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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Outubro de 2012 PUBLICAÇÃO DA DIVISÃO DE JORNALISMO DA COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Visite nosso site: www.ufv.br Ano 40 Viçosa (MG), Outubro de 2012 Número 1.449 Estrelas para cursos de graduação Técnica revoluciona plantio de tomates Pelo campus Viçosa, passaram a banda dos Fuzileiros Navais e instrumentistas do Brasil e exterior, celebrando, em grande estilo, o aniversário da Universidade. No Espa- ço Fernando Sabino, professores e técnicos administrati- vos receberam medalhas pelas contribuições à história da instituição. Páginas 6 e 7. Cultura e homenagens marcam 86 anos da UFV Pesquisas realizadas na UFV ensinam agricultores a obter tomates maiores, mais resistentes e com maior pro- dutividade, utilizando a mesma área e quantidade de in- sumos. Página 9. Minicursos e palestras promovidos pelos departamen- tos de Letras e Matemática despertam interesse da popula- ção pelo estudo da Libras. Os projetos mostram que os si- nais surgem da combinação de movimentos, configurações de mão e pontos de articulação. Página 11. Libras também se aprende na Universidade T rinta e dois cursos de gra- duação da UFV participa- ram da avaliação realizada pelo Guia do Estudante (GE) e constarão da publicação GE Pro- fissões Vestibular 2013, que esta- rá nas bancas a partir de 25 de ou- tubro. Dos cursos destacados pelo Guia, 13 ficaram com cinco estre- las (máximo) e 18 com quatro. Apenas um obteve três estrelas. De acordo com o pró-reitor de Ensino da UFV, professor Vicente de Paula Lelis, a obtenção dessas estrelas demonstra a qualidade do ensino da Universidade e a desta- ca em uma publicação bastante reconhecida entre os estudantes. O pró-reitor lembra que nem todos os cursos da UFV participaram do processo de avaliação, em função de critérios adotados pelos orga- nizadores do Guia, como ter a ti- tulação de bacharelado e turma formada há pelo menos um ano. O Guia do Estudante é uma pu- blicação da Editora Abril e, há 21 anos, avalia os cursos superiores do Brasil. Dentre outras informações, ele traz detalhes sobre cursos, mer- cado de trabalho e áreas de atuação. Confira, no quadro ao lado, a relação de cursos e suas respecti- vas estrelas: Cursos Engenharia de Agrimensura e Cartográfica Engenharia de Alimentos Engenharia de Produção Engenharia Elétrica Engenharia Florestal Física Geografia História Jornalismo Matemática Medicina Veterinária Nutrição Pedagogia Química Secretariado Executivo Zootecnia Estrelas Cursos Estrelas Administração Agronomia Arquitetura e Urbanismo Bioquímica Ciência da Computação Ciência e Tecnologia de Laticínios Ciências Biológicas Ciências Contábeis Ciências Econômicas Dança Direito Economia Doméstica Educação Física Engenharia Agrícola Engenharia Ambiental Engenharia Civil

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  • 1UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Outubro de 2012

    PUBLICAÇÃO DA DIVISÃO DE JORNALISMO DA COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Visite nosso site: www.ufv.brAno 40 Viçosa (MG), Outubro de 2012 Número 1.449

    Estrelas para cursos de graduação

    Técnica revolucionaplantio de tomates

    Pelo campus Viçosa, passaram a banda dos FuzileirosNavais e instrumentistas do Brasil e exterior, celebrando,em grande estilo, o aniversário da Universidade. No Espa-ço Fernando Sabino, professores e técnicos administrati-vos receberam medalhas pelas contribuições à história dainstituição. Páginas 6 e 7.

    Cultura e homenagensmarcam 86 anos da UFV

    Pesquisas realizadas na UFV ensinam agricultores aobter tomates maiores, mais resistentes e com maior pro-dutividade, utilizando a mesma área e quantidade de in-sumos. Página 9.

    Minicursos e palestras promovidos pelos departamen-tos de Letras e Matemática despertam interesse da popula-ção pelo estudo da Libras. Os projetos mostram que os si-nais surgem da combinação de movimentos, configuraçõesde mão e pontos de articulação. Página 11.

    Libras também se aprendena Universidade

    T rinta e dois cursos de gra-duação da UFV participa-ram da avaliação realizadapelo Guia do Estudante (GE) econstarão da publicação GE Pro-fissões Vestibular 2013, que esta-rá nas bancas a partir de 25 de ou-tubro. Dos cursos destacados peloGuia, 13 ficaram com cinco estre-las (máximo) e 18 com quatro.Apenas um obteve três estrelas.

    De acordo com o pró-reitor deEnsino da UFV, professor Vicentede Paula Lelis, a obtenção dessasestrelas demonstra a qualidade doensino da Universidade e a desta-ca em uma publicação bastantereconhecida entre os estudantes. Opró-reitor lembra que nem todosos cursos da UFV participaram doprocesso de avaliação, em funçãode critérios adotados pelos orga-nizadores do Guia, como ter a ti-tulação de bacharelado e turmaformada há pelo menos um ano.

    O Guia do Estudante é uma pu-blicação da Editora Abril e, há 21anos, avalia os cursos superiores doBrasil. Dentre outras informações,ele traz detalhes sobre cursos, mer-cado de trabalho e áreas de atuação.

    Confira, no quadro ao lado, arelação de cursos e suas respecti-vas estrelas:

    Cursos

    Engenharia deAgrimensura e

    Cartográfica

    Engenharia de

    AlimentosEngenharia de

    Produção

    Engenharia Elétrica

    Engenharia Florestal

    Física

    Geografia

    História

    Jornalismo

    Matemática

    Medicina Veterinária

    Nutrição

    Pedagogia

    Química

    Secretariado Executivo

    Zootecnia

    Estrelas Cursos Estrelas

    Administração

    Agronomia

    Arquitetura e

    Urbanismo

    Bioquímica

    Ciência da Computação

    Ciência e Tecnologia

    de Laticínios

    Ciências Biológicas

    Ciências Contábeis

    Ciências Econômicas

    Dança

    Direito

    Economia Doméstica

    Educação Física

    Engenharia Agrícola

    Engenharia Ambiental

    Engenharia Civil

  • 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSAOutubro de 2012

    PUBLICAÇÃODA UNIVERSIDADE

    FEDERAL DE VIÇOSA

    Registro no Cartório de Títulos eDocumentos da Comarca deViçosa sob o nº 04, livro B,

    nº 1, fls. 3/3v

    JORNAL DA UFV

    REITORANilda de Fátima

    Ferreira Soares

    VICE-REITORDemetrius David da Silva

    COORDENADORA DECOMUNICAÇÃO SOCIAL (CCS)

    Kátia Fraga

    DIVISÃO DE JORNALISMO/CCSJORNALISTA RESPONSÁVEL

    Adriana Passos

    (Reg. Prof. 3400-MTb-MG)

    REDAÇÃOAdriana Passos, Fernanda

    Rossoni, Léa Medeiros e

    Izabel Morais (jornalistas)

    -

    Marden Chaves e Thaíssa

    Vaz (bolsistas)

    Kerly Oliveira e Thamiris

    Sousa Martins Marques

    (Apoio - Rio Paranaíba)

    FOTOGRAFIADaniel Sotto Maior

    DESIGNER GRÁFICOMárcio Jacob

    IMPRESSÃOEditora UFV

    Divisão Gráfica Universitária

    DIRETORJosé Gouveia da Silva

    DIVISÃO DE GRÁFICAUNIVERSITÁRIA

    José Paulo de Freitas

    Divisão de Jornalismo

    Vila Giannetti, Casa 41 Campus Universitário

    CEP 36570-000 - Viçosa - MGTelefax (31) 3899-2877

    E-mail: [email protected]

    No dia 29 de agosto,a presidenta daRepública, DilmaRousseff, sancionou a Lei12.711, que dispõe sobre oingresso de estudantes nasuniversidades federais e ins-tituições federais de ensinotécnico de nível médio. ALei determina, para essasinstituições, a reserva de50% das vagas nos cursossuperiores e no ensino téc-nico de nível médio para es-tudantes que cursaram, res-pectivamente, de maneiraintegral, o ensino médio e oensino fundamental em es-colas públicas.

    Em cada instituição fede-ral de ensino superior ou téc-nico, as vagas reservadas se-rão preenchidas por curso epor turno, levando-se emconta os candidatos autode-clarados pretos, pardos e in-dígenas no momento da ins-crição. As vagas destinadasaos cotistas são proporcio-

    nais ao número de pretos, par-dos e indígenas (conforme o úl-timo censo do IBGE) na popu-lação da unidade da federaçãoonde está instalada a instituição.

    A Lei prevê ainda que 50%das vagas reservadas para es-tudantes de escolas públicasdeverão ser destinadas àquelesoriundos de famílias com ren-da igual ou inferior a 1,5 salá-rio mínimo per capita. As ins-tituições deverão implementar,a cada ano, no mínimo 25% dareserva de vagas previstas naLei. A partir da data de sua pu-blicação, elas terão o prazo má-ximo de quatro anos para ocumprimento integral do dis-posto na Lei.

    A Universidade Federal deViçosa, por determinação dosconselhos superiores em 2011,realizou uma série de seminá-rios sobre a questão das cotas.Vários convidados de outrasInstituições de Ensino Superi-or (IES) e da UFV participa-ram de mesas de debate, defen-

    Lei de cotasOPINIÃO

    Até 15 de outubro, para oprocesso seletivo de mestradoe doutorado em Ciência daNutrição da UFV, para ingres-so no primeiro semestre de2013. As inscrições devem serfeitas via Correios ou direta-mente na Pró-Reitoria de Pes-quisa e Pós-Graduação (cam-pus Universitário da UFV – Vi-çosa. CEP: 36570-000).

    Mais informações: na secre-taria do Programa de Pós-Gra-duação em Ciência da Nutriçãopelo telefone (31) 3899-2899 oupelo link www.posnut.ufv.br/fale.php#

    Até 31 de outubro, paramestrado em Estatíst ica

    ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES...

    dendo seus pontos de vista, en-riquecendo a discussão.

    Com a implementação daLei 12.711, estão sendo feitasas adequações necessárias nosprogramas para efetuar as ins-crições em seus processos se-letivos, nos quais são ofereci-dos 20% das vagas para o Pro-grama de Avaliação Seriadapara Ingresso no Ensino Supe-rior (Pases), em todos os cur-sos e campi, bem como os 80%já destinadas ao Sisu. Assim,estamos aguardando a regula-mentação da Lei para que se-jam aprovados os editais dosprocessos seletivos da UFV.

    Destaca-se que, no cam-pus Viçosa, existe um equilí-brio entre estudantes egres-sos de escolas públicas e pri-vadas. A aplicação da Lei le-vará a uma equidade entre oscursos. Considerando a distri-buição por cursos percebe-seque: 42,2% deles têm mais de50% de alunos vindos de es-colas públicas. Os cursos com

    latos de experiência nas seguin-tes áreas temáticas: Comunica-ção, Cultura, Direitos Humanos,Educação, Gênero, Meio Ambi-ente, Políticas Públicas, Rurali-dade, Saúde, Tecnologia, Teori-as e Metodologias em Extensão,Trabalho, Urbanização.

    Os interessados deverão en-viar os trabalhos para o e-mail [email protected], obedecendo àsnormas da Revista, que podemser consultadas no sitewww.elo.ufv.br

    A t é 9 d e n o v e m b r o ,para o Mestrado em Agro-nomia da UFV campus deR i o P a r a n a í b a , v o l t a d opara profissionais com for-

    Aplicada e Biometria, paraingresso no primeiro semes-tre de 2013. O Programa dePós-Graduação, cujas ativi-dades começaram em 2006, érecomendado pela Coordena-ção de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior(Capes) com conceito 4 e estáinserido na Área de CiênciasAgrár ia s , á r ea bás ica deAgronomia.

    Mais informações podem serobtidas no site: www.det.ufv.br/ppestbio

    Até 31 de outubro, submis-são de trabalhos na RevistaELO - Diálogos em Extensão.Podem ser enviados artigos e re-

    mação superior na área deciências agrárias e afins. Ocurso, focado na ProduçãoVegetal , é consti tuído dasseguintes linhas de pesqui-sa : P ro du ção ; F i s io l og iae  Me lho r amen to   Vege t a le  Tecnologia   de   Produtosde Origem Vegetal; Mane-j o de P r ag as , D oen ças ePlantas Daninhas; Mecani-zação Agrícola e Manejo eConservação do Solo e daÁ g u a . S e r ã o o f e r e c i d a soito vagas.

    Mais informações podem serobtidas no link http://www.crp.ufv.br/SisPaginaUFV/main/?pagina=30, pelo telefo-ne (34)  3855-9331  e  pelo  e-mail [email protected].

    menor percentual com esteperfil de estudantes têmpelo menos 22,9% e, en-tre aqueles com maiorespercentuais, há alguns commais de 80%. Depreende-se disso que, com a apli-cação da Lei, em 57,8%dos cursos haverá aumen-to de estudantes que fize-ram o ensino médio emescolas públicas. Por outrolado, não haverá reduçãonaqueles cursos que já têmmais de 50% de estudan-tes de escolas públicas.

    Cada candidato, ao fazersua inscrição, prestará as in-formações sobre o nível derenda, etnia e se veio de es-cola pública. Após o proces-samento, far-se-á o preen-chimento obedecendo aonúmero definido no editaldo processo seletivo da Uni-versidade.

    Vicente de Paula LelisPró-reitor de Ensino da UFV

  • 3UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Outubro de 2012

    ENSINO

    ALUNOS EM EVIDÊNCIA

    A UFV ficou em primeiro lu-gar na lista das instituições públi-cas que obtiveram o melhor de-sempenho nos índices de aprova-ção do 7º Exame de Ordem Unifi-cado. A prova é obrigatória para aobtenção da carteira que permiteo exercício da profissão. O resul-tado divulgado pela Ordem dosAdvogados do Brasil (OAB) mos-trou que, em julho, o índice deaprovação da UFV foi de 73,08%.

    Com este resultado, a UFVconfirmou sua posição no ranking geral de aprovação elaborado peloportal iG, com base em dados daOAB, como a universidade fede-ral que mais aprova estudantes deDireito no Exame de Ordem Uni-ficado. O ranking aponta  que asinstituições federais são as cam-peãs de aprovação de estudantes ebacharéis de Direito na Prova daOAB e, dentre elas, a UFV apre-senta o maior índice: 74,5%.De 149 participantes, 111  foramaprovados.

    Para o coordenador do curso deDireito da UFV, professor Fernan-do Laércio Alves da Silva, o re-sultado é decorrente de três fato-res. O primeiro deles está relacio-nado ao processo de ingresso naUFV, que é bastante seletivo e

    UFV é a melhor noExame da

    concorrido (37 candidatos porvaga). O segundo é o pequeno nú-mero de alunos por turma. Anual-mente, entram no curso 60 alunos, oque permite o desenvolvimento deum trabalho direcionado. E, por úl-timo, a estrutura física e humana doDepartamento. Fernando Laérciodestaca também a qualificação dosprofessores sempre incentivadospela administração superior da UFVa realizar treinamentos em progra-mas de mestrado e doutorado.

    O estudante do curso de Direi-to Carlos Alberto Esteves acaboude realizar a primeira etapa do 8ºExame da OAB. Para ele, “não hácomo negar o peso que a avalia-ção representa no que diz respeitoao marketing dos cursos jurídicos,nos âmbitos público e privado”.Segundo o aluno, como a UFV estáno topo do ranking, os estudantesse comprometem e se cobrammais, a fim de garantir o alto nívelde aprovações no exame. “A ava-liação é uma etapa indispensávelpara que eu possa exercer a pro-fissão que escolhi e me dediqueidurante cinco anos. Por isso, mesinto impulsionado a estudar e con-seguir um bom desempenho”.

    (Adriana Passos)

    VI Olimpíada Ibero-Ameri-cana de Biologia O aluno do ter-ceiro ano do Colégio de Aplicação– Coluni Leonardo Afonso Costafoi agraciado com medalha de ourona VI Olimpíada Ibero-America-na de Biologia (OIAB), que acon-teceu em Cascais (Portugal), de 3a 7 de setembro. Foi a primeira vezque um aluno de escola púbica bra-sileira participou da competição,que reuniu 31 estudantes, entre 15e 19 anos, de nove países ibero-americanos.

    Em Portugal, Leonardo reali-

    zou duas provas de múltipla esco-lha, uma com 80 e outra com 50questões, e um exame prático, en-volvendo temas como bioquímicae zoologia. Além dele, Antônio Pe-dro de Sousa Oliveira, do Ceará,também ganhou medalha de ouro.Eles e outros dois estudantes doBrasil foram selecionados paraparticipar da competição pormeio da Olimpíada Brasileira deBiologia, organizada pela Associ-ação Nacional de Biossegurança(ANBio). A etapa nacional teve 70mil estudantes inscritos.

    Prêmio Henri Nestlé O alu-no do programa de pós-graduaçãoem Ciências da Nutrição da UFVWinder Tadeu Silva Ton ficou emprimeiro lugar no Prêmio HenriNestlé em Nutrição Clínica, naCategoria I. A cerimônia de pre-miação foi realizada em agosto, nasede da Nestlé, em São Paulo,onde também aconteceu a apresen-tação oral de seu trabalho Fari-nhas de banana verde e de cocoreduzem a resposta glicêmica emmulheres normoglicêmicas.

    O trabalho de Winder, que seformou em Nutrição pela UFV, foiconduzido no Departamento de

    Nutrição e Saúde da Universida-de, sob a coordenação da profes-sora Rita de Cássia GonçalvesAlfenas, com a participação dasalunas Flávia Galvão Cândido(mestrado) e Fernanda CristinaEsteves de Oliveira (doutorado).

    Prêmio Jovens InspiradoresO mestrando em Ciência da Com-putação da UFV Jhoney Lopes,que também se graduou na Uni-versidade, está entre os dez fina-listas do Prêmio Jovens Inspirado-res, promovido pela Veja.com (ver-são online da revista Veja) e Fun-dação Estudar.

    O concurso, que começou emdezembro de 2011, com mais deoito mil inscritos – universitáriose recém-formados -, tem comoobjetivos identificar e encorajarjovens talentos com potencial paraassumir postos estratégicos para odesenvolvimento do país nas pró-ximas décadas.

    O Prêmio Jovens Inspiradoresé dividido em três etapas. Na pri-meira, os candidatos submeteramà comissão julgadora um ensaiosobre o potencial do Brasil e umvídeo de um minuto com respostaà pergunta: “Quem eu sou e porque posso transformar o Brasil?”A partir daí foram selecionados 50jovens para fase semifinal, a Ofi-cina Jovens Inspiradores, realiza-da em São Paulo.

    Na terceira etapa, os classifi-cados terão que desenvolver umaestratégia de ação para vencer umdesafio na área escolhida. A apre-sentação será no dia 8 de novem-bro. Além disso, um vídeo comcada finalista será postado na in-ternet para que público escolha ofavorito, que receberá, como prê-mio adicional, o Troféu PrêmioVoto Popular.

    Maratona de ProgramaçãoAlunos do Departamento de Infor-mática da UFV (DPI) venceram aetapa regional da 1ª fase da XVIIMaratona de Programação, even-to anual promovido pela Socieda-de Brasileira de Computação(SBC). A competição aconteceu,em setembro, simultaneamente em40 sedes espalhadas pelo país econtou com a participação de cer-ca de 500 equipes.

    Da UFV, duas equipes compe-tiram na sede de Juiz de Fora:a Time do Feipa - formada pelosestudantes de mestrado em Ciên-cia da Computação Cháulio deResende Ferreira, Luís Eduardo deSouza Amorim e Rafael PereiraMartins – e a To bit or not to bit,dos alunos de graduação em Ci-ência da Computação Jonatas Ba-tista Costa das Chagas, NilsonFelipe Matos Mendes e ViniciusSilva Conceição.

    A equipe Time doFeipa venceu a competição e a Tobit or not to it terminou em 2º lu-gar. Como a sede tinha direito aapenas uma vaga na final,somente Time do Feipa segue nadisputa. O professor André Gus-tavo dos Santos foi o treinador eacompanhou os estudantes nacompetição.

    A equipe da UFV foi classifi-cada para a final brasileira, que

    acontecerá em Londrina (PR),nos dias 9 e 10 de novembro. Eladisputará com cerca de 50 outrasequipes a oportunidade de repre-sentar o Brasil no campeonato

    mundial de programação da As-sociation for ComputingMachinery (ACM), que será re-alizado em São Petersburgo,Rússia.

     

    Para a professora de Biologia do Coluni Jildete Karla dos Santos, aconquista também é resultado da dedicação de Leonardo

    A equipe Time do Feipa foi classificada para a final brasileira daMaratona, que acontecerá em Londrina

  • 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSAOutubro de 2012

    TROCA DE CONHECIMENTO

    O s meses de julho e agostoforam marcados por even-tos de extensão rural rea-lizados nos três campi da UFV. Oprimeiro aconteceu, de 7 a 13 dejulho, no campus Viçosa. A 83ªedição da Semana do Fazendeiro,o evento de extensão mais tradici-onal do Brasil, teve como tema aInovação e Desenvolvimento So-cial no Campo.

    Entre os participantes estavama estudante Elaine Ozório do Car-mo, de 15 anos, e o engenheiroagrônomo Ruy Gripp, de 80 anos,dois exemplos da diversidade quevem caracterizando a Semana doFazendeiro nos últimos anos. Elai-ne, que é aluna da Escola FamíliaAgrícola (EFA) Paulo Freire, par-ticipou ativamente do projeto Tro-ca de Saberes, criado há quatroanos para articular o conhecimen-to científico com o popular. O ob-jetivo da menina era elaborar umplano de estudo para a Escola, quesegundo ela, “trabalha com modode alternância: o que se discute nasala de aula é levado para a comu-nidade e as dúvidas da comunida-de são levadas para a escola”.

    Ruy Gripp, por sua vez, que jáparticipou de diversas ediçõesda Semana do Fazendeiro - ten-do sido, inclusive, premiadocomo um dos agricultores que hámais tempo frequentam o even-to - veio dessa vez chamar aatenção para os benefícios dagordura ômega-3. Entre umaconversa e outra com velhos co-nhecidos, Gripp distribuiu paraos participantes e visitantes daSemana mais de 2.500 cópias deum artigo que publicou na colu-na de um jornal de Manhuaçu,cidade onde vive. Na verdade,desde 1984 ele distribui textosque escreve baseados em pes-quisas científicas, que associama alimentação à saúde. Foi assimcom o melado, com a banana ver-de, com o angu e, agora, com oômega 3. E, segundo ele, só re-cebe elogios pela iniciativa.

    Em julho e agosto, extensãofoi palavra de ordem nos campi da UFV

    A jovem Elaine e o senhorRuy estiveram entre os mais de1.800 agricultores participantesda Semana do Fazendeiro, queofereceu 210 cursos de capaci-tação e 52 clínicas tecnológicas.Além disso, promoveu a IV Se-mana da Juventude Rural, a IVedição do projeto Troca de Sa-beres e workshops, que aconte-ceram pela primeira vez nestaedição, com discussões sobre te-mas como a mulher rural e o có-digo florestal.

    Os agricultores também ti-veram acesso ao projeto Carbo-no Zero que calcula a quanti-

    Calcula-se que a 83ª edição daSemana do Fazendeiro tenha re-cebido um número recorde de vi-sitantes: 100 mil. Os resultados dacirculação dessas pessoas na ex-posição de produtos agrícolas, nasfeiras de artesanato e de alimen-tação e nas atividades culturaisforam equivalentes à edição de2011, que movimentou cerca deR$ 4 milhões.

    O pró-reitor de Extensão eCultura, professor GumercindoSouza Lima, considera a Sema-na do Fazendeiro um evento quepermite mostrar a universalida-de de atenção que a universida-de deve ter com a sociedade.“Ela não pode ser voltada so-mente para a grande empresa oua grande produção; tem que servoltada para toda a sociedade e,

    dade de carbono emitida emsuas propriedades. O projetofoi criado, em 2010, para me-dir a emissão de carbono daSemana do Fazendeiro. Paraneutralizar essa emissão, é fei-to, posteriormente, o plantio deárvores em áreas que precisamser recuperadas. Este ano, fo-ram mais de 200 mudas de 17espécies nativas. O local parao plantio é uma área próximaao Espaço Aberto de Eventosda UFV. Elas vieram se somaràs 600 mudas já plantadas de20 espécies nativas da MataAtlântica.

    de uma forma muito especial,para os pequenos, porque sãoeles que precisam de uma univer-sidade pública, que é de todos etem que ser para todos”.

    Para a realização do evento,considerado um sucesso pela or-ganização - mesmo tendo ocorri-do durante um período de grevedos técnicos administrativos e pro-fessores -, Gumercindo destacouo apoio de parceiros, como o Se-brae, a Empresa de Pesquisa Agro-pecuária de Minas Gerais (Epa-mig), o Serviço Nacional deAprendizagem Rural (Senar) e aEmpresa de Assistência Técnica eExtensão Rural de Minas Gerais(Emater-MG), que ofereceramcursos e ajudaram na divulgação.

    (Adriana Passos)

    Uma das grandes atrações culturais do evento foi a apresentaçãoda dupla Sá e Guarabyra

    Além de 210 cursos, a 83ª Semana doFazendeiro promoveu a Troca deSaberes, que aproxima o conhecimentocientífico do popular

  • 5UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Outubro de 2012

    Durante a 83ª Semana doFazendeiro, a TV Viçosa ga-nhou a sua primeira unidademóvel (UM). A chave do veí-culo foi entregue pela reitoraNilda de Fátima Ferreira Soa-res à coordenadora de Comu-nicação Social da UFV, profes-sora Kátia Fraga, e ao chefe daDivisão do Sistema de Rádio eTV Educativa e Diretor Exe-cutivo da Fundação de Rádio eTelevisão Educativa e Culturalde Viçosa (Fratevi), Luis An-tônio Neno Araújo. A unidade,segundo eles, trará mais agili-dade na transmissão de even-tos e servirá para aproximarainda mais a emissora das co-

    Em Florestal e Rio Paranaíba

    Em Florestal, quem movimen-tou o campus da UFV, de 16 a 20de julho, foi a 43ª Semana do Pro-dutor Rural, com a participaçãode 270 pessoas. A exemplo da Se-mana do Fazendeiro, o objetivodo evento é capacitar o produtorrural e, consequentemente, me-lhorar sua qualidade de vida eprodutividade.

    Tais preocupações, segundo odiretor do campus Florestal, pro-

    Semana do Produtor

    fessor Antônio Cézar Pereira Ca-lil, existem desde a criação da en-tão Fazenda Escola de Florestal,que originou a Central de Ensinoe Desenvolvimento Agrário deFlorestal (Cedaf). O conhecimen-to é transmitido por meio de pa-lestras e cursos oferecidos por pro-fessores e especialistas em áreasde interesse do produtor.

    Na 43ª edição do evento, fo-ram oferecidos 24 cursos de ca-

    pacitação que abordaram temascomo alimentação bovino-lei-teira, apicultura, arborização ejardinagem e fruticultura. Elesforam ministrados por profes-sores e técnicos do campus Flo-restal e por pesquisadores deinstituições parceiras, comoEpamig, Senar e Instituto Es-tadual de Florestas (IEF).

    (Fernanda Rossoni)

    Em agosto, foi a vez de o cam-pus de Rio Paranaíba abrir as por-tas para a terceira edição da Ex-posição e Conferência Agropecu-ária do Alto Paranaíba (Expoalto),que reuniu cerca de 600 pessoas,entre produtores rurais, empresá-rios, técnicos e estudantes relaci-onados com o agronegócio. A pro-gramação aconteceu de 28 a 31 deagosto e também incluiu cursos edemonstrações práticas sobre di-versas atividades: da manutençãode máquinas agrícolas ao cultivode orquídeas, de pintura com so-los à fabricação de produtos lác-teos. Houve também a realizaçãoda Clínica Tecnológica, com a par-

    Expoalto

    ticipação de especialistas do Se-brae e do Senac.

    A palestra de abertura foi mi-nistrada pelo secretário de Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento deMinas Gerais, Elmiro Alves doNascimento, que demonstrou seuotimismo em relação ao agronegó-cio no estado. Ele enfatizou a sus-tentabilidade do agronegócio pra-ticado em Minas, um dos mais im-portantes para a economia brasilei-ra. Ao fazer a exposição do tema,destacou a participação da Univer-sidade Federal de Viçosa nessaárea, dentro de uma parceria histó-rica com o governo estadual.

    A programação da Expoalto

    também envolveu a realização demesas-redondas. Uma delas tevecomo tema central a inovação tec-nológica como vetor de desenvol-vimento e sustentabilidade noAlto Paranaíba e contou com a par-ticipação do secretário de estadoadjunto de Ciência, Tecnologia eEnsino Superior e ex-reitor da UFV,Evaldo Ferreira Vilela; do diretordo campus da UFV em Rio Para-naíba, professor Luciano Baião Vi-eira; e do representante da empre-sa Paradigma Óleos Vegetais, Mar-celo Moreira Araújo.

    (Colaboração de José Paulo Martinse Kerly Oliveira)

    A programação incluiu cursos e demonstrações práticas de diversas atividades

    Mais de 200 pessoas participaram do tradicional evento do campus de Florestal

    Para levar aUniversidade mais longe

    munidades viçosense e acadê-mica.

    Para a reitora Nilda de Fá-tima Ferreira Soares, a entre-ga da chave representou “a en-trega de um sonho e a sua rea-lização só foi possível em fun-ção do trabalho desenvolvidopela equipe da CCS, que ajudaa levar a Universidade paraoutros locais”. A escolha daSemana do Fazendeiro para aentrega da unidade móvel foi,conforme a reitora, uma ma-neira de reforçar este papel,uma vez que o evento leva aUFV para tantos lugares, re-presentados por milhares deprodutores.

    Da esq. para dir., o artista plástico Sérgio Ramos, responsável pelapersonalização da unidade móvel, Luís Neno, a coordenadora Kátia

    Fraga, a reitora Nilda Soares e o vice-reitor Demetrius David

    Em todos oseventos dos trêscampi, houve amplaprogramação cultu-ral. Em Viçosa, alémdas sessões de cine-ma à tarde, o públi-co pôde conferir aexposição UFVistade Cima, de AndréBerlinck, com 14 pa-inéis compostos por

    Atrações culturais complementamatividades de extensão

    reitora Nilda de Fátima FerreiraSoares em homenagem aos seus 65anos de carreira musical - 55 dosquais se apresentando na Semanado Fazendeiro – e pela contribui-ção na formação de novos músi-cos. Por mais de 20 anos, deu au-las de violão na Divisão de Assun-tos Culturais da UFV (DAC).Além disso, divulgou o nome deViçosa se apresentando pelo paíscom o conjunto Seresta do ZéBoia.

    fotografias panorâmicas dos edi-fícios da Universidade, apresen-tando uma perspectiva diferente daarquitetura do campus.

    Todas as noites da 83ª Semanado Fazendeiro foram marcadas porshows de artistas da região e dopaís, como a dupla Sá e Guarabyrae o sambista Noca da Portela. En-tre os músicos locais, passou pelopalco do Espaço Multiuso JoséEspírito Santo Sant’Anna, o ZéBoia. Ele recebeu uma placa da

    O músico Zé Boia foi homenageado pela UFV

  • 6 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSAOutubro de 2012

    COMEMORAÇÃO

    UFV: 86 anos de uma históriapautada pela excelência

    A praça das Quatro Pilastras- ponto de interseção entrea cidade de Viçosa e o cam-pus da Universidade – foi palco dascomemorações de 86 anos da UFV,completados no dia 28 de agosto.Por ali ecoaram notas musicais vin-das da Banda Marcial do Corpo deFuzileiros Navais e dos instrumen-tistas brasileiros e estrangeiros con-vidados da quinta edição do ViJazz& Blues Festival.

    As festividades dos 86 anosforam um presente da UFV para acomunidade de Viçosa, cidadeonde a história da Universidadecomeçou a ser contada e que hojea credencia como uma das insti-tuições de ensino superior maisbem conceituadas do país pelaqualidade do ensino, pesquisa eextensão. Esse reconhecimento éatestado, entre outros indicativos,pelas avaliações do Ministério daEducação, pelo volume de proje-tos aprovados em órgãos de fo-mento à pesquisa, pela valoriza-ção dos profissionais diplomadose pelos rankings realizados no país(veja matérias nas páginas 1 e 2).

    A história iniciada na antigaEscola Superior de Agricultura eVeterinária (Esav), inaugurada,em 1926, pelo então presidente da

    República, Arthur da Silva Bernar-des resultou em uma instituiçãomúltipla, com 67 cursos de gradu-ação e 40 programas de pós-gra-duação em variadas áreas do co-nhecimento. Além disso, ultrapas-sou os limites da Zona da Mata, es-tendendo a excelência da UFV paraas regiões de Florestal e Rio Para-naíba, onde estão localizados seusoutros dois campi. Juntos, eles re-únem cerca de 17 mil alunos, 1.200professores e 2.300 servidores téc-nico-administrativos.

    Parte dessa equipe foi homena-

    geada na Sessão Solene de Come-moração dos 86 Anos da UFV, naqual 14 professores, 47 servidorestécnico-administrativos e cinco ser-vidoras técnico-administrativos re-ceberam medalhas pela efetiva de-dicação, em tempo integral, às ati-vidades, respectivamente, acadêmi-cas e administrativas da Universi-dade. Além deles, três professoresforam agraciados com a medalhade ouro Peter Henry Rolfs.

    O professor Antônio Teixeirade Matos (Departamento de Enge-nharia Agrícola) recebeu a Meda-

    lha de Ouro Peter Henry Rolfs doMérito em Pesquisa; a professoraNeuza Maria da Silva (Departa-mento de Economia Doméstica)foi agraciada com a do Mérito emEnsino, e a professora Marisa Bar-letto (Departamento de Educação)com a do Mérito em Extensão. Àtécnica Sônia do Carmo Almeida(Departamento de Solos) foi con-cedida a Medalha de Ouro P.H.Rolfs do Mérito Administrativo.

    Para a reitora Nilda de FátimaFerreira Soares, é um orgulho mui-to grande fazer parte da história

    da UFV, onde ingressou aindacomo aluna do Colégio Universi-tário (Colégio de Aplicação – Co-luni) e atuou em diferentes cargos,dentre eles o de pró-reitora deExtensão e Cultura e vice-reitora.Segundo ela, a Universidade co-memora os seus 86 anos porque,ao longo de sua história, contounão apenas com o compromisso deseus professores, técnicos admi-nistrativos e estudantes, mas tam-bém com a comunidade viçosensee, mais recentemente, com as deFlorestal e Rio Paranaíba.

    Esta Medalha é acoroação de todos os

    esforços que temos feitoem nossa carreira.

    Me sinto muitohonrado, mas o méritoé para o meu grupo de

    pesquisa.

    O prêmio é do Nieg (NúcleoInterdisciplinar de Estudos deGênero). A minha trajetória foiconsolidada dentro do Núcleo.

    É uma honra muito grandeesta homenagem. É um

    prêmio que eu não contavae não esperava.

    Antônio Teixeirade MattosMÉRITO EM PESQUISA

    Neuza Maria daSilvaMÉRITO EM ENSINO

    Marisa BarletoMÉRITO EM EXTENSÃO

    Sônia do CarmoAlmeidaMÉRITO ADMINISTRATIVO

  • 7UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Outubro de 2012

    Campus FlorestalHá seis anos, o Conselho Universitário (Consu) da UFV aprovou a

    criação dos campi Florestal e Rio Paranaíba. Na verdade, a estruturado campus de Florestal, localizado na região metropolitana de Belo Ho-rizonte, já pertencia à UFV desde 1955. Ela abrigava cursos do ensinomédio e técnicos da Central de Ensino e Desenvolvimento Agrário deFlorestal (Cedaf). Seus primeiros cursos superiores - Tecnologia emGestão Ambiental e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sis-temas – vieram em 2008. A partir de então, não parou de crescer. Hojesão 10 cursos superiores (Administração, Agronomia, Engenharia deAlimentos, Ciência da Computação, Gestão Ambiental e as licenciatu-ras em Ciências Biológicas, Educação Física, Física, Matemática eQuímica) que somados aos técnicos reúnem 1.809 estudantes. Houve,também, crescimento na quantidade de professores e de atividades de-senvolvidas, bem como de projetos submetidos a órgãos de fomento,pesquisas e ampliação da infraestrutura.

    Conforme a diretora de Ensino, professora Poliana Maia, o campusregistrou uma mudança grande e rápida na sua dinâmica e nas caracte-rísticas dos alunos: “agora eles não vêm ao campus apenas para assistiraula; eles participam das pesquisas e dos diversos projetos que hojeacontecem aqui”.

    O coordenador de Pesquisa do campus, professor Marco Antônio deOliveira, conta que os professores tiveram projetos de infraestruturapara pesquisa aprovados nos editais CT-Infra da Financiadora de Estu-dos e Projetos (Finep). Neste contexto, foi finalizado o laboratório deprodução animal e garantida a construção de nove laboratórios de pes-quisa. Ele ressalta que esses espaços darão suporte à proposta de mes-trado em Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrári-os, que está sendo analisado pela Coordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (Capes).

    Em relação a planos futuros, a diretora administrativo-financeira docampus, professora Maria Amélia Lopes Silva, diz que a instituiçãoestá em um momento de crescimento de infraestrutura. Além dos trêspavilhões de salas de aula que já foram construídos, está prevista aconstrução de pavilhão de laboratórios, mais salas de aula e gabinetesde professores.

    Mais sobre as apresentações culturais

    No campus de Rio Paranaíba também são oferecidos 10 cursos degraduação (Administração diurno e noturno, Agronomia, Ciências Bio-lógicas, Ciências de Alimentos, Ciências Contábeis, Engenharia Civil,Engenharia de Produção, Nutrição, Química, Sistemas de Informação)e uma pós-graduação strictu sensu: Mestrado Acadêmico em Produ-ção Vegetal.

    Atualmente, o campus reúne dois mil alunos, 85 professores e 54 téc-nicos administrativos. Ele está dividido em duas áreas: CRP I e CRP II.Na primeira, estão instaladas salas de aula, auditórios e laboratórios. Nasegunda, estão o prédio da biblioteca central, com cerca de quatro milmetros quadrados e o pavilhão de aulas com mais de nove mil metrosquadrados.  Além dessas edificações, está prevista ainda a construção deprédios de laboratórios, restaurante universitário e alojamento.

    Segundo o diretor geral, professor Luciano Baião Vieira, o campusde Rio Paranaíba comemora seis anos integrando universidade e comu-nidade em ações que visam contribuir para o desenvolvimento do AltoParanaíba, de Minas Gerais e do Brasil.

    Para saber mais sobre o campi da UFV, acesse:Florestal: www.cedaf.ufv.brRio Paranaíba: www.crp.ufv.br

    Campus Rio Paranaíba

    Com a Banda Marcial do Cor-po de Fuzileiros Navais, o públi-co pôde ouvir dobrados, cançõesmilitares e músicas de composito-res como Villa Lobos e Luiz Gon-zaga. Todas tocadas por um con-junto de instrumentos - comanda-dos por 100 músicos - dos quaisas gaitas de fole se destacaram.

    No ViJazz, foram oito apresen-tações em três dias. Pelos palcospassaram importantes nomes da

    música instrumental do Brasil e doexterior: os norte-americanos JoséJames e Coco Montoya; os brasi-leiros Célio Balona e Marco Lobo,ambos acompanhados por músicosde primeira qualidade; os gruposAri Borger Quartet, Brazilian Blu-es Band e Lúdica Música.

    No meio de tanta gente famo-sa, houve também a apresentaçãoda banda viçosense Perifonia. De-zoito meninos e meninas - dos cin-

    quenta integrantes do projeto demesmo nome - dividiram o palcocom convidados da Bituca - Uni-versidade de Música Popular deBarbacena (MG) e com omúsico Thomas Medeiros.    Háoito anos, ele criou o projetoPerifonia para trabalhar a músicacomo agente transformador davida dos jovens das periferias.

    (Adriana Passos)

    (Em sentidohorário) A Banda

    viçosensePerifonia

    emocionou aplateia do ViJazz

    assim como opercussionista

    Marco Lobo e oguitarrista Coco

    Montoya

    À direita, a equipe da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (responsável pelos eventos) - Geraldo Leandro, ÂngelaStringheta, o pró-reitor Gumercindo Souza Lima e Regina Pereira (na ponta da direita) - ao lado da reitora Nilda

    Soares e do vice-reitor Demetrius David

    Mar

    cos

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    es

  • 8 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSAOutubro de 2012

    Os grupos de Coral e oConjunto de Sopros daUFV estão sob nova regên-cia. Tomou posse, em se-tembro, o maestro Ciro JoséTabet. Formado em regên-cia de orquestra na Univer-sidade Federal do Rio de Ja-neiro, ele exerce a funçãohá 31 anos.

    Ciro assumiu o cargo que per-tencia ao maestro Rogério Morei-ra Campos, que se aposentou noinício deste ano. Segundo ele, éuma grande responsabilidadesubstituir um maestro tão reco-nhecido e fazer parte de uma dasprincipais universidades do país.Mas Tabet afirma: “Eu gosto dedesafios”.

    Dos 35 anos de UFV, boaparte deles Rogério MoreiraCampos dedicou à coordenaçãodo Conjunto de Sopros e doscorais de estudantes e funcioná-rios da Universidade. Quandochegou a Viçosa, em 1977, “res-suscitou” a banda de música dainstituição. Foi uma oportunida-de de criar novos arranjos e decrescer musicalmente, além deestabelecer uma cumplicidadecom os alunos e companheirosno processo de aprendizado.

    Ele relutou um pouco em as-sumir o então grupo do coral daUFV, em 1983, por considerarque o novo cargo significariamenos tempo dedicado aos ins-trumentos. Mas logo ganhou otítulo de maestro, embora ain-da hoje prefira ser chamadosimplesmente de Rogério. Em

    uma analogia ao futebol, ele secoloca como um bom técnico decategoria de base. Isso porqueacredita que tem certa facilida-de em alcançar bons resultadoscom quem está dando os primei-ros passos neste universo.

    O maestro já coordenou eorientou cerca de 400 cantoresem corais com os quais traba-lhou - a maioria na UFV. NoConjunto de Sopros, o númeroé menor, mas ainda assim ex-pressivo: foram aproximada-mente 150 estudantes. No tem-po em que esteve à frente dosgrupos, Rogério e seus alunostiveram oportunidades de via-jar para apresentações.

    Pelo Coral da Universidade,eles se apresentaram três vezesno Encontro Internacional deCabo Frio (RJ), além de Belo Ho-rizonte, Ouro Preto, Juiz de Forae Ipatinga. O Conjunto de Soprosparticipou durante três anos se-guidos da Semana Santa de CaboFrio, além de ter se apresentadoem várias cidades mineiras.

    Com uma trajetória de tra-balho e dedicação especiais naUniversidade Federal de Viço-sa, Rogério Campos pretendeagora realizar viagens para des-cansar e rever parentes e ami-gos. Segundo ele, a decisão so-bre a aposentadoria foi tomadade forma consciente e tranqui-la. Com mais tempo , o agoraex-maestro da UFV pretendeaproveitá-lo da melhor manei-ra possível, mas a música, ain-da que de outras formas, conti-nuará presente em sua vida.

    (Marden Chaves, bolsista)

    Regência dos corais e conjuntosde sopros muda de mãos

    O maestro Ciro Tabet (dir.) assume a função de Rogério Campos (esq.)

    Lançamentos em e-book

    Cardápios – Planejamento e etiquetaAutores: Fátima Aparecida Ferreira deCastro e Valéria Maria Vitarelli deQueiroz

    Como Utilizar a Linhaça – ReceitasAutores: Fátima Aparecida Ferrei-ra de Castro e Juliana FernandesLelis

    Consumo Verde – Comportamentodo consumidor responsávelAutores: Ricardo Ribeiro Alves, Laér-cio Antônio Gonçalves Jacovine, Au-

    A Editora UFV (EDT) realizou,no dia 14 de setembro, a cerimôniade lançamento de seus nove primei-ros livros digitais no formatoePub, compatível com a maioriados aparelhos eletrônicos. A EDTé a primeira editora universitária dopaís a lançar livros digitais noformato ePub por meio de técnicase metodologias avançadas.

    De acordo com seu diretor,José Gouveia da Silva, “para sepublicar e-books, é preciso ter co-nhecimento de tecnologias moder-nas. Somos a primeira editora uni-versitária a ter condições técnicasde fazer todo esse trabalho. Ou-tras editoras lançam livros digitais,mas por meio de PDF e outros for-matos”. Ele explicou que “a tec-nologia utilizada foi estudada pelaEditora por dois anos e os funcio-nários receberam treinamentos emSão Paulo (SP). Não se trata, ape-

    Editora UFV lança primeiros livros digitais

    nas, de diagramar um material elevá-lo para a impressão. O proces-so envolve realizar contratos de di-reitos autorais, escolher soft-wares adequados, disponibilizar ecomercializar”. José Gouveia da Sil-va considera que, a partir de agora,muitas outras editoras universitáriaspassarão pelo mesmo processo: “esseé o caminho do progresso”.

    Daqui para frente, a EditoraUFV pretende realizar novos con-tratos, transformando alguns livrosimpressos em e-books. “Temos emtorno de 400 títulos e estamos en-trando em contato com os autoresdaqueles que têm maior vendagempara fazermos contratos na áreadigital. Iremos disponibilizar asobras em nosso site”, ressaltou odiretor da Editora.

    Juntamente com os e-books, aEditora lançou mais10 livros im-pressos.

    rea Maria Brandi Nardelli e MárcioLopes da Silva

    Cultivo Prático de Orquídeas – 3ª Ed.Autores: Cláudio Coelho de Paula eHelena Maria Peregrino da Silva

    Doces de Minas: a arte de fazer doceAutores: Carmelinda Maria de Souzae Maria da Graça Lima Bragança

    Empresas Verdes – Estratégia e van-tagem competitivaAutores: Ricardo Ribeiro Alves, Laér-cio Antônio Gonçalves Jacovine e Au-rea Maria Brandi Nardelli

    Folhas de Chá – Plantas medicinaisna terapêutica humanaAutores: Alexandre Almassy Júnior,Reginalda Célia Lopes, Cintia Ar-mond, Franceli da Silva e Vicente Wag-ner Dias Casali

    Lavanderia – Do ambiente aos indi-víduosAutores: Simone Caldas Tavares Ma-fra e Vania Eugênia da Silva

    Marimbondos: Vespas Sociais (Hy-menoptera: Vespidae)Autores: Marcos Magalhães de Souzae José Cola Zanuncio

    Lançamentos Impressos

    Barragens de Terra de Pequeno Por-te - Série DidáticaAutores: Antonio Teixeira de Matos,Demetrius David da Silva e FernandoFalco Pruski

    Diagnose Visual e Controle das Do-enças Abióticas e Bióticas do Euca-lipto no BrasilAutores: Francisco Alves Ferreira eDoraci Milani

    Doces de Minas: a arte de fazer doceAutores: Carmelinda Maria de Souzae Maria da Graça Lima Bragança

    Ecologia de Florestas Tropicais doBrasil - 2ª Ed. revista e ampliadaEditor: Sebastião Venâncio Martins

    Restauração Ecológica de Ecossiste-mas DegradadosEditor: Sebastião Venâncio Martins

    Laboratório Aplicado à Clínica -Manual Prático - Série DidáticaAutores: Andréia Patrícia Gomes,Denise Mara Soares Bazzolli, Glei-de Gatti Fontes, Luciana MoreiraLima, Marcos Rodrigo de Oliveira,Rodrigo Siqueira-Batista e VannerBoere Souza

    Marimbondos: Vespas Sociais (Hy-menoptera: Vespidae)Autores: Marcos Magalhães de Souzae José Cola Zanuncio

    Métodos Estatísticos - Série DidáticaAutores: Paulo Roberto Cecon, Ander-son Rodrigo da Silva, Moysés Nasci-mento e Adésio Ferreira

    Planejamento e Manejo da Água naAgricultura IrrigadaAutores: Daniel Fonseca de Carvalhoe Luiz Fernando Coutinho de Oliveira

    Qualidade do Meio Físico Ambien-tal – Práticas de Laboratório (SérieDidática)Autor: Antonio Teixeira de Matos

    (Izabel Morais)

    Mais informações, acesse: www.editoraufv.com.br

    Segundo Gouveia, a tecnologia utilizada foi estudada pela Editora por dois anos

  • 9UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Outubro de 2012

    CIÊNCIA

    E les são saborosos, dão cores vi-brantes às saladas do dia a dia,fazem a delícia dos molhos paramassas e, ainda assim, são considera-dos os vilões pelo excesso deagrotóxicos.  Os tomates estão entre osalimentos com maiores índices de re-síduos de defensivos na lista da Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa). Agora, pesquisas realizadasna Universidade Federal de Viçosaprometem redimir esse “vilão” ensi-nando aos agricultores a produzir atétrês vezes mais tomates na mesma áreae quantidade de insumos agrícolas.Não se pode esquecer que o Brasil pro-duz mais de três milhões de toneladaspor ano, gerando emprego e renda prin-cipalmente para pequenos agricultores.

    A nova técnica de plantio foi de-nominada Sistema Viçosa e é resulta-do de dez anos de pesquisas coordena-das pelo professor Derly Henriques daSilva, do Departamento de Fitotecniada UFV. “Chamamos de sistema por-que é uma mudança total no modo tra-dicional de plantio e manejo dos to-mates”, diz o professor. O sistema jáestá sendo testado e confirmado emtrabalhos acadêmicos, em experimen-to no campo e em algumas proprieda-des rurais da Zona da Mata mineira.

    O consumidor brasileiro priorizafrutos com tamanho grande, uniformese sem defeitos visíveis. O problema éque, da forma como são plantados, ostomateiros são muito suscetíveis a pra-gas e doenças, exigindo grandes dosesde insumos, como fertilizantes e de-fensivos. Além de encarecer muito aprodução, os insumos contaminam aágua, o solo e os consumidores que,no Brasil, preferem o fruto in natura.

    Espaçamento e forma de plantioO professor Derly explica que a

    pesquisa começou avaliando os méto-dos tradicionais para dar mais eficiên-cia ao plantio, mas acabou propondomodificações em todo o sistema. Em vezde duas hastes, que aparentemente ren-diam mais frutos, o sistema propõe ape-nas uma para obtenção de frutos maio-res e mais desejáveis pelo mercado.

    Enquanto no método tradicional écomum fazer a desponta ou poda api-cal a partir do sexto cacho, no sistemaViçosa é aconselhável que se deixe ahaste desenvolver normalmente até ooitavo ou décimo cacho, dependendodas condições sanitárias da lavoura.Depois disso, retiram-se as inflores-cências, deixando-se de seis a novefolhas acima do último cacho, quando,então, se faz a desponta.

    Após muitos testes, os pesquisado-res concluíram, que depois de iniciadaa colheita, retirar as folhas abaixo do

    Nova técnica desenvolvida pela UFVrevoluciona plantio de tomates

    primeiro cacho e repetir este procedi-mento até o terceiro reduzia a área fo-liar lesionada por insetos e doenças ediminuía a fonte de novas contamina-ções sem perdas na produção.

    A mudança mais radical no siste-ma é o espaçamento e a forma de plan-tio. A maioria dos produtores amarraas plantas a bambus, que são escora-dos inclinadamente em fios de arameformando um “v” invertido. Mas ospesquisadores observaram que o exces-so de folhas na parte de dentro do “v”

    invertido acumulava umidade e difi-cultava a incidência de sol nas plan-tas, facilitando o acesso de pragas edoenças. Por isso, exigiam grandesquantidades de defensivos agrícolas,além de reduzir a eficiência fotossin-tética.

    Em função das observações, elestestaram o plantio em formato verti-cal, com uma única haste, para produ-zir frutos maiores, aumentando, assim,a incidência dos raios solares e a ven-tilação nas plantas, reduzindo proble-

    mas com pragas e doenças e aumen-tando a eficiência produtiva. A técnicapermitiu que as plantas crescessemmais fortes, porque absorviam melhora radiação solar e o ambiente era me-nos propício a pragas e doenças, o queera muito bem-vindo.

    Mais tarde, os pesquisadores resol-veram testar se era possível aumentara eficiência produtiva com a inclina-ção das plantas. O professor DerlyHenriques explica que cada fase detestes é demorada, porque é precisoesperar o crescimento das plantas e odesempenho de hastes, folhas e frutosem cada angulação. Nessa fase, acon-teceu a maior revolução nas técnicasde plantio. Os pesquisadores concluí-ram que o ângulo ideal variava entre60 e 75 graus. Era necessário, portan-to, reunir todas as informações paracriar o sistema, que se chama Viçosatambém porque o plantio é feito emforma de “v” verdadeiro, e não maisinvertido.

    A próxima etapa foi testar o dis-tanciamento ideal entre plantas e fi-leiras no momento do plantio. A sur-presa foi descobrir que era possívelproduzir muito mais numa mesma áreamudando a técnica de plantio. O siste-ma tradicional usa o distanciamento de0,5 a 0,7m entre plantas e de 1 a 1,20mentre fileiras. Já os pesquisadores daUFV testaram um plantio adensado,com apenas 20 cm de distância entre

    as plantas e dois metros entre fileiras.“Nós fizemos uma espécie de tapetesde raízes para otimizar a absorção deágua e nutrientes. Com mais plantasna mesma área e usando a mesmaquantidade de fertilizantes, nós con-seguimos produzir mais e maiores fru-tos”, conta.

    Revolução lucrativaO que tornou possível o lucro pro-

    dutivo foi justamente conduzir as plan-tas em forma de “v” verdadeiro, incli-nando uma planta para cada lado e fa-vorecendo a insolação e ventilação.Assim, cada planta ficou distante umada outra em cerca de 40 cm dentro dalinha e o produtor pôde ganhar espaçoentre as fileiras, facilitando as opera-ções diárias e possibilitando até o usode pequenos tratores. Como as folhasde baixo são podadas, o sol pôde en-trar à vontade, minimizando o cresci-mento de pragas e doenças.

    Com uma revolução tão significa-tiva na forma de plantio, os pesquisa-dores foram testar a viabilidade eco-nômica do sistema. Ele só faria senti-do se, na prática do campo, os frutosfossem realmente maiores, as plantasse comportassem como mais resisten-tes e a produtividade fosse maior, uti-lizando-se a mesma área e quantidadede insumos. Os testes geraram uma dis-sertação de mestrado defendida pelopesquisador Victor Almeida e os resul-tados são surpreendentes. Com a mai-or produtividade no Sistema Viçosa, foipossível reduzir o custo de produçãoem cerca de 20% por caixa. A lucrati-vidade, segundo os pesquisadores foiquase três vezes superior, cerca de220%, considerando-se a média do pre-ço do tomate nos últimos dez anos. Issoporque, além de aumentar a produtivi-dade, no Sistema Viçosa houve umaumento de até 30% na produção defrutos grandes, que são bem mais va-lorizados pelo mercado. “Ao produzirmais significa que estamos gastandomuito menos insumos e deixando me-nos resíduos de defensivos nos frutos”,diz Derly Henriques.

    O pesquisador também esclareceque os testes foram feitos utilizando-se as doses de insumos cientificamen-te recomendadas: “Nós sabemos queos produtores abusam dessas doses, oque otimiza ainda mais nossos dadose torna o sistema ainda mais sustentá-vel”, comenta Victor Almeida. O sis-tema Viçosa já está sendo utilizado porprodutores da região da Zona da Matamineira e alguns técnicos da Ematerde Minas Gerais já estão ensinando osagricultores a utilizar o novo sistema.

    (Léa Medeiros)

    Segundo o professor Derly Henriques e o pesquisador Victor Almeida, foram 10 anos de testes para revolucionar astécnicas de plantio e obter frutos maiores em plantas mais saudáveis e produtivas

    Na técnica tradicional, o produtor amarra as plantas a bambus formandoum “v” invertido. O excesso de folhas acumulava umidade e dificultava a

    incidência de sol nas plantas

  • 10 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSAOutubro de 2012

    PRÊMIO

    Pelo segundo ano consecu-tivo e pela sexta vez, o Docede Leite Viçosa venceu a ca-tegoria de Melhor Doce de LeitePastoso do Brasil no ConcursoNacional de ProdutosLácteos (CNPL),  durante  o 39ºCongresso Nacional de Laticínios,realizado, em Juiz de Fora (MG).Desde a sua primeira participaçãono CNPL, em 2000, o carro-che-fe do Laticínios Funarbe se man-tém entre os três melhores do Bra-sil de maneira ininterrupta, tor-nando-se o mais premiado de suacategoria e o primeiro doce de lei-te a alcançar a marca de hexacam-peão. O padrão de excelência éconquistado com o amparo técni-co-científico da UFV e por rigo-roso processo produtivo, que en-volve da seleção de matéria-pri-ma à distribuição dos produtos

    Doce de Leite Viçosa: o melhor do Brasil pela sexta vez

    nos pontos de venda.Para o diretor-presidente da

    Fundação Arthur Bernardes (Fu-narbe), Daniel Marçal de Queiroz,o prêmio é um reconhecimento doprocesso de produção adotado:“significa que temos colaborado-res dedicados e que as técnicasenvolvidas e utilizadas para a pro-dução são diferenciadas”. Segun-do ele, a Funarbe procura no seudia-a-dia desenvolver as ativida-des de maneira ágil e com a me-lhor qualidade possível. Por isso,lembra: “quando o Laticínio Fu-narbe é premiado com o título de

    melhor doce de leite do Brasil,está, na realidade, reafirmando anossa preocupação com a qualida-de em tudo que fazemos”.

    Sobre o doceO Doce de Leite Viçosa come-

    çou a ser produzido em torno de1980, com tecnologia de fabrica-ção diferenciada, desenvolvida pormeio de pesquisas do Departamen-to de Tecnologia de Alimentos daUFV. Desde estão, sua receita é amesma. Hoje, o produto, que teminfluências de doces argentinos euruguaios e é produzido em trêsversões – puro, com coco e comchocolate –, é distribuído princi-palmente em Minas Gerais, SãoPaulo, Rio de Janeiro e Paraná.

    Ao contrário do que muitos ima-ginam, “o segredo do Doce de Lei-te Viçosa é a simplicidade”, garan-te o gerente geral do Laticínios,Aristides Fialho Dias. Tradicional,ele tem como ingredientes leite eaçúcar de excelente qualidade. Deacordo com o diretor, “alguns fa-bricantes de doces do mercado uti-lizam matérias-primas, como oamido de milho, para reduzir o cus-to da produção e acabam perdendoem qualidade. Eles produzem umquilo de produto a partir de um li-tro de leite”. Já, em Viçosa, paracada quilo do doce, são utilizadoscerca de três litros de leite.

    Outro ponto forte é a equipebem qualificada e com grande ex-periência. São 35 pessoas produ-zindo, em rodízio, cerca de 80 to-neladas de doce por mês. O Laticí-nios Funarbe funciona 24 horas pordia, parando suas atividades so-mente aos sábados, às 18h, e reco-meçando aos domingos, também às18 horas. “Essa é a nossa capaci-dade produtiva. Mas temos umademanda equivalente a 160 tone-ladas por mês”, explica Aristides,já pensando na nova fábrica, queestá sendo construída pela Funar-be no campus Viçosa. “Será um

    espaço modelo em tecnologia e con-trole. Um referencial para o meioindustrial”, destaca. Com essa es-trutura, que deve ficar pronta nofinal de 2013, as expectativas sãoaumentar a produção do doce deleite e diversificar outros produtosda linha Viçosa, como o iogurte.

    A nova fábrica também seráutilizada para o aprendizado, as-sim como a estrutura atual, ondeprofessores e alunos da Universi-dade têm acesso às tecnologias dosProdutos Viçosa em aulas práticas.“Essa parceria sempre existiu. Osdepartamentos utilizam nossa es-trutura para aulas e para o desen-volvimento de pesquisas. Quandosurge um problema que a nossaequipe não consegue resolver, re-corremos aos departamentos”, res-salta o gerente geral do Laticínios.Por questões de responsabilidade econtrole de qualidade exigido peloMinistério da Agricultura, os pro-dutos resultantes das aulas práticasnão são comercializados.

    A linha do Doce de Leite Viço-sa, que teve sua embalagem refor-mulada há pouco tempo, já se tor-nou um símbolo de Viçosa e, porisso, é um orgulho para seus fabri-cantes. De acordo com Aristides, “éuma responsabilidade muito gran-de produzir um doce conhecido na-cionalmente. Recebemos elogios atodo instante e ficamos impressio-nados com o prestígio da marca”.

    Vale lembrar que o RequeijãoViçosa também ficou bem classi-ficado no Concurso Nacional deProdutos Lácteos, obtendo o se-gundo lugar na categoria Requei-jão Cremoso. Com essas premia-ções, o Laticínios Funarbe confir-ma a qualidade como característi-ca da marca Produtos Viçosa, queinclui ainda leite pasteurizado emanteiga.

    (Izabel Morais)

    www.produtosvicosa.org.br

    Divulgação

    Aristides comemora as conquistas e já planeja a expansão da produção As embalagens de 250g do doce serão distribuídas a partir de outubro

  • 11UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Outubro de 2012

    EXTENSÃO

    M uito além de gestos, aLíngua Brasileira deSinais (Libras) é reco-nhecida por lei e usada pela mai-oria dos surdos brasileiros. Damesma forma que as demais lín-guas, ela é composta por níveislinguísticos, como fonologia,morfologia, sintaxe e semântica.O comunicador em Libras deveconhecer a gramática própria dalíngua. Os sinais surgem da com-binação de movimentos, configu-rações de mão e pontos de arti-culação.

    Uma lei (nº 10436) sanciona-da em abril de 2002 pelo gover-no federal determina que a Lín-gua Brasileira de Sinais seja umcomponente curricular obrigató-rio nos cursos de formação deprofessores para o exercício domagistério em todas as institui-ções de ensino públicas e priva-das. Além disso, as instituiçõesde ensino básico e superior de-vem garantir acessibilidade àcomunicação nos processos se-letivos, atividades e conteúdoscurriculares a todos os deficien-tes auditivos.

    Na UFV, a primeira ação re-lacionada ao estudo da Librassurgiu no Departamento de Ma-temática (DMA). O Projeto Ma-temática e Surdez: Questão deLinguagem e Novas Técnicas de

    Departamentos de Letras e Matemática oferecemoportunidades de inclusão com ensino de Libras

    Ensino teve início em março de2007, com o objetivo de desper-tar o interesse da população peloestudo da língua. Dentro do pro-jeto, são oferecidos minicursos epalestras. O curso de extensãoem Libras tem carga horária de30 horas e é dividido em trêsmódulos: introdutório, intermedi-ário e gramática.

    De acordo com a coordena-dora do projeto e professora doDepartamento de Matemática,Cristiane Cupertino Botelho,além da promoção dos minicur-sos, o Projeto oferece seções detutoria a alunos da Associação dePais e Amigos dos Excepcionais(Apae) e atendimento a um alu-no surdo da Escola EstadualEffie Rolfs.

    CelibNo início de 2011, foi criado

    o Curso de Extensão em LínguaBrasileira de Sinais (Celib), noDepartamento de Letras (DLA),com a mesma linha de desenvol-vimento metodológico dos de-mais cursos já oferecidos nas lín-guas inglesa (Celin), francesa(Celif) e espanhola (Celes).

    O Celib é um curso de idio-mas cujo objetivo é oferecer aosalunos o ensino-aprendizagem dalíngua de sinais, por meio da gra-mática, fonologia, morfologia e

    sintaxe. São seis semestres decurso, divididos em três níveis:Básico I e II, Intermediário I e IIe Avançado I e II. As aulas acon-tecem duas vezes por semanacom 1h30 de duração. Os pro-fessores utilizam dinâmicas ematerial visual, na tentativa deaproximar os alunos do novo idi-oma.

    Um dos objetivos do cur-so é promover o distanciamentoda língua portuguesa, de modoque os alunos tenham ciência deque a Libras não é uma adapta-ção da linguagem que utilizamos;é uma língua independente. Se-gundo a coordenadora do Celibe professora do Departamento deLetras, Ana Luisa Borba Gediel,um dos erros mais comuns é pen-sar a língua de sinais como a lín-gua portuguesa sinalizada. “Sãoduas línguas independentes e oaluno não deve cometer o bimo-dalismo: utilizar a fala da línguaportuguesa em conjunto com asinalização, o que caracterizariaa utilização de duas línguas con-comitantes”.

    Outra iniciativa do DLA é oProjeto Ensino e Aprendizageme Metodologia de Ensino paraSurdos (Eames), que tem o obje-tivo de levar a alfabetização e le-tramento a jovens e adultos sur-dos da comunidade. O Projeto

    existe desde junho de 2011 e con-templa cinco alunos surdos, pormeio do ensino da Libras e,posteriormente, da língua portu-guesa (metodologia bilíngue). AnaLuisa conta que, até o final do anopassado, eles não tinham condi-ções de exercer tarefas básicas docotidiano, como pegar um ônibusou realizar uma compra no super-mercado. “Buscamos atividadesvoltadas para o contexto em queeles vivem. Hoje, conseguem fa-zer a leitura de vários materiais erealizar ações rotineiras com maisfacilidade”.

    Desde o primeiro período de2011, quando se iniciaram as ati-vidades do Celib, já passarampelo curso 173 pessoas. Atual-mente, são cinco turmas no nívelbásico I, duas no Básico II e duasno Intermediário I.

    A estudante de Pedagogia Ja-naína Avelar Mota está no mó-dulo Intermediário I do curso deextensão em Libras, oferecidopelo DLA. Ela participa do Pro-jeto Corpo e Saúde, que buscaidentificar o modo como as Uni-dades Básicas de Saúde (UBS)da cidade atendem aos pacientescom deficiência auditiva e comoas mulheres surdas se portam di-ante da sexualidade, reproduçãoe planejamento familiar. Em umadas etapas do Projeto, serão rea-

    lizadas entrevistas com mulheressurdas da comunidade. Por essemotivo, um dos requisitos paraparticipar do Projeto é fazer ocurso de extensão em Libras.

    Além do curso em andamen-to, a estudante também cursou adisciplina obrigatória de Librascom a professora Ana Luisa Bor-ba Gediel. Segundo ela, foi im-portante a conexão entre ambosos conhecimentos, porque a dis-ciplina oferece grande suporteteórico, enquanto o curso é maisvoltado à prática da língua.

    Janaína conta que já teveoportunidade de seus conheci-mentos em Libras em conversascom alguns surdos. “No início foidifícil. Eu pensava que não iriaconseguir estabelecer uma comu-nicação efetiva, chegando a umasituação constrangedora. Mas euconsegui e achei natural”. Em umdestes contatos, ela recebeu o“sinal”, que é um apelido dadopor algum deficiente auditivo,como forma de incluir o indiví-duo na comunidade surda.

    (Thaíssa Vaz, bolsista)

    Mais informações:

    www.dma.ufv.br/libras

    http://celib-ufv.blogspot.com.br

    A aluna Isabel Gonçalves de Lima é uma das professoras do projeto do Departamento de Letras. Ela trabalha com 10 alunos no ensino da Libras

  • 12 UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSAOutubro de 2012

    U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E V I Ç O S A

    36570-000 - VIÇOSA - MINAS GERAIS - BRASILe também...

    Nos dias 28 e 29 de agosto, o I Seminário de Prospecção: NovosProjetos, Novas Parcerias, promovido pela Funarbe com o objetivo defirmar novas parcerias com instituições de fomento e empresas privadas.O evento contou com a presença de representantes das áreas de fomentoe inovação de empresas, como: Instituto Tecnológico da Vale S.A, CentroTecnológico de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes), Ce-mig, Bunge do Brasil, Monsanto e Fiat.

    O Seminário resultou em uma parceria com a Monsanto, que financiaráprojeto de um professor da UFV. Além disto, foram estreitados contatoscom a Fiat e a Cemig para encontros de negócios com professores, pes-quisadores e interessados no apoio a produtos inovadores e à geração deparcerias.

    De 13 a 14 de setembro, o III Seminário de Desenvolvimento ePolíticas Públicas, organizado pelo Departamento de Economia da UFV(DEE). Durante dois dias, os participantes debateram o tema Políticaspúblicas de combate à pobreza. Entre os palestrantes estiveram WalterEmura, diretor do Departamento de Benefícios da Secretaria Nacionalde Renda de Cidadania (Senarc), ligada ao Ministério do Desenvolvi-mento Social e Combate à Fome (MDS).

    O evento reuniu palestrantes de diversas instituições de ensino e depesquisa do país, que apresentaram percepções sobre a pobreza brasilei-ra, de acordo com sua região de origem. O seminário integrou oprojeto Cátedras para o Desenvolvimento, realizado em parceria com oInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

    De 14 a 15 de setembro, o V Seminário sobre celulose e papel –Biorrefinaria da lignina: da biomassa ao produto. O evento registroumais de 170 inscritos, entre brasileiros e estrangeiros que puderam as-sistir, entre outras palestras, a do professor Oded Shoseyov, da HebrewUniversity of Jerusalem (Israel), que falou sobre Biotechnology approa-ches for improving wood quality in eucalyptus plantations.

    O tema do Seminário – que acontece a cada dois anos – foi escolhidoem função do fato de a lignina ser um polímero natural com grande po-tencial de uso. A proposta era discutir em profundidade a biogênese dalignina e chamar a atenção das comunidades científica e industrial daimportância de se usá-la de maneira mais racional.

    Alguns dos estudos sobre este polímero vêm sendo desenvolvidos,desde a década de 1980, no Laboratório de Celulose e Papel da UFV.Durante muito tempo, a lignina foi estudada ali associada à produção depolpa celulósica, onde ela é indesejável e precisa ser removida. Maisrecentemente, de acordo com o professor e presidente do evento, JorgeLuiz Colodotte, o foco tem sido direcionado para processos de biorrefi-naria, mas especialmente para a produção do etanol celulósico.

    De 7 a 9 de novembro, no auditório do Centreinar (campus Viçosa),o IV Simpósio de Construções Rurais e Ambientes Protegidos (IVSimcra), promovido pelo Núcleo de Pesquisa em Ambiência e Engenha-ria de Sistemas Agroindustriais (Ambiagro). Com o tema Inovações tec-nológicas e ambiência na produção sustentável em condições de climaquente, o simpósio discutirá a implantação de projetos na área de cons-truções rurais, abordando pesquisas sobre inovações tecnológicas, de-senvolvimento de ferramentas para controle ambiental, metodologias deanálises e tendências de mercado.

    A programação completa e informações sobre inscrições estão dispo-níveis no site: www.simcra.ufv.br

    De 12 a 14 de novembro, o II Simpósio Nacional de Áreas Prote-gidas, promovido pelo Departamento de Engenharia Florestal e pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. O evento acontecerá no auditório doDepartamento de Engenharia Florestal. O objetivo é favorecer a troca deinformações e experiências entre pesquisadores, profissionais e gestoresde áreas protegidas, contribuindo para o fortalecimento e o avanço dagestão dessas áreas no Brasil.

    A programação completa e informações sobre inscrições e submissãode trabalhos podem ser obtidas no site do simpósio: http://snap2012.blogspot.com.br

    (Adriana Passos)

    Vai acontecer...

    A Divisão de Saúde (DSA) daUFV, vinculada à Pró-Reitoria deAssuntos Comunitários, comemo-rou 30 anos de atividades, em se-tembro. A celebração teve comoreferência a inauguração oficial,em 1982, da sede da DSA, com onome de Ambulatório Médico-Odontológico, pois se fosse come-morado o tempo em que a saúdemerece a atenção da Universida-de o aniversário seria de quase 90anos. Segundo consta no relatóriode construção da Escola Superiorde Agricultura e Veterinária(Esav) - que deu origem à UFV -,o combate às doenças dos operá-rios já era uma preocupação an-tes mesmo de sua inauguração, em1926.

    Atualmente, trabalham na Di-visão 94 funcionários, 29 dosquais terceirizados. Eles são res-ponsáveis pelo atendimento nas

    Divisão de Saúde comemora 30 anosde cuidados com a comunidade

    universitária

    áreas médica, nutricional, odonto-lógica, psicológica e fisioterápica.Para dar suporte ao trabalho, con-ta ainda com laboratório de análi-ses clínicas, raios-X e serviço deenfermagem. Todas essas áreas deatuação foram responsáveis, so-mente em 2011, por cerca de 77mil atendimentos, segundo a che-fe da DSA, professora Nina Rosada Silveira Cunha.

    A professora destaca o compro-metimento de seus profissionais,cuja “competência é reconhecidapela comunidade”. Além disso,ressalta a importância de parceri-as, como a que mantém com oAgros-Instituto UFV de Segurida-de Social, com a Secretaria Muni-cipal de Saúde, com os hospitaisde Viçosa, com a Fundação Hemo-minas, com a Fundação ArthurBernardes (Funarbe), com os de-partamentos de Medicina e Enfer-

    magem e de Nutrição da UFV, bemcomo com outros setores da Uni-v e r s i d a d e .

    A pró-reitora de AssuntosComunitários, professora Sylvia doCarmo Castro Franceschini, quedirigiu por cinco anos a DSA, con-sidera uma alegria comemorar os30 anos da Divisão que “presta umserviço extremamente importantepara a comunidade acadêmi-ca e que,  se  não  funcionar  bem,desestabiliza a administra-ção, porque a necessidade de saú-de é urgente”. Ela lembra que aparceria com o Agros possibilitadesafogar o atendimento nos servi-ços de saúde da cidade. Por isso,“fazer com que a Divisão funcionebem e absorva este contingente éum ato também de cidadania e derespeito à população viçosense”.

    (Adriana Passos)

    A professora do Departamento de Administração e Con-tabilidade (DAM) Suely de Fátima Ramos Silveira tomouposse, no dia 14 de setembro, como diretora do Instituto dePolíticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável da UFV(IPPDS). Ela assumiu a função no lugar do professor doDepartamento de Economia Adriano Provezano Gomes, quepassa a atuar como coordenador do Programa de Desenvol-vimento da Pecuária Leiteira (PDPL) – Região Viçosa. Sue-ly de Fátima Ramos Silveira é graduada em Ciências Econô-micas pela UFV, onde também fez mestrado em EconomiaAplicada. Ela é doutora em Ciências (Economia Aplicada)pela ESALq/Universidade de São Paulo e tem em seu currí-culo a participação em diversas pesquisas na linha de Avali-ação de Políticas Públicas.

    Aconteceu...

    Instituto de Políticas Públicas tem nova diretora