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Documentação comercial e administrativaTRANSCRIPT
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Escola Secundária Jaime Moniz Ano Lectivo 2010/11CEF Tipo 4 – Assistente Administrativo Curso nº 3 Acção 2Disciplina: 2. Documentação Administrativa Formador: Letícia Ferreira
Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa
Instrumentos de Pagamento
→ Dinheiro
→ Cheques
→ Letras
→ Livranças
→ Cartão de Crédito
Porque razão se deixou de utilizar simplesmente numerário como
meio de pagamento?
Os títulos de crédito surgiram na idade média, devido aos enormes riscos
no transporte de grandes quantias de dinheiro, estradas pouco seguras e
infestação de salteadores, facilitam do assim o transporte de valores.
Títulos de Crédito – são documentos escritos constitutivos pois os
direitos só podem ser exercidos com a sua presença.
Dinheiro
Meio de pagamento que consiste na entrega de numerário (notas e
moedas) constituindo, só por si, um valor para pagamento de algo.
Cheque
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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa
É uma ordem de pagamento (dada pelo depositante ao seu banco). O
cheque tem sempre a natureza de ordem de pagamento à vista.
O cheque pode revestir duas formas principais:
→ Cheque nominativo;
→ Cheque ao portador;
O cheque nominativo é aquele que contém o nome da pessoa a quem,
ou à ordem de quem, e não pode pagar-se a qualquer outra pessoa que
não esteja mencionada no título, podendo este ser passado à ordem do
próprio emitente.
O cheque ao portador é aquele que não contém o nome da pessoa a
quem deve ser pago, ou seja, pode ser pago a quem o apresentar para
cobrar.
→ Cheque Nominativo à Ordem
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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa
→ Cheque Nominativo à Ordem do Próprio
→ Cheque ao Portador
Quais as condições que definem o Cheque?
→ A palavra “cheque”;
→ A ordem de pagar quantia certa;
→ O nome do banco que a vai pagar (sacado);
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→ O lugar do seu pagamento; *
→ A data e o lugar onde foi emitido; *
→ A assinatura de quem o emitiu (sacador).
*Não obrigatórios
→ Cheque
Tipos de Cheque
→ Cheque “visado”;
→ Cheque “cruzado”;
→ Cheque para levar em conta;
→ Cheque viagem.
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► Cheque “visado”: certifica a existência de fundos suficientes para
o pagamento do cheque na altura em que foi sujeito a visto.
Verso do cheque:
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► Cheque “cruzado”: é atravessado por duas linhas paralelas e
oblíquas.
► Caso entre estas duas linhas, nada esteja inscrito,
denomina-se "Cruzamento Geral" ou seja, o cheque deve ser
depositado num banco qualquer, mas pode ser pago ao
balcão, se o beneficiário for também cliente do banco sacado.
► Caso entre as linhas esteja escrito o nome de um banco
denomina-se "Cruzamento Especial" ou seja, o cheque só
pode ser depositado no banco indicado entre as linhas,
embora possa ser pago ao balcão, se o banco indicado for o
sacado e o beneficiário cliente do mesmo.
Cheque Cruzado - “Cruzamento Geral”
Cheque Cruzado - “Cruzamento Especial”
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Cheque para levar em conta: em cuja face se encontra aposta
transversalmente a menção “para levar em conta” ou outra equivalente. O
sacador ou o portador podem proibir o seu pagamento em numerário.
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Caixa Geral de Depósitos
Para levar em conta
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► Cheque viagem: pessoal e intransmissível emitidos a pedido do
cliente e são pagos pelos correspondentes bancários no estrangeiro.
Endosso do Cheque
→ Efectua-se através da aposição, no verso do cheque, da
assinatura da pessoa à ordem de quem o cheque foi emitido e da
indicação da entidade a favor de quem o mesmo é transmitido.
→ Esta última indicação, contudo, não é obrigatória, podendo o
endosso consistir apenas na assinatura do endossante (endosso em
branco). Os cheques nestas condições podem ser sucessivamente
endossados.
Endosso:
É o acto pelo qual o portador de um título de crédito à ordem transfere
para outrem a posse desse título, com todos os seus direitos e obrigações.
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Endossante:
É a pessoa que transmite o direito de crédito, por endosso, isto é,
transmite o seu benefício a outrem.
Endossado:
É a pessoa que recebe o benefício daquele direito.
Impedir endosso de um cheque
Pode impedir-se o endosso de um cheque, caso o mesmo contenha a
expressão "não à ordem". Para tal, no espaço reservado ao nome da
pessoa e a favor de quem o cheque é passado (ou no verso do mesmo, se
a cláusula proibitiva de endosso for aposta pelo beneficiário e não pelo
emitente), deve escrever-se, "não à ordem", antes ou depois da indicação
do nome do beneficiário.
A proibição de endosso não impede a transmissão do cheque mas os
novos portadores do mesmo deixam de ter as garantias que a lei confere
ao beneficiário.
→ Cheque Nominativo não à Ordem
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Letra
Documento pelo qual uma pessoa (sacador) ordena a outra (sacado) que
lhe pague a si próprio ou a um terceiro (tomador ou beneficiário) ou à sua
ordem determinada importância (valor nominal da letra) em determinada
data (vencimento da letra).
Intervenientes:
→ Saque
→ Sacador
→ Sacado
→ Tomador
Saque: É o acto de emissão de um título de crédito, ou seja, é todo o
processo em que um sacador emite uma ordem de pagamento ao sacado,
onde inclui a quantia a pagar, o local onde pagar e a data. - Acto de
emissão (comum entre comerciantes).
Sacador: É a pessoa que dá ordem de pagamento de certa quantia, a
uma instituição bancária, para que se pague a favor de si próprio ou a
terceira pessoa.
Sacado: É a entidade que recebe a ordem de pagamento de determinada
quantia.
Tomador: É a pessoa a quem a quantia representada no título, deve ser
paga.
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Podem ainda intervir:
Endossante: aquele que transfere os direitos constantes da letra para
outra pessoa, através do endosso
Endossado: aquele a quem os direitos são transmitidos
Avalista: a pessoa que se responsabiliza pelo pagamento total ou parcial
da letra.
Emissão da Letra:
→ Na emissão da letra é sempre obrigatório colocar o
beneficiário, esta nunca pode ser emitida ao portador
→ Quando o sacador tiver inserido as palavras “não à ordem”,
a letra não pode ser endossada
*É passível de juros, imposto de selo e cobrança
Endosso:
Transmissão da propriedade do título de crédito, para outra
pessoa. A declaração de endosso terá que ser escrita no verso da letra e
deve ser sempre assinado pelo endossante
Pode ser :
→ Completo: quando o endossante designa o nome do
endossado e formaliza a transmissão através da expressão “pague-se
a…” ou outra equivalente, apondo a data e assinatura
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→ Incompleto ou em branco: quando o endosso não
designa o nome do endossado, limitando-se a apor a respectiva
assinatura
Aceite
O sacado no momento em que assina a letra passa a ser designado
por aceitante e responsabilizando-se pelo seu pagamento. O Aceite
traduz-se no acto pelo qual o sacado apõe a sua assinatura na letra,
tornando-se responsável pelo seu pagamento na data designada
Aval
O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido
por um aval. Esta garantia é quase sempre dada por um terceiro. O Aval é
a garantia dada a favor de interveniente da letra de que o seu pagamento
total ou parcial será efectuado
Reforma da Letra
É a substituição de uma letra com vencimento em determinada data por
outra de montante igual ou inferior com os mesmos intervenientes e
vencimento em data posterior
Pode ser:
→ Parcialmente: quando o devedor paga uma parte da
primitiva letra, aceitando uma nova letra pelo restante
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→ Totalmente: quando o devedor não realiza qualquer
pagamento, pelo que o montante da nova letra é igual ao da anterior,
acrescido do juro ou outras penalidades acordadas.
Letra
Preenchimento de uma Letra
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Livrança
É uma promessa de pagamento, emitida pelo Banco, em que o
beneficiário do empréstimo se compromete a amortizar o mesmo nas
condições previstas.
O pedido de reforma da livrança tem que ser efectuado até 5 dias
úteis antes do seu vencimento.
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Livrança
Resumindo:
Uma letra é: Um mandato puro é simples de pagar uma quantia
determinada e que inclui:
→ O nome daquele que deve pagar (sacado);
→ A data do pagamento;
→ A indicação do lugar em que se deve efectuar o
pagamento;
→ O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser
paga;
→ A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é
passada;
→ A assinatura de quem passa a letra (sacador).
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Livranças: Financiamento de curto prazo, com base no desconto de um
título. A duração e montante das operações são fixos. Os juros incidem
sobre o tempo de duração da operação e são cobrados postecipadamente
na data de vencimento.
Características:
Prazo mínimo: 30 dias
O pedido de reforma da livrança tem que ser efectuado até 5 dias úteis
antes do seu vencimento
Cartão de Crédito
Os cartões bancários são o instrumento de pagamento de bens e serviços
mais utilizado em Portugal. Dos pagamentos que não utilizam numerário
(notas e moedas), mais de metade são actualmente efectuados com
recurso aos cartões bancários. A crescente utilização dos cartões
bancários insere-se na tendência de evolução que se tem observado no
nosso País nos últimos dez anos no sentido de privilegiar o uso de
instrumentos de pagamento electrónico em detrimento dos instrumentos
suportados em papel, como o cheque.
Tipos de Cartão
→ Cartão de débito: é um cartão que tem associada uma
conta de depósitos à ordem. Quando o titular utiliza este cartão para
pagamentos, levantamentos de notas ou transferências, a conta de
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depósitos é debitada pelo valor correspondente, o que significa que há
uma redução do saldo da conta por esse mesmo valor. Assim, este tipo
de cartões caracteriza-se por desempenhar essencialmente funções de
débito.
→ Cartão de crédito – é um cartão que tem associada uma
conta-cartão e uma linha de crédito. Quando o titular utiliza este cartão
na função para a qual foi emitido, ou seja, para pagamentos ou
adiantamentos de dinheiro, está a beneficiar de um crédito concedido
pela entidade emitente. Assim, este tipo de cartões caracteriza-se por
desempenhar essencialmente funções de crédito.
→ Cartão pré-pago – é um cartão que tem associado um
montante pré-pago ou um saldo disponível no próprio cartão,
normalmente limitado a determinado valor. Quando é utilizado origina
reduções no valor pré-pago ou no saldo disponível. Este tipo de cartões
caracteriza-se por desempenhar funções pré-pagas.
Os cartões bancários, pelo modo como podem ser utilizados, dividem-
se em dois tipos:
→ Cartão puro ou simples – é um cartão que desempenha
exclusivamente um tipo de função que, de acordo com a classificação
anterior, pode ser de débito, de crédito ou pré-pago.
→ Cartão dual ou misto – é um cartão que combina mais do
que um tipo de função e, como tal, pode ter mais do que uma conta
associada. Tal é possível porque este tipo de cartões incorpora, no
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mesmo cartão de plástico, um cartão de crédito e um cartão de débito
ou um cartão de débito e um cartão pré-pago ou um cartão de crédito e
um cartão pré-pago.
O cartão é propriedade do titular?
Não. O cartão é propriedade da entidade emitente que cede o direito de
uso ao respectivo titular, mediante um conjunto de condições e regras de
utilização que constam do contrato de adesão. No cartão e nas acções
publicitárias, a denominação (nome) ou a sigla da entidade emitente é
obrigatória.
Qual é o prazo de validade do cartão?
Qualquer cartão é emitido com um determinado prazo de validade,
normalmente não inferior a um ano. O prazo de validade (mês e ano) está
indicado no próprio cartão. O cartão é válido durante todo o período
indicado no prazo de validade, podendo ser utilizado até ao último dia do
mês mencionado no mesmo.
O comerciante pode recusar-se a aceitar o pagamento com
cartão?
Os comerciantes não são legalmente obrigados a aceitar pagamentos
através de cartões bancários, mesmo nos casos em que tenham
contratado a aceitação de cartões. No entanto, é de esperar que o façam
normalmente, dado que, regra geral, há um compromisso contratual nesse
sentido relativamente aos cartões que contrataram aceitar e cujos
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logotipos identificadores estejam afixados no estabelecimento. Em
Portugal, apenas os pagamentos efectuados com notas e moedas em
euros não podem ser recusados, porque se trata de uma imposição legal.
Antes do titular do cartão adquirir os bens ou serviços, o comerciante –
que celebrou o contrato para aceitação de cartões de determinadas
marcas e assinala a possibilidade dessa aceitação através da afixação dos
logotipos respectivos – deve informar o titular do cartão de qualquer
restrição, para que este saiba antecipadamente se pode ou não utilizá-lo,
em particular se o pagamento for de baixo valor.
Quem está inibido do uso de cheque deixa de poder utilizar o seu
cartão?
A inibição do uso de cheque diz respeito à utilização do cheque enquanto
instrumento de pagamento. No entanto, essa informação poderá ser
tomada em consideração pela entidade emitente aquando da decisão de
atribuição ou de renovação do cartão de crédito.
O que acontece à dívida do titular do cartão de crédito no caso do
seu falecimento?
O valor em dívida é da responsabilidade dos herdeiros, em conformidade
com as regras legais de aceitação das heranças. No entanto, deve
consultar a entidade emitente do cartão, pois algumas facultam seguros
associados que garantem o pagamento dessa dívida.
Qual a responsabilidade do titular decorrente das utilizações
devidas a roubo, furto, perda ou falsificação do cartão?
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Depois de ter efectuado a notificação à entidade emitente, o titular não
pode ser responsabilizado por utilizações electrónicas indevidas do cartão
em caixas automáticos (ATM), ou terminais de pagamento automático
(TPA). Nos casos de utilização indevida por meios não electrónicos, a
responsabilidade não pode ir além das vinte e quatro horas seguintes à
notificação, salvo se existir dolo ou negligência grosseira do titular. A
responsabilidade do titular, quando existir, não pode ultrapassar os
seguintes montantes:
→ No caso de cartões de crédito, o valor do saldo disponível à
data da primeira utilização indevida (ou seja, o limite disponível
acrescido dos movimentos ainda não lançados na conta-cartão);
→ No caso de cartões de débito, o valor do saldo disponível da
conta de depósitos associada ao cartão à data da primeira utilização
considerada irregular. Se a conta de depósitos dispuser de crédito
associado (por exemplo, conta-ordenado e descobertos do
conhecimento do titular), este crédito é considerado no saldo disponível.
Exercício nº 1:
1. Indique os meios de pagamento abordados na aula.
2. Num cheque quais os campos que são obrigatórios preencher?
3. Imagine que trabalha como secretaria/o numa empresa e tem que enviar
um cheque por correio a um fornecedor. Quais os campos que iria
preencher e que tipo de cheque seria? Acha que um cheque ao portador
seria uma boa solução? Porquê?
4. O que significa um cheque visado?
5. Como se poderá impedir o endosso de um cheque?
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6. O que entende por “reforma de uma letra”?
7. Uma letra pode ser ao portador?
8. O que entende por livrança?
9. Que tipos de cartão bancário conhece? Explique cada um deles.
10. O cartão é propriedade do titular?
Comércio
“É a troca de bens, serviços, transportes, compras, vendas...”
Características da actividade comercial:
→ Lucro;
→ Risco;
→ Serviços;
→ Intermediação (facilitação).
Há a vontade de obter um lucro correndo sempre um determinado risco.
Tipos de Comércio
→ Activo: Quando o valor das mercadorias de exportação excedem as de
importação
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→ De exportação: Quando um país vende os seus produtos a outro.
→ Externo: Diz-se aquele que se efectua entre dois países diferentes.
→ De importação: o que se realiza quando as mercadorias entram nos
limites fiscais de um país.
→ Interno: É o que se realiza quando as transacções se realizam dentro
do mesmo país.
→ Passivo: Quando o valor das mercadorias importadas excede o das
exportadas
→ De Trânsito: É o que efectuado quando uma mercadoria, proveniente
de um país é destinada a outro, e tem de atravessar um terceiro, à
entrada do qual fica sujeita a taxas fiscais.
→ Por grosso: Aquele em que as compras e vendas se fazem em grandes
quantidades, em geral para o abastecimento de outro comerciante que
não podem comprar em grande escala.
→ A retalho: É o que se efectua quando o comerciante vende os seus
produtos em pequenas quantidades.
→ Directo: É o efectuado quando o comprador compra directamente ao
produtor.
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→ Indirecto: O que se efectua quando o comprador e o vendedor são
postos em relações por intermédio de outrem.
Actos de Comércio
“Serão considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem
especialmente regulados neste código, e, além deles, todos os contratos
e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza
exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.”
Artigo 2º código Comercial (Actos de Comércio)
Actos de Comércio objectivos
São actos de comércio objectivos os que são regulados na lei comercial
em razão do seu conteúdo ou circunstâncias.
São sempre comerciais, independentemente da qualidade de
comerciante de quem os pratica.
São considerados actos de comércio objectivos:
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Objectivo Subjectivo
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→ Sociedade: Contrato de sociedade comercial é aquele em que duas ou
mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para em
comum exercerem legalmente o comércio, a fim de repartirem os lucros
resultantes dessa actividade (arts 1º e segs. C.S.C. e arts. 980º e segs.
Código Civil)
→ Contrato de consórcio: É aquele pelo qual duas ou mais pessoas,
singulares ou colectivas, que exerçam uma actividade económica se
obrigam entre si a, de forma concertada, realizar certa actividade ou
efectuar certa contribuição com o fim de prosseguir qualquer dos
objectivos seguintes:
Realização de actos materiais ou jurídicos, preparatórios
quer de um determinado empreendimento, quer de uma
actividade contínua;
Execução de determinado empreendimento;
Fornecimento a terceiros de bens, iguais ou
complementares entre si, produzidos por cada um dos membros
do consórcio;
Pesquisa ou exploração de recursos naturais;
Produção de bens que possam ser repartidos, em
espécie, entre os membros do consórcio (arts. 1º e 2º do Dec.-
Lei nº.231/81, de 28 de Julho)
→ Mandato: o mandato comercial dá-se quando alguma pessoa se
encarrega de praticar um ou mais actos de comércio por conta e
mandato de outrem (arts. 231º e segs. do Código Comercial; e arts.
1157º e segs do Código Civil).
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→ Comissão: Contrato de comissão é o mandato comercial em que o
mandatário transacciona por conta do mandante, mas em seu nome
próprio nome (arts. 266º e segs do C. Com. E arts. 1180º e segs do C.
Civil)
→ Letra: A letra é um título à ordem, sujeito a certas formalidades, pelo
qual uma pessoa (sacador) ordena a outra (sacado) que pague a si ou a
terceira pessoa (tomador), determinada importância (arts. 1º e segs. da
Lei Uniforme relativa às letras e livranças).
→ Livranças: livrança é o título à ordem, sujeito a certas formalidades,
pelo qual uma pessoa se compromete para com outra a pagar-lhe
determinada importância, em certa data (arts. 75º e segs. da Lei
Uniforme relativa a letras e livranças)
→ Extracto de factura: Extracto de factura é o título à ordem, sujeito a
certas formalidades, que representa o crédito proveniente de um venda
mercantil, a prazo, realizada entre comerciantes, e obrigatoriamente
emitido sempre que esta transacção não seja representada por meio de
letra (arts. 1º e segs. do Decreto nº19490, de 21 de Março de 1931).
→ Cheque: Cheque é o titulo à ordem, sujeito a certas formalidades, pelo
qual uma pessoa, que tem qualquer importância disponível num
estabelecimento bancário e dispõe dela total ou parcialmente (arts. 1º e
segs da Lei Uniforme relativa ao cheque)
→ Operações de banco: Operações de banco como o seu nome indica,
são as realizadas nos bancos e especificamente: as de deposito,
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empréstimos, descontos, cobranças, aberturas de credito, emissão e
circulação de notas, câmbios, etc (arts. 362º e segs do C.C)
→ Transporte: Dá-se o contrato de transporte comercial quando uma
empresa se obriga a conduzir pessoas ou coisas, de um local para o
outro, mediante certa retribuição (arts. 366º e segs Código Comercial e
arts 1154º e segs do Código Civil)
→ Empréstimo: Dá-se o contrato de empréstimo comercial quando se
cede uma coisa a outrem, para que dela se sirva em acto mercantil,
com a obrigação de restituir (arts 394º e segs do Código Comercial, arts
1129º e segs do Código Civil) O empréstimo mercantil é sempre
retribuído (art. 395º Código Comercial). A este empréstimo aplicam-se
juros.
→ Penhor: Dá-se o penhor mercantil sempre que a dívida que se cauciona
proceda de acto comercial (arts 397º e segs Código Comercial e arts
666º e segs do Código Civil)
→ Depósito: O depósito diz-se mercantil quando alguem se obriga, para
com outrem, a guardar e a restituir quando lhe seja exigido, generos ou
mercadorias destinados a actos de comercio (arts 403 e segs do Código
Comercial e arts. 1185º e segs do Código civil).
→ Seguro: Chama-se seguro ao contrato pelo qual uma das partes
(segurador) se obriga a pagar, mediante uma certa prestaçao (prémio),
à outra parte (segurado) ou a terceiro (beneficiario), uma certa
indemnizaçao, sob a dependencia de um acontecimento incerto ou de
data incerta (arts. 425º e segs do Código Comercial)
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Tipos de Seguros
Seguro contra riscos (artigo 432º cód. Comercial)
Seguro contra fogo (artigo 442º cód. Comercial)
Seguro de colheitas (artigo 447º cód. Comercial)
Seguro de transportes por terra, canais ou rios (artigo 450º cód.
Comercial)
Seguro de Vida (artigo 455º cód. Comercial)
→ Compra e Venda: De um modo genérico, a compra e venda é
comercial (objectivamente) quando uma das partes (vendedor)
transfere para a outra (comprador), mediante preço convencionado, a
propriedade de qualquer coisa que o comprador destine a revenda ou
aluguer, ou que o vendedor tenha adquirido com o fim de revender (arts
463º e segs Código Comercial, arts 874º e segs Código Civil)
→ Escambo ou troca: De uma maneira geral, troca mercantil é o
contrato pelo qual se dá uma coisa por outra, sempre que a coisa se
destine a revenda ou tenha sido adquirida com esse fim (art. 480º do
Código Comercial).
→ Aluguer: Aluguer mercantil é o contrato pelo qual alguém cede a
outrem, por certo tempo e mediante certa retribuição, o uso e fruição
de coisa móvel que adquiriu com esse fim (arts 481º e segs do Código
Comercial e arts 1022º e segs do Código Civil).
Actos de Comércio
“Serão considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem
especialmente regulados neste código, e, além deles, todos os contratos
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e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza
exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.”
Artigo 2º código Comercial (Actos de Comércio)
Actos de Comércio subjectivos
São actos de comércio subjectivos são aqueles a que a lei atribui
comercialidade pela circunstância de serem praticados por
comerciantes, com base na presunção de serem tais actos conexos com
a actividade comercial dos seus autores.
Actos de Comércio
“Serão considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem
especialmente regulados neste código, e, além deles, todos os contratos
e obrigações dos comerciantes, que não forem de natureza
exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.”
Artigo 2º código Comercial (Actos de Comércio)
Actos não comerciais
Actos praticados pelos comerciantes são mercantis excepto se a sua
natureza for exclusivamente civil, ou se, podendo a sua natureza ser civil
ou comercial, se provar que não tem relação com o comércio.
Ex: casamento, roupa para uso próprio, testamento, compra de habitação,
etc.
Exercício nº2:
Comente minuciosamente a seguinte frase com base nos
conhecimentos adquiridos:
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“ Todos os actos dos comerciantes são comerciais”
Tipos de actos de Comércio
• Puro: quando ambas as partes são comerciantes
• Unilateral: Quando só uma das partes, pratica actos de comércio
(Artigo 99º do código Comercial)
• Por conexão: É aquele a que a lei atribui comercialidade atendendo
à sua especial relação com determinado acto de comércio ou com o
comércio.
Exemplo: empréstimo para compra de bens para a própria empresa
para revenda
Sociedade
Contrato de sociedade comercial é aquele em que duas ou mais pessoas
se obrigam a contribuir com bens ou serviços para em comum exercerem
legalmente o comércio, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa
actividade.
Requisitos para ser uma Sociedade Comercial
→ Requisito subjectivo, estar presente duas ou mais pessoas;
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→ Requisito patrimonial, estas duas pessoas têm que retribuir com bens
ou serviços.
→ O elemento finalístico, a sociedade existe para a pratica de uma certa
actividade económica.
→ O elemento teleológico, que é a obtenção de lucro.
Princípio da Tipicidade
São sociedades comerciais aquelas que tenham por objecto a prática de
actos de comércio e adoptarem o tipo de sociedade:
→ Sociedades em nome colectivo;
→ Sociedades por quotas;
o Normais;
o Unipessoais;
→ Sociedades anónimas;
→ Sociedades em comandita simples;
→ Sociedades em comandita por acções.
Faltará algum?
• Comerciante em nome individual
• Vantagem:
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– Tem uma grande vantagem, trabalha sozinho, a ausência de
sócios para prestar contas e dividir os lucros.
• Desvantagem:
– A maior desvantagem é a responsabilidade pelas dívidas, pois,
responde todo o património do comerciante, a
responsabilidade é ilimitada.
Sociedade em Nome Colectivo
→ Tem que ter no mínimo 2 sócios;
→ Capital social 5.000€ ou indústria (trabalho), pode entrar
sem dinheiro mas com trabalho.
→ Responsabilidade ilimitada (pelas dívidas responde todo
o património) mas subsidiada (1º vão ao património empresarial e
depois ao património de cada sócio.
→ Todos os sócios têm que ser gerentes.
Sociedades por Quotas – Normais
→ Tem que ter no mínimo 2 sócios;
→ Capital social 5.000€ e não há sócios de indústria, têm que
entrar obrigatoriamente com dinheiro. Um sócio pode ter uma quota
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com o mínimo que é 100€ (pode haver um sócio com 4.900€ e outro
com 100€);
→ Responsabilidade limitada ao capital social;
→ Todos os sócios podem ser gerentes mas também pode haver
gerentes que não sejam sócios.
Sociedades por Quotas – Unipessoais
→ Só tem um sócio;
→ Capital social 5.000€ no mínimo;
→ Responsabilidade limitada ao capital social, desde que não
haja confusão patrimonial (tem que separar o que é da empresa e o que
é pessoal);
→ O sócio pode ser gerente mas também pode haver gerentes
que não seja o sócio.
Sociedades Anónimas
→ Mínimo 5 sócios;
→ Capital social 50.000€ no mínimo, representado por acções em que o
valor mínimo é 0,01€
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→ Responsabilidade limitada ao valor de cada acção;
→ Todos os sócios podem ser gerentes mas também pode haver gerentes
que não sejam sócios.
Sociedades em Comandita Simples
→ O mínimo são 2 sócios, um de responsabilidade limitada e outro ilimitada;
→ Capital social 5.000€ mas os sócios ilimitados podem entrar com indústria
(trabalho);
→ Responsabilidade mista;
→ A gerência pertence obrigatoriamente aos sócios de responsabilidade
ilimitada.
Sociedades em Comandita Simples
→ O mínimo são 6 sócios, em que 5 de responsabilidade limitada e outro
ilimitada;
→ Capital social 50.000€, mínimo 0,01€ por acção;
→ Responsabilidade mista;
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→ A gerência pertence obrigatoriamente aos sócios de responsabilidade
ilimitada.
Quem pode ser comerciante?
→ Ter capacidade jurídica de exercício;
→ Não estar impedido ao exercício do comércio;
→ Fazer do comércio profissão.
* Fazer da prática de actos de comércio profissão, é praticar actos de
comércio de forma permanente e habitual de carácter de periodicidade.
Impedimentos – art. 13º Código Comercial
→ A declaração de falência – a pessoa fica impedida do
exercício do comércio;
→ Impedimentos de cariz político – todos os titulares de
órgãos de soberania* ficam impedidos de exercer o comercio por razoes
de ordem ética, moral e de imparcialidade;
*Órgãos de soberania: Presidente da Republica, Assembleia da Republica,
Governo da Republica e Tribunais.
→ Impedimentos de cariz administrativo – certos titulares
com cargos administrativos ficam impedidos do exercício do comercio,
como as autarquias locais, presidentes de concelho de administração
publica, etc.
Impedimentos parciais
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1. Os sócios das sociedades em nome colectivo ficam impedidos
de exercer actividade comercial concorrente com a da sociedade;
2. Os sócios de responsabilidade ilimitada nas sociedades em
comandita ficam impedidos de exercer actividade concorrente com a da
sociedade.
3. Os gerentes das sociedades por quotas e unipessoais ficam
impedidos de exercer por conta própria ou alheia actividade comercial
concorrente com a da sociedade
Incapacidades de Exercício
• Inabilitação – art. 152º C. Civil
“Podem ser inabilitados os indivíduos cuja anomalia psíquica, surdez-
mudez ou cegueira, embora de carácter permanente, são seja de tal modo
grave que justifique a sua interdição, assim como aqueles que, pela sua
prodigalidade ou pelo uso de bebidas alcoólicas ou de estupefacientes, se
mostrem incapazes de reger convenientemente o seu património”.
• Interdição – art. 138º C. Civil
“Podem ser interditos do exercício dos seus direitos todos aqueles que por
anomalia psíquica, surdez-mudez ou cegueira se mostrem incapazes de
governar suas pessoas ou bens.
As interdições são aplicáveis a maiores; mas podem ser requeridas e
decretadas dentro do ano anterior à maioridade, para produzirem os seus
efeitos a partir do dia em que o menor se torne maior.”
• Menoridade – art. 122º C. Civil
“É menor quem não tiver ainda completado dezoito anos de idade.”
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• Incapacidade – art. 123º C. Civil
“Salvo disposição em contrario, menores carecem de capacidade para o
exercício de direitos.”
Obrigações do comerciante
Artigo 18º do Código Comercial
→ Adoptar uma firma;
→ Ter escrituração mercantil (artigo 29º Código Comercial)
→ Fazer e inscrever no registo comercial os actos a ele sujeitos;
→ Dar balanço e prestar contas
Firma – Regras
Firma – Nome comercial do comerciante
A firma é igual ao nome do comerciante (nome individual)
podendo então ser abreviado no caso da existência de um comerciante
com nome parecido.
A firma, quanto às sociedades comerciais, tem que proceder
aos requisitos previstos no art. 10º do C.S.C:
A firma não pode sugerir uma sociedade diferente do objecto
social;
A firma não pode ser constituída por vocábulos estrangeiros à
excepção se a sociedade pretende ingressar no estrangeiro;
A firma deve obedecer ao princípio da novidade e
exclusividade (um só nome), significando isto, que não pode
existir duas firmas iguais e caso ocorra um lapso e venha a
acontecer uma situação destas a firma mais antiga goza de
protecção e garantia do seu nome;
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Princípio da verdade – situação em que a firma deve espelhar
a situação real da empresa.
Ex: Sociedade com 2 sócios António e Bento. Se a firma fosse
José e Joaquim não responderia ao princípio da verdade.
Tipos de Firma
► Nominativa: Quando é composta por um ou mais nomes do sócios. Ex:
“António & Carlos”.
► Designativa: Quando a firma é composta pela alusão à actividade
comercial a desenvolver.
Ex: “Tabacaria e Papelaria do Carmo”
► Mista: Quando é composta simultaneamente quer pelo nome de um ou
mais sócios, quer pela alusão à actividade comercial.
Ex: “António & Carlos Construções”.
A firma não pode ser composta por:
Elementos toponímicos quando desacompanhados de qualquer outra
expressão.
Ex: Funchal Lda. – não pode ser
Predifunchal Lda – pode ser
Instruções que possam induzir a erro quanto à sua caracterização
jurídica, designadamente, pelo uso de expressões utilizadas por
organismos públicos ou associações sem finalidade lucrativa.
Expressões que possam induzir a erro quanto à capacidade técnica ou
financeira.
Ex: se constituir uma sociedade de desenhadores e a firma é
“Engenharia e Construções Lda” induz a erro, porque não são
engenheiros mas sim desenhadores.
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Não se pode utilizar expressões proibidas por lei ou ofensivas da moral
e dos bons costumes.
Requisitos para cada sociedade em relação à firma
Sociedade em nome colectivo art. 177º C.S.C.
A firma é obrigatoriamente constituída pelo nome de um ou mais sócios –
firma nominativa – podendo ou não fazer alusão à actividade comercial
exercida – firma mista. Aditar à firma escolhida abreviada ou por extenso
“& Companhia” ou “& Cª”.
Sociedade por quotas art. 200º C.S.C.
A firma deve conter a palavra “Limitada” (Lda.) por extenso ou abreviada
podendo ser constituída por qualquer tipo de firma possível – firma
designativa, nominativa ou mista.
Sociedade Unipessoal art. 270º-B C.S.C
A firma pode ser nominativa, designativa ou mista e temos que adicionar a
palavra “Unipessoal” antes de “Limitada” (Lda).
Ex: …Unipessoal Lda.
Sociedade Anónima art. 275º C.S.C.
A firma pode ser nominativa, designativa ou mista e temos que adicionar a
palavra “Sociedade Anónima” ou “S.A”.
Sociedade em Comandita Simples art. 467º C.S.C.
Obedece a 2 requisitos:
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- O sócio de responsabilidade ilimitada tem que ter o seu nome na firma
podendo ou não ser acompanhado da alusão da actividade comercial
exercida.
- Só pode ser nominativa ou mista e temos que aditar as palavras “em
Comandita” ou “ e Comandita”.
Sociedade em Comandita por Acções art.465º C.S.C
Seguem o regime das sociedades anónimas o que significa que podem ser
nominativas, designativas ou mistas, com a adição das palavras “e/em
Comandita por Acções”.
Escrituração Mercantil
É a obrigação imposta aos comerciantes para que estes possuam livros
obrigatórios onde inserem de forma clara e precisa as suas operações
comerciais e financeiras.
Os livros obrigatórios são: o inventario e o balanço, o diário, o razão, o
copiador geral para as sociedades comerciais e o livro de actas.
Inscrição no Registo Comercial
O registo comercial tem por finalidade dar a conhecer a situação jurídica
dos comerciantes com o objectivo de garantir a segurança no comércio,
para o comerciante em nome individual é obrigatório registar o inicio e a
cessação da actividade. Para as sociedades comerciais é obrigatório o
registo do pacto social, de todas as suas alterações de gerência; da sede;
do objecto social; da dissolução da sociedade; da transformação; da
cessão de quotas; o aumento ou diminuição do capital, etc.
O registo comercial, em regra, tem efeitos meramente declarativos, ou
seja, o seu objectivo é informar a situação jurídica do comerciante. No
entanto o registo do pacto social de uma sociedade tem efeitos
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constitutivos de personalidade jurídica (art. 5 c.s.c.). É o registo que dá
personalidade jurídica.
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Dar Balanço e prestar contas
A obrigação do balanço é anual e deve ser feito nos primeiros 3 meses do
ano seguinte ao que respeitar. É neste instrumento financeiro que se
apura o activo e o passivo, bem como o capital próprio. Este é o Balanço
Geral, no entanto, podem existir balanços extraordinários de cessão (com
o objectivo de apurar o valor da sociedade ou de uma quota da sociedade,
numa operação de venda) e balanços de cessação (com o objectivo de
apurar o saldo final da sociedade e proceder a dissolução da mesma).
Exercício nº 3:
1. O que entende por comércio por grosso e comércio a retalho?
2. O que são actos de comércio?
3. O que entende por actos de comércio objectivos?
4. O transporte, o empréstimo e o depósito são actos de comércio
objectivos ou subjectivos? Justifique a sua resposta.
5. Quais os requisitos para ser uma sociedade comercial?
6. O que entende por Princípio da Tipicidade?
7. Qual a desvantagem e desvantagem em ser comerciante em nome
individual?
8. Pode o Presidente da República ser comerciante? Justifique
9. Quais as incapacidades de exercício que conhece?
10. Que obrigações tem um comerciante?
11. Dois amigos Carlos e Manuel, ambos contabilistas decidiram
constituir uma sociedade, contudo, têm dificuldade em escolher o
tipo de firma, o tipo de sociedade e não sabem as suas obrigações
enquanto comerciantes. Com base nos seus conhecimentos ajude
estes dois amigos a constituir a sociedade.
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Contrato
Acordo de vontades entre duas ou mais pessoas tendente à constituição,
verificação ou extinção de direitos e obrigações
É considerado um acto jurídico: manifestação de vontade que produz
efeitos, que são determinados por lei.
Actos jurídicos
Classificam-se por:
• Unilaterais – quando, apenas, existe manifestação de vontade de
uma das partes.
Ex: testamento
• Bilaterais - quando existe manifestação de vontade de ambas as
partes.
Ex: contratos
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Enquanto actos jurídicos podem classificar-se em:
• Bilaterais: Quando determinam direitos e obrigação de ambas as
partes.
Ex: arrendamento, contrato de compra e venda, seguros.
• Unilaterais: Quando determinam obrigações apenas para uma das
partes
Ex: doação
Obedecem ao princípio da Liberdade Contratual (artº.405 do Código
Civil)
Artigo 405º (liberdade contratual)
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Contrato
Acto JurídicoRegulamentaç
ão LegalNatureza
Bilateral
Unilateral
Típico
Atípico
Civil Comerciante
Civil ou Comerciante
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Módulo: 2.6. Documentação Comercial e Administrativa
Dentro dos limites da lei, as partes têm a faculdade de fixar livremente o
conteúdo dos contratos, celebrar contratos diferentes dos previstos neste
código ou incluir neles as cláusulas que lhes aprouver. (….)
Quanto à regulamentação legal podem classificar-se em:
• Típicos: Quando têm regulamentação legal;
• Atípicos: Quando não têm regulamentação legal, podendo os
contraentes incluir clausulas que entenderem, embora respeitando
os limites legais
Quanto à sua natureza podem classificar-se em:
• Contratos de natureza Civil: Quando são regulados
exclusivamente pela lei civil.
Ex: casamentos, doações…
• Contratos de natureza comercial: Quando são regulados
exclusivamente pela lei comercial.
Ex: contrato de sociedade comercial, operações bancárias…
• Contratos de natureza civil ou comercial: Quando são regulados
pela lei civil ou comercial, consoante os casos.
Ex: contrato de compra e venda, empréstimos…
Requisitos de validade:
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• Capacidade das partes
• Mútuo consenso
• Objecto possível
• Forma externa
Contratos Estipulados na Lei
► Compra e Venda: contrato pelo qual se transmite a propriedade de
uma coisa, ou direito, mediante um preço – art. 874º do C.C.
► Doação: Contrato pelo qual uma pessoa, por liberdade e à custa do
seu património, dispõe gratuitamente de uma coisa ou de um direito ou
assume uma obrigação em beneficio de outra – art. 940º do C.C.
As doações podem ser puras (não dependentes de nenhuma condição),
condicionais (dependente de certo evento ou circunstancia), onerosas
(que trazem certos encargos – art. 963º) e remuneratórias (que visam
pagar serviços recebidos pelo doador que não tenham a natureza de
divida exigível – art. 941º).
No que toca ao período em que devem produzir os seus efeitos, as
doações serão doações inter-vivos (que produzem efeito na vida dos
contraentes) ou doações mortis-causa (que só produzem efeitos depois de
morto o doador)
→ Sociedade: Contrato em que duas ou mais pessoas se
obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício comum de
certa actividade económica para realizarem lucros – art. 980º.
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→ Locação: Contrato pelo qual uma das partes cede o gozo
temporário de uma coisa mediante retribuição. Quando consiste sobre
coisa imóvel, chama-se arrendamento à locação, chamando-se aluguer
à que consiste sobre coisa móvel.
→ Comodato: Contrato pelo qual uma das partes entrega certa
coisa a outra, para que se sirva dela, com a obrigação de a restituir –
art. 1129º do C.C.
→ Mútuo: Contrato pelo qual uma das partes empresta dinheiro
ou coisa fungível, ficando a segunda obrigada a restituir outro tanto do
mesmo género e qualidade – art. 1142º do C.C.
→ Contrato de Trabalho: Contrato pelo qual uma pessoa se
obriga mediante retribuição, a prestar a sua actividade intelectual ou
manual a outra pessoa, sob a autoridade e direcção desta – art. 1152º
do C.C.
→ Prestação de serviço: Contrato pelo qual uma das partes se
obriga a proporcionar a outra certo resultado do seu trabalho intelectual
ou manual, com ou sem retribuição – art. 1154º do C.C.
→ Mandato: Contrato pelo qual uma das partes se obriga a
prestar actos jurídicos por conta da outra – art. 1157º
→ Depósito: Contrato pelo qual uma das partes entrega a outra
uma coisa, móvel ou imóvel, para que a guarde e restitua quando for
exigida – art. 1185º do C.C.
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→ Empreitada: Contrato pelo qual uma das partes se obriga
para com outra a realizar certa obra, mediante um preço – art. 1207º do
C.C.
Garantias contratuais
→ Garantia geral (Art.º 601)
Se o devedor não cumprir a sua obrigação o credor pode requerer em
tribunal o seu cumprimento através da execução do património do
devedor.
Garantias especiais
→ Garantias pessoais (Art.º627)
Uma 3ª pessoa responsabiliza-se perante o credor pelo cumprimento da
obrigação, se o devedor não cumprir. O cumprimento da obrigação passa a
estar garantido pelos patrimónios do devedor e de terceiro.
Ex: fiança
→ Garantias reais (Art.º666)
Quando determinado (s) bem (s) do devedor fica (m) afectos ao
cumprimento da obrigação.
Ex: penhor e hipoteca
Fiança
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É uma garantia pessoal que consiste em uma terceira pessoa (fiador) se
responsabilizar perante o credor a cumprir obrigação, caso o devedor
(afiançado) não o faça na devida altura.
Artº627 (noção, acessoriedade)
O fiador garante a satisfação do direito de crédito, ficando pessoalmente
obrigado perante o credor
A obrigação do fiador é acessória da que recai sobre o principal devedor
Concluindo-se então que a obrigação principal é a do devedor, sendo a
obrigação do fiador acessória
Requisitos
Artº628
A vontade de prestar fiança dever ser expressamente declarada pela
forma exigida para a obrigação principal
A fiança pode ser prestada sem conhecimento do devedor ou contra a
vontade dele, e à sua prestação não obsta o facto de a obrigação ser
futura ou condicional
Conclui-se então que a fiança deve ser expressamente declarada e pela
forma exigida para o contrato e pode ser prestada sem o
conhecimento/consentimento do devedor
Âmbito da Fiança
Art. 631º
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A fiança não pode exceder a dívida principal nem ser contraída em
condições mais onerosas, mas pode ser contraída por quantidade menor
ou em menos onerosas condições.
A fiança não pode exceder a dívida que lhe deu origem podendo no
entanto ser uma fiança parcial.
Invalidade da obrigação principal
Artº632
A fiança não é válida se o não for a obrigação principal.
Sendo, porém, anulada a obrigação principal, por incapacidade ou vício de
vontade do devedor, nem por isso a fiança deixa de ser válida, se o fiador
conhecia a causa da anulabilidade ao tempo em que a fiança foi prestada.
Querendo com isto dizer que se a obrigação principal for nula, a fiança
também é, salvo se o fiador sabia da anulabilidade.
Benefício de excussão
Artº638
Ao fiador é lícito recusar o cumprimento enquanto o credor não tiver
excutido todos os bens do devedor sem obter a satisfação do seu crédito.
É lícita ainda a recusa, não obstante a excussão de todos os bens do
devedor, se o fiador provar que o crédito não foi satisfeito por culpa do
credor.
Isto é, o fiador pode recusar o cumprimento, enquanto o credor não tiver
executado todos os bens do devedor, susceptíveis de penhora e/ou
hipoteca.
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Sub-rogação
Artº644
O fiador que cumprir a obrigação fica sub-rogado nos direitos do credor,
na medida em que estes foram por ele satisfeitos
Quer isto dizer que o fiador que cumpriu a obrigação pode exigir ao
devedor o cumprimento da obrigação que por ele cumpriu.
Penhor
→ Incide sobre coisas móveis ou sobre créditos ou outros direitos
não susceptíveis de hipoteca;
→ As coisas, créditos ou outros direitos podem pertencer ao
devedor ou a terceiros;
→ Dá ao credor o direito à satisfação do seu crédito com a
preferência sobre os demais credores pelo valor da coisa móvel, crédito
ou outros direitos;
→ Implica a entrega da coisa empenhada ou dos respectivos
documentos ao credor ou a terceiro;
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→ O credor é obrigado a guardar e administrar, a não usar e a
restituir a coisa empenhada assim que estiver extinta a obrigação a que
serve de garantia;
→ Vencida a obrigação, o credor adquire o direito de se fazer
pagar pelo valor da coisa empenhada procedendo à sua venda judicial
ou extrajudicial
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Hipoteca
– Incide sobre coisas imóveis ou equiparadas a imóveis
ex: viaturas, navios, aviões;
– Tem que ser registada na conservatória do Registo Predial para
produzir efeitos;
– Dá ao credor o direito à satisfação do seu crédito sobre os
demais credores:
– Que não gozem de privilégios especiais;
– Que, embora beneficiando de hipoteca sobre o mesmo bem, a
não tenha registado
ASSIM: O credor não poderá ficar com a coisa hipotecada, caso o
devedor não cumpra.
Exercício nº4:
1. O que entende por contrato?
2. O que significa o art. 405º (Liberdade Contratual)?
3. Quais as classificações que podem ter os contratos?
4. O que entende por natureza de contrato? Explique cada uma delas.
5. Que requisitos são necessários para um contrato ser valido perante
a lei?
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6. António é menor e foi contratado para trabalhar numa tabacaria.
Este contrato é valido? Porque?
7. Dê um exemplo de um contrato estipulado por lei.
8. Distinga garantias pessoais de garantias reais.
9. A fiança é uma garantia especial ou geral? Justifique.
As Fases e a Documentação do Contrato Compra e Venda
→ Nota de encomenda
→ Nota de venda
→ Requisição
→ Ordem de compra
→ Guia de remessa/ talão de recepção
→ Factura/recibo
→ Nota de débito
→ Nota de crédito
Fases do contrato de compra e venda
→ Encomenda – proposta de compra por parte do comprador.
→ Entrega – envio da mercadoria ao comprador
→ Liquidação – fixação do preço a pagar pelo comprador
→ Pagamento – entrega pelo comprador da importância fixada
Encomenda
• Escolha da qualidade:
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– À vista
– Por catálogo
– Por amostra
– Por análise
– Por tipo determinado
– Por marca
• Quantidade da mercadoria
– A esmo, em bloco, ou por partida inteira
– Por peso, conta e medida
Encomenda
Comprador faz ao vendedor uma proposta de compra, indicando a
natureza, qualidade e quantidade da mercadoria que pretende adquirir,
podendo também definir: local e data de entrega, fixação do preço, forma
de pagamento, etc.
• À Vista
Quando a escolha é feita na presença das mercadorias e, vendo-as, se
pode escolher aquela que corresponde à qualidade pretendida
(examinando, experimentando, ou provando)
Ex: vestuário, electrodomésticos, jóias, etc.
• Por Catálogo
Quando a escolha é feita através de catálogos que referenciam as
características das mercadorias a transaccionar
Ex: tintas, livros, louças, etc.
• Por Amostra
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Quando a escolha é feita através de pequenas porções de mercadorias de
qualidade exactamente igual à da mercadoria a transaccionar
Ex: perfumes, tecidos, medicamentos, etc.
• Por Análise
Quando a escolha é realizada através de processos ou técnicas de
laboratório, pois só assim a qualidade da mercadoria fica perfeitamente
determinada.
Ex: azeite, vinhos, minérios, etc.
• Por Tipo Determinado
Quando a escolha da mercadoria é realizada a partir de referência ao seu
tipo desejado, limitando-se, portanto, a indicar esse tipo
Ex: bacalhau da Noruega, feijão, manteiga, etc.
• Por Marca
Quando a escolha é feita através da marca da mercadoria
Ex: televisores “Sony”, cerveja “super-bock”, vinho do porto “sandeman”,
etc.
• A Esmo, em Bloco, ou por Partida Inteira
Quando a quantidade da mercadoria a adquirir é avaliada por estimativa,
sem se proceder à contagem, pesagem, ou medição, sendo a essa
quantidade atribuído um determinado preço
Ex: compra de todo o peixe que se encontra num cabaz por determinado
preço.
• Por Peso, Conta e Medida
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Quando a quantidade da mercadoria a adquirir é determinada através de
pesagem, contagem ou medida
Ex: 200 kg de batatas, 100 unidades de chocolates, 1000 metros de cabo
de aço.
Entrega
O vendedor procede ao envio da mercadoria ao comprador pelo que é
indispensável conhecer a data, a forma e o local de entrega
• Entrega
• Época ou data
• Forma
• Local
Época ou data
Imediata - quando a mercadoria é entregue no momento de celebração
do contrato.
Pronta – quando a mercadoria é entregue nos 15 dias seguintes à
celebração do contrato.
A prazo – quando a mercadoria é entregue dentro de um determinado
prazo.
Forma
Fraccionada ou escalonada – quando a entrega é realizada por fracções
em datas sucessivas
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Condicionada – quando a entrega está dependente da ocorrência de um
determinado facto, como, por exemplo, a chegada do navio que transporta
a mercadoria.
Local
Comércio interno:
– No domicílio ou no armazém do vendedor
– No domicílio ou no armazém do comprador
– Num terceiro lugar
Comércio externo:
– Terrestre
– Marítimo
– Aéreo
Terrestre
F.O.R./F.O.T. (Free on Rail/Free on Truck): A mercadoria deve ser colocada
pelo exportador/vendedor, livre de despesas, na estrada de ferro (FOR) ou
no vagão da carruagem (FOT). A partir daí as despesas são por conta do
importador/comprador
Marítimo
F.A.S.- free alongside ship (livre ao lado do navio) - o vendedor deverá
colocar a mercadoria livre de qualquer encargo para o comprador ao lado
do navio sobre o cais
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F.O.B.- free on board (livre a bordo do navio no porto de embarque) - o
vendedor deverá colocar a mercadoria livre de qualquer encargo para o
comprador a bordo no navio no porto de embarque
C.I.F- cost, insurance and freight (livre a bordo no porto de destino) - o
vendedor deverá colocar a mercadoria livre de qualquer encargo para o
comprador a bordo no navio no porto de destino
Aéreo
F.O.B. – Airport (livre a bordo do avião no aeroporto de embarque) - o
vendedor deverá colocar a mercadoria livre de qualquer encargo para o
comprador a bordo do avião
Liquidação
O vendedor procede ao cálculo do preço a entregar pelo comprador
quando este efectuar o pagamento.
• Espécie de moeda a utilizar
– Comércio interno
– Comércio externo
• Reduções de preços:
– Descontos financeiros
– Descontos comerciais
• Formas de estabelecer preços
Espécie de moeda a utilizar
→ Comércio interno – a moeda utilizada é a do respectivo
país
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→ Comércio externo – a moeda usada é a do país do
comprador ou do vendedor, normalmente o mais estável, podendo
também a moeda ser de um terceiro país, cuja cotação seja mais
estável.
No caso dos países membros da EU, excepto Reino Unido, Dinamarca e
Suécia, a moeda é o Euro
Descontos financeiros
→ Desconto por pronto pagamento – concedido ao
comprador pelo facto de este pagar a mercadoria ou no acto de
entrega, ou normalmente num prazo que não ultrapasse 8 dias
→ Desconto por antecipação de pagamento – concedido ao
comprador, sempre que este, dispondo de prazo para pagar, resolva
antecipar o seu pagamento
Descontos comerciais
→ Desconto de revenda – concedido pelo produtor ao grossista
ou retalhista com a intenção de este obter mais lucros na revenda da
mercadoria.
→ Abatimento – concedido ao comprador pelo facto de a
mercadoria vendida apresentar defeitos acidentais ou pequenas
avarias.
→ Rappel – concedido ao comprador sempre que este atinja ou
ultrapasse um determinado volume de compras e que incide sobre o
preço total da mercadoria vendida.
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→ Bonificação – concedida ao comprador quando a mercadoria
entregue for de qualidade inferior à previamente convencionada, ou
quando se verificar atraso na sua entrega.
Formas de estabelecer preços
• Preços acordados
• Preços fixos
• Preços tabelados
• Preços correntes
• Preços por concurso público
• Preços em leilão ou hasta pública
• Preços por cotação em bolsa
• Preços em lota
Pagamento
Última fase e consiste na entrega feita pelo comprador ao vendedor do
preço fixado. Deste preço podem constar, para além do preço da
mercadoria, certas despesas, tais como: transporte, seguro, etc. quando
tais despesas sejam por conta do comprador e tenham sido paga pelo
vendedor
Quanto à data ou época:
→ Antecipado – pago antes da entrega da mercadoria.
→ Imediato – pago no acto de entrega.
→ A pronto – quando e efectuado até 8 dias após entrega
mercadoria.
→ A dinheiro – entre 8 e 30 dias após entrega.
→ A prazo – 60 dias, 90 dias, etc após entrega mercadoria.
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→ A termo – vendedor e comprador tem que cumprir prazos
de entrega/pagamento.
→ Prestações – quando é efectuado em parcelas durante um
certo prazo.
→ Contra documentos – quando são recebidos
determinados documentos enviados pelo vendedor que asseguram a
propriedade da mercadoria.
Quanto ao local:
→ No domicílio do vendedor
→ No domicílio do comprador
→ Num terceiro lugar
Margens de comercialização
Percentagem sobre preço de custo
Pv=Pc+x%Pc
Percentagem sobre preço de venda
Pv=Pc+x%Pv
Contrato de compra e venda
→ Em face da lei civil, o contrato de compra e venda é aquele
pelo qual se transmite o direito de propriedade de uma coisa ou direito,
mediante o pagamento de um preço.
→ É um contrato típico e nominado
→ (o legislador não só estabelece o tipo como o seu regime
legal).
→ É um contrato consensual
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→ (os efeitos não dependem de qualquer requisito de ordem
formal).
→ É também um contrato oneroso
→ (uma vez que a transmissão do bem tem como
contrapartida o pagamento de um preço. Assumindo assim carácter
sinalagmático já que dele resultam obrigações especificas para ambas
as partes).
Contrato de compra e venda (comercialidade)
A comercialidade do contrato de compra e venda advém da sua “inserção
num processo de aquisição para revenda”.
Art. 463º do Código Comercial.
Modalidades de compra e venda
→ A lei comercial fixa determinadas modalidades de compra e
venda mais frequentes no comércio.
→ Art. 465º - Contrato para pessoa a nomear;
→ Art. 469º - Venda sobre amostra
→ O contrato é celebrado na condição de a coisa ser conforme
à amostra ou à qualidade convencionada;
→ Art. 470º e art. 471º - Venda de coisas que não estejam à
vista e não possam designar-se por padrão
→ São sempre feitas na condição de o comprador poder
resolver os contratos se, examinando as coisas objecto do contrato, elas
não lhe agradarem. (art. 471º dá um prazo de 8 dias para a
consolidação destas vendas)
→ Art. 472º - As vendas efectuadas por conta, peso ou medida
→ Seguem o regime das obrigações genéricas previsto nos
artigos 539ºa 542º da lei civil.
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→ Art. 467º - Compra e venda de bens futuros ou alheios
→ A lei comercial, ao invés da lei civil, parte da validade do
negócio, sendo certo que obriga o vendedor a adquirir a propriedade da
coisa vendida. A lei civil atinge o mesmo objectivo partindo da nulidade
do negócio, uma vez que aceita a convalidação do mesmo (artigos 892º
2 895º).
Tendo em conta o crescente aumento de situações de venda de bens ou de
prestação de serviços fora dos estabelecimentos comerciais, começam a
ser cada vez mais relevantes novos regimes que, em torno de orientações
comunitárias na matéria, visam acautelar a protecção da parte
considerada mais fraca nestes contratos, os consumidores.
Novas modalidades de compra e venda~
Vendas celebradas fora do estabelecimento comercial
• Contratos à distância: Caracteriza-se pela utilização exclusiva de
uma ou mais técnicas de comunicação à distância, que irão permitir
a negociação dos termos do contrato e a celebração do mesmo. Aqui
a iniciativa de celebrar o contrato pertence ao comprador que
escolhe os produtos através dos mais variadíssimos suportes
publicitários e procede à sua encomenda junto da rede de
comercialização.
• Vendas ao domicílio : Contratos que incidem sobre bens e serviços
cuja proposta de fornecimento é feita no domicílio do
comprador/consumidor, sem que tenha havido prévio pedido
expresso por parte deste último nesse sentido.
Convém salientar que domicilio, nos termos da presente lei, não equivale
ao conceito de residência permanente, sendo que o próprio legislador
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equipara a este contrato outros celebrados em circunstâncias
semelhantes.
• Venda automática: Nestes contratos o bem ou serviço é colocado à
disposição do consumidor para que este o adquira utilizando para tal
qualquer tipo de mecanismo, sendo que o pagamento do seu custo é
antecipado.
Esta é a forma utilizada para a distribuição de certos produtos mediante a
colocação de máquinas em espaços públicos, que os disponibilizam contra
o pagamento prévio do preço estabelecido.
• Venda especial e esporádica: São vendas realizadas de forma
ocasional fora de estabelecimentos comerciais, em instalações ou
espaços privados especialmente utilizados para esse efeito.
Proibições
→ É proibida a venda de bens efectuada por entidades cuja
actividade principal não seja a actividade comercial.
→ É proibida a venda de bens em sistema de pirâmide, cadeia
ou bola de neve (procedimento mediante o qual se oferece ao
consumidor a redução do preço a pagar pelo bem, ou mesmo a sua
gratuitidade, do número de vendas ou do número de clientes que ele
próprio consiga obter em benefício do fornecedor ou do vendedor).
→ Proíbem-se também as vendas ligadas, em situações em
que a venda de um produto está subordinada à aquisição de outro bem
ou serviço junto do mesmo fornecedor.
→ São também proibidas as vendas forçadas, no sentido de
que a falta de resposta do consumidor a uma oferta ou proposta que lhe
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tenha sido dirigida faz presumir a sua aceitação. Consideram-se ainda
vendas forçadas aquelas que se traduzam no aproveitamento de uma
situação de especial debilidade do consumidor, inerente à sua própria
pessoa ou provocada voluntariamente pelo agente.
• Cláusulas contratuais
Conjunto de proposições pré elaboradas que proponentes e destinatários
indeterminados se limitam, respectivamente, a propor e aceitar.
• Cláusulas contratuais
• Elementos integrantes
• Generalidade: são cláusulas que se destinam a ser propostas a
destinatários indeterminados ou a ser subscritas por proponentes
indeterminados.
• Rigidez: as cláusulas contratuais gerais são recebidas em bloco, sem
possibilidade de modelação do seu conteúdo através,
nomeadamente de uma possível pré – negociação entre as partes.
• Cláusulas contratuais
• Desigualdade entre as partes: normalmente o utilizador das
cláusulas contratuais gerais goza, em regra, de larga superioridade
económica e jurídico-cientifica em relação ao aderente.
• Complexidade: as cláusulas contratuais gerais abrangem uma
grande amplitude de aspectos contratuais, incluindo normalmente a
determinação da lei aplicável e o foro competente para dirimir
eventuais litígios.
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• Natureza formulária: as cláusulas constam, normalmente, de
documentos escritos extensos onde o aderente se limita a
especificar escassos elementos de identificação.
Exercício nº5:
1. Quais as fases do contrato de compra e venda? Explique em que
consiste cada uma delas.
2. Enuncie quais os modos que conhece para escolher a qualidade do
produto?
3. Quanto à entrega, como pode esta ser feita?
4. O que entende por FOB e CIF? Em que diferem?
5. Quanto à liquidação, pronuncie-se sobre a espécie de moeda a
utilizar.
6. Distinga descontos financeiros de descontos comerciais.
7. Que tipos de descontos podemos ter nos descontos comerciais?
Explique cada um deles.
8. O pagamento é a ultima fase do contrato de compra e venda. O que
consta no preço?
9. Pronuncie-se sobre as margens de comercialização.
10. O que entende por contratos à distancia?
11. Em que consiste a venda automática? Dê um exemplo.
12. António vende plantas no caminho do Santo da Serra uma vez por
mês. Pedro quer adquirir um vaso de orquídeas para oferecer a Ana,
contudo António recusa-se a vender a planta sem que Pedro compre
uma saca de terra.
Pronuncie-se sobre esta situação.
13. O que entende por clausulas contratuais?
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Documentação LegalDocumentação Legal
Os documentos relativos ao contrato de Os documentos relativos ao contrato de compra e venda desempenhamcompra e venda desempenham
duas funções fundamentais:duas funções fundamentais:
Constituem um meio de provaConstituem um meio de prova
Constituem o suporte de registo contabilísticoConstituem o suporte de registo contabilístico
Na concepção de documentos dever-se-á Na concepção de documentos dever-se-á atender aos seguintes requisitos:atender aos seguintes requisitos:
ClarezaClareza – devem ser de preenchimento e leitura fáceis. – devem ser de preenchimento e leitura fáceis.
IntegralidadeIntegralidade – devem conter todas as informações necessárias à – devem conter todas as informações necessárias à
execução das operações a que servem de suporteexecução das operações a que servem de suporte
EconomicidadeEconomicidade – devem ser pouco dispendiosos – devem ser pouco dispendiosos
ConformidadeConformidade – devem satisfazer as exigências legais – devem satisfazer as exigências legais
As fases e a documentação As fases e a documentação do contrato de compra e do contrato de compra e
vendavenda
Nota de encomendaNota de encomenda
Nota de vendaNota de venda
RequisiçãoRequisição
Ordem de compraOrdem de compra
Guia de remessa/ talão de Guia de remessa/ talão de recepçãorecepção
Factura/reciboFactura/recibo
Nota de débitoNota de débito
Nota de créditoNota de crédito
Nota EncomendaNota Encomenda
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Este documento é utilizado, Este documento é utilizado, geralmente, no comércio por grosso, para segeralmente, no comércio por grosso, para se
proceder à encomenda da mercadoria. É emitido pelo comprador emproceder à encomenda da mercadoria. É emitido pelo comprador em
duplicado. O original é enviado ao vendedor (fornecedor), ficando oduplicado. O original é enviado ao vendedor (fornecedor), ficando o
duplicado na posse do comprador, a fim de verificar se a mercadoriaduplicado na posse do comprador, a fim de verificar se a mercadoria
recebida está de acordo com a encomenda formuladarecebida está de acordo com a encomenda formulada
Deve conter:Deve conter:
→→ O timbre do comprador com indicação do nome, O timbre do comprador com indicação do nome, direcção, nºdirecção, nº
contribuinte, capital social e nº registo na conservatóriacontribuinte, capital social e nº registo na conservatória
→→ O nº do documento, a localidade, e a data de O nº do documento, a localidade, e a data de emissãoemissão
→→ As condições de entrega e pagamento das As condições de entrega e pagamento das mercadoriasmercadorias
→→ A especificação das mercadorias em quantidade e A especificação das mercadorias em quantidade e qualidadequalidade
→→ O preço unitário das mercadoriasO preço unitário das mercadorias
→→ A assinatura do responsávelA assinatura do responsável
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RequisiçãoRequisição
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É um documento idêntico à nota de É um documento idêntico à nota de encomenda, normalmente é utilizadoencomenda, normalmente é utilizado
no comércio a retalho e serve para o comprador levantar os artigos, deno comércio a retalho e serve para o comprador levantar os artigos, de
imediato, do estabelecimento do vendedorimediato, do estabelecimento do vendedor
A requisição deve conter os elementos A requisição deve conter os elementos referidos para a nota dereferidos para a nota de
encomenda e ser emitido em duplicadoencomenda e ser emitido em duplicado
Nota de vendaNota de venda
Por vezes a encomenda é formulada por um técnico Por vezes a encomenda é formulada por um técnico de vendas que éde vendas que é
funcionário do vendedor que visita o comprador na intenção de obterfuncionário do vendedor que visita o comprador na intenção de obter
encomendas. Neste caso, o técnico de vendas preencherá um documentoencomendas. Neste caso, o técnico de vendas preencherá um documento
denominado nota de venda.denominado nota de venda.
Este documento é emitido em triplicado, Este documento é emitido em triplicado, destinando-se o original aodestinando-se o original ao
comprador, o duplicado ao vendedor e ficando o triplicado na posse docomprador, o duplicado ao vendedor e ficando o triplicado na posse do
técnico de vendas.técnico de vendas.
A nota de venda deve conter o timbre do vendedor A nota de venda deve conter o timbre do vendedor com a respectivacom a respectiva
identificação e os demais elementos exigidos para a nota de encomendaidentificação e os demais elementos exigidos para a nota de encomenda
Nota ou guia de remessaNota ou guia de remessa
É emitida pelo vendedor e destina-se a acompanhar a É emitida pelo vendedor e destina-se a acompanhar a mercadoria até amercadoria até a
armazém ou estabelecimento do comprador. É através deste documentoarmazém ou estabelecimento do comprador. É através deste documento
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que o comprador verifica se a mercadoria entregue está de acordo com aque o comprador verifica se a mercadoria entregue está de acordo com a
encomendaencomenda
Emite-se em triplicado, original acompanha a mercadoria ao Emite-se em triplicado, original acompanha a mercadoria ao comprador, ocomprador, o
duplicado acompanha também a mercadoria a ser recolhida, nos actos deduplicado acompanha também a mercadoria a ser recolhida, nos actos de
fiscalização durante a circulação dos bens, pelas entidades competentes,fiscalização durante a circulação dos bens, pelas entidades competentes,
triplicado fica na posse do vendedortriplicado fica na posse do vendedor
A guia de remessa funciona também como guia de transporte A guia de remessa funciona também como guia de transporte dada
mercadoria, devendo por isso satisfazer o disposto no mercadoria, devendo por isso satisfazer o disposto no Decreto-LeiDecreto-Lei
nº45/89, de 11 de Fevereironº45/89, de 11 de Fevereiro, que determina os elementos que a guia, que determina os elementos que a guia
de remessa deve conter, bem como os requisitos a que deve obedecer.de remessa deve conter, bem como os requisitos a que deve obedecer.
Deve conter:Deve conter:
→→ O timbre do vendedor com indicação do O timbre do vendedor com indicação do nome, direcção, nºnome, direcção, nº
contribuinte, capital social e nº de registo na conservatóriacontribuinte, capital social e nº de registo na conservatória
→→ O nome, a direcção e o nº contribuinte do O nome, a direcção e o nº contribuinte do compradorcomprador
→→ Os locais de carga e descarga e a data e Os locais de carga e descarga e a data e hora em que se inicia ohora em que se inicia o
transportetransporte
→→ Os demais elementos referidos para a nota Os demais elementos referidos para a nota de encomendade encomenda
RequisitosRequisitos
→→ Os impressos deverão ser numerados, seguida e tipograficamente, Os impressos deverão ser numerados, seguida e tipograficamente, comcom
uma ou mais séries, convenientemente referenciadasuma ou mais séries, convenientemente referenciadas
→→ A numeração deve ser aposta no acto da impressão, ser A numeração deve ser aposta no acto da impressão, ser progressiva eprogressiva e
não conter mais de 11 dígitosnão conter mais de 11 dígitos
→→ A impressão só poderá ser efectuada em tipografias devidamenteA impressão só poderá ser efectuada em tipografias devidamente
autorizadas pelo Ministério das Finanças e conter os elementosautorizadas pelo Ministério das Finanças e conter os elementos
identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social e o nºidentificativos da tipografia, nomeadamente a designação social e o nº
de identificação fiscalde identificação fiscal
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→→ A aquisição deve ser efectuada mediante requisição escrita doA aquisição deve ser efectuada mediante requisição escrita do
adquirente utilizadoradquirente utilizador
Poderá também ser processada através de computador (programaPoderá também ser processada através de computador (programa
apropriado), devendo, neste caso, observar-se o seguinte:apropriado), devendo, neste caso, observar-se o seguinte:
→→ O facto de ser comunicado à direcção de finanças da sua sedeO facto de ser comunicado à direcção de finanças da sua sede
→→ Conter a expressão “processado por computador” Conter a expressão “processado por computador”
Talão de recepçãoTalão de recepção
É emitido pelo vendedor e destina-se a ser É emitido pelo vendedor e destina-se a ser devolvido pelo compradordevolvido pelo comprador
servindo para confirmar e provar que a mercadoria foi recebida eservindo para confirmar e provar que a mercadoria foi recebida e
correspondia ao pretendido. Geralmente faz parte da Guia de Remessa,correspondia ao pretendido. Geralmente faz parte da Guia de Remessa,
podendo destacar-se pelo picotadopodendo destacar-se pelo picotado
Deve conter:Deve conter:
O nº do documentoO nº do documento
A localidade e dataA localidade e data
Assinatura do compradorAssinatura do comprador
FacturaFactura
É o documento em que o vendedor É o documento em que o vendedor procede à liquidação do valor daprocede à liquidação do valor da
mercadoria, apresentando o cálculo do preço a pagar pelo comprador.mercadoria, apresentando o cálculo do preço a pagar pelo comprador.
Valor factura = preço mercadoria-descontos+despesas+I.V.A.Valor factura = preço mercadoria-descontos+despesas+I.V.A.
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Nota de débito e nota de Nota de débito e nota de créditocrédito
São documentos utilizados na fase de São documentos utilizados na fase de liquidação e destinam-se a efectuarliquidação e destinam-se a efectuar
correcções à factura. Estes documentos são equivalentes à factura e comocorrecções à factura. Estes documentos são equivalentes à factura e como
tal devem conter todos os elementos exigidos para este documento bemtal devem conter todos os elementos exigidos para este documento bem
como obedecer aos mesmos requisitoscomo obedecer aos mesmos requisitos
Nota de débitoNota de débito
Deve ser emitida em duplicado pelo Deve ser emitida em duplicado pelo vendedor e destina-se a corrigir ovendedor e destina-se a corrigir o
valor da factura para mais.valor da factura para mais.
É emitida nos seguintes casos:É emitida nos seguintes casos:
Erros de cálculo, para menos, no Erros de cálculo, para menos, no valor da facturavalor da factura
Despesas por conta do comprador Despesas por conta do comprador que não foram incluídas naque não foram incluídas na
facturafactura
Nota de créditoNota de crédito
Deve ser emitida em duplicado pelo Deve ser emitida em duplicado pelo vendedor e destina-se a corrigir ovendedor e destina-se a corrigir o
valor da factura para menos.valor da factura para menos.
É emitida nos seguintes casos:É emitida nos seguintes casos:
Erros de cálculo, para mais, no valor da Erros de cálculo, para mais, no valor da facturafactura
Descontos não incluídos na facturaDescontos não incluídos na factura
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Devolução de mercadorias pelo comprador Devolução de mercadorias pelo comprador (neste caso chama-se(neste caso chama-se
nota de devolução)nota de devolução)
ReciboRecibo
Este documento é emitido em duplicado pelo Este documento é emitido em duplicado pelo vendedor e serve devendedor e serve de
comprovativo do pagamento efectuado pelo compradorcomprovativo do pagamento efectuado pelo comprador
Original é entregue ao comprador e Original é entregue ao comprador e duplicado fica na posse do vendedor.duplicado fica na posse do vendedor.
Deve conter:Deve conter:
→→ O timbre do vendedor com as indicações anteriormente referidasO timbre do vendedor com as indicações anteriormente referidas
→→ O nome, a direcção, e o nº contribuinte do compradorO nome, a direcção, e o nº contribuinte do comprador
→→ O nº do documento, a localidade e a data de emissãoO nº do documento, a localidade e a data de emissão
→→ A quantia em algarismos e por extensoA quantia em algarismos e por extenso
→→ A referência ao nº da factura a que respeita o pagamentoA referência ao nº da factura a que respeita o pagamento
→→ A assinatura do vendedorA assinatura do vendedor
Factura-recibo e venda a Factura-recibo e venda a dinheirodinheiro
Estes documentos são utilizados Estes documentos são utilizados quando a fase de liquidação coincide comquando a fase de liquidação coincide com
o pagamento.o pagamento.
Ex: a venda é efectuada a prontoEx: a venda é efectuada a pronto
Nota finalNota final
Actualmente, uma grande parte das empresas Actualmente, uma grande parte das empresas processam os seusprocessam os seus
documentos através de computador.documentos através de computador.
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Todos os documentos relativos ao contrato de Todos os documentos relativos ao contrato de compra e venda devem sercompra e venda devem ser
devidamente arquivados mas apenas os documentos inerentes à fase dedevidamente arquivados mas apenas os documentos inerentes à fase de
liquidação e pagamento servem de suporte contabilístico. liquidação e pagamento servem de suporte contabilístico.
São sujeitos a registo contabilístico os seguintes documentos:São sujeitos a registo contabilístico os seguintes documentos:
facturas, notas de débito, notas de crédito, recibos, facturas-facturas, notas de débito, notas de crédito, recibos, facturas-
recibo e notas de vendas a dinheirorecibo e notas de vendas a dinheiro..
IVAIVA
Características:Características:
Imposto indirecto – tem por objectivo tributar o consumo dos
contribuintes, não atendendo à sua riqueza, mas apenas às despesas por
eles efectuadas
Imposto plurifásico – recai em todas as fases do circuito económico,
desde o produtor ao retalhista
Não cumulativo – em cada uma das fases é tributado o valor
acrescentado por cada um dos agentes produtivos
Apesar de serem os agentes produtivos que são responsáveis pela entrega
do imposto ao Estado, não são eles que vão suportar o imposto mas sim o
consumidor final
SujeiçõesSujeições
→ Todas as transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas no
território nacional por um agente económico designado por sujeito
passivo
→ As importações de bens
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Assim, qualquer despesa que o consumidor faça contém em geral uma
parcela de I.V.A.
Os agentes económicos ao realizarem as suas vendas e/ou prestações de
serviços, terão de liquidar I.V.A., i.e., terão de aplicar uma taxa sobre o
valor do bem ou serviço prestado (base tributável)
TaxasTaxas
Taxa de 4% (taxa reduzida) – incide sobre bens e serviços
considerados essenciais (lista I) --- continente 5%
Taxa de 8% (taxa intermédia) – incide sobre bens e serviços que se
encontram na lista II ---continente 12%
Taxa de 15% (taxa normal) – incide sobre todos os bens e serviços que
não se encontrem nas listas anexas ao código do I.V.A.--- continente 21%
A taxa do I.V.A. Vai incidir sobre o valor líquido da factura
Iva = taxa * (preço mercadoria – descontos + despesas)
Só quem liquida IVA nas vendas ou prestações de serviços tem direito a
deduzir IVA suportado nas aquisições.
IsençõesIsenções
Isenção simples – há determinadas actividades que estão isentas de IVA,
i.e., o agente económico não líquida IVA das aquisições; sendo assim o IVA
que suportou é uma componente do custo dos seus produtos ou serviços,
sendo repercutido no preço de venda. Diz-se que tem IVA oculto
Ex: seguros, médicos, etc.
Exercício nº6:
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Responda por suas palavras às seguintes questões:
1. Qual a razão fundamental da existência da documentação legal?
2. Enumere os 4 requisitos da documentação legal.
3. O que entende por Nota de Encomenda?
4. O que é a Guia de Remessa?
5. Quantos exemplares tem que ter a Guia de Remessa? Justifique.
6. Distinga factura de recibo.
7. Indique a fórmula para calcular o valor da factura.
8. Em que casos se utiliza uma Nota de Debito?
9. Distinga Nota de Debito de Nota de Credito.
10. Que elementos deverá conter um recibo?
11. De todos os documentos que estudou, quais os que são sujeitos a
registo contabilístico?
12. Na sua opinião, a documentação legal deve ser arquivada?
Justifique.
13. Quais as características do Iva?
14. Quais as taxas praticadas na região?
15. Como se calcula o Iva? Indique a fórmula.
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