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136
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1

ANEXOS

2

Índice ANEXO I – Portaria nº 266 de 30 de agosto ............................................................................ 3

ANEXO II - Protocolo da Investigação – Diretor Escolar ........................................................ 9

ANEXO III - Protocolo da Investigação – Presidente do Conselho Geral.............................. 11

ANEXO IV – Critérios de avaliação do Diretor ..................................................................... 13

ANEXO V – Critério de avaliação interna do Diretor nas componentes de Liderança e Gestão

................................................................................................................................................. 18

-ANEXO VI - Guião da entrevista semiestruturada ao Diretor Escolar da Escola ................ 21

ANEXO VII - Guião da entrevista semiestruturada ao Presidente do Conselho Geral da

Escola ...................................................................................................................................... 27

ANEXO VIII - Transcrição da entrevista com o Diretor do Agrupamento ............................ 32

ANEXO IX - Transcrição da entrevista ao Presidente do Conselho Geral do Agrupamento . 67

ANEXO X - Sistema Categorial da entrevista realizada ao Diretor do Agrupamento ............ 96

ANEXO XI - Sistema Categorial da entrevista realizada ao Presidente do Conselho geral do

agrupamento .......................................................................................................................... 116

ANEXO XII - Códigos das categorias e subcategorias da análise de conteúdo realizada ao

Diretor ................................................................................................................................... 129

ANEXO XIII – Códigos das categorias e subcategorias da análise de conteúdo à entrevista

realizada ao Presidente do Conselho Geral ........................................................................... 131

ANEXO XIV – Análise do Projeto Educativo ...................................................................... 133

ANEXO XV – Instrumento de apreciação do projeto intervenção do diretor ...................... 135

3

Abreviaturas e Siglas

AEE- Avaliação Externa de Escola

AP – Administração Pública

AD – Avaliação de Desempenho

IGEC – Inspeção-geral da Educação e da Ciência

SIADAP 2 – Subsistema de Avaliação do Desempenho dos Dirigentes da

Administração Pública

CG- Conselho Geral

PE- Projeto Educativo

FNE – Federação Nacional de Educação

ANEXO I – Portaria nº 266 de 30 de agosto

4

ANEXO I – Portaria nº 266 de 30 de agosto

5

6

7

8

9

ANEXO II - Protocolo da Investigação – Diretor Escolar

10

ANEXO II - Protocolo da Investigação – Diretor Escolar

PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO – DIRETOR ESCOLAR

Esta investigação tem como tema a “Reconfiguração do Diretor Escolar: competências de

gestão e de liderança”. Insere-se no âmbito do Curso de Mestrado em Educação -

Especialização em Administração Educacional, no Instituto de Educação da Universidade de

Lisboa.

Nesse sentido, solicitamos a sua colaboração para participar numa entrevista, assim como a

disponibilização de documentos estruturantes do agrupamento (projeto educativo, projeto de

intervenção, carta de missão e regulamento interno). Os dados recolhidos serão utilizados para

efeitos de investigação, sendo sempre assegurado o carácter confidencial e o anonimato das

informações prestadas (nomes e locais fictícios).

A entrevista será gravada em áudio e, posteriormente, transcrita. O texto integral ser-lhe-á

fornecido para sua validação.

Junho de 2014

Conceição Vicente

______________________

11

ANEXO III - Protocolo da Investigação – Presidente do Conselho Geral

12

ANEXO III - Protocolo da Investigação – Presidente do Conselho

Geral

PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO – PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL

Esta investigação tem como tema a “Reconfiguração do Diretor Escolar: competências de

gestão e de liderança”. Insere-se no âmbito do Curso de Mestrado em Educação -

Especialização em Administração Educacional, no Instituto de Educação da Universidade de

Lisboa.

Nesse sentido, solicitamos a sua participação numa entrevista. Os dados recolhidos serão

utilizados para efeitos de investigação, sendo sempre assegurado o carácter confidencial e o

anonimato das informações prestadas (nomes e locais fictícios).

A entrevista será gravada em áudio e, posteriormente, transcrita. O texto integral ser-lhe-á

fornecido para sua validação.

Junho de 2014

Conceição Vicente

______________________

13

ANEXO IV – Critérios de avaliação do Diretor

14

ANEXO IV – Critérios de avaliação do Diretor

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Centralizou sempre o seu trabalho na Gestão Pedagógica, cuidando eficiente e eficazmente da gestão administrativa, financeira e dos recursos humanos e materiais, de modo a focalizar toda a Escola e comunidade no desempenho escolar dos alunos, criando e mantendo sempre um ambiente escolar reflexivo, crítico, participativo e ativo.

X 9,1 X 9,10 X 10

Centralizou quase sempre o seu trabalho na Gestão Pedagógica, cuidando eficazmente da gestão administrativa, financeira e dos recursos humanos e materiais, de modo a focalizar toda a Escola e comunidade no desempenho escolar dos alunos, criando e mantendo quase sempre um ambiente escolar reflexivo, crítico, participativo e ativo.

X 8 X 8 X 8,9

Centralizou o seu trabalho na Gestão Pedagógica, cuidando da gestão administrativa, financeira e dos recursos humanos e materiais, de modo a focalizar toda a Escola e comunidade no desempenho escolar dos alunos, criando e mantendo um ambiente escolar reflexivo, crítico, participativo e ativo.

X 7 X 7 X 7,5

Centralizou pouco o seu trabalho na Gestão Pedagógica, cuidando pouco da gestão

X 5,6 X 5,6 X 5

Centralizou pouco o seu trabalho na Gestão Pedagógica, cuidando pouco da gestão administrativa, financeira e dos recursos humanos e materiais, de modo a focalizar toda a Escola e comunidade no desempenho escolar dos alunos, criando e mantendo um ambiente escolar reflexivo, crítico, participativo e ativo.

X 1,4 X 1,4 X 4

15

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Exerceu, de forma sistemática, a sua missão de verdadeiro líder da Escola; conciliou constantemente as questões administrativas e pedagógicas, estimulou ativamente a participação dos pais e comunidade, geriu eficazmente todos os recursos materiais e humanos, promove u eficazmente a formação de pessoal docente e não docente, de forma a garantir sempre o sucesso dos alunos.

X 9,1 X 10

Exerceu, de forma sistemática, a sua missão de verdadeiro líder da Escola; conciliou as questões administrativas e pedagógicas, estimulou a participação dos pais e comunidade, geriu eficazmente todos os recursos materiais e humanos, promoveu a formação de pessoal docente e não docente, de forma a garantir sempre o sucesso dos alunos.

X 8 X 8,9

Exerceu a sua missão de líder da Escola; conciliou as questões administrativas e pedagógicas, estimulou a participação dos pais e comunidade, geriu os recursos materiais e humanos, promoveu a formação de pessoal docente e não docente, de forma a garantir o sucesso dos alunos.

x 7 X 7,5

Exerceu regularmente a sua missão de líder da Escola; não conseguindo, porém, conciliar sempre as questões administrativas e pedagógicas, não estimulando sempre a participação dos pais e comunidade, geriu eficazmente todos os recursos materiais e humanos, promoveu eficazmente a formação de pessoal docente e não docente, de forma a garantir sempre o sucesso dos alunos.

X 5,6 X 5

Não exerceu a sua missão de verdadeiro líder da Esc ola, não conseguindo conciliar as questões administrativas e pedagógicas, não estimulando a participação dos pais e comunidade, não gerindo os recursos materiais e humanos, não promovendo a formação de pessoal docente e não docente.

X 1,4 X 4

16

Par

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Agr

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B.3

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A linha estratégica estabelecida na carta de missão foi completamente adequada, eficiente e eficaz no cumprimento dos compromissos estabelecidos para o seu mandato.

X 9,1 X 10

A linha estratégica estabelecida na carta de missão foi muito adequada, eficiente e eficaz no cumprimento dos compromissos estabelecidos para o seu mandato.

X 8 X 8,9

A linha estratégica estabelecida na carta de missão foi adequada, eficiente e eficaz no cumprimento dos compromissos estabelecidos para o seu mandato.

x 7 X 7,5

A linha estratégica estabelecida na carta de missão foi pouco adequada, eficiente e eficaz no cumprimento dos compromissos estabelecidos para o seu mandato.

X 5,6 X 5

A linha estratégica estabelecida na carta de missão não foi adequada, eficiente e eficaz no cumprimento dos compromissos estabelecidos para o seu mandato.

X 1,4 X 4

B.4

. Rep

rese

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ção

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a

Projetou, de forma sistemática, eficiente e eficaz, a imagem do Agrupamento e desempenhou a sua missão de serviço público junto da comunidade educativa e na representação da mesma, com uma dedicação excecional.

X 9,1 X 10

Projetou, de forma sistemática, eficiente e eficaz, a imagem do Agrupamento e desempenhou a sua missão de serviço público junto da comunidade educativa e na representação da mesma, com muita dedicação.

X 8 X 8,9

Projetou a imagem do Agrupamento e desempenhou a sua missão de serviço público junto da comunidade educativa e na representação da mesma, com dedicação.

x 7 X 7,5

Projetou a imagem do Agrupamento e desempenhou a sua missão de serviço público junto da comunidade educativa e na representação da mesma, com pouca dedicação

X 5,6 X 5

Não projetou a imagem do Agrupamento nem desempenhou eficazmente a sua missão de serviço público junto da comunidade educativa e na representação da mesma.

X 1,4 X 4

17

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D

Apresentou 25 horas de formação anual com interesse relevante para o exercício da sua função;

X 10

Tomou a iniciativa de desenvolver, de forma sistemática, processos de aquisição e atualização do conhecimento profissional

x 9,10 X 9,10

Apresentou 90% a 99% do produto entre o número de anos (do ciclo avaliativo) e 25 horas de formação anual com interesse relevante para o exercício da sua função.

X 8,9

Tomou a iniciativa de desenvolver processos de aquisição e atualização do conhecimento profissional.

X 8 X 8

Apresentou 75% a 89% do produto entre o número de anos (do ciclo avaliativo) e 25 horas de formação anual com interesse relevante para o exercício da sua função;

X 7,5

Desenvolveu processos de aquisição e atualização do conhecimento profissional

X 7 X 7

Participou em processos atualização do conhecimento profissional apenas quando formalmente exigido.

X 5,6 X 5,6

Apresentou 50% a 74% do produto entre o número de anos (do ciclo avaliativo) e 25 horas de formação anual com interesse relevante para o exercício da sua função;

X 5

Apresentou 49% ou menos do produto entre o número de anos (do ciclo avaliativo) e 25 horas de formação anual com interesse relevante para o exercício da sua função;

x 4

Não revelou interesse em atualizar o seu conhecimento profissional, fazendo apenas quando formalmente exigido.

X 1,4 X 1,4

18

ANEXO V – Critério de avaliação interna do Diretor nas componentes de

Liderança e Gestão

19

ANEXO V – Critério de avaliação interna do Diretor nas componentes de Liderança e Gestão A

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Promove a interação das equipas de trabalho X

Atua com assertividade X

Motiva a comunidade educativa X

Promove lideranças X

Missão de verdadeiro líder da Escola X X X X X X X X X X

Envolve os colaboradores na definição dos objetivos individuais, considerando as suas propostas e articulando-as com os objetivos do serviço

X

Promove o espírito de grupo e um clima organizacional propício à participação e cooperação

X

Estimula a iniciativa e a autonomia, delegando tarefas e fomentando a partilha de responsabilidades.

X

Tem um modelo de atuação que garante a justiça e equidade de tratamento, sendo, dessa forma, um referencial de confiança

X

Grau de reconhecimento pela comunidade escolar do Diretor como exemplo de autoridade democrática, que desempenha as suas funções no respeito pelos normativos e pelos regulamentos, mostrando abertura ao diálogo, disponibilidade para realizar compromissos e assertividade no cumprimento das metas e objetivos inscritos no Projeto Educativo

X

20

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Cumpre os prazos legalmente estabelecidos

X

Organiza, supervisiona e avalia o funcionamento dos serviços

X

Acata decisões e orientações superiores X

Gestão Pedagógica X X X X X X X X X X

Coloca a administração da escola ao serviço da aprendizagem dos alunos

X

Gere os recursos humanos–pessoal docente - do Agrupamento de Escolas de Eixo segundo o perfil, disponibilidade e competências profissionais

X

Gere os recursos humanos – pessoal não docente - do Agrupamento de Escolas de Eixo segundo o perfil, disponibilidade e competências profissionais.

X

Gere o funcionamento adequado das instalações disponíveis no Agrupamento

X

Gere os recursos financeiros de forma eficaz

X

Gestão dos recursos humanos X

Gestão dos recursos financeiros X

21

ANEXO VI - Guião da entrevista semiestruturada ao Diretor Escolar da Escola

22

ANEXO VI - Guião da entrevista semiestruturada ao Diretor Escolar

da Escola

Bloco 0

Legitimação da entrevista

Objetivos específicos Questões Específicas

- Informar acerca das finalidades da

investigação;

- Motivar o entrevistado a participar,

realçando o valor da colaboração;

- Garantir a confidencialidade e o

anonimato das Informações

prestadas e a não identificação da

escola ou identidade do

agrupamento;

- Obter autorização para a gravação

da entrevista e fazer a sua

transcrição;

- Agradecer a colaboração e

participação no estudo.

Bloco 1

Perfil do diretor, percurso académico e profissional

Objetivos específicos Questões Específicas

- Caracterizar o diretor;

- Conhecer o seu percurso académico

e profissional;

- Questões gerais sobre o seu papel enquanto Diretor do

agrupamento

23

Bloco 1 (Cont.)

Perfil do diretor, percurso académico e profissional

Objetivos específicos Questões Específicas

- Conhecer as razões que o levaram a

assumir o cargo de Diretor de

Escola;

- Conhecer o balanço que faz da sua

vida profissional, nomeadamente

como diretor escolar

- Fale-me do seu percurso profissional e do balanço que faz

desse mesmo percurso.

- desse mesmo percurso.

- Que formação é que já obteve? E em competências de gestão e

de liderança?

- Entende ser relevante que o diretor possua formação na área da

gestão e administração escolar?

- Fala-se da gestão profissional dos diretores o que pensa sobre a

profissionalização dos diretores?

- Descreva o seu perfil enquanto gestor.

- Descreva o seu estilo de liderança.

- Como decorreu o seu processo de eleição para diretor

- Como diretor quais são as tarefas que mais lhe agrada realizar?

E as que mais lhe desagrada?

- De uma forma global, que características pessoais e

profissionais considera mais importantes para o desempenho do

cargo de diretor?

Bloco 2

Perceções do Diretor sobre a regulação do seu papel, enquanto gestor e promotor de lideranças

Objetivos específicos Questões Específicas

- Percecionar o modo como o

diretor entende a regulação do seu

papel

- Qual a sua interpretação sobre a regulação do papel do diretor,

nomeadamente, nos decretos-lei. Nº75/2008 e nº 137/2012.

- O que pensa sobre o reforço dos instrumentos de controlo estatal

na gestão?

- Alguns autores entendem que a autonomia decretada se opõe à

autonomia construída. Qual a sua opinião sobre o seu papel de

liderança nesta construção da autonomia?

24

Bloco 2 (cont.)

Perceções do Diretor sobre a regulação do seu papel, enquanto gestor e promotor de lideranças

Objetivos específicos Questões Específicas

- - Considera que a reestruturação da função de diretor, provocada

pelas recentes transformações no modo de regulação escolar,

teve influência no desenvolvimento das suas competências?

- Os diretores têm hoje em dia um grande número de

responsabilidades, como concilia estas várias responsabilidades?

- Qual a sua opinião, sobre a redefinição institucional do papel dos

diretores, promovida pelas políticas educativas, que os define

enquanto gestores, por um lado, e agentes de transformação

educacional.

- Atendendo a que o instrumento de avaliação do Diretor se refere

a competências de gestão e de liderança, na sua opinião o que

são competências de gestão?

- E o que são competências de liderança? Como as distingue?

- Quais as que salienta dentro da sua gestão educativa?

- -Certamente conhece a portaria nº 266/2012 de 30 de agosto,

gostaria que fizesse uma apreciação global deste normativo legal.

Que considerações é que se lhe levantam em relação em relação

a esta avaliação de desempenho?

- Aponte os aspetos positivos e negativos desta avaliação.

- Do seu ponto de vista haveria outra proposta alternativa para a

avaliação dos diretores?

-

25

Bloco 2 (cont)

Perceções do Diretor sobre a regulação do seu papel, enquanto gestor e promotor de lideranças

Objetivos específicos Questões Específicas

- - Concorda em que o instrumento seja elaborado pelo Conselho

Geral ou veria a avaliação do Diretor feita de outra forma?

- Que dificuldades antevê que o Conselho Geral vai ter em

elaborar listas de competências de gestão e de liderança e na

diferenciação das competências?

- Que implicações poderá ter na sua própria atuação enquanto

diretor escolar?

- Atendendo às novas exigências do papel do diretor e à sua

reconfiguração pela portaria nº 266/12 que componentes de

formação é que gostaria de adquirir.

Bloco 3

Perceções do Diretor sobre as competências de liderança

- Percecionar o entendimento do

diretor sobre as competências de

liderança

- Na sua opinião quais são as competências de liderança que o

diretor deve mobilizar para desempenhar as suas funções?

- Qual é a sua filosofia de escola?

- Qual a visão definida para este agrupamento? E como a está a

implementar?

26

Bloco 4

Perceções do Diretor sobre as competências de gestão

- Percecionar o entendimento do

diretor sobre as competências de

gestão

- Na sua opinião quais são as competências de gestão que o diretor

deve mobilizar para desempenhar as suas funções?

- Quais são as estratégias que tem definido para a gestão da escola.

Com as operacionaliza?

- Qual é a missão definida para este agrupamento e que balanço

faz do planeamento estratégico delineado?

Bloco 5

Balanço em relação às competências de liderança e de gestão

- Percecionar o entendimento da

conciliação entre competências de

gestão e de liderança

- Como concilia as diferentes competências de gestão e liderança

no dia-a-dia?

- Enquanto diretor deste agrupamento quais as competências em

que sente dificuldades e ou obstáculos para o desempenho das

suas funções. Como pensa colmatar essas dificuldades?

Bloco 6

Finalização da entrevista

- Recolher informação não prevista

ou não solicitada ao longo da

entrevista e que seja considerada

importante pelo entrevistado.

Agradecer a disponibilidade e a

colaboração do entrevistado,

valorizando o seu contributo.

- No âmbito deste estudo e da entrevista que agradeço, gostaria de

saber se tem alguma questão que gostaria de acrescentar,

nomeadamente, sobre competências de gestão e de liderança,

reguladas para a ação do diretor, ou algo que considere

importante referir para este estudo.

27

ANEXO VII - Guião da entrevista semiestruturada ao Presidente do Conselho

Geral da Escola

28

ANEXO VII - Guião da entrevista semiestruturada ao Presidente do

Conselho Geral da Escola

Blocos

Bloco 0

Legitimação da entrevista

Objetivos específicos Questões Específicas

- Informar acerca das finalidades da

investigação;

- Motivar o entrevistado a

participar, realçando o valor da

colaboração;

- Garantir a confidencialidade e o

anonimato das Informações

prestadas;

- Obter autorização para a gravação

da entrevista e fazer a sua

transcrição;

- Agradecer a colaboração e

participação no estudo

Bloco 1

Perfil do presidente do Conselho Geral, percurso académico e profissional

Objetivos específicos Questões Específicas

- Caracterizar o presidente;

- Conhecer o seu percurso

académico e profissional;

- do Conselho Geral.

Questões gerais sobre o seu papel enquanto Presidente do

conselho geral deste agrupamento

- Fale-me do seu percurso profissional e do balanço que faz desse

mesmo percurso.

29

Bloco 1 (cont)

Perfil do presidente do Conselho Geral, percurso académico e profissional

Objetivos específicos Questões Específicas

- Conhecer o balanço que faz da

sua vida profissional,

nomeadamente como Presidente

- De uma forma global, que características pessoais e

profissionais considera mais importantes para o desempenho

do cargo de presidente do conselho geral?

- Como decorreu o seu processo de eleição para presidente do

conselho geral?

- Como presidente do conselho geral quais são as tarefas que

mais lhe agrada realizar?

- Entende ser relevante que o presidente do conselho geral possua

formação na área da gestão e administração escolar?

Tal como indicamos no protocolo, temos algumas questões sobre

a regulação do papel do Presidente do Conselho Geral

Bloco 2

Perceção do presidente do Conselho Geral da escola sobre a Regulação em contexto escolar

- Recolher as perceções do

Presidente do Conselho Geral na

definição do instrumento

operacionalizador de avaliação do

Diretor.

- Gostaria da sua interpretação sobre os normativos de regulação

(decreto-lei. nº 75/2008 e decreto- lei nº 137/2012), em relação

ao papel do conselho geral.

- O Conselho Geral é o órgão político da escola, uma das suas

atribuições é a definição dos critérios de avaliação do diretor e

proceder à sua nomeação, o que pensa destas competências?

- Certamente conhece a portaria nº 266/2012 de 30 de agosto,

gostaria que fizesse uma apreciação global deste normativo legal.

Que considerações é que se lhe levantam em relação em relação

a esta avaliação de desempenho?

- Aponte os aspetos positivos e negativos desta avaliação.

- Do seu ponto de vista haveria outra proposta alternativa para a

avaliação dos diretores?

-

30

Bloco 2 (cont)

Perceção do presidente do Conselho Geral da escola sobre a Regulação em contexto escolar

Objetivos específicos Questões Específicas

- - Concorda em que o instrumento seja elaborado pelo Conselho

Geral ou veria a avaliação do Diretor feita de outra forma?

- No conselho Geral como decorreu ou como está a decorrer o

processo de operacionalização do instrumento de definição dos

critérios de avaliação do diretor?

Bloco 3

Perceções do Presidente do Conselho Geral sobre a avaliação do desempenho do Diretor, ao nível das

competências de gestão e liderança.

Objetivos específicos Questões Específicas

- Percecionar a opinião do

presidente do Conselho Geral

sobre a avaliação do desempenho

do Diretor, ao nível das

competências de gestão e

liderança

- Atendendo a que o instrumento de avaliação do Diretor se refere

a competências de gestão e de liderança, na sua opinião o que

são competências de gestão?

- E o que são competências de liderança?

- Como as distingue? (ou caracterize as competências de gestão e

de liderança)

- Quanto à definição das competências de liderança e de gestão

como está a ser feito o processo para elencar essas

competências? E os seus indicadores? Há problemas específicos

sobre estas dimensões do instrumento?

- E para desenvolver o instrumento?

- Há problemas específicos para a definição destas dimensões e

para elaborar o próprio instrumento?

31

Bloco 4

Finalização da entrevista

Objetivos específicos Questões Específicas

- Recolher informação não prevista

ou não solicitada ao longo da

entrevista e que seja considerada

importante pelo entrevistado.

- Agradecer a disponibilidade e a

colaboração do entrevistado,

valorizando o seu contributo.

- Certamente ficou muito por dizer sobre o papel exigente do

conselho geral na definição de um instrumento de avaliação do

diretor. Gostaria de acrescentar mais alguma coisa?

32

ANEXO VIII - Transcrição da entrevista com o Diretor do Agrupamento

33

ANEXO VIII - Transcrição da entrevista com o Diretor do

Agrupamento

(duração – 1h 49m)

Entrevista ao Diretor do Agrupamento de escolas de ….

E- Bom dia senhor diretor do Agrupamento de escolas …queria agradecer a sua

disponibilidade e a sua participação neste estudo e em particular nesta entrevista.

Gostava também de lhe garantir a confidencialidade e o anonimato de todas as

informações nomeadamente, aqui em relação ao Diretor do Agrupamento. Gostava

de fazer uma caracterização do senhor diretor e para isso, gostava que me falasse

do seu percurso profissional e do balanço que faz desse mesmo percurso.

D – Vou ser o mais sintético possível. Eu tenho neste momento 31 anos de carreira

docente, porque tenho outros anos fora da carreira docente, digamos que nas escolas já

fiz de tudo, um bocadinho de tudo, já passei praticamente por todos os cargos que é

possível passar e de alguma forma, em termos de gestão e administração escolar, eu

estou nela, desde 1991, portanto há 23 anos. Isto no que respeita objetivamente a

administração, fui adjunto duramente 3 anos, vice-presidente de conselhos diretivos e

executivos durante 15 anos, e vai para 6 anos que sou diretor, agora do agrupamento,

nos últimos 4 anos, antes da escola secundária. Fui presidente da comissão

administrativa provisória (CAP), durante um ano, na transição, na altura da formação do

agrupamento dos agrupamentos, e tenho um balanço que faço. Os balanços são sempre

difíceis. O balanço que faço é sempre positivo, porque acho que entre o que se faz bem

e o que se faz mal é sempre difícil fazer-se mais mal do que bem, portanto, penso que há

mais coisas boas feitas por mim e pelos meus companheiros de rota e portanto, acho que

o balanço é positivo e penso que há muito trabalho a fazer pela frente, mas,

fundamentalmente o balanço é positivo.

E – A sua área de formação é?

D – é Engenharia, a minha área de formação é engenharia, fiz um percurso, em termos

académicos, na engenharia, em determinada altura, depois fiz uma licenciatura na

gestão escolar, Administração e Gestão Escolar e o mestrado em Administração e

Gestão Escolar, também.

34

E – Nessa formação que obteve havia alguma área de estudo sobre competências, sobre

competências de gestão, sobre competências de liderança?

D – Na formação, propriamente, na licenciatura sim, no mestrado não tanto, era

direcionado, na licenciatura, sim e em formação continua, que tenho feito ao longo dos

anos sim, tenho aproveitado na medida do que é possível para fazer formação contínua,

sempre na área da administração e da gestão e na área da informática.

E – E entende que é relevante que o diretor possua formação na área da gestão e

administração escolar?

D – Com certeza, é fundamental.

E – Já agora, o que pensa sobre a gestão profissionalizada dos diretores, fala-se muito

na profissionalização dos diretores, qual é a sua opinião?

D – Acho que é importantíssimo que ela viesse a acontecer, haver uma carreira de

diretores. Acho que, há exemplos noutros países, desse tipo de situação, penso que se

realmente e o grau de exigência da gestão é cada vez maior, eu acho que era

importantíssimo criar a partir de um determinado momento esse tipo, essa hipótese,

portanto a carreira dos diretores.

E – Enquanto gestor como é que descreve o seu perfil?

D – É difícil em poucas palavras, penso que duas ou três características definem o meu

perfil de gestor. Uma delas, eu tento na medida do que é sempre possível que está ao

meu alcance, delegar, a delegação é uma das palavras é uma das palavras que está

sempre presente na minha cabeça e não sou muito diretivo, aliás uma coisa e outra são

antagónicas, portanto faço de tudo o que está ao meu alcance para delegar, delegar com

responsabilidade e com supervisão, sempre que possível, por outro lado, tento no dia-a-

dia da gestão e por que é uma das coisas que acontecem na nossa vida sempre, com

muita regularidade são os conflitos, os diversos conflitos entre os sectores, as pessoas

dos mais variados domínios da nossa intervenção e a gestão dos conflitos é uma das

áreas aqui fundamentais, por um lado, delegação de competências por outro lado, gestão

de conflitos e finalmente em termos organizacionais, eu acho que, é por isso que eu

defendo a profissionalização dos diretores, eu acho que, em termos organizacionais, há

muito para fazer ainda e é uma das áreas em que neste momento estou a investir mais.

35

E – E enquanto liderança falamos no perfil enquanto gestor, se eu lhe pedisse para me

dizer o seu estilo de liderança?

D – Bom, eu agora precisaria de ter um menu dos perfis à minha disposição.

E – O seu estilo de liderança?

D – O meu estilo é o mais aberto possível, digamos que dentro da gestão, no fundo a

gestão e a liderança são coisas diferentes, a liderança é uma coisa e gestão é outra mas

no fundo são diferentes, mas cruzam-se e estão sempre e permanentemente a entrelaçar-

se, de alguma forma o meu estilo de liderança é aberto, é claramente aberto, porque eu

penso que quem lidera, neste caso um agrupamento como este, com cerca de 2000

alunos, cerca de 170 professores e cerca de 60 funcionários, tem que ter uma mente

aberta, completamente aberta a tudo e essa abertura depois permite por em pratica

processos de liderança que muitas vezes resultam, outras vezes não resultam de

qualquer maneira a abertura é característica principal, não defino um perfil mas o tipo

de liderança que faço é o mais aberto possível. Não sei se isso ajuda, ou se quer mais

concretizado, basicamente é isto.

E – queria distinguir um bocadinho mais enquanto gestor e enquanto ao estilo de

liderança, sei que é difícil.

D – É difícil, de qualquer, modo no fundo o líder tem que fazer com que os outros

acreditem naquilo que acha que é o rumo do seu agrupamento neste caso e portanto eu

acho que uma das mensagens que eu passo sempre nos vários, quer no dia-a-dia, com

todas as pessoas, quer nos vários órgãos onde presido ou não, eu acho que é um

bocadinho o levar a acreditar, a acreditar que é possível, ir à procura do sucesso, ir à

procura dos resultados, tentarmo-nos organizar isso aí, já é gestão, tentarmo-nos

organizar no sentido do sucesso, dos resultados e portanto esse caminho, esse processo

que é de liderança, é um processo que no fundo, não consigo qualificar objetivamente,

não lhe sei dar um nome, mas é um bocado trazer comigo, trazer comigo, não será tanto

assim, não é arrastar, não é ir buscar as pessoas é que os outros venham comigo,

fundamentalmente isto. Não sei há alguma palavra que traduza, alguma expressão que

traduza isto mas basicamente.

E – Será motivar?

36

D – Sim, motivar, sempre as pessoas, trazendo-as, dando-lhes conta das dificuldades

mas, ao mesmo tempo, dizendo-lhes que é possível, nós estamos nesta fase, eu não

queria traduzir casos concretos, porque os exemplos acabam por ser um bocadinho

redundantes, nós estamos neste momento num processo de viragem da EB2,3 com a

criação de dois cursos vocacionais que vão servir, pelo menos pensa-se que possam

servir para reduzir o insucesso, para arrastar alunos, quando digo arrastar é no melhor

sentido do arrastar, alunos para alternativas de via de ensino que lhes permitam

concluir, pelo menos, o 9º ano, eventualmente a escolaridade obrigatória agora e

portanto a ideia é vamos acreditar que é possível, vamos fazer acreditando que é

possível, isso é um bocadinho, a minha imagem de marca em termos de líder.

E – E em termos de comunicação aqui no agrupamento?

D – A comunicação é um bocadinho difícil, mas claro que há um trabalho sempre que

eu penso que nós fazemos e que toda gente faz, porque a comunicação é uma das coisas

mais importantes no mundo atual, mas nós e os mecanismos que nós temos para fazer

funcionar a comunicação num agrupamento são mais complexos e mais difíceis de

implementar do que se existirmos numa escola só. E eu tenho experiencia de direção de

uma escola e de um agrupamento, e é mais difícil, são várias unidades estão espalhadas

fisicamente, o contacto diário com as pessoas é diferente, porque eu posso passar dias

sem ir a um local e dir-se-á sim, mas há mais formas, não é a mesma coisa, porque a

comunicação pode-se traduzir de várias maneiras, obviamente, mas a comunicação

verbal, presencial é aquela que eu valorizo mais é aquela que eu acho que é de todo

importante e fazer isso num agrupamento extenso, há mais, há maior mas este já tem

também é suficientemente para grande para dificultar essa tarefa. A comunicação é

sempre difícil, pô-la em prática e obter resultados imediatos de uma boa comunicação

talvez nós na nossa formação nos falhe, aqui por exemplo a formação na área da

comunicação é uma coisa em que eu sinto dificuldade, objetivamente, nós por vezes

decidimos, em sede do Conselho Pedagógico, tomamos uma decisão e consideramos

que os meios que temos ao nossa alcance são suficientes, essa comunicação, essa

informação se desdobrou são suficientes, por vezes não são, quer dizer que a

comunicação falhou e portanto nesse sentido e noutros sentidos igualmente, portanto a

comunicação é difícil.

37

E – O que é que tem feito para estabelecer essa comunicação, como é que tem

colmatado essa dificuldade?

D – De duas maneiras, pelo menos de duas maneiras. Eu promovo, regularmente

reuniões das várias escolas, reuniões periódicas nas várias escolas com os

coordenadores de estabelecimento, para além das visitas ou das reuniões que são

pontuais, têm a ver com assuntos concretos, promovo, regularmente reuniões com os

coordenadores de estabelecimento, reuniões presenciais onde existem atas onde existem

ordem de trabalhos e onde fazemos tal como nas restantes assembleias, nomeadamente

o CG, CP, reuniões de Coordenação, e por aí, depois temos a comunicação digamos a

via mais informal, a via mais documental e tentamos implementar e estabelecer, há

vários anos a fazer isso, a via dos email, desdobrando emails, através do Coordenadores

de Departamento, sei lá, toda a informação do CP vai aos departamentos e depois

desdobra-se para as disciplinas ou áreas disciplinares. Este é um método, digamos que é

talvez aquele, nós agora tentamos generalizá-lo ao agrupamento, portanto um mais

pessoal, mais verbal, mais presencial, outro mais documental mas que se tenta, que se

desdobre pelas várias estruturas de gestão intermédia que nós temos.

E – Em relação ao processo de eleição para diretor disse-me há pouco que esteve

na CAP.

D – Sim

E – Este processo de eleição decorreu já há algum tempo

D – Já fui sufragado duas vezes, objetivamente em 2009, fui eleito Diretor da Escola

Secundária de S …, depois em Agosto 2010, por determinação da tutela passamos a

Agrupamento. Agrupamos com um Agrupamento que já existia, a escola secundária e o

agrupamento que já existia em agosto de 2010. Nessa altura fui nomeado presidente da

CAP até julho de 2011, altura em que fui eleito diretor do agrupamento, portanto fui

eleito duas vezes como diretor e uma nomeado como presidente da CAP durante um

ano, mais ou menos um ano.

E – E depois a seguir?

D – Como diretor do agrupamento estou no terceiro ano de, mandato, estou agora a

entrar no quarto ano do mandato do agrupamento.

E – Como diretor quais são as tarefas que mais lhe agrada realizar?

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D – Aquelas que impliquem a interação com as pessoas, aquelas que permitem o

contacto direto com os colegas, com os funcionários, os alunos, os professores, os pais,

portanto de alguma maneira, aquele que me permite o contacto direto pessoal, claro que

eu sei que nem sempre isso é possível, mas isso é o que me agrada mais, mas há aquelas

que não me agradam tanto.

E – Já agora quais são?

D – Coisas mais praticas mais burocráticas, administrativas mas que são absolutamente

necessárias, uma das coisas que e dentro do que estava a dizer há pouco, o diretor é não

por definição, mas é por que está implícito no trabalho do diretor, o elo de ligação entre

todas as estruturas que existem no agrupamento, portanto, o diretor é o presidente do

CP, tem assento no CG, é digamos a voz da Escola no CG, a voz da Gestão no CG, é

também presidente da secção de avaliação de desempenho portanto, é o diretor que faz a

conexão, digamos assim, com os diversos sectores e áreas do agrupamento e portanto,

isso, agrada-me, o ser um ponto de passagem entre as coisas, permite-me essa tal

interação de que eu falava há bocadinho.

E – De uma forma global quais são as características pessoais e profissionais que

considera mais importantes para o desempenho do cargo de diretor?

D – Bom, eu penso, que um dos aspetos que é fundamental e que tem a haver um

bocado com a sobrevivência e que são os aspetos organizacionais, eu acho, que um

diretor tem que ser organizado tem que sistematizar tudo e tem que ter tudo sendo que

esse é um aspeto digamos de retaguarda. Penso que um dos aspetos fundamentais, uma

das coisas mais importantes para um diretor, é de facto acreditar e levar os outros a

acreditar e isso faz parte da maneira de ser de cada um de nós e portanto uma das

características que me define, acho, serão os outos melhor a ver isso do que eu, sou uma

pessoa que quando me ouvem, as pessoas acreditam, que eu acredito. Basicamente é

isso. Portanto, sem isto eu penso que é um bocadinho difícil fazer este trabalho porque,

o diretor pode ser muito metódico, muito organizado, pode ter tudo feito à hora, mas

pode não acreditar no que está a fazer. Eu acho que é fundamental o diretor acreditar no

que está a fazer e eu acredito.

E – E em termos pessoais e profissionais?

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D – Pois, profissionais, quero dizer no fundo pessoais eu acho que quando nós

concorremos e quando estamos neste processo temos que ter em nós qualquer coisa que

nos puxe para aqui, não é diretor quem quer, é diretor, alguns serão, não sei, mas eu

acho que é um bocado, é preciso querer ser diretor por um lado, mas também é preciso

ter características para ser diretor por outro. Hoje mais do que nunca no passado, eu

acho que as características pessoais definem muito o perfil profissional, se a pessoa não

for determinada se não for, como disse atrás, organizada, se não tiver uma serie de

características, desiste e conheço alguns que já desistiram, isto é termos pessoais, em

termos profissionais, claro que tem de ser como já disse, extremamente organizado e

extremamente metódico, tem que ser pontual, tem que ser e tem de estar presente. Os

outros têm que sentir que nós estamos presentes, sempre, porque há diretores que andam

um bocado escondidos e eu penso que depois no dia-a-dia, obviamente, que a um

diretor pede-se que tenha respostas para tudo, a cada momento e para ter respostas para

tudo, temos que trabalhar muito, portanto uma das características que também aqui está

implícita é a pessoa ser trabalhadora, ser um resistente digamos assim, portanto

objetivamente acreditar, ser trabalhador ser organizado, isto é em termos gerais, depois

podemos separa-las.

E – Tinha algumas questões sobre a regulação do seu papel de diretor, enquanto

gestor e promotor de lideranças, tinha aqui uma questão sobre a sua interpretação

sobre a regulação do papel do diretor, nomeadamente baseando-se nos decreto lei

nº 75/2008 e 137/2012.

D – Eu acho que, ao diretor é-lhe dado hoje, uma enorme responsabilidade, acho que é

muito difícil para quem não está nisto, quem não estuda isto, neste caso, quem estuda

fica a perceber também, ao diretor são-lhe dadas responsabilidades imensas sem as

contrapartidas devidas, o que eu quero dizer com isto, quero dizer que ao diretor

deveriam ser dados ser dada a possibilidade ou daria a possibilidade algum mecanismo

para pôr em prática todas as responsabilidades que lhe são dadas. A regulação ela está

feita por decreto lei e penso que não está mal feita, esses dois decretos-lei que no fundo,

um digamos é a continuação do outro, não estão mal feitos, porque são documentos que

estão na minha opinião bem estruturados agora o que acontece, cabe ao diretor e

olhando para as competências que lá estão que estão, quer no 75, quer no 137, cabem

demasiadas coisas e penso que sem ter as contrapartidas devidas, e portanto isso torna a

40

nossa vida mais difícil, deveria haver aqui, não seria regulado por decreto, porque essas

coisa não são reguladas por decreto, deveria haver para que as coisas estivessem mais

certas algumas contrapartidas para os diretores para poderem trabalhar melhor, quando

falo em contrapartidas não é financeira nem nada disso, era pôr a disposição dos

diretores alguns mecanismos que lhes permitissem fazer melhor o seu trabalho, eu posso

dar um exemplo de uma coisa que entretanto, de um desses documentos para o outro era

e deixou de ser. Eu acho que é completamente disparatado, não faz sentido, que tem a

ver com a nomeação /votação dos coordenadores de departamento, é uma coisa

completamente absurda, não faz qualquer sentido porque se ao diretor é pedido que faça

a supervisão, que faça, digamos de alguma maneira que lhe é imputada toda a

responsabilidade de tudo, então ele deve escolher as suas equipas e se eu não posso

escolher a minha equipa da forma como eu acho que é é mais adequada então não pode

assacar as responsabilidades correspondentes. Penso que me fiz entender.

E – A nomeação dos coordenadores foi feita pela escolha entre os três nomes?

D – Eu acho que é isso é um disparate, não faz qualquer sentido. Toda a gente sabe que

isso é fruto de uma negociação sindical, que o governo cedeu e cedeu foi assim, queria

outra coisa em troca, toda a gente sabe isso, é publico e foi assim, é verídico e portanto,

por exemplo, é um dos casos que eu acho que não regula, desregula, porque eu posso

estar num pedagógico, com 7,8,ou 9 coordenadores de departamento, que não são da

minha vontade e que são pessoas que podem não querer trabalhar comigo, ou por outra,

dir-se-á está bem quem nomeia, quem propõe é o diretor, está bem eu tenho 3 pessoas

para propor de acordo com as alíneas que tenho disponíveis e pode haver pessoas que

não estejam interessadas em trabalhar comigo e eu com elas. Portanto acho que isso é

completamente absurdo e desregula este processo todo ou pelo menos parcialmente.

E – E o que é que pensa sobre o reforço dos instrumentos de controlo estatal na

gestão?

D – pois essa velha máxima da autonomia, versus outra coisa qualquer eu discordo,

discordo não é em absoluto, porque eu acho que o controlo estatal tem de existir, mas

ele é sufocante, acima de tudo o controlo estatal é sufocante, porque nós em

determinados momentos somos obrigados a seguir quase à linha as instruções que vem

nos despachos normativos, nas circulares, nos oficio-circulares, nós somos em certas

situações, executores, simples executores de regulamentação estatal e portanto aliás, o

41

decreto-lei 75 e o 137 dizem que são decretos-lei de gestão e autonomia, eu diria, que

são só mesmo de gestão, porque de autonomia têm muito pouco, tem quase nada de

autonomia, portanto a excessiva regulamentação da tutela é passo a redundância é

excessiva, absolutamente excessiva.

E – Este reforço é excessivo não é?

D – É completamente. Em determinadas circunstâncias não faz sentido tanta

regulamentação.

E Alguns dizem mesmo que a autonomia decretada se opõe à autonomia construída, não

é?

D– Exatamente.

E E qual é a sua opinião sobre o seu papel de liderança, o seu concretamente, nesta

construção da autonomia?

D – Eu às vezes sinto dificuldade em admitir que possa ter alguma autonomia, quando

se parte, estes processos de liderança nós também deveríamos ter algum espaço de

liberdade, algum espaço de autonomia para definir determinadas coisas e eu posso dar

dois ou três exemplos, mas quando eu tenho tudo regulamentado, tudo decretado e tudo

regulamentado, eu não tenho espaço para coisa nenhuma, portanto é fundamentalmente

por aí que eu vejo, dirão sim mas pode escolher são 45 m ou são 50 m, isso é assim

tanta autonomia, como isso agora acho fundamental que há áreas da nossa intervenção

que aí e nomeadamente, faz parte do processo de liderança, por exemplo, eu poder

escolher com o meu agrupamento, quais são as ofertas formativas que eu tenho, e isso

está absolutamente regulamentado, está tudo como toda a gente sabe, neste lançamento

do ano letivo, nós temos autorizações para tudo. Autorização para o número de alunos,

autorização para os cursos científicos, humanísticos, autorizações para os cursos

vocacionais, para os cursos profissionais, nós estamos dependentes de autorizações para

tudo, ora isto não é autonomia nenhuma. Claro que nós sabemos que as coisas têm de

ter um mínimo de regulamentação, mas há outras regulamentações, antes desta que

poderiam ser feitas e depois no limite seriam coordenadas e articuladas pela tutela, não

é ao contrário, mas temos por exemplo neste momento, dois cursos vocacionais

prontinhos, está tudo pronto, tudo absolutamente pronto, podíamos começar o ano letivo

amanhã, mas não estão autorizados, e não sabemos quando é que vão estar estão

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autorizados, por outro lado estamos a fazer a distribuição de serviço, durante esta

semana sem saber se temos aqueles cursos autorizados, portanto isso, se isto é

autonomia, eu não sei exatamente o que será autonomia. O conceito de autonomia, para

liderar é preciso haver autonomia, mas lidera-se quase sempre sem autonomia

E – O seu papel enquanto Diretor

D – Fica muito restringido, sob o ponto de vista da liderança a pessoa acaba por ser

mais gestor do que líder, porque eu como gestor posso sempre, posso gerir e é o que

faço o dia-a-dia que a tutela me impõe. Olha faz isto e faz aquilo e eu vou fazendo.

Posso gerir, assim e não mais do que isso. Liderar é pegar no processo e dizer o

caminho que eu quero para o meu agrupamento é este e ele passa por isto e por aquilo e

vamos lá então, então vamos construir isto, essa construção é muito difícil com tantas

limitações e com tantos constrangimentos. Isto não é de agora é de há muitos anos para

cá, penso que é de sempre, mas agora que se fala muito na autonomia era preciso

realmente dar alguma autonomia.

E – Mas, esta reestruturação da função do diretor, tem-se referido no modelo de

regulação tem havido com esta reestruturação alterações no modo de regulação

escolar não é? Isto tem tido alguma influência no desenvolvimento das suas

competências, tem havido aqui alguma modificação pelo facto de haver este modo

de regulação diferente?

D – Alguma coisa em que seguramente é diferente, enquanto existiam os órgãos

colegiais os Conselhos Diretivos e Executivo era isso, órgãos colegiais com

competências perfeitamente distribuídas e definidas e neste momento o Diretor é um

órgão unipessoal onde se concentra tudo, ou seja eu tenho uma equipa, mas o órgão não

é a direção é o diretor, e portanto objetivamente, uma das coisas em que houve uma

mudança clara, foi de direcionar para diretor direcionado passo a expressão para o

diretor, tudo absolutamente tudo. A pessoa delega, pessoa tem as suas equipas

constituídas, mas no limite vai tudo parar ao diretor, tudo, é portanto isso, se por um

lado poderá ter algumas vantagens, por outro lado poderá tem muitas desvantagens. Em

termos de, para ser muito sincero, em termos da regulação dos processos e

nomeadamente no respeito à autonomia, é verdade que ela agora está plasmada na lei,

mas há coisas, porque eu estou desde, como disse à bocadinho, desde 91 na que na

gestão, há coisas que eu faço de igual forma, da mesma maneira e portanto não foram os

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vários decretos lei que foram sendo alterados, que fizeram com que eu fosse diferente,

penso que há, neste ponto de vista, gostava aqui de tentar separar duas coisas. Uma

coisa, é aquilo que a legislação implementa e que até, porque, se fala na palavra

autonomia, é nos dois decretos que já foram referidos, por outro lado, na maioria das

coisas, não mudou muito, não mudou a forma do poder central, controlar as coisas o

poder central, independentemente do órgão unipessoal ou órgão coletivo, continua a

controlar tudo, portanto eu acho, que é, se me é permitido, não sei se quiser depois

retirar, acho uma falácia, a autonomia na maneira como ela é expressa em geral, e eu sei

que há muita literatura, ou pelo menos alguma e alguns autores que acham que isto não

é autonomia coisa nenhuma e eu também acho, aliás uma das pessoas que escreve sobre

estas coisas e que eu leio muito e com o qual concordo em absoluto, eu acho que não há

autonomia coisa nenhuma. Há uns fogachos, umas coisitas, mas de facto para o diretor,

se houvesse autonomia seria muito bom.

E – E os Diretores tem hoje em dia uma grande número de responsabilidades não

é?

D – Imensas, imensas digamos que são as responsabilidades de tudo aquilo que se faz

num agrupamento, praticamente de tudo, porque no limite, aliás não sei se tem essa

perceção, enquanto no passado, e eu fui subdiretor, vice-presidente durante muitos anos,

durante quinze anos, e lembro-me que havia e eu tinha um determinado sector tomava

conta de determinado sector e lembro-me de coisas, que me eram dirigidas, obviamente

dirigida e durante anos minha presidente, havia coisa das quais, quase nem tomava

conhecimento. Hoje é tudo dirigido ao diretor, tudo, tudo, portanto digamos, que houve

um aumento significativo de, não digo de competências, mas tudo aquilo que se faz no

agrupamento cai nos ombros do diretor.

E – Como é que consegue conciliar essas várias responsabilidades?

D – Pegando na coisa que disse logo no início, delegando, delegando bastante, claro que

delegações têm riscos, mas penso e não me tenho dado mal com o processo. Uma das

formas é delegar, porque é humanamente impossível uma pessoa sobreviver, digamos

assim, se chamar a si tudo e portanto a delegação é a solução.

E – E qual é a sua opinião, sobre a redefinição institucional do papel dos diretores.

As políticas educativas têm promovido esta definição institucional, que os define

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por um lado, enquanto gestores e por outro lado, enquanto agentes de

transformação educacional. Qual é a sua opinião sobre esta redefinição

institucional?

D – Eu acho, que é a redefinição, no fundo um bocadinho, pegando no que disse atrás,

essa redefinição foi uma maneira da tutela ter, portanto o que quer que seja, a tutela sabe

a quem tem que se dirigir, é aquele, e aquela pessoa, que está naquele cargo e eu acho

que toda a legislação aponta para aí. Nas Inúmeras reuniões a que eu tenho ido nestes

anos todos, uma das coisas que tenho percebido dos vários responsáveis da tutela, das

vários áreas, uma das coisas há sempre no discurso dos representantes da tutela é, os

senhores diretores devem isto, os senhores diretores devem fazer aquilo, objetivamente

eles não dizem a vossa equipa, a vossa escola, o vosso agrupamento, é o senho diretor.

Acho que nessa redefinição há alguma coisa que isso é absolutamente incontornável é

ter vá lá o representante digamos assim é a pessoa, o contacto, aquela pessoa é aquela

aquém assacar as responsabilidades é com aquele que vamos dialogar é com aquele que

nós vamos, é com aquele que vamos recolher as informações, é aquele que nós daremos

o ralhete se for necessário. Eu acho que isto é quase no limite e quase transformar o

agrupamento a girar à volta de uma pessoa, é um bocado isto que eu sinto no dia-a-dia.

Esta redefinição trouxe isto, que não existia, porque em boa verdade no passado e como

digo durante dezoito, dezassete anos estive noutros lugares de direção e sentia que a

minha presidente não tinha este grau de intervenção e acho que muita coisa mudou

nestes últimos anos, até em relação à existência de outros órgãos, como sejam o

Conselho geral, não existiam CG, existia uma assembleia de escola, em determinada

altura, até a prestação de contas não sei iremos falar dela mais à frente, até a questão a

questão da prestação de contas que um bocado isto que eu acabei de dizer, o diretor

presta contas à tutela, presta contas aos seus pares, presta contas a toda a gente.

E e ao mesmo tempo gestor e promotor de lideranças?

D Sem dúvida, portanto no fundo como gestor tem que dizer os meus resultados foram

estes, eu fiz isto, não fiz aquilo, tentei isto mas, não consegui, portanto claro que este

processo é tão difuso que há alturas em que isto tudo se mistura, de facto é assim.

E – A própria portaria 266 de 2012, sobre avaliação dos diretores refere-se a

competências de gestão e de liderança.

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D – Exatamente.

E – Gostava da sua opinião sobre o que são competências de gestão e o que são

competências de liderança.

D – Eu acho, fundamentalmente e quando nós dizemos no nosso projeto de intervenção,

quando avançamos para o nosso projeto de intervenção, quando nos candidatámos e ele

está regulamentado também, está balizado, nós temos que dizer o que queremos fazer,

como é, o quê e como, eu acho que a liderança aponta para o quê, o que é que quero

fazer, em que é que eu quero transformar o meu agrupamento, eu quero tê-lo com um

sei lá, vou dar um exemplo, quer que a minha escola secundária promova o envio de

muitos alunos para o ensino superior, por hipótese que é um dos objetivos que nós

sabemos que é, eu quero por exemplo, no ensino básico que os alunos que não tem

sucesso tenham outras vias alternativas para fazerem a escolaridade, portanto isto são

definições estratégicas que têm a ver com liderança, em termos organizacionais, será a

maneira de por isto em prática. Como é que eu vou fazer isto, como vou estruturar o

meu agrupamento como é que eu vou organizar o meu agrupamento, para executar isto.

Eu dividiria fundamentalmente isto assim. A ideia que o que eu quero, quais os grandes

objetivos, as grandes metas e depois como é que eu vou as operacionalizar, e ai é o

gestor que operacionaliza essas metas aí a operacionalização essas metas, põe em

prática meios e processos.

E – Como é que distingue as competências de gestão das competências de

liderança?

D – Fundamentalmente, eu acho que as competências de gestão passam exatamente, por

o que eu acabei de dizer agora, ou seja, eu defino o rumo para o meu agrupamento, eu

estou a digamos em termos de competência, eu estou a definir um rumo para o

agrupamento, em termos de liderança eu digo, eu quero isto, eu quero, eu acho que deve

ser assim e portanto depois, subdivido mais ou menos digo por exemplo que o meu

sucesso deve passar por ter uma percentagem determinada de um número de alunos que

tem sucesso, passam de um ano para o outro de escolaridade, eu vou reduzir o meu

abandono escolar, essas competências, eu não sei se estou a encaixar bem o que

pretende, mas a ideia é esta, eu defino determinados objetivos, determinadas metas,

determinados sonhos até para o meu agrupamento e depois digo, e agora vou em termos

de gestão, vou operacionalizar, qual é uma das competências é organizacional, como é

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que eu vou estruturar a organização das turmas, onde é que eu ponho os meus alunos,

como é que eu os subdivido etc. Eu se calhar em termos operacionais eu depois teria

que pensar melhor, que competências de gestão, mas por exemplo a organizacional é

uma, obviamente é claro que sim, mas iria à procura de outras, basicamente é isto. Uma

é de execução prática do dia-a-dia e outra é de pensar o meu agrupamento, qual é a

missão, qual é o objetivo, qual é, o que é nós pretendemos para o nosso agrupamento

E – E se eu lhe perguntar quais são as competências que valoriza na sua gestão

educativa?

D – Deixe-me ver, agora assim em termos concretos.

E – Algumas das competências, são simultaneamente de gestão e de liderança, não

é? A própria comunicação pode ser entendida, como uma competência de gestão

ou uma competência de liderança.

D – Essa é das duas. Até a organizacional, embora seja mais de gestão. No fundo é

aquela, quando eu reúno o CP e digo, nós vamos, por exemplo, os critérios de avaliação

sei lá, por hipótese, os critérios de avaliação, nós vamos definir para as áreas

disciplinares, por exemplo, tem algo que é comum a todos ou não têm? isto pode ser de

liderança, eu posso estar a definir em termos gerais que nos critérios de avaliação, por

exemplo, eu tenho um item que é comum a todos os critérios? Ou posso dizer, não

senhor, cada área disciplinar ou cada disciplina, define livremente os seus critérios de

avaliação, sem estar preocupada com um traço comum, que atravessa e é

transversalmente todas as áreas, aqui é difícil, porque estamos a falar de uma coisa que

tem a ver com gestão, que são os critérios de avaliação, mas com uma definição de

liderança, que é mais é meus senhores e minhas senhoras têm de colocar aqui algo que

seja transversal, por exemplo, vejo isto assim, nós no nosso agrupamento não temos

isso, não há aqui, é meramente é puramente de gestão. Cada área disciplinar define os

seus critérios de avaliação, em termos pedagógicos, tem liberdade para o fazer e depois

há ajustamentos que vamos fazemos, em termos do C. P. e vamos analisando área a

área, disciplina a disciplina, por exemplo, este é o caso concreto de alguma indefinição

que existe ou alguma mistura, digamos assim que existe em relação à visão de liderança

e à visão da gestão.

E – Tinha dito que a motivação é das competências que o caracteriza?

47

D – tem que ser muita. Tem a ver com a liderança, porque quando nós temos um

sistema educativo como ele está e eu considero que ele está completamente desculpe a

expressão, esfragangalhado, está completamente fragmentado, nós temos os professores

desanimados com a sua carreira, nós temos as escolas com poucas ou algumas com

poucas condições de trabalho, nós temos poucos funcionários, nós temos pouco dinheiro

e portanto o que é que podemos ter muito, motivação. E temos que a passar e é difícil,

por vezes, num grupo que está desmotivado e aí compete ao diretor, isso é a liderança,

aí compete ao diretor arrastar e este arrastar é no melhor sentido e entre aspas toda a sua

equipa, no sentido do sucesso ainda ontem ouvi um ex. ministro da educação o sr Dr.

Marçal Grilo, falar do papel dos diretores, precisamente nesta matéria e achei

interessante, é exatamente o que eu acabei de dizer e eu concordo inteiramente com

isso, se o diretor está desalentado, está desmotivado, está ele próprio que já não se sente

força para continuar, corre o risco de claudicar completamente. Portanto, motivação é

um dos aspetos fundamentais da liderança, porque nós, quer seja efetivamente assim, o

que estamos a sentir no momento ou seja um bocadinho forçado, quem lidera tem que

arrastar os outros positivamente, e tem que os levar até onde puder e esse é um dos

papéis mais importantes que um diretor têm neste momento.

E – Voltando à Portaria 266, que considerações é que se lhe levantam em relação a

esta avaliação do desempenho? Em relação à Portaria, como é que a interpreta?

D – Eu como já fui avaliado, antes da existência da portaria, mas ainda, não fui avaliado

desde que existe a portaria, mas acho que que há uma coisa que em me parece que é

fundamental a existência desta legislação, que é não se fazer a avaliação do diretor

numa aplicação informática, do nada, passo a expressão e sem fundamentação nenhuma,

ser uma coisa meramente administrativa e meramente documental, foi o que aconteceu

no processo anterior e acho que não fazia sentido ser assim, portanto esta

regulamentação tem pelo menos esse mérito de não ser uma coisa quase abstrata, quase

feita no abstrato, por outro lado penso que necessita de ser um bocadinho afinada,

porque há um órgão, que intervém na avaliação interna que é o C G que tem que adaptar

o seu modo de trabalhar a esta legislação, ou seja, onde é que o CG vê o trabalho do

diretor. O CG é composto por uma parte de pessoas que estão na escola, mas outras não

estão, portanto, terá que ser, terá que ser na minha opinião um órgão mais interventivo

no processo não só no processo da escola mas no processo de avaliação, implicitamente

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no processo de avaliação do diretor. Portanto, o que eu quero dizer com isto, quero dizer

aquilo que é pedido ao CG para avalizar o trabalho do diretor pressupõe, maior

envolvimento e empenhamento do CG, o que não acontece neste e nos outros.

E Portanto aspeto positivos já referiu um e negativos

D Portanto, positivo já referi uma alteração e negativos trazer mais o envolver mais o

C.G, tanto o que eu quero dizer, com isto, vou ser mais específico. O CG em condições

normais reúne 3,4 vezes por ano e é o que a legislação diz. Penso que é muito pouco,

mas muito pouco, compreende-se que seja assim, compreende-se porque, são, há

pessoas que pertencem a vários conselhos gerais, por exemplo as pessoas da autarquia,

elas tem dificuldades imensas em ter pessoas para pôr nos conselhos gerais, ainda por

cima são 3, agora pegaram na junta de freguesia, já são dois do município e da junta de

freguesia, Percebo perfeitamente que o C.G. tenha dificuldades em reunir, mas o GG e

no fundo acaba por reunir para as acisas que estão na lei, obrigatoriamente, e que são

anuais, a aprovação do projeto educativo, quando é o caso, a aprovação do plano anual

de atividades, portanto há meia dúzia de coisas, o CG reúne aprova e está resolvido, fica

muito aquém do que é desejável, a intervenção do CG na vida efetiva da escola.

Portanto, eu penso que aí são aspetos não da legislação, não é um aspeto negativo da

legislação é talvez até da própria regulamentação do funcionamento das escolas e dos

órgãos que a compõem, portanto, sinto que é difícil, embora o enquadramento da

legislação pareça mais ou menos bem, é difícil depois operacionalizar, aí portanto é um

aspeto negativo.

E – E que dificuldades é que antevê que o CG possa vir a ter no elencar destas

listas de competências de gestão e de liderança e da própria diferenciação destas

competências, porque na portaria refere as competências de gestão e as

competências de liderança.

D – Eu acho que serão algumas exatamente também pelo que acabei de dizer agora. Por

outro lado, e se bem que e depois temos alguma assimetria no conselho geral porque

nós temos 7 professores, 2 funcionários e não falo dos pelos alunos, porque os alunos

estão sempre um bocadinho fora do processo, os funcionários de alguma forma enfim,

mas os sete professores são verdadeiramente aqueles que podem aquilatar quando da

definição das competências estarão mais próximo, poderão melhor perceber quis são as

competências por exemplo no âmbito da liderança ou competências no âmbito de

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gestão, se calhar conseguem aquilatar melhor, por outro lado isto digo eu, devido à

distância relativamente ao CG porquê, porque 3 meses por ano, nem, reúne 4 vezes por

ano. Esse distanciamento que não tem a ver com mais nada, que não seja isso mesmo,

distanciamento. Posso dar um exemplo o CP, é verdade, não é a mesma coisa, tem

outros objetivos outras funções, mas o C P pode reunir entre 20 a 25 vezes por ano e em

34 semanas a 36 semanas, o CG reúne 3 vezes por ano, e portanto a proximidade o que

é que diretor fez, qual é o perfil dele, às vezes é difícil de definir, para as pessoas que

estão nesta sala, precisamente nesta sala, é difícil para elas, porque me conhecem mal,

porque não percebem muito bem como é que funciona a vida da escola. Poder-me-á

dizer está bem, mas há os documentos, que chegam ao CG, há informação que o diretor

fornece, eu forneço tudo aquilo que me pedem e eu dou conta de tudo aquilo que é

exigido pela lei e mesmo que não seja, no entanto isso é pouco, francamente pouco, se

calhar o CG, como órgão terá dificuldade em definir e em aprovar competências, quer

na área da liderança, quer na área da gestão.

E – Concorda que o instrumento seja elaborado pelo CG?

D – Concordo, claro, concordo e por uma razão muito simples. A nossa tutela e aliás

algumas competências que o CG hoje tem, foram claramente entregues pelas antigas

direções regionais. As direções regionais, que em abono da verdade, embora fossem a

nossa tutela imediata, se calhar aquelas pessoas que fazem o trabalhar discreto nas

escolas, se calhar eles nem o nosso nome sabem, e portanto passar para o CG algumas

dessas competências e nomeadamente esta, parece-me bem. No fundo, mesmo não

conhecendo bem, se há os que conhecem é o CG, portanto nesse aspeto sim, concordo

perfeitamente que seja o Conselho Geral.

E –E…..

D – Dava mais equidade ao sistema, se calhar, haver uma definição nacional das

competências, todos os diretores eram avaliados pelas mesmas competências. Por

exemplo, tornaria, dava mais equidade ao sistema, agora se o que está definido na lei é

isto, que seja isto mas, portanto com essa ressalva, de que os membros do C G terão

dificuldades em definir, agora que são eles, que eu concordo perfeitamente.

E – Haveria outro sistema de avaliação melhor do que este?

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D – Não creio. Se calhar misto, por ventura com a participação de uma entidade

nacional, mas só por exemplo na área da definição, aliás há coisas, não é só nisto e isto

pode parecer contraditório, com o que eu disse há bocadinho da autonomia, mas não é.

Há aspetos, que eu acho, que devem ser definidos pelo poder central claramente, devem

ser definidos pelo poder central e outros não e eu penso que essa compartimentação não

está feita e o poder central acaba por definir praticamente tudo, mas há coisas que

deveria definir e não define, mas isso é uma outra questão que não cabe aqui, mas penso

que o CG deverá participar na avaliação do diretor claramente.

E – Atendendo a estas novas exigências do papel do Diretor e à sua reconfiguração

através desta portaria, que componentes de formação é que gostaria de adquirir?

D – Como eu disse, há bocadinho eu neste momento, não quero dizer que essa

formação, eu acho que nós devemos fazer formação sempre ao longo da vida e tentar

estar atualizados e na medida do possível, melhorar sempre os nossos conhecimentos,

eu penso que neste momento, sob o ponto de vista da formação que eu pretendia até

uma determinada etapa, eu cumpri esse objetivo, ou seja, em termos de formação

continua, tenho feito tudo o que aparece e que me interessa e a que eu consigo chegar,

tenho feito nas mais variadas áreas, nas áreas mais pedagógicas até nas administrativas,

nas de liderança, portanto tenho feito essa formação geral. Como eu disse há pouco,

quer na licenciatura fiz, quer no mestrado, fiz aí também, incursões no sentido de me

preparar melhor. Portanto, eu penso que neste momento, sem considerar o trabalho

feito, mas acho que o ponto de partida, formação por ponto de partida, parece-me que

tenho aquela que é necessária, claro que estarei sempre atento a fazer formações, como

aconteceu há um ano e meio, fui ao ISEC, fazer uma formação, foi promovida pela

DGAE e ISEC e foi uma excelente formação, nas duas vertentes, liderança e gestão e

portanto eu penso que tudo aquilo serviu para me valorizar obviamente que eu

aproveitarei e nomeadamente para dar resposta às inúmeras competências que me são

atribuídas

E – Voltando atrás às competências de liderança e, pergunto-lhe qual é a sua

filosofia de escola?

D – Em geral, tenho alguma dificuldade em responder a isso. Vou-lhe dizer porquê,

porque neste momento, nós não temos uma escola, temos várias escolas. Se for a escola

no sentido abstrato, eu acho que, se calhar, vou dizer um lugar-comum, a minha

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filosofia é sempre no sentido do sucesso, o sucesso dos alunos que depois é traduzido

no sucesso de todos, mas é porque se os alunos tem sucesso os professores também tem

sucesso. Acho que, o nosso trabalho deve estar centrado fundamentalmente no sucesso

dos alunos. Este é o ponto de partida, na escola em geral e depois para chegar lá, há

muitos caminhos, uns melhores, outros piores, uns mais difíceis, outros mais fáceis, mas

fundamentalmente caminhar no sentido do sucesso, agora há vários sucessos claro, há

bocadinho fiz referência a um aluno do ensino secundário cientifico-humanístico, quer

para ir para o ensino superior, o sucesso é entrar no ensino superior com uma boa

média, na primeira opção. Se calhar no 1º ciclo, o sucesso é ao fim do 1º ano de

escolaridade os alunos saberem todos ler, escrever e contar, para como ponto de partida

como barreira a partir da qual, digamos a partir do qual se vai fazer o resto. Se calhar na

escola básica, 2,3, aquela zona intermédia se calhar temos que preparar uma parte deles

para acabar o 9º ano, irem para o ensino superior e outra parte para os lançar na vida

ativa, através de cursos vocacionais e profissionais tudo isto é sucesso operacionalizado

de várias maneiras a ideia aqui é esta isto é a centralidade, tudo anda aqui à volta esta é

a minha visão de escola.

E – E a sua visão para o agrupamento?

D – Para o agrupamento, esbate-se com o sucesso e são vários sucessos diferentes.

E – E como é que está a implementar essa visão?

D – Esta visão está, por exemplo, quando fazemos a distribuição de serviço, tentamos

na medida do que possível, este é um aspeto de gestão, tentarmos na medida do que é

possível, adaptar ou adotar digamos a distribuição das turmas aos professores, de acordo

com o perfil dos professores e das turmas. Que turmas é que tenho e que professores é

que eu tenho para aquelas turmas e tentar na medida do possível que este encaixe seja o

mais próximo da perfeição, porque há professores que tem perfil e por exemplo,

professores do 2º e 3º ciclos e há professores que têm perfil de secundário, já não falo

do 1º ciclo que eles estão isolados, eles são só professores do 1º ciclo, mas isto para

dizer, até porque os próprios professores muitas vezes, são eles que tomam a iniciativa

de pedir, eu gostava de e portanto tentar na distribuição, encaixar as peças, ou seja,

perfil de professor, perfil das turmas. Há professores como todos nós sabemos que

gostam de dar sei lá, um professor de Português que gosta de dar 12º ano, para ter

alunos para lançar na universidade e que gosta de os ver fazer a passagem daquela

52

fasquia para o outro lado e portanto de alguma maneira, isto dos aspetos, depois há

outros nesta operacionalização.

E – Estava a tentar distinguir as competências de liderança, das competências de

gestão.

D – Mais uma vez, uma competência de liderança que é como é que eu vou obter o

sucesso e vou operacionaliza-la como uma competência de gestão, na distribuição de

serviço, eu vou tentar operacionalizar isto, mas com este objetivo, a tal competência de

gestão, que no fundo é promover o sucesso, trabalhar no sentido da promoção do

sucesso dos alunos.

E – E na sua opinião, quais são as competências de liderança que o diretor deve

mobilizar para desempenhar esta visão de escola, esta filosofia de escola

D – Além daquelas que já foram ditas, eu acho que há uma, eu não sei se posso chamar

uma competência, porque estamos aqui à volta de termos de nomes

E – Isto porque a própria legislação fala em competências de liderança e de gestão.

D – Sim, claro. Eu acho, embora posso dizer, em termos organizacionais e quando eu

falo em termos organizacionais já estou a falar de gestão, já não estou a falar de

liderança. Em termos organizacionais, para colocar em cima da mesa a estrutura

organizacional o diretor deve ser atento. Não sei se isso é uma competência é pelo

menos é particularidade uma qualidade. Deve estar atento e o atento é no sentido, mais

geral, ou seja, deve perceber onde é que eu está-me a faltar a expressão, onde é que

encaixa as suas peças, digamos assim, passo a expressão, portanto eu não sei se isto, não

sei qual o nome que darei a esta competência, mas isto é uma competência, como é que

encaixo as minhas peças e portanto para depois fazer o quê, para depois, em termos

organizacionais, estruturar as coisas, portanto eu tenho que estar atento, tenho que ter

conhecimento, também posso ir por aí, tenho que ter conhecimento dos professores,

tenho que ter conhecimento profundo das minhas turmas, do tipo de alunos que tenho,

para poder fazer este trabalho, que depois é de gestão. Numa primeira análise é de

liderança, que é perceber onde é que eu encaixo as minhas peças, conhecendo eu bem os

meus professores, eu tenho conhecimento sobre o meu agrupamento, é nisso o meu

agrupamento profundamente, eu acho que isto é uma competência de liderança, o

conhecimento, o saber o que eu tenho. Não sei se ajuda.

53

E – As competências de liderança, já falámos há pouco da motivação, da

comunicação, falamos

D – agora seria do conhecimento

E – E em relação às competências de gestão, quis as que o diretor deve mobilizar

para desempenhar as suas funções?

D – Uma delas, já disse, a organizacional, digamos a competência da área da

organização, eu penso que e esta agora, depois pode ser subdividida, eu penso que aqui

também o conhecimento, mas é já um conhecimento técnico e agora não sei se posso,

separar conhecimento global de conhecimento técnico, mas eu penso que quando o

professor, quando o diretor sabe quais são os professores que tem isto agora naquela

perspetiva que eu dizia há bocadinho ele tem que saber profundamente, por exemplo,

tem na área das artes, é um exemplo muito concreto, na área das artes como sabe

existem professores com inúmeras formações com proveniências o mais diferente

possível, ou seja, arquitetos, há pessoas formadas em design, há pessoas com

licenciaturas e Belas Artes vulgo Belas Artes. Ora depois preciso de um conhecimento

isto em termos organizacionais para depois operacionalizar, eu preciso de um

conhecimento de quais são as origens dos meus professores em termos de formação

inicial, por exemplo, para distribuir o serviço, não faz muito sentido eu pôr uma

professor que tem formação em imagem ou em escultura pô-lo a dar Geometria

Descritiva, não sei se me estou a fazer entender. É outro tipo de conhecimento, é um

conhecimento organizacional e este será organizacional, portanto penso que essa terá

que ser também uma competência do diretor, para fazer o seu serviço o seu trabalho,

subdividindo aqui, em termos de trabalho organizacional, são um ramal do trabalho

organizacional.

E – E em termos de missão, qual a missão definida para este agrupamento?

D – A missão é levar os alunos ao sucesso, tem a ver com o sucesso dos alunos, está

centrada no sucesso dos alunos.

E – A missão

D – A missão

E – E a visão?

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D – A visão será a definição dos caminhos para levar ao sucesso. Basicamente são

coisas que estão intimamente associadas.

E – Que balanço é que faz deste planeamento estratégico da missão?

D – Temos alguns fracassos, temos algumas tentativas, quando se fala do sucesso e no

caminho para o sucesso, nós partimos sempre do princípio que as coisas vão correr bem,

a tal motivação, estamos motivados para atingir objetivos, queremos sucesso. O que é

que por vezes acontece, temos as nossas contrariedades umas vezes ou outras passam

um bocadinho e vou dar um caso de um que ocorreu este ano. Nós tínhamos previsto, a

continuação dos cursos CEF de cabeleireiro, tínhamos uma turma de CEF de

cabeleireiro, que correu extremamente bem, aqui quando eu digo extremamente bem,

estou a dizer que recuperámos 12 meninas, conseguimos fazer com que 12 meninas

terminassem o 9º ano de escolaridade, meninas que nunca concluíram o que quer que

fosse no sistema geral de ensino, o que é que acontece, não nos autorizaram a abertura

este ano, para o próximo biénio, a abertura dessa turma de CEF. Isto é um revés enorme,

porquê? Porque nós já tínhamos perfilado no horizonte uma série de meninos e meninas

que eventualmente estavam dentro daquela linha de pensamento, alguns foram-se

embora senão há não aqui, não há em lado nenhum, vamos embora e revés que vem de

fora, por nós não, portanto para cumprir a nossa missão, nós precisamos também de que

os instrumentos e tudo o que anda aqui à volta não falhe, neste momento isto falhou.

Vamos tentar remediar, mas não sei se vamos ter o mesmo sucesso, porque quando se

consegue o recuperar e a nossa tutela o que quer, fala-se muito em reduzir o abandono

escolar, obviamente se nós chamamos a nós meninos e meninas que tem 2,3,4 e 5

repetências e dizemos tens aqui esta oferta, vem para aqui e isso resulta, então isso é

sucesso, então estamos a trabalhar para o sucesso dos alunos. Quando depois nos dizem

não se pode fazer, estão-nos a retirar a possibilidade de cumprir a nossa missão, a nossa

missão é atingir o sucesso dos nossos alunos conseguir o sucesso, não sei se ajudou.

E – A diferença entre a visão e a missão, não sei se quer acrescentar mais alguma

coisa.

D – Não, nesse sentido não.

E – Como é que consegue conciliar estas competências de gestão e de liderança no

dia-a-dia.

55

D – É difícil, eu acho que acaba por acontecer naturalmente, eu penso que nós tal como

tem acontecido, nesta nossa conversa, nós não podemos dizer sim, agora vou fazer uma

coisa que é da gestão, agora vou tratar de uma que e da liderança as coisas estão tão

ligadas embora elas sejam distintas, claramente são coisas diferentes, mas estão

intimamente associadas. A partir daí, porque quando há bocadinho falava na motivação,

por exemplo, não me autorizarem o CEF de cabeleireira cria desmotivação, trata-se de

fazer um esforço desgraçada para conseguir atingir aquele objetivo e agora dizem-me

que não, temos de ir buscar energia adicional, motivação adicional para depois em

teremos organizacionais, o que é que agra vamos fazer, vamos arranjar um vocacional

equiparado, não sei se traduzi o espirito a ideia é a motivação tem a ver com liderança,

depois temos em termos organizacionais vamos criar uma alternativa as coisas andam

sempre a par , é difícil é, claro que é.

E – Já tínhamos falado em comunicação

D – Sim, porque no fundo a comunicação e devo dizer que há bocadinho, penso que só

ficamos pela comunicação interna, mas a comunicação externa ou seja, aqui por

exemplo, com a tutela é ainda demais difícil, porque esse é um aspeto que eu penso com

o tempo se deve praticamente generalizar nós neste momento, temos praticamente tudo

os contactos com a tutela por aplicações informáticas, eles são questionários onde

colocamos dados ou base de dados. O contacto direto com as pessoas, o saber quem são

os professores o ter um rosto, o ter pontos de contacto praticamente desapareceu,

digamos que são muito poucos os pontos de contacto, nós temos com o ministério da

educação, isto quer dizer que a comunicação se torna mais difícil ou por outro, se por

um lado ela é mais fácil, eu faço chegar os dados ao ministério da educação, está na

ponta dos dedos de um clique de um enter, eu por outro lado, há aspetos deste trabalho

que ficam por fazer porque não há contacto e portanto, a comunicação também é aí

difícil, pegando no exemplo de há bocadinho da não autorização dos CEF de

cabeleireiro a única coisa que eu tive foi um e-mail a dizer que não estava autorizado

ponto, nem consegui rebater. Por momentos pedi uma reunião, que me recebessem para

apresentar documentos suficientemente e acho que eram suficientemente fortes, não

ponto, final enter, portanto isto desumaniza a comunicação e deixa-nos me muito

distantes das pessoas se bem que todos nós temos aquela ideia de que a informática,

todos os meios que nos permitem chegar a qualquer ponto do globo em segundos por

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vezes deixa-nos completamente isolados é a importante, são aspetos muito positivos,

mas depois deixam-nos nestes processos completamente isolados.

Desapareceu, em tempos já ando há alguns anos nisto, em termos pegava-se no telefone

e falava-se com a dra. X ou com o dr. Y e tentava-se marcar uma reunião, levava-se a

documentação, entregávamos, discutíamos, o não podia ser, portanto a nota podia ser

não na mesma, mas se calhar com alguns argumentos ou contra argumentos ao aquilo

que nos levávamos, com o mail não, enter, ponto. E portanto que isso torna a

comunicação muito difícil, internamente nós podemos ultrapassar aqui alguns aspetos

externamente não porque não temos interlocutores.

E – Como é que podia colmatar essa dificuldade?

D – Eu acho, que não temos grandes hipóteses de colmatar essas dificuldades porque o

próprio ministério da educação e há bocadinho eu falei no fim das direções regionais e

na passagem de algumas competências para os conselhos gerais. O fim das direções

regionais, foi um bocadinho o fim dessa comunicação, portanto, as direções regionais

serviam de alguma maneira de ponto de passagem, digamos assim, para o patamar

superior, ou seja, nós temos hoje direções gerais, secretarias de estado que estão

relativamente às quais não temos acesso. As direções Gerais trabalham com o país todo

e portanto muitas vezes quando tentamos comunicar é sempre por e-mail, é sempre por

oficio, por fax, por uma coisa qualquer dessa assim e não há interlocutores ou raramente

há interlocutores físicos, pessoais, pessoas com nome, pessoas com nome.

As direções regionais eram um bocadinho ali o meio-termo ao acabar as direções

regionais criou-se ali um fosso que foi substituído pelas aplicações eletrónicas. Isto

pode parecer um bocadinho quase fantasiado, mas é assim. Objetivamente é assim e

portanto a comunicação tornou-se mais difícil e não vejo como ultrapassar, no fundo a

resposta é não vejo como ultrapassar.

E – De um modo geral quais são as dificuldades/obstáculos que encontra no

desempenho das suas funções?

D – São de facto muitas dificuldades, tenho dificuldade em enumera-las, vou tentar ir as

principais. Uma das principais chama-se tempo, portanto o meu tempo que é uma coisa

que muitas vezes não se consegue quantificar bem, o que é muito tempo ou pouco

tempo, isto é como tudo na vida, mas é umas das principais dificuldades é o tempo, ou

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seja, o tempo que tenho, o tempo útil de um dia de trabalho, e um dia de trabalho meu

pode ter 12 horas,13 horas, no limite 14 horas, penso que daí para a frente não, mas

muitas vezes essas horas não chegam para fazer o que é preciso, por outro lado, também

posso refletir um bocadinho e pensar será que estou a fazer tudo da forma mais

estruturada, mais organizada da melhor maneira utilizando o tempo. Posso questionar

também isso.

E – Costuma fazê-lo?

D – Faço e às vezes chego à conclusão que não, que a resposta é não, não estou a fazer.

Por outro lado, tento corrigir tanto quanto possível esses aspetos, sistematizando

algumas coisas da minha vida da minha vida profissional, obviamente, porque pelas

contas que fiz mais de metade ou metade é profissional as outras é que são pessoais,

dormir e fazer mais qualquer coisita como ir às compras, jantar, bom agora indo

diretamente à questão, eu acho, que, pequeninos processos de sistematização, acabam

por resultar ou seja, chego abro o computador. E vou ver os e-mails, durante uma hora

estou a ver e-mails e responder portanto, isso está sistematizado é assim, é todos os dias

assim, e de alguma maneira ajuda a que pelo para o resto da manhã a coisa quase fique

mais ou menos organizada, a marcação de reuniões sempre com agenda, sempre com

agenda, naquela hora, naquele dia, aliás como aconteceu hoje, um bocadinho

tardiamente, com meia hora de atraso, aquela hora, naquela dia, porquê, porque se for

de cabeça a pessoa não se consegue organizar tudo e portanto tento criar algumas

rotinas relativamente até de outras coisas, há bodinho falei dos e-mais, mas passo falar

de outras coisas, por exemplo do despacho, o despacho administrativo, com a chefe da

secretaria, com alguma funcionária que a substitua esse despacho também tem dia e

hora, portanto é feito de uma certa maneira. As reuniões do conselho administrativo têm

um dia e hora marcada, portanto há coisas que estão ali e que já estão digamos com uma

cruzinha naquele dia e hora não se faz mais nada, é aquilo, ainda assim há depois uma

faixa do tempo que está um bocado anarquizado, porque está ao sabor e também há

muitos autores que escreveram sobre isso, sobre o que é um dia do diretor, um dia de

diretor muitas vezes é curto-circuitado, dezenas de vezes com interpelações por parte

deste colega, daquele outro, do funcionário, do pai do aluno e portanto isso faz parte de

outra parte que não é organizada e portante de alguma forma luta-se um bocadinho para

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no sentido de organização, mas acaba por ser difícil, tanto tempo, objetivando o tempo é

uma das minhas dificuldades que depois se reflete nas outras mas o tempo é o principal.

E – também já percebi que tem tentado colmatar com organização, com uma

gestão diária.

D – tentei organizar, mas ainda assim continua a ser um problema.

E – já percebi que privilegia o relacionamento com as pessoas

D – sim

E – também nesse dia a dia também está sempre disponível

D – sim e depois não é uma escola. Aqui a questão que se coloca é por isso à bocadinho

dizia que ser diretor de uma escola é uma coisa ser diretor de um agrupamento é outra,

quando se fizer as contas assim, cinco escolas são cindo dias por semana, se eu em cada

dia for a uma escola, eu só vou uma vez por semana aquela escola e portanto na outra

semana os colegas, claro que às vezes acontece, passarem duas semanas e não ir àquela

escola, os colegas notam a falta e às vezes é não tanto, em termos de trabalho objetivo,

com reuniões marcadas ou com ordem de trabalhos mas às vezes é beber um café com

os colegas à sala de professores onde se fala e isto depois é outra parte mais importante

do trabalho do diretor que se projeta no dia a dia e que também é preciso e que muitas

vezes também não há tempo para a executar, não sei se ajuda. Eu vejo que o tempo é o

maior problema, mas há outras coisas, posso dizer várias, mas não sei o tempo.

E –e além do tempo?

D – além do tempo, também falei há bocadinho de uma, que tem a ver com a

impossibilidade, mas é pelo menos cria dificuldades ao diretor ter as pessoas que

precisa no seu staff, falei no exemplo dos coordenadores de departamento, que é o

concreto, mas há outras situações que fazem com que o diretor não possa ter o seu staff,

as pessoas que precisa, porquê? Porque a própria estrutura está montada não o permite,

vou concretizar. Eu tenho imagine, tenho um professor de gestão, sei lá, por hipótese,

um licenciado em gestão com muita experiencia e que me pode ajudar em determinadas

tarefas. Muito bem, então, eu penso assim, vou ver se arranjo uma assessoria e vou

tentar que aquele professor faça assessoria, o trabalho de assessor. Dificuldade, as horas

de redução da componente letiva são praticamente inexistentes, neste momento, tirando

aquelas que são do artigo 79 do estatuto, aquelas que são das direções de turma ou do

59

desporto escolar, não há mais reduções da componente letiva. O que é que isto quer

dizer, por outras palavras, eu tenho um professor de gestão muito bom, que me pode

assessorar, mas que não tem redução nenhuma da componente letiva, não o posso ter

como assessor, por exemplo, portanto e aqui volto à autonomia, eu não posso até porque

o despacho da organização do ano letivo, mais uma vez na linha dos anteriores, aqui é

um conjunto de horas, tem umas parcelas que definem depois de somadas o número de

horas de crédito que eu tenho e não consigo horas para dizer assim: senhor professor

gostava de o ter aqui seis horas por semana a trabalhar comigo, porque a legislação não

permite devido aos, constrangimentos orçamentais e é fundamentalmente aí. Gostava de

deixar, salientar que em 2010 a escola secundaria e o agrupamento tinham de redução

de horas da componente letiva para distribuir pelas mais variadas coisas, tínhamos 72

horas, dessas 72, neste momento temos 16 e portanto, eu acho que diz mais ao menos, o

que eu quero dizer, só isso, portanto objetivamente não sei como é que lhe devo chamar,

mas para além do tempo é o poder ter um staff e não é um staff gigantesco, gigantesco,

não para situações concretas, ter autonomia necessária que me permitisse ter algum staff

de apoio, essa é outra dificuldade objetiva, a do tempo é …, esta é muita objetiva

porque por vezes, falei nesta gestão mas vou dar outro, por vezes temos nos

agrupamentos licenciados em direito, licenciados em direito que podem ser

extremamente úteis, por exemplo na organização dos processos disciplinares dos

alunos e de quem quer seja porque sabem de leis e os, professores que já têm muitas

horas de redução e eu posso completar do 79 dizer trabalha assessoria jurídica, se é um

jovem não posso fazer nada portanto com não tem horas hora para assessoria não posso

aproveitar, ou seja há um desaproveitamento de recursos, que é fruto desta destas

contenções todas, isto é uma limitação muito grande ao trabalho do diretor, é um

constrangimento muito grande

E – No âmbito desta entrevista que agradeço gostava de saber se tem mais alguma

questão que gostasse de acrescentar, se tem algum assunto que não tenhamos

falado e concretamente na regulação da ação do diretor, alguma que considere que

seja importante referir.

D – Enquadrada na nossa conversa, talvez não, mas há algumas coisas que saem deste

âmbito. Penso que fundamentalmente e se calhar aproveitava, embora possa se calhar

está enquadrada, pensando bem é capaz de estar. É uma é algo que eu defendo com

60

alguns argumentos eu penso que o diretor devia entre outras coisas ,devia poder

contratar os seus professores. Portanto quando eu digo isto, há professores torcem logo

o nariz e dizem o que este quer, o que é que vem aí, é muito simples, eu penso que a

partir do sistema que nós temos atualmente é um sistema centralista, há bocadinho

falamos da centralidade da tutela, o sistema de colocação de professores é um sistema o

mais centralista possível, porque ele coloca professores do quadro, coloca professores

contratados, coloca técnicos especiais vai tudo para a aplicação eletrónica, nós podemos

ter um ano contratados excecionais e no ano a seguir não tanto perdemos um que se foi

embora, sabe-se lá por porquê e depois contratamos um outro para a mesma coisa, no

ano a seguir, por acaso estava na lista a seguir ao outro, eu acho que isto é

completamente absurdo. Bom, algumas pessoas dirão, qual é a ideia eu acho que

falamos já do CG— como sendo o órgão que avalia o diretor, como sendo o órgão que

aprova as linhas estratégicas do trabalho de um agrupamento, então porque é que o CG

não há-de ter o poder para apresentar todo o processo documental. O diretor através dos

departamentos curriculares e do Conselho pedagógico, porque é que nós havemos de

criar um processo legal obviamente, legislado de contratação dos professores e eu acho

que se as escolas, os agrupamentos pudessem contratar os seus professores teríamos

escolas melhores e teríamos escolas moldadas muito à imagem do seu diretor, porque é

bom ressalvar. À imagem do seu diretor, porque se calhar havia diretores mais

preocupados em procurar os melhores ou com mais meios para procurar os melhores, e

agora os diretores não escolhem os seus professores e eu as vezes na brincadeira, até

costumo dizer parafraseando o futebol, a gíria futebolística, o diretor é o treinador mas

não escolhe os seus jogadores, alguém põe lá os jogadores e depois diz agora sê

campeão e portanto o ser campeão é ter sucesso, ter os seus alunos com sucesso.

Quando o diretor não pode escolher os seus professores ele está dependente e esta é uma

variável importantíssima que ele não controla, e portanto eu acho que uma das maneiras

até de se poder avaliar melhor desempenho do diretor é “ Sr. Diretor escolha os seus

professores”. Não era o diretor, quando digo escolha é genericamente, não era o diretor

que escolhia, é bom que isso também, fique claro, há pessoas que dizem que isso era

muito perigoso, pois ai, não havia mecanismos legais que partiam da coordenação do

departamento, o coordenador do departamento tem um professor que foi contratado

numa determinada altura, ficamos com este professor para o próximo ano, propõe que

61

sim, e então vai a conselho pedagógico, propõe sim e depois é aprovado no conselho

geral.

O transportador disto, é o diretor, portanto, eu acho, que era uma maneira de se poder

mais e melhor responsabilizar os diretores. Dizer-lhe tem os professores que querem, e

então agora, façam o trabalho com os professores que escolheram, porque nós muitas

vezes, no dia-a-dia do diretor, somos confrontados com situações que nos são criadas

por pessoas que não querem colaborar, não querem mesmo, e quando digo pessoas, não

só professores, mas agora estou a centrar isto nos professores. Há professores que não

querem colaborar, e nós não temos maneira de resolver este problema e portanto no

momento em que a própria escola pudesse escolher os seus professores, se calhar os

professores que não queriam colaborar trocavam de escola e portanto eu acho, não sei,

Colaboração seria uma forma importante de melhorar do desempenho das escolas, tanto

essa competência eu não digo ao diretor porque, eu sou o mais possível contra decisões

arbitrarias e portanto isso poderia, criar alguma situação de decisão arbitraria, simpatiza

com aquele, não simpatizo com o outro, aquele é irmão do vizinho, isso é uma maneira

o departamento proponha o diretor levava ao CP para ratificar essa proposta e depois o

CG decidiria e eu acho que havia nas escolas mais responsabilização

E – Havia uma maior colaboração?

D – E mais responsabilização, mais colaboração por toda aquela estrutura, colaborou,

participou naquela decisão e portanto estão todos vinculados àquela decisão. Como

sabe, é o coordenador do departamento que diz: eu tenho aqui, e na gíria do dia a dia e

quem anda nisto sabe que isto é verdade todos nós temos ideias definidas, relativamente

a tudo e todos, podemos por vezes não querer fazer juízos de valor, podemos ser

politicamente corretos e enfim, mas todos nós temos ideias sobre as coisas e todos nós

sabemos e eu nestas funções de diretor e de vice presidente e de adjunto nestes 23 anos,

eu tenho tudo a perceção e que não é minha é de muita gente que há maus professores,

professores que não querem fazer o seu trabalho e eu tenho que ter maus professores e

trabalhar comigo e mais respondo pelos maus resultados deles, então e não tenho

possibilidade de tira-los da circulação, então eu tenho de continuar com eles e quando

digo com eles e elas, porque há um conjunto de pessoas e falamos da motivação há

bocadinho, pessoas que não estão motivadas, que não querem saber disto para nada e

nem sequer querem saber dos alunos que são aqui o que é importante. Os alunos, são a

62

razão se ser das escolas , e portanto se há escolas. É porque há alunos, então se a

centralidade está nos alunos e no sucesso dos alunos, nós temos de trabalhar para isso.

Há professores que não querem saber disso para nada, quando isso acontece, o que

também acontece o diretor está a ser passo a expressão conivente com essas pessoas,

mas porque não tem outra alternativa, não tem saída, não tem solução e fica com meia

dúzia ou uma dúzia de professores que carrega com eles o tempo todo e eles não

contribuem ou por outro contribuem mas negativamente para o desempenho desse

diretor. Isto é um bocadinho mais que um desabafo.

E – A colaboração, a formação de uma equipa, o trabalho equipa, não é? Penso

que é nesse sentido?

D – É nessa linha, absolutamente.

D – A motivação era feita em equipa e tinha como grande objetivo subir a motivação,

há exemplos, que tenho destes anos e alguns muito recentes, posso para finalizar se me

der mais um bocadinho.

E – Está à vontade.

D – Nós tínhamos no 1º ciclo, três eu chamava 3 enormes professores, jovens muito

jovens os três. Um homem e duas mulheres enormes professores, gigantescos

professores e tinham sido reconduzidos ao longo daquele processo de recondução que

começou em 2009, se não estou em erro, foram reconduzidos ao longo de 4 anos, como

o ano passado, houve concurso em 2013, não foram reconduzidos, acontece que para o

lugar deles vieram professores de um nível muito inferior, porquê, porque na lista

graduada nacional, estavam acima e portanto eu acho isto por um lado injusto e isto é

uma contradição absoluta com aquilo que falamos já várias vezes na nossa conversa,

Várias vezes na nossa conversa, autonomia, onde é que está a autonomia, eu deixo sair 3

enormes professores e recebo 3 que eu não diria que são fraquinhos, mas que são

médios, como diz uma colega da direção, médios. Portanto, isto é injusto para mim, é

injusto para eles e injusto para os alunos acima de tudo. Portanto este modelo não serve,

este modelo de colocar pessoas porque tem uma milésima a mais que o outro não serve.

Tem que se procurar outro. Dirão alguns, há mas isso é uma utopia, não é verdade, há

países no mundo onde isto existe e funciona. Dou-lhe como exemplo, o Canadá é um

exemplo, uma certa região de França e até na região de Barcelona, em Espanha, existem

63

modelos perfeitamente regionais que definem claramente quem são os professores que

vão trabalhar naquelas escolas, naqueles agrupamentos, naquelas regiões, portanto não é

uma utopia minha, isto existe e portanto, acho que os diretores estão a ser por vezes

duramente penalizados não tendo maneira de se defender

E – Pois não pode colmatar essa dificuldade

D – De maneira nenhuma, porque não há alternativa e portanto quando nós queremos

melhorar resultados, nós para melhorar resultados precisamos de muita coisa e uma

delas é ter bons professores, e quando digo bons professores, o professor pode ser muito

bom cientificamente, pode ser muito bom pedagogicamente, pode ser muito bom e pode

ser bom melhor numas coisas menos bom noutras, mas o professor globalmente e são,

felizmente, somos a maioria. Também é importante que isso se diga agora o problema é

que há uma franja que nos estraga tudo e agora eu vou ser politicamente incorreto, mas

é, estraga tudo. Isto basicamente

E – Seria uma oportunidade à escola em si com características diferentes

D – vou-lhe dar um exemplo. Até ao ano passado nós tínhamos uma professora

contratada do 2º ciclo que dava Matemática, era uma jovem, muito jovem mesmo, que

adequava as aulas, estou a dizer isto porque vi alguns cadernos e trabalhos de casa feitos

pelas turmas dela e o trabalho era adequado a meninos de 10 e 11 anos, do 5º e6º ano e

essa foi uma dos que se foi embora. Era enorme e foi-se embora, veio uma professora

que fala e eles não entendem, não digo que ela seja má professora o que está aqui em

causa é outra coisa é adequar a linguagem às metodologias de trabalho ao 5º e 6º anos, a

meninos que se calhar fazem uma tabelinha de proporcionalidade, e se calhar, se

tiverem um bonequinho lá no meio, como a outra professora fazia, eles fazem aquilo de

outra forma. Um ficha, com um bonequinho da Mafalda lá no meio da tabela e a outra

professora do alto da sua cátedra debita umas coisas e os meninos não percebem, eu

acho que esta diferença define o professor, deve obedecer a isto, que tipo de professor é

que nós temos aqui, o professor que se calhar devia estar no secundário e portante eu

acho que há um enorme confusão, nisto da profissão docente, mas isto muita gente já

estudou, muita gente já trabalhou essa matéria.

E – Há bocado falámos das dificuldades, falamos dos obstáculos, não sei se queria

dizer algo, que distinga o agrupamento, algum aspeto que possa distinguir este

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agrupamento em relação à sua atuação como diretor, o que é que salienta mais,

falamos em aspetos negativos e sobre os aspetos positivos?

D – Eu acho que o nosso agrupamento se caracteriza por, agora mais uma vez, nós

temos aqui, a visão geral e depois a outra uma vez que são várias escolas e vários níveis

de ensino, porque temos todos os níveis de ensino, não falamos ainda do pré-escolar,

temos do pré-escolar ao secundário e eu penso que o nosso agrupamento se caracteriza

fundamentalmente, por termos uma escola secundária, que envia todos os anos, muitos

alunos para o ensino superior na primeira opção, bem preparados, miúdos que entram

nas universidades de um modo geral. Temos um secundário com cursos profissionais

que se estão a consolidar e que estão resposta sistemática e que tem procura no universo

do concelho e até de fora do concelho e portanto quer dizer que os miúdos querem vir

para os nossos cursos profissionais, temos penso outra referência que tem a ver com as

unidades de apoio à multideficiência, as chamadas salas UAM de que nós temos duas e

onde é feito um trabalho que eu chamaria um trabalho magnifico, porque é de referência

e porque é tido, para já há uma enorme procura e porque as entidades exteriores e não

sou eu que digo, são as entidades exteriores, quer a autarquia, quer entidades que

trabalham connosco, quer até outras escolas dentro e fora do concelho, o próprio

ministério. Procuram acabar por perceber que é feito ali um excelente trabalho, o que

nos caracteriza também e é uma imagem de marca do agrupamento.

E – A inclusão dos alunos?

D –O trabalho de inclusão e nomeadamente destes alunos com deficiência pesada,

porque estamos a falar de meninos com deficiências muito graves, portanto nós neste

momento, somos arrisco-me a dizer, a referência desse tipo de unidades no concelho e

até para além do concelho a até para além do concelho e portanto estes três aspetos eu

acho os melhores caracteriza o agrupamento positivamente.

E – Estão relacionadas com a sua liderança?

D – Também tenho contribuído, tenho contribuído de alguma forma para isso porque

não deixei nestes quase seis anos descaracterizar a escola secundária e incentivando ao

mesmo tempo a continuidade dos cursos profissionais havia uma estrutura de trás, aliás

à qual também já estava metido sendo eu responsável máximo mantive a estrutura,

65

portanto não descaracterizei a estrutura e neste caso em relação às unidades de apoio à

multideficiência, havia uma unidade que cresceu e criamos uma segunda unidade.

Houve aqui um trabalho de continuidade que eu dei, no sentido de incentivar mais esse

trabalho, porventura no futuro teremos uma terceira unidade na escola secundária,

eventualmente e é aliás isto dado nada na vida tem só vantagens, há a autarquia propôs-

me uma reunião muito recentemente que nós passe-mos a ser unidade de referência do

secundário também, em termos de multideficiência, isto quer dizer que reconhecem que

o nosso trabalho é bom.

Dei continuidade e sou responsável pela expansão e pela continuidade dessas unidades,

portanto eu penso em traços gerais e depois claro oferecemos tudo, todos os anos, todos

os ciclos e temos um agrupamento mais ou menos harmonioso que trabalha de uma

forma mais ou menos cooperativa e colaborativa e portanto eu penso que é

fundamentalmente isto.

E – Tanto que as pessoas sentem-se bem?

D – De um modo geral, claro que há os descontentes, que estarão sempre descontentes

em todo lado, onde quer que estejam, mas eu penso que uma das cosas que faço nesse

sentido é dar alguma liberdade às pessoas, para fazerem o seu trabalho, se tem projetos

a apresentar, apresentam, desenvolvem-nos nunca disse a nenhum colega, não faças

isso, aliás, não tenho sequer esse direito, portanto a pessoa apresenta segue os

mecanismos todos, há pessoas que tem ideias relativamente, para dar um exemplo

concreto, no 2º ciclo, foi criado há dois anos o apoio ao estudo, para foi lançado assim,

legislado e agora façam. Um colga o ano passado, disse-me eu gostava se fosse possível

de coordenar/organizar, estruturar o apoio do estudo e eu disse apresenta-me uma

proposta. O colga apresentou a proposta, já foi implementada este ano e no próximo ano

vai ter continuidade. É uma escola onde as pessoas também podem, fazer as coisas que

tudo. O que sirva para a nossa missão, sucesso dos alunos, sucesso quando falo há

bocadinho centrei o sucesso educativo, o sucesso escolar, mas depois esse sucesso tem

que estar associado ao outro sucesso que o sucesso do cidadão, mas também não

entramos por aí, mas é um sucesso integrado, tem a ver com outra forma é outra visão

da questão porque quando nós temos podemos ter alunos com enorme sucesso escolar,

mas como cidadãos, não sejam tão bons assim, isso acontece e a inversa é verdadeira.

66

Eu penso que a conjugação destes dois processos é importante também se trabalha nesse

sentido.

E – Senhor diretor, não sei se quer acrescentar mais alguma questão?

D – Por mim, acho que está já mais ou menos. Não vim preparado com documentação.

E – As perceções do sr diretor sobre esta questão das competências, penso que foi

muito útil para este trabalho, foi uma contribuição muito valiosa e agradeço-lhe

este tempo que perdeu aqui comigo, se não deseja acrescentar nada, finalizo a

nossa entrevista agradecendo-lhe toda a sua colaboração e a receção no

agrupamento. Muito obrigada.

D – Não foi tempo perdido. Eu também agradeço que é uma oportunidade de expressão

e ficar registado neste caso o trabalho que vai desenvolver, agradeço também o ter

pedido a minha colaboração.

E – Muito obrigada. Bom dia Sr diretor.

67

ANEXO IX - Transcrição da entrevista ao Presidente do Conselho Geral do

Agrupamento

68

ANEXO IX - Transcrição da entrevista ao Presidente do Conselho

Geral do Agrupamento

(duração – 1h34m)

Bom dia Dr…, Presidente do Conselho Geral do Agrupamento de …

Gostava de lhe pedir autorização para gravar esta entrevista.

P. Sim com certeza com todo o gosto.

E Queria agradecer-lhe ter-me recebido no agrupamento e agradecer a sua

colaboração e participação neste estudo. Os dados são confidenciais, portanto

garantimos o anonimato de todas as informações e de todos os participantes neste

caso do Senhor Presidente do Conselho Geral, Dr. A.

Gostava de começar por algumas questões gerais sobre o seu papel enquanto, Presidente

do conselho geral deste agrupamento. Primeiro gostava que me falasse do seu percurso

profissional e do balanço que faz desse mesmo percurso.

P Nesse caso o percurso profissional enquanto docente também?

E Sim enquanto docente e principalmente no caso de Presidente do Conselho

Geral.

P Eu sou docente há 32 anos, sempre no ensino público, maioritariamente, também

passei pelo particular, em acumulação, o facto dessa experiência deu-me para de alguma

forma sentir um conceito de educação diferente do ensino oficial.

Como sabe, as questões do particular e hoje não vamos aqui colocar ou desenvolver

essa temática, mas a carta educativa é muito levada, digamos com algum rigor, no que

diz respeito à proposta educativa o ensino particular procura induzir e dentro da sua

identidade.

O ensino oficial, quando procura através dos seus projetos educativos apresentar algo

como que o identifique, como inovador ou pelo menos como característico ou único tem

algumas dificuldades. Eu penso que os Projetos educativos têm esse principal desafio

que é encontrar um perfil que consiga caracterizar aquilo que se pretende para os seus

educandos numa determinada comunidade educativa. Ela esbaça um pouco neste

contexto nacional, pelas indicações que ainda apesar de se falar em autonomia penso

que ela ainda é muito relativa. Eu penso que os PE ainda podem ser um bom veiculo,

69

em termos de escola pública para a construção dessa verdadeira autonomia daí a tal

distinção quando passei pelo particular, senti que efetivamente o ensino oficial nessa

área ainda tem muito a aprender, mesmo nos dias de hoje.

Aqui na escola entrei em noventa, novecentos e noventa como professor de Educação

Moral, Religiosa e Católica, fiz aqui o meu percurso, quando o modelo de gestão saiu e

se deu início ao processo de constituição dos agrupamentos também fiquei ligado de

alguma forma às primeiras listas dos conselhos gerais transitórios e desde aí fui fazendo

esta caminhada ao longo destes órgãos que não sei se mais à frente vamos falar sobre o

seu papel, mas este percurso essencialmente deu-me alguma experiência de integração

na comunidade e desta visão que foi construir um agrupamento a partir de uma escola

secundária que depois se veio a inserir no antigo agrupamento de S ….., ficamos com o

mesmo nome e passamos a ser a escola sede, assim de uma forma geral é o percurso.

E Tem uma larga experiência de Conselho Geral, não é?

P Sim, porque acompanhei todo este processo desde o início, como digo, desde que

começou este movimento de reforma, digamos assim de agregação isto tem a ver um

pouco, apesar das dificuldades e resistências por parte das escolas a este processo. Eu

penso que neste momento ele está perfeitamente assumido, pelo menos aqui a nossa

experiência. No início foi um pouco complicada, neste momento podemos dizer que

caminhamos para algo que já é o normal, a normalização de um processo.

E de uma forma global, que características pessoais e profissionais considera mais

importantes para o desempenho do cargo de presidente do conselho geral?

Eu, penso que essencialmente é um cargo de coordenação das diversas entidades que

constituem o conselho este é o conselho geral como sabe é um órgão de direção, mas

direção do ponto de vista estratégico preocupa-se essencialmente em estabelecer as

linhas orientadoras para o PE das diversas escolas que constituem o agrupamento.

Este CG, pelo facto de ser constituído pela própria comunidade escolar interior, isto é

pelos docentes, não docentes, alunos, encarregados de educação tem também aqui a

ponte para a comunidade exterior que é efetivamente os órgão municipais e também

aqueles órgãos entidades que consideramos de regulação intrínseca ou útil também para

a comunidade escolar e por isso o papel aqui essencialmente do PCG que é eleito pelos

membros ele efetivamente é um dos membros também de uma das listas, neste caso

70

coincidiu com o facto de eu pertencer ao corpo docente e o CG na sua maioria

efetivamente optou por fazer a eleição de um membro que representasse ao nível dos

docentes, mas poderia ter surgido de outro destes grupos. Portanto, como eu disse há

pouco, essencialmente, um papel de coordenação de estabelecer pontes de criar diálogos

inclusivamente entre as diversas partes de forma a consolidar-se e a concretizar-se um

PE que se quer de alguma forma enriquecedor para todos os que o compõem,

essencialmente para os nossos alunos, é a nossa principal responsabilidade, são eles sem

dúvida.

E Mas vê algumas características pessoais que sejam mais importantes?

P A questão como eu referi do diálogo e a flexibilidade no que diz respeito a estabelecer

de alguma forma as tais pontes eu acho que é essencialmente, uma característica

importante deste papel, não é em si um papel de liderança, todos os cargos de direção,

de coordenação tem um pouco de liderança, mas ela aqui é esbatida, no sentido em que

ela de alguma forma pretende estabelecer convergências e nesse sentido, eu penso, que

o PCG tem de efetivamente ter esta capacidade de se relacionar com todos e de alguma

forma contribuir para que depois os processos mais operativos tenham condições para

poder avançar, essencialmente eu penso que é este o papel, claro que as grandes

decisões do CG, isso agora é um pouco a experiência pessoal, sinto que muitas vezes

não são ainda (pausa), isto tem a ver um pouco com o próprio órgão normativo, sem

dúvida, que a tutela em termos de relação se relaciona muito mais com os diretores do

que propriamente com os presidentes dos conselhos gerais. Portanto existe aqui algo

que (pausa) se sente, eu não quero dizer que é um órgão apesar da grande importância,

na relação com a tutela, parece que é um órgão secundário, penso que aqui há algum

caminho a fazer. Eu recordo, todo o processo que esta escola passou, este agrupamento,

na altura as passagens do conselho geral transitório para as integrações das escolas nos

diversos agrupamentos, houve um ou dois anos em que o órgão em si, funcionava um

ano, no ano seguinte, foi pura e simplesmente dissolvido para criar condições para a

nomeação da CAP, que era uma comissão administrativa provisória, novamente para

agregar escolas e o agrupamento e isso, percebeu-se aí nessa fase, que a tutela na forma

de comunicar, foi através do diretor e todo o diálogo para a constituição da comissão,

não houve, eu até acho um pouco deselegante que a situação aconteceu por despacho,

não houve uma informação pessoal ao CG através do seu presidente, ou de outra forma

71

e penso que nesse sentido, se o objetivo é criar um órgão independente da direção ou de

operacionalização estamos aqui de alguma forma ainda num espaço que eu acho que é

um vazio de diálogo e que penso que aí deverá alguma coisa ser feita, daí que neste

momento, o papel do PCG, além de coordenar esse grupo que eu penso que é vital e de

grande importância da comunidade educativa deve ir um pouco mais além da sua

função e tentar de alguma forma promover um espaço de reflexão sobre os papéis destes

órgãos do órgão estratégica e do órgão operativo que é a direção da escola, neste caso o

diretor do agrupamento, quando aqui falo em escolas

E é agrupamento?

P Sim é agrupamento.

E já me falou um pouco como decorreu esta fase para a eleição para presidente do

conselho geral, não é?

P a própria legislação, estipula todos esses passos, a constituição de listas e quando

efetivamente todos os representantes dos diversos grupos, estão eleitos, há uma primeira

reunião é nessa reunião que se faz com todos os presentes a eleição do PCG.

E Havia várias listas?

P Exatamente aqui na escola, na última eleição tivemos duas listas, no que diz respeito

aos docentes, o pessoal não docente, teve apenas uma lista, os alunos foi feito e os

órgãos municipais indicam quem os representa e os encarregados de educação através,

da assembleia de pais, foi todo esse processo que gerou portanto a constituição.

E E como presidente do conselho geral quais são as tarefas que mais lhe agrada

realizar?

P Há pouco insisto nesta, de criar relações e de promover a coordenação das diversas

tarefas penso que essencialmente é o papel que eu gosto, porque há um papel que tem

muito a ver com a relação com o outro, muito a ver com a comunicação, com o trocar de

experiencias, com o encontrar soluções, eu penso que é muito enriquecedor esse papel

por si só o papel tem esta vantagem que é o de criar relações humanas entre a

comunidade educativa que é muito interessante, e que tenho vindo a aprender ao longo

dos anos em que tenho ocupado este cargo

72

E Entende ser relevante que o presidente do conselho geral possua formação na

área da gestão e administração escolar?

P (ah pausa) muito dificilmente, poderia vir a acontecer, neste atual modelo. (pausa)

repare o mandato de cada CG é de quatro anos, uma formação nessa área e tendo em

conta que o PCG é eleito, os alunos não podem efetivamente ser elegíveis, mas os

encarregados de educação, os pais, os docentes já referi, os representantes da própria

comunidade local são cooptados, tem efetivamente uma passagem por este conselho,

alguns deles um pouco efémera, por várias razões, pelo facto do CG ter quatro anos, no

caso dos alunos são dois anos e dos encarregados de educação, portanto uma formação

nessa área poderia ser interessante para se ter uma visão geral em termos de gestão, mas

neste momento penso eu que não seria muito prática, nem exequível tendo em conta

este tempo. Evidentemente, pode-se dizer que o diretor, também tem um período de

quatro anos e é eleito pelo próprio CG, o que é interessante no processo e que esta

questão obrigaria ou previamente como condição para vir a ser PCG deste tipo de

conselho, uma formação prévia e portanto só se poderiam candidatar e ser elegíveis

membros do CG com essa formação, eu penso, a curto prazo que isso não será muito

viável ou rever alguns aspetos da formação, isto é, poderia sem dúvida o PCG ter a sua

aprendizagem do funcionamento de diversos órgãos, mas isso vai acontecendo à medida

que se vai relacionando com eles. É muitas vezes muito prático, mas poderia haver sem

dúvida uma formação, no âmbito da formação contínua não especializada, de algumas

horas, para que os presidentes dos conselhos gerais pudessem ter uma visão global do

funcionamento dos diversos órgãos e aí talvez não me parecesse que fosse mal a

existência dessa formação.

AH… como lhe digo uma formação como atualmente ela é feita e exigida aos diretores

das escolas eu penso que para o presidente do CG não se deveria aplicar pelo menos

com essa especificidade, digamos assim.

E Tenho algumas questões sobre a regulação do papel do Presidente do Conselho

Geral. Gostaria que me desse a sua interpretação sobre os normativos de regulação

(decreto-lei. nº 75/2008 e decreto- lei nº 137/2012), em relação ao papel do conselho

geral.

P Isso é vasto… só aqui neste nosso encontro seria difícil eu poder tocar todos esses

pontos de uma forma tão, pelo menos pontual ou tão específica. Ele sem dúvida que vai,

73

o 75 já teve uma nova revisão e introdução, porque efetivamente as questões

essencialmente no que diz respeito à competência do presidente do CG e próprio

Conselho, porque de alguma forma sinto tendo um papel de coordenação das funções e

das competências do conselho, há aqui algumas digamos assim, extinção das …

coordenações, falha-me o nome das …. Ai está mal hoje,… são as direções regionais e

como por exemplo, nós como a questão das férias do diretor, as questões disciplinares

no âmbito das questões disciplinares e que o presidente vem ter competências nesta

área, questão dos recursos e que esta nova legislação veio introduzir, são alguns aspetos

que a meu ver tem a ver efetivamente com esta passagem de competências das direções

regionais para o próprio CG. Pessoalmente, julgo aqui, que algumas são efetivamente

situações um pouco administrativas e que muito sinceramente não caberiam a um o CG,

mas isso é a minha visão. Penso que esta questão dos recursos transitarem para um

órgão estratégico e algumas funções disciplinares passarem para o CG não é muito

adequado, aqui mostra que efetivamente nessa área temos que fazer alguma leitura e

interpretação dos normativos e tentar encontrar aqui, soluções para esse tipo de

situações.

E nomeadamente as competências que eram da Direção regional de educação não

é?

P Exatamente

E Em relação ao 75 e ao 137

P Sim … pois teríamos de analisar mais alguns pontos, mas essencialmente daquilo que

eu tenho presente neste momento, como sabe o Conselho Pedagógico é mais operativo e

nessa linha o CG tendo em conta alguns princípios e tendo como salvaguarda do PE que

o Conselho Pedagógico prepara e desenvolve muito bem, este tipo de ligação ainda não

está verdadeiramente assumido, eu penso que ainda temos que fazer algum trabalho.

E Concretamente em relação ao diretor e em relação ao decreto-lei nº 75 e ao 137

P … podíamos tocar vários aspetos, mas como eu digo há aqui algumas reflexões, que

teremos ainda que fazer. É Interessante perceber aqui, nestas questões dos órgãos o

Diretor e muito bem, está presente em todos os órgãos, nuns preside noutros está lá

como membro mas, sem direito a voto, que é o caso do CG e é um elemento que

percebe-se perfeitamente, porque está nessa função, tem a ver com a questão dos

74

interesses, mas não há duvida aqui que essa reflexão e a posição do diretor nem sempre

é fácil, o que eu quero dizer com isto, nós tempos a representação no CG de 7

professores, não são nem metade nem a maioria precisamente para manter alguma

equidade, em termos das decisões sobre própria escola poderá ter sempre a tendência

que nas questões das escolas quem sabe e domina são os professores e portanto noto

muitas vezes que em alguns assuntos no CG, quem intervém são efetivamente os

professores, por julgarem em matéria própria, não é ?

Aqui, a questão do diretor, que estabelece, por exemplo, o serviço docente, em muitas

destas questões poderá aqui colocar alguma inibição de relação, entre aquilo que são as

decisões da direção e aquilo que pode vir a ser as propostas do conselho, enfim não sei,

isto ainda seria uma área de discussão, não sei se esta questão deveria ser vista de outra

forma, o próprio conselho que acompanha e muito bem porque nomeia todo o trabalho

do diretor e nessa área eu penso que os dois diplomas estão a fazer o seu papel, isto é,

esta questão é fundamental, agora não há dúvida se o próprio CG que nomeia o diretor,

que conhece o diretor e que se estabelece e lhe pede contas na prática, inclusivamente o

pode demitir justificadamente, depois não há duvida que é o próprio diretor sentindo

que deve também dar contas ao CG, depois existe aqui algumas ambiguidades ou

contradições ambiguidades ou contradições as decisões do CG. Vamos ver há situações

concretas em que do ponto de vista funcional o CG considerou, que a constituição por

exemplo das turmas, deve obedecer a um conjunto de critérios, que também é uma

competência do CG estabelece um conjunto de critérios que não pode esquecer da lei

geral e o diretor efetivamente percebendo e pondo em prática aquilo que o CG pode

efetivamente decidir sobre essa matéria, muitas vezes confronta-o com aquilo que pode

ou não fazer, depois a inspeção vem efetivamente verificar se essa função foi ou não

desempenhada, de acordo com as diretrizes, que eles consideram que devem ser da sua

interpretação. Muitas vezes existe aqui um conflito de interesses, que o próprio diretor

se encontra aqui, ou ouve o CG, ou ouve a direção da tutela através da inspeção e dos

seus órgãos, portanto ainda há aqui também esta regulação em termos do papel que são

estratégias e as linhas orientadoras emanadas e que se deveria querer enfim do PE e a

autonomia de um agrupamento passa e do projeto, passa pelo CG, mas depois na prática

ele não acontece, porque efetivamente existe um conjunto de procedimentos e decisões

ao nível da tutela que ignoram pura e simplesmente aquilo que o CG efetivamente diz,

há aqui ainda alguma área a fazer e o aqui o nosso agrupamento teve essa experiência o

75

ano eletivo anterior, quando o CG retificou e aprovou o CP, decidiu ao nível dos

horários e a constituição de turmas e depois considerado pela própria inspeção que

interpretou de outra forma, alguns desse pontos da decisão que efetivamente o próprio

diretor estava em incumprimento. Portanto, há aqui ainda situações que não estão a ser

compreendidas ou interpretadas de uma forma correcta, daí que possivelmente, acredito

que na parte da formação, possivelmente, também mais do que se legislar também

muitas vezes a parte como interpretar ou pôr em prática aquilo que deve ser uma

política de educação a nível nacional e ela pode ser aplicada a nível local, ainda falta

aqui alguma coisa que se deveria fazer, penso que a formação poderia vir ajudar nesta

matéria, a interpretação e execução desses processos. A caminhada para a autonomia,

que é aquilo que se pretende com a criação destes órgãos, nem sempre se consegue

porque …ainda estamos de uma forma geral muito agarrados a estas decisões da tutela,

não é do poder central e que muitas vezes a autonomia aí esbate-se na tal flexibilidade

que os agrupamentos podem ter através dos seus órgãos.

Penso que ainda há algum caminho a fazer assim mesmo da leitura do 75 se deduz um

pouco isso e foi por isso que ele teve também de vir a ser já alterado ou pelos menos

reajustado e acredito mais em ver mais a acontecer em termos dos normativos, também

brevemente haverá mais alguns reajustamentos deste diploma

E- Certamente conhece a portaria nº 266/2012 de 30 de agosto, gostaria que fizesse

uma apreciação global deste normativo legal.

P pois…se me tivesse dado essas indicações mais específicas, previamente, eu poderia

ter levantado uma outra questão eu poderei responder posteriormente ou uma ou a outra

situação de uma forma mais eficaz se tiver mais algum tempo para poder…

E Por exemplo, que considerações é que se lhe levantam em relação a esta

avaliação do desempenho do diretor. O facto de os critérios terem de ser definidos

pelo CG.

P Exatamente do CG

E o que pensa sobre isso?

P é isso, precisava de mais tempo, é eu podia falar essencialmente do processo em si,

mas eu penso que aqui, eu ainda no fundo, há algumas situações que ainda não percebo

muito bem, porque em termos, como sabe o diretor está sujeito à essa avaliação que o

76

CG faz e agora o diploma estabeleceu até os procedimentos, o CG deve debruçar-se

sobre efetivamente os tais indicadores, mas depois existe também uma avaliação

externa, que não é da nossa responsabilidade e nós teremos que a solicitar e teremos de

fazer daí uma integração dos dois processos. Em termos desta, quando saiu o 266, o

nosso diretor que já estava eleito, aquela questão da carta, temos que fazer um

reajustamento, não só dos indicadores, como inclusivamente, da calendarização do

próprio processo adequando-o a esta realidade, agora nesta fase, e portanto, sendo ainda

um diploma que na prática todos nós ainda estamos muito a absorve-lo e a tentar criar

os tais indicadores e os tais procedimentos, ele na prática aqui no agrupamento ainda

não está perfeitamente assumido.

No final deste ano, o próprio CG já está alertado para essa situação e no próximo ano,

logo em Setembro/Outubro, vamos estabelecer alguns procedimentos para adequar

aquilo que é a apresentação do relatório de autoavaliação de desempenho do diretor, no

CG porque até aqui o próprio diretor era ouvido sempre no início do ano e nos finais

dos processos que coincidiam com os anos letivos. Durante o ano letivo fazia-se um

breve síntese do desempenho do diretor e como o diretor está presente em todas as

sessões do CG nós e os membros do CG temos uma perceção de todo que o trabalho do

diretor tem vindo a fazer de tal forma que em diversas atas do CG tem ficado

referências ao desempenho do diretor nesta ou naquela situação mais específica e

quando é de louvar isso se reflete na própria acta e são indicadores que na prática ao

longo destes anos serviram para ir avaliando o próprio projeto educativo que foi

apresentado e o projeto de intervenção que foi apresentado pelo diretor, na altura em

que foi eleito. Evidente, que de lá para cá já houve reajustamentos, devido ao contexto,

agora nesta fase vamos ter que olhar para esta avaliação, de acordo com o diploma e dai

que ainda estamos nesta fase de criar os tais instrumentos, portanto o CG nesta fase

ainda não estabeleceu os indicadores com os quais vai avaliar o diretor de acordo, com

aquilo que o diploma nos pede, e portanto estamos a preparar, ainda esse documento,

não tenho alguma à vontade, para neste momento referir quais são, por exemplo os

indicadores, os timings, quais são de alguma forma os instrumentos, teremos que os

adequar a essa nova realidade.

E E a definição dos critérios não tem ainda, mas tem uma ideia do que na sua a

opinião deve ser considerado, não me interessa propriamente ter isso pronto, não

77

preciso desses instrumentos, mas precisava de saber a sua perceção sobre os

critérios

P Sim, sim, claro. Nós temos o PE como uma referência e essa proposta daquilo que se

quer para o agrupamento, essencialmente passa por aí, nos estamos numa fase de

revisão do processo educativo da escola e este novo processo educativo de escola (que

tenho neste momento aqui à minha frente) é um documento que o CG vai-se debruçar

para decisão no inicio do próximo letivo, portanto é um projeto Educativo que de

alguma forma já terá em conta, também algumas realidades e que terá depois influência

na questão da avaliação do Diretor, na medida em que aquilo, que são as linhas do PE e

das orientações aqui estabelecidas, como é que na prática o diretor está a implementar e

o CP e todos esses mecanismos …nós gostaríamos de alguma forma, que sem dúvida

que o critério, essencialmente a reflexão do processo de avaliação do diretor, tenha

sempre presente um processo de execução do PE, do plano de atividades, essa é uma

parte que consideramos essencial, porque é isso que dá efetivamente, a tal identidade ao

agrupamento, esse é um papel que é importante e depois, todo o outro âmbito

administrativo ou prático evidente também, mas essencialmente é essa até porque a

carta, o projeto ou proposta de intervenção que serviu de base à eleição do diretor é o tal

instrumento que nós temos vindo a acompanhar e sobre o qual vamos pedindo contas,

quer do desenvolvimento e o próprio diretor tem tido o cuidado sempre, sempre que é

oportuno, de falar sobre as fases de execução, é uma forma se conseguiu ou não as

dificuldades encontradas e portanto acho que um dos principais critérios que deve estar

presente tem a ver com o grau de execução do próprio PE do agrupamento, é esse eu

penso que o CG essencialmente, deve pedir contas nesta matéria com especial atenção e

por isso presente nas tais linhas que serão aliás os indicadores avaliativos do diretor.

Como principal, digamos modo a seguir, essencialmente este seria em meu

entendimento, evidentemente aqui depois entram outros fatores aquele é essencial e que

nós devemos dar um maior relevo.

E - Atendendo a que o instrumento de avaliação do Diretor se refere a

competências de gestão e de liderança, na sua opinião o que são competências de

gestão?

P Nós podemos ver a questão só a gestão dos recursos, falar dos recursos humanos, de

todos os docentes e não docentes, todos os que constituem os recursos que tem a ver

78

com aquela matéria, que faz com que seja exequível. As tais questões que tem a ver com

os bens em si, da gestão do património, isso é uma área tão vasta, eu agora aqui um

pouco à parte, o papel do diretor, sem dúvida é de super-homem. Ele efetivamente tem

de delegar funções sem dúvida, mas ele é sempre o último responsável. Qualquer

situação que aconteça menos positiva no agrupamento é sempre o responsável e eu

penso que aqui nesta matéria que este poder que o diretor tem na prática se for um

agrupamento quase supera o próprio CG, também porque ele desenvolve um conjunto

de competências de gestão até de liderança e que efetivamente quando qualquer assunto

de escola tem de ser tratado é com o diretor. Aqui a repartição de responsabilidade pelos

diversos órgãos deveria ser feita conforme de uma forma mais pratica, nesse aspeto para

falarmos de uma liderança partilhada, porque esta questão às vezes assume de tal forma,

sim senhor existe ou seja o CG, há o conselho administrativo ele está presente em todas

na prática o conjunto de competências que lhe são atribuídas são de tal forma exigentes

que ele acaba por ser em si o centro de todo o processo de gestão do agrupamento. Se

formos a ver de liderança e tudo isso há aqui a necessidade de e se calhar o normativo

só por si não o consegue fazer, porque tem a ver com uma mudança de mentalidades. Os

processos de escolas agora cheguei neste aspeto ainda não consegui fazer uma

repartição naquilo que é entendido como liderança e gestão, mas de qualquer forma

acho que ainda há aqui algum caminho a fazer,

E e as competências de liderança? O que é que entende que são as competências de

liderança?

Gestão da liderança é efetivamente a passo não só imperativo, mas a questão da

negociação conseguir em ambas as partes se entendam um agrupamento tem

efetivamente diversas vertentes e o Diretor efetivamente tem de ser líder reconhecido

por todos, não só pela sua eficácia. Em termos de decisão é muitas vezes a questão a

seguir passa por uma decisão assertiva e o diretor tem de ter essa capacidade de o fazer,

não é? Sem nunca deixar de ouvir as partes porque, senão vai ficar sozinho em todo este

processo, não só assumindo as responsabilidades de tudo, mas não a partilhando nesse

aspeto eu penso que é uma das principais áreas são portantes como uma característica.

E mas disse-me que havia Também algum caminho a fazer na parte da liderança

não é? Mas esse caminho está a ser feito pelos professores, pelo Diretor, essa

distribuição da liderança

79

P é essencial

Vamos ver a questão da partilha da responsabilidade ou de gestão deve ser de acordo

com as tais linhas de orientação que são reconhecidas por todos e que são perfeitamente

assumidas, se assim for, efetivamente todos sabemos que o líder conta com outros

colaboradores que podem com ele criar aqui, uma comunidade eficaz de decisão e de

que se vai refletir no bem-estar e ao fim e ao cabo na consecução dos objetivos do PE

essencialmente aqui nesta área nós podemos encontrar aqui o líder tem de ter um pouco

essa capacidade de criar as tais pontes, os sentidos de relação e de e partilha dessas

mesmas a questão da delegação de funções, a questão que tem muito a ver a aqui

também com os coordenadores por exemplo de estabelecimentos, o diretor não tem de

andar sempre a percorrer, a qualquer momento, ou a tentar resolver os problemas da

escola básica muitas vezes até situadas, não é caso aqui Há casos, mas temos uma

comunidade não está distanciada cada estabelecimento e o nosso diretor tem tido essa

preocupação de se deslocar a cada uma desses estabelecimentos e de muitas vezes

passar lá algum tempo para perceber o que está a acontecer, de conversar com o

coordenador de estabelecimento, quem lá está, com os pais, também os alunos e já o

tenho visto, ele tem muito essa função e acho que o diretor tem de ter esse sentido de

proximidade, não ficar só seu gabinete à espera que os problemas venham ter ou que as

decisões saial dali precisamente mas ele tem tido a preocupação inclusive de questão

dos conselhos de ir passando pelas escolas para que todos possam conhecer esta

realidade, sei que em alguns casos agrupamentos não é fácil, muitos deles distam mais

de 20 k e em alguns casos, no Norte do país, e ai o diretor efetivamente de não delega e

se não confia essencialmente nas pessoas que ao nível dos coordenadores de

estabelecimento aí poderá criar alguns problemas são situações mais abrangentes.

Pronto essencialmente, não sei se respondi à questão aqui o líder tem esse caminho, tem

a ver como a forma como cada uma das pessoas nas suas funções assumem o PE do

agrupamento e eu como PCG ponho sempre o acento tónico no PE, acho que é aquilo

que mobiliza a comunidade educativa local. Agora evidente que os diversos pontos,

como de gestão de operacionalização, evidente que muitas vezes pode o diretor ter uma

visão diferente da minha por essa razão, porque ele efetivamente está preocupado que a

máquina funcione, digamos assim, se me permite expressão assim e por isso ele está de

mangas arregaçadas nos diversos meios a tentar solucionar todos os problemas que lhe

são efetivamente colocados.

80

E Para terminar, as competências, como distingue as competências de gestão e de

liderança como é que distingue as duas, de liderança e de gestão, no caso da

portaria fala nas competências de gestão e de liderança como distingue as duas?

P … aí poderemos mas essencialmente, aqui tem muito a ver com a questão como do

modo saber fazer, e por isso a questão possível da função do diretor muitas vezes está

na capacidade de conhecimento do saber fazer, como fazer, na questão da liderança em

si, da gestão, da parte daquilo que é as pessoas, os professores, toda a comunidade

humana, da comunidade, em si o próprio diploma às vezes esquece esta situação que é a

regulação com e o diretor em termos de liderança, tem de saber faze-lo nem sempre

possivelmente estas coisas em termos de normativo ou quando se procura separar, são

fáceis de ver, não é? E portanto aí poderíamos fazer uma análise mais pragmática … ou

então tentarmos desenvolver o próprio diploma até à exaustão e perceber o próprio

diploma onde é que ele articula ou não, mas essencialmente essa é uma parte que como

presidente do CG em si é importante em termos de como é que as duas se vão conjugar

na prática, mas essencialmente a nossa preocupação é como é que se pode fazer,

operacionalizar aquelas que são as grandes linhas, as metas e a grande visão do PE.

E Agora quando construírem o instrumento vão ter que elencar as competências

P Exatamente

E e se eu lhe pedisse para dizer

P isso seria mais complicado neste momento.

E da sua opinião pessoal, não do CG

P Já referi algumas. Para mim, essencialmente seríamos essas agora evidente podíamos

posteriormente de fazer um trabalho mais…

E desculpe estar a insistir se eu lhe pedir só de gestão e de liderança para me dizer

uma delas. Já referiu algumas

P Já referi algumas, pronto. Eu podia se tivesse as questões de fundo desta investigação,

poderia ter feito um trabalho prévio de preparação desse todo articulado, agora assim de

repente, será mais difícil de faze-lo aqui, sem cair em algumas situações, que do ponto

de vista interpretativo do normativo depois poderão ser as mais correctas e daí que

gostaria de ter algum tempo refletir sobre este articulado.

81

E e há problemas específicos para definir estas dimensões? alguma dificuldade seja

no trabalho que já fizeram

O processo ainda está a decorrer, portanto isso agora enfim essa questão como final

deste tempo letivo… ainda não foi possível o grupo colocar pelo menos todas estas

dificuldades sentidas e portanto penso que estas questões forem colocadas em

Setembro/Outubro é mais útil não é? Agora nesta fase será difícil para ser útil não é

porque senão estamos aqui só a especular

E mas acha que vai haver alguma dúvida sobre a definição dessas dimensões, ou

como é que vão fazer? Vão fazer um grupo de trabalho?

P nós temos aqui ideia, seria propor mesmo, efetivamente um grupo de trabalho, uma

comissão própria para preparar essas linhas de forma a apresenta-lo ao CG e serem

aprovadas, isso irá acontecer em Setembro/Outubro e portanto, nessa altura sim teremos

o documento feito poderá coincidir com o final do ciclo não só avaliativo do diretor,

mas também do ciclo de quatro anos, que se concluiu em Junho, se não me engano,

Maio/Junho do próximo ano e portanto, ele terá que ser feito e concluído agora no final

evidente que a comissão quanto a mim, poderá fazer propostas, mas não poderá por de

parte todo aquele que foram as práticas avaliativas de anos anteriores, da própria

avaliação do diretor e portanto, certamente iremos fazer coincidir alguns desses

indicadores como que são a forma de resolução de dificuldades/problemas e a forma

como é que que o Diretor as resolveu, o grau de execução do próprio projeto de

intervenção, a forma como ele de alguma forma alterou ou reequacionou o seu projeto

de acordo, com as dificuldades ou com as alterações que foram ocorrendo ao longo

destes dois últimos anos e portanto, isso terá presente na comissão para estabelecer os

indicadores de avaliação necessários terão de ser feitos

E e as competências não me pode dizer, no seu entender quais seriam as

competências que devem ser privilegiadas?

P todas elas em si terão de ser avaliadas

E mas as de gestão e de liderança, qual era a que considerava mais importante e de

liderança qual a que consideraria mais importante

P em termos de gestão e de liderança…

82

De liderança a forma como, efetivamente, o diretor consegue estabelecer empatia com

os docentes, com os encarregados de educação, com todos os membros da comunidade

educativa seria um ponto importante e em termos de gestão nós temos, ele tem que ser

do ponto de vista operacional eficaz e eu penso que por exemplo, que questão da

distribuição de serviço, que uma parte que pode tocar estas duas perspetivas é uma parte

interessante mas a questão também do recursos e das necessidades que vão surgindo de

adaptação do próprio património, por exemplo, ele nem sempre às vezes, tem os meios

suficientes para poder assumir algumas decisões Na prática, a questão atual da gestão de

ter um projeto para pagar contas e outras. Hoje há aqui uma grande limitação e muitas

limitações que, são efetivamente, de tal maneira confrangedoras que, podem

inclusivamente fazer parar um processo e tem implicações no bom desempenho, por

exemplo do processo pedagógico ou curricular normal, do dia-a-dia, a questão das

plataformas que se estabeleceu, em que as compras só podem ser feitas através desse

meio o problema é que como já aconteceu, nestes dois últimos anos as plataformas estão

fechadas e as escolas gastam os seus recursos e depois não podem ir fazer a aquisição de

outra forma, tem de pedir autorizações e acontece muitas vezes que este ano ainda,

tivemos a falta de papel, um simples pormenor, que fez com que fotocopias e testes e

tudo isso não pudessem ser feitos, a não ser aquelas que fossem mesmo imprescindíveis

e são pequenos pormenores que levam às vezes estas questões de gestão a não se falar

em autonomia, porque estamos efetivamente dependentes daquele articulado dizem

naquilo que dizem respeito às decisões da tutela e aí para o diretor é muito difícil ele

lamenta-se muitas vezes e partilhamos esse lamento, quando às vezes a escola encontra

dificuldades de funcionamento porque, não é possível, agir de outra forma em termos de

gestão evidente, nos podíamos por um indicador interessante apesar de muitas vezes não

depender do diretor que é o desafio de resolver esses problemas como é que se resolve e

isso às vezes é complicado, mas pode efetivamente em termos do grau ser importante

perceber até que ponto o próprio CG como é que o diretor perante essas dificuldades dá

respostas que, sejam que sejam práticas e que resolvam o problema sem os

constrangimentos e muitas vezes isso pode vir a pesar essencialmente, é isso, mas eu

penso, não sei em termos de trabalho, até quando é que terá presente possível, esse

período seria para aproveitar para compilar todas estas questões mas o próprio diretor só

a partir de dia 22 é que pode efetivamente auscultar. Ele tem uma visão e eu tenho

conversado com ele muitas vezes, quase diariamente e quando estamos a falar destes

83

problemas, reconhece que ele pela sua própria experiencia aliás, foi pelo facto de ele

considerar ser o nosso diretor porque é uma pessoa que tem um conjunto de anos de

experiencia nesta escola e no agrupamento foi essencial ele ter-se mantido porque ele

tem uma visão da tal gestão e liderança que é muito interessante e que consegue

estabelecer as tais pontes. Há problemas concretos do dia-a-dia que nós não

conseguimos saber, porque não é da nossa competência ou função nós vamo-nos

apercebendo, mas ele tem alguma preocupação também de partilhar connosco e nós

aprendemos muito com ele nesse aspeto, porque efetivamente, ele é uma pessoa pela

sua função e pelas suas competências, tem um conhecimento adquirido ao longo destes

anos e pela formação também, que permite possivelmente nesta área um conjuntos de

respostas mais eficaz do que propriamente a minha.

Agora em termos do diploma em si, evidente uma coisa é aquilo que me pode parecer

neste momento outra coisa é o estudo aprofundado daquilo que vão ser as elações que se

tiram dos normativos que neste momento falam sobre a questão da avaliação do

desempenho do diretor.

E Sim, não é preocupante eu ficar com o documento, a minha preocupação é a

perceção das pessoas sobre a portaria, sobre aquilo que vão fazer, não estando

feito não há problema é só percecionar as pessoas sobre as competências de gestão

e de liderança, como é que as distinguem e aquilo que pensam que será mais

importante que faça parte da avaliação do diretor

P claro, claro

E e ainda gostava de saber os aspetos positivos e negativos desta avaliação do

diretor, segundo a sua opinião. O que é que pensa quais os aspetos positivos da

avaliação de acordo com a portaria nº 266, positivos e negativos.

P Pois, como agora há pouco referi, muito embora esse conhecimento da portaria, não é

ainda, do ponto de vista aprofundado e eu volto a referir que, anteriormente disse,

preferia falar concretamente ou necessitava das questões concretas e eu teria feito esse

trabalho prévio, e agora estaria mais à vontade a falar em alguns desses pontos, assim é

complicado

E Concorda que o diretor seja avaliado pelo CG?

84

P Sem dúvida, não faria muito sentido não ser. Sim, isso é uma questão repare o que

não está bem, no meu ponto de vista é a tutela, por um lado, dar essa competência ao

CG, mas depois na pratica, não utiliza concretamente, a avaliação do diretor, a sua

eleição ou acompanhamento é sempre feita, é da competência do CG, mas depois na

prática. Há aqui, a avaliação externa que é feita pelos próprios em termos de exercício

das funções, de acordo com as indicações da tutela, da inspeção e essas são mais, enfim

levadas a sério, do que propriamente, aquilo que o CG diz, vamos lá ver uma questão

prática, algum processo disciplinar, pode ser movido ao próprio diretor por um mau

desempenho de gestão, o CG nem sempre está alerta para essas situações e ficará

sempre a reagir, depois do ocorrido, nem sempre pode acontecer, não quer dizer que o

nosso agrupamento seja um exemplo, mas pode muito bem acontecer que um diretor

tenha cometido um erro de gestão, mas não deu conta ao CG. O próprio CG como não

acompanha diariamente o trabalho do diretor operacional tem às vezes dificuldades em

fazer essa avaliação, porque ela decorreu noutro âmbito, portanto há aqui ainda e quanto

a mim que esta gestão devia ser articulada, portanto nós acompanhamos, nós no nosso

órgão temos que ter um conjunto de indicadores que permitam aos membros do

conselho perceber qual é o desempenho do diretor nas diversas momentos, questão da

assiduidade é simples mas a questão da resolução de problemas que ocorrem a nível

administrativo ou outros, temos de ter alguns indicadores que nos possam ser fornecidos

por alguém, alguns vamos ter de pedir diretamente ao próprio diretor outros terão que

ser mais administrativos e portanto ainda teria que ver de alguma forma ou todos nós

temos que ver como é isso, será feito, agora não há duvida, de que se nós

acompanhamos, elegemos e acompanhamos o projeto de intervenção do diretor é

importante que o CG emita opinião, em termos de avaliação do desempenho do próprio

inclusivamente dele e depois há aqui o CG preocupa-se com o diretor, sem dúvida, mas

o diretor tem uma equipa e essa equipa não é avaliada pelo CG, não é? Ele dá conta do

que cada um faz e ele avalia os membros da sua equipa e portanto eu penso que aqui em

termos de avaliação vamo-nos preocupar em avaliar o trabalho de desempenho do

diretor, mas devia também estar presente de toda a equipa que o acompanha, por

exemplo, nesse aspeto e eu acho que aí é um aspeto que poderia vir a ser revisto. Esta

ideia que o diretor tem que assumir tudo o de bom de mau possa vir a acontecer a esse

nível acho que a questão da avaliação devia ser mais aberta, mas até porque esta questão

tem sido alvo desta reflexão. Vamos ver, agora quando a comissão começar a trabalhar

85

sobre esses aspetos que outros pontos decerto que um ou outro ponto irá ser polémico,

como este, mas vamos ver como iremos resolver esse aspeto. Há outros pontos, que

possivelmente irão surgir nessa altura e que nos ajudarão a perceber melhor a

aplicabilidade do próprio diploma, portaria e de alguma forma seria interessante que

tipo de propostas poderiam ser introduzidas para melhorar o próprio processo mas, isso

só na altura poderíamos ter uma noção.

E O instrumento deve ser elaborado pelo CG ou acha que deveria ser elaborado de

outra forma, sem ser o CG, podia ser um uniforme a nível nacional?

A questão a nível nacional, vamos ver a questão do instrumento em si até pode ser a

nível nacional, mas não há dúvida que acho que essas questões muito a nível local que

se nós queremos apostar na tal autonomia terá que ser, vamos lá ver é interessante,

nestes normativos que se procure que um dos processos para atingir a autonomia é o CG

uma dos órgãos, mas depois na prática isto vai colidir com as grandes decisões que vem

da tutela, portanto centralização de uma gestão que nem se sempre é bem-feita ou bem

assumida ao nível local. Evidentemente, seria muito mais fácil esse instrumento ser

igual para todos, por um lado a questão da equidade fica garantida, porque nós estamos

a trabalhar com indicadores diferentes e que possivelmente aí podia ser uma vantagem,

indicadores iguais paras todos e deixávamos de nos preocupar todos são avaliados nessa

linha, por outro lado deixa aqui algum espaço que permitisse ao conselho local ou ao

conselho encontrar alguma especificidade da própria comunidade e que pudesse

introduzir mas, de forma geral, as competências de gestão e de liderança são idênticas

em qualquer função daquilo que são características até não haveria grande dificuldade

em que o CG apesar de pessoalmente com as atribuições que nos são dadas apesar desta

ambiguidade existir se CG tem algum poder sobre o Diretor, porque o acompanha,

avalia e pode demitir ou em termos de concurso escolher o diretor, isso é interessante,

mas depois, entra em conflito com todas as outras competências que muitas vezes o

próprio indicações e diretivas que o diretor tem de dar resposta e que portanto não é

avaliado pelo CG mas, é avaliado por quem efetivamente tem essas indicações que é

próprio o ministério através desses órgãos e que avalias Pessoalmente acho num

processo normal deve ser o CG a faze-lo, mas temos que limpar em redor, alguns

constrangimentos, que são alguns processos avaliativos que são feitos fora deste

contexto, portanto se queremos trabalhar para uma autonomia devemos apostar

86

efetivamente também a esse nível, que os órgão assumem isso mesmo os seus próprios

projetos, elaborem os próprios instrumentos Se queremos apostar nessa autonomia,

senão teremos de andar sempre à espera que alguém o faça.

E mas também há o peso na avaliação dos diretores da avaliação externa, não é?

P Sim, exatamente esse peso que de uma forma e por exemplo, esta questão da

avaliação externa nós devemos ir depois buscá-la como fazê-lo?

Nós aqui ainda, não temos essa experiência nós não fomos ainda, ainda não estamos a

viver esse facto que elaborar uma avaliação e ir buscar o esses itens avaliativos, feitas

no âmbito da avaliação externa. Ainda vamos ter que nos debruçar e ver que tipo de

dificuldades ou não, vamos encontrar a esse nível.

E Certamente ficou muito por dizer ainda sobre o papel exigente que o CG tem na

definição deste instrumento de avaliação, não sei se quer acrescentar alguma coisa

P em termos do que eu já referi, penso que o essencial para já, está assim dito. Evidente

que alguma situação mais pontual, isto vai decorrer da própria experiencia todo o CG

vai pensar quando se debruçar sobre o diploma de uma forma particular.

E Resta-me agradecer-lhe mais uma vez a sua disponibilidade e a sua colaboração

que foi muito útil para este trabalho

P Eu por acaso, se soubesse o tema seria mais fácil agora estarmos aqui a desenvolver

um ou outro ponto do articulado de forma a que eu pudesse ser mais útil em termos da

minha opinião, mas este é um processo que ainda está no seu inicio, apesar do diploma

já ter algum tempo, mas de qualquer forma a avaliação de desempenho dos diretores,

esta é a minha perceção ainda falta aqui alguma coisa que é termos uma ideia como é

que os conselhos gerais estão a funcionar neste momento e das suas dificuldades nós

temos algumas dificuldades e a pouco e pouco vão surgindo, enquanto em termos de

organização de zona através da AP…, os diretores tem essa facilidade de se

encontrarem, apresentarem as suas dificuldades, os conselhos gerais de alguma forma,

ainda os presidentes ainda não tem, não há aqui uma rotina ou pelo menos o espaço de

encontro isso é a minha opinião já algum tempo, tenho andado a meditar sobre esta

questão de que forma é que os presidentes dos conselhos gerais se podiam encontrar

para partilhar as suas dificuldades e refletir sobre as competências deste conselho, em

conjunto, de forma a tentarmos ver de que forma é que CG se pode tornar mais eficaz

87

em todo este processo de autonomia, porque encontro aqui pelo menos pela pratica a

ouvindo um ou outro presidente do CG, há coisas que o próprio conselho é pouco eficaz

e que o papel dele é muito secundário ainda em todo este processo e portanto

inclusivamente pode-se pedir responsabilidades a um CG por exemplo, o mau

funcionamento de uma escola ou uma agrupamento ou um projeto isso não está

estabelecido de alguma forma dá a sensação de que o CG é um conjunto de sábios entre

aspas que procuram refletir sobre os processos, o PE e a ver até que ponto a escola os

está a implementar. Ponto.

Acho, que o CG poderia ser ainda um órgão mais interventivo e que pudesse estabelecer

essa ponte, mas se formos a ver são poucos os anos que o CG e este órgão tem o diretor

já há muitos anos desempenha essa função o Conselho pedagógico tem muita

experiência também o CG está a dar os primeiros passos e o CG que tem esta realidade,

uma passou do próprio conselho pedagógico, os pais agora não estão presentes, antes

estavam e o conselho pedagógico era um órgão onde todos os problemas se colocavam e

até os problemas da comunidade local onde estava a escola inserida, isto agora passou

para o CG. Os pais tem assento lá a comunidade local através dos órgãos do município

onde das entidades mais relevantes da escola, do agrupamento onde estão inseridas

podem intervir agora já temos tido uma colaboração muito interessante ao nível dos

cursos, temos lá presente a escola de hotelaria e turismo, aqui da nossa zona o que é

interessante, porque já partilhando aqui algumas propostas de trabalho, entre os nossos

alunos que depois saem daqui a reflexão sobre cursos nesta área, até que ponto nos

poderíamos implementar aqui seria uma mais-valia ou não e temos este o 3º ano de

turismo/termalismo aliás, que foi um curso que surgiu precisamente dessa necessidade

de prepararmos alguns alunos para esta nossa realidade local e temos já alunos desse

curso um pouco espalhados aí a fazerem seus estágios e em termos sabemos que outros

alunos já estão a trabalhar nessa área portanto surgiu um pouco desta parceria que

tivemos até com a escola e outras, as empresas também tivemos alguma colaboração

com a Associação Empresarial de …, temos aqui a Santa Casa através do Hotel da…,

que funciona muitas vezes com alunos que vão lá fazer voluntariado com alguns

projetos de parceria. Procuramos aqui que o CG estabeleça as tais pontes com reflexos

nas soluções práticas para daqui da escola e das escolas do agrupamento tem sido alguns

resultados positivos agora o CG ainda está a dar os primeiros passos, até que ponto o

órgão em si pode-se tornar importante isso é fundamental para a realização de um

88

verdadeiro projeto educativo muito aquém de acontecer, aquilo que neste momento,

poucos são aqueles agrupamentos onde o CG tem sido uma mais-valia eficaz pronto,

concretamente estamos no início se olharmos para a escola é ao diretor que nós vamos

perguntar, isto devia ir um pouco mais além, não é? Portanto, eu acho, que a vida de

uma escola ou de um agrupamento se faz muito pela forma como o CG também

consegue estabelecer e preparar o caminho para a concretização dos projetos e eu penso

que isso ainda não está conseguido, pois, como eu digo, os conselhos gerais tem 4,5, 6

anos e portanto isto na vida de escolas é muito pouco tempo, digamos ainda que é um

recém-nascido, o CG e que poderá vir a dar frutos, com esta dinâmica ou com outras

estas com estas competências ou com outras, penso que poderá vir a ser um órgão

importante na vida das escolas.

E mas concorda com estas competências do Conselho Geral?

P Sim, essencialmente elas são, o problema é que muitas destas competências depois

não tem uma eficácia, a operacionalização não passa pelo CG, até podemos não

concordar e emitir recomendações, mas não passam disso, quando elas se esbatem com

imposições, do próprio currículo, do funcionamento das escolas que não passa pelo CG

evidente que aí, é interessante nos refletirmos sobre o orçamento, por exemplo, isto é

um ponto e o CG decidir qual é a fatia que deve ser atribuída e para onde, quando as

escolas do orçamento próprio tem muito pouco e não têm rendimentos, como todos nós

sabemos e portanto, tudo o resto as fatias é do orçamento de estado e todas as outras

tem já mecanismos para poderem ser geridas portanto, o CG pouco decidir aqui,

possivelmente, pode dizer, se temos 10 000 euros, vamos aplicar arranjar os telhados ou

um pavimento mas isso não podemos fugir muito aqui não é? E portanto aí nesse

aspeto, o CG fica ainda um pouco aquém do que podia fazer porque, ele ainda não de

alguma forma assumido por outro lado há esta esta ideia de que o presidente do CG é

tão importante ou mais que o diretor, mas na prática, assim não é nem eu tenho essa

visão, mas, que pensando se poderia ser um órgão com essa importância na prática

ainda não lhe é dada, porque a eficácia das decisões ou implementação das suas

decisões ainda não é vista pela comunidade não sei se é culpa nossa, muitas vezes não

ligamos muito ao CG, não sei, se perguntarmos a um colega nosso sobre o CG

possivelmente pouco sabe, mesmo os membros que lá estão e que são professores e

passam os alunos sabem que das suas competências e das suas funções, mas não, quanto

89

a mim, ainda não existe aqui uma eficácia ou a tal importância que um conselho geral já

deve ter nestas áreas, mas como eu digo, penso pessoalmente, que isto tem a ver com os

poucos anos, que ainda tem de funcionamento e de perceção das suas competências e da

forma como que essas competências interagem com as competências do Pedagógico do

próprio diretor não é e aqui ainda penso que teremos de fazer mais uns aninhos em

termos de trabalho deste órgão e possivelmente aqui poderemos assumir com alguma

eficácia agrupamento falaremos mais do CG do que do diretor, por exemplo é um órgão

público da escola.

Na prática seria isso há mecanismos que ainda teremos de trabalhar, por exemplo

poderão surgir questões de contestação percebe-se ao próprio diretor ao CP e podem ser

encaminhados para o CG, seria interessante neste momento ainda, não temos uma

vivência deste tipo de exercício dos direitos ao nível do CG e portanto, tenho impressão

que todos nós docentes que já estão há alguns anos nisto nunca se habituaram a olhar

para este órgão e com as suas próprias funções e competências e como é que chegamos

a este órgão, por exemplo ao longo destes anos senti alguma dificuldade se alguém

queria apresentar alguma coisa no Conselho Geral, que estivesse descontente ou tinha

alguma coisa dificuldade em perceber como é que fazia chegar lá, apesar de ter lá no

caso dos docentes 7 docentes e portanto muitas vezes endereçavam as cartas ao

presidente do CG que, depois leva ao CG, mas esse mecanismo ainda, não está a ser

eficaz, isto é, a forma como é que a comunidade educativa pode chegar através dos seus

representantes ao próprio CG. Será culpa do próprio CG, que ainda não conseguiu criar

os mecanismos para que possa chegar a todas as partes interessadas, mas é uma área

interessante ainda a desenvolver. Penso que neste aspeto temos de fazer muita coisa,

muito sinceramente isto à parte, houve aqui há vários anos e nós tivemos durante dois

anos conselhos transitórios, eram eleitos e funcionavam durante um ano e depois

acabavam e ainda tivemos um CG definitivo que funcionou só um ano, depois foi

dissolvido para novamente o conselho geral transitório depois todo o processo no

principio quando juntamos aqui depois ainda houve uma duvida o agrupamento que não

estava o da A que se sempre se pensou, que vinha se juntar ao agrupamento da escola,

mas não veio, e nós teremos de tentar isto significou que durante muito tempo estas

últimos anos estivemos preocupados com coisas muito práticas, como a organização do

próprio regimento do conselho, o regulamento interno que sofreu muitas alterações,

todos os anos está, por força dos normativos que tem vindo a sair às dezenas, muitas

90

alterações, essencialmente preocupámo-nos esses aspetos, a questão do próprio Projeto

educativo está um pouco atrasado, o novo projeto educativo, porque o conselho geral

teve de que se debruçar sobre outros aspetos e portanto este ano, vamos em treze

sessões nós é um concelho de trabalho ordinário são três por ano, mas na prática o nosso

funcionamento andamos à volta de três conselhos por trimestre e portanto isto mostra

que estamos reunimos algumas bastantes vezes, houve aí um ano que tivemos que

colocar em funcionamento a comissão do regulamento interno, porque com esta questão

da junção das escolas obrigou à mudança do regimento interno e do próprio Projeto

educativo e tudo isto ainda não criou espaço para uma reflexão que julgo que cabe ao

CG, que é, qual o projeto educativo do agrupamento de escolas, quais as suas

características, o seu perfil e como é que os diversos órgãos funcionam em torno desse

Projeto Educativo, portanto, ainda há falta aqui efetivamente, um tempo de reflexão,

que nos permita concretizar, de uma forma eficaz, este projeto, portanto, esta função

deste CG foi preparar estes mecanismos, eu espero que em maio quando prepararmos a

eleição do novo CG, esse novo CG já com a experiência de trabalho com estes membros

ou com outros, possa vir a ir um pouco mais além, daquilo que é a implementação de

um verdadeiro CG, nas suas funções e competências e como é que ele pode de alguma

forma, pôr a funcionar toda a comunidade eu penso, que se nós temos ali pessoas da

comunidade dos diversos representantes, as próprias escolas do agrupamento e os

nossos alunos poderão vir a ganhar com isso e penso, nesse aspeto é fundamental mais

um ou dois anos de funcionamento, penso que o próximo conselho geral irá ser mais

eficaz, não quero dizer, que estes não tenham sido, mas este estiveram preocupados

essencialmente a preparar alguns instrumentos, o próprio instrumento de avaliação do

diretor que, é preciso o próprio conselho não teve tempo ainda de o preparar nesta

altura, poderia já tê-lo, mas não conseguimos funcionar de forma a reagir à medida que

os suportes legislativos estão a sair, é difícil e portanto exige algum tempo e portanto

de alguma forma temos alguns deles, destas situações estão, espero que o próximo ano,

será o ano de apresentação, conclusão e arranque do PE deste novo ciclo e a partir

daqui, o próprio CG consiga ter uma outra identidade e outra relação com todos os

órgãos da escola, do agrupamento, penso que será essencialmente nessa altura aquilo

está a acontecer com connosco daquilo que eu tenho a perceção porque nós temos

algumas membros, está a Câmara Municipal que tem acompanhado todo este

crescimento dos diversos conselhos gerais num encontro que tiveram à pouco tempo ,o

91

nosso diretor esteve presente, a questão do CG, a Câmara Municipal promoveu um

encontro aqui na escola, onde estiveram presentes todos os membros da autarquia que

estão presentes em conselhos gerais, para falar, precisamente sobre a experiência do

CG, mas não convidaram nenhum presidente do CG, repare, esteve convidado o nosso

diretor que depois pelo telefone, me perguntou se eu não queria estar presente, seria

interessante, eu disse não eles não me formalizaram esse convite e acho até muito

estranho, acho muito bem que eles se reúnam e que partilhem entre si as experiências é

interessante mas não convidarem nenhum presidente dos Gerais e convidaram o diretor

da escola onde foi o encontro, achei muito estranho, mas pronto tudo bem é a minha

posição e nesse encontro foi dito, que a experiência do CG mais gratificante que todos

eles tem vivido foi a nossa, significa que só posso fazer esta leitura há muitas

dificuldades muita de assumir o CG os outros agrupamentos estão todos muito no

inicio, há ainda muitas dificuldades agora e essa foi uma reflexo que eu achei surreal,

por um lado é interessante eles sentirem necessidade de se reunirem, mas não

convidarem ninguém, achei isto interessante e a experiência do CG foi lá partilhada pelo

nosso agrupamento, pelo representante Dr. M G que lá estava e pelo diretor que é viva

voz que acompanhou sempre desde inicio o nosso trabalho, estávamos muito bem

representados não é por aí, mas isso só demonstra que efetivamente, em termos de

vivência dos CG aqui de C, ainda há muito caminho a fazer, por estarmos todos no

inicio à espera de encontrar aqui, alguma reflexão sobre o papel que o CG tem nas

diversas comunidades, no próprio agrupamento, essa é uma situação outra tem a ver

com a gestão das escolas e nós estamos aqui tivemos autorização do ministério da

educação para iniciar aqui um processo de gestão de recursos também dos meios das

escolas e isso também está a dar os primeiros passos no próximo ano letivo é um

processo de gestão de alguma forma a tutela distribui as verbas para as escolas o

orçamento do estado e criou-se aqui um grupo houve uma investigação participou um

estudo da própria Universidade católica e neste momento está-se a preparar alguns

diretores com algumas dúvidas ,depois terá oportunidade de falar sobre isso como

Dr…., ele irá certamente falar sobre essa questão por também foi convidado para essas

questões, os diretores estão envolvidíssimos neste novo processo, os presidentes dos

conselhos gerais não estão, mostra muito que toda esta questão da gestão das

comunidades educativas e do agrupamento não passa pelo CG, mas pelos diretores, que

são o órgão operacionaliza os processos, mas que mantém à distância um pouco o CG,

92

portanto, quem vai dando conta de toda esse tipo de trabalho é o diretor nas sessões do

CG eu estou a participar num grupo que se prevê que vai ser um grupo de experiência a

nível nacional e que está no concelho de … e portanto pretende vir a gerir não só todas

as necessidades dos agrupamentos aqui da zona, compras sei lá, papel, terá de ser feito

em quantidade por esse órgão que gere e ainda vieram cá fazer uma pequena

apresentação no auditório, mas todos com muitas duvidas eles tem mais tempo de

trabalho o próprio grupo continuamos com algumas dessas dúvidas, há vários receios

dificuldades e possivelmente o diretor vai dar mais pormenores, mas só para ver que

efetivamente mesmo essas experiências de inovação quando se procura traduzir e

envolver as escolas e os municípios não chamados os conselhos gerais, chamam os

diretores eu penso que ainda não o próprio papel do CG na minha leitura, vou

constatando na prática, o próprio sistema ainda, não lhe dá importância que devia dar e

que é assumida no normativo, mas depois na prática em termos de como é que isso se

executa, como é que própria importância dessa órgão se reflete nos outros e isso

ainda está muito esbatido e não está entendido eu entendo isso desta forma, portanto,

acho que aqui era importante chamar estes órgãos a ter uma palavra porque isso é da

sua própria função Este foi criado e não houve uma reflexão sobre o papel do próprio

órgão e qual é o seu papel na escola eu penso que aqui nesta área falta reunir através

dos próprios presidentes do CG, falta essa reflexão, não basta atribuir competências, pôr

o órgão a funcionar, mas qual é o impacto que essas competências e que esse órgão tem

na própria vida das comunidades educativas acho que isso é importante fazer, a câmara

teve necessidade de fazer eu penso que nisso andamos eu ando com esta preocupação há

algum tempo, mas não vejo outros colegas de outros concelhos à procura de um

entendimento mas eu espero que no próximo ano vou tentar lançar o desafio através dos

diretores. Na AP para ver se aí consigo o nome de todos os diretores e presidentes dos

conselhos gerais do nosso concelho de forma a convocar uma reunião informal,

qualquer coisa que eles possam estar presentes de forma a colocar estas dificuldades ou

pelo menos o entendimento que este órgão tem e eu penso que falta temos 6 anos é

altura de começar a refletir sobre o papel do CG portanto, eu acho que aqui ainda vamos

ter de fazer alguma coisa.

Para mim são muitas as interrogações e portanto, de tal forma, que às vezes há questões

que o CG tem algum receio se a sua recomendação é vinculativa dá a sensação que nos

entendemos desta maneira o C já se debruçou sobre esta matéria e decidiu assim há

93

coisas que temos que pensar no papel de cada um de nós e da forma como é que se

articula portanto, tudo o resto aprovar as férias do diretor são coisas de gestão corrente,

que não tem assim importância fundamental para mim as questões fundamentais e julgo

que é mesmo o próprio CG que tem ao seu dispor para implementar o Projeto educativo

E mas e a avaliação do diretor também é importante?

P é importante, sem dúvida, neste sendo o peso em termos de resultados cai muito sobre

o próprio diretor não há dúvida é importante, mas eu penso sim aqui, já ouvi uma outra

questão em que o próprio conselho o presidente do CG está em oposição ao próprio

diretor e em termos de dialogo às vezes existem até conflitos, quando é o próprio CG,

que elege o diretor e quando esta ponte devia ser muito aprofundada e um diálogo

estabelecido, eu acho que, não há razão para que existia uma guerra em termos de

politica e de operacionalização ao fim e ao cabo aqui isto pode ser levado a pensar mas

efetivamente o diretor continua a ser a figura central das principais decisões da

comunidade educativa, não considerando relevante tudo o resto escudando-se muitas

vezes naquilo que são as suas atribuições que se não as executa pode ter sanções, e a

única pessoa que quem ele responde é à tutela e não ao CG, muito apesar de ser eleito

por ele, há aqui coisas estranhas em termos da forma de encarar esses papéis e por isso é

que eu digo que terá que haver aqui uma reflexão a nível poder ser feita ao nível local

no sentido da própria comunidade também deve fazer-se tem de haver aqui uma partilha

entre as diversas experiências de forma a tentarmos percebermos muito bem de que

forma é que as competências do CG podem ser uma mais-valia eu também fico como

esta expectativa de ver esse trabalho porque eu penso que há uma área desenvolver eu

penso que sim, seria interessante alguém dedicar-se um pouco a este novo órgão,

daquilo que eu tenho visto não há nada escrito, há poucos estudos sobre este órgão. Eu

penso que teremos todos nós que contribuir com a nossa experiência e em muitos casos

as listas surgiram quase como por imposição, porque se não o nosso agrupamento neste

momento de transição funcionou dois anos sem assembleia de escola por exemplo,

porque não havia listas os docentes achavam que não era importante e portanto não se

candidatavam achavam, que isso era irrelevante, o diretor que resolva os problemas

todos e portanto acho que esta passagem do papel da assembleia e do conselho, quanto a

mim são muito importantes porque é isso que dá o rosto ao Projeto Educativo, é aquilo

que nós temos de trabalhar, claro que os outros aspetos também, sem os quais não se

94

operacionaliza, mas ainda há pouca coisa sobre isto e seria útil começar-se a fazer

alguma coisa e a altura oportuna está a surgir ficaria nessa expectativa

independentemente de que eu continue para o ano o importante é que este órgão se

venha a assumir como órgão estratégico e orientador da politica educativa de cada

comunidade. Era importante é que esta organização veio a ser assumida como

organização estratégica, ao fim ao cabo da política educativa de cada comunidade isso

seria importante e que possa ser talvez mais-valia que eu referi há pouco

Muito bem, tenho pena de já não poder ajudar.

E Agradeço imenso.

P articulado mas eu reconheço nesta parte que eu ainda não consegui fazer a tal leitura

articulada quer entretanto fazer sobre o diploma, mas que ele está a surgir, como nosso

ponto também agora no final do próximo ano mais ou menos no início do ano letivo é

que nós nos vamos debruçar com algum cuidado sobre isso

E Muito obrigada

P Nada.

E Mais uma vez foi muito útil

P eu posso fazer chegar se caso for necessário, se bem que o Projeto educativo ainda

está como o trabalho, posso fazer chegar se existir algum interesse o Projeto educativo,

E pois vai ser retificado não e?

P ainda está numa fase eu estava à espera que o nosso diretor ficou de me enviar aqui

um capítulo, há aqui umas falhas, só depois é que eu posso disponibilizar a todos os

membros do CG estão à espera deste documento de trabalho assim que eu tenha

completo a sua versão irei enviar em princípio os timings são em Setembro, eu gostava

primeiro de enviar ao grupo e depois enviava é um pouco fruto dessa experiência desta

nova realidade o novo agrupamento, este é o primeiro projeto educativo de

agrupamento, que nós estivemos de retificar o outro são aquelas intenções, objetivos.

P Muito bem, pronto, não sei em que mais poderei ajudar, mas qualquer situação eu

depois posso até fazer chegar marcarmos um encontro

E Em Setembro é que vão…

95

P Sim, em Setembro é que nos vamos debruçar logo no inicio da segunda semana de

Setembro o CG vai já eu tenho essa intenção de o convocar para Setembro, sim, logo na

segunda a terceira semana precisamente para entregar e nomear a comissão para

preparar os indicadores, no âmbito do 266

E Com a conversa que tivemos aqui, tenho já muita informação sobre a sua

perceção sobre isto, mas também pode ser útil

P Sim, nessa altura também posso dar essa indicação não há qualquer problema o

próprio conselho poderá facultar possivelmente até os indicadores sim para essa altura

var se poderíamos alguma proposta

Isto pode surgir como uma proposta ou ser elaborada durante o trabalho da comissão eu

gostava de antes de férias de fazer algumas tarefas, era levar uma proposta tinha um

proposta na mão ajudava porque, isto é próprio se então a fazer indicadores para o

diretor a nível do grupo como conselho isso é importante existir alguma coisa e ainda

terei de fazer alguma investigação aí, do que são até porque isso vai resultar numa ficha

de intenções, penso que não haverá dificuldade em partilhar.

E Muito obrigada

P Nada

E Agradecer esta sua disponibilidade.

Muito obrigada

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ANEXO X - Sistema Categorial da entrevista realizada ao Diretor do

Agrupamento

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ANEXO X - Sistema Categorial da entrevista realizada ao Diretor do

Agrupamento

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Subcategorias Passagens Significativas

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Percurso académico

- a minha área de formação é engenharia

- licenciatura na Gestão Escolar, Administração e Gestão Escolar

- mestrado em Administração e Gestão Escolar

Percurso profissional

- já passei praticamente por todos os cargos de gestão e administração escolar, eu estou nela, desde 1991, portanto há 23 anos

Tempo de serviço - 31 anos de carreira docente

Cargos desempenhados

- adjunto duramente 3 anos,

- vice-presidente de conselhos directivos e executivos durante 15 anos

- vai para 6 anos que sou director

Balanço que faz do seu percurso

- o balanço é positivo e penso que há muito trabalho a fazer pela frente

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Características pessoais

- não sou muito directivo

- um director tem que ser organizado tem que sistematizar tudo

- facto acreditar e levar os outros a acreditar

- acreditar no que está a fazer e eu acredito

- extremamente organizado e extremamente metódico, tem que ser pontual, tem que ser e tem de estar presente.

- acreditar, ser trabalhador ser organizado

- é preciso querer ser diretor por um lado, mas também é preciso ter características para ser diretor por outro

- tem de ser como já disse, extremamente organizado e extremamente metódico, tem que ser pontual, tem que ser e tem de estar presente. Os outros têm que sentir que nós estamos presentes

- sou uma pessoa que quando me ouvem, as pessoas acreditam, que eu acredito

- uma das características que também aqui está implícita é a pessoa ser trabalhadora, ser um resistente digamos assim, portanto objectivamente acreditar, ser trabalhador ser organizado

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Subcategorias Passagens Significativas

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Papel

- o diretor é não por definição, mas é por que está implícito no trabalho do diretor, o elo de ligação entre todas as estruturas que existem no agrupamento

- o diretor que faz a conexão, digamos assim, com os diversos sectores e áreas do agrupamento

- enquanto existiam os órgãos colegiais os Conselhos Diretivos e Executivo era isso, órgãos colegiais com competências perfeitamente distribuídas e definidas e neste momento o Diretor é um órgão unipessoal onde se concentra tudo, ou seja eu tenho uma equipa, mas o órgão não é a direção é o diretor

- mais importantes para um diretor, é de facto acreditar e levar os outros a acreditar

- enquanto, existiam os órgãos colegiais, os Conselhos Diretivos e Executivos era isso, órgãos colegiais com competências perfeitamente distribuídas e definidas e neste momento o Diretor é um órgão unipessoal onde se concentra tudo, ou seja eu tenho uma equipa, mas o órgão não é a direção é o diretor

- termos organizacionais, para colocar em cima da mesa a estrutura organizacional o diretor deve ser atento. Não sei se isso é uma competência é pelo menos é particularidade uma qualidade

- Fica muito restringido, sob o ponto de vista da liderança a pessoa acaba por ser mais gestor do que líder, porque eu como gestor posso sempre, posso gerir e é o que faço o dia-a-dia que a tutela me impõe

Tarefas que mais lhe agradam

- ser unidade de referência do secundário também, em termos de multideficiência, isto quer dizer que reconhecem que o nosso trabalho é bom.

- que impliquem a interação com as pessoas, aquelas que permitem o contacto direto com os colegas, com os funcionários, os alunos, os professores, os pais

- que me permite o contacto direto pessoal

- agrada-me, o ser um ponto de passagem entre as coisas, permite-me essa tal interação de que eu falava há bocadinho

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Subcategorias Passagens Significativas

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Eleição

- Já fui sufragado duas vezes, objetivamente em 2009, fui eleito Diretor da Escola Secundária de S …, depois em Agosto 2010, por determinação da tutela passamos a Agrupamento. Agrupamos com um Agrupamento que já existia, a escola secundária e o agrupamento que já existia em agosto de 2010. Nessa altura fui nomeado presidente da CAP até julho de 2011, altura em que fui eleito diretor do agrupamento, portanto fui eleito duas vezes como diretor e uma nomeado como presidente da CAP durante um ano, mais ou menos um ano.

Formação

- tenho aproveitado na medida do que é possível para fazer formação contínua, sempre na área da administração e da gestão e na área da informática

- acho que é importantíssimo …, haver uma carreira de diretores

- eu penso que neste momento, sob o ponto de vista da formação que eu pretendia até uma determinada etapa, eu cumpri esse objetivo

- quer na licenciatura que fiz, quer no mestrado, fiz aí também, incursões no sentido de me preparar melhor

- ao ISEC, fazer uma formação, foi promovida pela pela DGAE e ISEC e foi uma excelente formação, nas duas vertentes, liderança e gestão

- a formação na área da comunicação é uma coisa em que eu sinto dificuldade

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Subcategorias Passagens Significativas

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Problemas

- ao diretor são-lhe dadas responsabilidades imensas sem as contrapartidas devidas,

- a regulação ela está feita por decreto lei e penso que não está mal feita

- deveria haver para que as coisas estivessem mais certas algumas contrapartidas para os diretores poderem trabalhar melhor, quando falo em contrapartidas não é financeira nem nada disso, era pôr à disposição dos diretores alguns mecanismos que lhes permitissem fazer melhor o seu trabalho

- dir-se-á está bem quem nomeia, quem propõe é o diretor, está bem eu tenho 3 pessoas para propor de acordo com as alíneas que tenho disponíveis e pode haver pessoas que não estejam interessadas em trabalhar comigo e eu com elas.

- Eu às vezes sinto dificuldade em admitir que possa ter alguma autonomia

- estes processos de liderança nós também deveríamos ter algum espaço de liberdade, algum espaço de autonomia para definir determinadas coisas e eu posso dar dois ou três exemplos, mas quando eu tenho tudo regulamentado, tudo decretado e tudo regulamentado, eu não tenho espaço para coisa nenhuma

- a pessoa delega, a pessoa tem as suas equipas constituídas, mas no limite vai tudo parar ao diretor

- uma das principais chama-se tempo, portanto o meu tempo que é uma coisa que muitas vezes não se consegue quantificar bem, o que é muito tempo ou pouco tempo, isto é como tudo na vida, mas é umas das principais dificuldades é o tempo

- O sistema educativo… está completamente fragmentado, nós temos os professores desanimados com a sua carreira, nós temos as escolas com poucas ou algumas com poucas condições de trabalho, nós temos poucos funcionários, nós temos pouco dinheiro

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Subcategorias Passagens Significativas Recomendações

- ele deve escolher as suas equipas e se eu não posso escolher a minha equipa da forma como eu acho que é mais adequada então não pode assacar as responsabilidades correspondentes.

- para o diretor, se houvesse autonomia seria muito bom. - este modelo não serve, este modelo de colocar pessoas

porque tem uma milésima a mais que o outro não serve

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Regulação

- em termos da regulação dos processos e nomeadamente no respeito à autonomia, é verdade que ela agora está plasmada na lei, mas há coisas, porque eu estou desde, como disse à bocadinho, desde 91 na gestão, há coisas que eu faço de igual forma, da mesma maneira e portanto não foram os vários decretos lei que foram sendo alterados, que fizeram com que eu fosse diferente

- hoje é tudo dirigido ao diretor, tudo, tudo, portanto digamos, que houve um aumento significativo de não digo de competências, mas tudo aquilo que se faz no agrupamento cai nos ombros do diretor.

- humanamente é impossível uma pessoa sobreviver, digamos assim, se chamar a si tudo e portanto a delegação é a solução

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Comunidade educativa

- temos todos os níveis de ensino, do pré escolar ao secundário

- temos um secundário com cursos profissionais que se estão a consolidar e que dão resposta sistemática e que tem procura no universo do concelho e até de fora do concelho

- outra referência que tem a ver com as unidades de apoio à multideficiência,

- o trabalho de inclusão e nomeadamente destes alunos com deficiência pesada

- por termos uma escola secundária, que envia todos os anos, muitos alunos para o ensino superior na primeira opção, bem preparados, miúdos que entram nas universidades de um modo geral. Temos um secundário com cursos profissionais que se estão a consolidar e que dão uma resposta sistemática e que tem procura no universo do concelho e até de fora do concelho e portanto quer dizer que os miúdos querem vir para os nossos cursos profissionais

- a ser unidade de referência do secundário também, em termos de multideficiência, isto quer dizer que reconhecem que o nosso trabalho é bom

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Subcategorias Passagens Significativas

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Filosofia / visão de escola

- minha filosofia é sempre no sentido do sucesso, o sucesso dos alunos que depois é traduzido no sucesso de todos, mas é porque se os alunos tem sucesso os professores também têm sucesso

- fundamentalmente caminhar no sentido do sucesso, agora há vários sucessos

- esta visão está, por exemplo, quando fazemos a distribuição de serviço, tentamos na medida do que é possível, este é um aspeto de gestão, tentarmos na medida do que é possível, adaptar ou adotar digamos a distribuição das turmas aos professores, de acordo com o perfil dos professores e das turmas

- eu penso que uma das cosas que faço nesse sentido é dar alguma liberdade às pessoas, para fazerem o seu trabalho, se tem projetos a apresentar, apresentam, desenvolvem-nos nunca disse a nenhum colega, não faças isso

- A visão será a definição dos caminhos para levar ao sucesso

- escola no sentido abstrato, eu acho que, se calhar, vou dizer um lugar comum, a minha filosofia é sempre no sentido do sucesso, o sucesso dos alunos que depois é traduzido no sucesso de todos

Missão

- A missão é levar os alunos ao sucesso, tem a ver com o sucesso dos alunos, está centrada no sucesso dos alunos.

- o que sirva para a nossa missão, sucesso dos alunos, sucesso quando falo há bocadinho centrei o sucesso educativo, o sucesso escolar, mas depois esse sucesso tem que estar associado ao outro sucesso que é o sucesso do cidadão

Prestação de contas - o diretor presta contas à tutela, presta contas aos seus pares,

presta contas a toda a gente

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Subcategorias Passagens Significativas

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Normativos legais

- eu diria, que são só mesmo de gestão, porque de autonomia têm muito pouco, tem quase nada de autonomia, portanto a “ excessiva regulamentação da tutela é passo a redundância é excessiva

- nós em determinados momentos somos obrigados a seguir quase à linha as instruções que vem nos despachos normativos, nas circulares, nos oficio-circulares

- o decreto lei 75 e o 137 dizem que são decretos lei de gestão e autonomia, eu diria, que são só mesmo de gestão, porque de autonomia têm muito pouco, tem quase nada de autonomia

- essa redefinição foi uma maneira da tutela ter, portanto o que quer que seja, a tutela sabe a quem tem que se dirigir

Órgãos da tutela

- o controlo estatal tem de existir, mas ele é sufocante, acima de tudo o controlo estatal é sufocante

- a excessiva regulamentação da tutela

- em determinadas circunstâncias não faz sentido tanta regulamentação.

- nós estamos dependentes de autorizações para tudo, ora isto não é autonomia nenhuma.

- o poder central, independentemente do órgão unipessoal ou órgão coletivo, continua a controlar tudo

- acho uma falácia, a autonomia na maneira como ela é expressa em geral, e eu sei que há muita literatura, ou pelo menos alguma e alguns autores que acham que isto não é autonomia coisa nenhuma e eu também acho

- o contacto, aquela pessoa é aquela aquém assacar as responsabilidades é com aquele que vamos dialogar é com aquele que nós vamos, é com aquele que vamos recolher as informações, é aquele que nós daremos o ralhete se for necessário

- mas a comunicação externa ou seja, aqui por exemplo, com a tutela é ainda demais difícil, porque esse é um aspecto que eu penso com o tempo se deve praticamente generalizar nós neste momento, temos praticamente tudo os contactos com a tutela por aplicações informáticas, eles são questionários onde colocamos dados ou base de dados

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Comunicação

- difícil, pegando no exemplo de há bocadinho da não autorização dos CEF de cabeleireiro a única coisa que eu tive foi um e-mail a dizer que não estava autorizado ponto, nem consegui rebater

- não ponto, final enter, portanto isto desumaniza a comunicação e deixa-nos me muito distantes das pessoas se bem que todos nós temos aquela ideia de que a informática, todos os meios que nos permitem chegar a qualquer ponto do globo em segundos por vezes deixa-nos completamente isolados

- portanto a comunicação tornou-se mais difícil e não vejo como ultrapassar, no fundo a resposta é não vejo como ultrapassar

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Características

- C.G. como sendo o órgão que avalia o diretor, como sendo o órgão que aprova as linhas estratégicas do trabalho de um agrupamento

Problemas

- porque é que o C.G. não há-de ter o poder para apresentar. apresentando todo o processo documental.O diretor através dos departamentos curriculares e do Conselho Pedagógico, porque é que nós havemos de criar um processo legal obviamente, legislado de contratação dos professores

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Delegação

- Porque é humanamente impossível uma pessoa sobreviver, digamos assim, se chamar a si tudo e portanto a delegação é a solução.

- penso que duas ou três características definem o meu perfil de gestor

- a delegação é uma das palavras é uma das palavras que está sempre presente na minha cabeça

- delegação de competências

Supervisão - delegar com responsabilidade e com supervisão

Responsabilidade

- tudo aquilo que se faz no agrupamento cai nos ombros do diretor

- responsabilização, mais colaboração por toda aquela estrutura, colaborou, participou naquela decisão e portanto estão todos vinculados àquela decisão

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Gestão de conflitos - gestão de conflitos é uma das áreas aqui fundamentais

Organizacional

- em termos organizacionais … há muito para fazer

- são os aspetos organizacionais, eu acho, que um diretor tem que ser organizado tem que sistematizar tudo e tem que ter tudo

- delas, já disse, a organizacional, digamos a competência da área da organização, eu penso que e esta agora, depois pode ser subdividida, eu penso que aqui também o conhecimento, mas é já um conhecimento técnico e agora não sei se posso, separar conhecimento global de conhecimento técnico”

- nomeação /votação dos coordenadores de departamento, é uma coisa completamente absurda.”

- “ impossibilidade, mas é pelo menos cria dificuldades ao director ter as pessoas que precisa no seu staff

- como é que eu vou as operacionalizar, e ai é o gestor que operacionaliza essas metas aí a operacionalização essas metas, põe em prática meios e processos.”

- vou em termos de gestão, vou operacionalizar, qual é uma das competências é organizacional, como é que eu vou estruturar a organização das turmas, onde é que eu ponho os meus alunos, como é que eu os subdivido

- .gestão, é tentarmo-nos organizar no sentido do sucesso, dos resultados

- é de execução prática do dia-a-dia

- vou operacionaliza-la como uma competência de gestão, na distribuição de serviço

Tempo

- sobre o que é um dia do director, um dia de director muitas vezes é curto-circuitado dezenas de vezes com interpelações por parte deste colega, daquele outro, do funcionário, do pai do aluno e portanto isso faz parte de outra parte que não é organizada e portante de alguma forma luta-se um bocadinho para no sentido de organização, mas acaba por ser difícil, tanto tempo, objectivando o tempo é uma das minhas dificuldades, que depois se reflecte nas outras ,mas o tempo é o principal

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Tempo

- a marcação de reuniões sempre com agenda,

- uma das principais chama-se tempo, portanto o meu tempo que é uma coisa que muitas vezes não se consegue quantificar bem, o que é muito tempo ou pouco tempo, isto é como tudo na vida, mas é umas das principais dificuldades é o tempo

- objectivando o tempo é uma das minhas dificuldades. que depois se reflecte nas outras mas o tempo é o principal.

- pequeninos processos de sistematização

- eu só vou uma vez por semana aquela escola e portanto na outra semana os colegas, claro que às vezes acontece, passarem duas semanas e não ir àquela escola, os colegas notam a falta e às vezes é não tanto, em termos de trabalho objectivo, com reuniões marcadas ou com ordem de trabalhos mas às vezes é beber um café com os colegas à sala de professores onde se fala e isto depois é outra parte mais importante do trabalho do director que se projecta no dia a dia e que também é preciso e que muitas vezes também não há tempo para a executar

Constrangimentos

- neste momento, tirando aquelas que são do artigo 79 do estatuto, aquelas que são das direcções de turma ou do desporto escolar, não há mais reduções da componente lectiva

- Gostava de deixar, salientar que em 2010 a escola secundária e o agrupamento tinham de redução de horas da componente lectiva para distribuir pelas mais variadas coisas, tínhamos 72 horas, dessas 72, neste momento temos 16

- uma das principais chama-se tempo, portanto o meu tempo que é uma coisa que muitas vezes não se consegue quantificar bem, o que é muito tempo ou pouco tempo, isto é como tudo na vida, mas é umas das principais dificuldades é o tempo

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autonomia

- Eu às vezes sinto dificuldade em admitir que possa ter alguma autonomia

- estes processos de liderança nós também deveríamos ter algum espaço de liberdade, algum espaço de autonomia para definir determinadas coisas e eu posso dar dois ou três exemplos, mas quando eu tenho tudo regulamentado, tudo decretado e tudo regulamentado, eu não tenho espaço para coisa nenhuma

- ter autonomia necessária que me permitisse ter algum staff de apoio, essa é outra dificuldade objectiva

- eu penso que o director devia entre outras coisas ,devia poder contratar os seus professores

- Várias vezes na nossa conversa, autonomia, onde é que está a autonomia, eu deixo sair 3 enormes professores e recebo 3 que eu não diria que são fraquinhos, mas que são médios, como diz uma colega da direcção, médios

- “ Portanto este modelo não serve, este modelo de colocar pessoas porque tem uma milésima a mais que o outro não serve. Tem que se procurar outro. Dirão alguns, há mas isso é uma utopia, não é verdade, há países no mundo onde isto existe e funciona

- parafraseando o futebol, a gíria futebolística, o director é o treinador mas não escolhe os seus jogadores, alguém põe lá os jogadores e depois diz agora sê campeão e portanto o ser campeão é ter sucesso, ter os seus alunos com sucesso. Quando o director não pode escolher os seus professores ele está dependente e esta é uma variável importantíssima que ele não controla

- nós temos autorizações para tudo. Autorização para o número de alunos, autorização para os cursos científicos, humanísticos, autorizações para os cursos vocacionais, para os cursos profissionais, nós estamos dependentes de autorizações para tudo, ora isto não é autonomia nenhuma

- O conceito de autonomia, para liderar é preciso haver autonomia, mas lidera-se quase sempre sem autonomia

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autonomia

- acho uma falácia, a autonomia na maneira como ela é expressa em geral

- é verdade que ela agora está plasmada na lei, mas há coisas, porque eu estou desde, como disse à bocadinho, desde 91 na que na gestão, há coisas que eu faço de igual forma, da mesma maneira e portanto não foram os vários decretos lei que foram sendo alterados

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Abertura

- O meu estilo é o mais aberto possível,

- ter uma mente aberta … essa abertura depois permite pôr em pratica processos de liderança

- claramente aberto, porque eu penso que quem lidera, neste caso um agrupamento como este, com cerca de 2000 alunos, cerca de 170 professores e cerca de 60 funcionários, tem que ter uma mente aberta

Acreditar

- o líder tem que fazer com que os outros acreditem naquilo que acha que é o rumo do seu agrupamento

- o levar a acreditar, a acreditar que é possível, ir à procura do sucesso, ir à procura dos resultados

- a ideia é vamos acreditar que é possível, não é ir buscar as pessoas é que os o a ideia é vamos acreditar que é possível outros venham comigo

- que uma das mensagens que eu passo sempre nos vários, quer no dia-a-dia, com todas as pessoas, quer nos vários órgãos onde presido ou não, eu acho que é um bocadinho o levar a acreditar

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Motivar

- A partir daí, porque quando há bocadinho falava na motivação, por exemplo, não me autorizarem o CEF de cabeleireira cria desmotivação, trata-se de fazer um esforço desgraçada para conseguir atingir aquele objectivo e agora dizem-me que não, temos de ir buscar energia adicional, motivação adicional para depois em teremos organizacionais, o que é que agora vamos fazer, vamos arranjar um vocacional equiparado

- num grupo que está desmotivado e aí compete ao director, isso é a liderança, aí compete ao director arrastar e este arrastar é no melhor sentido e entre aspas toda a sua equipa, no sentido do sucesso

- motivar, sempre as pessoas, trazendo-as, dando-lhes conta das dificuldades mas, ao mesmo tempo, dizendo-lhes que é possível

- quando nós temos um sistema educativo como ele está e eu considero que ele está completamente desculpe a expressão, esfragangalhado, está completamente fragmentado, nós temos os professores desanimados com a sua carreira, nós temos as escolas com poucas ou algumas com poucas condições de trabalho, nós temos poucos funcionários, nós temos pouco dinheiro e portanto o que é que podemos ter muito, motivação

- motivação é um dos aspectos fundamentais da liderança, porque nós, quer seja efectivamente assim, o que estamos a sentir no momento ou seja um bocadinho forçado, quem lidera tem que arrastar os outros positivamente, e tem que os levar até onde puder e esse é um dos papéis mais importantes que um director têm neste momento

- A motivação era feita em equipa e tinha como grande objectivo subir a motivação

- conceito de autonomia, para liderar é preciso haver autonomia, mas lidera-se quase sempre sem autonomia

Arrastar

- processo que é de liderança, é um processo que no fundo, não consigo qualificar objectivamente, não lhe sei dar um nome, mas é um bocado trazer comigo, trazer comigo, não será tanto assim, não é arrastar, não é ir buscar as pessoas é que os outros venham comigo

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Comunicação

- o director é não por definição, mas é por que está implícito no trabalho do director, o elo de ligação entre todas as estruturas que existem no agrupamento, portanto, o director é o presidente do CP, tem assento no CG, é digamos a voz da Escola no CG, a voz da Gestão no CG, é também presidente da secção de avaliação de desempenho portanto, é o director que faz a conexão, digamos assim, com os diversos sectores e áreas do agrupamento e portanto, isso, agrada-me, o ser um ponto de passagem entre as coisas, permite-me essa tal interacção de que eu falava há bocadinho

- que impliquem a interacção com as pessoas, aquelas que permitem o contacto directo com os colegas, com os funcionários, os alunos, os professores, os pais

- comunicação verbal, presencial é aquela que eu valorizo mais

- mas nós e os mecanismos que nós temos para fazer funcionar a comunicação num agrupamento são mais complexos e mais difíceis de implementar do que se existirmos numa escola só

- Promovo, regularmente reuniões das várias escolas, reuniões periódicas nas várias escolas com os coordenadores de estabelecimento

- desdobrando e-mails, através do Coordenadores de Departamento

- porque a comunicação é uma das coisas mais importantes no mundo actual

- A comunicação é sempre difícil, pô-la em prática e obter resultados imediatos de uma boa comunicação

Conhecimento

- Numa primeira análise é de liderança, que é perceber onde é que eu encaixo as minhas peças, conhecendo eu bem os meus professores, eu tenho conhecimento sobre o meu agrupamento, eu acho que isto é uma competência de liderança, o conhecimento, o saber o que eu tenho

- eu preciso de um conhecimento de quais são as origens dos meus professores em termos de formação inicial

- conhecimento dos professores, tenho que ter conhecimento profundo das minhas turmas, do tipo de alunos que tenho, para poder fazer este trabalho, que depois é de gestão

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Colaboração

- Colaboração seria uma forma importante de melhorar do desempenho das escolas, tanto essa competência eu não digo ao director porque, eu sou o mais possível contra decisões arbitrárias e portanto isso poderia, criar alguma situação de decisão arbitrária, simpatiza com aquele, não simpatizo com o outro, aquele é irmão do vizinho, isso é uma maneira o departamento proponha, o director levava ao CP para ratificar essa proposta e depois o CG decidiria e eu acho que havia nas escolas mais responsabilização

- colaborou, participou naquela decisão e portanto estão todos vinculados àquela decisão

- temos um agrupamento mais ou menos harmonioso que trabalha de uma forma mais ou menos cooperativa e colaborativa

Liderar

- liderar é pegar no processo e dizer o caminho que eu quero para o meu agrupamento é este e ele passa por isto e por aquilo e vamos lá então, então vamos construir isto

- a liderança aponta para o quê, o que é que quero fazer, em que é que eu quero transformar o meu agrupamento

- a ideia que o que eu quero, quais os grandes objectivos, as grandes metas

- eu defino determinados objectivos, determinadas metas, determinados sonhos até para o meu agrupamento

- é de pensar o meu agrupamento, qual é a missão, qual é o objectivo, qual é, o que é nós pretendemos para o nosso agrupamento

- uma competência de liderança que é como é que eu vou obter o sucesso

- o atento é no sentido, mais geral, ou seja, deve perceber onde é que eu está-me a faltar a expressão, onde é que encaixa as suas peças

- conceito de autonomia, para liderar é preciso haver autonomia, mas lidera-se quase sempre sem autonomia

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Constrangimentos

- processo é tão difuso que há alturas em que isto tudo se mistura

- competência de liderança que é como é que eu vou obter o sucesso e vou operacionaliza-la como uma competência de gestão, na distribuição de serviço, eu vou tentar operacionalizar isto, mas com este objectivo, a tal competência de gestão, que no fundo é promover o sucesso, trabalhar no sentido da promoção do sucesso dos alunos

- sob o ponto de vista da liderança a pessoa acaba por ser mais gestor do que líder, porque eu como gestor posso sempre, posso gerir e é o que faço o dia-a-dia que a tutela me impõe. Posso gerir, assim e não mais do que isso. Liderar é pegar no processo e dizer o caminho que eu quero para o meu agrupamento é este e ele passa por isto e por aquilo e vamos lá então, então vamos construir isto, essa construção é muito difícil com tantas limitações e com tantos constrangimentos.

- nós não podemos dizer sim, agora vou fazer uma coisa que é da gestão, agora vou tratar de uma que e da liderança as coisas estão tão ligadas embora elas sejam distintas, claramente são coisas diferentes, mas estão intimamente associadas

- liderança, em termos organizacionais, será a maneira de pôr isto em prática

- a liderança é uma coisa e gestão é outra mas no fundo são diferentes, mas cruzam-se e estão sempre e permanentemente a entrelaçar-se

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Constrangimentos

- um dia de director muitas vezes é curtificado dezenas de vezes com interpelações por parte deste colega, daquele outro, do funcionário, do pai do aluno e portanto isso faz parte de outra parte que não é organizada

- além do tempo é o poder ter um staff e não é um staff gigantesco, gigantesco, não para situações concretas, ter autonomia necessária que me permitisse ter algum staff de apoio, essa é outra dificuldade objectiva

- o director devia entre outras coisas ,devia poder contratar os seus professores.

- o sistema de colocação de professores é um sistema o mais centralista possível

- no dia-a-dia do director, somos confrontados com situações que nos são criadas por pessoas que não querem colaborar, não querem mesmo, e quando digo pessoas, não só professores

- pessoas que não estão motivadas, que não querem saber disto para nada e nem sequer querem saber dos alunos

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Avaliação do desempenho do Diretor

- concordo perfeitamente que seja o Conselho Geral

- mas penso que o C.G. deverá participar na avaliação do director claramente

- esta regulamentação tem pelo menos esse mérito de não ser uma coisa quase abstracta, quase feita no abstracto

- é fundamental a existência desta legislação

- não se fazer a avaliação do director numa aplicação informática, do nada, passo a expressão e sem fundamentação nenhuma, ser uma coisa meramente administrativa e meramente documental, foi o que aconteceu no processo anterior

- e portanto passar para o C.G. algumas dessas competências e nomeadamente esta, parece-me bem. No fundo, mesmo não conhecendo bem, se há os que conhecem é o CG, portanto nesse aspecto sim, concordo perfeitamente que seja o Conselho Geral.

- “todos os diretores eram avaliados pelas mesmas competências. Por exemplo, tornaria, dava mais equidade ao sistema

- Se calhar misto, por ventura com a participação de uma entidade nacional, mas só por exemplo na área da definição

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Elaboração do Instrumento de Avaliação

- para avalizar o trabalho do director pressupõe, maior envolvimento e empenhamento do CG, o que não acontece neste e nos outros

- os sete professores são verdadeiramente aqueles que podem aquilatar quando da definição das competências estarão mais próximo, poderão melhor perceber quis são as competências

- há informação que o director fornece, eu forneço tudo aquilo que me pedem e eu dou conta de tudo aquilo que é exigido pela lei e mesmo que não seja, no entanto isso é pouco, francamente pouco, se calhar o CG, como órgão terá dificuldade em definir e em aprovar competências, quer na área da liderança, quer na área da gestão.”

- o C. G. reúne 3 vezes por ano, e portanto a proximidade o que é que director fez, qual é o perfil dele, às vezes é difícil de definir

- Há aspectos, que eu acho, que devem ser definidos pelo poder central claramente, devem ser definidos pelo poder central e outros não e eu penso que essa compartimentação não está feita e o poder central acaba por definir praticamente tudo

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Problemas

- eu penso que aí são aspectos não da legislação, não é um aspecto negativo da legislação é talvez até da própria regulamentação do funcionamento das escolas e dos órgãos que a compõem, portanto, sinto que é difícil, embora o enquadramento da legislação pareça mais ou menos bem, é difícil depois operacionalizar, aí portanto é um aspecto negativo

- ” penso que necessita de ser um bocadinho afinada, porque há um órgão, que intervém na avaliação interna que é o C G que tem que adaptar o seu modo de trabalhar a esta legislação

- onde é que o CG vê o trabalho do director. O CG é composto por uma parte de pessoas que estão na escola, mas outras não estão, portanto, terá que ser, terá que ser na minha opinião um órgão mais interventivo no processo não só no processo da escola mas no processo de avaliação, implicitamente no processo de avaliação do director.

- para avalizar o trabalho do director pressupõe, maior envolvimento e empenhamento do CG, o que não acontece neste e nos outros

- fica muito aquém do que é desejável, a intervenção do CG na vida efectiva da escola.

- há aspectos, que eu acho, que devem ser definidos pelo poder central claramente, devem ser definidos pelo poder central e outros não e eu penso que essa compartimentação não está feita e o poder central acaba por definir praticamente tudo, mas há coisas que deveria definir e não define

- quando o director não pode escolher os seus professores ele está dependente e esta é uma variável importantíssima que ele não controla, e portanto eu acho que uma das maneiras até de se poder avaliar melhor desempenho do director

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ANEXO XI - Sistema Categorial da entrevista realizada ao Presidente do Conselho

geral do agrupamento

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ANEXO XI - Sistema Categorial da entrevista realizada ao Presidente

do Conselho geral do agrupamento D

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- sou professor de Educação Moral, Religiosa e Católica

Tempo de serviço

- docente há 32 anos

Cargos desempenhados

- ligado de alguma forma às primeiras listas dos conselhos gerais transitórios

- acompanhei todo este processo desde o início

- experiência de Conselho Geral

Balanço que faz do seu percurso

- acompanhei todo este processo desde o início

- deu-me alguma experiência de integração na comunidade

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Características pessoais

- diálogo e a flexibilidade no que diz respeito a estabelecer de alguma forma as tais pontes

- é o de criar relações humanas entre a comunidade educativa

- criar relações e de promover a coordenação das diversas tarefas penso que essencialmente é o papel que eu gosto, porque há um papel que tem muito a ver com a relação com o outro, muito a ver com a comunicação, com o trocar de experiencias, com o encontrar soluções

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Papel

- é um cargo de coordenação das diversas entidades que constituem o conselho este é o conselho geral como sabe é um órgão de direção, mas direção do ponto de vista estratégico

- um papel de coordenação de estabelecer pontes de criar diálogos inclusivamente entre as diversas partes de forma a consolidar-se e a concretizar-se um PE que se quer de alguma forma enriquecedor para todos os que o compõem, essencialmente para os nossos alunos

- cargo de coordenação

- papel de coordenação, de estabelecer pontes, de criar diálogos

- contribuir para que os processos mais operativos tenham condições para poder avançar

- papel que tem a ver com a comunicação, com o trocar de experiências, com o encontrar de soluções

- este papel tem a vantagem de criar relações humanas entre a comunidade educativa

- há esta esta ideia de que o presidente do C.G. é tão importante ou mais que o diretor, mas na prática, assim não é nem eu tenho essa visão

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Tarefas que mais lhe agradam

- criar relações e de promover

- a coordenação das diversas tarefas penso que essencialmente é o papel que eu gosto, porque há um papel que tem muito a ver com a relação com o outro, muito a ver com a comunicação, com o trocar de experiencias, com o encontrar soluções,

- é o de criar relações humanas entre a comunidade educativa

- criar relações e prover a coordenação das diversas tarefas

Eleição - a legislação estipula todos esses passos

- houve duas listas de professores

Formação - poderia haver uma formação no âmbito da formação

contínua não especializada

Problemas

- em termos de relação a tutela relaciona -se mais com os diretores do que com os presidentes dos conselhos gerais, parece que é um órgão secundário

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Órgão político

- é um órgão de direção do ponto de vista estratégico

- o objetivo é criar um órgão independente da direção ou de operacionalização

- vital e de grande importância da comunidade educativa

Atribuições

- Preocupa-se em estabelecer as linhas orientadoras para o PE das diversas escolas

- Consolidar e concretizar um PE de alguma forma enriquecedor para todos, essencialmente para os nossos alunos

- CG tem algum poder sobre o Diretor, porque o acompanha, avalia e pode demitir ou em termos de concurso escolher o diretor

- na pratica, não utiliza concretamente, a avaliação do diretor, a sua eleição ou acompanhamento é sempre feita, é da competência do CG.

- terá que haver aqui uma reflexão a nível poder ser feita ao nível local no sentido da própria comunidade também deve fazer-se tem de haver aqui uma partilha entre as diversas experiências de forma a tentarmos percebermos muito bem de que forma é que as competências do CG podem ser uma mais-valia

Problemas

- é um vazio de diálogo com a tutela

- deve ir um pouco mais além da sua função

- deve promover um espaço de reflexão sobre

- o papel deste órgão estratégico

- a passagem de competências das direcções regionais para o C.G., como as férias do diretor, a questão dos recursos, as questões disciplinares são situações administrativas que não caberiam a um C.G.

- ligação com o Conselho Pedagógico

- inibição de relação, entre aquilo que são as decisões da direção e aquilo que pode vir a ser as propostas do conselho

- a caminhada para a autonomia, que é aquilo que se pretende com a criação destes órgãos nem sempre se consegue…ainda estamos de uma forma geral muito agarrados a estas decisões da tutela

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Problemas

- há coisas que o próprio conselho é pouco eficaz e que o papel dele é muito secundário

- poucos são aqueles agrupamentos onde o C.G. tem sido uma mais-valia eficaz

- a vida de uma escola ou de um agrupamento se faz muito pela forma como o CG também consegue estabelecer e preparar o caminho para a concretização dos projetos e eu penso que isso ainda não está conseguido

- o problema é que muitas destas competências depois não tem uma eficácia, a operacionalização não passa pelo CG, até podemos não concordar e emitir recomendações, mas não passam disso, quando elas se esbatem com imposições, do próprio currículo, do funcionamento das escolas que não passa pelo C,G

- também esta regulação em termos do papel que são estratégias e as linhas orientadoras emanadas e que se deveria querer enfim do PE e a autonomia de um agrupamento passa e do projeto, passa pelo CG, mas depois na prática ele não acontece, porque efetivamente existe um conjunto de procedimentos e decisões ao nível da tutela que ignoram pura e simplesmente aquilo que o CG efetivamente diz

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Normativos legais

- o decreto lei nº 75/2008 e nº 137 de 2012 estão a fazer o seu papel

- o próprio conselho que acompanha e muito bem porque nomeia todo o trabalho do diretor e nessa área eu penso que os dois diplomas estão a fazer o seu papel, isto é, esta questão é fundamental, agora não há dúvida se o próprio CG que nomeia o diretor, que conhece o diretor e que se estabelece e lhe pede contas na prática, inclusivamente o pode demitir justificadamente, depois não há duvida que é o próprio diretor sentindo que deve também dar contas ao CG, depois existe aqui algumas ambiguidades ou contradições ambiguidades ou contradições as decisões do CG.

- podíamos tocar vários aspetos, mas como eu digo há aqui algumas reflexões, que teremos ainda que fazer

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Órgãos da tutela

- existe um conjunto de procedimentos e decisões ao nível da tutela que ignoram pura e simplesmente aquilo que o C.G. diz

- estamos muito agarrados a estas decisões da tutela

- a avaliação externa que é feita pelos próprios em termos de exercício das funções, de acordo com as indicações da tutela, da inspeção e essas são mais, enfim levadas a sério, do que propriamente, aquilo que o CG diz

- na pratica, não utiliza concretamente, a avaliação do diretor, a sua eleição ou acompanhamento é sempre feita, é da competência do CG, mas depois na prática

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Características

- ele é sempre o último responsável

- ele tem uma visão da tal gestão e liderança que é muito interessante e que consegue estabelecer as tais pontes. a posição do diretor nem sempre é fácil

- o papel do diretor, sem dúvida é de super-homem. Ele efetivamente tem de delegar funções sem dúvida, mas ele é sempre o último responsável

- ele desenvolve um conjunto de competências de gestão até de liderança e que efetivamente quando qualquer assunto de escola tem de ser tratado é com o diretor

- ele tem uma visão da tal gestão e liderança que é muito interessante e que consegue estabelecer as tais pontes.

- ele é uma pessoa pela sua função e pelas suas competências, tem um conhecimento adquirido ao longo destes anos e pela formação também, que permite possivelmente nesta área um conjuntos de respostas mais eficaz do que propriamente a minha.

- única pessoa que quem ele responde é à tutela e não ao CG, muito apesar de ser eleito por ele

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Autonomia

- os Projetos Educativos têm esse principal desafio que é encontrar um perfil que consiga caracterizar aquilo que se pretende para os seus educandos numa determinada comunidade educativa

- ainda apesar de se falar em autonomia penso que ela ainda é muito relativa

- os PE ainda podem ser um bom veiculo, em termos de escola pública para a construção dessa verdadeira autonomia

- também esta regulação em termos do papel que são estratégias e as linhas orientadoras emanadas e que se deveria querer enfim do PE e a autonomia de um agrupamento passa e do projeto, passa pelo CG, mas depois na prática ele não acontece, porque efetivamente existe um conjunto de procedimentos e decisões ao nível da tutela que ignoram pura e simplesmente aquilo

- A caminhada para a autonomia, que é aquilo que se pretende com a criação destes órgãos, nem sempre se consegue porque …ainda estamos de uma forma geral muito agarrados a estas decisões da tutela,

- questões de gestão a não se falar em autonomia, porque estamos efetivamente dependentes daquele articulado dizem naquilo que dizem respeito às decisões da tutela e aí para o diretor é muito difícil

- ainda apesar de se falar em autonomia penso que ela ainda é muito relativa. Eu penso que os PE ainda podem ser um bom veículo, em termos de escola pública para a construção dessa verdadeira autonomia

Conflito de interesses

- conflito de interesses, que o próprio diretor se encontra aqui, ou ouve o CG, ou ouve a direção da tutela através da inspeção e dos seus órgãos

Problemas

- o conjunto de competências que lhe são atribuídas são de tal forma exigentes que ele acaba por ser em si o centro de todo o processo de gestão do agrupamento

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Eficácia

- operacionalização

- ele tem que ser do ponto de vista operacional eficaz

- a questão da distribuição de serviço

- na prática o conjunto de competências que lhe são atribuídas são de tal forma exigentes que ele acaba por ser em si o centro de todo o processo de gestão do agrupamento.

Recurso - a questão dos recursos e das necessidades que vão

surgindo do próprio património

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Reconhecimento - o diretor tem de ser líder reconhecido por todos não só

pela sua eficácia

Partilha

- o líder tem de ter um pouco essa capacidade de criar as tais pontes, os sentidos de relação e de e partilha dessas mesmas a questão da delegação de funções,

- questão da partilha da responsabilidade ou de gestão deve ser de acordo com as tais linhas de orientação que são reconhecidas por todos e que são perfeitamente assumidas

- o líder conta com outros colaboradores que podem com ele criar aqui, uma comunidade eficaz de decisão e de que se vai refletir no bem-estar e ao fim e ao cabo na consecução dos objetivos do PE

Delegação de funções

- o líder tem de ter um pouco essa capacidade de criar as tais pontes, os sentidos de relação e de e partilha dessas mesmas a questão da delegação de funções,

Mobilização

- o líder tem esse caminho, tem a ver como a forma como cada uma das pessoas nas suas funções assumem o PE do agrupamento e eu como PCG ponho sempre o acento tónico no PE, acho que é aquilo que mobiliza a comunidade educativa local.

Empatia

- a forma como, efetivamente, o diretor consegue estabelecer empatia com os docentes, com os encarregados de educação, com todos os membros da comunidade educativa

Decisão

- passa por uma decisão assertiva

- Sem nunca deixar de ouvir as partes senão vai ficar sozinho em todo este processo

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Constrangimentos

- ainda não consegui fazer uma repartição naquilo que é entendido como liderança e gestão, mas de qualquer forma acho que ainda há aqui algum caminho a fazer

- dificuldade em elencar as competências

- gostaria de ter mais tempo para refletir sobre este articulado

- o processo ainda está a decorrer, portanto isso agora enfim essa questão como final deste tempo letivo… ainda não foi possível o grupo colocar pelo menos todas estas dificuldades sentidas

- é que as duas se vão conjugar na prática, mas essencialmente a nossa preocupação é como é que se pode fazer, operacionalizar aquelas que são as grandes linhas, as metas e a grande visão do PE

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Avaliação do desempenho do Diretor

- quando saiu o 266, o nosso diretor que já estava eleito

- aquela questão da carta, temos que fazer um reajustamento, não só dos indicadores, como inclusivamente, da calendarização do próprio processo adequando-o a esta realidade, agora estamos nesta fase, e portanto, sendo ainda um diploma que na prática todos nós ainda estamos muito a absorvê-la

- em Setembro/Outubro, vamos estabelecer alguns procedimentos para adequar aquilo que é a apresentação do relatório de autoavaliação de desempenho do diretor,

- até aqui o próprio diretor era ouvido sempre no início do ano e nos finais dos processos que coincidiam com os anos letivos.

- nós temos o PE como uma referência e essa proposta daquilo que se quer para o agrupamento, essencialmente passa por aí

- temos que fazer um reajustamento, não só dos indicadores, como inclusivamente, da calendarização do próprio processo adequando-o a esta realidade

- não há duvida, de que se nós acompanhamos, elegemos e acompanhamos o projeto de intervenção do diretor é importante que o CG emita opinião, em termos de avaliação do desempenho do próprio

- devia estar presente toda a equipa que o acompanha

- o diretor era ouvido sempre no início do ano e nos finais dos processos que coincidiam com os anos letivos. Durante o ano letivo fazia-se um breve síntese do desempenho do diretor e como o diretor está presente em todas as sessões do CG nós e os membros do CG temos uma perceção de todo que o trabalho do diretor

- são indicadores que na prática ao longo destes anos serviram para ir avaliando o próprio projeto educativo que foi apresentado e o projeto de intervenção que foi apresentado pelo diretor

- ainda apesar de se falar em autonomia penso que ela ainda é muito relativa. Eu penso que os PE ainda podem ser um bom veículo, em termos de escola pública para a construção dessa verdadeira autonomia

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Subcategorias Passagens Significativas E

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Elaboração do Instrumento de Avaliação

- já houve reajustamentos, devido ao contexto, agora nesta fase vamos ter que olhar para esta avaliação, de acordo com o diploma

- dai que ainda estamos nesta fase de criar os tais instrumentos, portanto o CG nesta fase ainda não estabeleceu os indicadores com os quais vai avaliar o diretor

- Nós temos o PE como uma referência e essa proposta daquilo que se quer para o agrupamento

- são as linhas do PE e das orientações aqui estabelecidas, como é que na prática o diretor está a implementar e o CP e todos esses mecanismos

- proposta de intervenção que serviu de base à eleição do diretor é o tal instrumento que nós temos vindo a acompanhar e sobre o qual vamos pedindo contas, quer do desenvolvimento e o próprio diretor tem tido o cuidado sempre, sempre que é oportuno, de falar sobre as fases de execução,

- um dos principais critérios que deve estar presente tem a ver com o grau de execução do próprio PE do agrupamento

- ver a questão do instrumento em si até pode ser a nível nacional, mas não há dúvida que acho que essas questões muito a nível local que se nós queremos apostar na tal autonomia terá que ser

- vamos ter que olhar para esta avaliação, de acordo com o diploma e dai que ainda estamos nesta fase de criar os tais instrumentos, portanto o CG nesta fase ainda não estabeleceu os indicadores com os quais vai avaliar o diretor

- um dos principais critérios que deve estar presente tem a ver com o grau de execução do próprio PE do agrupamento, é esse eu penso que o CG essencialmente, deve pedir contas nesta matéria

- nós gostaríamos de alguma forma, que sem dúvida que o critério, essencialmente a reflexão do processo de avaliação do diretor, tenha sempre presente um processo de execução do PE, do plano de atividades, essa é uma parte que consideramos essencial, porque é isso que dá efetivamente, a tal identidade ao agrupamento

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Subcategorias Passagens Significativas E

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Elaboração do Instrumento de Avaliação

- a carta, o projeto ou proposta de intervenção que serviu de base à eleição do diretor é o tal instrumento que nós temos vindo a acompanhar e sobre o qual vamos pedindo contas

- alguns desses indicadores como que são a forma de resolução de dificuldades/problemas e a forma como é que que o Diretor as resolveu, o grau de execução do próprio projeto de intervenção, a forma como ele de alguma forma alterou ou reequacionou o seu projeto de acordo, com as dificuldades ou com as alterações que foram ocorrendo ao longo destes dois últimos anos

- a questão do instrumento em si até pode ser a nível nacional,

- a questão da equidade fica garantida, porque nós estamos a trabalhar com indicadores diferentes e que possivelmente aí podia ser uma vantagem, indicadores iguais para todos

- seria propor mesmo, efetivamente um grupo de trabalho, uma comissão própria para preparar essas linhas de forma a apresenta-lo ao CG e serem aprovadas

- por outro lado deixa aqui algum espaço que permitisse ao conselho local ou ao conselho encontrar alguma especificidade da própria comunidade

- noto muitas vezes que em alguns assuntos no CG, quem intervém são efetivamente os professores

129

ANEXO XII - Códigos das categorias e subcategorias da análise de conteúdo

realizada ao Diretor

130

ANEXO XII - Códigos das categorias e subcategorias da análise de

conteúdo realizada ao Diretor

Categorias Subcategorias Códigos

Papel do Diretor

Características pessoais PC

Papel PPA

Tarefas que mais lhe agradam PT

Eleição PE

Formação PF

Problemas PPR

Recomendações PRC

Regulação PRG

Responsabilidades

Comunidade educativa RC

Filosofia / visão de escola RF

Missão RM

Prestação de contas RP

Papel da tutela

Normativos legais PN

Órgãos da tutela PO

Comunicação PCM

Papel do Conselho Geral

Características PCR

Problemas PR

Gestão

Delegação GD

Supervisão GS

Responsabilidade GR

Gestão de conflitos GG

Organizacional GO

Tempo GT

Constrangimentos GC

autonomia GA

Liderança

Abertura LAB

Acreditar LAC

Motivar LM

Arrastar LA

Comunicação LCM

Conhecimento LCN

Colaboração LCL

Liderar LL

Constrangimentos LC

Portaria nº 266/2012 de 30 de

agosto

Avaliação do desempenho do Diretor PA

Elaboração do Instrumento de Avaliação

PE

Problemas PP

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ANEXO XIII – Códigos das categorias e subcategorias da análise de conteúdo à

entrevista realizada ao Presidente do Conselho Geral

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Anexo XIII – Códigos das categorias e subcategorias da análise de

conteúdo à entrevista realizada ao Presidente do Conselho Geral

Categorias Subcategorias Código Papel do Presidente do Conselho

Geral Características pessoais PC Papel PP

Papel do Presidente do Conselho Geral

Tarefas que mais lhe agradam PT Eleição PE Formação PF Problemas PPR

Responsabilidades do Conselho Geral

Órgão político RO Atribuições RA Problemas RP

Papel da tutela Normativos legais PN

Órgãos da tutela PO

Papel do Diretor

Características PDC

Autonomia PDA

Conflito de interesses PDI

Problemas PDP

Gestão Eficácia GE

Recurso GRC

Liderança

Reconhecimento LR

Partilha LP

Delegação de funções LDF

Mobilização LM

Empatia LE

Decisão LDC

Constrangimentos LC

Portaria nº 266/2012 de 30 de agosto

Avaliação do desempenho do Diretor PA

Elaboração do Instrumento de Avaliação PI

133

ANEXO XIV – Análise do Projeto Educativo

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ANEXO XIV – Análise do Projeto Educativo

Áreas

Problemáticas Objetivos

Ações a

desenvolver Avaliação

Alunos Reduzir o insucesso escolar e o abandono

escolar 22

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Professores

Melhoria da qualidade da ação educativa 6

Planeamento 2

Articulação e organização curricular 1

Formação Comunidade Educativa 11

Comunidade

Educativa e

abertura para o

exterior

Fraca participação dos alunos em

atividades extracurriculares 1

Fraco envolvimento dos Encarregados de

Educação 7

Espaços e

Equipamentos

Deterioração de alguns espaços interiores

e exteriores 5

Insuficiência do espaço e dos recursos

humanos e materiais da Be/Cre para as

necessidades da Escola Secundária

4

Autoavaliação Desenvolvimento de procedimentos de

autoavaliação adequados 1

135

ANEXO XV – Instrumento de apreciação do projeto intervenção do diretor

136

ANEXO XV – Instrumento de apreciação do projeto intervenção do

diretor

Objetivo: Análise de projeto de intervenção de diretor

Instituição: Agrupamento de Escolas de Período: 2011 -2015

Projeto de Intervenção apresenta Descritivo

1. Nº de páginas do documento 37

2. Introdução Não

3. Caracterização do Agrupamento

Existe uma breve caraterização do agrupamento com o título de contexto.

Identifica a área de influência do Agrupamento de Escolas, o tipo de realidades socioeconómica da população escolar, a existência de alunos oriundos dos Palops, Brasil e países de Leste. Em seguida enumera o tipo de escolas existentes no agrupamento

3.1. Caracterização do meio Diversidade de realidades socioeconómica da população escolar.

4. Identificação de problemas

Sucesso educativo: 20

Organizacional: 16

Administrativa e Financeira: 4

5. Definição de objetivos Sim, são definidos os objetivos que presidem ao plano de ação.

6. Estratégias

Sim, mas são mais definidas como compromissos;

Em que objetivos e estratégias se fundem.

Sucesso educativo: 20

Organizacional: 16

Administrativa e Financeira: 4

7. Programação de atividades Sim, calendário muito completo com planificação dos compromissos assumidos.

8. Disposições finais Sim, na perspetiva da Gestão Financeira e na manutenção das boas práticas.

9. Linhas mestras A autoavaliação é a principal linha mestra.

9. Observações:

Prevê mecanismos de avaliação do projeto a partir dos compromissos assumidos.

Plano bem organizado e bem redigido.

Apresenta referências bibliográficas.