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REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA REPÚBLICA PORTUGUESA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA REPÚBLICA PORTUGUES Página | 73 Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11 CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2 Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa Instrumentos de Pagamento Dinheiro Cheques Letras Livranças Cartão de Crédito Porque razão se deixou de utilizar simplesmente numerário como meio de pagamento? Os títulos de crédito surgiram na idade média, devido aos enormes riscos no transporte de grandes quantias de dinheiro, estradas pouco seguras e infestação de salteadores, facilitam do assim o transporte de valores. Títulos de Crédito – são documentos escritos constitutivos pois os direitos só podem ser exercidos com a sua presença. Dinheiro Curso Co-financiado: Os Melhores RUMOS Para os Cidadãos da Região

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Instrumentos de Pagamento

→ Dinheiro

→ Cheques

→ Letras

→ Livranças

→ Cartão de Crédito

Porque razão se deixou de utilizar simplesmente numerário como

meio de pagamento?

Os títulos de crédito surgiram na idade média, devido aos enormes riscos

no transporte de grandes quantias de dinheiro, estradas pouco seguras e

infestação de salteadores, facilitam do assim o transporte de valores.

Títulos de Crédito – são documentos escritos constitutivos pois os

direitos só podem ser exercidos com a sua presença.

Dinheiro

Meio de pagamento que consiste na entrega de numerário (notas e

moedas) constituindo, só por si, um valor para pagamento de algo.

Cheque

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

É uma ordem de pagamento (dada pelo depositante ao seu banco). O

cheque tem sempre a natureza de ordem de pagamento à vista.

O cheque pode revestir duas formas principais:

→ Cheque nominativo;

→ Cheque ao portador;

O cheque nominativo é aquele que contém o nome da pessoa a quem,

ou à ordem de quem, e não pode pagar-se a qualquer outra pessoa que

não esteja mencionada no título, podendo este ser passado à ordem do

próprio emitente.

O cheque ao portador é aquele que não contém o nome da pessoa a

quem deve ser pago, ou seja, pode ser pago a quem o apresentar para

cobrar.

→ Cheque Nominativo à Ordem

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→ Cheque Nominativo à Ordem do Próprio

→ Cheque ao Portador

Quais as condições que definem o Cheque?

→ A palavra “cheque”;

→ A ordem de pagar quantia certa;

→ O nome do banco que a vai pagar (sacado);

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→ O lugar do seu pagamento; *

→ A data e o lugar onde foi emitido; *

→ A assinatura de quem o emitiu (sacador).

*Não obrigatórios

→ Cheque

Tipos de Cheque

→ Cheque “visado”;

→ Cheque “cruzado”;

→ Cheque para levar em conta;

→ Cheque viagem.

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► Cheque “visado”: certifica a existência de fundos suficientes para

o pagamento do cheque na altura em que foi sujeito a visto.

Verso do cheque:

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► Cheque “cruzado”: é atravessado por duas linhas paralelas e

oblíquas.

► Caso entre estas duas linhas, nada esteja inscrito,

denomina-se "Cruzamento Geral" ou seja, o cheque deve ser

depositado num banco qualquer, mas pode ser pago ao

balcão, se o beneficiário for também cliente do banco sacado.

► Caso entre as linhas esteja escrito o nome de um banco

denomina-se "Cruzamento Especial" ou seja, o cheque só

pode ser depositado no banco indicado entre as linhas,

embora possa ser pago ao balcão, se o banco indicado for o

sacado e o beneficiário cliente do mesmo.

Cheque Cruzado - “Cruzamento Geral”

Cheque Cruzado - “Cruzamento Especial”

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Cheque para levar em conta: em cuja face se encontra aposta

transversalmente a menção “para levar em conta” ou outra equivalente. O

sacador ou o portador podem proibir o seu pagamento em numerário.

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Caixa Geral de Depósitos

Para levar em conta

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► Cheque viagem: pessoal e intransmissível emitidos a pedido do

cliente e são pagos pelos correspondentes bancários no estrangeiro.

Endosso do Cheque

→ Efectua-se através da aposição, no verso do cheque, da

assinatura da pessoa à ordem de quem o cheque foi emitido e da

indicação da entidade a favor de quem o mesmo é transmitido.

→ Esta última indicação, contudo, não é obrigatória, podendo o

endosso consistir apenas na assinatura do endossante (endosso em

branco). Os cheques nestas condições podem ser sucessivamente

endossados.

Endosso:

É o acto pelo qual o portador de um título de crédito à ordem transfere

para outrem a posse desse título, com todos os seus direitos e obrigações.

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Endossante:

É a pessoa que transmite o direito de crédito, por endosso, isto é,

transmite o seu benefício a outrem.

Endossado:

É a pessoa que recebe o benefício daquele direito.

Impedir endosso de um cheque

Pode impedir-se o endosso de um cheque, caso o mesmo contenha a

expressão "não à ordem". Para tal, no espaço reservado ao nome da

pessoa e a favor de quem o cheque é passado (ou no verso do mesmo, se

a cláusula proibitiva de endosso for aposta pelo beneficiário e não pelo

emitente), deve escrever-se, "não à ordem", antes ou depois da indicação

do nome do beneficiário.

A proibição de endosso não impede a transmissão do cheque mas os

novos portadores do mesmo deixam de ter as garantias que a lei confere

ao beneficiário.

→ Cheque Nominativo não à Ordem

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Letra

Documento pelo qual uma pessoa (sacador) ordena a outra (sacado) que

lhe pague a si próprio ou a um terceiro (tomador ou beneficiário) ou à sua

ordem determinada importância (valor nominal da letra) em determinada

data (vencimento da letra).

Intervenientes:

→ Saque

→ Sacador

→ Sacado

→ Tomador

Saque: É o acto de emissão de um título de crédito, ou seja, é todo o

processo em que um sacador emite uma ordem de pagamento ao sacado,

onde inclui a quantia a pagar, o local onde pagar e a data. - Acto de

emissão (comum entre comerciantes).

Sacador: É a pessoa que dá ordem de pagamento de certa quantia, a

uma instituição bancária, para que se pague a favor de si próprio ou a

terceira pessoa.

Sacado: É a entidade que recebe a ordem de pagamento de determinada

quantia.

Tomador: É a pessoa a quem a quantia representada no título, deve ser

paga.

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Podem ainda intervir:

Endossante: aquele que transfere os direitos constantes da letra para

outra pessoa, através do endosso

Endossado: aquele a quem os direitos são transmitidos

Avalista: a pessoa que se responsabiliza pelo pagamento total ou parcial

da letra.

Emissão da Letra:

→ Na emissão da letra é sempre obrigatório colocar o

beneficiário, esta nunca pode ser emitida ao portador

→ Quando o sacador tiver inserido as palavras “não à ordem”,

a letra não pode ser endossada

*É passível de juros, imposto de selo e cobrança

Endosso:

Transmissão da propriedade do título de crédito, para outra

pessoa. A declaração de endosso terá que ser escrita no verso da letra e

deve ser sempre assinado pelo endossante

Pode ser :

→ Completo: quando o endossante designa o nome do

endossado e formaliza a transmissão através da expressão “pague-se

a…” ou outra equivalente, apondo a data e assinatura

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→ Incompleto ou em branco: quando o endosso não

designa o nome do endossado, limitando-se a apor a respectiva

assinatura

Aceite

O sacado no momento em que assina a letra passa a ser designado

por aceitante e responsabilizando-se pelo seu pagamento. O Aceite

traduz-se no acto pelo qual o sacado apõe a sua assinatura na letra,

tornando-se responsável pelo seu pagamento na data designada

Aval

O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido

por um aval. Esta garantia é quase sempre dada por um terceiro. O Aval é

a garantia dada a favor de interveniente da letra de que o seu pagamento

total ou parcial será efectuado

Reforma da Letra

É a substituição de uma letra com vencimento em determinada data por

outra de montante igual ou inferior com os mesmos intervenientes e

vencimento em data posterior

Pode ser:

→ Parcialmente: quando o devedor paga uma parte da

primitiva letra, aceitando uma nova letra pelo restante

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→ Totalmente: quando o devedor não realiza qualquer

pagamento, pelo que o montante da nova letra é igual ao da anterior,

acrescido do juro ou outras penalidades acordadas.

Letra

Preenchimento de uma Letra

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Livrança

É uma promessa de pagamento, emitida pelo Banco, em que o

beneficiário do empréstimo se compromete a amortizar o mesmo nas

condições previstas.

O pedido de reforma da livrança tem que ser efectuado até 5 dias

úteis antes do seu vencimento.

Livrança

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Livrança

Resumindo:

Uma letra é: Um mandato puro é simples de pagar uma quantia

determinada e que inclui:

→ O nome daquele que deve pagar (sacado);

→ A data do pagamento;

→ A indicação do lugar em que se deve efectuar o

pagamento;

→ O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser

paga;

→ A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é

passada;

→ A assinatura de quem passa a letra (sacador).

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Livranças: Financiamento de curto prazo, com base no desconto de um

título. A duração e montante das operações são fixos. Os juros incidem

sobre o tempo de duração da operação e são cobrados postecipadamente

na data de vencimento.

Características:

Prazo mínimo: 30 dias

O pedido de reforma da livrança tem que ser efectuado até 5 dias úteis

antes do seu vencimento

Cartão de Crédito

Os cartões bancários são o instrumento de pagamento de bens e serviços

mais utilizado em Portugal. Dos pagamentos que não utilizam numerário

(notas e moedas), mais de metade são actualmente efectuados com

recurso aos cartões bancários. A crescente utilização dos cartões

bancários insere-se na tendência de evolução que se tem observado no

nosso País nos últimos dez anos no sentido de privilegiar o uso de

instrumentos de pagamento electrónico em detrimento dos instrumentos

suportados em papel, como o cheque.

Tipos de Cartão

→ Cartão de débito: é um cartão que tem associada uma

conta de depósitos à ordem. Quando o titular utiliza este cartão para

pagamentos, levantamentos de notas ou transferências, a conta de

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depósitos é debitada pelo valor correspondente, o que significa que há

uma redução do saldo da conta por esse mesmo valor. Assim, este tipo

de cartões caracteriza-se por desempenhar essencialmente funções de

débito.

→ Cartão de crédito – é um cartão que tem associada uma

conta-cartão e uma linha de crédito. Quando o titular utiliza este cartão

na função para a qual foi emitido, ou seja, para pagamentos ou

adiantamentos de dinheiro, está a beneficiar de um crédito concedido

pela entidade emitente. Assim, este tipo de cartões caracteriza-se por

desempenhar essencialmente funções de crédito.

→ Cartão pré-pago – é um cartão que tem associado um

montante pré-pago ou um saldo disponível no próprio cartão,

normalmente limitado a determinado valor. Quando é utilizado origina

reduções no valor pré-pago ou no saldo disponível. Este tipo de cartões

caracteriza-se por desempenhar funções pré-pagas.

Os cartões bancários, pelo modo como podem ser utilizados, dividem-

se em dois tipos:

→ Cartão puro ou simples – é um cartão que desempenha

exclusivamente um tipo de função que, de acordo com a classificação

anterior, pode ser de débito, de crédito ou pré-pago.

→ Cartão dual ou misto – é um cartão que combina mais do

que um tipo de função e, como tal, pode ter mais do que uma conta

associada. Tal é possível porque este tipo de cartões incorpora, no

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mesmo cartão de plástico, um cartão de crédito e um cartão de débito

ou um cartão de débito e um cartão pré-pago ou um cartão de crédito e

um cartão pré-pago.

O cartão é propriedade do titular?

Não. O cartão é propriedade da entidade emitente que cede o direito de

uso ao respectivo titular, mediante um conjunto de condições e regras de

utilização que constam do contrato de adesão. No cartão e nas acções

publicitárias, a denominação (nome) ou a sigla da entidade emitente é

obrigatória.

Qual é o prazo de validade do cartão?

Qualquer cartão é emitido com um determinado prazo de validade,

normalmente não inferior a um ano. O prazo de validade (mês e ano) está

indicado no próprio cartão. O cartão é válido durante todo o período

indicado no prazo de validade, podendo ser utilizado até ao último dia do

mês mencionado no mesmo.

O comerciante pode recusar-se a aceitar o pagamento com

cartão?

Os comerciantes não são legalmente obrigados a aceitar pagamentos

através de cartões bancários, mesmo nos casos em que tenham

contratado a aceitação de cartões. No entanto, é de esperar que o façam

normalmente, dado que, regra geral, há um compromisso contratual nesse

sentido relativamente aos cartões que contrataram aceitar e cujos

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logotipos identificadores estejam afixados no estabelecimento. Em

Portugal, apenas os pagamentos efectuados com notas e moedas em

euros não podem ser recusados, porque se trata de uma imposição legal.

Antes do titular do cartão adquirir os bens ou serviços, o comerciante –

que celebrou o contrato para aceitação de cartões de determinadas

marcas e assinala a possibilidade dessa aceitação através da afixação dos

logotipos respectivos – deve informar o titular do cartão de qualquer

restrição, para que este saiba antecipadamente se pode ou não utilizá-lo,

em particular se o pagamento for de baixo valor.

Quem está inibido do uso de cheque deixa de poder utilizar o seu

cartão?

A inibição do uso de cheque diz respeito à utilização do cheque enquanto

instrumento de pagamento. No entanto, essa informação poderá ser

tomada em consideração pela entidade emitente aquando da decisão de

atribuição ou de renovação do cartão de crédito.

O que acontece à dívida do titular do cartão de crédito no caso do

seu falecimento?

O valor em dívida é da responsabilidade dos herdeiros, em conformidade

com as regras legais de aceitação das heranças. No entanto, deve

consultar a entidade emitente do cartão, pois algumas facultam seguros

associados que garantem o pagamento dessa dívida.

Qual a responsabilidade do titular decorrente das utilizações

devidas a roubo, furto, perda ou falsificação do cartão?

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Depois de ter efectuado a notificação à entidade emitente, o titular não

pode ser responsabilizado por utilizações electrónicas indevidas do cartão

em caixas automáticos (ATM), ou terminais de pagamento automático

(TPA). Nos casos de utilização indevida por meios não electrónicos, a

responsabilidade não pode ir além das vinte e quatro horas seguintes à

notificação, salvo se existir dolo ou negligência grosseira do titular. A

responsabilidade do titular, quando existir, não pode ultrapassar os

seguintes montantes:

→ No caso de cartões de crédito, o valor do saldo disponível à

data da primeira utilização indevida (ou seja, o limite disponível

acrescido dos movimentos ainda não lançados na conta-cartão);

→ No caso de cartões de débito, o valor do saldo disponível da

conta de depósitos associada ao cartão à data da primeira utilização

considerada irregular. Se a conta de depósitos dispuser de crédito

associado (por exemplo, conta-ordenado e descobertos do

conhecimento do titular), este crédito é considerado no saldo disponível.

Exercício nº 1:

1. Indique os meios de pagamento abordados na aula.

2. Num cheque quais os campos que são obrigatórios preencher?

3. Imagine que trabalha como secretaria/o numa empresa e tem que enviar

um cheque por correio a um fornecedor. Quais os campos que iria

preencher e que tipo de cheque seria? Acha que um cheque ao portador

seria uma boa solução? Porquê?

4. O que significa um cheque visado?

5. Como se poderá impedir o endosso de um cheque?

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6. O que entende por “reforma de uma letra”?

7. Uma letra pode ser ao portador?

8. O que entende por livrança?

9. Que tipos de cartão bancário conhece? Explique cada um deles.

10. O cartão é propriedade do titular?

Comércio

“É a troca de bens, serviços, transportes, compras, vendas...”

Características da actividade comercial:

→ Lucro;

→ Risco;

→ Serviços;

→ Intermediação (facilitação).

Há a vontade de obter um lucro correndo sempre um determinado risco.

Tipos de Comércio

→ Activo: Quando o valor das mercadorias de exportação excedem as de

importação

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→ De exportação: Quando um país vende os seus produtos a outro.

→ Externo: Diz-se aquele que se efectua entre dois países diferentes.

→ De importação: o que se realiza quando as mercadorias entram nos

limites fiscais de um país.

→ Interno: É o que se realiza quando as transacções se realizam dentro

do mesmo país.

→ Passivo: Quando o valor das mercadorias importadas excede o das

exportadas

→ De Trânsito: É o que efectuado quando uma mercadoria, proveniente

de um país é destinada a outro, e tem de atravessar um terceiro, à

entrada do qual fica sujeita a taxas fiscais.

→ Por grosso: Aquele em que as compras e vendas se fazem em grandes

quantidades, em geral para o abastecimento de outro comerciante que

não podem comprar em grande escala.

→ A retalho: É o que se efectua quando o comerciante vende os seus

produtos em pequenas quantidades.

→ Directo: É o efectuado quando o comprador compra directamente ao

produtor.

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Indirecto: O que se efectua quando o comprador e o vendedor são

postos em relações por intermédio de outrem.

Actos de Comércio

“Serão considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem

especialmente regulados neste código, e, além deles, todos os contratos

e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza

exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.”

Artigo 2º código Comercial (Actos de Comércio)

Actos de Comércio objectivos

São actos de comércio objectivos os que são regulados na lei comercial

em razão do seu conteúdo ou circunstâncias.

São sempre comerciais, independentemente da qualidade de

comerciante de quem os pratica.

São considerados actos de comércio objectivos:

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Tipos de Comércio

Objectivo Subjectivo

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Sociedade: Contrato de sociedade comercial é aquele em que duas ou

mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para em

comum exercerem legalmente o comércio, a fim de repartirem os lucros

resultantes dessa actividade (arts 1º e segs. C.S.C. e arts. 980º e segs.

Código Civil)

→ Contrato de consórcio: É aquele pelo qual duas ou mais pessoas,

singulares ou colectivas, que exerçam uma actividade económica se

obrigam entre si a, de forma concertada, realizar certa actividade ou

efectuar certa contribuição com o fim de prosseguir qualquer dos

objectivos seguintes:

Realização de actos materiais ou jurídicos, preparatórios

quer de um determinado empreendimento, quer de uma

actividade contínua;

Execução de determinado empreendimento;

Fornecimento a terceiros de bens, iguais ou

complementares entre si, produzidos por cada um dos membros

do consórcio;

Pesquisa ou exploração de recursos naturais;

Produção de bens que possam ser repartidos, em

espécie, entre os membros do consórcio (arts. 1º e 2º do Dec.-

Lei nº.231/81, de 28 de Julho)

→ Mandato: o mandato comercial dá-se quando alguma pessoa se

encarrega de praticar um ou mais actos de comércio por conta e

mandato de outrem (arts. 231º e segs. do Código Comercial; e arts.

1157º e segs do Código Civil).

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Comissão: Contrato de comissão é o mandato comercial em que o

mandatário transacciona por conta do mandante, mas em seu nome

próprio nome (arts. 266º e segs do C. Com. E arts. 1180º e segs do C.

Civil)

→ Letra: A letra é um título à ordem, sujeito a certas formalidades, pelo

qual uma pessoa (sacador) ordena a outra (sacado) que pague a si ou a

terceira pessoa (tomador), determinada importância (arts. 1º e segs. da

Lei Uniforme relativa às letras e livranças).

→ Livranças: livrança é o título à ordem, sujeito a certas formalidades,

pelo qual uma pessoa se compromete para com outra a pagar-lhe

determinada importância, em certa data (arts. 75º e segs. da Lei

Uniforme relativa a letras e livranças)

→ Extracto de factura: Extracto de factura é o título à ordem, sujeito a

certas formalidades, que representa o crédito proveniente de um venda

mercantil, a prazo, realizada entre comerciantes, e obrigatoriamente

emitido sempre que esta transacção não seja representada por meio de

letra (arts. 1º e segs. do Decreto nº19490, de 21 de Março de 1931).

→ Cheque: Cheque é o titulo à ordem, sujeito a certas formalidades, pelo

qual uma pessoa, que tem qualquer importância disponível num

estabelecimento bancário e dispõe dela total ou parcialmente (arts. 1º e

segs da Lei Uniforme relativa ao cheque)

→ Operações de banco: Operações de banco como o seu nome indica,

são as realizadas nos bancos e especificamente: as de deposito,

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

empréstimos, descontos, cobranças, aberturas de credito, emissão e

circulação de notas, câmbios, etc (arts. 362º e segs do C.C)

→ Transporte: Dá-se o contrato de transporte comercial quando uma

empresa se obriga a conduzir pessoas ou coisas, de um local para o

outro, mediante certa retribuição (arts. 366º e segs Código Comercial e

arts 1154º e segs do Código Civil)

→ Empréstimo: Dá-se o contrato de empréstimo comercial quando se

cede uma coisa a outrem, para que dela se sirva em acto mercantil,

com a obrigação de restituir (arts 394º e segs do Código Comercial, arts

1129º e segs do Código Civil) O empréstimo mercantil é sempre

retribuído (art. 395º Código Comercial). A este empréstimo aplicam-se

juros.

→ Penhor: Dá-se o penhor mercantil sempre que a dívida que se cauciona

proceda de acto comercial (arts 397º e segs Código Comercial e arts

666º e segs do Código Civil)

→ Depósito: O depósito diz-se mercantil quando alguem se obriga, para

com outrem, a guardar e a restituir quando lhe seja exigido, generos ou

mercadorias destinados a actos de comercio (arts 403 e segs do Código

Comercial e arts. 1185º e segs do Código civil).

→ Seguro: Chama-se seguro ao contrato pelo qual uma das partes

(segurador) se obriga a pagar, mediante uma certa prestaçao (prémio),

à outra parte (segurado) ou a terceiro (beneficiario), uma certa

indemnizaçao, sob a dependencia de um acontecimento incerto ou de

data incerta (arts. 425º e segs do Código Comercial)

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Tipos de Seguros

Seguro contra riscos (artigo 432º cód. Comercial)

Seguro contra fogo (artigo 442º cód. Comercial)

Seguro de colheitas (artigo 447º cód. Comercial)

Seguro de transportes por terra, canais ou rios (artigo 450º cód.

Comercial)

Seguro de Vida (artigo 455º cód. Comercial)

→ Compra e Venda: De um modo genérico, a compra e venda é

comercial (objectivamente) quando uma das partes (vendedor)

transfere para a outra (comprador), mediante preço convencionado, a

propriedade de qualquer coisa que o comprador destine a revenda ou

aluguer, ou que o vendedor tenha adquirido com o fim de revender (arts

463º e segs Código Comercial, arts 874º e segs Código Civil)

→ Escambo ou troca: De uma maneira geral, troca mercantil é o

contrato pelo qual se dá uma coisa por outra, sempre que a coisa se

destine a revenda ou tenha sido adquirida com esse fim (art. 480º do

Código Comercial).

→ Aluguer: Aluguer mercantil é o contrato pelo qual alguém cede a

outrem, por certo tempo e mediante certa retribuição, o uso e fruição

de coisa móvel que adquiriu com esse fim (arts 481º e segs do Código

Comercial e arts 1022º e segs do Código Civil).

Actos de Comércio

“Serão considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem

especialmente regulados neste código, e, além deles, todos os contratos

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza

exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.”

Artigo 2º código Comercial (Actos de Comércio)

Actos de Comércio subjectivos

São actos de comércio subjectivos são aqueles a que a lei atribui

comercialidade pela circunstância de serem praticados por

comerciantes, com base na presunção de serem tais actos conexos com

a actividade comercial dos seus autores.

Actos de Comércio

“Serão considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem

especialmente regulados neste código, e, além deles, todos os contratos

e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza

exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.”

Artigo 2º código Comercial (Actos de Comércio)

Actos não comerciais

Actos praticados pelos comerciantes são mercantis excepto se a sua

natureza for exclusivamente civil, ou se, podendo a sua natureza ser civil

ou comercial, se provar que não tem relação com o comércio.

Ex: casamento, roupa para uso próprio, testamento, compra de habitação,

etc.

Exercício nº2:

Comente minuciosamente a seguinte frase com base nos

conhecimentos adquiridos:

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

“ Todos os actos dos comerciantes são comerciais”

Tipos de actos de Comércio

• Puro: quando ambas as partes são comerciantes

• Unilateral: Quando só uma das partes, pratica actos de comércio

(Artigo 99º do código Comercial)

• Por conexão: É aquele a que a lei atribui comercialidade atendendo

à sua especial relação com determinado acto de comércio ou com o

comércio.

Exemplo: empréstimo para compra de bens para a própria empresa

para revenda

Sociedade

Contrato de sociedade comercial é aquele em que duas ou mais pessoas

se obrigam a contribuir com bens ou serviços para em comum exercerem

legalmente o comércio, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa

actividade.

Requisitos para ser uma Sociedade Comercial

→ Requisito subjectivo, estar presente duas ou mais pessoas;

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Requisito patrimonial, estas duas pessoas têm que retribuir com bens

ou serviços.

→ O elemento finalístico, a sociedade existe para a pratica de uma certa

actividade económica.

→ O elemento teleológico, que é a obtenção de lucro.

Princípio da Tipicidade

São sociedades comerciais aquelas que tenham por objecto a prática de

actos de comércio e adoptarem o tipo de sociedade:

→ Sociedades em nome colectivo;

→ Sociedades por quotas;

o Normais;

o Unipessoais;

→ Sociedades anónimas;

→ Sociedades em comandita simples;

→ Sociedades em comandita por acções.

Faltará algum?

• Comerciante em nome individual

• Vantagem:

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

– Tem uma grande vantagem, trabalha sozinho, a ausência de

sócios para prestar contas e dividir os lucros.

• Desvantagem:

– A maior desvantagem é a responsabilidade pelas dívidas, pois,

responde todo o património do comerciante, a

responsabilidade é ilimitada.

Sociedade em Nome Colectivo

→ Tem que ter no mínimo 2 sócios;

→ Capital social 5.000€ ou indústria (trabalho), pode entrar

sem dinheiro mas com trabalho.

→ Responsabilidade ilimitada (pelas dívidas responde todo

o património) mas subsidiada (1º vão ao património empresarial e

depois ao património de cada sócio.

→ Todos os sócios têm que ser gerentes.

Sociedades por Quotas – Normais

→ Tem que ter no mínimo 2 sócios;

→ Capital social 5.000€ e não há sócios de indústria, têm que

entrar obrigatoriamente com dinheiro. Um sócio pode ter uma quota

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

com o mínimo que é 100€ (pode haver um sócio com 4.900€ e outro

com 100€);

→ Responsabilidade limitada ao capital social;

→ Todos os sócios podem ser gerentes mas também pode haver

gerentes que não sejam sócios.

Sociedades por Quotas – Unipessoais

→ Só tem um sócio;

→ Capital social 5.000€ no mínimo;

→ Responsabilidade limitada ao capital social, desde que não

haja confusão patrimonial (tem que separar o que é da empresa e o que

é pessoal);

→ O sócio pode ser gerente mas também pode haver gerentes

que não seja o sócio.

Sociedades Anónimas

→ Mínimo 5 sócios;

→ Capital social 50.000€ no mínimo, representado por acções em que o

valor mínimo é 0,01€

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Responsabilidade limitada ao valor de cada acção;

→ Todos os sócios podem ser gerentes mas também pode haver gerentes

que não sejam sócios.

Sociedades em Comandita Simples

→ O mínimo são 2 sócios, um de responsabilidade limitada e outro ilimitada;

→ Capital social 5.000€ mas os sócios ilimitados podem entrar com indústria

(trabalho);

→ Responsabilidade mista;

→ A gerência pertence obrigatoriamente aos sócios de responsabilidade

ilimitada.

Sociedades em Comandita Simples

→ O mínimo são 6 sócios, em que 5 de responsabilidade limitada e outro

ilimitada;

→ Capital social 50.000€, mínimo 0,01€ por acção;

→ Responsabilidade mista;

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ A gerência pertence obrigatoriamente aos sócios de responsabilidade

ilimitada.

Quem pode ser comerciante?

→ Ter capacidade jurídica de exercício;

→ Não estar impedido ao exercício do comércio;

→ Fazer do comércio profissão.

* Fazer da prática de actos de comércio profissão, é praticar actos de

comércio de forma permanente e habitual de carácter de periodicidade.

Impedimentos – art. 13º Código Comercial

→ A declaração de falência – a pessoa fica impedida do

exercício do comércio;

→ Impedimentos de cariz político – todos os titulares de

órgãos de soberania* ficam impedidos de exercer o comercio por razoes

de ordem ética, moral e de imparcialidade;

*Órgãos de soberania: Presidente da Republica, Assembleia da Republica,

Governo da Republica e Tribunais.

→ Impedimentos de cariz administrativo – certos titulares

com cargos administrativos ficam impedidos do exercício do comercio,

como as autarquias locais, presidentes de concelho de administração

publica, etc.

Impedimentos parciais

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

1. Os sócios das sociedades em nome colectivo ficam impedidos

de exercer actividade comercial concorrente com a da sociedade;

2. Os sócios de responsabilidade ilimitada nas sociedades em

comandita ficam impedidos de exercer actividade concorrente com a da

sociedade.

3. Os gerentes das sociedades por quotas e unipessoais ficam

impedidos de exercer por conta própria ou alheia actividade comercial

concorrente com a da sociedade

Incapacidades de Exercício

• Inabilitação – art. 152º C. Civil

“Podem ser inabilitados os indivíduos cuja anomalia psíquica, surdez-

mudez ou cegueira, embora de carácter permanente, são seja de tal modo

grave que justifique a sua interdição, assim como aqueles que, pela sua

prodigalidade ou pelo uso de bebidas alcoólicas ou de estupefacientes, se

mostrem incapazes de reger convenientemente o seu património”.

• Interdição – art. 138º C. Civil

“Podem ser interditos do exercício dos seus direitos todos aqueles que por

anomalia psíquica, surdez-mudez ou cegueira se mostrem incapazes de

governar suas pessoas ou bens.

As interdições são aplicáveis a maiores; mas podem ser requeridas e

decretadas dentro do ano anterior à maioridade, para produzirem os seus

efeitos a partir do dia em que o menor se torne maior.”

• Menoridade – art. 122º C. Civil

“É menor quem não tiver ainda completado dezoito anos de idade.”

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

• Incapacidade – art. 123º C. Civil

“Salvo disposição em contrario, menores carecem de capacidade para o

exercício de direitos.”

Obrigações do comerciante

Artigo 18º do Código Comercial

→ Adoptar uma firma;

→ Ter escrituração mercantil (artigo 29º Código Comercial)

→ Fazer e inscrever no registo comercial os actos a ele sujeitos;

→ Dar balanço e prestar contas

Firma – Regras

Firma – Nome comercial do comerciante

A firma é igual ao nome do comerciante (nome individual)

podendo então ser abreviado no caso da existência de um comerciante

com nome parecido.

A firma, quanto às sociedades comerciais, tem que proceder

aos requisitos previstos no art. 10º do C.S.C:

A firma não pode sugerir uma sociedade diferente do objecto

social;

A firma não pode ser constituída por vocábulos estrangeiros à

excepção se a sociedade pretende ingressar no estrangeiro;

A firma deve obedecer ao princípio da novidade e

exclusividade (um só nome), significando isto, que não pode

existir duas firmas iguais e caso ocorra um lapso e venha a

acontecer uma situação destas a firma mais antiga goza de

protecção e garantia do seu nome;

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Princípio da verdade – situação em que a firma deve espelhar

a situação real da empresa.

Ex: Sociedade com 2 sócios António e Bento. Se a firma fosse

José e Joaquim não responderia ao princípio da verdade.

Tipos de Firma

► Nominativa: Quando é composta por um ou mais nomes do sócios. Ex:

“António & Carlos”.

► Designativa: Quando a firma é composta pela alusão à actividade

comercial a desenvolver.

Ex: “Tabacaria e Papelaria do Carmo”

► Mista: Quando é composta simultaneamente quer pelo nome de um ou

mais sócios, quer pela alusão à actividade comercial.

Ex: “António & Carlos Construções”.

A firma não pode ser composta por:

Elementos toponímicos quando desacompanhados de qualquer outra

expressão.

Ex: Funchal Lda. – não pode ser

Predifunchal Lda – pode ser

Instruções que possam induzir a erro quanto à sua caracterização

jurídica, designadamente, pelo uso de expressões utilizadas por

organismos públicos ou associações sem finalidade lucrativa.

Expressões que possam induzir a erro quanto à capacidade técnica ou

financeira.

Ex: se constituir uma sociedade de desenhadores e a firma é

“Engenharia e Construções Lda” induz a erro, porque não são

engenheiros mas sim desenhadores.

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Não se pode utilizar expressões proibidas por lei ou ofensivas da moral

e dos bons costumes.

Requisitos para cada sociedade em relação à firma

Sociedade em nome colectivo art. 177º C.S.C.

A firma é obrigatoriamente constituída pelo nome de um ou mais sócios –

firma nominativa – podendo ou não fazer alusão à actividade comercial

exercida – firma mista. Aditar à firma escolhida abreviada ou por extenso

“& Companhia” ou “& Cª”.

Sociedade por quotas art. 200º C.S.C.

A firma deve conter a palavra “Limitada” (Lda.) por extenso ou abreviada

podendo ser constituída por qualquer tipo de firma possível – firma

designativa, nominativa ou mista.

Sociedade Unipessoal art. 270º-B C.S.C

A firma pode ser nominativa, designativa ou mista e temos que adicionar a

palavra “Unipessoal” antes de “Limitada” (Lda).

Ex: …Unipessoal Lda.

Sociedade Anónima art. 275º C.S.C.

A firma pode ser nominativa, designativa ou mista e temos que adicionar a

palavra “Sociedade Anónima” ou “S.A”.

Sociedade em Comandita Simples art. 467º C.S.C.

Obedece a 2 requisitos:

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

- O sócio de responsabilidade ilimitada tem que ter o seu nome na firma

podendo ou não ser acompanhado da alusão da actividade comercial

exercida.

- Só pode ser nominativa ou mista e temos que aditar as palavras “em

Comandita” ou “ e Comandita”.

Sociedade em Comandita por Acções art.465º C.S.C

Seguem o regime das sociedades anónimas o que significa que podem ser

nominativas, designativas ou mistas, com a adição das palavras “e/em

Comandita por Acções”.

Escrituração Mercantil

É a obrigação imposta aos comerciantes para que estes possuam livros

obrigatórios onde inserem de forma clara e precisa as suas operações

comerciais e financeiras.

Os livros obrigatórios são: o inventario e o balanço, o diário, o razão, o

copiador geral para as sociedades comerciais e o livro de actas.

Inscrição no Registo Comercial

O registo comercial tem por finalidade dar a conhecer a situação jurídica

dos comerciantes com o objectivo de garantir a segurança no comércio,

para o comerciante em nome individual é obrigatório registar o inicio e a

cessação da actividade. Para as sociedades comerciais é obrigatório o

registo do pacto social, de todas as suas alterações de gerência; da sede;

do objecto social; da dissolução da sociedade; da transformação; da

cessão de quotas; o aumento ou diminuição do capital, etc.

O registo comercial, em regra, tem efeitos meramente declarativos, ou

seja, o seu objectivo é informar a situação jurídica do comerciante. No

entanto o registo do pacto social de uma sociedade tem efeitos

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constitutivos de personalidade jurídica (art. 5 c.s.c.). É o registo que dá

personalidade jurídica.

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Dar Balanço e prestar contas

A obrigação do balanço é anual e deve ser feito nos primeiros 3 meses do

ano seguinte ao que respeitar. É neste instrumento financeiro que se

apura o activo e o passivo, bem como o capital próprio. Este é o Balanço

Geral, no entanto, podem existir balanços extraordinários de cessão (com

o objectivo de apurar o valor da sociedade ou de uma quota da sociedade,

numa operação de venda) e balanços de cessação (com o objectivo de

apurar o saldo final da sociedade e proceder a dissolução da mesma).

Exercício nº 3:

1. O que entende por comércio por grosso e comércio a retalho?

2. O que são actos de comércio?

3. O que entende por actos de comércio objectivos?

4. O transporte, o empréstimo e o depósito são actos de comércio

objectivos ou subjectivos? Justifique a sua resposta.

5. Quais os requisitos para ser uma sociedade comercial?

6. O que entende por Princípio da Tipicidade?

7. Qual a desvantagem e desvantagem em ser comerciante em nome

individual?

8. Pode o Presidente da República ser comerciante? Justifique

9. Quais as incapacidades de exercício que conhece?

10. Que obrigações tem um comerciante?

11. Dois amigos Carlos e Manuel, ambos contabilistas decidiram

constituir uma sociedade, contudo, têm dificuldade em escolher o

tipo de firma, o tipo de sociedade e não sabem as suas obrigações

enquanto comerciantes. Com base nos seus conhecimentos ajude

estes dois amigos a constituir a sociedade.

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Contrato

Acordo de vontades entre duas ou mais pessoas tendente à constituição,

verificação ou extinção de direitos e obrigações

É considerado um acto jurídico: manifestação de vontade que produz

efeitos, que são determinados por lei.

Actos jurídicos

Classificam-se por:

• Unilaterais – quando, apenas, existe manifestação de vontade de

uma das partes.

Ex: testamento

• Bilaterais - quando existe manifestação de vontade de ambas as

partes.

Ex: contratos

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Enquanto actos jurídicos podem classificar-se em:

• Bilaterais: Quando determinam direitos e obrigação de ambas as

partes.

Ex: arrendamento, contrato de compra e venda, seguros.

• Unilaterais: Quando determinam obrigações apenas para uma das

partes

Ex: doação

Obedecem ao princípio da Liberdade Contratual (artº.405 do Código

Civil)

Artigo 405º (liberdade contratual)

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Contrato

Acto JurídicoRegulamentaç

ão LegalNatureza

Bilateral

Unilateral

Típico

Atípico

Civil Comerciante

Civil ou Comerciante

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Dentro dos limites da lei, as partes têm a faculdade de fixar livremente o

conteúdo dos contratos, celebrar contratos diferentes dos previstos neste

código ou incluir neles as cláusulas que lhes aprouver. (….)

Quanto à regulamentação legal podem classificar-se em:

• Típicos: Quando têm regulamentação legal;

• Atípicos: Quando não têm regulamentação legal, podendo os

contraentes incluir clausulas que entenderem, embora respeitando

os limites legais

Quanto à sua natureza podem classificar-se em:

• Contratos de natureza Civil: Quando são regulados

exclusivamente pela lei civil.

Ex: casamentos, doações…

• Contratos de natureza comercial: Quando são regulados

exclusivamente pela lei comercial.

Ex: contrato de sociedade comercial, operações bancárias…

• Contratos de natureza civil ou comercial: Quando são regulados

pela lei civil ou comercial, consoante os casos.

Ex: contrato de compra e venda, empréstimos…

Requisitos de validade:

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

• Capacidade das partes

• Mútuo consenso

• Objecto possível

• Forma externa

Contratos Estipulados na Lei

► Compra e Venda: contrato pelo qual se transmite a propriedade de

uma coisa, ou direito, mediante um preço – art. 874º do C.C.

► Doação: Contrato pelo qual uma pessoa, por liberdade e à custa do

seu património, dispõe gratuitamente de uma coisa ou de um direito ou

assume uma obrigação em beneficio de outra – art. 940º do C.C.

As doações podem ser puras (não dependentes de nenhuma condição),

condicionais (dependente de certo evento ou circunstancia), onerosas

(que trazem certos encargos – art. 963º) e remuneratórias (que visam

pagar serviços recebidos pelo doador que não tenham a natureza de

divida exigível – art. 941º).

No que toca ao período em que devem produzir os seus efeitos, as

doações serão doações inter-vivos (que produzem efeito na vida dos

contraentes) ou doações mortis-causa (que só produzem efeitos depois de

morto o doador)

→ Sociedade: Contrato em que duas ou mais pessoas se

obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício comum de

certa actividade económica para realizarem lucros – art. 980º.

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Locação: Contrato pelo qual uma das partes cede o gozo

temporário de uma coisa mediante retribuição. Quando consiste sobre

coisa imóvel, chama-se arrendamento à locação, chamando-se aluguer

à que consiste sobre coisa móvel.

→ Comodato: Contrato pelo qual uma das partes entrega certa

coisa a outra, para que se sirva dela, com a obrigação de a restituir –

art. 1129º do C.C.

→ Mútuo: Contrato pelo qual uma das partes empresta dinheiro

ou coisa fungível, ficando a segunda obrigada a restituir outro tanto do

mesmo género e qualidade – art. 1142º do C.C.

→ Contrato de Trabalho: Contrato pelo qual uma pessoa se

obriga mediante retribuição, a prestar a sua actividade intelectual ou

manual a outra pessoa, sob a autoridade e direcção desta – art. 1152º

do C.C.

→ Prestação de serviço: Contrato pelo qual uma das partes se

obriga a proporcionar a outra certo resultado do seu trabalho intelectual

ou manual, com ou sem retribuição – art. 1154º do C.C.

→ Mandato: Contrato pelo qual uma das partes se obriga a

prestar actos jurídicos por conta da outra – art. 1157º

→ Depósito: Contrato pelo qual uma das partes entrega a outra

uma coisa, móvel ou imóvel, para que a guarde e restitua quando for

exigida – art. 1185º do C.C.

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Empreitada: Contrato pelo qual uma das partes se obriga

para com outra a realizar certa obra, mediante um preço – art. 1207º do

C.C.

Garantias contratuais

→ Garantia geral (Art.º 601)

Se o devedor não cumprir a sua obrigação o credor pode requerer em

tribunal o seu cumprimento através da execução do património do

devedor.

Garantias especiais

→ Garantias pessoais (Art.º627)

Uma 3ª pessoa responsabiliza-se perante o credor pelo cumprimento da

obrigação, se o devedor não cumprir. O cumprimento da obrigação passa a

estar garantido pelos patrimónios do devedor e de terceiro.

Ex: fiança

→ Garantias reais (Art.º666)

Quando determinado (s) bem (s) do devedor fica (m) afectos ao

cumprimento da obrigação.

Ex: penhor e hipoteca

Fiança

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

É uma garantia pessoal que consiste em uma terceira pessoa (fiador) se

responsabilizar perante o credor a cumprir obrigação, caso o devedor

(afiançado) não o faça na devida altura.

Artº627 (noção, acessoriedade)

O fiador garante a satisfação do direito de crédito, ficando pessoalmente

obrigado perante o credor

A obrigação do fiador é acessória da que recai sobre o principal devedor

Concluindo-se então que a obrigação principal é a do devedor, sendo a

obrigação do fiador acessória

Requisitos

Artº628

A vontade de prestar fiança dever ser expressamente declarada pela

forma exigida para a obrigação principal

A fiança pode ser prestada sem conhecimento do devedor ou contra a

vontade dele, e à sua prestação não obsta o facto de a obrigação ser

futura ou condicional

Conclui-se então que a fiança deve ser expressamente declarada e pela

forma exigida para o contrato e pode ser prestada sem o

conhecimento/consentimento do devedor

Âmbito da Fiança

Art. 631º

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

A fiança não pode exceder a dívida principal nem ser contraída em

condições mais onerosas, mas pode ser contraída por quantidade menor

ou em menos onerosas condições.

A fiança não pode exceder a dívida que lhe deu origem podendo no

entanto ser uma fiança parcial.

Invalidade da obrigação principal

Artº632

A fiança não é válida se o não for a obrigação principal.

Sendo, porém, anulada a obrigação principal, por incapacidade ou vício de

vontade do devedor, nem por isso a fiança deixa de ser válida, se o fiador

conhecia a causa da anulabilidade ao tempo em que a fiança foi prestada.

Querendo com isto dizer que se a obrigação principal for nula, a fiança

também é, salvo se o fiador sabia da anulabilidade.

Benefício de excussão

Artº638

Ao fiador é lícito recusar o cumprimento enquanto o credor não tiver

excutido todos os bens do devedor sem obter a satisfação do seu crédito.

É lícita ainda a recusa, não obstante a excussão de todos os bens do

devedor, se o fiador provar que o crédito não foi satisfeito por culpa do

credor.

Isto é, o fiador pode recusar o cumprimento, enquanto o credor não tiver

executado todos os bens do devedor, susceptíveis de penhora e/ou

hipoteca.

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Sub-rogação

Artº644

O fiador que cumprir a obrigação fica sub-rogado nos direitos do credor,

na medida em que estes foram por ele satisfeitos

Quer isto dizer que o fiador que cumpriu a obrigação pode exigir ao

devedor o cumprimento da obrigação que por ele cumpriu.

Penhor

→ Incide sobre coisas móveis ou sobre créditos ou outros direitos

não susceptíveis de hipoteca;

→ As coisas, créditos ou outros direitos podem pertencer ao

devedor ou a terceiros;

→ Dá ao credor o direito à satisfação do seu crédito com a

preferência sobre os demais credores pelo valor da coisa móvel, crédito

ou outros direitos;

→ Implica a entrega da coisa empenhada ou dos respectivos

documentos ao credor ou a terceiro;

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ O credor é obrigado a guardar e administrar, a não usar e a

restituir a coisa empenhada assim que estiver extinta a obrigação a que

serve de garantia;

→ Vencida a obrigação, o credor adquire o direito de se fazer

pagar pelo valor da coisa empenhada procedendo à sua venda judicial

ou extrajudicial

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Hipoteca

– Incide sobre coisas imóveis ou equiparadas a imóveis

ex: viaturas, navios, aviões;

– Tem que ser registada na conservatória do Registo Predial para

produzir efeitos;

– Dá ao credor o direito à satisfação do seu crédito sobre os

demais credores:

– Que não gozem de privilégios especiais;

– Que, embora beneficiando de hipoteca sobre o mesmo bem, a

não tenha registado

ASSIM: O credor não poderá ficar com a coisa hipotecada, caso o

devedor não cumpra.

Exercício nº4:

1. O que entende por contrato?

2. O que significa o art. 405º (Liberdade Contratual)?

3. Quais as classificações que podem ter os contratos?

4. O que entende por natureza de contrato? Explique cada uma delas.

5. Que requisitos são necessários para um contrato ser valido perante

a lei?

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

6. António é menor e foi contratado para trabalhar numa tabacaria.

Este contrato é valido? Porque?

7. Dê um exemplo de um contrato estipulado por lei.

8. Distinga garantias pessoais de garantias reais.

9. A fiança é uma garantia especial ou geral? Justifique.

As Fases e a Documentação do Contrato Compra e Venda

→ Nota de encomenda

→ Nota de venda

→ Requisição

→ Ordem de compra

→ Guia de remessa/ talão de recepção

→ Factura/recibo

→ Nota de débito

→ Nota de crédito

Fases do contrato de compra e venda

→ Encomenda – proposta de compra por parte do comprador.

→ Entrega – envio da mercadoria ao comprador

→ Liquidação – fixação do preço a pagar pelo comprador

→ Pagamento – entrega pelo comprador da importância fixada

Encomenda

• Escolha da qualidade:

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

– À vista

– Por catálogo

– Por amostra

– Por análise

– Por tipo determinado

– Por marca

• Quantidade da mercadoria

– A esmo, em bloco, ou por partida inteira

– Por peso, conta e medida

Encomenda

Comprador faz ao vendedor uma proposta de compra, indicando a

natureza, qualidade e quantidade da mercadoria que pretende adquirir,

podendo também definir: local e data de entrega, fixação do preço, forma

de pagamento, etc.

• À Vista

Quando a escolha é feita na presença das mercadorias e, vendo-as, se

pode escolher aquela que corresponde à qualidade pretendida

(examinando, experimentando, ou provando)

Ex: vestuário, electrodomésticos, jóias, etc.

• Por Catálogo

Quando a escolha é feita através de catálogos que referenciam as

características das mercadorias a transaccionar

Ex: tintas, livros, louças, etc.

• Por Amostra

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Quando a escolha é feita através de pequenas porções de mercadorias de

qualidade exactamente igual à da mercadoria a transaccionar

Ex: perfumes, tecidos, medicamentos, etc.

• Por Análise

Quando a escolha é realizada através de processos ou técnicas de

laboratório, pois só assim a qualidade da mercadoria fica perfeitamente

determinada.

Ex: azeite, vinhos, minérios, etc.

• Por Tipo Determinado

Quando a escolha da mercadoria é realizada a partir de referência ao seu

tipo desejado, limitando-se, portanto, a indicar esse tipo

Ex: bacalhau da Noruega, feijão, manteiga, etc.

• Por Marca

Quando a escolha é feita através da marca da mercadoria

Ex: televisores “Sony”, cerveja “super-bock”, vinho do porto “sandeman”,

etc.

• A Esmo, em Bloco, ou por Partida Inteira

Quando a quantidade da mercadoria a adquirir é avaliada por estimativa,

sem se proceder à contagem, pesagem, ou medição, sendo a essa

quantidade atribuído um determinado preço

Ex: compra de todo o peixe que se encontra num cabaz por determinado

preço.

• Por Peso, Conta e Medida

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Quando a quantidade da mercadoria a adquirir é determinada através de

pesagem, contagem ou medida

Ex: 200 kg de batatas, 100 unidades de chocolates, 1000 metros de cabo

de aço.

Entrega

O vendedor procede ao envio da mercadoria ao comprador pelo que é

indispensável conhecer a data, a forma e o local de entrega

• Entrega

• Época ou data

• Forma

• Local

Época ou data

Imediata - quando a mercadoria é entregue no momento de celebração

do contrato.

Pronta – quando a mercadoria é entregue nos 15 dias seguintes à

celebração do contrato.

A prazo – quando a mercadoria é entregue dentro de um determinado

prazo.

Forma

Fraccionada ou escalonada – quando a entrega é realizada por fracções

em datas sucessivas

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Condicionada – quando a entrega está dependente da ocorrência de um

determinado facto, como, por exemplo, a chegada do navio que transporta

a mercadoria.

Local

Comércio interno:

– No domicílio ou no armazém do vendedor

– No domicílio ou no armazém do comprador

– Num terceiro lugar

Comércio externo:

– Terrestre

– Marítimo

– Aéreo

Terrestre

F.O.R./F.O.T. (Free on Rail/Free on Truck): A mercadoria deve ser colocada

pelo exportador/vendedor, livre de despesas, na estrada de ferro (FOR) ou

no vagão da carruagem (FOT). A partir daí as despesas são por conta do

importador/comprador

Marítimo

F.A.S.- free alongside ship (livre ao lado do navio) - o vendedor deverá

colocar a mercadoria livre de qualquer encargo para o comprador ao lado

do navio sobre o cais

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

F.O.B.- free on board (livre a bordo do navio no porto de embarque) - o

vendedor deverá colocar a mercadoria livre de qualquer encargo para o

comprador a bordo no navio no porto de embarque

C.I.F- cost, insurance and freight (livre a bordo no porto de destino) - o

vendedor deverá colocar a mercadoria livre de qualquer encargo para o

comprador a bordo no navio no porto de destino

Aéreo

F.O.B. – Airport (livre a bordo do avião no aeroporto de embarque) - o

vendedor deverá colocar a mercadoria livre de qualquer encargo para o

comprador a bordo do avião

Liquidação

O vendedor procede ao cálculo do preço a entregar pelo comprador

quando este efectuar o pagamento.

• Espécie de moeda a utilizar

– Comércio interno

– Comércio externo

• Reduções de preços:

– Descontos financeiros

– Descontos comerciais

• Formas de estabelecer preços

Espécie de moeda a utilizar

→ Comércio interno – a moeda utilizada é a do respectivo

país

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Comércio externo – a moeda usada é a do país do

comprador ou do vendedor, normalmente o mais estável, podendo

também a moeda ser de um terceiro país, cuja cotação seja mais

estável.

No caso dos países membros da EU, excepto Reino Unido, Dinamarca e

Suécia, a moeda é o Euro

Descontos financeiros

→ Desconto por pronto pagamento – concedido ao

comprador pelo facto de este pagar a mercadoria ou no acto de

entrega, ou normalmente num prazo que não ultrapasse 8 dias

→ Desconto por antecipação de pagamento – concedido ao

comprador, sempre que este, dispondo de prazo para pagar, resolva

antecipar o seu pagamento

Descontos comerciais

→ Desconto de revenda – concedido pelo produtor ao grossista

ou retalhista com a intenção de este obter mais lucros na revenda da

mercadoria.

→ Abatimento – concedido ao comprador pelo facto de a

mercadoria vendida apresentar defeitos acidentais ou pequenas

avarias.

→ Rappel – concedido ao comprador sempre que este atinja ou

ultrapasse um determinado volume de compras e que incide sobre o

preço total da mercadoria vendida.

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ Bonificação – concedida ao comprador quando a mercadoria

entregue for de qualidade inferior à previamente convencionada, ou

quando se verificar atraso na sua entrega.

Formas de estabelecer preços

• Preços acordados

• Preços fixos

• Preços tabelados

• Preços correntes

• Preços por concurso público

• Preços em leilão ou hasta pública

• Preços por cotação em bolsa

• Preços em lota

Pagamento

Última fase e consiste na entrega feita pelo comprador ao vendedor do

preço fixado. Deste preço podem constar, para além do preço da

mercadoria, certas despesas, tais como: transporte, seguro, etc. quando

tais despesas sejam por conta do comprador e tenham sido paga pelo

vendedor

Quanto à data ou época:

→ Antecipado – pago antes da entrega da mercadoria.

→ Imediato – pago no acto de entrega.

→ A pronto – quando e efectuado até 8 dias após entrega

mercadoria.

→ A dinheiro – entre 8 e 30 dias após entrega.

→ A prazo – 60 dias, 90 dias, etc após entrega mercadoria.

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ A termo – vendedor e comprador tem que cumprir prazos

de entrega/pagamento.

→ Prestações – quando é efectuado em parcelas durante um

certo prazo.

→ Contra documentos – quando são recebidos

determinados documentos enviados pelo vendedor que asseguram a

propriedade da mercadoria.

Quanto ao local:

→ No domicílio do vendedor

→ No domicílio do comprador

→ Num terceiro lugar

Margens de comercialização

Percentagem sobre preço de custo

Pv=Pc+x%Pc

Percentagem sobre preço de venda

Pv=Pc+x%Pv

Contrato de compra e venda

→ Em face da lei civil, o contrato de compra e venda é aquele

pelo qual se transmite o direito de propriedade de uma coisa ou direito,

mediante o pagamento de um preço.

→ É um contrato típico e nominado

→ (o legislador não só estabelece o tipo como o seu regime

legal).

→ É um contrato consensual

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

→ (os efeitos não dependem de qualquer requisito de ordem

formal).

→ É também um contrato oneroso

→ (uma vez que a transmissão do bem tem como

contrapartida o pagamento de um preço. Assumindo assim carácter

sinalagmático já que dele resultam obrigações especificas para ambas

as partes).

Contrato de compra e venda (comercialidade)

A comercialidade do contrato de compra e venda advém da sua “inserção

num processo de aquisição para revenda”.

Art. 463º do Código Comercial.

Modalidades de compra e venda

→ A lei comercial fixa determinadas modalidades de compra e

venda mais frequentes no comércio.

→ Art. 465º - Contrato para pessoa a nomear;

→ Art. 469º - Venda sobre amostra

→ O contrato é celebrado na condição de a coisa ser conforme

à amostra ou à qualidade convencionada;

→ Art. 470º e art. 471º - Venda de coisas que não estejam à

vista e não possam designar-se por padrão

→ São sempre feitas na condição de o comprador poder

resolver os contratos se, examinando as coisas objecto do contrato, elas

não lhe agradarem. (art. 471º dá um prazo de 8 dias para a

consolidação destas vendas)

→ Art. 472º - As vendas efectuadas por conta, peso ou medida

→ Seguem o regime das obrigações genéricas previsto nos

artigos 539ºa 542º da lei civil.

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→ Art. 467º - Compra e venda de bens futuros ou alheios

→ A lei comercial, ao invés da lei civil, parte da validade do

negócio, sendo certo que obriga o vendedor a adquirir a propriedade da

coisa vendida. A lei civil atinge o mesmo objectivo partindo da nulidade

do negócio, uma vez que aceita a convalidação do mesmo (artigos 892º

2 895º).

Tendo em conta o crescente aumento de situações de venda de bens ou de

prestação de serviços fora dos estabelecimentos comerciais, começam a

ser cada vez mais relevantes novos regimes que, em torno de orientações

comunitárias na matéria, visam acautelar a protecção da parte

considerada mais fraca nestes contratos, os consumidores.

Novas modalidades de compra e venda~

Vendas celebradas fora do estabelecimento comercial

• Contratos à distância: Caracteriza-se pela utilização exclusiva de

uma ou mais técnicas de comunicação à distância, que irão permitir

a negociação dos termos do contrato e a celebração do mesmo. Aqui

a iniciativa de celebrar o contrato pertence ao comprador que

escolhe os produtos através dos mais variadíssimos suportes

publicitários e procede à sua encomenda junto da rede de

comercialização.

• Vendas ao domicílio : Contratos que incidem sobre bens e serviços

cuja proposta de fornecimento é feita no domicílio do

comprador/consumidor, sem que tenha havido prévio pedido

expresso por parte deste último nesse sentido.

Convém salientar que domicilio, nos termos da presente lei, não equivale

ao conceito de residência permanente, sendo que o próprio legislador

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equipara a este contrato outros celebrados em circunstâncias

semelhantes.

• Venda automática: Nestes contratos o bem ou serviço é colocado à

disposição do consumidor para que este o adquira utilizando para tal

qualquer tipo de mecanismo, sendo que o pagamento do seu custo é

antecipado.

Esta é a forma utilizada para a distribuição de certos produtos mediante a

colocação de máquinas em espaços públicos, que os disponibilizam contra

o pagamento prévio do preço estabelecido.

• Venda especial e esporádica: São vendas realizadas de forma

ocasional fora de estabelecimentos comerciais, em instalações ou

espaços privados especialmente utilizados para esse efeito.

Proibições

→ É proibida a venda de bens efectuada por entidades cuja

actividade principal não seja a actividade comercial.

→ É proibida a venda de bens em sistema de pirâmide, cadeia

ou bola de neve (procedimento mediante o qual se oferece ao

consumidor a redução do preço a pagar pelo bem, ou mesmo a sua

gratuitidade, do número de vendas ou do número de clientes que ele

próprio consiga obter em benefício do fornecedor ou do vendedor).

→ Proíbem-se também as vendas ligadas, em situações em

que a venda de um produto está subordinada à aquisição de outro bem

ou serviço junto do mesmo fornecedor.

→ São também proibidas as vendas forçadas, no sentido de

que a falta de resposta do consumidor a uma oferta ou proposta que lhe

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tenha sido dirigida faz presumir a sua aceitação. Consideram-se ainda

vendas forçadas aquelas que se traduzam no aproveitamento de uma

situação de especial debilidade do consumidor, inerente à sua própria

pessoa ou provocada voluntariamente pelo agente.

• Cláusulas contratuais

Conjunto de proposições pré elaboradas que proponentes e destinatários

indeterminados se limitam, respectivamente, a propor e aceitar.

• Cláusulas contratuais

• Elementos integrantes

• Generalidade: são cláusulas que se destinam a ser propostas a

destinatários indeterminados ou a ser subscritas por proponentes

indeterminados.

• Rigidez: as cláusulas contratuais gerais são recebidas em bloco, sem

possibilidade de modelação do seu conteúdo através,

nomeadamente de uma possível pré – negociação entre as partes.

• Cláusulas contratuais

• Desigualdade entre as partes: normalmente o utilizador das

cláusulas contratuais gerais goza, em regra, de larga superioridade

económica e jurídico-cientifica em relação ao aderente.

• Complexidade: as cláusulas contratuais gerais abrangem uma

grande amplitude de aspectos contratuais, incluindo normalmente a

determinação da lei aplicável e o foro competente para dirimir

eventuais litígios.

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• Natureza formulária: as cláusulas constam, normalmente, de

documentos escritos extensos onde o aderente se limita a

especificar escassos elementos de identificação.

Exercício nº5:

1. Quais as fases do contrato de compra e venda? Explique em que

consiste cada uma delas.

2. Enuncie quais os modos que conhece para escolher a qualidade do

produto?

3. Quanto à entrega, como pode esta ser feita?

4. O que entende por FOB e CIF? Em que diferem?

5. Quanto à liquidação, pronuncie-se sobre a espécie de moeda a

utilizar.

6. Distinga descontos financeiros de descontos comerciais.

7. Que tipos de descontos podemos ter nos descontos comerciais?

Explique cada um deles.

8. O pagamento é a ultima fase do contrato de compra e venda. O que

consta no preço?

9. Pronuncie-se sobre as margens de comercialização.

10. O que entende por contratos à distancia?

11. Em que consiste a venda automática? Dê um exemplo.

12. António vende plantas no caminho do Santo da Serra uma vez por

mês. Pedro quer adquirir um vaso de orquídeas para oferecer a Ana,

contudo António recusa-se a vender a planta sem que Pedro compre

uma saca de terra.

Pronuncie-se sobre esta situação.

13. O que entende por clausulas contratuais?

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Documentação LegalDocumentação Legal

Os documentos relativos ao contrato de Os documentos relativos ao contrato de compra e venda desempenhamcompra e venda desempenham

duas funções fundamentais:duas funções fundamentais:

Constituem um meio de provaConstituem um meio de prova

Constituem o suporte de registo contabilísticoConstituem o suporte de registo contabilístico

Na concepção de documentos dever-se-á Na concepção de documentos dever-se-á atender aos seguintes requisitos:atender aos seguintes requisitos:

ClarezaClareza – devem ser de preenchimento e leitura fáceis. – devem ser de preenchimento e leitura fáceis.

IntegralidadeIntegralidade – devem conter todas as informações necessárias à – devem conter todas as informações necessárias à

execução das operações a que servem de suporteexecução das operações a que servem de suporte

EconomicidadeEconomicidade – devem ser pouco dispendiosos – devem ser pouco dispendiosos

ConformidadeConformidade – devem satisfazer as exigências legais – devem satisfazer as exigências legais

As fases e a documentação As fases e a documentação do contrato de compra e do contrato de compra e

vendavenda

Nota de encomendaNota de encomenda

Nota de vendaNota de venda

RequisiçãoRequisição

Ordem de compraOrdem de compra

Guia de remessa/ talão de Guia de remessa/ talão de recepçãorecepção

Factura/reciboFactura/recibo

Nota de débitoNota de débito

Nota de créditoNota de crédito

Nota EncomendaNota Encomenda

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Este documento é utilizado, Este documento é utilizado, geralmente, no comércio por grosso, para segeralmente, no comércio por grosso, para se

proceder à encomenda da mercadoria. É emitido pelo comprador emproceder à encomenda da mercadoria. É emitido pelo comprador em

duplicado. O original é enviado ao vendedor (fornecedor), ficando oduplicado. O original é enviado ao vendedor (fornecedor), ficando o

duplicado na posse do comprador, a fim de verificar se a mercadoriaduplicado na posse do comprador, a fim de verificar se a mercadoria

recebida está de acordo com a encomenda formuladarecebida está de acordo com a encomenda formulada

Deve conter:Deve conter:

→→ O timbre do comprador com indicação do nome, O timbre do comprador com indicação do nome, direcção, nºdirecção, nº

contribuinte, capital social e nº registo na conservatóriacontribuinte, capital social e nº registo na conservatória

→→ O nº do documento, a localidade, e a data de O nº do documento, a localidade, e a data de emissãoemissão

→→ As condições de entrega e pagamento das As condições de entrega e pagamento das mercadoriasmercadorias

→→ A especificação das mercadorias em quantidade e A especificação das mercadorias em quantidade e qualidadequalidade

→→ O preço unitário das mercadoriasO preço unitário das mercadorias

→→ A assinatura do responsávelA assinatura do responsável

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RequisiçãoRequisição

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

É um documento idêntico à nota de É um documento idêntico à nota de encomenda, normalmente é utilizadoencomenda, normalmente é utilizado

no comércio a retalho e serve para o comprador levantar os artigos, deno comércio a retalho e serve para o comprador levantar os artigos, de

imediato, do estabelecimento do vendedorimediato, do estabelecimento do vendedor

A requisição deve conter os elementos A requisição deve conter os elementos referidos para a nota dereferidos para a nota de

encomenda e ser emitido em duplicadoencomenda e ser emitido em duplicado

Nota de vendaNota de venda

Por vezes a encomenda é formulada por um técnico Por vezes a encomenda é formulada por um técnico de vendas que éde vendas que é

funcionário do vendedor que visita o comprador na intenção de obterfuncionário do vendedor que visita o comprador na intenção de obter

encomendas. Neste caso, o técnico de vendas preencherá um documentoencomendas. Neste caso, o técnico de vendas preencherá um documento

denominado nota de venda.denominado nota de venda.

Este documento é emitido em triplicado, Este documento é emitido em triplicado, destinando-se o original aodestinando-se o original ao

comprador, o duplicado ao vendedor e ficando o triplicado na posse docomprador, o duplicado ao vendedor e ficando o triplicado na posse do

técnico de vendas.técnico de vendas.

A nota de venda deve conter o timbre do vendedor A nota de venda deve conter o timbre do vendedor com a respectivacom a respectiva

identificação e os demais elementos exigidos para a nota de encomendaidentificação e os demais elementos exigidos para a nota de encomenda

Nota ou guia de remessaNota ou guia de remessa

É emitida pelo vendedor e destina-se a acompanhar a É emitida pelo vendedor e destina-se a acompanhar a mercadoria até amercadoria até a

armazém ou estabelecimento do comprador. É através deste documentoarmazém ou estabelecimento do comprador. É através deste documento

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que o comprador verifica se a mercadoria entregue está de acordo com aque o comprador verifica se a mercadoria entregue está de acordo com a

encomendaencomenda

Emite-se em triplicado, original acompanha a mercadoria ao Emite-se em triplicado, original acompanha a mercadoria ao comprador, ocomprador, o

duplicado acompanha também a mercadoria a ser recolhida, nos actos deduplicado acompanha também a mercadoria a ser recolhida, nos actos de

fiscalização durante a circulação dos bens, pelas entidades competentes,fiscalização durante a circulação dos bens, pelas entidades competentes,

triplicado fica na posse do vendedortriplicado fica na posse do vendedor

A guia de remessa funciona também como guia de transporte A guia de remessa funciona também como guia de transporte dada

mercadoria, devendo por isso satisfazer o disposto no mercadoria, devendo por isso satisfazer o disposto no Decreto-LeiDecreto-Lei

nº45/89, de 11 de Fevereironº45/89, de 11 de Fevereiro, que determina os elementos que a guia, que determina os elementos que a guia

de remessa deve conter, bem como os requisitos a que deve obedecer.de remessa deve conter, bem como os requisitos a que deve obedecer.

Deve conter:Deve conter:

→→ O timbre do vendedor com indicação do O timbre do vendedor com indicação do nome, direcção, nºnome, direcção, nº

contribuinte, capital social e nº de registo na conservatóriacontribuinte, capital social e nº de registo na conservatória

→→ O nome, a direcção e o nº contribuinte do O nome, a direcção e o nº contribuinte do compradorcomprador

→→ Os locais de carga e descarga e a data e Os locais de carga e descarga e a data e hora em que se inicia ohora em que se inicia o

transportetransporte

→→ Os demais elementos referidos para a nota Os demais elementos referidos para a nota de encomendade encomenda

RequisitosRequisitos

→→ Os impressos deverão ser numerados, seguida e tipograficamente, Os impressos deverão ser numerados, seguida e tipograficamente, comcom

uma ou mais séries, convenientemente referenciadasuma ou mais séries, convenientemente referenciadas

→→ A numeração deve ser aposta no acto da impressão, ser A numeração deve ser aposta no acto da impressão, ser progressiva eprogressiva e

não conter mais de 11 dígitosnão conter mais de 11 dígitos

→→ A impressão só poderá ser efectuada em tipografias devidamenteA impressão só poderá ser efectuada em tipografias devidamente

autorizadas pelo Ministério das Finanças e conter os elementosautorizadas pelo Ministério das Finanças e conter os elementos

identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social e o nºidentificativos da tipografia, nomeadamente a designação social e o nº

de identificação fiscalde identificação fiscal

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→→ A aquisição deve ser efectuada mediante requisição escrita doA aquisição deve ser efectuada mediante requisição escrita do

adquirente utilizadoradquirente utilizador

Poderá também ser processada através de computador (programaPoderá também ser processada através de computador (programa

apropriado), devendo, neste caso, observar-se o seguinte:apropriado), devendo, neste caso, observar-se o seguinte:

→→ O facto de ser comunicado à direcção de finanças da sua sedeO facto de ser comunicado à direcção de finanças da sua sede

→→ Conter a expressão “processado por computador” Conter a expressão “processado por computador”

Talão de recepçãoTalão de recepção

É emitido pelo vendedor e destina-se a ser É emitido pelo vendedor e destina-se a ser devolvido pelo compradordevolvido pelo comprador

servindo para confirmar e provar que a mercadoria foi recebida eservindo para confirmar e provar que a mercadoria foi recebida e

correspondia ao pretendido. Geralmente faz parte da Guia de Remessa,correspondia ao pretendido. Geralmente faz parte da Guia de Remessa,

podendo destacar-se pelo picotadopodendo destacar-se pelo picotado

Deve conter:Deve conter:

O nº do documentoO nº do documento

A localidade e dataA localidade e data

Assinatura do compradorAssinatura do comprador

FacturaFactura

É o documento em que o vendedor É o documento em que o vendedor procede à liquidação do valor daprocede à liquidação do valor da

mercadoria, apresentando o cálculo do preço a pagar pelo comprador.mercadoria, apresentando o cálculo do preço a pagar pelo comprador.

Valor factura = preço mercadoria-descontos+despesas+I.V.A.Valor factura = preço mercadoria-descontos+despesas+I.V.A.

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Nota de débito e nota de Nota de débito e nota de créditocrédito

São documentos utilizados na fase de São documentos utilizados na fase de liquidação e destinam-se a efectuarliquidação e destinam-se a efectuar

correcções à factura. Estes documentos são equivalentes à factura e comocorrecções à factura. Estes documentos são equivalentes à factura e como

tal devem conter todos os elementos exigidos para este documento bemtal devem conter todos os elementos exigidos para este documento bem

como obedecer aos mesmos requisitoscomo obedecer aos mesmos requisitos

Nota de débitoNota de débito

Deve ser emitida em duplicado pelo Deve ser emitida em duplicado pelo vendedor e destina-se a corrigir ovendedor e destina-se a corrigir o

valor da factura para mais.valor da factura para mais.

É emitida nos seguintes casos:É emitida nos seguintes casos:

Erros de cálculo, para menos, no Erros de cálculo, para menos, no valor da facturavalor da factura

Despesas por conta do comprador Despesas por conta do comprador que não foram incluídas naque não foram incluídas na

facturafactura

Nota de créditoNota de crédito

Deve ser emitida em duplicado pelo Deve ser emitida em duplicado pelo vendedor e destina-se a corrigir ovendedor e destina-se a corrigir o

valor da factura para menos.valor da factura para menos.

É emitida nos seguintes casos:É emitida nos seguintes casos:

Erros de cálculo, para mais, no valor da Erros de cálculo, para mais, no valor da facturafactura

Descontos não incluídos na facturaDescontos não incluídos na factura

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Devolução de mercadorias pelo comprador Devolução de mercadorias pelo comprador (neste caso chama-se(neste caso chama-se

nota de devolução)nota de devolução)

ReciboRecibo

Este documento é emitido em duplicado pelo Este documento é emitido em duplicado pelo vendedor e serve devendedor e serve de

comprovativo do pagamento efectuado pelo compradorcomprovativo do pagamento efectuado pelo comprador

Original é entregue ao comprador e Original é entregue ao comprador e duplicado fica na posse do vendedor.duplicado fica na posse do vendedor.

Deve conter:Deve conter:

→→ O timbre do vendedor com as indicações anteriormente referidasO timbre do vendedor com as indicações anteriormente referidas

→→ O nome, a direcção, e o nº contribuinte do compradorO nome, a direcção, e o nº contribuinte do comprador

→→ O nº do documento, a localidade e a data de emissãoO nº do documento, a localidade e a data de emissão

→→ A quantia em algarismos e por extensoA quantia em algarismos e por extenso

→→ A referência ao nº da factura a que respeita o pagamentoA referência ao nº da factura a que respeita o pagamento

→→ A assinatura do vendedorA assinatura do vendedor

Factura-recibo e venda a Factura-recibo e venda a dinheirodinheiro

Estes documentos são utilizados Estes documentos são utilizados quando a fase de liquidação coincide comquando a fase de liquidação coincide com

o pagamento.o pagamento.

Ex: a venda é efectuada a prontoEx: a venda é efectuada a pronto

Nota finalNota final

Actualmente, uma grande parte das empresas Actualmente, uma grande parte das empresas processam os seusprocessam os seus

documentos através de computador.documentos através de computador.

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Todos os documentos relativos ao contrato de Todos os documentos relativos ao contrato de compra e venda devem sercompra e venda devem ser

devidamente arquivados mas apenas os documentos inerentes à fase dedevidamente arquivados mas apenas os documentos inerentes à fase de

liquidação e pagamento servem de suporte contabilístico. liquidação e pagamento servem de suporte contabilístico.

São sujeitos a registo contabilístico os seguintes documentos:São sujeitos a registo contabilístico os seguintes documentos:

facturas, notas de débito, notas de crédito, recibos, facturas-facturas, notas de débito, notas de crédito, recibos, facturas-

recibo e notas de vendas a dinheirorecibo e notas de vendas a dinheiro..

IVAIVA

Características:Características:

Imposto indirecto – tem por objectivo tributar o consumo dos

contribuintes, não atendendo à sua riqueza, mas apenas às despesas por

eles efectuadas

Imposto plurifásico – recai em todas as fases do circuito económico,

desde o produtor ao retalhista

Não cumulativo – em cada uma das fases é tributado o valor

acrescentado por cada um dos agentes produtivos

Apesar de serem os agentes produtivos que são responsáveis pela entrega

do imposto ao Estado, não são eles que vão suportar o imposto mas sim o

consumidor final

SujeiçõesSujeições

→ Todas as transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas no

território nacional por um agente económico designado por sujeito

passivo

→ As importações de bens

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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Assim, qualquer despesa que o consumidor faça contém em geral uma

parcela de I.V.A.

Os agentes económicos ao realizarem as suas vendas e/ou prestações de

serviços, terão de liquidar I.V.A., i.e., terão de aplicar uma taxa sobre o

valor do bem ou serviço prestado (base tributável)

TaxasTaxas

Taxa de 4% (taxa reduzida) – incide sobre bens e serviços

considerados essenciais (lista I) --- continente 5%

Taxa de 8% (taxa intermédia) – incide sobre bens e serviços que se

encontram na lista II ---continente 12%

Taxa de 15% (taxa normal) – incide sobre todos os bens e serviços que

não se encontrem nas listas anexas ao código do I.V.A.--- continente 21%

A taxa do I.V.A. Vai incidir sobre o valor líquido da factura

Iva = taxa * (preço mercadoria – descontos + despesas)

Só quem liquida IVA nas vendas ou prestações de serviços tem direito a

deduzir IVA suportado nas aquisições.

IsençõesIsenções

Isenção simples – há determinadas actividades que estão isentas de IVA,

i.e., o agente económico não líquida IVA das aquisições; sendo assim o IVA

que suportou é uma componente do custo dos seus produtos ou serviços,

sendo repercutido no preço de venda. Diz-se que tem IVA oculto

Ex: seguros, médicos, etc.

Exercício nº6:

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Page 77: Apontamentos documentação comercial e administrativa

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

REPÚBLICAPORTUGUESA

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

REPÚBLICAPORTUGUE

SA

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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira

Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa

Responda por suas palavras às seguintes questões:

1. Qual a razão fundamental da existência da documentação legal?

2. Enumere os 4 requisitos da documentação legal.

3. O que entende por Nota de Encomenda?

4. O que é a Guia de Remessa?

5. Quantos exemplares tem que ter a Guia de Remessa? Justifique.

6. Distinga factura de recibo.

7. Indique a fórmula para calcular o valor da factura.

8. Em que casos se utiliza uma Nota de Debito?

9. Distinga Nota de Debito de Nota de Credito.

10. Que elementos deverá conter um recibo?

11. De todos os documentos que estudou, quais os que são sujeitos a

registo contabilístico?

12. Na sua opinião, a documentação legal deve ser arquivada?

Justifique.

13. Quais as características do Iva?

14. Quais as taxas praticadas na região?

15. Como se calcula o Iva? Indique a fórmula.

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