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Antropologia

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Antropologia

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Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Prof. Ms. Rodrigo Medina Zagni

Revisão Técnica:Prof. Ms. Edson Alencar Silva

Revisão Textual:Prof. Ms. Claudio Brites

Questões de Antropologia Clássica

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• Introdução

• Retomando Conceitos

• Os primórdios da Antropologia Clássica

• Raça e Cultura ao Longo da História

• Os Precursores da Antropologia Moderna

• A Estruturação de uma Antropologia Moderna

· Tratar do tema “Questões de Antropologia Clássica”. Do desenvolvi-mento de uma área de estudos debruçada sobre as dimensões física e cultural da existência humana; seus primeiros preceitos teóricos matizados sob as perspectivas evolucionistas de Charles Darwin, até o rompimento com essas explicações de cunho rácico e etapista por meio do relativismo, da pesquisa participante e do estruturalismo, estudaremos as mais significativas transformações nos paradigmas dessa nascente área de conhecimento científico.

OBJETIVO DE APRENDIZADO

Questões de Antropologia Clássica

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Orientações de estudoPara que o conteúdo desta Disciplina seja bem

aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:

Assim:Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.

Mantenha o foco! Evite se distrair com

as redes sociais.

Determine um horário fixo

para estudar.

Aproveite as indicações

de Material Complementar.

Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado.

Conserve seu material e local de estudos sempre organizados.

Procure manter contato com seus colegas e tutores

para trocar ideias! Isso amplia a

aprendizagem.

Seja original! Nunca plagie

trabalhos.

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UNIDADE Questões de Antropologia Clássica

IntroduçãoÉ comum, ainda hoje, nos mais variados âmbitos de nossa vida social, nos

depararmos com situações em que um indivíduo se julgue portador de uma cultura superior à de outro. Pode ser o caso de europeus em relação a latino-americanos, de brasileiros em relação a outros povos da América Latina, de paulistas, cariocas ou sulistas, em relação a migrantes de outros estados.

É comum ainda ouvir de quem domine um repertório cultural erudito, por exemplo, o musical, que apenas a música erudita (popularmente chamada de “música clássica”) é “música de verdade”, os demais estilos “não são música”, por entendê-los como inferiores.

O mesmo pode se verificar nas artes: “Cinema norte-americano é que é bom!”; enquanto nem se procura conhecer o cinema latino-americano, iraniano ou indiano, por exemplo.

Até mesmo a História está suscetível a essa lógica, quando ouvimos, por exemplo, que “O passado dos povos europeus é que é glorioso! Já o nosso, está repleto de índios atrasados!”.

Todas essas situações, perceptíveis no nosso cotidiano, provêm do mesmo fenômeno: o da convicção de superioridade de uma cultura, ou de um sistema cultural, sobre outra cultura ou sobre outros sistemas. Ocorre que já sabemos que não existe indivíduo sem cultura, tampouco culturas superiores ou inferiores, segundo nos ensina a Antropologia, área de conhecimento cujo objeto primordial de estudo é o Homem e suas obras, mais especificamente, sua subárea, a Antropologia Cultural.

Sendo assim, sistemas culturais são distintos uns dos outros, mas não deve-mos hierarquizá-los.

Como a Antropologia lidou com a questão da cultura? Como compreendeu, em termos teóricos, as diferenças culturais? Como propôs métodos de estudo sobre processos culturais? Que lições podemos tirar da Antropologia para compreender e lidar com as diferenças culturais? É exatamente o que pretendemos investigar nesta unidade, por meio dos temas centrais da Antropologia Clássica e das teorias do relativismo, da pesquisa participante e do estruturalismo.

Estamos tratando ainda dos primórdios da Antropologia e das Ciências Sociais, mas já enveredando por seus temas centrais, o que nos permitirá melhor compreender as dinâmicas culturais a que pertencemos e partilhamos, bem como aquelas que nos cercam.

Em busca das respostas às perguntas aqui elaboradas, embrenhe-se pelo conteúdo teórico, apresentação narrada e demais materiais dessa unidade, a fim de entendermos mais sobre a dimensão cultural da condição humana.

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Retomando ConceitosComo vimos na primeira unidade, a Antropologia possui um objeto extrema-

mente complexo e denso, e que pode ser estudado desde os mais distintos pontos de vista: o Ser Humano e suas obras; sendo assim, como ciência, pode-se dizer que seus limites sejam pouco definidos.

Ocorre que dizer que a Antropologia é a “ciência do homem” não basta. Se assim fosse, confundiríamos facilmente a Antropologia com a Medicina, a Psicologia, a Biologia, a Sociologia, a Economia e tantas outras áreas de conhecimento que focam o Homem a partir de um determinado âmbito de sua existência, individual ou coletiva. Portanto, dizer que se trata da ciência cujo objeto é o indivíduo não ajuda a definir esse campo de estudos.

Se recorrermos ao histórico de conformação dessa área, verificaremos que com a especialização progressiva das ciências humanas, datada do séc. XIX, a Antropologia se apropriava de questões que essas acabavam, não sendo consideradas por essas disciplinas.

Dentre esses aspectos relegados pelas demais áreas de conhecimento, destacam-se aqueles que levariam à cisão entre uma Antropologia Física e uma Antropologia Cultural (ambas definidas na unidade anterior), respectivamente:

· o estudo das raças humanas e suas características biológicas;

· o estudo do homem do ponto de vista social e cultural.

Figura 1 – Tribo Karo, Etiópia, ÁfricaFonte: iStock/Getty Images

Sobre essa segunda dimensão da Antropologia, na qual se insere a dimensão social do existir humano, ou seja, sua organização em grupos e as dinâmicas de convívio social que desenvolvem, poder-se-ia dizer que, aqui, esse objeto de interesse se confunde gravemente com o da Sociologia, ciência cujo objeto são as interações interindivíduos, conformando grupos sociais e como esses grupos interagem entre si. Ocorre que a Sociologia se ocupa do estudo de sociedades que possamos chamar de modernas, isso porque nelas se verificam um alto grau de alfabetização, são densas demograficamente (podendo nelas se verificar o fenômeno do anonimato)

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UNIDADE Questões de Antropologia Clássica

e geograficamente extensas. Já a Antropologia estuda sociedades mais simples, ágrafas e conformadas por poucos membros, estabelecendo laços sociais muito mais estreitos. Contudo, essa regra se aplica exatamente àquilo que podemos caracterizar como Antropologia Clássica, ou seja, sua configuração conforme seu período formativo; isso porque, hoje, subáreas como a Antropologia Urbana, a Antropologia do Cotidiano e a Etnografia Urbana se ocupam exatamente de tipos de sociedade complexas, agravando a distinção (por conta de sua abordagem e métodos) com relação aos enfoques dados pela Sociologia.

Os primórdios da Antropologia ClássicaComo vimos, durante o séc. XIX, houve um relevante desenvolvimento científico,

produto da elaboração dos métodos de investigação dos séculos XVI ao XVIII.

Figura 2Fonte: iStock/Getty Images

Decorreu daí o desenvolvimento, nas ciências da natureza (como a Química, primordialmente), de métodos para datação de materiais orgânicos – dentre eles, restos esqueletais –, o que possibilitava determinar a antiguidade do próprio ser humano. O desenvolvimento desses métodos e técnicas para datação resultou em um enorme esforço para determinar a antiguidade dos inúmeros restos humanos que se encontravam guardados em museus, universidades e centros de pesquisa, produto de descobertas arqueológicas por vezes muito anteriores a esse século XIX. Esse esforço resultou no desenvolvimento de uma nova ciência, dedicada exatamente a esses estudos e que passava a assumir como objetivo a determinação não só da antiguidade do Homem, mas dos processos de evolução biológica e social de nossos antepassados: a Antropologia.

A primeira cisão entre estudos de ordem física e de ordem cultural, dentro da Antropologia, se deu exatamente nesse momento. Isso porque antropólogos já se definiam como aqueles que estudavam sociedades distintas das europeias – como grupamentos humanos autóctones ou sociedades primitivas, por exemplo – e um novo grupo de cientistas surgia, autodenominando-se também como antropólogos, mas voltados à investigação sobre aspectos rácicos, biológicos e evolutivos do Homem.

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É importante salientar que, se não houve acordo quanto ao emprego do termo antropólogo, tampouco houve em relação ao termo Antropologia. Apesar de nossa conceituação ser bem clara, as distinções entre Antropologia Física e Antropologia Social e Cultural, filiados a uma interpretação vigente nos Estados Unidos e na Inglaterra, não ocorrem na escola francesa, que utiliza o termo Antropologia para se referir ao que conhecemos como Antropologia Física, enquanto não utiliza o termo Antropologia Social e Cultural, substituindo-o por etnologia – ao contrário do que fazem os autores anglo-saxões.

Essa notável imprecisão terminológica se explica pelo fato de a Antropologia ter progredido em círculos científicos e países muito distintos, resultando em um relativo grau de autonomia entre as correntes que desde distintos pontos de vista enveredaram por esse complexo campo de estudos.

Raça e Cultura ao Longo da HistóriaNas grandes religiões que atravessaram a História se verifica um princípio

comum: o de que os homens são iguais; contudo, se explorarmos as dinâmicas sociais das mais distintas civilizações, encontramos a prática da discriminação racial, o que pressupõe convicções de superioridade e atribuição ao outro à condição de inferioridade.

Figura 3Fonte: iStock/Getty Images

As civilizações clássicas – Grécia e Roma – praticaram o escravismo com base fundamentalmente nesse princípio. Ainda que tenha se iniciado com a prática da escravidão por dívida, quando se tornou o eixo central da economia antiga, o escravo já era, invariavelmente, aquele que de fora dos limites dos domínios dessas civilizações havia sido apresado; mais do que isso, por não pertencer à civilização greco-romana, não seria merecedor da categoria de humano.

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UNIDADE Questões de Antropologia Clássica

Figura 4 – Bárbaros invadindo ParisFonte: Wikimedia/Commons

No contexto da civilização romana, da qual herdamos uma série de caracteres, isso valia para todos que estavam de fora de suas fronteiras, caracterizados como bárbaros. Evidentemente, a barbárie se define pela contraposição ao conceito de civilização; sendo assim, o termo é claramente pejorativo e expressa juízos de valor assentados na convicção de superioridade cultural, traço característico dos povos da antiguidade clássica.

Não estamos tratando, contudo, de condutas racistas; uma vez que a civilização romana se constituiu de um mosaico de povos distintos, aprofundando-se as dinâmicas de miscigenação já assistidas por séculos. Trata-se, em essência, de uma distinção cultural, que permitia, por exemplo, submeter e dominar o outro, entendido como bárbaro, em nome de uma cultura superior, signo de civilização.

Mesmo com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, a mesma lógica atravessou os quase mil anos de Idade Média na Europa, sob domínio da cristandade. Isso para dizer que as convicções religiosas medievais, sob o cristianismo, também assumiram um caráter opressor não só sobre outros credos religiosos (como o judaísmo e o islamismo, por exemplo), mas fundamentalmente compunham um repertório cultural que se autorreferia como superior, frente a outras culturas que, não mais nominadas bárbaras, eram referidas como pagãs (não-cristãs), sendo assim inferiores, o que legitimava sua submissão ou conversão pela força.

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Figura 5 – A Primeira Missa no Brasil, por Victor Meireles (1861)Fonte: Wikimedia/Commons

Na Era Moderna, inaugurada com a queda do Império Romano do Oriente (quando Constantinopla cai sob domínio turco), em 1453, assistiu-se à mesma lógica, obviamente readequada para um novo contexto histórico. A partir do Renascimento, a expansão europeia para a Ásia e África, bem como a conquista e dominação do Novo Mundo, estava carregada desse sentimento de superioridade civilizacional, dessa vez associada ao Homem europeu, ou seja, ao Homem branco. É aí, nesse momento, que a questão da superioridade cultural, ou civilizacional, passa a ser associada à cor da pele.

Isso dado exatamente no contexto da expansão europeia por meio das navegações, se explica também pelo fato de o contato com povos até então desconhecidos possibilitar saber da existência de distintas etnias, hábitos culturais, religiões e constituições biotípicas. Não se trata apenas do contato com o outro: a Europa passava a dominar esses novos e antigos territórios, bem como seus habitantes passavam a ser submetidos ao Homem europeu.

O contato, portanto, não despertou no europeu a vontade de incorporar o outro, aquele que aos seus olhos parecia estranho, senão tornou o estranhamento o princípio maior da violência da conquista, aliado às ambições econômicas e políticas inerentes aos processos colonizadores.

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UNIDADE Questões de Antropologia Clássica

Figura 6 – Peregrinos partindo da EuropaFonte: iStock/Getty Images

Povos inteiros pereceram sob as convicções de superioridade europeia. Estima-se que 70 milhões de índios na América tenham morrido, direta ou indiretamente, pelo contato com os colonizadores espanhóis e portugueses. Africanos foram apresados em seu próprio continente e trazidos como escravos para a América, relegando-se toda a sua constituição cultural.

A questão é que não se tratava de uma opção por não compreender a cultura de índios, negros e orientais, senão a convicção de que se tratava de povos não portadores de cultura, ou portadores de culturas inferiores.

Ainda que o cristianismo, praticado nos principais países colonizadores do período, ter defendido em termos teológicos a igualdade entre os homens; o histórico de violências da Igreja em relação a povos não-cristãos, bem como as necessidades de manutenção dos alicerces de uma sociedade construída sobre bases escravistas, reafirmava a bestialização dos povos não-europeus, afirmando o princípio das raças.

Figura 07 – EscravidãoFonte: iStock/Getty Images

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Os Precursores da Antropologia ModernaCom o movimento chamado “Humanismo”,

no contexto do Renascimento, esse caráter civilizador europeu passou a ser alvo de críticas na própria Europa. Autores como Thomas More, La Boètie, Montaigne e Erasmo de Rotterdam, entre outros, fizeram pesados ataques à moral europeia e suas convicções de superioridade em relação aos povos dominados pelo Homem branco.

Sua crítica expressa nas duas gerações do humanismo do Renascimento, dos séculos XVI e XVII, serviu de fundamento para o desenvolvimento posterior do movimento iluminista, que caracterizou o chamado Século das Luzes: o séc. XVIII.

Pensadores europeus, primordialmente franceses, subverteram a interpretação valorativa dada aos “selvagens” como povos não-portadores de cultura, exaltando o exótico, que seguia incompreendido, uma vez que foi criado para eles o mito do “bom selvagem”.

A questão é que, do séc. XVI ao XVIII, a crítica à cultura europeia se deu por meio de sua relativização com as culturas dominadas –ainda que as exaltando –, marcou-se um relevante esforço primeiro para o reconhecimento de que se tratava de povos portadores de cultura, seguindo para o fato de que não se tratava de culturas inferiores.

Ainda assim, tratava-se de uma visão “de fora” e que acabava, na prática, reafirmando a cultura europeia, uma vez que sua pretensão não era compreender o outro, senão reformar a civilização ocidental.

O darwinismo

Vimos na unidade anterior que, na segunda metade do século XIX, as teses de Charles Darwin sobre a evolução das espécies influenciaram enormemente as ciências biológicas.

Esse século posterior às luzes, o século do cientificismo, foi marcado então pela visão evolucionista. Se pensarmos nas duas antropologias que estavam em prática nesse contexto (física e cultural), o evolucionismo lançava novas luzes a ambas. Isso porque restos arqueológicos, fossem restos humanos ou artefatos desenvolvidos e utilizados por humanos, além de datados, poderiam ser classificados segundo seu percurso evolutivo.

Figura 8 – Michel de MontaigneFonte: Wikimedia/Commons

Figura 9 – Charles DarwinFonte: iStock/Getty Images

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UNIDADE Questões de Antropologia Clássica

Com relação à Antropologia Física, muitos dos restos esqueletais não correspondiam em alguns detalhes morfológicos às características do homem atual. Darwin era o primeiro a dar uma explicação consistente, a partir da tese da perpetuação dos mais aptos, a esse estranho fenômeno – ou seja, as diversas configurações anatômicas diferentes do ser humano atual, verificadas em ossadas humanas, validavam a tese de que também o Ser humano evoluía.

Era possível, então, ordenar logicamente as etapas que constituíam a linearidade evo-lutiva humana, bem como criar tipologias para os artefatos arqueológicos escavados.

Figura 10 – Representação da Evolução HumanaFonte: iStock/Getty Images

A Estruturação de uma Antropologia ModernaTemos, então, a figura do antropólogo atrelada às pesquisas sobre a antiguidade

e o percurso evolutivo do Homem; sendo assim, o antropólogo em questão é, essencialmente, um pesquisador de gabinete, ou seja, trabalha com os dados e elementos coletados por outros pesquisadores em suas atividades de campo.

Até mesmo os antropólogos que se dedicavam aos estudos culturais se caracterizavam também como intelectuais de gabinete, uma vez que lidavam com dados obtidos por cronistas viajantes, navegantes, missionários religiosos e exploradores mercenários. Sendo assim, o despreparo teórico daqueles que descreviam a cultura até então desconhecida, era marcada por posturas eurocêntricas e tendiam a sublinhar os caracteres culturais mais exóticos, ou seja, aqueles que maiores estranhamentos causavam sobre o europeu, ainda portador de convicções de superioridade cultural.

O resultado disso foi uma primeira Antropologia caracterizada pela excessiva teorização e distante demais da realidade.

No que tange aos aspectos culturais, sob a influência do darwinismo que impregnava sua dimensão física, a Antropologia do século XIX entendia as sociedades primitivas como se estivessem em uma etapa infantil, em relação às sociedades adultas: os povos civilizados europeus. Essa convicção alocava as sociedades europeias como o fim máximo de um processo civilizador e cujo resultado seria inexorável: todas as sociedades evoluiriam segundo o modelo europeu de cultura.

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Esse tipo de convicção, profundamente ideológica e preconceituosa, só mudaria com o advento do trabalho antropológico de campo, instituído como prática no final do século XIX.

Esse novo antropólogo não deveria restringir-se ao gabinete, isso porque não deveria trabalhar com materiais e dados coletados ou descritos por amadores, sob pena de comprometer gravemente a própria pesquisa. O antropólogo seria convertido no pesquisador que se deslocaria fisicamente até a sociedade a ser investigada. Trata-se das pesquisas de campo, nas quais o próprio antropólogo observa e coleta os dados que deverá analisar.

É no final desse século que o antropólogo se torna o investigador cuja tarefa é se deslocar aos lugares mais distantes do mundo, aprendendo a conviver com pequenas comunidades, observando-as e coletando informações com o rigor metodológico que também vai se estabelecendo em torno dessas novas tarefas.

As mudanças, para a Antropologia, foram extremamente significativas. O contato mais íntimo com povos que até então eram compreendidos como simples e inferiores, revelou práticas sociais e dinâmicas de organização extremamente complexas e impôs uma possibilidade interpretativa: não se tratariam de povos inferiores, mas sim distintos.

Essa primeira e mais importante barreira ideológica só foi rompida, sobretudo, pela observação antropológica empírica.

Essas mudanças não se operaram imediatamente, tampouco em ambiente harmonioso. Nesse final de século, o contato dos antropólogos ocidentais com outros povos foi marcado por atitudes de superioridade – tanto é que na literatura antropológica do período são comuns termos como “povos primitivos” e “selvagens”, para referi-los.

Os Fundamentos Teóricos de Franz-Boas

Como foi citado na Unidade anterior, o trabalho pioneiro do antropólogo teuto-americano Franz Boas e seus discípulos consiste no mais importante ponto de inflexão nos estudos antropológicos, no que tange ao declínio da Antropologia Rácica (tratada na unidade anterior e nesta), uma vez que sua proposta relativista desmontava a ideia de proximidade entre evolução biológica e cultural.

No livro As Limitações do Método Comparativo em Antropologia, de 1896, Boas demonstrou como os primeiros antropólogos estavam preocupados com questões puramente históricas e, enveredando por análises comparativas e valorativas, identificavam semelhanças e afinidades dos povos como indicadores de uma origem comum.

Seu pioneirismo consiste na construção teórica que assentou métodos radicalmente distintos daqueles engendrados nos modos de conceber e estudar as culturas humanas, propondo relativizá-las, ao invés de escaloná-las hierarquicamente.

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UNIDADE Questões de Antropologia Clássica

Não que estudos comparativos não pudessem ser feitos entre distintas culturas, ou mesmo que não se pudesse identificar uma origem comum para ambas; na verdade, o que Boas propunha era um processo indutivo que identificasse as relações que possibilitariam a comparação, para o então estabelecimento das conexões históricas pertinentes.

Para Boas, o mesmo fenômeno tem sentidos variados em cada cultura – sendo assim, o fato de ocorrências semelhantes serem identificadas em distintas culturas não constitui prova de uma origem comum.

Consequentemente, não havendo uma única origem cultural, não se pode falar em cultura, senão em culturas. Ou seja, cada cultura tem sua própria história, não uma cultura humana universal e originária (como pressupunham os evolucionistas).

Sendo então autônomas, todas as culturas seriam também dinâmicas em suas transformações ao longo do tempo.

Nesse contexto, suas críticas pesavam mais gravemente sobre os determinismos biológicos e geográficos, bem como no transporte de categorias explicativas evolucionistas para o tratamento das relações culturais, o que havia levado ao fenômeno do evolucionismo cultural.

Contrário a essa explicação evolucionista para a diferenciação das culturas, Boas demonstrou que cada sistema cultural constituía uma unidade integrada, resultado de um desenvolvimento histórico específico.

Com isso, determinou a independência dos fenômenos culturais em relação aos condicionantes geográficos e biológicos – vigentes como explicação desde o período formativo da Antropologia. As dinâmicas culturais estariam desatreladas desses elementos, obedecendo apenas à lógica da interação entre os indivíduos, o meio e a sociedade.

A concepção evolucionista aplicada à cultura – responsável pelo assentamento de uma visão de etapas linear, na forma de estágios evolutivos e obrigatórios pelos quais, obrigatoriamente, todas as sociedades passariam – assistia ao surgimento de sua mais severa e consistente crítica.

Essa nova postura teórica deslocou completamente os sentidos gerais da Antropologia, desde seus objetos, objetivos, até o ofício do antropólogo, que passava a ser o estudo de sistemas culturais particulares, não da identificação de uma cultura universal.

Com relação ao método, o princípio fundamental é o da relativização, ou seja, culturas são relativas e não mantêm relação hierárquica alguma no âmbito dos valores que possam ser-lhes atribuídas. O papel do antropólogo seria, portanto, o de não emitir juízos de valor, mas o de relativizar suas posturas.

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Os Fundamentos Teóricos de Bronisław Malinowski

O antropólogo polaco Bronisław Kasper Malinowski, criador da chamada escola funcionalista, é considerado um dos fundadores da própria Antropologia Social.

Sua maior contribuição se deu sobre a questão dos métodos utilizados na coleta de material etnográfico e constam do capítulo de abertura dos Argonautas do pacífico ocidental, livro originalmente publicado em 1922. Até ali, os métodos existentes levavam a maior parte dos antropólogos a concluir pela incoerência da vida primitiva, comparada à ideia de civilização.

Para Malinowski, essa interpretação nada mais era do que um produto distorcido da falha de observação do antropólogo, que deslocava seus sentidos e significados

para ações que não correspondiam ao seu sistema cultural. Assim sendo, a tarefa primordial consistiria em reconstruir o universo específico de significações da cultura estudada.

Mas como os antropólogos, via de regra, europeus e portadores de um sistema cultural completamente distinto, fariam para compreender esses significados?

As pesquisas de Malinowski nas Ilhas Trobiands, onde estudou uma população de 1200 melanésios da costa nordeste da Nova Guiné, durante a década de 1910, levaram ao desenvolvimento de um método inovador na forma de coletar dados de campo, no qual o pesquisador passava a participar diretamente do cotidiano social do grupo observado. Tratava-se da observação etnográfica, na qual a coleta de dados seria realizada por aquele que passaria a vivenciar as práticas e partilhar dos significados a elas atribuídos, permitindo correlacioná-los e compreendê-los em profundidade.

Dessa forma, não importaria ao antropólogo apenas a ação engendrada pelo povo estudado, mas essencialmente a representação da ação, para que se pudesse tratar dos significados que constituiriam os fenômenos culturais sob enfoque.

Obviamente, o desafio do antropólogo seria muito maior do que meramente descritivo e valorativo, tendo em vista que ações são, no mais das vezes, multirrepresentacionais, ou seja, podem estar repletas de significados materiais, sociais e simbólicos, englobando os mais variados aspectos, como: econômicos, jurídicos, mágico-religiosos, etc.

Contudo, trata-se de um autor ainda preso à ideia de universalidade cultural, apesar de reconhecer as particularidades das culturas, uma vez que a todo tempo buscava as relações entre o particular e o universal, perdendo com isso a possibilidade de explicar questões como a da diversidade cultural.

Figura 11 – Bronisław Kasper Malinowski

Fonte: Wikimedia/Commons

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UNIDADE Questões de Antropologia Clássica

Ocorre que seus pressupostos teórico-metodológicos tiveram lugar paradigmá-tico na Antropologia, deslocando irreversivelmente tanto os referenciais teóricos quanto os objetivos gerais da disciplina, sendo hoje uma referência obrigatória sobre o modo padrão da pesquisa etnográfica.

O trabalho de campo, depois de Malinowski, passou a se constituir mediante a observação participante, em grupos sociais de dimensões reduzidas e distintos daquele ao qual pertenceria o investigador. Esses pressupostos passaram a constituir, desde então, com os pilares da nascente Antropologia Social e Cultural, marcando a dimensão da importância do autor para as Ciências Humanas e Sociais; isso porque o trabalho de campo, segundo definido por Malinowski, passou a constituir o método privilegiado da Antropologia, influindo determinantemente na sua constituição como disciplina científica autônoma.

Os Fundamentos Teóricos de Claude Levi-StraussO pensador francês Claude Levi-Strauss é o fundador da chamada Antropologia

Estrutural, corrente que se conformou a partir de seus estudos sobre povos indígenas do Brasil, no período em que aqui permaneceu integrando à missão francesa que teve como objetivo estruturar a área de Ciências Humanas da recém-criada Universidade de São Paulo, no período que se estendeu de 1935 a 1939. Durante esses quatro anos, estudando aspectos sobre a língua, costumes e lendas de povos indígenas, coletou os dados que permitiriam criar uma nova teoria antropológica, elaborada e apresentada entre o final da década de 1940 e início de 1950.

Figura 12 – Claude Levi-StraussFonte: Wikimedia/Commons

O percurso que desenvolveu no curto período em que esteve no Brasil revela as profundas mudanças que vinha sofrendo a própria Antropologia. Desde que chegou, em 1935, passou a dar aulas de Sociologia na USP até 1938, já empreendendo suas primeiras incursões de campo em território indígena. Contudo, a necessidade de empreender pesquisas de campo mais demoradas levou-o a abandonar o magistério, o que o possibilitou a passar mais tempo nas comunidades indígenas que estudava: os Kaingang, no Norte do Paraná (na região do rio Tibagi); os Kadiweu, na divisa com o Paraguai; e os Bororo, do Mato Grosso. Em 1938, retornou da França, onde havia prestado exames para o magistério, e pôs-se a estudar os índios Nambiqwara, do Mato Grosso, bem como os Tupi-Kaguahib, na região do rio Machado, que se pensavam desaparecidos.

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Os pressupostos da nova corrente teórica foram publicados em duas de suas principais obras: As Estruturas Elementares do Parentesco, de 1949, e Tristes Trópicos, de 1955, que o notabilizam mundialmente.

Lévi-Strauss fez uso da chamada teoria estruturalista francesa, a qual pressupu-nha que “estruturas universais” estariam por trás de todas as ações humanas, dando forma às culturas em suas mais variadas manifestações: linguagem, mitos, religiões, etc. Ele foi responsável por uma “revolução intelectual considerável” e que consis-tia na aplicação do método estruturalista ao conjunto dos fatos humanos de natu-reza simbólica. Isso possibilitou ao antropólogo estudar o “pensamento selvagem”, e não o “pensamento do selvagem”. Não se trata de uma mudança insignificante, senão na subversão completa do enfoque das pesquisas antropológicas realizadas até ali. Ou seja, Lévi-Strauss deixou de fazer a distinção do funcionamento mental entre os povos primitivos e os povos europeus, para afirmar que o “pensamento selvagem” poderia ser encontrado em cada um de nós.

Distinguiu-se gravemente dos demais antropólogos que buscavam revelar as diferenças entre povos e culturas, na maioria das vezes valorativas; enquanto buscava as estruturas universais, também chamadas de “estruturas profundas”.

Sem se preocupar com as diferenças, os estudos de Lévi-Strauss colaboraram com a relativização entre povos e culturas, estreitando seus laços pela via da aceitação do diverso, exatamente porque, para ele, as diferenças entre os povos não constituíam o objeto central de interesse antropológico.

Para o antropólogo, a maior parte dos antropólogos estava preocupado com o que nominou de “aparência”. Obviamente, utilizou-se de um dos fundamentos do Estruturalismo para fazer essa afirmação, exatamente a oposição entre essência e aparência. Suas pesquisas estavam dirigidas aos sentidos profundos das ações humanas e de seus produtos, na busca pela essência, encontrando-se com a psicologia, a lógica e a filosofia das sociedades estudadas – a mera descrição das práticas rituais de uma determinada sociedade, a aparência, não lhe interessava.

Essa nova e revolucionária abordagem encontrou contornos teóricos acabados na obra O Pensamento Selvagem, de 1962. Sobre o impacto que representou, para além da Antropologia, implicava em como tratar o até então denominado “homem primitivo”. Seu método estruturalista permitia compreender que socieda-des tribais revelavam sistemas lógicos notáveis, de qualidades mentais racionais tão sofisticadas quanto às de sociedades até então tidas como superiores.

Sua teoria desmontava as convicções comumente aceitas de que as sociedades primitivas seriam intelectualmente deficitárias e temperamentalmente irracionais, e que suas ações e obras, que constituíam seus pobres repertórios culturais, tinham por finalidade a satisfação de necessidades imediatas – como as de alimento, vestimenta e abrigo.

Sob esses novos pressupostos teóricos, a visão pejorativa sobre as tribos primitivas estava fadada a desaparecer.

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UNIDADE Questões de Antropologia Clássica

Material ComplementarIndicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

SitesSite da Associação Brasileira de Antropologia http://www.abant.org.br/Site da Revista de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulohttps://goo.gl/IbqThiSite da Revista Campos – Revista de Antropologia Social da Universidade Federal do Paranáhttps://goo.gl/nmBo6A

Filmes

10.000 a.C.10.000 a.C.; dir.: Roland Emmerich, EUA, drama, colorido, 2008.

A Guerra do FogoA Guerra do Fogo; dir.: Jean-Jacques Annaud, EUA / França / Canadá, drama, colorido, 1981.

2001: Odisseia no Espaço2001: Odisseia no Espaço; dir.: Stanley Kubrick, EUA, ficção científica, colorido, 1968.

LeituraPor uma semântica profunda: arte, cultura e história no pensamento de Franz BoasALMEIDA, K.M. P. Por uma semântica profunda: arte, cultura e história no pensamento de Franz Boas. Mana, vol. 4, n. 2, Rio de Janeiro, out. 1998https://goo.gl/qHexdk

Imigração, raça e cultura: o ensinamento de Franz BoasPALTRINIERI, A. C. Imigração, raça e cultura: o ensinamento de Franz Boas. Revista Outros Tempos, UFMA, São Luís, v. 6, n. 7, jul. 2009. https://goo.gl/sRsMqK

Para além do “trabalho de campo”: reflexões supostamente malinowskianasGIUMBELLI, E. Para além do “trabalho de campo”: reflexões supostamente malinowskianas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 17, n. 48, fev. 2002.https://goo.gl/eqPhPr

Claude Levi-Strauss e a experiência sensível da AntropologiaWERNECK, M. M. F. Claude Levi-Strauss e a experiência sensível da Antropologia. Cronos, UFRN, Natal, v. 9, n. 2, dez. 2008https://goo.gl/PXU0o0

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ReferênciasBENEDICT, Ruth. 1934. Padrões de cultura. Lisboa: Livros do Brasil, s.d.

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CHILDE, V. Gordon. A evolução cultural do homem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1966.

ELIOT, T.S. Notas para a definição de Cultura. Lisboa: Século XXI, 1996.

MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril, 1977.

MARGARIDA MARIA MOURA. Nascimento da Antropologia Cultural: A Obra de Franz Boas. São Paulo: Hucitec, 2004.

MELLO, L. G. Antropologia Cultural: Iniciação, Teoria e Temas. Petrópolis: Vozes, 2004.

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