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MANUAIS DA COLEÇÃO NEUROFUNCIONAL FIS PIA TERA IO

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MANUAIS DACOLEÇÃO

N E U R O F U N C I O N A LFIS

PIATERAIO

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CM

MY

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CMY

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Folha de Rosto Manual de Fisioterapia Neurofuncional.pdf 1 18/03/2020 01:53:02

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Editora Sanar Ltda.Rua Alceu Amoroso Lima, 172 Caminho das Árvores,Edf. Salvador Office & Pool, 3º andar.CEP: 41820-770, Salvador - BA.Telefone: 0800 337 [email protected]

2020© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qual-quer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.

Título |Editor |

Projeto gráfico e Diagramação |Capa |

Copidesque |Conselho Editorial |

Manual de Fisioterapia NeurofuncionalThalita GaleãoCarlos Augusto Machado e Everton Augusto MachadoMateus MachadoPedro MuxfedltCaio Vinicius Menezes NunesPaulo Costa Lima Sandra de Quadros Uzêda Silvio José Albergaria da Silva

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo-SP)

_______________________________________________________________________________________________________________

F676mn Fonseca, Erika Pedreira da (coord.).

Manual de Fisioterapia Neurofuncional / Coordenadora: Erika Pedreira da Fonseca. – 1. ed. - Salvador : Editora Sanar, 2020.

208 p.; il.; 16x23 cm. (Coleção Manuais de Fisioterapia).

ISBN 978-65-86246-00-1

1. Fisioterapia. 2. Manuais. 3. Neurofuncional. 4. Neurologia. 5. Preparatório. I. Título. II. Assunto.III. Fonseca, Erika Pedreira da.

CDD 612

CDU 615.8

_______________________________________________________________________________________________________________

ÍNDICE PARA CATÁLOGO SISTEMÁTICO

1. Medicina: Fisioterapia.

2. Fisioterapia.

__________________________________________________________________________________________________

Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FONSECA, Erika Pedreira da (coord.). Manual de Fisioterapia Neurofuncional. 1. ed. Salvador: Editora Sanar, 2020. (Coleção Manuais de Fisioterapia).

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APRESENTAÇÃO

A obra Manual de Fisioterapia Neurofuncional apresenta como objetivo principal

a abordagem do tema de forma concisa e atualizada, a partir de uma leitura de fácil

entendimento. Além disso, possui ferramentas como quadros resumos e esquemas e

questões comentadas ao final de cada capítulo, permitindo ao leitor a melhor forma

de fixar todo o conteúdo abordado.

O leitor terá a oportunidade de estudar as principais doenças que acometem o

sistema respiratório, bem como de que forma a Fisioterapia Neurofuncional intervém

nas suas respectivas alterações funcionais, de forma didática e elucidativa.

Com essa obra, ficará mais simples entender a Fisioterapia Neurofuncional e suas

aplicações na prática clínica.

• As questões comentadas estão separadas pelos seguintes níveis de dificuldade:

Fácil GRAU DE DIFICULDADE

Intermediário GRAU DE DIFICULDADE

Difícil GRAU DE DIFICULDADE

Bons estudos!

THALITA GALEÃOEditora

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AUTORAUTORES

ELEN BEATRIZ CARNEIRO PINTO

Autora

Doutorado em Ciências da Saúde e Mestrado em Medicina e Saúde pela UFBA. Pro-fessora da Universidade do Estado da Bahia- UNEB. Professora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública- EBMSP na graduação e Pesquisadora e orientadora no programa de Mestrado e doutorado em Medicina e Saúde Humana e Mestrado em Tecnologias e Saúde. Pesquisadora na área de Comportamento Motor e Reabilitação Neurofuncional.

ERIKA PEDREIRA DA FONSECA

Autora

Fisioterapeuta, Doutora em Medicina e Saúde Humana Mestre, Mestre em Tecnologias em Saúde, Especialista em Reabilitação Neurofuncional, Professora da UCSAL, atual-mente Supervisora do Núcleo de Fisioterapia da Editora Sanar.

MARCUS DE LEMOS FONSECA

Autor

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Católica do Salvador, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestrando em Processos Interativos de Órgãos e Sistemas pela UFBA. Atualmente é fisioterapeuta coordenador técnico da Neurotrat - Fisioterapia Neurológica Domiciliar. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Ensino, atuando principalmente nos seguintes temas:-Fisioterapia Neurofuncional, cinesiologia, facilitação neuromuscular proprioceptiva, cinesioterapia resistida e aprendizado motor.

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RAFAEL MONTEIRO

Autor

Pós graduado em reabilitação Neurofuncional pela Faculdade Social da Bahia (FSBA). Sócio-Gestor da Clínica SINAPSE - Fisioterapia e Pilates. Formação no Método Neuro-muscular Proprioceptivo. Formação em Fisioterapia Vestibular. Formação em Fisiote-rapia Ocular.

MOEMA PIRES GUIMARÃES SOARES

Revisora Técnica

Doutora em Medicina e Saúde Humana pela Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências; Mestra em Saúde da Família pela Universidade Católica do Salvador; Espe-cialista em Fisioterapia Neurofuncional no Adulto (COFFITO); graduada em Fisioterapia pela Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências.

MAYRA CASTRO DE MATOS SOUSA

Autora

Fisioterapeuta. Doutoranda em Medicina e Saúde - Bahiana . Mestre em Ciências da Saúde - UFBA. Docente da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Publica (EBMSP).

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SUMÁRIO

1. NEUROPLASTICIDADE E APRENDIZADO MOTOR ............................................13

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13MECANISMOS DE REPARAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DO SNC . . . . . . . . . . . . . .14

Plasticidade Morfológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14Plasticidade funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14Mecanismos de plasticidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15Fatores que influenciam a neuroplasticidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15Alterações funcionais após lesão cerebral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16Teorias formuladas para explicar a recuperação do SN . . . . . . . . . . . . . .16Etapas do aprendizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

2. CONTROLE MOTOR ..................................................................................................... 29

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29FISIOLOGIA DO CONTROLE MOTOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

3. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF) .................................................................................................................... 39

INTRODUÇÃO A CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

4. AVALIAÇÃO NEUROFUNCIONAL .......................................................................49

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .492. ABORDAGEM SISTÊMICA DO MOVIMENTO APLICADA À FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 503. RECURSOS DA AVALIAÇÃO NEUROFUNCIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51

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5. O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ...................................................................59

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 592. EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA DO AVC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 603. ALTERAÇÕES CLÍNICAS E FUNCIONAIS APÓS AVC . . . . . . . . . . . . . . . . 614. COMPLICAÇÕES DO OMBRO HEMIPLÉGICO APÓS O AVC E ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 635. DIFICULDADES NAS TRANSFERÊNCIAS, NO EQUILÍBRIO E ALTERAÇÕES NA MARCHA DO PACIENTE HEMIPLÉGICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

6. TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO ..............................................................79

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 792. ETIOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 803. FISIOPATOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 804. CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMATISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .815. QUADRO CLÍNICO E FUNCIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 826. REABILITAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

7. LESÃO MEDULAR E SÍNDROMES MEDULARES .................................................89

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 892. TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 903. SÍNDROMES MEDULARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93

8. ATAXIAS ..............................................................................................................103

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1032. CLASSIFICAÇÃO DAS ATAXIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1043. CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1074. TESTES DE COORDENAÇÃO MOTORA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1085. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109

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9. LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS ....................................................................117

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1172. TIPOS DE LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1193. CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS . . . . . . . . . 1214. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

10. SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ..................................................................129

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1292. QUADRO CLÍNICO E ALTERAÇÕES FUNCIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1303. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132

11. DOENÇAS DESMIELINIZANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL .............141

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1412. ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1433. PARAPARESIA ESPÁSTICA TROPICAL/MIELOPATIA ASSOCIADA AO HTLV (PET/MAH) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .146

12. ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA .............................................................159

1. INTRODUÇÃO – ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) . . . . . . . . . . .1592. DADOS HISTÓRICOS E EPIDEMIOLÓGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1603. QUADRO CLÍNICO E FUNCIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1614. DIAGNÓSTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .162

4.1 Tratamento medicamentoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .163

5. REABILITAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .164

13. VESTIBULOPATIAS ...........................................................................................171

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1712. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA VESTIBULAR . . . . . . . . . . . . . . . . .1733. DOENÇA DE MÉNIÈRE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1754. VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA (VPPB) . . . . . . . . . . . . .176

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14. DOENÇA DE PARKINSON E PARKINSONISMO .............................................183

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1832. SINTOMAS E ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DA DP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1853. ESCALAS DE AVALIAÇÃO NA DOENÇA DE PARKINSON . . . . . . . . . . . . . . .1864. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA DOENÇA DE PARKINSON . . . . . .188

15. CONCEITO BOBATH E PNF .............................................................................199

1. INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1992. BREVE HISTÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2003. PRINCÍPIOS DA TEORIA E PRÁTICA CLÍNICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200PNF (CONCEITO KABAT). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2071. A FILOSOFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2082. PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2083. TÉCNICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .210

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CAPÍTULO

89

O que você irá ver nesse capítulo:

LESÃO MEDULAR E SÍNDROMES MEDULARES 7

1. INTRODUÇÃO

O sistema nervoso central divide-se em encéfalo e medula espinhal, sendo que esta última se estende desde o bulbo (tronco encefálico) até o nível da segunda vértebra lombar (L2). Abaixo desse nível, encontra-se a cauda equina, conjunto de nervos periféricos. A medula espinhal aloja-se no cone medular, formado pelo conjunto de forames vertebrais, e, a cada nível vertebral, emerge da medula espinhal, pelos forames intervertebrais, um par de raízes nervosas, motora e sensitiva, direcionados a áreas espe-cíficas do corpo.

A representação dessa inervação é chamada de dermátomos, repre-sentação da inervação sensitiva, e miótomos, inervação motora (Figura 1). Cada raiz nervosa inerva uma área cutânea e um músculo, como a raiz de L2, que inerva a região anterior da coxa e parte do músculo quadríceps1.

Uma dica: quando memorizamos os dermátomos, conseguimos corre-lacionar com o músculo inervado por uma determinada raiz nervosa, uma vez que há a associação anatômica entre a inervação cutânea e muscular.

Introdução Trauma Raquimedular Síndromes MedularesQuadro Resumo Quadro EsquemáticoQuestões Comentadas

Erika PedreiraRafael Monteiro

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CAPÍTULO 7

90

Figura 1: Representação do mapa de dermátomos e miótomos

Fonte: Moore et al., 2014 Fonte: https://www.tuasaude.com/dermatomos/

2. TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM)

Dentre os diversos tipos de lesões na medula, a traumática é a mais in-cidente, tendo como principal causa a fratura ou deslocamento vertebral e consequente dano medular. Acomete mais homens jovens, devido a aciden-tes automobilísticos, lesões por arma de fogo e mergulho em águas rasas. Ou seja, qualquer lesão medular de origem traumática é considerada TRM.

A maioria dos pacientes é acometida na região cervical (50% dos ca-sos), seguida pela região torácica lombar2. A depender da região medular afetada, o trauma poderá ser classificado como tetraplegia ou paraplegia, sendo o nível medular T1 quem determina essa divisão, ou seja, se houver lesão de T1 para cima, haverá tetraplegia. De T1 para baixo, haverá para-

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LESÃO MEDULAR E SÍNDROMES MEDULARES

91

plegia. O TRM ainda pode ser classificado como lesão completa, quando há secção completa da medula, ou lesão incompleta, quando ainda existe comunicação entre os cotos e possibilidade de plasticidade medular3 e consequente recuperação funcional4.

A American Spinal Injury Association (ASIA) implementou uma ferramen-ta que determina qual a classificação do TRM, de acordo com a avaliação dos dermátomos e miótomos. O paciente pode ser classificado de A a E5:

• ASIA A: completa, sem função motora nem sensitiva preservada abai-xo do nível da lesão;

• ASIA B: sensitiva incompleta, com sensibilidade preservada e perda da função motora abaixo do nível da lesão;

• ASIA C: motora incompleta, força muscular menor do que três na maioria dos músculos abaixo do nível da lesão;

• ASIA D: motora incompleta, força muscular maior do que três na maioria dos músculos abaixo do nível da lesão;

• ASIA E: funções sensitiva e motora preservadas.

Existe, ainda, a Zona de Preservação Parcial, utilizada na avaliação de lesões completas (ASIA A), a fim de detectar se há algum dermátomo e/ou miótomo abaixo do nível da lesão inervado parcialmente5. Como passos dessa classificação, deve-se primeiro definir os níveis sensoriais e motores da lesão, de ambos os hemicorpos, a partir dos dermátomos e miótomos. Logo depois, determina-se se a lesão é completa ou incompleta, classifi-cando-a de acordo com a ASIA.

A apresentação clínica do TRM possui formas diferentes na fase aguda e crônica. Na fase aguda, o paciente encontra-se na fase de choque, na qual cursa com arreflexia ou hiporreflexia, hipotonia e hipoestesia ou anestesia. Passada essa fase, o paciente apresenta sinais de lesão em neurônio motor superior, a saber: hiperreflexia, hipertonia, hipotrofia ou atrofia muscular por desuso, alterações sensoriais, do controle térmico e do controle vaso-motor6. A hipotensão postural pode acontecer com frequência, principal-mente em lesões na região torácica, por choque neuropático secundário à alteração do controle autonômico7. Como complicações, observa-se trom-bose venosa profunda, redução da densidade mineral óssea (DMO) abaixo do nível da lesão, contraturas musculares e deformidades articulares e al-terações respiratórias, principalmente em lesões mais altas, uma vez que o diafragma é inervado pelas raízes de C3 a C51. Muitos pacientes precisarão de assistência ventilatória mecânica7. Outras complicações frequentes são

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CAPÍTULO 7

92

infecções do trato urinário, decorrentes da bexiga neuropática, e úlceras de pressão8. A dor neuropática pode estar presente nesses indivíduos9.

A reabilitação para pessoas com lesão medular deve ter início preco-ce para que as complicações sejam evitadas8. Os objetivos da fisioterapia vão depender do nível da lesão e se a lesão foi completa ou incompleta. Por exemplo, lesão completa no nível de C3 acomete a musculatura res-piratória, necessitando de suporte mecânico ventilatório8. De forma geral, esses objetivos são pautados em fortalecer a musculatura acima do nível da lesão para facilitar a independência funcional e, abaixo desse nível em lesões incompletas, preservar o alongamento muscular, facilitar o ortos-tatismo, visando adequação vasomotora, descarga de peso em membros inferiores, o que contribui para melhora da DMO, além de treinar trans-ferências e promover a independência, autonomia e participação social8.

Como recursos fisioterapêuticos, tem-se a cinesioterapia passiva, ati-va e resistida, a depender da força muscular do músculo a ser abordado, treino de transferências, exercícios de push up (empurrar), que facilita as transferências, eletroestimulação funcional10, uso da prancha ortostática para treinos em ortostase, treino de marcha em solo ou em esteira, com ou sem uso de órteses9, e pode-se lançar mão do suporte parcial de peso para esse treino11 (Figura 2).

Figura 2: Imagem representativa do treino de marcha com uso do

suporte parcial de peso

Fonte: http://www.carci.net/aparelho-para-suspensao-dinamica-e-avaliacao-unweighing-system-biodex/

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94

QUADRO RESUMO

PALAVRAS CHAVE DESCRIÇÃO

Medula espinhal Estende-se do bulbo (tronco encefálico) até o nível da segunda vérte-bra lombar (L2). A medula espinhal aloja-se no cone medular, formado pelo conjunto de forames vertebrais

Trauma raquimedular Lesões na medula, causadas por trauma, tendo como principal causa a fratura ou deslocamento vertebral, e consequente dano medular

Tetraplegia Lesão medular de T1 ou segmentos superiores

Paraplegia Lesão medular de T1 ou segmentos inferiores

Lesão completa Quando há uma secção completa da medula

Lesão incompleta Quando ainda existe comunicação entre os cotos e possibilidade de plasticidade medular e consequente recuperação funcional

American Spinal Injury Association (ASIA)

Ferramenta que determina qual a classificação do TRM, sendo ASIA de acordo com a avaliação dos dermátomos e miótomos. Pode ser classi-ficado de A a E:ASIA A: completaASIA B: sensitiva incompletaASIA C: motora incompletaASIA D: motora incompletaASIA E: funções sensitiva e motora preservadas

Zona de Preservação Parcial

Utilizada na avaliação de lesões completas (ASIA A), a fim de detectar se há algum dermátomo e/ou miótomo abaixo do nível da lesão iner-vado parcialmente

Fase aguda do TRM O indivíduo encontra-se na fase de choque, na qual cursa com alterações como arreflexia ou hiporreflexia, hipotonia e hipoestesia ou anestesia

Fase crônica da TRM O indivíduo apresenta sinais de lesão em neurônio motor superior, como hiperreflexia, hipertonia, hipotrofia ou atrofia muscular por desu-so, alterações sensoriais, do controle térmico e do controle vasomotor

Siringomielia ou síndro-me do cordão central

Acomete a região central da medula, mais comumente na região cervi-cal, devido à retenção de líquor nesse local ou à hiperextensão acentu-ada, e traz repercussões funcionais nos membros superiores

Síndrome de Brown-Se-quard

É o acometimento de metade da medula espinhal, com lesão dos tratos corticoespinhal, espinotalâmico e grácil e cuneiforme, com repercus-sões de perda de força muscular e propriocepção ipsilateral à lesão, e perda de sensibilidade dolorosa e térmica contralaterais à lesão

Síndrome do cordão anterior

Relativamente rara, causada por flexão excessiva e acomete os dois ter-ços anteriores da medula. Há o comprometimento dos tratos corticoes-pinhal e espinotalâmico, com sintomas clínicos que incluem perda de função motora, sensação de dor e temperatura abaixo do nível de lesão

Síndrome do cordão posterior

Acomete os tratos ascendentes medulares com repercussão sensorial abaixo do nível da lesão

Síndrome da cauda equina

Envolve os nervos lombossacrais que formam a cauda equina e o in-divíduo cursa com sinais de lesão de neurônio motor inferior, ou seja, hipotonia, hiporreflexia e hipoestesia, além do acometimento vesical

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QUADRO ESQUEMÁTICO

SNCTRM

MEDULAENCÉFALO

RAIZESNERVOSAS

SÍNDROMEMEDULARES

DERMÁTOMOS| MIÓTOMOS

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/RJ – 2015) Um dos objetivos funcionais da terapia, em indivíduo com lesão medular em nível de T1, é:

Ⓐ transferência com adaptações Ⓑ independência total Ⓒ dependência total Ⓓ ostortatismo

GRAU DE DIFICULDADE

Resolução: Alternativa A: CORRETA. O paciente com lesão no nível T1 é considerado paraplégico e tem preservadas as funções dos membros superiores. Por-tanto, deve-se treinar as transferências a fim de promover o máximo de independência funcional.Alternativa B: INCORRETA. O paciente não será independente total, uma vez que necessitará de auxiliares de marcha para locomover-se.Alternativa C: INCORRETA. O paciente tem função de membros supe-riores preservada, logo conseguirá realizar diversas atividades de maneira independente, incluindo a locomoção. Alternativa D: INCORRETA. Deve-se realizar o ortostatismo com esse pa-ciente, porém de maneira assistida. Pode-se utilizar a prancha ortostática como recurso.

Resposta: Alternativa A.

2. (INSTITUTO AOCP - EBSERH – 2015)Paciente, sexo masculino, 18 anos, após se envolver em uma briga com arma branca, sofreu lesão medular completa a nível de C7. Assinale a Al-ternativa que representa melhor o prognóstico desse paciente, de acordo com o nível da lesão.

Ⓐ Paraplegia alta, possui todos os músculos de pescoço e membros su-periores preservados, alguns intercostais, consegue ficar em ortostatismo com tutor longo, fixação torácica e muletas.

Ⓑ Movimentos limitados de cabeça e pescoço, necessita de ventilação mecânica para respirar.

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QUESTÕES COMENTADAS

Ⓒ Controla movimentos de pescoço e membros superiores, realiza fle-xão e extensão de cotovelos, supinação e pronação de antebraço e ex-tensão de punhos.

Ⓓ Controla todos os movimentos de pescoço, membros superiores e possui controle de tronco preservado.

Ⓔ Controla movimentos de pescoço e membros superiores, realiza fle-xão de cotovelos, supinação e pronação de antebraço e movimentos de coordenação motora fina de falanges.

GRAU DE DIFICULDADE

Resolução: Alternativa A: INCORRETA. Lesão medular acima do nível de T1 é con-siderada tetraplegia, uma vez que haverá acometimento da função de membros superiores.Alternativa B: INCORRETA. De acordo com o mapa de miótomos, as funções de cabeça e pescoço estão coordenadas pelas raízes de C1 a C4 e as funções do diafragma, de C3 a C5. Logo, não foram acometidas com a lesão em C7.Alternativa C: CORRETA. O paciente terá como alterações as funções comandadas pelas raízes nervosas abaixo de C7, logo, terá as funções de membros superiores preservadas, exceto flexão de dedos e consequen-te preensão de objetos. Alternativa D: INCORRETA. O tronco é inervado por raízes abaixo do nível de C7, logo, haverá comprometimento do seu controle. Alternativa E: INCORRETA. O paciente terá como alterações as funções comandadas pelas raízes nervosas abaixo de C7, logo, não terá as fun-ções de praxia fina preservadas, uma vez que elas dependem da flexão de dedos, inervados pela raiz de C8.

Resposta: Alternativa C.

3. (FUNIVERSA - SEPLAG-DF – 2010)A lesão da medula espinhal e da cauda equina pode ser classificada em diferentes quadros clínicos ou síndromes. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta.

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QUESTÕES COMENTADAS

Ⓐ Na lesão medular completa, as funções motoras e sensitivas permane-cem preservadas apenas no nível do segmento sacral.

Ⓑ Na síndrome de Brown-Séquard, a perda contralateral de sensibilidade dolorosa e térmica somente é iniciada poucos segmentos abaixo do nível de lesão, porque os tratos espinotalâmicos laterais ascendem geralmente dois a quatro segmentos no mesmo lado da medula antes de cruzá-la.

Ⓒ Na síndrome medular anterior, ocorre perda da função motora, da dor, da temperatura e da sensação vibratória no nível de lesão e abaixo dele.

Ⓓ Na síndrome medular central, há maior perda da função motora nos membros inferiores que nos superiores, porque a substância cinzenta cen-tral da medula é comprometida primeiramente.

Ⓔ Na lesão completa da cauda equina, ocorre perda da função motora e interrupção do arco reflexo, porém a sensibilidade é preservada. GRAU DE DIFICULDADE

Resolução: Alternativa A: INCORRETA. Na lesão medular completa, há perda das funções motora e sensitiva abaixo do nível da lesão.Alternativa B: CORRETA. As fibras dos tratos espinotalâmicos cruzam pela comissura branca da medula assim que nela penetram, seguindo pelo lado contralateral à sua origem até chegar ao tálamo, no cérebro. Logo, as fibras lesadas na síndrome que estamos estudando são represen-tativas da sensibilidade superficial do lado oposto do corpo.Alternativa C: INCORRETA. A síndrome do cordão anterior acomete os dois terços anteriores da medula. Há o comprometimento dos tratos cor-ticoespinhal e espinotalâmico, com sintomas clínicos que incluem perda de função motora, sensação de dor e temperatura abaixo do nível de lesãoAlternativa D: INCORRETA. A siringomielia ou síndrome do cordão cen-tral acomete a região central da medula, mais comumente na região cervi-cal, devido à retenção de líquor nesse local ou à hiperextensão acentuada, e traz repercussões funcionais nos membros superioresAlternativa E: INCORRETA. A lesão completa da cauda equina traz reper-cussões de lesão de neurônio motor inferior, logo, hipotonia, hiporreflexia ou arreflexia e anestesia ou hipoestesia.

Resposta: Alternativa B.