apontos_manual_maria_oliveira_martins_2011 - finanças públicas

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  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Finanas PblicasApontamentos do Manual

    Introduo

    Conceito de Finanas Pblicas

    Noo jurdica = disciplina tica apreciadora de forma crtica da receita edespesa, segundo juzos de justia distributiva.

    A Necessidade do Estudo do Direito Financeiro: a Actividade Financeira do

    Estado

    Actividade financeira baseada em decises polticas

    Actividade financeira construda em funo da satisfao dasnecessidades sentidas por uma comunidade e que so assumidas

    pelo poder poltico;

    impossvel satisfazer todas as necessidades em simultneo,assim como impossvel satisfazer totalmente uma necessidade;

    A actividade financeira pertence ao Estado mediante umadeciso poltica;

    Regime econmico liberal Princpio do mnimo = despesa pblica o + reduzida

    possvel; Princpio do equilbrio = despesa pblica o financiada

    pelas receitas dos impostos;

    Separao entre economia e finanas; Absteno do Estado perante o mercado; Organizao da actividade financeira pblica de forma a

    no incomodar a aco livre dos sujeitos econmicos;

    Princpio da legalidade; Parlamento como forma de garantir a participao

    popular em matria econmica; Papel fundamental do imposto; Equilbrio oramental.

    Regime econmico intervencionista Despesa pblica elevada; Interveno dos Estado no mercado; Regime do ptimo; Receitas do Estado diversificadas; Integrao da economia e finanas num s conceito.

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    A actividade financeira baseada numa racionalidade econmica, com ofim de prosseguir a eficincia do mercado e a justia na distribuio de

    bens

    Paradigma do Estado de bem-estar = afectao das receitas doEstado de forma a prosseguir o ptimo social e procura desolues para assegurar um mercado eficiente e justo

    Eficincia -> Estado intervm no mercado com o fim decolmatar as suas falhas, promovendo o aproveitamento

    ptimo dos recursos produtivos

    Mercado de base individualista em que asempresas se encontram em concorrncia perfeita

    -> afectao ptima dos recursos;

    Processo de transferncias que evitem perdas debem-estar.

    Justia -> Estado no se conforma com distribuiessocialmente injustas feitas pelo mercado, procedendo a

    uma redistribuio de rendimentos

    Igualdade; Equidade; Utilitarismo; Apropriao legtima.

    Funo de estabilizao = Estado usa a sua actividade financeirade forma a estabilizar a economia

    Procura eficincia e justia no mercado; Objectivos

    Emprego elevado; Preos estveis; Crescimento econmico; Subsdios; Balana de pagamentos.

    Actividade financeira provocada por falhas de interveno doEstado

    Factores de influncia das despesas pblicas Falhas de informao -> desperdcio de recursos; Planeamento e sua execuo deficientes; Burocracia excessiva; Influncia dos lobbies, que defendem interesses

    privados;

    Despesismo poltico;

    Oscilao poltico-eleitoral;

    Critrios que

    influenciam a actuao

    do Estado no mercado

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    Despesas indevidamente realizadas que no sofiscalizadas;

    Pouca responsabilizao financeira; Corrupo.

    Teoria da escolha pblica = contestao acerca de umbem comum prosseguido por agentes polticos,argumentando que eles s procuram prosseguir os seus

    prprios interesses.

    Incapacidades / Falhas de Mercado

    Bem = necessidade da comunidade; Incapacidade = falha = bem produzido de forma pouco eficiente; Razes

    Desequilbrio entre a utilidade individual e a utilidade social naproduo e uso de um bem -> produo deficiente do bem;

    Gerao de custos / benefcios sem que se consiga imput-los aquem os provoca;

    Produo do bem provoca o fim da concorrncia nesse mercado. Solues

    Prescindir da utilidade do bem = impossibilidade de viver emsociedade por renncia ao Direito, defesa, segurana,

    ordem social, etc. por serem bens dos quais dependem muitos

    outros;

    Procura de outros meios de produo dos mesmos bens. Exemplos

    Necessidades colectivas que s conseguem ser saciadas combens que raramente existem no mercado;

    Concorrncia imperfeita; Externalidades no resolvidas por boa vizinhana; Assimetria de informao -> distoro de preo / qualidade; Mercados incompletos = mercados que no produzem todos os

    bens;

    Desemprego; Inflao; Desequilbrio.

    Bens colectivos / pblicos puros = bens cuja produo no mercado insuficiente para satisfazer as necessidades da comunidade, de modo

    que o Estado se v obrigado a produzi-los Caractersticas

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    Produo pouco lucrativa; Bens de satisfao passiva = consumidor no tem que se

    esforar para beneficiar dele;

    No so exclusivos pelo que quando um sujeito temacesso a eles, todos os outros tambm o tm,impossibilitando a sua excluso;

    Custo marginal = 0. Exemplos

    Defesa nacional; Justia; Farol.

    Utilidade social > utilidade individual -> produtores noconseguem exigir preo pelo bem aos seus consumidores;

    Financiamento atravs de impostos Quantum indeterminado, determinvel mediante o

    processo poltico.

    Raros. Bens pblicos impuros

    Custo marginal = 0; Congestionveis pelo que quanto + pessoas utilizam o bem, em

    simultneo, menos utilidade se retira deles;

    Exemplos Excluso de utilizadores s se justifica quando a utilidade

    marginal diminui com o aumento de consumidores simultneos

    do bem (bem de clube);

    Produzidos no mercado se for possvel excluir consumidores ->falha de mercado que deve ser colmatada pela actuao do

    Estado.

    Falhas na concorrncia / concorrncia imperfeita Monoplio

    Formao Custos decrescentes na produo de um bem ->

    monoplio natural;

    Determinao governativa -> monoplio artificial. Renda monopolista = sobrelucro empresarial -> preo

    superior ao preo mdio;

    Interveno do Estado para colmatar o monoplio Produo do bem monopolizado; Abaixamento administrativo dos preos.

    Externalidades = efeitos externos das condutas econmicas Positivas = benefcios a terceiros

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    Dfice no fornecimento dos bens. Negativas = prejuzos a terceiros

    Proliferao das actividades que as provocam. Relaes de vizinhana = bom senso dos sujeitos econmicos

    Regula maioria das externalidades. Interveno do Estado para colmatar as externalidades

    Promover a socializao da externalidade; Estabelecimento de regime jurdico aplicvel s

    situaes;

    Princpio do poluidor-pagador; Imposto geral sobre benefcios auferidos; Financiamento de certas actividades.

    Assimetria de informao Causa de desequilbrio entre oferta e procura -> mercado

    ineficiente;

    Interveno do Estado para colmatar a assimetria de informao Normas jurdicas que imponham o fornecimento de mais

    informao;

    Fiscalizao da informao disponibilizada; Tomada de controlo de servios informativos.

    Informao deve ser abundante e dada a todos. Mercados incompletos

    O mercado no consegue prever todas as necessidades dosconsumidores;

    Incerteza e risco da actividade econmica H riscos que s podem ser cobridos a custo muito

    elevado -> desproporcionalidade face ao risco

    Interveno do Estado para suprir o risco eincerteza da actividade econmica

    Promoo dos seguros. Falta de coordenao entre agentes do mercado; Mercados complementares

    Bem cuja produo no rentvel sem que se produzaoutro

    Interesse de produo conjunta; Risco de fracasso por falta do bem

    complementar.

    Soluo do mercado No produo dos bens; Produo individual dos bens numa quantidade

    mnima.

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    Interveno do Estado para cobrir o mercadocomplementar

    Promover a cooperao entre os produtores dosbens complementares.

    Desemprego, inflao e desequilbrio Mau funcionamento do mercado = desemprego + inflao.

    Os 2 Braos do Direito Financeiro

    A Receita Pblica

    Noo = recurso obtido durante um dado perodo, atravs do qual osujeito pblico pode satisfazer as despesas pblicas que lhe esto

    atribudas;

    Tipos Patrimoniais = oriundas da gesto de bens titulados / dispostos

    pelo Estado, com o objectivo de satisfazer as suas necessidades

    Patrimnio dominal = domnio pblico + privado; Patrimnio creditcio / obrigacional

    Crditos; Direitos de participao social;

    Direitos de contedo patrimonial e imaterial; Saldos de tesouraria do Estado; Participao do Estado em empresas; Titularidade empresarial.

    Activos = valorizao econmica dos bens e direitos dopatrimnio do Estado

    Patrimnio real = coisas e direitos sobre elaspertencentes ao Estado;

    Patrimnio financial = dinheiro, activosmonetrio-financeiros, crditos e dbitos doEstado;

    Patrimnio mobilirio = direitos sobre mveis ede objecto imaterial do Estado;

    Patrimnio imobilirio = imveis pertencentes aoEstado.

    Passivos = onerao de bens e direitos susceptveis deavaliao pecuniria

    Dvidas; Encargos; Responsabilidades.

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    Patrimnio bruto = activos + passivos; Patrimnio lquido = activospassivos; Patrimnio duradouro = permanece na esfera jurdica do

    Estado aps o perodo oramental;

    Patrimnio no duradouro = esvanece da esfera jurdicado Estado durante o perodo oramental; Receitas correntes = no alteram a situao do

    patrimnio duradouro do Estado;

    Receitas da capital = alteram a situao do patrimnioduradouro do Estado;

    Dvida flutuante = activos e passivos correspondentespermanecem no patrimnio do Estado aps perodo

    oramental;

    Dvida fundada = activos e passivos correspondentesdeixam o patrimnio do Estado aps perodo oramental;

    Patrimnio da tesouraria = meios monetrios do Estado ede liquidez do patrimnio no duradouro

    Gesto autnoma No sujeita a contabilidade patrimonial; No sujeita a disciplina oramental.

    Origem Gesto normal do patrimnio no est sujeita

    disciplina oramental; Disposio de elementos do activo = alienaes /

    oneraes de bens do activo patrimonial.

    Creditcias Origem geral = dilao temporal de 2 prestaes ->

    benefcio para, pelo menos, 1 sujeito da operao;

    Estado pode ocupar a posio de credor ou devedor; Crdito pblico = situaes passivas do Estado = Estado

    enquanto devedor;

    Dvida pblica = conjunto de todos os crditos pblicostitulados pelo Estado

    Financia dfice global do oramento do Estado; Dvida fundada e reembolsvel nos perodos

    oramentais seguintes;

    Sentido amplo = tudo o que implique operaesde crdito;

    Sentido restrito = situao na qual 1 entidadepblica devedor em virtude de 1 operao

    financeira, pela qual lhe foram prestados activos

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    financeiros, devendo reembols-los e/ou pagar

    juros/rendas

    Crdito; Dvida pblica financeira

    Dvida principal / directa = Estadodeve dada quantia; Dvida acessria = Estado responde

    subsidiariamente no caso do

    devedor principal incumprir;

    Dvida flutuante = vence noperodo oramental em que a

    dvida foi constituda

    1 ano para ser paga na

    totalidade;Normalmente, contrada

    por falta de coincidncia

    entre as datas de

    recebimento e pagamento.

    Dvida fundadaTem + de 1 ano para ser

    paga na totalidade;

    Vence aps o perodo

    oramental em que a dvidafoi contrada;

    Dvida perptua /

    consolidada = Estado

    obrigado ao pagamento de

    juro anual, podendo ter o

    dever ou no de reembolso;

    Dvida temporria = Estado

    sujeito a um prazo de

    reembolso.

    Dvida interna = contrada noprprio pas;

    Dvida externa = contrada noestrangeiro;

    Dvida efectiva = Estado devedora uma entidade estranha ao sector

    pblico;

    Dvida fictcia = Estado devedorde entidade pblica;

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    Instrumentos = meios de recurso aemprstimos pblicos por parte do

    Estado

    Bilhetes do Tesouro =

    valores mobilirios de curtoprazo, podendo ser

    emitidos com prazos at 1

    ano

    Valor mnimo de 1

    euro;

    Ttulo de cupo zero

    = amortizveis pelo

    seu valor facial /

    nominal;Assegurar aos

    subscritores uma

    remunerao real.

    Obrigaes de tesouro =

    valores mobilirios de

    mdio e longo prazo

    Principal

    financiador.

    Produtos de aforro =reembolsveis vista

    Prazo de emisso =

    10 anos;

    Certificados de

    aforro ->

    investimento

    mnimo de 100

    euros;

    Certificados do

    tesouro ->

    investimento

    mnimo de 1000

    euros;

    Visam captar

    poupanas

    familiares;

    Emitidos a favor de

    particulares;

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    No se transmitempor morte do titular.

    Acordos de reporte

    Satisfazer

    necessidadespontuais de

    financiamento de

    curto prazo;

    Venda de ttulos de

    vida pelo Instituto

    de Gesto do

    Crdito Pblico, com

    o objectivo de os

    readquirir dentre deum dado prazo.

    Recurso linha de Euro-

    Commercial Paper

    Complementam

    acordos de reporte;

    Colmatam

    necessidades de

    financiamento de

    curto prazo.Emisso de dvida em

    moedas no-euro

    Mdio / longo

    prazo;

    Colmata

    necessidades

    adicionais, marginais

    e pontuais de

    financiamento.

    Agncias de notao financeiraAvaliam o risco envolvido

    na compra de instrumentos

    de dvida pblica;

    O risco equivale

    probabilidade de

    cumprimento das

    obrigaes do pagamento

    por parte dos Estados a

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    quem lhes empresta

    dinheiro;

    Colmatam a assimetria

    informativa do lado dos

    investidores face situaofinanceira dos Estados;

    Financiadas por quem

    pretende ser avaliado por

    elas.

    Regime jurdico da dvida pblicaAutorizao da dvida

    pblica

    Assembleia da

    Repblica ->nulidade (161, h

    CRPA);

    31, e LEO;

    12, h, 5 LEO;

    No se aplica o

    regime das

    autorizaes

    legislativas.

    Gesto da dvida pblicaFeita pelo Instituto

    de Gesto da Dvida

    Pblica.

    Amortizao da dvida

    pblica

    Forma de extino

    de dvida;

    Sentido lato =

    pagamento de juros

    e outras rendas;

    Sentido estrito =

    pagamento das

    prestaes de

    capital.

    Prescrio da dvida pblica

    Forma de extino

    de dvida;

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    Juros e rendasperptuas

    prescrevem ao fim

    de 10 anos aps

    respectivovencimento /

    vencimento de juros

    / rendas posterior

    ao dos ltimos

    cobrados.

    Regime da dvida acessria doEstado

    Forma de fiana ou aval;

    Asseguram a realizao deoperaes de crdito e

    outras de carcter

    financeiro;

    Funda-se no interesse

    pblico econmico;

    Princpio da igualdade;

    Respeitam as regras de

    concorrncia;

    161, h CRP. Tributrias

    Fundamenta-se num dever genrico de cobertura dosencargos pblicos pertencente totalidade dos membros

    de uma comunidade;

    Obtm-se no exerccio do poder autoritrio do Estado; Imposio patrimonial aos particulares; Impostos = prestaes pecunirias correntes, devidas em

    cumprimento de uma obrigao legal, definitivas,

    exigidas coercivamente pelo Estado sem compensar

    imediata / directamente o pagador;

    Taxas = prestaes pecunirias bilaterais Princpio da proporcionalidade; Princpio do benefcio.

    Contribuies financeiras a favor de entidades pblicas 165, i CRP; So contribuies sociais; Receita parafiscal; Obrigatrias e correntes;

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    Contrapartida = prestao social futura a favor dorespectivo contribuinte.

    Despesa Pblica

    Viso Clssica

    Reduo necessria e indispensvel do patrimnio; Gastos com actividade e funes do Estado; Empobrecimento dos cidados contribuintes.

    Viso Contempornea

    Despesa pblica como instrumento pblico de redistribuio da riqueza Estado orienta o rendimento nacional; Assegura a solidariedade social; Estabiliza a economia.

    Despesa pblica como matria exclusivamente jurdica.

    Conceito de Despesa Pblica

    Despesa Pblica = gastos dos crditos previamente aprovados nosoramentos das administraes pblicas

    Administrao central; Administrao estadual; Administrao local; Fundos da segurana social.

    Realidades oramentais -> aplicao, mediante os mecanismosjuridicamente estabelecidos, dos crditos previamente aprovados nooramento correspondente para assim enfrentar as obrigaes de

    contedo econmico do ente pblico em causa;

    Consumos = despesas de funcionamento do Estado + encargoscorrentes da dvida pblica

    Consumo pblico + juros / despesas correntestransfernciascorrentes;

    Diminuem o activo lquido do Estado -> impossibilidade degerarem nova riqueza;

    Deve corresponder ao mnimo indispensvel.

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    Transferncias = prestaes unilaterais do Estado dirigidas a outraentidade econmica, sem que haja contrapartida dela

    Criao de riqueza; Correntes = financiam as despesas de consumo da entidade

    receptora; De capital = financiam as despesas de capital da entidade

    receptora;

    Transferncias = transferncias de capital + transfernciascorrentes.

    Investimentos = despesas de capital Despesas com efeitos na formao de capital fixo, que perduram

    no tempo, estendendo-se os seus efeitos para alm do perodo

    oramental a que dizem respeito;

    Diminuem o activo lquido do Estado; Geram contrapartidas em temos de acrscimo de bens

    duradouros.

    Meios econmicos monetrios Despesa pblica = gastos contabilizveis; Gastos ocultos = gastos no contabilizveis.

    Estrutura e Dimenso do Sector Pblico Portugus

    Conceito e Esquema do Sector Pblico

    Sector Pblico = entidades pblicas que exercem a actividade financeira,conforme as normas jurdicas de Direito Financeiro;

    Tendncia que as receitas prprias do sector pblico acompanham adescentralizao administrativa;

    Sector pblico administrativo = Estado actua financeiramente atravs dergos da administrao pblica e sem fins lucrativos

    1 nvel = Estado e entidades pblicas dependentes do Estado Administrao central integrada = Estado em sentido

    estrito = servios dotados de autonomia administrativa;

    Servios e fundos autnomos entidades comautonomia administrativa e financeira;

    Segurana social; 105, 1 CRP + 2, 1 LEO.

    2 nvel = administrao descentralizada a nvel territorial epoliticamente desconcentrada do Estado

    Autarquias locais = descentralizao territorial;

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    Regies autnomas = desconcentrao poltica; Independncia oramental = regime oramental prprio; Sectores autrquicos e regionais

    Administrao local Organismos centrais municipais e dasfreguesias; Servios municipalizadas.

    Sector empresarial local = empresas municipais,intermunicipais e metropolitanas + entidades

    empresariais locais;

    Regies autnomas Departamentos regionais; Servios e fundos autnomos da

    administrao regional. Sector empresarial das regies autnomas =

    empresas pblicas + empresas participadas

    regionais;

    Permetro oramental -> exerccio da actividadeadministrativa;

    Independncia oramental. Sector empresarial do Estado = actuao financeira do Estado atravs de

    entidades com forma jurdica empresarial, cuja actividade

    desencadeada por critrios econmicos Empresas pblicas; Empresas pblicas empresariais; Empresas participadas; Independncia oramental = regime oramental prprio.

    A Distino Entre o Sector Pblico Administrativo e o Sector Empresarial do

    Estado: a 1 Grande Fronteira a Estabelecer no Seio do Sector Pblico

    Permetro oramental -> sector administrativo, excluso do sectorempresarial que tem as suas regras prprias;

    Regime contabilstico pblico comum VS regime prprio do sectorempresarial;

    Todas as entidades, cujas contas entrem no clculo do dfice, devem sersujeitas ao controlo do Governo e ao princpio da estabilidade

    oramental.

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Sector Pblico Administrativo

    Os servios integrados = servios e organismos do Estado semautonomia administrativa e financeira (2, 2 LEO)

    Sujeitos ao controlo governamental; Sujeitos interveno de rgos de planeamento (2, 4 LEO?); Oramento includo no oramento de Estado; No podem contrair emprstimos.

    Servios e fundos autnomos 2, 3 LEO= servios e organismos do Estado com autonomia

    administrativa e financeira que no sejam uma empresa /

    fundao / associao pblica;

    2, 3, c LEO= cobrem as suas despesas com receitas prprias; Autonomia administrativa e financeira = dirigentes competentes

    por contrarem despesas e gerirem o seu pagamento;

    Oramento prprio executado de acordo com a fiscalizao doMinistrio das Finanas e Tribunal de Contas;

    Mediante autorizao do Ministro das Finanas, podem recorrerao crdito;

    Tm patrimnio prprio; Nem sempre tm personalidade jurdica.

    Segurana social 105 CRP= sujeio das suas despesas e receitas ao princpio da

    autorizao poltica parlamentar;

    63 CRP Direito segurana social; Funes do Estado face segurana social; Princpios fundamentais da segurana social

    N 1= princpio da universalidade -> todos devemter acesso segurana social;

    N 2= primado do sector pblico na gestofinanceira da segurana social -> Estado como

    destinatrio da norma consagradora do direito

    segurana social porque ele quem organiza,

    coordena e subsidia o sistema que serve esse fim;

    N 2= princpio da unidade -> segurana socialno pode estar fragmentada;

    N 2= princpio da descentralizao -> seguranasocial autnoma face ao Estado;

    N 2= princpio da participao -> Estado devepromover intervenes de assembleias

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    representativas dos beneficirios nas tarefas

    cometidas segurana social;

    Princpio da acessibilidade econmica dasegurana social = Estado deve suportar os custos

    da segurana social; N 5= pluralidade institucional -> Estado deve

    promover a existncia de instituies particulares

    de solidariedade social;

    Princpio da equidade intergovernamental =repartio equitativa dos encargos e ganhos com

    a segurana social pelas diferentes geraes.

    Actividade financeira do Estado = pretende cobrir obrigatria euniversalmente as carncias sociais por prestaes

    compensatrias Obteno de receitas; Gesto de recursos; Realizao de despesas.

    Sistemas de proteco Sistema de proteco social de cidadania

    Financiado pelas receitas gerais da seguranasocial;

    Funes Garante os direitos bsicos dos cidados; Garante a igualdade de oportunidades; Promove o bem-estar social; Promove a coeso social.

    Composio Subsistema de aco social

    Abrange a populao + vulnervel; No h contribuio prvia; Tarefas do Estado

    Prestaes em espcie;

    Acesso rede nacional de

    servios;

    Acesso a equipamentos

    sociais;

    Programas de combate

    pobreza.

    Princpio da subsidiariedade =preferncia concedida a

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    instituies privadas, famlias e

    comunidades;

    No h auto-financiamento porno haver contraprestao do

    servio prestado; Financiado pelo Estado.

    Subsistema de solidariedade Abrange todos os cidados; Tarefas do Estado

    Satisfao das necessidades

    essenciais dos +

    carenciados;

    Integrar progressivamente

    a nvel social e profissionalos + carenciados.

    Pagamento de prestaespecunirias feito pelo Estado;

    No h auto-financiamento porno haver contraprestao do

    servio prestado;

    Financiado pelo Estado. Subsistema de proteco familiar

    Abrange todos os cidadosresidentes em Portugal;

    Compensa encargos familiaresacrescidos no caso da ocorrncia

    de factos legalmente previstos;

    Pagamento de prestaespecunirias feito pelo Estado;

    No h auto-financiamento porno haver contraprestao do

    servio prestado;

    Financiado pelo Estado. Sistema previdencial

    Financiado pelas receitas das contribuies dasentidades patronais;

    Abrange todos os trabalhadores que esto dealgum modo em desvantagem;

    Pagamento de prestaes pecunirias feito peloEstado, substitutivas do rendimento de trabalho

    em casos que o justifiquem;

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

    19/62

    Estado assume despesa pblica; Requisitos do direito s prestaes

    Trabalhadores inscritos na seguranasocial;

    Cumprimento das obrigaescontributivas. Sistema de repartio de quotizaes; Quotizaes = contribuio por financiamento da

    segurana social que resulta da aplicao de 1

    taxa sobre os rendimentos de trabalho.

    Sistema complementar Completa o subsistema previdencial, onde o seu

    rendimento no suficiente ou no est previsto;

    Oferecido pelo Estado -> regime pblico decapitalizao -> refora a proteco social dos

    beneficirios;

    Iniciativa colectiva; Iniciativa individual; Prestaes do Estado = despesa pblica suportada

    pelas receitas gerais previstas no Oramento de

    Estado

    Organizar o sistema complementarpblico;

    Articula a legislao do sistemacomplementar com a do sistema

    previdencial;

    Regula, supervisa e fiscaliza os regimescomplementares;

    Institui mecanismos de garantia dosregimes complementares.

    Garantido pela capitalizao dos montantesinvestidos no prprio sistema.

    Oramento da segurana social tem que respeitar ocritrio do equilbrio do activo de tesouraria (28 LEO);

    Contribui para o cumprimento do princpio deestabilidade oramental (10 LEO);

    10-B LEO= dever de solidariedade recproca -> contribuirpara que o saldo global de todo o sector pblico

    administrativo seja nulo / excedentrio;

    Deve ter em conta a sustentabilidade financeira;

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Oramento da segurana social deve ser projectado alongo prazo;

    Princpio da equidade intergeracional = evitar a oneraoexcessiva de uma gerao perante as outras

    Dificuldades Dvida implcita (responsabilidades

    financeiras no cobertas pela segurana

    social) > limites de dfice e dvida

    impostos pela UE;

    Contabilidade geracional negativa = idososcontriburam menos do que os jovens

    tero que contribuir para auferirem das

    mesmas vantagens de segurana social;

    Consequncias Imposio de encargos maiores

    para os jovens;

    Formao de opinio negativasobre o sistema de repartio;

    CombateElevao da idade de

    reforma;

    Reduo de reformas

    antecipadas;Aumento da penalizao

    das reformas antecipadas;

    Alterao das regras de

    atribuio, frmulas de

    clculo e alterao dos

    benefcios sociais para

    serem + severos.

    Autarquias Locais 238 CRP= autonomia financeira e independncia oramental

    Elaboram e aprovam o seu oramento, plano e de outrosdocumentos previsionais e de prestao de contas;

    Arrecadam e dispem de receitas atribudas por lei; Gerem o seu patrimnio.

    Regime de enquadramento oramental prprio; Receitas prprias no so suficientes para cobrir a totalidade das

    despesas;

    Sujeitas ao exerccio de uma tutela inspectiva de legalidade;

    Princpios idnticos aos do oramento de Estado;

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Contribuem para os objectivos oramentais traados pelapoltica econmico-financeira tomada por Portugal, perante a

    UE;

    Limitadas pelos limites mximos de endividamento; Tm o direito de receber quantias monetrias para prosseguirem

    os seus objectivos;

    Direito manuteno das suas autonomias administrativa efinanceira;

    238, 2 CRP= princpios da solidariedade e igualdade activa; Direito a recursos financeiros oriundos de rendimentos e

    impostos locais;

    238, 3 CRP= receitas prprias; 238, 4 CRP= direito a poderes tributrios; Nem todas as suas receitas so receitas prprias; Regime das finanas locais = reserva relativa da AR (165, 9 CRP); Receitas das autarquias

    Transferncias oramentais = transferncias financeirasdo Estado para autarquias locais

    Principal fonte de receita; Procura dotar as autarquias de condies

    financeiras adequadas prossecuo das suas

    metas, a correco das desigualdades e ao

    desenvolvimento do pas;

    Operadas mediante o oramento de Estado, peloque define em concreto o que pertence a cada

    autarquia.

    Receitas tributrias 238, 4 CRP= existncia de poderes tributrios

    autrquicos

    Manifestaes PositivasPoderes de fixao da taxa

    do IMI sobre prdios

    urbanos;

    Poder de lanamento da

    derrama at 1, 5 % do IRC.

    Negativa = concesso de isenestotais / parciais e benefcios fiscais.

    Receitas patrimoniais; Receitas creditcias; Etc.

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Regies Autnomas Autonomia financeira

    Autonomia patrimonial Possibilidade de disposio de bens prprios; Liberdade de disposio dos bens que o integram,

    sem sujeio a qualquer poder de

    superintendncia / tutela do Estado (227, 1, h

    CRP).

    Independncia oramental Poder de aprovar plano de desenvolvimento

    econmico e social prprio + oramento regional

    + (227, 1, p CRP);

    Consequncia da autonomia financeira; 225 CRP; Implica a substituio da aco do Estado no

    territrio correspondente, em vrios domnios;

    Poderes tributrios regionais; Regime de enquadramento oramental prprio; Mesmos princpios oramentais do oramento de

    Estado (105 CRP);

    Dever de garantir a estabilidade oramental. Autonomia de tesouraria

    227, 1, i/j/r CRP; Poder tributrio prprio; Poder de adaptao do sistema fiscal nacional s

    espeficidades regionais (227, 1, i CRP);

    Receitas fiscais cobradas / geradas nas regies(227, 1, j CRP);

    Participao das receitas tributrias do Estado(227, 1, j CRP).

    Concretizao da autonomia financeira e definio dos seustermos

    Reserva absoluta da AR (164, t CRP) Definio da solidariedade nacional

    constitucionalmente prescrita;

    Definio do papel das regies no que toca participao das receitas do Estado;

    Forma concreta do exerccio do poder tributrioprprio e do poder de adaptao do sistema fiscal

    adicional s especificidades regionais;

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Definio da possibilidade de prestao degarantias pessoais aos emprstimos contrados

    pelas regies;

    Limites mximos aos emprstimos e sanes acumprir em caso de desrespeito.

    Solidariedade nacional Princpio da solidariedade nacional (225, 2 + 229 CRP)

    Obrigaes do Estado Garantir nvel adequado de servios

    pblicos e actividades privadas;

    Transferir para as regies, dotando-as dosmeios necessrios para prosseguirem os

    seus fins;

    Eliminar as desigualdades, consequnciada sua situao de insularidade /

    ultraperiferia em relao ao restante

    territrio;

    Comparticipar em incentivos ao sectorprodutivo das regies;

    Financiar projectos de interesse comum; Conceder apoios extraordinrios em

    situaes imprevistas.

    Obrigaes das Regies Desenvolver o pas de forma equilibrada; Promover estabilidade oramental; Cumprir objectivos poltico-econmicos de

    Portugal;

    Coordenar as suas finanas com as doEstado

    Direito e dever de informar e serinformado em matria econmico-

    financeira;

    Apresentar estimativa anual sobreas finanas regionais;

    Apresentar relatrios trimestraiscom estimativas financeiras

    regionais;

    Reduzir limites legais deendividamento se for necessrio;

    Controladas a nvel administrativo,poltico e jurisdicional.

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    Receitas Tributrias

    Do Estado cobradas nas regies / com conexocom residentes / representados bens nelas

    localizados IRS das pessoas singulares residentes nas

    regies;

    IRC das pessoas colectivas sediadas nasregies;

    IVA das operaes feitas nas regies; Impostos especiais sobre o consumo de

    bens s comercializados nas regies;

    Imposto de selo; Impostos extraordinrios.

    Do Estado sobre rendimentos de pessoas semresidncia / sede no territrio portugus

    IRS; IRC.

    Prprias, resultantes do exerccio de podertributrio prprio

    Formas de exercer o poder tributrio Adaptao do sistema fiscal s

    espeficidades regionais (227, i CRP)Competncia das

    assembleias legislativas

    regionais.

    Criao de impostos regionaisCompetncia das

    assembleias legislativas

    regionais.

    Criao de adicionais a impostosCompetncia das

    assembleias legislativas

    regionais.

    Estabelecimento de taxas, pelasassembleias legislativas regionais.

    Creditcias Dvida principal

    Recurso ao crdito (227, 1, h / p CRP) Emprstimos pblicos de longo

    prazo -> dvida fundada -> financia

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    Participao sobre os resultados lquidos daexplorao dos jogos sociais explorados pela

    Santa Casa da Misericrdia de Lisboa.

    A dimenso relativa dos vrios subsectores do sector pblicoadministrativo

    Necessidade de reduo da despesa pblica Pilares do Direito oramental

    Equilbrio oramental substancial global dasadministraes pblicas;

    Equidade intergeracional; Programao oramental; Princpios dos 3 Es; Sujeio a controlo poltico, administrativo,

    jurisdicional + responsabilizao pela execuooramental.

    O Sector Empresarial do Estado

    Introduo

    Constri e gere infra-estruturas pblicas fundamentais;

    Presta servios pblicos essenciais; Responsvel por vrias funes instrumentais; Estado participa directa e indirectamente em empresas

    Empresas pblicas Financeiras = com actividade financeira; No financeiras = sem actividade financeira.

    Caracterizao Jurdica

    Empresas pblicas = Estado detm influncia determinante Empresas pblicas societrias = sociedades constitudas nos

    termos da lei comercial;

    Entidades pblicas empresariais = sociedades constitudas peloGoverno e sujeitas a tutela econmica e financeira do Ministro

    das finanas.

    Empresas participadas = Estado no tem influncia determinante; Direito privado; Participao permanente do Estado.

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Independncia Oramental

    Actividade do sector empresarial do Estado deve contribuir para oequilbrio econmico e financeiro do conjunto do sector pblico.

    Sector Empresarial Local

    Conjunto das empresas municipais, intermunicipais e metropolitanas,constitudas nos termos da lei comercial, em que os municpios e reas

    metropolitanas de Lisboa e Porto possam exercer influncia dominante;

    Objecto = explorao de actividades de interesse geral, promoo dodesenvolvimento local e regional e gesto de concesses;

    Engloba entidades empresariais locais sendo pessoas colectivas deDireito Pblico por municpios, associaes de municpios e reas

    metropolitanas de Lisboa e Porto;

    Independncia oramental mitigada Orbitam volta da actividade financeira municipal; Necessidade de evitar fraudes aplicao das regras de

    contabilidade pblica.

    Podem contrair mas no conceder emprstimos; Endividamento tem que estar previsto no oramento de cada empresa.

    Sectores Empresariais das Regies Autnomas

    1 sector por regio; Conjunto das empresas pblicas e empresas participadas; Independncia oramental mitigada.

    Reflexos Oramentais da Relao do Estado com o seu Sector Empresarial

    Despesas que se reflectem no oramento do Estado, no domnio dasrelaes com o sector empresarial

    Dotaes de capital; Subvenes do Estado s empresas pblicas; Concesso de emprstimos;

    Assuno de passivos -> tomada de dvidas de empresas peloEstado;

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Assuno de compromissos de despesas -> concesso degarantias a operaes financeiras de empresas pblicas

    Facilitam / melhoram as condies financeiras naobteno de fundos nos mercados financeiros;

    Estado passa a ser devedor subsidirio da empresa aquem concedeu a garantia -> Estado s age se empresa

    entrar em incumprimento.

    Receitas geradas pelo sector empresarial do Estado com reflexosoramentais

    Dividendos pagos ao Estado; Recuperao de crditos; Remunerao do capital estatutrio; Privatizaes.

    Notas Fulcrais

    Empresarializao dos sectores do Estado -> + rentabilizao dosrecursos disponveis e de captao de investimento privado.

    Portugal, Estado-membro da UE

    As Finanas Pblicas da UE

    Principais despesas da UE Agricultura, desenvolvimento rural, ambiente e pescas ->

    crescimento sustentvel dos Estados-membros

    Poltica agrcola comum Fundo europeu agrcola de garantia; Fundo europeu agrcola para desenvolvimento

    rural. Fundo europeu das pescas; Fundo social de desenvolvimento regional; Fundo de coeso; Fundo social europeu.

    Administrao e manuteno da UE Cidadania; Segurana; Justia.

    Principais receitas da UE Direitos aduaneiros cobrados nas fronteiras exteriores da UE;

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    Direitos niveladores agrcolas; Quotizaes de acar; Taxa sobre IVA; Taxa sobre RNB; Etc.

    Oramento da UE Anual; Princpio da especificao; Princpio da boa gesto financeira; Princpio da transparncia; Princpio da execuo; Princpio da prestao de contas; Princpio do equilbrio entre despesas e receitas; Impossibilidade de recorrer ao crdito; Processo oramental

    Proposta de oramento pela Comisso ao ParlamentoEuropeu e Conselho;

    Conselho assume posio perante o Parlamento; Parlamento Europeu abstm-se / concorda com proposta

    = oramento aprovado;

    Parlamento Europeu altera proposta = comit deconciliao para acordar vontades entre o Parlamento eConselho;

    Parlamento e Concelho de acordo / Parlamento ouComisso abstm-se / Parlamento aprova com 3/5 dos

    votos = oramento aprovado;

    Rejeio do Parlamento Europeu / absteno doConselho e Parlamento = Comisso tem de apresentar

    nova proposta de oramento.

    Execuo oramental Tarefa da comisso; Cooperao dos Estados-membros; Parlamento Europeu e Conselho, aps consultarem TCE,

    elaboram regras financeiras sobre a elaborao e

    execuo do oramento e fiscalizao e prestao de

    contas.

    Controlo oramental Comisso apresenta relatrios de contas e avaliao das

    finanas da UE ao Parlamento Europeu e Conselho ->

    controlo poltico;

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    TCE faz relatrio anual de contas e auxilia o ParlamentoEuropeu e Conselho a controlar a execuo oramental,

    sem quaisquer poderes jurisdicionais;

    Auditorias do TCE = auxiliam a avaliao do ParlamentoEuropeu e Conselho sobre a execuo oramental Financeiras = verificao de contas; Conformidade = verificao do cumprimento dos

    diplomas jurdicos aplicveis;

    Resultados = verificao do cumprimento daeconomia, eficincia e eficcia na realizao da

    despesa.

    O DUE que se Impe na Ordem Jurdico-financeira Portuguesa

    Estabilidade e crescimento Poltica monetria nica

    Componentes Moeda nica; Taxa nica de cmbio.

    Condies de sucesso Elaborao e execuo oramentais rigorosas; Evitar inflao.

    Constries oramentais No ultrapassagem de 1 valor de referncia

    Entre o dfice oramental e PIB (3%); Entre dvida pblica e PIB (60%).

    Pacto de estabilidade e crescimento Estados-membros

    Apresentam situaes de equilbrio /excedentrias;

    Aplicao rpida de medidas de correcooramental do dfice excessivo, de modo a

    resolver o problema num ano.

    Comisso Acompanha a situao oramental e a dvida dos

    Estados-membros;

    Apresenta relatrios / pareceres / recomendaesao Conselho de modo a permitir que ele possa

    detectar rapidamente um dfice excessivo.

    Conselho

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    Conselho acompanha o seu cumprimento comajuda das informaes fornecidas pelos Estados-

    membros e outras entidades;

    Desvios no excessivos Reduo substancial e contnua da relaoentre o dfice e o PIB, que tenha atingido

    um nvel prximo do valor de referncia;

    Dfice excessivo excepcional e temporrioface ao PIB;

    Relao entre dvida e PIB estiver emdiminuio significativa e se aproximar

    satisfatoriamente do valor de referncia.

    Limitao do dfice deve ter sempre uma margemde incumprimento;

    Pactos de Estabilidade e Crescimento estosujeitos a avaliao prvia pelo Conselho Europeu

    e Comisso Europeia e esto vinculados aos

    oramentos nacionais e compromissos assumidos

    perante as instncias comunitrias;

    Declarao de dfice excessivo Feita pelo Conselho (126, 6 TFUE), aps

    Comisso averiguar se o dfice excede as

    despesas de investimento e considerar asituao econmica e oramental a mdio

    prazo, seguido de parecer do Comit

    Econmico e Financeiro e aps o Estado-

    membro se defender depois de ter sido

    notificado pela Comisso.

    Instrumentos correctivos Fases do processo correctivo

    1 Fase Recomendaes privadas ao Estado-membro para tomar medidas eficazes no prazo

    mximo de 6 meses, para que no ano seguinte

    identificao do dfice excessivo, ele esteja

    corrigido. O prazo pode ser alargado por 1 ano em

    casos graves;

    2 Fase Se o Estado-membro nada fizer, o Conselhopublica as recomendaes que lhe foram

    dirigidas;

    3 Fase Se o Estado-membro nada fizer, o Conselhopode notific-lo para tomar medidas destinadas a

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    reduzir o dfice. Essa notificao exigir que o

    Estado-membro atinja uma melhoria anual

    mnima de 0,5 do PIB, dentro de um prazo a

    definir caso a caso, sendo que o prazo pode ser

    alargado por 1 ano;4 Fase Se o Estado-membro no cumprir o que

    estava estabelecido na notificao, o Conselho

    pode:

    Exigir ao Estado-membro que divulgueinformaes complementares, antes que o

    Conselho emita obrigaes / ttulos;

    Influenciar o BCE a mudar a sua poltica deemprstimos face ao Estado-membro;

    Exigir que o Estado-membro constitua,perante a Comunidade, um depsito no

    remunerado de montante apropriado at

    que o dfice excessivo seja corrigido;

    Multar apropriadamente o Estado-membro.

    Sempre que o dfice esteja corrigido, o Conselho revogaas suas medidas e declara publicamente que o dfice est

    corrigido, se o processo tiver chegado 2 fase.

    O SEC 95 (Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais) Meio de controlo da situao oramental; Importncia para o Pacto de Estabilidade e Crescimento

    Promove harmonizao de conceitos e estatstica ->informaes podem chegar a todos;

    Fornece viso sobre activos e passivos de cada pas erespectivo valor patrimonial;

    Revela os stocks de activos e passivos e o seu patrimniolquido.

    Informao fornecida pelo SEC 95 a base da avaliao sobre aexecuo oramental dos Estados-membros e faz com que os

    desvios significativos sejam detectados;

    Baseia-se nos dados apresentados de contabilidade pblica,

    O Oramento do Estado

    Compreenso da Realidade Oramental Portuguesa

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Oramento = instrumento financeiro onde se prevem as receitas edespesas;

    Tipos de oramento Oramento do Estado (105, 1 CRP) = espelha as receitas e

    despesas dos servios integrados e servios e fundos autnomosdo Estado e as receitas e despesas da segurana social;

    Oramentos locais (238, 1 CRP) = espelha actividade financeirados organismos centrais municipais e freguesias e dos servios

    autnomos da administrao local;

    Oramentos regionais (227, 1, p CRP) = espelha a actividadefinanceira dos departamentos regionais, servios e fundos

    autnomos da administrao regional.

    Autorizam politicamente a realizao de um dado plano aprovado; Limitam os poderes da administrao; Princpios da LEO

    Anualidade (4 LEO) Oramentos do sector pblico e administrativo so

    anuais -> aprovados e executados no mesmo perodo;

    Despesas e receitas a realizar num dado ano tm que serregistados, caso se trate de um oramento de gerncia;

    Oramento de gerncia espelha compromissos futuros jassumidos e planeia com horizonte temporal mais largo

    (4, 2 e 3; 5, 3 LEO);

    Princpio da equidade intergeracional (10 LEO) ->plurianualidade;

    Oramentos conforme ao Plano de Estabilidade eCrescimento (12-B e 12-D LEO);

    Ano oramental = 1 Janeiro31 Dezembro. Plenitude oramental (5 LEO)

    Unidade

    Imposio de elaborao, execuo e controlo de1 s instrumento previsional de receitas e

    despesas;

    Proibio de proliferao de documentos legaiscom autorizaes sobre receitas e despesas;

    Prevenir existncia de massas de receitas queescapem autorizao, ao conhecimento por

    parte da Administrao Pblica e ao controlo

    oramental.

    Universalidade

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Nenhuma receita / despesa escapa disciplinaoramental, mesmo que no sejam contabilizveis

    (5, 3 LEO)

    Excepes Operaes de tesouraria; Gesto patrimonial do Estado; Gastos ocultos do Estado; Gastos no monetrios do Estado.

    Discriminao oramental No compensao (6 LEO)

    Receitas + despesas do sector pblicoadministrativo so inscritas em cada oramento

    de forma bruta e no lquida

    Receitas no contam com deduo doscustos / perdas;

    Despesas no contam com eventuaisganhos / perdas.

    No consignao (7 LEO) Oramentos do sector pblico administrativo

    promovem gesto financeira conjunta -> princpio

    que todas as receitas so para cobrir as despesas

    previstas;

    Impedir administrao fragmentria que faz comque cada receita sirva para uma dada despesa.

    Especificao (8 LEO) Receitas + despesas devem ser individualizadas; Classificaes oramentais (8, 3 LEO)

    Econmica (receitas + despesas); Orgnica (despesas); Funcional (despesas).

    Classificao econmica das receitas e despesas Receitas / despesas correntes = no

    alteram o patrimnio duradouro do

    Estado;

    Receitas / despesas de capital = alteram opatrimnio duradouro do Estado.

    Inscrio das despesas em programasoramentais

    8, 3 LEO= todas as despesas noOramento do Estado so estruturadas

    pelos programas;

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Programao financeira implica a selecodo programa mais prioritrio

    Melhor escolha das receitas autilizar em cada programa.

    Objectivos da programao Racionalizao de despesa pblica; Medir o grau de eficcia da

    administrao pblica na sua

    aco, face aos resultados

    atingidos em funo das metas

    fixadas (19 LEO);

    Ter noo exacta sobre os custosefectivamente suportados pela

    comunidade visando as tarefasexecutadas.

    Juzo formado deve relevar na redaco denovos programas e na introduo das

    modificaes necessrias no aparelho

    administrativo;

    Programao = processo contnuo deaperfeioamento;

    18, 1 LEO; 19, 4 LEO; 12-D LEO; Programas impem limites de despesa,

    mas s vinculam a administrao central,

    financiada por receitas gerais.

    Equidade intergeracional (10 LEO) Ponderao de receitas e despesas visando o equilbrio

    entre o que se gasta no presente e os gastos que se

    assumem para o futuro, de modo a que os ganhos e

    perdas sejam distribudos equitativamente -> no onerar

    excessivamente a gerao presente nem a gerao

    futura;

    Cooperao intergeracional. Equilbrio oramental (9 LEO)

    Cada oramento do sector pblico deve estar equilibrado Critrio do activo de tesouraria para oramentos

    do Estado e regionais = previso de receitas

    efectivas capazes de cobrir as despesas efectivas

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Saldo global = despesas efectivas cobertascom receitas efectivas;

    Saldo primrio = despesas efectivascobertas com receitas no efectivas.

    Critrio do activo patrimonial do Estado paraoramentos locais. 23 LEO; 25 LEO; 28 LEO.

    Estabilidade oramental (10-A LEO) Vincula entidades do sector pblico administrativo; Apresentao global de situao de equilbrio /

    excedente oramental, calculada de acordo com a

    definio do SEC 95; Admisso de endividamento das administraes pblicas

    se o dfice corresponder, na globalidade, exactamente ao

    valor das amortizaes de dvida a realizar no mesmo ano

    econmico;

    Princpio da solidariedade recproca = todos ossubsectores a contriburem proporcionalmente para a

    realizao do princpio da estabilidade oramental ->

    evitar desigualdades (10-B LEO);

    Princpio da transparncia oramental = dever deinformao mtua entre todas as entidades pblicas e

    dever de informao a quem controla a execuo

    oramental (10-C LEO).

    Publicidade (12 LEO) Todos os oramentos do sector pblico administrativo

    so publicados como pressuposto de eficcia jurdica da

    autorizao e do consentimento para a cobrana de

    receitas e realizao de despesas;

    Resposta necessidade da administrao pblica emconhecer o contedo do oramento do Estado;

    Oramento do Estado e regionais -> Dirio da Repblica. Sujeio ao Plano Oficial de Contabilidade Pblica (POCP -11

    LEO)

    Todos os oramentos do sector pblico administrativoesto sujeitos s regras do POCP, com excepo das

    entidades locais;

    Sistema de contabilidade pblica visa fornecerinformaes sobre as situaes oramental, financeira,

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    patrimonial e analtica e elementos que habilitem a

    calcular os indicadores da contabilidade nacional;

    Juno do sistema de mero registo de caixa e do regimede acrscimo

    Mero registo de caixa Contabilidade oramental; Promove o registo dos montantes

    efectivamente arrecadados e gastos;

    Predominante. Regime de acrscimo

    Base de acrscimo modificado; Contabilidade financeira, patrimonial e

    analtica;

    Promove o registo das transacesconforme a corrente real dos bens e

    servios que elas representam.

    No impede planos sectoriais.

    Oramento do Estado Como Instrumento Financeiro Dirigente

    Oramento do Estado o motor da estabilidade oramental; Oramento do Estado a referncia para todos os outros oramentos

    Relaciona despesas e receitas de todas as entidades pblicas dosector das administraes pblicas (5, 2 LEO);

    Promove a coordenao da actividade financeira do Estado e dossubsectores com independncia oramental.

    Regime do Oramento do Estado

    Regime comum oramental Previso

    Proposta de oramento de Estado tem de serapresentada pelo Governo at 15 de Outubro (iniciativa

    exclusiva oramental)

    Trabalho conjunto entre o Governo e aAdministrao Pblica, coordenado pelo Ministro

    das Finanas e respectivo Ministrio.

    AR discute a proposta submetida pelo Governo 45 dias para

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    Aprov-lo (se for com modificaes =direito de emenda parlamentar);

    Rejeit-lo -> Governo tem que submeternova proposta.

    167, 2 CRP; 161, g CRP; Limites do direito de emenda

    No pode fazer alteraes fora do mbitoda proposta;

    Respeito das leis oramentais. Estrutura oramental dual

    Articulado Normas sobre o papel que o oramento do

    Estado procura ter durante o seu perodooramental;

    Limites mximos de dvida fundada; Condies gerais de operaes de gesto

    de dvida pblica;

    Limitao mxima dos emprstimos aconceder;

    Limites dos endividamentos regionais elocais.

    Mapas oramentais = reflectem a abrangncia dosvrios oramentos previstos no oramentos do

    Estado.

    Prorrogao do oramento se no for aprovado dentrodo prazo

    12-H LEO= oramento do ano anterior produzefeitos por + 1 ano;

    Articulado + mapas oramentais +desenvolvimentos e decretos-lei de execuo

    oramental do oramento do ano anterior;

    12-H, 6 LEO= oramento aprovado fora do prazoretroage como se tivesse entrado em vigor a 1 de

    Janeiro e caducado a 31 de Dezembro.

    Execuo O desempenho da execuo oramental

    Execuo oramental do rgo executivo daentidade que corresponde ao oramento

    (Governo -> Oramento de Estado)

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    43 LEO= decreto-lei de execuooramental aprovado

    Perodo complementar dooramento do Estado;

    Definio das dotaes no sujeitas regra dos duodcimos e dasdotaes cativas e com utilizao

    condicionada;

    Indicao dos pagamentos edespesas cuja autorizao dependa

    da interveno de servios

    centrais;

    Prazos para autorizao dedespesa.

    Elaborao / aprovao execuo; Princpios de execuo oramental

    Tipicidade qualitativa de receitas (42, 3 e 4da LEO) = oramento do Estado s

    condiciona as receitas quanto espcie;

    Tipicidade quantitativa das despesas (45, 5e 7 da LEO) = oramento do Estado s

    condiciona as despesas quanto ao

    montante; Execuo por duodcimos (42, 6, b LEO)=

    os servios do Estado no podem gastar

    mensalmente + que 1/12 da sua dotao

    global, exceptuando autorizaes

    legislativas;

    Gesto flexvel; Segregao de funes (42, 1 e 2 LEO) ->

    quem ordena a liquidao no cobra nem

    paga;

    Respeito pela contabilidade de caixa e decompromissos;

    Boa execuo financeira Princpio da economia; Princpio da eficincia; Princpio da eficcia; Dever de inexistncia de mora nos

    pagamentos do Estado.

    Princpio da legalidade da despesa pblica

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    42, 6, a LEO; Tudo o que gera despesa deve respeitar normas

    Oramentais; De contabilidade pblica; Procedimentais; De direito administrativo; Substantivas; De procedimento.

    Princpio autnomo; Base para anlise do Tribunal de Contas.

    Dispositivo-travo 167, 2 CRP

    Governo tem iniciativa exclusivaoramental na sua elaborao e alterao;

    AR no intervm na execuo oramentalpois cabe ao Governo.

    Quando a AR promove aumentos de despesa /redues de receita, essas normas produzem

    efeitos no ano oramental seguinte.

    Controlo oramentalaspectos gerais Apresentao de contas trimestrais e anuais

    Conta geral do Estado = registo sinttico e finaldas operaes que, sombra do oramento,foram sendo praticadas

    Meio de controlo das operaes medianteas quais se verificou essa execuo ->

    instrumento fundamental de fiscalizao e

    responsabilizao a posteriori, o qual

    apresentado ao rgo deliberativo que o

    aprovou e ao Tribunal de Contas;

    75, 1 LEO= registo sinttico De execuo oramental ->

    indicao sobre as receitas e

    despesas efectivamente realizadas;

    Da situao de tesouraria ->apresentao das cobranas e

    pagamentos oramentais +

    reposies abatidas nos

    pagamentos + movimentos e

    saldos das contas e nas caixas da

    tesouraria do Estado;

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    Da situao patrimonial -> informasobre a aplicao do produto de

    emprstimos e o movimento da

    dvida pblica;

    Dos fluxos financeiros dos serviosintegrados do Estado de 1 dadoano econmico.

    Elaborado pelo Governo, no final de cadaano econmico, e enviado AR para que

    ela emita uma resoluo de aprovao /

    rejeio (166, 5 CRP);

    mbito subjectivo idntico ao dooramento do Estado;

    Fases da aprovao1 Fase Prestao de contas (77, 1;

    78, 2; 79 LEO);

    2 Fase Elaborao da conta peloGoverno e sua apresentao na AR

    (73, 1 LEO);

    3 Fase Remisso da conta para otribunal de contas para que seja

    emitido um parecer;

    4 Fase Elaborao e aprovao pelaAR da resoluo de aprovao /

    rejeio;

    5 Fase Publicao da conta peloGoverno (80 LEO).

    Contas regionais e locais 68 LEO= contas trimestrais e anuais das

    regies autnomas (232, 1 CRP).

    Sujeio a um triplo controlo oramental Controlo interno = controlo administrativo

    pelos servios administrativos,

    nomeadamente o Governo e no h

    publicidade

    Verificao, acompanhamento,avaliao e informao sobre a

    legalidade, regularidade e boa

    gesto, relativamente a

    actividades, programas, projectos

    ou operaes de entidades de

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    direito pblico / privado com

    interesse no mbito da gesto /

    tutela governamental em matria

    de finanas pblicas, nacionais e

    comunitrias; Sistema de controlo interno

    Controlo operacional =

    verificao,

    acompanhamento e

    informao centrados nas

    decises dos rgos de

    gesto das unidades de

    execuo de aces

    Exercido por rgose servios de

    inspeco, auditoria

    ou fiscalizao

    inseridos no mbito

    da respectiva

    unidade;

    Feito mediante

    auditorias feitas

    pelos rgos degesto -> auto-

    controlo

    administrativo pela

    entidade

    administrativa

    responsvel pela

    realizao da

    despesa / liquidao

    da receita.

    Controlo sectorial =

    verificao,

    acompanhamento e

    informao perspectivados

    preferentemente sobre a

    avaliao do controlo

    operacional e sobre a

    adequao da insero de

    cada unidade operativa e

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  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    coerente e racional

    do sistema de

    controlo interno;

    Funciona junto do

    Ministrio dasFinanas;

    Presidido pelo

    Inspector-Geral de

    Finanas;

    Composio

    Inspectoresgerais;

    Directorgeral dooramento;

    Presidentedo instituto

    de gesto

    financeira da

    segurana

    social;

    Titulares dergossectoriais e

    regionais de

    controlo

    interno.

    Remete os casos de

    responsabilidade

    financeira para o

    Ministrio Pblico.

    Controlo externo = pblico e serve ointeresse dos contribuintes

    Controlo poltico -> ARCompetncia da AR

    (nacional) / ass. legislativas

    (regional) / ass. municipais /

    de freguesia (local);

    AR = controlo trplice com

    auxlio do tribunal de

    contas

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    Controlo prvio ->votao do

    oramento do

    Estado;

    Controloconcomitante ->

    apreciao de

    oramentos

    provisrios;

    107 CRP=

    apreciao anual da

    conta geral do

    Estado.

    Controlo jurisdicional -> tribunal decontas

    Audita + fiscaliza a

    legalidade + regularidade

    das receitas + despesas

    pblicas;

    209, 1, c CRP= assegura a

    fiscalizao jurisdicional das

    receitas e despesas;

    CompetnciaEmitir pareceres

    sobre a conta geral

    do Estado e sobre a

    conta das regies

    autnomas;

    Emitir pareceres

    sobre projectos

    legislativos em

    matria financeira,

    mediante

    requerimento da

    AR;

    Fiscalizar

    previamente a

    legalidade e o

    cabimento

    oramental dos

    actos e contratos de

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    qualquer natureza

    que gerem despesa

    / representam

    encargos e

    responsabilidadespara entidades

    sujeitas aos seus

    poderes de controlo

    e sua jurisdio ou

    entidades criadas

    pelo Estado ou

    entidades pblicas,

    para desempenhar

    funesadministrativas

    originariamente a

    cargo da

    administrao

    pblica;

    Verificar as contas

    das entidades que

    as devem submeter

    ao tribunal decontas;

    Julgar a efectivao

    de responsabilidade

    financeira;

    Realizar auditorias;

    Apreciar a

    legalidade,

    economia e eficcia

    da gesto das

    entidades sujeitas

    aos seus poderes de

    controlo interno;

    Fiscalizar a cobrana

    de recursos

    prprios;

    Fiscalizar a aplicao

    dos recursos

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    financeiros oriundos

    da UE.

    Tribunal de Contas Europeu.

    Traos Especficos do Regime do Oramento do Estado

    Mecanismos de coordenao de subsectores Oramento do Estado = coordenador dos oramentos dos vrios

    subsectores;

    Modalidades de coordenao Apresentao de estimativa de oramento consolidado

    como anexo informativo proposta de Lei do Oramento

    do Estado (31, 1, e LEO); Estabelecimento de regra de equilbrio oramental global

    do sector pblico administrativo a que todos esto

    sujeitos, mediante vinculao aos princpios da

    solidariedade recproca e transparncia oramental (10-A

    LEO);

    Autorizaes para o Oramento do Estado conter limitespara o endividamento das regies autnomas e

    autarquias locais (87 LEO);

    Permisso para, em caso de necessidade, astransferncias oramentais previstas nas leis financeiras

    das autarquias locais e regies autnomas serem

    reduzidas no oramento do Estado (88 LEO);

    Ministrio das Finanas acompanha a execuooramental das autarquias locais e regies autnomas

    (68 LEO);

    Dissuasores de comportamentos opostos estabilidade(92 LEO);

    Clusulas de salvaguarda (92 LEO). Mecanismos de sustentabilidade oramental

    Conteno de despesa Sujeio do oramento do Estado ao PEC e regra de

    saldo

    Processo oramental do oramento do Estadoinicia-se no PEC (12-B, 1 LEO);

    Oramento do Estado = instrumento preferencialno combate ao dfice e ao endividamento

    pblico;

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    Oramento de Estado tem que estar vinculado alimites sobre a sua aco;

    PEC = exigncia comunitria que refora asuperviso das situaes dos Estados-membros da

    UE e coordena as polticas econmicas da zonaEuro

    Apresentado at Abril, na reunio dePrimavera do Conselho Europeu, aps ser

    apreciado na Assembleia da Repblica;

    Destina-se ao Conselho Europeu eComisso Europeia;

    Fixa objectivo de mdio prazo e trajectriade ajustamento que cumpra o objectivo

    estabelecido de excedente / dficeoramental e a evoluo prevista do rcio

    de dvida pblica;

    Trienal actualizado anualmente, comapreciao parlamentar e apresentao na

    reunio de Primavera do Conselho

    Europeu;

    Monitorizao feita pelos rgoscomunitrios do limite de dfice previsto

    nos tratados europeus (3% PIB); Tomada de medidas para manter / reduzir

    o dfice.

    Regra de saldo (12-C LEO) Objectivo de mdio prazo fixado no PEC

    definido em termos de saldo ajustado do

    ciclo e de medidas temporrias em

    percentagem do PIB;

    Aplica o PEC conforme as necessidades decada Estado;

    Objectivo de mdio prazo fixado no PECno mais que uma referncia para os

    Estados se guiarem.

    PEC + regra de saldo = mecanismo de contenoda despesa administrativa -> sustentabilidade

    oramental.

    Sujeio do oramento do Estado programaooramental, associada regra de despesa

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Regra de despesa (12-D LEO) = fixa objectivosplurianuais e tectos quantitativos para o gasto

    pblico -> limita o aumento da despesa

    Vantagens Obriga a um estabelecimento +rigoroso de prioridades; Contribui para a manuteno da

    despesa se ocorrer um acrscimo

    inesperado de receita;

    Obriga a uma gesto rigorosa eparcimoniosa dos recursos.

    Tecto para despesas da AdministraoCentral financiadas por receitas gerais (12-

    D LEO); Tecto para despesas relativas a

    transferncias resultantes da aplicao de

    leis de financiamento das regies

    autnomas e autarquias locais;

    Tecto para transferncias para a UE; Tecto para encargos com dvida pblica; Limites de despesa de cada programa

    oramental vinculam no 1 ano;

    Limites de despesa relativos a cadaagrupamento de programas vinculam no

    2 ano;

    Limites de despesa relativos ao conjuntode todos os programas vinculam no 3/4

    ano.

    A vinculao meramente qualitativa s Grandes Opesem matria de planeamento

    105, 2 CRP= Lei das Grandes Opes > Oramentodo Estado mas no to rigoroso como impe o

    106, 1 CRP.

    Da pretensa vinculao s obrigaes decorrentes de lei /contrato

    16 LEO= evitar dfices ocultos e no atribuir valorreforado s leis que impem obrigaes ao

    Estado

    Regra de boa gesto financeira que evita aonerao de oramentos futuros sem

    comprometer a liberdade do legislador.

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Princpio da separao de poderes = contratoscelebrados pela funo administrativa (Governo)

    no podem ser alterados pela funo legislativa

    da Assembleia da Repblica

    Excepo = despesas oramentaisdecorrentes do contrato celebrado. Contratos celebrados pelo Governo no podem

    desrespeitar o oramento do Estado;

    Oramentao de base zero 21-A 21-E LEO= em cada legislatura, as

    despesas a realizar so ponderadas ->

    evitar inrcia administrativa e burocrtica;

    Ponderao do cumprimento dosobjectivos definidos para cada subsector;

    Ponderao de alternativas e propostas; Aplica-se aos servios integrados,

    segurana social, aos fundos e servios

    autnomos, aos institutos pblicos, s

    empresas pblicas e s Entidades Pblicas

    Empresariais;

    Aplicao prioritria aos programasoramentais em situao de dfice;

    Feita no 2/3 oramento do Estado emcada legislatura.

    Conselho das Finanas Pblicas Auxilia o Governo a cumprir os objectivos

    de coordenao e sustentabilidade

    oramental;

    12-I LEO Pronuncia-se sobre cenrio

    macroeconmico e oramental;

    Pronuncia-se sobresustentabilidade de longo prazo;

    Pronuncia-se sobre cumprimentoda regra de saldo;

    Pronuncia-se sobre endividamentodas regies autnomas e

    autarquias locais.

    Conteno no que toca assuno de dvida prpria 16-D LEO= auto-limitao sobre o endividamento lquido

    global directo do Estado

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    Responsabilidade financeira = contrapartida natural em relao aocontrolo do cumprimento dos deveres fiscais dos contribuintes

    Estado exige aos contribuintes uma conduta correcta e penalizainfraces fiscais;

    Contribuintes exigem ao Estado mecanismos adequados acontrolar a utilizao dos dinheiros pblicos, a actuao dos

    agentes da deciso financeira e a sua efectiva responsabilizao.

    Permite ao Tribunal de Contas retirar consequncias dos juzosque profere no exerccio dos seus poderes de fiscalizao

    Tribunal de Contas pode multar os responsveis / obrig-los a repor o dinheiro em falta.

    Permite que as recomendaes do Tribunal de Contas sejamacatadas;

    S pode ser julgada pelo Tribunal de Contas; 58 LOPTC= efectivao faz-se mediante processos de

    julgamento de contas (casos de responsabilidade financeira

    evidenciados em relatrios de verificao externa de contas) e

    processos de responsabilidade financeira (responsabilidade

    financeira emerge de factos evidenciados em relatrios sobre

    aces do Tribunal de Contas ou de controlo interno);

    Tipos = 58 LOPTC(so cumulveis) Reintegratria = condenao de reposio de verbas

    Casos aplicveis 59 LOPTC

    Alcance = desaparecimento dedinheiro / valores do Estado /

    entidades pblicas;

    Desvio de dinheiros / valorespblicos;

    Pagamentos indevidos =pagamentos ilegais que causaramdano para o errio pblicos;

    Contratao pblica em queresulte para a entidade pblica a

    obrigao de indemnizar ->

    violao de normas financeiras

    com prejuzo para o errio pblico.

    60 LOPTC= no arrecadao de verbas emprejuzo do Estado / entidades pblicas

    Comportamento doloso; Culpa grave do responsvel.64 LOPTC = avaliao da culpa

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    Casos de despesa pblica injustificada e casos deno cobrana dolosa de receita pblica;

    Sano = montantes correspondentes + juros demora (59, 6 LOPTC);

    Responsveis = praticam / ordenam / autorizam /sancionam, face a liquidao de receitas,cobranas / pagamentos / concesses / contratos

    / etc. dos quais resulte / possa resultar prejuzo

    para o Estado

    Ministros que adoptem resoluescontrrias s devidas;

    Entidades subordinadas fiscalizao doTribunal de Contas quando os preceitos

    legais no tenham sido cumpridos; Funcionrios que no esclaream os

    Ministros sobre os assuntos da sua

    competncia e de acordo com a lei.

    Prescreve aps 10 anos. Sancionatria = aplicao de multas

    Casos aplicveis 65 LOPTC

    No liquidao / cobrana /entrega nos cofres do Estado daquantias devidas;

    Violao das normas sobre aelaborao / execuo dos

    oramentos, assuno /

    autorizao / pagamento de

    despesas pblicas;

    Falta de efectivao / retenoindevida dos descontos legalmente

    obrigatrios a efectuar ao pessoal;

    Violao de normas legais /regulamentares sobre a gesto e

    controlo oramentais, de

    tesouraria e patrimnio;

    Adiantamentos por conta depagamentos nos casos no

    expressamente previstos na lei;

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    Utilizao de emprstimos pblicoscom finalidade diversa da

    legalmente prevista;

    Ultrapassagem dos limites legais dacapacidade de endividamento;

    Utilizao indevida de fundosmovimentados para operaes de

    tesouraria para financiar despesas

    pblicas;

    Execuo de contratos aos quaistenha sido recusado o visto / de

    contratos que devessem ter sido

    sujeitos a fiscalizao prvia e no

    o tenham sido; Utilizao de dinheiros / valores

    pblicos em fim diverso do

    legalmente previsto;

    No acatamento reiterado einjustificado das injunes e das

    recomendaes do tribunal;

    Violao de normas legais /regulamentares sobre a admisso

    de pessoal. 66 LOPTC

    Falta injustificada de remessa decontas / da sua remessa

    tempestiva / de apresentao com

    deficincias capazes de

    impossibilitar / dificultar

    gravemente a sua verificao;

    Falta injustificada de prestaotempestiva de documentos que a

    lei obrigue a remeter, de

    informaes pedidas, de remessa

    de documentos solicitados / de

    comparncia para prestao de

    declaraes;

    Falta injustificada da colaboraodevida ao tribunal;

    Inobservncia dos prazos legais deremessa ao tribunal dos processos

  • 8/13/2019 APONTOS_MANUAL_MARIA_OLIVEIRA_MARTINS_2011 - Finanas Pblicas

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    relativos a actos / contratos que

    produzam efeitos antes do visto;

    Introduo nos processos deelementos susceptveis de

    induzirem o tribunal em erro. 65, 2 + 66, 2 LOPTC= limites mximos das multas; 67, 2 LOPTC= critrios de definio do montante

    da multa

    Gravidade da falta; Grau de culpa dos agentes; Montante material dos valores pblicos

    lesados / em risco;

    Nvel hierrquico dos responsveis; Situao econmica dos responsveis; Existncia de antecedentes.

    Prescreve aps 5 anos. Caracterizao da responsabilidade financeira

    Pessoal; No recai sobre rgos / servios; Depende de acto ilcito e culposo do agente

    Ilicitude = identificao de facto contrrio leisem que haja uma causa de justificao;

    Culpa = relao de meios-fins, incorrendo oagente num juzo de censura por ter pretendido

    directamente / necessariamente / eventualmente

    atingir as normas violadas (dolo) ou por no ter

    pretendido pautar-se pelos deveres de cuidado

    que ao caso cabiam (mera culpa).

    Inexistncia de responsabilidade objectiva; nus da prova do agente (1187 e etc. CC); 64, 2 LOPTC= em caso de negligncia, o Tribunal de

    Contas pode relevar / reduzir a responsabilidade

    financeira, ao fundamentar tal deciso na sentena.

    Tramitao processual Iniciativa (89, 1 LOPTC)

    Ministrio Pblico; Titular da direco / tutela / superintendncia dos

    organismos / servios em casa, no caso das

    auditorias do Tribunal de Contas se o Ministrio

    Pblico no acusar;

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    Lgica de acrscimo / especializao -> registo das operaes dereceita e despesa no momento em que o seu valor foi criado /

    transformado / trocado / transferido / extinto;

    Registo digrfico / quadrigrfico; Registos visam descrever uma economia total; Dados sobre a situao oramental so tratados de forma

    integrada, sob o sector das administraes pblicas.

    Diferenas entre os 2 sistemas Levam ao apuramento de valores sobre o dfice e

    endividamento;

    Fins Contabilidade pblica

    Gesto e controlo oramental; Avaliao da situao patrimonial; Destina-se Assembleia da Repblica, ao

    Governo, ao Tribunal de Contas, Administrao

    Pblica e aos cidados.

    Contabilidade nacional Dota as instituies comunitrias dos elementos

    necessrios para o exerccio da superviso do

    cumprimento dos limites estabelecidos no 126

    TFUEe para a tomada de decises de poltica

    econmica;

    Destina-se UE. Modo de inscrio

    Contabilidade pblica = lgica de caixa; Contabilidade nacional = lgica de acrscimo.

    Perspectiva sobre a actividade administrativa do Estado Contabilidade pblica

    Lgica fragmentria construda sobre osimperativos de independncia oramental dasregies autnomas e autarquias locais;

    Refere-se ao sector pblico administrativo. Contabilidade nacional

    Lgica unitria -> tudo o que actividadeadministrativa tratado como administraes

    pblicas;

    Refere-se s administraes pblicas. Ajustamentos contabilidade nacional

    Homogeneizar as classificaes a utilizar;

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    Utilizao da lgica do acrscimo na elaborao do oramentode Estado;

    Correco nas contas internas.

    Breve Introduo ao Tema das Parcerias Pblico-Privadas (PPP)

    PPP = parcerias pblico-privadas = contrato / unio de contratos,atravs dos quais entidades privadas se obrigam, de forma duradora,

    perante 1 parceiro pblico, a garantir o desenvolvimento de 1

    actividade tendente satisfao de 1 necessidade colectiva, e em que o

    financiamento e a responsabilidade pelo investimento e pela explorao

    incumbem, em todo ou em parte, ao parceiro privado (2 DL 141/2006)

    Soluo alternativa de financiamento dos projectos pblicos -> nocontribuem para o agravamento do dfice e dvida verificada;

    Enquadramento jurdico actual das PPP LEO; DL 141/2006; DL 185 / 2002; CCP.

    Sujeitos contratantes = entidades privadas e pblicas Entidades pblicas (2, 2 DL 141/2006)

    Estado; Entidades pblicas estaduais; Servios e fundos autnomos; Entidades pblicas empresariais.

    Toda e qualquer entidade privada. Objecto do contrato de PPP

    2, 4 DL 141/2006no esgota todas as possibilidades de objecto. Elementos de 1 contrato de PPP

    Contrato duradouro = parceria deve durar o suficiente paraassegurar o equilbrio financeiro do projecto, a amortizao de

    investimentos e remunerao razovel dos capitais investidos;

    Fim de interesse pblico -> satisfazer necessidade pblicacolectiva;

    Transferncia do risco. A partilha de risco nos contratos PPP

    No h transferncia integral do risco para entidades privadas; 7, a) DL 141/2006= os diferentes tipos de risco devem ser

    repartidos entre as partes de acordo com a sua aptido para os

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    preventivos de atrasos nos pagamentos e de

    desequilbrios na repartio de riscos

    Estado obtm previamente autorizaes epareceres administrativos necessrios ao

    desenvolvimento do projecto; Estado define previamente a entidade pblica,

    que deve pagar no mbito da parceria, e identifica

    os respectivos fundos;

    Elaborao de modelos de PPP evitando /menorizando a probabilidade de modificaes

    unilaterais determinadas pelo parceiro pblico /

    quaisquer factos geradores de reequilbrio

    financeiro;

    Estado deixa de assumir termos e condiescontratuais que sejam excessiva /

    injustificadamente onerosos / inadequados

    perante os riscos em concreto assumidos nessa

    parceria.

    Comportabilidade oramental 8 + 9 + 10 DL 141/2006= fase preparatria das

    parcerias;

    11, 3 DL 141/2006= interrupo do processo deseleco / anulao dos procedimentos tendentes contratao se os resultados das negociaes

    no favorecerem uma comportabilidade

    oramental;

    12 + 13,3, a DL 141/2006= acompanhamentoefectivo das PPP;

    14 DL 141/2006= alterao das PPP necessita denotificao por escrito ao Ministro das Finanas,

    antes de se iniciar o seu estudo e preparao;

    14-B DL 141/2006= Ministros das Finanas e datutela devem dar o visto aos contratos de

    alterao das PPP que esto em vias de ser

    concludos;

    14-C, 5 DL 141/2006= nos casos de reposio deequilbrio financeiro, aplicam-se mecanismos de

    partilha de benefcios a favor do Estado;

    14-D DL 141/2006 Realizao / reduo / alterao de obras

    no previstas / programadas no contrato

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    de parceria carece de despacho dos

    Ministros das Finanas e da tutela;

    Toda a deciso que implique um acrscimode encargos maiores que 1 milho de

    euros carece de despacho dos Ministrosdas Finanas e da tutela.

    Impactos oramentais das PPP Pagamentos contratualizados

    Pagamentos peridicos; Pagamento do custo do contrato que no foi

    integralmente pago pelos utentes / utilizadores (ttulo

    supletivo do Estado);

    Pagamentos das PPP que contemplam a prestao deservios no cobrveis aos cidados.

    Despesas com expropriaes; Atribuio de subsdios / comparties / incentivos; Despesas com reposio do equilbrio financeiro dos contratos; Despesas adicionais.

    Vantagens das PPP Contabilidade nacional

    No agravamento do dfice oramental; Manuteno do dfice nos limites impostos pela UE.

    Manuteno dos limites da dvida pblica. Problemas das PPP

    Elevados custos para o Estado devido contratao pblica; Contratos no sujeitos a um CSP adequado; Previso de riscos desadequada; Situaes de desoramentao sobre as despesas implicadas por

    estes contratos;

    Alteraes dos contratos danosas para o Estado sem que tenhahavido uma anlise prvia de custo-benefcio.

    Soluo para os problemas das PPP Grupo de Trabalho para a Reavaliao das PPP

    Reanalisa os contratos que ainda no se iniciaram / queesto na sua fase inicial de execuo;

    Reanalisa os contratos em plena execuo;