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ANNO XVIII RIO DE JANEIRO, 27 DE NOVEMBRO DE 1915 NUM. 1075 Semanário Humorístico Illustrado .= NUMERO AVULSO E >fc 200 réis a "^ -> Redaccão, escriptorio e officinas— Rua do Hospício N. 218 Telephone Norte 3515 a a a a a a a a a a a a QtB—m^mmllj^m^m^im^^mnmmmmmmmmmmmmmmmmmm^^^^SS^^^^>^^m.^^^m^^~~^~---~- Que te disse teu marido quando lhe annunciaste que estavas grávida? Não se admirou. Apenas perguntou-me quem era o pai... E Ki m m m m m •H! •Hi rS fl" •Hl ò «cá K Ml M 9 (0 0) •** •T-l í=il CS §f w ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vonde-so om» todas as Fharmacla» e Drooarla».

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ANNO XVIII RIO DE JANEIRO, 27 DE NOVEMBRO DE 1915 NUM. 1075

Semanário Humorístico Illustrado

.= NUMERO AVULSO E

>fc 200 réis a

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Redaccão, escriptorio e officinas— Rua do Hospício N. 218 — Telephone Norte 3515

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Que te disse teu marido quando lhe annunciaste que estavas

grávida?— Não se admirou. Apenas perguntou-me quem era o pai...

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ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS — RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"Vonde-so om» todas as Fharmacla» e Drooarla».

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2 —~H (-)ORIONU(-) =|E_3I 27 de Novembro dc 1915

EHIPtEDBEF.tflETZZ__Il do YYYyyyyj

o mo \rJ

Anuo

FUNDADO EI«I 1898ASSIGNATURAS

12*000 | SemestreExterior: Anno 201000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

7*000

Toda a correspondência, seja deque espécie fôr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

si3 (nrasoeínjiiiAgita-se a propaganda monarchisla.Os legionarios de Bragança, segundo se

infere das affirmações dos mais autorizadosparèdros, pensam que a hora é propicia c quesó a restauração tirará o paiz da beira doabysmo.

Julgam a tarefa uma espécie de sacrifíciopro bono publico.

Eu lhes confesso que não creio absoluta-mente que o rcgimen extineto resurja como aPhenix da lenda. E não creio porque esse actodos saudosos da Coroa, praticado para que oBrazil náo vá a garra, estava muito ameaçadode produzir o effeito daquelles remédios que,segundo o vulgo afftrma, curam o doente tlesezões... depois de morto.

Isso de monarchia c republica é blague demulher velha que já deu o prego e quer empa-lar a vidinha da rapariga nova. Demais umacampanha restauradora requer gente forte e deacção e os nossos monarcliistas (coitados)quando os moços que defendem o gorro phry-gio eniezarem elles ficarão murchos.

Não c de esperar outra coisa.

A festa do cavallo realizada domingo nãoleve a animação que era de esperar. O egoísmodos homens não tolera que se gaste com osoutros animaes o tempo que pode ser empre-gado cm seu proveito.

No entanto o culto era justíssimo, emborativessem os organizadores manifestado imper-doavel desdém pelo burro. Si o cavallo tem en-Ire os seus ancestraes um heroe que foi cônsul,o pobre burro pode allegar que a sua parentade Balado tinha um dom que nenhum cavallopossuiu.

A propósito ouço falar que se projeclafestejar agora o touro. Os senhores hão dever que ahi a coisa fica solemne.

Não é dc admirar porém, porque emquantocom o apparecimento dos autos os cavados vãorareando, os touros cada vez apparccem mais.

Seria curiosa uma estatística que desse acontinha exacta.

Appareceu cm Juiz de Fora uma fabrica desabonetes... estrangeiros. Pezames á industrianacional.

Tudo se falsifica nesta terra ! Dia ha devir em que não haverá nada legitimo, cm quea contrafação tomará conta de todos os mer-cados.

Confessem, com franqueza, que si se che-gar a esse ponto vamos presenciar coisinhasdeliciosas : homens falsificados, mulheres fal-sificadas, falsificando em cominunhâo um amorque dará saududes do legitimo que se pratica-va quando o mundo era atrazado c tolo e nãohavia progresso.

Temos no Lyrico uma companhia de ope-relas.

Trouxe novidades em penca I Já se fez ou-vir na rccentissinui Viuva Alegre : deu-nos emseguida uma opereta de que até mítica ouviramos falar — o Conde de Luxemburgo ; apôscantou-nos outra surpreza — a üeislia ; depoisa Eva.

£" de esperar que não nos prive das ultl-mas novidades que estão deslumbrando os pa-risienses e. que são: A Mascotte, a Filha deMadame Angot, A Grã-Duqueza 0.5 Sinosde Corneville.

Fartos proventos compensem tamanho sa-orifício !

PADRE AMARO.

Está á venda o N. 15 dos Contos Rápidosintitulado : O Consolador — o gostosopresente de um agidas uma viuva fo.. .gosa.Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

CARTAS A MINHA PRIMAXI

Minha boa priminha :Recebi, minha prima, com surpreza e

uma pontinha de despeito, ( para que negara verdade? ) a carlinha que me escreveste,ahi do teu pitoresco retiro de Copacabana,participando o teu contracto de casamento.

Dizes que assumiste essa resolução, de-pois de maduramente pensar, porque «estásficando velha e é muito triste o encargo detomar conta dos sobrinhos...»

Eu, porém, não aceito o pretexto e re-servo-me para desforras futuras.

En, todo o caso, reflectindo bem, desdeque me casei não é justo que te imponha ocontrario.

Casa, sê feliz, minha boa priminha, masnão te esqueças dos parentes antigos e de-dicados...

Supponho que o rapaz escolhido parateu consorte ha de ler o espirito equilibradobastante para não levar a mal o prosegui-mento da nossa amizade, da mesma fôrma porque presentemente transcorre. Criamo-nosjuntos, recebemos a educação e os exemplosdos mesmos mestres e nunca tivemos rasgas,

Convém igualmente que o novo estadeinão altere o teu gênio condescendente que,sem offenderás demais, é quanlo a mim a tuaqualidade primacial.

Casa, cuida de divertir-te. mas nâo dêsguarida a convenções obsoletas.

Lembra-te sempre da sentença queShakespearepoz.ua boca da mulher de Yago:

«Não se deve enganar o marido por um¦ duplo aiuiel, ou por umas medidas de fa-zenda; nem por vestidos, saias, (oucadosou quaesquer outras insignificancias; mas pe-lo mundo todo quem não coroaria o marido,para o fazer monarcha ?»

Vê-se por ahi, priminha, que o objeclivode uma esposa carinhosa consiste cmpromover o bem estar do marido, que é a-coroaçãoii de que fala a perspicaz mulherdo honesto Yago.

Eu, como bom parente, tudo envidareipara que a tua vidinha ou melhor a vidinhado casal, corra ás mil maravilhas.

Não é com outra intenção que le mandoestes conselhos. Assim teu marido, encontra-rá o caminho aberto para dar conta do reca-do sem difficuldade. Feliz homem a quemtal acontece 1

Adeus, priminha, manda-te um beijinhosaudoso o primo muito amigo,

CASUSA.

(!)«_ inoves üdDiraoooiiiíàjllai

João Casaca, homem de seus 27 annos.solteiro, bonito rapaz, na opinião de muitos,era um terrível perseguidor de raparigas, asquaes animadas pela sua apparencia, nemsempre ficavam indifferenles

lia dias dirigiu-se para seu emprego,pois era ajudante de guarda-livros de umacasa commercial, e viu que, diante delle,caminhava uma deliciosa loira, de 18 an-nos, e, endireitando-se todo, foi a ellae alcançou-a.

João nem se lembrava de seu emprego eseguia-a completamente enamorado, a pontode quasi lhe pisar nos calcanhares.

Afinal não se conteve e diiigiu-lhe apalavra :

Que lindo dia, senhorita: não éverdade ?

Sim, senhor.Dê-me estes embrulhos, senhorita,

terei o maior prazer em carregal-os.Já que é tão amável, aqui os tem.

E, continuaram a caminhar, até que, umquarteirão antes de chegar ao seu destino,perguntou a João :

E onde vai, senhorita ?Levar estas costuras; porém é a

ultima vez, pois amanhã me caso.

Eram 11 horas da manhã e ainda o Joãonão tinha chegado ao emprego, o que deviafazer ás oito horas.

Por fim, ás 11 e meia, todo esbaforido,entrou elle :

Patrão, demorei-me por um motivoserio...

Está despedido 1...Emquanto o João se dirigia cabisbaixo e

pensativo para casa, reflexionava :Eil-a bôa! Perdi o emprego por que-

rer augmentar o ordenado com sessenta réise por fim já estavam trocados !

ZÉ CODEA.

Está á venda—A PULGA—Grande sue-cesso da nossa esplendida coílecção.

fálà flFt zlm \\Y\fmMMT I f It Hfo \, I Mm:ilw \\\ [yiW! i'\.JmmMlZMímh'1

A velhota — Lembre-se da outra vezminha filhai... Use, de novo, o Peitoral de.Angico Pelotense e verá como pôde despachartodo o expediente, sem a menor canseira...Até me poupa o trabalho de carregar águasa cada momento...

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27 de Novembro de 1915 (-) O RIO NU (-) _SI

Pelos Theatros_n

Tendo deixado a Maria Gonçalves, quer-nos parecer que o Santos, do Phenix, pensaem contrair segundas iiitpcieis com a ElviraMartins. .

O peor é si o Alberto Ferreira chega adesconfiar disso!

or Informam-nos de que certo gajo, pe-rigoso por já ter dado dois tiros em umazinha na rua da Constituição, apaixonadopela Elza Ferreira foi uma noite levar-lhetle presente, ao camarote onde ella eslavaassistindo a uma representação no theatroS. José, uma pulseira de ouro e um bilhetinho, contendo, provavelmente, uma decla-ração de amor.

Cuidado, D. Elza I Cuidado !...ar Do popular e queiido actor José Ri-

cardo, figura de indiscutível merecimento dacompanhia Galhardo, recebemos um gentilcartão de despedida.

Agradecidos.ar Participa-nos a roufenha Judith Pa-

moiilia, do Phenix, que, em vez de aprendera carreira do palco, a sua collega Babey estápraticando para secretaria... de qualquercoisa.

Isso é, talvez, porque o ofíicio lhe rendemesmo como praticante, pois que a menina,pela primeira lição apenas, teve a felicidadede receber do seu professor a importantesomma de ..00*000.

Gratos á Judithiqiiinha pela patticipação.ns- Dizem que muito aborrecido com a

perda de uma esmeralda, o Edú desabafaactualmente as suas magoas no seio de umatal Josepha dos Anzóes Carapuça, que elleacha linda, mas que é feia como trezentosdiabos !

São gostos !...ar Ao que parece o Pires náo pôde

viver com a idéa de que a sua deieiade seapaixonou pelo major Lambada.

Qualquer dia registra-se mais umsuicídio I

ar E por falar no Lambada:A pedido da Sertaneja, esse major dei-

xou de freqüentar certa escola de meninas.Ora ! Não tardará muito a voltar lá !ís1 Ecos do beneficio do Alberto Fer-

reira :O Sampaio (no jardim do Recreio ;)— Homem I Dir-se-ia que está repre-

sentando a companhia Israelita. Na platéa sóse vêem polacas I...

ar Por que seria que se tentou suicidar agrisetle Leontina ?

Amores mal correspondidos ou simples-mente fita para reclame ?

ar o Pinto Urucubaca mandou-nos aseguinte nota :

«O Alberto Ferreira é um pequeno demuita sorte! Entre os innumeros presentesganhos na noite da sua festa artística, láestava uma corrente de ouro com um cartãoda Nina de Souza. O que o Alberto lamentaé ter-se a Nina esquecido do relógio, mas,emfim, que tenha paciência, porque, maistarde ou mais cedo, elle lhe irá também terás mãos.

O Albertinho é de sorte !...»ar Que quererá dizer o Alfredo Silva

com aquella historia de affirmar que nãoserá elle capaz de fazer uma coisa na Seria-neja, desde que já o major Lambada teveesse trabalho?

Homem, se nós entendemos...ar Porque será que chamam Policio dos

Prazeres ao Hotel Veneza ?Será por causa das initumeras deusas

que ali si encontram ?

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BARCA BEOI6THAOA ™N_- '" ¦

Causam verdadeiro espanto os preços mar-cados na Alfaiataria Guanabara, opopular 34 da rua da Carioca.

Não ha quem passe por ali que não se de-tenha a contemplar o variadissimo stock de fa-zendas e roupas feitas a preços tão convidati-vos que dá vontade de fazer um sortinietito deternos para uns cinco annos.

E' por isso que o pessoal da Guanabaranão tem mãos a medir e a sua freguezia aug-menta de dia para dia, pois quem compra umavez naquella casa fica freguez para sempre.

Enviam-se instriicçòes e acceilain-se pedi-dos do interior, dando-se agencia.

CORRESPONDÊNCIAHugo Macedo — Aíitial, quem vem a ser

esse tal Miguel Cabral? Merece attenções?Toda a gente nos diz que elle é um patetade força maior que tem a mania de se apai-xonar por todas as mulheres de theatro...

João Silva — Ora, você ! O que nos im-porta que a D. Abigail seja ou não a estrellado Trianon I? Está muito bem tudo comoestá, agora si a você não agrada...

Attlla de Moraes — Vamos lá, que nãose pôde queixar da soite I Será attendido nopedido que nos fez por intermédio do Zéan-tone. Damos-lhe, todavia, um conselho : —Não se fie muito na Virgem, porque quemnão quer ser victima, faz todo o possivel pornão ter culpas no cartório.

Estevão Santos — Com que então o ami-go e o Sr. José de Castro servem de teste-niunhas das scenas de amor feitas pela Judi-thiquinha nos passeios de automóvel á noite,hein ? E diga- nos lá : — Isso é gostoso ?...

HOMEM DE FERRO.

Au Bijou de Ia Mode Grande deposito de calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e eslrangeiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-lephone 3.660.

_ii?i_sa¥o>s..oComemos juntos os doistoda a noite é do programma—miiigáo de fubá de arrozno mesmo pires, na cama.

Ella, porém, muito esperta,dando um gritinlio brejeiro,vira os olhinhos, me apertae acaba sempre primeiro.

DIABINHO.

BIBLIOTHECADAS

ALCOVAS GALANTESAcham-se á venda, em nosso escriptorio,

os seguintes livros dessa colleccão : Viciosas,P...sérias, Virgens Avariadas e Amor porIodos os...

Todos esses livros são muito bem escri-ptos e primorosamente illustrados com pho-togravuras a cores, tiradas do natural.

Preço: 1 $000 cada exemplar; pelo Cor-reio, 1|500. A colleccão dos quatro, pelo Cor-reio, 5Í000.

Pedidos aALFREDO VELLOSO

ltua do Hospício '£ t H -- Kio de Janeiro

Posta Restante

Murtinliti — Si o camarada é sabido,peça que lhe ensine o pulo que o gato nãoquiz ensinar á ouça — o detraz—e depois nosvenha dizer si ha na vida melhor recurso.

Xandcca. — A senhora fez muito bem :não consentiu, nem negou. Manteve-se emdiscreto silencio. Desde, porém, que a coisaentrou não era bonito tiral-a; deixou-a ficar.Fez muito bem, repetimos. Náo procedemde modo differente as pessoas educadas.

Zé da Vestia — Console-se e espere aaragem. Logo que ella vier a aproveite,sem perda de tempo.

Depois resigne-se a aguardar que Deusse lembre de novo de que o amiguinhotambém é gente.. .

Norma — Isso de arder não vale nada.A menina verá com a continuação que osseus temores são de todo infundados.

Abigail — Não se assuste porque omáosinho voltará.

Si não ha razão e elle ficou com a bocadoce conte com o marreco mesmo que chovaarroz. Teria graça si elle fizesse a desfeitade dar o fóra, mas tão tolinho não é omenino...

Naiela — Os priminhos têm o habito deabusar de certas liberdades. Antes abrir oolho do que attender ás supplicas que ellelhe tem feito.

Pery — Os cinemas são esplendidos paraessas coisas. Parece que não foram inven-tados para outro fim... Então, emquanto afita estava correndo, a visinha operava comhabilidade? Ah! seu maganão, você aindavem coutar essas proezas !...

Amarilio — Si a menina não tem mais...perigo, não se ponha o senhor com moi-lezas... Vá, atire-se e depois nos apresente átetéa...

José Trovador. —Talvez no próximo nu-mero.

Trancoso. — Não se fie em ratoeiras. Haalgumas em que mal o camondongo põe acabeça no buraco escorrega logo para dentro.E muitas vezes o coitadinho vai enganadoporque outro mais esperto já comeu o tou-cinho.

Anastácio. — A firma a,que o snr. se re-fere está exibida. Era H. Romeu <S Chupp.Explorava contrabandos.

MONTEIRO, o Carteiro.

'fi -»!._<•_ ._.9|»OIt. _

Para perfumar o cabelío e destruir asparasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez— Ruas : Andra-das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

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(-)() RIO NU(-) t^l 27dc Novembro de 1915 Sr

Aventuras do FagundesVII

Quando rapaz ¦ foi o Fagundes galaucômico do «Centro Dramático Descendentestle Talma», que (uiiccionava no Reli™ San-doso.

O gosto do theatro 1 lio adveio depoisque assistiu ás representações do Novelli,na Morte Civil c no Mercador de Veneza e dchaver reparado em casa, diante do espelho,-que também tinha geito para a geringonça.»

A noite de estréa foi memorável: a pia-téa continha a elite do pessoal de segundado bairro — as buliçosas cozinheiras, osamorosos caixeiros dos armazéns, os fiscaesde bonds, emfim a fina ílcr da gente quequando agarra segura.

Fagundes disse convencido o seu papel-zinho de comedia e, suado, tremulo, nervosorecebeu ao sair de casa um beijo do contra-regra, o Motta, pratico de pharmacia, quetomou ahi missão da Gloria Sagrando oGênio." Um mez depois levou o Centro á scenauma comedia O Rapto Frustrado.

A ingênua era a Therezinlia, por quem oFagundes já andava cabido e elle o raptor.

A comedia acabava em drama com oapparecimento do pai da pequena, na ocea-siào em que os pombinhos se preparavampara levantar as azas.

Tudo correu bem até ahi. Descido opanno, porém, o ponto saiu do seu buraco eandou á procura do Fagundes e da Therezi-nha, reclamados insistentemente pela platéaque os queria applaudir.

Todos os cantos do theatro foram bati-dos, sem resultado. Já o contra-regra nãosabia como descalçar aquella bola, quandoteve a attenção despertada por um rumorsurdu que vinha de traz de uns caixotesvasios existentes no terreno ao lado. Ligeiro,astuto e resoluto o funecionario do theatropara ali se dirigiu — Mas, Oh ! imprudênciacios bisbilhoteiros! Oh! empatadora curiosi-dade dos descendentes de Adão ! O presta-tivo moço não teve que andar muito. A vintepassos da Caixa achou o parsinho amorosoconsumando no silencio da noite sem estreitaso acto que se devia seguir ao rapto embarga-do na peça pela severidade paterna...

A Therezinlia, vexada, cobriu o rostocom um chalesinlio de là e o Fagundes, depé, ao lado do contraregra, explicou convi-ceu te a este que «depois do oceorrido» apeça não tinha mais razão de ser e por isso .elle dispensava os applausos...

Por algum tempo proseguiram as recitasdo Grêmio, mas a direciona houve por bemfechar sempre a poria dos fundos e prohibiro amontoamento de caixões nas adjeencias...

RAUL SAPOPEMBA.

"CULTO DE VENUS'

O romance de maior suecesso publi-fatio cm rodapé no Kio Nu, depois reuni-do em volume- e do qual se esgotaramvarias edições, eslá de novo impresso.Desta vez, porém, «Culto de Venus» loieditado a capricho, trazendo deliciosasgravuras a illustrarem o texto e uma capamaravilhosamente impressa a tres cores;foi, além disso, cuidadosamente revistopelo próprio autor.

Está á venda a i$ooo o exemplar;pelo Correio, i.fijoo.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO —Rua do Hospicio, 218.

Versos de diversos

Em noite amena e calma... EnluaradaNoite; em que a lua cheia, esplendecente,Nos vem trazer á vida attribuladaO balsamo da luz oninipotente...

Em noite, sempre c sempre relembrada,Por num, saudosamente e tristemente :Tive um clarão risonho, de alvorada,Num beijo, que me désie... Cm beijo ardente.Beijo de amor divino !... Excelso beijo ;No qual, do amor, as paginas revejo. ..Revendo sempre a doce imagem tua.

E — contemplando o illimitado espaço,Eu julgo que te oscúlo... que te abraço..— «Entre os beijos e lagrimas da lua...

ESCARAVELHO.

Licor TibainaO melhor purifica*-- dor do sangue --

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

Ac&lvt^ de sair â. luz o grandiosoronj^^é^àenlisiit - Culto dé Venus,ord&do desgfsfanzpas do natural, únicono ãeneiiíPe no... preço.

'ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resinados,influenza, coqueluches, bronebites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

Do álbum de Miss Linda

O findo ilo amor leva nove mezes par,-,amadurecei'.(Zalra.)

Deus inventou o calor para os solteirose o inverno para os bem casados.

(I.oiiriiiha.)

Ha mulheres que se levantam para brin-car c deitam para trabalhar. Ha mesmomuitas que ganham o dia de papo parao ar...

(Micóta.)

Si amar fosse peccado, não havia maislogares vagos nu Inferno.

(Ilebrca.)

Muitos homens são como as balançasque dispõem de pesos, mas estão eom o fieldesaprumado.

(Tilda.)

O amor é unia comedia em vaiios actos,cujas scenas principaes se passam no quarto.

(Gabriella ele S.)

O dia leva a fama de animar o trabalho,quando as fabricas mais importantes func-cionam á noite.

(Houri.)

O Amor é um esperto; porque temvenda nos olhos empurra ás vezes sua mer-cadoria por bom preço.

(Condcssa X.)

Dizem que as paredes têm ouvidos...Ah! si as camas tivessem boca e quizessemfalar...

(Feiticeira.)

Hontem eu pedi ao meu pequeno queme desse uma naquinha de carne e elle disseque o seu maior prazer seria me dar umanacona.

(Serenia.)

Este pensaniente é de Lambert Thiboust,o applauclido comediographo :

«O homem que quizer ser amado devedar pancada nas mulheres, mas com mo-deração, porque si lhes der muito nuncamais si verá livre dellas.»

«Unia viuva ainda moçaprecisa de carinho consoladorde um moço serio e que a esti-me.»

(Da Gazeta de Noticias)Leitor, deixemos de troça,ciemos ao caso attenção :Quando a viuva ainda é moçaquer mesmo consolação.

Pomada Seccativa de São LázaroA unica que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

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ANNO I Rio de Janeiro, 20 de Novembro — 2 dc Dezembro de 1D15 NUM. 10

O BichinhoSEMANÁRIO DA BICHARIA

iix.-.-lHuvri;Toda a correspondência deve ser dirigi-

da para a Rua do Hospício u. 218, ao Ji.qui-nha, palpiteiro mór.

Contra factos nào ha argumentos

Outra centena pelo antigo ga-nha sexta-feira - 2-4-4!

-\s suceessivas victofias d'0 Bichinho,nos encrencados mysterios zoológico-lotèricüs, tem-nos servido de estimulo

para o proseguimento da luta em boahora começada. Sexta-feira a Ritinha, deMaxambòmba indicou a centena 244 eavictoria coroou os seus esforços. Mas nâoficamos ahi. A nossa tarefa tem de serlevada a termo, custe o que custar! Aépoca anda ruim, os tempos estão archi-bicudos e os leitores d'0 Bichinho preci-s.uii resistir á crise c atravessar incólumesa onda avassaladora.

Descansem os que já estão Irumdoosresultados das nossas indicações. Aquicontinuam firmes a Rosinha, o Chiqui-nilo, a Ritinha e a tia Carlota unidos noempenho de canalizar o dinheiro para osbolsos dos leitores.

Morda-se quem quizer, escabúje o dia-ho, isso pouco importa: —a victoria nãofugirá das nossas mãos.

CHAPINHA DA ROSINHA

A nossa victoriosa collaboradora imin-dou-nos as seguintes indicações, certa dcdar mais um tombo no pessoal quebanca :

886-285 556-155 214-815

261-962 375-273 606-308

A felicidade no jogo reside no me-thodo; a leitura d'0 Bichinho é o iactoprincipal da victoria.

Estão cotados para breve:Jacaré, Porco, Cabra, Pavão e Urso

Tia Carlota, a benemérita corcundinhado Mattoso, recommenda para os seis diaso pessoal que se segue:

901-703 983-084 439-140

226-425 552-250 169-370

Na berlinda.

1 n293-695

Estamos em fim de mez!Leitor,me attende um momentovai jogar neste freguezp'ra equilibrar o orçamento.

Querendo ser bafejadopela sorte, o amiguinho,leia, com todo o cuidado,as tabellas d'0 Bichinho.

Os bichos com urucubacasão estes t

Avestruz, Touro, Camello,Cachorro, Burro e Coeiho

Consulte sempre as tabellas que saemem todos os números d'0 Bichinho ¦—Lembre-se das magníficas vantagens quecilas offerecém.

Palpites do Chininha

Attendum todos. Depoisrezem por muitos banqueirosDe 26 ate 2joguem nestes cavalheiros:

LX)f ,iMki^

246-847 O66—267 220-117

921-023 760—159 491-290

1i'Oiilra Banda, o Dr. Nilo,hontem, depois dos pirões,lendo O Bichinho, em sigillo,Disse a vários figurões :«Todo aquelle que, tranquillo,seguir taes indicações,terá dentro em breve aquillocom que st* compra os melões.»

A "Ritinha, a mulata mais salerosa de

Maxambòmba, veiu pelo mixto da tardede hontem trazer-nos os seus magnitícospalpites.

031-432 798—297 411-309

1- i—

180-779 634-433 041-842

Dezenas para os sete lados durante asemana :

36- 58- 81 -68- 13

CORRESPONDÊNCIA

Antunes Ribeiro — (Bello Horizonte) — Astabellas acham-se á venda por 100 rs. cadauma em nosso escriptorio.

Mariclta Saraiva — Cerque o porco pelosquatro lados até segunda-feira.

Joãosinho Torres - A tabeliã . de Marçosai neste nntiiero. Com todo o praser.

JUQU1NHA.

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..„-_- .—.-,--._--—-

Milísiica dos bichos premiados no mez de Março de 1915Dias

l23456789

10111213141516171819202122232425262728293031

ANTIGO

VeadoAvestruzCachorroCoelhoVaccaGato

VeadoAvestruzPavãoVaccaAvestruzUrso

VeadoGalloCabraMacacoBurroTouro

CarneiroGatoGalloElephanteGalloGallo

CabraGatoMacaco

Num. da sorte MODERNO

98952400424417105372169740753

5309523501583754300056026690

375965455216523370681612

47883

56825506562035228047301527150

70228655

55767

GatoVeadoVeadoLeãoJacaréBorboleta

TouroUrsoPorcoCarneiroCamelloPavão

CavalloPorcoTouroCarneiroVaccaCobra

TouroCavalloTouroVeadoCavalloLeão

GatoPerUBurro

Centena

254394594062

, 157513

584390971927131073

944572384727998036

681941184395341061

056879812

RIO Centena SALTEADO 2' Prem. 3o Prem. 4o Prem. 5o Prem.

CamelloCarneiroBorboletaElephantePeruCarneiro

ÁguiaJacaréGalloUrsoElephanteAvestruz

UrsoVeadoLeãoElephanteVaccaCachorro

UrsoVaccaÁguiaLeãoVaccaÁguia

UrsoVeadoVeado

831028315247780426

407259250392848503

790193461848600017

389300907763998908

590396694

PerUBorboletaMacacoElephanteTigreBurro

PeruAvestruzVaccaVaccaÁguiaJacaré

TouroÁguiaUrsoPorcoElephanteCamello

VaccaCabraÁguiaTigreÁguiaVacca

TigreCachorroMacaco

461158514498501880

954456000544742370

107513287697983592

134866170188269120

253047209

633490483288922617

690936130683622463

388896308733189372

879179

413075655202794972

243 989548 183890 573403 609499 571095 139

901 854817 761830 193

870643

484 i 138161 , 479131 j 351464 ; 725

I969 j 558850 ; 752997 i 036116 856185 830620 ! 563

563905315374585550

077776699958077385

710827040

Nq próxima mim&FQ pmfam,®m$®rm.Q>m ® tab©lla ü& mmm úm MmFmmfo*?®

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27 de Novembro de 1915 =*IEÕ8] W Ü Kl° NU ("> S== 5 =

Trunfos e Biscas

O Trunfo da Força

No cargo, alg» espinhoso, do commandoSupremo - O da «Policial Brigada-Enérgico c prudente, vai mostrandoNío ser .¦maldoso» e uão ser Mr).., nem nada,.

Evita a cxhibiçâo da Cavalhada,¦\ (orlo... ou mal direito, espaldeiiaudoAo Povo iiierine, inolfensivo quandoA tal não seja a sua acção foiçada. .

Por ler taes atlributos, predicados,O estimam todos seus subordinados ;Recoiihecendo-o: — Chefe extra-exemplar..

Pois, mesmo ante a ameaça de um cutelo,|amais, as fúrias, mostrará, de Othelo;'Nem as perfidias de um Yago...bar...

DOIS DE PÁOS.

Collecção ColoridaEstá á venda a Collecção Colo-

rida, o maior suecesso da Bibliotheca doRio Nu, trabalho perfeito e caprichado, impresso a cores diversas em superior papelcouclié. Intitula-se esse volume

DOIS CONTRA UMAe compõe-se de nove lindíssimas photogra-phias tiradas do natural, representando umamulher que dois apaches obrigam a executar,com elles, differentes scenas de amor.

DOIS CONTRA UMAque é uma delicia para os olhos e para o es-pirito, pela nitidez e verdade das scenas querepresenta, custará apenas 1J500 cada exem-plar; pelo Correio, 2Í000.

As encomniendas, que só serão attendi-das si vierem acompanhadas das respectivasimportâncias, devem ser dirigidas a

ALFREDO VELLOSO — Rua do Hospicio 218

Btma w-.:í ©vimos,..CD

... na zona Lapa a Merisse Bacalhau,procurando ;\ Pliiló...

... a Catita Pala Larga da zona JoaquimSilva, acompanhada de uni charuto em certobaile da travessa...

... a Angela Fallabosa niudando-se ánoite da zona Senado por assim ordenar apolicia...

... a Eniestina Bacia numa cavação roxana zona da Lapa...

... na zona Uoincs Freire a Marietta dis-ciitindo com um conhecido viciado...

... no S. José a Carmen acompanhadapelo fileiro Ernesto..,

... a Eniestina Bacia fazendo propagandade suas umodemintas coisas na Tendinha...

... o menino Mario contando as vanta-gens que tem levado de certa funecionariada zona Moraes e Valle...

... um conhecido charuto, tocador deviolão contando as vantagens amodernadas eos solos de clarinete da Catita Pata Larga...

VÊ TUDO.

«Uma rapariga branca alu-ga-se para todo e qualquerserviço.»

(Do Imparcial.)Sim senhora, eu gosto disso !Deve ser boa empregada.Vou touial-a a meu serviço,pois tenho a escripta atrazada.

Água. .Inponeza

Não ha outra que torne a pelle maismacia. Dá ao cabello a côr que se deseja.E' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 eHospicio, 164 e 166.

Epitaphios futurosXXIII

Um velho artista

Teve existência fagueira.Hoje frio, como a rocha,dorme em cova de terceira.Foi um pincel dc primeira,mas acabou sendo brocha.

XXIVUma nonagenaria

Comem-n'a os vermes tyrannos,magra, fria, resequida.Coitadinha lia longos annosperdera o gosto da vida.

Já está á venda o n. 5 da «CollecçãoAmorosa», intitulado SANDWICH, minuciosanarrativa de uma recem-casada que, escre-vendo a uma amiga ausente, pinta ao vivotodas as scenas de amor que praticou com omarido desde a noite do casamento.

Preço, 500 réis ; pelo Correio, 800 réis.Os pedidos de fora, que só serão alten-

didos quando vierem acompanhados da res-pectiva importância, devem ser dirigidos a

ALFREDO VELLOSO

ICiis. <1» Hospicio 8 18 -- Kio «¦<¦ Janeiro

Uma actriz pretenciosa (meu Deus, hatantas assim !) procurou o emprezario parareclamar contra o facto do nome delia virsempre por baixo do de outras que reputavaestrellas de menor brilho.

— Tem paciência, filhinha ! respondeu-lhe o emprezario, que mais dia menos diaeu te ponho por cima..

SinHH'— POR —

V. DE NOVAES \

E' mentira, mamai — disse a Pra-zeres. Agora mesmo bateu meia. noite.

A velha ergueu-se a custo.Vamos dormir, minha tilha.Ainda ! — insinuou novamente

o Alonso. Pois olhe que a Prazeres,pelo gosto delia, ficaria aqui até ama-nhecer. . . Não é verdade, senliorita?

Que tem o senhor com isso ?Nada.Então metta-se com a sua vida.

E, voltando-se para D. Encarnação :Vá, indo, mamai, que eu já desço.

Victor levantara-se tambem. A velhacumprimentou a todos e retirou-se.

¦ A Prazeres, toda dengosa, derretia--sc ao lado do poeta.—; Agora, não vá esquecer o canii-

nho, ouviu? E não si esqueça de trazero soneto que me prometteu. . .

Estão ferrados — murmurou o lies-

panhol ao ouvido de Jorge.Deixal-os! Divertem-se um pouco...

O poeta despediu-se. Ao apertar a mãoda Prazeres, esta o reteve longo tempo,escandalosamente, revirando os olhos,remexendo-se como uma gata ao cio.

Acompanhou o rapaz até a escada e,

quando elle descia, recommendou ;Sonhe commigo, liein !Que assanhada ! — exclamou Alon-

so. Está aqui, está fazendo tudo o queelle quizer, . .

Não é tanto assim —disse Jorge.Ora ! Quer saber de uma coisa ? Si

cila ainda não me deu, foi porque eunão quiz. . .

O hespanhol e o seu hospede haviam-se afastado conversando. No alto da esca-da, a Prazeres ainda dizia adeusinho aVictor, até que este desappareceu. Ellaentão resolveu-se a descer. Na varanda,junto á porta do quarto do estudante,encontrou este e o Alonso.

Que rapaz sympathico, esse seuamigo — disse ella, dirigindo-se a Jorge.

Parece muito distincto — acudiu oesposo de D. Sinhá.

E'um tanto bohemio — informouJorge ; mas tem um bello caracter.

Gostei muito delle. . .— Pudera não-ãn! exclamou Alonso.

Ah ! — fez a Prazeres, dando umarabanada. Sr. Jorge, boa noite. SeuAlonso, viva !

E sumiu-se na varanda em direcção aoporão.Está assanhadinha — cominentouo hespanhol.

O estudante riu discretamente e pediulicença para si recolher. Ia ainda estudarum pouco. . .

E eu vou terminar o meu plantão—disse Alonso. A' uma hora chamo Sinhápara me substituir e caio na cama que éuma delicia!

Vai até. . .(Continua).

Romance sensual

BREVEMENTE •¦

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I —M (-) O RIO NU (-) |g§§)-27 de Novembro dc 1915

(Ü) E©g|é 4m IPiptaaO Barão do Páo Rachado, homem extre-

mamente rico, mandara estudar o seuúnico parente Fausto, rapaz de instinctoconquistador...

Aurora, a única filha de seu pai, c primade Fausto, morena elegante e travessa, queapenas contava 15 primaveras, tinha por seuprimo uma ardente paixão que fora aiigmen-tando com o crescimento.

Fausto, estudava medicina no Rio deJaneiro e por apreciar mais a bella pau-dega que os livros, foi reprovado no ultimoexame.

O barão nâo gostou de tal e para cas-ligar seu sobrinho prohibira lhe de gosar asférias em sua fazenda.

O rapaz ficou triste por saber que nâovia sua prima dessa vez e para evitar omesmo no anno seguinte, applicou-se melhor.

No fim do anno viu coroar-se de louroso seu trabalho, obtendo approvação com-pleta nos exames.

Partiu para junto de seu tio e foi rece-bido alegremente por todos da casa.

Detraz da velha residência do barãodesusavam mansamente tres pequenos re-gatos, que por habito antigo da casa eramusados pelo velho, esposa e filha sepa-radamente.

No dia seguinte á chegada, logo pelamanhã, Fausto foi conduzido para o quintal,por seu tio, afim de lavar o rosto.

Sabendo Fausto já do costume do velho,dirigiu-lhe a seguinte pergunta maliciosa :

«Posso lavar no Rego de sua filha meutio» ?

Esta que estava perto sorriu, porém ovelho franziu a testa.

ZÉBA RETO.

_> _•

___(&_. yyyyyr =M i

#% ^ __Ú BREVEMENTE

jl §Jr $# Romance sensual

Acha-se no prelo e estará bre-vemente á venda este extraordina-

rio romance, que virá augmentar aBibliotheca d'0 Rio Nu, que, como ésabido, se compõe do que de melhorexiste no gênero realista I

O 69 é o melhor estimulantepara os leitores que chegam á idadeem que deveras se aprecia e se dá ojusto valor aquillo que faz as deliciasda mocidade...

O enredo do 69 difíere comple-tamente de todos os romances queO Rio Nu tem editado constituindoportanto uma novidade sensacionalpara os apreciadores do gênero... es-cabroso !

O 69 é emfim um bello romance,com cento e tantas paginas de lei-tura, além de bellas iliustrações, eus-tando apenas

1$000 l*éi*4 o exemplar.

Vai ser um suecesso !

Era um bom ntaridinho, o Sá Gouvêa.Chegava cedo a casa, era amoroso,e, muito embora o meu leitor não creia,não trahia a mulher—caso espantoso !

Por isso a doce e bella companheiratinha por elle affecto decidido :Tudo fazia, meiga, galhofeira,para ser agradável ao marido.

Si a leitora é casada, ouça um instante :Ser passiva de mais, assim, evite!pois tal procedimento tolerantedespertou no rapaz certo appetite.

Sá Gouvêa, por fim, tomou o gosto,quer fazer toda a noite a mesma coisa...Ella, coitada, cora, vira o rostoe deixa tudo... como boa esposa.

Desse geito, menina, ao escovadotu nunca mais podes fechar a porta.. .Reflecte na verdade do dictado :Fumar cachimbo, faz a boca torta...

HERNANI.

% Galeria Artística %Avisamos aos leitores i|iie tenhamfalia de al<fiiiiias estampas <la nossa<»alerin Artística, e queiram comple-(»r a C(»Heiív*lo. '|in* i'iu nosso eserip-(orio existem exemplares de todosos números do KM* AU desde o inE-«ii> <la publicava» dessa .al.ria. po-<l<-ii(Io ser ail<|i,ii-iil»s sr», aii(|nieii(<>

de prceo.

m\m\m\m\m\m\m\

«Uma senhora precisa deum cavalheiro que queira serseu sócio. Exige-se completosegredo.

(Do Jornal do Brasil)

Si me aceita pTa seu sóciosocegue, menina, poiseu lhe juro que o negocio,não passará de nós dois.

Tabellas dos bichos premiados

Já estão á venda, nesta redacção, pelopreço de 100 réis cada uma, as tabellas dosbichos premiados até o quinto premio, abrau-gendo os mezes de março a outubro do cor-rente anno.

Licor TibainaO melhor purifica-

*-* dor do sangue **«

GRANADO & C. - Rua _ de Março, 14

Tenho de ti muita magua.Tu me deixaste, na rede.co'o biquinho dentro dáguae a morrer quasi de sede !

"UMA AVENTURA"

Da Casa Editora Cnpido & C, estaòe-lecida na illia de Venus, acaba de sair ;iluz uma collecção de vistas [Ilustrandoa narração Ja aventura do __ Nabo comuma «illustre cavalheira» que pelo nomeparece ter nascido mesmo para o Zé.

UMA AVENTURA, que é o titulo Jaobra, está admiravelmente impressa e sóa gravura que illustra a capa é nm deli-cioso aperitivo... Vende-se a t^oAo oexemplar; pelo Correio i.^joo.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO -Rua do Hospicio, 218.

Perfis da Lapa

Anniv.rsario di; Dulce

(Figura Risonha da Lapa)

Dulce—muito obrigado ao teu convite.Hoje, dia das tuas primaveras,Nâo tendo rima que te feliciteMando-te apenas saudações sinceras.

Logo á noite talvez eu te visite;Só em pensar agora que me esperasSinto duas espécies de appetite...—Os homens para o amor são como as feras ..

Em tua casa ha festa, que alegria !Dou-te versos sem métrica talvez,Eu que dar-te uma jóia pretendia...A tua festa de hoje me commove.Tu que fazes um anno todo o mez.Muito moça farás sessenta e nove

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALSabbado, 27 de Novembro, ás 3 horas da tarde

309-41»

50:0001000Por qífooo em quintos

Bilhetes â venda em todas ascasas lote ricas

iP_-_„<n>ED>._-§

SETE ANNOS...Sete annos de pastor Jacob servia,prazeroso, feliz, tudo por ella,pela sua Rachel, pallida e bella,que sacrifício inda maior valia.Mas o velho Labão, que mereciaexistir entre nós, notando aquelladedicação, armou-lhe uma esparrela :cm logar de Rachel lhe deu a Lia.Novo praso ficou Jacob servindo,para alcançar o goso da pequena.Na noite do casório ella, sorrindo,disse, cravando os olhos no marido :«Valia muito mais tão longa penasi elle fosse, afinal, mais bem servido...»

J. ESCOVADO.

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27 dc Novembro de 1915

Elles e Elias...CD

A í'/SO - O "Rio Nu" náo tem repórter ai-gum nas zonas para dar ou não darnotas nesta secção ; lodo aquelle quese apresentar como tal é um inlrujáoc deve ser tratado como merece.

Na zona chieNo batuque do pessoal da esquina, o ca

reca asodrésado vulgo Dr. Urucubaca, não secansava em dizer que a «coisa agora era noduro» e que para isso tinham alugado umacara para fingir de capitalista, pois os trou-xas não embarcavam mais nos banqueiros da

Ora seu Dr. Urucubaca você perdeu umaho.i oceasião de ficar calado, porque nin-iruém embarca nessa canoa furada de du-rezas! , , ._ . ,

ts' A Angela Fallabosta anda feita judeuerrante porque já está conhecida como vul-gar caloteira. Nem os homens de prestaçõesescapam, e passa os dias com as portas fe-chadas com medo que lhe venham cobrar acapa e as fronhas.

Tome vergonha sua marafona !«sr A Neves Quarenta e Quatro e Ateio

da zona Joaquim Silva apezar dos solos dcclarinete e viagens á orópa não paga aninguém.

Até nos parece a Marcellina Secca doCeará , . , „iw A Catita Pata Larga, foi a Cruz dosMilitares pedir perdão dos seus peccados eagradecer ao Santo Onofre ter feito as pazescom o seu rttflno.

_Era uma belleza ver a funecionaria comuma enorme e grossa tocha na mão, rezandoem voz alta.

Qual, sua feiticeira a sua feitiçana nadavaleu; o que fez o rufia fazer as pazes foi osobretudo que você lhe presenteou ! ¦

iw A Palmyra da zona Joaquim Silva,precisa se acautelar sobre certos recadosIransmittidos pelo filho de uma conhecidafunecionaria.

Cuidado com os tres da pequena !

>iT E' uma má língua a Maria Cabocla.Nâo cessa de dizer mal da Olga Não SeLava.

Deixa disso sua Cabocla !•t" Si a Merisse Bacalhau souber que

certo zinho anda fazendo ronda á Philó,temos uma encrenca feia.

E' muito bem feito dona Philó, você nãoquer cotnprehender, o resultado é esse!

.tí;' Na casa de rcndczvous da Iracema,na zona Hospício 161 A, a coisa tem andadoruim p'ra burro, pois a maioral a todos sequeixa que está passando por uma crise me-donha.

O que faz o seu secretario, dona Iracema!*3t Na semana passada encontramos a

Neves Cavalão toda afoubada procurandoum viciado que lhe désse dois fachos parapoder comprar a cabelleira da Angela Falia-bosta.

Pois você sua velha já se esqueceu queesteve na Detenção cumprindo pena por termatado uma mulher dormindo?

(-) O RIO NU (-) gj:

Mulheres...

Mulher gorducha é fragata,mulher magra é bacalhau,pequenina vale prata,mas comprida é varapáu

mulher querida é « mulata »,sabe mais do que mingáti,a faladora é matraca,Si está nervosa quer páu...

Mulher molle cansa atoa.Seja embora a cousa bôaa repetir não se anima.

Mas a que viva, tnagana,na melhor luta romanaacaba sempre por cima. ..

LÍNGUA DE PRATA.

CARTÕES POSTAES

Temos á venda uma interessante col-lecçào de cartões postaes alegres, nítida-mente impressos, representando scenasadmiráveis de gosto e de variedade.

Custa cada collecção, que se compõede io postaes, apenas 2$ooo; pelo cor-reio, 2.>50o.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO —Rua do Hospício, 21S.

Todo Rio de Janeiro,desde a Tijuca ao Campinho,tem ganho muito dinheiro

nos palpites d'0 Binchinho.

Homens..

Homem bonito é pachóla,traz as moças no beicinho,encontra sempre gaiolap'ra guardar o passarinho...

A's vezes usa cartola,engomniado collarinho,e não tem p'ra dar esmolanem um nickel, coitadinho !

Homem « vivo » deixa nomee o bobo come pão duro,si não quer morrer de fome.

Homem já gasto e escovado,conta prosa, mas no apuronão dá conta do recado

ARAUNA.

Acha-se á venda : O magistral Conto Ra-pido N. 14, intitulado — Roçando...

Scenas verdadeiras e... quentes, conta-das por um escovado.

Chronica Theatral- A semana teve qualquer coisa de novo,que ainda não está bem esclarecida masdeixa ver já o que espera os nossos artistas.A coisa, ao que parece, consiste em estabe-lecer aqui no Rio, no theatro Carlos Gomes,uma espécie de succursal de uma empresalisbonense que se compromette a servir-noscom a maior regularidade todo o repertório,vaiado ou não, que fôr sendo exhibido nosseus theatros da capital lusitana.

Quer isso dizer, nem mais nem menos,que estamos condemnados a agüentar, e pio-vavelmente por bom preço, quanto calham-berque avariado se coca pelos cafés e esqui-lias de Lisboa persuadido de que é troço emtheatro !ç Coinquanto se nào saiba ainda quem seja6 organizador da panacéa, não é das maisdifficeis coisas pôr-lhe o dedo em cima,attendendo a que só ha um empresário por-tuguez capaz de gabar-se de ter nas mãoso movimento theatral deste mundo e dooutro, o sr. Luiz Galhardo. Pode ser, tudoisso que anda ahi pelos jornaes e logares on-de se discute theatro, simples balão de en-saio para amendrontar o Loureiro, no entantoregistramos o boato para em oceasião oppor-tuna tratarmos do assumpto com mais vagar

e vigor, e passamos a outro caso um poucomais burlesco : o da resolução da empresado Phenix, annunciando espectaculo grátispara os operários. Ao que parece, ha neces-sidade, no solitário redueto da rua Barãode S. Gonçalo, de provocar por qualquermodo o applauso da platéa, applauso que étrinta mil vezes mais escasso ainda do que aconcorrência e, dahi, a lembrança que, diga-mos de passagem, foi das mais felizes. E'impossível que os applausos nos espectacu-los de carona não rebentem estrondosos esobretudo reconhecidos. Ao mesmo tempo,dá-se inicio ao novo programma da troupeadoptando o svstenia de espectaculos por se-ries como os films da Universal. Em cadagrupo de 15 series, sete serão gratuitas eoito pagas. Com as series gratuitas julga aempresa conseguir seu fim altruistico e ge-neroso : o de inculir nas classes operárias,ou menos abastadas, o gosto... pelas outrasseries pagas 1

Depois, mais tarde, quando a tentativaestiver triumphante, fácil será fazel-a entrarna technologia theatral sob qualquer titulopomposo que se preste a ser aproveitadopelos que não d>rnicm, o de Festa do publico,por exemplo, formando com vantagem aolado tia Festa do leque, da Festa da prima-vera, da Festa do cavallo, da Festa do Abel ede tantas outras que por ahi navegam nomar da cavação... De resto, já se não es-tranha, no Rio, que as coisas mais serias,

em theatro, tomem rumo muito diverso da-quelle que lhes fora traçado a principio.

Haja visto o que se está dando com oMac Norton, o engulidor das rãs e peixes.Toda gente julgou estar em presença de umacoisa inexplicável, capricho da natureza,aborto, phenomeno etc, etc. A ninguémpassou pela idéa que o afamado homemaquário viesse a entrar em conchavo paraattrahir o publico ao Republica, theatro con-demnado a fechar as portas por falta deconcorrência como aconteceu com o merca-do do Botafogo...

Pois a coisa esteve mesmo para se darali no barracão da Avenida Gomes Freire,tendo sido posta de parte, ao que nos di-zem, em conseqüência de ter de seguir pre-cipitadamente para Pernambuco a companhiadaquelle theatro em que vai como testa deferro o nosso amigo Serra afim da mesmapoder trabalhar no Recife fora dos theatrosque o seu verdadeiro empresário é obrigadoa guarnecer. De qualquer modo, não damosos parabéns aos pernambucanos pelo mara-bembe da Zazã a que o carioca acaba defazer a maior das justiças abandonando-opor completo e sendo de esperar que faça omesmo com o da dona Emma de Souza, vistoque tem actualmente onde vá passar a noitegastando pouco dinheiro e apreciando com-panhias muitíssimos boas como a lyrica doS. Pedro, ou a Adelina no Recreio.

MESQUITA.

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>-

(-) O RIO NU (-)27 dc Novembro de 1915

Bilotea (0 RIO NODOIS CONTRA UMA — Primorosa série

impressa a cinco cores, photographias do na-tural, constituindo um bello volume.

Está á venda. Preço 1*500; pelo Cor-reio, 2*000.

SCENAS DE ALCOVA — Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1*500;pelo Correio, 2*000.

CULTO DE VENUS - Edição revista eillustrada, sensacional romance deNumaTel-les, linda capa a tres cores, 1*000; pelo Cor-reio IÍ500.

UMA A/ENTURA-Lindíssima collec-ção de vistas em que se conta a aventura doZé Nabo com uma ..senhora» de nome sug-gestivo, 1*000 ; pelo Correio 1*500.

AMORES DE UM FRADE - (3« edição,n. 1 da «Collecçâo Amorosa»)—Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO —(n. 2 da «Col-lecção Amorosa») —Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET —(n. 3 da «CollecçâoAmorosa») —Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperitivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis-

CASTA SUZANNA — (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

SANDWICH —(n. 5 da Collecçâo Amo-rosa) — Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis ; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS — Collecçâode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-ché de 1» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 2, 4 e 5.Preço de cada um, 1*; pelo Correio 1*500.

CONTOS RÁPIDOS — Estão pu-b!içados os seguintes: N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre — N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores— N. 10, FamíliaModerna — N. 11, Na Zona... — N. 12,O brinquedo — N. 13, O cachorro

N. 14, Roçando... — N. 15, O Con-solador — N. 16, A Telephonistae N. 17, A Costureira.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um 300 rs., pelo Correio : 500 rs.Todos os livros acima citados são

{Ilustrados com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

Os pedidos dirigidos ao nosso escri-ptorio devem vir acompanhados darespectiva importância, em valespostaes, ordens commerciaes ou

dinheiro e endereçados a

Alfredo VellosoR. do Hospicio 2 í 8 - Rio de Janeiro

Leitores inexperientes têm-nos enviadopequenas importâncias em sellos e dinheiro,incluindo-as em cartas ordinárias, para paga-mento de encommendas que nos fazem. O quesuecede é isto : a maioria dessas cartas nãochega ás nossas mãos e, das poucas que' che-gam, raras são as que não vêm alliviadas dasinsignificantes quantias que deviam conter.

Não havendo base para reclamação des-sas importâncias ao Coyeio Geral, pedimosaos nossos leitores que não confiem ás cartasordinárias nem mesmo um misero sello detostão, porque arriscam-se a fazel-o cahir emmãos habilidosas e ágeis de indivíduos paraquem tudo serve.

Ficam assim respondidas varias recla-inações que temos recebido, e accentuadomais uma vez que nos responsabilizamospelas importâncias que nos forem enviadascom as precisas garantias.

A GERENCIA.

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