anuário 2009 - abihpec

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  • anurio 2009

    Abihpec AssociAo brAsileirA dA indstriA de higiene pessoAl perfumAriA e cosmticos

    AssociAo

    brAsileirA dA in

    d

    striA de h

    igien

    e pessoAl perfu

    mAriA e co

    smtico

    spu

    blicAn

    urio

    2009

    Projetos Editoriais

  • 4

    histrico do setor

    editoriaL5

    10

    20

    32

    40

    54

    48

    66

    74

    78

    84

    90

    96

    104

    112

    118

    122

    176

    245

    186

    194

    200

    210

    217

    Panorama atuaL

    nmeros do setor

    comrcio exterior

    economia internacionaL

    ndice

    PRESIDENTEJoo Carlos Basilio da Silva

    DIRETORIA EXECUTIVA

    Manoel Teixeira SimesSonia Y. YokotoRose HernandesRomeu Affonso

    Antonio Carlos Siqueira

    ENDEREOAssociao Brasileira da Indstria de

    Higiene Pessoal, Perfumaria e CosmticosAv. Paulista n 1313 - 10 andar CJ 1080

    Telefone: 11 3372-9899

    Fax: 11 3266-5387

    SITEwww.abihpec.org.br

    Diretor de Projetos EspeciaisGilberto Figueira

    Diretora FinanceiraCleide Antunes

    Jornalista ResponsvelKelly de Souza

    Departamento comercialSuelen de MouraMarcelo GiordanoSandra Maria Elias

    Logstica e DistribuioJefferson Farias

    Avenida Mal. Eurico Gaspar Dutra, 899 CEP: 02239-010 So Paulo - SPTel.: 2959-9008 - 2959-9484

    Email: [email protected] www.publicbrasil.com.br

    Produo grfica

    Rua Chu, 41 - Paraso - So Paulo/SP

    [email protected]

    Produtor Miguel de Oliveira

    Projeto GrficoRodrigo Clemente

    DiagramaoAnete Garcia Neves

    TrfegoRaquel Silva

    ImpressoGrfica Ideal

    Tiragem: 10 mil exemplares

    Projetos Editoriais

    infantiL

    higiene oraL

    oPiniomercado nacionaL

    mascuLino

    Perfumaria

    maquiagem

    desodorante

    cabeLos

    banho

    PeLe

    PersPectivas

    tributao

    associados

    gente

    Pesquisa

    meio ambiente

    entidade

    ficha tcnica

    Entidades Apoiadoras

    ABAS - Associao Brasileira de Aerossis e Saneantes Domissanitrios

  • 5

    viso emPreendedora dribLa a criseO setor produtivo comeou

    2009 em desvantagem. A crise

    que surgiu no setor financeiro

    internacional, causou a quebra

    de grandes bancos norte-ame-

    ricanos, provocou a suspenso

    das operaes das Bolsas de

    Valores de diversas cidades

    mundo afora inclusive So

    Paulo , causou desemprego

    em grande escala nos pases

    desenvolvidos e fez com que

    o ano de 2009 comeasse com

    perspectivas nebulosas para a

    economia em geral.

    Houve muitos setores produtivos que se dei-

    xaram intimidar pela crise financeira. Alguns

    chegaram ao ponto da imobilidade. Mas, a des-

    peito do clima de preocupao, a grande maio-

    ria das empresas do setor de Higiene Pessoal,

    Perfumaria e Cosmticos provaram que tm

    viso de negcios ao agir proativamente. Ao

    mesmo tempo em que buscavam minimizar os

    efeitos da crise aumentando a produtividade,

    as empresas do setor mantiveram seus planos

    de investimentos em marketing, comunicao,

    pesquisa e desenvolvimento. O resultado desta

    ousadia em tempos de crise foram resultados

    positivos e o contnuo crescimento do setor.

    A realizao do Anurio

    ABIHPEC 2009 expressa a

    f no mercado que carac-

    teriza o setor e revela, por

    meio dos seus patrocinado-

    res e anunciantes, o quan-

    to as empresas de HPPC

    apostam no crescimento

    da economia brasileira. A

    resposta entusiasmada dos

    que apoiaram essa iniciativa

    muito nos prestigia.

    O ANURIO ABIHPEC

    2009 tem a misso de con-

    solidar informaes sobre o

    setor e facilitar a sua interface com outros

    setores da economia e com o poder pbli-

    co. Essa iniciativa o resultado da parceria

    da entidade com a PUBLIC PROJETOS

    EDITORIAIS, editora especializada neste

    tipo de publicao e que j realizou proje-

    tos para diversas entidades. A publicao

    ter tiragem de 10 mil exemplares e ofere-

    cer aos seus leitores, empresrios dos mais

    importantes segmentos da economia nacio-

    nal, pesquisadores e demais interessados,

    uma edio esmerada, com apresentao

    grfica impecvel e um contedo editorial

    de alta qualidade.

    Atenciosamente,

    JOO CARLOS BASILIO DA SILVA

  • 8

    em sintonia com o Pas H um setor da economia

    brasileira que vem crescendo

    com incrvel velocidade.

    A indstria de Higiene

    Pessoal, Perfumaria e Cos-

    mtica (HPPC) detm hoje o

    terceiro maior mercado mun-

    dial, apresentando crescimen-

    to de 10,6% nos ltimos treze

    anos. Em 2009, mesmo com a

    crise mundial que reduziu in-

    vestimentos e faturamento de

    vrios setores, o segmento manteve o ritmo e o

    bom desempenho.

    Se a economia muda, se setores ganham im-

    portncia enquanto outros perdem, se mercados

    surgem ou ganham fora indito, preciso fazer

    com que isso transparea aos seus pares. Por isso,

    no sem orgulho que apresentamos a 1 Edio

    do ANURIO ABIHPEC, que retrata o cen-

    rio econmico da indstria brasileira de HPPC.

    Durante todo o ano, a PUBLIC PROJETOS

    ESPECIAIS, em parceria com a ABIHPEC, re-

    alizou uma srie de encontros com as principais

    lideranas deste mercado.

    O resultado deste trabalho rendeu informaes

    valiosssimas que colaboraram efetivamente para

    a elaborao do contedo desta publicao. O

    ANURIO ABIHPEC apresenta um importante

    registro histrico do setor, as transformaes que

    essa indstria tem sofrido nos

    ltimos anos, a movimentao

    do consumidor, os nmeros do

    mercado nacional em diversas

    linhas de produtos, a impor-

    tncia do meio ambiente e a

    gesto sustentvel, alm do

    papel fundamental dos Profis-

    sionais que atuam no setor.

    Para ampliar ainda mais essa

    anlise, incorporamos entre-

    vistas das principais lideranas

    do mercado, que apresentaram um panorama das

    perspectivas e tendncias do setor e as apostas para

    2010 das maiores companhias que atuam no pas.

    Para 2010, ano em que a ABIHPEC completa

    seus 15 anos, estamos desenvolvendo um proje-

    to especial para o ANURIO ABIHPEC. Sero

    aproximadamente 300 pginas recheadas de infor-

    maes do setor de HPPC no Brasil e no exterior.

    E em funo de ser uma edio comemorativa ser

    impressa em portugus, ingls e espanhol, alm da

    verso digital que estar disponvel via Internet.

    Fica aqui registrado nosso profundo agrade-

    cimento a todas as pessoas e empresas que tor-

    naram este projeto possvel e aproveitamos para

    convidar estes parceiros a renovarem esta par-

    ceria e as empresas, que por algum motivo no

    puderam participar, que o faam no Anurio

    Especial ABIHPEC 15 anos.

    GILBERTO FIGUEIRA Diretor de projetos Especiais

    Public Projetos Editoriais

  • 10

    histrico do setor

    higiene PessoaL, Perfumaria e cosmticos: uma histria antiga

  • 12

    A preocupao com a higiene pessoal surgiu

    com a prpria espcie humana -- afinal, mes-

    mo os animais se preocupam com o seu pr-

    prio asseio. O desejo de sentir-se bem evoluiu

    no sentido do anseio de sentir-se bonito e deu

    origem ao desenvolvimento de produtos que

    alteravam a aparncia das pessoas. Essa altera-

    o poderia seguir padres de beleza especfi-

    cos ou ter uma clara funo de sade pblica.

    No Egito Antigo, por exemplo, os cosmticos

    tinham o papel de proteo contra a fora do Sol.

    Para a pele, eles desenvolveram cremes e, para

    proteger a viso da claridade, passaram a pintar

    os olhos. Em outras culturas da Antiguidade, os

    cosmticos tinham funes mais estticas.

    Gregos e Romanos construram culturas

    e imprios que dedicavam grande ateno

    Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmtica.

    At hoje possvel ver as runas das casas de

    banhos romanas em vrios lugares da Europa.

    A chegada da Idade Mdia provocou um

    hiato na questo da higiene. Questes religio-

    sas afastaram as pessoas do contato com o pr-

    prio corpo, a sensualidade dos banhos foi con-

    denada, surgiram teorias de que tomar banho

    provocava riscos sade. O resultado foi um

    declnio na Higiene Pessoal, mas um investi-

    mento grande na produo de perfumes (para

    encobrir o cheiro dos corpos). Os cosmticos,

    apesar da Igreja pregar a modstia e desaconse-

    lhar seu uso, no desapareceram completamen-

    te porque as mulheres da nobreza no abriram

    mo dos recursos que as faziam mais atraentes.

    A Idade Moderna trouxe os Descobrimen-

    tos e a ampliao do mundo. Antes fechadas

    em si mesmas, as culturas europias tiveram de

    conviver com outros modos de vida dos povos

    com que tiveram contato nas costas da frica,

    nas Amricas, nas ndias Orientais, no Orien-

    te Mdio e no extremo Oriente.

    No sculo XX inicia-se a era da indstria dos cosmticos. Helena Rubinstein abre o primeiro salo de beleza do mundo (Londres).

    Pela primeira vez (1921) o batom

    embalado num tubo e vendido para as

    consumidoras.

    1910

    1920histrico do setor

  • 14

    Em 1500, mal desembarcaram no Brasil, os

    portugueses tiveram de lidar com indgenas

    que, entre outras particularidades, tomavam

    at 12 banhos por dia e andavam depilados.

    Em 1808, a chegada da famlia real ao

    Brasil colocou em evidncia as diferenas

    culturais em relao higiene dos portu-

    gueses vindos da metrpole e dos habitan-

    tes da colnia.

    Mas, foi s no final do Segundo Imprio

    que algumas indstrias de produtos de Higiene

    Pessoal, Perfumaria e Cosmticos comearam

    a despontar. Fundada em 1870, a Botica Gra-

    nado um exemplo de empresa que investiu

    no segmento de HPPC e se perpetua at os

    dias de hoje.

    A Granado era uma das fornecedoras de

    produtos para o Imperador. Veio a Repbli-

    ca e, no alvorecer do sculo XX, uma nova

    onda de prosperidade movida pelo caf fez

    com que os ricos brasileiros se aproximassem

    cada vez mais da moda e dos modismos que

    vinham da Europa.

    Um deles era a produo e utilizao de

    produtos cosmticos em escala verdadeira-

    mente industrial.

    No Brasil, fundado o Sindicato da Indstria de Perfumaria e Artigos de Toucador no Estado de So Paulo (1941). Toucador, palavra em desuso, era a penteadeira to famosa no passado.

    Fim da Segunda Guerra Mundial impulsiona o fortalecimento do setor industrial.

    Mdia no cinema, nas revistas e no rdio j incorporava o conceito de marketing, estabelecendo o padro de beleza dos filmes de Hollywood aliado sofisticao

    francesa, que dita a moda e a cosmtica da poca at meados dos anos 50.

    Produtos de higiene e beleza eram basicamente restritos s colnias, sabonetes, cremes dentais, fixadores tipo brilhantina e talcos, mas, mulheres de melhor poder

    aquisitivo comeam a ter a opo de utilizar sofisticados servios dos sales de beleza de Elizabeth Arden e Helena Rubinstein.

    Inspiradas na seduo de atrizes, mulheres seguem risca o Tratamento de Beleza do sabonete Palmolive. Comea-se a se habituar ao uso dos cremes dentais Colgate,

    Kolynos e Lever SR. E, de sofisticadas fragncias de Coty, Dana, Atkinsons e Phebo.

    Maquiagem colore bocas, rostos, unhas de um vermelho carmim sedutor e misterioso. Os coadjuvantes eram imprescindveis como os ps-de-arroz e pan-cake make-up.

    O leite de aveia e o p de beleza Silkenado Davene disseminavam o conceito de

    proteo entre as mulheres da classe mdia.

    Vaidade masculina tambm se espelhava nos atores de cinema e incentivava o consumo de produtos que podem ser considerados os primrdios da cosmtica

    masculina: loes perfumadas e cremes de barbear para uso com pincis da Williams e Bozzano, alm de fixadores e colnias. 19

    401950

    histrico do setor

  • 16

    1960

    Segundo grande momento da industrializao brasileira se concretiza. Praticamente todos os conceitos de higiene e beleza que norteiam o mercado atualmente

    se definiram nesse perodo.

    Tempo de se libertar da hegemonia francesa que domina a perfumaria.

    Cuidados com a pele ganham propores massivas com os cremes nutritivos e de limpeza profunda da Ponds.

    Perodo marca cuidados com os cabelos frequentes com o uso de shampoos e cremes rinse. Nasce no Brasil

    o conceito de condicionador propondo melhores

    perfomances que as dos cremes rinse.

    1970

    histrico do setor

    Acelerao do processo de industrializao do Pas.

    At meados da dcada de 60, a diversidade cosmtica vai se fundir aoconceito de sofisticao de consumo e segmentos ainda restritos camada mais alta da sociedade, como os shampoos e desodorantes passam a se incorporar aos hbitos cotidianos da grande massa.

    Empresas j consagradas em seus mercados, como Colgate, Kolynos e Gessy Lever, se motivam a investir em novos segmentos. Momento de crescimento de demanda e diversificao do segmento de higiene pessoal no Brasil.

    Com a implantao da fbrica no Brasil (1959) e o incio das atividades, a Avon passa a chamar as mulheres para trabalhar.

    Novos mercados, como infantil surgem com fora neste panorama. Johnson & Johnson investe em linha completa para o segmento com talcos, leo, cremleo, sabonete, lavanda, creme contra assaduras, cottonetes e fraldas.

    Os cabelos passam a ter opes de cuidados e coloraes oferecidas pela LOreal, que iniciava no Brasil a fabricao de produtos.

    Inicia-se utilizao do plstico nas embalagens, em substituio ao vidro tornando os produtos acessveis a todas as classes sociais.

    Incio dos trabalhos da Natura (1969), uma das mais importantes empresas no sistema de venda domiciliar atualmente no Brasil.

    Close-Up lanado como primeiro gel dental do mercado brasileiro, voltado para o pblico jovem.

    Maquiagem no quer mais ser inocente e natural e incorpora conceitos e cores ousadas como os da arte, cultura e moda.

    Varejo voltado para a massa: nascem os grandes shopping centers e os supermercados garantem preos acessveis.

  • 18

    Foi o perodo de menor criatividade na cosmtica e praticamente nada foi lanado em termos de novos

    conceitos. As amargas consequncias do governo militar e seus milagres econmicos comeam a se refletir. Os anos

    80 ganharam o triste estigma de A dcada perdida.

    Varejo passa a ser basicamente restrito aos artigos populares e de higene pessoal, dando mostras do

    comportamento voltado sobrevivncia.

    Indstria d mostras de valentia frente crise com o estabelecimento e fortalecimento do sistema de franquias.

    Comea a se destacar aquela que se tornaria a maior franquia brasileira de cosmticos, atualmente: O Boticrio.

    No Brasil, o primeiro filtro solar foi introduzido (1984) pela Johnson & Johnson, sob a marca Sundown.

    198019

    90

    Conceitos de sade e bem-estar so incorporados indstria

    cosmtica.

    O futuro tecnologia pertence e a pesquisa retoma seu lugar de destaque na vida das empresas,

    gerando informaes que norteiam o marketing, a administrao, as vendas e os processos produtivos e

    de qualidade.

    Tecnologia mostra-se como a grande e definitiva tendncia da

    Cosmtica. As pesquisas avanam na direo da manipulao

    gentica para melhorar a esttica.

    Descoberta de novas matrias-primas, com vrias funes.

    2000

    Queda do Muro de Berlim, em 89, marca a nova ordem mundial: globalizao de conceitos, tecnologias, culturas e tendncias.

    A informao passa a ser imprescindvel sobrevivncia e o padro de qualidade vira meta de qualquer segmento de mercado com os Certificados ISO.

    Incio dos processos de privatizao e abertura de mercado permite que uma avalanche de produtos importados chegue ao Brasil.

    As novas regras do Plano Real (1994) impulsionam os negcios do setor e beneficia principalmente os mercados de perfumaria e beleza.

    Venda domiciliar se fortalece.

    Setor incorpora novos canais de comunicao como o telemarketing.

    Cosmtica brasileira reafirma sua postura de vanguarda sem perder tempo e enfrenta gigantes mundiais.

    Surgem os cosmticos multifuncionais, como batons com protetor solar e hidratantes que previnem o envelhecimento.

    Associao Brasileira da Indstria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmticos Abihpec fundada (1995).

    histrico do setor

  • 1980

  • 20

    Panorama atuaLPanorama atuaL

  • 21

    transformao da indstria

  • Panorama atuaL

    Na raiz das transformaes da indstria

    esto tanto os fatores econmicos quanto as

    mudanas na dinmica da sociedade brasilei-

    ra. Para entender o desempenho de um setor

    como o de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cos-

    mticos (HPPC), que fundamentalmente

    ligado cultura e aos valores das pessoas,

    preciso, antes, entender o perfil da sociedade

    contempornea e seus anseios.

    A Pesquisa Nacional por Amostra de Do-

    miclios (PNAD), do Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatstica (IBGE), referente

    2008, revelou que 31 milhes de brasilei-

    ros subiram de classe social nos ltimos cin-

    co anos. Aliado estabilidade econmica,

    o perfil dos consumidores e outros fatores

    econmico-sociais tambm influram no de-

    sempenho do mercado brasileiro de HPPC.

    ASCENSO SOCIAL

    De acordo com a PNAD, cerca de 31 mi-

    lhes de brasileiros subiram de classe social

    entre os anos de 2003 e 2008. Neste contin-

    gente esto 19,4 milhes pessoas que deixa-

    ram a classe E, considerada o limite mximo

    da pobreza e que representada por domic-

    lios com renda familiar inferior a R$ 768,00

    e tambm 1,5 milho de pessoas que saram

    da classe D (com renda familiar de R$ 768,00

    a R$ 1.114,00). Com isso, houve uma queda

    acumulada de 43% no grupo dos mais pobres

    neste perodo.

    Ao mesmo tempo, a classe AB, que re-

    presenta o grupo com renda domiciliar mais

    elevada (superior a R$ 4.807,00), ganhou 6

    milhes de pessoas. A classe C (renda fami-

    liar entre R$ 1.115,00 e 4.807,00) a maioria

    da populao e recebeu 25,9 milhes de bra-

    sileiros nos ltimos cinco anos. Desde 2001

    o Brasil vive um processo de reduo da de-

    sigualdade. Neste perodo, a renda per capi-

    ta dos 10% mais pobres da populao subiu

    72%, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu,

    aproximadamente, 11%. Essa melhora no

    22

  • A

  • 24

    Panorama atuaL

    indicador foi impulsionada principalmente

    pela renda do trabalho.

    ENVELHECIMENTO DA POPULAO

    A cada ano mais pessoas ultrapassam os 40

    anos de idade, o que reflete a tendncia de enve-

    lhecimento da populao. De 2007 para 2008

    o total de pessoas com essa idade cresceu 4,5%.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geo-

    grafia e Estatstica (IBGE), a populao com

    60 anos ou mais tambm cresceu. Em 2008, 21

    milhes de brasileiros estavam nessa faixa et-

    ria, ou 11,1% do total. No ano anterior, eram

    19,7 milhes. A tendncia de envelhecimento

    observada com destaque no Rio de Janeiro e

    no Rio Grande do Sul, estados onde 14,9% e

    13,5% da populao tm 60 anos ou mais, res-

    pectivamente. Em relao s regies, o ndice

    maior no Sul (38,1%) e Sudeste (37,8%).

    J os brasileiros mais jovens (de at 4 anos) es-

    to em maior nmero no Acre (11%), em Ro-

    raima (10,2%) e no Amazonas (10,1%). Em

    2008, a Regio Norte era a nica do pas em

    que o contingente de pessoas nessa faixa etria

    (1,4 milho) supera o de habitantes com mais

    de 60 anos (1,1 milho).

    TAXA DE DESOCUPAO EM QUEDA

    De acordo com os dados da pesquisa, o n-

    mero de pessoas sem trabalho no pas caiu um

    ponto percentual de 2007 para 2008. A taxa de

    desocupao passou de 8,1% para 7,1%, atin-

    gindo o menor nvel da srie histrica, inicia-

    da em 2003. A Populao Economicamente

    Ativa (ocupados e desocupados) foi estimada

    em 99,5 milhes de brasileiros no ano, sendo

    que 92,4 milhes estavam ocupadas durante a

    pesquisa, representando crescimento de 2,8%

    na comparao com 2007. A populao em

    idade de trabalhar (Populao em Idade Ati-

    va), pessoas a partir dos 10 anos, chegou a

    160,6 milhes de pessoas em 2008, marcando

    crescimento de 1,7% de um ano para o outro.

    A regio onde a populao ocupada mais cres-

    ceu foi a Norte, com taxa de 4,2% de 2007 para

    2008. Isso representa avano para 6,9 milhes

    de pessoas com trabalho. No perodo, o Sudeste

    concentrou a maioria dos ocupados no pas, 39,4

    milhes de pessoas. J a desocupao ficou aci-

    ma da mdia nacional no Nordeste (7,5%), no

    Sudeste (7,8%) e no Centro-Oeste (7,5%). Na

    Regio Norte foi de 6,5% e no Sul, 4,9%.

    MULHERES SO MAIORIA

    Em 2008, dos 188 milhes brasileiros re-

    sidentes no pas, as mulheres correspondiam

    a 51,3% e os homens, a 48,7%. Em relao

  • 26

    Panorama atuaL

    ao ano passado, segundo a PNAD, no hou-

    ve mudana significativa na distribuio por

    sexo. Em 2007, 51,2% da populao era de

    mulheres e 48,8%, de homens.

    O percentual de pessoas na faixa etria mais

    jovem, de at 4 anos, era 6,9% do total de mu-

    lheres e 7,5% do total de homens, em 2008. J

    na faixa etria mais velha, de 60 anos ou mais,

    esto 12,1% das brasileiras e 10% do total de

    homens, segundo a pesquisa.

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-

    tstica (IBGE) constatou tambm o aumen-

    to do nmero de famlias que tm mulheres

    como pessoa de referncia dos domiclios,

    acompanhando uma tendncia de evoluo

    da presena feminina no mercado de trabalho.

    BRASILEIROS QUE MORAM SOzINHOS

    A cada ano, mais pessoas moram sozinhas

    no Brasil. O nmero de residncias com ape-

    nas um morador cresceu de 11,5% para 12%

    de 2007 para 2008, mantendo a tendncia ve-

    rificada em anos anteriores. Segundo a pesqui-

    sa do IBGE, o nmero de pessoas por famlia

    passou de 3,2 para 3,1. Em cada domiclio, a

    taxa de 3,3. Uma das justificativas para essa

    reduo reflete a reduo na taxa de fecundi-

    dade, que est em 1,89/filho por mulher.

    A Regio Sul registra o menor nmero de

    pessoas por famlia, 2,9 e por domiclio, 3,1,

    assim como a Regio Sudeste. Ao contrrio, a

    Regio Norte apresenta indicadores mais ele-

    vados nas duas situaes: 3,5 por famlia e 3,8

    pessoas por domiclio.

    O QUE O CONSUMIDOR QUER A atratividade do mercado brasileiro tam-

    bm tem merecido destaque. De acordo com o

    relatrio Unctad, das Naes Unidas, o Brasil

    o quarto pas mais atrativo para receber investi-

    mento estrangeiro direto. A expectativa que

    esse movimento permanea, pelo menos, at

    2011. No ranking, o pas supera a Rssia e perde

    posio apenas para a China, Estados Unidos e

    ndia. Em 2008, a alta no Brasil foi de 30,3%,

    para um total de US$ 45,1 bilhes. Na ndia, o

    crescimento do investimento estrangeiro direto

    total foi de 85,1% no ano passado, para US$ 46,5

  • A

  • 28

    Panorama atuaL

    bilhes. Ainda de acordo com o estudo, entre os 30 pases que tero

    mais prioridade para receber investimento estrangeiro entre 2009 e

    2011, quatro so da Amrica Latina: Brasil, Mxico, Chile e Peru.

    Alm do desenvolvimento scio-econmico do Pas, outros fato-

    res relacionados movimentao do setor industrial tambm im-

    pactaram no desempenho do mercado brasileiro de cosmticos e

    beleza. A ampliao do nvel de renda da populao, por exemplo,

    impactou diretamente na opo de compra da cesta de higiene

    pessoal, perfumaria e cosmticos do consumidor brasileiro.

    OPO POR MARCAS PREMIUM

    Um estudo da Latin Panel revelou que aumentaram os gastos

    do consumidor brasileiro com marcas Premium em higiene pes-

    soal, perfumaria e cosmticos, passando de 44% em 2007 para

    49% em 2008. Em 2007, 29% do valor de compras de produtos

    de higiene pessoal era de marcas de baixo preo. Em 2008, essas

    marcas passaram a representar 35%. A mostra representa 91%

    do potencial de consumo do pas.

    CONCEITO DE PRODUTOS DE LUXO

    A indstria de HPPC tem investido na inovao buscando

    seduzir e surpreender o novo consumidor com produtos no s

    altamente funcionais, mas, que tambm traduzam o conceito

    do luxo. A ideia tem agradado o consumidor, que se sente dife-

    renciado nesta atmosfera de sensaes.

    CRESCE PARTICIPAO DO CONSUMO NA CLASSE C

    A disposio da classe C para o consumo de produtos de HPPC tem

    se ampliado. A motivao vem do prprio crescimento da renda bem

    como do movimento da indstria que tem investido em tecnologia

    para baratear seus produtos.

  • A

  • Panorama atuaL

    MULHERES ESTO GASTANDO MAIS COM BELEzA

    A mudana comportamental do consumidor

    perante os produtos do setor de HPPC, transfor-

    mando-os de produto de luxo para itens de ne-

    cessidade mesmo em tempos de crise econ-

    mica passa a ser observado mais atentamente

    pelos especialistas de mercado. A Mintel reali-

    zou uma pesquisa na Frana, Estados Unidos e

    Reino Unido visando mapear o comportamen-

    to de compra das consumidoras em relao aos

    produtos de beleza. O resultado mostrou que as

    mulheres encaram a beleza como necessidade

    em vez de um luxo, investindo em hidratan-

    tes, loes e cuidados com os cabelos. Mesmo

    diante da instabilidade econmica mundial,

    60% das mulheres disseram que no mudaram

    seus hbitos de compra de produtos de beleza.

    MAIOR DECISO DE COMPRA

    O Instituto Nielsen realizou a segunda edio

    da pesquisa Diferenas no Perfil e no Compor-

    tamento de Compras das Mulheres Brasileiras.

    A pesquisa envolveu 8.700 famlias do Brasil,

    que receberam visitas de colaboradores do ins-

    tituto a cada quinze dias, a fim de analisar as di-

    ferenas no perfil e comportamento de compras

    das brasileiras em 2008. As mulheres foram di-

    vididas por faixas etrias e o estudo revelou que

    o poder de deciso de compras das famlias ana-

    lisadas est centrado nas mulheres entre 31e 50

    anos, que trabalham fora e tm filhos. Mulheres

    entre 31 e 40 anos foram responsveis por 25%

    dos gastos pelas famlias analisadas. As de 41 e

    50 anos responderam por 27% do volume.

    Das categorias de produtos analisadas na

    pesquisa o destaque ficou para a ampliao

    de consumo dos sabonetes lquidos (+13%

    mais 1,1 milho de lares compradores) e a dos

    absorventes dirios (+6% mais 400 mil la-

    res compradores). A maior variao de preo

    mdio foi a dos sabonetes em barra (+16%),

    seguida pelos condicionadores (+14%) e pelos

    desodorantes (+11%).

    30

  • nmeros do setor

    32

  • 33

    os nmeros no mentem

    o brasil o terceiro maior mercado mundial do setor de higiene Pessoal,

    Perfumaria e cosmtica, em receita gerada por vendas ao consumidor. em

    2008, o setor movimentou us$ 28, 7 bilhes, com uma participao de 8,6% no

    mercado mundial um crescimento de 27,4% comparado ao ano anterior. em

    2009, o crescimento deve manter o ritmo e a expectativa encerrar o ano

    com mais de 11% de crescimento real.

  • 34

    nmeros do setor

    A Indstria Brasileira de Higiene Pesso-al, Perfumaria e Cosmticos apresentou um crescimento mdio deflacionado composto de 10,6% nos ltimos 13 anos, tendo passa-do de um faturamento ExFactory (na sada da fbrica, sem a incidncia de impostos) de R$ 4,9 bilhes em 1996 para R$ 21,7 bilhes em 2008. A queda das vendas em dlares no perodo entre 1999 e 2002 deveu-se a desvalo-rizao do real, que sofreu valorizao de 1994 a 1996, devido sua utilizao como ncora no controle inflacionrio aps a implantao do Plano Real em meados de 1994. A partir de 2003, o real passou a ser novamente valorizado vigorosamente at 2007. O forte crescimento em dlar nos recentes anos foi motivado por esta valorizao do real, em conjunto com o crescimento deflacionado no mercado interno

    superior aos dois dgitos.O Brasil tem participao de 8,6% do mer-

    cado mundial de Higiene Pessoal, Perfumaria e cosmticos (HPPC), ocupando a terceira po-sio do ranking de 2008 divulgado pelo Eu-romonitor, atrs apenas dos EUA e do Japo que tm market-share de, respectivamente, 15,6% e 10,1%. Movimentando um total de US$ 28,77 bilhes em produtos (valor corres-pondente s vendas a preos ao consumidor), o mercado brasileiro o que registrou maior ndice de crescimento no ano passado: 27,5%. Alcanar esse ndice de crescimento espe-cialmente significativo num ano como 2008, em que mercados importantes como os EUA e Reino Unido sofreram uma sensvel desace-lerao em virtude da crise financeira global, destaca o presidente da Associao Brasileira

    Faturamento eX-Factory*

    *Ex-factory = produto na sada da fbrica, sem impostos e margens de revendedores.

  • A

    da Indstria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosm-ticos (ABIHPEC), Joo Carlos Basilio. Mesmo entre os mercados emergentes, onde os reflexos da crise le-varam mais tempo para chegar, o Brasil apresentou um desempenho relevante, inclusive nos destacamos em relao China que, com um ndice de crescimento de 22,1%, foi o segundo mercado que mais cresceu, completa Basilio.

    Essa liderana tambm pode ser observada nos rankings de consumo por categoria. Em 2008, segun-do o Euromonitor, o Brasil o lder mundial no con-sumo de desodorantes e fica com a vice-liderana nas categorias: cabelos, infantil, masculino, higiene oral, proteo solar, perfumaria e banho. Em cosmticos em cores, ficamos em quarto lugar. Em pele somos o sexto colocado e o oitavo lugar em depilatrios.

  • 36

    nmeros do setor

    Se considerarmos apenas o crescimento das vendas das indstrias (preo de fbrica, sem impostos), em 2008 o setor de HPPC cresceu 10,6% em relao a 2007 e completou seu 13 ano consecutivo de crescimento acima de dois dgitos. Entre 1996 e 2008, o setor cresceu 270% enquanto o PIB brasileiro cresceu 47,3% e a indstria brasileira em geral, 45,7%. Estamos crescendo cerca de seis vezes mais rpido que a mdia da indstria brasilei-ra, comemora Basilio.

    Atualmente, existem no Brasil 1.755 empresas atuando no mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmticos, sendo que 15 em-presas de grande porte, com faturamento lquido de impostos acima dos R$ 100 milhes, representam 70% do faturamento total.

    O setor tambm conta com grande participao na gerao de empregos contabilizando cerca de 60 mil postos diretos e 3,5 milhes indiretos. Sob o aspecto de emprego, o setor tambm apresentou resultados importantes, quando comparado com o crescimento do emprego no pas.

    BONS RESUltaDOS NO pRIMEIRO SEMEStRENo perodo de janeiro a junho de 2009, o crescimento das vendas da in-

    dstria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmticos (HPPC) foi estimado em 18% (nominativo, sem descontar a inflao) pela Associao Bra-

    sileira da Indstria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmticos (ABIHPEC). O ndice foi obtido a partir de dados cedidos pelas

    suas associadas relativos aos dois primeiros bimestres de 2009 (j consolidados) e pela estimativa de vendas para os meses de maio e junho.

    O resultado do perodo de janeiro a junho fez com que a entidade revisasse a projeo de 5% de crescimento real para o ano de 2009 que havia formulado em dezembro. Agora a nossa projeo de que o crescimento anual real seja de 11%, afirma Joo Carlos Basilio, presidente da ABIHPEC. O primeiro semestre teve crescimento muito acima da ex-pectativa: 18% (nominativo, sem descontar a inflao) em relao a 2008. Como tradicionalmente o segundo semestre traz uma acelerao no ritmo de vendas, tudo indica que em 2009 o crescimento real (descontando a inflao) do setor ser de 11% ou at maior, explica Basilio.

  • A

    RazES paRa O CRESCIMENtO

    O presidente da ABIHPEC lista uma srie de razes para que, a despei-to da crise, o setor continue a evoluir aceleradamente:

    H um fator econmico-finan-ceiro importante: a renda do tra-balhador no foi comprometida, o que de forma geral, lhe preservou o poder de compra e este um setor que no depende de crdito e sim de renda, afirma Basilio.

    Existe tambm o aspecto cultural j que os hbitos de higiene fazem parte da rotina da populao e tem importantes im-pactos na preservao da sade. Alm disso, os

  • 38

    nmeros do setor

    Higiene pessoal, perfumaria e cosmticos

    2008 U$$ Bilhes (preo ao consumidor)

    Percentual (%)

    Crescimento Participao

    Mundo 333,50 9,131 Estados Unidos 52,14 -0,05 15,62 Japo 33,75 11,92 10,13 Brasil 28,77 27,46 8,64 China 17,73 22,10 5,35 Alemanha 16,86 8,04 5,76 Frana 16,23 6,80 4,97 Reino Unido 15,72 -3,54 4,78 Rssia 12,38 14,51 3,79 Itlia 12,25 7,97 3,7

    10 Espanha 10,64 10,69 3,2Top Ten 216,47 9,17 64,9

    OpORtUnIdAdEs dE tRABAlhO

    1994 2008 % cresc. 14 anos% Cresc. mdio

    2008/1994indstria 30,1 62,6 108,0 6,4Franquia 11,0 30,3 175,6 7,5Consultora de vendas direta 510,0 2000.0 292.2 10.3saloes de beleza 579.0 1329.1 129.6 6.1total 1130.1 3396.1 200.5 8.2

  • A

    cuidados com a aparncia ajudam na preserva-o de uma imagem social positiva, o que tam-bm tem um peso importante no ambiente de trabalho, continua o presidente da ABIHPEC.

    Mas, dentre todos esses fatores, devo des-tacar o fato de que o setor teve a viso de con-tinuar a investir mesmo diante da crise. Os lanamentos continuaram no mesmo ritmo dos anos anteriores, assim como a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos foram mantidos. Alis, uma caracterstica do setor de HPPC investir continuamente na evoluo qualitativa dos seus produtos para atender as demandas de um consumidor cada vez mais vido por qualidade e por linhas de produtos cada vez mais completas. Alm disso, o setor

    vem investindo fortemente em marketing e publicidade, aponta. Basta abrir uma revis-ta feminina ou observar o horrio nobre das principais emissoras para ver que as marcas deste setor patrocinam os lderes de audincia. Esse tipo de empenho faz com que nossa inds-tria no s mantivesse, mas tambm evolusse na sua relao de proximidade com o consumi-dor, completa.

  • 40

    comrcio exterior

  • 41

    um Projeto Para a Prxima dcada

    abihPec dedica 2009 criao de novas diretrizes

    estratgicas para o Projeto de exportao que

    desenvolve desde 2000 em parceria com a apex brasil

  • 42

    comrcio exterior

    Pautado pelo desafio de fazer com que a presena internacional

    da indstria de HPPC brasileira seja proporcional sua pujana no

    mercado interno, o Projeto de Exportao que vem sendo desenvol-

    vido pela ABIHPEC em parceria com a Apex Brasil desde 2000 pas-

    sou por uma profunda avaliao ao longo de 2009 para definir suas

    prioridades estratgicas para os prximos anos. Queremos ao mes-

    mo tempo aumentar o volume de exportaes e ampliar a percepo

    de que o Brasil fabrica produtos diferenciados com valor agregado,

    afirma o presidente da ABIHPEC, Joo Carlos Basilio. Conquistar

    mais espao no mercado internacional um desafio contnuo, com-

    pleta Basilio, que v nos produtos que utilizam princpios ativos da

    biodiversidade brasileira um importante diferencial para a conquista

    de novos consumidores em escala global.

    Para se ter ideia do tamanho do desafio que o setor enfrenta no

    cenrio internacional, basta observar o fato de que, de acordo com

    o Euromonitor, o Brasil o terceiro maior consumidor de produtos

  • 43

    de HPPC do planeta, mas, de acordo com estudos do Global

    Trade Atlas (GTIS), apenas o 21 em volume de expor-

    taes no setor de HPPC. A presena internacional dos

    produtos brasileiros ainda no reflete a fora e a pujana do

    nosso mercado interno, avalia o presidente da ABIHPEC.

    Mas, parte do caminho j foi percorrido ao longo da ltima

    dcada, completa Basilio referindo-se ao fato de que en-

    tre 1999 e 2008, o Brasil acumulou crescimento de 357,6%

    nas exportaes enquanto as importaes cresceram apenas

    65,6% no mesmo perodo.

  • 44

    comrcio exterior

    Em 2008, as exportaes brasileiras do segmento tive-

    ram crescimento de 20,5% em relao a 2007, atingindo o

    valor global de US$ 647, 8 milhes. Hoje o Brasil exporta

    produtos de HPPC para 140 pases. Em 1998, eram apenas

    90. Esses resultados se tornam ainda mais relevantes quan-

    do se leva em conta que em, em 1997, o setor no Brasil

    apresentava dficit comercial de US$ 163,1 milhes. Com

    o aumento da produtividade das indstrias do setor, em

    2002, o setor passou a ser superavitrio. Em 2008, o supe-

    rvit atingiu US$ 182 milhes, com crescimento de 11%

    em relao a 2007.

    As perspectivas para 2009 ainda permanecem um mis-

    trio devido aos efeitos da crise financeira internacional

    que causou significativa retrao em todos os setores do

    Comrcio Internacional. Entretanto, os diferenciais com-

    petitivos dos produtos brasileiros como criatividade, ino-

    vao, tecnologia e boa relao custo-benefcio so cada

    vez mais consistentes e o mercado internacional tende a

    responder positivamente a estas caractersticas.

  • 45

    pROjEtO DE pROMOO S ExpORtaES

    Assinado no ano 2000, o convnio entre a ABIHPEC e a

    Apex Brasil (Agncia Brasileira de Promoo de Exportaes

    e Investimentos) permitiu que as empresas brasileiras do setor

    de HPPC tivessem um importante apoio na insero dos seus

    produtos em mercados internacionais.

    A poltica de cooperao tcnico-financeira desenvolvida

    pelo governo brasileiro por meio da Apex se baseia na parceria

    com entidades que representam 72 setores da economia. Nos

    ltimos anos, a Apex Brasil vem cada vez mais colaborando

    conosco no s financeiramente mas tecnicamente tambm,

    fornecendo uma srie de informaes mercadolgicas e anlise

    e classificao de mercados, diz Silvana Gomes, Gerente de

    Comrcio Exterior da ABIHPEC e principal interface da en-

    tidade com os gestores da Apex Brasil.

    O processo de avaliao e reviso do plano estratgico

    de exportaes do setor iniciado em setembro de 2008 e que

    vem sendo desenvolvido ao longo de 2009 um exemplo do

    dinamismo que caracteriza a parceria entre a Apex Brasil e

    ABIHPEC, destaca Silvana.

  • 46

    comrcio exterior

    SINtONIa FINa

    O processo de reviso do projeto setorial

    integrado de exportaes desenvolvido pela

    ABIHPEC e Apex Brasil foi iniciado como

    uma resposta aos resultados do Workshop de

    Planejamento Estratgico promovido pela

    entidade em setembro de 2008 e que contou

    com a presena de representantes das empresas

    conveniadas ao PSI. As observaes dos exe-

    cutivos e empresrios foram analisadas crite-

    riosamente e trouxeram tona uma srie de

    novos ngulos de viso sobre o projeto que no

    poderiam ser absorvidos imediatamente. A

    inteno foi melhorar a sintonia fina entre o

    Projeto e seus participantes, diz Silvana. As-

    sim, dedicamos todo o ano de 2009 a promo-

    ver uma srie de encontros de trabalho com a

    participao de representantes das empresas,

    conta a gerente. Nestas reunies, depois de

    muita reflexo, conversa e trocas de experin-

    cias surgiram novas diretrizes que alteram sig-

    nificativamente o perfil do Projeto Setorial de

    Exportao, completa a gerente.

    As novas diretrizes estratgicas resultaram

    na reestruturao das formas de penetrao

    em mercado estrangeiros no sentido de obter

    maior eficcia. A combinao de pr-ativi-

    dade e objetividade gera maior eficcia, re-

    sume Silvana.

    Entre as decises tomadas ao longo do ano,

    destacam-se a reduo do nmero de merca-

    dos-alvo para as aes do Projeto de Exporta-

    o. Com um nmero menor de pases prio-

    ritrios, poderemos aumentar o nmero de

    iniciativas nestes mercados e intensificar nos-

    sa presena, explica a gerente de Comrcio

    Exterior. Para a eleio dos mercados-alvo fo-

    ram considerados dados e anlises econmicas

    e tambm as experincias dos representantes

    das empresas participantes do Projeto Setorial

    que, literalmente, votaram nos mercados.

    Outra diretriz que se consolidou em 2009 foi

    a mudana no escopo das aes realizadas nos

    mercados prioritrios. A deciso foi priorizar

    a realizao de aes extremamente focadas e

    com alto potencial de retorno de negcios.

    A estratgia de comunicao tambm ga-

    nhou novos contornos durante a dinmica

    da elaborao do novo plano estratgico. As

    aes de comunicao e Relaes Pblicas

    tm como objetivo agregar valor ao produto

    de HPPC brasileiro, ampliar a sensao de pre-

    sena brasileira nos mercados-alvo e ampliar

    as ocasies de contato entre as empresas brasi-

    leiras e os formadores de opinio dos mercados

    prioritrios, descreve Silvana, que destaca

    que toda reformulao da estratgia do Pro-

    jeto Setorial de Exportaes foi baseado em

    dados de inteligncia comercial e de mercado.

    Aquisio de bancos de dados com informa-

    es mercadolgicas, a anlise, ponderao e

    classificao dos mercados-alvo e prospeces

    in loco nos permitiram desenhar cenrios

    com imagens bem definidas sobre as possibili-

  • 47

    dades comerciais de cada mercado, completa

    a gerente de Comrcio Exterior.

    Outra inciativa que aumentou a sintonia

    fina entre a coordenao do Projeto Setorial

    de Exportao e as 44 empresas participantes

    foi a criao de uma poltica de segmentao

    das empresas com base em suas competncias

    empresariais voltadas para a atividade expor-

    tadora. A iniciativa de segmentar as empresas

    de acordo com seu nvel de maturidade para o

    Comrcio Exterior teve vrios desdobramen-

    tos como a elaborao de manuais voltados s

    empresas do setor, a ampliao das aes de

    capacitao e at a definio dos benefcios

    que cada empresa recebe em aes do Projeto

    de acordo com o seu nvel de maturidade. A

    atividade exportadora um investimento alta-

    mente compensador quando realizado com a

    devida cautela e orientao. O papel do Proje-

    to Setorial oferecer essa orientao e infor-

    mar as empresas participantes da maneira mais

    abrangente possvel, completa Silvana.

  • 48

    economia internacionaL

  • 49

    crise econmica mundiaLno afetou o setor

  • 50

    economia internacionaL

    O desempenho no primeiro semestre de 2009

    da Indstria de Higiene Pessoal, Perfumaria e

    Cosmtica mostrou que o setor bastante resis-

    tente crise. A explicao para isso simples: os

    produtos de HPPC so vistos como de primeira

    necessidade pela sociedade brasileira. Alm dis-

    so, a despeito da crise, o setor tem se mostrado

    bastante agressivo nos investimentos em pes-

    quisa, desenvolvimento e marketing. Graas

    a todo esse empenho, o ritmo de lanamentos

    e relanamentos tem se mantido em torno de

    20 produtos por dia ndice semelhante ao de

    2008, explica o presidente da ABIHPEC. O

    investimento em marketing e propaganda tam-

    bm auxiliou o setor a se proteger da oscilao

    do mercado, uma vez que quem investe mais re-

    siste melhor s turbulncias.

    Os resultados apontados pelo ABIHPEC

    foram confirmados pelas empresas lderes do

    setor. De acordo com Paulo Koelle, diretor

    de marketing da Procter & Gamble, o setor de

    bens de consumo foi pouco afetado pela crise.

    De fato, a empresa tem registrado crescimen-

    to em vendas em diversas categorias desde o

    segundo semestre de 2008. Isso se deve tanto

    natureza de nosso negcio - bens de consumo

    no durveis - e s nossas estratgias. Duran-

    te o perodo de crise procuramos mostrar aos

    consumidores a qualidade superior de nossos

    produtos, que proporciona mais benefcios em

    relao ao seu valor, e continuamos investindo

    em inovao e lanando produtos, explica.

    J Luis Felipe Miranda, presidente da Avon

    Brasil, conta que ao longo dos 123 anos de

  • existncia, a companhia acompanhou a evolu-

    o deste mercado e ultrapassou diversos mo-

    mentos histricos difceis como, por exemplo,

    a crise de 1929 nos Estados Unidos, as Guerras

    e outras crises, sempre se apresentando como

    uma alternativa real s mulheres de conquis-

    tar independncia financeira e autonomia. No

    Brasil, prosseguimos com o foco em oferecer

    aos nossos revendedores a melhor oportunida-

    de de negcio. Mantivemos nossos planos de

    lanamentos de produtos inovadores de alta

    qualidade a preos acessveis, as estratgias para

    continuar a crescer o nmero de revendedores

    autnomos e os investimentos em infra-estru-

    tura e publicidade, alm de nossos projetos de

    responsabilidade social, explica.

    Miranda explica que de janeiro a julho a

    Avon realizou lanamentos importantes em to-

    das as categorias, como parte da estratgia de

    democratizao do luxo como, por exemplo,

    a fragrncia Christian Lacroix Absynthe, o

    Batom Ultra Color Rich Ouro, a nova linha

    Avon de Maquiagem, batom Renew, Renew

    Clinical Corretor Avanado de Linhas e

    Rugas, a fragrncia Vitality by liiv Botani-

    cals, leos perfumados, entre outros. Tambm

    passamos a atuar na categoria de tintura para

    cabelos com Advance Techniques Colorao

    Permanente, sendo a primeira grande empresa

    de venda direta a atuar neste mercado, conta

    o presidente da Avon.

    Vale ressaltar que, no segundo semestre de

    2008, a empresa investiu mais de US$ 150 mi-

    lhes para a construo do maior Centro de

    Distribuio da Avon no mundo, em Cabreva,

    interior de So Paulo. Em publicidade apoia-

    mos as principais categorias com campanhas

    na mdia e veiculamos tambm campanhas de

    recrutamento de revendedores. Este conjunto

    de aes nos trouxe resultados extremamen-

    te positivos. No primeiro trimestre de 2009

    obtivemos um crescimento em vendas de 12%

    em relao ao mesmo perodo de 2008 e no

    segundo trimestre de 2009 atingimos um cres-

    cimento de 23% em relao ao mesmo perodo

  • 52

    economia internacionaL

    do ano anterior (dados em moeda local), co-

    memora Miranda, da Avon.

    O presidente do Boticrio, Artur Grynbaum,

    acredita que o mercado da beleza no Brasil vive

    um timo momento. O setor tem apresentado

    crescimento nos ltimos anos e em 2009 no

    ser diferente. Tudo isso nos faz seguir confian-

    tes. Temos investimentos da ordem de R$ 170

    milhes em infra-estrutura, programados para

    at 2012 que sero alocados na ampliao da

    fbrica, localizada em So Jos dos Pinhais, na

    Grande Curitiba (PR), e na construo de um

    novo Centro de Distribuio, na cidade de Re-

    gistro, no Vale do Ribeira (SP), diz.

    Alessandro Carlucci, CEO da Natura, des-

    taca que no apenas o segmento de produ-

    tos de beleza que resistiu crise, mas, tambm,

    o modelo de vendas diretas (no dependente

    de crdito), que tem demonstrado, historica-

    mente, maior resilincia a crises econmicas e

    desvalorizaes de moedas do que outros seto-

    res. Alm dessas caractersticas setoriais e do

    modelo de vendas, tambm acredito que temos

    outros pontos fortes que nos ajudam em mo-

    mentos de crise, como a boa aceitao da nossa

    marca e um baixo endividamento e uma ca-

    pacidade crescente de gerao de caixa, o que

    permite a continuidade da expanso dos nossos

    negcios, explica.

    Para Carlucci, da Natura, o plano iniciado

    em 2008, permitiu que a empresa chegasse bem

    preparada a este cenrio de crise. A lgica do

    plano foi, por um lado, melhorar e aumentar

    os investimentos em marketing, para acelerar

  • 53

    o nosso crescimento de vendas, financiado por

    ganhos de produtividade, e, por outro, reforar

    nossa cultura e compromisso com a sustenta-

    bilidade e promover uma evoluo em nosso

    modelo organizacional, analisa.

    No perodo de retrao da economia brasi-

    leira, a Natura registrou um crescimento em

    receita bruta, de 15,5% no ltimo trimestre de

    2008 em comparao ao ltimo trimestre de

    2007 e 22,0% no primeiro semestre de 2009

    em comparao ao primeiro semestre de 2008.

    Nicolas Fischer, presidente da Nvea Brasil,

    diz que para o setor de cosmticos no houve

    crise e que o impacto percebido foi no fluxo

    de caixa dos clientes da empresa, e, no com o

    consumidor final. Em nossa empresa, a regio

    da Amrica Latina foi a que mais se destacou

    nos primeiros seis meses deste ano (2009). As

    vendas cresceram 11,9% comparado ao ano

    passado. No Brasil nossas vendas cresceram

    neste perodo 13,2%, explica Fischer.

    Os resultados da Nivea ficam ainda mais

    atraentes quando se observa a venda dos dis-

    tribuidores para o consumidor final. Especial-

    mente em cremes de corpo, rosto, protetor solar

    e desodorante, o mercado cresceu 15,6%. Na

    Nvea, as vendas cresceram 21,5%. Os nme-

    ros indicam que no momento de crise nossos

    clientes diminuram seus estoques, priorizando

    o capital de giro. Mas, para o consumidor no

    houve qualquer impacto, avalia o presidente

    da Nivea.

  • 54

    mercado nacionaL- oPinio

    Joo Carlos Basilio da silva, Presidente da aBiHPEC

    Nada mais eloquente que a expe-rincia, especialmente quando ela adquirida por meio da paixo. Desde os anos 70, quando assumiu a posio

    de scio-diretor da perfumaria Rastro, Joo

    Carlos Basilio da Silva vive intensamente cada

    momento do setor de Higiene Pessoal, Perfu-

    maria e Cosmticos. E no faltaram emoes

    nestas quase quatro dcadas. Do mercado que

    ansiava por desenvolvimento e por identidade

    nos anos 70 para o mercado ultra-segmentado

    e orientado pela inovao que caracteriza essa

    primeira dcada do terceiro milnio, o setor (e

    toda a economia brasileira) passou por crises

    econmicas dramticas, momentos de supe-

    rao emocionantes e transformaes sociais

    sensveis. O modo de produo globalizado e

    as relaes virtuais trouxeram as mudanas de

    comportamento e geraram tendncias de mer-

    cado que se tornaram apostas da indstria. Em

    1989, quando o mundo comeou a se globalizar

    com a queda do muro de Berlim e o Brasil re-

    alizou eleies diretas depois de mais de duas

    dcadas, Basilio assumiu o cargo de presidente

    do SIPATESP (Sindicato da Indstria de Per-

    VIVENDO INTENSAMENTE O SETOR DE HPPC

    fumaria e Artigos de Toucador no Estado de

    So Paulo). Em 1995, diante da necessidade

    de uma entidade de maior abrangncia, o em-

    presrio fundou a ABIHPEC, que preside at

    os dias de hoje. O trabalho realizado no Brasil

    em prol do setor de HPPC teve ressonncia no

    mercado internacional e levou Basilio presi-

    dncia da CASIC, entidade que congrega as

    associaes da indstria de HPPC da Amrica

    Latina. Com viso privilegiada do setor, Basilio

    faz um balano de 2008-2009 e aponta as dire-

    trizes e tendncias do setor para 2010.

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  • 56

    mercado nacionaL- oPinio

    Considerando o histrico de desenvolvi-

    mento e crescimento do setor de HPPC,

    em que ponto a indstria se encontra

    hoje? J atingiu seu auge?

    No. Ainda h muito para crescer. Basta

    pegar como exemplo uma nica catego-

    ria de produtos, que o de creme dental

    que conta hoje com o maior ndice de

    penetrao nos lares brasileiros, em to-

    das as classes sociais. Na classe A, por

    exemplo, a perspectiva de crescimento

    nesta categoria vegetativa. O mes-

    mo ocorre na classe B. Mas, a partir da

    classe C existe ainda muito espao para

    ampliar a penetrao da categoria. Fe-

    chamos o primeiro semestre de 2009,

    que foi conturbado por conta da crise,

    com um crescimento (em volume) de

    4,95%. Ou seja, quase trs vezes a taxa

    de crescimento da populao brasileira,

    que de 1,5%. Assim como ocorre com

    cremes dentais, h diversas outras cate-

    gorias de produtos em que no h limi-

    tao para o crescimento nos prximos

    cinco, dez anos.

    Ao que voc atribui essa dinmica do setor?

    No h rejeio a nenhum tipo de cate-

    goria de produtos para o nosso setor. No

    existe mulher que na sua adolescncia

    no almeje usar um batom, um esmal-

    te, maquiagem. Muito pelo contrrio,

    esse desejo muito natural. O homem

    tambm vem se conscientizando desse

    processo e demanda produtos focados s

    suas necessidades, como protetores sola-

    res, cremes hidratantes para a pele, col-

    nias, shampoos, etc. A rejeio cultural

    que havia entre os homens mais machis-

    tas foi derrubada h muito tempo.

    Alm disso, a expectativa de vida vem

    aumentando continuamente. E esse

    fato traz duas notcias: a boa que to-

    dos vivero mais. A ruim que todos

    tero de permanecer no mercado de

    trabalho por mais tempo. As pesso-

    as vo trabalhar mais porque no h

    sistema previdencirio capaz de sus-

    tentar uma populao inativa por 40

    anos ou mais. E, para se manter no

    mercado de trabalho, todos buscam

  • 58

    mercado nacionaL- oPinio

    retardar, por exemplo, o envelhe-

    cimento de sua pele. A aparncia

    fundamental. A procura por produtos

    considerados saudveis um exem-

    plo desta necessidade.

    A indstria cosmtica tambm tem bus-

    cado atingir todas as classes sociais. Os

    principais programas da televiso bra-

    sileira so patrocinados pelo nosso se-

    tor. Somos hoje o maior anunciante na

    principal rede de televiso do Pas. E,

    neste ponto, somos agressivos chaman-

    do o consumidor para que ele possa in-

    corporar nos hbitos dirios os produtos

    do nosso setor.

    E as pequenas e mdias empresas que no

    podem contar com a publicidade em massa?

    Existem muitas mdias alternativas.

    preciso ter criatividade para chegar ao

    grande pblico e existem vrias for-

    mas de atingir o consumidor que no

    exigem oramentos milionrios. H

    uma estratgia para o tamanho de cada

    bolso. O importante perceber que o

    consumidor est motivado a consumir,

    e seja qual for a estratgia que adotar,

    tendo qualidade, apresentao, preo,

    certamente haver amplas perspectivas

    de atingir esse consumidor.

    Lamentavelmente temos uma carga

    tributria excessivamente alta. No

    h justificativa por parte de nossas

    autoridades para manter impostos to

    altos para diversas categorias de pro-

    dutos do nosso setor. Ela absoluta-

    mente injusta, o que s incentiva a

    informalidade.

    bvio que as empresas necessitam ter,

    em funo dessa alta carga tributria,

    um capital de giro maior, o que elas

    no tm, no suportam. Vivemos um

    perodo, antes do inflacionrio, em

    que tnhamos prazos de 150, 180 dias

    para pagar nossos impostos. Com a in-

    corporao da inflao na economia

    brasileira o Governo foi reduzindo es-

    ses prazos porque evidentemente com

    uma inflao to alta e seis meses para

    as indstrias pagarem os impostos, o

    dinheiro virava p. O Governo teve

    que ir encolhendo os prazos para que

    essas empresas pudessem pagar esses

    impostos. Ok, a inflao j acabou h

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  • 60

    mercado nacionaL- oPinio

    muito tempo. Ento, por que o paga-

    mento desses impostos no volta pau-

    latinamente aos prazos anteriores?

    A ABIHPEC tem feito um trabalho neste

    sentido. Como o Governo reage?

    No h eco, todos esto sempre com

    dificuldades. Veja, o Governo de So

    Paulo instituiu a substituio tribut-

    ria que obriga as indstrias a antecipa-

    rem o recolhimento dos impostos que

    o comrcio deveria fazer. s aumento

    de responsabilidades, o que injusto e

    ilgico. O Governo deveria estimular

    as empresas que querem produzir, gerar

    tecnologia, emprego, desenvolvimento.

    assim que funcionam as economias do

    primeiro mundo e ns deveramos ca-

    minhar nessa direo e estamos literal-

    mente na contramo.

    Por que isso ocorre?

    Porque o Governo tem uma mquina

    deficiente, ento, muito mais fcil

    controlar uma indstria do que os 350

    mil clientes que essa indstria tem. Isso

    sobrecarrega e sufoca o setor industrial

    e provoca a necessidade, at por uma

    questo de sobrevivncia, de pequenas

    e mdias empresas buscarem a informa-

    lidade. Quem empurra a indstria para

    a informalidade, muitas vezes, o pr-

    prio governo. As polticas voltadas para

    o apoio e desenvolvimento das micro e

    pequenas empresas no Brasil, no setor

    de HPPC, praticamente desaparecem

    no conflito existente entre polticas fis-

    cais praticadas entre a Unio e os Esta-

    dos da Federao brasileira.

    Quais passos deveriam ser tomados pelo

    Governo agora?

    So muitos os focos que temos que atacar.

    Recentemente o ministrio da Sade sol-

    tou dados sobre a situao da boca do bra-

    sileiro. Somos um pas de banguelas. Como

    que se combate isso? Promovendo, por

    exemplo, a preservao dos dentes, atravs

    de polticas pblicas, estimulando o uso de

    produtos de higiene oral. Portanto, no

    possvel que no tenhamos ainda uma po-

    ltica de desonerao dos tributos com re-

    lao a esses produtos. O Governo coloca

    19 mil dentistas que vo tratar os dentes

  • 62

    mercado nacionaL- oPinio

    das pessoas. Porm no adianta porque em

    seis meses sem escovao as doenas vol-

    tam. As pessoas no consomem as escovas

    dentais percentualmente no volume que

    deveriam consumir porque caro.

    Neste sentido, poderia haver uma

    ampliao significativa na venda

    destes produtos?

    Esse mercado poderia ser trs vezes

    maior do que hoje. Comercializamos

    em 2008, cera de 300 milhes de es-

    covais dentais. Pelas estatsticas que

    temos vemos que 100 milhes de bra-

    sileiros consumiram 260 milhes de

    escovas dentais, ento, isso d uma

    mdia de 2.6 escovas por ano, que

    um ndice baixo. Ento como que

    ns vamos corrigir esse processo? Essa

    uma rea que ns deveramos atacar

    fortemente.

    Os descartveis seguem o mesmo ra-

    ciocnio, seja para os absorventes hi-

    ginicos, as fraldas descartveis, papis

    higinicos, etc. So produtos que tm

    carga tributria altssima. As estatsti-

    cas mostram que apenas 68% das mu-

    lheres compram absorvente higinico.

    Pergunto: o que as outras 32% fazem? A

    mesma coisa so as fraldas descartveis.

    Hoje em dia o uso da fralda de pano

    muito baixo. No entanto, os ndices de

    penetrao ficam em torno de 56, 57%.

    O que faz o restante?

    Isso impacta a prpria sade da po-

    pulao...

    Sem dvida. O Brasil, por exemplo,

    o maior mercado de tinturas para ca-

    belo no mundo, no entanto uma tin-

    tura para cabelo se considerarmos a

    base tributria do Estado de So Paulo

    - recolhe 77,75% de impostos. O que

    acontece? Grande parte da populao

    brasileira acaba comprando tinturas

    de baixa qualidade porque o seu po-

    der aquisitivo no permite ter acesso

    a produtos de alta tecnologia. im-

    portante que possamos permitir que

    a sociedade brasileira tenha acesso a

    produtos de melhor qualidade, que j

    esto disponveis nas prateleiras. S

    que, evidentemente, o preo desses

    produtos mais alto, o que combina-

    do com a incidncia de tamanha carga

    tributria obriga as pessoas a optarem

  • 64

    mercado nacionaL- oPinio

    por produtos de menor qualidade que

    trazem resultados inferiores. Esse ciclo

    que pune os mais pobres ocorre com

    produtos destinados ao cabelo, pele,

    higiene oral. A carga tributria brasi-

    leira excessivamente alta em todas as

    categorias de produtos.

    Qual sua avaliao para 2010?

    Ser um ano muito melhor do que 2009.

    J h sinais claros de melhora na econo-

    mia e estamos otimistas com os resulta-

    dos que o setor deve obter em 2010.

    Em sua opinio, qual ser a grande opor-

    tunidade em termos de negcio?

    Todos os produtos antisspticos. Um

    grande nicho, por exemplo, ser o de

    sabonete lquido com estas caracte-

    rsticas. No h no mercado e similar

    s o tradicional em barra. Com a

    pandemia da H1N1, a sociedade est

    se conscientizando da necessidade do

    uso deste produto. Se a indstria fi-

    zer um produto de boa qualidade, que

    gere proteo, sem dvida nenhuma

    h um mercado de R$ 1,5 bilho que

    est se abrindo. As grandes empresas

    no esto atuando neste segmento e

    h espao para as pequenas e mdias,

    especialmente para aquelas que forem

    geis e aproveitarem esse boom. Evi-

    dentemente depois cai, mas, certamen-

    te o hbito no se perder. As escolas,

    locais de grande concentrao, neces-

    sitaro oferecer esses produtos porque

    outras epidemias e pandemias surgiro.

    Isso gera uma nova categoria de pro-

    dutos no mercado. E ser um grande

    business que pode representar 5% do

    nosso mercado atual se as companhias

    trabalharem rapidamente e comearem

    a divulgar esses produtos.

    A Inovao continuar sendo o grande

    norteador da indstria de higiene pessoal,

    perfumaria e cosmtica no prximo ano?

    Tendncias ocorrem a todo o momen-

    to, ento, o importante mesmo que a

    indstria se foque na inovao. O con-

    sumidor vido por novidades. Esse

    o verdadeiro nicho: estar plugado no

    que est acontecendo. O empresrio

    deste segmento deve estar atento, bus-

    cando o que h de novidades para po-

    der manter os anseios do pblico con-

    sumidor que quer produtos novos para

    sentir-se e estar bem.

  • mercado nacionaL - infantiLmercado nacionaL - infantiL

    66

  • 67

    beLeza comea cedo

  • 68

    mercado nacionaL - infantiL

    O mercado brasileiro de produtos in-

    fantis movimentou US$ 740 milhes no

    ano de 2008, atingindo a segunda colo-

    cao no ranking mundial, com parti-

    cipao de 12,7% -- conforme dados do

    Instituto Euromonitor, que calcula os

    valores com base nos preos ao consu-

    midor. O Pas s perde para os Estados

    Unidos, que soma 13,9% do consumo

    mundial de produtos para crianas e

    gera movimento financeiro de mais de

    US$ 810 milhes em faturamento. Em

    2008, na comparao com 2007, o cres-

    cimento das vendas de produtos infan-

    tis no Brasil atingiu 32,93%, o maior

    ndice de crescimento entre os 10 pa-

    ses que ocupam o topo do ranking. Na

    verdade, os EUA, que historicamente

    ocupam a liderana desta categoria, ti-

    veram crescimento negativo em 2008:

    0, 4%. Se a dinmica de 2008 for pre-

    servada, nem que apenas em parte em

    2009, h uma chance bastante razo-

    vel do Brasil assumir o posto de maior

    mercado de produtos infantis do mun-

    do. No mundo, os produtos de HPPC

    voltados s crianas movimentaram

    US$ 5,84 bilhes em 2008, o que repre-

  • 70

    mercado nacionaL - infantiLmercado nacionaL - infantiL

    senta crescimento de 10,81% em relao a 2007 ou seja, o Brasil

    cresceu trs vezes mais rpido que a mdia mundial e teve ndice

    significativamente maior que o da imensa China, com sua popu-

    lao de mais de 1 bilho, que cresceu apenas 24,7% em 2008 e

    ocupa o terceiro lugar do ranking. Os dez mercados mais significa-

    tivos em movimentao representaram 59,6 % de participao de

    todo o segmento.

  • A

  • mercado nacionaL - infantiL

    Tendncias

    Os nmeros atuais do mercado de higiene

    e beleza infantil do mostras do potencial de

    mercado num segmento que tem, por princ-

    pio, atrair estes jovens consumidores desde

    cedo. Segundo projeo do Euromonitor o seg-

    mento dever crescer 24% at 2013, atingindo

    faturamento de R$ 1,6 bilho no Brasil. Entre

    as apostas do instituto, produtos como condi-

    cionadores e protetores solares tero grande

    crescimento. Uma das mais importantes ca-

    ractersticas deste mercado que o consumo

    de artigos infantis tem forte apelo emocional,

    porque h todo um ritual de cuidado com a

    criana que comea j no primeiro banho do

    beb. O destaque fica para o desenvolvimento

    das embalagens que devem transformar a hora

    do banho num momento ldico, de brincadei-

    ras, atraindo a criana e transformando a hora

    do banho num momento de diverso.

    Outra tendncia cada vez mais consis-

    tente do mercado infantil a segmentao.

    Hoje, as exigentes mames no se conten-

    tam apenas com um produto para crianas.

    Eles querem produtos que atendam as neces-

    sidades dos seus filhos. Portanto, se a crian-

    a tem cabelos crespos, querem shampoos e

    cremes com frmula dedicada para esse tipo.

    Meninas devem usar perfumes de meninas,

    meninos perfumes de meninos e por ai afora.

    O aumento da renda da populao combina-

    do priorizao do bem estar infantil (trao

    caracterstico da cultura brasileira) aliadas

    segmentao da oferta de produtos criaram

    as condies ideais para o crescimento dos

    produtos infantis no Brasil.

    72

  • A

  • 74

    mercado nacionaL - desodorante

    cLima troPicaL e formuLaes naturais

  • 75

  • 76

    mercado nacionaL - desodorante

    O Brasil lder no segmento de desodorantes com movimentao de

    US$ 2,88 bilhes no ano de 2008 e participao de 16,9% - conforme

    dados do Euromonitor, que calcula os valores com base nos preos ao

    consumidor. O crescimento de todo o mercado, que movimentou US$

    17,04 bilhes, foi de 11,39%. No Brasil, o ndice atingiu 36,63%

  • 77

    Tendncias

    Em um pas de clima tropical como o Brasil as empresas esto empe-

    nhadas em conquistar uma fatia cada vez maior desse mercado. Enquanto

    as tecnologias evoluem os preos vo se tornando cada vez mais compe-

    titivos. A novidade fica por conta do crescimento dos ativos naturais nas

    formulaes que vem crescendo e conquistado o mercado consumidor.

    Alinhados produo das pessoas com os impactos ambientais gera-

    dos pelo consumo, os produtos com opo de refil tambm so atraentes

    em razo do custo mais acessvel.

  • 78

    MERCADO NACIONAL - pERfuMARIA

  • 79

    A MAGIA DOS pERfuMES

  • MERCADO NACIONAL - pERfuMARIA

    O mercado brasileiro de perfumaria movimentou US$ 5,30 bi-

    lhes no ano de 2008, atingindo a segunda colocao no ranking

    mundial, com participao de 13,6% - conforme dados do Euro-

    monitor, que calcula os valores com base nos preos ao consumi-

    dor. O Pas s perde para os Estados Unidos, que soma 14,3% do

    mercado mundial e US$ 5,57 bilhes em faturamento. No entan-

    to, o resultado do Brasil representou um crescimento de 32,74%,

    comparado a 2007, enquanto os EUA apresentaram retrao de

    -5,23%. O mercado total, que movimentou US$ 38,93 bilhes,

    apresentou crescimento de 9,89%. Os dez mercados mais signifi-

    cativos em movimentao representam 66,2% de participao

    de todo o segmento (US$ 25,78 bilhes).

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  • MERCADO NACIONAL - pERfuMARIA

    Tendncias

    As projees de crescimento para o segmen-

    to de perfumaria so bastante otimistas para o

    mercado brasileiro. O grande aliado das inds-

    trias so os pontos de vendas. Das perfumarias

    tradicionais s farmcias, os varejistas esto in-

    vestindo no promissor mercado de perfumaria.

    Enquanto isso, o consumidor est descobrindo

    com prazer que frutas e plantas originrias do

    Brasil podem gerar perfumes cheios de persona-

    lidade. Outro aspecto importante que o fato

    de estar perfumado associado ao sucesso so-

    cial e esse fato ganha importncia ainda maior

    numa fase em que a sociedade brasileira dispe

    de mais recursos e, por isso, vem na medida das

    suas possibilidades sofisticando os hbitos.

    MERCADO NACIONAL - pERfuMARIA

    82

  • MERCADO NACIONAL - LINHA bANHO

    MOMENTO MGICO E SEGuRO

    MERCADO NACIONAL - LINHA bANHO

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  • MERCADO NACIONAL - LINHA bANHO

    O mercado brasileiro de produtos para o banho movimentou US$ 2,19 bilhes no

    ano de 2008, atingindo a segunda colocao no ranking mundial, com participao

    de 7,6% - conforme dados do Euromonitor, que calcula os valores com base nos preos

    ao consumidor. O Pas s perde para os Estados Unidos, que soma 16,8% do mercado

    mundial e US$ 4,86 bilhes em faturamento. O resultado do Brasil representou um

    crescimento de 33,97%, comparado a 2007, enquanto os EUA apresentaram 1,53%.

    O mercado total, que movimentou US$ 28,85 bilhes, apresentou crescimento de

    8,43%. Os dez mercados mais significativos em movimentao representam 63,7%

    de participao de todo o segmento (US$ 18,38 bilhes).

    A categoria de sabonetes em barra mantm a liderana com movimentao de US$

    1,93 bilhes, que representou um crescimento de 35,14% e participao de 16,4% no

    mercado global. Respectivamente, ndia, Estados Unidos, China e Rssia compem

    os cinco primeiros postos do segmento que faturou US$ 11,77 bilhes e apresentou

    crescimento de 10,14%.

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    MERCADO NACIONAL - LINHA bANHO

    Tendncias

    De todas as categorias de produtos que compem a linha banho,

    a de sabonetes lquidos ser o grande destaque para o prximo ano.

    O motivo sazonal: a pandemia pelo vrus H1N1 criou um novo

    grupo de consumidores preocupados com a lavagem de mos, es-

    pecialmente com produtos comprovadamente antisspticos. Outro

    grupo de sabonetes lquidos que deve continuar a expanso so o

    de sabonetes ntimos. Incentivadas pela classe mdica, as mulheres

    descobriram essa categoria de produto que ganha a preferncia da

    consumidora, tornando-se produto comum junto aos absorventes

    ntimos e protetores dirios.

    MERCADO NACIONAL - LINHA bANHO

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    MERCADO NACIONAL - pRODuTOS MASCuLINOS

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    VAIDADE

    MASCuLINA

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    MERCADO NACIONAL - pRODuTOS MASCuLINOS

  • A

    Considerada uma das categorias com mais possibilidades de expan-

    so nos prximos anos, o mercado brasileiro de produtos masculinos

    movimentou US$ 2,38 bilhes no ano de 2008, atingindo a segunda

    colocao no ranking mundial, com participao de 9,0% - conforme

    dados do Euromonitor, que calcula os valores com base nos preos ao

    consumidor. O Pas s perde para os Estados Unidos, que soma 18,0%

    do mercado mundial e US$ 4,74 bilhes em faturamento. No entanto,

    o resultado do Brasil representou um crescimento de 27,32%, compara-

    do a 2007, enquanto os EUA ficaram na marca de 1,60%. O mercado

    total, que movimentou US$ 26,29 bilhes, apresentou crescimento de

    9,37%. Os dez mercados mais significativos em movimentao repre-

    sentam 64,2% de participao de todo o segmento.

    A categoria de cosmticos masculinos ocupou a terceira posio no

    ranking global com movimentao de US$ 1,08 bilhes, que repre-

    sentou um crescimento de 29,05% e participao mundial de 9,2%.

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    MERCADO NACIONAL - pRODuTOS MASCuLINOS

    Estados Unidos e Japo ocupam, respectivamente, as duas

    primeiras posies do ranking, movimentando US$ 2,39

    bilhes e US$ 1,22 bilho, respectivamente. Todo o seg-

    mento acumulou em 2008 movimentao de US$ 11,78

    bilhes e crescimento de 10,09%.

    No quesito Produtos para Barbear o Brasil ocupa, segun-

    do o Euromonitor, o segundo lugar em participao (8,9%),

    registrando movimentao de US$ 1,30 bilho e cres-

    cimento de 25,91%. No mundo, o segmento fatura US$

    14,51 bilhes registrando crescimento de 8,79%. Os Es-

    tados Unidos, que ocupam a primeira posio, atingiu mo-

    vimentao de US$ 2,35 bilhes nesta categoria, mas, teve

    retrao de -0,54% em 2008. A participao americana no

    mercado mundial de produtos para barbear de 16,2%.

    MERCADO NACIONAL - pRODuTOS MASCuLINOS

  • Tendncias

    Se os homens j comeam a considerar os

    itens ps-barba como de primeira necessidade,

    em que ainda h muito mercado para crescimen-

    to, so nas categorias ligadas ao tratamento da

    pele, do rosto e corpo, que as oportunidades de-

    vero avanar. Um estudo da Nvea, em parceria

    com a Millward Brown Brazil, constatou que en-

    tre os cosmticos mais utilizados pelos brasileiros

    esto os sabonetes e desodorantes (99%), per-

    fumes (96%), shampoo (92%), gel para cabelos

    (54%). J na linha da pele, apenas 40% utilizam

    hidratante para o corpo, 19% deles usam prote-

    tor solar, 16% usam protetor para o rosto e 10%

    j usam hidratante labial.

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    MERCADO NACIONAL - HIGIENE ORAL

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    A EXpANSO DO SORRISO

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    MERCADO NACIONAL - HIGIENE ORAL

    O mercado brasileiro de produtos para a Hi-

    giene Oral movimentou US$ 2,83 bilhes no

    ano de 2008, atingindo a segunda colocao no

    ranking mundial, com participao de 9,0% -

    conforme dados do Euromonitor, que calcula

    os valores com base nos preos ao consumidor.

    O Pas s perde para os Estados Unidos, que

    soma 16,2% do mercado mundial e US$ 5,00

    bilhes em faturamento. No entanto, o resul-

    tado do Brasil representou um crescimento de

    21,59%, comparado a 2007, enquanto os EUA

    registraram retrao de - 0,20%. O mercado

    total, que movimentou US$ 30,84 bilhes,

    apresentou crescimento de 8,01%. Os dez mer-

    cados mais significativos em movimentao

    representam 63,1% de participao de todo o

    segmento (US$ 19,46 bilhes).

    Tendncias

    Trs em cada dez brasileiros nunca foram a

    um dentista. Segundo o Ministrio da Sade,

    30% da populao, quase 60 milhes de pesso-

    as, nunca trataram dos dentes. Entre os adoles-

    centes, 14% jamais foram ao dentista. Quase

    40 milhes de brasileiros j perderam todos os

    dentes. O ndice aumenta com a idade: trs, de

  • cada quatro idosos, no tm um nico dente. E mais da

    metade das crianas brasileiras na faixa de cinco anos de

    idade tm, pelo menos, uma crie. Com estes dados no

    fica difcil imaginar por que o segmento de higiene oral

    promete prosperar no Pas. H demanda reprimida e de

    acordo com dados da ABIHPEC, a perspectiva que o

    mercado chegue a R$ 2,45 bilhes at 2012. De acordo

    com o Euromonitor, os cremes dentais apresentam maior

    penetrao entre os produtos para Higiene Oral, com

    mais de 60% da vendas. O grande destaque para os pr-

    ximos anos ser os enxaguatrios bucais, que devem cres-

    cer 78% at 2012, seguido das escovas de dentes (37%)

    e do fio dental (36%).

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    MERCADO NACIONAL - HIGIENE ORALMERCADO NACIONAL - HIGIENE ORAL - OpINIO

    Joo Carlos Basilio da silva - Presidente da aBihPeC

    Temos internacionalmente um reconheci-

    mento por sermos um povo alegre, de boa co-

    municao, simptico e que est sempre com

    um sorriso estampado na face. Muitas vezes isso

    faz a diferena. E como faz. Mas, infelizmente, o

    povo brasileiro est constantemente sob a ame-

    aa de perder seus dentes para doenas odonto-

    lgicas que podem e devem ser evitadas com a

    correta higiene oral. E mais: a categoria formada

    por escova, creme dental, fio dental e enxagua-

    trio bucal capaz no s de salvar os dentes

    para a manuteno do nosso sorriso como tam-

    bm de evitar infeces srias que podem se

    alastrar por todo o nosso organismo. Mas, para

    isso preciso que a carga tributria que onera

    esse esquadro de limpeza da boca seja signifi-

    cativamente reduzida para que mais brasileiros

    tenham acesso a uma vida mais saudvel.

    De acordo com nmeros do Euromonitor de

    2008, o Brasil o segundo maior mercado de

    produtos de higiene oral no planeta participan-

    do com 9,2% do consumo mundial, que soma

    US$ 33 bilhes. O primeiro colocado no ranking

    de consumo os EUA, com 16,2%. Logo depois

    do Brasil vem a China que, com uma popula-

    o quase dez vezes maior que a brasileira, tem

    participao de 7,4%. Ainda segundo o Euro-

    monitor, o crescimento dos produtos de higiene

    oral no Brasil em 2008, foi de 21,5% (em US$).

    Considerando que a mdia mundial de cresci-

    mento no ano passado foi de 8%, vemos que o

    consumo dos produtos no Brasil vem crescen-

    do a quase trs vezes a velocidade do resto do

    planeta. Para ns uma boa notcia, sim. Mas

    infelizmente no o suficiente.

    Em 2008 foram comercializadas cerca de

    300 milhes de escovas de dentes no Brasil.

    Ou seja, 1,6 escova per capita no perodo de

    um ano. Esse nmero muito baixo. Se con-

    siderarmos a recomendao dos dentistas que

    a escova dental deve ser trocada a cada dois

    meses, deveramos ter quase 1 bilho de es-

    covas comercializadas por ano no Brasil. Mas,

    por que isso no acontece?

    A resposta : para uma grande parte da po-

    pulao brasileira o preo da escova de dentes

    proibitivo. Isso faz com que na melhor das hi-

    pteses as pessoas fiquem com a mesma escova

    at muito alm do seu perodo de eficcia. O

    custo tambm provoca distores srias como

    escovas de dentes compartilhadas por toda a fa-

    mlia o que causa um perigo extra de contgio

    por bactrias, principalmente para as crianas.

    O que poderia ser feito para baixar o custo

    dos produtos para higiene bucal? A primeira

    providncia seria rever a carga tributria. Em-

    bora seja a principal arma contra as doenas

    que partem da boca, a escova dental amarga

    uma carga tributria (base Estado de SP) de

    41,4% em seu preo final. No creme a inci-

    dncia de 37,8%. O fio dental suporta mais

    de 50% do seu preo em impostos. No enxa-

    guatrio bucal, a carga chega perto de 60%.

    O sOrrisO dO Brasil

  • A

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    MERCADO NACIONAL - HIGIENE ORAL

    Com uma significativa reduo nos impostos

    federais e estaduais, o consumo poderia se am-

    pliar e permitir ganho de escala que se refletiria

    em uma queda ainda mais significativa no preo

    final. O mercado de escovas no Brasil tem po-

    tencial de ser quase trs vezes maior. As escovas

    dentais com design e materiais mais inovadores

    no so produzidas no Brasil, e hoje so impor-

    tadas. Com um ambiente de consumo favor-

    vel, poderamos no s substituir as importadas

    como nos tornar um grande exportador de es-

    covas dentais. O mercado de creme dental, por

    exemplo, poderia duplicar. Todo esse movimen-

    to tem efeitos como gerao de emprego e renda.

    O fato que a sociedade e o governo bra-

    sileiro precisam se conscientizar que o aces-

    so higiene uma questo de sade pblica

    preventiva. O Executivo brasileiro nas esferas

    federal, estadual e municipal tem se mostrado

    preocupado e vem desenvolvendo uma srie

    de programas para levar sade odontolgica

    para as pessoas. O programa Brasil Sorridente,

    do Ministrio da Sade, um exemplo. Mas,

    enquanto o governo investe bilhes com uma

    mo, os impostos deste mesmo governo tornam

    proibitivo o consumo dos produtos fundamen-

    tais para a preveno das doenas da boca,

    principalmente nas classes menos favorecidas.

    Problemas cardacos, derrames, diabetes, ar-

    trite, doena pulmonar, lceras, pneumonias e

    at a induo a partos prematuros so alguns

    dos efeitos que a proliferao de bactrias na

    boca pode causar no organismo. Em uma repor-

    tagem publicada em 21 de setembro de 2008, a

    editoria de Cincia do jornal O Globo, o jorna-

    lista Antonio Marinho descreve de forma elo-

    quente os perigos ocasionados pela m higiene

    oral. Imagine despejar todos os dias a maior

    parte de seu lixo no manancial de um rio. Com

    o tempo, lagos e fontes que recebem seu fluxo

    sero poludos e podem morrer. mais ou me-

    nos isso que ocorre ao negligenciarmos a higie-

    ne bucal. O acmulo de bactrias em estruturas

    que envolvem os dentes causa inflamaes e

    aumenta o risco de infeces em todo o corpo.

    Agora, novos estudos confirmam que cuidar da

    sade oral protege contra infarto e derrame. H

    quem afirme que a preveno vai alm. Pessoas

    que escovam mal os dentes e raramente visitam

    o dentista correm maior risco de cnceres, de-

    mncia e at de parto prematuro. O artigo cita

    como fontes universidades norte-americanas,

    trabalhos publicados em revistas cientficas e

    traz depoimentos de dentistas que conduzem

    pesquisas em universidades brasileiras.

    Embora no faltem provas de que a higie-

    ne oral salva no s a qualidade de vida como

    tambm a prpria vida das pessoas, a sociedade

    ainda est de olhos fechados em relao ao que

    pode ser feito para garantir o acesso da popu-

    lao ao mnimo de cuidado. Com o perdo do

    trocadilho, mas est na hora de colocarmos a

    boca no mundo sobre essa distoro criminosa

    que afeta a sade e a alegria do nosso povo. A

    sociedade precisa se mobilizar para que o inves-

    timento em preveno seja visto como uma for-

    ma de economizar em tratamentos no futuro.

    MERCADO NACIONAL - HIGIENE ORAL - OpINIO

  • A

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    MERCADO NACIONAL - pRODuTOS pARA CAbELOS

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    DE bEM COM A CAbEA

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    MERCADO NACIONAL - pRODuTOS pARA CAbELOSMERCADO NACIONAL - pRODuTOS pARA CAbELOS

    O mercado brasileiro de produtos para cabelos movimentou US$ 6,83

    bilhes no ano de 2008, atingindo a segunda colocao no ranking mun-

    dial, com participao de 10,7% - conforme dados do Euromonitor, que cal-

    cula os valores com base nos preos ao consumidor. O Pas s perde para os

    Estados Unidos, que soma 16,1% do mercado mundial e US$ 10,24 bilhes

    em faturamento. No entanto, o resultado do Brasil representou um cres-

    cimento de 18,69%, comparado a 2007, enquanto os EUA apresentaram

    retrao de -1,90%. O mercado total, que movimentou US$ 63,70 bilhes,

    apresentou crescimento de 7,99%. Os dez mercados mais significativos em

    movimentao representam 63,3 % de participao de todo o segmento.

    SHAMPOO

    A categoria de shampoos ocupou a quarta posio com movimentao

    de US$ 1,85 bilhes, que somou um crescimento de 19,95% e participao

    de 8,9% no mercado global. China, Japo e Estados Unidos ocupam, res-

    pectivamente, as trs primeiras posies do ranking.

    MERCADO NACIONAL - pRODuTOS pARA CAbELOS

  • A

    CONDICIONADOR

    J na linha de condicionadores, que atingiu a cifra global

    de US$ 12,92 bilhes e crescimento de 11,03%, o Brasil tam-

    bm consolidou a liderana com participao de 20,7% do mer-

    cado e movimentao de US$ 2,67 bilhes. O crescimento em

    2008 atingiu 24,25%. O segundo lugar ficou com o Japo (13,9%

    de participao) e Estados Unidos (12,5%).

  • 108

    MERCADO NACIONAL - pRODuTOS pARA CAbELOS

    COlORAO

    No quesito Colorao o Brasil ocupa, segundo o Euromonitor, o primei-

    ro lugar em particip