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Ano 2, Número 1, Janeiro/Maio 2004 1 Ano 2 • Número 1 J a n / M a i de 2004

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A n o 2 • N ú m e r o 1 • J a n / M a i d e 2 0 0 4

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Ano 2, Número 1, Janeiro/Maio 2004 3

ENCARTE ECRH

13 Teses

ÍNDICE

4 Editorial

Revista da SBRH 3

Notícias

14 Agenda

Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH)

DIRETORIA – BIÊNIO 2003/2004

PresidenteNilson Roberto de Melo

1º Vice-PresidenteHilton Pina

2o Vice-PresidenteEduardo Pandolfi Passos

Secretário ExecutivoDirceu Henrique Mendes Pereira

Secretário AdjuntoAntonio Cesar Paes Barbosa

Tesoureira GeralSilvana Chedid Grieco

Tesoureiro AdjuntoPedro Ivo Bastos Pereira

Diretora CientíficaClaudete Regiani Melo

Presidente do Conselho de DelegadosJoão Pedro Junqueira Caetano

Boletim da SBRH

Ano II - nº 1 - Jan/Mai de 2004

Comissão Editorial

Valdir Tadini (presidente), Carlos Roberto Izzo, Cassiana RosaGalvão Giribela, Dirceu Henrique Mendes Pereira, Marcelo

Giacobbe, Nilka Fernandes Sonadio e Nilson Roberto de Melo.

Jornalista responsável

Priscila Zanolini Figueiredo – MTB 32.031 – DRT SP

Diagramação e Projeto Gráfico

Segmento Farma

Fundada em 1947 pelo Prof. Dr. Artur Campos da PazAv. Jandira, 257 – 14o andar, cj. 146 - CEP 04080-001 – São Paulo – SP.

Tel/Fax: (11) 5055-6494 / 5055-2438 - e-mail: [email protected]: www.sbrh.med.br

Já estão abertas as inscriçõespara o XXI CongressoBrasileiro de ReproduçãoHumana, evento queacontecerá de 20 a 23 deoutubro no Palácio dasConvenções do Anhembi,em São Paulo.

Dirceu Henrique MendesPereira

Paulo A. Ayrosa Ribeiro, NilsonDonadio e Tsutomu Aoki

Silvana Chedid

Cilly de A. Periera de Carvalho

IdentidadeSecretaHá 4 anos, após uma viagemde família ao sul de MinasGerais, a ginecologistaCassiana Rosa GalvãoGiribela descobriu por acasosua paixão pelo ecoturismo epelos esportes de aventura.12

10 PerfilO médico ginecologista JoséWeydson de Barros Lealsobre o reconhecimento deuma carreira.

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4 Revista da SBRH

D

EDITORIAL

Em buscade conquistas

esde que assumimos a diretoria da Sociedade Brasi-leira de Reprodução Humana (SBRH), estamos traba-

lhando na viabilização de diversos projetos em benefíciodo médico associado à entidade. Para que os nossos obje-tivos se tornem realidade, direcionamos nosso tempo eempenho na concretização de planos e estratégias traçadasdurante as reuniões realizadas semanalmente em nossasede. Além disso, buscamos a colaboração das diversasempresas que atuam na área de Reprodução Humana.

Depois de meses de trabalho, estamos comemorandouma grande conquista, a qual terá reflexos sobre todosaqueles que forem associados à SBRH. Em decorrência deuma parceria com a Schering do Brasil, disponibilizaremosaos nossos sócios, gratuitamente, ao longo de um ano, umserviço para informatização do consultório médico, de-nominado CONSULTÓRIO ONLINE. Esse serviço consiste numsistema de gerenciamento de dados, via internet, desen-volvido especialmente para profissionais de saúde, umaferramenta que pode ser empregada tanto na gestão deconsultórios e clínicas, quanto em grandes hospitais com-plementando a estrutura de gestão já existente.

Baseado na tecnologia aplicada a bancos de dados eusando a mesma plataforma dos serviços de home banking,o CONSULTÓRIO ONLINE permite que o profissional usufruauma série de recursos via internet, telefone celular ou PalmTop modelo i705. Entre esses recursos, enumeram-se orga-nização da agenda de consultas conforme dia e local de

atendimento, elaboração de um banco de dados dos pa-cientes e até mesmo realização do controle do fluxo decaixa, tudo isso via internet. Em outras palavras, o médicopassa a dispor de recursos, por exemplo, para armazenar ohistórico completo do paciente, incluindo anotações deconsultas, prescrições já realizadas e exames em foto e vídeo.

Para exemplificarmos mais as vantagens oferecidaspelo sistema CONSULTÓRIO ONLINE, consideremos que talrecurso permite que o médico acesse a distância a fichado seu paciente por meio da internet, do telefone celu-lar ou do Palm Top. Para confirmação de consultas e emdatas comemorativas, por meio do CONSULTÓRIO ONLINE,é possível enviar uma mensagem automática para o celu-lar dos pacientes, dispensando assim a chamada telefôni-ca. O uso desse sistema também dispensa a realizaçãode cópias de segurança de dados (backups) e o uso desistemas de Firewall e antivírus.

O funcionamento do CONSULTÓRIO ONLINE ocorre deforma bastante segura. Basicamente, o médico beneficiárioterá um login e uma senha, exclusiva e confidencial, no sitewww.consultorio-online.com, com os quais poderá acessaras informações relativas à sua clínica. Conforme a empresaresponsável, a tecnologia empregada na construção dessaferramenta é semelhante à utilizada em sites de home banking.O acesso às informações é pessoal, e as informações arma-zenadas são criptografadas. É possível ainda fornecer à suasecretária uma senha com acesso restrito às funções quevocê desejar, como a administração da sua agenda.

Outra grande atratividade do CONSULTÓRIO ONLINE éa economia que o mesmo trará à clínica do médico usuá-rio. Segundo a empresa que oferece a ferramenta, a pres-tação desse benefício custa para os demais profissionaisde saúde R$ 50,00 por mês, o que totaliza um ônus deR$ 600,00 ao ano – valor que deverá ser economizadopelos sócios da SBRH. Considerando que esse sistematorna desnecessário o uso do telefone em muitas ocasi-ões, também ocorrerá uma redução no valor da contatelefônica do consultório. Também vale mencionar que aeconomia decorrente da eliminação dos gastos, como osrelacionados à necessidade de se ter cópias de segurança,pagamentos por atualização periódica do seu software,preocupações com vírus de computador, entre outros,pode chegar a 50% do valor que seria gasto.

Ciente da necessidade do médico de aprimorar cadavez mais a sua estrutura de trabalho e das vantagens doCONSULTÓRIO ONLINE, a diretoria da SBRH sente-se bastan-te satisfeita ao confirmar para seus sócios a concessão des-se sistema. Esperamos que essa ferramenta, ao cumprir asfinalidades a que se propõe, acabe por tornar-se um fatorestratégico no aprimoramento científico do médico. Desdejá, temos a certeza de que a mesma otimizará a práticamédica diária, levando qualidade e conforto ao paciente quebusca atendimento em nossos consultórios.

Nilson Roberto de MeloPresidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH)

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NOTÍCIAS

Congresso da SBRH será em outubroJá estão abertas as inscrições para o XXI Congresso

Brasileiro de Reprodução Humana, que acontecerá de20 a 23 de outubro, no Palácio das Convenções doAnhembi, em São Paulo. Para efetuar inscrição no even-to, os interessados devem preencher a ficha de inscrição,publicada nesta edição, e enviá-la para a empresaorganizadora SOMA, juntamente com um cheque nomi-nal ou com um comprovante de depósito a favor da So-ciedade Brasileira de Reprodução Humana - SBRH (Ban-co do Brasil - agência 0722-6, conta corrente 17647-8).O endereço de correspondência da SOMA é Caixa Pos-tal 2.466, CEP 01060-970, São Paulo - SP. Outras infor-

O XXI Congresso Brasileiro de Reprodução Humanatambém contará com a apresentação de pôsteres. Para par-ticipar dessa seção, os interessados devem enviar seu ma-terial até o dia 30 de agosto, via correio, à SOMA - CaixaPostal 2.466, CEP 01060-970, São Paulo - SP, ou ainda atra-vés do site www.sbrh.med.br. O regulamento completo eo formulário de inscrição de trabalhos também estão nes-se mesmo site. Veja a seguir alguns tópicos do regulamento:

1. Os resumos dos trabalhos serão incluídos noPrograma Científico, após aprovação da ComissãoCientífica.

2. Para que o resumo seja aceito, é indispensável o cum-primento de todas as normas a seguir: * O conteúdo dotrabalho deverá ser incluído estritamente no espaço doretângulo correspondente, sem ultrapassar as linhas deli-mitadas. Usar espaço simples entre as linhas, escrever bempróximo às margens laterais e superior. * Usar letra tipoTimes, Arial ou Helvética, em corpo 11. * Deixar espaçosao início de cada parágrafo. * Não usar espaços duplosentre parágrafos. * Título e autores: incluir no retângulo otítulo completo do trabalho, em letras maiúsculas, sem su-blinhar. * Escrever os sobrenomes completos e as iniciaisdos autores. Incluir a instituição e a cidade. * Não rasurar,não usar corretivos. * O resumo deve ser compacto eespecífico, contendo: a) Introdução (objetivos); b) Materiale métodos; c) Resultados; d) Conclusões. * Não serão acei-tos trabalhos em que conste a menção: “Os resultadosserão expostos e discutidos na apresentação”. * As abre-viaturas poderão ser usadas depois de terem sido escritaspor extenso, quando mencionadas pela primeira vez notrabalho; evitar seu uso excessivo. * No final do resumo,os autores poderão incluir três palavras-chave que identi-fiquem o tema do mesmo.

mações podem ser obtidas junto à empresa organizadorapelo telefone (11) 3062-1722, pelo fax (11) 3062-1710ou pelo e-mail: [email protected].

Promovido pela SBRH, o evento terá em seu progra-ma científico: conferências, mesas-redondas e simpósiossatélites. Entre os temas que serão discutidos na progra-mação científica do congresso estão Andrologia,Anticoncepção, Bioética e Reprodução Humana,Endoscopia Ginecológica, Endometriose Pélvica, Genéti-ca e Medicina Fetal, Ginecologia Endócrina, InfertilidadeConjugal, Reprodução Assistida, Saúde Mental, Sociolo-gia e Enfermagem, Sexualidade e Climatério.

Apresentação de Pôsteres3. A data limite para envio dos resumos é 30 de agosto de

2004 (será considerada a data do carimbo dos correios).

4. Não serão aceitos resumos enviados por fax.

5. Enviar os resumos com duas cópias impressas, dentrode um envelope sem dobrar, juntamente com um disquetecontendo o arquivo em Word.

6. Os resumos selecionados para publicação serão foto-copiados, de forma que seu conteúdo, gramática e ortogra-fia serão de responsabilidade exclusiva dos autores.

7. Os resumos recebidos fora do formato adequado, ouque não cumpram os requisitos mencionados, não serãoconsiderados para seleção do Programa Científico.

8. É necessário que dois autores ou co-autores estejaminscritos no Congresso.

9. O nome de um autor pode aparecer como primeiroautor em dois resumos e poderá figurar como co-autorem outros resumos.

10. Caso não receba a informação em tempo razoável,favor enviar o material novamente, pois o ComitêOrganizador poderá não tê-lo recebido ou o mesmo tersido extraviado.

11. Tamanho dos pôsteres não deverá superar os 150cm de altura e 90 cm de largura.

12. Título, nome dos autores e da instituição devem figu-rar na parte superior do pôster, e ter uma altura não supe-rior a 20 cm.

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8 Revista da SBRH

NOTÍCIAS

No dia 06 de dezembro, foi realizado no Hospi-tal Santa Catarina, em São Paulo, mais um curso pro-movido pela Sociedade Brasileira de ReproduçãoHumana (SBRH). A atividade, que trouxe como temacentral: Infertilidade ao alcance do ginecologista, temsido realizada em diversos hospitais e instituiçõesdo Brasil. Trata-se de cursos informais, durante osquais o participante assiste às apresentações e podetirar dúvidas.

De acordo com Artur Dzik, delegado da Socieda-de Brasileira de Reprodução Humana por São Paulo,o principal objetivo dessa iniciativa é transmitir infor-mação e experiência aos ginecologistas participantes,atraindo esses profissionais para a subespecialidadede Reprodução Humana. “O foco do curso é ampliaro leque de atuação do ginecologista”, afirmou ArturDzik. “O ginecologista geral tem competências paraorientar e dar atendimento adequado ao casal infértil.Para tanto, basta que ele realize uma boa propedêutica,tenha um ultra-som confiável e conte com o apoio deum laboratório de reprodução humana”, acrescentou.

SBRH realiza cursos em Reprodução Humana

Mato Grosso também terá curso

O sucesso da iniciativa da SBRH pode ser atribuí-do também a outros aspectos, como o conteúdo docurso. Analisando a programação científica, nota-seuma preocupação dos organizadores em discutir téc-nicas que podem ser utilizadas no dia-a-dia de consul-tório. Alguns dos tópicos habitualmente abordadossão: Propedêutica do casal infértil; Terapêutica:inseminação intra-uterina (indicações e indução daovulação); Terapêutica: inseminação intra-uterina (téc-nica e resultados); Gestação múltipla em reproduçãohumana e Abordagem psicológica do casal infértil.

A freqüência dessas reuniões tem sido bastantesatisfatória. Houve casos em que as vagas se esgo-taram semanas antes da realização do curso. A pre-visão da diretoria da Sociedade é de realizar, nestebiênio, cerca de 30 cursos pelo país, todos eles or-ganizados pela SBRH.

Os cursos promovidos pela Sociedade Brasileirade Reprodução Humana (SBRH), cujo tema central é“Infertilidade ao alcance do ginecologista”, tambémestão sendo organizados por delegados da entidadeem outros estados. Esse foi o caso do curso organizadopor Zelma Bernardes, delegada da SBRH, e realizadono dia 17 de abril no Adrias Hotel, em Goiânia.

O próximo curso sobre o tema acontecerá noMato Grosso do Sul. Veja a seguir mais informaçõessobre a realização de ambos os encontros

Curso de Mato Grosso do SulOrganização: Maria Auxiliadora B. Pontes,

delegada da SBRH.

Data: 18 e 19 de junho de 2004.

Local: Auditório Unimed – MS,em Campo Grande, MS.

Informações: (067) 3026-3855, com Cléia.

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NOTÍCIAS

A Diretoria da SBRH e o Conselho Editorial do Bole-tim convidam todos os interessados a participar das edi-ções do Boletim da SBRH. Todos os interessados podemsugerir pautas, enviar notícias e outras informações, de-senvolver artigos científicos ou simplesmente efetuar crí-ticas e sugestões para a melhoria do nosso veículo. O re-sultado da interação entre aqueles que produzem o Bole-tim da SBRH e aqueles que lêem o periódico será a produ-ção de um veículo de alta qualidade editorial e de conteú-do com aplicabilidade prática ao dia-a-dia dos leitores.

Textos para o Boletim da SBRH podem ser enviados dire-tamente para a SBRH pelo e-mail: [email protected]. Mais infor-mações: (11) 5055-2438 / 5055-6494, www.sbrh.med.br. Vejaa seguir as seções do Boletim da SBRH para as quais é possívelenviar material:

- Teses: resumo de dissertações de mestrado e teses de dou-torado defendidas;

- Encarte Científico em Reprodução Humana (ECRH): arti-gos científicos sobre temas relacionados à área de Repro-dução Humana;

- Identidade Secreta: hobbies e atividades irreverentes reali-zados por médicos;

- Agenda: anúncio da realização de eventos científicos.

Seja um colaboradordo Boletim da SBRH

Coordenador de curso fala sobre PropedêuticaAlém de ser delegado da Sociedade Brasileira de

Reprodução Humana (SBRH) por São Paulo e um doscoordenadores do curso “Infertilidade ao alcance do gi-necologista” no Estado, Artur Dzik também ministra au-las nessa mesma atividade, sendo responsável pelo tema“Propedêutica do Casal Infértil”. O médico também émestre e doutor em ginecologia, na área de ReproduçãoHumana, pela Faculdade de Medicina da Universidade deSão Paulo (FMUSP) e diretor do Setor de EsterilidadeConjugal do Hospital Pérola Byngton.

Segundo Artur Dzik, casais inférteis são aqueles quetentam ter filhos há mais de um ano sem sucesso. “Cercade 15% dos casais têm dificuldade de engravidar e neces-sitam de ajuda. Geralmente, nesses casos, 40% têm difi-culdade pelo fator masculino, 40% pelo fator feminino e20% pela intersecção dos dois fatores”, explica.

De acordo com o coordenador, o tratamento do casalinfértil deve envolver a atuação do médico ginecologistae do médico que atua em Reprodução Humana, nessaordem. “Com uma boa anamnese, exame físico epropedêutica básica pode-se indicar uma conduta a sertomada, sento o tratamento de baixa complexidade (coitoprogramado e inseminação intra-uterina)”, ressalta. Ébasicamente sobre isso que fala a primeira parte do cur-so promovido pela SBRH.

Durante a realização da anamnese, o ginecologistadeve estar atento aos seguintes fatores: idade avançadada paciente(> 37 anos), tempo de infertilidade, antece-dentes cirúrgicos(miomectomias, apendicites complica-das, exerese de cisto ovariano), antecedentes menstru-ais e avaliação de freqüência de relacionamento sexualdo casal. Após a anamnese, o ginecologista deve realizarum exame físico geral e ginecológico detalhado(exameespecular e toque bimanual), inclusive com a palpaçãoda tireóide. Exames complementares também devemser solicitados, entre os quais avaliação da reserva ova-riana (FSH, LH E E2 com a paciente menstruada), avalia-ção hormonal da tireóide(TSH e T4L), prolactina,sorologias (anti HIV, HEP B e C, sífilis e rubéola) e ad-ministração de ácido fólico preventivo (prevenção demá formação do tubo neural fetal).

Ainda conforme Artur Dzik, o ginecologista devecontinuar a investigação do casal infértil avaliando o fa-tor cervical (teste pós-coital com avaliação do mucocervical), analisando a ovulação por meio de ultra-somseriado e realizando um primeiro espermograma comprocessamento seminal do parceiro. Num ciclo seguinte,deve-se fazer a avaliação anatômica (histerosalpingografia)e, eventualmente se houverem dúvidas, um segundoespermograma com processamento seminal.

Além de se submeter a todos es-ses procedimentos, é recomendávelque o casal infértil receba um acompa-nhamento psicológico especializado naárea. “A fertilidade tem um aspectoemocional muito grande e o trabalhoconjunto do psicólogo ajuda no bomandamento do diagnóstico e tratamen-to”, garante o coordenador, que com-para o tratamento do casal infértil auma corrida de maratona em que só os casais com fôle-go emocional chegam ao final do tratamento com êxito.

Na segunda parte do curso promovido pela SBRHsão discutidos tópicos polêmicos da especialidade e avan-ços em reprodução humana. Sobre a atividade, um co-mentário especial é realizado por Artur Dzik: “os pales-trantes convidados possuem experiência prática e aca-dêmica na área, representando também serviços varia-dos, todos de alto nível”. Em reconhecimento aos bene-fícios da iniciativa para o aprimoramento científico dosparticipantes, o coordenador faz um chamamento aosdelegados da SBRH de outros Estados. “Organizem tam-bém cursos em suas regiões de atuação”.

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10 Revista da SBRH

PERFIL

O melhor atestado para a relevância profissional deum homem é o reconhecimento público por parte domeio em que atua. No caso de José Weydson de BarrosLeal, médico ginecologista do Recife com projeção nacional,esse reconhecimento se faz claro em alguns fatos recentes.“Após ter deixado de ensinar sobre os bancos acadêmicos,recebi algumas retribuições que me emocionaramprofundamente”, declara o profissional. Um dos fatos aosquais ele se refere ocorreu na Universidade Federal dePernambuco, quando ele recebeu o título de ProfessorEmérito. “Fui aplaudido de pé”, lembra. Os aplausos tambémsurgiram quando a Assembléia Legislativa do Estado dePernambuco lhe concedeu o título de “CidadãoPernambucano”. O médico ainda foi aplaudido de péquando a Federação Latino-Americana das Sociedades deObstetrícia e Ginecologia (FLASOG) lhe concedeu oraríssimo e honroso título de “Maestro” da TocoginecologiaLatino-americana. E, mais recentemente, quando foichamado para compor a mesa de instalação do 50ºCongresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia,realizado recentemente no Recife, o médico foicopiosamente aplaudido.

Se o sucesso e a fama marcam uma extremidade davida profissional de Weydson Leal, a simplicidade e odesprendimento são componentes de destaque em outraextremidade. Aos 73 anos de idade, o médico revela umdos segredos de sua grande realização profissional. “Odinheiro é básico para a existência do ser humano, mas

Amor à ciência, ao trabalhoe ao próximo. Para JoséWeydson de Barros Leal,médico ginecologista quetrabalha no Recife, essesdevem ser os principais

objetivos de um profissionalque se dedica à medicina

Missão bem-sucedida

não tão importante quanto o amor à ciência, ao trabalhoe no servir ao próximo, meta de todo médico”, ressalta.

A carreira profissional de Weydson Leal teve início noano de 1956, quando se formou médico pela Faculdade deCiências Médicas da Universidade de Pernambuco.Terminada a faculdade, o médico realizou, em 1957, umcurso de pós-graduação no Serviço do Professor JoséMedina, no Hospital das Clínicas da Universidade de SãoPaulo. Em seguida, cursou residência médica no Serviçode Ginecologia do Professor Rosaldo Cavalcanti, no Hos-pital Santo Amaro, da Santa Casa de Misericórdia de Recife.Após a residência, tornou-se “Chefe de clínica” deGinecologia da Universidade Federal, no histórico Hospi-tal Pedro II na época o Hospital das Clínicas.

Posteriormente, Weydson Leal ainda efetuou trêscursos de pós-graduação, além de dezenas de cursos deatualização. O primeiro deles, o curso “Fisiologia daReprodução Humana” (Adiestramento en planificacion de lafamilia), foi efetuado em 1967, na Faculdade de Medicinada Universidade do Chile. O segundo, realizado em 1980,intitulava-se Management of the Interfile Couple, pela TheJohn Hopkins University em Baltimore, EUA. E o terceiro,concluído ao final deste mesmo ano, foi o curso práticode Adiestramento en Tecnicas Quirurgicas en LaparoscopiaDiagnostica y Terapeutica, pela Associaciõn Pró-Bienestar de laFamilia em Medellín, Colômbia.

Na área acadêmica, a primeira atividade de WeydsonLeal foi decorrente da aprovação em um concurso interno

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de auxiliar de ensino, realizado em 1959. Em 1962, o médicorealizou um segundo concurso, para professor-assistente,defendendo uma tese sobre “Sindrome de Stein-Leventhal”.Em 1975, foi aprovado em um concurso para professor“docente livre”, com a tese “Aspectos morfológicos doovário humano sob a ação de ovulostáticos combinados”.

Em 1978, José Weydson de Barros Leal submeteu-sea um concurso de títulos englobando todas as cadeiras(obstetrícia, ginecologia e pediatria). Resultado: obteve oprimeiro lugar para o grau de professor-adjunto.Finalmente, o ginecologista realizou concurso para pro-fessor titular da disciplina de ginecologia da Faculdadede Medicina da Universidade Federal de Pernambuco.Vinte e cinco anos depois, ministrou a disciplina declimatério do curso de mestrado da Faculdade de CiênciasMédicas de Pernambuco. Anos antes, foi assistente dadisciplina de cirurgia abdominal na Faculdade de CiênciasMédicas de Pernambuco.

Atualmente, Weydson Leal dirige sua clínica particu-lar, a qual é dividida em dois expressivos setores:reprodução humana e climatério. “O primeiro setor deve-se ao meu louvado passado como presidente daSociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), eo segundo teve influências da Sociedade Brasileira deClimatério (SOBRAC), onde exerci por duas vezes a vice-presidência”, explica ele, que também foi presidente daFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia eObstetrícia (Febrasgo).

Um fato importante a ser ressaltado, relacionado àcarreira profissional de Weydson Leal, é que o médicoteve responsabilidade no nascimento do primeiro bebêde proveta do norte-nordeste brasileiro, uma criança dosexo feminino, hoje com 13 anos de idade. “Minha mulher,Antonieta, que atua como minha bióloga há 13 anos, éresponsável pelo laboratório que ‘cria’ os bebês deproveta nascidos no meu Serviço. Inclusive este primeiro,que acabamos de mencionar, foi resultado do trabalhodela”, destaca.

Quando questionado sobre a razão de ter escolhido amedicina como profissão, Weydson Leal respondediretamente. “Em primeiro lugar, pelo meu passado fami-liar, pois descendo de pais, avós paternos e tiosfarmacêuticos, além de tios-avôs médicos. Minha primeirairmã, ginecologista especializada em colpocitologia oncóticae colposcopia, e alguns primos médicos também acabaramme influenciando”. “Nasci em uma pequena cidade,praticamente dentro de uma farmácia, na qual ofarmacêutico, meu pai, além de viver a medicina comunitária,sempre esteve envolvido com médicos amigos que ocobriam nas suas atuações”, acrescenta. A escolha daespecialidade de ginecologia e obstetrícia, por sua vez, foimotivada pelo contato com o Serviço de Ginecologia doHospital Santo Amaro, ainda no final da graduação em

medicina. “A partir do quarto ano da faculdade, tornei-meinterno nessa instituição, onde fiz nascer o alicerce de minhaopção. Daí caminhei sempre objetivamente, ou seja, embusca da ginecologia clínica e cirúrgica”, explica.

A influência familiar que definiu a carreira de WeydsonLeal continua a refletir sobre seus descendentes. Evidênciadeste processo é o fato de que outros médicos continuama surgir na família Leal, possivelmente influenciados peloexemplo desse grande ginecologista. “É o caso do meusobrinho Cláudio Barros Leal Ribeiro, que possui mestradoe doutorado em ginecologia e pós-graduação na Inglaterra,sendo também o diretor do centro de reprodução humanada minha clínica e presidente da Sociedade de Ginecologiae Obstetrícia de Pernambuco (SOGOPE), além de ter sidodelegado da SBRH e da Febrasgo”, diz, orgulhoso.

Quando não está atuando na profissão, WeydsonLeal gosta de dançar, uma satisfação que, segundo ele, édecorrente das noites de serenatas que seu pai faziacom amigos na calçada de sua casa. “Lá, eu era convidadoespecial. Meu pai era um grande solista e acompanhanteadmirável, mas pouco cantava, preferindo ouvir as valsase as canções dos seus companheiros”, relata. “Àsmulheres, e inclusive minhas irmãs, não era permitido iràs ruas. Elas então ficavam debruçadas nas janelas”,lembra-se em seguida.

Além da dança, uma boa leitura também costuma atrairo médico em suas horas vagas. “Modestamente, sou‘gamado’ em estudar, de tal forma que todo dia, até nosábado ou domingo, gosto de manusear e escrever algosobre ginecologia”, garante o ginecologista, que, além dastrês referidas teses, foi autor de dois livros produzidospela editora Revinter/RJ: o primeiro, no ano de 1994,intitulado “Reprodução Humana” e o segundo, no ano de1999, intitulado “Concepção e Anticoncepção”.“Recentemente, trabalhei em um livro, que ‘está no forno’,intitulado ‘A Grande Viagem’. Nesta obra, do começo aofim, faço um relato sobre meus anos no Ceará, meusestudos no Espírito Santo e na Bahia, com ancoradourono Recife, há 50 anos”.

Casado e pai de três filhos, também casados e formados,Weydson Leal demonstra uma grande realização pessoal.Ao efetuar um breve balanço sobre sua trajetória, oginecologista é categórico ao afirmar: “Por hipótese algumaeu mudaria minha vida. Apenas procuraria me desdobrarmais nas subespecialidades, de forma a completar minhaformação médica. Eu me dedicaria, por exemplo, àendocrinologia, à genética e, com maior afinco, à sexologia,pois esta área tem um vínculo muito forte com quase todaproblemática vivida pela mulher”, avalia. Confirmando esseposicionamento, o médico traça como sonho a serrealizado o simples desejo de permanecer estudando,dando forças aos novos médicos, trabalhando e atendendosuas pacientes, às quais devota grande estima e atenção.

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12 Revista da SBRH

IDENTIDADE SECRETA

AventuraEm busca de

Q uando soube, por intermédio de uma guia, que es-tava sendo organizada uma excursão ao pico de

Itaguaré, um dos três mais altos do país, e à cachoeira daGomeira, de quase 60 metros de altura, Cassiana Giribelanão fazia idéia do que era trekking, rapel, rafting ou canoying.Na ocasião, pensou somente que tal passeio poderiaajudá-la a combater o estresse da profissão. Ao aceitar odesafio, ela conheceu um novo estilo de vida, o qual pre-tende nunca mais abandonar.

Desde que conheceu o ecoturismo, Cassiana Giribelajá praticou treeking, rapel, rafting e canoying (veja quadroabaixo). Atualmente, as modalidades que mais pratica sãoo trekking e o rapel, sempre junto a grupos e com empre-sas especializadas. Em função dos compromissos profis-sionais, a médica não se dedica tanto quanto gostaria aessas atividades. “Depende das ‘épocas’ dos partos. Atual-mente faço isso nos feriados em que não estou esperan-do ninguém para nascer, o que significa duas a três vezespor semestre”, relata.

O hobby já rendeu à ginecologista diversos momen-tos inesquecíveis. “Um dos lugares mais surpreendentesque visitei foi a Chapada Diamantina. Lá, quando você seaproxima da Cachoeira da Fumaça, de 400 metros dealtitude, o vento sopra, fazendo mesmo uma fumaça, eum arco-íris aparece, como se desse boas-vindas aos vi-sitantes”, descreve. A atividade também pode causar ex-periências emocionantes e até perigosas. “Uma vez, naSerra da Canastra, fui a um passeio considerado tranqüi-lo. Ao ver minha mala, o guia falou que eu era exagerada,pois levava lanterna, com duas trocas de pilha, entre ou-tras coisas. Entretanto, uma das etapas do trekking de-morou, e escureceu. Só tínhamos três lanternas para umgrupo de 25 pessoas caminhar no escuro, no meio domato. Para piorar, fomos perseguidos por uma manadade gados Nelore. E como se isso já não fosse suficiente,o ônibus que ia nos levar à cidade, a 16 km da trilha, foiembora”, recorda-se.

Apesar de imprevistos como o descrito acima,Cassiana Giribela não tem dúvidas quanto aos benefíciosdo ecoturismo. “É um prazer indescritível, tanto que vi-

Há 4 anos, durante uma viagem de família à cidade de Passa Quatro, no sul de Minas Gerais, aginecologista Cassiana Rosa Galvão Giribela teve uma experiência que mudou totalmente a sua vida

rou um vício pra mim”, afirma. Para aqueles que têm von-tade de praticar esportes de aventura, a ginecologistaaconselha: “utilizem o serviço de empresas especializa-das, de renome, cadastradas pela Embratur e que respei-tem todas as normas de segurança e manutenção perió-dica dos equipamentos”, ressalta. “Equipamento adequa-do também é fundamental”, acrescenta a médica. “Peçasempre dicas e faça perguntas a quem já costuma fazeresse esporte. O verdadeiro check list se consegue comexperiência”, ela conclui.

Saiba mais sobreesportes de aventura

Trekking - Na tradução para o português, a palavratrekking quer dizer caminhar, trilhar, andar. Muito acessí-vel, do ponto de vista financeiro, essa atividade pode serpraticada por qualquer pessoa, de qualquer idade (res-salvo àqueles que estão há muito tempo sedentários),em qualquer lugar.

Rapel - Esta modalidade, bastante difundida em corri-das de aventura, consiste em utilizar técnicas verticaispara vencer obstáculos naturais, como penhascos eparedões, ou para efetuar escaladas, estudosespeleológicos e resgates em montanhas.

Rafting - Nesta atividade é preciso vencer a corredeirade um rio a bordo de um bote. O trabalho em equipe éfundamental, pois enquanto o instrutor dita os coman-dos, os remadores devem procurar o sincronismo.

Canoying - Assim como o rapel, também consiste emutilizar técnicas verticais para vencer obstáculos, que nessecaso são sempre as cachoeiras. Seguro por uma corda, épossível chegar a um lugar onde, em condições normais,não se poderia ir.

12 Revista da SBRH

Rosa Galvão Giribela

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Ano 2, Número 1, Janeiro/Maio 2004 13

TESES

Autor: Fábio IkedaORIENTADOR: MAURÍCIO SIMÕES ABRÃO

Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da Uni-versidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre emMedicina. Área de Concentração: Obstetrícia e Ginecologia.

A microlaparoscopia representa uma evolução da cirur-gia endoscópica, possibilitando a realização de pequenos pro-cedimentos de forma minimamente invasiva. A endometrio-se nos estádios iniciais apresenta controvérsias em aspectosrelacionados ao seu diagnóstico e terapêutica. A microlapa-roscopia, por ser menos agressiva, pode aumentar a indica-ção de intervenção cirúrgica nas pacientes e, conseqüente-mente, oferecer diagnóstico e terapêutica precoces.

No presente estudo, avaliaram-se, de forma prospectiva erandomizada, 50 pacientes divididas em três grupos, nos quaisse realizou: microlaparoscopia sob sedação, microlaparosco-pia sob anestesia geral e laparoscopia convencional (comendoscópio de 10 mm), para diagnóstico e tratamento de en-dometriose pélvica nos estádios I e II, conforme a classificaçãoda American Society for Reproductive Medicine revisada em 1996.

Avaliação da microlaparoscopia no diagnóstico e tratamentode pacientes com endometriose pélvica nos estádios iniciais

Compararam-se esses procedimentos em relação à dorpós-operatória (pela escala visual analógica de dor e quan-tidade de analgésico utilizada), ao tempo de retorno às ati-vidades habituais, tempo de internação hospitalar e aos cus-tos da intervenção.

A análise dos resultados permitiu concluir que a mi-crolaparoscopia causou menos dor nos seis primeiros diasde pós-operatório, acarretando também um menor con-sumo de analgésicos no período. O retorno às atividadeshabituais foi mais rápido para as pacientes que se subme-teram à microlaparoscopia. A sedação apresentou menorincidência de outras inconveniências pós-operatórias, comonáuseas, vômitos e dor na orofaringe. A microlaparosco-pia sob sedação proporcionou um período de internaçãomais breve que a microlaparoscopia sob anestesia geral ea laparoscopia convencional. Quanto aos custos do pro-cedimento, a microlaparoscopia sob sedação permitiu re-dução dos custos hospitalares, considerando-se drogas emateriais anestésicos, tempo de internação hospitalar etempo de uso da sala cirúrgica. Não houve diferença signi-ficante nos custos de permanência na sala de recuperaçãopós-anestésica.

Autora: Soraya Vecci MohallemORIENTADORA: MARISA DOLHNIKOFF

Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidadede São Paulo para obtenção do título de Doutor em Medicina.Área de Concentração: Patologia.

Inúmeros estudos têm demonstrado os efeitos nocivosda poluição atmosférica sobre a saúde humana. O efeito dapoluição sobre a reprodução tem sido estudado principal-mente em homens, notando-se redução da qualidade do sê-men. Por outro lado, poucos estudos têm avaliado os fato-res ambientais envolvidos nas alterações da funçãoreprodutiva feminina. O objetivo deste estudo foi avaliar osefeitos da poluição atmosférica da cidade de São Paulo so-bre a fertilidade feminina de camundongos.

O presente estudo prospectivo foi realizado utilizan-do-se camundongos Balb/c fêmeos. Quatro grupos de ca-mundongos fêmeos foram criados a partir de dez dias e dezsemanas de vida em duas câmaras de topo aberto. A pri-meira câmara contendo dispositivo de filtragem do ar (câ-mara limpa) e a segunda sem tal dispositivo (câmara poluí-da). A concentração de poluentes foi determinada através

Influência da poluição atmosférica de São Paulona fertilidade feminina de camundongos

de medidas de PM10 e NO2 nas duas câmaras. O estudo foidesenvolvido nos meses de agosto a dezembro de 2001. Osanimais foram cruzados após três meses de exposição. Ope-ração cesariana foi realizada no 19º dia de gestação e avali-ado o número de nascidos vivos, áreas de reabsorção, nati-mortos, corpos lúteos e falhas de implantação.

Obtiveram-se os seguintes resultados: as concentraçõesde PM10 e NO2 na câmara limpa foram 50% e 77,5% me-nores que na câmara poluída, respectivamente. Diferençasnos parâmetros reprodutivos foram observados apenas nosgrupos expostos logo após o nascimento (dez dias de vida).Observamos um maior número de nascidos vivos por ani-mal na câmara limpa quando comparados à câmara poluída(média = 4,93 e 3,77, respectivamente, p = 0,037). Nos ani-mais da câmara poluída observou-se maior número de fa-lhas de implantação quando comparados aos da câmara limpa(média = 3,61 e 2,42, respectivamente, p = 0,048). Não houvediferença significativa no número de gestantes, abortos enatimortos entre os dois grupos.

A conclusão a que se chegou com esse estudo é de queos resultados encontrados suportam a hipótese de que asaúde reprodutiva representa um alvo dos poluentes at-mosféricos de São Paulo

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14 Revista da SBRH

AGENDA

Nome: _______________________________________________________ Data de Nascimento: ___/___/___

Nacionalidade: _____________________ CRM ou equivalente: ________ Profissão: ___________________

End. correspondência: ______________________________________________________________________

Bairro: ___________________________ Cep: ______________________ Cidade: ___________ Estado: __

Telefone com: ______________________ Fax: ______________________ Telefone res.: ________________

Cel: ______________________________ E-mail: ________________________________________________

Formado pela escola: ________________ Ano: ______________________ Especialidade: _______________

Títulos: ___________________________ Instituição onde trabalha:_________________________________

NOVOS SÓCIOS DA SBRHFique sócio da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e receba

periodicamente as edições do Boletim da SBRH. Para isso, basta preencher o formulá-rio abaixo e enviá-lo para a sede da Sociedade, aos cuidados da diretoria.A proposta será analisada e respondida.

A SBRH está situada na Av. Jandira, nº 257, 14º andar, cj. 146, em Moema – Cep. 04080-001, São Paulo, SP.Mais informações: Tel/Fax: (11) 5055-6494 / 5055-2438 / e-mail: [email protected] / site: www.sbrh.med.br

JUNHOXXVII JORNADA CEARENSE DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – o encontroacontecerá de 30 de junho a 2 de julho, no Hotel Ponta Mar, noCeará. Realização: Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia.Informações: Tel (85) 244-2423 / Fax (85) 244-2423 / E-mail:[email protected]

JULHO1º CONGRESSO BAIANO DE GINECOLOGIA ENDÓCRINA / 4º CONGRESSO

BAIANO DE CLIMATÉRIO E MENOPAUSA / 3º CONGRESSO BAIANO DE

REPRODUÇÃO HUMANA – os eventos serão realizados nos dias 2 e 3de julho, no Pestana Bahia Hotel, em Salvador, BA. Informações: (71)2106-1043/1045

AGOSTO30ª JORNADA GOIANA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA / 18º CONGRESSO DE

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DO BRASIL CENTRAL – os encontrosacontecerão de 4 a 8 de agosto, em Goiânia, GO. Realização: SociedadeGoiânia de Ginecologia e Obstetrícia. Mais informações: Tel (62) 285-4586 / Fax (62) 285-4607 / e-mail: [email protected]

XXIII JORNADA PARAIBANA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – a jornadaacontecerá de 12 a 14 de agosto, em João Pessoa, PB, sob a realizaçãoda Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Paraíba. Maisinformações: Tel (83) 244-5555 / Fax (83) 244-5555 / e-mail:[email protected]

IX CONGRESSO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

– o evento, promovido pela Sociedade de Obstetrícia e Ginecologiado Estado de São Paulo acontecerá de 19 a 22 de agosto de 2004, noITM-Expo, em São Paulo. Mais informações podem ser obtidas pelotelefone (11) 3884-7100.

SETEMBROXI CONGRESSO ESPÍRITO SANTENSE DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – comrealização prevista para 1 a 4 de setembro, no Centro de Convençõesde Vitória, ES, este congresso é uma realização da Sociedade deGinecologia e Obstetrícia do Espírito Santo. Informações: Tel (27) 3227-4468 / Fax (27) 3325-1765 / e-mail: [email protected]

OUTUBROXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO HUMANA – o congresso,promovido pela Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH),acontecerá de 20 a 23 de outubro, no Palácio das Convenções do Anhembi,em São Paulo. Mais informações pode ser obtidas junto ao Tel (11) 30621722, Fax (11) 3062 1710 ou e-mail: [email protected]

IV CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE CLIMATÉRIO E MENOPAUSA – FLASCYM2004 / III CONGRESSO CHILENO DE CLIMATÉRIO – ambos os eventos serãorealizados de 31 de outubro a 4 de novembro e terão como local deevento a cidade de Santiago do Chile. Mais informações podem serobtidas pelos e-mails: [email protected] / sociedad@climatério.clou pelo site: www.flascym.org.

NOVEMBROXXIII CONGRESSO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DO NORDESTE – realizadopela Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia, este eventoacontecerá de 10 a 13 de novembro, em Salvador, BA. Mais informaçõespodem ser obtidas pelo Tel (71) 331-9666, Fax (71) 247-4351, e-mail:[email protected] ou home page: www.st-eventos.com.br.

XII CONGRESSO SUL BRASILEIRO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA – Realizado emCuritiba, PR, pela Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná, oencontro acontecerá de 25 a 27 de novembro. Informações: Tel (41) 223-4417 / e-mail: [email protected] / [email protected].

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