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GOIÁSFARMA Revista do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás | www.crfgo.org.br Ano VI – nº 22 – Dezembro de 2014 Interiorização e qualificação são destaques da atuação do CRF-GO Modernização interna melhora o atendimento

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Page 1: Ano VI – nº 22 – Dezembro de 2014 GOIÁSFARMA · A MP determina que o Artigo 6º da lei 13.021/2014 - o qual estabelece a presença do Farmacêutico em tempo integral - não

GOIÁSFARMARevista do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás | www.crfgo.org.br

Ano VI – nº 22 – Dezembro de 2014

Interiorização e qualificaçãosão destaques da atuação

do CRF-GOModernização interna melhora o atendimento

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Farmacêutico (a)Atualize seu cadastro no CRF-GO

(62) 3219-4300Rua 1122, Nº 198 - St. Marista - Goiânia - GO

www.crfgo.org.br

Horário de Atendimento09:00 às 17:00h

Visite o nosso site e veja cursos e outras notícias

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O papel social do farmacêutico foi reforçado com a publicação da Lei nº 13.021/2014, que resgata a importância do profissional no cuidado ao paciente e muda o conceito de farmácia no Brasil: agora, farmácias e drogarias são unidades de prestação de assistência à saúde e não mais meros estabelecimentos comerciais. A lei também reitera a obrigatoriedade de presença permanente do farmacêutico na farmácia.

Foi para tornar mais conhecida a nova legislação que comemoramos o Dia Internacional do Farmacêu-tico (25 de setembro) com uma semana de atividades que promoveram a aproximação com os estudantes de farmácia, levaram capacitação aos profissionais e ao cidadão informações sobre os serviços que, de alguma forma, podem melhorar a saúde da população.

Foi quando mostramos que na farmácia é possível receber pequenos atendimentos como a aferição de pressão, testes de glicemia e dosagem de colesterol. E que a população pode contar com o acompanhamento do farmacêutico durante o tratamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

Conquistamos tudo isso com grande luta, muitas idas a Brasília e uma participação efetiva do Fórum Nacional de Luta pela Valorização da Profissão Farmacêutica (CFF, Fenafar, Feifar, Abef e Enefar) e do Fórum Goiano de Luta pela Valorização da Profissão farmacêutica (CRF-GO e Sinfargo).

Mas a nossa luta não acabou. Juntamente com a Lei nº 13.021 foi publicada a Medida Provisória nº 653 proposta por pressão de entidades do comércio que não mantiveram o acordo e que não honraram a sua assinatura e a palavra empenhada. A MP determina que o Artigo 6º da lei 13.021/2014 - o qual estabelece a presença do Farmacêutico em tempo integral - não se aplique às micro e pequenas empresas, permanecendo estas submetidas ao disposto no Artigo 15 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Da forma como foi escrita, a MP nº 653 não modifica em nada a fiscalização sobre farmácias e drogarias. Porém, emendas durante o trâmite no Senado e na Câmara adicionam novas normas. Por isso, reiteramos o nosso compromisso de con-tinuar lutando na defesa intransigente da valorização da profissão farmacêutica e da saúde do povo brasileiro.

Outro assunto que merece destaque e atenção é a modernização interna que estamos promovendo. Nos empenhamos para prestar cada vez mais e melhores serviços e avançamos no cumprimento de tudo que foi prometido. Com a implantação de novos processos, já promovemos uma redução de prazos atendendo aos anseios dos colegas. Com o novo manual de procedimentos para inscrição de pessoa física, por exemplo, reduzimos para menos da metade um prazo que durava até três meses. E não paramos por aí, já estamos ini-ciando os novos processos para pessoa jurídica. Modernizar é desburocratizar, simplificar e atender melhor.

Esse é o compromisso da nossa gestão. Trabalhar para valorizar a profissão farma-cêutica é o que nos move, nos orgulha e nos faz feliz!

Com carinho

Feliz Natal e Feliz Ano Novo

Ernestina Rocha

PS: Já ia me esquecendo! Coloque na sua agenda: Dia 24 de ja-neiro de 2015 vamos realizar a nossa solenidade anual de cele-

bração do dia do farmacêutico! Com muitas novidades, você não pode perder! Fique atento(a) à divulgação no nosso site

www.crfgo.org.br

Prezado(a) Farmacêutico(a)

EDITORIAL

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Fundado em 05 de julho de 1961,por Agnelo Arlington Fleury Curado

Rua 1.122, nº. 198 – Setor MaristaCEP 74175-110 - Goiânia Goiás – Brasil Fone: (62) 3219-4300 - Fax: (62) 3219-4301 DIRETORIAErnestina Rocha de Sousa e Silva - PresidenteLorena Baia de Oliveira Alencar - Vice-presidenteLeandro Zenon de Ázara - Secretário-geralEvandro Tokarski - Tesoureiro

CONSELHEIROS 2011/2014Maria Conceição Morais PereiraRenzo FreireRadif DomingosCadri Saleh Ahmad AwadStella Laila de Oliveira - Suplente

CONSELHEIROS 2012/2015Daniel Jesus de PaulaWesley Magno FerreirLeandro Zenon de AzaraErnestina Rocha de Sousa e SilvaRicardo Carvalho Silva - Suplente

CONSELHEIROS 2014/2017Luciana CalilNara Luiza de OliveiraLorena Baia de Oliveira AlencarEvandro TokarskiSandra Maria Alves da Costa – Suplente

CONSELHEIROS FEDERAIS 2011/2014Sueza Abadia de Souza OliveiraRoldão Oliveira de Carvalho Filho - Suplente

revista

CONSELHO EDITORIALDiretoria do CRF-GO

JORNALISTA RESPONSÁVEL Teresa Cristina Ribeiro Costa

COLABORAÇÃOLarissa Carvalho

DIAGRAMAÇÃOThales Moraes

FOTOSYosikasu Maeda, Arquivo CRF-GO e Internet

REVISÃO GERALMaria Conceição Morais Pereira

IMPRESSÃOGráfica Aliança

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAEm todo o Estado de Goiás

TIRAGEM8.000 (oito mil) exemplares

IMPORTANTE:Goiásfarma é uma publicação oficial do Consel-ho Regional de Farmácia do Estado de Goiás. Os artigos e matérias assinados, assim como os anúncios, são de inteira responsabilidade dos seus autores e não representam, necessariamente, a posição do CRF-GO.

Rodapé19,5 x 6cm

½ página19,5 x 13cm

1/3 página6 x 26,5cm

Página Inteira20,5 x 27,5cm(adicionar 4mm de sangria

nos os quatro lados)

Página Dupla41 x 27,5cm(adicionar 4mm de sangria

nos os quatro lados)

Formatos

4ª capa (última capa)

3ª capa

2ª capa

2ª capa + pág.3

Página dupla

Página determinada

Página indeterminada

1/2 página

1/3 página

Rodapé

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4.800,00

3.900,00

3.900,00

6.300,00

4.200,00

2.100,00

1.800,00

1.200,00

950,00

600,00

TABELA DE PREÇOS

ENCARTE PROMOCIONAL(custo por milheiro)

1 lâmina A4

4 páginas

8 páginas

12 páginas

16 páginas

20 páginas

R$

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360,00

570,00

1.140,00

1.710,00

2.280,00

2.850,00

Formato: 20,5 x 27,5 cm

Capa: Papel Couchê 230g.

Miolo: Papel Couchê 90g.

Cores: Policromia

Tiragem: 7.000 exemplares

Periodicidade: bimestral

Diagramação e Comercialização:

|62| 3255-5895 / 9995-4501

Av. 4ª radial, nº 1371 - St. Pedro Ludovico - Goiânia - GO

Ed. Majur, sala 202

GOIÁSFARMARevista

Entidades farmacêuticas e GoiásFomento comemoram nova parceria

Ação educativa contra violência

A experiência exitosa da Farmácia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás

Farmacêutico em Oncologia:um profissional em ascensão

Novos rumos para a farmácia hospitalarem Goiás

Benefícios para oprofissional e a sociedade

Procedimentos da Fiscalização

Melhores resultados no atendimento

CRF-GO planeja e faz

Conselho Itinerante leva CRF-GO ao encontro das necessidades do farmacêutico

Semana destaca importância do profissional de farmácia para a saúde da população

Interiorização, cursos e aproximaçãocom estudantes marcaram o 2º semestre

Dra. Ernestina Rocha é homenageadana Assembleia Legislativa

A luta pela valorizaçãoprofissional continua

Farmácia é mais saúde

Carolina Horta Andrade foi reconhecidapor sua pesquisa de novos fármacospara o tratamento da leishmaniose

“Orgulho de ser farmacêutica”

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NOTÍCIAS DA FARMÁCIA

Alerta ao farmacêuticoe proprietário de farmáciaO CRF-GO informa que as ligações ou visitas em nome da ANVISA e/ou SUVISA para estabelecimentos farmacêuticos cobrando taxas supostamente em atraso do SNGPC SÃO GOLPES.A ANVISA esclarece que NÃO solicita depósitos bancários a empresas ou a usuários em geral e que em caso de débitos junto à Agência, o interessado é notificado administrativamente, mediante documento oficial, via serviço postal (Correios), com aviso de recebimento (AR) ou mediante publicação de Edital de Notificação, no Diário Oficial da União. Nesses documentos constam os procedimentos

para pagamento e demais providências, assegurado o direito constitucional da ampla defesa e do contraditório.Mais informações podem ser obtidas com a Central de Atendimento da Anvisa (0800 642 9782). A Central funciona

de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h30 às 19h30. A ligação é gratuita para todo o Brasil.A Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás (SUVISA) também informa que NÃO é seu procedimento cobrar taxas por telefone e que qualquer tipo de comunicado é feito formalmente pelo fiscal. (Telefones: (62) 3201-2674/3201-3521). Fique alerta!

O Ranking Universitário Folha 2014 posicionou o curso de Farmácia da UFGentre os dez melhores do paísSegundo o Ranking, o curso ficou classificado em 9º lugar, de um total de 335 cursos de Farmácia no Brasil. O curso de Farmácia da UFG também recebeu 5 estrelas na avaliação de cursos superiores realizada pelo Guia do Estudante (GE). A avaliação consta da publicação que circula nas bancas desde o dia 10 de outubro de 2014.

Outubro RosaA Presidente do CRF-GO participou da abertura da programação do Outubro Rosa na Fac Unicamps. O evento teve apoio do CRF-GO. Outubro é sempre mês de chamar a atenção para o câncer de mama, que é a primeira causa de morte frequente em mulheres e a quinta por câncer em dados gerais.

Conselheiros Federais por Goiásempossados no CFFA Conselheira eleita Sueza Oliveira e seu Suplente Roldão Carvalho foram empossados (24/08) na 421ª Reunião Plenária do Conselho Federal de Farmácia, em Brasília. A eleição foi realizada em 16/07, em cumprimento à decisão CDXII Reunião Plenária do Conselho Federal de Farmácia, para mandato suplementar até 31/12/2014.

Comissão de Farmácia Estética do CRF-GOIntegrantes da Comissão de Farmácia Estética: Nássara Borges Mesquita (Presidente) e Lorena Queiroz ladeiam a Presidente do CRF-GO Ernestina Rocha. A criação da

Comissão de Farmácia Estética do CRF-GO foi deliberada na 6ª Reunião Plenária de 2014, realizada no dia 30 de junho, e a portaria de criação foi publicada no dia 1º de agosto de 2014.

Segundo a Avaliação do Mercado: 4ª posição.Segundo o Enade: 6ª posição.Segundo os Avaliadores do MEC: 10ª posição.Qualidade no Ensino: 12ª posição.Doutorado e Mestrado: 25ª posição.

Faculdade de Farmácia da UFG

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Um protocolo de intenções entre a GoiásFomento e o setor farmacêutico foi assinado no dia 29/09, na sede do Conselho Regional de Farmácia – CRF-GO. Estavam presentes o presidente da GoiásFomento, Humberto Tannús Júnior, o presidente da Fecomércio, José Evaristo, a presidente do CRF-GO, Ernestina Rocha, a vice-presidente do CRF-GO, Lorena Baía (também presidente do Sinfargo), o diretor do CRF-GO, Evandro Tokarski, presidente do Sincofarma-GO, João Aguiar Neto, além de Conselheiros do CRF--GO que participaram da 9ª Reunião Plenária do CRF-GO momentos antes.

Pelo convênio, serão oferecidas linhas de crédito para farmácias e drogarias com as melhores taxas de juros do mercado, para fo-mentar o empreendedorismo nesse impor-tante segmento da economia.

Além da Fecomércio, do CRF-GO, do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás – Sinfargo, e do Sindicato do Comércio

Assim que o termo técnico da parceria estiver pronto e todos os acertos forem feitos entre as entidades e a Agência de Fomento de Goiás, divulgaremosos detalhes

Entidades farmacêuticas e GoiásFomento comemoram nova parceria

LINHA DE CRÉDITO

Entre as peculiaridades dos financiamentosa Agência de Fomento estão em destaque:nBônus de Adimplência;nTabela SAC (parcelas decrescentes);nCliente Preferencial;nCrédito Automático para Clientes Preferenciais;nNão opera com conta corrente; cliente não tem que ter tempo

mínimo de conta;nNão exige reciprocidades;nNas linhas próprias não é exigida a apresentação de projeto

econômico-financeiro completo / licença ambiental;nItens financiáveis:nProjetos e Estudos;nObras Civis, Reformas e Instalações;nMáquinas e Equipamentos (incluindo fretes e montagens);nMóveis, Utensílios e Acessórios;nVeículos (para fins empresariais);nAtivos Intangíveis (ex.: softwares, treinamentos, participação em

feiras, certificações, consultorias, franquias, seguros e etc.);nCapital de Giro / Insumos e Mercadorias;nContratação;nLiberação do crédito.

Varejista de Produtos Farmacêuticos do Es-tado de Goiás – Sincofarma-GO, a Adiprofar, Drogapop, Artesanal Franchising também celebraram o convênio.

Ficou definido que o Sincofarma-GO vai centralizar a representação da parceria e o presidente da entidade, João Aguiar Neto, explicou que, será fator preponderante para se credenciar ao financiamento, passar por um curso de gestão.

Pela proposta, interessados no recurso financeiro (Agência de Fomento) receberão qualificação pelo Sebrae-GO.

A presidente do Sinfargo Lorena Baía explicou que esta é uma linha de crédito muito bem vinda e que pode dar um retorno excelente. “Estamos juntos trabalhando para fortalecer o empreendedorismo farmacêuti-co”, disse. Lorena também sugeriu que todas as entidades envolvidas fiquem responsáveis pela divulgação dos critérios de financia-mento. A presidente do CRF-GO Ernestina Rocha ofereceu a sede do Conselho para to-das as reuniões.

Presidente do Conselho Administrativo da Associação de Drogarias e Farmácias do Estado de Goiás - Rede 2000, Alcino José Al-ves, disse que a proposta de parceria com a GoiásFomento é muito boa. “A grande sacada será fomentar o associado da rede com cus-tos menores e ainda promover a qualificação deste empreendedor”.

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No evento, que incluiu aferição de pressão arterial, testagem de glicemia e orientações contra o tabagismo e sobre combate a violência sexual e dependên-cia química, a Comissão do CRF-GO – for-mada pelas farmacêuticas: Angela Maria Miranda Cardoso (presidente), Leila Ma-ria Gomes de Oliveira, Luciana Carmo de Deus Caetano e Maria Conceição Morais Pereira – prestou esclarecimentos sobre combate ao uso irracional de medicamen-tos. Estas ações sociais e educativas que integram secretarias de Governo do Esta-do visam à redução dos homicídios dolo-sos em bairros de Goiânia com os maiores índices de criminalidades e fazem parte do Projeto Cidadania nos Bairros.

Na foto abaixo, a farmacêutica Raquel Resende, assessora técnica do CRF-GO, com as integrantes da Comissão: Leila Maria, Maria Conceição e Luciana Carmo.

Além dos esclarecimentos sobre o uso inadequado de medicamentos, a Co-missão de Práticas Integrativas do CRF--GO distribuiu panfletos com conteúdos sobre o tema e sobre os cuidados no combate à dengue.

A equipe multiprofissional de saúde do Pit Stop também distribuiu uma cartilha à população, com orientações sobre temá-ticas ligadas à promoção a saúde e com-bate a violências. “O Pit Stop é uma ótima

Ação educativa contra violência

COMISSÃO ASSESSORA DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS

Orientação sobre o uso racional de medicamentos

Integrantes da Comissão de Práticas Integrativas

oportunidade para conscientizar e alertar a população sobre os hábitos que levam a violência e a criminalidade”, observou Ma-ria de Fátima Rodrigues, coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Violências e Acidentes da SES (na foto abaixo com as integrantes da Comissão do CRF-GO e inte-grantes do Corpo de Bombeiros).

BalançoForam prestados 584 atendimentos.

O serviço de aferição da pressão foi o mais procurado, com 143 atendimentos; segui-do pelo teste de glicemia, 118; e avaliação

do Índice de Massa Corporal, 110. Ainda sete usuários foram encaminhados pela ambulância do Corpo de Bombeiros para unidades de saúde em virtude de alteração na pressão arterial e ou glicemia.

Todas as pessoas que pas-saram pelo Pit Stop receberam orientações sobre o uso inade-quado dos medicamentos for-necido pela Comissão de Práti-cas Integrativas do CRF-GO.

Fonte: CRF-GO com informações da SES-GO

A Comissão de Práticas Integrativas do Conselho Regional de Farmácia participou no dia16/08, do Pit Stop da Saúde, em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado de Goiás, no Colégio Estadual Antônio Oliveira da Silva, no Parque Amazônia.

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A experiência exitosa da Farmácia do Hospital das Clínicas da Universidade Fe-deral de Goiás (HC-UFG), coordenada pelo farmacêutico Flávio Henrique Costa Oli-veira, integrante da Comissão de Farmácia Hospitalar do CRF-GO, foi destacada em

O serviço foi destaque em apresentação do CFF, que aponta entre as Atribuições Clínicas do Farmacêutico as atividades desenvolvidas pelos profissionais farmacêuticos nos hospitais no cuidado ao paciente.

A experiência exitosa da Farmácia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás

COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA HOSPITALAR

recente apresentação do Conselho Fede-ral de Farmácia (CFF), que aponta entre as Atribuições Clínicas do Farmacêutico as ati-vidades desenvolvidas pelos profissionais farmacêuticos nos hospitais no cuidado ao paciente. O trabalho do CFF, que aponta a

Flávio Henrique com Vivianne e Hérica

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Farmácia do HC/UFG, também elen-ca os Serviços do Albert Einstein (SP) e dos Hospitais das Clínicas do Para-ná, de Porto Alegre e de Sergipe.

Equipe afinadaO Hospital das Clínicas/UFG é

grande, são 300 leitos, e a farmácia atende às 11 unidades de interna-ção, mais os ambulatórios e o Centro de Referência em Oftalmologia com sua Farmácia Satélite. Composto por vários setores, como compras, arma-zenamento, farmacovigilância, qui-mioterapia, farmácia ambulatorial, farmácia clínica, serviço de residên-cia, hematologia etc.

Para atender a esse desafio grandioso e ainda se destacar, o farmacêutico Flávio Henrique conta com uma equipe afinada, formada pelas farmacêuticas Ana Carolina Figueiredo Modesto (gerente de ris-co), Vivianne Vieira de Melo (gerente técnica), Hérica Núbia Cardoso Cirilo (gerente administrativa) e Tatyana Xavier Almeida Matteucci Ferreira (supervisora do serviço de farmácia clínica). Ao todo são 12 farmacêuti-cos, além dos estagiários.

Gestão e segurançaPara Flávio Henrique, dois as-

pectos fundamentais dos bons re-sultados da Farmácia do HC/UFG são a gestão e a segurança, e nesse sentido, o gerenciamento da parte de compras foi fundamental porque agilizou os processos e fortaleceu a unidade. Segundo ele, o setor co-ordenado pela farmacêutica Hérica Núbia Cardoso Cirilo é responsável por manter o estoque adequado de medicamentos, analisar contratos, acompanhar os pedidos de forne-cimento, prazos e condições de en-trega previstos em edital, etc. Todas as propostas das empresas partici-pantes dos pregões eletrônicos são analisadas (autorização de funcio-namento, alvará sanitário, registro do medicamento), de acordo com

as legislações pertinentes da Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Com relação à segurança, Flávio Henrique destaca que alguns dos quesitos fundamentais são a confe-rência, armazenamento e distribui-ção. “Em todo o processo, a tempe-ratura e os prazos de vencimento são rigorosamente controlados”, in-forma, mostrando os termômetros nas geladeiras e os refrigeradores de ar, que estão presentes em todos os ambientes.

Farmácia clínica e cuidadoao pacienteTodo esse cuidado de boas prá-

ticas de gestão, segurança na ma-nipulação, armazenamento e distri-buição não seriam suficientes se não estivessem associadas às atividades desenvolvidas pelos profissionais farmacêuticos no hospital no cuida-do ao paciente.

Supervisionado pela farmacêu-tica Tatyana Xavier Almeida Mat-teucci, o Setor de Farmácia Clínica, tem o objetivo de planejar, organi-zar, coordenar, realizar, acompanhar e avaliar os Serviços Farmacêuticos Clínicos direcionados ao usuário do serviço e/ou a equipe multiprofis-sional de saúde, visando assegurar a efetividade e a eficiência do uso de medicamentos, conforme a Resolu-ção nº 555/2013 do Conselho Fede-ral de Farmácia.

Como um dos resultados de toda a atuação profissional eficien-te, eficaz e bem integrada, é que no HC/UFG, todas as semanas dois far-macêuticos participam das reuniões do Setor de Medicina Interna. Quan-do os médicos passam caso a caso com os residentes, os farmacêuticos esclarecem sobre as interações, dis-ponibilidades, logística e problemas sociais relacionados aos medica-mentos.

“Esse é um momento funda-mental, porque o profissional com-

preende que o farmacêutico está ali para ajudar no tratamento, explicar o que é e qual a importância de um serviço de Farmácia Clínica”, observa Tatyana Matteucci.

Uso racional de medicamentosAna Carolina Figueiredo Mo-

desto, conta que em uma outra experiência exitosa, nesse caso re-lacionada ao uso racional de medi-camentos, a equipe da Farmácia do HC/UFG desenvolveu uma fórmula de Omeprazol em suspensão em parceria com a Farmácia Escola/UFG. Por solicitação da equipe médica, fi-zeram uma explanação sobre o uso indiscriminado do medicamento com informações farmacotécnicas e a partir do esclarecimento e da nova apresentação conseguiram reduzir pela metade o consumo de ampolas de Omeprazol no Hospital.

“Trabalhamos para dar suporte à atividade clínica, buscando sem-pre à qualidade, gestão de estoque e segurança”, diz Tatyana.

Em uma outra frente de traba-lho, desde 2012, é feita uma avalia-ção da neurotoxidade induzida pe-las drogas utilizadas no tratamento aos portadores de mieloma múltiplo como suporte para que a médica hematologista faça as adaptações das doses.

ResidênciaA Coordenação de Farmácia também integra a Residência Multiprofissional em Saúde do HC-UFG e oferece duas vagas na área de concentração de Hematologia e Hemoterapia por ano. Além disso, os farmacêuticos são responsáveis por supervisionar estágios curriculares e extracurriculares de graduandos em Farmácia da UFG e outras instituições de ensino superior.

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O alto grau de especialização dos tra-tamentos oncológicos determina a integra-ção entre a equipe multidisciplinar como importante passo para o tratamento atin-gir o sucesso. Por esse motivo, o farmacêu-tico especializado em oncologia está cada vez mais valorizado. O campo de atuação é amplo e envolve controle de estoque, aquisição, armazenamento, manipulação dos quimioterápicos e dispensação, entre outros procedimentos rigorosos.

Especialista em Farmácia Hospitalar com ênfase em Oncologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-GO, o farmacêutico Naime S. Dias Pereira Júnior é um dos mais conceituados profissionais em atuação nesta área no estado. Gradua-do em Farmácia pela Universidade Federal de Goiás, em 2004, ele também é especia-lista em Vigilância Sanitária pela PUC-GO e presta consultoria em Farmácia Hospitalar e Oncologia.

Aos 34 anos, e apaixonado pelo que faz, desde 2006, Naime é responsável téc-nico no Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia – CEBROM, onde também é o gestor responsável, cargo que também ocupa no Hemolabor.

O câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Além disso, é uma doença que afeta de várias formas a vida do paciente exigindo um tratamento especializado, longo, caro e difícil.

Farmacêutico em Oncologia:um profissional em ascensão

COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA HOSPITALAR

“A gente trabalha muito e é muito co-brado, mas depois de anos de esforço, con-sidero que faz todo o sentido a dedicação”, diz o profissional. Ele conquistou espaço e passou a ser procurado pelos médicos para discutir os casos. “Acho que consegui mostrar para os médicos a importância do

Naime S. Dias Pereira Júnior

Naime e colegas no serviço oncológico

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farmacêutico no serviço”, declara lembrando que a prescrição é res-ponsabilidade exclusiva do médico.

Trabalho complexoEntretanto, o papel do farma-

cêutico é complexo, inclui a atenção farmacêutica, que assegura que a terapia farmacológica indicada seja adequada, segura e seja adminis-trada de forma correta, por meio do aconselhamento e supervisão do tratamento.

Engloba, por exemplo, a re-conciliação medicamentosa - “pre-cisamos ter acesso à sacola de me-dicamentos do paciente e fazer um estudo sobre interação medicamen-tosa para o tratamento oncológico”-, inclui a avaliação e análise da pres-crição no momento em que ela che-ga, para verificar a consonância com a superfície corpórea do paciente, de forma a atingir o efeito terapêu-tico esperado.

“O limite de equilíbrio é estreito, medicamentos citológicos podem causar reações adversas conhecidas como náuseas e vômitos”, explica Naime. Mas ele esclarece que, as re-ações não são fatores limitantes ao tratamento, uma vez que há tecno-logia suficiente para dar suporte ao paciente durante o tratamento.

Qualificação constanteAliado a tudo isso, o farmacêuti-

co ainda precisa estar sempre atento à regulamentação (veja no quadro), à burocracia pesada - afinal são dro-gas de alto custo-, a procedimentos minuciosos, e ao cuidado necessário com um público carente de informa-ções e debilitado por um diagnósti-co de uma patologia severa.

“Eu me obrigo a estudar diaria-mente, leio pelo menos um capítulo

por dia de livros especializados”, con-ta Naime. O estudo contínuo é outra exigência, na opinião de Naime já que a oncologia é uma área em que artigos científicos e pesquisas são publicados diariamente, assim como novas drogas são lançadas.

“Trabalho muito, o tempo todo, mas é vida que segue. Não me vejo fazendo outra coisa profissional-mente, que não atuando no serviço de oncologia”.

Legislação básica1998 – Portaria nº 3.535 do Ministério da Saúde estabeleceu critérios para Cadastramento de Centros de Alta Complexidade em Oncologia.

1996 - O Conselho Federal de Farmácia lançou a Resolução nº 288, determinando que é atribuição privativa do farmacêutico a competência para o exercício da atividade de manipulação de drogas antineoplásicas e similares nos estabelecimentos de saúde e detalhando a função do profissional de farmácia no exercício da atividade da quimioterapia.

2004 - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária editou a RDC n° 220, estabelecendo que qualquer serviço de oncologia, como a quimioterapia, deve, obrigatoriamente, dispor de uma Equipe Multiprofissional de Terapia Antineoplásica (EMTA) composta por, no mínimo, farmacêutico, enfermeiro e médico especialista – oncologista ou hematologista. Pela RDC, o farmacêutico é responsável por avaliar a prescrição médica quanto à viabilidade, estabilidade e compatibilidade físico-química dos componentes e deve examinar a sua adequação aos protocolos estabelecidos pela EMTA.

De acordo com Sociedade Brasi-leira de Farmacêuticos em Oncologia – Sobrafo - não há estimativa do nú-mero de serviços nem a localização deles no Brasil, mas a procura ainda é muito maior do que o número de pro-fissionais qualificados.

O farmacêutico em oncologia co-meça pela manipulação dos quimioterá-picos, preocupando-se com a qualidade da manipulação, risco de contaminação química do ambiente e do operador, e risco de contaminação microbiológica do produto. Passa a elaborar procedi-

mentos operacionais e tabelas para ga-rantir a qualidade do processo.

Participa da elaboração do pla-no de gerenciamento de resíduos, acompanha e notifica reações adver-sas e queixas técnicas; discute a qua-lificação de fornecedores e a seleção de medicamentos e materiais para o serviço; trabalha com a gestão eficien-te de estoques- levando em conside-ração os custos; avalia a prescrição médica; identifica erros e realiza inter-venções; e acompanha o paciente em tratamento (atenção farmacêutica).

Trabalha em clínicas de onco-logia e hospitais com setor de qui-mioterapia.

Além da formação superior em Farmácia, é importante que o profis-sional da área de oncologia esteja em atualização constante, pesqui-sando, participando de seminários, congressos, palestras e cursos de pós-graduação. É possível obter o título de especialista através da re-alização de uma prova e avaliação curricular realizada nos Congressos da Sobrafo a cada 2 anos.

Grande procura por profissionais qualificados

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Coube à presidente do CRF-GO, Ernes-tina Rocha, fazer a abertura oficial do Even-to “Avanços e Perspectivas para a Farmácia Hospitalar no Estado de Goiás”, promovido pela Comissão de Farmácia Hospitalar do Conselho Regional de Farmácia no Estado de Goiás – CRF-GO, e realizado pelo próprio CRF-GO e pelo Sinfargo.

Para Ernestina Rocha a população goiana só tem a ganhar com farmacêuticos competentes e qualificados. “Nós estamos o tempo todo lutando e preparando os farma-cêuticos para que tenham mais autonomia, mais conhecimento e sejam cada vez mais éticos e profissionais na atuação”. Segundo Ernestina, uma das consequências dessa luta constante é a valorização profissional.

Momento históricoEm um só evento foi criada a Regional

Goiás da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços Clínicos, houve a reali-zação de várias palestras sobre temas atuais relacionados à Farmácia Hospitalar e, para completar, em Assembleia Geral Extraor-

O sábado, 4 de outubro de 2014, foi um dia dedicado aos novos rumos da farmácia hospitalar em Goiás, um momento de qualificação, valorização e de novas conquistas para nosso estado.

Novos rumos para a farmácia hospitalar em Goiás

EVENTO

dinária, os farmacêuticos aprovaram uma minuta de convenção coletiva de trabalho a ser negociada com o sindicato patronal, coi-sa que não acontecia desde o ano de 1999.

“Não é uma luta fácil, mas vamos nos empenhar para obter êxito na negociação”, observou a presidente do Sindicato dos Far-macêuticos, Lorena Baía. “Estou feliz porque conseguimos alinhar aqui neste momento a qualificação profissional com a discussão so-bre as condições salariais e de trabalho dos farmacêuticos hospitalares”. Segundo ela, o fortalecimento da profissão só está sendo possível graças à união das entidades.

“Que venham as lutas! Estamos unidos em prol da Farmácia,” enfatizou Lorena Baía.

“Foi um momento histórico e inovador, assim como têm sido todas as ações da nova diretoria do CRF-GO, que trabalha com afin-co para modernizar os serviços e a estrutura da entidade”, ressaltou o diretor tesoureiro da entidade, Evandro Tokarski.

Ao destacar o momento que uniu or-ganização e capacitação farmacêutica, o diretor secretário, Leandro Zenon, também

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coordenador geral das Comissões Assessora do CRF-GO, lembrou que o CRF-GO é a casa do farmacêutico. “Ao buscar avançar no conhecimento o profissional conquista algo que nin-guém pode lhe tirar”, disse.

Posse da primeira diretoriada SBRAFH - Regional GoiásO presidente da Sociedade Bra-

sileira de Farmácia Hospitalar e Servi-ços de Saúde – SBRAFH, Dr. Marcelo Polacow, veio a Goiânia especialmen-te para a posse da primeira diretoria da regional, indicada pela direção nacional. Ele contou que a sua gestão fez o compromisso de regionalizar em 100% a SBRAFH. “Uma entidade só tem sentido se estiver próxima da sociedade”, explicou.

Foram empossados como pri-meiros diretores da SBRAFH - Re-gional Goiás: Mirtes Barros Bezerra (presidente); Eterno Ribeiro da Silva (vice-presidente); Flávio Henrique Costa de Oliveira (diretor executi-vo); Hugo Manoel Augusto Vilaverde (vice-diretor executivo); Fábio Ro-gério de Oliveira da Cunha (diretor financeiro); Maria Viviany de Morais Claudino (vice-diretor financeiro) e Vivianne Vieira de Melo (diretora se-cretária).

Para Mirtes Bezerra, um momen-to como este serve para evidenciar sua certeza de que está no caminho certo, na profissão certa e pode se realizar com isso. A nova presiden-te da SBRAFH - Regional Goiás, que também é diretora do Sinfargo, agra-deceu a todas as congratulações re-cebidas em nome da nova diretoria da entidade. “Juntos sempre seremos

mais fortes”, observou.Marcelo Polacow

também ministrou uma palestra sobre “Ativida-des Clínicas do Farma-cêutico e Perspectivas para a Farmácia Hospi-talar Brasileira”.

Os farmacêuticos presentes ainda assisti-ram a Palestra sobre os Produtos Biológicos no Contexto Atual, minis-trada pelo médico, Val-dair Pinto – Consultor em Medicina Farmacêu-tica – Fundador e pro-prietário da Okrafields Medicina Farmacêutica

Ltda. Já a Presidente do Comitê de Se-gurança do Paciente e Gerente de Ris-co Sanitário HC/UFG, Ana Carolina Fi-gueiredo Modesto, ministrou palestra sobre Segurança do Paciente e o Papel do Farmacêutico. Uma mesa redonda abordou três temas Farmácia Clínica, Oncologia e Hospital Sentinela Noti-ficações, tendo como palestrantes e debatedores os farmacêuticos Naime Dias Pereira Junior – Consultor em Farmácia Hospitalar e Oncologia; Ana Carolina Figueiredo Modesto – Pre-sidente do Comitê de Segurança do Paciente e Gerente de Risco Sanitá-rio HC/UFG e Tatyana Xavier Almeida Matteucci Ferreira – Farmacêutica Clí-nica do Hospital das Clínicas da Uni-versidade Federal de Goiás.

A Comissão de Farmácia Hospi-talar do Estado de Goiás – CRF-GO é formada por Mirtes Barros Bezerra (presidente), Eterno Ribeiro da Sil-va, Grace Machado, Hugo Manoel Vilaverde, Maria Viviany de Morais Claudino e Flávio Henrique Costa Oliveira, com assessoria técnica da assessora da diretoria do CRF-GO, Raquel Resende. Marcelo Polacow

Diretoria da SBRAFH-GO

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O CRF-GO exerce um trabalho de fiscali-zação sobre o exercício profissional exemplar, e os números (veja no quadro) asseveram a seriedade do Conselho em sua missão de atuar com eficácia na orientação, fiscalização e valori-zação do profissional. A Atuação da equipe de fiscais do CRF-GO garantiu 78% de presença dos farmacêuticos nas farmácias e drogarias, configurando uma assistência efetiva em Goi-ás de acordo com a Resolução 600/2014 do Conselho Federal de Farmácia. A presidente do CRF-GO Ernestina Rocha, explica que a fiscaliza-ção é extremamente necessária, pois beneficia tanto o setor fiscalizado, quanto à sociedade.

Estímulo à qualificaçãoComo parte do esforço permanente

pela qualificação dos servidores que atuam

Atuação eficiente da fiscalização, com foco na orientação e na qualificação resultam em melhoria da saúde da população e na valorização profissional

Benefícios para oprofissional e a sociedade

FISCALIZAÇÃO

na fiscalização do exercício profissional do farmacêutico, toda a equipe de fiscais do CRF-GO participou do Encontro de Fiscais Farmacêuticos das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste realizado na cidade de Foz do Iguaçu, nos dias 15 e 16 de outubro último, promovido pelo CFF. A presidente da insti-tuição, Ernestina Rocha, e a vice-presidente, Lorena Baía, também estiveram presentes ao evento.

Lorena Baía observa que entre os prin-cipais desafios da fiscalização farmacêutica estão a orientação profissional e o trabalho de fazer o colega farmacêutico compreen-der a importância da sua atuação ética e qualificada, o que resultará na valorização do profissional e consequentemente na me-lhoria da saúde da população.

O fiscal farmacêutico Edmar Godoy Viggiano Pereira é o novo gerente da fiscalização do CRF-GO desde 25 de agosto de 2014. Graduado pela Faculda-de Objetivo, em 1994, ele é especialista em saúde pública e fiscal do Conse-lho há 19 anos e assume o cargo pela segunda vez em sua carreira. Desta vez em substituição ao ex-gerente Guilherme Reis, que fez um excelente trabalho quando no cargo. Além de fiscal do CRF-GO, também é integrante da Comis-são de Fiscalização do CFF (Cofisc/CFF).

Novo gerente

FiscaisRejany Machado Pena, Pedro Inácio Carlos Neto, Luciano Eidy Kawatake, Irene Borges Yamaguchi, Fátima de Lourdes do C.Araújo, Edmar Godoy Viggiano Pereira, Guilherme Carvalho dos Reis, Lucas Cunha Ribeiro e Ilton Munhoz Domingues

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Em números

Farmacêuticos Inscritos no CRF-GOCapital 3.120Interior 5.165Total no Estado 8.285

Farmacêuticos Fiscais em atividade 7

Fiscalização NoturnaCom a chegada de mais uma farmacêutica fiscal, a partir de janeiro de 2015 será ampliada a fiscalização noturna, visando a o cumprimento da integralidade da Lei 13.021, de 8 de agosto de 2014.

Total de estabelecimentos registrados no CRF-GO(Em todas as naturezasde atvidades)5.491

Farmácias e Drogarias

Com proprietários Farmacêuticos2.404

Com proprietários não-Farmacêuticos1.276

Total 3.680

Farmácias públicas e hospitalares públicas533

Laboratórios de Análise284

Indústrias Farmacêuticas36

Distribuidoras de Medicamentos233

Inspeções 16.667 (Em 2014 - até outubro)

Capital 4.842

Interior 11.825

Responsável Técnico Presente10.496

Responsável Técnico Ausente3.521

Percentual de Presença do RT 78%

(Dados de outubro de 2014)

Funcionários: Ângela (secretaria), Flávia, José Gonçalves e Renata (fiscalização)

O CRF-GO informa que dará inicio à fiscaliza-ção noturna a partir de 2 de janeiro de 2015. Para ampliar o serviço de fiscalização garantindo o cum-primento da legislação que determina que toda farmácia e drogaria precisa ter um farmacêutico durante todo o período de funcionamento do es-tabelecimento, foi chamada a fiscal farmacêutica Irene Borges Yamaguchi, aprovada em concurso, para completar uma equipe de 8 fiscais farmacêuti-cos em atuação no CRF-GO. A fiscal Irene vai atuar a noite e aos finais de semana.

Além de garantir a presença do Farmacêutico como responsável técnico nas farmácias e droga-rias, protegendo a sociedade, as visitas regulares dos fiscais oferecem aos profissionais a oportunida-de de aplicar a legislação com segurança, de atuar corretamente e de receber informações sobre os cursos de qualificação e eventos realizados pelo Conselho e outras instituições.

O gerente de fiscalização do CRF-GO Edmar Go-doy Viggiano Pereira explica que a fiscalização deve ser vista com bons olhos pelos proprietários de far-mácias e farmacêuticos, pois ela visa defender os in-teresses do cidadão, garantindo que, no momento da sua busca pelo medicamento, ele tenha acesso a um profissional habilitado. Ela também garante ao farma-cêutico suas prerrogativas profissionais.

Fiscalização noturna terá início em janeiro de 2015

Para garantir a segurança dos fiscais farmacêuticos em suas atividades externas o CRF-GO adquiriu no primeiro se-mestre, por meio de licitação, uma nova frota de 8 veículos zero Km. A empresa contratada se encarrega das revisões e terá de trocar os veículos a cada 18 meses. Além dos seguros, todos dispõem de air bags e sistema de monitoramento para oferecer mais tranquilidade aos fiscais no trabalho diário.

Nova frota

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Elaboramos um informativo no formato de perguntas e respostas com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre os procedimentos das empresas e profissionais com relação à fiscalização. Veja a seguir:

MANUAL

Auto de infração, defesa e recurso.O Farmacêutico fiscal no ato da inspeção pode aplicaro auto de infração em quais situações?De acordo com a Lei 3.820/60, o CRF-GO emite auto de infração para estabelecimentos que desen-volvem atividades para as quais é necessário profissional Farmacêutico. São as seguintes situações:Ilegal – Empresa/Instituição que não possuem registro no CRF-GO;Irregular - Empresa/Instituição registrada no CRF-GO que não possui responsável téc-nico por mais de 30 (trinta) dias;Responsável Técnico ausente - Empresa/Instituição registrada no CRF-GO que no mo-mento da inspeção estejam funcionando sem a presença de Farmacêutico legalmente habilitado e registrado;Completar carga horária exigida - Empresa/Instituição registrada no CRF-GO que não possuem Farmacêutico responsável técnico durante todo horário de funcionamento no momento da inspeção estejam funcionando sem a presença de Farmacêutico legalmen-te habilitado e registrado. Determinação dada pela Lei 5.991/73 e a Lei 13.021/14.

O Farmacêutico fiscal do CRF-GO deixouum auto de infração por ausência do Farmacêutico.

a) Quem deve fazer a defesa? A defesa sempre deve ser feita pela empresa. Ao profissional cabe justificar sua ausência

à empresa. b) Então existe diferença entre justificativa e defesa?Existe sim. Justificativa é o ato em que o profissional esclarece a empresa (por escrito ou

não), o motivo em que não compareceu ou atrasou ao trabalho. Defesa é a peça por meio da qual a empresa atende a uma citação.

c) Como proceder?No site do CRF-GO (www.crfgo.org.br), existe um espaço chamado “serviços on line” e

nesse espaço há um serviço oferecido denominado de “Formulários on line”. Clicando nesse espaço a empresa buscará pelo formulário nº 14 (Defesa ao auto de infração).

d) Existe prazo para apresentação de defesa escrita?Sim. A empresa deve protocolizar defesa prévia na sede do CRF-GO ou nas Seccio-

nais dentro do prazo previsto, que é de 5 (cinco) dias, a contar do primeiro dia útil após esta data.

e) Quem faz as avaliações das defesas?No CRF-GO existe uma Câmara Técnica que avalia as defesas apresentadas. Essa Câmara

Técnica é composta por 3 (três) Farmacêuticos que fazem parte do Plenário, os quais são Con-selheiros Regionais.

Se o recurso (defesa) for deferido, o auto de infração será cancelado e arquivado. Se for in-deferido, será emitido um termo de notificação de multa e remetido para a empresa por meio de carta com aviso de recebimento (AR), depois de homologado pelo Plenário do CRF-GO.

Procedimentos da Fiscalização“A presença do Farmacêutico transforma a farmácia de dispensação no maior posto avançado de Saúde Pública”

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f) O termo de notificação de multa emitido pelo CRF-GO permite recurso?

Sim. A empresa/Instituição tem 15 (quinze) dias contí-nuos a contar da data de recebimento do termo de notifica-ção de multa e mediante pagamento de porte de remessa (art.15 da Resolução nº 566/12).

g) Fiz a defesa, estou isento da multa?Não. A defesa apresentada, mesmo que devidamen-

te elaborada e protocolizada dentro do prazo, não sig-nifica que o auto de infração seja extinto ou arquivado.

h) A empresa não apresentou defesa, e agora?Nesse caso, o processo é julgado à revelia, ou seja, gera

multa automaticamente. i) Se o recurso (defesa) for deferido, o auto de infra-

ção será cancelado e arquivado?Sim, se o recurso (defesa) for deferido, o auto de infra-

ção será cancelado e arquivado. Se for indeferido, será emiti-do um termo de notificação de multa e remetido para a em-presa por meio de carta com aviso de recebimento (AR), após homologado pelo Plenário do CRF-GO.

j) Recebi o termo de notificação de multa. Tem como recorrer?

Sim. É preciso recorrer ao Conselho Federal de Farmácia no prazo de 15 dias (quinze) dias contínuos corridos a contar da data do recebimento do Termo de notificação de multa e mediante pagamento de porte de remessa (Art.15 da Resolu-ção nº 566/12 do CFF).

k) Como devo proceder para recorrer?O recurso ao Conselho Federal de Farmácia deverá

ser protocolizado na sede do CRF-GO ou em uma das Sec-cionais, dentro do prazo de 15 dias após recebimento do Termo de notificação de multa, mediante o pagamento do porte de remessa.

l) O que vem a ser pagamento do porte de remessa?Porte de remessa é o valor a ser cobrado para cobrir

os custos de envio do processo com seu respectivo recur-so ao Conselho Federal de Farmácia e posteriormente o seu retorno ao CRF-GO. O valor do porte de remessa foi determinado pela Portaria nº 19 do CFF.

m) O que deve conter no formulário de recurso, no-tificação de multa?

Deve conter:1- Requerimento dirigido ao Presidente do CRF-GO;2- A qualificação do autuado (razão social, endereço

completo, CNPJ, nº da notificação de multa);3- Os motivos de fato e de direito em que se funda-

menta (o que se alega para que o Termo de notificação de multa seja cancelado);

4- Identificação do representante legal (nome comple-to, cargo, RG ou CPF e assinatura do representante legal);

5- O comprovante de pagamento do porte de remessa.Observação: O Farmacêutico nunca é autuado pelo

Farmacêutico fiscal. O autuado é sempre a empresa.

Uma das situações em que o CRF-GO pode autuar a empresa é pela ausência do Farmacêutico.

a) Então não posso me ausentar do estabeleci-mento?

Pode se ausentar sim. Mas é preciso tomar algumas providências.

b) O que é afastamento provisório ou temporário?São aquelas situações em que o Farmacêutico se au-

senta temporariamente do estabelecimento em que tem vínculo de Responsabilidade Técnica (RT). Podemos citar como exemplo: férias, cursos, congressos, viagens, doen-ça, óbito familiar, acidente pessoal e outras atividades.

c) Quem deve fazer a comunicação do afasta-mento provisório ou temporário?

Quem deve comunicar ao CRF-GO, preferencialmen-te é o profissional Farmacêutico.

d) Como devo proceder?Vamos ver os seguintes casos:Férias – Comunicar ao CRF-GO, protocolizando o avi-

so de férias com antecedência mínima de 01 (um) dia.Curso, congresso, viagem, atividade administra-

tiva e outras situações – Protocolizar requerimento de afastamento assinado pelo RT e pela empresa com ante-

cedência e aguardar deferimento. Doença, cirurgia, consulta médica, óbito fami-

liar, acidente pessoal – Protocolizar comunicado no prazo máximo de 05 dias após o afastamento.

e) E nos casos de afastamento superior a 30 (trinta) dias. Podem ocorrer várias situações:Licença Médica – Superior a 30 (trinta) dias implica

na contratação de Farmacêutico substituto.Questões particulares – O profissional deverá fazer

o requerimento para análise. Para essa análise são observa-dos vários aspectos, tais como perfil de assistência farma-cêutica da empresa e do profissional. Bem como vínculos anteriores e seus históricos.

É importante o Farmacêutico entrar em contato com o CRF-GO para saber se o requerimento de afastamento foi autorizado ou não, antes de se afastar.

f) Onde encontro o formulário para requerimen-to de afastamento provisório ou temporário?

No site do CRF-GO (www.crfgo.org.br), existe um es-paço chamado “serviços on line” e nesse espaço há um serviço oferecido denominado de “Formulários on line”. Clicando nesse espaço a empresa buscará pelo formulá-rio nº 09 (Requerimento afastamento provisório).

Afastamento provisório ou temporário

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O compromisso assumido pela atual gestão do CRF-GO em modernizar os servi-ços de atendimento em relação aos procedi-mentos farmacêuticos está sendo cumprido a risca e os primeiros e melhores resultados já começaram a aparecer.

Desde o mês de outubro último, quando começou a ser aplicado, o novo manual de pro-cedimento para inscrição de pessoa física, por exemplo, processos que demoravam até três meses para serem concluídos foram reduzidos em menos da metade do tempo. O serviço ace-lerou porque foi reduzida uma série de trâmites.

“Agora é só elogios”, comemora a co-laboradora Rosamaria de Oliveira Santos, Supervisora de Protocolo e Atendimento do CRF-GO. “Os farmacêuticos se surpreendem quando ligamos informando que a carteira profissional já está pronta”. Rosamaria conta que todos os atendentes participaram das reuniões e ajudaram a elaborar o novo Ma-nual contribuindo com suas observações e experiência. “Foi um salto que fez simplificar o processo e melhorar o nosso trabalho”.

Implantação dos novos processos no CRF-GO promove redução de prazos e agrada farmacêuticos

Melhores resultados no atendimento

MODERNIZAÇÃO INTERNA

Para ela, o atalho criado nos prazos será cada vez mais necessário, uma vez que o nú-mero de farmacêuticos chegando ao merca-do profissional aumenta vertiginosamente. “Este crescimento exige a simplificação dos processos”, resume.

O Projeto de Melhoria de Processos é um dos Objetivos da Estratégia de “Mo-dernização Interna”, definida no Planeja-mento Estratégico do CRF-GO para o biênio 2014/2015. Realizado em várias etapas, o tra-balho iniciou em dezembro de 2013.

“Estamos cada vez mais felizes e orgu-lhosos, porque estamos conseguindo de-senvolver ações com o intuito de melhorar e modernizar a estrutura interna; estimular parcerias e qualificação; fortalecer a classe farmacêutica; e as relações do farmacêutico com a sociedade”, relata a presidente do CRF--GO, Ernestina Rocha.

Processos que já foram analisados e aprimorados Inscrição de pessoa físicaCancelamento de inscriçãoInscrição de técnico em laboratórioInscrição secundária de pessoa físicaJubilamento de inscriçãoTransferência de outro CRF para CRF-GOTransferência do CRF-GO para outro CRFConfecção de identidade profissional

Pessoal do Atendimento em GoiâniaErnani de Sousa Cabral FilhoThais Gomes de Melo Costa PintoRodrigo Pires Ferreira

Pessoal que executa os procedimentosÂngela Lúcia Rosa da SilvaRobson Padilha

Pessoal das SeccionaisHian Gustavo Godoi Elias – Seccional de AnápolisPaulo Henrique - Seccional de Rio VerdeMábia Rúbia F. Maia – Seccional de Uruaçu

Ernani, Thaís e Rodrigo

Rosa Maria e Cynthia

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O Planejamento Estratégico do CRF GO para o biênio 2014/2015 foi construído a partir de análises de cenários e de reflexões, assegurando um amplo espaço de participação para a construção conjunta das propostas.

CRF-GO planeja e faz

A Assessora de Gestão Estratégica do Conselho, Cynthia Almeida, explica que foi feita uma análise dos processos internos, utilizando uma amostragem das ins-crições feitas em 2013, que forneceu subsídios para ini-ciar pelos processos de maior impacto aos farmacêuticos e empresas que dependem do CRF-GO.

“O resultado do estudo indicou prazos extremamente elevados para a realização de serviços essenciais do CRF-GO, que impactavam diretamente na satisfação do cliente e na sua percepção da eficácia dos serviços prestados pelo Con-selho”, explica Cynthia.

Na fase seguinte foram identificadas nos atuais pro-cessos de trabalho oportunidades de aperfeiçoamento e foram propostas melhorias privilegiando a utilização de

Etapas

- Workshop interno em 06/12/2013 com o objetivo de levantar informações jun-to aos colaboradores do CRF.

- Sistematização das contri-buições como base para o evento principal de planeja-mento.

- Realização do evento “Pla-nejamento Estratégico CRF GO”, em 15/02/2014, com membros do Conselho e par-ticipação de setores envol-vidos tanto da área privada quanto governamental.

- Elaboração dos planos de ação 2014/2015 e a consoli-dação do modelo de gestão do planejamento, envolven-do Diretoria e equipe interna do CRF.

tecnologia de informação, a redução do uso de papéis, o aumento de produtividade, a diminuição de custos e os aspectos inerentes à integração, controle e padronização de processos, tudo de acordo com a legislação vigente.

Após a discussão com os envolvidos chegou-se a um novo desenho de processo que pode ser documentado para ser seguido. Os procedimentos foram submetidos à análise da diretoria e, após aprovação formal do docu-mento iniciou-se a implantação com a equipe envolvida.

Pessoa JurídicaNo momento estão sendo analisados os processos

relacionados à Pessoa Jurídica para breve implantação dos novos procedimentos.

A avaliação geral é bastante positiva visto que, em menos de 9 meses, de um total de 30 Planos de Ação, 42% já estão concluídos e os demais estão com seus com prazos em dia, previstos para conclusão até o final de 2015.

Análise e elaboração do manual

Último monitoramento

Objetivo estratégico

Melhorando a estrutura; 5 1

Parcerias e qualificação; 5 1

Fortalecendo a classe farmacêutica; 5 1

O Farmacêutico e a sociedade; 2 1

Modernização interna. 5 4

Planos de Açãoem andamento

Planos de Ação Concluídos

O monitoramento das ações é feito semestralmente, visto que elas são abrangentes e têm um longo período de desdobramento. Já foram realizados monitoramentos nos meses de julho e novembro de 2014. Os próximos estão previstos para maio e novembro de 2015.

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Qualificação paraItumbiara e regiãoFarmacêuticos e estudantes de farmácia, de Itumbiara e região puderam participar do Curso Liderança em Ação – Líderes que motivam a equipe, promovido pelo CRF-GO com a psicóloga e consultora organizacional, Darciene Arllet de Sousa, que tem MBA em Gestão da Qualidade e Recursos Humanos – UNB/FUBRA O curso foi realizado no Palácio 12 de Outubro, no dia 16/09.

Prosperar em Anápolis A cidade de Anápolis recebeu no dia 27/08 a terceira Edição do Projeto Prosperar. Na oportunidade, foi oferecido o “Curso de Administração Prática de Farmácias e Drogarias”, ministrado pelo professor Cadri Awad, no auditório da Universidade Estadual de Goiás - UEG. No primeiro semestre deste ano o Curso já tinha reunido mais de 400 participantes nas duas primeiras edições do Projeto Prosperar, em Goiânia, com muito sucesso.

IV Jornada Farmacêuticada FACERESNo dia, 13/10, durante a programação da IV Jornada Farmacêutica da FACERES em Ceres, o CRF-GO realizou mais uma edição do Qualifarma, programa de educação continuada para farmacêuticos. Houve palestra do fiscal José Spíndola e a diretoria do Sinfargo também teve a oportunidade de apresentar aos acadêmicos as ações do Sindicato na luta pela valorização da profissão farmacêutica. Participaram a presidente Lorena Baía (também vice-presidente do CRF-GO e o diretor Adailton Pinho). Enviamos um agradecimento todo especial ao professor Menandes Neto, integrante da Comissão de Ensino do CRF-GO.

Firmes no propósito de promover uma aproximação das duas entidades com os estudantes de farmácia, foram realizadas várias atividades, entre elas palestras na Universidade Federal de Goiás (Ernestina Rocha e Lorena Baía), na FACERES (Ernestina Rocha e Lorena Baía), na Universidade Salgado de Oliveiro (Evandro Tokarski, Fábio Basílio e José Spíndola), na Uni-Anhanguera (Ernestina Rocha) e na Estácio de Sá (Evandro Tokarski, Lorena Baía e Raquel Resende). Também foram oferecidas oportunidades de qualificação aos farmacêuticos.

O período foi de muito trabalho em conjunto para o CRF-GO e o Sinfargo na área de capacitação.

Interiorização, cursos e aproximaçãocom estudantes marcaram o 2º semestre

QUALIFICAÇÃO

Educação Continuada12 cursos Qualifarma com média de 30 alunos por edição.4 cursos de SNGPC com média de 20 alunos por turma.4 cursos de Talidomida em parceria com a SUVISA.

Entrega de Carteiras Ao final do curso, em Anápolis, oCRF-GO também realizou uma sessão solene de Entrega de Carteiras de Identidade Profissional para os novos farmacêuticos da cidade de Anápolis.

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UniversoO diretor do Sinfargo e Coordenador do Fórum Goiano de Valorização da Profissão Farmacêutica, Fábio Basílio, e o fiscal do CRF-GO, José Spíndola, ministraram palestras na Universidade Salgado de Oliveira em 10/09, nos períodos matutino e vespertino.Em foco, as diferenças entre a atuação do Conselho e do Sindicato, as resoluções do CFF da Prescrição Farmacêutica, das atribuições clínicas e o Código de Ética do Farmacêutico. Também foi abordado o papel do Sindicato, e a importância da participação nas lutas sindicais pelo piso salarial e em defesa da profissão.

Participantes do Curso de SNGPCpromovido pelo CRF-GO e Suvisa.

Em Rio Verde - Palestra na Uni RV sobre Prescrição Farmacêutica com Ernestina Rocha e a Conselheira Luciana Calil

Novos farmacêuticos são capacitados no QualifarmaO CRF-GO abriu as portas para a realização de 12 edições do Qualifarma. O programa de educação continuada da instituição tem o objetivo de qualificar farmacêuticos recém-formados ou que já estão em atuação no mercado, mas que queiram atualizar seus conhecimentos, aborda também legislação sanitária; interpretação dos princípios legais das Resoluções nº 44/2009 e nº 20/2011; cuidados a serem aplicados na dispensação de produtos sujeitos a controle especial (Portaria nº 344/98 e suas atribuições); Resoluções do CFF; Prescrição Farmacêutica, entre outros temas.

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Texto: Serena Veloso

A leishmaniose é um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishma-nia e transmitidas ao homem por meio da pica-da do mosquito palha. É uma das seis doenças infecciosas de maior impacto no mundo. A cada ano, são reportados dois milhões de novos casos mundialmente, incluindo a população brasileira, que é afetada em todos os estados. Apesar de existir tratamento, os poucos medicamentos disponíveis no mercado não são totalmente efi-cazes para alguns tipos da doença, além do alto custo e dos efeitos colaterais.

Alguns pesquisadores têm se dedicado a encontrar novas alternativas farmacológicas para combater a leishmaniose. É o caso da pes-quisa da professora da Faculdade de Farmácia (FF) da UFG e coordenadora do Laboratório de Planejamento de Fármacos e Modelagem Mo-lecular (LabMol), Carolina Horta Andrade, que chamou a atenção da comunidade científica nacional e tornou-se uma das sete vencedoras do Prêmio para Mulheres na Ciência 2014. Há aproximadamente quatro anos, a professora co-ordena um projeto na área de Química Medici-nal com o intuito de descobrir novos compostos para a produção de medicamentos eficazes e de baixo custo, para o tratamento da leishmaniose

Professora da Faculdade de Farmácia recebe prêmio nacional para mulheres cientistas.Pesquisadora utilizou programas de computador para simular interação de compostos em organismos infectados pela Leishmania, evitando testes excessivos em animais.

Carolina Horta Andrade foi reconhecida por sua pesquisade novos fármacos para o tratamento da leishmaniose

DESTAQUE PROFISSIONAL

visceral, forma mais perigosa da doença.A premiação, oferecida pela empresa

L’Oréal em parceria com a Organização das Na-ções Unidas para a Educação, a Ciência e a Cul-tura (Unesco) e com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), incentiva a participação de mu-lheres brasileiras no cenário científico nacional. Carolina Horta Andrade concorreu com outras 312 cientistas e foi a primeira pesquisadora de uma instituição goiana a ser contemplada com a iniciativa, recebendo o valor de US$ 20 mil dólares para auxílio à pesquisa. A cerimônia de premiação aconteceu no dia 21 de outubro, no Rio de Janeiro-RJ.

Fonte: Jornal da UFGPublicação da Assessoria de Comunicaçãoda Universidade Federal de Goiás ANO VII – Nº 68 – Outubro – 2014

Foto: Ângela Scalon/Goiás Agora

Wokshop com o CMSOs participantes do Workshop “Situação atual do Abastecimento na Assistência Farmacêutica do Município de Goiânia”, promovido pelo Conselho Municipal de Saúde de Goiânia, com o apoio do CRF-GO e do Sinfargo, em 30/10, no auditório da SEMAS, decidiram ouvir a opinião de usuários e gestores da saúde antes de elaborar uma carta proposta para a Política de Assistência Farmacêutica no Município de Goiânia. Também decidiram encaminhar ao Ministério Público uma proposta para que a instituição proponha à Saúde Municipal um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para garantir, entre outras coisas, a presença dos farmacêuticos em todas as unidade de saúde de Goiânia num prazo determinado.

Práticas de gestãoCriado para acontecer em quatro módulos, no período de 2014 a 2015, o Seminário de Práticas de Gestão teve início no dia 8/11/2014, no Hotel Mayone, em Goiânia, com o tema “O Futuro da Gestão”, ministrado pelo professor Renan Carvalho (foto). Durante essa primeira etapa do curso - que é uma iniciativa do CRF-GO e do Sinfargo, com a coordenação do suplente de Conselheiro Federal, Roldão Carvalho -, foram abordadas “ideias criativas, economicamente sustentáveis, socialmente responsáveis, livre de concorrentes, humanas e engajadoras de uma nova gestão”. Os farmacêuticos participantes aprovaram.

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Em Inhumas foram convidados tam-bém farmacêuticos e farmacistas das cida-des de Itauçu, Araçu, Goianira, Taquaral, Da-molândia, Brazabrantes, Nova Veneza, Santa Rosa, Nerópolis, Petrolina de Goiás e Caturaí. Durante o evento, que leva toda a estrutura do CRF-GO, para servir aos farmacêuticos nas suas respectivas cidades, a diretoria da instituição teve oportunidade de dialogar com os colegas apresentando os desdobra-mentos da Lei nº 13.021/14, que transforma farmácia em estabelecimento de saúde e abordar também a legislação sanitária.

A equipe do CRF-GO realizou ativida-des diversas como atualização cadastral, en-trega de diploma, entrega de carteira profis-sional, solicitação e entrega de identidade profissional. A vice-presidente do CRF-GO, Lorena Baía, agradeceu de coração o empe-nho da colega farmacêutica, Patrícia Cruz, na organização do encontro. A dirigente também dedicou palavras de gratidão à palestrante Andrea Carvalho, pela qualifica-ção profissional! “É sempre um prazer levar o CRF-GO ao encontro das necessidades do farmacêutico”, enfatizou Lorena.

Patrícia Cruz respondeu o comentário de Lorena Baia na linha do tempo da rede social Facebook: “Foi realmente proveitosa nossa reunião, estarei sempre junto com os colegas inhumenses na busca pela forma-ção de profissionais de qualidade”, disse a farmacêutica ressaltando a importância de valorizar a presença do farmacêutico sem-pre. “Onde houver medicamento tem que ter farmacêutico”, disse ela.

TrindadeEm Trindade, no dia 22/08, também

foi um dia muito produtivo com muitos serviços sendo prestados pelo CRF-GO! “Fico feliz com a participação de cada um dos colegas, afinal ele são a razão do Con-selho existir”, disse a vice-presidente da instituição, Lorena Baía.

A primeira Edição do Conselho Itinerante do Segundo Semestre de 2014 foi na cidade de Inhumas, dia 21/08, e no dia 22/08 foi a vez de Trindade receber a ação pioneira do CRF-GO.

Conselho Itinerante leva CRF-GO ao encontro das necessidades do farmacêutico

INTERIORIZAÇÃO

Em Trindade também participaram con-vidados das cidades de Santa Bárbara, Cam-pestre de Goiás, Abadia de Goiás, Guapó e Aragoiânia. A diretoria do CRF-GO agradeceu a boa vontade do vereador Farmacêutico Ra-phael Gratão por abrir as portas da Câmara e receber a todos na casa do povo. Também foram realizadas mais duas edições do Con-selho Itinerante em Nerópolis (23/10/14), em Caçu (20/11/14) e Quirinópolis (21/11/14).

Trindade

Inhumas

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Flaviana Alves Barbo-sa é a primeira farmacêuti-ca a assumir a presidência do Sindicato dos Trabalha-dores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO). Ela tomou posse junto com os demais diretores eleitos e o Con-selho Fiscal, no meio deste ano, para gestão da entida-de no triênio 2014/2017. A diretoria empossada tem mais 2 farmacêuticos: Fá-bio Basílio e Ricardo Sousa Manzi, que também é pre-sidente do SINDIFFISC. O

Sindsaúde é o segundo maior sindicato de Goiás, representa 12 mil trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) dos 246 mu-nicípios goianos, além daqueles vinculados ao Estado de Goiás. Desde que foi fundado em 1989, teve apenas três mulheres na presi-dência, Kátia Cecília Soares, Maria de Fátima Veloso Cunha e agora Flaviana.

Graduada em Farmácia pela Faculdade Objetivo, com 43 anos de idade e 20 de pro-fissão, ela é casada e mãe de dois filhos, a já atuou em farmácias e em hospital. Funcio-nária da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás há 12 anos, atuou no Laboratório Cen-tral, mas agora está à disposição do Sindica-to, onde lidera a luta diária contra a retirada de direitos, desmandos e descasos do poder público – contra a classe trabalhadora e a população. Segundo Flaviana, o foco prin-cipal é manter sempre viva a luta daqueles que construíram a história do SUS. O Sind-saúde defende acima de tudo a implemen-tação do SUS e sua consolidação enquanto política pública de qualidade, imprescindí-vel para toda a população.

“Tenho orgulho de ser farmacêutica”, conta. Mas, ela considera que sua atuação à frente do Sindicato não pode ser corporati-

Flaviana Alves Barbosa, presidente do Sindsaúde/GO

A sindicalista ressalta a importância da presença do profissional no movimento social, no controle social e na luta em defesa do SUS

“Orgulho de ser farmacêutica”

PERFIL

vista, exige olhar e direcionamento para a va-lorização da equipe multiprofissional de saú-de. “Nós aqui lutamos por todas as categorias da saúde, inclusive porque queremos uma política de isonomia salarial no SUS”, explica.

No entanto, concorda que o fato de ser farmacêutica, à frente de um Sindicato da importância do Sindsaúde, colabora para valorizar, fortalecer e mostrar a importância da profissão. Por outro lado, também con-sidera que é um fator positivo na luta em defesa do SUS e dos trabalhadores do SUS, já que, segundo ela, a profissão farmacêuti-ca consegue agregar as demais, tendo uma atuação ampla no serviço público, na indús-tria, nos laboratórios, nos hospitais e até no comércio. “Acredito que o farmacêutico tem um perfil que pode ajudar a mobilizar as de-mais categorias para a luta diária”.

Para Flaviana, é fundamental a presença do farmacêutico no movimento social e no controle social, uma vez que é um profissio-nal que tem contato direto com o usuário. Na briga corporativa, ela ressalta que ainda não foi compreendida a importância do farma-cêutico nos laboratórios e do farmacêutico hospitalar, cuja presença gera economia, or-ganização e uma atenção direta ao paciente quanto ao uso de medicamentos.

A sindicalista observa que o compro-misso da diretoria que lidera é encontrar novos caminhos de luta e investir na for-mação dos trabalhadores para intervir nas mudanças necessárias ao sistema de políti-cas públicas. “No SUS não se faz saúde com apenas uma categoria”. Entre os maiores desafios, ela aponta a conquista do reco-nhecimento e a valorização dos profissio-nais da saúde, além de deter o avanço da terceirização no Sistema, que, segundo ela, torna as relações de trabalho precárias, e transforma servidores em mercadoria. E conclama todos a participarem da luta: “Nós formamos um sindicato forte quando juntos participamos da luta”.

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Honrada e feliz com o tributo, a presidente doCRF-GO agradeceu à Casa de Leis pelo reconhecimento e pelo ato da mais alta cortesia.

RECONHECIMENTO

A Presidente do Con-selho Regional de Farmá-cia do Estado de Goiás (CRF-GO), Dra. Ernestina Rocha, recebeu a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira, em ses-são especial na Assembleia Legislativa, no dia 22/08. O autor da iniciativa foi o de-putado Daniel Messac. Na solenidade, presidida pelo deputado Marcos Martins, o delegado geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, também foi agraciado com o Título Hono-rifico de Cidadão Goiano. Outras 32 perso-nalidades receberam a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira.

Honrada e feliz com a homenagem, a presidente do CRF-GO agradeceu à As-sembleia Legislativa e ao deputado Daniel Messac pelo reconhecimento e pelo ato da mais alta cortesia e agradeceu ao pas-tor Elias Ferreira, do Ministério Madureira de Anápolis, responsável pela indicação da Medalha. Elias Ferreira, assessor espe-cial da vice-governadoria, também é pai da farmacêutica Erica de Almeida Ferreira. “Conheci a biografia da Dra. Ernestina e há

muitos anos queria ter a oportunidade de fazer esta recomendação”, observou ele.

“Eu fiquei muito feliz com esta ho-menagem e vou guardá-la pra sempre em meu coração”, enfatizou a Dra. Ernestina, que dedicou o tributo a toda a categoria farmacêutica de Goiás. E parafraseando o Delegado Geral João Carlos Gorski, que fez o discurso de agradecimento, ela ressaltou que “se sente titular de uma conta corrente, na qual está sempre em débito” com os far-macêuticos de Goiás. “Por mais que a gente trabalhe e lute em defesa da profissão e da farmácia, sente que é pouco frente ao tan-to que a categoria merece”, disse.

O deputado Daniel Messac (PSDB) reconheceu o mérito de cada pessoa que homenageou na sessão especial. “Nesta manhã, a Assembleia Legislativa de Goiás homenageia homens e mulheres de gran-de valor e caráter. Cidadãos que, quase sempre sem qualquer alarde, fazem à dife-rença na vida de milhares de pessoas. Que esta comenda os estimule, ainda mais, a seguir pelo caminho da ética, do amor ao próximo, do profissionalismo. Que Deus nos abençoe a todos, para que possamos fazer sempre de nossas vidas, uma declara-ção de amor a este grande Estado.” disse o parlamentar.

Dra. Ernestina Rocha é homenageadana Assembleia Legislativa

Ernestina Rocha ladeada pela assessora Raquel Resende, o diretor Evandro Tokarski, a conselheira Conceição Pereira e o marido Jadir

Ernestina Rocha com o diploma

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ATENÇÃO FARMACÊUTICA

A Semana do Farmacêutico foi aberta ofi-cialmente em Goiás na noite do dia 23/09, no auditório da Faculdade Estácio de Sá – FESGO, com a presença de toda a diretoria do CRF-GO. A mesa diretiva foi composta pela presidente da entidade, Ernestina Rocha, a vice-presiden-te, Lorena Baía, o secretário, Leandro Zenon, o tesoureiro, Evandro Tokarski, a coordenadora do curso de Farmácia da FESGO, Adibe Khouri, e o gestor acadêmico, Edson Sidião.

O auditório estava lotado de acadêmicos e farmacêuticos. Durante a cerimônia oficial, a presidente do CRF-GO, Ernestina Rocha, obser-vou que o Conselho e o Sindicato unidos traba-lham para demonstrar a importância do profis-sional de farmácia para a saúde da população.

Acadêmicos e profissionaisForam ministradas três palestras na Fa-

culdade Estácio de Sá. Na abertura (23/09), a

Semana destaca importância do profissional de farmácia para a saúde da população

A ação visou despertar na população a importância da prevenção, acompanhamento e controle de doenças crônicas, além de alertar sobre a importância do farmacêuticona cadeia da saúde.

Farmacêuticas Amélia Cristina e Sumara Borba verificam a glicemia capilar

Mesa de abertura na Semana do Farmacêutico Palestra sobre a Lei 13.021/2014

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vice-presidente do CRF-GO fez uma palestra sobre o movimento nacional que culminou com a publicação da Lei nº 13.021/14. A nova legislação trouxe uma série de conquistas à far-mácia brasileira e aos farmacêuticos, entre as quais a autonomia técnica, o combate à automedicação e o reco-nhecimento da farmácia como estabe-lecimento de saúde.

Já o diretor do CRF-GO, Evandro Tokarski, falou sobre o tema “Farma-cêutico Empreendedor”, enquanto a assessora técnica do CRF-GO, Raquel Resende, falou sobre “Interações Medicamentosas”. Nos dois turnos, o auditório esteve sempre lotado de acadêmicos completamente envol-vidos pelos temas.

CursosPara os profissionais farmacêuticos,

ainda foram programados dois cursos de capacitação. Na quarta, 24/09, de manhã, na sede do CRF-GO, um treinamento sobre o SNGPC, com a farmacêutica An-drea Carvalho, da SUVISA, reuniu mui-tos farmacêuticos também ávidos por

conhecimentos. No mesmo dia, à noite, uma palestra com a Consultora Mirtes Bezerra (diretora do Sinfargo), sobre “As Novas Exigências da RDC nº 16/13, foi programada para esclarecer as dúvidas de profissionais da área de distribuição.

Espaço “O Farmacêutico e Você”, no Araguaia Shopping.

Durante dois dias (25 e 26/09) uma ação social no Araguaia Shopping (Rodoviária de Goiânia), foi concebida para mostrar o que o farmacêutico e a nova farmácia podem fazer pelo usuá-rio. Neste período, a campanha ofere-ceu gratuitamente à população orien-tação farmacêutica sobre uso correto de medicamentos, aferição de pressão arterial (hipertensão), teste de glicemia capilar (diabetes), dosagem de perfil lipídico (colesterol) e testes de IMC (ín-dice de massa corpórea) entre outras. Tudo realizado por farmacêuticos e estudantes de farmácia voluntários. Foi um sucesso, nos dois dias centenas de pessoas que circularam pelos corredo-res da rodoviária passaram pelo estan-de em busca dos serviços.

De acordo com a assessora técnica do CR-F-GO, Raquel Resende, foram realizados 500 atendimentos gerais, com triagem para perfil lipídico de acordo com as normas do Ministério da Saúde.

Importância da nova LeiEm viagem para o

Tocantins, a dona de casa Divina Maria dos Santos Rincon, 63, estava com a

pressão arterial boa. “Gostei muito da experiência”, relatou ela depois de pas-sar por todo o circuito de atendimento. “É bom contar com o farmacêutico para estes serviços e orientações, com ele a gente tem mais acesso”, constatou.

Com testes de glicemia, de perfil lipídico e de pressão arterial indicando alterações, o motorista Márcio Batista Sobrinho, 34, de Uruaçu, recebeu orien-tação de procurar um médico ou serviço de saúde. “Foi muito bom o atendimen-to, recebi um alerta e vou ver se agora crio coragem de ir ao médico”.

Para a presidente do Sinfargo, Lo-rena Baia (também vice-presidente do CRF-GO), este é o papel primordial do farmacêutico, prestar orientações e pres-tar serviços clínicos. Situações como a de Márcio, refletem a importância da nova Lei 13.021/14 (Farmácia Estabelecimen-to de Saúde) e da Resolução do CFF nº 585/2013 (Serviços Clínicos). Segundo ela, em alguns casos, as pessoas desco-nhecem o próprio estado de saúde, mas diante de resultados alterados dos testes, o farmacêutico encaminha os usuários para os serviços de saúde onde o médico fará o diagnóstico e a prescrição do trata-mento e do medicamento. “Fica cada vez mais evidente a necessidade de reforçar o trabalho multiprofissional no sistema de saúde”, diz Lorena Baía.

De acordo com a presidente do CRF-GO, Ernestina Rocha, ações como a da Semana do Farmacêutico, mostra para a sociedade a cara do farmacêutico e visa despertar na população a impor-tância da prevenção, acompanhamento e controle de doenças crônicas como o diabetes e a hipertensão arterial, além de alertar sobre a importância do papel do farmacêutico na cadeia da saúde.Dra. Ernestina Rocha e a farmacêutica Selmara Cavaça

Treinamento dos estudantes Farmacêuticos na ação social

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Assim como fizeram durante o esforço pela aprovação da Lei 13.021/2014 (Farmá-cia Estabelecimento de Saúde), dirigentes do CRF-GO, do Sinfargo e do Fórum Goiano de Luta pela Valorização da Profissão Farmacêutica – Ernestina Rocha, Lorena Baía e Fábio Basílio, entre outros - se revezam no Congresso Nacio-

Lideranças farmacêuticas goianas, nacionais, farmacêuticos e estudantes se mobilizam contra a aprovação do relatório da MP 653/2014 que ameaça a profissão farmacêutica e a saúde da população

nal junto com os demais dirigentes da categoria farmacêutica em todo o país (CFF, conselhos regionais, federações, sindicatos, associações e sociedades farmacêuticas, entre outras) na tentativa de evitar a aprovação do relatório da Medida Provisória 653/2014, de autoria do De-putado Federal Manoel Júnior, da Paraíba.

ESCLARECIMENTO

A luta pela valorizaçãoprofissional continua

Lideranças goianas e nacionais no Congresso Nacional dia 18 de novembro

Lorena Baía em entrevista à TV Anhanguera Protesto de estudantes de farmácia goianos

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FÓRUM NACIONAL PELA VALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICAConselho Federal de Farmácia (CFF)Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar)Federação Interestadual dos Farmacêuticos (Feifar)Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enefar)Associação Brasileira de Educação Farmacêutica (Abef )

FÓRUM GOIANO PELA VALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICAConselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO)Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás (Sinfargo)

A organização da categoria far-macêutica teve uma grande vitória, em 2013 – a constituição do Fórum Nacional de Luta pela Valorização da Profissão Farmacêutica. Esta organiza-ção possibilitou uma das mais impor-tantes conquistas da saúde pública e da categoria farmacêutica brasileiras: a aprovação da Lei nº 13.021, em agosto de 2014. Infelizmente, fomos surpreen-didos, pois, ao mesmo tempo, a Presi-dente Dilma Rousseff editou a Medida Provisória nª 653 que, praticamente, inviabilizou a aplicabilidade da lei.

A partir de então, o Fórum buscou estabelecer diálogos com deputados, senadores e Governo Federal, represen-tantes do comércio e indústria farma-cêuticos, além de mobilizar a sociedade, na expectativa de impedir que retroces-sos comprometessem a saúde e a segu-rança sanitária da população.

No Congresso Nacional foi insta-lada a Comissão Mista da MP nº 653, presidida pela senadora e farmacêuti-ca, Vanessa Grazziotin, tendo o depu-tado Manoel Júnior como relator. De-pois de duas audiências públicas em que todas em entidades e instituições envolvidas foram ouvidas, o deputado relator, no dia 13 de novembro, tornou público o seu voto.

Com a íntegra do relatório em mãos, os integrantes do Fórum con-cluíram que se tratava de um texto extremamente pernicioso à saúde da população e à categoria farmacêutica, tendo em vista que alguns de seus as-pectos – responsabilidade técnica de proprietário de farmácia, responsabili-dade remota – eram, ainda, mais da-nosos que a própria MP.

Foi então que, o Fórum decidiu pela construção de uma nova proposta que incluía a assistência farmacêutica em localidades remotas e o tratamento diferenciado a ser dispensado às micro e pequenas empresas. A proposta, que foi encaminhada ao deputado relator, tam-bém continha sugestões de aprimora-

mento do texto especialmente no que se refere a pontos considerados inego-ciáveis, como é o caso da responsabili-dade técnica exclusiva de farmacêutico.

A preocupação do Fórum, ao construir a proposta foi, também, a de deixar claro que, para o momento atual da tramitação, ou para o futuro, está disponível para continuar a dialo-gar com todas as partes interessadas, de modo a possibilitar resultados que aprimorem os mecanismos de prote-ção à saúde da população.

Por ocasião da reunião da Co-missão Mista da MP 653, ocorrida hoje (19.11), no Senado, o deputado relator deu conhecimento de parte do seu novo relatório, no qual perduram aspec-tos considerados por nós, inegociáveis, como são os casos da responsabilidade técnica de “outros” e também da res-ponsabilidade técnica remota.

A Presidente da Comissão Mis-ta, senadora e farmacêutica, Vanes-sa Grazziotin (PCdoB/AM), encerrou a reunião, sem que o relatório fosse formalmente discutido, atendendo às propostas do Senador José Pimentel (PT/CE), líder do Governo no Congres-so; do Deputado Ivan Valente (PSOL/SP); do Deputado Moreira Mendes (PSD/RO) e da deputada e farmacêuti-ca, Alice Portugal (PCdoB/BA).

Antes do encerramento formal, a deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), pediu licença a todos, e disse ao Deputado relator que a assistência far-macêutica é um direito do cidadão e que deve ser exercida em toda e qual-quer farmácia, seja ela de grande ou

pequeno porte, em grandes centros ou pequenas cidades.

O Deputado Ivan Valente (PSOL/SP) registrou seu espanto pelo fato de um acordo firmado por todos os en-tes e que resultou na aprovação da Lei 13.021/14 tenha sido desrespeitado com a edição da MP 653. O acordo foi assinado pelos líderes de todos os par-tidos que integram as duas casas legis-lativas, representantes da categoria e do comércio farmacêutico.

O Deputado Moreira Mendes (PSD/RO) afirmou que o relatório, da forma como foi apresentado na reunião da Comissão, realizada no dia 13 de no-vembro, não deve prosperar. “E se isso acontecer, vou mobilizar o meu partido para que o texto seja derrubado no Ple-nário”, disse Moreira Mendes.

As entidades que integram o Fó-rum deixam claro que continuam aber-tas ao diálogo e que não medirão esfor-ços para que a garantia da assistência farmacêutica seja prestada pelo farma-cêutico, mesmo que para tal seja neces-sário apelar para caducidade da MP.

A luta e a mobilização nacional continuam, pois o relatório final da MP nº 653 ainda não foi apresenta-do. O Fórum reitera a importância de manter a categoria farmacêutica uni-da – nossa principal fortaleza – em prol da saúde e da segurança sanitária do povo brasileiro.

O Fórum conclama toda a cate-goria farmacêutica a permanecer mo-bilizada e unida, pois são poderosos os interesses que atentam contra as con-quistas até agora alcançadas.

À categoria farmacêutica

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“A presença do farmacêutico é direito constitucional fundamental: o da saúde do povo brasileiro.”

ARTIGO

Após um intenso trabalho das enti-dades farmacêuticas e passados 20 anos de grande luta da categoria farmacêutica em todo o Brasil, foi publicada no Diário Oficial da União de 11 de agosto último, a Lei Federal nº 13.021. A nova legislação trouxe uma série de conquistas à farmá-cia brasileira e aos farmacêuticos, entre as quais a autonomia técnica, o combate à automedicação e o reconhecimento da farmácia como estabelecimento de saúde.

Pela lei, a farmácia passa a ser consi-derada um estabelecimento de prestação de serviços, destinada a prestar assistên-cia farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva. Ela reitera a obrigatoriedade da presen-ça permanente do farmacêutico nas far-mácias de qualquer natureza e consolida a autonomia técnica do farmacêutico, já que o proprietário da farmácia não pode-rá desautorizar ou desconsiderar as orien-tações técnicas emitidas pelo profissional formado em Farmácia. A farmácia pode ainda disponibilizar serviços como aferi-ção de pressão, medida de glicemia, apli-cação de soro e vacinas.

Algumas dúvidas foram levantadas quando na mesma edição do Diário Oficial da União, uma Medida Provisória (653/14) incluiu um parágrafo único no artigo 6º da Lei determinando que se aplique às mi-croempresas e empresas de pequeno por-te, o artigo 15 da Lei Federal nº 5.991/73, a antiga legislação que regia as atividades farmacêuticas.

Essa regra já existia desde 1973 no artigo 15 da Lei nº 5.991, determinando que a farmácia e a drogaria terão, obriga-toriamente, a assistência de técnico res-ponsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia (CRF), na forma da lei e que

somente em razão do interesse público, caracterizada a necessidade da existência desses estabelecimentos e na falta de far-macêutico, o estabelecimento poderá ser licenciado sob a responsabilidade técnica de prático de Farmácia. Como não há fal-ta de farmacêuticos em Goiás, como era em 1973, data da antiga lei, não há como técnicos se responsabilizarem pelos es-tabelecimentos no lugar dos farmacêu-ticos. Portanto, na prática, a MP, editada sob pressão do comércio varejista, nos fez constatar que para nós, farmacêuticos goianos, nada mudou.

A presença do farmacêutico é direito constitucional fundamental: o da saúde do povo brasileiro. É inadmissível misturar a necessidade de garantir a presença de farmacêutico com custos, como se fosse possível abrir mão das mínimas condições de segurança necessária à saúde da popu-lação, apenas por questões econômicas.

Nós, profissionais farmacêuticos, queremos que a população fique saben-do que agora é lei. Farmácia é mais saúde. Queremos ajudar a despertar no usuário a consciência da prevenção, acompanha-mento e controle de doenças crônicas como o diabetes e a hipertensão arterial, além de alertar sobre os riscos do uso in-discriminado de medicamentos, da auto-medicação e sobre a importância do papel do farmacêutico como um profissional de saúde acessível. Ao mesmo tempo que-remos ressaltar que é direito do cidadão ser atendido por um farmacêutico que é o responsável técnico pela farmácia.

* Lorena Baía é presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás - Sinfar-go e vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás - CRF-GO

Farmácia é mais saúde*Lorena Baía

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Farmácia tem que ter Farmacêutico

Pela saúde da população