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de 2008, Angola demonstra estar mais preparada. Em especial, no tocante a condu- ção macroeconó- mica, no fortaleci- mento da moeda nacional e no esta- belecimento do controlo do merca- Angola continua no grupo de países cu- ja economia conti- nua a crescer rapi- damente. Muito em- bora todos os orga- nismos internacio- nais apontem para o alerta da necessi- dade em diversifi- car a economia, uma vez que o bô- nus petrolífero demonstra sinais de desaceleração, mesmo consideran- do algumas desco- bertas on-shore e da bacia pré-sal. Contudo, quando comparamos a situ- ação actual à crise Crescimento Continuado Desafios apontados Conforme o relatório Doing Business 2013, Angola se en- contra na posição 179 (de 189 países avaliados). De facto, pode existir consenso em relação à necessidade de diver- sificação da economia, mas a performance angolana de- monstra que ainda há muito o que fazer. Os pontos críticos que levam o país a esta desconfortável posição são: inse- gurança jurídica (189º); Tempo para abertura de um negó- cio (178º); Acesso a energia elétrica (170º), Barreiras/Custos alfandegários (169º) e Peso do estado na economia (155º). WWW.CEICIN.COM ANO I | EDIÇÃO 2 | ABR-JUN 2014 CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN Panorama Internacional Pág. 02 Evolução dos preços se mantém dentro da meta Pág. 04 Saldo Comercial em US$ 11.5 mil milhões Pág. 06 Análise IDH 2014 Pág. 08 Créditos Pág.10 Fonte: WEF, 2013 Fonte: The Banker, 2014. Evolução PIB (US$ preços correntes) de Angola—2010-2014

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Page 1: ANO I | EDIÇÃO 2 | ABR-JUN 2014 WWW CEICIN COM CONJUNTURA EM … · 2020. 1. 6. · Evolução dos preços se mantém dentro da meta Pág. 04 Saldo Comercial em US$ 11.5 mil milhões

de 2008, Angola

demonstra estar

mais preparada.

Em especial, no

tocante a condu-

ção macroeconó-

mica, no fortaleci-

mento da moeda

nacional e no esta-

belecimento do

controlo do merca-

Angola continua no

grupo de países cu-

ja economia conti-

nua a crescer rapi-

damente. Muito em-

bora todos os orga-

nismos internacio-

nais apontem para

o alerta da necessi-

dade em diversifi-

car a economia,

uma vez que o bô-

nus petrolífero já

demonstra sinais de

d e s a c e l e r a ç ã o ,

mesmo consideran-

do algumas desco-

bertas on-shore e da

bacia pré-sal.

Contudo, quando

comparamos a situ-

ação actual à crise

Crescimento Continuado

Desafios apontados

Conforme o relatório Doing Business 2013, Angola se en-

contra na posição 179 (de 189 países avaliados). De facto,

pode existir consenso em relação à necessidade de diver-

sificação da economia, mas a performance angolana de-

monstra que ainda há muito o que fazer. Os pontos críticos

que levam o país a esta desconfortável posição são: inse-

gurança jurídica (189º); Tempo para abertura de um negó-

cio (178º); Acesso a energia elétrica (170º), Barreiras/Custos

alfandegários (169º) e Peso do estado na economia (155º).

WWW.CEICIN.COM ANO I | EDIÇÃO 2 | ABR-JUN 2014

CONJUNTURA EM FOCO BARÔMETRO DO CEICIN

Panorama

Internacional

Pág. 02

Evolução dos

preços se mantém

dentro da meta

Pág. 04

Saldo Comercial

em US$ 11.5 mil

milhões

Pág. 06

Análise IDH 2014

Pág. 08

Créditos

Pág.10

Fonte: WEF, 2013

Fonte: The Banker, 2014.

Evolução PIB (US$ preços correntes) de Angola—2010-2014

Page 2: ANO I | EDIÇÃO 2 | ABR-JUN 2014 WWW CEICIN COM CONJUNTURA EM … · 2020. 1. 6. · Evolução dos preços se mantém dentro da meta Pág. 04 Saldo Comercial em US$ 11.5 mil milhões

Segundo World Economic Outlook do

FMI, com referência ao mês de julho de

2014, o ano de 2014 passou por uma redu-

ção das expectativas de crescimento mun-

dial, em 0.3%. O organismo estima que o

crescimento mundial deve ser de 3.4%

em 2014 (0.3% menor que sua última esti-

mativa).

As principais justificativas para essa revi-

são para baixo ocorreram, essencialmen-

te, pelo fraco desempenho dos EUA e dos

mercados emergentes no I trimestre do

ano.

No caso da economia americana, a elevação de

sua taxa de juros pode desestimular fluxo de ca-

pitais, denotando correção da política monetária,

adicionado ao facto de que um inverno mais cruel

pode ter efeito na demanda interna e externa na-

quele país.

Aos emergentes, a restrição da oferta e a descon-

fiança dos empresários, em função de políticas

económicas restritivas, como juros altos, além

das crises geopolíticas— que podem indicar uma

escalada no preço do petróleo— são as causas

mais eminentes do baixo desempenho em países

como o Brasil e a Rússia, por exemplo.

Panorama Internacional Página 2

CONJUNTURA EM FOCO

Fonte: FMI, julho/2014

Perspectivas de crescimento do PIB real, para países selecionados — 2013-2015

Projeções

2012 2013 2014 2015

Produto Mundial 3,5 3,2 3,4 4,0

Economias Avançadas 1,4 1,3 1,8 2,4

Estados Unidos 2,8 1,9 1,7 3,0

Zona do Euro -0,7 -0,4 1,1 1,5

Alemanha 0,9 0,5 1,9 1,7

França 0,3 0,3 0,7 1,4

Itália -2,4 -1,9 0,3 1,1

Espanha -1,6 -1,2 1,2 1,6

Japão 1,4 1,5 1,6 1,1

Reino Unido 0,3 1,7 3,2 2,7

Canadá 1,7 2,0 2,2 2,4

Demais avançadas 2,0 2,3 3 3,2

Economias Emergentes 5,1 4,7 4,6 5,2

África do Sul 2,5 1,9 1,7 2,7

Brasil 1,0 2,5 1,3 2,0

México 4,0 1,1 2,4 3,5

Rússia 3,4 1,3 0,2 1,0

Índia 4,7 5,0 5,4 6,4

China 7,7 7,7 7,4 7,1

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Muito embora mantendo o

crescimento em 7.1% para

2014, a China apresenta a

cada relatório reajustes para

baixo em seu desempenho.

Tanto é assim que o seu go-

verno lançou mão de uma

política fiscal expansiva, au-

Previsões

Página 3

CONJUNTURA EM FOCO

mentando o gasto público

em infra-estructura e crédi-

to direccionado a Micro,

Pequenas e Médias

(MPME) empresas.

No caso dos países africa-

nos, as expectativas se

mantêm, Angola deve cres-

Fonte: FMI, julho/2014

Perspectivas de crescimento do PIB real, para países selecionados — 2013-2015

cer entre 4.5% e 6.0% em

2014, ainda em função do

retorno das exportações

de petróleo, mas com iní-

cio dos investimentos na

diversificação económica

promulgada pelo executi-

vo.

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O II trimestre de 2014

foi marcado, essenci-

almente, pelo início

efectivo na economia

real do processo de

desdolarização e pelo

impacto – ainda su-

perficial – da pauta

aduaneira. O que se

viu, com efeito, foi um

pequeno surto de va-

lorização do Dólar

americano frente ao

Kwanza no mercado

paralelo, haja vista

rumores alertando

para a escassez de

moeda (dólar) na

banca e, consequente

valorização da moeda

norte-americana. Foi

possível verificar, in-

clusive, efeito na pau-

ta comercial do país,

reduzindo, de manei-

ra significativa, o

quantum de importa-

ção do país. (ver aná-

lise desse Boletim na

pág. 06).

Entretanto, apesar dos efeitos de

curto prazo acima citados, os re-

sultados aferidos mostram que a

evolução dos preços continua sob

controle, pois alcançou-se resul-

tados bastante optimistas, tanto

no II trimestre quanto no I semes-

tre do ano corrente.

Efectivamente, conforme exposto

nos gráficos acima, a inflação do

II trimestre de 2014 alcançou o

índice acumulado de 1,7%, sendo

o melhor II trimestre desde 2009.

Evolução dos preços se mantém abaixo da meta

Página 4

CONJUNTURA EM FOCO

Evolução do IPC trimestral (II) e semestral (I), em Luanda – 2009-2014

Fonte: INE. ELbaoração: CEICin.

Inflação medida no II trimestre e I semestre, entre 2009 e 2014

No I semestre o resultado foi se-

melhante, pois o índice acumu-

lou variação de 3,46%, também

o melhor I semestre desde 2009.

Vale salientar que, em ambos os

casos, o resultado foi inferior à

média histórica, respetivamente,

2,5% e 4,8%. Isso denota, o efeito

assertivo da condução da política

macroeconómica que vem sendo

implementada em Angola, permi-

tindo controlo dos preços e exe-

cução da Lei Cambial.

Segundo Trimestre/2014

No segundo trimestre de

2014, o índice de preços ao

consumidor (IPC) apresentou

variação acumulada de 1,62%

na província de Luanda em

relação ao primeiro trimestre

de 2014. Na comparação ho-

móloga, a aceleração nos

preços foi na ordem de

7,03%, mantendo o índice de

inflação dentro dos padrões

estimados, abaixo dos dois

dígitos, e, portanto, dentro

das metas traçadas pela auto-

ridade monetária.

Evolução mensal do IPC de Luanda – 2011-2014

Fonte: INE. Elaboração: CEICin.

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Assim como divulgado no I trimestre, ajustamos nossa previsão, para contemplar os dados re-

lativos ao trimestre abril-junho e inferimos que a inflação, com base no IPC de Luanda, deve

atingir 6,73% ao final de 2014, mantendo-se abaixo dos dois dígitos.

Factores como o impacto da pauta aduaneira, recuperação da economia norte-americana

e redução das estimativas do crescimento local ainda podem interferir na rota da política

m o n e t á r i a .

Conforme po-

de ser observa-

do, o modelo

do Ceicin cap-

tou dois mo-

mentos de

“picos” inflaci-

onários. O pri-

meiro no mês

de maio, em

que estava pre-

visto uma infla-

ção média de

0,60%. Este re-

sultado atribui-se

ao aquecimento das vendas no varejo atribuído ao dia das mães. O segundo momento se

verifica em novembro e dezembro, meses típicos de quadra festiva e grandes responsá-

veis pela sazonalidade verificada na série.

Fonte: INE. Elaboração: CEICin.

1\ Dados de julho a dezembro (2014) são fruto de estudos do CEICin, não se tratando de uma estatística oficial.

Perspectivas para a inflação 2011-2014

Página 5

CONJUNTURA EM FOCO

Fonte: INE. Elaboração: CEICin.

Variação do IPC de Luanda, por Classe de Despesa—2014

Classes de Despesa Jan Fev Mar Abr Mai Jun 2014

Índice Geral 0,76 0,49 0,51 0,51 0,62 0,57 3,50

Alimentação e bebidas 0,75 0,48 0,44 0,47 0,53 0,40 3,07 Bebidas não alcoolicas e Tabaco 0,72 0,55 0,65 0,82 0,76 1,12 4,62 Vestuário e Calçados 1,00 0,62 0,78 0,66 0,92 1,35 5,33 Habitação, Águas, Electric. e Combustível 0,21 0,24 0,26 0,16 0,13 0,21 1,21 Mobiliário, equip.doméstico, manutenção 1,04 0,75 1,20 0,77 0,98 1,27 6,01 Saúde 0,54 0,24 0,85 0,74 0,44 0,33 3,14 Transportes 0,13 0,02 0,21 0,36 0,70 0,66 2,08 Comunicação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Lazer, Recreação e Cultura 0,92 1,27 0,79 0,58 0,59 0,39 4,54 Educação 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 Hotéis, Cafés e Restaurantes 1,18 0,57 0,57 0,92 0,93 0,79 4,96

Bens e Serviços Diversos 2,16 1,16 0,77 1,04 1,72 0,96 7,81

Segundo os dados do INE, essa aceleração foi impulsionada, principalmente, pelos segmentos

de bens e serviços diversos (7,81%); mobiliário, equipamento doméstico e manutenção (6,01%) e

vestuário e calçados (5,33%) no trimestre actual acumulado.

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No primeiro trimestre de 2014 a balança comercial angolana registou um superávit de US$

11,5 mil milhões. Nesse período, as exportações somaram US$ 15,4 mil milhões e as importa-

ções US$ 3,9 mil milhões. Apesar do resultado positivo, a balança comercial do Estado acu-

mulou, nos primeiros três meses do ano, crescimento negativo de 5,4% em comparação ao

trimestre homólogo de 2013.

Saldo Comercial em US$ 11,5 mil milhões no I trimestre

Página 6

CONJUNTURA EM FOCO

Exportação, importação e saldo da balança comercial de Angola – 2013/2014 Base: mesmo período do ano anterior

Fonte: INE. Elaboração: CEICin.

Nesse primeiro trimestre, os principais des-

tinos das exportações angolas – conforme

gráfico abaixo – foram para a China (50,8%

de todo montante exportado), que continua

a ser o seu principal comprador, tendo, in-

clusive, aumentado sua participação na dis-

tribuição das exportações (I trimestre de

2013 representava 45,2%). Compõem a lis-

ta, ainda, Índia, Canadá e Taiwan.

EXPORTAÇÕES

As exportações angolanas, no primeiro tri-

mestre de 2014, somaram US$ 15,4 bilhões,

apresentando um recuo de 10,5% em rela-

ção àquelas registadas no mesmo período

de 2013. Esse recuo ocorreu em todos os

meses e desde 2012 - momento em que as

vendas para o resto do mundo alcançaram

US$ 19,4 bilhões.

A análise por grupo de produtos, mostra que

as exportações sofreram forte influência ne-

gativa pela redução nas vendas internacio-

nais de Combustíveis, grupo que representa

essencialmente a pauta de comércio interna-

cional angolana.

Período Exportação Importação Saldo

USD (mil) Variação USD (mil) Variação USD (mil)

Abril 5.132.237 -12,8% 2.259.498 -19,1% 2.872.739

Maio 5.652.249 -7,6% 3.309.640 82,8% 2.342.609

Junho 5.473.619 11,5% 1.880.376 10,2% 3.593.243

II Trimestre 16.258.105 -3,9% 7.449.514 18,1% 8.808.591

Julho 5.904.929 14,8% 2.322.838 28,5% 3.582.091

Agosto 5.808.885 -4,1% 2.384.815 19,2% 3.424.070

Setembro 5.885.316 5,6% 2.140.981 -30,7% 3.744.335

III Trimestre 17.599.130 4,9% 6.848.634 -0,7% 10.759.496

Outubro 5.662.288 -4,8% 2.196.511 -52,1% 3.465.777

Novembro 5.428.615 -8,8% 3.890.077 -17,1% 1.538.538

Dezembro 5.559.684 -5,4% 2.170.961 23,7% 3.388.723

IV Trimestre 16.650.587 -6,3% 8.257.549 -25,1% 8.393.038

Ano 67.770.374 -4,3% 27.689.446 -4,2% 40.080.928

2014

Janeiro 5.267.316 -12,0% 1.194.818 -37,4% 4.072.498

Fevereiro 5.085.246 -2,5% 1.272.074 -16,5% 3.813.172

Março 5.089.396 -16,1% 1.504.418 -11,7% 3.584.978

I Trimestre 15.441.958 -10,5% 3.971.310 -22,6% 11.470.648

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IMPORTAÇÕES

No primeiro trimestre de 2014, as importações angolanas, somaram US$ 3,9 mil milhões. Em

relação ao que foi comprado pelo país no exterior no mesmo período de 2013, houve queda

nominal de 22,6%. Destaque para o facto de que, em todos os meses que compõe o trimes-

tre, ocorreram resultados inferiores ao homólogo de 2013 – sendo janeiro o mês mais rele-

vante, com redução de 37,4%.

É imperativo atribuir essa redução aos esforços de diversificação da economia local, bem

como demonstram as acções de desdolarização e da pauta aduaneira que actuam neste senti-

do. Logo, a continuidade deste cenário contribui para uma expectativa de diminuição do

montante de compras no exterior.

Assim, a análise por grupo de produtos importados mostra esse efeito, pois à exceção de

Combustíveis (+334,1% na variação homóloga), todos os demais grupos sofreram redução no

valor de importação em comparação com o primeiro trimestre de 2013. Destaque para os se-

guintes grupos: Agrícolas (-33,8%); Máquinas, equipamentos e aparelhos (-29,4%); Metais co-

muns (-21,6%) e Veículos e materiais de transportes (-21,4%), que juntos representam mais de

60,0% da pauta de importação angolana.

Página 7

CONJUNTURA EM FOCO

Importação, em US$ mil, por grupo de produtos, de Angola – 2012-2014

Grupo de produtos 2012.1 2013.1 2014.1 Participação

Veículos e Mat. Transporte 1.108.672 1.248.267 881.592 22,2%

Máquinas, equip. e Aparelhos 668.878 775.489 609.342 15,3%

Agrícolas 604.145 638.249 500.395 12,6%

Metais Comuns 685.345 730.575 489.140 12,3%

Combustíveis 68.629 74.243 322.262 8,1%

Alimentares 431.114 418.361 271.642 6,8%

Químicos 316.961 331.616 219.439 5,5%

Plásticos e Borrachas 162.823 185.106 192.429 4,8%

Outros Produtos 180.834 206.188 130.984 3,3%

Minerais e Mineiros 90.928 101.403 94.199 2,4%

Óptica e Precisão 136.032 161.876 84.104 2,1%

Prod. Celulose e Papel 84.987 94.214 62.891 1,6%

Matérias Têxteis 49.933 65.456 42.558 1,1%

Vestuários 44.888 37.341 27.595 0,7%

Calçado 22.999 32.167 23.925 0,6%

Madeira e Cortiça 19.369 23.173 13.434 0,3%

Peles e Couros 7.800 10.026 5.380 0,1%

Total 4.684.337 5.133.750 3.971.311 100,0%

Destaque-se ainda a saída dos

EUA do bloco dos 5 maiores

consumidores das exportações

do país, enquanto que outros

países, além da China, como já

referimos, aumentaram suas

participações, em análise ho-

móloga.

Exportação: principais destinos de Angola – 2013

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Ressalte-se que, entre os grupos citados, um deles merece um alerta e carece de maior mo-

nitoramento, uma vez que, em uma perspectiva de cadeia de produção, os bens em desta-

que, como Máquinas, equipamentos e aparelhos e Veículos e materiais de transportes, ainda

causam impacto significativo na produtividade do sector empresarial e, portanto, podem

causar impactos na economia real, com diminuição da produção e aumento dos preços.

Ao analisar-se as principais origens

das importações angolanas – conforme

gráfico abaixo – Portugal continua co-

mo seu principal fornecedor (18,4%),

apesar da redução da participação em

relação a 2013.1. China (12,3%) e EUA

(7,2%) seguem com destaque.

Salienta-se como importante, inclusive,

o continuo crescimento que os demais

países vem construindo na pauta de

importação, reforçando a redução de

dependência de países específicos.

Página 8

CONJUNTURA EM FOCO

Importação: principais origens de Angola – 2013

Fonte: INE. Elaboração: CEICin.

IDH 2014

A organização das

Nações Unidas—

ONU, divulgou em

julho o relatório

2014 sobre o Índice

de Desenvolvimento

Humano—IDH, refe-

rentes aos dados de

2013.

Pelo quinto ano con-

secutivo, a Noruega

se mantém com o

maior IDH entre os

países investigados,

alcançando o índice

de 0.944 (indicador

de 0 a 1, sendo 1 a

nota máxima). Em

seguida ficaram Austrália, Suíça, Holanda e EUA. Nas últimas

colocações ficaram, em ordem crescente, Níger (0.337), Re-

pública Democrática do Congo, República Centro-Africana e

Serra Leoa.

Noruega (1)

0.944

Níger (189)

0.337

Angola (149)

0.526

Mapa mundi do IDH—2014

Fonte: ONU, 2014

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Página 9

ANO I | EDIÇÃO 2 | ABR-JUN 2014

China (91º), Brasil (79º) e

África do Sul (118º) com-

põem o grupo.

Entre as oito nações de

língua portuguesa, Portu-

gal é o único país com

"altíssimo índice de de-

senvolvimento humano",

a ocupar o 41° lugar da

lista produzida pelo PNUD.

Cabo Verde tem o melhor

desempenho entre as na-

ções africanas de língua por-

tuguesa, a ocupar o lugar de

número 123 e segundo o

PNUD, o país desceu dois

degraus na comparação com

2012.

Dentre os BRICS (Brasil,

Rússia, Índia, China e Áfri-

ca do Sul), o melhor resul-

tado foi da Rússia, que em

2013 ocupou a 54ª posição

(IDH de 0.778). A Índia ob-

teve o resultado mais bai-

xo do grupo, com IDH de

0.586 e está no 135º lugar.

Desenvolvimento Humano em Angola

A evolução do indicador no estado an-

golano está muito aquém do que se gos-

taria, país ocupa a posição de número

149º dentre 189 países analisados. Con-

tudo, é de se valorizar

a evolução que o IDH

vem alcançando.

Desde 2000, período

em que Angola come-

çou a ser analisada, o

país visualiza uma das

maiores ascensões em

seu índice. O princi-

pal fator é a melhoria

na renda média do

Fonte: ONU, 2014

residente, tendo em vista que a meto-

dologia do IDH, contempla três pilares

principais, Longevidade, Educação e

Rendimento dos residentes no país.

Existe ainda um lon-

go caminho a ser

percorrido, mas o

investimento em

educação e infra-

estrucutra básica

(energia, saúde e

saneamento) são

unanimidade para o

desenvolvimento.

Metodologia IDH-M

Page 10: ANO I | EDIÇÃO 2 | ABR-JUN 2014 WWW CEICIN COM CONJUNTURA EM … · 2020. 1. 6. · Evolução dos preços se mantém dentro da meta Pág. 04 Saldo Comercial em US$ 11.5 mil milhões

CONJUNTURA EM FOCO

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Barómetro de Conjuntura Económica | Publicação trimestral do Centro de Estudos e

Investigação Científica—CEICin| www.ceicin.com | Unidade de Conjuntura Económica e Ma-

croeconomia.

Equipe Técnica: Júlio Becher, Jorge Troper, Alexandro Cavalcanti, Zeferino Venâncio| Secretária Exe-

cutiva: Zola Neves |Campus Universitário Imetro, 1º andar, edifício da biblioteca | Correio electrónico:

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A instituição O Centro de Estudo e Investigação Científica - CEICin é uma entidade de direito privado, sem

fins lucrativos, independente e autónoma criada em 2012 para apoiar aos cursos de Ciências

Sociais aplicadas do Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola (IMETRO), com des-

tacada atuação nas áreas de pesquisa, ensino e consultoria

Missão “Produzir, articular e disseminar conhecimento, seja na realização de pesquisas, trabalhos téc-

nicos ou na capacitação de pessoas, para contribuir para o desenvolvimento angolano nos âm-

bitos econômico e social.”

Barómetro de Conjuntura

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Linhas de Pesquisa: Macroeconomia e Conjuntura Internacional Finanças Públicas e Economia Monetária Economia Regional Mercado de Trabalho e Empregabilidade

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