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ANO XXIX- Nº. 351 Mês de Dezembro de 2011 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Castelo Branco TAXA PAGA Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011 Publica-se na última semana de cada mês Mensário Regionalista Fundador: DOMINGOS ALVES DIAS Director JOSÉ FAIA P. CORREIA Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84 30 Anos ao serviço do nosso Concelho Número Avulso: 0,80 A Casa do Concelho e o jornal “O Concelho de Vila Velha de Ródão” desejam a todos os seus associados, assinantes e amigos um Feliz Natal e Próspero 2012 SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA VELHA DE RÓDÃO LUIS PEREIRA REELEITO PROVEDOR DA MISERICÓRDIA A COLHEITA DA AZEITONA, FEGA DE 2011 E, mais uma vez se manteve a tradição Pág. 15 Pág. 3 Promoção turística de Ródão ganha Prémio APOM 2011 Pág. 5 foto: Zé Eduardo Editorial Pág. 2

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ANO XXIX- Nº. 351 Mês de Dezembro de 2011

O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

Castelo BrancoTAXA PAGA

Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011

Publica-se na última semana de cada mês

Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS

DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA

Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84

30 Anos ao serviço do nosso Concelho

Número Avulso: 0,80

A Casa do Concelho e o jornal “O Concelho de Vila Velha de Ródão” desejam a todos os seus associados, assinantes e amigosum Feliz Natal e Próspero 2012

SANTA CASA DAMISERICÓRDIA DE

VILA VELHA DE RÓDÃO

LUIS PEREIRAREELEITO

PROVEDOR DAMISERICÓRDIA

A COLHEITA DA AZEITONA, FEGA DE 2011E, mais uma vez se manteve a tradição Pág. 15

Pág. 3

Promoçãoturística deRódão ganhaPrémioAPOM 2011

Pág. 5

foto: Zé Eduardo

Editorial Pág. 2

Page 2: ANO XXIX- Nº. 351 Mês de Dezembro de 2011 O CONCELHO … · com perguntas banais e simples. Eu acredito que os resultados tenham sido manipulados, de modo a aparecer um resultado

DEZEMBRO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO2

Crónicas de um paraísoà beira do Tejo…

"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"Propriedade e editor: Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão; Nº Registo Pessoa Colectiva: 502 377003 - Registo de Imprensa: Nº108771 - Depósito Legal: Nº. 4032/84 - Director: José Faia P. Correia([email protected]) - Presidente da Direcção da Casa do Concelho: Elísio Carmona([email protected]) Composição: João Luis Gonçalves Silva ([email protected]). Impressão:Jornal Reconquista - Castelo Branco. - Colaboradores: Alexandra Fernandes, Ana Martins Camilo, AntónioFernando Martins, António Silveira Catana, Elísio Carmona, Emílio B. Pereira Costa, Fabião Baptista,Joaquim Dias Caratão, Jorge Manuel Cardoso, José Carlos Belo, José Emílio Ribeiro, Luis Ribeiro PiresCorreia, Manuel Antunes Marques, Maria Dias Belo Carepo, Mónica Santo, e O. Sotana Catarino. Sede,Redacção e Administração: Av. Almirante Reis, 256 - 1º. Esqº. - 1000-058 LISBOA - Tel.: 218 494 565N.B. - Toda a correspondência deverá ser enviada para a redacção. As opiniões expressas nos textospublicados em "O Concelho de Vila Velha de Ródão" apenas reflectem os pontos de vista dos seus autores.Assinatura anual: •Território nacional - 8,5 € • Estrangeiro -12,5 € Tiragem mensal: 1 500 ex.

* Largo da Graça, 63-D 1170-165 LISBOA* Rua Seminário, Lt 17 1885-076 MOSCAVIDE* Tel. Gás: 219 441 205 – 219 430 152* Linha verde: 800 206 563* Fax: 219 443 506

Distribuição de GALPGÁS

ÁS Manuel Matas (Foz do Cobrão)

por José Emílio Ribeiro

FRATELVENDE-SE CASA

Rua 1.º DE DEZEMBROCONTACTO: 91 8 51 0 4 64

([email protected])

Já vai sendo costume, vivi sempre perto do comércio, chegar a Dezembro ecomeçar a pensar em dar balanço ao ano que agora chega ao fim.

Desta vez estava quase tentado a não o fazer, pois sei que será muito difícilequilibrar as colunas do deve e haver, porque o ano tem sido muito difícil. Piorainda é que não se vislumbra que o “filho” deste seja melhor que o que acabaagora.

Seria bom que eu chegasse ao final do ano, desse uma vista de olhos em tudoo que escrevi e tivesse motivos para estar feliz, mas, na realidade, reconheço, fuilevado a cair num certo pessimismo, que até nem costuma ser muito de meu uso.

Quando comecei a escrever tinha prometido reportar-me apenas a temas leves,sem cair em grandes assuntos, falar por falar, tendo em mira apenas umentretenimento, ter um espaço onde leitor e eu tivéssemos o prazer puro de passaro tempo alegremente.

De boas intenções está o céu cheio, como se costuma dizer, e eu acabei porcair também num pessimismo que se vai generalizando, tornei estas crónicasnum muro de lamentações, pese embora não tivesse sido esse o meu fim primeiro,por isso tenho de me penitenciar perante os nossos leitores.

Num destes dias, numa das muitas viagens que tenho agora feito de comboio,dei comigo a pensar no assunto e estava mesmo tentado a voltar aos temas alegrese bem-dispostas, pois para tristezas já vão bastando as que a vida do dia-a-dia nosdá.

Estava, mas deixei de estar, porque num banco perto do meu se sentaram doisjovens estudantes, pela idade já no ensino superior, parecendo até oriundos defamílias com posses. Digo isto porque vestiam de boas marcas, pese emboradesajeitadamente.

Chegam, malas arrumadas, atiram os sacos para o banco da frente, recostam-se, rapam dos telemóveis e vá de brincar com eles. Tudo estaria certo, não fora ospezinhos (estava tentado a chamar-lhe patas!), terem ido logo pousar em cima dobanco da frente. Sim, onde o próximo ocupante se iria sentar.

E pensei: às vezes pareço um ingénuo, são meninos bem, estão habituados láem casa a por os “pezinhos” nos sofás dos papás, estão distraídos…

Sou mesmo ingénuo, para não dizer outra coisa, pois assim que viram chegaro revisor, toca a tirar as patas, mas mal ele deu costas tudo voltou ao mesmo. Eraassim cada vez que aparecia o revisor.

É desta gente que saem aqueles que nos governam, é para esta gente quepagamos impostos, é para esta gente que o ensino tem de ser barato senão protestamlogo.

Andou a “bailar” aqui pela net um inquérito feito aos nossos universitárioscom perguntas banais e simples. Eu acredito que os resultados tenham sidomanipulados, de modo a aparecer um resultado que não é o real, mas, que a coisaestá mal, disso não tenho dúvidas nenhumas.

É certo que antigamente o ensino nos obrigava a conhecer coisas de interesseduvidoso, mas a falta de conhecimentos de hoje é gritante.

No meu tempo tínhamos de saber os rios principais com os afluentes, as viasférreas e mais umas tantas coisas dispensáveis, mas agora ao vermos as respostasque os “moradores” da casa dos segredos da TVI dão, morremos, não de riso, masde vergonha. É que dão cada resposta que é de bradar aos céus, mas, incrivelmente,são estes os exaltados e ficam mais famosos os mais calinos.

Gostaria de fechar o ano com optimismo, mas não me querem deixar, istoapesar de haver quem nos julgue ricos e por isso a “nossa” auto-estrada passará aser a mais cara de todas por quilómetro! Talvez por termos sido dos últimos a teruma via destas, continuam a gozar com os “ratinhos”, mas talvez um dia nos dêpara lhes mordermos…

Um bom e santo Natal para todos os meus leitores, que o ano de 2012 me dêmotivos para não ser pessimista e o meu paraíso continue a ser isso mesmo, umparaíso…

Boas Festas!!! Dezembro de 2011

[email protected]

O POETA ALBICASTRENSEANTÓNIO SALVADO

PUBLICOU MAIS DOIS LIVROSDE POESIA

Reconhecido tanto no País comointernacionalmente, com obrastraduzidas para inglês, francês,

castelhano, italiano, alemão e japonês,o escritor ANTÓNIO SALVADOapresentou na sua cidade natal, nopassado dia 25 de Novembro, mais doisnovos livros de poemas, O Sol de Psarae Conjunto de Sonetos - seguido deNovo Livro de Odes e de Redondilhase Heróicos Quebrados, a juntar àsvárias dezenas de obras de poesia porsi publicadas.

António Forte Salvado nasceu emCastelo Branco, onde estudou no Liceude Nun’Álvares e onde voltou comoprofessor, tendo também lecionado naEscola Secundária Amato Lusitano e naEscola Superior de Educação e,anteriormente, no Liceu Camões, emLisboa. Na sua (e nossa cidade) foitambém diretor do Museu TavaresProença Júnior.

Embora seja mais conhecido nocampo da poesia, onde se iniciou aos

18 com a publicação da sua primeiraobra poética, é também autor dediversos ensaios e antologias. Comvários prémios e distinções, a últimadas quais devida à publicação da obraOutono/Outoño, que tem a curiosidadede se apresentar em três idiomas:português, espanhol e japonês.

O Dr. Salvado é casado com umatambém ilustre figura ligada à cultura,a Dr.ª MARIA ADELAIDE NETOSALVADO, a quem o distrito deCastelo Branco muito deve, tanto naárea do ensino como na da investigaçãoe publicação de variados trabalhos nocampo da antropologia cultural e daetnografia.

No que ao nosso concelho dizdiretamente respeito, são de referir aco-autoria em Rei Wamba- Espaço eMemória e, sobretudo, como autora damagnífica publicação José Pina eMaribela um caso de Amor e Morte emSarnadas de Ródão no início do séc.XX.

António Salvado e a sua esposa Drª Maria Adelaite Neto Salvado

1. O retrocesso é sempredoloroso pela sensaçãode frustração queproduz em nós. Na gíriapopular diz-se até que,recuar, é como a burraque mi… para trás. Nestemomento, estou a pensarno que respeita àsligações para a nossaBeira, pois já estamos aser duplamentepenalizados devido àinterioridade, pagandomais caro por passar napior auto-estrada! Lá dizo povo, é como a burra…

2. Outra de andar paratrás: a REFER substituiuo comboio inter-cidadesque ligava a Guarda aLisboa por automotorasque, pelo que diz quem jáas utilizou, balançamininterruptamente, o quetorna a viagem assazincómoda. Enfim, paraquem viajou nos bancosde madeira com o fumodas antiquíssimasmáquinas a vapor, até aspode considerar um luxo.Mas isso foi há mais de50 anos! Lá estamoscomo a burra…

3. O tempo permitiu que sefizesse a colheita daazeitona em boascondições. Só que aprodução foi tanta e aforça de quem ainda aapanha por essasbarreiras está de talforma diminuída, que,quando se pergunta“Então já acabaste aazeitona?”, é quase certoouvir-se “Ora, dei-a poracabada…”. É opiniãogeral que, nas barreiras,foi mais a que ficou nasoliveiras do que a que foilevada para o lagar. E épena, porque o azeite éde belíssima qualidade.

4. Estimados assinantes ousimples leitores vem aí oNatal, que passe a quadrafestiva com saúde nacompanhia dos que lhesão queridos são osnossos votos sinceros.BOAS FESTAS!!!

Editorial

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Fabião Baptista

DEZEMBRO DE 2011E O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3

É NATALEis que chega mais uma quadra natalícia...

Os preparativos para festejar um tão jubiloso e sublime evento, um tão festivo esignificativo acontecimento divino, são bem patentes por todo o lado. Música natalícia,atroa os ares; luzes em profusão, gambiarras , de variegadas cores, montras enfeitadasa primor, com azevinho e bolas multicolores, hiper e super mercados repletos debrinquedos e doces de toda a ordem , em apelativos expositores, enfim uma panópliade enfeites, atractivos e sedutores.

Vistosos ornamentos dão coloridos às ruas e animação às praças.Colocam-se árvores de Natal, em tudo quanto é sítio. As próprias árvores que

bordejam as artérias citadinas, e espaços públicos, surgem pejadas de miríades deluzinhas bruxuleantes, irradiando luz e cor. Embora a crise económica seja um factobem patente em quase todos os agregados familiares, o certo é que a azáfama dascompras ainda se faz sentir, embora com bastante menor intensidade mercantilista.Projectam-se deslocações às terras de origem, para salutares convívios econfraternizações familiares. Os periódicos preparam flamejantes e vistosas ediçõesespeciais. As cantalhas da TV, surgem repletas de símbolos natalícios. Tudo parecedesejoso de levar uma lufada de amor, uma mensagem de paz e fraternidade,solidariedade, caridade e perdão ao nosso próximo.

Mas qual será a razão para toda esta agitação, mesmo em tempo de recessão, deausteridade, de tamanha crise económica?

Para os cristãos, é fácil de compreender. Festeja-se o nascimento do seu Deus,do Menino, acontecimento que teve lugar, há dois mil e onze anos, em Belém daGalileia, revelação divina de Deus entre os homens.

Para aqueles que não comungam destas ideias, bem como para os agnósticos,esta época é dia de convívio e de fraternidade familiar.

Porém, para os cristãos, estes festejos são significativos, pois celebram aencarnação do Verbo de Deus em Maria, na linha messiânica de David, sendo saudadopor rústicos pastores, por reis magos, vindos do Oriente, por anjos divinos e porcânticos celestiais.

A candura enternecedora e singela do Presépio, que tem servido de inspiração atantas obras de arte, temas musicais e literatura, encontra-se bem patente, tanto nahumildade dos zagais, como na sumptuosidade e na nobreza dos magos, prostradosperante a glória de Deus, deitado em falvas palhas dum mísero estábulo. O Filho deDeus não teve direito a uma simples casa, nem sequer a uma cama, para nascer. Emseu lugar, apenas um lugúrio, um curral, encravado numa gruta, nos arredores deBelém, E, apesar desta humildade, e desta modesta natalícia, neste dia nasceu umaluz aurifulgente, que irradiou esperança. “O povo que vivia nas trevas, viu umagrande e refulgente luz”. Nesse preciso momento, os judeus, os pobres edesamparados, os doentes e marginalizados, os que tinham sede de justiça eperseguidos, julgaram que estava para breve a libertação, o fim da perseguição aoshumildes, aos oprimidos e aos injustiçados. E isto porque tinha nascido o Messias, oPríncipe da Paz, o Redentor.

Todavia, tudo foi ilusório. A opressão continuou com uma ferocidade inaudita.As guerras recruscederam, tornando-se cada vez mais encarniçadas, cruéis, fratricidas,ferozes, violentas, sanguinárias...

Hoje, volvidos que são 2011 anos, sobre tão divino acontecimento, muito poucomudou. As mentes transformaram-se, é certo, os hábitos alteraram-se, é verdade.Mas os ódios, as ambições, as malquerenças, essas continuam a proliferar e cadavez em mais elevado grau. O homem continua a ser lobo do homem, com a mesmaferocidade que existia no tempo do comediógrafo romano. Tito Mácio Plauto, queviveu 250 anos antes de Cristo e escreveu em “asinaria homo, nomini lupus”, isto é,o homem é lobo do homem. a soberba, a inveja, a intriga, a opressão continuam aimperar e a dividir o mundo, entre ricos e pobres, entre poderosos e humildes, entreopressores e oprimidos...

Mas estamos em plena época natalícia, vamos manter a leda esperança nummundo novo e bem melhor, sem dissídios nem quezílias. Vamos continuar a desejar“BOAS-FESTAS” e “FELIZ NATAL”. Vamos continuar a formular votos de felizesprosperidades, a distribuir presentes, a animar quem sofre e nos rodeia, com cânticosnatalícios e loas ao Deus-Menino, a assistir à tão enternecedora “Missa do Galo”, aarmar o presépio, a sorrir para cada Menino Jesus, deitado na sua manjedoura. Vamosesforçarmo-nos para que haja uma melhoria social, com paz alicerçada numa justiçamais célere e justa. Vamos fazer votos para que no próximo ano, ainda tenhamos osubsídio de Natal. Vamos seguir o exemplo de Jesus e sua expressiva lição dehumildade, que nos ensina a solidariedade social e a vivermos apenas preocupadoscom o “pão nosso de cada dia” e que todos possam ter acesso àquilo que baste parase viver feliz e com dignidade social. Que cada um de nós seja capaz de ser fortepara limitarmos as nossas ambições terrenas, as nossas exigências supérfluas, a fimde que os outros, que nos rodeiam, tenham também os bens consideradosindispensáveis. E tudo isto não só a nível individual, como também colectivo ecomunitário, para que desapareça, de vez, tantos contrastes salariais, tantos escândalosremuneratórios, tantas ostentações, em que uns são exageradamente ricos e outrosmiseravelmente indigentes, a viverem em repelentes tugúrios.

Que a crise económica em que estamos mergulhados, não seja mais uma maneirados ricos, abastados e poderosos, poderem explorar os pobres, carenciados edesprotegidos da sorte e assim se tornarem mais ricos e opressores, que a solidariedadee equidade social, não sejam palavras vãs, mas antes formas de promover o bem-estar das sociedades aproximando níveis salariais, a fim de que os ricos fiquem menosricos e os pobres, pelo menos remediados, para poderem viver decentemente com adignidade que deve ser inerente a todo o ser humano.

Boas Festas e Feliz Natal, são os votos de Fabião Baptista.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE CASTELO BRANCOA MESA ADMINISTRATIVA FOI

RECONDUZIDA PARA UM NOVO MANDATO

C om o inequívoco apoio daIrmandade da Santa Casa daMisericórdia de Castelo

Branco, que de modo expressivo quiscomparecer, a este acto eleitoral, comonunca se tinha registado, foi dado obeneplácito para que a actual MesaAdministrativa, que compunha a ListaA, fosse reconduzida a mais ummandato de três anos. este elencodirectivo, submetido a sufrágio, notransacto dia 24 de Novembro, obteve293 votos a seu favor, tendo sidoescrutinados 12 abstenções e 8 votosnulos.

Nesta conformidade a anteriorMesa Administrativa foi reconduzidaa novo mandato. Porém , por suainiciativa, os mesários FranciscoCaetano dos Santos Carvalho e JoséVictório Fernandes, quiseram sair dalista, dando o seu lugar a Carlos DiasAntunes e a Carlos Joaquim DuarteRamos Ribeiro.

Neste sentido a MesaAdministrativa passou a ser lideradapelo provedor Manuel Duarte CardosoMartins, que vai ser coadjuvado pelosmesários, Carlos Dias Antunes,

caracterizava os anteriores Corpos deGerência da Santa Casa, os quais, demaneira tão tenaz, profícua e denodada,souberam imprimir a esta Irmandade ocunho de grandiosidade que hojeostenta. Neste contexto queremosvalorizar o trabalho que de modo tãodinâmico tem sido realizado,privilegiando as respostas sociais quetêm sido dadas por esta benemerenteinstituição.

Assim, o equilíbrio orçamental, acoesão administrativa e a consolidaçãofinanceira, vão continuar a serem umaconstante das nossas prementespreocupações, sem no entanto nuncadescurarmos a tranquilidade e bem-estar dos nossos idosos alojados naSanta Casa, a comodidade dos nossosnumerosos utentes, assim comoqueremos assegurar o bom nível de vidae conforto dos nossos zelososempregados. Só pedimos a Deus que aconjuntura político/económica em queo nosso país se encontra mergulhado,nos permita alcançar estes nossosalmejados objectivos.

Fabião Baptista

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA VELHA DE RÓDÃO

LUIS PEREIRA REELEITO PROVEDOR DAMISERICÓRDIA

médico, Carlos Joaquim Duarte RamosRibeiro, inspector tributário, José LuísFabião Baptista, inspector dos CTT/TLP, José Mendonça Horta, bancário,Maria Natália da Silva Dias de OliveiraDias, professora e Sebastião JoséRibeiro Martins, oficial do Exército.São suplentes João Fernando GoulãoPinto, professor, Artur Ribeiro Martins,professor e Maria da Graça RibeiroFolgado Frade, professora.

Esta Mesa Administrativa está nadisposição de ser uma intransigentecontinuadora dos projectos deengrandecimento e valorização daSanta Casa da Misericórdia de CasteloBranco e uma seguidora do ADN que

A Santa Casa da Misericórdia deVila Velha de Ródão reuniu emassembleia-geral no pretérito

dia 26 de Novembro, destacando-se daordem de trabalhos a apreciação evotação do plano de actividades para2012 e a eleição dos corpos sociais parao triénio 2012-2014.

Certamente por se apresentarem asufrágio duas listas, uma encabeçadapor Abel Mateus (A) e a B liderada peloactual Provedor Luis Miguel Pereira,foi batido o recorde de presenças emreuniões magnas da Instituição.

Não obstante alguma polémicadevida à interpretação do artigo 9º,ponto 4, dos estatutos, a assembleiadecorreu de forma exemplar e, após aaprovação do plano de actividades eorçamento (1.490.000 euros) para2012, por larga maioria, o acto eleitoralfoi outro motivo de grande interesse

para a vasta assembleia de Irmãos queparticipou nos trabalhos.

O escrutínio ditou a continuação deLuis Miguel Pereira à frente dosdestinos da Misericórdia por mais trêsanos, recolhendo 109 votos, enquantoa lista concorrente liderada por AbelMateus somou 50, sendo 3 nulos, o quedeu um total de 162 eleitores que quaseencheram o auditório da Casa de Artes.

Assembleia-GeralPresidente – José António Moreira1º Secretário – António CarmonaMendes2º Secretário – Maria Luísa FilipeSuplentes – Maria Teresa Louro Manuel Pires GranadeiroMesa AdministrativaProvedor – Luis Miguel PereiraVice Provedor – Olga Maria FernandesTesoureiro – José Rosa BoleteSecretário – António Belo FernandesVogal – Leonel Lopes MotaSuplentes – João Rodrigues Gertrudes

António da Cunha PiresAntónio Duarte Marques

Conselho FiscalPresidente – Fernanda NevesVogais – Alfredo Pires Lourenço

Maria João BarretoSuplentes- Maria João Ribeiro Mota Margarida Marques Antero Sequeira.

OC

Associação Humanitária dos BombeirosVoluntários de Vila Velha de Ródão

ASSEMBLEIA GERALCONVOCATÓRIA

Nos termos do Artº 24 alínea C dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral desta Associação Humanitária, a reunir emsessão ordinária no próximo dia 28 de Dezembro (Quarta-Feira), pelas 19.00 horas, com a seguinte ordem de trabalhos:1. Apreciação e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano económico de 2012;2. Alteração do valor da Quotização;3. Outros pontos de interesse para a Associação.

Se não houver número legal de sócios à hora indicada, a assembleia terá inicio uma hora depois e funcionará com onúmero de associados presentes.

Vila Velha de Ródão, 09 de Dezembro de 2011O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Eng. Joaquim da Conceição Lopes)

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DEZEMBRO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO4

SENHORES ASSINANTES:Informamos que o pagamento de assinatura do jornal, ou quotas da Casa do Concelho, poderá ser feito por transferência bancária, através do NIBda conta bancária da Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão - proprietária do jornal - conta Nº 003500630008193433011. Será necessárioindicarem o primeiro nome e pelo menos um dos sobrenomes para identificarmos o assinante na nossa listagem e anotar o respectivo pagamento.Poderão ainda dar-nos conhecimento da transferência através do endereço da Casa do Concelho: [email protected] .Em alternativa os pagamentos poderão ser efectuados nos nossos colaboradores, nos seguintes locais:

• Vila Velha de Ródão: Mota & Barreto Cont. Ldª - Tel: 272 545 553 • Foz do Cobrão: Octávio Sotana Catarino• Sarnadas de Ródão: Emílio B. Pereira da Costa - Tel:272 997 793 • Perais: Maria Dias Belo Carepo - Telem: 962 788 650• Fratel : António Fernando Martins - Tel: 272 566 124 • Lisboa: Envio de cheque ou vale postal para: Casa do Concelho de Vila V. de

Ródão - Av. Almirante Reis, 256 – 1º Esq. - 1000-058 – Lisboa (Neste caso, a Fact.ª / Recibo será enviada posteriormente)O valor da assinatura para o ano de 2011 é de 8,50 euros, para território nacional, e de 12,50 euros para o estrangeiro. Apelamos

para que mantenham os pagamentos em dia, tanto mais que o valor da assinatura e de alguns anúncios são a única receita do nossojornal. A Direcção

CABAZSOLIDÁRIO

Uma iniciativada Loja Social

A Loja Social do Município emcolaboração com Gabinete deApoio ao Desenvolvimento e

Empreendorismo concelhio organizouum sorteio de um Cabaz de Natal arealizar no dia 23 de Dezembro, pelas15h00, na entrada dos Paços doConcelho.

Os fundos obtidos com tal sorteioirão para aquisição de bens alimentaresdestinados às famílias mais carenciadasdo nosso concelho, daí a designação deCABAZ SOLIDÁRIO, iniciativa quetem também o apoio do comércio local,dos restaurantes, da indústria, doartesanato e de vários entidadesconcelhias, que, para além dafinalidade filantrópica, têm, assim,mais uma oportunidade de divulgar aexcelência dos produtos das suasempresas e de promover o artesanatodo concelho.

As senhas que possibilitam oacesso ao sorteio são vendidas, atéàquela data, no Posto de Divulgaçãojunto do Gabinete de Apoio aoDesenvolvimento e Empreendorismodo Município.

COOPERAÇÃOLUSÓFONA

OPresidente da Casa do Concelho e o Diretor do jornal“O Concelho de Vila Velha de Ródão” estiveram

reunidos recentemente com o nosso conterrâneo, médico eempresário, Dr. José Mendes Rodrigues Bento, para análisee debate de um projeto sobre cooperação lusófona. Estiveramtambém presentes, o Dr. Manuel Figueiredo, Secretário daEmbaixada de Angola, o Dr. Edgar Soares, advogado e oEngenheiro Agrónomo, Paulo Rodrigues.

O Dr. José Bento, natural de Chão das Servas, começoupor nos dar conta da criação recente de uma Sociedade deTrabalho e Cooperação Lusófona, ou seja, uma Sociedadepara troca de Bens, Serviços e outros interesses no EspaçoLusófono.

Nesta primeira fase vão privilegiar os contatos comAngola, zonas de Namibe (ex-Sá da Bandeira) e Benguela epensam começar pela divulgação e apresentação de algunsprodutos portugueses e serviços na área da saúde e doturismo.

Esta empresa, como o seu próprio nome indica, pretendeatuar como um elo de ligação entre agentes políticos eempresariais dos países lusófonos e criar as condições parao intercâmbio económico, cultural e turístico entre si.

O motivo do encontro solicitado aos representantes daCasa do Concelho de Vila Velha de Ródão e do Jornal doconcelho, visa, naturalmente, uma aproximação aos políticos,empresários e agentes turísticos da nossa região, para, emconjunto, estudarem as hipóteses de diálogo e cooperaçãocom os respetivos parceiros dos países de língua portuguesa.Da nossa parte, aqui fica já esta primeira informação, semprejuízo de continuarmos a colaborar com este nossoconterrâneo e com os seus parceiros da Sociedade de Trabalhoe Cooperação Lusófona.

E.C.

Sobral Fernando“Todos juntos fazemos melhor…”

Titulamos esta breve “reportagem” comuma frase proferida pela presidente daAssociação para o Desenvolvimento de

Sobral Fernando, Prof. Helena Fernandes, nodecorrer da assembleia-geral da Instituição, nopretérito dia 20 de Novembro, movida certamentepela presença da quase totalidade da populaçãolocal que emprestou ao acto a certeza de que aaldeia vai no bom caminho.

O plano de acção para 2012 bem como oorçamento (15 mil euros) foram aprovados porunanimidade depois de pequenos ajustessugeridos pelos associados. E do plano fazemparte, entre outras propostas, o convívio anual

subordinado ao tema A Festa do Azeite;lançamento de um boletim trimestral; a criaçãodo cartão de identidade para os sócios; promoçãode passeios pedestres e piqueniques e atribuiçãode nomes às ruas, etc..

A Direcção informou com detalhe todo oprocesso de aquisição da casa que, apósrestaurada, será a futura sede da Associação,contando com o apoio do Município de Proença-a-Nova que contribuiu, aliás, com 5000€ paracompra do imóvel, oferecendo, por outro lado, oprojecto para requalificação da casa e respectivomaterial.

OC

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DEZEMBRO DE 2011E O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 5

O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

Cabaz Solidárioangaria fundos para a Loja Social de Vila Velha de Ródão

Venda de Natal promoveartesanato de Vila Velha de Ródão

Promoção turística de Ródão ganha Prémio APOM 2011

A promoção turística daautarquia de Vila Velha deRódão ganhou o Prémio

Informação turística/Visitantes, noâmbito dos Prémios APOM 2011, queforam entregues, no dia 12 deDezembro, no auditório do BES Arte eFinança, em Lisboa, numa cerimóniapresidida pelo Secretário de Estado daCultura, Francisco José Viegas.

A autarquia de Ródão, conscienteda importância da imagem do concelhoe da informação disponibilizada aovisitante, tem vindo a adoptar umaestratégia de uniformização deconteúdos para que estes sejam úteis,claros e objectivos para quem acede aqualquer ponto turístico em Ródão.Com base numa estratégia deintervenção turística onde a melhoriada qualidade de vida dos residentes ede quem nos visita é uma prioridade,tem vindo a elaborar materialpromocional das grandes linhas deafirmação turística do concelho. Váriossuportes comunicacionais estãodisponíveis no concelho de Ródão

como a sinalética vertical, painéistemáticos, mesas de leitura/interpretativa bilingue (Português eInglês), entre outros. E foi esta apostada autarquia na dinamização e napromoção turística de Ródão que foiagora reconhecida com a atribuiçãodeste prémio a Vila Velha de Ródão.

Vila Velha de Ródão recebeu oPrémio Informação Turística/Visitantes, e na mesma categoria oCastelo S. Jorge - Câmara Municipalde Lisboa; Promoção do TurismoCultural no Funchal - DirecçãoRegional dos Assuntos Culturais daDirecção Regional dos AssuntosCulturais e Promoção Turística.

A Associação Portuguesa deMuseologia (APOM) atribuianualmente, desde 1997, estes prémiospara “incentivar o espírito depreservação e divulgação do patrimóniodos museus”, distinguindo ainda, umtotal de vinte categorias, com destaquepara o Melhor Museu Português eMelhor Exposição.

De 2 a 30 de Dezembro a autarquiapromove, no edifício da Câmara

Municipal e nas instalações do Gabinetede Inserção Profissional de Ródão, umaexpsoição/venda de artesanato localalusivo à época natalícia.

Os artigos de artesanato à vendaforam feitos, no âmbito do ateliê deTrapologia do Centro de FormaçãoArtística Manuel Cargaleiro. Estes

trabalhos de trapologia e tapeçariarevelam técnicas tradicionais e formasmodernas, aliadas à criatividade baseadaem aspectos relevantes do concelho deVila Velha de Ródão.

Com este tipo de iniciativas aautarquia continua a revitalizar a tradiçãoe a preservar o artesanato local, dando aconhecer a trapologia e a tecelagem.

Casa de Artes e Cultura do Tejo

C om o intuito de conseguirfundos para a Loja Social de

Vila Velha de Ródão, vai decorrer,no mês de Dezembro, a venda desenhas para o Cabaz Solidário.

As senhas para se habilitar aosorteio e o conteúdo do CabazSolidário estão no Posto deDivulgação na entrada do GADE –Gabinete de Apoio aoDesenvolvimento e Empre-endedorismo do Município de Vila

Velha de Ródão (Edifício em frente àCâmara Municipal de Vila Velha deRódão). O dinheiro angariado vai serusado para a compra de bensalimentares para colmatar asnecessidades primárias das famíliasmais carenciadas do concelho de VilaVelha de Ródão.

Com o apoio do comérciotradicional, restauração, indústria,artesanato, e outras entidades doconcelho de Vila Velha de Ródão, este

cabaz solidário contém diversificadosprodutos rodanenses de excelência, com oobjectivo de divulgar os produtos dasempresas e promover o artesanato local.

Trata-se de uma iniciativa da LojaSocial do Município com o apoio doGabinete de Apoio ao Desenvolvimento eEmpreendedorismo de Vila Velha deRódão.

O sorteio será no dia 23 de Dezembro,pelas 15h, na entrada da Câmara Municipalde Vila Velha de Ródão.

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DEZEMBRO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO6

Feira do Livro do AgrupamentoVINTE ANOS A LER MAIS!

Vinte anos de Feira do Livro émarca de vitalidade e de

persistência por continuarmos aacreditar na importância deiniciativas desta natureza parapromover o livro e a leitura eafirmar a Escola junto daComunidade.

A Feita do Livro doAgrupamento de Escolas de Vila

Sessão de EsclarecimentoDIA MUNDIAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

No âmbito do Dia Mundialda Pessoa Portadora de

Deficiência o Grupo de EducaçãoEspecial do AEVVR, com acolaboração da Associação de Paisorganizou uma sessão deesclarecimento sobre o CRI -Centro de Recursos para a

Inclusão, dinamizada pelosresponsáveis pela APPACDM deCastelo Branco.

A Direcção do Agrupamentoagradece à APPACDM estaoportunidade de dar a conhecer,junto da Comunidade Educativa,o trabalho que a referida

instituição desenvolve em proldos nossos jovens comNecessidades EducativasEspeciais. Deixamos, ainda, umapalavra de agradecimento aosorganizadores desta sessão, bemcomo a todos os que estiverampresentes.

Cont. Pág. 10

Visita de EstudoCONÍMBRIGA E PENELA

N o passado dia 30 deNovembro, todos osalunos do 2º Ciclo

realizaram uma visita de Estudoa Conímbriga e a Penela,acompanhados pelas respetivasdiretoras de turma e peladocente de História e Geografiade Portugal. Pretendia-se, coma visita às ruínas da antigacidade romana de Conímbriga,conhecer melhor este espaço,identificando os edifícios maisrelevantes de uma cidaderomana (o Forum, as Termas, asDomus, as vias romanas, oanfiteatro e as muralhas) ereconhecer o legado da culturaromana, presente até aos nossosdias na língua e na religião (ocristianismo). Pensamos que foi

uma visita muito interessante eproveitosa pois além das ruínas(muito bem preservadas)visitámos ainda o MuseuMonográfico de Conímbrigaonde pudemos apreciar peçasmuito interessantes emcerâmica, metais, moedas, jóias,utensílios de uso doméstico,estelas funerárias, restos deesculturas, estelas votivas, bemcomo uma reconstituição doForum flaviano. Todas estaspeças são provenientes dasescavações feitas nas ruínas deConímbriga.

Após o almoço seguimos anossa viagem até à bela vila dePenela onde pudemos visitar oseu castelo medieval,conquistado por D. Afonso

Velha de Ródão há muito queextravasa as paredes da suabiblioteca e se projeta, comhumildade e saber, nacomunidade onde está inseridaque a aguarda para conhecer asnovidades e fazer as suas comprasde Natal.

Este evento teve a suaabertura no domingo, dia 11 de

Dezembro, e juntou numa felizparceria, a Biblioteca Escolar, oPlano da Matemática e aAssociação de Pais queproporcionaram uma tarde deconvívio com o livro e com osjogos matemáticos, realizadosentre pais e filhos e ainda um Chácom Livros para encerrar aactividade.

Henriques e que tem duaslendas muito curiosasrelacionadas com a origem donome desta localidade. Destecastelo destacamos a sua torrede menagem com uma vistaimponente para os camposcircundantes e a muralha querodeia todo o castelo. Por fim,percorremos a parte mais antigadesta vila que está muito bempreservada, fizeram-se algumascompras e regressámos a casa.Desta visita retirámosensinamentos quer sobre apresença dos romanos naPenínsula, quer sobre o papeldos castelos na Reconquistacristã, locais primordiais dedefesa das populações.

AGENDA - JANEIRO6/01/2012 – Vamos cantar as janeiras – pré e 1º ciclo10/01/2012 – Olimpíadas do Ambiente11/01/2012 – Fase local Concurso Nacional de Leitura12/01/2012 – Ações de sensibilização/informação: Afetividade e Emoções, Sexualidade, um mundo de questões17/01/2012 – Eleição para o Parlamento dos Jovens18/01/2012 – Sessão escolar do Parlamento dos Jovens18/01/2012 – Torneio Inter-Turmas de BasquetebolDurante o mês de Janeiro – Formação sobre a utilização da plataforma de e-learning da escola – Moodle

Sugestão de LeituraTINTIM: A MINHA BD PREFERIDA

Tintim é uma personagemmuito famosa da bandadesenhada criada por

Hergé. O nome verdadeiro doautor é Georges Prosper Remi enasceu em Etterbeek na Bélgicaem 1907. Foi escritor, artista, edesenhista de banda desenhadae os seus livros mais famosossão precisamente os dapersonagem do Tintim. Ainspiração para Tintim veio,segundo declarou o próprio, doseu irmão Paul e o autordeclarou que muitos dosprincipais personagensretratados nas suas históriaseram baseados em pessoas decarne e osso (como é o caso dospequenos heróis Quim e Filipee Joana, João e o macacoSimão). Tintim nasceu em 1929.Desde essa altura até 1983, anoem que Hergé morre, forameditados 22 álbuns destapersonagem.

Tintim é um repórter queficou famoso por todos os crimes

que conseguiu desvendar. Esterepórter em quase todas asaventuras anda sempreacompanhado pelo capitãoHaddock e pelo professorGirassol que são os seusmelhores amigos, e ainda porMilu, o seu inseparável cão.

Eu gosto imenso dos livrosdo Tintim porque ele e os seusamigos, em cada aventura,metem-se sempre em sarilhosmas no final conseguem sairvitoriosos. Os livros que eu maisgosto desta colecção são osseguintes: “Voo 714 paraSydney”, “Tintim na América”,

“As 7 bolas de cristal” e “Aestrela misteriosa”.

Os álbuns do Tintim, comoos de outros personagens criadospor Hergé, são lidos em mais de40 línguas pelo mundo fora. Oseu estilo influenciou a criaçãode outros personagens maisfamosos da BD, tais como(Astérix, Lucky Luke, Blake &Mortimer e muitos outros). Osálbuns com histórias completassão um marco nodesenvolvimento das históriasde quadradinhos. Os álbuns deTintim são de uma precisãoincrível, com todos os detalhesminuciosamente cuidados.

No presente ano, Tintimtornou-se ainda mais famosocom a adaptação do álbum “Osegredo do Licorne”, pelorealizador Steven Spielberg, aocinema.

João Gouveia, nº12, 8ºA

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DEZEMBRO DE 2011E O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7

As obras da construção doIC8 aproximam-se do fim

Embora sem grande projeção noque ao nosso concelho dizrespeito, as obras de

acabamento do IC8 estão finalmente aser concluídas, e já não era sem tempo,tantos foram os anos que passaramdesde que as mesmas ficaram emprojeto! Sendo uma via estruturante epor isso mesmo fundamental paraProença-a-Nova, vem ajudar tambémas ligações do nosso concelho,facilitando ligação a Coimbra, Pombale Figueira da Foz e, em breve, a Tomar(via IC3, já em construção).

As obras, agora na reta final, foramentregues à empresa Mota Engil, sendoque a ponte sobre o Rio Ocresa, quepassa a sul da actual ponte do Vale daMua, já está bastante adiantada.Entretanto, as obras deste lanço têm-se desenvolvido nas freguesias deProença-a-Nova, Peral e Fratel(próximo do nó do Perdigão da A23,

integrado na Concessão SCUT “queDeus haja!”).

Como era de esperar, estas obrastêm beneficiado a economia doconcelho de Proença-a-Nova, pois,além de ocuparem e darem emprego amuitos naturais do concelho,possibilitaram também o aluguer demáquinas de rastos e outras por partede empresários dos concelhos dasredondezas. E, naturalmente, aafluência aos restaurantes da zona temaumentando, bem como no comérciolocal, havendo ainda a registar oaluguer de alojamento aostrabalhadores.

Esta questão do desenvolvimentoeconómico que as grandes obras podemtrazer às regiões deprimidas do interiorvem a propósito da perda que vamoster com a suspensão da Barragem doAlvito! Mas paciência.

NOTÍCIAS DE SARNADAS

PASSAGEM DE ANO

Orancho folclórico de Sarnadasvai organizar a festa de finalde ano 2011/2012 no salão

polivalente da junta de freguesia .O programa vai ser aliciante ,

animado , muita musica e pelas 24horas fogo de artificio e a actuação doRancho.

A ementa é atractiva e variada e o

rancho convida a toda a população aassociar-se ao evento, podendo fazeras inscrições através dos telemóveis :964774147 ou 966090396, de VitorMarques e Cristina Carmona, ou aindano café “O Adro”.

O evento tem o apoio da Junta deFreguesia e a Associação Desportiva deSarnadas .

AVISOAlienação por Hasta Publica do Complexo Turístico de Vila Velha de Ródão.Dr.ª Maria do Carmo Sequeira, Presidente da Câmara Municipal do Concelho de Vila Velha de Ródão torna público que:——A Câmara Municipal vai realizar uma Hasta Publica para venda de um imóvel, com a área total de 12.040,00 m2 sito emVila Velha de Ródão, conhecido por “Complexo Turístico de Vila Velha de Ródão” que engloba um Estabelecimento deAlojamento Local, Estabelecimento de Restauração, Estabelecimento de Bebidas, Piscinas e Campos de Ténis, propriedade doMunicípio de Vila Velha de Ródão, imóvel esse cuja fotografia se anexa ao presente Aviso;

——A base de licitação e de 740.000,00€ (setecentos e quarenta mil euros), não sendo admitidas propostas de valorigual ou inferior ao da base de licitação, sendo os laces no valor mínimo de 5.000,00€;

——As propostas escritas podem ser entregues pessoalmente, até as 16,00 horas do dia 09 de Janeiro de 2012, no edifíciodos Paços do Concelho, contra recibo, ou remetidas pelo correio, sob registo, com aviso de recepção, para a Câmara Municipalde Vila Velha de Ródão, Rua de Santana 6030-230 Vila Velha de Ródão, devendo neste caso dar entrada nos serviços até aodia 09 de Janeiro de 2012;

——O acto público, onde antes de se iniciar a licitação serão abertas as propostas escritas, terá lugar no Salão Nobre doedifício dos Pacos do Município, sito na Rua de Santana, em Vila Velha de Ródão, no dia 10 de Janeiro de 2012 pelas 10,00horas;

——O Programa de Procedimento, do qual constam, nomeadamente, as Obrigações do Adjudicatário, o Modo de Apresentaçãodas Propostas, a Participação dos interessados, as Condições de pagamento e os Anexos para presentação das propostas estãodisponíveis, para consulta, na Secção de Administração Geral da Câmara Municipal, sita na Rua de Santana -Vila Velha deRódão, nos dias úteis, das 09,00 às 16,00 horas e ainda na página da internet (www.cm-vvrodao.pt);

——Do Programa do Procedimento pode ser facultada fotocópia aos interessados, se tal for solicitado;

——Qualquer duvida poderá ser colocada à Secção de Administração Geral atrás referida ou dirigida diretamente a Sra.Presidente da Câmara, por escrito, até ao dia 03/01/2012 (data limite para entrada do pedido nos serviços), devendo a respostaser-lhe dada no prazo de 48 horas;

Possibilitar-se-á a visita ao Complexo Turístico de Vila Velha de Ródão, até ao dia 03/01/2012, nos dias úteis, entre as 10:00horas e as 16:00 horas. Os interessados deverão solicitar essa visita à Secção de Administração Geral da Câmara Municipal,com 1 dia (útil) de antecedência, para o endereço “[email protected] “, ou pelo telefone 272 540 300;

Paços do Município de Vila Velha de Ródão, 29 de Novembro de 2011.

MUNICÍPIO DE VILA VELHA DE RÓDÃOCÂMARA MUNICIPAL

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8 DEZEMBRO DE 2011

Os votos de

FELIZ NATAL EBOM ANO NOVO

Zona Industrial, nº 2 - Lote 1 - 6030-245 Vila Velha de RódãoTel. 272 541 233 - Fax: 272 541 234

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9DEZEMBRO DE 2011

GRUPO AMIGOS DEFOZ DO COBRÃO

IPSS

deseja a todos os associados,familiares, utentes e amigos

Feliz Natal ePróspero Ano Novo

GAFOZ

Bom Natal eFeliz Ano Novo

Presuntos

Com “eles” passe o melhor Natal!

Presuntos e Enchido de Porco Preto - Presunto Reserva – Perna de Porco com PataPresunto Moldeado- Desossa total - Paiola – Enchido fumado com lenha de azinho

Manuel Rodrigues & Herdeiros, Lda.Fábrica: Rua de Santana, 80 – 6030-230 Vila Velha de Ródão

Telefone: +351 272 545 137 – Fax: +351 272 545 153

Boas Festas – Merry Christmas

Unidade Fabril que trabalha para o desenvolvimentode Vila Velha de Ródão e do País

Aos nossos Clientes, Trabalhadores e Amigosdesejamos

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DEZEMBRO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO10

SABORES DE RÓDÃO (junto aocruzamento da

Celtejo)AMANHECER

O Amanhecerà conquista das Beiras

Mercearia Sabores de RódãoEstrada Nacional, nº. 18Vila Velha de Ródãowww.amanhecer.ptTel.: 272 541 197

deseja a todos os clientes,

Feliz Natal ePróspero Ano Novo

Contin. da Pág. 6

CORTA-MATO ESCOLAR 2011-2012

O Corta-Mato Escolar doAgrupamento realizou-se noCampo de Feiras, no passado

dia 7 de Dezembro. A tarde de sol e olocal escolhido para a realização desteevento mobilizador da comunidadeescolar, com uma vista esplêndida paraas Portas de Ródão, deram o mote paraa festa do desporto que este tipo deiniciativas promove. A atividade tevecomo responsáveis os Professores deEducação Física, Edgar Saraiva eCarlos Silva e mobilizou a maioria dosalunos dos 1º, 2º e 3º ciclos, tendo comoobjectivo principal apurar os seismelhores alunos de cada escalão etáriopara representar o Agrupamento nocorta-mato distrital, onde competirãocom os atletas dos restantesagrupamentos escolares do distrito.Podemos afirmar que se trata de umdos grandes e melhores momentos defesta do Desporto Escolar em Portugal.

Esta atividade tem como objetivopedagógico desenvolver a capacidadefísica dos alunos e fazer sentir a estesque competir é uma forma saudável detestar as suas capacidades deresistência física, emocional epsicológica, em confronto com os outrosalunos da mesma idade e sexo.

O corta-mato contou com umaelevada participação de alunos, 132, oque corresponde a 88% dos alunos doEnsino Básico do Agrupamento. Este

nível de participação merece da partedos professores responsáveis um elogioaos alunos com os quais trabalham.O Grupo de Educação Física agradeceainda a todos os pais e encarregadosde educação, assistentes, professores,bombeiros, guardas-republicanos,colaboradores da Câmara Municipal eà Direção do Agrupamento de Escolasde Vila Velha de Ródão pelo seuempenho, disponibilidade ecolaboração prestadas na realizaçãodeste evento desportivo com impacto

concelhio.Aqui ficam os primeiros

classificados de cada categoria. Asclassificações de todos osparticipantes poderão serconsultadas em: http://www.anossaescola.com/rodao

TRAQUINAS FEMININOS:1º - Beatriz Ribeiro2º - Soraia Cardoso3º - Mariana Fernandes

TRAQUINAS MASCULINOS:1º - Leonardo Santos2º - Eduardo Moreira3º - Tomás Belo

BENJAMINS FEMININOS:1º - Cátia Oliveira2º - Leonor Araújo3º - Constança Dias

BENJAMINS MASCULINOS:1º - Tomás Esteves2º - Gonçalo Dias3º - Bruno Pereira

INFANTIS A FEMININOS:1º - Ana Rita Pereira2º - Maria Faustino3º - Tânia Pinguelo

INFANTIS A MASCULINOS:1º - Fernando Mendes2º - Dennis Pop3º - Rodrigo Tomé

INFANTIS B FEMININOS:1º - Bruna Flores2º - Ana Carolina Cardoso3º - Iolanda Tavares

INFANTIS B MASCULINOS:1º - Rodrigo Barradas2º - André Pina3º - Edgar Belo

INICIADOS FEMININOS:1º - Sofia Ribeiro2º - Daniela Pires3º - Liliana Vilela

INICIADOS MASCULINOS:1º - Pedro Miguel Belo2º - Filipe Caetano3º - Bruno Antunes

JUVENIS FEMININOS:1º - Patrícia Pereira2º - Beatriz Gonçalves Simões

JUVENIS MASCULINOS:1º - João Matos2º - Rodrigo Martins

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DEZEMBRO DE 2011 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11

haja

SAÚDE

*Membro da Academia OlímpicaEx-Secretário Geral da Academia Olímpica de Portugal

Jogos Olímpicos

Mónica Santo(Dietista)

Alexandra Fernandes(Médica de família)

COMO PERDER PESO

N em de propósito,estimado(a) leitor(a),que tal se, com as Festas

que vêm já aí, falássemos emperder peso? É que, se nãohouver cuidado com a boca… ocorpo é que paga! Por isso, nadade abusos, para não estragar empoucos dias o trabalhão que temtido, com alguns sacrifícios até,para não aumentar o seu peso oumesmo para baixá-lo.

Em boa verdade, a melhormaneira de emagrecer ou apenasde manter o peso, é mesmomudar o estilo de vida. Ora istoinclui comer de forma saudávele fazer atividade física.

Deixo-lhe, pois, algumasdicas que podem ajudar aconseguir esse seu desejo:

· As refeições devemser compostas essencialmentepor farináceos (arroz, batata,massa, pão), fruta e legumes.

· Cortar o máximo quefor possível nas gorduras, asquais têm o dobro de caloriasdos outros alimentos. Retirar asgorduras da carne e reduzirtambém as doses desta. Usarmanteiga magra e cozinhar compouca gordura. Evitar os fritos,assim como os bolos e doces quetêm muita gordura. Beber leitee iogurtes magros. Evitar osqueijos curados e os enchidos.

· Comer sopa delegumes, ao almoço e ao jantar.É nutritiva, não engorda e ajudaa controlar o apetite.

· Evitar osrefrigerantes e as bebidasalcoólicas, pois são muitocalóricas.

· Beber normalmenteágua.

· Fazer 4 refeições pordia, pelo menos: pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar.Comer pouco de cada vez.

· Não “saltar”refeições! Porque isso faz ficarcom mais fome e, em resultado,leva a que se comaexageradamente na refeiçãoseguinte…

· Fazer tanta atividadefísica quanto se conseguir.Quem não esteja habituado devecomeçar com meia hora demarcha rápida, todos os dias,fazendo com que tal hábito narotina diária. Depois, vai-seaumentando a duração doexercício até uma hora diária.Essa atividade pode tambémincluir dançar, andar debicicleta, nadar, enfim, o queder mais gozo.

· Mas é convenienteque se seja realista: não épreciso ambicionar pelo pesoperfeito… Para um obeso,perder 5 ou 10 kg representa

grandes ganhos para a saúde.

Finalmente, tenha-se ematenção que, manter o pesobaixo, pode ser ainda maisdifícil que perdê-lo…

Então, não esquecer que éfundamental manter os cuidadosalimentares e a atividade físicadiária.

Convém também verificaro peso todas as semanas, paradetetar logo os eventuaisdesvios!

BOAS FESTAS! (mas…cuidado com o que come!)

UM MARATONISTA DE 100 ANOS!David Sequerra*

Localizada no tempo, no final do séc. V A.C., a corrida da Maratona, de profundas raízeshistóricas, no âmbito da tão abalada civilização helénica, é decerto a mais popular esignificativa das provas de Atletismo nos Jogos Olímpicos da Era Moderna.

Longas e controversas investigações levadas a cabo por eminentes especialistas, nos decéniosfinais do séc. XIX, conduziram à medição de 42,195 km o percurso percorrido pelo zeloso soldadoque revelou ao seu povo a vitória de Milicíades sobre os persas, em 490 A.C..

Todos este intróito evocativo para divulgar o caso extraordinário do cidadão FAUJA SING, deetnia indiana, que conseguiu a proeza de, aos 100 anos de idade, completar um percurso de maratonaem TORONTO (2011) entrando para o “Guiness” dos recordes, de pouco importando que levasseum pouco mais de 8 horas para, a passo e em sincopadas corridinhas, chegar ao fim dessa heróicacaminhada, 6 horas depois do categórico vencedor da prova, o queniano Kneth Mungar!

A notícia, que correu mundo, refere ainda que o centenário SING, mal chegou à meta, ajoelhou-se, uniu as mãos e beijou o chão, sem precisar de ajudas especiais.

A crescente extensão do índice de EMV (Esperança Matemática de Vida) está na base do quese verificou em Toronto e dá que pensar.

À escala da alta competição (altíssima, dizemos nós), o recorde mundial da maratona vai-seaproximando das 2 horas, com os africanos do Quénia, Etiópia e Eritreia a marcarem posição deprimazia, vencendo a quase totalidade das provas em que participaram, por todo o mundo.

Relembre-se, a propósito, que o nosso Carlos Lopes, o aclamado vencedor da maratona nos J.O.de 1984, em Los Angeles, percorreu os 42,195 km em 2h 9m 21s, a boa distância dos resultadosconseguidos pelos “terríveis” africanos nas vésperas de Londres – 2002, na ordem das 2 h e 3 ou 4minutos. Poderá, por isso, perguntar-se: para quando o acesso ao simbólico limite das 2 horas decorrida? Quando tal acontecer, talvez não nos admiremos tanto como ao sabermos da extraordinária“perfomance” do senhor Fauja Sing que completou uma maratona aos 100 anos de idade!

Fazemos votos para que o recordista do “Guiness”, aos 101 anos, possa aceitar o previsívelconvite para seguir de perto a maratona dos próximos J.O., em Londres, daqui por uns breves 8meses…

FAUJA SING

Cooperativa dos Pequenos e MédiosAgricultores da Freguesia de Fratel, CRL

Largo Engº Araújo Correia, Nº 24Telef. e Fax 272566378Telemóvel 968 022 123Fratel 6030 – 012 FRATELNIPC: 501287477 - Inscrição INGA Nº 9589

De acordo com o Artigo 23º, nº 2, dos Estatutos desta Cooperativa dos Pequenos eMédios Agricultores da Freguesia de Fratel, convoco a Assembleia Geral Ordináriapara reunir nas instalações da Cooperativa, (Largo Engº Araújo Correia), no dia 29de Dezembro, pelas 14.00 horas com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Ponto 1 - Apreciação e Aprovação do Plano de Actividades e do Orçamento para o ano de 2012.

Ponto 2 - Outros assuntos de interesse para a Cooperativa.

Se à hora marcada para o início da reunião não houver número legal de cooperantespara o seu funcionamento, ela funcionará uma hora depois, com qualquer número decooperantes presentes.

Fratel, 05 de Dezembro de 2011

O Vice-Presidente da Assembleia Geral

Manuel Fernandes Pires

Assembleia Geral OrdináriaConvocatória

O PODER DA COR NAS FRUTASE LEGUMES

As várias cores das frutase legumes têm umsignificado muito

interesse do ponto de vistanutricional:

ALIMENTOS VERDES:possuem vitaminas C e E, ácidofólico, carotenóides e selénio.Ajudam a aumentar as defesasdo organismo, regulam ointestino e têm acçãoanticancerígena: brócolos,alface, espinafres, ervilhas,feijão verde, couve-bruxelas,repolho, agriões, nabiças,grelos, salsa, coentros, pimentosverdes, kiwi, …

A L I M E N T O SVERMELHOS: contêmvitamina C e carotenóides(licopeno) com acçãoantioxidante e anticancerígena:tomates, morangos, melancias,cerejas, ginjas, pimentosvermelhos, framboesas,groselhas, ameixasvermelhas…

ALIMENTOS COR-DE-LARANJA E AMARELOS:ricos em beta-caroteno,vitaminas C e E importantespara a pele e olhos e sãoindispensáveis na fase decrescimento e no estímulo dosistema imunitário: cenouras,abóbora, laranjas, tangerinas,nectarinas, abacate, papaia,maracujá, alperces, manga,pêssegos, ananás, milho, batata-doce, melão, …

ALIMENTOS VIOLETAE AZUIS: têm na suaconstituição importantessubstâncias antioxidanteschamadas flavonóides, compropriedades protectoras contrao envelhecimento. Ricos emferro e magnésio: mirtilos, uvaspretas, ameixas, beringelas comcasca, couve-roxa, beterraba, …

ALIMENTOS BRANCOS:neste grupo incluem-se os frutoscujo interior é branco. Contêm

quantidades muitosignificativas de vitaminas eminerais de acção antioxidantee de outros constituintesbioactivos com potencial acçãoanticancerígena: maçãs, peras,bananas, alhos, cebolas,batatas, endívias, couve-flor,alho fancês, cogumelos, nabos,rabanetes, anonas, …

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DEZEMBRO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO12

José António Paulino

VENDO, MELHOR OFERTA,BLOCOS DE

SELOS DE CORREIO, NOVOS

Envio lista a quem a solicitarTelefone 272566185 Fratel

CRÓNICA DOS LUSÍADAS piquininos

Lisboa, 10 de Janeiro de 1421“El.Rei D. João I concedeu ao Infante D.Henrique o exclusivo da pesca fluvial no Tejo,ao “passo de Ródão”. Proibiu ainda que fossemabertos canais do Ródão para baixo, paraproteger a zona de peixe concedida ao Infante”.

O PEIXE DO“PASSO DE RÓDÃO”1Considerado o peixe do TejoQue é o melhor de PortugalD. João I mostrou o desejoDe comer peixe sem igual2Deu ao Infante D. HenriqueO exclusivo dessa pescariaPara que em memória fiqueE outras medidas tomaria3Assim, no passo de RódãoA pesca ali era exclusivaSó os seus infantes poderãoComer melhor peixe da vida4Proibiu de se abrirem canaisCá para baixo de Vila VelhaPara assim os proteger maisE os pescadores aconselha5Ficando toda a gente a saberQue desta data para dianteO melhor peixe para comerPara o estômago do Infante6Assim durante muitos anosO peixe em Ródão pescadoPelas mesas dos soberanosEra o peixe mais apreciado7Já alguns séculos passaramE agora o peixe é do povoDos soberanos se livraramPodendo ali pescar de novo8Hoje como foi antigamenteO peixe é muito apreciadoA miga de peixe é excelenteFicando a gente deliciado9Quem por Vila Velha passarAproveite e nunca deixeDe no restaurante apreciarA saborosa miga de peixe10Depois de estar bem saciadoProve outra delícia afamadaO peixe deve ser rematadoCom um pudim de tijelada

Manuel Antunes Marques

ACONTECEU EMFOZ DO COBRÃO - 10.Abril.1939 (?)

Naquele dia, em romaria, Foz do CobrãoSe festejava Nossa Senhora da ConceiçãoNaquela aldeia, muito romeiro ali se juntavaNaquela festa por este desastre ninguém esperava

Refrão:Tanto sofreram naquele baile fatalCausou alguma gente ir ferida pró hospitalMas dois morreram, o destino assim o quisE choravam, com razão, na povoaçãoNaquela hora que tiveram infeliz

Uma tempestade sem dó, com mágoa se resolveuNaquela aldeia durante a tarde muito choveuPara um salão a multidão se aglomerouNaquele momento o vigamento rebentou

Refrão

O solho abateu, surpreendeu a povoaçãoAssim que ouviu logo acudiu em afliçãoEm altos gritos, estavam aflitos com a pouca sorteE aquele baile a alguma gente causou a morte

Maria Marques P. Lourenço

O PÃOIO pão alimento essencialNão faltando á refeiçãoNa mesa a base principalNa nossa alimentaçãoIIO pão é o maior sustentoQuer seja rico ou pobreEstá sempre presenteEste alimento tão nobreIIIO pão nosso de cada diaDizemos vezes sem fimSempre com muita alegriaTão precioso como MarfimIVO pão é um bem alimentarFazendo parte da refeiçãoÉ raro a pessoa não gostarDo sabor de um naco de pãoVHá também o pão de lóE as fatias douradasDos tempos da nossa avóAgora as ditas rabanadasVIO pão alimento muito ricoPelas fibras que contémTradicional o seu fabricoPelas variedades tambémVIIMendigando um bocado de pãoO pobre metia na sacolaServia-lhe de alimentaçãoE o motivo era a esmolaVIIIDo grão se faz a farinhaDa farinha se faz o pãoE também a hóstia divinaQue é dada na comunhãoIXFalar do pão, não há palavrasPois tem óptimo paladarDelicioso nas torradasOu na açorda ao jantarXO pão vem da farinhaA farinha do dourado grãoMoído no moinho á antigaAgradeço por esta inspiração

Lurdes Ribeiro

A torto e a direito,Em frente, tudo a eito,Curando nossas mazelas!O bom vinho se conservaE, atinge boa reserva,No aperto das aduelas.

Eu te pergunto, Lua;Afinal que vida é a tua?Impúdica, de quarto em quarto,Agora minguante, logo crescente,Nova ou cheia, refulgente,Sem jamais teres o parto?

Nunca perder a esperança!Confiar que a bonançaSucede a uma desgraça.Certo! Os cães emitem latidos;Choram os que estão falidosMas a caravana, sempre passa.

Sinto tranquilidade ao ver o mar,No seu bonançoso marulhar,Em tarde cálida d’Agosto.O mesmo mar que no invernoSe transforma em feio infernoCausador de tanto desgosto.

“Bronzeado”, por sol de Agosto,Com agrado, a meu gosto,Não deixo, porém de pensar,Naqueles que no seu labutarTambém queimam (e bem), o rosto,Desde a manhã, ao sol-posto.

“Aberto um rigoroso inquérito”!É prática corrente, no pretérito;Mas os resultados, causam risota.Nada se apura, nas conclusõesE, ficam impunes, os figurões,Sinal de autêntica batota.

Justiça, eficaz e dura,À boa maneira de Singapura!Turismo, a sério; capaz e exigente!Tal bastaria p’ra transformar Portugal,Num destino único; sem igual!O melhor, já temos: - a nossa gente!

Escrevo, com dupla grafia.Deixo aos malucos, a mania.Sem idadepara mudança,Não é, um qualquer brasileiroQue me impõe, o “pandeiro”!Uso, o que aprendi, em criança!

Silvério Dias

SEXTILHAS 1

A CHANTAGEM EA FARSA

A chantagem saiu à ruaVeio cantando e dançandoNão dizendo que estava nuaFoi a todos ludibriando...!

E assim enganou milharesOu talvez até milhõesPorque debaixo de seus “trajares”O que havia era ilusões...!

Disse que dava coisas boasQueria bem aos “pobrezinhos”E com estas e outras loasEnganou os “coitadinhos”...!

Fez promessas de toda a ordemVou dar coisas lindas e a rodosPorque a “rica chantagem”Quer bem a vocês todos...!

Quando chegar a ser “rainha”Todos vocês serão felizesTodos terão o que lhes convinhaAté mesmo os “infelizes”...!

“Velhos velhos esses trastes”Comigo vão renovarE os que estão atrás das “grades”Até sou capaz de soltar...!

Vai ser assim meus amigosPorque vocês são muito “finos”Já basta de tantos castigosQue lhes deram certos “meninos”...!

Vamos com eles correrMas cuidado que ninguém nos oiçaPorque depois lá no poderVou quebrar toda a loiça...!

Vou aplicar certa doseCom pozinhos de flor de sarçaE pela... metamorfoseDe chantagem passarei a farsa...!

Rodeada de farsolasDirei o dito por não ditoVoltarei as camisolasCom aquilo que lá estava escrito...!

Ai coitadinhos dos “ricos”Esses pobrezinhos nãoEles são bons manjericosPara enfeitar a Nação...!

A criar mato sãos uns asesPara proteção aos javalinsCom eles fazem as pazesEm lautos e fartos festins...!

Vão ficar muito mais obesosCom benesses em filiaisE armando-se até em “tesos”Fazem a fuga de capitais

Abre os olhos Zé-PovinhoNão caias na “esparrela”Não te deixes mais entalarEm “ratoeira” ou “costela”...!Ou nas promessas do PADRINHO...!

Alexandre FonsecaAugusto Jesus

(Monte Fidalgo)

“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!Poetas do nosso Concelho

AMORVou falar de uma palavraQue por muitos é desejadaNo seu dia à diaÉ pouco utilizada

O tema é o amorEu sei que amam tambémO amor pertence a todosA todos nos fica bem

Passei num caminho escuroOuvi alguém a gemerEra um ser abandonadoSem amor estava a sofrer

Não podemos rejeitarO que nos foi concedidoDar amor a quem precisaSem que nos seja pedido

Esta palavra pequenaQue tem grandes dimensõesSe entrar nas nossas casasEnche os nossos corações

São estas quatros letrasQue na vida fazem sentidoO ser que assim não pensarPor certo está perdido

Fui criada com carinhoE também com muito amorGuardei sempre comigoEste precioso valor

Quem tiver histórias de amorNunca as deixe de as contarPara mostrar a quem não temComo é tão fácil amar

O amor é naturalEstá sempre a nascerQuanto mais temos mais damosAinda há muito a fazer

Quem vive com amorTem paz no coraçãoSe vê alguém caídoFacilmente lhe dá a mão

De uma palavra pequenaSe faz uma grande escritaQuanto mais se fala nelaMais achamos que é bonita

Há valores que não têm preçoMesmo que os queiram comprarUm deles é o amorQue nasceu só para amar

O amor é desejadoA humildade tambémSe alcançarmos os doisViveremos muito bem

Há quem queira a todo o custoSer tratado com amorNão pensando num só momentoEm amar seja quem for

Do resumo que fizTirei a seguinte conclusãoO amor nasce no peitoE guarda-se no coração

Arminda Mendes Sequeira

Saudamos o FADO,Património Imaterial da

Humanidade, aprovado pelaUNESCO

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DEZEMBRO DE 2011 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 13NATAL

Jesus nasce paratodos

Numas palhinhas deitadoAli estava o Deus MeninoNa humilde companhiaDa vaquinha e do burrinho

Ele que podia nascerEm berço todo douradoEscolheu Maria, como mãeProva da Sua humildade

Ele é Deus, é amorAcolhe toda a humanidadeTodo o que o ouve e segueDeseja seguir a verdade

Sendo Jesus o caminhoPercorrido na verdadePorque não viver a vidaSem presença de maldade? ...

Que bom seria, JesusQue toda a humanidadeAceitasse, sinceramenteQue só Tu és a verdade

És verdade és justiçaÉs conforto na solidãoVem, Jesus, a cada homemAbre-lhes o coração

Que a vida tenha sentidoE dê gosto viverNão haja ódio, rancorHaja alegria em cada ser

Que em todos os laresDe Jesus haja sinalNos corações, nos presépiosA todos, Santo Natal

Este vosso amigo certoCujo nome é LuísDeseja a todos, sinceramenteUm novo ano feliz

Perdigão, 7-12-2011Luís P. R. Correia

NESTE DIA DENATAL

Bateste a portas, medrosoNenhuma delas s’abriu ...Não fosses um criminosoQue duma prisão fugiu...

Portas abertas p´rá ruaNão faltam hoje, isso nãoMas a escusa continuaA recusar-Te, como então...

Há muita gente sem larMas a maior privaçãoÉ não ter, de par em parAberto um coração

O lume que não tiveste outroraTenho eu, feliz, agoraTão quente, emolienteTodo o ano, vida foraAquecendo o ambiente...

Mas este calor que eu tenhoFalta a tantos, como a TI...Vivem sem ter um lenhoDesprezados, par’aí...

O Bem que nasceu de VósEsse é p’ra todos igualMas há tantos, no meio de nósQue apenas fazem mal...

Vejo-Te pobre, entre os pobresSorrindo, feliz, contenteBem se vê que não encobresO amor que tens p’la gente

Vieram, dizem, uns reisMas não se sabe quem eramDepois herodes cruéisMuito mal a Ti fizeram...

Nasceste, como morrestePobre, humilde, desnudoPara mim “Ecce homo”, é EsteÉs Cristo, Deus-Menino, Éstudo

És quem nasceu em BelémNuma longínqua cidadeAquele que ao mundo vemP’ra nele espalhar o bemE salvar a humanidade...

De noitinha, sozinhaQuando a Estrela apareceuDa Virgem Santa, a RainhaEm manjedoura mesquinhaO Filho de Deus Nasceu...

Vieste ao mundo tambémComo se fosses mortalMas És mais do que ninguémPor isso, sem qualquer desdémTens festa rija, realNos Lares de PortugalNeste DIA DE NATAL

Fabião Baptista

A PRIMEIRA GRANDE DERROTA DE SALAZARInvasão de GOA, DAMÃO e DIU

em 18 de Dezembro de 1961

Na Operação Vijay, o exército indiano constituído por cerca de 45 mil homens com armamento e equipamento dos mais modernos,invadiu os três pequenos territórios que constituíam o que o regime salazarista intitulava de Estado Português da Índia, cuja defesaestava confiado a cerca de 3 mil e quinhentos militares, armados com as velhas espingardas mauser.

A 14 de Dezembro de 1961, três dias antes da invasão e ocupaçãodo Estado Português da Índia (Goa, Damão e Diu) pelas forças daUnião Indiana, Salazar pedira aos soldados e marinheirosportugueses nos territórios um último sacrifício: o da vida. Não osqueria prisioneiros!

Na mensagem que enviou nesse dia ao governador e comandante-chefe português do Estado da Índia, general Vassalo e Silva,reconhecendo embora a “impossibilidade de assegurar a defesaplenamente eficaz” dos territórios, pedia ao general que organizasseessa defesa “pela forma que melhor possa fazer realçar o valor dosportugueses, segundo velha tradição na Índia”…”É horrívelpensar que possa significar o sacrifício total, mas recomendo eespero esse sacrifício como única forma de nos mantermos àaltura das nossas tradições e prestarmos o maior serviço ao futuroda Nação”…

Sendo “impossível” a defesa “eficaz” dos territórios, dado quea Índia poderia multiplicar “por factor arbitrário” as suas forçasde ataque, conforme Salazar reconhecia na sua mensagem, a ordemdada ao general Vassalo e Silva revelava-se inequívoca: “Nãoprevejo possibilidade de tréguas nem prisioneiros portugueses,como não haverá navios rendidos, pois sinto que apenas podehaver soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos”. Vale a penarepetir:

”Só soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos”

A desilusão da derrota foi um verdadeiro choque para o ditador,tanto assim que, a 3 de Janeiro de 1962, António Salazar não foicapaz de ler o mais doloroso discurso da sua vida política e, perantea Assembleia Nacional aturdida pela queda da Índia Portuguesa,um Salazar afónico “com as emoções das últimas semanas” teve derecorrer ao presidente do parlamento, Mário de Figueiredo, para aleitura de um texto de reconhecimento e de justificação da derrota.Derrota que, decididamente iniciava o fim do Império ColonialPortuguês, sem sequer poder invocar a gesta heróica e patrióticados milhares de soldados mortos!

Pessimamente armados com espingardas mauser do princípiodo século e em número reduzido (menos de 4 mil efectivos),perante as forças indianas invasoras (cerca de 45 mil militares doExército, Marinha e Força Aérea), resistir teria significado umacruel auto-imolação para os efectivos portugueses e, apenas e só,daria ensejo a Salazar para a exaltação da sua política. Com 26mortos, o contingente português acabaria por se render, a 19 dedezembro, tendo o governador, general Vassalo e Silva, contrariando

a ordem de Lisboa, mandado a “suspensão de fogo” às suas tropas.A partir daí, mais de 3 mil militares portugueses que escaparam

a um holocausto foram feitos prisioneiros pelo Exército indiano.Prisioneiros que Salazar não queria e, por isso, puniu e perseguiualguns dos oficiais em serviço na Índia, a começar por Vassalo eSilva. Atitude que abriu uma dolorosa ferida e grandedescontentamento nas Forças Armadas portuguesas e que viria ater repercussões e seria uma das raízes do derrube do regime deSalazar, doze anos depois, já depois da morte do ditador de SantaCombadão.

A “questão da Índia” começara com a independência daUnião Indiana e, desde 1948, que as autoridades do novo paísreclamavam a integração na grande Índia dos territórios quePortugal detinha sob a sua administração. Em 1950, Portugalrecusou mesmo qualquer diálogo com a União Indiana, quando ogoverno deste Estado solicitou formalmente a Lisboa a abertura denegociações sobre o futuro dos territórios portugueses.

Face à irredutível recusa de Salazar, em 1953, o primeiro-ministro indiano, Nehru, avisou que o seu país não via outrasolução que não fosse “a transferência directa que assegure afusão daqueles territórios com a União Indiana”.

Embora em Portugal aparecessem vozes sugerindo apossibilidade de outras soluções para preservar a autonomia dosterritórios em causa, o que antevia soluções também para as outrascolónias (em Angola, as hostilidades armadas haviam tido inícioem Março daquele ano), Salazar, reconhecendo embora que asituação, até mesmo em Goa, o maior dos três territórios, eramilitarmente indefensável, entendia que um plebiscito ou mesmoa independência não constituíam soluções, uma vez que Nehrudeclara já as não aceitar.

Para aquele sector no seio do regime, de resto importante, aideia do plebiscito como forma de demonstração, por parte dePortugal, do respeito pela vontade das populações da ÍndiaPortuguesa e como argumento perante a comunidade internacionalapresentava-se bastante aceitável na altura, mas o precedente queabria para o resto do Ultramar, servia de pretexto para que ateimosia de Oliveira Salazar se transformasse em intransigência elevasse à humilhação que acabou por acontecer na Índia.

Salvando a vida a milhares de militares portugueses e dapopulação local que, se acatasse a ordem de Salazar se teriamperdido ingloriamente, o General Vassalo e Silva acabou por salvartambém um inestimável património cultural que marca apresença dos portugueses na Índia durante 5 séculos.

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Igreja do Rosário, estilo manuelino tardio, a mais antiga de Goa

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DEZEMBRO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO14

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VILA VELHA DE RÓDÃO

Page 15: ANO XXIX- Nº. 351 Mês de Dezembro de 2011 O CONCELHO … · com perguntas banais e simples. Eu acredito que os resultados tenham sido manipulados, de modo a aparecer um resultado

DEZEMBRO DE 2011 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 15

A COLHEITA DA AZEITONA, FEGA DE 2011

E, mais uma vez se manteve a tradição. Estava prevista para o dia 7 de Novembro a abertura do lagar da Cooperativa de

Pequenos e Médios Agricultores da Freguesia deFratel, para início da recolha de azeitona. Aindicação dada aos sócios era de que deveriaminiciar a sua fega no primeiro fim de semana deNovembro por forma a que as primeiras entregaspudessem ser feitas a partir daquele dia .

Muitos foram os fratelenses não residentes nafreguesia que, no dia 1 de Novembro, começarama chegar à nossa terra para que no dia 2, dia definados, pudessem homenagear os seus familiaresjá falecidos.

Infelizmente o tempo não permitiu que, aexemplo dos anos anteriores, essa homenagem, amissa de finados, se pudesse realizar no cemitérioda nossa terra. Chovia a potes, pelo que acerimónia acabou por se realizar na Igreja Matriz.

Três de Novembro foi dia de preparativos paraa fega, reunir e verificar as sacas, bem como ascondições dos panais, testar as escadas, etc.

Sexta feira e sábado deu-se início à fega.Aqueles que ainda o não tinham feito,aproveitaram para fazer a recolha de azeitonas paraa talha, isto é, para ser retalhada e curtida.

A 7 de Novembro, conforme previsto, às 14,00horas o lagar abriu as portas para a entrega daazeitona destinada ao precioso líquido que é oazeite. Foi para todos uma agradável surpresaverificar que a adesão às entregas pareceu serdesde logo superior à de anos anteriores. Logonesse dia encontrámos cooperantes vindos de todaa freguesia bem como de outras localidadesvizinhas. A avaliar pela movimentação, ficou aideia de que ia ser um bom ano de azeite.

Confirmou-se ali o espírito de entreajuda quecostuma viver-se por altura desta tarefa agrícola.Isto é, ajudas mútuas quer na descarga e colocaçãona balança, quer ainda no despejar das sacas paraa tulha.

As condições adversas em que se faz a colheitada azeitona, a maior parte em socalcos em terrenosinclinados, contribuem para que seja uma tarefapouco rentável em termos económicos. Longe vaio tempo em que se contratavam ranchos de pessoaspara a fega, algumas vindas de outras regiões. Hojeem dia, em terras como a nossa, em que a utilizaçãode meios mecânicos é quase impossível, esta tarefacontinua a ser feita pelo sistema manual, que élento e, por conseguinte, pouco rentável. São ospróprios proprietários, com os seus familiares eamigos que procedem à colheita. E, é aqui que senota o tal espírito de entreajuda que já referi. Élindo e saudável assistir a esta permuta de ajudas.Hoje vai-se ajudar fulano, amanhã beltrano esicrano, até que nos toca o dia em nós própriossomos os ajudados.

Recordo a grande emoção que senti quando,em determinado dia, se conseguiu reunir umautêntico rancho, a exemplo do que acontecia

quando era criança. Para que nada faltasse até seouviu, naquela manhã, o som do búzio a reunir orancho. Foi lindo e, acreditem, sentimo-nosrejuvenescer...

As condições atmosféricas, pelo menos nasprimeiras duas semanas de fega, foram favoráveisà execução da colheita. É certo que ainda choveumas, na maioria dos dias, o tempo esteve bom. Éque esta tarefa, que até dá prazer em executar,torna-se desagradável, quase dolorosa e até mesmoperigosa, quando feita debaixo de chuva, frio evento. É por isso que nesta altura imploramos aoscéus para que o tempo se mantenha seco…

Não deixa de ser curioso o facto de, pelocontrário, nos meses de Verão se pedir para quechova, exactamente a pensar na azeitona. Recordoa angústia que vivemos no Verão passado, depoisde quase quatro meses sem chuva. Metia dó olharpara os campos e ver tudo seco ou a secar. Asoliveiras carregadas de azeitona parecia iremperder as forças de um momento para o outro paraaguentar os seus frutos. E é aqui que, pelo menosno que a mim me diz respeito, confesso a grandeadmiração que tenho por estas árvores. A chuvatardava em cair mas elas lá foram conservando assuas azeitonas até que, finalmente, choveu. E,embora tarde e pouca, foi o suficiente para que osfrutos crescessem e atingissem o seu volumenormal. Quando, em princípios de Outubro,passámos por Fratel, as azeitonas pareciamalemins. Ficámos surpreendidos quando, um mêsdepois, verificámos que elas tinham conseguidorecuperar, depois de tantos meses de sede. Este émais um dos fenómenos da mãe natureza! Emboratardia, a chuva ainda chegou a tempo de salvar acolheita deste ano.

Nos quinze dias passados em Fratel, a minhamente voou muitas vezes para o tempo da minhameninice. Numa dessas viagens pelo passadorecordei os três lagares de então. E senti pena pornunca nessa altura ter visitado os que então, nanossa freguesia, ainda eram movidos a água. Tantoquanto me recordo, existiam na altura 8 de lagaresem toda a freguesia que laboravam cerca de trêsmeses para moerem toda a azeitona produzida.

Recordo com muita saudade o lagar das burrasonde nesses meses frios do Inverno passava grandeparte das tardes.

Nos lagares de então, cada sócio tinha a suatulha individual, onde diariamente era depositadaa azeitona e onde esta esperava pela sua vez deser moída. Para conservar a azeitona e a protegercontra o aparecimento de fungos, era bem batidacom um maço como o utilizado pelos calceteiros.Por vezes, antes de moída era conservada nastulhas por várias semanas.

A azeitona era moída num pio por duasenormes e pesadas mós, a que chamavam galgas,e, por isso, se diz que, para dar a luz ao mundo,mil tormentos padeceu. Para os mais jovens devoesclarecer que a minha geração ainda conheceu o

tempo em que, como não havia electricidade, aspessoas se iluminavam com candeias de azeite.

A massa da azeitona moída era depositada emseiras que, empilhadas num carrinho eramconduzidas à prensa onde eram espremidas,passando assim por mais um tormento, para lheser retirado o máximo possível do líquido quecorria para enormes depósitos, chamados tarefas.Pelo sistema de decantação, ali se procedia àseparação: enquanto que o azeite, por ser mais leve,vinha ao de cima, a água ruça ou almofeira ficavadepositada no fundo. Nas seiras ficava o bagaçoque ainda voltava ao pio para mais uma vez sertorturado pelas mós e de novo ser prensado. Obagaço era depositado em pequenos poços dosquintais, onde era amassado com sal para ajudar apreparar as viandas dos porcos.

Hoje, em Fratel há apenas um lagar que móiquase toda a azeitona da freguesia e de lugaresvizinhos, em pouco mais de um mês. O sistema ésimplificado com a entrega de azeitona que, depoisde pesada é armazenada numa tulha única comcapacidade para cerca de 25 toneladas e ondepermanece apenas algumas horas. Destas tulhas aazeitona é transportada através de tapetes rolantespara a máquina que procede à separação dealgumas impurezas e à lavagem da azeitona.Depois segue para outra máquina onde se procedeà trituração e é transformada em massa. De seguidaprocede-se à separação do líquido e do bagaço.Finalmente, através de um sistema decentrifugação, separa-se o azeite da água ruça.

Vários factores, como o armazenamento daazeitona, a lavagem da mesma, a rapidez dosistema, a maquinaria utilizada, entre outros,contribuíram grandemente para uma melhorqualidade do azeite que se produz na nossa terra.Quando, após quinze dias de laboração, passámospelo lagar, constatámos que a acidez até entãomedida rondava os 0,3 graus, o que permiteclassificá-lo na categoria de extra-virgem.

Seria bom que todos os fratelensescontinuassem a defender este precioso bem que anatureza ainda nos dá. Infelizmente dá pena ver apaisagem da nossa terra estar agora a sertotalmente alterada. Onde antigamente a oliveiraera rainha, hoje é o eucalipto que acabará pordestruir o solo, tornando-o estéril e contribuindodessa forma para o empobrecimento do Planeta. Écerto que do ponto de vista económico, na nossaregião, aparentemente o azeite rende pouco. Noentanto, não podemos nem devemos esquecer oaspecto da qualidade, sobretudo numa época emque isso é tão esquecido e nos impingem gato porlebre nos produtos alimentares. Se temos este bemprecioso, porque razão o não aproveitamos? Dátrabalho é certo, mas haverá algum bem que seconsiga ganhar honestamente sem trabalho?

Lisboa, 10 de Dezembro de 2011José Eduardo

por Octávio Catarino

Motu Proprio

A lição da últimaassembleia da

Santa Casa

A última assembleia-geral da Santa Casada Misericórdia, de 26 de Novembro,foi uma lição por isso merece algo mais

do que a apresentação de números do orçamentopara 2012 ou apresentação do elenco eleito parao triénio 2012-2014… porque a assembleiadecorreu de forma exemplar e representará ummarco doravante, até pelo número recorde deIrmãos presentes (162) na Reunião Magna!Responsáveis? A Mesa que dirigiu os trabalhos,a logística de apoio, as candidaturas que seapresentaram a sufrágio e os intervenientes nodebate.

A forma civilizada, moderada e comconhecimento de causa como se argumentou econtra-argumentou no decorrer da discussão,mormente no que diz respeito ao articulado doArtigo 9º, ponto 4, dos Estatutos onde estáexpresso que os membros dos Corpos Gerentessó podem cumprir dois mandatos consecutivos,o máximo três “…salvo se a AG reconhecer queé impossível ou inconveniente proceder à suasubstituição…”

Aquilo que parecia ser a grande polémicacomeçou quando apoiantes da lista B (LuisPereira) apresentaram uma Moção que,interpretando o articulado referido acima, pediaautorização à Assembleia para que membrosintegrantes da lista, com dois mandatoscumpridos, fossem a votos. A Lista A (AbelMateus) defendeu a nulidade da Moção uma vezque não era impossível proceder à substituiçãodos actuais membros da Mesa Administrativapor haver um lista alternativa… Porém, umapoiante da lista B, entre outros, contra-argumentou, que perante o orçamento, plano deacção para 2012 e o trabalho em carteira… erainconveniente substituir a equipa. Entretanto aMoção foi votada favoravelmente e o actoeleitoral decorreu com toda a lisura de processos,vencendo a Lista B liderada por Luis Pereira,que era já Provedor, com 109 votos, cabendo àLista A 50, sendo três os nulos. O artigo quelevantou dúvidas (Artº 9º, ponto 4) deve serclarificado, logo alterado…

Na intervenção que tive na reunião, maispropriamente no tocante às“incompatibilidades”, fiz alusão ao que se passouna AG do GAFOZ, pois foi necessário fazer omesmo, ou seja, pedir autorização à Assembleiapara que membros com dois ou mais mandatospudessem ser eleitos. É que a redacção dosartigos dos estatutos das duas instituições quetrata esta matéria são iguais, daí não terentendido alguns comentários por ter comparadoo que efectivamente é comparável.

Quando disse que não devia haver limitação demandatos nas instituições como de resto nocampo autárquico ou político acrescentei,imperceptivelmente, talvez, mas se os eleitoresse interessassem a sério pelo trabalho doseleitos… para os eleger ou não de acordo com omandato exercido com toda a transparência domundo, mas não, infelizmente, tem de ser a Leia acabar com os vícios e falcatruas habilidosas…

Desejo aos nossos estimados LeitoresUM SANTO NATAL E UM ANO NOVO BOM,O MELHOR POSSÍVEL!

Apanha da azeitona Separação das folhas

Page 16: ANO XXIX- Nº. 351 Mês de Dezembro de 2011 O CONCELHO … · com perguntas banais e simples. Eu acredito que os resultados tenham sido manipulados, de modo a aparecer um resultado

DEZEMBRO DE 2011O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 16

JUNTA DE FREGUESIADE

VILAVELHA

DE RÓDÃO

JUNTA DE FREGUESIA DE

PERAIS

deseja-vos um

FelizNatal e

Bom Anode 2012

Votos deFeliz Natale PrósperoAno Novo

A JUNTA DE FREGUESIA DE

FRATELdeseja a todos um Santo Natal e umAno Novo de Esperança e Felicidade

deseja a todos vós

Feliz Natal ePróspero Ano Novo

JUNTA DE FREGUESIA DE

SARNADAS