete, os ovos se encharcam de água e goram.

Scientific American Brasil, ano 2, n.º 21, 2004, p.80

(com adaptações). A partir do texto acima, analise as seguintes afirmativas. I - O aumento da temperatura global interfere no ciclo da água na península antártica. II - O aquecimento global pode interferir no ciclo de vida de espécies típicas de região de clima polar. III - A existência de água em estado sólido constitui fator crucial para a manutenção da vida em alguns biomas. É correto o que se afirma a) apenas em I. b) apenas em II. c) apenas em I e II. d) apenas em II e III. e) em I, II e III. 2. O gráfico mostra o percentual de áreas ocupadas, segundo o tipo de propriedade rural no Brasil, no ano de 2006.

O esquema representa um processo de erosão em encosta. Que prática realizada por um agricultor pode resultar em aceleração desse processo? a) Plantio direto b) Associação de culturas. c) Implantação de curvas de nível. d) Aração do solo, do topo ao vale. e) Terraceamento na propriedade. 3. O gráfico relaciona diversas variáveis ao processo de formação de solos. A interpretação dos dados

mostra que a água é um dos importantes fatores de pedogênese, pois nas áreas

TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo:

Nacional, 2009 (adaptado). a) de clima temperado ocorrem alta pluviosidade e grande profundidade de solos. b) tropicais ocorre menor pluviosidade, o que se relaciona com a menor profundidade das rochas inalteradas. c) de latitudes em torno de 30° ocorrem as maiores profundidades de solo, visto que há maior umidade. d) tropicais a profundidade do solo é menor, o que evidencia menor intemperismo químico da água sobre as rochas. e) de menor latitude ocorrem as maiores precipitações, assim como a maior profundidade dos solos. 4. A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado. AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996. Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambiental descrito é: a) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas mineradoras. b) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas. c) Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao restante do país. d) Criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os chamados povos da floresta. e) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais e estrangeiras. 5. A interface clima/sociedade pode ser considerada em termos de ajustamento à extensão e aos modos como as sociedades funcionam em uma relação harmônica com seu clima. O homem e suas sociedades são vulneráveis às variações climáticas. A vulnerabilidade é a medida pela qual uma sociedade é suscetível de sofrer por causas climáticas.

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AYOADE, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010

(adaptado). Considerando o tipo de relação entre ser humano e condição climática apresentado no texto, uma sociedade toma-se mais vulnerável quando a) concentra suas atividades no setor primário. b) apresenta estoques elevados de alimentos. c) possui um sistema de transportes articulado. d) diversifica a matriz de geração de energia. e) introduz tecnologias à produção agrícola. 6. A irrigação da agricultura é responsável pelo consumo de mais de 2/3 de toda a água retirada dos rios, lagos e lençóis freáticos do mundo. Mesmo no Brasil, onde achamos que temos muita água, os agricultores que tentam produzir alimentos também enfrentam secas periódicas e uma competição crescente por água. MARAFON, G. J. et aI. O desencanto da terra:

produção de alimentos, ambiente e sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011. No Brasil, as técnicas de irrigação utilizadas na agricultura produziram impactos socioambientais como a) redução do custo de produção. b) agravamento da poluição hídrica. c) compactação do material do solo. d) aceleração da fertilização natural. e) redirecionamento dos cursos fluviais. ____________________________________________ INTERPRETAÇÃO E SEMÂNTICA TEXTUAL

Interpretar é o somatório de comparar o que se lê, com todo nosso histórico e conhecimento vital. Por exemplo, uma piada é um gênero textual revestido de duplo sentido, implícitos, entonação, arte que dependendo dos meus conhecimentos eu vou compreender ou não!

Interpretar um texto vai muito além de gramática e leitura. Interpretar é o calo do estudante atual, e não tem nada a ver somente com língua portuguesa! Para interpretar qualquer texto: seja oral ou escrito, é preciso conhecer alguns pressupostos teóricos:

INTERTEXTUALIDADE: é a relação entre

dois ou mais textos que se caracteriza de um citar o outro.

VISÃO MICRO E MACRO DE UM TEXTO (RELAÇÕES DE HIPÔNIMO E HIPERÔNIMO): se apreender de um texto a

partir dos explícitos e implícitos.

PARÁFRASE: repetir a mesma informação de

um texto- lido ou escrito- sem alterar-lhe o sentido.

Texto Original

Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Paráfrase

eus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra… Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).

PARÓDIA: repetir a mesma informação de um texto- lido ou escrito- transformando o seu sentido, invertendo ideias ou a fim de criticar.

Minha terra tem palmares

onde gorjeia o mar os passarinhos daqui não cantam como os de lá. (Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).

CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO: é o sentido de um texto apoiado no real( denotação) ou fictício ( imaginário)

TEXTO/DISCURSO: é uma unidade linguística concreta, podendo ser percebida na fala ou escrita, que tem sentido e intenção comunicativa.

GÊNERO: é a finalidade de cada texto, seu destino.

Todos os tópicos acima estão relacionados para uma interpretação correta, observe o diagrama abaixo:

Linguagens e suas Tecnologias Elizabete Menezes

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QUESTÕES

QUESTÃO 01

Não se perca na rede

A Internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física nuclear, de cinema a biologia, de religião a sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto. Mas essa avalanche de informações pode atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem perder tempo? É para isso que foram criados os sistemas de busca. Porta de entrada na rede para boa parte dos usuários, eles são um filão tão bom que já existem às centenas também. Qual deles escolher? Depende do seu objetivo de busca.

Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso no mundo todo (Google, por exemplo). Use esse site para pesquisar temas universais. Outros são nacionais ou estrangeiros com versões específicas para o Brasil (Cadê, Yahoo e Altavista). São ideais para achar páginas “com.br”.

(Paulo D’Amaro) Disponível em: <http://galileu.globo.com/edic/116/rep_internet.htm>. Acesso em Julho /2008.

O artigo foi escrito por Paulo D’Amaro. Ele misturou informações e análises do fato.

O período que apresenta uma opinião do autor é

(A) “foram criados sistemas de busca.” (B) “essa avalanche de informações pode

atrapalhar.” (C) “sempre há centenas de sites sobre qualquer

assunto.” (D) “A internet é o maior arquivo público do

mundo.” (E) “Há vários tipos.”

QUESTÃO 02

Texto I

“Sou completamente a favor da flexibilização das relações trabalhistas, pois a velhíssima legislação brasileira, além de anacrônica, vem comprometendo seriamente a nossa competitividade em nível global.”

Texto II

“É uma falácia dizer que com a eliminação dos direitos trabalhistas se criarão mais empregos. O trabalhador brasileiro já é por demais castigado para suportar mais essa provocação.” O Povo, 17 abr. 1997.

Os textos acima tratam do mesmo assunto, ou seja, da relação entre patrão e empregado. Os dois se diferenciam, porém, pela abordagem temática. O texto II em relação ao texto I apresenta uma:

(A) ironia. (B) semelhança. (C) oposição. (D) aceitação. (E) confirmação.

QUESTÃO 03

Leia o texto abaixo e responda a questão.

TODATEEN. Junho de 2002, p. 14.

A expressão “além do”, que aparece em “... além do

drama que ela sofre por nunca ter namorado ninguém,”, introduz uma informação:

A) nova. B) contraditória C) errada D) negativa E) inútil.

QUESTÃO 04

O gráfico expõe alguns números da gripe A-H1N1. Entre as categorias que estão em processo de imunização, uma já está completamente imunizada, a dos trabalhadores da saúde.

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De acordo com o gráfico, entre as demais categorias, a que está mais exposta ao vírus da gripe A-H1N1 é a categoria de: (a) indígenas. (b) gestantes. (c) doentes crônicos. (d) adultos entre 20 e 29 anos. (e) crianças de 6 meses a 2 anos. ____________________________________________

PROBABILIDADE

A palavra probabilidade deriva do Latim probare

(provar ou testar). Informalmente, provável é uma das

muitas palavras utilizadas para eventos incertos ou

conhecidos, sendo também substituída por algumas

palavras como “sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”,

“duvidoso”, dependendo do contexto.

A probabilidade é um número que varia de 0 (zero) a 1

(um) e que mede a chance de ocorrência de um

determinado resultado. Quanto mais próxima de zero

for a probabilidade, menores são as chances de ocorrer

o resultado e quanto mais próxima de um for a

probabilidade, maiores são as chances.

As probabilidades podem ser expressas de diversas

maneiras, inclusive decimais, frações e percentagens.

Por exemplo, a chance de ocorrência de um

determinado evento pode ser expressa como 10%; 5

em 10; 0,20 ou 1/7.

EXPERIMENTO ALEATÓRIO

Experimento é qualquer atividade realizada que pode

apresentar diferentes resultados. Um experimento é

dito aleatório quando não conseguimos afirmar o

resultado que será obtido antes de realizar o

experimento. Um experimento é dito equiprovável se

todos os possíveis resultados possuem a mesma

chance de ocorrer.

ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO

Em uma tentativa com um número limitado de

resultados, todos com chances iguais, devemos

considerar:

ESPAÇO AMOSTRAL (E)

Espaço amostral é o conjunto E cujos elementos são

todos os possíveis resultados que podem ser obtidos

na realização de um experimento.

EVENTO (A)

Evento é qualquer subconjunto de um espaço amostral.

CÁLCULO DE PROBABILIDADES

Seja um evento A de um espaço amostral referente a

um experimento aleatório e equiprovável.

A probabilidade P(A) de se obter o evento A é dada

por:

P(A) =

Onde:

n(A) é o número de elementos do evento A;

n(E) é o número de elementos do espaço amostral

ESTATÍSTICA

A Estatística está presente em todas as áreas da

ciência que envolvam o planejamento do experimento,

a construção de modelos, a coleta, o processamento e

a análise de dados e sua consequente transformação

em informação, para validar hipóteses científicas sobre

um fenômeno observável. Desta forma, a Estatística

pode ser pensada como a ciência de aprendizagem a

partir de dados.

A aplicação de técnicas estatísticas a dados

meteorológicos tem a vantagem de compactar o

enorme volume de dados, medidos, por exemplo, em

uma estação, em uma simples tabela ou uma equação,

capaz de sumariar todas as informações de modo a

facilitar as inferências sobre os dados.

DEFINIÇÃO

A estatística é uma coleção de métodos para planejar

experimentos, obter dados e organiza-los, resumi-los,

analisá-los, interpretá-los e deles extrair conclusões.

Matemática e suas tecnologias Lauro Campos

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NOÇÕES DE ESTATÍSTICA

AMOSTRA

São elementos coletados dentro do vasto universo.

ROL

É toda sequência de dados numéricos.

Exemplo:

Os cincos alunos de uma amostra apresentaram as

seguintes notas na prova bimestral de matemática 6; 4;

8; 7; 8. Apresentando esses dados em rol, temos: (4; 6;

7; 8; 8) ou (8; 8; 7; 6; 4).

CLASSES

Qualquer intervalo real que contenha um rol da

amostra.

MEDIDAS DE POSIÇÃO

São as estatísticas que representam uma série de dados orientando-nos quanto à posição da distribuição em relação ao eixo horizontal do gráfico da curva de frequência. As medidas de posições mais importantes são as medidas de tendência central ou pro médias

(verifica-se uma tendência dos dados observados a se agruparem em torno dos valores centrais). As medidas de tendência central mais utilizadas são:

média aritmética, moda e mediana.

MÉDIA ARITMÉTICA

É igual ao quociente entre a soma dos valores do conjunto e o número total dos valores.

n

xxxM n

a

...21

MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA

Consideremos uma coleção formada por n números, de

forma que cada um esteja sujeito a um peso (valor que

indica a quantidade de vezes em que cada número se

repete).

A média aritmética ponderada desses n números é a

soma dos produtos de cada um por seu peso, dividida

pelos somatórios dos seus pesos, isto é:

n

nn

pppp

pxpxpxM

...

...

21

2211

Nota: "peso" é sinónimo de "ponderação

MODA: (Mo)

É o valor que ocorre com maior frequência.

Quando dois valores ocorrem com a mesma

frequência, cada um deles é chamado de uma moda, e

o conjunto se diz BIMODAL.

Se mais de dois valores ocorrem com a mesma

frequência máxima, cada um deles é uma moda e o

conjunto é MULTIMODAL.

Quando nenhum valor é repetido o conjunto não tem

moda

MEDIANA (Md)

Valor do meio do conjunto de dados, quando os valores

estão dispostos em ordem crescente ou decrescente;

divide um conjunto de dados em duas partes iguais.

Para calcular:

Disponha os valores em ordem (crescente ou decrescente)

Se o número de valores é ímpar, a mediana é o número localizado no meio da lista.

Se o número é par, a mediana é a média aritmética dos dois valores do meio.

MEDIDAS DE DISPERSÃO

Existem algumas medidas chamadas medidas de

dispersão, que procuram mostrar como os elementos

do conjunto se comportam em torno da região central,

ou seja, medidas que mostram se eles estão mais ou

menos dispersos.

Por exemplo, num jogo de duplas de tênis, são

conhecidas as idades dos jogadores:

Equipe A Equipe B

O jogador 1

tem 26 anos;

O jogador 1 tem

45 anos;

O jogador 2

tem 24 anos.

O jogador 2 tem

5 anos.

Veja que, nos dois casos, a média das idades é a

mesma, ou seja, 25 anos.

No entanto, as idades da equipe B estão bem mais

dispersas em torno da média do que as idades da

equipe A.

Duas medidas de dispersão são chamados de

Variância e Desvio-Padrão.

VARIÂNCIA

Veja, por exemplo, o conjunto de dados:

2, 5, 6, 8, 14,

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Onde a média aritmética é 7. A diferença entre cada

valor é a média é chamada desvio. Assim, os desvios

para o nosso conjunto de dados serão:

2 - 7 = -5

5 – 7 = -2

6 - 7 = -1

8 – 7 = 1

14 – 7 = 7

Soma = 0

Observação: a soma dos desvios é sempre nula.

Chamamos variância de um conjunto de dados a média

aritmética dos quadrados dos desvios. No nosso

exemplo, temos:

Valores Média Desvio Quadrados dos

Desvios

2 7 -5 25

5 7 -2 4

6 7 -1 1

8 7 1 1

14 7 7 49

SOMA 80

A variância é :

DESVIO-PADRÃO

O desvio-padrão é definido como a raiz quadrada da

variância, sendo indicado por

Assim, no nosso exemplo, temos:

.

Quetões

01. Em um blog de variedades, músicas, mantras e

informações diversas, foram postados “Contos de

Halloween”. Após a leitura, os visitantes poderiam

opinar, assinalando suas reações em “Divertido”,

“Assustador” ou “Chato”. Ao final de uma semana, o

blog registrou que 500 visitantes distintos acessaram

esta postagem.

O gráfico a seguir apresenta o resultado da enquete.

O administrador do blog irá sortear um livro entre os

visitantes que opinaram na postagem “Contos de

Halloween”.

Sabendo que nenhum visitante votou mais de uma vez,

a probabilidade de uma pessoa escolhida ao acaso

entre as que opinaram ter assinalado que o conto

“Contos de Halloween” é “Chato” é mais aproximada

por:

a) 0,09. b) 0,12. c) 0,14. d) 0,15. e) 0,18.

02. A tabela a seguir mostra a evolução da receita

bruta anual nos três últimos anos de cinco

microempresas (ME) que se encontram à venda.

245210160 ZTecelagem

230230230Y Pizzaria

215210250X Chocolates

200230200 WBalas

240220200V Alfinetes

reais de

milhares) (em

2011

reais de

milhares) (em

2010

reais de

milhares)

(em

2009

ME

Um investidor deseja comprar duas das empresas listadas na tabela. Para tal, ele calcula a média da receita bruta anual dos últimos três anos (de 2009 até 2011) e escolhe as duas empresas de maior média anual. As empresas que este investidor escolhe comprar são: a) Balas W e Pizzaria Y. b) Chocolates X e Tecelagem Z. c) Pizzaria Y e Alfinetes V. d) Pizzaria Y e Chocolates X.

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e) Tecelagem Z e Alfinetes V. 03. (ENEM/2012) O gráfico apresenta o

comportamento de emprego formal surgido, segundo o CAGED, no período de janeiro de 2010 a outubro de 2010.

Com base no gráfico, o valor da parte inteira da mediana dos empregos formais surgidos no período é: a) 212.952. b) 229.913. c) 240.621. d) 255.496. e) 298.041. 04. Uma equipe de especialistas do centro

meteorológico de uma cidade mediu a temperatura do ambiente, sempre no mesmo horário, durante 15 dias intercalados, a partir do primeiro dia de um mês. Esse tipo de procedimento é frequente, uma vez que os dados coletados servem de referência para estudos e verificação de tendências climáticas ao longo dos meses e anos. As medições ocorridas nesse período estão indicadas no quadro:

Em relação à temperatura, os valores da média, mediana e moda são, respectivamente, iguais a: a) 17º C, 17º C e 13,5º C b) 17º C, 18º C e 13,5º C c) 17º C, 13,5º C e 18º C d) 17º C, 18º C e 21,5º C e) 17º C, 13,5º C e 21,5º C

05. Um produtor de café irrigado em Minas Gerais

recebeu um relatório de consultoria estatística, constando, entre outras informações, o desvio padrão das produções de uma safra dos talhões de suas propriedades. Os talhões têm a mesma área de 30 000 m

2 e o valor obtido para o desvio padrão foi de 90

kg/talhão. O produtor deve apresentar as informações sobre a produção e a variância dessas produções em sacas de 60 kg por hectare (10 000 m

2).

A variância das produções dos talhões expressa em (sacas/hectare)

2 é:

a) 20,25. b) 4,50. c) 0,71 d) 0,50. e) 0,25.

Parodias

Tá na moda, tá na moda Então aparece mais E se for a mediana Então a agora o Mo se faz Coloca os números em ordem Retire o termo central Essa é a mediana Olha que sensacional Ilarilarilariê (ô, ô, ô) (3x) É a turma do Esquadrão que vai dando seu alô Ilarilarilariê (ô, ô, ô) (3x) É a turma do Esquadrão que vai dando seu alô Tá na moda, tá na moda Então aparece mais E se for a mediana Então a agora o Mo se faz E se a quantidade for é par Retire os termos centrais É só tirar a sua média Pra ficar lindo demais Ilarilarilariê (ô, ô, ô) (3x) É a turma do Esquadrão que vai dando seu alô Ilarilarilariê (ô, ô, ô) (3x) É a turma do Esquadrão que vai dando seu alô ___________________________________________ A variância é fácil de calcular A soma dos quadrados dos desvios vou juntar Desvio padrão é mole meu irmão É só tirar a raiz E essa é a solução Laurinho Campos agora vai cantar Quanto menor desvio mais regular a a a (2x) Peguei no seu cabelo você diz que ficou louca Falei no ouvidinho vou beijar na sua boca. Você piscou pra mim dizendo estou acompanhada E o cara do seu lado olhando sem entender nada Era ele virar e você me olhava pra gente combinar Um sinal disfarçado com o jeito safado Gostoso de me olhar Vai no banheiro pra gente se beijar Bem lá no escurinho pra ninguém desconfiar Cara de santa mais não me engana não É hoje que eu te pego E você não escapa não

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Vai no banheiro pra gente se beijar Bem lá no escurinho pra ninguém desconfiar Cara de santa mais não me engana não É hoje que eu te pego Você não escapa não Se eu te pego ãh Se eu te beijo ãh Se eu te pego ãh ãh ãh ãh ãh -------------------------------------------------------------------------- Os processos químicos que ocorrem no ambiente, sejam eles naturais ou antrópicos, são o objeto de estudo da Química Ambiental, que analisa alguns fenômenos que ocorrem na Bioesfera, como os ciclos biogeoquímicos, as correntes marítimas e de massa de ar, efeito estufa, aquecimento global, smog fotoquímico, dentre outros. O homem pode contribuir para a modificação de tais fenômenos, entretanto, em escala local. Vejamos algumas explicações sobre estes fenômenos... Camada de Ozônio A máxima concentração de ozônio

corresponde a aproximadamente 28km de altitude. Nela existem cinco moléculas de ozônio para cada milhão de moléculas de oxigênio. O ozônio é mais concentrado nos pólos do que no Equador.

O ozônio é formado naturalmente na estratosfera através da ação fotoquímica dos raios UV (hν) sobre as moléculas de O2, originando inicialmente o oxigênio monoatômico (O).

O2 + hν → O + O

O oxigênio monoatômico (O) reage rapidamente com o O2, na presença de uma terceira molécula M (pode ser outro O2 ou mesmo N2), para formar o ozônio.

O + O2 + M → O3 + M

O ozônio também é consumido naturalmente na estratosfera pela ação dos raios UV (hν) sobre as suas moléculas .

O3 + hν → O2 + O

Adicionalmente, o ozônio reage com o oxigênio atômico regenerando duas moléculas de O2.

O3 + O → O2 + O2

A concentração de ozônio é, portanto, produto de um equilíbrio entre a sua formação e o seu consumo.

Entretanto, em 1982, foi descoberto o 'buraco da camada de ozônio' por uma equipe de investigadores do British Antartic Survey que trabalharam na Baía de Halley, na Antártida. Foram feitas algumas observações que registraram perdas significativas deste gás na região da estratosfera terrestre. A destruição da camada de ozônio aumentou ainda mais pela reação química do ozônio com o cloro dos clorofluorcarbonos (CFCs), liberados na atmosfera pelo uso de aerossóis, aparelhos de ar condicionado, espumas plásticas, solventes, fábricas de plástico e refrigeradores e também como matéria prima na fabricação de isopor. Os mais importantes são o freon-12 (CCl2F2) e o freon-11 (CCl3F). Smog - O termo provém da combinação entre as

palavras: smoke e fog (fumaça e neblina, na língua inglesa). É a mistura de névoa (gotículas de vapor d'água) com partículas de fumaça, formada quando o

grau de umidade na atmosfera é elevada e o ar está praticamente parado. O aumento da incidência de raios UV na superfície da Terra pode agravar o fenômeno.

O smog fotoquímico ocorre a partir de óxidos de

nitrogênio, decorrentes principalmente da emissão dos veículos automotores, que reagem juntamente com compostos orgânicos voláteis na presença de luz, originando o ozônio troposférico. Isso se dá normalmente em dias quentes e secos e esta relacionada ao fenômeno da inversão térmica. Vejamos algumas equações que representam o fenômeno:

NO2 + O2 → NO + O3

NO + O2 → NO2 + ½ O2 ½ O2 + O2 → O3

O smog industrial é uma mistura de poluentes

gasosos, material particulado (como fuligem e cinzas) e dióxido de enxofre, originados principalmente da queima de produtos nas indústrias. O ozônio (O3) é um oxidante fotoquímico e o maior responsável pelos "smogs". Enquanto na atmosfera superior, ele é benéfico para a vida, ao nível do solo, em altas concentrações, torna-se um problema para a saúde e o meio ambiente. Inversão térmica - É um fenômeno que ocorre,

geralmente em cidades muito industrializadas ou localizadas em depressões cercadas de montanhas.

O ar atmosférico é, normalmente, mais quente nas camadas mais baixas da atmosfera (recebe o calor armazenado no solo) e, sendo menos denso, tende a subir - formando as correntes de convecção (convecção térmica) - e fazendo com que o ar frio (mais denso) passe para baixo, dispersando os poluentes. Em certas situações, no entanto, o ar quente passa sobre o ar frio, ficando assim acima dele.

Na interseção do ar quente com o ar frio, forma-se uma camada de inversão, que evita que os poluentes

passem para as camadas superiores da atmosfera, dispersando-se na troposfera e criando uma névoa sobre o local. Acontece principalmente nos períodos de inverno, quando os dias costumam ser mais frios, formando as frentes frias. O fenômeno cessa quando ocorre deslocamento horizontal dos ventos, carregando a camada de inversão, permitindo que o ar quente desça. Chuva ácida – Um dos problemas ambientais mais

sérios da atualidade, causado pelos gases tóxicos liberados na queima de combustíveis fosseis como o carvão e derivados do petróleo. Depois que as chaminés das indústrias e os escapamentos dos carros despejam no ar a sujeira da combustão, uma parte da poluição reage com o vapor de água e outros componentes da atmosfera. Nesse processo, os gases poluentes se transformam em ácidos, que caem sobre a terra misturados com a chuva, neblina ou nevoeiro.

A acidez pode destruir florestas, acabar com os nutrientes do solo, matar a vida aquática e prejudicar a saúde humana. Atinge mais as regiões industrializadas. No Brasil, uma das cidades que mais sofriam com as chuvas ácidas era São Paulo, mas, na última década, a situação melhorou com a instalação de catalisadores nos veículos e filtros das indústrias e, retirada de dióxido de enxofre dos combustíveis. (Revista Mundo estranho,

8/2009, adaptado)

Ciências da Natureza - Química Flávia Vasconcelos

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Vejamos algumas reações: 2 SO2(g) + O2(g) → 2 SO3(g)

2 SO3(g) + 2 H2O(v) → 2 H2SO4(aq) 2 NO(g) + O2(g) → 2 NO2(g)

2 NO2(g) + H2O(v) → HNO3(aq) + HNO2(aq

Agrotóxicos - Nas últimas décadas, a agricultura tem

realizado um enorme esforço no sentido de aumentar a produção de alimentos. As estatísticas relativas a doenças causadas por intoxicações originadas de agrotóxicos vêm trazendo um crescimento preocupante. Atribui-se tal fato ao despreparo do produtor agrícola que, desconhece os efeitos nocivos dos materiais que aplica, não usa os equipamentos de proteção individual e desrespeita os períodos de carência (intervalos de segurança) previstos na legislação vigente.

Vejamos algumas classificações dos agrotóxicos:

¥ INSETICIDAS: combatem a insetos, larvas e formigas. (Organoclorados: compostos à base de

carbono com radicais de cloro. Ex: aldrin, BHC, DDT. Organofosforados: compostos orgânicos derivados do

ácido fosfórico. H3PO4. Embora biodegradáveis, são geralmente muito tóxicos para o ser humano e os vertebrados. São derivados de gases venenosos usados na 2a Guerra, conhecidos como gases de nervos( sarin, tabun, etc). Carbamatos: são derivados

do ácido carbâmico. H2NCOOH. São menos tóxicos para os mamíferos. Alguns deles, no entanto, são muito tóxicos para insetos benéficos, como vespas e abelhas. Ex: carbaril, carbofurano; Piretróides: são compostos

sintéticos com estruturas semelhantes à piretrina, substância existente nas flores do Chrysantemum cinenarialfolium. Sua elevada atividade inseticida permite seu emprego em pequenas dosagens. São pouco tóxicos, mas podem provocar irritação dos olhos e mucosas, assim como manifestações alérgicas e crises asmáticas. Ex : decis, SBP. ¥ FUNGICIDAS: controlam as doenças fúngicas. Os

principais grupos são: captan, hexaclorobenzeno, etileno-bis-ditiocarbamatos e trifenil estânico. Constituem um grande perigo ao meio ambiente, por serem produzidos a partir de princípios ativos à base de cobre e mercúrio. ¥ HERBICIDAS: combatem ervas daninhas. Os

principais são: paraquat, glifosato, pentaclorofenol, dinitrofenóis e os derivados do ácido fenoxiacético (seus derivados constituem o principal componente do agente laranja.(nome comercial . Tordon), usado como

desfolhante na Guerra do Vietnã).

Questões

1. A produção mundial de alimentos poderia se reduzir a 40% da atual sem a aplicação de controle sobre as pragas agrícolas. Por outro lado, o uso frequente dos agrotóxicos pode causar contaminação em solos, águas superficiais e subterrâneas, atmosfera e alimentos. Os biopesticidas, tais como a piretrina e a coronopilina, têm sido uma alternativa na diminuição dos prejuízos econômicos, sociais e ambientais gerados pelos agrotóxicos.

Identifique as funções orgânicas presentes simultaneamente nas estruturas dos dois biopesticidas apresentados: A. Éter e éster. B. Cetona e éster. C. Álcool e cetona. D. Aldeído e cetona. E. Éter e ácido carboxílico.

2. O rótulo de um desodorante aerossol informa ao consumidor que o produto possui em sua composição os gases isobutano, butano e propano, dentre outras substâncias. Além dessa informação, o rótulo traz, ainda, a inscrição “Não contém CFC”. As reações a seguir, que ocorrem na estratosfera, justificam a não utilização de CFC (clorofluorcarbono ou Freon) nesse desodorante:

A preocupação com as possíveis ameaças à camada de ozônio (O3) baseia-se na sua principal função: proteger a matéria viva na Terra dos efeitos prejudiciais dos raios solares ultravioleta. A absorção da radiação ultravioleta pelo ozônio estratosférico é intensa o suficiente para eliminar boa parte da fração de ultravioleta que é prejudicial à vida. A finalidade da utilização dos gases isobutano, butano e propano neste aerossol é A. substituir o CFC, pois não reagem com o ozônio, servindo como gases propelentes em aerossóis. B. servir como propelentes, pois, como são muito reativos, capturam o Freon existente livre na atmosfera, impedindo a destruição do ozônio. C. reagir com o ar, pois se decompõem espontaneamente em dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), que não atacam o ozônio. D. impedir a destruição do ozônio pelo CFC, pois os hidrocarbonetos gasosos reagem com a radiação UV, liberando hidrogênio (H2), que reage com o oxigênio do ar (O2), formando água (H2O). E. destruir o CFC, pois reagem com a radiação UV, liberando carbono (C), que reage com o oxigênio do ar

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(O2), formando dióxido de carbono (CO2), que é inofensivo para a camada de ozônio. 3. No Japão, um movimento nacional para a promoção da luta contra o aquecimento global leva o slogan: 1 pessoa, 1 dia, 1 kg de CO2 a menos! A ideia é cada

pessoa reduzir em 1 kg a quantidade de CO2 emitida todo dia, por meio de pequenos gestos ecológicos, como diminuir a queima de gás de cozinha. Um hamburguer ecológico? É pra já! Disponível em:

http://lqes.iqm.unicamp.br. Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado). Considerando um processo de combustão completa de um gás de cozinha composto exclusivamente por butano (C4H10), a mínima quantidade desse gás que um japonês deve deixar de queimar para atender à meta diária, apenas com esse gesto, é de: Dados: CO2 (44 g/mol); C4H10 (58 g/mol) A 0,25 kg. B 0,33 kg. C 1,0 kg. D 1,3 kg. E 3,0 kg.

4. Um dos processos usados no tratamento do lixo e a incineração, que apresenta vantagens e desvantagens. Em São Paulo, por exemplo, o lixo e queimado a altas temperaturas e parte da energia liberada e transformada em energia elétrica. No entanto, a incineração provoca a emissão de poluentes na atmosfera. Uma forma de minimizar a desvantagem da incineração, destacada no texto, e A. aumentar o volume do lixo incinerado para aumentar a produção de energia elétrica. B. fomentar o uso de filtros nas chaminés incineradores para diminuir a poluição do ar. C. aumentar o volume do lixo para baratear os custos operacionais relacionados ao processo. D. fomentar a coleta seletiva de lixo nas cidades para aumentar o volume de lixo incinerado. E. diminuir a temperatura de incineração do lixo para produzir maior quantidade de energia elétrica.

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