antônio campos pede impugnação das contas de lupércio

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA ELEITORAL DA 117ª ZONA ELEITORAL - OLINDA/PERNAMBUCO COLIGAÇÃO MUDA OLINDA, composta pelos partidos PSB, PHS, PR, PSC, PTC, PPL, REDE, PMB, PSDC, PROS e PEN, e ANTÔNIO RICARDO ACCIOLY CAMPOS, brasileiro, advogado, candidato ao cargo de prefeito do Município de Olinda/PE, pela Coligação demandante, por seus advogados ao final subscritos, conforme instrumento de procuração em anexo, vêm, tempestivamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no que preleciona o artigo 51 da Resolução TSE nº 23.463/2015, apresentar IMPUGNAÇÃO À PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAIS Página 1 de 50

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Page 1: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA ELEITORAL DA 117ª ZONA

ELEITORAL - OLINDA/PERNAMBUCO

COLIGAÇÃO MUDA OLINDA, composta pelos partidos PSB, PHS, PR, PSC, PTC,

PPL, REDE, PMB, PSDC, PROS e PEN, e ANTÔNIO RICARDO ACCIOLY CAMPOS,

brasileiro, advogado, candidato ao cargo de prefeito do Município de Olinda/PE, pela

Coligação demandante, por seus advogados ao final subscritos, conforme instrumento de

procuração em anexo, vêm, tempestivamente, perante Vossa Excelência, com

fundamento no que preleciona o artigo 51 da Resolução TSE nº 23.463/2015,

apresentar

IMPUGNAÇÃO À PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAIS

Apresentada por LUPERCIO CARLOS DO NASCIMENTO, e seu vice, MÁRCIO

ANTONY DOMINGOS BOTELHO, nos autos do Processo nº 61-56.2016.6.17.0117, ambos

já devidamente qualificados perante esta Justiça Eleitoral, a ser intimado no endereço

constante do banco de dados da Justiça Eleitoral, fornecido pelo candidato, pelas razões

de fato e de direito a seguir articuladas.

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I – DA TEMPESTIVIDADE

A priori, considerando a publicação do Edital no Diário Oficial em data de

22 de novembro de 2016, informando a prestação de contas dos candidatos que

disputaram o segundo turno, abrindo, naquela oportunidade, o prazo de 3 (três) dias

insculpido no Art. 51 da Resolução TSE nº 23.463/2015 para eventuais impugnações,

resta patente a tempestividade da presente peça, conquanto o prazo fatal assenta em

data de 25 de novembro de 2016.

II – PREÂMBULO. A PRESENTE PRESTAÇÃO DE CONTAS É UMA PEÇA DE FICÇÃO

QUE NÃO RESISTE A UMA AUDITORIA.

De início, é imperioso pontuar que serve a presente, dentre outros motivos que

serão alinhavados, para averiguar o robusto contexto de indícios de burla à legislação

eleitoral, mediante o uso ostensivo de propaganda nas ruas e a não compatibilidade com

os recursos e gastos declarados.

Pois bem. Parafraseando a escritora Hannah Arendt, quando, em determinado

contexto, afirmou ser a “banalidade do mal”, o que se verifica na presente demanda é a

BANALIZAÇÃO DA INVERDADE, posto que, a despeito do ínfimo valor oficialmente

informado e declaradamente despendido pelos Impugnados, houve um verdadeiro e

discrepante derrame de recursos e material gráfico na campanha dos mesmos.

A prestação de contas impugnada é uma ficção. Declarou ter gasto e arrecadado o

mesmo valor em até centavos: R$369.281,89. O volume de sua campanha e as

inconsistências, omissões das despesas desta prestação de contas, indícios de fraude

demonstrarão isso. Essa prática não pode prevalecer dentro da nova lógica ética e

jurídica da nova Justiça Eleitoral brasileira.

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Iremos demonstrar nessa peça, insubsistências e omissões de despesas a

caracterizar caixa dois e fraude nos documentos apresentados.

III. DA PRIMEIRA IMPUGNAÇÃO. RATIFICA NA FORMA DA PRESENTE, PARA

EVITAR ALEGAÇÃO DE PRECLUSÃO.

Ratificamos a impugnação de primeiro turno, com o intuito de evitar alegações de

preclusão.

IV – O POSICIONAMENTO DA COMISSÃO ANTICORRUPÇÃO DA OAB/PE.

Os Impugnantes representaram a existência dos fortes indícios de caixa dois na

campanha dos Impugnados, perante a OAB/PE, que acompanhaou as eleições 2016,

deliberando, por unanimidade, através da Comissão Anticorrupção, oficiar o Procurador

Regional Eleitoral com a finalidade de solicitar abertura de Investigação Judicial

Eleitoral, já no primeiro turno.

V. DO OBJETO DA INVESTIGAÇÃO JÁ EM CURSO (ABUSO DE PODER

ECONÔMICO), DO OBJETO DA PRESENTE IMPUGNAÇÃO (REPROVAÇÃO DE

CONTAS), DO OBJETO DA AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO PELO 30-A (CAIXA DOIS E

FRAUDE).

O escopo da Ação de Investigação Judicial Eleitoral anteriormente ajuizada, tem

como condão o abuso de poder econômico, cujo número é o 7-05.2016.6.17.0113.

A ação de investigação judicial baseada no 30-A, que cabe do resultado eleitoral

até 15 dias após a diplomação, tem outro objeto, que são o cerne dessa impugnação. Os

objetos em tese não se confundem, embora caixa dois possa caracterizar abuso de poder

econômico.

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Page 4: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

As leis n° 11.300/06 e n° 12.034/09 trouxeram importantes contribuições para o

processo de transparência e controle das contas eleitorais, não apenas reduzindo os

custos, como implantando importantes mecanismos de controle. Assim, permitiu-se que

as prestações de contas deixassem de ser uma peça de ficção, onde os candidatos e

partidos fingiam que prestavam contas, e a Justiça Eleitoral fingia que as analisava.

Agora, não apenas ficou mais rigoroso o processo de prestação de contas, como

também passou a ser prevista a cassação do candidato que descumprisse gravemente as

regras legais para a captação e gastos eleitorais.

Dispõe o art. 30-A da Lei n° 9.504/97, introduzido pela Lei n° 11.300/06, e

alterado pela Lei n° 12.034/09:

Lei n° 9.504/97Art. 30-A. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em13desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos. (Redação dada ao caput pela Lei nº 12.034, de 29.09.2009, DOU 30.09.2009)§ 1º Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, no que couber. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 11.300, de 10.05.2006, DOU 11.05.2006)§ 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 11.300, de 10.05.2006, DOU 11.05.2006)

Acerca do art. 30-A da Lei n° 9.504/97, é importante a leitura da obra de José

Jairo Gomes:

(...)

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O termo captação ilícita remete tanto à fonte quanto à forma de obtenção de recursos. Assim, abrange não só o recebimento de recursos de fontes ilícitas e vedadas (vide art. 24 da LE), como também sua obtenção de modo ilícito, embora aqui a fonte seja legal. Exemplo deste último caso são os recursos obtidos à margem do sistema legal de controle, que compõem o que se tem denominado “caixa dois” de campanha.(...)(GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 8ª ed. rev. atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2012, p. 509)

O trecho acima transcrito da doutrina de José Jairo Gomes demonstra que o caso

presente se enquadra perfeitamente na hipótese legal de incidência, tanto por se tratar

do famigerado caixa dois de campanha, com recursos e gastos não declarados, como

também porque na campanha dos Investigados há recursos oriundos de fontes vedadas.

E nem há o que se discutir sobre o juízo de proporcionalidade entre a conduta ora

imputada e a sanção legal, de cassação de diploma. Primeiro, porque o caso presente

revela o famigerado caixa dois e em grande proporção, e não mera irregularidade na

prestação de contas, ou mesmo uma pequena doação oriunda de fonte vedada. Depois,

porque os valores envolvidos nos fatos imputados são exorbitantes, especialmente

quando considerado o valor das contas prestadas pelos Impugnados.

Somados o caixa dois e a lavagem de doação eleitoral, alcança-se seguramente um

valor que representa a proporção de mais de cinco vezes o valor de gastos declarados

pelos Impugnados.

VI. DA ABERTURA DA CONTA BANCÁRIA EM 27/09/2016. CINCO DIAS

ANTES DO PRIMEIRO TURNO. A CAMPANHA COMEÇOU DIA 16/08/2016. QUASE

UM MÊS E MEIO DEPOIS DE INICIADA. GRAVE IRREGULARIDADE.

Os candidatos impugnados apenas abriram sua conta bancária um mês e meio

depois de iniciada a campanha eleitoral, isto é, na semana que antecedeu as eleições de

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primeiro turno, exatos cinco dias antes ao dia da eleição, como se verifica dos cheques

anexados, onde consta “Cliente bancário desde: 09/2016” bem como do extrato bancário

que consta “27/09/2016 – Abertura”.

Tal omissão do candidato, em apenas abrir sua conta a 5 dias antes da eleição,

constitui falha gravíssima, por afrontar a Resolução TSE nº 23.463/2015. Ipsis Litteris:

Art. 7º É obrigatória para os partidos políticos e os candidatos a abertura de conta bancária específica, na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil.§ 1º A conta bancária deve ser aberta em agências bancárias ou postos de atendimento bancário:a) pelo candidato, no prazo de dez dias contados da concessão do CNPJ pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; b) pelos partidos políticos, até 15 de agosto de 2016, caso ainda não tenha sido aberta a conta de que trata o inciso III do art. 3º desta resolução.§ 2º A obrigação prevista neste artigo deve ser cumprida pelos partidos políticos e pelos candidatos, mesmo que não ocorra arrecadação e/ou movimentação de recursos financeiros, observado o disposto no § 4º. (grifou-se)

Tendo em vista que o candidato Impugnado teve seu CNPJ concedido em

15/08/2016, o mesmo teria até 25/08/2016 para abrir sua conta, sendo que extrapolou

o prazo, preferindo utilizar-se de caixa dois no período que deixou de abrir a conta, para

tocar os gastos diários de sua campanha.

 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

   CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA

  NÚMERO DE INSCRIÇÃO 

25.751.552/0001-62MATRIZ 

COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL

DATA DE ABERTURA 15/08/2016 

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NOME EMPRESARIAL ELEICAO 2016 LUPERCIO CARLOS DO NASCIMENTO PREFEITO 

TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) ******** 

Ora, considerando que todos os gastos de campanha devem transitar pela conta

bancária oficial, inaceitável a conduta do Impugnado, não havendo que se cogitar aqui, a

inexistência de gastos durante o período citado, pois, como já exposto incansavelmente,

o mesmo colocou sua campanha na rua desde o primeiro dia que foi autorizado pela

Justiça, isto é, dia 15 de agosto.

Impossível acreditar que o candidato apenas colocou sua campanha na rua há

exatos 5 dias antes da eleição, até mesmo porque, seria subentender que o mesmo foi ao

segundo turno sem a existência de qualquer campanha na rua, ou ainda, com campanha

unicamente nos últimos cinco dias que antecederam o primeiro turno.

Os tribunais têm entendido que tal irregularidade compromete a prestação de

contas do candidato, ensejando a reprovação, como se vê:

PRESTAÇÃO DE CONTAS. DE CANDIDATO. ELEIÇÃO PROPORCIONAL. CANDIDATO AO CARGO DE DEPUTADO FEDERAL. ELEIÇÃO DE 2014. IRREGULARIDADES. DESPESA REALIZADA APÓS AS ELEIÇÕES. ABERTURA DA CONTA BANCÁRIA FORA DO PRAZO. REGULARIDADE DAS CONTAS COMPROMETIDA. CONTAS DESAPROVADAS.1. Dado o grande percentual de despesas realizadas após o termo final, as contas devem ser desaprovadas.2. Prestação de contas desaprovada. (TRE-PB – PC: 78718 PB, Relator: RICARDO DA COSTA FREITAS, Data de Julgamento: 30/04/2015, Data de Publicação: DJE – Diário de Justiça Eletrônico, Data 13/05/2015)

RECURSO ELEITORAL. PRESTAÇÃO DE CONTAS. COMITÊ FINANCEIRO. ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. NOTIFICAÇÃO REGULAR. VIOLAÇÃO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO CONFIGURADO. ARRECADAÇÃO DE RECURSOS ESTIMADOS EM DINHEIRO ANTES DA DATA DA ABERTURA

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DA CONTA BANCÁRIA ESPECÍFICA. OMISSÃO DE RECIBOS ELEITORAIS. ABERTURA DE CONTA BANCÁRIA FORA DO PRAZO. DOAÇÕES ESTIMADAS EM DINHEIRO NÃO COMPROVADAS POR DOCUMENTOS FISCAIS OU TERMOS DE DOAÇÃO. IRREGULARIDADES. VÍCIOS INSANÁVEIS. DESAPROVAÇÃO. PERDA DO DIREITO DE RECEBIMENTO DE QUOTAS DO FUNDO PARTIDÁRIO PELO PARTIDO A QUE ESTÁ VINCULADO O COMITÊ. NEGADO PROVIMENTO.1- O recorrente foi regularmente cientificado sobre as impropriedades verificadas na prestação de contas, na forma do art. 47, § 2º da Resolução TSE n.º 23.376/2012, conforme assinaturas apostas nas fls. 24 e 25 dos autos. Ao contrário do que aduz, o procedimento estabelecido na norma supramencionada foi rigorosamente obedecido pelo juízo a quo, não havendo qualquer vício ao devido processo legal;2- Houve arrecadação de recursos estimados em dinheiro no valor total de R$11.000,00 (fl. 53), no dia 17/07/2012, antes da data da abertura da conta bancária específica de campanha eleitoral, ocorrida em 20/09/2012, contrariando o disposto no art. 2º, inciso III, da Resolução TSE n.º 23.376/2012;3- A agremiação partidária não apresentou os recibos eleitorais C450504626PA000001, C450504626PA000002 e C450504626PA000003, concernentes à arrecadação de receitas estimadas, conforme informação constante no Demonstrativo dos Recursos Arrecadados (fl. 53), infringindo o art. 4º da Resolução TSE n.º 23.376/2012;4- O comitê financeiro procedeu à abertura da conta bancária específica de campanha no dia 20/09/2012, conforme informação constante na Ficha de Qualificação (fl. 44) e extrato bancário (fl. 21), descumprindo o prazo de 10 (dez) dias para sua abertura, a contar da concessão do CNPJ, o qual foi emitido no dia 10/07/2012, conforme Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral, obtido no site da Receita Federal do Brasil, descumprindo a determinação do art. 12, § 1º, 'a' da Resolução TSE n.º 23.376/2012;5- As doações estimadas em dinheiro não estão devidamente comprovadas pelos documentos fiscais ou termos de doação designados no inciso II, do art. 41 da Resolução TSE n.º 23.376/2012, impedindo a Justiça Eleitoral de fiscalizar se os serviços doados se constituem em produto da atividade econômica dos doadores, na forma do art. 23, parágrafo único, da norma de regência;6- Conclusões expostas pelo setor técnico em ressonância direta com inúmeros precedentes desta Corte, que por sua vez qualificam tais irregularidades como vícios insanáveis aptos a ensejar a desaprovação das contas do comitê financeiro, com a incidência da sanção de perda do direito ao recebimento da quota do fundo partidário do ano seguinte ao trânsito em julgado da decisão, pelo período de 12 (doze) meses, período este proporcional às graves irregularidades delineadas na

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Page 9: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

fundamentação, nos termos dos §§ 3º e 4º do art. 51 da Resolução TSE nº 23.376/2012;7- Recurso negado provimento.(TRE-PB – PC: 78718 PB, Relator: RICARDO DA COSTA FREITAS, Data de Julgamento: 30/04/2015, Data de Publicação: DJE – Diário de Justiça Eletrônico, Data 13/05/2015)

Portanto, deve, a prestação de contas do Impugnado, ser rejeitada, tendo em vista

o claro indício de caixa dois.

VII – DO RECEBIMENTO DE VALORES FINANCEIROS EM PERÍODO ANTERIOR

À ABERTURA DA CONTA BANCÁRIA

O candidato Impugnado declarou, em sua prestação de contas, ter recebido o

valor de R$ 20.000,00 através de Transferência Eletrônica, no dia 08/09/2016, recibo nº

000771124910PE000001E e mais R$20.000,00, através de Transferência Eletrônica, no

dia 20/09/2016, recibo nº 000771124910PE000002E, sendo ambos os valores

advindos do fundo partidário.

Questiona-se, nesta oportunidade, como o candidato Impugnado pode ter

recebido tais valores em 08/09/2016 e 20/09/2016, se sua conta bancária apenas

foi aberta no dia 27/09/2016, nos moldes já demonstrados no tópico pretérito?

Certo que não existe tal possibilidade. Ora, em sendo assim, como o Impugnado

recebeu tal valor, considerando que todos os gastos de campanha devem transitar pela

conta de campanha? A resposta é simples e ainda mais concisa, levando a crer com

veemência na existência do caixa dois, e em fraude nos documentos apresentados pelo

Impugnado.

Diante de mais esse fato, traz-se à baila o entendimento dos tribunais pátrios

sobre o tema, que não hesitam em julgar:

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Page 10: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

PRESTAÇÃO DE CONTAS - CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL - ELEIÇÕES 2010 -REALIZAÇÃO DE GASTOS ELEITORAIS ANTERIOR À ABERTURA DA CONTA DE CAMPANHA E DA EMISSÃO DE RECIBOS ELEITORAIS - IMPROPRIEDADE QUE COMPROMETE A PRESTAÇÃO CONTÁBIL, NOS TERMOS DO ART. 1º, III E IV E § 4º DA RESOLUÇÃO 23.217/2010. IRREGULARIDADES EQUIVALENTES A UM MONTANTE DE QUASE 10% (DEZ POR CENTO) DO TOTAL DOS GASTOS DE CAMPANHA. NATUREZA INSANÁVEL DOS VÍCIOS, EXAMINADOS À LUZ DO SEU CONTEXTO PROBATÓRIO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE - DESAPROVAÇÃO.Nos termos do art. 1º, III e IV, da Resolução 23.217/2010, a arrecadação de recursos e a realização de gastos por candidatos, inclusive dos seus vices e dos seus suplentes, comitês financeiros e partidos políticos, ainda que estimáveis em dinheiro, só poderão ocorrer após a abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha e emissão de recibos eleitorais, sob pena de desaprovação das contas.Atingindo o montante das despesas irregulares quase 10% (dez por cento) do total dos gastos de campanha, e tendo os vícios natureza insanável, não se aplica o princípio da proporcionalidade, malgrado a boa fé nas informações prestadas pelo candidato.Desaprovação das contas.(TRE-RN – PC: 626168 RN, Relator: SARAIVA SOBRINHO, Data de Julgamento: 08/12/2010, Data de Publicação: PSESS – Publicado em Sessão, Data 08/12/2010)

Assim, diante de todo o exposto, pugna pela desaprovação das contas do

candidato, pois evidente o trânsito de recursos de forma alheia à prestação de contas do

Impugnado.

VIII – DA OMISSÃO DE DESPESAS. DO CAIXA DOIS. OS FORTES INDÍCIOS DE

FRAUDE EM DOCUMENTOS APRESENTADOS, QUANTO AOS MATERIAIS DE

CAMPANHA.

VIII.I – DA FREITAS “GRÁFICA”

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Page 11: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

Se verifica nesta prestação de contas, como já exposto através da Ação de

Investigação Judicial Eleitoral colacionada na íntegra nos autos da Prestação de Contas

dos Candidatos Impugnados, notadamente às fls. 44-88 do Processo n. 61-

56.2016.6.17.0117, que o mesmo iniciou sua campanha no prazo legalmente previsto

para tanto, com a presença maciça de material de campanha e despesas, sendo que até o

fim do mês de setembro, nada havia declarado à esta Justiça, como verifica-se da

documentação colacionada às folhas já elencadas. E ainda mais só abriu a conta de

campanha, um mês e meio após o início da mesma.

É de se anotar, ainda, que a gráfica utilizada pelos Impugnados para impressão de

seu material encontra-se, perante a JUCEPE – Junta Comercial do Estado de Pernambuco,

como sendo de “comércio varejista ambulante de produtos alimentícios prontos para o

consumo – vendedor ambulante de produtos alimentícios”. Basta mera consulta pelo

CNPJ da empresa (CNPJ n. 19.993.789/0001-57) no sítio eletrônico da JUCEPE

(http://iged.jucepe.pe.gov.br:8081/default.aspx) para se extrair tal informação, sendo

este, pois, apenas o ponto inicial que, dentro de um contexto doravante apresentado,

traz fortes indícios de burla à legislação eleitoral e a princípios basilares insculpidos na

Constituição e legislação de regência.

Sobre tal gráfica, verifica-se que o contrato firmado com a mesma, sem

testemunhas, juntado aos autos pelos Impugnados (f. 31-32), apenas constam

informações genéricas, sem a especificação do quantitativo de material contratado para

a campanha (seja por elementos específicos ou mesmo genericamente), donde, assim,

não se pode aferir a real correspondência da(s) tiragem(ns)contratada(s), conforme

exige a legislação de regência (art. 38, §1º, da Lei Federal n. 9.504/1997).

Ou seja, carece de maior investigação e apuração a fundo, por parte dessa Justiça

Eleitoral, a verdadeira e efetiva quantidade de material contratado, produzido e pago,

uma vez que a robusta quantidade de elementos de publicidade de campanha dos

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Page 12: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

demandados não parece condizer com o valor declarado e não pode ser, também,

comparada com os dados informados pelo contrato por eles apresentado.

Ademais, verifique-se que a Nota Fiscal da gráfica em comento, trazida aos autos

da Prestação de Contas às fls. 34, apenas fora emitida em data de 29/09/2016, isto é, 3

dias antes das eleições do primeiro turno, e em momento imediatamente posterior ao

Impugnado tomar conhecimento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral proposta pelo

Impugnante em seu desfavor, sobre esse mesmo tema, Ação esta tombada sob o nº

0000007-05.2016.6.17.0113.

Ora, desnecessário dizer que o Impugnado produziu amplo e vasto material de

campanha durante todo o primeiro turno, que iniciou-se um mês e quinze dias antes da

emissão da Nota Fiscal colacionada, não condizendo tal Nota Fiscal com a realidade no

que toca a data de sua emissão, nem tampouco com a quantidade e qualidade dos

materiais entregues pela suposta gráfica.

Sequer tal Nota Fiscal foi apresentada acompanhada do DANFE, documento fiscal

que deveria acompanhá-la.

Outro ponto que vale ser elucidado é que a Nota Fiscal em comento tem como

“Número da Nota 00000002”. Seria essa gráfica recém inaugurada, digo, inaugurada

apenas para confeccionar o material de campanha do Impugnado? Seria razoável

admitir que uma gráfica com capacidade de produzir o material deste porte esteja

emitindo Nota Fiscal de seus produtos pela segunda vez!?

Tal fato merece uma melhor elucidação, motivo pela qual se requer, nesta

oportunidade, que a mesma seja intimada a apresentar e trazer a conhecimento deste

Juízo, todas as Notas Fiscais e comprovantes de entrada/aquisição de matéria prima nos

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Page 13: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

meses de agosto e setembro, que servirão como embasamento e para alicerçar a

produção do suposto material por ela confeccionado.

Ato contínuo, questão bastante curiosa a respeito da gráfica e do seu contrato

juntado aos autos pelos demandados é também sobre a sua vigência. É de se perceber

que o ajuste contratual fora assinado em setembro, com vigência estipulada entre 1 de

setembro (início da contratação) e 1 de outubro (final da contratação). Mas como seria

justificada a propaganda já existente antes mesmo da data de existência do

referido contrato? É possível visualizar, da imagem abaixo colacionada e também as

apresentadas em anexo, que existia material de campanha, tal como perfurados,

santinhos, bandeiras, camisas, etc. que os Impugnados utilizavam antes do início da

vigência do contrato por ele colacionado, estando, pois, tais gastos sem qualquer

comprovação ou sustentáculo de legalidade.

Isto porque a campanha eleitoral iniciou-se em 16 de agosto de 2016, isto é,

cerca de 15 dias antes do início da vigência do contrato em tela, e, repise-se, um

mês e quinze dias antes da emissão da Nota Fiscal trazida aos autos, sendo que

diversos materiais de campanha já estavam produzidos no mês de agosto,

conforme vasta prova documental colacionada nesta oportunidade.

Ora, traz-se a conhecimento deste Juízo a foto de um “santinho”, bem como

perfurados e bandeiras, ainda no mês de agosto publicadas no Facebook do candidato a

vice-prefeito ora Impugnado, materiais estes em que já constavam as informações

referentes à gráfica que só fora contratada em setembro de 2016, como informado e

comprovado pelo próprio Impugnados às fls. 31-32 dos autos da prestação de contas.

Demais disso, tão flagrante a existência de fraude na presente, que o termo de

doação do candidato Impugnado para a candidata proporcional Cláudia Cordeiro do

Nascimento colacionado às fls. 35 dos autos da prestação de contas, datado de 08 de

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Page 14: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

setembro de 2016, se refere à Nota Fiscal nº 0002, apenas emitida em 29 de

setembro de 2016. Ora, como o candidato Impugnado poderia saber o número da Nota

Fiscal a ser emitida 21 dias mais tarde? Impossível. Assim, mais uma evidência de

montagem da prestação de contas em tela.

Vejamos a imagem da “gráfica” em comento:

Como se não bastasse, de modo a reiterar o raciocínio e a mácula existente

no que toca a essa “gráfica”, verifique-se que os cheques acostados pelo Impugnado

como sendo o suposto utilizado para o pagamento da mesma, cheque nº 001 no valor de

R$40.000,00 e cheque nº 002 no valor de R$ 19.999,99, foram ambos sacados na boca do

caixa, em dinheiro vivo, diretamente no banco, sem passar a alta cifra de R$ 59.999,99

pela conta bancária da suposta empresa, ou ainda, sem sofrer qualquer compensação

bancária, o que é de se estranhar ainda mais, ante todos os indícios aqui presentes e que

constitui grave irregularidade contábil, a viciar tal prestação de contas, de forma

insanável, ainda mais quando considerado todo o contexto que está inserido tal fato.

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Page 15: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

Acerca de tal fato, consigne-se que o proprietário da gráfica em comento, Sr.

Rubens Francisco de Freitas, confessou em seu depoimento nos autos da AIJE nº 7-

05.2016.6.17.0113, que “recebeu em espécie” parte da quantia referente a suposta

prestação dos serviços de sua gráfica, o que se mostra uma verdadeira afronta à

legislação vigente, que não permite a realização de pagamentos em dinheiro, por

consubstanciar caixa dois, e ainda, fraude na prestação de contas, tendo em vista a

utilização de dois supostos cheques pela conta de campanha dos Impugnados

como forma de realizar o suposto pagamento à gráfica em lume, sendo que

referido pagamento foi feito em dinheiro, como atestado pelo proprietário da

gráfica.

Resta evidente e patente, INCLUSIVE COM A CHANCELA E AQUIESCÊNCIA DOS

IMPUGNADOS, que houve produção de material de campanha sem contrato em

contrariedade ao que dispõe e exige a lei eleitoral. Também se está diante do dispêndio

de recursos sem que haja qualquer declaração à Justiça Eleitoral, constituindo-se, pois,

mácula gravíssima!

Segue a imagem referida no parágrafo anterior (também em anexo):

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Page 16: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

Além da publicação aqui exibida e das colacionadas em anexo, é possível extrair

diversas outras das redes sociais dos candidatos

(https://www.facebook.com/marcio.antony.3?ref=br_rs;

https://www.facebook.com/lupercio.carlos.3), que demonstram, à exaustão e evidência,

que já existia bastante material de publicidade eleitoral da campanha dos demandados

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anteriormente ao contrato firmado e apresentado nos autos e, muito provavelmente, à

soma de gastos bem maiores do que se encontra assentado no referido ajuste contratual.

Demais disso, é também curioso apontar que praticamente todos os contratos

juntados aos autos pelo Impugnados datam de setembro de 2016, quando a sua

campanha já estava na rua, de modo ostensivo, desde o mês de agosto, conforme

amplamente demonstrado. Em que parte da conta, então, encontram-se declarados tais

gastos?

VIII.II – DA “GRÁFICA” JENNIFER YASMIM DINIZ DUARTE DA FONSECA – ME.

Os mesmos indícios apresentados no tópico anterior, se mostram ainda

mais fortes quando analisada a documentação atinente à “gráfica” Jennifer Yasmim Diniz

Duarte da Fonseca – ME, CNPJ nº 26.284.559/0001-84, isto porque, referida empresa

não possui serviços gráficos em seu objeto social, sendo unicamente para serviços de

serigrafia, fotocópia de documentos, encadernação e plastificação, serviços estes

diametralmente opostos e diferentes dos que são empreendidos por uma gráfica, tendo

em vista que o maquinário utilizado para estes fins não são os mesmos utilizados para

rodar material em volume, como acontece em uma gráfica e realizado em tese pela

empresa em lume.

De outra banda, como forma de corroborar o entendimento aqui exposto,

verifica-se que a empresa em referência está instalada no mesmo endereço que a

“Freitas Gráfica”, possuindo, inclusive, e até mesmo, ambas empresas, endereço de e-

mail exatamente iguais. É o que se verifica das informações abaixo, extraídas da Junta

Comercial do Estado de Pernambuco.

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Page 18: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

Ainda mais evidente a possível fraude na prestação de Contas, quando em

consulta à Receita Federal do Brasil, verifica-se que a empresa em comento fora aberta

um dia após a vitória do candidato Impugnado no primeiro turno, isto é, a empresa foi

aberta no dia 03 de outubro de 2016, e ainda pior, até o dia 26 de outubro, não havia

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emitido nenhuma Nota Fiscal, tendo apenas emitido a que fora apresentada nesta

Prestação de Contas, o que é comprovado quando se verifica a numeração da Nota

colacionada ser 000001.

 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

   

CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA 

NÚMERO DE INSCRIÇÃO 26.284.559/0001-84MATRIZ 

COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL

DATA DE ABERTURA 03/10/2016 

NOME EMPRESARIAL JENNIFER YASMIM DINIZ DUARTE DA FONSECA 13705965450 

TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) DINIZ GRAFICA RAPIDA 

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL 18.13-0-99 - Impressão de material para outros usos 

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS 82.19-9-01 - Fotocópias 18.22-9-01 - Serviços de encadernação e plastificação 

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA 213-5 - Empresário (Individual) 

LOGRADOURO R SETENTA E DOIS 

NÚMERO 56 

COMPLEMENTO 

CEP 53.441-010

BAIRRO/DISTRITO MARANGUAPE I 

MUNICÍPIO PAULISTA 

UF PE 

ENDEREÇO ELETRÔNICO [email protected]

TELEFONE (81) 3020-2620

ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR) ***** 

SITUAÇÃO CADASTRAL ATIVA

DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL 03/10/2016 

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Page 20: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

 

Ora, evidente que tal gráfica se mostra como inexistente, tendo,

possivelmente, o candidato impugnado, se utilizado da mesma apenas para

emissão de Nota Fiscal e para tentar legalizar alguma mercadoria produzida em

outro local, ou em hipótese ainda pior, sequer houve material produzido, tendo

sido este meio apenas para maquiar despesas que inexistiram.

Ainda, assim como realizado pela “Freitas Gráfica”, o cheque nº 0008 de

16/11/2016 utilizado para o suposto pagamento da gráfica “JENNIFER YASMIM DINIZ

DUARTE DA FONSECA”, fora pago no caixa, em dinheiro, sem que tenha passado por

qualquer conta bancária da empresa, o que constitui grave irregularidade contábil, a

viciar tal prestação de contas, de forma insanável, ainda mais quando considerado todo

o contexto que está inserido tal fato.

Por tudo isso, requer, nesta oportunidade, como forma de angularizar e de fato

reconhecer a fraude que está a acontecer, que a empresa JENNIFER YASMIM DINIZ

DUARTE DA FONSECA, CNPJ nº 26.284.559/0001-84 seja intimada a apresentar as

Notas Fiscais de compra de insumos/matéria prima que serviu para a confecção dos

materiais supostamente por ela produzidos, bem como nessa mesma linha, para que

apresente as Notas Fiscais do maquinário utilizado para a produção dos adesivos,

perfurados, santinhos, faixas e praguinhas, necessários para produção de tais materiais.

IX. DAS OMISSÕES DE DESPESAS DE CAMPANHA, FORTES INDÍCIOS DE CAIXA

DOIS.

IX.I – DA GRÁFICA UNIPAUTA. A VERDADEIRA GRÁFICA DO SEGUNDO

TURNO.

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Page 21: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

O Impugnado deixou de declarar à Justiça Eleitoral, os recursos estimáveis em

dinheiro recebidos pelo partido Solidariedade, oriundos da Gráfica UNIPAUTA

FORMULÁRIOS LTDA, CNPJ Nº 35.593.706/0001-99, que, conforme documentos em

anexo, comprovam a confecção dos materiais pelo Solidariedade e a destinação dos

mesmos para a campanha dos candidatos Impugnados.

Ademais, a referida gráfica produziu material de campanha fora da tiragem

impressa nos materiais, constituindo um verdadeiro subfaturamento no quantitativo e,

por via de consequência, nos valores auferidos pelos Impugnados e supostamente pagos

pelo partido Solidariedade.

Assim, requer que seja intimada a referida gráfica, para que comprove através

das Notas Fiscais, todos os materiais produzidos para o Partido Solidariedade, CNPJ nº

19.424.970/0001-42, bem como para os Impugnados, CNPJ nº 25.751.552/0001-62,

como forma de averiguar-se de fato o quantitativo do material produzido.

IX.II– DAS DOAÇÕES PARA CANDIDATOS PROPORCIONAIS NÃO

DECLARADAS.

Mais um ponto que permanece às escuras e sem declaração é acerca da

propaganda casada com vereadores, em que os demandados não cuidam de emitir uma

frase sequer sobre o assunto, nem a demonstrar a realidade dos gastos envolvidos,

tendo em vista que todos os vereadores receberam material de campanha através de

doação dos Impugnados. A lei é expressa ao sacramentar o preceito de que “quando o

material impresso veicular propaganda conjunta de diversos candidatos, os gastos

relativos a cada um deles deverão constar na respectiva prestação de contas, ou apenas

naquela relativa ao que houver arcado com os custos” (art. 38, §2º, da Lei Federal n.

9.504/1997).

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Page 22: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

Ora, além da candidata proporcional Claudia, que o candidato Impugnado acostou

o termo de doação, existiram inúmeros outros candidatos que receberam material de

campanha, como santinhos, adesivos, perfurados, preguinhas, etc., mas que o

Impugnado não fez registrar uma linha em sua prestação de contas.

Como é o caso, conforme se verifica da documentação em anexo, de “Evodia de

Eliezer Rosa”, candidata sob o nº 77150; Marcos da Verdura, candidato sob o nº 77112;

Batata jogador, candidato sob o nº 77677; Baito, candidato sob o nº 77890, dentre

tantos outros que receberam material e o Impugnado não declarou qualquer gasto.

Apenas considerando as informações aqui trazidas, tem-se a omissão de

confecção por parte do Impugnado, de cerca de trezentas mil unidades de santinhos,

afora adesivos, perfurados, etc., confeccionados pelo Impugnado e doados aos

candidatos de seu partido.

Assim, a par de todas essas graves informações, pugna pela rejeição da prestação

de contas do Impugnado.

IX.III – DA NÃO COMPROVAÇÃO DOS GASTOS REALIZADOS COM PROGRAMA

PARTIDÁRIO GRATUITO DO RÁDIO E TELEVISÃO. DOS VALORES ÍNFIMOS COM

FORTES INDÍCIOS DE SUBFATURAMENTO.

O Impugnado, declarou, como havendo gasto a título de programa partidário

gratuito de televisão e rádio, a quantia de R$118.000,00, para os dois turnos, contudo,

não anexou a Nota Fiscal referente ao pagamento do mencionado serviço, e ainda,

sequer anexou o contrato firmado com a empresa produtora de seu programa

partidário.

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Page 23: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

Ora, com base em qual título o candidato Impugnado efetuou tal pagamento, que

sequer tem demonstrada a movimentação financeira no extrato bancário colacionado?

Por outro lado, o valor declarado e não comprovado está bastante aquém para o

tamanho e a qualidade do seu programa partidário na TV e no Rádio. Basta ver as

declarações dos candidatos majoritários de Olinda, que inclusive não disputaram o

segundo turno, ou ainda, os candidatos da Região Metropolitana de Recife, conforme se

verifica abaixo, para constatar o subfaturamento dos valores utilizados pelo Impugnado

em sua prestação de contas.

Há de se registrar, que o Impugnado teve durante todo o segundo turno, 10 (dez)

minutos de rádio e mais 10 (dez) minutos de televisão, afora o tempo de inserção de 30

segundos através das duas vias, o que fatalmente torna exponencial os valores

despendidos com a rádio e a televisão.

Basta que esse E. TRE solicite o orçamento a algumas editoras de vídeo, que será

constatado o ínfimo montante reproduzido na prestação de contas do Impugnado, que

inclusive e até mesmo, chega a ser inferior ao que foi pago por diversos candidatos que

apenas disputaram o primeiro turno, onde o tempo de dez minutos era dividido para

todos os candidatos que estavam disputando, o que, em tese, reduzia bastante os valores

cobrados pelas editoras de áudio e vídeo do primeiro turno.

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Assim, mais uma evidência, devidamente comprovada, de irregularidades

insanáveis utilizadas pelo Impugnado com o fito de maquiar ainda mais a sua prestação

de contas e tentar esconder as verbas recebidas e despendidas que transitaram

paralelamente aos meios legais e oficiais.

IX.IV – DOS SERVIÇOS DE ADVOCACIA PRESTADOS E NÃO DECLARADOS.

O Impugnado utilizou-se dos serviços advocatícios do escritório Wolney Queiroz,

conforme se verifica da documentação colacionada nesta oportunidade.

Acontece que não cuidou em declarar sequer um centavo de despesa com

referido escritório, e ainda, deixou de registrar, caso não tenha despendido recursos

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Page 27: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

financeiros com o mesmo, a entrada do serviço prestado como estimável em dinheiro,

com o eventual contrato de cessão não onerosa.

É de frisar que o referido escritório atuou durante toda a campanha dos

Impugnados, propondo demandas, bem como realizando a defesa dos mesmos nas mais

variadas instâncias, cartórios e temas, o que, não sairia por menos de R$ 56.000,00 todo

o trabalho empreendido de auxílio jurídico, de acordo com a tabela da OAB vigente no

ano de 2016, demonstrando, pois, clara omissão de despesa, posto não ter o Impugnado

declarado qualquer valor.

IX.V – DAS DESPESAS COM CAMPANHA NAS REDES SOCIAIS NÃO

DECLARADAS.

No que toca às despesas com campanha nas redes sociais, é de fácil verificação de

acordo com a documentação em anexo, e em consulta ao

www.facebook.com/professorlupercio que o Impugnado se valeu de maneira irrestrita e

diuturna, com farta equipe administrando suas redes sociais, de tal artifício, sendo que,

mais uma vez, deixou de declarar em sua prestação de contas, seja o pagamento do

valor, seja o contrato de cessão não onerosa para demonstrar a doação de recursos

estimáveis em dinheiro.

Tal serviço, levado a efeito de maneira indubitável na campanha do Impugnado,

acarretou na omissão de despesa na monta de, no mínimo, R$ 25.000,00, ou seja, quase

10% de todos os seus gastos, o que demonstra mais uma vez a irregularidade e o

descompromisso do Impugnado com a realidade, sendo mais um item a ensejar a

desaprovação de suas contas.

IX.VI – DA AUSÊNCIA DE DESPESAS COM O COMITÊ DE CAMPANHA.

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A fictícia prestação de contas de campanha dos Impugnados igualmente não

registra o gasto de um único centavo com a locação de imóvel, a instalação e

funcionamento de comitê de campanha, além dos pagamentos das despesas daí

decorrentes, como telefone e energia. E isso, não obstante o fato de que os Impugnados

tiveram pelo menos um comitê eleitoral instalado.

O aluguel de um imóvel, menor que seja, especialmente sendo ponto comercial,

custa no mínimo R$ 2.000,00 mensais, o que resultaria em R$ 5.000,00 durante o

período eleitoral, além dos custos de água, telefone e energia, totalizando R$ 6.000,00,

sem contar a mobília a ser usada no imóvel. Em assim sendo, somente com o comitê de

campanha cuja existência se comprova através dos documentos em anexo nesta

Impugnação à Prestação de Contas, os Impugnados gastaram R$ 6.000,00, valores não

declarados e provenientes do caixa dois de campanha.

IX. VII – DA OMISSÃO DAS DESPESAS REFERENTES A CONFECÇÃO DE

BANDEIRAS

O Impugnado registrou em sua prestação de contas, confecção de apenas um

modelo de bandeira, através da empresa Troia Industria, Comercio e Serviços, CNPJ nº

10.537.623/0001-51 quando teve mais de um tipo, conforme imagens abaixo:

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Page 29: Antônio Campos pede impugnação das contas de Lupércio

Assim, resta evidente mais uma omissão de despesa realizada pelo candidato

Impugnado, além de que a toda evidência a quantidade de bandeiras confeccionadas foi

bem maior que a declarada.

X – DA AUSÊNCIA DE ALGUMAS DECLARAÇÕES NO RECEBIMENTO DE

RECURSOS ESTIMÁVEIS EM DINHEIRO.

É de se chamar atenção que uma campanha no volume que teve a dos

Impugnados ter tão poucas doações estimáveis em dinheiro.

XI – INDÍCIOS DE UTILIZAÇÃO DE RECURSOS PRÓPRIOS ACIMA DE

R$31.210,79.

Há fortes indícios de que o Impugnado tomou diversos empréstimos pessoais

durante o período de campanha, sendo que apenas declarou o valor de R$ 31.210,79

como recurso próprio na campanha.

Assim, requer a V. Exa. que requisite aos bancos do Brasil, Bradesco, Caixa

Econômica Federal, Santander e Itaú, através de sua agência centro em Pernambuco,

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para que informem os empréstimos realizados pelo Impugnado durante o período de 15

de agosto a 30 de outubro de 2016.

Frise-se que tal procedimento é plenamente cabível, nos termos da Resolução

23.463/2015. Ipsis Litteris:

Art. 15. O candidato e os partidos políticos não podem utilizar, a título de recursos próprios, recursos que tenham sido obtidos mediante empréstimos pessoais que não tenham sido contratados em instituições financeiras ou equiparadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e, no caso de candidatos, que não estejam caucionados por bem que integre seu patrimônio no momento do registro de candidatura, ou que ultrapassem a capacidade de pagamento decorrente dos rendimentos de sua atividade econômica.§ 1º O candidato e o partido devem comprovar à Justiça Eleitoral a realização do empréstimo por meio de documentação legal e idônea, assim como os pagamentos que se realizarem até o momento da entrega da sua prestação de contas. § 2º O Juiz Eleitoral ou os Tribunais Eleitorais podem determinar que o candidato ou o partido comprove o pagamento do empréstimo contraído e identifique a origem dos recursos utilizados para quitação.

XII – DA NÃO DECLARAÇÃO DO TELEMARKETING REALIZADO.

O Impugnado realizou através de telemarketing, propaganda política e pedido de

voto para sua campanha.

Tal fato, devidamente comprovado nos autos do processo nº 0000077-

61.2016.6.17.0100, restou claramente configurado, de modo à Juíza da 100ª Zona

Eleitoral, responsável pela propaganda política, conceder uma liminar, colacionada em

anexo, determinando a imediata abstenção da realização de tal conduta expressamente

vedada por lei.

Assim, restando indubitável a contratação por parte do Impugnado de empresa

responsável por realizar telemarketing, nos termos da decisão mencionada que desse

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modo reconheceu, deveria o Impugnado ter declarado tal despesa, ou colacionado o

contrato de cessão de crédito não oneroso, declarando como recurso estimável em

dinheiro, o que deixou de fazer.

A supressão da despesa em lume pode atingir a monta de R$17.000,00, quando

considerados orçamentos obtidos através de websites que realizam serviço idêntico ao

contratado pelos Impugnados.

Acaso se entenda por melhor perscrutar o valor de tal contratação, requer que se

oficie 3 empresas do mesmo gênero, para que tragam a conhecimento deste juízo acerca

do valor cobrado pelas mesma em tal serviço.

XIII – DA CONTRATAÇÃO DE MILITÂNCIA EM MOTOCICLETAS PARA

TRANSPORTAR BANDEIRAS PELA CIDADE.

Mais uma omissão do candidato Impugnado pode ser constatada, quando se

assiste o vídeo em anexo, do qual se extraiu a imagem abaixo, onde se verifica a

existência de diversos militantes com motocicletas, contratados para andar a cidade e

acompanhar as carreatas, caminhadas e, nos horários que não existiam eventos oficiais,

rodar pela cidade com as bandeiras do candidato Impugnado alçadas nas motos.

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Questiona-se onde estão os mais de 100 (cem) militantes que se verifica

no vídeo colacionado em anexo, com suas motos, declarados na prestação de contas do

Impugnado? Não há.

Ora, Excelência, em um cálculo por baixo de 100 motos, a R$ 50,00 a diária,

considerando que ficavam circulando pela cidade durante todo o dia, podemos verificar

a omissão de despesa no importe de R$5.000,00 por dia, e deve ser registrado que não

foi apenas um dia que tais motocicletas estavam à disposição da campanha dos

Impugnados.

Portanto, evidente mais um caso de omissão de despesas e fraude na

prestação de contas dos Impugnados, devendo, pois, ser rejeitada.

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XIV- IRREGULARIDADES DIVERSAS

Um candidato ao cargo de prefeito que apresenta, em sua conjuntura pública e

política, cenário de fortes indícios de uso de dinheiro sob o manto de diversas

irregularidades, mormente quando considerada a existência de quase quinze dias de

campanha, sem a existência de qualquer relação jurídica às claras que embase os gastos

evidentes e realizados às vistas de todos, conforme já sucintamente demonstrado, não

pode, sob qualquer hipótese, eventualmente, se valer do argumento de que sua

campanha se encontrou amparada em voluntariado pela falta de recursos a tanto, posto

que também não existe qualquer doação, de quem quer que seja, de tais materiais

confeccionados no mês de agosto, para a campanha do Impugnados.

XV - DA NECESSIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA CONTÁBIL E FINANCEIRA

No caso presente, faz-se necessário que V. Excelência requisite junto ao E. TRE

dois auditores para realização de perícia contábil e financeira neste caso.

O E. TRE com base no Art. 63 da Resolução da Prestação de Contas, firmou

convênio com o Tribunal de Contas dos Estados, para verificação de contas, possuindo

quadro técnico a sua disposição, que pode ser requisitado.

Assim, requer:

Que defira a realização de perícia ou parecer técnico no presente caso,

convocando dois técnicos, ante a verossimilhança e gravidade do alegado.

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XVI – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS DE PROVAS E DILIGÊNCIAS

1 - Diante do exposto, verificando-se tantas questões irregulares que existem em

torno dos gastos de campanha dos Impugnados, no que toca ao primeiro turno das

eleições 2016, com a evidente e reprimível prática de caixa dois, abuso de poder

econômico e fraude, consubstanciado na não comprovação, efetivamente, da origem e o

quantitativo de todos os seus gastos de campanha com os documentos anexados à sua

prestação de contas, deve, a Prestação de Contas do Impugnados, ser rejeitada, nos

termos do Art. 43, §7º da Resolução TSE nº 23.463/2015.

2 - Afora isso, requer:

a) que as gráficas contratadas pelos Impugnados, CNPJ nº 19.993.789/0001-57,

CNPJ Nº 35.593.706/0001-99 e CNPJ nº 26.284.559/0001-84 sejam intimadas a

apresentar o quantitativo efetivamente produzido de material publicitário de campanha,

bem como a partir de quando começou, efetivamente, a prestar serviços para os ora

Impugnados.

b) que as referidas gráficas sejam intimadas a apresentar e trazer a conhecimento

deste Juízo, todas as Notas Fiscais e comprovantes de entrada/aquisição de matéria

prima e insumos nos meses de agosto, setembro e outubro que servirão como

embasamento e para alicerçar a produção do suposto material por ela confeccionado.

c) que a Justiça Eleitoral verifique e diligencie todas as denúncias de

inconsistências, omissão de despesas, caixa dois e fraude desta peça, tudo no sentido de

se respeitar a verdade eleitoral e a transparência das eleições, rejeitando as contas dos

Impugnados que mais parece uma ficção grosseira.

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d) requer que ante tantos indícios de irregularidade ora apresentados, nos

termos do Art. 64 da Resolução TSE n. 23.456/2015, sejam requisitadas informações

adicionais porventura necessárias para melhor elucidação dos fatos.

e) Que este Juízo requisite ao TSE a integralidade das Notas Fiscais Eletrônicas

emitidas contra os Impugnados, CNPJ de campanha nº 25.751.552/0001-62, para efeito

de comparação aos gastos declarados no primeiro turno e segundo turno, nos termos do

Art. 82 da Resolução TSE nº 23.463/2015.

f) que todos os fornecedores do Impugnados, por ele declarados, sejam intimados

a trazer um relatório do material fornecido, com quantitativo, qualidade e data do

fornecimento, em atenção ao permissivo do Art. 88 da Resolução TSE nº 23.463/2015,

sendo advertido que a apresentação de informações falsas sujeitará o infrator às penas

previstas nos Arts. 346 e seguintes do Código Eleitoral, sem prejuízo das demais sanções

cabíveis.

g) Desaprovadas as contas, que seja remetido cópia de todo o processo ao

Ministério Público Eleitoral para os fins previstos no Art. 22 da Lei Complementar nº

64/1990.

h) Que seja dado vistas ao Ministério Público, na qualidade de fiscal da lei e para

tomada das providências cabíveis.

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i)Que este Juízo oficie a Receita Federal do Brasil, a JUCEPE e a SEFAZ para que

tomem ciência acerca da presença de duas supostas empresas no mesmo endereço, o

que é vedado por lei.

j) Que oficie a TV Tribuna e a TV Nova pra que forneçam todos os planos de mídia

e o conteúdo dos programas veiculados, trazendo os arquivos em HD.

k) Que se oficie 3 empresas do ramo de telemarketing, para que tragam a

conhecimento deste juízo orçamento do valor cobrado pelas mesmas em tal serviço, bem

como 3 produtoras de vídeo, áudios e imagens para que apresente o orçamento de

confecção de guia eleitoral de rádio e televisão, sendo vinte minutos diários de televisão

e mais vinte minutos de rádio, além de cerca de 70 inserções de 30 segundos cada, de

áudio, para as rádios, e de vídeo, para as televisões.

l) que determine outras diligências que entender necessárias, ainda que ex officio.

Protesta-se, por fim, pela posterior juntada de novas provas, requisição de

documentos, diligências e outras que forem necessárias.

São os termos em que pede deferimento.

Olinda, 24 de novembro de 2016.

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BRUNO BRENNAND

OAB/PE nº 16.990

DELMIRO CAMPOS

OAB/PE nº 23.101

BRENO CARRILHO

OAB/PE nº 12.614-E

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