programasdasdisciplinas!! oferecidas!em!2011/2! · introduÇÃoÀmetafÍsicadamodalidade**...
TRANSCRIPT
PROGRAMAS DAS DISCIPLINAS
OFERECIDAS EM 2011/2
Professores: Roberto Horácio de Sá Pereira e Noeli Rame. PROGRAMA Ementa: Este curso propõe-‐se a pensar questões de filosofia da arte dentro de um quadro teórico de orientação analítica e pragmatista. O curso vai abordar autores como Wittgenstein, Arthur Danto, Nelson Goodman e George Dickie e serão tratadas as seguintes questões: a definição da arte, o caráter histórico e cultural da arte, o estatuto ontológico da obra como objeto e como símbolo, a questão da experiência estética e da interpretação e os conceitos de fim da arte e mundo da arte. Horário: Quintas, das 13:30h às 16:30h. Bibliografia: Beardsley, M. 1970. Le point de vue esthétique. In : Lories, D. Philosophie analytique et esthétique. Paris: Klincksieck, p. 159-‐180, 1988. Chateau, D. 2003. L’esthétique de Dewey. In: John Dewey et Albert C. Barnes: Philosophie pragmatique et arts plastiques. Paris : L’Harmattan. p 19-‐39. Danto, A. 1964. "O mundo da arte". Trad. Rodrigo Duarte. Artefilosofia. n 1. UFOP. 2006. _______. 1981. A transfiguração do lugar-‐comum. São Paulo: Cosac & Naify. 2005 _______ 1984. Artworks as real things. Theoria. pp-‐1-‐17 _______. 1996. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história. SP: Odysseus-‐Edusp, 2006. _______. 2001. O filósofo como Andy Warhol. Ars, n 4, p. 98-‐115, 2004. _______. 2000. A idéia de obra-‐prima na arte contemporânea. Arte & Ensaios, n 10, p. 84-‐91, 2003. _______. 2004. A critica de arte após o fim da arte. Trad. de Unnatural Wonders: Essays from de gap between art and life. Farrar, Straus and Giroux: NY, 2005. pp-‐ 3-‐18. De Duve, T. 2005. La Nouvelle donne: Remarques sur quelques qualifications du mot “art”. In: Revue d’etudes esthétiques. PUP. pp-‐ 83-‐95. Dewey, J. 1934. A arte como experiência. In: John Dewey. Col. Os pensadores. SP: Abril. p 89-‐105 Dickie, G. 1973. "Définir l'art". In: Genette, G. Esthétique et poétique. Paris: éd. du seuil, p. 9-‐32, 1992. ________. 1964. Le mythe de l’attitude esthétique. In : Lories, D . idem. p. 115-‐134.
Goodman, N. 1976. Languages of art. Cap 6. Indianápolis: Hackett Publishing. __________. 1977. Quando é arte? In: Ways of worldmaking. Indianápolis: HP. Levinson, J. L’irreductible historicité du concept d’art. In: Cometti, J. P. Les définitions de l’art. Bruxelles : La Lettre Volée. p 93-‐102. McAdoo, N. 2004. À l’origine de la distinction entre art et esthétique. In: Cometti, J. P. idem. Rochlitz, R. 2004. Définitions philosophiques et définitions pratiques de l’art. In: Cometti, J-‐P. idem. Stolnitz, J. 1960. L’attitude esthétique. In : Lories, D. idem, p. 103-‐114. Weitz, M. 1957. O papel da teoria em estética. The Journal of Aesthetics and Art Criticism, 15.I, pp. 27-‐35. In: www.criticanarede.pt Wittgenstein, L. 1938,1966. Aulas e conversas sobre estética, psicologia e fé religiosa. S.P.: Cultrix, s/d. ___________. 1936-‐1949. Investigações Filosóficas. Col. Os Pensadores. 1989.
INTRODUÇÃO À METAFÍSICA DA MODALIDADE
Professor Desidério Murcho Segundas-‐feiras, 09:00-‐12:00; 15:00-‐18:00
Descrição
Esta é uma disciplina que apresenta alguns aspectos centrais da metafísica da modalidade, começando pelos mais elementares e sem pressupor da parte do aluno qualquer conhecimento prévio da área; pressupõe-‐se do aluno, contudo, o domínio da lógica proposicional e de predicados clássica. O conhecimento dos elementos centrais de lógica modal é desejável, mas não obrigatório. O curso tem três partes. Na primeira parte são apresentados os conceitos modais de necessidade, possibilidade e contingência, assim como de propriedade essencial, acidental e necessária, e também de existente necessário e contingente. Estes conceitos metafísicos são contrastados com os conceitos epistêmicos de a priori e a posteriori, e com os conceitos semânticos de analítico e sintético. A tese essencialista pode então ser apresentada rigorosamente, e contrastada com duas maneiras de a rejeitar: rejeitando a inteligibilidade das próprias noções modais ou insistindo que tudo o que é logicamente possível é possível. Dado que a tese essencialista implica a defesa de que nem tudo o que é logicamente possível é realmente possível, torna-‐se necessário esclarecer os diferentes sentidos de necessidade e possibilidade, dos quais os três principais são a necessidade e possibilidade lógica, física e metafísica. Introduz-‐se então o conceito de modalidade factiva, mostrando que a intuição forte de que a necessidade lógica é factiva é compatível com a tese essencialista de que a possibilidade lógica não o é. O argumento de Hume que procura sustentar que tudo o que é logicamente possível é possível é então discutido. A segunda parte do curso é dedicada às posições que visam rejeitar a inteligibilidade do essencialismo ou sustentar a convencionalidade da noção de propriedades essenciais. São analisados os argumentos de Quine do ciclista matemático e dos planetas, assim como uma adaptação do caso do verdul de Goodman. A terceira parte do curso é dedicada à análise e discussão dos argumentos favoráveis ao necessário a posteriori. Serão analisados os argumentos de Kripke e Putnam, contrastando o necessário a posteriori com o sintético a priori de Kant. Finalmente, o poder explicativo do essencialismo é contrastado com o poder explicativo das teses anti-‐essencialistas, e explora-‐se algumas conseqüências surpreendentes do essencialismo no que respeita à fundamentação da dedução válida.
Programa
1. Introdução: caracterização da metafísica; caracterização da metafísica modalidade. Os conceitos modais. O a priori e o analítico.
2. Necessidade e possibilidade lógica, física e metafísica. Modalidade factiva e o argumento de Hume.
3. Quine contra a inteligibilidade do essencialismo: o argumento dos planetas e o argumento do ciclista matemático. O verdul de Goodman.
4. Verdades necessárias só conhecíveis a posteriori: Kripke e Putnam. O sintético a priori de Kant. O poder explicativo do essencialismo e a fundamentação da dedução válida.
Avaliação
Cada aluno tem de escrever um ensaio, cujo tema e bibliografia são combinados com o professor. O ensaio será escrito em duas fases: a primeira versão do ensaio é entregue em data a combinar e será discutido com o professor. Em função dessa discussão, o aluno reescreve então o ensaio e apresenta a sua versão final. O ensaio deve ter um máximo de cerca de 10 páginas. A classificação final do aluno é uma média ponderada não aritmética das duas versões dos ensaios, da prestação oral do aluno ao discutir os ensaios com o professor, e da sua participação no seminário.
Texto orientador
Murcho, D. (2002) Essencialismo Naturalizado: Aspectos da Metafísica da Modalidade. Coimbra: Angelus Novus.
Bibliografia
Casullo, A. (1977) “Kripke on the A Priori and the Necessary.” Analysis 37: 152–159. Chisholm, R. M. (1967) «Identity Through Possible Worlds: Some Questions», Noûs,
1:1-‐8. Reimpresso em The Possible and the Actual: Readings in the Metaphysics of Modality, org. por Michael J. Loux (Cornell University Press, Ítaca e Londres, 1979).
Edgington, D. (2004) “Two Kinds of Possibility.” Aristotelian Society Supplementary Volume 78: 1–22.
Fine, K. (1994). “Essence and Modality.” Philosophical Perspectives 8:1-‐16.
Forbes, G. (1985) The Metaphysics of Modality, Clarendon Press, Oxford. Forbes, G. (1997) “Essentialism.” In Hale and Wright 1997: 515–33. Goodman, N. (1955) Facto, Ficção e Previsão. Editorial Presença, Porto, 1983. Hale, B. (1996) “Absolute Necessities.” Philosophical Perspectives 10: 93-‐117. Hale, B. (1997) “Modality.” In A Companion to the Philosophy of Language, org. B.
Hale e C. Wright. Oxford: Blackwell, 487-‐514. Hale, B. (2004) “Putnam’s Retreat: Some Reflections on Hilary Putnam’s Changing
Views about Metaphysical Necessity.” Midwest Studies in Philosophy XXVIII: 351–78.
Hale, B. and Wright, C., eds. (1997) A Companion to the Philosophy of Language. Oxford: Blackwell.
Hughes, C. (2007) Kripke: Names, Necessity, and Identity. Oxford: Oxford University Press.
Hume, D. (1748) An Enquiry Concerning Human Understanding. L.A. Selby-‐Bigge and P.H. Nidditch, eds. Oxford: Oxford University Press, 1992.
Kant, I. (1781) Critique of Pure Reason. Trad. P. Guyer e A. W. Wood. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
Kripke, S. (1971) “Identity and Necessity.” In Milton K. Munitz, ed., Identity and Individuation. New York: New York University Press, pp. 135-‐164.
Kripke, S. (1980) Naming and Necessity. Oxford: Blackwell. Linsky, L., org. (1971) Reference and Modality, Oxford University Press, Oxford. McFetridge, I. G. (1990) “Logical Necessity: Some Issues.” Essay VIII of his Logical
Necessity and Other Essays, Aristotelian Society Series, Vol. 11, ed. by John Haldane and Roger Scruton.
McGinn, C. (2000) Logical Properties: Identity, Existence, Predication, Necessity, Truth. Oxford: Oxford University Press.
Murcho, D. (1997) «Epistemologia da Modalidade em David Hume» in Revista Filosófica de Coimbra, 12, pp. 441-‐449.
Murcho, D. (2003) “O Que é a Necessidade Metafísica?” In 1.º Encontro Nacional de Filosofia Analítica, org. H. J. Ribeiro. Coimbra: Faculdade de Letras.
Murcho, D. (2004) “Possibilidade Relativa: Três Concepções.” In Linguagem, Mente e Acção, org. A. S. Graça. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa.
Nagel, T. (1997) A Última Palavra. Tradução de Desidério Murcho, Gradiva, Lisboa, 1999.
Plantinga, Alvin (1974) The Nature of Necessity, Clarendon Press, Oxford. Putnam, H. (1975) “The Meaning of ‘Meaning’.” Reprinted in his Mind, Language and
Reality: Philosophical Papers Vol. 2. Cambridge: Cambridge University Press, 1975: 215–271.
Putnam, H. (1990) “Is Water Necessarily H2O?” Reprinted in his Realism With a Human Face. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1990: 54–79.
Quine, W. V. O. (1951) “Two Dogmas of Empiricism.” Reprinted in his From a Logical Point of View. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1980: 20–46.
Quine, W. V. O. (1960) Word & Object, MIT Press, Cambridge, Mass. Salmon, N. (1989) “The Logic of What Might Have Been.” The Philosophical Review
XCVIII, 1: 3-‐34.
Schwartz, S. P., org. (1977) Naming, Necessity, and Natural Kinds, Cornell University Press, Ítaca e Londres.
Shalkowski, S. A. (2004) “Logic and Absolute Necessity.” Journal of Philosophy CI, 2: 55–82.
Sherratt, A. (2001) “Are the Laws of Logic Necessary or Contingent?” Proceedings of the Aristotelian Society 101, 3: 379–384.
Simchen, O. (2006) “Actualist Essentialism and General Possibilities.” Journal of
Philosophy CIII, 1: 5-‐26.
Smith, Q. (2001) “The Metaphysical Necessity of Natural Laws.” Philosophica 67: 901–925.
Smullyan, A. F. (1948) «Modality and Description», The Journal of Symbolic Logic, 13, 1, pp. 31-‐37. Reimpresso em Linsky (1971), pp. 35-‐43.
Soames, S. (2006) “The Philosophical Significance of the Kripkean Necessary Aposteriori.” Philosophical Issues 16: 288–309.
Stalnaker, R. (1997) «Reference and Necessity» in Hale e Wright, orgs. (1997), pp. 534-‐554.
Yablo, S. (1993) “Is Conceivability a Guide to Possibility?” Philosophy and Phenomenological Research 53: 1–42.
Disciplina: Questões Clássicas de Filosofia III Professor: Ulysses Pinheiro Período: 2011-‐2 Horário: Quintas-‐feiras, de 10:00h às 13:00h Programa: O objetivo do curso é analisar a teoria causal de Hume, tal como ela é exposta no
Tratado da natureza humana, mostrando como a concepção de juízo causal pode
ser elucidada em confronto com a teoria do juízo estético, tal como essa última é
apresentada no ensaio “Do padrão do gosto”.
Bibliografia: HUME, David – “Of the Standard of Taste”. In: Essays Moral, Political and Literary, Part I,
XXIII. ______ – “Do padrão do gosto”. In: Ensaios morais, políticos e literários. Tradução de João
Paulo Gomes Monteiro e Armando Mora D’Oliveira. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1989.
______ – A Treatise of Human Nature. Ed. L.A. Selby-‐Bigge. Oxford: Oxford University Press, 1967.
______ – Tratado da natureza humana. Tradução de Déborah Danowski. São Paulo, Editora UNESP, 2001.
Uma bibliografia secundária será fornecida no primeiro dia de aula.