aplicaÇÃo da anÁlise ergonÔmica do trabalho em...
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APLICAÇÃO DA ANÁLISE
ERGONÔMICA DO TRABALHO EM
UMA LAVANDERIA
Debora Saraiva Ramos (UFRN)
Julio Bezerra de Medeiros (UFRN)
Marx Daniel Mendonca Oliveira (UFRN)
adriano carlos amorim de paiva sousa (UFRN)
Deyvson Lincoln de Oliveira Xavier Jardim (UFRN)
Este artigo tem o objetivo de apresentar o estudo demandado por
problemas ergonômicos compreendendo desde fatores físico-
ambientais, esforços biomecânicos e projeto dos postos de trabalho de
uma lavanderia na cidade de Natal - RN, realizanddo algumas
considerações sobre a ação ergonômica, as implicações sobre as
cargas de trabalho e os espaços de regulação dentro da empresa. Foi
utilizada a metodologia da Análise Ergonômica do Trabalho (AET),
tentando-se extrair ao máximo a essência das atividades e as situações
de trabalho vivenciadas pelos funcionários da empresa. O transporte
de roupas do setor de lavanderia para a engomação foi apurado como
um dos fatores determinantes da sobrecarga física dos trabalhadores;
sendo a preocupação com a segurança das lavadeiras o critério
principal que induziu para a análise focal. A intenção do grupo foi
observar o posto, identificar os principais problemas relacionados a
ele e sugerir alterações que o tornasse mais apropriado do ponto de
vista ergonômico, propiciando maior conforto as funcionárias
encarregadas das tarefas desse posto. O artigo mostra as etapas
desenvolvidas na intervenção e as recomendações propostas para a
lavanderia.
Palavras-chaves: Análise Ergonômica do Trabalho, Lavanderia,
Demandas Ergonômicas, Segurança do Trabalho.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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1 Introdução
Atualmente, nas grandes e pequenas empresas que atuam em diversos seguimentos está
ocorrendo um processo de conscientização em relação à importância da promoção de saúde e
da prevenção de doenças ocupacionais para seus funcionários. Tal tendência se traduz em um
processo que equilibra a qualidade de vida das pessoas à produtividade da empresa. O
homem, ou seja, o principal envolvido em um processo de trabalho sofre os efeitos positivos e
negativos do mesmo. No tocante aos efeitos negativos, estes devem ser analisados para que se
possa adequar o trabalho ao homem.
A finalidade principal da ação ergonômica é a adequação o do trabalho ao homem. Aquela
deve ajustar seus métodos e condições de sua aplicação ao/ contexto, às questões e ao que foi
identificado como parte envolvida. As possibilidades de transformações do trabalho decorrem
num processo de elaboração do qual participem ativamente os diferentes participantes
envolvidos, com seus pontos de vista e próprios interesses.
O presente trabalho foi realizado em uma lavanderia localizada na cidade de Natal, Rio
Grande do Norte. Este trabalho objetiva analisar ergonomicamente os postos de trabalho, bem
como, apresentar as medidas corretivas necessárias e suficientes para corrigir os riscos
advindos dos agentes ergonômicos, presentes nos ambientes, atividades, operações e postos
de trabalho. Para isso foi utilizado uma metodologia que envolveu abordagem de métodos e
técnicas observacionais, seguindo-se os passos da Análise Ergonômica do Trabalho, para
alcançar melhorias à empresa como um todo e principalmente aos funcionários, focando em
especial nos quesitos saúde e segurança.
Pretende-se após este estudo ter as referências necessárias que evidenciarão a necessidade de
se desenvolver e/ou aperfeiçoar instrumentos, equipamentos bem como uma nova proposta de
organização do trabalho deste profissional de modo a melhorar sua qualidade de vida.
2 Referências Teóricas
2.1 Análise Ergonômica do Trabalho
Segundo a ABERGO (2000), a ergonomia é uma disciplina que busca modificar os sistemas
de trabalho para adequar as atividades nele existentes às características, habilidades e
limitações das pessoas com vista a um desempenho eficiente, confortável e seguro. Para Vidal
(2008) a ergonomia visa entender as interações entre seres humanos e outros elementos de um
sistema e a aplicação dos conhecimentos desta, no tocante a teoria, princípios e métodos,
auxiliando na elaboração de projetos e modos operantes, otimizando o bem-estar humano e o
desempenho geral de um sistema.
Vidal (2002) diz que a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) compreende um conjunto de
análises globais, sistemáticas e intercomplementares que permitem a modelagem operante da
situação de trabalho, ou seja, a modelagem da atividade real em seu contexto, considerando os
fatores técnicos, humanos, ambientais, organizacionais e sociais. O autor diz ainda que é uma
metodologia que contém vários métodos e técnicas que auxiliam no entendimento da relação
da atividade de trabalho com o seu contexto.
O primeiro passo dessa metodologia consiste na instrução da demanda que, segundo Vidal
(2008), é a passagem da percepção dos problemas de produção à indicação daquilo que a
ergonomia pode contribuir para solucionar. O mesmo autor também afirma que para se chegar
à demanda ergonômica é preciso seguir alguns procedimentos como a percepção gerencial
dos problemas (demanda gerencial), realização da análise global e reconhecimento da
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empresa, bem como reuniões para uma construção conjunta de demandas e fazer a seleção e
hierarquização das demandas.
Segundo Carvalho e Saldanha (2001), a demanda que não se configura espontaneamente pela
empresa, ou seja, os pesquisadores que procuram a organização propondo ajudar em um
possível problema ou em desenvolver um estudo que identifique problemas que viessem a se
transformar em demandas, caracteriza-se por demanda provocada.
A demanda ergonômica é a primeira etapa do processo da Análise Ergonômica do Trabalho,
que tem por objetivo a clara definição do problema a ser analisado a partir de uma negociação
com os diversos atores envolvidos (SOARES, 1999).
Segundo Daniellou (2002), a situação de referência consiste na análise de situações de
trabalho que apresentem características próximas as do local definido, para nelas observar as
variabilidades reais e as estratégias empregadas para enfrentá-las.
De acordo com Saldanha (2004), a construção social é formada por pessoas que participam do
levantamento das informações as quais permitem o conhecimento sobre a atividade. Vidal
(2008) diz ainda que o funcionamento eficaz de uma ação ergonômica requer uma estrutura
de ação, de natureza participativa, técnica e gerencial.
Moraes (2005) denomina a primeira etapa de uma intervenção ergonômica como apreciação
ergonômica, e a define como sendo uma fase exploratória que compreende o mapeamento dos
problemas ergonômicos da empresa. A apreciação ergonômica consiste na sistematização
homem-tarefa-máquina e na delimitação dos problemas ergonômico-posturais,
informacionais, acionais, cognitivos, comunicacionais, interacionais, deslocacionais,
movimentacionais, operacionais, espaciais e físico-ambientais. A conclusão desta etapa é a
hierarquização dos problemas, priorização dos postos a serem diagnosticados e modificados e
sugestões preliminares de melhoria.
A distância entre o trabalho prescrito (tarefa) e o real (atividade) é a manifestação concreta da
contradição, sempre presente no ato de trabalho, entre “o que é pedido” e “o que a coisa pede”
(VIDAL, 2002 e GUERÍN, 2001).
2.2 Fatores ambientais e riscos em lavanderias
Os trabalhadores de lavanderia estão submetidos à riscos de várias ordens que podem explicar
os diferentes problemas de saúde que podem acometê-lo. Bartolomeu (1998); Lisboa e Torres
(1999); Prochet (2000) relacionam doenças pulmonares, do sistema músculo-esquelético,
fadiga ocular, irritações, lacrimejamento, cefaléia, riscos ambientais pelo não uso de
equipamentos de proteção individual (EPI’s), riscos ocupacionais, biológicos, físicos,
ergonômicos e posturais em função do espaço físico de trabalho.
De acordo com Mezzomo (1992), o planejamento físico da lavanderia deve ser realizado
considerando a dimensão, distribuição, localização das instalações, circulação e o fluxo de
serviço. Pois, acredita-se que uma lavanderia bem planejada possa oferecer melhores
condições de trabalho aos funcionários, menor risco à saúde, aumento de produtividade,
qualidade, e custos compatíveis (Candido; Vieira, 2003).
Segundo Castro e Chequer (2001), a racionalização do trabalho pode ser conseguida, além de
outros fatores, por níveis de conforto existentes no ambiente que compreende baixo índice de
ruído, nível de iluminação compatível com o trabalho a ser executado, nível de temperatura e
umidade relativa do ar, ventilação e exaustão, dentro dos limites aceitáveis.
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Toda lavanderia apresenta equipamentos que durante seu funcionamento produzem calor e
vapor e, portanto, devem ser previstas medidas que reduzam o aquecimento do ambiente
(Mezzomo, 1992; Lisboa; Torres, 1999).
Conforme Couto (1995), a exposição do trabalhador na execução de tarefas em altas
temperaturas pode causar doenças tais como a hipertermia ou intermação. A carga física de
trabalho na lavanderia é representada pelas variações atmosféricas como calor, frio, pressão,
ruído, vibração, umidade, vapor entre outros (Silva, 2006).
3 Metodologia
O estudo foi realizado a partir da aplicação de uma metodologia baseada na Análise
Ergonômica do Trabalho (WISNER, 1987; VIDAL, 2008; GUÉRIN, 2001), em uma
lavandeira da cidade de Natal, no qual envolveu a utilização de métodos e técnicas
conversacionais e observacionais, com o auxilio de recursos tecnológicos como máquina
fotográfica digital e filmadora para capturação de imagens e vídeos, e caderno de anotações,
com a autorização da empresa. A Figura 1 apresenta um esquema detalhado das etapas que
foram desenvolvidas para a instrução da demanda da atividade na lavanderia.
Figura 1 – Construção da demandas ergonômica selecionada na lavanderia
3.1 Hipóteses de demanda provocada
Seguindo os passos metodológicos, inicialmente foram realizadas pesquisas em referências
bibliográficas para entender o funcionamento de uma lavanderia. Ao ter conhecimento da
atividade, e conhecer as demandas de outras empresas após uma análise criteriosa das
informações levantadas, foram elaboradas as primeiras hipóteses de demanda provocada,
encontradas na etapa do estado da arte.
Após isso, outra empresa foi visitada para fazer o estudo em uma situação de referência, uma
lavanderia em um hotel da cidade de Natal, que possui características semelhantes as do local
definido. Tendo feito um estudo, conhecido o processo da empresa e levantado informações
sobre o ramo da empresa estudada, foram elaboradas as hipóteses de demanda provocada
encontradas na situação de referência, e confrontadas com as que foram elaboradas a partir da
pesquisa teórica, e foram listadas as hipóteses de demanda provocada a partir do estado da
arte e da analise da situação de referencia.
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As pesquisas exploratórias preliminares e preparatórias e hipóteses de demandas provocadas
formuladas a partir do estado da arte e do estado da prática foram imprescindíveis para a
formulação dos instrumentos de pesquisa e para a sustentação de uma ação conversacional na
situação de foco durante a análise global da empresa.
3.2 Construção social
A construção social consiste em uma estrutura de instrução da ação ergonômica na empresa
que auxiliará no levantamento das informações para chegar as demandas. Os grupos que
devem ser tomados como referências ao longo da intervenção são grupo de ação ergonômica,
sendo os graduandos de engenharia de produção, as lavadeiras e a inspetora de qualidade; o
grupo de suporte, com o presidente e a recepcionista; o grupo de acompanhamento,
representado pelo professor orientador da disciplina e a inspetora de qualidade, e os grupos de
foco, com as lavadeiras, a inspetora de qualidade e os recepcionistas.
3.3 Análise global da situação de foco
A análise global da situação de foco permitiu a confirmação ou negação das hipóteses
previamente formuladas, e identificar as demandas latentes, gerenciais e dos funcionários.
A análise se deu por meio de visitas sistemáticas na empresa em dias e horários alternados nos
meses de outubro, novembro e dezembro, onde foram utilizados métodos interacionais como
ações conversacionais com roteiros dinâmicos, escuta de verbalizações espontâneas e
provocadas, escutas ampliadas e questionários semi-estruturados, e métodos observacionais,
registrando tudo com fotos, filmagens e anotações para uma maior compreensão da atividade.
As ações conversacionais permitiram reconhecimento da empresa com um melhor
entendimento do funcionamento da lavanderia em seu contexto, esclarecimento da população
de trabalho, do perfil dos funcionários, das relações interpessoais e, juntamente com as
observações, permitiram identificar algumas variabilidades e regulações presentes na situação
de trabalho, e suas repercussões.
Este estudo se desenvolveu com todos os funcionários da empresa, posterior a uma explicação
sobre os objetivos da investigação. Os dados foram recolhidos dentro do procedimento ético
de pesquisa.
3.4 Formulação de demandas
Após feita a análise global da situação de foco no estado da prática, iniciou o confronto entre
as hipóteses de demanda previamente formuladas que foram encontradas a partir do
referencial teórico e a partir da situação de referência; e a partir da situação de foco, as
demandas gerenciais e demandas dos funcionários, que foram relatadas pelos gerentes e
demais funcionários da empresa, respectivamente, e as demandas latentes, encontrados pelos
pesquisadores na análise global.
Após esse confronto de demandas provocadas foi possível verificar as várias demandas
existentes na empresa, fazendo uma hierarquização posteriormente, e elegendo uma demanda
para ser estudada, que norteará a AET, e que tem como objetivo o desenvolvimento de ações
voltadas para a melhoria do transporte das roupas do setor de lavanderia para o setor de
engomação.
Essa demanda não foi encontrada em pesquisas teóricas, nem na situação de referência, sendo
então classificada como demanda latente.
4 Resultados
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4.1 Análise global da lavanderia
A lavanderia escolhida para estudo foi uma lavanderia situada na cidade de Natal, Rio Grande
do Norte. A empresa possui 25 anos no mercado, e recebe todo tipo de peças para lavagem.
Atualmente a lavanderia conta com 15 funcionários, sendo entre esses duas lavadeiras, oito
engomadeiras, uma pessoa responsável pelo setor de marcação das roupas, três recepcionistas,
uma pessoa responsável pelo setor de inspeção de qualidade e embalagem. Um dos
recepcionistas é sobrinho da dona da empresa e é o responsável pelo intermédio entre a
gerência e os demais funcionários. O horário de funcionamento é de segunda a sábado das
7:30 hrs as 18 hrs, porém o turno de trabalho dos funcionários com exceção da recepção é das
8 hrs as 17 hrs, com uma hora de intervalo para almoço.
Diariamente a empresa recebe em média entre 250 e 300 peças, aumentando a demanda em
épocas de final de ano. Entretanto como Natal é uma cidade que possui muitas lavanderias e
ela possui uma parcela fixa e estável de clientes, esse valor não é alterado consideravelmente.
Seu faturamento mensal varia muito, já que o valor que recebe por peça é correspondente ao
peso e não pela quantidade de unidades.
Na população de trabalho da lavanderia apenas 13% dos funcionários são do sexo masculino
enquanto os 87% restante representam o sexo feminino. Em termos quantitativos, isso quer
dizer que na empresa existem 13 mulheres e 2 homens. Analisando as idades, é possível
observar uma variação de 38 a 54 anos.
Ao estudar a escolaridade dos funcionários, chega-se a conclusão que a maior parte possui
ensino médio incompleto, representando o total de 40%, ou seja, 6 funcionários. A
porcentagem de 33% representa os cinco funcionários que cursaram um nível superior, tendo
concluído ou não. Em relação ao estado civil, conclui-se que há uma predominância no
número de funcionários casados, representando mais da metade do total, com 10 funcionários.
Desses, apenas três não possuem filhos.
E por fim, analisando o tempo dos funcionários na empresa, 53% estão trabalhando entre um
e cinco anos na lavanderia. Isso mostra a grande rotatividade dos funcionários, comprovada
quando se observa que apenas um funcionário possui entre 15 e 20 anos de serviço, e nenhum
apresenta tempo superior a isso.
Os funcionários moram nas mais variadas localidades da grande Natal, e apenas dois deles
vão de carro para o trabalho, enquanto todos os outros vão de transporte público. Os
funcionários reclamam muito do cansaço ao fim do dia, principalmente por se tratar, em sua
maior parte, de mulheres, que exerce atividades domésticas quando retornam para casa.
4.1.1 Fluxograma das atividades da empresa
As atividades da empresa compreendem desde o recebimento de roupas sujas até a entrega
das roupas limpas, engomadas, dobradas e embaladas para os seus diversos clientes. A
empresa possui seis setores, dividido em dois andares. No andar térreo está a recepção, o setor
de marcação e as duas lavanderias. O primeiro andar compreende as duas salas de engomação
e o setor de inspeção da qualidade e embalagem. O setor de lavanderia 1 possui duas
máquinas de lavar, duas centrífugas e duas secadoras, comportando a realização de dois
processos simultâneos. O setor de lavanderia 2 possui apenas um tanque onde as roupas são
lavadas a mão, e um varal para a secagem.
Em suma, a lavanderia é responsável por receber as roupas dos clientes, lavar, secar,
inspecionar quanto a qualidade, embalar e esperar o cliente voltar para pegar. O fluxograma
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da empresa é mostrado na Figura 2 abaixo. Cada cor do fluxograma representa um setor
diferente da empresa.
Figura 2 – Fluxograma da lavanderia
1
2
1
1 1
1
1
1 e 2
2
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4.2 Análise das demandas
A demanda apresentada nesse trabalho é caracterizada como demanda provocada, já que foi
levada a empresa por meio de uma análise prévia do trabalho, realizada através do estado da
arte e estado da prática, onde foram elaboradas hipóteses de demanda da atividade.
Com base nas hipóteses de demanda de referenciais teóricos e da situação de referência e na
análise global, foi possível identificar as demandas existentes em lavanderias. A partir do
confronto entre as hipóteses de demanda provocada e a análise global do trabalho na situação
de foco, foi possível realizar uma análise das demandas gerais existentes na empresa, nas
áreas de saúde, segurança do trabalho, gestão, processo, layout, problemas ambientais e meio
ambiente.
Tendo as demandas da situação de foco, elas foram todas comprovadas pelos funcionários da
empresa por meio de verbalizações espontâneas e provocadas. Segue abaixo a Figura 3 com o
quadro das demandas e os comentários registrados dos funcionários validando cada uma
delas.
LEGENDA: Origem das demandas: Gerência ; Funcionários ; Latente
Figura 3 – Demandas ergonômicas existentes na lavanderia
4.3 Demanda Selecionada
A demanda selecionada foi o transporte de roupas entre os setores de lavagem e engomação.
Todas as peças, após serem lavadas, são levadas para a engomação, setor que fica localizado
no pavimento superior da empresa (1° andar), onde também se encontra o controle de
qualidade, e onde os itens são embalados para novamente descerem para a recepção, prontos
para serem entregues aos clientes. O deslocamento das roupas é realizado em uma cesta presa
a uma corda que passa por uma roldana e é puxada pela funcionária no pavimento térreo.
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Essa demanda ergonômica foi selecionada por envolver várias das demandas apresentadas
anteriormente na Figura 3, como movimentos vigorosos e repetitivos, intensidade e duração
do trabalho físico, multifuncionalidade, adoção de posturas prejudiciais, levantamento
inadequado de pesos, e transporte inadequado das roupas de um setor para outro.
Além disso, esse transporte é uma atividade que pode causar grandes danos a saúde e a
segurança dos funcionários. Quando questionada a respeito, a funcionária do setor de
engomação, que é responsável por receber a cesta com as roupas limpas, respondeu: “Tão
doido??? Se eu soltar (a corda) isso (a cesta) cai nela e morre! ... Nunca aconteceu de
aparecer mosquito nenhum não...”
5 Transporte das roupas do setor de lavanderia para engomação: Um estudo de caso
5.1 Análise da tarefa
Na empresa não existe uma prescrição para essa tarefa. A tarefa das lavadeiras, se tratando do
transporte, é levar as roupas lavadas para baixo do setor de engomação, solicitar cesta vazia
ao setor, colocar roupas lavadas dentro da cesta, e retornar com as roupas para serem
engomadas.
5.2 Análise da atividade
O transporte das roupas do setor de lavanderia para o setor de engomação é feito por uma das
duas lavadeiras. Quando elas terminam de lavar as roupas colocam em uma cesta, juntando as
roupas que foram lavadas a mão e na máquina. Quando uma das duas lavadeiras percebe que
a cesta já foi completa, realiza o transporte para serem engomadas.
O setor de lavanderia é no primeiro piso, e o de engomação é no segundo, dificultando essa
movimentação. Uma das lavadeiras pega uma cesta cheia e pesada, vai para baixo da varanda
do segundo andar, chama uma das engomadeiras e pede que envie a cesta vazia que fica preza
a uma corda.
Ao receber, a lavadeira transfere as roupas da cesta em que estavam e organiza na cesta preza
a corda (com a coluna inclinada e rotacionando o corpo todo o tempo), avisa a lavadeira que
está enviando as roupas, e exerce uma força para puxar a corda fazendo com que a cesta
chegue no andar de cima, na varanda. Esse movimento além de requerer muito esforço físico,
tem que ser realizado com muito cuidado para a lavadeira não soltar a corda acidentalmente e
a cesta cair ocasionando danos. A engomadeira recebe a cesta, pega as roupas e leva para
engomar, retornando a cesta somente quando uma das lavadeiras solicitar novamente.
O trabalho da funcionária não exige grande utilização dos estímulos visual e auditivo, mas
grande esforço muscular. Os passos podem ser observados na Figura 4 a seguir:
LEGENDA
1: Local do transporte
2: Preparando a cesta
3: Colocando as roupas na cesta
4: Começado a subir a cesta
5: Cesta subindo
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Figura 4 – Transporte de roupas
Para analisar a atividade, foram seguidos os seguintes passos: focalização, pré-diagnóstico,
análise focada, diagnóstico e recomendações. Como auxilio, foram realizadas várias
filmagens da atividade para se fazer uma posterior análise e comparação entre os vídeos, e
conseguir fazer uma modelagem detalhada da execução das lavadeiras.
5.2.1 Análise Focal
A análise focal diz respeito à busca do primeiro esquema explicativo e especulativo sobre o
que se passa na empresa e que será modelado pela AET. Os critérios que induziram para a
análise focal foram a segurança, principalmente, e a saúde dos trabalhadores.
5.2.1.1 Focalização
O transporte de roupas do setor de lavanderia para o setor de engomação requer elevado
esforço físico e cognitivo. Esforço físico devido a elevada força que a trabalhadora tem que
aplicar na corda para fazer a cesta subir; e cognitivo devido a concentração que é requerida
para não cair.
As lavadeiras que fazem o transporte, variando entre as duas, porém sem nenhum tipo de
rodízio estabelecido: quem se propor a realizar, o faz. A lavadeira 2, que é responsável pela
lavagem das roupas a mão, é quem faz na maioria das vezes, por ser poucos anos mais nova
que a outra lavadeira, e possuir uma maior disposição.
As lavadeiras fazem força puxando a corda para levantar em média 15 quilos, com uma
postura bastante inadequada. Esse movimento é feito de 12 a 17 vezes ao dia, chegando ao
final do expediente com um resultado de levantamento de 180 a 255 quilos levantados. Elas
sentem bastante dores nos braços e na coluna devido ao grande peso que tem que levantar.
Outro ponto observado é a não utilização de luvas na hora de puxar a corda. Como é aplicada
muita força, a ausência de luvas provoca ferimentos nas mãos, dificultando a retomada do
trabalho na lavanderia. Esse problema se agrava quando se trata da pele das lavadeiras, que
possuem suas mãos mais finas devido ao constante contato com a água, e ainda mais quando
analisa a lavadeira 2, que é quem mais faz esse serviço, e possui suas mãos mais sensíveis
devido ao contato direto com produtos químicos.
Muitas vezes após o transporte elas precisam de um descanso para retomar as atividades. A
sazonalidade na lavanderia não é relevante, mas é existente, aumentando o número desse
transporte diário, prejudicando ainda mais a saúde das trabalhadoras.
Além da sazonalidade tem a diferença no número das roupas destinadas a lavanderia a mão e
na máquina. Quando as roupas destinadas a lavanderia a mão são em maior quantidade, a
lavadeira fica impossibilitada de ter intervalos entre o transporte e a retomada a lavagem.
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Com isso a trabalhadora é prejudicada, assim como as roupas, pois com ferimentos nas mãos
aumenta a dificuldade de lavagem, podendo não ser feita com total qualidade.
Em épocas de chuva, essa atividade é dificultada. Como o ambiente é ao ar livre, tem que
tomar cuidados especiais quando o clima não está favorável. Como Natal é uma cidade que
não possui estações bem definidas, com chuvas bem inconstantes, as lavadeiras na maioria
das vezes são pegas de surpresa, tendo que rapidamente tomar as providências. Quando
chove, as cestas que sobem com as roupas para a engomação não são tão cheias como dias
normais e tem que colocar uma toalha em cima das roupas. Como a menor quantidade que é
transportada por vez é menor, o transporte tem que ser repetido por mais vezes.
A altura que as cestas são levantadas para chegar ao setor de engomação é de
aproximadamente 6 metros. Altura considerável, causando um grande acidente caso a corda
venha a torar e a cesta cair, ou simplesmente a cesta despencar. Ainda é agravante o fato de
não possuir nós nas cordas. São pouquíssimos os nós existentes, dificultando segurar a
mesma, e facilitando o deslizamento e situações adversas.
5.2.1.2 Pré-Diagnóstico
Com base nas observações e interações com os trabalhadores foi visto que aparentemente a
forma de transporte das roupas do setor de lavagem para engomação pode comprometer a
segurança e a saúde do trabalhador com o levantamento excessivo de peso em uma postura
totalmente inadequada, bem como um alto risco de acidentes, talvez explicando as intensas
dores nos braços e nas costas reportadas pelas funcionárias.
Esse transporte é possível que prejudique também indiretamente a qualidade da lavagem das
roupas. Além das mãos da lavadeira ficarem feridas, dificultando o contato com a roupa na
hora de lavar, ela necessita de alguns intervalos após o transporte para recuperar os
movimentos das mãos, podendo compensar esse tempo lavando rapidamente as roupas para
não diminuir a produtividade.
A AET apresentada é a intervenção da ergonomia de correção, analisando e sugerindo
melhorias a um posto de trabalho já em operação, propondo modificar a forma de transporte
das roupas do setor de lavagem para engomação.
5.2.2 Análise Focada
Para verificar se o peso que a lavadeira levanta durante o transporte ocasiona riscos a saúde,
foi aplicado o método de Niosh, que determina a carga máxima a ser manuseada e
movimentada manualmente numa atividade de trabalho. Uma vez calculado o Limite de Peso
Recomendado (LPR), ele será comparado com a carga real levantada, obtendo-se o Índice de
Levantamento (IL). A partir desse índice pode-se dizer se o trabalhador corre riscos, ou não.
Para se calcular o LPR, utiliza-se a fórmula:
LPR = 23 x FDH x FAV x FDVP x FFL x FRLT x FQPC
onde FDH é o fator distância horizontal do indivíduo a carga, em centímetros; é calculado
dividindo a constante 25 pela distância mensurada. FAV é o fator altura vertical das mãos em
relação ao solo, em centímetros; o calculo se dá por meio da fórmula: 1 – (0,003 x [V-75]) –
para alturas até acima de 75 cm. FDVP é à distância vertical percorrida desde o início do
levantamento até o término da ação; é calculado pela fórmula: (0,82 + 4,5/D). FFL é o fator
freqüência de levantamento, que é obtido através de uma tabela pré-estabelecida observando
quantas vezes o funcionário realiza o levantamento dentro de um minuto, a duração da
atividade e a distância vertical que o levantamento acontece. O FRLT é o fator rotação lateral
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do tronco, verificado em graus durante o transporte da carga; calculado por: 1-(0,032 x A). E
por fim, o FQPC é o fator qualidade da pega da carga, seguindo alguns fatores mais
qualitativos, determinado a partir de uma tabela pré-estabelecida.
Sendo assim, o LPR é calculado: LPR = 23 x 0,833 x 0,796 x 0,827 x 0,85 x 1 x 0,9 = 9,65
O IL é calculado dividindo a constante levantada pelo LPR, então: IL = 15 / 9,65 = 1,55
Estando o IL entre os índices 1 e 2, este indica condição insegura para o trabalhador, com
risco de lesões.
O ministério do trabalho dispõe de normas regulamentadoras, as chamadas NR’s. Para o
transporte e movimentação de matérias existe especificamente a NR 11, cuja alguns itens
estão sendo descumpridos pela empresa, tais como segurança para operação de elevadores,
construção de equipamentos utilizados na movimentação de materiais que ofereçam garantias
de resistência e segurança, inspeção e substituição de partes defeituosas em cordas, utilização
de protetores de mãos em carros manuais para transporte.
5.2.3 Diagnóstico
O deslocamento é uma atividade que não agrega valor ao produto e, no caso em questão, com
levantamento excessivo de pesos, apresenta conseqüências para a pessoa que executa o
transporte, uma vez que ela executa uma série de posturas inadequadas, desencadeando
doenças relativas ao trabalho, além do perigo iminente na atividade, que é realizada com
equipamentos que não são adequados, representando perigo para a vida do funcionário que
realiza o transporte.
Para avaliar os impactos causados ao trabalhador por realizar essa função de transporte, seria
necessário a avaliação ergonômica do posto de trabalho, onde serão utilizadas técnicas
específicas, por profissionais capacitados para interpretar a situação e mensurar o impacto que
poderá ser causado ao operador a curto e longo prazo.
A empresa possui vários pontos de coleta em locais distintos da cidade, as roupas recolhidas
nesses pontos são lavadas para local onde foi realizada a observação; isto significa que um
volume intenso de roupas é transportado no “elevador” em questão.
6 Recomendações
A partir da análise dos dados obtidos durante as observações na lavanderia foi possível propor
algumas intervenções para a melhoria das condições do transporte das roupas do setor de
lavanderia para engomação.
Dentre as sugestões propostas estão algumas modificações simples, viáveis e de fácil
implementação, e algumas que requerem um maior estudo, como a possível aquisição de
equipamentos para dinamizar e melhorar o transporte em questão.
Propõe-se que a empresa avalie outras maneiras de elevar a carga de roupas lavadas. Podem
ser encontradas no mercado empresas especializadas em movimentação, que poderão
apresentar soluções adequadas à situação.
Soluções simples que podem ser apreciadas é fazer nós pontuais nas cordas, facilitando a
pegada, evitando que a mesma deslize das mãos da trabalhadora no momento da subida da
cesta; o uso de roldana móveis, para amenizar o peso da carga, já que diminui a intensidade
do esforço necessário para sustentar a carga, pois essa é dividida por dois. Poderiam ser
utilizadas ainda duas roldanas móveis, que dividiria a força necessária por quatro.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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E em outra instancia, recomenda-se a instalação de um equipamento elétrico que transporte as
roupas, como um elevador elétrico, por exemplo, em que leve as roupas do térreo ao primeiro
andar, sem ser necessário a aplicação de esforços físicos.
Em todo caso, é preciso levar em consideração as possibilidades financeiras da lavanderia e a
avaliação de tecnologias que podem ser empregadas, aliadas as necessidades da empresa.
7 Considerações finais
O diferencial do profissional Engenheiro de Produção em relação aos demais está no seu
poder de fazer um elo de conexão homem/máquina. Nenhuma outra profissão pode fazer isso
tão bem quanto esse profissional versátil, que a cada dia mais tem seu papel de destaque.
A análise ergonômica do trabalho permite uma compreensão profunda do que se faz e da
situação nela inserida, favorecendo a implementação de melhorias que permitam reduzir as
exigências do trabalho, analisando todas as frentes de qualquer situação de trabalho, desde os
estresses físicos nas articulações, músculos, até aos fatores ambientais que possam afetar a
audição, visão, conforto, segurança e saúde.
Depois de realizado o estudo fica evidenciado o valor de uma análise ergonômica do trabalho
dentro das empresas, lugares estes em que muitas vezes a importância dada à continuidade do
processo ofusca as necessidades daqueles que são responsáveis por manter este mesmo
processo saudável. Em razão deste estudo a empresa visitada poderá tomar medidas que, além
de sofisticar suas atividades, tornará o trabalho mais seguro e confortável, garantindo sempre
um bom serviço para seus clientes e para o meio em que seus trabalhadores atuam.
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