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  • JUSNATURALISMO; JUSPOSITIVISMO; JUSREALISMO.

    JUSREALISMO:

    Corrente de pensamento que se centraliza no aspecto prtico do Direito, no aspecto

    jurisprudencial; emprico; no esto focados no formalismo assim como os

    juspositivistas;

    Entendem que h influncia externas no processo de produo do Direito, moral, tica,

    valores e ideais; como implicao direta a figura do Juiz est supervalorizada enquanto

    instncia de produo jurisprudencial;

    Sua contribuio para a teoria do Direito est em que: elevam os elementos

    contaminantes categoria de importncia; Case Law; tem como base uma filosofia

    pragmtica; o seu problema est em limitar essas influncias no processo de deciso dos

    juzes; historicamente isto se refletia diretamente na questo racial; de forma que a

    partir da constatao da presena de elementos contaminantes, isto fundamentava

    imediatamente a segregao racial, por esta est inserida no imaginrio social, logo

    deveria ser aceita como fato incontestvel.

    Crtica ao juspositivismo:

    Crtica ao jusnaturalismo:

    A histria do pensamento jurdico e sua evoluo podem ser descritas pela disputa

    milenar entre o Direito positivo e o Direito natural. Hoje em nossos dias a polmica

    continua sob a fisionomia das alternativas, justia/segurana jurdica. Essa polmica

    atual se mantm, muito apesar de Hart de reconhecido e seu livro O conceito de Direito

    que todo o Direito positivo tem um contedo mnimo de direito natural.

    JUSNATURALISMO

    So dualistas no sentido de que admitem a existncia de dois Direitos: um positivo e

    outro natural;

    Carlos Santiago Nino: Introduo ao Direito, boa caracterizao do Direito Natural.

    Caractersticas: universalidade, imutabilidade; revelado e conhecido de alguma

    maneira; situa-se no aspecto racional;

    Jorge Delvquio:

    Gustavo Radbruch:ler apndice do livro Filosofia do Direito; cinco minutos de filosofia

    do Direito. Obs: 5 pg.

    O direito positivo s valido na medida em que esteja subordinado organicamente ao

    natural; deve est vinculado aos postulados desse direito; referenciais de variedade;

    relao de derivao daquele em relao a este; para um jusnaturalista cabe ao

    legislador concretizar os postulados do direito natural no positivo;ao se afastar desses

  • postulados sua obra perde credibilidade, vinculariedade, legitimidade. Para este

    existncia desse inquestionvel; o dualismo inerente a sua condio. Esse dispe de

    referenciais axiolgicos distintos do direito positivo. Sob o referencial jusnaturalista at

    o direito positivo pode ser ilegal;

    H um significado em dizer que uma lei injusta no lei; assumindo um sentido de

    contrrio de justo um juzo de valor; pois nessa assertiva.

    Sobre a origem do direito natural:

    - resultado da natureza humana; existe em qualquer lugar onde vivem homens; da

    razo, implica numa capacidade inerente aos seres humanos; teolgica.

    Certos postulados desse direito devem existir no sentido de estabelecer limites ao

    legislador;

    Ver Declarao de Independncia dos Estados Unidos; ver Declarao Francesa;

    Declarao Universal dos Direitos Humanas; Magna Carta;

    - Ver conceito de desobedincia civil; R. Dworking; h uma crtica a dispositivos legais;

    no contrrio ordem estabelecida; objeo de conscincia: no ir a guerra por razes

    inmeras.

    Texto para Leitura: Hans Kelsen: Teoria Geral do Direito e do Estado; ler

    apndice;

    - O QUE O DIREITO?

    Receber respostas a trs nveis; primeiro. Ontologicamente.

    O Direito um sistema normativo que impe um ordem coercitivamente;

    Como sistema normativo, est composto de normas; no entanto as normas so

    maioritrias; exclusivas. Essas normas so constitutivamentes sanes? Essas

    normas.

    Para muitos o Direito s est contido de normas, da a sua exclusividade;

    Para outros as normas so predominantes mas no absolutas dentro da

    constitutividade do Direito.

    Esta caracterstica, normativa, essencialmente constitutiva do Direito;

    Qual ento a fisionomia dessas normas?

    Para Kelsen essa norma tem como elemento constitutivo a sano; para ele o

    Direito um sistema de normas coercitivas, hierarquicamente estabelecido.

    J para Bobbio em Teoria do ordenamento jurdico, esse explicao no est

    satisfeita na medida em que no se pode definir o direito a partir das normas,

    pois so coisas diferentes. A coatividade, a sano, so atributos do Direito e

    no das normas. Sendo que a coero atributo do Direito, pode existir no seu

  • interior normas no vinculadas a sanes; isto , a sano no elemento

    constitutivo do Direito. A juridicidade no depende da sano, mas sim da

    pertena ao Direito. Um norma jurdica no porque coercitiva mais por

    pertencer ao Direito. Existem normas que no so sanes e sim organizam e

    estruturam o Direito;

    Para Hart o Direito tm dois tipos de normas ou regras.

    Primrias: regulam o comportamento do cidado: o proibido e o permitido.

    Secundrias: so as que verdadeiramente caracterizam o Direito, pois o

    institucionalizam e o estruturam; trs tipos:

    Regras de reconhecimento, definem que coisas entram no sistema e coisas que

    no entram jurdico; regras de alterao, estabelecem que regra primrias podem

    ser mudadas e que autoridade podem p-las ou coloca-las; regras de julgamento,

    definem que so responsveis pela sua aplicao.

    Dworking diz que o Direito no composto por regras; composto por dois

    tipos de normas: Regras e Princpios, esse ultimo mais importante.

    Prope uma nova tipologia.

    Normas Regras: regulam condutas;

    Normas Princpios: orientaes de moralidade.

    QUESTES LIGADAS A UMA PROPOSTA EPSTEMOLGICA PARA O

    DIREITO. Qual seria o objeto da cincia do Direito.

    Para um juspositivista: o objeto central seria a lei posta, escrita, positivada.

    Objetividade e neutralidade. Teoria pura do Direito: observa-se uma

    metodologia desprovida de todas as contaminaes possveis; estudo dos

    conceito comuns a todos os direitos. A crtica centra-se a sua pretenso

    universalidade, que no levou em considerao o contedo presente nas normas

    vigentes. A partir duma tradio Romana, dogmtica jurdica, que leva em

    considerao esses aspectos. sempre nacional e territorial.

    AULA DIA 18/06/13

    POSITIVISMO METODOLGICO: sobre o conceito de Direito, para esses,

    consideram este muito alm do sistema normativo posto.

    JUSTIA: primeira questo; ontologicamente o que ela , como se pode

    perceb-la? No um cdigo de dispositivos; no se expressa num conjunto de

    normas; ela se expressa numa maneira de dispor, de regular. maneira em que

    certas regulaes so postas; ela no um corpo de dispositivo, mas est dentro

    desse corpo. Ela uma idia que est contida nos dispositivos; idia que no

    garante uma objetividade, no possvel a absolutizar; envolvida por categorias

    lgicas relativistas-subjetivas.

    Para Tisset necessrio que haja entre os indivduos algo em comum pelo que

    seja estabelecida uma identidade parcial, para que se procure realizar entre eles a

    justia: quando no h medida comum, e portanto no h identidade, a questo

    da realizao da justia nem sequer tem de colocar-se. Dai a questo da

  • humanidade como critrio que baseia as semelhanas entre os seres humanos na

    terra. Como implicao a noo de direitos humanos como referencia imediata

    noo de justia; entre as vrias asseres do termo justia, uma varivel surge

    h um acordo no fato de que ser justo tratar da mesma forma os seres que so

    iguais em certo ponto de vista, que possuem uma mesma caracterstica, a nica

    que se deva levar em conta na administrao da justia.

    Perelman:

    Justia Formal ou abstrata: princpio de ao segundo o qual os seres de uma

    mesma categoria essencial devem ser tratados da mesma forma.

    Justia concreta: a cada qual a mesma coisa;

    Sua fisionomia no palpvel; ela um tanto idia, imaterialmente normativa;

    no percebida como dispotivo. uma idia que se objetivisa a partir duma

    conveno;

    O processo de objetivao se d dessa maneira: por meio dum consenso moral;

    por via duma conveno moral; a justia convencionada em determinado

    momento;

    A idia do justo sempre esteve em referencia a duas idias: felicidade e homem;

    a derivao tem em Deus; natureza dos homens; uma consequncia de uma

    experincia histrica; (REALE, O Direito como experincia). No obstante o

    relativismo e o subjetivismo, ela pode ser objetivada em certos postulados

    axiolgicos (valores) ou em certos procedimentos.

    Invariantes axiolgicas: valores; ideais morais;felicidade e homem;so o

    contedo do que justo; isso no mudou, o que ocorreu foi uma considervel

    abrangncia; so chamados de grandes Direitos; Vida, Liberdade e a busca da

    Felicidade; os Direitos Humanos o referencial do que justo por conveno.

    Haver a efetivao desses apenas a partir do ordenamento positivo; e somente

    atravs desse possvel a sua existncia prtica; da a fundamental interligao

    entre a noo de justia e Direito. No como coisas antitticas, mas como coisas

    complementares.

    Essas invariantes esto indisponveis ao legislador;

    Idia pela qual se entende que o homem tem o direito a realizao plena de suas

    potencialidades em um contexto de convvio social.

    Duas posturas: Perelman x Rawls.

    Prximo texto: Aristteles; tica nicomano; Grandes filsofos do Direito.

    Aula, dia 20/06/2013

    O Direito tem caractersticas imanentes, entre essas destaca-se os valores;

  • Todo o Direito tem uma composio moral; logo a moral elemento

    constitutivo do Direito; (Hart, o conceito de Direito); (Trcio Sampaio Ferraz

    Junior, ltima parte do cap. Moralidade do Direito; livro: int. ao estudo do Dir.).

    Existe um contedo mnimo de Direito natural em todo Direito Positivo; isto ,

    h certa perspectiva do bem e do mau; por isso, a todo direito positivo, lhe

    imanente a idia de justia;

    Para Hart, possvel descrever o Direito positivo sem se envolver no contedo

    moral;

    Para Hart e Trcio impossvel uma separao conceitual entre Direito e Moral;

    em outras palavras, imprescindvel a utilizao deste no processo de

    conceituao daquele; j para Kelsen e o ramo dos formalistas isso no h

    imprescindibilidade nisso.

    Aula dia 25/06/13

    Jean Bodin; sculo XVI; compreende que a soberania pertinente quele que

    tem a prerrogativa de fazer as leis; soberania e leis;

    Nicolau Maquiavel: conceito de Estado sculo XV.

    A partir desses entende-se que o direito consequncia do poder; associao de

    entre Direito e Poder tipicamente moderna;

    Direito alternativo: no-estatal; o direito do Estado, produzido pelo Estado;

    organismo; vincula ordens e pode faz-la se cumprir de forma legtima; segundo

    Weber; poder violente envolvido em contas explcitas de legitimidade;

    Estado, Ordem, Poder e Direito: se misturam dentro da expectativa moderna de

    pensamento;

    A apario do Estado Moderno significa uma ruptura com a idia jusnaturalista

    de Direito, ao trazer a noo de Estado e soberania fez se entender que o Direito

    provem do Estado;

    Num segundo momento: o Estado se apresenta como um poder socialmente

    predominante e supremo; significa que, no obstante as outras formas de poder,

    o Estado prevalece devido a abrangncia poltica social e normativa desse poder;

    porque esse poder possui meios e fora suficiente para se impor aos demais. A

    legitimidade desse poder ocorre na medida em que dentro da atuao normativa,

    sendo que essa atuao normativa tenha um fundamento democrtico, esse poder

    prerroga da utilizao da violncia; abrangncia, materialidade e legitimidade; a

    histria da apropriao do pensamento marxista pelo pensamento jurdica

    produz crticas desse pensamento jurdico? Em que nveis?

    O Direito est associado ao poder e dele depende; a idia do bem e do justo;

    Porque essa ordem protegida pelo poder; validade e eficcia para Kelsen num

    primeiro momento so coisas diferentes, mas num segundo essa concepo

    muda, isto , so fundamentalmente interligada; o Direito depende do

    comprimento da ordem para ser vlido; quando o poder se empenha na

    manuteno da ordem posta porque essa ordem preserva esse poder;

    As formas que tem o Direito derivam do contedo social;

  • Porque necessariamente Estado e Direito, conceitualmente so inseparveis.

    Anotaes de aula dia 27/06/13

    As formas que o direito assume esto correspondentes s suas funes;

    Formas aqui esto aqui assumem o sentido dado por Hart; ver este;

    Toda sociedade que assume certo nvel de desenvolvimento precisa do direito;

    pois uma sociedade primitiva, envolvida por relaes intersubjetivas limitadas

    em certo sentido, no precisam do direito; em sociedade desenvolvidas a

    engenharia normativa compe certo tipo de complexidade que necessidade

    corresponder a expectativas apresentadas;

    Ver A origem da famlia; F. Engels;

    Direito como fator regulador resultado duma vontade; regras, normas;

    O direito existe em toda a sociedade que tenha alcanado um nvel de

    desenvolvimento das relaes sociais;

    Direito: funes

    Regular; controle; represso; incentiva; o direito no apenas controla; coage,

    mas tambm estimula condutas; na sua produo pressupe de uma pretenso de

    eficcia; almeja-se uma determinada ordem social coesa e pacfica;

    Controla porque quer que as pessoas se comportem de certa maneira, fixando o

    legal e o ilegal; no se deixa a espontaneidade do sujeito;

    A represso, como elemento constitutivo do direito, uma alternativa fina que o

    direito tem e utiliza;

    No existe nenhum direito fundamental absoluto, o direito interpretativo;

    Legitimar o poder; institucionalizar o poder; estruturar o poder; ver Hart;

    Questo: entregar. Sendo que o direito um instrumento regulador da vida

    social a partir de uma conveno pica-moral (classista); responda: como o

    direito adqua-se s mudanas que na sociedade acontece.

    Anotaes de palestra do mestrado:

    Contribuio de Kelsen: Fundamento e Validade:

    O fundamento da ordem jurdica uma racionalidade axiolgica normativa, nela

    tambm est a idia do bem o do mal. Uma parte desse bem vai para o Direito, o

    mal descartado completamente.

  • Segunda parte do Curso; ultima unidade;

    A FISIONOMIA NORMATIVA DO SISTEMA JURDICO

    Sistema jurdico como sistema normativo deve assim ser identificado; logo

    possvel identificar a essncia do Sistema normativo; por que so dispostos

    normativamente; regulativos; determinam o que deve ser feito;

    A partir de outros pensadores percebe-se que nem todo conjunto de normas um

    sistema normativo; Joseph Raz; para que se faa um sistema normativo no

    basta um sistema de normas, seno que exista nesse sistema uma determinada

    sistemticas; entre elas unidas por algum elemento, que para Kelsen a norma

    fundamental e para outros a funo; por isso nomeados sistema normativa:

    agrupamento de normas sob uma lgica sistematizante; todo o sistema

    normativo ordena, regula e tem certa normatividade;

    Suas diferenas: tipo, maneira com que as normas so seguidas e aplicadas;

    H sistemas normativos que tem abrangncia normativa limita e outros

    abrangentes; h outros voltados para natureza diversas, no entanto todos esto

    voltados para as relaes sociais;

    Por que o direito um sistema normativo diferente de outros sistemas ?

    As respostas so de trs tipos:

    Em funo da coatividade existente no direito; em funo de possuir certo grau

    de institucionalizao, estruturalizao; em funo da sua dinmica, devido a sua

    supremitude, e abrangncia normativa ilimitada; nisso portanto a sua

    superioridade;

    A ttulo de concluso o sistema normativo superior a qualquer outro, pelo

    menos no mbito da territorialidade por ser supremo; a partir daquilo que dizem

    Hart, Kelsen, Raz e Reale; em outras palavras no podem ser centradas na

    sano, na organizao e to pouco na dinmica, separadamente.

    A sua superioridade est fundamenta no Estado; pois o Estado a organizao

    social predominante; tambm o nico que institucionaliza, regula, por isso a

    sua superioridade;

    Se o Estado aquilo que o Direito diz, ento h uma relao conceitual entre os

    dois;

    O sistema jurdico tambm um sistema normativo; se discuti agora o conceito

    de sistema jurdico como sinnimos;

    Qual a diferena entre o conceito de sistema normativo (jurdico) e ordenamento

    normativo;

    Ordenamento deixa claro a existncia duma ordem hierarquicamente

    estruturada; a partir de pensadores como Alchourn e Bulyguin se estabelece

    diferenas; ordenamento nesses assume maior amplitude do que sistema;

    Para esses existem vrios sistemas dentro de um ordenamento;

  • A partir da segunda metade do sculo XX o conceito de Sistema Jurdico

    expressa a sua amplitude e principalmente dinmica; para uns ainda so

    sinnimos, enquanto para outros no;

    Exemplos de sistemas normativos: Direito Cannico; Religio, regras de

    futebol;

    Hart escreve no livro o Conceito de Direito sobre as comparaes entre sistemas

    jurdicos; direito primitivo e direito internacional; base pra compreender a

    fisionomia do sistema jurdico; Hart no se apoia na sano para idntifica-lo em

    suas peculiaridades;

    Que tipo de relao h entre a regra de futebol e um sistema jurdico?; nota-se

    que h uma relaes de referencia daquela em relao a essa;

    Vs-se que a sano no privativa do sistema jurdico; bem presente nas regras

    de futebol(sistema normativo) atravs do carto amarelo;

    Aula dia 23/04/2013

    Denticos:

    Com o ps-positivismo trouxe uma leitura ao sistema jurdico que salvou a

    melhor parte do direito, dizendo que o direito no poderia est resumido em

    estruturas lgicas; ao formalismo; trazendo novas formas se entender a justia

    inserida nele; enquanto funo buscar a justia; centra-se no resgate daquilo que

    tinha de melhor o sistema jurdico, fugindo das formalidades lgicas; destacam-

    se os princpios dentro do direito; destaca-se o fato de que esses princpios do

    certo sentido ao direito; observando-lhe sob uma perspectiva teleolgica; fins

    que o direito persegue, os fins que o direito persegue;

    Para onde vai o direito; o melhor momento da histria do positivismo jurdico;

    no uma posio ou leitura unidimensional; no puramente positivista, nem

    normativista;

    Discute-se principalmente;

    O direito fundamentado no num sistema lgico, mas axiolgico em que se

    destaque os princpios;

    Perceber que esse paradigma est inserido dentro do ps segunda guerra

    mundial, num contexto de crtica ao nazismo; d-se credibilidade s estruturas

    normativas, no entanto dando acentuao sobre o seu contedo;

    A ordenao hierrquica do sistema jurdico corresponde a uma necessidade de

    se prover meios para que as normas que o compe no entrem em caos;

    Por ser ordenado hierarquicamente cria-se uma forma de harmonizar as vrias

    autoridades que lhes so pertinente;

    Hart destaca que o sistema jurdico previsibilidade; o que proibido e o que

    permitido; certeza de que existem sanes j previstas;

    H a necessidade de se diferenciar dois grandes modelos de sistemas jurdicos;

    o modelo ingls e o modelo brasileiro; isto , uma piramidal e outra no-

    piramidal; h a necessidade, no primeiro caso, de se basear no pensamento de

    Hart; no segundo caso em Kelsen que se fundamenta;

  • SISTEMA JURDICO PIRAMIDAL

    Ocorre naquele em que uma constituio encontra-se no topo do ordenamento

    jurdico; enquanto fundamento para essa ordem normativa; ela o ponto de

    partida de todo sistema; na medida em que tudo que v contra ela considerado

    como patologia jurdica porque ela vinculativa; isto , obriga todos; ponto de

    partida; referencia obrigatria; dela deriva a estrutura de todo sistema e toda

    autoridade; quando uma autoridade vai contra ela, h notrio suicdio, pois a

    constituio o ponto que fundamentaria a sua existncia; no pode ser

    modificada pela autoridade que dela deriva; a menos que ela diga que deva ou

    que possa se alterada; a sua rigidez corresponde a uma necessidade de

    permanncia da consistncia do sistema; negaria a previsibilidade e sua certeza;

    em outras palavras, quando determinadas necessidades normativas em nome de

    si.

    Por que ela ponto de partida e referencia? Seria um resumo daquilo que

    almeja a comunidade poltica; porque ela estabelece os parmetros principais;

    da a sua indisponibilidade para os que esto no poder; ela no pode ser a bola

    da vez; em nome da previsibilidade e certeza; no entanto ela pode ser alterada,

    sob uma lgica de adaptabilidade; obvil que isto no pode ocorrer sob critrios

    de irresponsabilidade e vontades transitrias;

    Outras caractersticas so: rigidez; serve como garantia moral; econmica;

    poltica;

    No existe um sistema jurdico estvel sem a estabilidade da constituio; no

    se cumprir a sua funo se o sistema jurdico no preserva o princpio da

    rigidez;

    Existem dois modelos possveis; Unitrio e Federal; aquele dispe de uma s

    constituio, esse prerroga de constituies em seus Estados; no podendo nem

    um desses modelos prescindir da constituio em seus processos de produo

    normativa;

    Como se d a concretizao dos parmetros gerais e grandes disposies

    previstas numa constituio? O sistema jurdico convive com outros sistemas

    normativos, da mesma maneira que o Estado convive com outros centro de

    poder; destaca-se duas qualidades: que este sistema normativo, o jurdico

    dinmico, no sentido de aberto, como Hart fala da dinmica quando fala de

    regras de alterao, por conviver e compartilhar com outros sistemas

    normativos assumindo outra caracterstica, ser aberto, no sentido de Ras; isto ,

    porque normas de outros sistemas normativos podem ser acolhidos dentro do

    sistema jurdico, isto sob certos procedimentos. A exemplos de questes de

    ensinamento e moral; regras do cristianismo;

    Para Ras existe outra caracterstica: abrangncia normativa ilimitada

    (compreensiva) que significa que ele tem o poder de estende a sua

    normatividade a outros campos; a exemplo do contraditrio e da ampla defesa

  • nas relaes particulares dentro das escolas particulares; direito do torcedor;

    porque a ordem jurdica alm de pretender ser supremo;

    Texto para prxima leitura: 66 102;

    Pensamento sistemtico e conceito de sistema na cincia do direito; Canaris.

    Obs: nota de leitura Longe de ser uma aberrao, como pretendem os crticos do pensamento sistemtico, a ideia do sistema jurdico justifica-se a partir de um dos mais elevados valores do Direito,

    nomeadamente do princpio da justia e das suas concretizaes no princpio da igualdade e na tendncia

    para a generalizao (3"). Acontece ainda que outro valor supremo, a segurana jurdica, aponta na

    mesma direo.

    Nota essa que adere-se perfeitamente a noo de vontade que est sendo posta em questo por Canaris;

    nos seus termos esto sendo utilizados os conceitos de unidade interna da ordem jurdica e adequao

    valorativa; essa unidade uma unidade pretendida, em outras palavras, surge como uma vontade

    amparada por uma pretenso objetivista da cincia do direito. A autor mostra a inaplicabilidade do

    conceito lgico-formal ou axiomtico-dedutivo (muito partcula s cincias exatas); dizendo que a

    unidade interna de sentido do direito, que opera para o erguimento em sistema, no corresponde a uma

    ideia de justia de tipo lgico, mas antes do tipo valorativo ou axiolgico. importante salientar que no

    est se pondo em questo a unidade (reconduo da multiplicidade do singular a alguns poucos princpios

    constituitivos) interna do sistema jurdico, mas sim o fundamento dessa unidade interna: o que est

    pautado sobre um raciocnio lgico-formal ou axiomtico dedutivo; sendo proposto um de natureza

    teleolgica no sentido de realizao de escopos e de valores. O sistema est aqui sendo caracterizado

    como ordem teleolgica de princpios gerais do direito. Ou ainda tambm com ordem de valores.

    Princpio - Valor; quele j est vinculado certo grau de concretizao ao passo que a esse no. Valor

    Princpio Conceito;

    Aula dia 25/07/13

    Como o sistema jurdico diferenciado; ele por ser um sistema normativo

    inteligente; consegue garantir em grande parte os seus objetos embora grandes

    sejam as imperfeies; por estes motivos: ele tem certas regras que dificilmente

    se acharo em outros sistemas normativos; o direito como sistema normativo

    inteligente ao ponto de criar mecanismos de erradicar e combater suas

    imperfeies; ele procura a sua perfeio, assim como a sua completude,

    coerncia.

    Ele tem um atributo que o distancia de outros sistemas normativos; Imperativo

    Sistmico de Correo; h exemplos do tipo: veto, recursos, revogao, no

    sentido de eliminao; parte desse imperativo esto nas regras para introduzir

    normas (incorporao), assim como em regras para excluir normas; as de

    introduo so associados a certos procedimentos que devem ser respeitados sob

    pena de que a no utilizao dessas regras, incorre na invalidade dessa norma; se

    a norma for contra esse procedimento dever ser considerada como invlida e

    dever ser retirada do ordenamento; pretenso sistmica de correo; essa

    considerada uma leitura formal;

  • Regras de eliminao; os filtros tem o sentido de preservar a sade do sistema,

    para que no entrem e permaneam ali bactrias que possam produzir patologias

    no sistema; filtros que se ativam quando h normas pretensas a entrar dentro do

    sistema, dispostos a expulsar aquelas que no seguem os procedimentos de

    insero dentro desse sistema; parmetros para a introduo: consistem em

    estabelecer quais as autoridades normativas, quem pode ou no pode, e quem

    so essas autoridade; delimitam as competncias dessas autoridades, isto , que

    competncias tem essas autoridades? Consistem em determinar os

    procedimentos;

    Nem todos os processos de produo legislativa obedecem a esse conjunto de

    procedimentos;

    Regras de preveno ou mecanismos preventivos: comisses legislativa;

    Produzidas pelo judicirio bem como pelo executivo; sob critrios de

    verificabilidade tcnica ou poltica;

    Medidas provisrias produzidas pelo executivo tambm so submetidas a

    critrios de verificabilidade, tcnica ou poltica;

    A idia de que o sistema deve ter completude; no sentido de que no dever

    haver lacunas; sob necessidades de que o sistema tenha coerncia; tenha

    completude e tenha unidade;

    A unidade uma exigncia sistema; em todos os sistemas jurdicos ela existe;

    pois sem esse critrios; a completude no uma realidade e sim uma pretenso

    dos sistemas jurdicos; as lacunas so inevitveis; j para Kelsen as lacunas no

    existem; so justificaes ideolgicas para pretenses no legais;

    Uma lacuna uma previso ausente; no teria como o constituinte prever, por

    exemplo, o inicio da segunda guerra, no preveu situaes juridicamente

    concretas; reconhecer as lacunas implica em reconhecer esse fato;

    Correo: qual importncia tem o imperativo sistmico de correo; sua

    importncia est em que indica o caminho moral que deve seguir o processo

    legisferante; como verdade; como justia; ao mesmo tempo que existem

    correes por exigncia normativa; existem por exigncia moral; aquele

    conceito diferencia-se daquele; sem esse imperativo no haveria possibilidade de

    se garantir a manuteno de sua ordem;

    No somente existem autoridades para esses procedimentos; s vezes a prpria

    lei ;

    Ver Noberto Bobbio; Teoria do Ordenamento; Unidade, Completude e

    Coerncia; art. 62 da CF;

    Aula dia 30/07/13

    Tudo isso ajudar a estudar a maneira como est composto o sistema; o direito

    como sistema normativo est composto por normas; nos ltimos tempos o

    direito veio sendo explicado como conjunto de enunciados normativos; a teoria

  • jurdica sofre uma virada: duma posio que admitia que o direito era composto

    por normas em que a sano se enquadra como elemento singularizador; para

    um posio que admite que este est composto por um conjunto de enunciados

    normativos; quela posio esto inseridos Kelsen e Austin; Radbruch destaca-

    se entre os que rompem com uma viso centrada na idia de sano como

    elemento explicativo e diferenciador; entre esses destaca-se tambm Bobbio,

    quando afirma em teoria do ordenamento jurdico que as normas devem ser

    observadas em conjunto; seguida pela contribuio de Hart no que trata as regras

    primrias e secundrias; Dworking tambm contribui no sentido de que entende

    o sistema jurdico como sistema normativo que tambm esto compostas por

    normas de coao; resumido: o sistema jurdico um sistema de elementos

    compostos nos quais esto contidos elementos de natureza coativa tambm.

    Cabe ainda destacar Alchourson e Bulyguin, quando dizem que o sistema

    jurdico est composto por enunciados, entre esses, alguns normativos e outros e

    outros no normativos; dentica: teoria das normas, ou disciplinas das normas;

    nesses termos o sistema jurdico assume outra fisionomia, fazendo que a sano

    deixe de ser elemento constitutivo da norma; surge a questo: o que so as

    normas jurdicas? Qual a caractersticas dessas normas que lhe garanta a sua

    juridicidade? Como chamar de sistema de normas aquilo que est composto no

    s por normas? S resta uma redefinio daquilo que se entende por normas

    jurdicas. A singularidade dessas normas jurdicas, como qualquer outro

    enunciado deriva do fato de pertencer a uma ordem normativa; correspondendo

    em suas expectativas estruturalizantes e organizativas.

    O que d aos enunciados no normativos fora jurdica? O fato de estarem

    dentro do sistema; necessrio observar que essa definio deriva dum processo

    terico-explicativo;

    Procurara definir o sistema jurdico como sistema normativo d a vantagem de

    admitir outros elementos que constituem, alm de normas, outros tipos de

    enunciados: que estruturam, que organizam; as normas so enunciados que

    estabelecem uma proibio, uma obrigao e permisso.

    Sendo a singularidade das normas jurdicas a sua pertena ao sistema jurdico,

    supera-se a restrio da discusso que centrava-se na sano como elemento

    diferenciador; alm do mais existem normas que esto fora do sistema e que

    esto compostas de sanes; logo, por no estarem inseridas no sistema, no

    dispe de juridicidade;

    06/08/2013

    A norma jurdica constitui elemento de muita relevncia dentro do sistema

    jurdico

  • Os princpios, a partir de Dworking, so muito relevantes

    As normas possuem contedo e esses contedos possuem princpios e valores;

    As normas se agrupam dentro do sistema jurdico, considerando hierarquia,

    contedo, parmetros;

    Ross: As normas s vezes esto dentro do sistema mas sua validade s pode ser

    dita quando aplicada (eficcia)

    Validade a existncia fsica da norma dentro do Direito, Ross;

    Argentinos separam existncia de validade, e entre ambos, se introduz um outro

    conceito, a pertena;

    EXISTNCIA PERTENA VALIDADE EFICCIA VIGNCIA

    Norma jurdica: Regras e princpios;

    Regras: proibido, obrigatrio, permitido;

    No tem porque os princpios estarem institucionalizados, mas sua aceitao e

    sua utilizao para resolver casos concretos, demonstra que eles existiam mas s

    entram no sistema na deliberao dos magistrados, ou sempre estiveram ou

    estavam no sistema chamado de imaterialmente normativo;

    Existncia um conceito distinto, prprio que pode ser visualizado num sistema

    por meio de seus efeitos;

    A pertena significa que aquela norma jurdica est fisicamente dentro ou fora

    de um sistema; isso significa que ningum revogou expressamente a norma; que

    a norma pertence ao sistema. A norma tem que est disponvel para produzir

    efeitos; a norma tem que estar disponvel para ser utilizada, e espera-se que

    produza os efeitos e os resultados que o legislador deseja;

    Para que uma norma exista, necessrio que ela pertena ao ordenamento

    jurdico;

    Kelsen, para uma norma ser vlida, basta pertencer a um ordenamento jurdico e

    estar disponvel para ser aplicada, cumprida;

    Para a aplicao de uma norma passa primeiramente pela discusso se a norma

    vlida ou no;

    A questo da validade est ligada num sentido formal-procedimental do direito;

    A aplicao de uma norma depende da validade da mesma;

    O conceito bsico da discusso jurdica norteia-se em torno da validade;

    Uma norma estar vlida, no sempre significa que essa est disponvel;

  • A produo de certos resultados almejados, pressupe a vigncia, e s est

    vigente aquilo que considerado vlido;

    Uma norma que no est vigente no pode ser utilizada;

    Uma norma pode estar vigente, logo disponvel, isso supe sua validade. Mas

    estando disponvel, sendo valida e formando parte do sistema, isso no garante

    que ela tenha os resultados almejados, isto , a eficcia no depende diretamente

    da vigncia; muitas razes pode produzir a eficcia ou ineficcia de uma norma

    num sistema jurdico.

    A eficcia exige que a norma esteja vigente, como a vigncia exige a validade.

    Mas no em sentido contrrio, porque a norma pode ser vlida, mas no estar

    vigente, ou ela estar vigente sem que isso garanta sua eficcia.

    Se uma norma for revogada, nenhuma discusso mais cabe norma;

    A revogao supe que uma norma no poder mais ser exigida, e portanto no

    se poder esperar mais dela, resultados;

    H dois tipos de revogao: eliminao (expressa ou tcita) e recusa; Guligin

    Quando uma norma pode ser considerada parte de um sistema jurdico?

    Produo: uma autoridade normativa, seguindo seus poderes a eles conferidos e

    respeitando os procedimentos pr-estabelecidos, produz as normas, que tambm

    deve ter um contedo aceito para no romper com a plataforma axiolgica do

    ordenamento jurdico;

    Toda norma produzida dentro dos preceitos legais, deve ser promulgada;

    A promulgao o inicio (nascimento) de uma norma jurdica; E depois

    somente s publicar;

    O conceito de validade um conceito polissmico, em correspondncia se

    atribuem a ele, varias atribuies;

    Kelsen, existncia fsica. Para ele validade sinnimo de existncia;

    Realistas, validade sinnimo de eficcia;

    Ento se cria uma similitude entre os conceitos validade e vigncia;

    S vlido aquilo que justo;

    Outra definio, validade como legalidade;

    Tradicionalmente, o conceito de eficcia perpassa por conceitos de eficcia

    tcnica e eficcia social;

    Em toda norma h uma razo para ao;

  • Os juristas no gostam de discutir eficcia social, dizem que essa pauta para

    socilogos;

    Exigncia sistmica: as normas tem certa misso com face ao sistema, algumas

    ordenam o sistema, outras estruturam o sistema, outras do poderes a

    autoridades normativas do sistema, e outras introduzem, ativa, regulam o

    mecanismo de autodefesa do sistema, nada a ver com a questo social e

    normativa diretamente. uma questo mais sistmica. Ela no tem fins

    normativos, nem estritamente, nem diretamente sociais, se no sistmica. Esto

    ali para organizar o sistema. No esto ali para organizar uma conduta.

    A eficcia sempre pressupe a validade.

    Geralmente, aquela autoridade que pode revogar leis a mesma que pode

    produzir;

    correto falar de revogao como eliminao, mas tambm existe uma outra

    forma de revogao, pois no se pode revogar aquilo que no est no sistema,

    existe uma revogao prvia, que seria a recusa, a rejeio;

    A afirmao revogam-se todos os dispositivos em contrrio, revoga-se tudo

    que contrarie a lei vigente;

    Tem uma forma de revogao que no eliminao. Quando torna-se

    inaplicvel uma norma, ela tambm est revogada, embora continue dentro do

    sistema normativo;

    A inaplicabilidade outra forma de revogao;

    Se uma lei inaplicvel, significa que esta lei perdeu sua vigncia;

    **** LEITURA DO ART. 62 para a aula de 13/08/2013

    Aula dia 08/08/13

    SISTEMA JURDICO NACIONAL

    Fundamento de validade do sistema jurdico brasileiro;

    Muito caracterstico do direito brasileiro em comparao com o sistema jurdico

    alemo, no que tange a produo terica, a baixa aceitabilidade das teorias

    jurdicas, frente prxis do STF;

    O sistema normativo composto por enunciados, que podem ser normativos

    bem como no normativos;

  • Normas, definies; enunciados cuja caracterstica distintiva a sua validade no

    Brasil; isto , leve-se em considerao sua territorialidade;

    Considere-se os fundamentos desse sistema jurdico, que esto vinculados a

    outros pela sua origem romanista; Itlia; frana;

    Compartilha com outros os fundamentos de validade; o Ingls por exemplo;

    compartilha razes; fins; valores; isso faz com que o direito nacional se

    diferencie de outros sistemas jurdico; seguindo outros valores e postulados

    axiolgicos; pode ser considerado novo frente a outros; a exemplos dos sistemas

    jurdicos europeus;

    Esse sistema jurdico que, apesar de ser curto, j passou por vrias experincias

    em sua trajetria;

    O objeto do estudo o sistema atual; tem como ponto de referncia o ano de

    1988; a promulgao dessa constituio trouxe ao sistema jurdico nacional a

    fisionomia atual; em termos filosficos, normativo, sistmico e tica, que podem

    ser considerados atuais; inegvel os desvios; mudanas;

    Dentro duma perspectiva histrica; esse sistema pode ser dividido em trs fases:

    no sculo XIX; com a promulgao da constituio de 1824; os segundo

    momento o momento republicano federativo; a partir do movimento

    republicano do final do sculo XIX, que desemboca na proclamao da

    repblica de 88; afasta-se dum modelo monrquico pra se encontrar com um

    modelo democrtico federativo-republicano. As experincias histricas nos

    mostram que os paradigmas inseridos nessa constituio so de natureza:

    americana, francesa e Inglesa; o sistema jurdico brasileiro institucionaliza um

    caminho pautado por noes de direitos inalienveis;

    J num terceiro momento; com incio na constituio de 1946; retorna a um

    sistema jurdico constitucional democrtico; isto tudo ps Estado Novo; entrada

    numa nova viso constitucional; no mais liberal, mas sim social; esta

    constituio no foi distinta frente as outras; foi a superao frente as outras;

    Estado Constitucional diferente de Estado com uma constituio;

    Um Estado com uma constituio um Estado que funciona sob uma lgica

    institucional; o que no garante que ele seja constitucional no sentido

    democrtico;

  • O centro da discusso em torno da constituio de 88 era fundamentado

    paradigmas bem definidos: o modelo russo e o modelo norte americano; a

    constituio tambm resultado desse confronto: no sentido poltico, ideolgico

    e moral; as constituies so resultados de arranjos poltico-ideolgico entre trs

    foras polticas que estavam na constituinte; no pode ela ser considerado como

    um invento; pois o Brasil tinha um histrico constitucional; venceu o modelo

    que defendia o republicanismo, a democracia, o federalismo e o capitalismo;

    Os prembulos compe os princpios basilares da constituio;

    PREMBULO

    Ns, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrtico, destinado a assegurar o

    exerccio dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurana, o

    bemestar, o desenvolvimento, a igualdade e a justia como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia

    social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a soluo pacfica

    das controvrsias, promulgamos, sob a proteo de Deus, a seguinte

    CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

    Reflete tambm valores e objetivos almejados; o conceito de instituir reflete

    bem essa idia;

    As constituies so programticas; estabelecem limites; delimitando seus

    valores e sua atuao;

    Trabalho: identificar as Autoridades Normativas segundo as pessoas jurdicas de

    Direito pblico:Unio, Estados e Municpios; Espcies Normativas ou Dispositivos

    Legais; Imperativo de Correo(enunciados que estabelecem esses imperativos; ver

    sobre as instituies e procedimentos) isso como introduo para o estudo do artigo 62

    da CF;

    Pesquisar em comentrios em livros de direito constitucional: Gilmar Mendes; Coelho;

    Branco; Livro Uadi Bulos;

    Identificar o artigo primeiro da CF est toda a indicao para identificar os objetivos do

    trabalho; Estado Federal distinto dos Estados Federados; pessoa jurdica distinta; os

    municpios esto dentro do Estado, se constituem de uma estrutura distinta dos Estados

    aos quais ele est submetido; o distrito Federal uma estrutura distinta do municpio e

    dos Estados; art. 18; art. 44; 78; 99.

    Quatros Nveis: cada uma desses espcies tem a competncia pra produzir certas

    espcies normativas; seguindo o princpio da hierarquia; quem pode? Quem no pode?

    Quem organiza? Quem estabelece o mbito de abrangncia;

  • Estado Democrtico de Direito: juno de dois conceitos para dar sentido de que os

    poderes esto limitados; freios e contrapesos; nenhuma est sobre o outro, equilbrio e

    harmonia; separao de poderes; como garantia das liberdades;

    Fundamentos: 1- A soberania; 2- A Cidadania; 3- A dignidade da Pessoa Humana; 4- os

    Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 5- O pluralismo poltico.

    Aula dia 13/08/13

    Aplicao, desenvolvimento, hermenutica argumentao;

    Estudo sobre a Lei de Introduo s Normas do Direito Brasileiro

    Entre as suas caractersticas: um dispositivo legal sistematizador; embora no tenha

    natureza constitucional, uma lei ordinria, cujo papel no sistema jurdico nacional de

    muita relevncia; em termos de sistematizao, ela se enquadra no rol de dispositivos

    como a Constituio, Cdigo do Processo Civil, do processo penal, e smulas do STF;

    um dispositivo to distinto do CC, que ao invs de estar composto por regras,ela o

    exemplo de um dispositivo principiolgico; cada um do seus artigos poderia ser

    utilizado como exemplo de um princpio, suas formulaes e seus iniciados so por esse

    motivo atemporais; basta ver as conjunturas histricas s quais ela foi submetida no

    ultimo sculo; os princpios que ela contm, no so dirigidos somente ao juiz ou ainda

    ao legislador; seno que esses princpios so dirigidos a uma sistemtica.

    Ela diz sobre as orientaes: do direito que tem validade no territrio brasileiro;

    resolveria qualquer coliso entre regras; pois mostra formas de resoluo de antinomias;

    ela no evita lacuna, mas mostra como resolve-las; mostra o procedimentos aos quais

    uma lei deve ser submetida afim de que ingresse no sistema jurdico;

    Atividade: Ler;

    1- Encontre exigncias para a validade de dispositivos no sistema jurdico nacional;

    2- Encontre duas exigncias para a permanncia de dispositivos e suas normas no

    sistema jurdico nacional;

    3- Encontre diretrizes sobre revogao, seja no sentido de eliminao ou de

    rejeio;

    4- Encontre previso e preocupao com a eficcia de dispositivos e normas do

    sistema jurdico nacional;

    Lembrar que o sistema jurdico tem uma natureza territorial; o direito criado

    para ter validade, atuando sobre pessoas e fatos;

    5- Encontre diretrizes que confirmam a lei como um dispositivo para a correo do

    sistema;

    Para a casa entregar quinta (dia 22/08) encontre essas mesmas coisas a partir do art. 7

    ao 19;

  • Aula dia 20/08/2013

    Interpretao do Direito : Referencia de Leitura para as aulas (Lareng: Metodologia da

    Cincia Jurdica; cap. Desenvolvimento Judicial do Direito)

    No pode se limitar a semntica; lingustica; deve se ater vontade do

    legislador histrico.

    A interpretao do direito no deve ser reduzida a uma questo de lgica; corre-

    se por isso no risco de cair no formalismo;

    Prefere-se uma interpretao dinmica e relevante; o direito se interpreta numa

    onda de dialtica estimativa; no existe interprestes mudos, surdos, isolados do

    contexto social, isolado da mdia, de precedentes, do contexto internacional; o

    interprete est aqui nesse mundo compartilhando de elementos comuns a uma

    comunidade poltica; no pode portanto est limitado questes de natureza

    semntica; no pode est fundamentado em questes procedimentais: em que

    tudo se resolveria ao se seguir regra pr-estabelecidas.

    So duas as posies interpretativas:

    Uma de tipo lgico, procedimental; semntico; formal.

    Uma de tipo mais aberto, fixado em questes consubstanciais; centrado no

    contedo de um tipo teleolgico;

    A sociedade busca se aproximar mais de uma posio do segundo tipo; pois a primeira

    limita-se a subsumir os casos em certas hipteses e de a tirar uma concluso, ao passo

    que a segunda posio rege-se por anlises contextualizantes, levando em conta

    questes de natureza consubstancial.

    Cinco operaes: Interpretao; Subsuno; Silogismo; Aplicao; Argumentao.

    Interpretao: supe situar-se na inteno do legislador histrico; saber que se

    apresenta inicialmente um fato; previsto na hiptese de incidncia em algum

    enunciado de direito, implica em ser jurdico; o que cabe a ns como jurista

    saber se esse fato tem uma previso jurdica visando saber qual a sano

    aplicada quele. Analisando o enunciado o jurista constata se estes que esto

    dentro do caso, comprova que estes esto na previso do enunciado; sabendo

    disso, busca-se saber quais so as implicaes.

    O Juiz produz interpretao vinculante, que em suma significa que as suas

    decises so capazes de produzir leis, ou transformam-se em leis.

    a primeira operao por ns feita; pois o direito nos dado; para interpret-lo

    utilizamos um raciocnio; visando decifrar o sentido e alcance desse tal

    enunciado que se coloca diante de ns; composto por etapas:

    Sentido: descobre-se se de obrigao; qual a inteno do legislador;

    Alcance: quais so os fatos que podem ser includos no enunciado? Qual os

    sujeitos que includos nesses fatos podem ser alcanados pelo enunciado;

    Fechada: formalista, procedimental;

    Aberta : se orienta fins e consubstancialidade;

  • Premissas: a maior o enunciado de direito; premissa menor o fato jurdico;

    Tipologia Clssica

    A interpretao foi estudada historicamente por juristas; a mais clssica

    tipologia divide o conceito em:

    Objetiva: defende que a norma, uma vez produzida, no depende mais da

    subjetividade do legislador que o produziu, e por isso o interprete precisa buscar

    no enunciado o sentido; no sendo necessrio recorrer;

    Subjetiva: o intrprete deve buscar os fins, os fundamentos ltimos, presentes

    no legislador;

    Nos ltimos tempos entende-se que essa separao no boa; defende hoje que

    o intrprete usa das duas coisas; da mesma maneira que analisa o enunciado, no

    pode deixar de lado a inteno do legislador. To pouco pode se ignorado o

    texto, e to pouco pode ser desconsidera a inteno. Nos enunciado lingusticos

    esto contidos para o intrprete limites: Lareng fala sobre cnones ou critrios

    interpretativos: o primeiro deles o sentido literal do texto; entende que o

    interprete deve responder aos problemas lingusticas; Lareng no absolutiza a

    importncia da questo lingusticas, indo contra os filsofos analticos; Carlos

    Ccio introduz uma questo, ao relacionar toda intrepretao a uma viso

    individual presente no intrprete, destaca que essa viso deriva das suas

    experincias jurdicas e pessoais; a partir desses clssicos a interpretao torna-

    se complexa.

    A partir duma perspectiva lingustica surge uma nova tipologia:

    Literal:

    Restritiva: no sentido de que o intrprete atribui um sentido menor ao dado pelo

    legislador;

    Extensiva: atribua ao significa um sentido mais amplo do que aquele do

    legislador.

    Entenda-se que essas no so excludentes.

    Deve-se entender que a questo interpretativa uma questo lingustica, no

    entanto, no essencialmente lingustica.

    Para os argentinos est em questo tambm os valores; muitos utilizam o

    conceito de hermenutica; no sentido de que hermenutica uma interpretao

    aberta (Gadamar); e que a interpretao deve acontecer de maneira

    contextualizada; com a realidade, com os fins, no sistema, e contextualizado no

    enunciado objeto da interpretao; para o juristas os filsofos trouxeram o

    conceito de pr-compreenso; Ross, no livro Direito e Justia; mostra que o

    jurista tem uma forma de perceber o direito de forma diferente (ou tcnica) da

    pessoa comum (no-tcnica). Existe no entanto um denominador comum entre

    as duas: ambos compartilham uma conveno pico-moral. Assume esse

    conceito fundamental importncia, enquanto legitimador das decises judiciais;

    Mtodo do Direito: Raciocnio Normativa Jurisprudencial.

  • As cinco operaes ativam-se quando um juiz enfrenta, pela suas competncias

    um caso, e ao conhecer desse fato ou situao, ir ao direito procurar a melhor

    soluo, como dizem os clssicos, o melhor direito.

    Aula dia 22/08/13

    Analisar conflitos; estudar conflitos; ponderar os interesses das partes, tudo a

    partir da previso legal;

    O circuito este: Caso =- Juiz =- Direito =- Melhor Direito

    Subsuno __ Silogismo

    a operao mental pela qual o Juiz faz que se corresponda entre o caso e uma

    norma do direito. Nessa anlise mental subsume o caso a uma determinada

    norma do direito para, a partir de ento, poder dizer se esse conflito jurdico ou

    no; constata a relao jurisdicional; a importncia est em procurar ali as

    consequncias previstas pelo direito s partes em conflito. Uma vez que ele

    possa fazer essa operao, diante dele forma a seguinte equao: P.M

    (encontrada no direito) P.m (encontrada no caso) = S (soluo do caso). Ele

    tem o dever jurdico e institucional de procurar uma soluo, chamado de

    princpio da inafastabilidade. Certo de que existe o conflito, subsumvel a uma

    norma de direito, desta o direito derivar a soluo. A subsuno teoricamente

    estimativa ao passo que o silogismo lgico.

    Essa operao junto com o silogismo podem ser entendido como o ncleo

    central do raciocnio jurdico; ambas so relacionadas, porm diferentes.

    A relevncia do Juiz; realizar institucionalmente o direito, produzindo

    uma deciso vinculante;

    Quando se fala de subsuno e silogismo, a primeira diferena uma

    operao de estimativa, em que o jurista (juiz) coloca em jogo todos seus

    valores, idias, ideais, seus preconceitos, sentimentos, pr-compreeno;

    toda a sua subjetiva; nisso se entende o conceito de estimativa,

    deontolgico; em que o juiz trabalha com as variveis de incidncia;

    nesse momento que vale toda a postura tica do juiz; enquanto o

    silogismo essencialmente lgico, porque nela acontece a relao de

    premissas (maior, normativa; menor, ftica); nele se relacionam as

    premissas derivando dela a soluo; uma relao em que as PM e Pm

    resultam na S. Essa soluo no ter outra fisionomia, seno a jurdica;

    dentro dela que estar a norma jurdica concretizante: aquela que contm

    a deciso do direito e nela o melhor direito.

    Crticas: essas duas operaes no podem se reduzir a uma formalismo

    operacional do jurista; elas exigem do juiz um compromisso com certos

    valores e postulados essenciais do direito. Essa uma crtica da cincia

    jurdica ps-moderna; pois no sculo XVIII, depois da escola exegtica

    influenciada pelo cdigo de Napoleo, essa metodologia formalista era

    corrente. Uma segunda crtica est em que, na passagem do caso ao

  • direito, ocorre tambm por fora da anlise, ele voltar a ver se o que est

    previsto na norma jurdica aplicvel ao caso novamente; esse conceito

    tambm entendido com crculo hermenutico. No sentido de retorno

    contnuo. As provas enquadram-se nesse aspecto como controle de

    subjetividade, elemento importantssimo dentro dessa anlise; prova

    pericial; ocular; embora esses elementos estejam inseridos, so

    submetidos em ultima instncia anlise do jurista; retornando aos

    conflitos subjetivos presentes no interior dos sistema de pensamento do

    jurista. Na tradio jurdica a premissa maior sempre foi aquela em que o

    fato subsumido. No se deve confundir artigos com normas; o juiz que

    vai resolver o conflito, deve-se ir s regras de competncia. Falar de

    premissa maior (norma) obriga-nos a entender essa expresso no sentido

    amplo. Por outro lado no possvel analisar um fato sem o contexto em

    que este esteja inserido; levado em considerao o contexto, foge-se da

    pretenso neutralidade do jurista;

    A quinta crtica; se verdade que o silogismo essencialmente lgico,

    deve-se dizer que essa operao lgica no acaba com todo o raciocnio

    jurdico; a argumentao jurdica no pode se confundido com a lgica

    formal, pois vai alm; nem tudo lgica dentro do raciocnio do jurista;

    o realismo contribuiu no sentido de por em foco a questo antropolgica;

    ao sempre tratar dessa questo com um olhar bem personalizado; em

    outras palavras, o elemento cientfico.

    Aula dia 27/08/13

    Nos ltimos tempos a teoria do direito esteve muito alinhada com o resultado da

    produo dos juzes;

    APLICAO

    uma atividade exclusiva das autoridades normativas; aqueles que tem poderes e

    competncias dentro do direito pra produzir direito; uma das maneiras de realizao

    dessa prtica a aplicao; abstendo-se ou cumprindo; usufrurem daquilo que o direito

    estabelecer; a realizao um conceito amplo do qual Aplicao espcie; que se

    divide em especial: porque o prprio direito diz em que circunstancia pode-se ou no

    aplicar o direito, tambm porque essas autoridade tem o dever de concretizar o direito(

    aplicando em casos concretos; tambm para Hart; segundo o qual as regras de

    julgamento garantem a eficcia; tambm porque o juiz produz o direito; durante anos

    a teoria jurdica negou a possibilidade do juiz produzir direito, sendo centraliza apenas

    nas normas gerais e abstratas; no nosso sistema jurdico (romano-germanico) teve

    sempre receio; hoje se reconhece com muita facilidade que essa uma produo

    legislativa concreta e particulares ao passo que dentro das normas gerais era ao

    contrrio; Angel: diz que o juiz um legislador concretizante, no introduz no sistema

    regras gerais e abstratas, mas concretiza-as dentro desse sistema; bem diferentes

    daqueles que produzem normas que necessitam outras normas; produz normas regras:

  • Proibio, obrigao e proibio (so chamados modais denticos). importante por

    outro motivo: porque nesse processo a aplicao supe uma deciso, essa deciso um

    ato de vontade com transcendncia; uma deciso que conclui at aqui todo o processo

    que supe as outras etapas; uma deciso que vem da relao entre PM----Pm =

    Deciso, conclui por isso o raciocnio na justificao atravs da argumentao, que

    supe mostrar argumentativamente que esse o melhor direito.

    So defensores do status quo; so partes da estrutura do poder, esto ali para defender

    o direito, e a defesa do direito supe a defesa do sistema; a responsabilidade que carrega

    essa deciso de carter transcendente, nela vai a sublimizao do direito e no

    fundamentalmente das partes; equacionam os conflitos, mediam os conflitos, mas

    sobretudo protegem o direito. Essa deciso uma deciso do poder; o juiz pe um fim

    institucional ao caso conflitivo. Entre o Silogismo e a Aplicao h uma sistematizao,

    no sentido de que considera toda a produo dogmtica sobre o caso pertinente

    concatenao e organizao. Por isso que a deciso tambm de relevncia terica; toda

    a deciso dum juiz, por mais simples, de grande relevncia para a teoria jurdica

    devido a todo um conjunto de elementos utilizados dentro daquele processo;

    Exigncias de introduo para validade da deciso:

    A deciso tem que estar dentro das competncias do juiz; Tem que ser inferida de uma

    norma vlida do direito; essa deciso tem que ser o resultado de um procedimento pr-

    estabelecido no direito, ou seja, o devido processo legal; e como parte desse

    procedimento a deciso deve ser veiculada numa sentena; a deciso tem que respeitar

    valores que o direito tem; tem que satisfazer a idia de justia que o direito contm; a

    importncia dela est em que valoriza o contedo da deciso; necessrio que esta

    ultima satisfaa a pretenso moral de correo. Estas quatro exigncias de introduo

    so fundamentais em termos de validade.

    O juiz tambm est sob o controle do direito, em que a sua deciso pode ser modificada,

    apreciada e inclusive revogada pelas instncias superiores; em favor dela h, no entanto,

    a presuno de validade.

    Por que a deciso de um juiz pode ser modificada e revogada? Primeiro porque um das

    quatro exigncias podem no terem sido levadas em considerao; por existirem

    instancias superiores de controle; por existir os erros pessoais; por existir os imperativos

    de correo, enquanto suprimidores de patologias. Uma deciso quando, j dentro do

    sistema, considerada patolgica, pode ser expulsada imediatamente, levando-se em

    considerao os prazos de imputabilidade.

    Quando o juiz decide no est pensando na satisfao das partes, mas sim na realizao

    do direito.

    Aps todas estas consideraes o juiz apresenta-nos a sua deciso. Parte desse contedo

    deve ser justificada, em que ele nos mostra que essa deciso o melhor direito atravs

  • da ratio decidendi: razes da deciso. Em que ficam fundamentadas as suas decises e

    justificadas em ultima instncia.

    Ver Alf Ross Direito e Justia; Ferraz Junior e Reale: parte de Interpretao e Deciso

    As trs primeiras podem ser

    Aula dia 29/08/13

    ARGUMENTAO

    As diferenas entre subsuno e silogismo; dialtica estimativa no raciocnio do

    jurista; no processo de interpretao a partir duma lgica circular hermenutica est em

    jogo os elementos pr-compreensivos tcnicos; o juiz obrigado a ser imparcial pra

    pretender ser justo; ele precisa apresentar a sua deciso no s s partes, mas tambm

    comunidade jurdica sociedade a qual ele serve, ao sistema, enviando a este uma

    norma jurdica concretizante. Esta deciso deve ser justificada; Atienza diz que no se

    trata de explicar essa deciso, mas de explic-la;

    Diferenas entre justificar e explicar. A primeira diz respeito a apresentar as

    razes; para isso tece argumentos;(grandes autores: Atienza: a essncia do direito;

    Perelmam: tratado de argumentao, tica e Direito, parte de argumentao; Trcio

    Sampaio, ultima parte: o direito como aplicao. A argumentao tem trs ambitos: o

    juiz o nico que argumenta; o mbito da produo(geral e abstrata); que tem duas

    fases, discusso e produo; o segundo mbito: o da explicao, da cincia, no sentido

    de que se criticam as teses, levante-se argumentos; e o terceiro mbito: o da aplicao.

    Da o fato de que o juiz o nica que obrigado argumentar; sob orientao da

    constituio (art. 93); para Atienza diz que argumentao estabelecer uma a partir da

    relao de duas premissas e ento retirar da uma deciso; mas no cabe s identificar as

    premissas, cabe tambm justifica-las. Deve tambm apresentar o percurso que o juiz

    realizou em seu raciocnio, isto , dizer com que aconteceu o circulo hermenutico,

    quais foram as variveis de incidncia que ele levou em conta, que peso tiveram as

    provas, quais ele est utilixando, quais ele no utilizou, porque escolheu umas e

    desconsiderou as outras, porque um peso maior entre a que escolheu em detrimento das

    outaras, apresentar as razes, apresentar todo su raciocnio, construir um discurso

    argumentativo que pretende persuadir ao auditrio universal (Perelmam) que essa

    deciso o melhor direito, isso argumentao.

    Qualquer ente racional dever estar em condies de aceitar a deciso do juiz e

    sua justificativa. Para tanto, essa deciso e sua justificativa tem que est marcada pela

    racionalidade, que relevante porque significa certeza. Um juiz no pode ser

    dominado pelas emoes em funo da segurana jurdica; h a necessidade do controle

    dessas, e esse controle que resulta numa objetividade em sua argumentao levando ao

    o mximo de racionalidade. A racionalidade um exigncia de todo Oe qualquer

    discurso argumentativo.

  • Junto a racionalidade tem que levantar-se na argumentao o elemento imparcialidade;

    porque isso que trar a esse discurso a confiana, a aceitabilidade; que implica em o

    juiz no agir no sentido de prejudicar as partes. A racionalidade e a imparcialidade, so

    as duas exigncias essenciais pra se pretender que um discurso argumentativo tenha

    aceitabilidade em face de um auditria universal. O juiz precisa apresentar todo seu

    raciocnio pra alcanar as duas exigncias acima; esse dever uma forma de controle

    sobre o juiz. Ento esse controle possvel inibe qualquer tipo de desvio na sua funo de

    administrar a justia; o juiz no est a pra aplicar o direito como tradicionalmente se

    entende, o juiz est a pra administrar a justia; no apenas no sentido da busca pela

    eficcia do direito; visa sim, fazer com que o direito atinja seus fins, atinja o ideal de

    justia na sociedade; o controle da sua atuao estar centrada na sua argumentao; na

    tradio romana sempre houve um receio com relao aos juzes; a que os juzes

    tivessem muito poder; tanto que na era napolenica, houve a negao da possibilidade

    de interpretar o direito, limitando-os apenas a aplicao; isso no foi possvel por estes

    motivos: o juiz uma autoridade normativa, ento tem poderes, embora no tenha tanta

    liberdade em sua atuao. Ele controlado pelos tribunais superiores, pela sociedade,

    pelos rgo de imputabilidade. Terceira razo: o juiz deve ser consciente das suas

    responsabilidades, social, moral; devem saber que aquilo que dizem assume grande

    repercusso no mbito social; a sua deciso vlida apenas prima-face, podendo ser

    derruba, impugnada; etc. exceto o STF; STJ.

    A teoria jurdica em que se apoia tudo isso : o juiz deve apresentar as suas

    razes ento assim ser controlado.

    O discurso argumentativo jurdico construdo a partir de normas, a partir de um

    sistema jurdico postos, nisso se percebe a sua diferena frente a outros discursos; por

    isso Atienza diz que existe um grande diferena entre argumentar juridicamente e a

    retrica, que a argumentao est sujeita a regras, regas postas no direito e dentro dessas

    regras, as processuais. Eno o juiz no to liver, ele tem limites. Ele no pode o que

    quer. A argumentao jurdica assim como todo raciocnio judicial, embora possua o

    silogismo e a lgica, ultrapassa-os. O formalismo da lgica se mostra incapaz de

    demonstrar toda maneira de todo pensamento normativo jurisprudencial. Aqui no se

    trata de verdades absolutas, mas do razovel, elemento essencial dentro do processo

    argumentativo. Por muito venervel que seja um tribunal, nunca poder se demonstrar

    que um crculo quadrado.

    A argumentao depende da racionalidade, da razoabilidade, imparcialidade para

    ser aceita.

    Modelos de argumentao para Angel; o primeiro: legalista-formalista: aquele em que

    os argumentos principais sobre o qual gira todo o discurso argumentativo legal, que

    faz uma leitura isolacionista frente outras possibilidades; segundo modelo: Poltico;

    aquele em que razes de convenincia poltica, econmica, social, circunstanciais, so a

    sustentao principal da deciso. O ultimo o moral-axiolgico: a sustentao do

  • discurso por via dum princpio do direito, no que inexistem outras, mas estas so as

    principais sustentaes;