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1 Outubro de 2019 Ano 4 Nº 46 • Outubro 2019 Páginas 4 Página 5 Página 6 Fiscalização das usinas Como será o comportamento das chuvas? Pragas sazonais Em iniciativa inédita, Coplana lança amendoim para consumidor final No mundo todo, a cada dia mais pessoas descobrem os benefícios do amendoim. Considerado um produto versátil por cozinheiros, chefs e donas de casa, integra com desenvoltura pratos doces e salgados. O grão, que na indústria é considerado uma nut , ou seja, uma noz ou castanha, também tem a preferência como ingrediente de doces, sorvetes, biscoitos e snacks variados.

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Page 1: Ano 4 Nº 46 • Outubro 2019 Em iniciativa inédita, Coplana ...socicana.com.br/2.0/wp-content/uploads/small_informativo-produtor-46.pdfPagamento de Cana por Teor de Sacarose (PCTS),

1Outubro de 2019

Ano 4 • Nº 46 • Outubro 2019

Páginas 4 Página 5 Página 6

Fiscalização das usinas

Como será o comportamentodas chuvas?

Pragas sazonais

Em iniciativa inédita, Coplana lança amendoim para consumidor final No mundo todo, a cada dia mais pessoas descobrem os benefícios do amendoim. Considerado um produto versátil por cozinheiros, chefs e donas de casa, integra com desenvoltura pratos doces e salgados. O grão, que na indústria é considerado uma nut, ou seja, uma noz ou castanha, também tem a preferência como ingrediente de doces, sorvetes, biscoitos e snacks variados.

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Expediente • Coplana - Cooperativa Agroindustrial - Diretoria: pres. - José Antonio de Souza Rossato Junior, vice-pres. - Bruno Rangel G. Martins e secretário - Francisco A. de Laurentiis Filho, superintendente - Mirela Gradim • Socicana - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Diretoria Executiva: Bruno Rangel Geraldo Martins, José Antonio de Souza Rossato Junior e Mauricio Palazzo Barbosa, superintendente - Rafael Bordonal Kalaki • Comitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzales, Cezar Cimatti, Cristiane de Simone, Elaine Maduro, Eduardo Pacífico, Francisco Politi, Helton Bueno, José Marcelo Pacífico, Pedro Sgarbosa, Regiane Chianezi, Renata Montanari, Roberto Moraes, Valdeci da Silva • Produção - Neomarc Comunicação - Regiane Alves (Jorn. Resp., MTb 20.084), Renata Massafera (reportagens), Ewerton Alves (coor-denação de projetos), Karlinhus Mozzambani (design e diagramação), Ana Paula Miani (coordenação de produção). • Contatos: [email protected], [email protected], [email protected]

Além do sabor, o amendoim tem chamado a atenção também de médicos e nutricionistas, que passam a indicar o amendoim a pacientes, devido aos benefícios nutricionais.

E a aprovação é tamanha, que nos Estados Unidos, por exemplo, o produto tem até um dia só para ele: o National Peanut Day, celebrado sempre em 13 de setembro. Presente na dieta diária das famílias americanas, o amendoim é parte, inclusive, do café da manhã, fazendo com que o consumo por pessoa, em um ano, chegue a 6 kg.

Apesar de não existirem informações consoli-dadas atualmente, dados da Associação Brasilei-ra da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), de 2009, já ofereciam uma ideia do consumo anual de amendoim no mundo: Indonésia, 6,5 kg de amendoim por pes-soa; Índia, 6,3 kg; China, 6,2 kg; Canadá, 4,4 kg; Reino Unido, 3,1 kg; México, 2 kg.

E o consumo de amendoim no Brasil? Uma pesquisa encomendada pela Abicab apontou que o amendoim é a nut preferida de 45% dos brasileiros. O mesmo levantamento indica que 40% das pessoas acreditam que faz bem à saú-

de e 42% reconhecem que é rico em proteínas. A tecnologia empregada na lavoura, a qualidade do processamento e os aspectos nutricionais têm favorecido, a cada dia, o aumento da demanda também pelo brasileiro. Apesar disso, no País, estima-se que o consumo ainda esteja abaixo de 1 Kg por pessoa ao ano, o que apresenta um ce-nário muito promissor sobre o quanto este mer-cado ainda deve crescer por aqui.

Consumo por pessoa ao ano

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Em destaque, a pasta de amendoim com a marca Coplana. Produto para degustação, uso durante o treino ou como ingrediente de pratos doces e salgados. Todos os tipos do Amendoim Coplana têm o selo PRÓ-AMENDOIM da Abicab

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3Outubro de 2019

Faz parte da dieta também de quem produz

Os benefícios são conhecidos por quem pro-duz o amendoim e também o consome. É o caso da produtora Carmem Izildinha Carneiro Leão Penariol, que adiciona o grão torrado até mesmo em saladas. “Na maionese também fica uma de-lícia, e a pasta de amendoim é boa demais. Sabe-mos dos valores nutricionais do amendoim, mas acima de tudo comemos porque ele é delicioso. É ótimo colocar a farofa de amendoim ou ele gra-nulado no sorvete, na torta, nos bolos. E agora o encontramos de forma prática nas prateleiras das Lojas Coplana, tendo a segurança de com-prar um produto de qualidade e que faz bem para nossa saúde”, comentou Izildinha.

Walter Aparecido Luiz de Souza concorda. O produtor garante que não passa um dia sem co-mer amendoim. Já incorporou o grão à sua dieta e lista todos os benefícios que tem. “A história do amendoim está ligada à história da minha famí-lia. Não só plantamos a leguminosa, como tam-bém temos o hábito de consumir o amendoim”, revelou o produtor, feliz porque depois de anos de sucesso no atendimento à indústria de ali-mentos do Brasil e do exterior, o Amendoim Co-plana, reconhecido por sua alta qualidade, está disponível nas lojas da Cooperativa.

Sabor junto com saúdeFonte de vitaminas e com alto valor nutricio-

nal, o amendoim possui propriedades funcionais que contribuem com a saúde, quando consumi-do com regularidade. “O alimento é rico em vita-mina E, reconhecida por seu papel antioxidante e também responsável por contribuir na preser-vação do sistema imunológico. Possui vitaminas do complexo B, essenciais ao sistema nervoso e à formação de neurotransmissores como a serotonina (responsável pela sensação de bem--estar). Possui ainda Ômega 3 e Ômega 6, cuja função combinada promove renovação celular e previne o envelhecimento. Entre outros compos-tos, também apresenta ácidos graxos monoin-saturados, conhecidos como gorduras do bem, que contribuem para prevenção de doenças car-diovasculares”, informou o Dr. Fernando Badhur Chueire, médico nutrólogo do Hospital das Clíni-cas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-USP).

Se o brasileiro já sabe da presença de vitami-nas no amendoim, a maioria ainda se surpreende com mais uma particularidade: pode ser usado para a perda de peso. “Esta oleaginosa contém gorduras insaturadas e vitamina E, nutrientes fundamentais para o controle do apetite, além de ser uma boa fonte de fibras, o que dá sacie-dade”, explicou a nutricionista Vanderli Marchiori, que presta consultoria para a Abicab. Ela orienta que o consumo de 40 gramas (o equivalente a um punhado), na hora do lanche, já traz benefí-cios. “Esta quantidade representa 150 calorias. E elas vão substituir as calorias dos alimentos que não serão ingeridos nas duas horas seguintes. É importante mastigar bem, o que ativa o centro cerebral que controla nossa saciedade e faz com que a fome demore mais para aparecer”, com-pleta Vanderli.

Izildinha: amendoim em pratos variados incluindo as saladas

Waltinho: depois do sucesso no exterior,

orgulho de ver o amendoim nas Lojas

Coplana

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Fiscalização das usinas: Os resultados da lavoura estão diretamente

ligados a uma série de medidas prévias, e uma delas é a fiscalização das unidades industriais. Este serviço é prestado pela Socicana, que conta com profissionais encarregados do acompanhamento de todas as etapas do Pagamento de Cana por Teor de Sacarose (PCTS), como pesagem, amostragem, desintegração, homogeneização, análises químicas e cálculos.

“Como parte de sua rotina, os fiscais participam ativamente do sistema de pagamento da cana pela qualidade, desde a sua pesagem até o resultado final das análises. Hoje, com a evolução da mecanização e introdução de programas de gestão, a cana-de-açúcar deve se enquadrar em parâmetros de qualidade, segurança, confiabilidade, eficiência, bem como respeito ambiental”, explicou Regiane Chianezi, responsável pelo Laboratório da Associação.

Com a fiscalização e o monitoramento da qualidade da cana-de-açúcar, a Socicana garante o fiel cumprimento das normas técnicas, assegurando os direitos de seus associados e a remuneração correta da matéria-prima ao produtor. O procedimento tem início na pesagem da cana e segue até a formação do preço da tonelada. O trabalho dos técnicos da Socicana cobre as 24 horas do dia, para a inspeção das entradas de cana e de todo o processo analítico nos laboratórios PCTS das usinas. “Este cuidado tem como objetivo atestar que as amostras coletadas representem com segurança a qualidade da cana entregue, pois o preço pago pela tonelada de cana é resultado desta amostragem”, informa Regiane.

A atuação dos técnicos também envolve os equipamentos, com aferições nas balanças de pesagem de cargas, sondas, desfibradores, balanças dos laboratórios, prensa hidráulica,

refratômetros e sacarímetros, sempre levando em consideração o Manual de Instruções do Consecana/SP.

Em sua sede, ainda, a Socicana mantém um laboratório completo e equipe especializada para a comparação das amostras entre laboratórios. “As amostras são coletadas por fiscais credenciados e imediatamente analisadas pelo Laboratório da Associação. A comparação é importante para identificar o desempenho dos laboratórios das usinas. Este trabalho é realizado duas vezes por semana ou sempre que for necessário”, completou Regiane.

Mais informações sobre as análises da matéria-prima e fiscalização das unidades

industriais no Laboratório Socicana (16) 3251-9245.

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um serviço importante para a correta remuneração do produtor associado

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5Outubro de 2019

Como será o comportamento das chuvas?

No dia 19 de setembro, produtores se reuni-ram para a palestra sobre Perspectivas meteoro-lógicas, com o cientista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia. O evento foi uma realização da Socicana, e todos tinham basicamente o mes-mo questionamento: como serão as chuvas nos próximos meses?

Celso apresentou o cenário que os pesquisa-dores vislumbram e tranquilizou os associados, informando que não há expectativa de déficit hí-drico. "Apesar das primeiras chuvas terem apa-recido em setembro, diferente do ano passado, registramos mais espaçamento e calor intenso. A boa notícia é que no decorrer desta segunda quinzena de outubro, a chuva finalmente irá se regularizar, permitindo uma aceleração das ativi-dades de campo", revelou.

Ele comentou que mesmo no inverno, são co-muns temperaturas elevadas antes das primei-ras chuvas do período úmido. “O calor ocorrido em setembro, com temperaturas mais elevadas na segunda e terceira semanas, costuma ser co-mum no final do inverno e início de primavera, quando as chuvas são raras.” Ele lembra que dois anos atrás ocorreu o mesmo, com calor duran-te boa parte do mês de setembro. “É claro que se compararmos com a média dos últimos 30 anos, a temperatura está mais elevada”, pondera.

O meteorologista afirma que apesar da pri-mavera com temperaturas elevadas, o verão não será obrigatoriamente tão quente. “Isto depen-de da temperatura do oceano Pacífico. Como o fenômeno El Niño acabou e há expectativa de águas um pouco mais frias que o normal, a

tendência é de que o verão não seja tão quen-te como o observado no final de 2018, início de 2019”, informou.

O que o produtor precisa saber para tomar suas decisões

O meteorologista resumiu a quais pontos o produtor deve dar atenção: • A chuva inicial é menos regular, e chove mais no Sul do Brasil do que em São Paulo. A preci-pitação vem, portanto, com mais espaçamento. Diante deste quadro, o produtor deve ter cautela para o plantio e manejo do campo, pelo menos até 20 de outubro, quando a chuva vai tornar-se mais regular.• Outro alerta é sobre as invernadas. O final da primavera e o início de verão têm mais chances deste fenômeno, ou seja, aqueles dias de tempo fechado e chuvoso, com queda na temperatura. Comparado com o ano passado, a expectativa é que seja um período menos seco. Já para fe-vereiro de 2020, as simulações mostram que o período seco será um pouco mais longo. • Segundo os dados da meteorologia, a exemplo dos anos anteriores, o que acontece são as alter-nâncias: se a situação está boa agora, com chu-va retornando, é preciso tomar cuidado, porque sempre haverá um momento em que a chuva irá diminuir. • O produtor deve buscar adaptar-se aos perío-dos mais secos e aos mais chuvosos, sempre atento para que a instalação da cultura não coin-cida os períodos mais secos.

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Cana-de-açúcar:cuidados com as pragas sazonais

As pragas sazonais que afetam a lavoura de cana-de--açúcar exigem levantamento prévio, e todo ano, no verão, duas delas podem trazer prejuízos à produção: a cigar- rinha da raiz e a broca da cana. A pesquisadora Leila Luci Dinardo-Miranda, do Instituto Agronômico (IAC), especia-lista em manejo integrado de pragas (MIP) e nematoides em cana-de-açúcar, lembra que os nematoides também exigem atenção, mas no caso das duas pragas citadas, a ação deve ser mais ágil.

A broca da cana (Diatraea saccharalis) é a principal praga da cana-de-açúcar no Brasil, e o controle biológico com parasitas naturais é uma opção para combater a po-pulação do inseto. Neste caso, os parasitoides Cotesia fla-vipes e Trichogramma galoi são os mais utilizados, porque se alimentam da própria praga, são de fácil manipulação e possuem baixo custo. Também é importante adotar ou-tras medidas simultaneamente, como o uso de variedades resistentes e tolerantes e de inseticidas químicos. É re-comendado, ainda, evitar o plantio de hospedeiras (arroz, milho e outras gramíneas) nas proximidades.

A cigarrinha da raiz, conhecida também como cigar-rinha da cana (Mahanarva spp.), a outra praga típica do verão, em sua fase jovem (ninfa), se alimenta nas raízes, enquanto na fase adulta, se alimenta nas folhas. Com isto, a planta sofre uma série de desordens e apresenta modi-ficações visíveis, como amarelecimento e secamento de folhas, afinamento e morte de colmos. Estas são conse-quências das toxinas injetadas na cana pelo inseto (jovem ou adulto). Uma das formas de controle é o biológico, por meio de microrganismos, como o fungo Metarhizium ani-sopliae. Outro controle muito utilizado é o químico, a partir de inseticidas neonicotinoides e fenilpirazol. A aplicação destes produtos no estágio inicial de desenvolvimento da praga evita danos irrecuperáveis na lavoura.

Estas são pragas que se proliferam rapidamente, atin-

gindo altas populações. Por isto, é importante uma ação rápida no controle. “O produtor já tem de estar com seus produtos comprados e devidamente armazenados, por-que as aplicações devem ser feitas rapidamente após o levantamento”, ressalta a pesquisadora. Ela destaca, ainda, a importância de promover a rotação de agroquímicos. “Se o produtor utiliza sempre o mesmo, a praga vai adquirindo resistência. A rotação de defensivos agrícolas, portanto, é importantíssima no combate à broca e às cigarrinhas”, disse.

Quanto aos nematoides, no Brasil, são habituais qua-tro espécies que atacam a cana-de-açúcar: Pratylenchus zeae (mais comum), Pratylenchus brachyurus, Meloidogyne javanica e Meloidogyne incognita. “Para os nematoides é bom fazer o levantamento para tomar a decisão no plan-tio, tratar soqueiras e preparar tudo para a próxima safra. O nematoide não mata a planta. No entanto, ao afetar o sistema radicular, ao extrair parte dos nutrientes para si, enfraquece a cana e faz com que cresça e produza me-nos”, explicou.

Estima-se uma redução entre 15% e 40% de produtivi-dade na cana planta, devido à ação dos nematoides. O pro-dutor, portanto, deve conciliar outras formas de combate às pragas, além do uso de nematicidas. Leila ressalta a necessidade do especialista para entender o manejo ideal da área. “O entendimento técnico aprofundado é capaz de encontrar as melhores saídas tanto para o rendimento, quanto para os recursos naturais e para os agricultores”, argumenta.

Profa. Dra. Leila LuciDinardo-Miranda

Cigarrinha Broca

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7Outubro de 2019

ARTIGO

Cana-de-açúcar com mais sanidade Como conseguir este resultado?

No Brasil, a área colhida de cana-de-açúcar na safra 2018/2019 foi de 8,59 milhões de hectares, com produção de 620,44 milhões de toneladas e produtividade média de 72,22 t/ha (dados da Companhia Nacional de Abastecimen-to - Conab).

A primeira estratégia de manejo para garantir a quali-dade da lavoura é a escolha de variedades que apresen-tem maior resistência a doenças. Importante lembrar que o trabalho dos melhoristas para liberação de uma nova variedade de cana, que será utilizada em escala comercial, pode chegar a quase 20 anos. Por isso, outra estratégia importante para garantir a qualidade é alocar a variedade correta de acordo com o ambiente.

Outra opção também é o uso de fungicidas específicos. Um exemplo do resultado com estes produtos é caso da doença ferrugem alaranjada, que em 2010 passou a infec-tar de maneira agressiva variedades susceptíveis, como a SP 81-3250, muito presente na região Centro-Sul. O uso de fungicida mostrou resultados não só no controle da ferrugem alaranjada, mas também apresentou excelente controle e incremento de produtividade em variedades susceptíveis à ferrugem marrom. A aplicação do fungici-da atualmente é uma prática fundamental para garantir a sanidade da lavoura, pois proporciona um auxílio efetivo no controle de doenças, melhorando, consequentemente, o desenvolvimento da cultura.

Já existem fungicidas registrados que apresentam boa eficácia contra estes agentes causais, e trabalhos reali-zados com diferentes marcas comerciais demonstraram retorno financeiro satisfatório.

A utilização racional destes produtos, aliada a outras técnicas de manejo, pode ser o ponto inicial para viabilizar a manutenção dos canaviais e um fator a mais para elevar as produtividades, consideradas ainda baixas em todo o Brasil.

Micronutrientes: motivos para aplicar

A adubação foliar tem o objetivo de aumentar a produ-tividade, especialmente nos casos de queda da produção, devido ao clima não favorável. A aplicação vai de outubro a janeiro, período que antecede o estágio de maior desen-volvimento da cultura (VITTI; LUZ; ALTRAN, 2013).

Os micronutrientes essenciais são: boro (B); cobre (Cu); cloro (Cl); ferro (Fe); manganês (Mn); molibdênio (Mo) e zinco (Zn), cada um com sua função no metabolismo da cana-de-açúcar. Seu uso está ligado a algumas questões: funções vitais das plantas; deficiências observadas no

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campo; baixos teores em plantas deficientes, em comparação com as sa-dias; baixo teor no solo, sem uso de fontes orgânicas; novas variedades mais produtivas e mais exigentes em micronutrientes.

Se formos comparar com o volume utilizado de macronutrientes, per-cebemos que a quantidade necessária de micronutrientes é baixa, porém suas funções são importantes para a produtividade da cana-de-açúcar. São nutrientes essenciais, que completam o ciclo de produção. Importante res-saltar que sua disponibilidade para as plantas depende de muitos fatores, entre eles o pH e tipo do solo. Portanto, para as recomendações de uso, de-ve-se conhecer o melhor método de aplicação, a necessidade do nutriente, o histórico da área, o solo, entre outros aspectos.

O uso de micronutrientes pode ocorrer via solo e via folha. As doses dependem dos teores dos nutrientes no solo e da fonte do micronutriente. Atualmente, a aplicação é feita no sulco de plantio, no corte de soqueira jun-to com o inseticida para o controle do Sphenophorus e na pulverização de fungicidas e inseticidas.

A aplicação de micronutrientes via toletes também é uma prática efi-ciente, economicamente viável e que proporciona uma distribuição mais uniforme. Neste caso, ocorre incremento de 5% na produtividade e, em conjunto com aplicação foliar, há acréscimo de 5,5% na produtividade (VAS-QUEZ; SANCHES, 2010).

A equipe técnica oferece suporte ao produtor em todas as etapas da produção, orientando sobre produtos e o manejo mais adequado para seus resultados. Procure o agrônomo da Coplana em sua região.

Luiz Gustavo Gandini e Luis Antonio de AbreuEngenheiros agrônomos - Filial de Jaboticabal

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9Outubro de 2019

Tema segurança rural une setor,Estado e municípios

Em setembro, a Socicana participou de dois en-contros com o mesmo objetivo: aumentar a segu-rança no campo. Em 2018, a Associação já havia dado início a uma campanha com o tema e, desde então, tem promovido ações, como: produção de cartilha com orientações ao produtor, convênios com empresas de monitoramento e reuniões com representantes dos governos e órgãos de seguran-ça pública.

No dia 19 de setembro, o presidente da Socica-

Georreferenciamento deve ser ferramenta básica para avanços

na, Bruno Rangel Geraldo Martins, participou, em São Paulo, do Seminário Segurança no Campo, organizado pela Frente Parlamentar do Agronegó-cio Paulista, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Ele esteve acompanhado de outros representantes da Socicana: o conselheiro Aldo Bellodi Neto, que também é secretário de Agri-cultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Jabo-ticabal, além dos associados Luiz Ricardo de Mat-tos Barretto, Adelino da Silva Carneiro e Felipe Rizzi Carneiro. No evento, Bruno representou ainda a Or-ganização de Plantadores de Cana da Região Cen-tro-Sul do Brasil (Orplana), como membro de sua Diretoria. “Eu considero fundamental estas discus-sões, já que os problemas pelos quais passamos aqui na região são os mesmos em todo o Estado. O Fórum do Agro Paulista discute assuntos relacio-nados a toda a cadeia produtiva vegetal e animal. Como o secretário de Segurança Pública disse du-rante o seminário, haverá o comprometimento da Polícia, que espera, entretanto, contar com a parti-cipação dos produtores e da comunidade, com in-formações e ajuda para que possam garantir mais segurança à população rural”, resumiu Bruno.

Durante o evento, foi lançado o Observatório da Segurança no Campo, um grupo de trabalho com

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Socicana na defesa de mais segurança para a área rural participa de seminário na Alesp

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representantes de secretarias estaduais, iniciativa privada e associações.

O secretário da Justiça e Cidadania, Paulo Mas-caretti, ofereceu apoio para a interlocução com o Judiciário e o Ministério Público. Já o secretário de Segurança Pública, general João Camilo de Cam-pos, e a secretária em exercício da Agricultura e Abastecimento, Gabriela Chiste, apresentaram um plano de ações. Entre elas o programa Rotas Ru-rais, que irá mapear mais de 200 mil quilômetros de áreas rurais no Estado, utilizando um convênio já existente na Secretaria. "Esse convênio firmado entre o Governo do Estado e os municípios vai fazer a implementação tecnológica dentro do município", explicou Gabriela Chiste. Para o funcionamento efetivo, porém, as prefeituras deverão alimentar o sistema com informações.

Outra reunião havia ocorrido no dia 13 de se-tembro, uma realização da Prefeitura de Guariba e Polícia Militar, com apoio da Socicana. Estiveram presentes o prefeito Dr. Francisco Mançano Junior; o presidente da Câmara Municipal de Guariba, Cás-sio Santa Cruz; o tenente coronel da Polícia Militar, Alexandre Wellington de Souza; o superintendente da Socicana, Rafael Bordonal Kalaki, além de repre-sentantes das usinas Santa Adélia e São Martinho e de empresas que atuam em segurança.

Entre os temas discutidos esteve o monitora-mento aéreo das áreas rurais, o que exige a im-plantação prévia do georreferenciamento, ou seja, o mapeamento das propriedades. A iniciativa deve facilitar a localização pela Polícia Militar e até mes-mo por outros serviços públicos, como Corpo de Bombeiros e equipes médicas. “A Prefeitura não medirá esforços para contribuir com a Polícia e os proprietários rurais, realizando parcerias com as cooperativas e associações agrícolas, visando ini-bir os crime", disse o prefeito.

O tenente coronel Wellington falou do papel da tecnologia. “Quanto mais dados coletarmos das propriedades rurais, maior a possibilidade de aten-dermos com precisão e agilidade qualquer ocorrên-cia. A patrulha rural georreferenciada e a atividade delegada (sistema em que mesmo fora do horário normal de trabalho, os policiais estão integrados) são ferramentas muito interessantes na defesa da segurança do campo”, concluiu.

O superintendente da Socicana destacou a par-ceria. “Além da atividade delegada e de mais uma viatura rural, estamos empenhados no georrefe-renciamento. A ideia é fazer um projeto amplo de cadastramento das propriedades, com participa-ção da Socicana, além da Coplana e sindicatos", explicou Rafael.

Foto: Divulgação

Estratégia para melhor atendimento da área rural exigirá georreferenciamento das propriedades

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10,6

138

0,567

10,5

664

0,571

80,5

658

0,563

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0,572

50,5

748

0,575

60,5

771

0,582

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599

1ª Q A

BR11

2,07

103,1

0SA

FRA 1

8/19

SAFR

A 19/2

0

2ª Q A

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6,60

106,6

8

1ª Q M

AI12

6,74

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7

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9,82

117,6

7

1ª Q J

UN13

4,37

123,0

8

2ª Q J

UN14

0,16

131,3

8

1ª Q J

UL14

5,65

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4

2ª Q J

UL14

7,19

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4

1ª Q A

GO14

6,54

139,4

0

2ª Q A

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7,01

148,0

8

1ª Q S

ET14

8,76

149,5

2

2ª Q S

ET14

5,01

150,3

0

1ª Q O

UT13

4,39

2ª Q O

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1ª Q N

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0,54

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1ª Q J

UN13

6,17

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1

2ª Q J

UN13

8,31

136,6

2

1ª Q J

UL14

3,73

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8

2ª Q J

UL15

1,70

138,4

7

1ª Q A

GO15

0,35

145,3

6

2ª Q A

GO15

0,71

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8

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ET15

3,31

150,3

3

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ET14

9,62

153,6

7

1ª Q O

UT14

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0

1ª Q J

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8,14

128,1

8

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129,6

1

1ª Q J

UL14

7,17

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3

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2,39

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0

1ª Q A

GO15

0,80

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3

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5

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7,14

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1

2ª Q S

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0,71

156,3

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7,66

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59,46

57,02

57,11

62,22

53,15

53,63

53,04

56,66

51,90

52,66

58,30

62,15

62,79

61,31

61,80

60,77

MESE

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19SA

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ABR

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49,90

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70,00

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20,00

10,00

-

R$/SC

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46,18

AGO

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48,55

SET

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48,42

OUT

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NOV

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DEZ

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JAN

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FEV

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MAR

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49,90

48,15

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48,55

48,42

50,83

45,10

45,13

45,08

39,05

40,99

45,98

44,97

46,23

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117,67

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120,47

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1

1ª Q J

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3,27

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2ª Q J

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1ª Q J

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6,03

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1ª Q A

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5,17

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2ª Q S

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148,08

148,08