ano 40 viçosa (mg), 26 de março de 2012 número 1 ... - ufv

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PUBLICAÇÃO DA DIVISÃO DE JORNALISMO DA COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Visite nosso site: www.ufv.br Ano 40 Viçosa (MG), 26 de março de 2012 Número 1.446 UFV é universidade com maior número de empresas juniores Boa notícia para divulgação científica O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai acrescentar, na Plataforma eletrônica Lattes - que traz cur- rículos e atividades de 1,8 milhão de pesquisadores de todo o país -, duas novas abas para divulgação pública. Em uma delas, os cientistas deverão informar sobre a inovação de seus projetos e pesquisas e, na outra, descrever iniciativas de divulgação e de educação científica. Com a mudança, cientistas de todos os campos de investigação de- verão descrever, na Plataforma Lattes, artigos e entrevistas concedi- das à imprensa, informações sobre a organização de feira de ciências, promoção de palestras em escolas, além de dados pessoais, formação acadêmica, atuação profissional, publicações, linhas e projetos de pes- quisa, áreas de atuação e domínio de idiomas. A intenção do CNPq é aumentar o conhecimento da sociedade sobre as atividades científicas que ocorrem no país. Na Universidade Federal de Viçosa, os pesquisadores podem contar com o apoio do Núcleo de Divulgação Científica (NDC) da Coordena- doria de Comunicação Social. Ele foi criado em 2010 para apoiar cien- tistas interessados em divulgar seus trabalhos para a mídia e orientar jornalistas sobre fontes da UFV especializadas em temas científicos. O Núcleo, coordenado pela jornalista Léa Medeiros, funciona na Vila Giannetti, 40, telefone 3899-2877. E-mail: ciê[email protected] . São 600 alunos envolvidos em 32 empresas nos diversos cursos dos três campi. O Brasil é também o país onde essas experiências mais progrediram, tanto é que o encontro mundial deste ano será realizado em Paraty (RJ), de 6 a 10 de agosto. Página 7 Máquina centrifugadora de café amplia lista de patentes da Universidade Vinculado ao Departamento de Educação, o Nieg oferece disciplinas e desenvolve pesquisas sobre ques- tões relacionadas à mulher, como a violência doméstica. Dentre suas ações está a Educação Permanente de Agentes Comunitárias de Saúde. Página 10 Núcleo de Estudos de Gênero promove ações no campus e em Viçosa Uma relação dos 50 maiores detentores de patentes no país, divulgada pelo Instituto Nacional de Propriedade In- dustrial (INPI) mostra a UFV em 23º lugar geral e em oita- vo entre todas as universidades do Brasil. Página 9

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Page 1: Ano 40 Viçosa (MG), 26 de março de 2012 Número 1 ... - UFV

PUBLICAÇÃO DA DIVISÃO DE JORNALISMO DA COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Visite nosso site: www.ufv.brAno 40 Viçosa (MG), 26 de março de 2012 Número 1.446

UFV é universidade com maiornúmero de empresas juniores

Boa notícia paradivulgação científica

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq) vai acrescentar, na Plataforma eletrônica Lattes - que traz cur-rículos e atividades de 1,8 milhão de pesquisadores de todo o país -,duas novas abas para divulgação pública. Em uma delas, os cientistasdeverão informar sobre a inovação de seus projetos e pesquisas e, naoutra, descrever iniciativas de divulgação e de educação científica.

Com a mudança, cientistas de todos os campos de investigação de-verão descrever, na Plataforma Lattes, artigos e entrevistas concedi-das à imprensa, informações sobre a organização de feira de ciências,promoção de palestras em escolas, além de dados pessoais, formaçãoacadêmica, atuação profissional, publicações, linhas e projetos de pes-quisa, áreas de atuação e domínio de idiomas. A intenção do CNPq éaumentar o conhecimento da sociedade sobre as atividades científicasque ocorrem no país.

Na Universidade Federal de Viçosa, os pesquisadores podem contarcom o apoio do Núcleo de Divulgação Científica (NDC) da Coordena-doria de Comunicação Social. Ele foi criado em 2010 para apoiar cien-tistas interessados em divulgar seus trabalhos para a mídia e orientarjornalistas sobre fontes da UFV especializadas em temas científicos. ONúcleo, coordenado pela jornalista Léa Medeiros, funciona na VilaGiannetti, 40, telefone 3899-2877. E-mail: ciê[email protected]ão 600 alunos envolvidos em 32 empresas nos diversos cursos dos três campi. O Brasil é também o país

onde essas experiências mais progrediram, tanto é que o encontro mundial deste ano será realizado emParaty (RJ), de 6 a 10 de agosto.

Página 7

Máquinacentrifugadora decafé amplia listade patentes daUniversidade

Vinculado ao Departamento de Educação, o Nieg oferece disciplinas e desenvolve pesquisas sobre ques-tões relacionadas à mulher, como a violência doméstica. Dentre suas ações está a Educação Permanente deAgentes Comunitárias de Saúde.

Página 10

Núcleo de Estudos de Gênero promoveações no campus e em Viçosa

Uma relação dos 50 maiores detentores de patentes nopaís, divulgada pelo Instituto Nacional de Propriedade In-dustrial (INPI) mostra a UFV em 23º lugar geral e em oita-vo entre todas as universidades do Brasil.

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JORNALDA UFV

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PUBLICAÇÃODA UNIVERSIDADE

FEDERAL DE VIÇOSA

Registro no Cartório de Títulos eDocumentos da Comarca deViçosa sob o nº 04, livro B,

nº 1, fls. 3/3v

JORNAL DA UFV

REITORANilda de FátimaFerreira Soares

VICE-REITORDemetrius David da Silva

COORDENADORA DECOMUNICAÇÃO SOCIAL

Kátia Fraga

DIVISÃO DE JORNALISMOJORNALISTA RESPONSÁVEL

Adriana Passos(Reg. Prof. 3400-MTb-MG)

REDAÇÃOAdriana Passos, Fernanda

Rossoni, Kátia Fraga, MarcelAngelo e Léa Medeiros

(jornalistas)-

Marden Chaves, Thaíssa

Vaz, Rafaela Mello e Raíra

Barbosa (bolsistas)

Kerly Oliveira

(Apoio - Rio Paranaíba)

NÚCLEO DE DIVULGAÇÃOCIENTÍFICA

Léa Medeiros

DESIGNER GRÁFICOMárcio Jacob

IMPRESSÃOEditora UFV

Divisão Gráfica Universitária

DIRETORJosé Gouveia da Silva

DIVISÃO DE GRÁFICAUNIVERSITÁRIA

José Paulo de Freitas

MAR2012

Aconteceu...

Nos dias 25 e 26 de abril, a III Mostra de Profissões do campus

Florestal da UFV. O evento é realizado desde 2010 para apresentar a insti-

tuição aos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio e do nono ano do

Ensino Fundamental de escolas da região, de modo a auxiliá-los na escolha

da futura profissão.

Estão programadas, para os dois dias, palestras sobre os cursos superio-

res e técnicos oferecidos no campus e visitas guiadas pelos vários espaços de

aprendizagem e convivência. Além disso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fio-

cruz) irá participar com o museu itinerante do projeto Ciência Móvel - Vida

e Saúde para Todos, que divulga a ciência com mostras, vídeos, planetário e

diversos instrumentos interativos.

(Fernanda Pessoa Rossoni)

Vai acontecer...

No dia 16 de março, a assinatura de um acordo de cooperação

entre o Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoPARQ) e o Saint-Hyacin-

the Technopole, vinculado à Universidade de Montreal (Canadá). O objeti-

vo é ampliar o mercado de atuação das empresas associadas aos dois parques

por meio de projetos que irão permitir a transferência de tecnologias. Isso

acontecerá especialmente nas áreas de biotecnologia agroalimentar, veteri-

nária e agroambiental, e de tecnologia da informação aplicada ao agronegó-

cio, nas quais os municípios de Viçosa e de Saint-Hyacinthe (Quebec) dis-

põem de estrutura científico-tecnológica de suporte e de apoio ao desenvolvi-

mento de indústrias.Em termos gerais, o acordo, assinado por meio da UFV,

visa à realização de projetos suscetíveis à geração de resultados concretos e

ao compartilhamento de experiências ao longo de quatro anos. Esse compar-

tilhamento poderá se configurar, também, em intercâmbios de estudantes,

professores e pesquisadores envolvidos em projetos de pesquisa conjunta, bem

como de profissionais de gestão da inovação.  

No dia 12 de março, a cerimônia de abertura do Doutorado em

Extensão Rural, o que amplia o programa de pós-graduação, que já conta-

va, desde 1968, com o mestrado na área. Segundo a coordenadora da pós-

graduação, Ana Louise de Carvalho Fiúza, além de mais qualidade à forma-

ção dos pesquisadores, o doutorado vem para atender à demanda, em função

da escassez de profissionais que atuam no processo de transformação do cam-

po, tanto no que se refere aos aspectos produtivos e tecnológicos como ao

fortalecimento dos movimentos sociais. O doutorado já começa estabelecen-

do parcerias com universidades e pesquisadores da Espanha, Holanda e Ar-

gentina, o que representa uma preocupação com a internacionalização da

produção científica. Este fato se soma aos esforços de atuação do programa

em níveis nacional e regional. A pós-graduação em Extensão Rural conta,

atualmente, com 11 professores e 57 alunos.

Juntos no desenvolvimentode uma UFV multicampi

Iniciamos as nossas atividades acadêmicas e adminis-trativas, previstas no calendário ufeviano 2012, e, maisuma vez, a dedicação e o empenho de todos frente aos

desafios propostos são constantes. Reforçamos o convitepara que continuemos a trabalhar juntos na construção eno desenvolvimento de uma UFV multicampi, orgulho deViçosa, Florestal e Rio Paranaíba, de Minas Gerais edo Brasil.

Respaldada em sua missão voltada para o exercício deuma ação integrada das atividades de ensino, pesquisae extensão, a UFV tem se dedicado integralmente em eman-cipar e transformar seu estudante em um ser humano ca-paz de contribuir na construção de uma sociedade melhore mais justa.

A credencial UFV tem peso, é forte e, portanto, inques-tionável, graças ao intenso trabalho e à enorme dedicaçãode seus professores, servidores técnico-administrativos eestudantes - todos sempre prontos e motivados a enfrentare superar desafios que situem a nossa Universidadeem novos cenários e posições de destaque.

A gestão atual da UFV tem trabalhado permanentementeem sintonia com as diretrizes do MEC, o que a torna segu-ra na condução de projetos, programas e ações, com o selode qualidade que lhe é peculiar. Em síntese, temos nos es-merado em múltiplas frentes, algumas delas apresentadasnesta edição. Buscando ofertar mais atividades culturais,de lazer e esportivas aos nossos campi, as pró-reitoriastêm efetuado um trabalho integrado com vistas ao aumen-to da qualidade de vida de nossas comunidades.

A capacitação de nossos servidores técnico-adminis-trativos tem sido um trabalho permanente, oferecendo aeles diferentes oportunidades de aprimoramento e melhorinteração de suas atividades com o ambiente de trabalho.As  pesquisas,  realizadas  sob  a  coordenação  de  nossosdocentes, têm contribuído para a inserção da UFV em po-sições de destaque em várias atividades, como publica-ções de artigos, livros e cadernos didáticos e obtenção depatentes, além da missão maior da formação profissionalcom qualidade de nossos estudantes. Para que todas estasatividades possam ser desenvolvidas, a infraestrutura físicaestá em franca expansão e as obras nos três campi em pro-cesso acelerado de liberação para atendimento prioritáriodas atividades acadêmicas.

Em seus 85 anos de rica história, a UFV tem se identi-ficado, cada vez mais, como uma instituição formadora delideranças nas mais diferentes áreas dos saberes, além deprojetar talentos para o mundo do trabalho e de contribuireficientemente na formação de cidadãos socialmente res-ponsáveis, empreendedores e vocacionados em favor damelhoria da qualidade de vida da nossa sociedade.

Reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares

O diretor geral do Saint-Hyacinthe Technopole, Mario de

Tilly, assina acordo na reitoria

Divisão de Jornalismo

Vila Giannetti, Casa 41 Campus Universitário

CEP 36570-000 - Viçosa - MGTelefax (31) 3899-2877

E-mail: [email protected]

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JORNALDA UFV

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MAR2012

LançamentosEditora UFV

Química Geral -Práticas Fundamentais -Série DidáticaPaulo Gontijo Veloso de Almeida

O propósito da obra foiagrupar conceitos funda-mentais inerentes às quatrosubáreas (Química Inorgâ-nica, Química Orgânica,Química Analítica e Físico-

Química), de maneira a pro-porcionar ao estudante abase, ou a complementação,do conhecimento adquiridoantes de ingressar na univer-sidade. O livro descreve 14procedimentos experimen-tais (práticas 1 a 14) envol-vendo conceitos fundamen-tais inerentes às referidassubáreas. Além disso, mos-tra ao estudante as normasde trabalho e de segurançaem laboratório; oferece in-formações acerca de aci-dentes por agentes físicos equímicos, e descreve algunsprocedimentos a serem se-guidos no caso de acidentes.

Páginas 129ISBN 9788572694292Formato 15x22Assunto QuímicaAno2011Editora Editora UFVCódigo 20126Preço 15,00

Métodos Estatísticos -Série DidáticaPaulo Roberto Cecon, Anderson Ro-

drigo da Silva, Moysés Nascimento

e Adésio Ferreira

Conhecendo o R -Série Didática -Uma visão estatísticaLuiz Alexandre Peternelli e Márcio

Pupin de Mello

Este material é de gran-de valia para estudantes oupesquisadores que usam fer-ramentas estatísticas em tra-balhos de pesquisa ou emuma simples análise de da-dos. Constitui ponto de par-tida para aqueles que dese-jam começar a utilizar o Re suas ferramentas estatís-ticas ou, mesmo, para os quequerem ter sempre à mãomaterial de referência fácil,objetivo e abrangente parauso desse software.

Páginas 185ISBN 9788572694001Formato 15x22Assunto EstatísticaAno2011Editora UFVCódigo 20122Preço 19,00

Este livro visa suprir asnecessidades básicas sobrea teoria e aplicação de al-guns dos mais importantesmétodos estatísticos. Desti-na-se, principalmente, aosalunos de graduação e pós-graduação da maioria dasáreas da ciência. O textoestá fundamentado nos con-ceitos introdutórios da Es-tatística.

Páginas 229ISBN 9788572694421Formato 15x22Assunto EstatísticaAno2012Editora Editora UFVCódigo 20130Preço 20,00

Embora não se tenha aindaum estudo final sobre aadesão da UFV ao Siste-

ma de Seleção Unificada (Sisu),do Ministério da Educação(MEC), uma avaliação geral daadministração indica que nãohouve modificações representa-tivas em relação aos anos emque o sistema de ingresso à Uni-versidade se dava pelo vestibu-lar.

Segundo o pró-reitor de En-sino, Vicente de Paula Lelis, asnotas de corte dos alunos que en-traram para a UFV, em 2012,mantiveram a média dos outrosanos. Além disso, ao contráriodo que se imaginava, a maioriados calouros (75%) continuousendo de Minas Gerais. E issoaconteceu nos três campi (Viço-sa, Florestal e Rio Paranaíba).

Ao contrário de outras insti-tuições de ensino superior, quenão ocuparam todas as vagas, naUniversidade Federal de Viçosaquase 100% das 2.640 vagasdestinadas ao Sisu foram preen-chidas nas 12 chamadas feitaspelo Sistema. Vale ressaltar queeste número representou 80%das vagas ofertadas pela UFVnos 67 cursos de graduação deseus três campi. Os 20% restan-tes foram destinadas ao Progra-

Participação no Sisué bem avaliada

pela administração da UFV

ENSINO

universidades”.

Assistência EstudantilSe no que diz respeito ao

perfil acadêmico não houve mo-dificações significativas com aadesão da UFV ao Sisu, no per-fil social foram percebidas algu-mas sutilezas válidas de regis-tro. A principal aconteceu naUFV Florestal. A Divisão de As-suntos Comunitários, responsá-vel pela coordenação dos servi-ços de refeitório e de bolsas docampus, comprovou um aumen-to no número de alunos prove-nientes da zona rural, filhos depequenos agricultores e empre-gados rurais. Paradoxalmente,também foi registrado um cres-cimento no número de estudan-tes vindos de Belo Horizonte, acerca de 60 quilômetros do cam-pus. Não se pode ainda falar emperfil econômico, pois os pedi-dos de bolsas ainda não foramtotalmente analisados e contem-plados.

O Sistema de SeleçãoUnificada (Sisu) foi desen-volvido pelo Ministério daEducação para selecionarcandidatos às vagas das ins-tituições públicas de ensinosuperior que utilizam a notado Exame Nacional do Ensi-no Médio (Enem)como processo seletivo. A se-leção é feita pelo Sistemacom base na nota obtida pelocandidato no Enem. A UFVparticipou do processo pelaprimeira vez, em 2011, com20% das vagas e, neste ano,com 80%.

O Sisu 2012 contou com aparticipação de 95 instituiçõesde ensino superior, entre uni-versidades federais, estaduaise institutos federais de educa-ção. Ao todo foram oferecidascerca de 109 mil vagas.

“A experiência com o Sisu foi muito boa.Pude escolher duas opções de universidades,além de dois cursos diferentes. Mas a UFV foiminha primeira opção.” (Lorena Gomes Rava-zzi – caloura de Arquitetura e Urbanismo)

O que pensam os alunos?

“Eu achei o processo do Sisu bem inte-ressante porque preenche todas as vagas. É umaforma mais democrática de incluir os jovensna universidade”. (Gerson de Souza – calourode Arquitetura e Urbanismo)

“Considero o Sisu uma ótima oportuni-dade, principalmente para quem se esforça etem condições de fazer um cursinho preparató-rio. A UFV foi escolhida como minha primeiraopção.” (Tamyres Cristina de Melo Oliveira –caloura de Engenharia Agrícola e Ambiental)

(Adriana Passos, com colaboração e fotos de Thaíssa Vaz, bolsista)

ma de Avaliação Seriada (Pases)da Universidade. Nele, o alunoopta por ser avaliado desde o pri-meiro ano do ensino médio, aoinvés de fazer uma única provano terceiro ano.

Em linhas gerais, o pró-rei-tor Vicente de Paula Lelis con-sidera positiva a experiência doSisu. A começar pela eliminaçãodo que classifica como “roma-ria do vestibular”. E explica:“com uma única prova, o alunoteve a opção de escolher umauniversidade sem grandes des-locamentos geográficos”. Noentanto, defende a necessidadede o Sistema ajustar alguns as-pectos, como o da possibilidadede o aluno entrar na universida-de no curso escolhido como se-gunda opção.

Para o pró-reitor, isso podegerar problemas, como a evasão.“O estudante matriculado ficainsatisfeito, ocupa uma vaga dequem a queria e tem grandeschances de deixar o curso embusca de sua primeira opção”,conclui. Ele também defende anecessidade de o MEC melho-rar a divulgação das chamadas.“A partir da terceira o estudan-te fica desinformado sobre ondeconferir o resultado das próxi-mas chamadas, o que afeta as

A UFV preencheu quase 100% das vagas destinadas ao Sisu

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JORNALDA UFV

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MAR2012

APró-Reitoria de Gestãode Pessoas (PGP) temproporcionado diversos

benefícios visando ao bem-es-tar de seus servidores. Dentreas atividades propostas estão osprogramas direcionados para amelhoria da qualidade de vidae variados cursos de capacita-ção.

O bombeiro hidráulico JoséFaustino Filho, conhecido comoJacob, participou de alguns cur-sos e disse ter aprendido bas-tante. “Serviu muito para o meuserviço. Foi uma ótima inicia-tiva da PGP. A gente sabe fa-zer o trabalho na prática, mas,com o curso, aprende a teoria.Agora, dá pra chegar e discutircom o engenheiro, com maisargumento”.

Os cursos de capacitaçãotambém têm o objetivo de aten-der às demandas específicas dealguns setores. No campus deRio Paranaíba, por exemplo,servidores e professores elabo-raram o programa de Capaci-

tação para técnicos de labo-

ratório, com carga horária de120 horas. Já na Diretoria deTecnologia da Informação(DTI), um programa de treina-mento, com carga superior a200 horas, abordou conteúdos,como segurança de rede. Umaárea que também tem mereci-do atenção é a de uso de Equi-pamentos de Proteção Individu-al (EPI).

AposentadoriaO Programa de Preparação

para a Aposentadoria (PPA)tem sido outra ação importantepara os servidores. Reiniciadopela PGP há pouco mais de um

Além de qualificação profissional, técnicos recebem orientação para aposentadoria

GESTÃO DE PESSOAS

Thaisy Alves Amorim, em fun-ção do aumento da expectativade vida e, consequentemente,da maior produtividade das pes-soas, deve-se ter mais preocu-pação com os aspectos da apo-sentadoria.

A psicóloga da PGP AliceCoelho Bressan explica que asreuniões são momentos de re-flexão, que servem tambémpara tirar dúvidas e facilitar aprojeção do futuro para o apo-sentado. “O planejamento nãoé tão simples quanto uma recei-ta de bolo, mas tentamos sanaros questionamentos e auxiliaros participantes”. Nas reuniões,

os servidores encontram umespaço dinâmico e aberto parao diálogo. Eles têm a oportuni-dade de refletir sobre os aspec-tos financeiros, planejar novasmetas de vida e, até mesmo,avaliar se estão de fato prepa-rados para a aposentadoria.Quem participou do programaaprovou a iniciativa.

A secretária da Divisão deAssistência Estudantil Nicoli-na Marcelina Cardoso frequen-tou os dois grupos já organiza-dos pelo PPA e conta que apren-deu a se organizar melhor. “Te-mos conhecimento sobre as

nossas potencialidades, o quequeremos e como nos organi-zar para essa mudança.” Gra-ças ao PPA, Nicolina tambémpercebeu que deve esperar maisalguns anos para se aposentar.“Se me aposentasse agora, meusalário diminuiria muito.”

Neste primeiro semestre, oPPA está organizando, pela pri-meira vez, um grupo no cam-

ano e coordenado pelo Serviçode Saúde Ocupacional e Quali-dade de Vida, ele promove reu-niões com grupos de servidorespara discutir questões ligadas àaposentadoria. Embora esteseja um momento bastanteaguardado para a maioria daspessoas, é preciso prepará-laspara as mudanças bruscas narotina e, com isso, minimizarpossíveis aspectos negativos.Segundo a assistente social

Os professores da UFV agora podem contar com um sistema informati-zado criado pela Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), em parceriacom a Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento (PPO), para facilitar ointercâmbio de informações entre a Plataforma Lattes e o Radoc.

Resultado de uma demanda dos professores da UFV, o Integra facilita aatualização do Relatório de Atividades Docentes (RADOC), eliminando anecessidade de lançamento de publicações nos dois sistemas. As publicaçõesdevem ser lançadas na Plataforma Lattes e importadas para a base de dadosda UFV, por meio do Integra, disponível no endereço https://sistemas.cpd.ufv.br/ppo/integra

O Radoc é um banco de dados institucional que gera estatísticas dasatividades docentes de ensino, pesquisa e extensão, utilizadas para elabora-ção dos indicadores de gestão, distribuição das cotas orçamentárias entre osdepartamentos da UFV e progressão funcional dos professores.

pus Florestal da UFV, e terá umterceiro em Viçosa. SegundoAlice Coelho Bressan, é impor-tante estar presente em todos oscampi para criar um elo e umaidentidade.

Vale ressaltar que, em 2011,115 servidores, entre professo-res e técnicos administrativos seaposentaram. Até o fechamentodesta edição do Jornal da UFV,outros 40 requereram a aposen-tadoria. O pró-reitor de Gestãode Pessoas, Luiz Antonio Abran-tes, avalia como preocupante oalto número de aposentados, nosseguintes aspectos: cargos extin-tos que não permitem reposiçãode funcionários e perda da ex-periência dos servidores antigossobre o funcionamento da Uni-versidade. Para amenizar, aUFV criou treinamentos introdu-tórios para os novos servidores.À frente dele estão funcionáriosjá aposentados que passam suasexperiências para os que estãochegando.

Para mais informações sobreassuntos relativos aos servido-res docentes e técnico-adminis-trativos, acesse www.drh.ufv.br.

(Kátia Fraga e Rafaela Melo, bolsista)

Funcionários que fizeram cursos“Acho muito proveitoso fazer o treinamento porque a gente

aprende até mesmo os cuidados com meio ambiente, que passa-mos a usar na vida pessoal e não só no trabalho. Na marcenaria,o que eu fazia por instinto agora faço com mais conhecimento”.

Eli Braz Moreira – Marceneiro há 32 anos na UFV

“Já fiz seis cursos incluindo o de Desenvolvimento Profis-sional para Secretariado. A oportunidade oferecida pela Admi-nistração representa valorização dos funcionários e crescimentoprofissional, já que adquirimos mais segurança no desempenhode nossas atividades, mais jogo de cintura para lidar com aspessoas”. Rosária Cal Bastos, chefe de expediente do Departa-mento de Engenharia Agrícola

Sistema facilita registrode publicações no Radoc

A PGP capacita servidores como

o bombeiro hidráulico Jacob (ao

lado). As opções de cursos

incluem manutenção de

máquinas agrícolas

Graças ao PPA, Nicolina Cardoso percebeu que deve

esperar para se aposentar

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JORNALDA UFV

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MAR2012

A Presidente da Associação Beneficente de Auxílio a Funcionários e Estu-dantes da UFV – ASBEN, no uso de suas atribuições, conferidas pelo EstatutoSocial, publicado em 04.07.2007, considerando a competência delegada pelo§2º. Do Artigo 9º., e o que consta do Processo 12-004082 convoca os associa-dos da Associação Beneficente de Auxílio a Funcionários e Estudantes da UFV– ASBEN para a Assembléia Geral Ordinária para a escolha da Diretoria edos Membros do Conselho Fiscal, nos termos do Regulamento constante noAnexo I:

DIRETORIAVice-Presidente1º. Secretário2º. Secretário1º. Tesoureiro2º. Tesoureiro

CONSELHO FISCALMembro Efetivo 1 e seu suplenteMembro Efetivo 2 e seu suplenteMembro Efetivo 3 e seu suplente

Viçosa 27 de março de 2012.

Sylvia do Carmo FranceschiniPresidenteANEXO I

REGULAMENTO PARA A ESCOLHA DA DIRETORIA E DOS MEM-BROS DO CONSELHO FISCAL DA ASBEN

I – DA COMISSÃO ELEITORAL

1.1. A Comissão Eleitoral será constituída de 7 (sete) membrosa) um representante da ASAV - Associação dos Servidores Técnico-admi-

nistrativos da UFVb) um representante da ATENS - Associação dos Servidores Técnico-admi-

nistrativos de Nível Superior da UFVc) um representante do DCE - Diretório Central do Estudantes de Gradua-

ção da UFVd) um representante da APG - Associação dos Estudantes de Pós-Gradua-

ção da UFVe) um representante da ASPUV – Seção Sindicalf) um representante da SINSUV - Sindicato dos Servidores da Universida-

de Federal de Viçosag) um representante da Secretaria de Órgãos Colegiados

1.2. A Comissão Eleitoral será nomeada por ato da Presidente da ASBEN.

1.3. O Presidente da Comissão Eleitoral será um dos membros da ComissãoEleitoral, escolhido entre seus pares.

1.4. Compete à Comissão Eleitoral:1.4.l. Referendar e divulgar as inscrições dos candidatos.1.4.2. Receber e analisar os recursos impetrados de impugnação das chapas.1.4.3. Homologar as inscrições definitivas.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Nº 01/20121.4.4. Realizar a votação.1.4.5. Proceder à apuração dos votos.1.4.6. Divulgar o resultado da eleição.1.4.7. Receber e analisar os recursos impetrados acerca da apuração dos votos.1.4.8. Homologar o resultado final da eleição.1.4.9. Zelar pelo cumprimento dos prazos estabelecidos no Edital de Convocação.1.4.10. Denunciar e tomar medidas diante de candidatos ou integrantes da

comunidade universitária que agirem de forma incompatível com o Edital deConvocação, com a ética e a respeitabilidade do processo eleitoral, da ASBENe da Instituição.

1.4.11. Estabelecer as normas e os procedimentos referidos no subitem an-terior, bem como as formas de divulgação e de campanha dos candidatos.

1.4.12. Julgar e se manifestar acerca dos casos omissos.1.4.13. Elaborar os relatórios e documentos circunstanciando todo o pro-

cesso eleitoral.

II- DO CALENDÁRIO DAS ELEIÇÕES:

2.1. Fica estabelecido o seguinte calendário para a realização das eleições:

2.1.1. Período de inscrições: de 10/04 a 13/04/2012 (das 8 às 12h e das 14às 18h).

2.1.2. Local das inscrições: Secretaria de Órgãos Colegiados – Edifício ArthurBernardes, 2º. Andar, Sala 209, Campus UFV de Viçosa.

2.1.3. Divulgação das inscrições: 18/04/2012, no site da UFV, link Secreta-ria de Órgãos Colegiados.

2.1.4. Período de interposição de recurso acerca das inscrições feitas: até odia 19/04/2012, às 17horas.

2.1.5. Homologação das Inscrições: 23/04/2012, até às 18horas, no site daUFV, link Secretaria de Órgãos Colegiados.

2.1.6. Votação: 27/04/2012.2.1.7. Apuração dos votos: 27/04/2012, a partir das 18horas.2.1.8. Divulgação dos resultados 30/04/2012, no site da UFV, link Secreta-

ria de Órgãos Colegiados.2.1.9. Prazo final para interposição de recurso acerca do resultado da vota-

ção: 03/05/2012, às 17horas. 2.1.10. Homologação do resultado final: 08/05/2012, no site da UFV, link

Secretaria de Órgãos Colegiados.

III- DAS INSCRIÇÕES

3.1. Poderão se candidatar associados da Associação Beneficente de Auxí-lio a Funcionários e Estudantes da UFV – ASBEN.

3.2. Serão considerados candidatos associados da ASBEN, que se inscreve-rem dentro do prazo previsto no ANEXO I do Edital de Convocação 01/2012/ASBEN, cujas inscrições forem homologada pela Comissão Eleitoral.

3.3. Somente será admitida a inscrição de chapa composta por: Diretoria(Vice-Presidente, 1º. Secretário, 2º. Secretário, 1º. Tesoureiro, 2º. Tesoureiro)e Conselho Fiscal (3 Membros Efetivos e 3 Membros Suplentes).

3.4. Todos os membros da chapa deverão preencher, sob pena de indeferimen-to do registro da inscrição, as condições previstas neste Edital de Convocação.

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MAR2012

3.5. As inscrições das chapas serão formalizadas por meio de requerimentofirmado pelos próprios candidatos, endereçado à Comissão Eleitoral, e entre-gue na Secretaria de Órgãos Colegiados, – Edifício Arthur Bernardes, 2º. An-dar, Sala 209, Campus UFV de Viçosa, nas datas e horários previstos no pre-sente Edital de Convocação.

3.6. Os candidatos deverão apresentar, no ato da inscrição da chapa, cópiade um documento de identificação com foto (carteira de identidade, carteirafuncional, carteira nacional de habilitação, etc.).

3.7. Se for do interesse do candidato, poderá ser entregue à Comissão Elei-toral a solicitação de inclusão na cédula eleitoral, do apelido do candidato, alémdo nome.

3.8. As inscrições feitas serão divulgadas pela Comissão Eleitoral, na pági-na da UFV, link Secretaria de Órgãos Colegiados.

IV- DA CAMPANHA ELEITORAL

4.1. As chapas inscritas poderão divulgar suas propostas em material im-presso, formatado em panfletos, em redes sociais e mídias eletrônicas, obser-vando-se o respeito aos associados da ASBEN, aos demais candidatos, à insti-tuição.

4.2. Nenhum material impresso de divulgação poderá ser distribuído no lo-cal da votação no dia da votação.

4.3. É proibida a fixação de cartazes e panfletos nas dependências do cam-pus da UFV.

4.4. Nenhum candidato ou Chapa poderá abordar associados nos arredoresdo local da votação, considerando-se uma distância mínima de cinqüenta me-tros.

V- DA VOTAÇÃO

5.1. Em consonância com o Artigo 3º. do Estatuto Social da ASBEN, estãoaptos a votar associados da Associação Beneficente de Auxílio a Funcionáriose Estudantes da UFV – ASBEN.

5.2. Não é permitido o voto em trânsito, e/ou por procuração.

5.3. Servidores técnico-administrativos e docentes, no gozo de fériaspoderão votar, se presentes no Campus UFV no dia da votação.

5.4. Cada Associado deverá votar em 1 (uma) única chapa.

5.5. Cada associado terá direito a 1 (um) único voto.

VI- DO HORÁRIO E DOS LOCAIS DE VOTAÇÃO

6.1. A votação será realizada das 8h às 18h, do dia 27/04/2012, no seguinteHall do Centro de Vivência do Campus UFV de Viçosa.

6.2. Serão disponibilizadas duas Urnas Volantes para atenderem aos setoresda UFV onde trabalham associados da ASBEN. As urnas volantes circularãono período de 8h às 18h, do dia 27.04.2012, conduzidas por um mesário e porum fiscal de cada chapa, caso seja do interesse desta.

6.3. Às 17h do dia 27.04.2012, serão distribuídas senhas numeradas aosque estiverem aguardando na fila, devendo a votação ser encerrada após o votodo último associado que receber senha.

VII- DAS MESAS ELEITORAIS

7.1. Serão constituídas Mesas Eleitorais, as Mesas Receptoras e MesasApuradoras de votos, cuja composição será a mesma.

7.2. Cada Mesa será designada pela Comissão Eleitoral e será compostapor, no mínimo, 2 (dois) integrantes.

7.3. Cada Mesa Receptora e cada Mesa Apuradora, instalada no Hall doCentro de Vivência, poderá ser fiscalizada por dois associados da AssociaçãoBeneficente de Auxílio a Funcionários e Estudantes da UFV – ASBEN, a seremindicados pela Chapa, se for do seu interesse. Os Fiscais deverão ser previa-mente credenciados pela Comissão Eleitoral.

7.4. Compete às Mesas Receptoras receber os votos dos associados daASBEN, cujos nomes constem da Lista de Associados, atualizada, a ser forne-cida pela Associação e rubricada pela sua Presidente e pelo seu Secretário.

VIII- DA APURAÇÃO DOS VOTOS

8.1. Compete aos membros das Mesas Apuradoras, encerrado o processo devotação, às 18 horas do dia 27.04.2012, computar os votos coletados nestelocal.

8.2. A apuração dos votos colhidos pelas Urnas Volantes será feita conjun-tamente com a apuração dos demais votos, abrindo-se uma única Mesa deApuração de Urnas Volantes.

8.3. Serão lavrados Mapas de Apuração, que deverão ser assinados pelos integrantes de cada Mesa Apuradora

e pelo Fiscal de Mesa, caso seja do seu interesse. Estes Mapas serão entreguesà Comissão Eleitoral.

8.4. A apuração final dos votos será feita pela Comissão Eleitoral, com osomatório dos votos apresentados nos Mapas de Apuração.

IX- DAS IMPUGNAÇÕES ÀS CHAPAS E DOS RECURSOS À ELEI-ÇÃO

9.1. Qualquer associado da ASBEN poderá impugnar a inscrição de cha-pas, apresentando requerimento escrito, dirigido à Comissão Eleitoral e entre-gue na Secretaria de Órgãos Colegiados, – Edifício Arthur Bernardes, 2º. An-dar, Sala 209, Campus UFV de Viçosa.

9.2. A impugnação de chapas deverá ser feita, impreterivelmente, até o dia19.04.2012, às 17horas.

9.3. O pedido de impugnação será analisado pela Comissão Eleitoral antesda divulgação da homologação das inscrições que acontecerá no dia 23.04.2012.

9.4. Qualquer associado da ASBEN poderá impugnar o resultado da vota-ção, apresentando requerimento escrito, dirigido à Comissão Eleitoral, e entre-gue na Secretaria de Órgãos Colegiados, – Edifício Arthur Bernardes, 2º. An-dar, Sala 209, Campus UFV de Viçosa.

9.5. A impugnação do resultado da eleição deverá ser feita, impreterivel-mente, até o dia 03.05.2012, às 17horas.

9.6. O pedido de impugnação será analisado pela Comissão Eleitoral antesda divulgação do resultado final da eleição o que acontecerá no dia 07.05.2012,na página da UFV, link da Secretaria de Órgãos Colegiados.

X- DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

10.1. As exigências de que tratam os itens acima, assim como os casosomissos, serão avaliados pela Comissão Eleitoral, observando-se o disposto nopresente Edital de Convocação e no Estatuto Social da Associação Beneficentede Auxílio a Funcionários e Estudantes da UFV – ASBEN.

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Entrevistadores experien-tes percebem nestes novos profissionais um

perfil que o mercado busca: odo empreendedor de si mesmo,uma capacidade para não seacomodar na profissão, de bus-car novos desafios e soluçõesmais adaptáveis às novas de-mandas de sustentabilidade.São profissionais que ajudama empresa a crescer ou tornam-se empresários capazes de ge-renciar de maneira mais criati-va em um mercado cada vezmais competitivo.

A UFV é a universidadebrasileira com maior númerode empresas e de empresáriosjuniores. São 600 alunos envol-vidos em 32 empresas nos di-versos cursos dos três campi.O Brasil é também o país ondeessas experiências mais progre-diram, tanto é que o encontromundial deste ano será realizadoem Paraty (RJ), de 6 a 10 de agos-to.

Outro diferencial é que naUFV a tendência é criar empre-sas por cursos, enquanto em ou-tras universidades uma únicaabrange várias profissões. A ex-ceção está no campus Florestal,onde a empresa júnior de Con-sultoria Técnica (Consultec Jr.)reúne estudantes de várias áreasde atuação. Para o seu presiden-te, Alberto Amaral Gontijo,“com a empresa júnior, o alunotem maior autonomia do que emestágios convencionais, o quemaximiza as suas potencialida-des empreendedoras”.

Empresas juniores possibilitamcontato do aluno com realidade profissional

EXTENSÃO

Funcionamento e resultadosTodos os anos há concursos

internos para seleção de novosmembros. Cada empresa temdocumentação e regimento or-ganizador e todas são vincula-das à Central de Empresas Ju-niores da UFV (Ceempre), que,por sua vez, também tem dire-toria própria e ligação com ou-tras centrais do estado, do paíse do mundo. A Central é coor-denada pelo professor do De-partamento de AdministraçãoMagnus Emmendoerfer e vin-culada ao Centro Tecnológicode Desenvolvimento Regionalde Viçosa (Centev). Cada em-presa tem a sua própria direto-ria e, para ser reconhecida pelaUniversidade, precisa ter umprofessor orientador designadopelos departamentos.

Para não interferir no mer-cado de trabalho, retirando em-pregos de novos profissionais,as empresas juniores atuamsempre em pequenos projetos eempreendimentos. Nas áreas deEngenharia Florestal, Agrono-

mia e Arquitetura, por exemplo,os estudantes dão consultoriassobre legislação, ajudam a re-gulamentar terras e imóveis esugerem mudanças para maiorsegurança ou produtividade aospequenos negócios. “Nós esta-mos fazendo extensão univer-sitária de boa qualidade”, dizo estudante Rafael Assis, docurso de Engenharia Elétrica.“Além de conhecerem de pertoa realidade do mercado, nossosalunos transferem tecnologias etrocam experiências com clien-tes. E isso é a prática da exten-são universitária”, lembraWantuelfer Gonçalves, profes-sor do curso de Engenharia Flo-restal. Segundo dados da Cen-tral de Empresas Juniores daUFV, 68% dos clientes atendi-dos voltam a procurar as em-presas com novas demandas.

Organizações Não-Gover-namentais (ONGs) e prefeitu-ras de cidades pequenas tam-bém são clientes em potencial.No ano passado, a empresa jú-nior de Administração elaborouo plano de cargos e salários doServiço de Água e Esgoto(SAAE) de Viçosa. Como li-dam com pequenos negócios, as

empresas também priorizam astecnologias sociais. A empresado curso de Química, por exem-plo, orientou os negócios deuma pequena fábrica de sabãode mulheres de uma comunida-de rural.

O professor Magnus expli-ca que as consultorias das em-presas juniores não substituema criação de empregos. “Elasfazem diagnósticos de proble-mas, propõem soluções e atécriam demandas de novos em-pregos todas as vezes que osempresários reconhecem e ava-liam que a presença de um pro-fissional daquela área faz dife-rença para os negócios”.

Nos últimos anos, tem sidocomum que profissionais re-cém-formados saiam da UFVempregados ou com uma boarede profissional de relaciona-mentos, o que ajuda na capta-ção de empregos e negócios. Osempresários juniores não rece-bem dinheiro com as consulto-rias que fazem. O que ganhamcom os projetos é sempre inves-tido em cursos de treinamentogerencial para os seus mem-bros. “Estamos potencializan-do os ganhos de amanhã”, diz

Gabriela Rodrigues, estudanteda Empresa Júnior do curso deArquitetura e Urbanismo .

Ailton Arantes Cunha é odiretor do Núcleo de EmpresasJuniores da UFV. Quando nãoestá nas aulas do curso de Quí-mica, ele pode ser encontrado nasede do Núcleo. Ailton Arantesressalta que, mais que gerenci-ar negócios, o foco do trabalhoé desenvolver os membros dasempresas. “Aqui exercitamosnosso potencial criativo, geren-cial, administrativo, de comuni-cação e interação. Quem passapor uma empresa júnior não vaise acomodar em cargos ou fun-ções. E é isso o que as empre-sas esperam dos profissionais.Convivendo aqui, trocamos in-formações com outras especia-lidades e profissionais, exerce-mos a multidisciplinaridade, nosaproximamos da cultura cientí-fica para buscar novas soluçõese conhecemos de perto as expec-tativas do mercado. Tudo issonos capacita melhor e nos dife-rencia”, afirma Ailton, já orgu-lhoso de seu currículo aos 22anos.

(Léa Medeiros)

“Ciências Sociais é um curso muito teóri-co, então, na empresa júnior, você aprende afazer tudo como um cientista social na prática,aplicando as teorias aprendidas. Eu aprendi afazer pesquisa quantitativa e qualitativa, ques-tionário, contatos e a me organizar para fazerum projeto”.(Nícolas de Oliveira Meirelles,membro da Praxcis- empresa júnior de Ci-ências Sociais)

“A empresa júnior me mostrou um mun-do que a universidade nunca me mostraria naprática, que é aquele momento de estar com ocliente, de fazer contato direto com ele. De se-guir caminhos que só praticando e vivenciandose pode aprender”. (Débora Brangioni dePaula Vice presidente da empresa júnior deEconomia Doméstica)

“Além de servir como crescimento pes-soal, na Empresa Júnior aprendemos a comonos portar profissionalmente, falar em públicoe planejar a carreira. Outro ponto importante ésaber conciliar o tempo de reuniões, provas eaulas com o horário de trabalho na empresa”.(Lara Guzella – presidente da empresa jú-nior de Administração)

“Além da oportunidade de desenvolver pro-jetos, aplicando o conhecimento do curso, nós tam-bém aprendemos sobre gestão de empresas. Odiferencial é que aprendemos ferramentas e me-todologias práticas, além de ocupar cargos geren-ciais que nos preparam para o mercado”. (Clau-dinei Oliveira Júnior – presidente da empre-sa júnior Ciência da Computação - NoBugs)

“Na empresa júnior, nós entramos em con-tato com os clientes e o professor orientador, oque cria um ambiente mais próximo do que é omercado. Serve também como uma experiên-cia de trabalho observada por nossos futuroscontratantes”. (Gabriel Kyoro – Gerente deMarketing da Ambiental Júnior)

Alguns ex-alunos da UFV estão se sobressaindo ementrevistas de emprego, sobretudo em empresas com per-fil inovador. Ao serem perguntados sobre o que fizeramalém de disciplinas na Universidade, eles relatam as ex-periências vividas nas empresas juniores de seus cursosde graduação.

Gontijo preside a Consultec Jr.

que reúne alunos de vários cursos

Integrantes do Núcleo de Empresas Juniores em evento realizado na UFV

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CAMPIRIO PARANAÍBA FLORESTAL

Aexemplo do que acon-teceu durante a realiza-ção dos cursos de ve-

rão, ao longo deste ano, estáprevista maior interação entreos campi da UFV, com a pre-sença de professores de Viçosaministrando disciplinas aosalunos de Rio Paranaíba. Asprimeiras aulas deste semestreforam ministradas pelo pró-rei-tor de Ensino, Vicente de Pau-la Lelis, com a disciplina Me-

cânica para Engenheiros, en-tre os dias 14 e 16 de março.Osresultados da interação multi-campi em Rio Paranaíba podemser observados nos cursos deverão. Somente em uma dasdisciplinas, Materiais de Cons-

Interação é intensificadana realidade multicampi

trução Civil II, ministrada peloprofessor Lauro Gontijo Cou-to, do Departamento de Enge-nharia Civil da UFV Viçosa,

houve 30 alunos inscritos. Parao estudante Lucas Drumond,“vem sendo muito proveitosoter a chance de interagir commais professores, como os quevêm de Viçosa”. As aulas doprofessor Lauro Gontijo foramministradas no laboratório deEngenharia Civil, montado nosgalpões recém-adquiridos e queintegram a área de expansão docampus.Para o primeiro semes-tre estão previstas mais opor-tunidades de troca de experiên-cias entre professores de Viço-sa com alunos e docentes de RioParanaíba. Dezoito professoresde Viçosa irão lecionar disci-plinas em Rio Paranaíba.

No campus de Rio Paranaíba (CRP), 2012 começou com novidades e perspectivas de avanços.Na área de expansão (CRP II), por exemplo, que desde março do ano passado abriga o prédio daBiblioteca Central (BBT), o Pavilhão de Aulas (PVA) recebeu seus primeiros alunos. Quando total-mente finalizado, o prédio abrigará 22 salas de aula, de monitoria e de multiuso; laboratórios deinformática, auditório e lanchonete.

Mas as obras não param por aí. Foi finalizada, no início de março, a implantação da rede deabastecimento de água que liga o reservatório da Copasa ao campus (CRP II). A execução da obrafoi viabilizada por meio de um convênio entre Copasa, prefeitura e UFV Rio Paranaíba. Nesseconvênio, a Copasa forneceu o material, enquanto a prefeitura e a Universidade colaboram commaquinários e mão-de-obra para a execução dos trabalhos. Sobre a implantação da rede de água, odiretor do campus, Luciano Baião Vieira, ressalta que beneficiará toda a comunidade acadêmica,assegurando o abastecimento com qualidade e quantidade suficientes a todos.

Para melhorar a infraestrutura e oferecer mais segurança aos alunos e servidores, está sendoconstruída uma pista lateral de acesso ao CRP II, localizada à margem da rodovia MG-230. Aconstrução foi viabilizada pelos proprietários das terras que fazem limite com o campus, que cede-ram o terreno para execução da obra, e pela prefeitura, responsável pelo financiamento e execução.

Para o professor Luciano Baião, a construção da pista lateral permitirá que os 2,6 km de exten-são sejam percorridos com segurança por ciclistas ou pedestres, desafogando o sistema de transpor-te. Luciano Baião também destaca outras duas importantes obras que se iniciam no campus: oasfaltamento da avenida principal e a construção do prédio de laboratórios didáticos.

Neste cenário de realizações, o campus de Rio Paranaíba já vivencia um 2012 com muitosbenefícios e melhorias para a comunidade acadêmica. (ACS campus de Rio Paranaíba)

Novas obras beneficiamcomunidade acadêmica

Desde que iniciou suas atividades como docente na UFV Cam-pus Florestal, em 2010, o professor Marihus Altoé Baldottovem se dedicando à pesquisa de solos e ampliando os estu-

dos desenvolvidos durante seu mestrado (UFV Viçosa), doutorado epós-doutorado (Universidade Estadual do Norte Fluminense DarcyRibeiro - UENF). Envolvido em sete projetos, que contam com 20bolsistas - de Iniciação Científica, Pesquisa, Ensino e voluntários -, oprofessor integra um grupo que desenvolve tecnologias participati-vas nas áreas de Química e Fertilidade do Solo; Corretivos e Fertili-zantes; Manejo e Conservação do Solo; Substâncias Húmicas e Bio-estimulantes Vegetais e Bactérias Promotoras de Crescimento.

Um dos projetos, intitulado Química das geosferas de MG:estoques de carbono e sua estabilidade, vislumbra a determina-ção do Índice Redox de Estabilidade do Carbono (Redox Indexof Carbon Stability – RICS) para solos brasileiros em diferentescondições de gênese e química. Esse índice possibilitará a forma-ção de um banco de dados sobre os estoques de carbono nos solosbrasileiros, o que, segundo Marihus, será um marco e um referen-cial importante de pesquisa.

Para se ter uma ideia, o índice RICS foi determinado em águasprofundas na bacia de exploração de petróleo na região NorteFluminense, com a Petrobras, e permite monitorar efeitos de per-turbações nos estoques de carbono daquelas ambiências, tais comovazamentos de óleo. De forma análoga, quaisquer atividades fu-turas que afetem a química, a fertilidade ou a poluição dos solospoderão ser monitoradas e comparadas com o marco inicial dequalidade proposto no RICS.

O professor explica que o aumento dos estoques de carbonodo solo desponta como uma solução para diminuir a crescenteconcentração desse elemento químico na atmosfera sob a formade gases promotores de efeito estufa. Segundo ele, a pedosfera,ou seja, o conjunto de solos, é o local onde existe o maior compar-timento de carbono total das geosferas, conjunto de compartimen-tos de carbono na natureza, como, por exemplo, hidrosfera, at-mosfera e biosfera, que compreendem as águas, os gases e asformas de vida na terra.

No entanto, os solos tropicais têm limitação ou baixa capacida-de de acumular o carbono, além de serem ácidos e pobres em nutri-entes. Com o estudo do professor Marihus, o que se busca é avaliara qualidade do solo e corrigir deficiências que impedem o estoquede carbono. Para isso, está sendo pesquisada a estabilidade do car-bono em três situações: nos sistemas agrossilvipastoris, que com-binam pastagem com agricultura e floresta; no plantio direto, cujocultivo produz um revolvimento mínimo do solo, e nas práticas ado-tadas pelos agricultores familiares, tais como a compostagem, natentativa de conhecer o saber local e conciliá-lo ao científico.

Trabalhar o Índice Redox nessas três situações possibilitaráavaliar a estabilidade ou grau de persistência do carbono no soloem função das diferentes formas de manejo e ocupação. Quandoo uso do solo passa do ecossistema original (Mata Atlântica, Cer-rado, Floresta Amazônica) para os agroecossistemas - o que, naopinião de Marihus, é necessário para a produção de alimentos nomundo -, há exportação de nutrientes. Contudo, é necessário que seobserve a Lei da Restituição, pela qual se deve repor nutrientes aosolo para garantir às futuras gerações acesso à fertilidade necessá-ria. Por essa razão, explica: “identificar inovações para continuar-mos com aumentos significativos de produtividade, reciclando ma-teriais e combinando matérias-primas minerais, residuárias ou não,com fontes de carbono orgânico e micro-organismos benéficos paraas plantas, diminuindo a dependência de recursos naturais não re-nováveis, torna-se um grande campo de estudo”.

Além do professor Marihus, o projeto Química das geosferasde MG: estoques de carbono e sua estabilidade - financiado pelaFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fa-pemig) - tem como integrantes os professores: Maria Cristina Ca-nela (UENF), Ary Carlos Xavier Velloso (UENF), Carlos EduardoRezende (UENF), Hermínia Emília Prieto Martinez (UFV), Mau-ricio Paulo Ferreira Fontes (UFV), Víctor Hugo Alvarez (UFV),Doracy Pessoa Ramos (UENF) e Lílian Estrela Borges Baldotto(UFV), o pesquisador Ladislau Martin-Neto (Embrapa), além dabolsista do PROBIC-Fapemig Júnia Maria Rodrigues.

(Adriana Passos)

Professor investiga comoestabilizar estoque

de carbono nos solos

As aulas de Materiais II foram

realizadas no laboratório de

Engenharia Civil

A expansão do CRP II inclui pavilhão de aulas e rede de abastecimento de água

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Um equipamento capazde preservar a boa qualidade de uma das be-

bidas mais populares entre osbrasileiros. A máquina centri-fugadora de frutos de café foidesenvolvida pelo Departa-mento de Engenharia Agrícola(DEA), sob a orientação doprofessor Mauri Martins Tei-xeira. Para ele, o diferencial dainvenção é a possibilidade deenxugar o excesso de água dosgrãos após a lavação. Isso éimportante, porque, depois dacolheita, o café é levado para asecagem em terreiros e, se hou-ver muita umidade, pode ocor-rer uma proliferação de fungos,prejudicando sua qualidade.“Agora, o próximo passo é avenda ou aluguel da máquinapela Universidade”, afirma oprofessor. A invenção garantiu,no mês de março, a concessãode mais uma patente à UFV - adécima concedida até hoje.

A nova patente do DEA émais um capítulo num históri-co significativo da Universida-de na área da propriedade inte-lectual. Em 2011, a quantida-de de pedidos de patentes al-cançou uma marca inédita: fo-ram 12 depósitos – termo usa-do para a situação em que ainvenção entra em processo quepoderá culminar com a prote-ção da propriedade intelectual,favorecendo o inventor. Antesdisso, os números mais expres-sivos foram registrados em2007 e 2010, com 10 depósi-tos de patentes nacionais em

INOVAÇÃO

Patentes da UFV revelamcriatividade de pesquisadores

cada um. Desde 1998, quandose começou a fazer os registrosna instituição, já são 95 depó-sitos nacionais e internacionais,principalmente na área de bio-tecnologia.

Os dados chamam aindamais atenção quando compara-dos aos de outras instituiçõesbrasileiras. Uma relação dos 50maiores detentores de patentesno país, divulgada pelo Institu-to Nacional de Propriedade In-dustrial (INPI) e encabeçadapela Petrobras - incluindo gi-gantes como a Vale do RioDoce -, mostra a UFV em 23ºlugar geral e em oitavo entretodas as universidades do Bra-sil. E os números não incluemos últimos três anos, em que 26patentes nacionais e uma inter-nacional foram depositadas.

O papel da CPPIAlém dos pedidos, há tam-

bém as patentes concedidaspelo INPI. À UFV, das 10 con-cessões de patentes, cinco sãointernacionais e cinco nacio-nais. A diferença entre a quan-tidade de pedidos e de conces-sões se deve à demora nas aná-lises, que, no Brasil, em algunscasos, chega a oito anos. “Opedido já é metade do proces-so, o que, naturalmente, repre-senta um grande avanço”, ex-plica a gerente da ComissãoPermanente de Propriedade In-telectual (CPPI) da UFV, Flá-via Alves.

Criada em 1999, a CPPIpode ser considerada um setor

à frente de seu tempo. O moti-vo é que só cinco anos depois,em 2004, foi sancionada a lei10.973, conhecida como Lei deInovação – que determinava acriação, pelas universidades,de órgãos que apoiassem a pro-priedade intelectual. Para seter uma ideia, antes mesmo dosurgimento dessa norma, aUFV já tinha 11 depósitos depatentes nacionais e sete inter-nacionais. Aprimeira patente concedida  àUniversidade resulta do traba-lho do professor Caetano Mar-ciano de Souza, do Departa-mento de Solos. O “mecanis-mo distribuidor de calcário aolongo do perfil do solo no sul-co de plantio” é um equipa-mento que, visando à maioreficiência na correção da aci-dez do solo, aplica o calcáriosem arar o terreno. Geralmen-te, esta aplicação aconteceapenas superficialmente, maso mecanismo possibilita que ocalcário seja distribuído a 30centímetros de profundidade.

Mas se engana quem imagi-na que apenas pesquisadoresrenomados depositam patentes.No mundo das invenções, hámuitos “professores Pardais”que, em suas experiências coti-dianas, muitas vezes, encontramsoluções interessantes que aca-bam tendo a patente pedida. Éo caso do agricultor viçosenseEugênio Vigilato de Carvalho,responsável pela criação de umprocesso que, partindo do con-ceito de pasteurização, faz com

que o caldo de cana não oxide eescureça, preservando o sabororiginal da bebida.

Seja um pesquisador de re-nome ou um “pardal” curioso,a inovação e a propriedade in-telectual têm espaço dentrodas Quatro Pilastras. O pri-meiro passo para um pedidode patente é procurar a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFV. Lá, a

CPPI analisará o pedido ten-do em vista três requisitosbásicos: novidade, atividadeinventiva e aplicação industri-al. Com o pedido feito, a es-pera pela possível concessão,ainda que longa, poderá tra-zer o reconhecimento de umtrabalho intenso, complexo e,sobretudo, inovador.

(Marcel Ângelo e Marden Chaves, bolsista)

CIÊNCIA

A partir deste ano, os calouros de gra-duação de todas as áreas do conhecimen-to da UFV poderão concorrer a bolsasdo Programa Jovens Talentos para a Ci-ência. Até agora, o ingresso na iniciaçãocientífica nas universidades federais sópoderia acontecer a partir do terceiro se-mestre. O programa foi lançado no dia 5de março, em Brasília, pelo presidente daCoordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (Capes), Jor-ge Almeida Guimarães, e contou com aparticipação da reitora Nilda de FátimaFerreira Soares.

O governo federal quer inserir pre-cocemente os estudantes no meio cientí-

Bolsas para calourosfico. Por isso, o programa Jovens Talen-tos para a Ciência irá conceder seis milbolsas, no valor mensal de R$360,00,por um ano, que serão distribuídas paraestudantes que ingressaram neste primei-ro semestre nas universidades federais einstitutos federais de educação, ciênciae tecnologia. A expectativa é a de que osbolsistas do programa estejam aptos,após um ano, a concorrer às atuais bol-sas de Iniciação Científica, do Progra-ma Institucional de Bolsas de Iniciaçãoà Docência (PIBID) ou Ciência semFronteiras.

(Léa Medeiros – foto: Guilherme Feijó - ACS/Capes)

A reitora da UFV, Nilda de Fátima Ferreira Soares, ao lado do presidente da Capes,

Jorge Guimarães, e do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, no lançamento do

Programa Jovens Talentos

A máquina centrifugadora de frutos de café é a nova patente do

Departamento de Engenharia Agrícola

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MAR2012 U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E V I Ç O S A

36570-000 - VIÇOSA - MINAS GERAIS - BRASIL

As comemorações do DiaInternacional da Mu-lher (8 de março) tive-

ram como destaque, na Univer-sidade Federal de Viçosa, a es-treia do projeto Acústico UFV,com o espetáculo “Tributo àmulher: menina, mãe e avó”.Mas, na UFV, o reconhecimen-to da importância da mulher nãofica restrito a comemorações.

Quando se mencionam asações no campus relacionadascom a mulher, destacam-se asiniciativas do Núcleo Interdis-ciplinar de Estudos do Gêne-ro (Nieg), vinculado ao De-partamento de Educação, doCentro de Ciências Humanas,Letras e Artes, que realiza ati-vidades tanto no meio acadê-mico quanto na comunidadeem geral. Trata-se de um fó-rum de investigação e deba-tes, criado em 1996, que reú-ne profissionais e estudantesde áreas distintas do conheci-mento, como Educação, Epi-demiologia, Antropologia,História, Psicologia, Educa-ção Física e ComunicaçãoSocial. O Nieg tem como co-ordenadoras as professorasMarisa Barletto, Paula DiasBevilacqua, JaquelineZeferino,Daniela Rezende eAna Luiza Gediel.

Na área de ensino, o Nú-cleo oferece, na graduação, adisciplina Educação e Gêne-

ro e cursos de capacitação so-bre gênero e violência. Desen-volve pesquisas em Gênero e

Academia, discutindo as rela-ções na produção do conheci-mento nos cursos de Econo-mia Doméstica, Medicina Ve-terinária e Educação. Realiza,ainda, estudos sobre a produ-

Núcleo atua por sociedadesem desigualdade de gênero

MULHER

ção da notificação compulsó-ria sobre violência domésticacontra a mulher nas unidadesde saúde.

As atividades extensionis-tas do Nieg contemplam aFormação em Agroecologia

para Mulheres Trabalhado-

ras Rurais na Zona da Mata

de Minas Gerais e a operaci-onalização da Rede Protetiva

de Mulheres em Situação de

Violência – Programa Casadas Mulheres. Também podeser citada a Educação Perma-nente de Agentes Comunitári-as de Saúde.

No ano passado, revela umadas coordenadoras do Nieg,professora Marisa Barletto, oNúcleo promoveu, entre outrasatividades, o seminário sobre asituação das mulheres na Uni-versidade (estudantes, servido-ras e professoras), que resultouna construção coletiva da Car-

ta da UFV. O documento reúnedemandas para políticas de gê-nero, como a questão da creche,alojamentos e saúde da mulher.

A coordenadora destaca,

ainda, a assinatura do Pacto

Municipal de Enfrentamento

da Violência contra a Mulher,que se desdobrou no fortaleci-mento do Programa Casa das

Mulheres. A assinatura fez par-te das atividades do ConselhoMunicipal dos Direitos da Mu-lher, do qual a representante doNieg é presidente.

Em sua avaliação, foi noconjunto das ações dos diferen-tes parceiros que se conseguiu“mobilizar Viçosa e Comarcapara discutir e realizar o Semi-nário Regional de Políticaspara Mulheres”. As discussões,levadas para as conferênciasEstadual e Nacional de Políti-cas para Mulheres, contribuí-ram para a construção do IIIPlano Nacional de Políticaspara Mulheres.

ProjetosDe acordo com a professo-

ra Marisa Barletto, em 2012, oNúcleo contará com a partici-pação de mais de 50 estudan-tes, “atuando nos diversos fiose nós da Rede de Enfrentamen-

Em fevereiro, foi inaugurada,em São Miguel do Anta (MG), aUnidade de Produção e Capacita-ção Agroartesanal (UPCA). O es-paço é resultado de uma parceriafirmada entre os departamentos deEconomia Rural (DER) e EconomiaDoméstica (DED) da UFV, Ematere prefeitura de São Miguel do Anta,por meio do projeto Inclusão e de-

Projeto incentiva geração de renda de mulheressenvolvimento social na agricultu-

ra familiar: a ampliação do cam-

po de possibilidades de reprodução

das apanhadoras de café de São

Miguel do Anta, MG.Financiadopela Fundação  de Amparo  à  Pes-quisa do Estado de MinasGerais (Fapemig), o projeto segueuma linha de trabalho de pesquisaem interface com a extensão. Seu

objetivo é conhecer os efeitos dasazonalidade da renda provenienteda colheita de café aferida pelasmulheres rurais - principais traba-lhadoras desta atividade - nas rela-ções de poder na família, nas suaspossibilidades de escolha e na rea-lização de projetos pessoais, bemcomo no acesso ao lazer.Na área daextensão, o projeto busca ampliar

o campo de possibilidades de in-serção socioeconômica das apa-nhadoras de café. É nesse sentido,inclusive, que, desde novembro de2011, a Emater, em parceria com aUFV, vem oferecendo às apanhado-ras cursos ligados à agroindústria eà panificação, e incentivando a ge-ração de renda e a capacitaçãoprofissional.O projeto Inclusão e

desenvolvimento social na agricul-

tura familiar está sendo desenvol-vido pelas professoras Ana Louisede Carvalho Fiúza (DER), NeideMaria de Almeida Pinto (DED) eSheila Maria Doula (DER). Ele in-tegra oito estudantes do curso deEconomia Doméstica e a recém-pro-fissional da área Vanessa Barros.

(Adriana Passos) 

to da Violência contra a Mu-

lher em Viçosa e Região e noacolhimento e orientação demulheres em situação de vio-lência”. Isso vem sendo possí-vel, diz ela, com a aprovaçãodos programas e projetos noPROEXT e do Programa deEducação Tutorial (PET) - Vi-gilância em Saúde (MS). Paraeste ano, a grande realização doNieg será a inauguração daCasa das Mulheres, no centrode Viçosa.

Segundo Marisa Barletto,hoje são muitos parceiros (de-legacia, Defensoria Pública,Secretaria de Saúde, etc.) nes-te trabalho. Mas ela garanteque “foi com a recomposiçãodo Conselho Municipal dosDireitos da Mulher que tudo

Mulher na UFVAlém de ser dirigida pela primeira vez por uma reitora, Nilda

de Fátima Ferreira Soares, a UFV tem valorizado a competênciade professoras e servidoras em cargos administrativos. Mas é im-portante lembrar, conforme ressalta a reitora, que essa valoriza-ção não é justificada pelo gênero, mas sim pela capacidade: "oespaço conquistado é legítimo".

Entre os estudantes, tem crescido o número de mulheres nagraduação. No campus de Viçosa, das 11.814 matrículas efetua-das, 6.210 eram de mulheres e 5.604 de homens. No campus Flo-restal, foram matriculados 900 estudantes, dos quais 461 alunas e439 alunos. No campus de Rio Paranaíba, dos 2.013 estudantes,1.029 são mulheres e 984 homens.

Em alguns cursos, como Enfermagem, Arquitetura e Urbanis-mo, Comunicação Social, Engenharia de Alimentos, Dança, Pe-dagogia e Educação Infantil, o predomínio das alunas é nitida-mente superior, segundo o pró-reitor de Ensino, professor Vicentede Paula Lelis. Ele ressalta que o curso de Agronomia de Viçosa éo que tem, em termos absolutos, o maior número de estudantes dosexo feminino (449), uma vez que o curso é também o que ofereceo maior número de vagas.

foi possível, reafirmando a ne-cessidade da organização dasociedade civil num projetocoletivo para que as coisasaconteçam”.

A coordenadora do Niegressalta que, apesar das difi-culdades, o Núcleo “continuaempenhado em práticas sociaise políticas que têm como hori-zonte uma sociedade mais jus-ta e sem desigualdade de gê-nero”. E comenta: “refazemos,todos os dias, nosso compro-misso com uma formação deestudantes que seja reflexiva ecrítica das práticas históricase sociais e que possibilite oquestionamento das relaçõesde poder”.

(José Paulo Martins)

O curso para agentes comunitárias de saúde envolve diferentes dinâmicas