ano 18 nº 200 mai/12 do oeste da bahia para o mundo · la microlins, e abrange os municípios de...

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ANO 18 Nº 200 Mai/12 Página 07 Página 02 Páginas 03 a 06 Página 02 Privatização - Cartório de Regis- tro de Imóveis de Correntina-BA continua fechado. Em Luís Eduar- do Magalhães, atividades do Car- tório de Notas serão retomadas em prédio da Prefeitura. A suspensão dos serviços por um tempo prolon- gado prejudicou o produtor rural. Do Oeste da Bahia para o mundo Cerrado baiano vai exportar milho pela primeira vez. Escoar o excedente da safra do cereal para o mercado externo abre nova opção para o produtor e con- tribui para sustentar os preços. Aiba intermediou os primeiros embarques e acredita que a exportação será em es- tímulo ao incremento da área plantada com milho na próxima safra. 3º Relatório de Safra Alta Tecnologia aplicada no campo amorteceu o efeito da estiagem.No total, o Oeste da Bahia deverá colher 7,3 mi- lhões de toneladas de grãos, 7% a mais que em 2010/11. A área plantada foi de 2 milhões de hectares (+10%), com Va- lor Bruto de Produção (VBP) de R$6 bilhões. Personalidade – Bahia Farm Show terá o secretário estadual da Agricultu- ra, Eduardo Salles, como homenagea- do da edição 2012.

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Page 1: ANO 18 Nº 200 Mai/12 Do Oeste da Bahia para o mundo · la Microlins, e abrange os municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e o Distrito de Roda Velha

ANO 18 Nº 200 Mai/12

Página 07

Página 02

Páginas 03 a 06

Página 02

Privatização - Cartório de Regis-tro de Imóveis de Correntina-BA continua fechado. Em Luís Eduar-do Magalhães, atividades do Car-tório de Notas serão retomadas em prédio da Prefeitura. A suspensão dos serviços por um tempo prolon-gado prejudicou o produtor rural.

Do Oeste da Bahia para o mundoCerrado baiano vai exportar milho pela primeira vez. Escoar o excedente da safra do cereal para o mercado externo abre nova opção para o produtor e con-tribui para sustentar os preços. Aiba intermediou os primeiros embarques e acredita que a exportação será em es-tímulo ao incremento da área plantada com milho na próxima safra.

3º Relatóriode Safra

Alta Tecnologia aplicada no campo amorteceu o efeito da estiagem.No total, o Oeste da Bahia deverá colher 7,3 mi-lhões de toneladas de grãos, 7% a mais que em 2010/11. A área plantada foi de 2 milhões de hectares (+10%), com Va-lor Bruto de Produção (VBP) de R$6 bilhões.

Personalidade – Bahia Farm Show terá o secretário estadual da Agricultu-ra, Eduardo Salles, como homenagea-do da edição 2012.

Page 2: ANO 18 Nº 200 Mai/12 Do Oeste da Bahia para o mundo · la Microlins, e abrange os municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e o Distrito de Roda Velha

ANO 18 Nº 200 Mai/12 2

ANO 18 - Nº 200 - Mai/12Publicação mensal editada pela Associação de

Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba

Jornalista Responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Aprovação Final:Alex Rasia

Editoração Eletrônica:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro

(77) 3614-1201

Tiragem:2.500 exemplares

Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através

de e-mail para: [email protected]

Matérias da Abapa, Fundeagro e Fundação Bahia são de responsabilidade das referidas entidades.

A reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é permitida e até recomendada, desde que

citada a fonte.

Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180 - Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020

www.aiba.org.br

A comunidade de Correntina aguar-

da a reabertura do Car-tório de Registro de Imóveis, fechado des-de o dia 25 de março último, quando entrou em vigor a lei estadual que privatizou os es-tabelecimentos. A ex-pectativa era que, on-tem mesmo, o órgão voltasse às atividades em novo endereço, o Fórum municipal. A sinalização para um possível recomeço dos trabalhos havia sido dada pelo juiz cor-regedor José Carlos do Nascimento, que visitou a comarca no dia 27 de abril, após demanda da Associa-ção de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) ao Desembar-gador Antônio Pessoa Cardoso, em reunião na sede do Tribunal de Justiça da Bahia, no

Cartório de Registro de Imóveis de Correntina-BA continua fechado. Em Luís Eduardo Magalhães, atividades do

Cartório de Notas serão retomadas em prédio da PrefeituraCentro Administrati-vo, em Salvador.

Desde o dia 25 de março, a comunida-de de Correntina não conta com os servi-ços do Cartório, cujo concessionário renun-ciou ao direito após as mudanças na legisla-ção baiana. Em Luís Eduardo Magalhães, a situação era a mes-ma com o Cartório de Notas, mas, segundo informou a Prefeitura Municipal, o proble-ma foi solucionado e, dentro de 15 dias, o Cartório de Notas voltará a funcionar no município, com aten-dimento de segunda a sexta-feira e em novas instalações. A deci-são foi anunciada em reunião na no dia 04 de maio, entre o pre-feito Humberto Santa Cruz, a procuradora-geral do município,

Danielle Luz, e o sub tabelião, Jaider Silva Santos.

O cartório, que funcionava no Fórum da cidade, estava pa-ralisado há mais de 40 dias. Assim que voltar às atividades, o Cartó-rio de Notas atenderá na sede da Prefeitura Municipal, no local onde funcionava a Se-cretaria de Cultura.

Na sexta-feira pas-sada (04), a Aiba en-trou em contato com a Assessoria de Comu-nicação do Tribunal de Justiça da Bahia, que informou que a mudança do Cartório de Correntina para o Fórum do município ocorreria durante o final de semana, es-tando o órgão pronto na segunda-feira (07), ainda que fossem es-perados eventuais pro-blemas na fase inicial.

A suspensão das atividades nos cartó-rios de Registro de Imóveis de Correnti-na e de Luís Eduardo Magalhães está acar-retando sérios proble-mas à sociedade nos municípios do Oeste da Bahia, em especial, aos produtores rurais. Os agricultores de-pendem dos serviços cartorários para ope-racionalizar, junto aos agentes financeiros e fornecedores, a capta-ção de recursos para custeio e investimento em suas lavouras.

O assunto vem sen-do tornado público pela Aiba, que tratou do problema, inclusi-ve, com os parlamen-tares baianos. No dia 26 de abril, às 16h, o vice-presidente da entidade, Sérgio Pitt, e o diretor regional da Aiba, João Lopes

Araujo, reuniram-se com o Corregedor das Comarcas do Interior do Estado da Bahia, Desembargador Antô-

No dia 13 de abril, 80 alunos da rede pública do Oeste da Bahia, contemplados pelo Programa

de Inclusão Digital (PID) do Fundeagro, receberam o diploma de certificação de curso. A cerimônia foi rea-lizada no auditório da Abapa, em Barreiras.

O PID foi criado em 2006, como uma ferramen-ta de Responsabilidade Social do Fundeagro, e tem como objetivo elevar jovens estudantes com poucos recursos às condições desejáveis para o mercado de trabalho. Os rapazes e moças atendidos têm idade entre 16 e 19 anos, e são selecionados rigorosamente seguindo critérios de idade, bom rendimento escolar e nenhuma experiência profissional prévia.

O projeto é uma parceria do Fundo com a esco-la Microlins, e abrange os municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e o Distrito de Roda Velha. Mais de 440 alunos,de 21 turmas, já se formaram.

“O Fundeagro investe diretamente em pessoas e preocupa-se com a realidade econômica social do meio onde está inserido. Pensa que cada um pode fazer uma grande diferença, basta apostar e acreditar num futuro melhor, de desenvolvimento e crescimento”, diz o pre-sidente da entidade, Ademar Marçal.

PID do Fundeagro forma nova turma

nio Pessoa Cardoso, na sede do Tribunal de Justiça da Bahia, no Centro Administrati-vo, em Salvador.

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As áreas de explo-ração agrícola

mais recentes, localiza-das na região de transi-ção entre a caatinga e o cerrado da Bahia, são as que estão sofren-do mais severamente os efeitos da maior es-tiagem dos últimos 30 anos no estado, naque-la região. Baianópolis, Cocos, Correntina e Ja-borandi são alguns dos municípios mais atin-gidos. A Associação de Agricultores e Irri-gantes da Bahia (Ai-ba) consolidou, no dia 25 de maio, os dados do 3º Relatório da Sa-fra 2011/12, após reu-nião do Conselho Téc-nico da entidade e ins-tituições diversas. Nas áreas novas, as médias das perdas chegam até 80% na produção da soja. A oleaginosa é geralmente a primeira cultura introduzida nas áreas recém abertas de cerrado, e, por isso, re-flete em maior grau o problema.

O algodão também sofre as consequências da seca, mas as perdas estimadas, até então, são de 10%. Já o mi-lho, dentre as três prin-cipais commodities produzidas na região, foi a que menos sen-tiu os efeitos da estia-gem, pois a maior par-te das lavouras de mi-lho conseguiu fechar o ciclo produtivo antes do agravamento da si-tuação, observado es-pecialmente em algu-mas microrregiões. A

Aiba divulga o 3º Relatório de Safra, considerando a estiagemprodutividade média para o milho está es-timada em 155 sacas por hectare, 3% aci-ma da expectativa dos 1º e 2º Levantamentos da Safra 2011/12, po-rém 5% abaixo do que foi registrado no perío-do 2010/11.

“Com todo o pro-blema climático, algo que não se via desde a safra 2001/ 2002, ain-da teremos um bom re-sultado geral na região, com soja perdendo em produtividade 14%, o milho, 5% e o algodão 10%. E é preciso que se diga que estes nú-meros são comparados à safra anterior, que foi recorde de produtivi-dade nas três culturas. Isso é uma demonstra-ção de que a aplicação de alta tecnologia na agricultura é um gran-de mitigador de risco climático”, diz o pre-sidente da Aiba, Walter Horita.

Para o diretor do Conselho Técnico da Aiba, Antônio Gres-pan, pode-se concluir que, nesta safra, o pro-dutor que fez rotação de cultura foi recom-pensado. “Em que pese o maior risco climático que a cultura do mi-lho apresenta, quando a estiagem iniciou, as lavouras estavam com seu potencial de pro-dução consolidado. A diversificação na ma-triz produtiva deu mais uma prova de sua efi-cácia. O produtor pre-cisa ter opções para es-

tabilizar suas receitas, tanto diante de frus-trações climáticas, co-mo das flutuações do preços das commodi-ties. A rotação contri-bui tanto para a susten-tabilidade ambiental, como para a econômi-ca”, analisa Grespan.

Participaram da reunião de valida-ção dos dados do Conselho Técnico da Aiba, a Associa-ção dos Produtores de Algodão da Bahia (Abapa),Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Aba-café), Associação dos Engenheiros Agrôno-mos de Barreiras (AE-AB), Associação dos Produtores de Soja da Bahia (Aprosoja-BA), Associação dos Produ-tores de Sementes da Bahia (Aprosem-BA), Banco do Brasil, HS-BC, Bunge, Cargill, Desenbahia, Funda-ção BA, Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Sindicato dos Produ-tores Rurais de Barrei-ras, Sindicato dos Pro-dutores Rurais de Luís Eduardo Magalhães.

Irrigação complementar

No Oeste da Bahia, as lavouras irrigadas representam apenas 8% do total da região. A Aiba defende uma proposta de “outor-ga sazonal” para apro-veitar os períodos de maior vazão e introdu-

zir uma irrigação com-plementar.

De acordo com o vice presidente da Ai-ba, Sérgio Pitt, esta medida poderia ame-nizar um pouco o pro-blema em pontos iso-lados, com a irrigação complementar no perí-odo de fevereiro a mar-ço. Essa água poderia ser usada na lavoura neste período em que deveria ter chovido. “Nesses casos especí-ficos, estamos deixan-do a água dos rios sim-plesmente passar, sem aproveitar esse po-tencial hídrico nas la-vouras, para garantir uma oferta maior de alimentos, e o inves-timento dos produto-res”, disse Pitt.

Produção

No total, o Oeste da Bahia deverá co-lher 7,3 milhões de to-neladas de grãos, 7% a mais que em 2010/11. A área plantada foi de 2 milhões de hecta-res (+10%), com Va-lor Bruto de Produção (VBP) de R$6 bilhões.

Soja

A cultura da soja foi a mais afetada pelo dé-ficit hídrico. Os vera-nicos ocorreram no pe-ríodo crítico do ciclo produtivo, ocasionan-do redução sensível do potencial das lavouras. “Porém, há regiões em que o volume das pre-cipitações foi favorá-

vel, e registraram-se boas médias de produ-tividade”, diz o asses-sor de Agronegócios da Aiba, Jonatas Brito. Os principais proble-mas se deram em mu-nicípios como Baianó-polis, Cocos, Correnti-na e Jaborandi.

A produtividade média da soja foi de 48 sacas por hectare. A soja ocupa uma área de 1,15 milhão de hec-tares e deve concluir a safra com uma produ-ção de 3,2 milhão de toneladas, com VBP de R$2,5 bilhões.

Milho

O cereal teve um expressivo aumento de área, saindo de 143 mil hectares na safra 2010/11, para 243 mil hectares em 2011/12, 60% de aumento. A produtividade, contu-do, deve cair apenas 5%, passando de 163 sacas por hectare, pa-ra 155 sacas por hecta-re, da safra passada pa-ra a em curso. A expli-cação para o aumento de área, segundo a Ai-ba, foram os preços al-tos da commodity que estimularam o plantio, o que contribuiu para a autossuficiência do Nordeste na produção do cereal. Nesta safra, a produção está esti-mada em 2.3 milhões de toneladas do grão.

Algodão

A cotonicultura

também está sofrendo com a estiagem. Os veranicos, que che-garam a durar mais de 30 dias em algu-mas localidades co-mo a região de Jabo-randi e Cocos, ocor-reram principalmen-te nos meses de feve-reiro e março, ocasio-nando redução sensí-vel do potencial pro-dutivo das lavouras, devido ao intenso abortamento das es-truturas reprodutivas, como flores e maçãs.

“Nas regiões em que as precipitações foram de acordo com o esperado em anos normais, a expectativa é de boas médias de produtividade. É o ca-so das microrregiões de Placas e Coaceral”, explica o assessor de Agronegócios da Ai-ba, Jonatas Brito.

De acordo com le-vantamentos reali-zados pelo Conselho Técnico da Aiba nas propriedades, a per-da estimada da cul-tura de algodão é de 10% , equivalentes a 27 arrobas por hecta-re. Em 2011/12, o al-godão ocupou uma área de 386 mil hec-tares (+4%). A produ-tividade média deve-rá ficar em 243 arro-bas de algodão em ca-pulho por hectare, e a produção total estima-da é de 1,4 milhão de toneladas de algodão em capulho, equiva-lente 562 mil tonela-das de pluma.

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RELATÓRIOINTRODUÇÃO

As aquisições dos in-sumos e transporte para as fazendas, o preparo dos solos e plantios fo-ram realizados em con-dições normais. Já no mês de Janeiro/2012, a precipitação média plu-viométrica foi inferior à média histórica, e, a partir do mês de Feve-reiro, longos veranicos foram registrados. Chu-vas esparsas e localiza-das foram registradas

NOTA TÉCNICA N° 01/2012SAFRA 2011/12

3º LEVANTAMENTO DO CONSELHO TÉCNICO DA AIBA

Barreiras (BA), 25 de Abril de 2012

Entidades Participantes: AIBA, ABAPA, ABACAFÉ, AEAB, Banco do Brasil, Banco HSBC, Bunge, Cargill, Desenbahia, Fundação BA, IBGE, Sindicato Produtores Rurais Barreiras, Sin-dicato Produtores Rurais Luís Eduardo Magalhães,Aprosoja – BA e Aprosem-BA.

com maior intensidade próximo à serra, redu-zindo de intensidade à medida que se afastam desta. Mesmo em mi-crorregiões próximas à serra, as precipitações apresentaram variações acentuadas.

A seca que atinge mais de 200 municípios na Bahia afetou muito o semiárido, e, também, os municípios próxi-mos às zonas de tran-sição, como Baianópo-lis, Cocos, Correntina e Jaborandi, onde as

médias de produção da Soja ficaram entre 20 e 30 sacas por hectare. Em áreas novas, de pri-meiro e segundo culti-vo, onde o perfil do solo ainda é fraco, as perdas ultrapassaram 80%.

A precipitação mé-dia acumulada no pe-ríodo chuvoso da safra 2010/11 foi de 1.578 mm. Entre os meses de Janeiro a Abril de 2011, a precipitação média foi de 876 mm. Já na safra 2011/12, a precipitação média

acumulada no período chuvoso foi de 1.000 mm, e, nos meses de Janeiro a Abril, a pre-cipitação média acu-mulada foi de apenas 426 mm, com redução de 52% do volume de chuvas nesses meses.

No município de Ja-borandi, entre os dias 01 de fevereiro e 15 de março, choveu apenas 37,8 mm, em média, provocando um exces-sivo abortamento e má formação de vagens nas lavouras de Soja.

VEJA NA TABELA OS NÚMEROS GERAIS DA SAFRA 2011/12 DO OESTE DA BAHIA, E, TAMBÉM A NOTA TÉCNICA DA AIBA

Na primeira safra de 2011/12, na Região Oeste da Bahia foram cultivados 1,93 milhão de hectares, com uma produção estimada de 7,05 milhões de toneladas.

A área plantada com Soja na safra 2011/12 foi de 1.150.000 ha, com incremento de 5% em relação ao ciclo anterior (1.100.000 ha). Foi a cultura mais afeta-da pela falta de chuvas. Os veranicos foram superio-res a 30 dias em algumas localidades, e ocorreram no período crítico do ciclo produtivo da oleaginosa, oca-sionando redução sensível do potencial produtivo das lavouras. Porém, há regiões em que as precipitações foram favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, com boas médias de produtividade.

Nas áreas novas de lavoura, foram registradas as maiores perdas, resultado da convergência de vera-nicos severos em áreas novas, com menor potencial produtivo. Nos municípios de Baianópolis, Cocos, Correntina e Jaborandi, a produção caiu em média 50%, conforme demonstrado na tabela a seguir.

A produtividade média da Soja apurada na Região Oeste da Bahia foi de48,13 sacas por hectare, em um ano com grande variação de produtividade.

Colheita no dia 24/04: 85% a 90%.

CULTURA DA SOJA

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A área plantada com Al-godão na safra 2011/12 foi de 385.532 ha, com incremento de 4% em relação ao ciclo ante-rior (370.845 ha).A cul-tura do Algodão, assim como a da Soja, também está sendo afetada pelos déficits hídricos ocorri-dos na região. Os vera-nicos chegaram a mais de 30 dias em algumas localidades, como nas microrregiões de Jabo-randi e Cocos, ocasio-nando redução sensível do potencial produtivo

CULTURA DO ALGODÃOdas lavouras, com sig-nificativo abortamento das estruturas reprodu-tivas. Porém, há regi-ões em que as precipi-tações foram boas para o desenvolvimento das lavouras, com expecta-tiva de boas médias de produtividade, a exem-plo dasmicrorregiões de Placas e Coaceral.As lavouras de Algo-dão estão com idade de 90/160 Dias Após Emergência (DAE), e, por causa do estresse hídrico, têm a produti-

vidade comprometida. Ainda em função da ocorrência de verani-cos, os ataques de do-enças e pragas como o ácaro rajado, lagarta falsa medideira, pulgão, mosca branca e lagarta das maçãs foram mais intensos.Até a presente data, de acordo com levan-tamentos obtidos das propriedades, a perda estimada da cultura de Algodão é de 10% (27 @/ha), em comparação à safra passada.

Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA)Associação dos Produtores de Algodão da Bahia (ABAPA)

Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (ABACAFE)Associação dos Engenheiros Agrônomos de Barreiras (AEAB)Associação dos Produtores de Soja da Bahia (APROSOJA-BA)

Associação dos Produtores de Sementes da Bahia (APROSEM-BA)Banco do Brasil

Banco HSBCBungeCargill

DesenbahiaFundação BA

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras

Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães

CULTURA DO MILHOA área plantada com Milho na safra 2011/12 foi de 243.000 ha, com o expressivo incremen-to de 59% em relação ao ciclo anterior (153.00 ha). Grande parte das lavouras de Milho

conseguiu fechar o ci-clo produtivo antes do agravamento das estia-gens. A produtividade média para o Milho está estimada em 155 sacas por hectare, 3% acima da expectativa dos 1º

e 2º Levantamentos da Safra 2011/12 (150 sc/ha), porém, 5% abaixo do recorde registrado na safra 2010/11, que foi de 163 sc/ha.Colheita no dia 24/04: 15% a 18%.

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Nome Data ADELINO BAGGIO 01/05WILSON HIDEKI HORITA 01/05IRENE SPONCHIADO ZANINI 02/05ANGELO HENRIQUE ZUFFA 03/05LEOMAR MAIER 03/05LUIZ ANTONIO PRADELLA 03/05MARCIO DA CUNHA 03/05ELTON EDSON SCHNEIDER 05/05LUIZ HIDEAKI TAKAHASHI 05/05MARCIO JOSE FUCILINI 06/05RUDELVI SENAIR BOMBARDA 06/05ANTONIO DE MATOS SEBASTIAO 07/05ROQUE LUIZ GORGEN 07/05MARIO MASSAHIKO YAMADA 08/05ROQUE ROBERTO BUSATO 08/05TATSUO KONISHI 08/05FLAVIA MARIA FRANTZ 09/05THUBIAS GEOVANE MISSIO 09/05JEFERSON LUIZ TONIAZZO 10/05JOSE HUMBERTO PRATA TEODORO 10/05JULIO DE OLIVEIRA LINS 10/05MIGUEL DE CARVALHO JUNIOR 10/05AMERICO DIAS DE CASTRO 11/05HELENA ALMEIDA SCHMIDT 11/05JULIO MOKFA 11/05MARCELINO JOSE MARIUSSI 11/05NESTOR BRUCH 11/05ODIR JOS PRADELLA 11/05ARNALDO PRADELLA 12/05CARLOS JOSE KRAUSPENHAR 12/05LILI GOBBI 12/05LISEU BRANDÃO 12/05MARCOS ANTONIO BALAN 12/05NILTON VIEIRA DE SOUZA 12/05EDSON FERNANDO ZAGO 13/05RICARDO GARCIA LEAL 13/05ARMANDO AYRES DE ARAUJO 14/05MARTIMIANO CHRISTIANO PACHECO 14/05PEDRO DAVID SCHMITT 14/05SILVESTRE WEBER 14/05ADENI MARONEZI 15/05VARNICE TERESINHA ESCHER 15/05ADAIR CASAGRANDE 16/05FABRICIO ROSSO PACHECO 16/05MARCIA HARUMU FUJITA 16/05GELSON FONTANA 17/05SADI STRADIOTTI 17/05GENOIR LUIZ BOSA 18/05GILMAR BORTOLIN 18/05ADEMAR ANILDO GUADAGNIN 19/05GEACIR CELESTINO DAMIANI 19/05MARIA ELIZABETE CASALI 19/05NELSON ANDRE BERGAMO 19/05ODAIR ANGELELLI 19/05OLMIRO FLORES DE OLIVEIRA 19/05RICARDO FERRIGNO TEIXEIRA 19/05VILSON SOMAVILLA 19/05ENEZIO SILBERTO DULLIUS 20/05JOHANN GEORG SIEBERT 20/05JURANDIR DA ROCHA FILGUEIRAS 20/05ROGERIO ZANELA 20/05VALMOR BATISTI 20/05SIZUE KAWAKAMI SHIMOHIRA 20/05ALCIDES TRENTO 21/05KAZUO ONO 21/05LUCIVAN DE QUADROS CORREIA 21/05MARCO ANTONIO JANSSEN 21/05ROBERTO JORDANO PADOIN 21/05ANTONIO LONZONI FILHO 22/05ELISIO CARLOS PILLATI 22/05RUI LUIZ GAIO 22/05BERTOLINO KUPAS 23/05CLAUDINO ROSO 23/05HILBERTO BRUCH 23/05IVO JOSE ROSSO 23/05SERGIO SIMON ROMERA 23/05IVO ZILS 25/05ROBERTO YOSHI HIROZAWA 25/05ROGERIO MARCOS NICOLETTI 25/05VILSON GATTO 25/05STELIO DARCI CERQUEIRA DE ALBUQUERQUE 25/05EGON NEIVERT 26/05NILDO GIOTTI 26/05VIRIO SILVANI 26/05ELMAR STEIN 27/05EZAIR RODRIGO BOSSA 27/05WALTER SATORU HIRATA 27/05AIRTON GORGEN 28/05ANDERSON JOS TONIAZZO 28/05IRES OLIMPIO BASSO 28/05JURANDIR BARBOSA GOMES 28/05PEDRO GENEZIO PERUZO 28/05JULIO DE SOUZA CARMO NETO 29/05LUIZ BLANGER 29/05ARIEL HOROVITZ 30/05DIVALDO EUGENIO ZANGIROLAMI 30/05MARIO KAZUYOSHI WATANABE 30/05VALTER MIKIO MORINAGA E OUTROS 30/05ASTOR JOS STEIN 31/05JOHNNY ALBERTO QUESINSKI 31/05LEONIDES DONIZETTI BORTHOLO 31/05

Secretário da Agricultura da Bahia será o homenageado da Bahia Farm Show 2012O secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, será

o homenageado da Bahia Farm Show 2012. Desde a primeira edição, em 2004, a feira escolhe, para conferir a honraria, um nome entre as personalidades baianas ou brasileiras que, di-reta ou indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, em especial, do Oeste do Estado. Salles foi eleito por unanimidade durante reunião da diretoria da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), no dia 26 de abril. A Bahia Farm Show já prestigiou personalida-des como o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o diretor de Negócios do Banco do Nordeste, Paulo Sérgio Fer-raro, o Governador Jaques Wagner, dentre outros. A feira será realizada de 29 de maio a 02 de junho deste ano, no município de Luís Eduardo Magalhães.

Eduardo Salles é Engenheiro Agrônomo e atuou na re-gião de 1995 a 2004. Ele também foi diretor regional da Aiba. Como presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), manteve estreito relacionamento com o cer-rado baiano.

“Fico muito honrado porque acompanhei, ao longo de qua-se duas décadas, o consolidar de um projeto que revolucionou a agricultura baiana. O Oeste da Bahia traz divisas para o Esta-do, atingiu confiabilidade reconhecida em todo o mundo, e nos

enche de orgulho a cada novo recorde batido de produtividade em suas lavouras. Isso é fruto da competência e do trabalho sé-rio dos produtores, muito bem representados por sua associa-ção, a Aiba”, disse Eduardo Salles, que é o primeiro secretário de Estado a receber a homenagem da feira.

“A escolha de Eduardo Salles é justa e inconteste, e é uma maneira de reconhecermos a sua dedicação. Mais que uma obrigação de cargo, sabemos que atenção e o empenho que ele dedica nos assuntos ligados à região se pautam em uma antiga amizade, construída com respeito e cuidado ao longo de mui-tos anos”, disse o presidente da Aiba, Walter Horita.

A Bahia Farm Show é uma realização da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), As-sociação das Revendas de Máquinas e Implementos Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba), Fundação Bahia e Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães.

Perfil - Eduardo Salles, 44 anos, é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Viçosa - MG e mestre em Engenharia Agrícola. Nos últimos 20 anos foi gestor de empre-sas agroindustriais nacionais e multinacionais, como as holdin-gs agropecuárias do Grupo OAS, do Grupo Português Espírito Santo e do Grupo Americano Comanche Clean Energy.

Dentro de alguns dias, os primeiros navios

carregados com milho pro-duzido no Oeste da Bahia devem deixar o Porto de Ilhéus rumo ao mercado internacional. Será a pri-meira vez que o cerrado baiano, polo abastecedor de milho para o mercado interno, principalmente para o Nordeste, exporta-rá o excedente da produ-ção. As operações com as tradings foram articuladas através da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que vê na exportação uma maneira de sustentar os preços ao produtor, na medida em que tira o excedente do mercado interno.

Nos últimos anos, os produtores do cerrado baiano tiveram sérios pro-blemas de remuneração, pois os preços do milho estavam sempre abaixo do preço mínimo estipulado pelo Governo Federal. A situação resultou em uma retração da área planta-da, considerada pela Aiba e técnicos, prejudicial, já

Oeste da Bahia vai exportar milho pela primeira vez

que a rotação de culturas, sistema que depende da participação do milho na matriz, é essencial para a sustentabilidade econômi-ca e ambiental da região.

Nesta safra, a área plan-tada com milho no Oeste da Bahia cresceu 60%, impul-sionada pelo preço da com-modity que subiu, depois de anos de depreciação contínua. Com a boa safra no Brasil, que teve incre-mento de 15%, o produtor teme que os preços caiam abaixo do mínimo, que é de R$20,10 para esta sa-fra. A exportação, segundo a Aiba, se tornou uma op-ção para evitar o problema.

“Com os preços da com-modity em alta no mercado internacional e o cambio favorável para a exporta-ção, os primeiros embar-ques já estão balizando os preços no mercado domés-tico”, explica o presidente da Aiba, Walter Horita.

De acordo com o as-sessor de Agronegócios da Aiba, Jonatas Brito, pelo menos quatro na-vios já foram negociados e um quinto está em fase final de tratativas. Esses primeiros lotes foram for-mados através de um pool de produtores coordenado pela Associação. O Oeste já tem tradição em expor-

tar a soja e o algodão, cuja produção é 50%, em mé-dia, destinada ao mercado internacional. A longo pra-zo, acredita o vice-presi-dente da Aiba, Sérgio Pitt, uma situação semelhante a esta pode acontecer com o milho “O Nordeste que era deficitário, hoje é au-tossuficiente na produção, e agora começa a incorpo-rar tecnologias, ganhando consequentemente mais produtividade. A região Oeste da Bahia é líder nacional em produtivi-dade de milho. Enquanto no mundo se produz, em média, 86 sacas por hec-tare de milho, no Oeste colhem-se 155 sacas por hectare. Gera-se um exce-dente que, se exportado, mantem os preços em pa-tamares sustentáveis, e es-timula o produtor a plan-tar mais”, explica Sérgio Pitt. Outro fator impor-tante para incrementar o plantio foi a entrada da China como compradora no mercado internacional de milho nas duas últimas safras.

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