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1 Ano V - N o 55 Novembro 2010 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL PETGeo INFORMATIVO ISSN: 1982-517X Editorial No mês de outubro o grupo cumpriu uma de suas tarefas mais importantes no ano de 2011 - a realização do V ENAPETGeo e XI SIMGeo. O trabalho e empenho dos Petianos foi muito bem aproveitado, pois tivemos uma excelente participação dos inscritos, recebendo deles muitos elogios e sugestões. Em outubro o grupo abriu processo de seleção para novos bolsistas com entrada em janeiro de 2012, já que no mês de dezembro nos despediremos de três petianos. Dois deles foram selecionados para receber bolsa de estudos no exterior e outro irá concluir a graduação. Os bolsistas estão envolvidos com as atividades de final de semestre e fechamento de algumas atividades de extensão. Em novembro retomamos as pesquisas e começamos a confeccionar o relatório de 2011 e planejamento de 2012 das atividades do grupo para a universidade. Ainda no mês de novembro alguns bolsistas se preparam para apresentar trabalho no XII SIMPURB - Simpósio Nacional de Geografia Urbana em Belo Horizonte/MG. Os outros bolsistas participarão do II Workshop Internacional de História do Ambiente e GISDAY 2011 de 15 a 19 de novembro, organizado por professores da UDESC. Grupo PET-Geografia FAED/UDESC Nessa edição: Página Artigo: Os significados dos lugares no processo de construção da paisagem Sâmia Érika A. De C. Bandeira.....................................................................................02 Relato V ENAPETGeo e XI SIMGeo.............................................................................09 PET Indica......................................................................................................................11 Eventos..........................................................................................................................13 PetGeo FAED/UDESC Expediente: Bolsistas : Ana Paula Esnidei Pereira, Carolina Datria Schulze, Emannuel Costa, Jéssica Gerente, Laura Dias Prestes, Leonardo Lenzi Barboza, Marcela Gonçalves Werutsky, Maria Carolina Soares, Michelle Martins de Oliveira, Morgana Giovanella de Farias, Paula Carvalho de Castro e Raphael Meira Knabben. Tutor(a) : Vera Lúcia Nehls Dias. Edição : Laura Dias Prestes Revisão : Grupo PET-Geografia Impresso pelo Grupo PET-Geografia FAED/UDESC, em tamanho A4, fonte Times New Roman. Sugestões, reclamações, convites, opiniões: [email protected]

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Ano V - No 55 Novembro – 2010

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL

PETGeo INFORMATIVO

ISSN: 1982-517X Editorial

No mês de outubro o grupo cumpriu uma de suas tarefas mais importantes no ano

de 2011 - a realização do V ENAPETGeo e XI SIMGeo. O trabalho e empenho dos

Petianos foi muito bem aproveitado, pois tivemos uma excelente participação dos inscritos,

recebendo deles muitos elogios e sugestões. Em outubro o grupo abriu processo de seleção

para novos bolsistas com entrada em janeiro de 2012, já que no mês de dezembro nos

despediremos de três petianos. Dois deles foram selecionados para receber bolsa de

estudos no exterior e outro irá concluir a graduação. Os bolsistas estão envolvidos com as

atividades de final de semestre e fechamento de algumas atividades de extensão. Em

novembro retomamos as pesquisas e começamos a confeccionar o relatório de 2011 e

planejamento de 2012 das atividades do grupo para a universidade. Ainda no mês de

novembro alguns bolsistas se preparam para apresentar trabalho no XII SIMPURB -

Simpósio Nacional de Geografia Urbana – em Belo Horizonte/MG. Os outros bolsistas

participarão do II Workshop Internacional de História do Ambiente e GISDAY 2011 de 15

a 19 de novembro, organizado por professores da UDESC.

Grupo PET-Geografia FAED/UDESC

Nessa edição: Página Artigo: Os significados dos lugares no processo de construção da paisagem Sâmia Érika A. De C. Bandeira.....................................................................................02 Relato V ENAPETGeo e XI SIMGeo.............................................................................09 PET Indica......................................................................................................................11 Eventos..........................................................................................................................13

PetGeo FAED/UDESC Expediente: Bolsistas: Ana Paula Esnidei Pereira, Carolina Datria Schulze, Emannuel Costa, Jéssica Gerente, Laura Dias Prestes, Leonardo Lenzi Barboza, Marcela Gonçalves Werutsky, Maria Carolina Soares, Michelle Martins de Oliveira, Morgana Giovanella de Farias, Paula Carvalho de Castro e Raphael Meira Knabben. Tutor(a): Vera Lúcia Nehls Dias. Edição: Laura Dias Prestes Revisão: Grupo PET-Geografia Impresso pelo Grupo PET-Geografia FAED/UDESC, em tamanho A4, fonte Times New Roman.

Sugestões, reclamações, convites, opiniões: [email protected]

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OS SIGNIFICADOS DOS LUGARES NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA PAISAGEM

Sâmia Érika A. De C. BANDEIRA1

1Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte – Brasil - Email: [email protected]

PALAVRAS CHAVE

Percepção geográfica, Paisagem cultural e Patrimônio arquitetônico.

RESUMO

O presente artigo enfoca o município de João Pessoa, estado da Paraíba/Brasil. Tendo

como objetivo central analisar a importância do patrimônio cultural arquitetônico para a

consolidação e conservação da memória dos moradores da Capital paraibana. Este apóia-se

numa fundamentação teórica pautada nos conceitos de paisagem e lugar. Tomou-se como

alicerce a linha de pesquisa Território, identidade e cultura, amparando-se na Geografia

Cultural, justifica-se por lançar um olhar geográfico sobre a paisagem cultural, tentando

desvendar símbolos atribuídos aos exemplares arquitetônicos, significados que interferem

nas relações de poder e que atravessam gerações, construindo e desconstruindo

identidades, seja dispersando ou integrando culturas, gerando grupos culturais e conflitos

sociais.

1. INTRODUÇÃO

Objetiva-se, portanto com este artigo analisar como se dá a valorização do

patrimônio cultural arquitetônico para os moradores da Capital paraibana, esta

representada em vermelho no mapa a seguir:

Fonte: Universidade Federal da Paraíba

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Justificando-se principalmente por lançar um olhar geográfico sobre a paisagem

cultural, tentando desvendar símbolos atribuídos aos exemplares arquitetônicos antigos,

devido sua idéia de herança e de sua permanência no tempo, significados estes que

interferem nas relações de poder e que atravessam gerações, construindo e desconstruindo

identidades, seja dispersando ou integrando culturas, gerando grupos culturais e conflitos

sociais.

2. PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO COMO EXPRESSÃO CULTURAL

As transformações externas e internas, visíveis e invisíveis fazem parte do

cotidiano de todos os modelos de sociedade, porém enxergá-las, entendê-las para melhor se

adequar às mesmas é uma tarefa difícil e de longo prazo, tal dificuldade deve-se

significativamente a “indiferença” cultural a qual engloba uma série de fatores gerados

pelo processo de globalização cuja “explosão” informacional vem de certo modo,

multiculturalizando o cenário capitalista. [...] “as cidades testemunham com uma força

expressiva rara o que foram as etapas anteriores das civilizações humanas. [...]”. Relata o

autor que as cidades de hoje estão perdendo pouco a pouco o que “fazia a sua força e

originalidade: a capacidade para agregar os homens em torno de seus ideais comuns, para

produzir convivência, sociabilidade, tolerância, para permitir a coexistência tranqüila de

destinos individuais contrastados, [...]” (LACAZE, 1995). Portanto, o presente artigo tenta

minimizar tal dificuldade em compreender o contexto sócio-cultural, utilizando a

Geografia Cultural na visão de alguns teóricos preocupados com as conseqüências de um

problema aparentemente irrelevante, mas que vem acarretando a degradação da memória

cultural de uma geração à outra e desta maneira agravando a intolerância entre os diversos

grupos humanos em submissão à hegemonia cultural.

Corrêa e Rosendahl (2000) mostram uma relação de interdependência entre a

geografia cultural e a geografia natural tendo em vista a complementação do raciocínio

acerca das transformações produzidas pela existência da vida humana e o mundo natural.

[...] os geógrafos culturais compartilham o mesmo objetivo de descrever

e entender as relações entre a vida humana coletiva e o mundo natural,

as transformações produzidas por nossa existência no mundo da natureza

e, sobretudo, os significados que a cultura atribui às suas relações com o

mundo natural (CORRÊA; ROSENDAHL, 2000).

No contexto da geografia cultural existem diferentes fenômenos de analises nas

quais os autores destacam a busca da imaginação poética a principal fonte de cultura, pois

é nela que se encontra uma grande diversidade que não se deixa confundir. “A imaginação

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poética é a que desperta maior interesse nos geógrafos culturais. Ao gerar sentidos novos a

criatividade poética é o elemento que produz culturas e as diferencia” (CORRÊA;

ROSENDAHL, 2000).

A escolha teórica e a linha de pensamento da geografia que privilegia a cultura e o

espaço, foram de fundamental importância para esta análise, pois a escolha do objeto e o

trato com as questões da paisagem arquitetônica na análise do espaço urbano estão muito

bem amparados pelos recursos teórico-metodológicos da Geografia Humanista.

Nas concepções de Corrêa e Rosendahl, a cultura é um instrumento que altera,

modifica, transforma, como também destrói, partindo das mãos do ser humano, como um

ser imperfeito e inacabado. A partir do momento em que o homem dá significados, cria e

torna-se também símbolo da paisagem, o mesmo vai se apropriando de suas criações e

conseqüentemente do meio por ele transformado. Todas as paisagens possuem significados

simbólicos porque são produtos da apropriação e transformação do meio ambiente pelo

homem (CORRÊA; ROSENDAHL, 2004).

Ao observar-se a ausência de um determinado prédio, nota-se o “vazio” em seu

sentido mais literal e, portanto da maneira mais óbvia e perceptível:

Fonte: “Álbum de Memória” - Acervo Museu Fonte: Acervo Pessoal

Walfredo Rodrigues (1871-1942).

Praça das Mercês (1910):A antiga Igreja das Mercês DEMOLIDA para criação de uma

bifurcação na Praça 1817 (2011).

por outro lado observarem-se pequenas lacunas quase imperceptíveis, é o mais essencial na

perspectiva deste estudo, seguindo o raciocínio de Corrêa e Rosendahl (2004), visto que o

vazio urbano não está apenas na demolição de uma casa, edifício, igreja, teatro, etc., mas

também na ausência das suas características arquitetônicas originais, nas lacunas

preenchidas por um “melhoramento”.

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Na verdade, uma indicação de seu status residual é a dificuldade que tem

os arquitetos de encontrar um estilo apropriado para o papel cultural da

igreja na vida moderna. Igrejas antigas tornaram-se discotecas e

supermercados baratos, enquanto os prédios das novas igrejas parecem

discotecas e supermercados baratos (CORRÊA; ROSENDAHL, 2004).

Não se trata aqui de desvalorizar a arquitetura moderna e menos ainda banalizar o

crescimento horizontal e/ou vertical urbano, trata-se de preservar os traços culturais

presentes no desenho de um antigo prédio, para que o mesmo possa ser identificado em

meio a uma “selva” de muitos outros com seus designs de ponta, cujas formas tão

modernas e mirabolantes, num futuro não muito distante, expressarão também toda sua

história, o tempo a qual pertenceram, a arte dos homens do seu tempo, a qualidade dos

materiais utilizados e uma infinidade de revelações que serão úteis para o progresso de

qualquer meio urbano.

Os monumentos, de acordo com Corrêa, expressam os sentimentos estéticos do

momento, se constituindo em representações de processos econômicos, sociais e políticos

de determinado período. Por isso identidade e poder são palavras que não podem ser

esquecidas quando se fala sobre paisagem arquitetônica, sendo o patrimônio o suporte

material para a formação de uma base de referencial enquanto testemunho da trajetória

histórica dos atores sociais. Os significados da trajetória humana estão em tudo aquilo que,

embora tenha passado permanecerão pra sempre nas “esquinas” da memória, pois é

impossível definir cultura sem antes senti-la na própria pele ou através das crenças,

costumes e valores de cada povo.

A sociedade atual abre as portas para culturas alheias aos seus costumes, deste

modo se dá um processo gradativo de aculturação onde o principal fator não é abrir as

portas para outras culturas e sim deixar que a sua própria cultura vá embora por essa

mesma porta. Devido à vulnerabilidade cultural da sociedade constata-se uma dificuldade

de identificar suas raízes, e acabam por se equivocarem assimilando a “cultura” imposta

pelo poder capitalista o qual consegue atrofiar nossas crenças, valores e costumes,

transformando não somente o meio em que vivemos, mas também nossa maneira de viver,

de ver e de ser.

3. EM CADA LUGAR UMA EXPERIÊNCIA

“lugar é um centro de significados

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construído pela experiência” (Tuan, 1975).

Sabe-se que a espacialidade cultural é de interesse da Geografia no que se refere

aos significados e percepção da coletividade, ou seja, dos grupos culturais, entretanto não

se pode ignorar o indivíduo e suas singularidades, pois para compreender a preferência

ambiental de uma pessoa é necessário analisar sua herança biológica, criação, educação,

trabalho, etc; já para compreender a preferência ambiental de um grupo é necessário

conhecer a história cultural e as experiências do grupo no contexto do seu ambiente físico.

Portanto o conceito de lugar vem complementar este estudo possibilitando uma

leitura da paisagem existencial bem mais apurada, partindo do global para o local.

A partir da década de 70, no entanto, a chamada Geografia Humanista irá

realizar um esforço de recuperação do conceito associando-o à base

filosófica da Fenomenologia e do existencialismo e transformando-o em

um de seus conceitos-chave (HOLZER, 1992; 1997, 1999,

DUNCAN,1994).

De acordo com Claval e Tuan a nomenclatura dada aos lugares na perspectiva de

reconhecê-lo como tal, transparece o vínculo entre homem e meio, comprovando esse

apego, afinidade e identificação, ao ponto dessa toponímia contribuir para a preservação da

memória local.

“O batismo dos lugares [...] Não é suficiente se reconhecer e se orientar.

O explorador quer conservar a memória, as terras que descobriu e fazer

com que todos a conheçam; para falar dos lugares ou dos ambientes, não

há outro meio do que proceder ao batismo da terra e elaborar um

vocabulário próprio para qualificar as diferentes facetas do espaço”

(CLAVAL, 1999). Dar nome a um lugar é dar seu explícito

reconhecimento, isto é, reconhecê-lo conscientemente ao nível da

verbalização (TUAN, 1975).

Segundo Silva é justamente a paisagem arquitetônica que revela o espaço

existencial no qual, assim como nos lugares, se desperta o apego e a afetividade, essa

ligação entre o homem e o meio que ele descobre, constrói, destrói e reconstrói, onde se

desenvolve e atribui significados, onde se referencia de acordo com o seu tempo, onde

identifica símbolos dos seus antepassados e reconhece a si mesmo. O denominado

espaço arquitetônico é um modo de “concretização do ambiente significativo, a

materialização daquilo que se poderia também chamar como espaço existencial, este

gênero de espaço não é uma categoria física, mas um fenômeno da percepção afetiva

historicamente condicionada” (SILVA, 1994, p. 172).

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4. IMAGEM E MEMÓRIA

“Os geógrafos há muito têm interesse por paisagens relíquias, usando-

as geralmente como pistas para a reconstrução de antigas geografias”

(CORRÊA; ROSENDAHL, 2004, p.117).

Fonte: “Álbum de Memória” - Acervo Museu Fonte: Acervo Pessoal

Walfredo Rodrigues (1871-1942).

Praça Pedro Américo (1912) – 1º Batalhão da Polícia Militar (esquerda), Prédio

comercial (centro) e Teatro Santa Roza (direita).

Ao tentarmos conceituar “Memória” no âmbito dos estudos de geografia cultural

percebe-se aspectos gerais que são bastante comuns aos estudos de todas as ciências

humanas, principalmente nas áreas de geografia, história, antropologia, arquitetura e

sociologia as quais entendem a definição de memória como sendo:

[...] a imagem viva de tempos passados ou presentes. Os bens, que

constituem os elementos formadores do patrimônio, são ícones

repositórios da memória, permitindo que o passado interaja com o

presente, transmitindo conhecimento e formando a identidade de um

povo (GHIRARDELLO, 2008, p.13).

Toda imagem produz memória e a imagem arquitetônica produzida pela técnica,

configurada pela sociedade também produz experiência, vivência e legado, fazendo com

que seja indispensável a formação de uma consciência preservacionista que possa garantir

o reconhecimento do homem e seu vínculo com o passado.

Segundo Menezes e Tavares (2003) a paisagem arquitetônica expressa parte

relevante da complexidade urbana:

A complexidade urbana de que se fala, evoca a necessidade do

desenvolvimento de abordagens multidimensionais e dinâmicas dos

vários e diferentes contextos urbanos, bem como dos vários e diferentes

aspectos que constituem tais contextos. Isto implica pensar a paisagem

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urbana a partir da dimensão e composição das suas fachadas, assim

identificando fisionomias urbanas específicas, como a relação entre as

fachadas dos edifícios e as formas como o traçado viário se relaciona com

os edifícios singulares, públicos, residenciais, espaços abertos e fechados,

espaços públicos, semi-públicos e privados. Como ainda, pensar que a

paisagem urbana é constituída e influenciada por práticas e valores

socioculturais, simbólicos, históricos, políticos, artísticos, funcionais, etc.

(MENEZES; TAVARES, 2003).

assim sendo, torna-se indispensável a inclusão de todos os aspectos urbanos para que seja

possível uma análise geo-histórico-cultural da paisagem arqutetônica como acervo

memorial de sucessivos e coexistêntes grupos sociais.

5. REFERÊNCIAS

CIDADE DE JOÃO PESSOA: “Álbum de Memória” - Acervo Museu Walfredo

Rodrigues (1871-1942) / Fernando Moura (organizador): João Pessoa: PMJP. Marca de

Fantasia. 2006. 104p.

CLAVAL, Paul. Geografia Cultural. Florianópolis, Editora da UFSC, 1999.

CORRÊA, R. L. ROSENDAHL. Z. Geografia Cultural: um século (1). Rio de Janeiro:

EDUERJ, 2000.

_______ Paisagem, Tempo e Cultura. 2ª ed. Rio de Janeiro: UERJ, 2004.

DUNCAN, James. "Sites of reprcscmation: placc, Lime, and rhc diseourse of t h e

other", em DUNCAN, James & LEY, David (orgs.). Plau, culture O1U/ represewarioll.

Londres, 1994.

GHIRARDELLO, Nilson. SPISSO, Beatriz. et al. Patrimônio Histórico: Como e porque

Preservar. 3ª edição CREA-SP. Bauru, SP: Canal 6, 2008.

HOLZER, W. A Geografia Humanista: uma revisão. Espaço e Cultura, 1997.

LACAZE, Jean-Paul. A Cidade e o Urbanismo. Lisboa, Portugal: Flammarion, 1995.

MENEZES, Marluci, TAVARES, Martha Lins. A imagem da cidade como património

vivo. 3º ENCORE, LNEC, Lisboa, Maio de 2003.

SILVA, El van. Matéria, idéia e forma: uma definição de arquitetura. Porto Alegre:

Editora da UFRGS – Universi dade Federal do Rio Grande do Sul, 1994.

TUAN, Yi-Fu. Place: an experiential perspective. Geographical Review, 1975.

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V ENAPETGeo e XI SIMGeo

Durante os dias 17 a 21 de outubro de 2011, na Universidade Estadual de Santa

Catarina, ocorreu o V Encontro Nacional dos Grupos PETs Geografia e o XI Simpósio

Nacional de Geografia com o tema Desenvolvimento Sócio-Espacial no Âmbito do Ensino,

Pesquisa e Extensão. Tradicionalmente o simpósio ocorre no mês de outubro e como este

ano o grupo PETGeo ficou encarregado de organizar os dois eventos, o grupo optou por

realizá-los em conjunto. A idéia era aumentar o público e a abrangência no evento.

Felizmente o projeto deu muito certo. Tivemos participantes de várias regiões do país,

principalmente petianos. Dos 20 grupos de Geografia existentes no Brasil, 12

compareceram no encontro (os PETs geografia da UFRGS, UNESP Rio Claro, UFRJ,

UFPE, UFRRJ de Nova Iguaçu, UFMS, PUC-Rio, UFU, UFG, UFMT e da UFPR). Ao

todo foram 278 inscritos e 149 credenciados. Não podemos deixar de salientar os alunos da

UFSC e UDESC que compareceram “em peso”. Na parte de apresentação de trabalhos

tivemos 70 artigos submetidos, dos quais 42 foram aceitos e 23 apresentados.

A palestra de abertura foi realizada pelo Prof. Dr. Marcelo Lopes de Souza, da

UFRJ que falou principalmente sobre a trajetória de Reclus, Kropotkin e o pensamento

libertário. A mesa redonda intitulada O Urbano e o Desenvolvimento Sócio-Espacial, no

dia 18/10, foi ministrada por Rosa Moura (IPARDES/PR) e pelo Prof. Dr. Fernando Ponte

de Sousa (UFSC/SC). A segunda mesa redonda teve como tema O Rural e o

Desenvolvimento Sócio-Espacial e ocorreu no dia 19/10, contamos com a participação de

do prof. Guillaume Leturcq (Université du Maine), Luciano Florit (FURB/SC) e o

professor Pedro Martins da UDESC. Tivemos ainda os minicursos que foram realizados na

parte da tarde que tiveram duração de oito horas cada. Foram eles: 1) Sobre Legislação

Ambiental, ministrado pelo Advogado e graduando do curso de geografia da UDESC

Eduardo Bastos Moreira Lima; 2) Geografia do Jazz Brasileiro, pelo professor do

departamento de geografia da UDESC Ricardo Wagner Ad-Víncola Veado; 3) SIG

aplicado ao Planejamento Urbano, ministrado por Luana Sloboda do IPPUC/PR, que

substituiu Oscar Ricardo Macedo Schmeiske; 4) E, finalmente, o minicurso de Ecologia

Política, realizado por Gert Schinke (INMAR/SC). As saídas de campo aconteceram no dia

20/10 na parte da manhã. A saída de campo para áreas de risco em Florianópolis foi

dirigida pelas professoras Maria Paula Casagrande e Edna Lindaura, ambas da UDESC.

Tivemos outra para o Parque do Tabuleiro, onde as graduandas do curso de geografia da

UDESC Mariama Bacci e Paula Ramos conduziram os participantes e, por fim, a saída de

campo para estudar os ecossistemas da Ilha de Santa Catarina com o aluno do doutorado

em geografia da UFSC Luiz Henrique Pimenta. O encerramento do SIMGeo ocorreu no

dia 20/11 e foi a vez da professora Valéria de Marcos, da USP, discutir sobre autonomia,

educação e meio ambiente em comunidades rurais, relatando experiências de projetos que

ajudaram a desenvolver essas comunidades e as políticas relacionadas às questões

ambientais.

As atividades do encontro dos petianos (ENAPETGeo) realizaram-se na quarta-

feira pela manhã, com os grupos de discussão tratando de questões específicas do

Programa PET e, na sexta-feira, último dia do evento, a reunião de bolsistas petianos e a

assembléia final fecharam as atividades do evento. Nestas ocasiões os petianos e tutores

presentes puderam dividir experiências das atividades de ensino, pesquisa e extensão

desenvolvidas em cada PET e apontar as dificuldades enfrentadas pelos grupos. Durante a

Assembléia Final estas discussões culminaram em uma carta de reivindicações destinada à

CENAPET e à SESU.

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PET-Indica (sugestão de filmes, livros, etc)

Filme: Amores Brutos - Alejandro González

Título original: (Amores Perros)

Lançamento: 2000 (México)

Direção: Alejandro González-Iñárritu

Atores: Emilio Echevarría, Gael García Bernal, Goya Toledo,

Álvaro Guerrero.

Duração: 153 min

Gênero: Drama

Em plena Cidade do México, um terrível acidente

automobilístico ocorre. A partir deste momento, três pessoas

envolvidas no acidente se encontram e têm suas vidas mudadas

para sempre. Um deles é o adolescente Octavio (Gael García

Bernal), que decidiu fugir com a mulher de seu irmão, Susana

(Vanessa Bauche), usando seu cachorro Cofi como veículo para conseguir o dinheiro para

a fuga. Ao mesmo tempo, Daniel (Álvaro Guerrero) resolve abandonar sua esposa e filhas

para ir viver com Valeria (Goya Toledo), uma bela modelo por quem está apaixonado.

Também se envolve no acidente Chivo (Emilio Echevarría), um ex-guerrilheiro comunista

que agora atua como matador de aluguel, após passar vários anos preso. Ali, em meio ao

caos, ele encontra Cofi e vê a possibilidade de sua redenção.

Fonte: Site Adoro Cinema - http://www.adorocinema.com/filmes/amores-brutos/

Filme: Edukators - Hans Weingartner

Título original: (Die Fetten Jahre Sind Vorbei)

Lançamento: 2004 (Alemanha)

Direção: Hans Weingartner

Atores: Julia Jentsch, Stipe Erceg, Burghart Klaubner, Claudio

Caolo.

Duração: 126 min

Gênero: Drama

Jan (Daniel Brühl) e Peter (Stipe Erceg) são dois jovens que

acreditam que podem mudar o mundo. Eles se auto-denominam

"Os Educadores", rebeldes contemporâneos que expressam sua

indignação de forma pacífica: eles invadem mansões, trocam

móveis e objetos de lugar e espalham mensagens de protesto.

Jule (Julia Jentsch) é a namorada de Peter, que está passando por problemas financeiros e,

por causa deles, está saindo de seu apartamento alugado. Tempos atrás Jule se envolveu em

um acidente de carro, que destruiu o carro de um rico empresário. Condenada pela justiça,

ela precisa pagar um novo carro no valor de 100 mil euros, o que praticamente faz com que

trabalhe apenas para pagar a dívida que possui. Como Peter viaja para Barcelona, Jan vai

ajudá-la na mudança. Eles se conhecem melhor e Jan termina por contar a ela a verdade

sobre os Educadores. Empolgada com a notícia, Jule insiste que ela e Jan invadam a casa

de Hardenberg (Burghart Klaubner), o empresário que a processou. Após uma certa

resistência, Jan concorda. Na casa eles agem como os Educadores, mudando os móveis de

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lugar, mas cometem um grave erro: Jule esquece no local seu celular. No dia seguinte, com

Peter já tendo retornado da viagem mas sem saber do ocorrido, Jan e Jule decidem invadir

novamente a casa de Hardenberg, para recuperar o celular. Porém o que eles não

esperavam era que o empresário os surpreendesse dentro da casa, o que os força a

sequestrá-lo.

Fonte: Site Adoro Cinema - http://www.adorocinema.com/filmes/educadores/

Filme: Exílios - Tony Gatlif

Título original: (Exils)

Lançamento: 2004 (França)

Direção: Tony Gatlif

Atores: Romain Duris, Lubna Azabal, Leila Makhlouf, Habib

Cheik.

Duração: 103 min

Gênero: Drama

O músico Zano (Romain Duris) propõe à sua amante Naïma

(Lubna Azabal) que ambos façam uma viagem até a Argélia,

país de onde seus pais emigraram décadas atrás. Eles atravessam

a França e a Espanha até que, tomados por um forte sentimento

de liberdade, abandonam-se aos ritmos sensuais da Andaluzia.

De um encontro a outro, eles cruzam o Mediterrâneo e terminam a viagem com a promessa

da descoberta de si mesmos.

Fonte: Site Adoro Cinema - http://www.adorocinema.com/filmes/exilios/

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Eventos

4. II Workshop Internacional de História do Ambiente: Desastres Ambientais e

Sustentabilidade (15 a 19 de novembro) e o GISDay (16 de novembro).

Local: Hotel Praiatur – Praia dos Ingleses, FPOLIS

Informações: http://alfa.locadados.com.br/~workshop/?ver=home

5. UGI 2011 – CONFERENCIA GEOGRÁFICA REGIONAL

Data: 14 a 18 de Novembro

Local: Escuela Militar, Santiago - Chile

Sítio-web: http://www.ugi2011.cl/spain/index.html

6. IV COLÓQUIO NACIONAL DO NEER

Data: 16 a 18 de novembro de 2011

Local: Universidade Federal de Santa Maria/PPGG, Santa Maria – RS

Informações: http://www.neer.com.br/home/

7. XXVIII International Sodebras Congress

Data: 16 a 18 de novembro de 2011

Local: Pontifícia Universidade Católica do Paraná , Curitiba – PR

Informações: http://www.HYPERLINK "http://www.sodebras.com/"sodebras.com

8. XII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOGRAFIA URBANA - SIMPURB

Data: 16 a 19 de novembro de 2011

Local: Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG

9. XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos

Data : 27 de novembro a 01 de dezembro de 2011

Local: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso – Maceió/AL

Informações: http://www.acquacon.com.br/xixsbrh/index.ph

10. II CONFERÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO (CODE) 2011

Data: 23 a 25 de Novembro de 2011

Local: Brasília, DF

Informações: http://www.ipea.gov.br/code/chamada2011/objetivos.html

11. COLÓQUIO INTERNACIONAL "ÉLISÉE RECLUS E A GEOGRAFIA DO

NOVO MUNDO"

Data: 06 a 10 de Dezembro de 2011

Local: Universidade de São Paulo

Sítio-web: http://reclusmundusnovus.wordpress.com

12. COLOQUIO GEOGRÁFICO SOBRE AMÉRICA LATINA "Las nuevas

configuraciones territoriales latinoamericanas desde una perspectiva geográfica.”

Data: 14 e 17 de maço de 2012

Local: En la ciudad de Paraná, provincia de Entre Ríos, República Argentina,

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13. CARTOGRAFIA: ESPAÇO E TEMPO NA ESCRITA DA HISTÓRIA DA

EDUCAÇÃO

Conferencista: Dra. Thérèse Hamel (Université Laval Quebec - Canada)

Dia: 18/11/2011 - Hora: 09h30

Local: Auditório da FAED

Organização: Prof. Norberto Dallabrida

Promoção: PPGE da FAED/UDESC