anÁlise comparativa da utilizaÇÃo do contrapiso
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JOSÉ AGNALDO DE SOUZA ARAUJO NETO
THIAGO LINS RAMIRES
ANÁLISE COMPARATIVA DA UTILIZAÇÃO DO CONTRAPISO
AUTONIVELANTE EM RELAÇÃO AO SISTEMA TRADICIONAL –
ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA VERTICAL NA CIDADE DE
MACEIÓ- AL
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro
Universitário CESMAC, no Curso de Engenharia Civil,
como requisito final para obtenção do título de
Engenheiro Civil, desenvolvido sob a orientação do
Professor Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo e
coorientação do Engenheiro Paulo Henrique de
Oliveira Miranda.
Aprovado em: ___/___/2017
___________________________________________
Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo
Maceió
2017/1
2
JOSÉ AGNALDO DE SOUZA ARAUJO NETO
THIAGO LINS RAMIRES
ANÁLISE COMPARATIVA DA UTILIZAÇÃO DO CONTRAPISO
AUTONIVELANTE EM RELAÇÃO AO SISTEMA TRADICIONAL –
ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA VERTICAL NA CIDADE DE
MACEIÓ- AL
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro
Universitário CESMAC, no Curso de Engenharia Civil,
como requisito final para obtenção do título de
Engenheiro Civil, desenvolvido sob a orientação do
Professor Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo e
coorientação do Engenheiro Paulo Henrique de
Oliveira Miranda.
Aprovada em Dezembro/2016
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Profº: Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo
-Orientador-
_______________________________________
Profº: Fernando Silva de Carvalho
Avaliador Interno
_______________________________________
Paulo Henrique de Oliveira Miranda
Avaliador externo
3
Dedicamos este trabalho a todas as
pessoas que contribuíram de alguma
forma em nossa formação acadêmica.
4
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por sempre nos iluminar e mostrar o
caminho correto.
Agradecemos também aos nossos pais, por toda dedicação, empenho e
apoio nos oferecido ao longo desse trabalho.
Não poderíamos deixar de agradecer ao nosso professor e orientador Antônio
Everaldo pela forma com que trabalhou conosco, estando sempre disponível para
quando precisássemos e nos dando conhecimento e sabedoria.
E por último, agradecemos a todas as pessoas que de forma direta e indireta
contribuíram de alguma forma para a elaboração deste trabalho.
5
"A maior recompensa para o trabalho do homem não é o que ele ganha com isso, mas o que ele se torna com isso."
John Ruskin
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RESUMO
Dentro do mercado do setor da construção civil, a competitividade vem crescendo significativamente, tornando-se mais acirrada cada vez mais, que resulta na infindável busca por alternativas que possibilitem a atenuação dos custos, o crescimento da produtividade e valores mínimos para o desperdício de material nos canteiros de obra. Um dos métodos economicamente mais atrativo e viável para a execução do contrapiso em empreendimentos destinados a moradia é o que adota em sua composição a argamassa autonivelante, conhecido como contrapiso autonivelante, no qual a fluidez, assim como outras características do mesmo, possibilita a realização do procedimento com valores consideravelmente menores referentes a custos com mão de obra e material, assim como eleva a média de produtividade e inversamente proporcional reduz o tempo de execução para conclusão de tal serviço. Os resultados desse estudo revelam que a substituição do sistema que adota a argamassa “farofa” pela autoadensável na aplicação do contrapiso nas torres analisadas apresentou valores que o colocaram em superioridade em todas as variáveis consideradas, ao ser comparado com o outro método, sendo elas o custo com material e mão de obra e a relação entre produtividade e tempo de execução. Com isso, a utilização do sistema autonivelante torna-se a melhor opção para a execução do contrapiso, apresentando resultados mais econômicos e de maior eficácia. Estudos como este revelam a importância da implantação de novos sistemas em serviços como o contrapiso, através de alternativas que tragam consigo soluções que agreguem e possibilitem o processo de melhoria contínua tão almejado pelas empresas desse segmento e que sejam economicamente viáveis, sem comprometer os requisitos de desempenho. Neste sentido, este trabalho visa evidenciar os benefícios da utilização do contrapiso autonivelante em substituição ao método tradicional, por meio de um comparativo entre as torres pertencentes a mesma obra de uma construtora localizada na cidade de Maceió, analisando os impactos no custo dos materiais, na produtividade e tempo de execução e custo dos serviços considerando a mão de obra.
Palavras – chave: Contrapiso; Autonivelante; Construção Civil.
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ABSTRACT
Within the market of the construction sector, competitiveness has been growing significantly, becoming more and more fierce, resulting in the endless search for alternatives that allow cost reduction, productivity growth and minimum values for wasted material In the construction sites. One of the economically more attractive and feasible methods for the execution of the subfloor in residential projects is that which adopts in its composition self-leveling mortar, known as self-leveling underlayment, in which fluidity, as well as other characteristics of the same, makes it possible to perform the Procedure with considerably lower values referring to costs with labor and material, as well as raising the average of productivity and inversely proportional reduces the execution time for completion of such service. The results of this study reveal that the substitution of the system that adopts the "farofa" mortar by the self-absorptive one in the application of the subfloor in the analyzed towers presented values that put it in superiority in all the considered variables, when being compared with the other method, being they the Cost with material and labor and the relation between productivity and time of execution. Thus, the use of the self-leveling system becomes the best option for the execution of the subfloor, presenting more economic results and greater efficiency. Studies such as this reveal the importance of the implantation of new systems in services such as subfloor, through alternatives that bring solutions that aggregate and enable the process of continuous improvement so desired by the companies in this segment and that are economically viable without compromising the requirements of Performance. In this sense, this work aims to show the benefits of the use of the self-leveling subfloor in substitution of the traditional method, by means of a comparison between the towers belonging to the same work of a construction company located in the city of Maceió, analyzing the impacts on the cost of materials, Productivity and execution time and cost of services considering labor. Keywords: Underlayment; Self-leveling; Construction.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AL Alagoas APFAC Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de
Construção CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção cm Centímetro CPA Contrapiso Autonivelante CPC Contrapiso Convencional CO2 Dióxido de Carbono DIN Intituto Alemão de Normalização EN Normas Européias Kg Quilograma m Metro mm Milímetro MPa Megapascal N Newton NBR Norma Brasileira PIT Programa de Inovação Técnológica UH Unidade Habitacional
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Composições da argamassa .................................................................... 20
Figura 2 – Limpeza da Base...................................................................................... 25
Figura 3 – Transferência de nível ............................................................................. 25
Figura 4 – Instalação das aranhas ........................................................................... 26
Figura 5 – Colocação das placas de isopor .............................................................. 27
Figura 6 – Lançamento da argamassa ..................................................................... 27
Figura 7 – Acabamento com régua “T” ..................................................................... 28
Figura 8 – Contrapiso finalizado em processo de cura ............................................ 29
Figura 9 – Planta baixa do pavimento tipo ............................................................... 32
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Comparativo de custos com materiais ................................................... 36
Gráfico 2 – Comparativo do tempo de execução ..................................................... 38
Gráfico 3 – Comparativo de custos com mão de obra ............................................. 40
Gráfico 4 – Comparativo de custos com a execução ............................................... 41
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Características logísticas das argamassas autoadensáveis .................. 24
Tabela 2 – Comparativo de custos de argamassas ................................................. 31
Tabela 3 – Composição dos sistemas ...................................................................... 37
Tabela 4 – Custo do contrapiso com mão de obra própria ........................................ 38
Tabela 5 – Custo aplicação de mestras com mão de obra própria .......................... 39
Tabela 6 – Custo do contrapiso com mão de obra terceirizada ................................ 40
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SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ...................................................................... 8
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. 9
LISTA DE GRÁFICOS ........................................................................................... 1410
LISTA DE TABELAS ............................................................................................. 1411
SUMÁRIO ............................................................................................................. 1412
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14
1.1. TEMA ................................................................................................................ 14
1.2. PROBLEMA ..................................................................................................... 15
1.3. OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 15
1.3.1. Objetivos Específicos ......................................................................................................... 16
1.4. JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 16
1.5. METODOLOGIA ............................................................................................... 17
1.6. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 17
2. O SISTEMA AUTONIVELANTE NA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................. 17
2.1. COMPOSIÇÃO ................................................................................................. 19
2.2. PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS ................................................................ 21
2.2.1. Consistência ............................................................................................................... 21
2.2.2. Resistência Mecânica ............................................................................................... 21
2.2.3. Resistência ao Arrancamento por Tração ............................................................. 22
2.2.4. Resistência à Abrasão .............................................................................................. 23
2.3. PROCESSO CONSTRUTIVO........................................................................... 24
2.3.1. Limpeza ....................................................................................................................... 24
2.3.2. Transferência de nível .............................................................................................. 25
2.3.3. Assentamento das niveletas ............................................................................................ 26
2.3.4. Colocação das juntas de dessolidarização ................................................................. 26
2.3.5. Lançamento da argamassa .............................................................................................. 27
2.3.6. Acabamento .......................................................................................................................... 28
2.3.7. Cura da argamassa ............................................................................................................ 29
3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 30
4. RESULTADO E DISCUSSÕES ......................................................................... 35
4.1 CUSTO COM MATERIAIS ................................................................................. 36
4.2 PRODUTIVIDADE E TEMPO DE EXECUÇÃO ................................................. 37
13
4.3 CUSTO COM MÃO-DE-OBRA .......................................................................... 38
4.4 CUSTO DE EXECUÇÃO ................................................................................... 40
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 42
5.1 CONCLUSÃO .................................................................................................... 42
5.2 DIFICULDADES ENCONTRADAS ................................................................... 43
5.3 CONTRIBUIÇÃO PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................... 44
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45
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1. INTRODUÇÃO
Na elaboração de um cronograma, algumas questões são levantadas, o
método executivo dos serviços a serem adotados é um deles, então para realizar
uma escolha consciente, fatores como custo e tempo são imprescindíveis. Esses
fatores tendem a tornarem-se cada vez mais acentuados diante da alta cobrança e
prazos cada vez mais curtos. Os sistemas executivos tradicionais atualmente ainda
possuem maior representatividade dentro dos canteiros de obra, como no caso do
contrapiso, contudo, o mercado da construção civil em geral vem passando por um
processo de modernização, no qual se faz necessário que os serviços a serem
executados o acompanhem e, automaticamente, o método tradicional não atende de
forma tão eficiente essas necessidades.
Dentre os métodos executivos conhecidos para o serviço de contrapiso, o
que melhor atende aos requisitos das edificações em questão é o que utiliza o
sistema autoadensável, pois, comparado ao método convencional, apresenta
características que o colocam em superioridade aos demais e podem vir a se tornar
uma escolha extremamente eficaz e benéfica, desde que executado de forma
racional e com os materiais adequados.
O presente estudo foi resultado dessa indagação e visa auxiliar os
responsáveis pela etapa de planejamento na escolha do melhor método a ser
empregado na execução do serviço de contrapiso.
1.1. TEMA
A denominação do tema escolhido para o desenvolvimento desta
pesquisa monográfica partiu da necessidade de implantação de um sistema
tecnológico que agrega economia e produtividade ao processo executivo de
aplicação do contrapiso, de modo que atenda ao acelerado prazo no cronograma
das obras, sem deixar de levar em consideração a qualidade do produto final.
Desta necessidade de investigar surgiu o presente tema Análise
comparativa da utilização do contrapiso autonivelante em relação ao sistema
tradicional – Estudo de caso em uma obra vertical na cidade de Maceió- AL, aqui
15
abordado, que trata de apresentar ao leitor as principais características do
contrapiso autoadensável e seu processo executivo, além de analisar fatores que
evidenciam a superioridade no custo-benefício desse método, ao se comparado com
o tradicional.
1.2. PROBLEMA
A pesquisa monográfica aqui denominada de Análise comparativa da
utilização do contrapiso autonivelante em relação ao sistema tradicional – Estudo de
caso em uma obra vertical na cidade de Maceió- AL, foi realizada com a finalidade
de auxiliar na resolução envolvendo a problemática no que diz respeito ao
cumprimento de prazos dentro do organograma planejado para obra, assim como
demonstrar a possibilidade de implantação de um novo método de execução de
determinado serviço, que fuja do sistema tradicional, sem comprometer a qualidade
do produto, que originou a presente produção.
A identificação e implantação de um novo método executivo que se
comprove benéfico à edificação, contribui expressivamente no constante processo
de melhoria contínua, comumente buscado pelas empresas.
Com fins de solucionar o problema em relação ao apertado prazo
estipulado para execução dos serviços e até o não cumprimento do mesmo, estes
pesquisadores foram em busca de análises para comprovar que a adoção de um
sistema, como o observado neste objeto de pesquisa, é totalmente viável e promove
excelentes resultados dentro dos canteiros no ramo na construção civil.
1.3. OBJETIVO GERAL
Realizar uma análise comparativa entre os tipos de contrapiso, sendo eles
o convencional e o autonivelante, com a finalidade de ressaltar os benefícios na
utilização do segundo sistema diante do primeiro, levando em consideração fatores
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como produtividade, tempo de execução e custo, e assim incentivar seu uso nos
canteiros de obra.
1.3.1. Objetivos Específicos
Realizar um estudo bibliográfico a fim de conhecer as
especificações apresentadas pelo contrapiso autonivelante;
Descrever as etapas existentes no processo de execução do
contrapiso autonivelante, diferenciando-o do sistema tradicional,
comumente adotado;
Determinar, a partir dos quesitos como: produtividade, tempo de
execução e custo com material e mão-de-obra, qual sistema se
sobressai e, conseqüentemente, incentivar a disseminação do uso
do mesmo nos canteiros de obra da construção civil.
1.4. JUSTIFICATIVA
Diante do processo de modernização e desenvolvimento de tecnologias
voltadas a materiais e equipamentos que agreguem e otimizem a execução dos
serviços, como é o caso do objeto de estudo (contrapiso), as construtoras vêm
investindo em pesquisas tecnológicas que tragam soluções viáveis para a
implantação desses nossos métodos, de forma que propiciem maior economia e
velocidade de produtividade em seus canteiros.
Enfatizando o processo executivo do contrapiso que utiliza o sistema
autonivelante, constatou-se que o mesmo apresenta características que atendem as
expectativas desejadas e que ao ser comparada ao método tradicional, se sobressai
em vários aspectos. No decorrer deste trabalho poderão ser visualizadas as
principais características técnicas existentes nesse tipo de sistema, assim como
todas as etapas correspondentes a execução do procedimento de contrapiso e por
fim, uma análise comparativa entre os dois métodos sob alguns aspectos.
17
1.5. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desta produção, foi realizada uma revisão
bibliográfica a cerca da aplicação do contrapiso por meio dos sistemas tradicional e
autoadensável. Os dados apresentados foram colhidos através do acompanhamento
diário do serviço, bem como informações fornecidas pela construtora responsável
pela obra analisada e registro fotográfico das etapas do procedimento.
Para o estudo e comparação do sistema proposto em relação ao
convencional, foi acompanhado pelos pesquisadores um canteiro de obra cuja
edificação possui três torres, das quais, em torres distintas foram adotado o método
tradicional e o autonivelante, para execução do contrapiso. Por fim, foram analisados
aspectos como produtividade e custos com material e mão de obra, com o intuito de
evidenciar a superioridade do sistema autoadensável e incentivar a adoção da
mesma na execução de futuras obras.
1.6. REFERENCIAL TEÓRICO
A presente pesquisa teve como referencial o teórico: Souza,N, que tem
além de outras obras a que encontra-se referenciada nesta pesquisa.
O contrapiso autonivelante (CPA) chega ao Brasil como uma técnica
alternativa para execução de contrapisos ou enchimentos. Já difundido em
outros países, no Brasil ainda é usado de forma tímida. Trata-se de uma
argamassa autoadensável, muito fluida, desenvolvida e dosada
especialmente para servir como contrapiso (Souza; Natália, p19).
2. O SISTEMA AUTONIVELANTE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
O setor da construção civil segue em um processo de transformações e
crescimento nos últimos anos. As construtoras vêm sendo incentivadas a investir no
desenvolvimento ou incorporação de inovações para manter a competitividade
(CBIC, 2014). O emprego de produtos, métodos e sistemas construtivos inovadores
acabam esbarrando, por vezes, na falta de interesse dos próprios empresários em
18
investir, qualificar a mão de obra e se aprofundar nas potencialidades apresentadas
por essas novidades (CALÇADA; PAULO, 2014).
Com o aparecimento da crise econômica em que se encontra o país,
várias empresas do setor da construção civil têm buscado apostar em inovações em
seus canteiros de obras, objetivando conseguir estabelecer maior produtividade.
Novas técnicas construtivas, novos materiais, equipamentos, gestão dos processos
e industrialização, são alguns dos recursos utilizados pelo segmento para alcançar a
excelência (LEOPOLDO; JOÃO, 2015).
Nesse contexto, um dos maiores desafios é acelerar o processo de
inovação e implantação nas devidas edificações. Ressalta-se neste meio, o
Programa de Inovação Técnológica (PIT), iniciativa da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC), que tem o objetivo de estudar, analisar e definir
diretrizes para o desenvolvimento de inovações tecnológicas dentro da área da
construção civil com âmbito nacional.
Conforme o levantamento realizado pelos pesquisadores, dentre os
métodos de execução do contrapiso, o que apresentou maior crescimento nos
últimos anos foi o contrapiso autonivelante (CPA). O contrapiso autonivelante,
também conhecido como autoadensável, ou até mesmo autoescoante, é um material
relativamente novo no Brasil, e começou a ser estudado por empresas de
construção civil e pesquisadores no início de 2008. A principal característica desse
método é possuir elevada fluidez, em comparação as argamassas convencionais.
Diferente do método convencional (CPC), a aplicação da argamassa
autonivelante espalha-se apenas através da mangueira, de modo que resulta em
menor mão de obra necessária para realizar o serviço, assim como também o tempo
de aplicação da mesma (SOUZA; NATÁLIA, 2013).
Ainda segundo Pinho, em aspecto de comparação, a execução do CPA
apresenta vantagens significativas em relação ao processo tradicional, tais quais:
Maior produtividade que o CPC, por não haver a necessidade de
desempenar a argamassa autonivelante;
Velocidade de aplicação;
Redução no peso da estrutura e consumo de material;
Redução do número de trabalhadores;
19
Canteiro de obra mais seguro, pela redução do número de
trabalhadores;
Menor prazo para execução.
Em Alagoas, a tendência da utilização do sistema executivo que utiliza a
argamassa autoadensável é bastante similar com as demais regiões do país.
Inicialmente, predominava-se a adoção do contrapiso convencional (CPC) para
compor os organogramas das edificações, contudo, com o maior conhecimento a
respeito da tecnologia presente no CPA, esse novo método vem ganhando maior
notoriedade e espaço nos canteiros em geral.
Exemplo disso é o empreendimento residencial escolhido pelos
pesquisadores para coleta de dados em que foi baseada esta produção. A
edificação está situada no Bairro Santa Amélia, Maceió- AL, sendo composta por
três torres idênticas de oito pavimentos cada, contendo oito apartamentos em cada
pavimento, totalizando cento e noventa e duas unidades habitacionais (UH).
2.1. COMPOSIÇÃO
O contrapiso autonivelante é um elemento que compõe o subsistema
referente ao piso, sendo constituído de uma única camada de material, a ser
lançado sobre uma base (laje estrutural) devidamente preparada, apresentando
características como: fluidez, espessura, resistência mecânica e durabilidade,
proporcionais ao atendimento das suas funções principais (SOUZA; NATÁLIA,2013).
Dentro desse processo de aplicação do CPA, o elemento principal é a
argamassa, que são materiais de construção que tem nas suas constituições
aglomerantes, agregados minerais e água. Quando recém-misturadas, possuem boa
plasticidade, enquanto que, quando endurecidas, possuem rigidez, resistência e
aderência. Segundo a norma brasileira (NBR 13281) a definição de argamassa é
mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água,
contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e
endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria (argamassa
industrializada).
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Figura 1- Composições da argamassa Fonte: APFAC, Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção
Os pesquisadores desta produção puderam constatar que assim como
todas as argamassas tradicionais, as autonivelantes presentes na obra
acompanhada são basicamente formuladas de: Cimento portland de alta resistência
inicial, que pode corresponder de 25 a 45% da massa total; areia fina quartzosa,
com um proporcional variando entre 40 a 60% da massa e os 10 a 15% restantes é
formado por uma série de aditivos químicos e adições minerais destinados a
modificar as características reológicas no estado fresco e as propriedades
físicomecânicas no estado endurecido, de modo a atender aos requisitos de
instalação, carga, solicitação e durabilidade.
Os aditivos são compostos de superfluidificantes, éteres celulósicos para
melhorar a retenção de água, antiespumantes objetivando alterar a tensão
superficial da água de amassamento e diminuir o nível de ar arrastado durante a
mistura e bombeamento, polímeros elastoméricos redispersáveis com a finalidade
de tornar o material mais impermeável e dúctil, além de mais resistente à tração e à
abrasão, substâncias minerais que compensem a retração por secagem, a
exsudação e a tendência ao fissuramento. A água de amassamento varia entre o
intervalo de 20 a 30% da massa seca total a depender do tipo de destinação de um
determinado material (NAKAKURA; E.H.; BUCHER; H.R.E., 2006).
Ainda segundo Nakakura e Bucher, há diversos tipos de formulações de
acordo com as solicitações a que estará exposto o piso:
• Acabamento de pisos industriais submetidos ao tráfego de cargas
sobre rodízios e abrasão;
• Nivelamento de pisos industriais (existentes), como substrato para
camadas de alta resistência;
21
• Acabamento de pisos industriais submetidos a cargas leves ou a áreas
residenciais ou comerciais com solicitação intensa;
• Nivelamento de preenchimento em pisos novos.
2.2. PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS
O principal material utilizado para execução do CPA é a argamassa
autoadensável. As principais propriedades características da mesma são:
2.2.1. Consistência
As argamassas autonivelantes devem atingir uma determinada
consistência no instante da sua instalação, de modo que a sua
viscosidade permita uma deformação conveniente pela ação do
seu próprio peso. Desta maneira, a nata se espalhará sobre o
substrato, formando uma superfície com a planeza adequada à
finalidade da camada: regularização ou acabamento. A
medição da consistência pode ser realizada no laboratório,
mediante o cone de Kantro e na obra, por meio do anel sueco
descrito na norma SS923519 (NAKAKURA; E.H.; BUCHER;
H.R.E., 2006, p308).
Os pesquisadores puderam observar que para a aplicação dentro dos
canteiros de obra, a consistência para material de regularização deve estar entre o
intervalo de 130mm a 140mm de espalhamento e, para o caso de argamassa
destinada ao acabamento, o espalhamento deve ficar entre 160mm a 165mm.
2.2.2. Resistência Mecânica
A resistência à compressão e à tração estática simples é
medida em prismas de 40x40x160mm3 ensaiados de maneira
semelhante à preconizada pela EN 196. As especificações
exigem usualmente um mínimo de 25 a 35 MPa aos 28 dias à
22
compressão de 8 a 11 MPa à tração na flexão, dependendo da
função que a camada desempenha no piso.
Como uma medição de obra para avaliar a resistência à
compressão de pisos já instalados é utilizada a identação
produzida por uma esfera de aço duro, de 20mm de diâmetro,
a qual é carregada com uma força de 500 N logo após o piso
ter cumprido um período de 24 horas sob água. A identação é
medida 5 minutos após ter sido 309 retirada a força solicitante.
O diâmetro médio da identação fornece uma medida indireta da
resistência à compressão do material do piso instalado na obra
(NAKAKURA; E.H.; BUCHER; H.R.E., 2006, p308).
2.2.3. Resistência ao Arrancamento por Tração
Os pesquisadores puderam acompanhar um ensaio, no qual se destina
medir se o piso funcionará adequadamente como um sistema, logo que esta camada
também é incorporada à capacidade portante da laje ou base e ficar
monoliticamente unida a mesma. O método de ensaio é bem similar ao utilizado no
teste de argamassas de revestimentos de paredes e tetos e de pedras cerâmicas
em pisos ou paredes.
Contudo, o ensaio para pisos autonivelantes é realizado após submeter o
corpo-de-prova a 10.000 ciclos de passagem de um rodízio padrão, exercendo uma
determinada carga (250N em pisos comerciais e residenciais e 2000N em pisos
industriais). Para esse tipo de caso se faz necessário definir um “substrato padrão”,
sobre o qual é aplicada em sua superfície a argamassa, logo após devem ser
realizados os procedimentos determinados pelo fabricante. Estas instruções a serem
previamente respeitadas para este ensaio consistem em: escovação, saturação,
imprimação, ponte de aderência, colocação da camada autonivelante, cura e
rolagem preliminar com o rodízio.
Para formar o corpo-de-prova deve-se serrar, inicialmente, com uma
serra-copo diamantada um cilindro com 5cm de diâmetro interno, que atinja até certa
profundidade no substrato e, logo após, colar com resina epoxídica o prato de
tracionamento.
23
As especificações definem uma resistência mínima de 1,0 MPa
(apenas cura de 28 dias) ou de 0,5 MPa (cura de 28 dias
seguida de 10.000 passagens de rodízio de 25 N para pisos de
áreas residenciais). Para pisos de locais públicos e indústrias
leves, é exigida uma resistência ao arrancamento por tração
mínima de 2,0 MPa (após 28 dias de cura ao ar) e de 1,0 MPa
para os corpos-de-prova submetidos a 28 dias de cura e mais
10.000 aplicações de carga com rodízios. Em pisos industriais
submetidos à ação de rodas maciças de carregadeiras, a
resistência ao arrancamento deve ser superior a 3,0 MPa após
tratamento de 2.000 N (NAKAKURA; E.H.; BUCHER; H.R.E.,
2006, p310).
2.2.4. Resistência à Abrasão
A resistência à abrasão dos materiais para pisos autonivelantes é
determinada a partir o método da norma DIN 52.108 “Método de ensaio de abrasão
na máquina de Böhme”, ou o seu equivalente nacional a MB-3379 “Materiais
inorgânicos - Determinação do desgaste por abrasão”, no qual o processo consiste
na submersão do corpo-de-prova à abrasão de areia sobre um prato metálico que
gira lentamente. A abrasão é medida em cm³ /50cm² de área desgastada ou em mm.
Argamassas à base de areia quartzosa ou basáltica tem
especificado um desgaste máximo de 6,0cm3 /50cm2 ou
1,2mm de espessura. De um modo geral, não se conhecem
argamassas autonivelantes com agregado à base de granalha
metálica, coríndon eletrofundido ou carbureto de silício. O
ensaio de desgaste abrasivo pode ser realizado com o corpo-
de-prova seco ou saturado com água (NAKAKURA; E.H.;
BUCHER; H.R.E., 2006, p310).
24
2.3. PROCESSO CONSTRUTIVO
Os pesquisadores puderam acompanhar todo o processo, desde a
preparação do local que receberia a argamassa autoadensável até a conclusão da
aplicação da mesma. Para execução do CPA, inicialmente deve-se definir em
relação ao abastecimento de argamassa autonivelante, atualmente têm sido
disponibilizados dois tipos: argamassa ensacada para CPA, que é misturada no
momento do lançamento e a argamassa produzida em centrais e transportadas até a
obra em caminhão betoneira. Cada um destes processos tem suas vantagens e
desvantagens, desta forma, foram listadas as características de logística
pertencentes aos dois métodos na Tabela abaixo.
Tabela 1 – Características logísticas das argamassas autoadensáveis Fonte: Souza; Natália, 2013.
Para a execução do contrapiso autonivelante na edificação observada, foi
utilizada a argamassa dosada em central, logo que a ensacada apresentou ser de
difícil acesso.
2.3.1. Limpeza
Inicialmente, deve-se delimitar a área e limpar bem a base em que se
executará o CPA, de modo que o ambiente necessita estar isento de sobras de
argamassas, concretos, pontas de prego ou aço e qualquer outro tipo de material
aderido que possa interferir na qualidade do serviço.
25
Figura 2- Limpeza da base Fonte: Movimento dos Pintores.
2.3.2. Transferência de nível
O passo seguinte consiste em transferir os níveis do contrapiso para cada
cômodo, a partir do ponto de origem, (nível de referência), com o auxílio de um
aparelho de nível a laser ou mangueira de nível, orientando-se pelo projeto de
contrapiso, quando houver. No caso de utilizar um nível a laser, basta tirar um ponto
de origem e mapear o restante.
Figura 3- Transferência de nível Fonte: Concreta, 2014.
26
Caso seja utilizada a mestra feita de argamassa convencional, deve-se
levar em consideração que as duas argamassas possuem módulos de elasticidades
distintos, podendo gerar uma posterior fissura entre ambas.
2.3.3. Assentamento das niveletas
O terceiro passo se dá através da instalação de niveletas, comumente
conhecidas como aranha, feitas em aço, niveladas a laser em substituição às
mestras tradicionais, conforme.
Figura 4- Instalação das aranhas Fonte: Revista Téchne, 2014.
2.3.4. Colocação de juntas de dessolidarização
Nesse passo, normalmente é colocado placas de isopor no encontro com
a parede em todo perímetro que será aplicada a argamassa autonivelante, com a
finalidade de eliminar possíveis fissuras ou trincas.
27
Figura 5- Colocação das placas de isopor Fonte: Auto nível, 2013.
2.3.5. Lançamento da argamassa
No caso de locais onde existe a necessidade de isolamentos ou
aquecedores térmicos, antes da execução do contrapiso autonivelante, deve ser
colocada uma lona plástica sobre a qual a argamassa autonivelante será lançada.
Para o lançamento da argamassa sobre a base, é necessário o
bombeamento a partir do térreo direto da betoneira para a bomba. Na área a ser
executada tem que ser feito o serviço de adensamento com um vibrador manual,
apropriado após o término do espalhamento.
Figura 6- Lançamento da argamassa Fonte: Nivelmix, 2013.
28
O desenvolvimento do sistema bombeável para o contrapiso surgiu da
dificuldade do transporte vertical, que geralmente é feito por elevador de
cremalheira. A maior dificuldade de uma obra nessa etapa é subir todos os materiais
pelo equipamento de transporte vertical e o contrapiso autonivelante traz vantagens
nesse aspecto também. A argamassa é lançada em uma bomba acoplada, que a
projeta até o pavimento onde será utilizada, dentro do limite de alcance da bomba
(EGLE; Telma, 2010)
2.3.6. Acabamento
Após ter atingido a espessura determinada, utilizar uma régua com
formato em “T” de alumínio, realizando movimentos leves somente sobre a
superfície para dar acabamento mais uniforme. A espessura mínima recomendada
pela ABNT é de 2,5 cm.
Figura 7- Lançamento da argamassa Fonte: Mc-Bauchemie, 2011.
Contudo, deve-se alertar que, através do uso de materiais autonivelantes,
não é possível fazer os caimentos e desníveis necessários em banheiros e cozinhas,
por exemplo.
29
2.3.7. Cura da argamassa
Aproximadamente após doze horas do término da aplicação, deve ser
iniciado o procedimento para cura da argamassa, mantendo o local úmido por, no
mínimo, 72 horas após endurecimento. O contrapiso poderá ser liberado para
receber trânsito de pessoas após 48 horas de execução.
Figura 8- Contrapiso finalizado em processo de cura Fonte: Concreta, 2014.
A cura neste processo é de extrema importância, logo que auxilia o
impedimento do fenômeno da fissuração oriunda da retração, responsável pelo
aparecimento de fissuras e trincas. Baseado na NBR 6118 Projeto e execução de
obras de concreto armado, recomenda-se proteger nos primeiros 7 dias, contados a
partir do lançamento, molhando continuamente a superfície do concreto (irrigação),
ou mantendo uma lâmina d’água sobre a peça concretada (submersão), ou ainda
recobrindo com plásticos e similares (RIBEIRO, et al., 2006).
Caso o procedimento de cura não seja realizado corretamente, não
atingirá a resistência e a durabilidade almejadas. É um processo mediante o qual se
mantêm um teor de umidade satisfatório, evitando a evaporação de água da mistura,
garantindo uma temperatura favorável durante a etapa de hidratação dos materiais
aglomerantes, em que se possam desenvolver as propriedades desejadas (COSTA,
2009).
30
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Na busca por soluções tecnológicas que resolvam os obstáculos
encontrados diariamente dentro dos canteiros de obra, inúmeros produtos e técnicas
foram desenvolvidos no intuito de incluir aos serviços executados agilidade, aliada a
economia e sustentabilidade. Dentre o surgimento de alguns métodos e técnicas
construtivos, o sistema que adota a utilização do contrapiso autonivelante (CPA) na
etapa de execução do sistema de piso da edificação vem ganhando espaço e maior
notoriedade no meio. A técnica que lança o contrapiso composto com a argamassa
autoadensável levando em consideração a produtividade, ainda assim prezando
pela qualidade do produto entregue apareceu tornando-se uma alternativa viável
para reduzir mão de obra, assim como os prazos, enxugar o cronograma e se evitar
o desperdício da matéria prima nos canteiros das obras (EGLE; Telma, 2010).
Após o desenvolvimento da inovação tecnológica proposta pela
argamassa autonivelante, começaram a ser desenvolvidos, paralelamente aos
estudos de laboratório, estudos econômicos e de mercado, que consistiam em
algumas visitas em obras para eleger os métodos mais utilizados nas obras,
chamados de Métodos Tradicionais (MARTINS, 2009).
Em relação ao caráter técnico, Nakakura (1997) e Tutikian et al. (2008,
apud Martins, 2009), relacionam as principais vantagens da argamassa
autonivelante:
• A espessura do piso/contrapiso pode ser reduzida para até 5,0 mm, o
que significa uma ótima redução no peso próprio e no consumo de
cimento;
• A tendência à fissuração também é reduzida praticamente a zero, com
o acréscimo de aditivos químicos retentores de água;
• As ondulações ficam restringidas apenas às que podem ocorrer na
superfície de um líquido viscoso devido à ação da gravidade sobre um
líquido, logo, a redução significativa de patologias ficam plenamente
garantidas;
• Na questão de produtividade, a argamassa autonivelante tem
vantagens sobre a argamassa convencional, já que o material é
31
considerado fluido e sua aplicação consiste em esguichar esse
material sobre o substrato ou a lona plástica, sem a necessidade de
desempenar, garantindo ainda a total horizontalidade do contrapiso;
• O tempo para a execução do piso/contrapiso tem uma redução
significativa;
• A cura da argamassa autonivelante é extremamente rápida, causada
pela combinação de aditivos e adições, sendo que depois de
decorridas 2 a 3 horas da sua aplicação já é possível pisar em sua
superfície;
• A textura é extremamente fina, já que a argamassa autonivelante
contém uma grande quantidade de agregados com dimensões
máxima característica inferior a 0,60mm, inserida numa matriz rica em
cimento, dispensando alguns tipos de selantes adicionais (MARTINS,
2009)
Sob o ponto de vista econômico, Ortega (2003, apud Martins, 2009)
comprovou uma vantagem na escolha da argamassa autonivelante sobre as
argamassas tradicionais com relação a custos, apresentando que o estudo com a
argamassa autonivelante é viável.
Tabela 2 – Comparativo de custos de argamassas
Fonte: Ortega (2003, apud Martins,2009).
Os três métodos tradicionais considerados na Tabela acima foram
compostos da seguinte forma:
32
• Cama de areia + argamassa
• Cama de areia + argamassa + argamassa cola
• Argamassa + isolamento térmico
Para o cálculo do método autonivelante quantificado foi o seguinte:
• Lona + argamassa + argamassa cola
Analisando o aspecto voltado a sustentabilidade ambiental e social, a
fabricação do cimento é responsável pela maior parte da produção de dióxido de
carbono ou gás carbônico (CO2) lançado na atmosfera. A relação estabelecida ao
processo de fabricação do cimento corresponde que a cada tonelada de clínquer
produzido, é emitida aproximadamente uma tonelada de gás carbônico.
Um dos benefícios com a escolha da argamassa autonivelante é a
possibilidade de redução da espessura do contrapiso, que conseqüentemente reduz
a quantidade de pasta do sistema, proporcionando economia de cimento, que
passará de 8,0 mm a 15 mm aproximadamente (Classe de Trânsito Leve), para 5,0
mm a 10 mm (MARTINS, 2009).
Outra vantagem agregada com o uso dessa tecnologia é a ergonomia do
trabalho. O método tradicional de execução de contrapisos com argamassa seca é
um tipo de serviço bastante degradante para o trabalhador devido à posição de
trabalho – abaixado e com a coluna muito curvada.
Figura 9 – Planta baixa do pavimento tipo Fonte: Dados da pesquisa.
33
Para o desenvolvimento deste trabalho, foram usados os dados obtidos
em uma obra, que possuem três torres idênticas, denominadas de tores A, B e C.
Cada torre apresenta 473,84 m² de piso por pavimento, contendo 8 pavimentos e
totalizando com a somatória referente a área das 3 torres, 11.372,16 m².
A coleta de dados foi baseada no acompanhamento diário das torres da
obra em questão, como também informações fornecidas pela própria construtora. Os
resultados apresentados nesse trabalho se referem ao serviço de execução de
contrapiso, alisando de modo comparativo sob alguns fatores, logo que na torre A foi
adotado o sistema tradicional para execução dessa etapa construtiva, enquanto na
torre B e C, o método utilizado foi o do contrapiso autonivelante.
Os resultados de cada serviço presente foram gerados a partir da
Equação 1:
(1)
Onde:
= Área total de piso (m²);
= Área de piso do pavimento;
= Número de torres;
= Número de pavimentos;
Para comparação dos dois sistemas abordados neste trabalho, as
equações foram aplicadas em ambos os métodos, quantificando os custos.
No item 4.1, que aborda o custo referentes aos materiais, os resultados
foram gerados pela Equação 2:
(2)
Onde:
= Resultado (R$);
= Valor do material (R$/m²);
= Área total de piso (m²)
34
Em 4.2, trata-se da relação entre produtividade e execução de tempo dos
serviços, no qual para encontrar a produtividade média dos serviços foi adotada a
média aritmética durante o período de execução dos mesmos, obtendo os
resultados com a Equação 3:
∑
(3)
Onde:
= Produtividade média (m²/dia);
∑ = Somatório das produtividades por dia (m²/dia);
= Número de colaboradores
Com o valor da produtividade média para cada serviço, pôde-se achar a
quantidade de dias para execução dos mesmos pela Equação 4:
(4)
Onde:
= Quantidade de dias (dias);
= Área total de piso (m²);
= Produtividade média (m²/dia);
= Quantidade de equipes
Para quantificar os custos referente a mão-de-obra, item 4.3, o resultado
foi obtido através da Equação 5.
(5)
Onde:
= Resultado (R$);
= Valor unitário de cada serviço (R$);
= Área total de piso (m²)
35
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo a análise de viabilidade é realizada mais profundamente,
sob três quesitos fundamentais dentro o processo desde o planejamento até a
conclusão das edificações. Todo resultado obtido foi levantado em uma obra, que
apresentou em seu andamento dois métodos distintos para execução do contrapiso
da mesma. A edificação é constituída de três torres idênticas, denominadas como A,
B e C, e localiza-se no bairro da Santa Amélia, na cidade de Maceió. Serão
abordados as quantidades e valores voltados aos custos com o material,
produtividade e tempo de execução do serviço, e custo com mão de obra,
comparando os métodos e evidenciando as vantagens agregadas com a utilização
do contrapiso autonivelante.
•Contrapiso executado pelo método convencional;
•Serviço executado por equipe do próprio efetivo;
•3.790,72 m² de piso.
Torre A
•Contrapiso executado pelo método autonivelante;
•Serviço executado por equipe terceirizada;
•3.790,72 m² de piso.
Torre B
•Contrapiso executado pelo método autonivelante;
•Serviço executado por equipe terceirizada;
•3.790,72 m² de piso.
Torre C
36
4.1. CUSTO COM MATERIAIS
Um dos impactos com maior notoriedade na substituição do contrapiso
autonivelante (CPA) pelo método convencional é a redução na espessura do
contrapiso. Essa diminuição contribui também na redução do peso da estrutura da
edificação e o valor da economia vai variar de acordo com fatores como altura do
prédio.
Embasado no orçamento da construtora foi realizado um estudo
comparativo dos custos com a argamassa autoadensável, assim como os
componentes da argamassa “farofa” , sendo estes os principais itens utilizados na
composição de materiais nessa etapa da obra.
Gráfico 1 – Comparativo de custos com materiais Fonte: Dados da pesquisa.
Na torre A, a argamassa seca foi produzida no próprio canteiro,
resultando no valor de R$ 270,00/m³, tendo já incluso material (agregados e
cimento), mão de obra da “farofa” e abastecimento ao pavimento a ser executado o
contrapiso. Para o cálculo do custo do material é necessário transformar o metro
cúbico, em metro quadrado. A espessura média do contrapiso medida pelos
pesquisadores foi de 5cm, logo 1m³ de argamassa produz 20m² de contrapiso, com
isso, o custo do m² de argamassa seca foi de R$ 13,50/m².
Nas torres B e C, a argamassa utilizada para o contrapiso autonivelante
foi adquirida por uma usina de concreto ao valor de R$ 250,00/m³. Nesse método
R$51.174,72
R$28.430,40
R$-
R$10.000,00
R$20.000,00
R$30.000,00
R$40.000,00
R$50.000,00
R$60.000,00
Custo com Materiais
Argamassa "farofa"
Argamassaautonivelante
37
construtivo a espessura média apresentada foi de 3cm, considerando a
transformação do m³ para o m², 1m³ de argamassa produz 33,33m² de contrapiso e
com isso, o m² da argamassa autonivelante foi de R$7,50/m².
4.2. PRODUTIVIDADE E TEMPO DE EXECUÇÃO
Para obter um parâmetro de comparação entre o método construtivo
autonivelante e o tradicional na execução do contrapiso, foi estabelecida uma
composição para os sistemas apresentados. A partir desta composição, foi
observada a produtividade de cada equipe e comparado os prazos de execução
destes em cada torre, sendo direcionada a mesma quantidade de mão de obra.
COMPOSIÇÃO Equipe Produtividade Média
AUTONIVELANTE 02 Equipes
1 Ped. + 2 Serv.
(cada)
200 m²/dia
(cada equipe)
TRADICIONAL 02 Equipes
2 Ped. + 1 Serv.
(cada)
20 m²/dia
(cada equipe)
Tabela 3 – Composição dos sistemas Fonte: Dados da pesquisa.
Para o cálculo do Gráfico 2 abaixo, foram considerados os valores
pertencentes a Tabela 3. A informação sobre a quantidade de equipes e a
produtividade foi verificada através do acompanhamento do diário de obra de cada
edificação.
Os dados contidos no Gráfico 2, mostram a quantidade de dias
necessários para executar o contrapiso na área equivalente a uma torre
(3.790,72m²). Com isso, para conclusão do serviço nas torres B e C (7.581,44m²),
partindo das mesmas informações contidas na composição acima, foi preciso 19
dias, enquanto na torre A (3.790,72), 95 dias, que evidencia a imensa diferença de
tempo de execução entre os dois sistemas.
38
Gráfico 2 – Comparativo do tempo de execução Fonte: Dados da pesquisa.
4.3. CUSTO COM MÃO DE OBRA
A mão de obra utilizada para a execução do contrapiso pelo método que
usa a argamassa “farofa” foi realizada com os colaboradores do próprio efetivo da
construtora. Para o cálculo do custo da mão de obra com o sistema tradicional foi
avaliado pelos pesquisadores a produção de duas equipes, que totalizam 4
pedreiros e 2 ajudantes durante um mês e em seguida dividido o custo destas
equipes pela metragem de contrapiso produzida, chegando assim no custo/m².
Tabela 4 – Custo do contrapiso com mão de obra própria Fonte: Dados da pesquisa.
94,8
9,5
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Tempo de Execução (dias)
Argamassa "farofa"
Argamassaautonivelante
dias
dias
39
O valor da execução do contrapiso com “farofa” foi de R$ 15,72/m², já
com encargos embutidos. Para a execução desse tipo de método é exigido à
preparação da base com nata de cimento e a criação de mestras. O custo da
preparação da base passa a influenciar no valor do custo do contrapiso executado
com “farofa”.
Tabela 5 – Custo aplicação de mestras com mão de obra própria Fonte: Dados da pesquisa.
Conforme BARROS (1991) a proporção é 0,5 kg de cimento para cada
metro quadrado de substrato a ser aplicado o contrapiso. O preço do kg do cimento
a R$ 0,36 fez com que o custo da nata fiasse em R$ 0,18. O custo de um pedreiro
colocar as metras em uma laje é de R$ 1,80/m². O custo total gerado com a mão de
obra nesse sistema é o resultado da soma da colocação das mestras, R$ 6.806,07,
e execução do contrapiso, R$ 59.596,15, obtendo assim o valor de R$ 66.402,22.
Nas torres B e C, foi adotado sistema que utiliza a argamassa
autonivelante e a mão de obra para a execução do contrapiso foi terceirizado e
fechado o valor por m² executado. O valor da mão de obra cobrado pela empresa
terceirizada para a execução do contrapiso autonivelante foi de R$ 9,00/m² com o
bombeamento da argamassa incluído neste valor.
40
Tabela 6 – Custo do contrapiso com mão de obra terceirizada Fonte: Dados da pesquisa.
O valor encontrado na Tabela 6 é referente à metragem correspondente a
uma torre, logo, para atender a área das duas torres (7.581,44 m²), o valor pago com
a mão de obra foi de R$68.232,96. No contrapiso autonivelante o nivelamento é feito
com auxilio de laser e a aderência já é garantida com a própria fluidez e a alta taxa
de cimento da argamassa antonivelante, sendo assim dispensando o uso de
mestras e da nata de cimento.
Gráfico 3– Comparativo de custos com mão de obra Fonte: Dados da pesquisa.
4.4. CUSTO DE EXECUÇÃO
O custo de execução total se dá através da soma do custo com materiais
e mão de obra envolvidos nessa etapa executiva, logo:
Custo de Execução FAROFA = Custo de Mão de Obra + Custo de Material + Preparo da
Base + Custo da execução das mestras
R$66.402,22
R$34.116,48
R$-
R$10.000,00
R$20.000,00
R$30.000,00
R$40.000,00
R$50.000,00
R$60.000,00
R$70.000,00
Custo com Mão de Obra
Argamassa "farofa"
Argamassa Autonivelante
41
Custo de Execução FAROFA = 15,72 + 13,50 + 1,80 + 0,18 = R$ 31,20/m²
Custo de Execução AUTONIVELANTE = Custo de Mão de Obra + Custo de Material
Custo de Execução AUTONIVELANTE = 9,00 + 7,50 = R$ 16,50/m²
Gráfico 4– Comparativo de custo com a execução Fonte: Dados da pesquisa.
Com a representação gráfica acima, os pesquisadores puderam visualizar
que o custo com a execução do contrapiso através do método tradicional, com
argamassa seca, que foi utilizado na torre A, é quase o dobro do valor do sistema
autonivelante, adotado nas torres B e C.
R$118.270,46
R$62.546,88 R$62.546,88
R$-
R$20.000,00
R$40.000,00
R$60.000,00
R$80.000,00
R$100.000,00
R$120.000,00
R$140.000,00
Custo de Execução
TORRE A
TORRE B
TORRE C
42
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escolha do método executivo de cada serviço a ser realizado numa
edificação é determinante para composição dos cronogramas, assim como para
estipular prazos. Desta forma, os principais fatores a serem levados em
consideração para o sistema a ser adotado é produtividade, mão de obra e
qualidade. No que se refere ao procedimento voltado à execução do contrapiso, o
método conhecido como contrapiso autonivelante ainda que aplicado em alguns
canteiros de obra, é pouco utilizado.
Os pesquisadores puderam acompanhar os dois métodos executivos para
o serviço do contrapiso dentro do mesmo canteiro, onde foi possível verificar sob
alguns aspectos a superioridade do CPA sobre o contrapiso “farofa”. Foram
analisadas variáveis como produtividade, tempo de execução, custo com materiais e
custos com mão de obra e em todas elas o contrapiso autoadensável apresentou
resultados em que se manteve economicamente mais atrativo que o sistema
tradicional, logo, recomenda-se a adoção desse método em edificações que
apresentem composições semelhantes com as apresentadas.
5.1. CONCLUSÃO
Ainda que a cidade de Maceió-AL seja classificada como uma das
grandes metrópoles brasileira, a maior parte dos canteiros de obra voltados a
edificações pertencentes ao segmento da construção civil apresenta em seus
cronogramas procedimentos que possuem tecnologias obsoletas, comparadas as
inovações tecnológicas já desenvolvidas, como é o caso do serviço de execução do
contrapiso.
A pesquisa monográfica desenvolvida buscou avaliar as características
pertencentes ao sistema que adota a argamassa autoadensável para a execução do
contrapiso, presente em uma obra situada no bairro da Santa Amélia, sendo esta
composta por três torres idênticas, na qual foi possível acompanhar também a
execução do método convencional.
43
Entre a torre A, onde foi adotado o método convencional, e as torres B e
C, utilizado o CPA, foram consideradas algumas variáveis para critério de
comparação do método autonivelante com o tradicional, que utiliza a argamassa
comumente conhecida como “farofa”. Tais divergências encontradas nos resultados
apresentados pelas torres que permitiram o desenvolvimento da pesquisa proposta
neste estudo, conforme consta nos objetivos traçados: identificar as principais
características pertencentes ao contrapiso autonivelante presente na edificação;
comparar de acordo com algumas variáveis escolhidas o sistema proposto com o
tradicional e analisar economicamente qual método se sobressai ao outro.
O estudo realizado, assim como a análise dos resultados obtidos com a
coleta de dados durante o acompanhamento das torres A, B e C, permitiram concluir
que a substituição do método tradicional pelo contrapiso autoadensável no
empreendimento em questão da construtora estudada apresentou resultados
economicamente mais atrativos em todas as variáveis levantadas, sendo elas: o
custo com o material necessário para realização do serviço; a produtividade e o
tempo de execução; o custo com a mão de obra.
Finalmente, a produção realizada apresentou resultados como
contribuição aos estudos comparativos entre um método composto por uma
inovação tecnológica mais recente, argamassa autonivelante, com o sistema
tradicional, mais comumente adotado, com a argamassa “farofa”.
Os pesquisadores buscaram propor com os resultados obtidos nesta
pesquisa monográfica, uma alternativa economicamente atrativa para implantação
de um novo sistema para execução do serviço do contrapiso, não só nas edificações
pertencentes à empresa acompanhada, mas a todos os empreendimentos que se
enquadrem nas especificações apresentadas neste estudo.
5.2. DIFICULDADES ENCONTRADAS
No decorrer do desenvolvimento desta produção, a maior dificuldade encontrada
pelos pesquisadores foi encontrar obras em execução que tivessem adotados o
método escolhido como objeto de estudo para execução do contrapiso, logo que
grande parte das construções utiliza o sistema tradicional.
44
5.3. CONTRIBUIÇÃO PARA TRABALHOS FUTUROS
A partir do desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso,
fizeram-se algumas recomendações para futuros trabalhos:
Fazer um estudo comparativo semelhante entre os dois métodos
em empreendimentos que possuam outras características;
Desenvolver uma listagem com fornecedores regionais destes
tipos de material, comparando preço dos mesmos.
Portanto, este trabalho não se encerra por aqui, pois é um tema que deve
ser analisado com mais profundidade, fazendo os quantitativos totais das obras e
chegando a um índice global da construção civil. Essa poderia ser uma proposta
para estudos futuros em curso de Pós-graduação, Mestrado, e possivelmente
Doutorado.
45
REFERÊNCIAS
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____ NBR 13279 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 9p.
____NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014. 221p.
CALÇADA, P. A. B., Estudos dos processos produtivos na construção civil objetivando ganhos de qualidade e produtividade, 2014. Disponível em: <http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10011841.pdf> CBIC, Déficit habitacional total, relativo, por componentes – Brasil, 2014. Disponível em: <http://www.cbicdados.com.br/menu/deficit-habitacional/deficit-habitacional-no-brasil>.
CBIC, Caderno de casos de inovação na construção civil, 2014. Disponível em: <http://cbic.org.br/caderno_inovacao/caderno%20inovacoes%20_abril_2014%20web.pdf>. COSTA, Mirian de Almeida [Online]. - Divisi Engenharia, 8 de Outubro de 2009. - Disponível em:- <http://www.divisiengenharia.com.br/site/cura-doconcreto/>. EGLE, Telma. Téchne ed.164 [Online] // PINI. - Novembro de 2010. – Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenhariacivil/164/contrapiso-autonivelante-com-prazo-de-execucao-reduzido-e-custos191782-1.asp>. LEOPOLDO, João Victor Charles. Estudo dos processos produtivos na construção civil objetivando ganhos de produtividade e qualidade. 2015. 90f. Trabalho de conclusão de curso (Dissertação) – Curso de Engenharia Civil, Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, 2015.
46
MARTINS, Eliziane Jubanski. Procedimento para dosagem de pastas para argamassa auto-nivelante. 2009. Programa de Pós-Graduação em Construção Civil (Dissertação de Mestrado) – Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Paraná - UFPR, Curitiba, 2009.
NAKAKURA, E. H.; BUCHER, H. R. E. Pisos Autonivelantes. Propriedade e instalação. III Simpósio de Tecnologia das Argamassas – 17 e 18 de abril de 1997 – Salvador. p 305-311.
RIBEIRO, Carmem Couto; PINTO, Joana Darc Silva; STARLING, Tadeu. Materiais de Construção Civil – Minas Gerais: Belo Horizonte, 2006.
SOUZA, Natália Cerqueira de. Análise de desempenho do contrapiso autonivelante em relação ao sistema tradicional. 2013. 118f. Programa de Pós-Graduação em Construção Civil (Dissertação de Mestrado) – Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Belo Horizonte, 2013.