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A política de desenvolvimento sustentável com inclusão so-cial adotada pelo prefeito Washington Quaquá mudou o cenário econômico de Maricá e trouxe inúmeros avanços sociais para seus mais de 146 mil habitantes. A cidade ganhou até uma moeda pró-pria para as ações de economia solidária: a Mumbuca. A moeda social só pode ser utilizada no pequeno comércio local e injeta mensalmente quase R$ 1,5 milhão na economia.

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Page 2: 266 / Outubro

Somos especialistas em soluções completas para programas sociaise projetos governamentais. Um bom exemplo é a distribuição de milhões de livros didáticos para as escolas públicas. Por isso, Gestor Público, para gerenciar operações de suporte administrativo, controle de estoques, entrega de pedidos e muito mais, conte com nossa experiência.

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Somos especialistas em soluções completas para programas sociaise projetos governamentais. Um bom exemplo é a distribuição de milhões de livros didáticos para as escolas públicas. Por isso, Gestor Público, para gerenciar operações de suporte administrativo, controle de estoques, entrega de pedidos e muito mais, conte com nossa experiência.

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Leitor

A política de desenvolvimento sustentável com inclusão social, qualificação e distribuição de renda adotada pelo prefeito Washington Quaquá, mudou o cenário econômico de Maricá e trouxe inúmeros avanços sociais para os mais de 146 mil habitantes da cidade.

Tarifa zero no transporte público, projetos de mobili-dade urbana, incentivo à formação profissional, ampliação da rede de escolas de tempo integral e a implantação dos Campus de Educação Pública Transformadora (CEPT) são apenas algumas das iniciativas bem sucedidas que estão revolucionando a gestão municipal.

A cidade ganhou até uma moeda própria específica para as ações de economia solidária: a Mumbuca (referên-cia ao rio que corta o município). A moeda social só pode ser utilizada no pequeno comércio local credenciado ao programa e injeta mensalmente quase R$ 1,5 milhão na economia.

Além de poder comprar alimentos usando o cartão, o morador de Maricá não precisa pagar para se deslocar até os pontos de venda, graças ao sistema de tarifa zero no transporte coletivo. “A Tarifa Zero é o resgate do direito à mobilidade, um investimento como a Saúde e a Educação”, ressalta o prefeito.

A Educação Infantil também registra importantes avanços: a cidade, que até pouco tempo não contava com nenhuma creche pública, hoje possui sete creches e doze escolas de educação infantil, com 3 mil alunos, sendo 1.092 em horário integral

A formação profissional dos jovens é outro pilar es-tratégico da política social do governo. O Instituto Feder-al Fluminense está construindo um campus avançado na cidade e o SENAI ministrando cursos técnicos de qualifi-cação em dezenas de atividades.

“Agora, o filho do trabalhador pode sonhar com um mundo no qual também se beneficie dos resultados do seu trabalho”, afirma Washington Quaquá.

Desenvolvimento com inclusão social

O Editor

&EstadosMunicípios

Editor GeralGuilherme Gomes - SJP-DF 1457

JurídicoEdson Pereira Neves

Diretora ComercialCarla Alessandra dos S. Ferreira

Conselho EditorialClovis Souza / Gerson Matos

Mauricio Cardoso / Rangel Cavalcante Renato Riella / Gerson de Castro / Getúlio Cruz

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DiagramaçãoAndré Augusto Dias

Agências de NotíciasBrasil / Senado / Câmara

Petrobras / Sebrae / USP / FAPESP

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Região NorteMeio & Mídia Comunicação Ltda

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Sua revista de gestão, política e empreendedorismo

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CAPA

A política de desenvolvimento sustentável com inclusão so-cial adotada pelo prefeito Washington Quaquá mudou o cenário econômico de Maricá e trouxe inúmeros avanços sociais para seus mais de 146 mil habitantes. A cidade ganhou até uma moeda pró-pria para as ações de economia solidária: a Mumbuca. A moeda social só pode ser utilizada no pequeno comércio local e injeta mensalmente quase R$ 1,5 milhão na economia.

28 | DIRETO DE BRASÍLIA Renato Riella

42 | MÍDIA Pedro Abelha

56 | CASOS & CAUSOS Rangel Cavalcante

índiceEdição 266 - Outubro / 2015

colu

nas

11 PolíticaRede questiona normas de desfi liação partidária 11Supremo condena “contrabando legislativo” 12Presidenta volta a condenar “golpismo” 13

14 NacionalIlha de investimentos no setor elétrico nacional 14Debênture padronizada de infraestrutura 15Violência no campo 16

17 EducaçãoGoverno de Sergipe prioriza educação 17

18 EstadosMinas incentiva coleta seletiva nos municípios 18Bahia busca parceria para energia solar e eólica 19Piauí se destaca na exploração de gás natural 20

22 MunicípiosTribunal de Contas recomenda corte de gastos 22Sorocaba é exemplo de aprendizagem do mundo 23Garanhuns é excelência em projetos culturais 24Gestão de aeroportos por estados e municípios 25

30 SaúdeAumenta o número de doadores de órgãos 30Compromisso de defender o SUS 31

32 GestãoOrçamentos públicos irreais 32

34 EconomiaPetrobras - 62 anos 34

38 ComunicaçõesRádios comunitárias para mais de 700 cidades 38

39 SocialBoas práticas de inclusão 39

44 Meio AmbienteBrasil quer santuário de baleias do Atlântico Sul 44Emissões de gases por desmatamento 45

46 SustentabilidadeProdução de água em áreas críticas 46

48 Câmaras & AssembleiasAumento do IPTU no Distrito Federal 48Comissão das águas pede ajuda 49

50 AgriculturaProdução agropecuária é de R$ 481,4 bilhões 50

51 Certifi caçãoMais praias e lagoas com certifi cação ambiental 51

52 TurismoViaje no tempo em Pirenópolis 52

58 Artigo A arte de contratar empregados 58

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Democracia e inclusão social

Não são poucos os avanços sociais percebidos pelos 146,5 mil habitantes (segundo o IBGE) do município de Maricá - no Leste Fluminense -

nos últimos seis anos. A implementação de uma política consistente de desenvol-vimento sustentável com inclusão social, qualifi cação e distribuição de renda coor-denada pelo prefeito Washington Qua-quá mudou o cenário sócio econômico do município, cuja grande maioria de morado-res recebe entre um e três salários mínimos

em média. Entre as várias iniciativas im-

plantadas, a principal é a Moeda Social Mumbuca, a primeira do tipo no país a utilizar cartão de débito. Lançado em 2013, o proje-to, exemplo de economia solidária e aplicação responsável dos royal-

Fotos: Fernando Silva

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Democracia e inclusão social

ties do petróleo, beneficia 15 mil famílias, com créditos mensais de 85 Mumbucas (R$ 85. O nome é alusão ao rio que corta a cidade). Tais créditos devem ser gastos, obrigatoriamente, no pequeno co-mércio local – credenciado no pro-grama. Auditado e seguro, o sistema garante injeção mensal de quase R$ 1,5 milhão na economia.

O projeto, bem sucedido, foi selecionado pelo exigente júri técnico do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como um dos cinco finalistas do Prêmio Governarte, edição de 2014, que elege as melhores iniciativas de in-clusão social com tecnologia digital da América Latina. Maricá disputou o prêmio com projetos da Colôm-bia, Guatemala e Costa Rica.

O desenvolvimento do pro-grama – que vai completar dois anos em dezembro – atraiu, ainda, o interesse de outros países: dele-gações da Tanzânia e Nicarágua estiveram em Maricá apenas para avaliar como poderiam implantar o sistema em seus países.

Entre os beneficiados pela Mumbuca estão os índios guara-nis da aldeia Tekoa Kaaguy Hovy

Porã (Mata Verde Bonita, em lín-gua indígena), instalados no mu-nicípio. Os indígenas receberam não só a moeda social, como es-tão tendo acesso a educação (com professores bilíngues), saúde e ou-tros direitos básicos, sendo inte-grados à comunidade sem a perda de sua essência cultural.

Tarifa Zero

Além de poder comprar ali-mentos usando o cartão, o mora-dor de Maricá não precisa pagar para se deslocar até os pontos de venda. Desde setembro de 2014, a prefeitura implantou o sistema de tarifa zero na cidade, um mo-delo que já figura no debate na-cional sobre mobilidade urbana.

Com uma frota de 13 ve-ículos, os vermelhinhos (como são conhecidos os ônibus da

Empresa Pública de Transportes) já levaram quase dois milhões de passageiros desde o início da ope-ração, que é realizada 24 horas, sete dias por semana, em várias linhas de interesse social.

“A Tarifa Zero é o resgate do direito à mobilidade, um investi-mento como a Saúde e a Educa-ção. Continuaremos consolidan-do o transporte público gratuito com novas linhas até que casse-mos todas as concessões destas empresas que prestam um pés-simo serviço ao povo”, afirma o prefeito, referindo-se à pressão das concessionárias pela suspen-são das operações da EPT.

Justamente por isso, a Prefei-tura incorporou à frota, recente-mente, mais dez veículos, micro--ônibus que vão rodar em bairros nunca atendidos por qualquer tipo de transporte público.

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O resgate do direito à mobi-lidade também é estendido aos estudantes universitários: a pre-feitura distribuiu cerca de 2.200 cartões do Bilhete Único Univer-sitário. Carregados mensalmente com créditos pelo município, o BU permite a alunos de universi-dades e de cursos técnicos fora da cidade o deslocamento totalmen-te gratuito no período de aulas.

Formação

A formação profissional dos jovens é outro pilar estratégico da política social do governo. De olho nas oportunidades que surgirão na cidade por conta de grandes proje-tos – como o Terminal Ponta Negra, o futuro porto de Jaconé – a Prefei-tura agiu em duas frentes.

Na primeira, estabeleceu uma parceria com o Instituto Fe-deral Fluminense (IFF) para a construção de um campus na ci-dade. A área de 42 mil m² recebe-rá sete prédios de dois pavimen-tos, sendo um para laboratórios, e 20 salas de aula. Quando esti-ver em funcionamento, atenderá 1.400 alunos em dois turnos.

“É uma escola com um papel de libertação. Com ela o filho do trabalhador pode sonhar com um mundo no qual também se benefi-cie dos resultados do seu trabalho”, analisa o prefeito, que vai investir R$ 10 milhões na construção. Em paralelo, o município conseguiu para o IFF uma sede provisória na cidade, onde já são atendidos qua-se 300 alunos em cursos voltados à área de construção civil.

A Educação Infantil também registra importantes avanços: até 2009, a cidade não contava com nenhuma creche pública e atu-almente já são sete. Nessa fase a cidade conta com doze unidades em sua rede, com 3 mil alunos, sendo 1.092 em horário integral.

Todas as crianças com idades en-tre 4 e 5 anos estão matriculadas na rede municipal.

O modelo não para por aí: o prefeito anunciou a implan-tação dos Campus de Educação Pública Transformadora (CEPT), centros com 10 escolas e 400 alunos em cada uma, em tem-po integral, instalados em áreas de 30 a 40 mil metros quadra-dos. As estruturas contarão ain-da com teatro, piscina semio-límpica, ginásio poliesportivo, academia de ginástica, labo-ratórios de ciência, oficinas de arte e trabalhos manuais, hortas e pomares comunitários, salas de música e de cinema, entre outras opções.

“Vamos ter uma pedagogia democrática, com eleição de conselhos populares de escola e congresso anual com metas e regras definidas por todos”, descreve Washington Quaquá, acrescentando que os CETPs es-tarão abertos à comunidades nos fins de semana.

Na outra frente, o município contratou o Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria (Se-nai), com um investimento de R$ 2,5 milhões para oferecer cursos técnicos de qualificação voltados para dezenas de atividades, desde construção civil a atividades por-tuárias e de petróleo. Em três po-los diferentes na cidade (Inoã, Itai-puaçu e Centro), cerca de 1.600 alunos já passaram por salas de aula e por laboratórios equipa-dos, em 16 cursos especializados, como o de soldador de aço-car-bono e operação de logística por-tuária, por exemplo.

Educação integral

O investimento na Educação vem, também, da base. Por deci-são do prefeito, o município vem ampliando a rede de escolas de tempo integral. Hoje o Programa Municipal de Educação em Tem-po Integral (Prometi) já totaliza pelo menos 15 unidades partici-pantes.

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Moradia

Marco histórico para Mari-cá, a visita da presidente Dilma Rousseff no fim de julho igual-mente explicitou outro pilar de política social afirmativa do go-verno. A presidente entregou as 3 mil unidades de dois condomí-nios do programa federal Minha Casa Minha Vida, erguidos pela Prefeitura em Inoã e Itaipuaçu. O aspecto inovador nesse caso está na atuação do governo em ambos os locais.

Além de incluir no projeto importantes equipamentos pú-blicos – escolas, creches, Cen-tro de Referência e Assistência Social (Cras, rede com oito unidades e em expansão tam-bém em outros bairros, respon-sável por quase 18 mil aten-dimentos no ano passado) e postos da guarda municipal – a prefeitura atua junto aos mora-dores na organização coletiva e democrática dos condomí-nios, na eleição dos síndicos e está implantando programas de

educação pelo esporte, além de centros de qualificação pro-fissional e de outras atividades.

“Vamos ter cinco cen-tros sociais nesses locais, com espaços para festas, campinhos e outras coisas. Vamos incluir também”, prosseguiu, “várias academias da Terceira Idade. Assim os idosos poderão se exercitar e manter a saúde”, acrescenta o prefeito, referin-do-se a outro projeto social de destaque no município, as Ca-sas do Idoso Mais Feliz.

Prefeito Quaquá, presidenta Dilma e deputada Zeidan na entrega de 3 mil unidades do Minha Casa Minha Vida

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Socioambiental

Referência em atendimento e reinserção de idosos, a Casa do Idoso Mais Feliz de Maricá oferece gratuitamente dezenas de atividades esportivas (natação, hidroginástica, tai-chi-chuan, alongamento), cul-turais (artesanato, teatro, música, canto, dança criativa, dança de sa-lão, dança cigana, dança sênior) e sociais (cursos, palestras, estéti-ca, passeios, apresentações, con-fraternizações). Ao todo, 5.100 idosos estão cadastrados no pro-grama. No município, há quatro unidades, além de seis núcleos distribuídos em bairros.

Como o desenvolvimento sustentável não existe sem edu-cação ambiental, o município inclui em suas ações sociais permanentes um programa am-bicioso de replantio de árvores nativas da Mata Atlântica, in-cluindo jacarandá, ipês e ou-tras espécies nobres.

Com quase nove mil mudas já plantadas, o pro-grama incluiu fases em escolas, com crianças da rede pública, e agora contempla a distribuição bairro a bairro. Paralelamente, os técnicos da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente também pesquisam o plantio em larga escala nos leitos de rios que protegem nascentes nas montanhas próximas à cidade. Ma-ricá é reconhecida por ser uma das localidades com maior área de pro-teção ambiental municipal do esta-do. Boa parte estabelecida de 2009 para cá. •

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Rede questiona normas de desfiliação partidária

A Rede Sustentabilidade ajui-zou uma Ação Direta de Inconsti-tucionalidade no Supremo Tribu-nal Federal (STF) questionando o dispositivo da Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) introduzido pela Lei 13.165/2015 (minirrefor-ma eleitoral), que estabelece as hipóteses de justa causa para a desfiliação partidária.

De acordo com a legenda, a criação de novo partido político deve ser hipótese de justa causa para desfiliação, já que “as nor-mas que expressem limitações à liberdade de criação partidária violam a Constituição Federal”

O partido alega que até a edi-ção da minirreforma eleitoral não havia controvérsia jurídica quanto ao tema. Sustenta que a Resolu-ção 22.610/2007, do Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE), disciplinava a matéria em debate e era a nor-ma vigente quando do registro do estatuto do novo partido no TSE.

“Para que, após criado, pos-sa funcionar adequadamente e cumprir a sua finalidade estatutá-ria, é fundamental que atraia o maior número possível de filiações, inclu-sive de parla-mentares e l e i t o s , filiados

a partidos políticos já existentes, que simpatizem com a inspiração daquela nova agremiação, dese-jando fazer parte dos seus qua-dros”, diz.

Inviável Além disso, o partido susten-

ta que a norma vai de encontro ao entendimento do STF no julga-mento da ADI 4430, sobre o sis-tema de distribuição do tempo de propaganda eleitoral gratuita.

De acordo com o partido, na ocasião do julgamento, a Corte afirmou ser inconstitucional qual-

quer interpretação que prive o novo partido político de receber detentores de mandatos eletivos legitimamente em seus quadros, respeitando-se o prazo de 30 dias contados do registro do estatuto no TSE, sob pena de violar o prin-cípio da livre criação de partidos políticos, do pluralismo e do prin-cípio democrático.

Na ADI, o partido salienta também que a norma em deba-te pode inviabilizar o funciona-mento dos partidos novos, tornar impossível a sua organização e funcionamento, e reduzir o plura-lismo político. •

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Supremo condena “contrabando legislativo”

O Supremo Tribunal Fe-deral (STF) considerou incons-titucionais as manobras par-lamentares conhecidas como “contrabando legislativo”, que consiste na inclusão de emen-das que não têm relação com o assunto do texto original em medidas provisórias enviadas ao Congresso Nacional pela Presidência da República.

O entendimento passa a va-ler a partir de agora e não afeta as medidas que foram convertidas em lei com base no procedimento proibido pelo Supremo. A maioria dos ministros seguiu o voto da re-latora, Rosa Weber.

Para a ministra, as emendas de parlamenta-res são válidas somente para restringir, adequar ou adaptar assuntos referen-tes do tema principal da MP, mas não podem des-configurar o texto original.

“O que tem sido chamado de contra-bando legislativo, pela introdução de matéria estranha à medida provisória submetida à conversão, não denota uma mera inobservância de forma e sim procedimento marcadamen-te antidemocrático, na medida em que, intencionalmente ou

não, subtrai do debate público e do ambiente deliberativo pró-prio ao rito ordinário dos tra-balhos legislativos a discussão sobre normas que irão regular a vida em sociedade” ressaltou a ministra em seu voto.

Caso julgado O Supremo julgou a vali-

dade da Medida Provisória (MP) 472/2009, a partir de um questio-namento da Confederação Nacio-nal das Profissões Liberais (CNPL). A referida medida provisória ex-tinguiu a profissão de técnico em contabilidade, mas também trata-va de vários assuntos, como o pro-grama Minha Casa, Minha Vida.

Apesar de entender que o procedimento adotado na conver-são da medida em lei foi ilegal, os ministros validaram a norma por não ser possível anular as delibe-rações que ocorreram antes da de-cisão da Corte. •

“Emendas de parlamentares não podem desfigurar o texto original”

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P o l í t i c a

Presidenta volta a condenar “golpismo”

A presidenta Dilma Rousseff elevou mais uma

vez o tom contra os pedidos de impeachment, que tem classificado como “gol-pismo”, e disse que jamais co-meteu desvio de conduta nem mal-feito em sua vida política e pessoal.

Ao discursar para uma pla-teia formada por pequenos agri-cultores, em São Bernado do Campo (SP), ela reiteoru que o Brasil passa por uma “crise polí-tica séria” e que setores da oposição tentam uma va-riante de golpe “disfarçado” com o objetivo de con-seguir um atalho para chegar ao poder.

Segundo a presi-denta, porém, não há nada que possa depor contra as suas atitudes no exercício do car-go. “Quero dizer que eu me defendo com muita serenidade, até porque não come-ti nenhum desvio de conduta. Jamais utili-zei em meu proveito a atividade que exer-ci dignamente como presidenta”, disse.

Irresponsabilidade

Dilma Rousseff dis-

se ter certeza que “eles tentaram” encontrar al-guma coisa contra ela.

“Mas nunca vão encontrar, porque jamais cometi um mal-feito na minha vida política e pessoal. Des-

conheço entre os que se movem contra o meu mandato quem tem a força moral, reputação ilibada, e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra. Desconhe-ço”, afirmou.

Novamente, Dilma utilizou repetidas vezes a palavra golpe, dizendo ser uma “irresponsabi-lidade querer interromper o flu-

xo democrático natural do país”. “Nós não vamos permitir que golpeiem mandato que conquistamos

nas urnas”, disse.A presidenta

também fez um ape-lo aos presentes para que a ajudem a avan-çar no projeto de um Brasil mais democrá-tico, com oportunida-des iguais para todos os brasileiros.

“Estamos tra-balhando com toda energia para enfren-tar a crise. Com o empenho de cada um de vocês vamos dar a volta por cima da cri-se. Tenho certeza que a minha força vem de vocês, vem da luta por um Brasil mais justo, mais igual, re-almente democráti-co”, ressaltou. •

Dilma Rousseff afirma que não há nada que ataque sua honra

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14 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

N a c i o n a l

Ilha de investimentos no setor elétrico nacional

Mesmo com restrições de

investimentos públicos, o setor elétrico brasileiro é uma “ilha de investimentos”, com grandes oportunidades nos próximos anos. A afirmação é do ministro de Mi-nas e Energia, Eduardo Braga, e foi feita em Nova Iorque, durante apresentação para um grupo de in-vestidores reunidos na Câmara de Comércio Brasil - Estados Unidos.

O ministro destacou que a geração e transmissão de energia deverão ter forte expansão para atender os compromissos firma-dos pelo país, fazendo com que o Brasil tenha grande potencial para investimentos.

A potência instalada brasilei-ra está em franca expansão, com grande destaque para a energia eólica e solar, de acordo com dados apresentados por Braga. A

extensão das linhas de transmis-são do país deverá ser quase 60% maior do que atualmente, com capacidade MVA 62% superior, dando muito mais robustez e se-gurança ao atendimento energéti-co no país.

Oportunidades “Em momento de desafios

surgem grandes oportunidades. O mercado brasileiro do setor elétri-co é muito grande. Estamos nesse momento com muitas oportuni-dades de investimento, e como a taxa cambial no Brasil em relação ao dólar e euro está atrativa, os investimentos estão atrativos aos estrangeiros”, afirmou Braga, du-rante sua apresentação.

Segundo o ministro, para atingir esses números, o país ofe-

rece oportunidades de investi-mentos, em um ambiente seguro. “O Brasil é uma democracia que já passou por vários momentos nesses últimos 30 anos, e mos-trou-se bastante robusta. O setor elétrico é um dos mais regulados da economia brasileira e isso tam-bém é uma garantia para o investi-dor, seja nacional ou estrangeiro˜, disse Braga.

Outra potencialidade de in-vestimentos no setor elétrico está na geração distribuída, ou seja, quando o consumidor gera ener-gia. Para o ministro, esse tipo de geração pode ser muito importan-te também para atrair investimen-tos no setor imobiliário, com a possibilidade de comercialização de energia gerada pela energia so-lar ou eólica, por exemplo, no te-lhado das empresas e comércios. •

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 15

N a c i o n a l

Debênture padronizada de infraestrutura

A pedido do governo bra-sileiro, o Banco Mundial desenvolveu um novo

conceito de debênture padroniza-da para impulsionar o financiamen-to via mercado de capitais de proje-tos de infraestrutura, como estradas, ferrovias, aeroportos e portos.

A nova debênture padroniza-da de infraestrutura foi desenvol-vida em um momento em que o Brasil procura alavancar os mais de 20 anos de experiências exi-tosas com a participação privada em infraestrutura. O objetivo é promover um maior compartilha-mento de riscos, criando novas oportunidades para investidores, operadores e construtores nacio-nais e internacionais.

O modelo foi concebido para criar uma nova classe de ativos de investimentos em infraestrutura – visando, em especial, aos investi-

dores institucionais de longo pra-zo, como os fundos de pensão.

Mediante o pagamento de ju-ros durante toda a vida do projeto (incluindo a fase de construção) e fornecendo uma garantia de alta qualidade sobre o principal da dí-vida (quer no final do período de construção ou até o vencimento), a estrutura da debênture padroni-zada de infraestrutura irá facilitar o financiamento de investimentos em infraestrutura do mercado de capitais.

Poupança Ao introduzir um novo ins-

trumento de mercado de capi-tais, o governo brasileiro e o Banco Mundial procuram ex-plorar o grande estoque de pou-pança de longo prazo detida por investidores institucionais

para as necessidades de inves-timento substanciais do Brasil, contribuindo simultaneamente para a diversificação das suas carteiras.

Este tipo de financiamento também poderá ajudar o Brasil a aumentar sua produtividade eco-nômica e diminuir o custo da in-dústria e comércio.

O projeto deverá ser iniciado nos próximos meses, como for-ma de aumentar o financiamento para concessões do Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo brasileiro.

O Banco Mundial vai apoiar este piloto com recursos adicio-nais de até 500 milhões de dó-lares. O piloto estará aberto à participação de outras agências multilaterais de fomento, como o Banco Interamericano de De-senvolvimento (BID). •

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16 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

N a c i o n a l

Violência no campoA questão da violência no

campo foi debatida em audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e que reu-niu representantes de organizações de defesa dos direitos humanos e li-deranças indígenas, quilombolas e de trabalhadores no campo.

O secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cleber Buzatto, explicou que esse tipo de violência ocorre em várias regiões do país. Contra os índios, segundo ele, acontece especialmente no extremo sul da Bahia e em Mato Grosso do Sul. Para Buzatto, a falta de demarca-ção de terras é um agravante para a situação de conflito.

“Isso tudo potencializa as si-tuações de vulnerabilidade social e cultural desses povos e comu-nidades e que muitas vezes têm como última alternativa de ação política a tentativa de retomar, pelo menos, pequenos espaços de seus territórios”, disse.

Representando o Movimen-to de Quilombolas do Maranhão, Antônio Nonato Santos Viana de-nunciou as ações violentas das

milícias e cobrou medidas efetivas para que as populações possam voltar aos locais de onde foram expulsas. “Essas milícias matam e expulsam as famílias. Queimam casas, destroem roças”, disse. “De volta ao território você tem voz, nome, dignidade, e é isso que queremos”, acrescentou.

Investigação A subprocuradora-geral da

República, Deborah Duprat, informou que a procuradoria está investigando a existência dessas milícias, apesar dos proprietários

de terras negarem a sua existência e garantirem que contratam em-presas de segurança privada.

“Seria muito interessante iniciarmos uma investigação de abrangência nacional, levantando junto à Polícia Federal todas estas empresas que estão cadastradas para a segurança privada no cam-po.”, salientou.

A audiência foi proposta pelo deputado Luiz Couto (PT--PB). Segundo ele, as denúncias apresentadas de forma totalmente transparente serão encaminhadas aos órgãos competentes para que sejam tomadas as devidas provi-dências. •

Câmara debate formas de combate à violência de milícias contra indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais

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E d u c a ç ã o

Governo de Sergipe prioriza educação

A secretaria estadual de Edu-cação lançou oficialmente o Pro-grama Sergipe Educa Mais; um conjunto de ações que pretende revolucionar a educação sergipa-na nos próximos quatro anos.

Segundo o secretário de edu-cação, Jorge Carvalho, as ini-ciativas vão integrar ainda mais as escolas às suas comunidades, re-qualificar e ampliar a infraestrutura dos espaços de aprendizado, além de valorizar ainda mais o trabalho dos professores, gestores e trabalha-dores da educação em geral.

Ele explicou que o governo enviará à Assembleia Legislativa cinco projetos de lei que fazem parte das ações inseridas no Progra-ma. Algumas dessas ações já foram antecipadas, como a digitalização e informatização de 17 mil prontuá-rios dos servidores e a licitação para terceirização da merenda escolar em 32 unidades escolares.

“Também antecipamos a dis-tribuição de 283 lousas digitais e implementamos a vigilância ter-ceirizada em 70 escolas que apre-sentam maiores índices de furtos e roubos’, informou o secretário,

ressaltando que os investimentos em infraestrutura tecnológica e equipamentos chegam a R$ 12 milhões.

Qualidade do Ensino Jorge Carvalho destacou cin-

co projetos que buscam melhorar a qualidade do ensino público em Sergipe: implementação do Plano Estadual de Educação; reformula-ção da Gestão Democrática nas unidades escolares; a criação do Programa Sergipe para o Mundo; vinculação de ¼ do ICMS muni-cipal ao desempenho escolar; a criação do Sistema de Avaliação da Educação Básica e o Instituto do Prêmio Educação de Quali-dade Professora Ofenísia Soares Freire.

Ele garantiu que a partir de agora a escolha dos gestores esco-lares será calçado na meritocracia e que o estado criará cursos de especialização com 360 horas; requisito mínimo para a função e contrato de gestão com meta de aprendizagem.

Em 2016, o governo também vai renovar 30% da atual frota de 370 ônibus escolares. “O objetivo é garantir o acesso ao transporte escolar a 100% dos alunos que necessitam dele, em parceria com os municípios, até 2018”, enfati-zou o secretário. •

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18 E s t a d o s & M u n i c í p i o s18 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

E s t a d o s

Minas incentiva coleta seletiva nos municípios

No começo do ano, a Fun-

dação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (FEAM) anunciou apoio para a implantação da cole-ta seletiva em 15 municípios mi-neiros. Eles tiveram até o dia 31 de março para manifestar interesse em receber apoio técnico do Governo do Estado e foram selecionados de acordo com uma série de critérios estabelecidos no Plano Estadual de Coleta Seletiva (PECS). A meta é que a Feam auxilie 15 municípios por ano na implantação ou amplia-ção de serviços de coleta seletiva.

Para receber este apoio técni-co do governo estadual, os muni-cípios devem seguir uma série de

requisitos, como a destinação fi -nal adequada de resíduos sólidos urbanos, inclusive no que tange à regularização ambiental das insta-lações.

Os municípios são selecio-nados por um sistema de pontua-ção que também considera alguns elementos facilitadores, como o nível de infraestrutura do galpão da coleta e a existência de organi-zações de catadores de materiais recicláveis.

É o caso de Lagoa Formo-sa, na região do Alto Paranaíba, que está recebendo apoio na im-plantação da coleta este ano. A secretária de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do município, Luciana Magalhães, ressalta que desde que foi sele-cionado, o município vem rece-bendo toda a orientação e suporte técnico necessário.

Bom negócio

O presidente da Funda-ção Estadual de Meio Ambiente (FEAM), Diogo Melo Franco, afi r-ma que a coleta seletiva é um dos métodos mais efi cientes de prote-ção ao meio ambiente. “Além de evitar que os resíduos sejam des-cartados na rua, em lixões, ater-ros e muitas vezes até em rios, a coleta promove equilíbrio social e econômico”.

Para ele, a participação da sociedade é fundamental para uma política pública ambiental efi ciente.

“As pessoas entendem que é importante preservar o meio am-biente, mas muitas vezes a difi -culdade econômica prevalece na hora das escolhas diárias. Quan-do essa preservação passa a ser, literalmente, um bom negócio, é que ocorre a mudança efetiva de atitude”, completa. •

Meta é auxiliar 15 municípios por ano

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E s t a d o s

Bahia busca parceria para energia solar e eólica

O encontro do governador da Bahia Rui Costa (PT), com membros do governo de Baden--Württemberg, na Alemanha., foi um sucesso. Na pauta, a parceria com o Instituto Frau-nhofer para a futura instalação de um centro de referência de energia solar no Estado

“Estamos trabalhando para que o centro de referência de energia solar fique na Bahia, já que, entre todos os estados brasi-leiros é o de maior potencial em intensidade e extensão, tanto para energia eólica como energia so-lar,”, afirmou.

Ele ressaltou que o estado possui espaço concreto e imedia-to para que as indústrias alemãs possam compor a cadeia produti-va da indústria solar e eólica na Bahia. “Queremos a parceria com

o Instituto Fraunhofer [sediado na cidade alemã de Freiburg] para instalar esse centro em nosso es-tado, no instituto Cimatec ou no Parque Tecnológico do Governo do Estado”.

Rui Costa disse ainda que, já no próximo mês de novembro, a Bahia vai promover um encon-tro dos grandes consumidores de energia instalados no estado, prin-cipalmente aqueles dos segmen-tos de alimentos e de bebidas, com investidores e fabricantes de equipamentos solares e eólicos da Alemanha. “Queremos viabilizar tanto a expansão dos parques de energia, quanto a produção de alimentos em nosso estado”.

Agricultura familiar A posição da Bahia como es-

tado brasileiro com maior número de famílias vivendo da agricultura familiar também foi alvo da con-versa do governador com mem-bros do governo alemão. Segun-

do o governador, o estado tem o maior número de agricultores fa-miliares e pode agregar parcerias na estruturação da cadeia produ-tiva alimentar.

“Na agricultura familiar é fun-damental transformar os produtos in natura em produtos industriali-zados para consumo nos grandes centros. Com isso, estaremos im-pactando 700 mil famílias, cerca de 2,8 milhões de pessoas”, afirmou.

Desde o inicio do ano, o go-verno vem implantando o Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf) em diversos muni-cípios, com o objetivo de articular políticas públicas para a agricultu-ra familiar e promover a inclusão dos pequenos produtores baianos. Até o momento, já foram implan-tados 18 dos 27 Setafs previstos. •

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20 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

Piauí se destaca na exploração de gás natural

A maior usina de subestação da região, um importante com-plexo de energia eólica, além de uma grande produção de grãos. O Piauí passa por um desenvol-vimento que alia suas riquezas naturais a grandes projetos de in-vestimentos.

Recentemente, o Piauí parti-cipou da 13ª Rodada de Licitações para Exploração, Desenvolvimen-to e Produção de Petróleo e Gás Natural, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no Rio de Janeiro.

Entre os dez participantes do leilão, a Bacia do Parnaíba, com 22 blocos disponíveis para pes-quisa e exploração, foi a área mais disputada pelos investidores, com 11 blocos arrematados para ex-plorar gás natural no Piauí, junto com a Petrobras, Galpe e EP Ener-

gia, de Ouro Preto, que já atuam no estado.

Segundo o secretário de Mi-neração, Petróleo e Energias Re-nováveis, Luís Coelho, esse lei-lão foi um sucesso para os estados do Piauí, Tocantins e Maranhão. “A Bacia do Parnaíba foi a mais procurada pelos investidores du-rante o leilão e isso mostra que o Piauí está no caminho certo, e que passou a ser visto de outra maneira, como uma grande fon-te de pesquisa para a extração do gás natural”, ressalta o secretário.

Gasoduto A construção do gasoduto é

uma realidade próxima para o es-tado do Piauí, uma vez que a ex-ploração do gás natural pode ser

usada para abastecer indústrias que se instalarem no Norte do es-tado. “A exploração do gás atrai indústria, o que gera empregos e renda. Agora, o governador do es-tado vai reforçar o pedido junto à União, para realizar a construção do gasoduto”, explica o secretário da Mineração.

“O Piauí tem um diferencial, que é a educação prestada pelos centros educacionais, principal-mente pela Uespi e pelos Insti-tutos Federais (IFPI). A mão de obra local é um benefício para as empresas, que reduzem seus gas-tos, e gera oportunidades para os piauienses”, conclui Luis Coelho.

O foco, de acordo com as pesquisas, é o gás natural, mas a possibilidade de encontrar petró-leo não pode ser descartada. No próximo leilão, ainda sem data prevista, a expectativa é que a Ba-cia do Parnaíba continue sendo a mais cobiçada. •

E s t a d o s

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 21eletrobras.com

Mais energia com menosimpacto na natureza.A Eletrobras investe parao Brasil vencer seus desafi os.

Investimento de cerca de R$ 50 bilhões em geração e transmissão, até 2019, como parte do Programa de Investimentos em Energia Elétrica.

A empresa é a que mais investe em tecnologiae energias alternativas. O resultado são projetosinovadores e capazes de ampliar a oferta,reduzindo o impacto sobre o meio ambiente,como o Megawatt Solar e o Parque Eólico Geribatu.

O objetivo é estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa até 2020.

Por isso, a Eletrobras não para:os novos investimentos vão deixar nossosistema ainda mais robusto e confi ável,gerando mais energia de maneira limpa.

Onde tem Eletrobras, tem oGoverno Federal trabalhandopara o Brasil avançar.

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22 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

M u n i c í p i o s

Tribunal de Contas recomenda corte de gastos

O impasse provocado pelo impacto da crise econômica nas finanças dos municípios, num momento em que eles en-frentam as pressões dos cida-dãos e a fiscalização rígida do Tribunal de Contas do Estado (TCE), motivou uma reunião entre parlamentares, prefeitos e o conselheiro Dimas Ramalho, do TCE de São Paulo.

O encontro foi realizado no Legislativo de Arujá e contou com a presença do prefeito Abel Larini (PR).

Organizado pela Comissão de Finanças, Orçamento e Pla-nejamento, o evento abordou a visão do TCE sobre o cenário desfavorável à arrecadação e à administração dos municípios. “O tribunal está analisando as contas com muita preocupação. E nem vimos ainda as de 2015”, afirmou o conselheiro. Ele apre-sentou dados de 2012, período em que o cenário econômico ainda não se delineava de forma preocupante.

Naquele ano, de acordo com Ramalho, o TCE emitiu 303 pa-receres favoráveis e 341 desfavo-ráveis às contas municipais. Os maiores problemas foram o eleva-do déficit orçamentário, a aplica-ção inadequada dos recursos para educação e falta de quitação dos precatórios judiciais.

Desabafo Ramalho reconheceu que

“nenhum município está em si-tuação tranquila”. A redução de gastos com veículos oficiais, car-gos de confiança e pagamento de horas extras, aliada a um efetivo controle interno, foram pontos in-dicados por Dimas Ramalho para os gestores municipais. “O pre-feito não pode ter medo de falar ‘não’ quando isso é necessário”, observou.

Para o prefeito Abel Larini, além das colocações pertinentes do conselheiro, o encontro foi proveitoso para esclarecer ques-tões relativas à iluminação públi-ca, reserva de contingência e diminuição de gastos diversos. “Dimas Ra-malho foi muito claro: precisamos de um choque de gestão para conseguir reverter a situ-ação”, disse Abel.

Prefeitos e gestores munici-pais de cerca de 50 municípios participaram do encontro. O qua-dro apresentado por eles tem mui-tos pontos em comum, resumidos no desabafo do prefeito de Assis, Ricardo Santana: “Nossa preocu-pação é quase desespero. As pre-feituras estão quebradas”. •

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M u n i c i p i o s

Sorocaba é exemplo de aprendizagem do mundo

A cidade de Sorocaba entrou no seleto grupo das 12 cidades de aprendizagem do mundo e foi incluída no livro “Unlocking the Potencial of Urban Comunities: Case Studies of Twelve Learning Cities” (Desvendando o Potencial de Comunidades Urbanas: Estu-dos de Casos de Doze Cidades de Aprendizagem), pu-blicado pelo Institute for Lifelong Learning, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Dos 550 mu-nicípios do mundo que se apresentaram à institui-ção durante a realização da 1ª Conferência Internacional para o Desenvolvimento de Cidades da Aprendizagem, realizada em Pe-quim, na China, Sorocaba fi gurou entre os doze municípios mais efetivos nas ações de construção

de políticas de inclusão e garantia dos direitos de crianças, jovens e adultos em diversos setores públi-cos, alavancados, principalmente, pela educação.

O prêmio pela inclusão no livro foi recebido pelo prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pan-nunzio (PSDB), durante a segun-

da edição da conferência, realizada na Cidade do México. Pannunzio parti-cipou do Fórum que reuniu os doze prefeitos agracia-dos para debater como as cidades de aprendizagem podem contribuir para a saúde e bem-estar de suas

populações e para o crescimento econômico sustentável.

Humana e educadora Na ocasião, o prefeito apre-

sentou novas ações desenvolvidas pelo setor público, como os pro-

gramas Escola Viva, Escola Digi-tal, Escola da Escola, Escola Para o Futuro e projetos de atenção ao idoso e de preservação do meio ambiente e educação ambiental, entre outros.

Segundo Antonio Carlos Pan-nunzio, Sorocaba tem se pautado para a educação além das escolas, buscando criar uma cidade huma-na e educadora. Para ele, o apren-dizado não pode se limitar às salas de aulas, às unidades escolares, pois a educação é um processo que acontece nos mais variados espa-ços públicos, por meio de progra-mas que promovam a formação e a inclusão das pessoas de modo a garantir uma sociedade mais justa e com qualidade de vida.

“Uma cidade viva, bonita, moderna e geradora de oportuni-dades só pode existir se também for humana e educadora”, ressal-tou o prefeito, justifi cando os ei-xos de sua gestão. •

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24 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

M u n i c í p i o s

Garanhuns é excelência em projetos culturais

Os Projetos que utilizam a música como instru-mento de incentivo à

valorização da cultura local, pro-movidos pela rede municipal de ensino de Garanhuns, em Pernam-buco, foram muito bem avaliados pela equipe do Governo Federal composta por representantes do Ministério da Cultura, Ministério da Educação e Universidade Fe-deral de São Paulo. Inseridas no Programa Mais Cultura, as iniciati-vas estão sendo vivenciadas desde 2014 em oito escolas municipais.

Os destaques das avalia-ções foram os projetos Violão Popular Brasileiro, da Escola Maria Tavares do Nascimento; Percussão – Batuque da Alma, da Escola Padre Dehon; e o Percussão na Minha Escola, da Escola Professor Antônio Gon-çalves Dias (Caic). As três ins-

tituições tiveram a participação de músicos da cidade para exe-cução dos eixos temáticos, que abordam criação, produção ar-tística, cultura afro-brasileira, entre outros.

Para a coordenadora mu-nicipal do Mais Cultura nas Es-colas, Nívea de Cássia, da Se-cretaria de Educação e Esportes (Seduce), a música, na atualida-de, é uma disciplina que deve ser inserida na sala de aula. “Nossos alunos puderam conhecer me-lhor os instrumentos e suas his-tórias. A ação mobiliza toda a escola, assim eles conseguem ter interdisciplinaridade, da história à matemática, enfatiza.

Nordeste musical O Nordeste foi a região que

enviou o maior número de pro-

jetos. A pesquisadora Lidiane Rodrigues, da Unifesp, avaliou os trabalhos de Pernambuco e constatou o altíssimo nível de qualidade dos projetos.

“A gente não vinha a Ga-ranhuns pelo pouco tempo de avaliação presencial e pelo raio de 180 quilômetros que tínhamos definido em rela-ção à capital de cada estado brasileiro, mas abrimos essa exceção para cá, pois não ti-nha como não vir. Escolhemos Garanhuns pela excelência nos projetos”, destaca.

Responsável pela coordena-ção-geral do programa de moni-toramento do Mais Cultura nas Escolas, Cris Abramo, ressaltou que Garanhuns entendeu mui-to bem o objetivo do programa, que é aproximar a realidade cul-tural com os alunos. •

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M u n i c í p i o s

Gestão de aeroportos por estados e municípios

A Comissão de Finanças e

Tributação da Câmara dos De-putados aprovou o Projeto de Lei 7768/10,do deputado Mauro Ma-riani (PMDB-SC), que prevê a ges-tão dos aeroportos brasileiros pe-los estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios.

Atualmente, a gestão dos ae-roportos está a cargo da União, por meio da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infra-ero), que pode promover conces-sões à iniciativa privada. A pro-

posta autoriza a União a delegar a exploração dos aeroportos aos demais entes federados.

Pela medida, os aeroportos ficarão sujeitos ao mesmo regi-me dos portos e rodovias federais, cuja gestão já pode ser delegada a estados e municípios, de acordo com a Lei 9.277/96. A lei permite essa delegação por até 50 anos, for-malizada por meio de convênio.

Segundo o relator do projeto, deputado Ricardo Barros (PP--PR), a experiência acumulada até o momento com a descentraliza-ção da administração de rodovias aos estados e municípios demons-trou ser um instrumento eficaz para a prestação de serviços mais ágeis e mais compatíveis com as demandas da população brasileira.

Sistema saturado Para o deputado Mauro Ma-

riani, o projeto vai garantir me-

lhorias ao “saturado sistema ae-roportuário brasileiro”. Segundo ele, o serviço oferecido pelos ae-roportos deve piorar nos próxi-mos anos, em razão do aumento do número de passageiros gerado pelo crescimento da economia e por eventos esportivos, como as Olimpíadas, em 2016.

“A Infraero tem se esforça-do para cumprir a tarefa de mo-dernizar e ampliar os aeropor-tos do País, mas essa tarefa tem sido dificultada pela limitação de recursos públicos federais para aplicação no setor”, alerta o deputado. Segundo ele, a de-legação a estados e municípios poderá garantir uma gestão de “maior sucesso”.

O projeto já foi aprovado pela Comissão de Viação e Trans-portes. Agora ele será analisado em caráter conclusivo pela Co-missão de Constituição e Justiça e de Cidadania. •

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RENATO RIELLA [email protected]

28 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

ECONOMIA BRASILEIRA PODE CAIR 3% ESTE ANO

Analistas do mercado fi nanceiro consultados toda semana pelo Banco Central calculam que a economia brasileira cairá 3% este ano. No próximo ano, a retração do PIB deve ser menor: 1,22%.

Na avaliação do mercado fi nanceiro, a produção industrial deve ter uma queda de 7%, este ano, e de 1% em 2016. A projeção para o dólar ao fi nal do ano permanece em R$ 4. Para o fi m de 2016 passou para R$ 4,13.

DILMA MANTÉM LEVY E QUER MESMO CPMF

A presidente Dilma Rous-seff disse, em Estocolmo, que o ministro da Fazenda, Joa-quim Levy, permanece no go-verno. “O ministro Levy fi ca”. A volta da Contribuição Pro-visória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e também a Desvinculação de Receitas da União (DRU), que permite ao governo gastar livremente parte do Orçamento, estão sendo discutidas com o mi-nistro da Casa Civil, Jaques Wagner, e com o do Planeja-mento, Nelson Barbosa. E se-gue o clima de incertezas no Palácio do Planalto.

PREVISÃO ASSUSTADORA PARA RIO E SÃO PAULO

No Rio, a previsão é que a temperatura suba 3,4 graus Celsius (Cº) até 2080, com au-mento de 82 centímetros do nível do mar e 6% no volume de chuvas. Em São Paulo, as chuvas podem subir 13,9% e a temperatura ser elevada em 3,9%. – dentro da média prevista para as demais cidades do planeta, que terão entre 1º C e 4º C de aumento.

O alerta é da Rede de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Urba-nas. A entidade reúne 600 cientistas de 150 países.

BRASIL É REBAIXADO POR MAIS UMA AGÊNCIA

A agência de classifi cação de risco Fitch rebaixou a nota do Brasil de BBB para BBB-, ainda dentro do grau de investimento, mas com perspectiva negati-va. Essa nota (BBB-) é a última do grau de investimento. Se o país for rebaixado mais uma vez, cai para a categoria de investimento de risco (a partir de BB+).

A decisão refl ete a turbulência política, o crescimento do peso da dívida brasileira, o aumento dos desafi os para consolidação fi scal e a piora do cenário econômico.

HORÁRIO DE VERÃO EM TEMPO DE CRISEComeçou o horário de verão. São afetados os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,

São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. O principal objetivo é a redução da demanda no período de ponta, entre as 18h e as 21h.

Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), o horário de verão representa uma queda de consumo, em média, de 4% a 5%.

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FUTEBOL APODRECE EM TODO O MUNDO

O futebol está morrendo. Apodreceu, não só na qualidade dos jogadores, mas no contexto geral. Quase todos os comandantes do futebol mundial, nos últimos 20 anos, são bandidos. Todos merecem ser presos, nem que seja pela omissão.

E os grandes craques entraram na mesma onda. A Justiça espanhola precisa prender Messi e Neymar, para que esses milhões manipulados por eles tenham explicação clara.

O mundo está tão doente que tenta matar até o futebol. Como será a próxima Copa do Mundo?

GOVERNO DE BRASÍLIA ENXUTO E QUEBRADO

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), anunciou a nova estrutura do Exe-cutivo no Distrito Federal, visando racio-nalizar custos, diante da crise que se abate sobre Brasília. Haverá cortes de cargos e de salários dos cargos em comissão, outra medida para reduzir despesas, pois o cai-xa está quebrado.

É preocupante ver que a Secretaria de Ciência e Tecnologia foi simplesmente extinta e a operação do Fundo de Apoio à Pesquisa passará a ser feita pelo Gabinete do Governador.

PREVISTA INFLAÇÃO DE 9,75% EM 2015

A projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consu-midor Amplo (IPCA), subiu para 9,75%. Esta avaliação é feita pelo Banco Central, em pesquisa junto aos principais analistas financeiros do país. Por mais que aumente as taxas de juros, o BC não consegue segurar a expansão inflacionária.

Para o próximo ano, a expectativa é de inflação mais bai-xa, mas ainda acima do centro da meta (4,5%). A projeção para 2016 subiu para 6,12%.

CARTEIRA DE IDENTIDADE VERGONHOSA NO BRASIL

A atual Carteira de Iden-tidade dos brasileiros é uma das coisas mais deficientes da nossa vida, grande sinal de incompetência dos governan-tes. Trata-se de uma carteira de papel, no mundo digital, com códigos de barra no ver-so (para que servem esses có-digos?), difícil de se xerocar e inútil numa xerox preto-e-branco.

A carteira amassa com fa-cilidade e vem enrolada num plástico aberto, de péssima qualidade. Para fazer cópia, a gente tira o papel do plástico, para sujá-lo e amassá-lo mais ainda. Uma vergonha!

HOUVE TROCA-TROCA DE PARTIDOS NOS ESTADOS

Um dos grandes fatos da política brasileira ocorreu no dia 2 de ou-tubro, quando milhares de candidatos trocaram de partido, no prazo final de um ano antes da eleição municipal. Quando se abrir esta caixa-preta, teremos grandes surpresas, pois será constatada debandada em partidos como PT, PP, etc.

Creio que o PMDB conseguiu atrair muita gente, assim como o novo Rede da Marina. Pode ser que alguns partidos, como o DEM, praticamente acabem, de tanto enxugamento.

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30 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

S a ú d e

Aumenta o número de doadores de órgãos

O Brasil teve o melhor pri-meiro semestre da história no número de doadores efetivos de órgãos, tanto em números abso-lutos quanto na taxa por milhão de população (pmp). Os dados oficiais do Ministério da Saúde demonstram que, entre janeiro a junho deste ano, 4.672 potenciais doadores foram notificados, resul-tando em 1.338 doadores efetivos de órgãos.

Essas doações possibilitaram a realização de 12,2 mil trans-plantes, fazendo com que cresçam os procedimentos de órgãos mais complexos, como pulmão, cora-ção e medula óssea. Nesse mesmo período, o Brasil alcançou a maior porcentagem de aceitação familiar, que foi de 58%, superando os de-mais países da América Latina.

No primeiro semestre de 2015, houve crescimento de 50% no número de transplantes de pul-mão, quando comparado com o

mesmo período do ano passado. Em 2014, foram realizados 28 transplantes de pulmão no pri-meiro semestre. Em 2015, foram realizados 42.

Já em relação aos transplan-tes de coração o aumento foi de 11% na comparação do 1º semes-tre de 2014 (156) com 2015 (173). Este é o melhor desempenho já re-gistrado em um 1º semestre para transplantes de coração. A medu-la óssea teve crescimento de 4% na comparação do 1º semestre de 2015 (1.035) com 2014 (996).

Rede No caso dos doadores efeti-

vos, o Brasil atingiu o percentual de 14,2 doadores por milhão de população (pmp), superando a meta estabelecida pelo Ministério

da Saúde em 2011, que segue os padrões internacionais.

O número configura a maior quantidade de doadores efetivos já registrados em apenas um ano no Brasil, com aumento de 43,4%, se comparado com 2010, quando o percentual foi de 9,9 por milhão de população. Em 2014, foram notificados 9.378 potenciais doa-dores em todo o país, que resul-taram em 2.710 doadores efetivos de órgãos.

A rede brasileira conta com 27 Centrais Estaduais de Trans-plantes (todos os estados e Dis-trito Federal), além de Câmaras Técnicas Nacionais, 510 Centros de Transplantes, 1.113 equipes de Transplantes e 70 Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). •

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 31

S a ú d e

Castro assume compromisso de defender o SUS

O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, reafir-mou o comprometimento

de continuar os esforços em favor da saúde pública brasileira e na discussão de novas formas perma-nentes de financiamento. Ele pediu o apoio de todos que militam na saúde e disse estar aberto ao diálo-go para a discussão das políticas de saúde, de fontes específicas para o financiamento e planejamento.

“Comprometimento é a pa-lavra chave do sucesso. Por isso, quero aqui me comprometer com o governo da presidenta Dilma Rou-sseff, com a sociedade brasileira, com os serviços públicos de saúde,

de que todos os meus esforços se-rão para que o SUS possa superar suas dificuldades, para se fortalecer a cada dia, a cada ano, como políti-ca de bem-estar, cidadania e justiça social”, destacou Castro.

Entre os temas que preten-de compartilhar com os gestores da saúde para consolidação do SUS, o ministro destacou o finan-ciamento da saúde, a atenção pri-mária, o desafio da judicialização,

os avanços tecnológicos e a for-mação contínua de profissionais. “Os que dedicaram partes de suas vidas na construção do sistema de saúde brasileiro podem ter certe-za de que não se decepcionarão”, garantiu o ministro.

CPMF

Para enfrentar o problema do subfinanciamento, Marcelo Castro afirmou que vai discu-tir com a sociedade maneiras de como arcar com os custos da saú-de e formas de melhorar o com-bate ao desperdício e o aumento das receitas.

Segundo ele, estados e municípios estão comprometendo com a saúde valor muito acima do mínimo legal exigido de suas receitas e é preciso criar fontes permanentes para o financiamen-to da saúde, para garantir a oferta e aprimorar os serviços.

“Nada faremos sem diálogo aberto e franco, mas a minha pro-posta será de criar novas fontes para o financiamento da saúde. A minha proposta será de instituir a contri-buição social permanente para a saúde, a CPMF, de forma a tornar a saúde segura de seus recursos. Queremos garantir aos municípios e estados a metade da arrecadação que a União arrecadar na partilha desses recursos”, reforçou. •

“Nada faremos sem diálogo aberto e franco”

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32 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

G e s t ã o

Orçamentos públicos irreais As enormes diferenças entre

os valores planejados e os de fato executados no orçamento público dos municípios brasileiros ilus-tram a crise de credibilidade do atual modelo adotado no País.

É o que aponta a pesquisa “O irrealismo orçamentário nos mu-nicípios brasileiros”, desenvolvida por Ricardo Rocha de Azevedo, sob orientação do professor André Carlos Busanelli de Aquino, na Faculdade de Economia, Adminis-tração e Contabilidade de Ribei-rão Preto (FEARP) da USP.

Atualmente, as leis e suas re-gulamentações permitem que o Legislativo dê ao Executivo auto-rização prévia para grandes mar-gens de alteração posterior no or-çamento. Diante disso, os autores do estudo sugerem que os gover-nos têm utilizado essa grande fle-xibilidade para adotar estratégias orçamentárias que permitam mu-dar posteriormente recursos entre funções de governo, entre progra-mas ou entre órgãos, sem passar pelo debate dos legisladores.

Segundo o pesquisador, o problema não decorre de falta de informações necessárias para a elaboração do orçamento. Mesmo se conhecendo, por exemplo, o va-lor da folha de pagamento e a po-tencial faixa de correção a aplicar, esse tipo de despesa não é correta-mente estimado. “Ter mais informa-ção disponível para fazer estimati-vas no orçamento não está gerando orçamentos mais reais”, afirma.

O estudo aponta que, em mé-dia, cerca de 25% dos gastos pla-nejados são executados em outras funções de governo e existem ca-sos de municípios com alteração de 80% no orçamento inicial.

Arrecadação As discrepâncias também

ocorrem com as receitas. Por exemplo, se o IPTU arrecadado em 2013 foi de R$ 5 milhões e em 2014 foi de R$ 5,5 milhões, caso não haja nenhuma mudan-ça no cenário espera-se que, no orçamento de 2015, seja prevista uma receita compatível com a dos anos anteriores.

Porém, o que se observa em diversos casos é que essa receita é

Estratégias orçamentárias permitem que destinação dos recursos seja modificada

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 33

G e s t ã o

subestimada. Se a receita de IPTU pode ser prevista em, por exem-plo, R$ 4 milhões para 2015, já é desenhado de forma antecipada um mecanismo planejado de ex-cesso de arrecadação que ocorre-rá no ano seguinte.

Este excesso de arrecadação “não prevista” permite grande fle-xibilização, permitindo ao gestor alocar a diferença. “E o que é pior para a accountability: o Executivo poderá, na maior parte dos casos, decidir isso praticamente sozinho, por decreto, sem a participação do Legislativo e sem a transparên-cia que o orçamento inicial pos-

sui”, afirmam os pesquisadores.O inverso também pode

ocorrer. Dependendo da relação com o Legislativo, quando não há uma predisposição em autorizar previamente margens de alteração orçamentária, as receitas podem ser superestimadas pelo Executi-vo, permitindo assim a inclusão de gastos com valor superior à ca-pacidade de arrecadação.

O Legislativo e o Executivo de cada governo estabelecem o quanto aceitam de mudanças no plano inicial do uso do recurso público. O mecanismo de ajus-tes previsto na lei é natural, pois

o Executivo precisa de certa fle-xibilidade, visto que situações imprevistas surgem e devem ter respostas do governo, como even-tos da natureza ou outras situa-ções emergenciais. “Mas deixar 80% de espaço para mudança do plano inicial mostra um bom planejamento público operante?”, questiona Aquino, orientador da pesquisa.

Transparência As conclusões do trabalho

apontam que não basta o orça-mento público ser transparente. “Se ele é irreal nas estimativas, ele já foi montado para os ajustes posteriores. E assim, tanto cida-dão, organizações do terceiro se-tor, tribunais de contas e a mídia estão observando algo que não será executado. Não se pode di-zer que isto é transparência em última instância”, complementa o pesquisador.

Para Azevedo, esse tipo de discussão é importante para o momento atual do País, quando diariamente tem se discutido ne-cessidade de evoluções nos atuais mecanismos de controle da verba pública, das quais o orçamento é uma das principais ferramentas.

“Mesmo com os ganhos que a Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe para o estabelecimento de metas fiscais, somente eles não têm sido suficientes para melho-rar a qualidade do gasto público. É uma equação complexa, para união, estados e municípios”, conclui. •

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34 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

E c o n o m i a

Petrobras - 62 anos

Fundada em 3 de outubro de 1953, a Petrobras completa 62 anos de atividade, batendo recor-des operacionais diários. Pela pri-meira vez na história, a produção total do país, incluída a parcela operada pela Petrobras para em-presas parceiras, ultrapassou os 3 milhões de barris de óleo equiva-lente por dia.

No pré-sal, a produção men-sal operada chegou à marca recor-de de 859 mil barris por dia. Esses resultados reforçam a liderança da companhia em tecnologia para águas profundas e ultraprofundas, e as expectativas sobre o elevado potencial de produção do pré-sal. Além disso, este recorde na produ-ção demonstrou a qualidade dos

reservatórios, a viabilidade técnica e econômica desses projetos.

Para o presidente da Petro-bras, Aldemir Bendine, “ao completar 62 anos, a companhia segue como símbolo da imensa capacidade de realização e de superação dos brasileiros” Ele res-saltou que essa condição especial não teria sido alcançada sem a dedicação e o empenho dos fun-cionários ao longo deste período.

Segundo o presidente, a com-panhia está passando por um mo-mento de desafi os, mas também de grandes aprendizados, onde a competência e o engajamento de cada um possibilitarão que os obstáculos sejam superados o os objetivos alcançados.

“Para nós, da diretoria da em-presa, é inspirador ver o trabalho cotidiano de todos que fazem par-te da Petrobras, com a missão de tornar a empresa cada vez mais sólida e transparente, para seguir em frente de forma sustentável, em um cenário de difi culdades para toda a indústria de petróleo”, afi rmou.

Símbolo da superação dos brasileiros

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E c o n o m i a

Compliance Paralelamente aos esfor-

ços pelo aumento da produção, a Petrobras adotou uma série de medidas de compliance (confor-midade), especialmente no rela-cionamento com fornecedores. Todas as empresas fornecedoras, ao atualizarem seus cadastros, precisam fornecer informações de-talhadas sobre estrutura, finanças, mecanismos de conformidade e combate à fraude e à corrupção, entre outros itens, sendo avaliadas pelo processo conhecido como Due Diligence de Integridade.

O objetivo é aumentar a se-gurança nas contratações de bens e serviços e mitigar riscos em rela-ção às práticas de fraude e corrup-ção. Apenas os fornecedores que comprovarem adotar medidas de conformidade e integridade serão mantidos no cadastro da Petrobras e poderão participar de processos licitatórios.

A Petrobras adotou ainda um conjunto de iniciativas para au-mentar seus controles internos. Um dos princípios norteadores destas mudanças é a limitação de decisões individuais em todos os níveis da empresa, promovendo decisões colegiadas.

Outra medida é a criação de dois novos comitês (Estratégico e Financeiro), em adição aos três que já existiam (Auditoria; Segu-rança, Meio Ambiente e Saúde; e Remuneração e Sucessão), para assessorar o Conselho de Admi-nistração na apreciação de pautas, aprofundando a análise de todos os temas que lhe são submetidos.

Todos os projetos elaborados e aprovados dentro da companhia agora também têm de ser subme-tidos à avaliação de uma matriz que leva em conta os possíveis riscos, inclusive do ponto de vista de controle e transparência.

É nosso A criação da Petrobras está

diretamente relacionada ao movi-mento popular do início da déca-da de 50 chamado “O petróleo é nosso”. O slogan ganhou as ruas e rompeu com o discurso vigente até então, de que apenas grandes consórcios internacionais seriam capazes de montar uma indústria petrolífera no Brasil.

Com a adesão popular, a for-ça da campanha tem como res-posta a Lei 2004. Aprovada no Congresso Nacional e assinada pelo então presidente Getúlio Var-gas, no dia 3 de outubro de 1953, a lei dá origem à Petróleo Brasilei-ro S/A. - Petrobras.

A partir desta data, a nova companhia assumiu as atividades de pesquisa, exploração e refino do petróleo no país, além de co-mercialização de derivados.

Mais de seis décadas depois, a empresa se posicionou como a maior operadora mundial em águas profundas e suas descober-tas de petróleo e gás no pré-sal abriram uma nova fronteira ex-ploratória no setor, com potencial para colocar o Brasil entre os pa-íses com as maiores reservas de petróleo e gás. •

Pré-sal, a nova fronteira exploratória

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C o m u n i c a ç õ e s

Rádios comunitárias para mais 700 cidades

O Plano Nacional de Outorga (PNO) de radiodifusão comunitária vai possibilitar que novas rádios co-munitárias passem a funcionar em 761 municípios brasileiros no biê-nio 2015/2016. O PNO será divi-dido em 9 editais de seleção, com periodicidade bimestral, sendo que o primeiro deles é direcionado aos municípios do Norte e Nordeste.

Dos 761 municípios que serão contemplados com novas emissoras, 353 ainda não contam com uma rádio comunitária e ou-tros 408 já possuem pelo menos uma emissora autorizada. Atual-mente, as rádios comunitárias estão presentes em 3.935 municípios.

Segundo o coordenador ge-ral de Radiodifusão Comunitária do Ministério das Comunicações, Samir Nobre, o objetivo é ampliar o serviço para 4.288 cidades, o que representa 77% das localida-des brasileiras. “A nossa intenção é expandir a radiodifusão públi-ca, fortalecendo o serviço onde já existe e levando a radiodifusão comunitária a outras localidades”.

Desburocratização O Ministério das Comunica-

ções também simplificou o pro-cesso para as entidades que vão concorrer a uma autorização. Pelas novas regras, cada interes-sado vai ter de apresentar apenas

sete documentos no processo de seleção - antes, eram 33.

Outra novidade é que não será mais exigida a apresentação de projeto técnico da emissora, o que deve dar celeridade à apre-sentação de documentos pelas entidades. “Nós acreditamos que o processo de outorga agora fica mais condizente com a realidade das entidades”, afirma o coorde-nador.

Com a nova norma, o Mi-nistério também regulamentou as situações que configuram víncu-lo político, religioso, comercial e familiar dos dirigentes das enti-dades interessadas em obter uma outorga. Esses vínculos, se com-provados, podem levar ao indefe-

rimento do processo da entidade concorrente a uma outorga de rá-dio comunitária.

Além de simplificar o pro-cesso , o Ministério preparou uma cartilha eletrônica para esclare-cer pontos importantes da obten-ção de uma outorga, onde temas como legislação e documentação necessária são abordados de ma-neira clara e simples. •

O objetivo é ampliar o serviço para mais de 4 mil cidades

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S o c i a l

Boas práticas de inclusão

Na primeira quinzena de dezembro, o Brasil conhecerá os quatro vencedores do Prêmio Cidade Pró-Catador, criado pela Fundação Banco do Brasil para disseminar as boas práticas de inclusão social de catadores de materiais recicláveis realizadas por prefeituras ou consórcios mu-nicipais.

São quatro categorias de premiação conforme o núme-ro de habitantes no município e rigorosos critérios de seleção, como inclusão socioeconômica dos catadores, sustentabilidade, caráter inovador, reaplicabili-dade, impacto no público-alvo, integração com outras políticas, participação da comunidade, existência de parcerias e escopo do projeto.

As iniciativas vencedoras - uma por categoria – receberão da Fundação BB até RS 120 mil, me-diante apresentação de projeto da

prefeitura, da cooperativa ou da associação de catadores.

Segundo o presidente da Fun-dação Banco do Brasil, José Ca-etano Minchillo, o prêmio be-nefi cia os gestores públicos e os catadores, ao estimular a mobiliza-ção em torno da política de resídu-os sólidos.

“Com a premiação, unimos as duas pontas - a gestão e os catadores. A iniciativa também dá visibilidade às boas práticas e promove o envolvimento do governo municipal no planeja-mento e na execução da política dos resíduos sólidos”, ressalta Minchillo.

Histórico A primeira edição do Prêmio Cidade Pró-Catador foi lan-

çada em setembro de 2013, com o objetivo de reconhecer as iniciativas de inclusão de catadores de materiais recicláveis na gestão de resíduos sólidos dos municípios. Dos 63 municípios inscritos, dez foram selecionados na primeira etapa. As vence-doras foram Arroio Grande (RS), Bonito de Santa Fé (PB), Crate-ús (CE) e Ourinhos (SP).

A segunda edição, em 2014, premiou municípios ou con-sórcios intermunicipais com projetos conjuntos com entidades de catadores. Foram mais de 80 inscrições em quatro catego-rias. Os vencedores foram Londrina (PR), Santa Cruz do Sul (RS), Manhumirim (MG) e Brazópolis (MG),

O Prêmio é uma iniciativa da Fundação Banco do Brasil em conjunto com a Secretaria-Geral da Pre-sidência da República (SGPR) e em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). •

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Banco do Brasil.O maior parceiro do agronegócio brasileiro.

Com o Plano Safra, o Governo Federal estáinvestindo R$ 216,6 bilhões na agricultura familiare empresarial. O Banco do Brasil é o maiorfi nanciador desses recursos. Porque apoiar oagronegócio gera desenvolvimento para todos.

Central de Atendimento BB SAC Defi ciente Auditivo ou de Fala Ouvidoria BB ou acesse @bancodobrasil4004 0001 ou 0800 729 0001 | 0800 729 0722 | 0800 729 0088 | 0800 729 5678 | bb.com.br/agronegocio /bancodobrasil

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Banco do Brasil.O maior parceiro do agronegócio brasileiro.

Com o Plano Safra, o Governo Federal estáinvestindo R$ 216,6 bilhões na agricultura familiare empresarial. O Banco do Brasil é o maiorfi nanciador desses recursos. Porque apoiar oagronegócio gera desenvolvimento para todos.

Central de Atendimento BB SAC Defi ciente Auditivo ou de Fala Ouvidoria BB ou acesse @bancodobrasil4004 0001 ou 0800 729 0001 | 0800 729 0722 | 0800 729 0088 | 0800 729 5678 | bb.com.br/agronegocio /bancodobrasil

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PEDRO ABELHA [email protected]

FACEBOOK ANUNCIA EMOTICONS

Depois de anunciar o botão “Não curti”, o Facebook continua trabalhando para criar formas de expressar emoções na rede so-cial. A novidade, divulgada por Mark Zuckerberg em sua timeline, apresenta opções de emojis para que o usuário possa expressar seu sentimento sobre um post. Além de like, que continua sendo repre-sentada pelo ícone da joinha, será possível reproduzir amor, risada, doçura, espanto, tristeza e raiva.

Para seleciona um dos emojis, basta manter o curtir pressio-nado. Por enquanto, a novidade estará disponível em apenas dois países: Irlanda e Espanha.

Segundo o TechCrunch, as nações foram selecionadas por questões estratégicas. O primeiro por ser um mercado fechado, onde os usuários não costumam serem amigos de pessoas fora do país, e o segundo, para testar como a ferramenta deve funcionar fora da língua inglesa.

CARTÃO PRÉ-PAGO DO NETFLIX

A Netflix anunciou uma nova forma de pagamento no Brasil. A partir de agora, quem quiser fazer uma assinatura não precisa ter um cartão de crédito ou optar por débito automático, basta comprar um cartão pré-pago do serviço. Os cartões podem ser adquiridos em algumas lojas das redes Saraiva e Walmart.

A novidade ainda não está disponível em todos os pontos de venda da livraria e do supermercado, mas deve ser estendida em breve. Para localizar a loja mais próxima que possui o produto, é possível acessar o buscar disponibilizado pela Netflix.

O produto também pode servir como vale-presente. No site, há uma opção para inserir o código do cartão e assim ter acesso ao valor correspondente. Os valores são de R$ 30, R$ 70 e R$ 150 e com os cartões é possível efetuar o pagamento de todos os planos oferecidos pela plataforma.

PRÊMIO ENGENHO

Em novembro, Brasília recebe a premiação mais esperada entre os profissionais da imprensa da Capital Federal, o 12º Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia. Nesta edição de 2015, a comissão julgadora está formada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Auré-lio Mello, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nar-des e o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana.

Novos nomes também chega-ram para completar o júri deste ano, são eles: o secretário de Turismo do DF, Jaime Recena, o conselheiro da Embaixada de Portugal, João Pig-natelli, e os representantes do meio acadêmico, professores Angélica Córdova da Universidade Católica de Brasília, e Bruno Nalon do Uni-ceub. A comissão julgadora faz as indicações, escolhe três finalistas em cada categoria e, desse grupo, define o vencedor. Criado para contemplar jornalistas e veículos de comunica-ção que produzem notícias a partir de Brasília, o Prêmio Engenho irá destacar os trabalhos realizados em categorias da informação.

“Além de celebrar o relevante trabalho dos jornalistas, a premiação cultiva valores fundamentais, intrín-secos à comunicação: liberdade de imprensa, democracia, transparência e valorização dos jornalistas e veícu-los de comunicação”, conta a orga-nizadora do prêmio, jornalista Kátia Cubel.

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midiaO FUTURO COMEÇA AGORA

Qual era o seu mais incrível sonho de infância? A Micro-soft buscou inspiração nos sonhos mais incríveis das pessoas para mostrar as novas funcionalidades do Windows 10, em campanha digital criada pela WMcCann. O comercial, que está no ar no brandchannel da marca, apresenta a nova versão do sistema operacional e destaca entre outras novidades, o navegador Edge, que possibilita fazer anotações manuscritas na tela e compartilhá-las via e-mail ou OneDrive.

A peça de 90’’para internet, com versão de 30’, apre-senta como o Windows 10 ajuda a transformar um des-tes sonhos em realidade. A personagem sonha em ter uma árvore de sorvete. Seus filhos então usam as funcio-nalidades do Windows 10 para concretizar o sonho jun-to aos engenheiros da Microsoft. O filme é finalizado quando a família toda entra num galpão e surpreende a mãe com a árvore materializada. O lettering arrema-ta: Quando você deixou de acreditar nos seus sonhos? A campanha traz o conceito global do Windows 10, “O futuro começa agora”, e conta com mídia online.

PROJETO DE LEI 3.785/12

O ForEventos - Fórum das Entidades do Setor de Eventos confirmou seu apoio ao Projeto de Lei 3.785/12, que regula-menta o trabalho intermitente, que permite a contratação por hora com escala móvel, modalidade que já é amplamente utilizada no setor do turismo e no mercado de even-tos brasileiro. Na última semana, a Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados reali-zou audiência pública para tratar o assunto, que contou com a participação de represen-tantes de entidades que compõem o Fórum, entre elas a FBHA - Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação.

O evento foi requerido pelo presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turis-mo, deputado federal Herculano Passos, com o objetivo de ouvir as partes envolvidas para, segundo ele, “termos subsídios e melhorar a proposta, para que se torne lei e beneficie não só as empresas, mas também os trabalhadores e o país, uma vez que vai tirar muita gente da informalidade”. Segundo informações da Co-missão de Turismo, o PL 3785/12 já passou pelo Senado e aguarda parecer do relator na Comissão de Trabalho, finalizando sua trami-tação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, salvo que haja recurso para apre-ciação em Plenário.

GABRIEL MEDINA PROCESSA NESTLÉO surfista brasileiro Gabriel Medina abriu um processo contra a Nes-

tlé por uso indevido de imagem. O atleta alega que a companhia utilizou uma foto sua em um perfil do achocolatado Nescau no Facebook. Como compensação, Medina pede uma indenização de R$ 200 mil e a suspen-são de qualquer publicidade com a imagem em questão sob pena de danos morais e materiais.

O principal motivo que levou Medina a abrir o processo, de acordo com seu advogado, é o fato de ele ser patrocinado pela Ambev que, em parceria com a PepsiCo, distribui o achocolatado Toddy, principal concorrente de Nescau.

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M e i o A m b i e n t e

Brasil quer santuário de baleias do Atlântico Sul

O Ministério do Meio Am-biente (MMA) articula para aprovar, na Comis-

são Internacional Baleeira (CIB), a proposta de criação do Santuário das Baleias do Atlântico Sul na próxima plenária da instituição, marcada para outubro de 2016, na Eslovênia.

Em novembro, a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA realizará seminário com a presença de pesquisadores, repre-sentantes de órgãos governamentais e dos países-parceiros - Argentina, Uruguai e África do Sul - para discutir a revisão da proposta de criação da área de preservação e a elaboração do seu plano de manejo.

O objetivo é transformar o Atlântico Sul em um local onde se possa garantir a conservação, a longo prazo, das baleias em todo o ciclo de vida, além de preservar os habitats, as áreas de alimentação e as rotas migratórias, com priorida-de para o processo reprodutivo. O

espaço incentivará, ainda, a susten-tabilidade e atividades como ecotu-rismo e educação ambiental.

A pesquisa não letal, prevista pelo projeto, permitirá o monito-ramento de espécies quase extin-tas pela caça no passado e a atu-ação diante de possíveis ameaças. Os estudos viabilizarão medidas capazes de minimizar impactos ambientais e desenvolver ações para identificar os padrões de mo-vimento das baleias.

Consultorias

Para viabilizar todo esse pro-cesso, o MMA contratou dois con-sultores. Um revisará o documen-to que estabelece a criação do santuário, e o outro terá a missão de elaborar o plano de manejo da área colocada sob proteção, ação inédita do Brasil em relação aos outros dois já existentes, localiza-dos ao sul do Oceano Índico e na região da Antártica.

A proposta encabeçada pelo Brasil será avaliada pelo Comitê Científico da CIB em junho do próximo ano e, depois, em outu-bro de 2016, pela plenária da Co-missão Internacional Baleeira.

Este é um processo que co-meçou em 1998, quando o Brasil iniciou sua trajetória pela insti-tuição do santuário em parceria com Argentina, Uruguai e África do Sul. Ao longo desses anos, nas reuniões da CIB, o País vem mo-bilizando outras nações com o objetivo de fortalecer a proposta, que visa a conservação dos cetá-ceos. •

Seminário vai discutir a revisão da proposta de criação da área de preservação

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M e i o A m b i e n t e

País pode zerar emissões de gases por desmatamento

Se o Código Florestal for

cumprido, o Brasil pode zerar em 2030 suas emissões de gases de efeito estufa causadas pelo des-matamento da Amazônia.

A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com colegas dos Institutos de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e In-ternacional para Análises de Siste-mas Aplicados (IIASA, na sigla em inglês), da Áustria, além do Cen-tro para Monitoramento da Con-servação Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-WCMC).

Os resultados do estudo con-tribuíram para embasar as metas de redução voluntária de emissões de gases de efeito estufa apresen-tadas pela presidente Dilma Rou-sseff no final de setembro, em Nova York, durante a Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

Segundo Gilberto Câmara, pesquisador do Inpe e coordena-dor do projeto, o Código Florestal poderá ajudar a zerar as emissões de gases de efeito estufa pelo des-matamento da Amazônia se for cumprido. “O Brasil não precisa mais de legislação ambiental para conter o desmatamento da Ama-zônia. Só precisa cumprir a que já tem”, ressaltou.

Globiom Os pesquisadores fizeram

projeções sobre como o novo Có-digo Florestal poderá influenciar o uso futuro da terra no país, levan-do em contas políticas internas e a demanda mundial e nacional por produtos agropecuários brasilei-ros, além do potencial produtivo de cada região e as restrições am-bientais.

Para isso, eles adaptaram um modelo econômico global, cha-mado GLOBIOM – desenvolvido pela IIASA para fazer projeções de mudanças de uso da terra no mundo causadas pela competição entre agricultura, pecuária e bio-energia, para construir um mapa

de uso da terra no Brasil no ano 2000.

O mapa combina informa-ções sobre vegetação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-ca (IBGE) com dados fornecidos pela Fundação SOS Mata Atlânti-ca, além de mapas de cobertura de terra fornecidos pelo sensor MODIS, do Inpe, e estatísticas de produção agropecuária e de flo-restas plantadas do IBGE.

Com base nessa combinação de dados, o modelo fez projeções do uso da terra no Brasil até 2050 e concluiu que a aplicação plena do Código Florestal poderá contri-buir para uma maior redução das emissões totais de gases de efeito estufa pelo Brasil. •

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S u s t e n t a b i l i d a d e

Produção de água em áreas críticas

As instituições interessadas em participar do Edital do Fun-do Nacional do Meio Ambiente (FNMA), destinado à recuperação de áreas de preservação perma-nente para a produção de água, podem apresentar suas propostas.

As propostas selecionadas re-ceberão recursos fi nanceiros, não reembolsáveis, para realização de ações de recuperação fl orestal em áreas de preservação permanente, localizadas em bacias hidrográfi -cas cujos mananciais de superfície contribuem direta ou indiretamente para o abastecimento de reservató-rios de regiões metropolitanas com índice hídrico considerado critico.

Os recursos do edital, no va-lor total de R$ 45 milhões, resul-tam da parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Justiça e a Caixa Econômica Federal, por intermédio de seus ór-

gãos de fomento e de apoio à ges-tão dos recursos hídricos no país - Fundo Nacional do Meio Ambien-te, Fundo Nacional de Desenvolvi-mento Florestal, Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, Fundo de Defesa de Direitos Difusos. Fun-do Socioambiental Caixa e Agência Nacional das Águas.

O Edital é aberto às institui-ções públicas municipais e esta-duais, instituições privadas sem fi ns lucrativos e concessionárias de abastecimento de água, con-forme informações no edital. Po-derão participar até duas pessoas de cada instituição proponente.

Água em Foco Desenvolvido pelo Comitê

da Bacia Hidrográfi ca do Rio Pas-so Fundo, no Rio Grande do Sul, o projeto “Água em Foco: em busca da preservação dos recursos hí-dricos” está mobilizando crianças e adolescentes da cidade para a importância do uso consciente da água e um maior cuidado com os recursos naturais.

O projeto envolveu 44 crian-ças, entre 12 e 13 anos de idade, que desde o inicio do ano letivo estão imersas em atividades que vão além da sala de aula.

Segundo o presidente do Co-mitê, Claudir Luiz Alves, o pro-jeto vem estimulando a formação de cidadãos críticos e ativos na sociedade com as questões am-bientais, buscando a mudança de atitudes e mobilização social. •

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C â m a r a s & A s s e m b l e i a s

Distritais rejeitam aumento do IPTU no Distrito Federal

Depois de um acordo nego-

ciado entre os líderes partidários e representantes da área fi nanceira do governo do Distrito Federal, os deputados distritais rejeitaram três projetos de lei encaminhados pelo Executivo que previam reajustes para o Imposto sobre a Proprieda-de Territorial Urbana (IPTU), para a Taxa de Limpeza Pública (TLP) e para a Contribuição para Ilumina-ção Pública (CIP).

Em virtude da derrubada dos projetos, o governo só poderá re-ajustar as alíquotas desses impostos para 2016 conforme a legislação vi-gente, que não permite aumento su-perior ao Índice Nacional de Preços (INPC). Distritais de vários partidos ressaltaram que a medida foi uma “vitória” da Câmara Legislativa.

Conforme o acordo dos líderes de partidos na Casa com o gover-no local, os distritais aprovaram, em redação fi nal, outros projetos que devem aumentar a arrecada-ção de impostos no DF no próximo ano. Um deles, o Projeto de Lei nº 650/2015, alterou as alíquotas do chamado “imposto sobre a heran-ça”, o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quais-quer Bens ou Direitos (ITCD).

Substitutivo De acordo com o substitutivo

negociado na Comissão de Cons-

tituição e Justiça (CCJ) e na Co-missão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), as heranças de até R$ 1 milhão serão taxadas em 4% sobre o valor transmitido. Para aquelas de R$ 1 a 2 milhões, a alíquota é de 5%. Os valores acima de R$ 2 milhões pagarão 6%. Apesar da votação tranquila, o projeto não obteve consenso: houve duas abstenções e dois vo-tos contrários.

Também foi aprovado em plenário o Projeto de Lei nº

649/2015, do GDF, que reajusta de 17% para 18% a alíquota do ICMS para vários produtos (co-nhecido como ICMS Modal), ex-cluindo medicamentos e hortifru-tigranjeiros. O projeto recebeu 21 votos favoráveis.

Os serviços de TV assinatura no DF também terão a alíquota do ICMS reajustada em 2016.. A cobrança - com a homologação aprovada em plenário - será de 15%, seguindo legislação de ou-tros estados. •

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C â m a r a s & A s s e m b l e i a s

Comissão das águas pede ajuda ao Ministério Público

A Comissão das Águas, gru-po técnico voltado à análise de possíveis agravos ambientais com repercussão nas águas do muni-cípio de Poços de Caldas e seu entorno, encaminhou ao Minis-tério Público e à Promotoria de Justiça da Comarca seu relatório fi nal, com informações detalha-das sobre o trabalho realizado pela comissão coordenada pela Câmara Municipal.

Segundo a presidente da Câ-mara e coordenadora da equipe, vereadora Regina Cioffi (PPS), como a comissão solicitou infor-mações a diversos órgãos munici-pais, estaduais e federais ligados ao meio ambiente e não obteve muitas respostas sobre as ações implementadas a partir do diag-nóstico realizado pela comissão, a casa decidiu enviar os dados ao Ministério Público, para que ele interceda para que as instituições tomem as medidas necessárias em relação ao meio ambiente e em especial à água.

Regina destacou, ainda, que a comissão fará novas coletas, tanto de água como também de sedimento, a fi m de detectar pre-sença de agrotóxicos em diversos pontos do município.

Agrotóxicos

Segundo a vereadora, a co-missão detectou vários problemas na primeira fase e um deles diz respeito à quantidade de agrotóxi-co existente em um determinado ponto analisado.

“Decidimos, agora, expandir os locais de coleta e realizar um novo trabalho para identifi carmos a situação atual em relação a esse indicador. Já se passaram dois anos e é preciso controlar efi cien-temente essa questão”, ressaltou.

A Comissão das Águas foi instituída pela Câmara em 2010, após a realização de uma audiên-cia pública sobre o assunto. Nesta

legislatura, ela foi nomeada atra-vés de Portaria e passou a contar com os seguintes membros: verea-dores Regina Cioffi (PPS), Joaquim Alves (PMDB) e Valdir Sementile (DEM); representantes da Secre-taria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente; do Departamento Mu-nicipal de Água e Esgoto e da As-sociação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento. •

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A g r i c u l t u r a

Produção agropecuária é de R$ 481,4 bilhões

As riquezas produzidas no campo brasileiro somam qua-se 500 bilhões de reais. O valor bruto da produção agropecuá-ria (VBP) de 2015 está estimado, com base em dados de safras do setembro passado, em R$ 481,4 bilhões, segundo nota divulgada pela Secretaria de Política Agrí-cola (SPA) do Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Lavouras representam R$ 309, 2 bilhões e a pecuária 172,2 bilhões. O montante é 1,3 % maior em valores reais que o obtido no ano passado.

Dos R$ 481,4 bilhões, as la-vouras contribuíram com R$ 309, 2 bilhões, e a pecuária com 172,2 bilhões. A pecuária teve um cres-cimento real de seu valor de pro-dução de 2,2 %, e as lavouras, 0,8 %. O valor bruto da produção deste ano é o maior nesta série,

cujo levantamento teve início em 1989, destaca o coordenador-ge-ral de Estudos e Análises da SPA, José Gasques.

De acordo com ele, as ativi-dades agrícolas que vêm apresen-tando os melhores resultados do VBP são a cebola, com aumento real de 183,6 %; pimenta do rei-no, 64,1 %; soja, 4,9 %; milho, 4,2 %; e trigo e algodão, 1,1 %. Na pecuária, acrescenta, os me-lhores resultados foram da carne bovina, com aumento de 7,8 %; suínos, 3,2 %; e ovos, 1,3 %.

Preços Entre os produtos que têm

apresentado redução do VBP em 2015, informa a nota da SPA, destacam-se maçã, -20,8 %; uva, -19,5 %; tomate, -12,9 %; man-dioca, -7,7 %; amendoim, -5,7

%; e laranja, -5,3 %. Na pecuá-ria, frango e leite também tiveram queda no faturamento neste ano, com -7,3 % e 0,2%, respectiva-mente.

Ainda conforma a SPA, pre-ços agrícolas mais baixos têm marcado a presente safra. Entre as atividades analisadas neste levanta-mento, a maior parte apresenta pre-ços abaixo dos vigentes em 2014. Em alguns produtos, como soja e milho, o aumento de produção compensou a queda de preços, re-sultando em ganhos no VBP.

A exemplo de levantamen-tos anteriores, os dados regionais mostram uma superioridade da Região Sul, com VBP de R$ 139,9 bilhões. Em seguida, aparecem o Centro-Oeste, com R$ 130,3 bilhões; Sudeste, com R$ 121,0 bilhões; Nordeste, com 47,6 bi-lhões; e Norte, 28,4 bilhões. •

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C e r t i f i c a ç ã o

Mais praias e lagoas com certificação ambiental

Na temporada de verão

2015/2016 bandeiras azuis es-peciais vão tremular em nove praias, lagoas e marinas brasi-leiras. São cinco a mais que no ano passado a exibir o símbolo da certificação ambiental inter-nacional, concedida a localida-des que cumprem critérios de educação ambiental, segurança, qualidade da água e gestão do meio ambiente.

Além das praias e marinas que tiveram os certificados reno-vados, foram incluídas a praia do Remanso e a Lagoa do Iriry, am-bas em Rio das Ostras (RJ), a praia de Palmas, em Governador Celso Ramos (SC); a Lagoa do Peri, em Florianópolis (SC), e a praia de Ponta de Nossa Senhora do Gua-dalupe, em Salvador (BA). Essa é a primeira vez que o Brasil inclui duas lagoas entre as certificadas.

Os locais incluídos no pro-grama Bandeira Azul devem se-guir uma série de padrões: a praia

não pode estar poluída com lixo, esgoto ou resíduos de barracas, a infraestrutura não pode causar danos ao meio, o estacionamen-to deve ser sinalizado e seguro, a praia deve ter salva-vidas e as passarelas devem estar em boas condições. Além disso, o bairro da praia deve ter saneamento básico e o local deve promover alguma atividade de educação ambiental para os usuários, afim de provocar a mudança do com-portamento.

Comemoração O ministro do Turismo, Edu-

ardo Alves, comemorou a certi-ficação. “O turismo movimenta a economia e gera empregos, mas é preciso também que seja uma ativi-dade sustentável e que não prejudi-que o meio ambiente, para que as belezas naturais continuem sempre acessíveis aos nossos turistas”.

A coordenação nacional do programa Bandeira Azul também está satisfeita com as novas certifi-cações. “Comprova que o progra-ma vem crescendo e ganhando cre-dibilidade no Brasil”, destaca Leana Bernardi, coordenadora do projeto.

O Brasil tem um grande poten-cial hídrico e além das praias podem concorrer ao certificado rios, lagos e represas. “Temos um litoral imenso e, se considerar o interior, há muito a explorar. O Brasil tem tudo para ser líder na certificação”, diz Leana. Atu-almente, o país com mais bandeiras hasteadas é a Espanha. •

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Tu r i s m o

Viaje no tempo em Pirenópolis

Pirenópolis é uma pequena cidade do interior de Goiás tombada como Patrimônio

Nacional e cercada de morros e cachoeiras. É um retrato vivo da história goiana, onde um povo hospitaleiro, alegre e festivo con-vive com um ambiente de extre-ma beleza natural

A pequena Piri é famosa pelo preservado casario colonial e pe-las singelas igrejinhas espalhadas por ladeiras e ruas de pedra. Nos arredores, a cidade esconde reser-vas ecológicas repletas de cacho-eiras perfeitas para banhos ou prá-tica de atividades como o rapel.

Tem ainda trilhas para cami-nhadas que levam aos mirantes naturais da Serra dos Pirineus; rios

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Tu r i s m o

para a prática de rafting e bóia--cross; e fazendas históricas, como a Babilônia, que guardam memó-rias e lembranças do século 18.

Passado Um passeio pelo Centro His-

tórico de Pirenópolis remete a uma viagem no tempo. As cons-truções coloniais, como sobra-dos e igrejas, enchem de charme as ruas e as ladeiras calçadas em pedra. O cenário fica ainda mais bonito à noite, quando são acesas antigas luminárias

Destaques para a igreja ma-triz de Nossa Senhora do Rosário,

datada de 1728 e considerada a mais antiga de Goiás, e a igreja do Nosso Senhor do Bonfim, cons-truída por escravos entre 1750 e 1754.

Cachoeiras A Serra dos Pirineus abriga

cachoeiras para todos os gostos - caudalosas, repletas de piscinas, perfeitas para a prática de rapel.. A maioria fica dentro de reservas ecológicas, o que significa o pa-gamento de ingresso.

Destaque para as cachoei-ras do Dragão Várzea do Lobo, do Abade, Rosário, Meia Lua, Usina Velha, do Lázaro e de Santa Maria.

As cachoeiras da Maia Lua e da Usina Velha formam uma se-qüência de quedas - a maior tem dez metros de altura - que termina em uma piscina natural.

A de Santa Maria, de oito me-tros de queda, é acessível por trilha fácil e que exige apenas dez minu-tos de caminhada. Já para apreciar os 15 metros da cachoeira do Láza-ro é preciso andar meia hora. •

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O nome pode ser difícil de pronun-ciar, mas o Qashqai, da Nissan, é um dos lançamentos mais aguardados para o se-gundo semestre do ano no Brasil.

O modelo é um SUV com espírito crossovers – cruzamento de veícu-

los de passeio com utilitári-os - e vai marcar a entrada da montadora japonesa nesse segmento do mer-cado brasileiro.

A novidade prom-ete. Os crossovers estão no atual DNA da Nis-san, que se valeu desses

utilitários para conquistar o mercado europeu.

Qashqai

XC90

O topo de linha do novo XC90 T8, da Volvo, traz um sistema de propulsão híbrido plug-in em que um quatro cilindros 2.0 turbo com compres-sor a gasolina de 318 cv trabalha em conjunto com motor elétrico de 82 cv, gerando ao todo 400 cv de potência.

As outras duas versões também trazem mo-tores 2.0: (225 cv) e T6 a gasolina (320 cv), todas com câmbio automático de oito marchas e tração integrada. O modelo chega com porte para en-frentar o Audi Q7, BMW X5 e a dupla da Land Rover, Discovery e Range Rover Sport

Audi nacionalTudo pronto para o inicio da fabricação

nacional do sedã Audi A3, primeiro modelo que será produzido pela marca de luxo da Volk-swagen no retorno ao Brasil..

O A3 Sedan brasileiro será o primeiro veículo da marca no mundo com motorização bicombustível: trata-se do 1.4 turboflex já com atualização para gerar 150 cavalos de potência.

O mesmo motor equipará o Golf nacional e, no futuro, outros modelos das duas marcas, como o Q3 e o sedã Jetta.

M o t o r e s

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M o t o r e s

Duster OrochFabricada em São José dos Pinhais (PR), a pi-

cape Duster Oroch será equipada com os motores 1.6 16V de 110/115 cv e 2.0 16V de 143/148 cv, ambos flex, e com suspensão traseira independente multilink,derivada do Duster 4x4.

De série, o modelo traz sensor de ré, pneus de uso misto e sistema multimídia Media Nav Evolution 2.0, que permite que o usuário receba atualizações das redes sociais, além de possuir GPS integrado.

Monster 821Montada em Manaus por meio de parceria

com a Dafra, a Ducati Monster 821 segue as in-ovações empregadas em sua irmã maior, a Mon-ster 1200, inclusive com a adoção da refriger-

ação líquida em seu motor e freios ABS com 3 níveis de ajuste.

Com 821 cc, este bicilín-drico em ‘L” é capaz de gerar 112

cavalos de potência,. Seu acel-erador é do tipo eletrônico, proporcionando mapas de pilotagem, e trabalha em conjunto com controle de

tração (8 modos).

Fastback A versão três volumes do novo Focus -

batizado de Fastback - traz uma abordagem mais esportiva para o modelo mundial da Ford. A cara não mudou: é a mesma diantei-ra do modelo hatch, equipado com motor 2.0 aspirado e transmissão automática Pow-ershift de seis marchas.

Na traseira, o Focus Fastback gan-hou novas lanternas e nova tampa de por-ta-malas. Por dentro, um novo interior bem mais moderno. O modelo deve chegar às concessionárias em agosto..

M o t o r e s

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O jerimum

Quando de uma viagem ao Nordeste, o General Ernesto Geisel, então presidente da República, foi conhecer um perímetro de irrigação do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), no município de Morada Nova, no vale do Jaguaribe, uma das regiões mais castigadas pelas estiagens no chamado Polígono das Secas. Empolgou-se com a variedade de frutas e legumes expostos numa grande mesa pelos produtores rurais da área. E surpreendeu-se quando o ministro da Justiça, Armando Falcão, que o acompanhava, perguntou a um agricultor, apontando para um enorme fruto, o que era aquilo. O próprio general Geisel surpreendeu-se. Sorridente – o que não era comum – perguntou:

- O que é isso, Armando. Como é que você, um cearense, não sabe o que é um jerimum? O ministro, desconfi ado, olhou para a enorme abóbora de mais de 30 quilos e tentou justifi car-se

dizendo jamais vira uma daquele tamanho. Até aí nada demais, não fora o zelo com que o delegado da Policial Federal cuidou de primar pela

efi ciência da censura à imprensa, que por sinal começava a se tornar mais branda sob o governo Geisel. Pegou o jornalista Nelson Faheina, da TV Verdes Mares, que fi lmara e gravara tudo, e determinou:

-Essa história do jerimum está censurada. Não pode ir ao ar. E só não tomou o fi lme – nessa época as câmeras ainda usavam fi lmes – por causa da intervenção do

Humberto Barreto, assessor de imprensa da presidência da República, que não apenas impediu o confi sco como liberou a matéria, que foi ao ar à noite, no Jornal Nacional.

Bom de inglês

No governo do coronel César Cals, o deputado federal Ernesto Valente foi nomeado Secretário de Indústria Comércio do Ceará, que também era responsável pela política estadual de turismo. Entusiasmado, querendo vender aos turistas de todo o mundo as praias e o sol dos cearenses, o nosso Ernesto passou a convidar empresários e agentes de turismo de todo o país e do exterior para conhecer as potencialidades do estado no setor. Certa feita convidou um grupo dos Estados Unidos. No dia marcado, lá estavam o secretário e seus principais auxiliares e, obviamente, o pessoal dos jornais e da televisão, arregimentado pelo competente assessor de imprensa, o Tancredo Carvalho, à espera dos ilustres visitantes. Nos dias que antecederam à chegada do grupo o secretário cuidou de tomar algumas aulas de inglês, pois queria fazer bonito no dialogar com os gringos. Aberta a porta do avião, os americanos começaram a descer a escada e logo o primeiro deles foi saudado pelo secretário, no seu melhor inglês de Aracati:

- How do you do mister?Com igual entusiasmo, o visitante respondeu, num português impecável:- Vou muito bem, obrigado. É um prazer vir ao Brasil para conhecer as belezas do Ceará. Muito sem graça, Ernesto Valente recolheu o trem de pouso e voltou a falar no idioma pátrio.

RANGEL CAVALCANTE [email protected]

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Das duas, uma

No inicio dos anos 60 do século passado, lá em Barra do Corda, no Maranhão, nosso amigo o sertanista e poeta Olimpio Cruz, consagrado autor

de “ Canção do Abandono”, chefiava a agencia do antigo Serviço de Proteção aos Índios, a FUNAI de hoje, e, numa visita à aldeia dos Guajajaras, foi procurado por um funcionário que le pediu para ser transferido para Marabá, no interior do Pará. Surpreso, pois o homem era um antigo servidor, com uma boa folha de serviços prestados à causa indígena e muito popular entre as várias tribos da região, quis saber as razões do pedido. O subordinado explicou:

- Olha, “seu” Olimpio, o problema é que eu me candidatei a vereador lá em Barra do Corda e só tive um voto. E como eu votei em mim, fiquei numa dúvida danada: ou eu votei errado ou minha mulher não votou em mim.

- “Não vejo razão alguma para você querer ir embira daqui por isso. É uma coisa para resolver em casa, você com sua mulher” – aconselhou o chefe. Mas desistiu de tentar convencer o frustrado candidato quando ele deu a sua razão pela qual queria se mandar da cidade:

- O problema, “seu” Olímpio, é que eu não posso mais viver num lugar em que as pessoas olham para mim pensando que eu sou burro ou corno.

Não morreu

Em 1966, um ano depois de eleger José Sarney governador do Estado, as chamadas “Oposições Coligadas” pretendiam eleger uma forte bancada na Câmara Municipal de São Luís, a “ilha rebelde”, onde se concentrava a maior densidade de eleitores que ajudaram a por fim à oligarquia coronelista chefiada pelo senador Victorino Freire. E conseguiu fazer a maioria no legislativo municipal. Um dos eleitos foi o Mundinho Guterres, apadrinhado de Sarney, que logo se considerava um grande líder, destinado a cumprir uma promissora carreira na política maranhense. Nas eleições seguintes, o nosso Mundinho candidatou-se novamente a vereador. Mas logo as pesquisas mostraram que os seus eleitores minguaram e que suas chances de conquistar um novo mandato eram praticamente nulas. Ai o Mundinho resolveu apelar. No horário reservado à propaganda eleitoral gratuita pela televisão lançou um apelo dramático ao eleitorado:

- Elejam-me ou me mato!Apurados os votos, o Mundinho não foi

eleito. Nem se matou.

Onestidade

O deputado Renato Archer disputava o governo do Maranhão na eleição de 1965. A campanha era das mais aguerridas, pois o adversário era o jovem deputado José Sarney, que vinha empolgando todo o eleitorado com suas ideias de renovação e de combate ao coronelismo chefiado pelo então senador Victorino Freire, que dominava o Estado. Conta o jornalista Benedito Buzar que a caravana política de Archer chegou à cidade de Vargem Grande para um grande comício, que entrou o folclore político timbira graças ao locutor oficial, que fazia a apresentação dos oradores. Na hora de anunciar a palavra do candidato, o homem quis dar uma de inteligente e gritou a plenos pulmões:

- Povo de Vargem Grande. Passo agora a palavra ao nosso ilustre candidato ao governo do Estado, o comandante que tem no nome as R retidão; E de esperança; N de nacionalista; A de austeridade; T de tenacidade e O de honestidade.

O pregoeiro só não apanhou da comitiva porque o candidato impediu. Mas perdeu o emprego.

CASOS & CAUSOS

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A r t i g o

A arte de contratar empregados

Não há dúvidas de que o planejamento é o primeiro pas-so para um negócio de sucesso e também um ponto de partida capaz de guiar o empresário na fundamental tarefa de contratar funcionários, sabendo bem o que se espera deles, quais os resultados esperados e ainda deixar claras as expectativas a todos os contratados.

A criação de um perfil de cargo com tudo o que se espera da função e detalhes sobre o dia a dia é um ótimo guia antes de contratar. A partir daí é possível determinar as características pes-soais desejáveis para o cargo, se é uma função mais indicada para homens ou mulheres, qual a me-lhor faixa etária, se o candidato estuda, se possui flexibilidade de horário, estabelecer o valor da re-muneração, benefício e se há pla-no de carreira.

Decididas as características da função e o perfil do emprega-do, é hora de selecionar candida-tos. Nesse momento, a aplicação

Art igoa r t i g oGilberto de Jesus da Rocha Bento Jr

Gilberto de Jesus da Rocha Bento Jr é fundador da Bento Jr Advogados

de testes como uma redação que aborde o trabalho em equipe, por exemplo, poderá indicar o tipo de personalidade e o perfil de quem concorre a uma vaga de emprego.

Se aprovado nos testes bá-sicos, vale à pena realizar uma pesquisa sobre o candidato que se pretende contratar. E o motivo é simples: saber se a pessoa é com-patível com a empresa e a função. Vale usar Facebook, Linkedin, empresas de proteção ao crédito como SERASA e SCPC, delega-cias, para obter certidão de ante-cedentes, fóruns cíveis, criminais e trabalhistas. Toda informação é importante na hora de decidir quem fará parte da equipe da em-presa no dia a dia.

O início do trabalho conta com 90 dias, período de experi-ência, os quais são divididos em 45 dias prorrogáveis por mais 45. Esse período é crucial para conferir a compatibilidade de humores para boa convivência e se o trabalho trará os resultados esperados. A análise de

números, independente da função, dará os subsídios necessários para avaliação do desempenho.

Pontualidade, ausência de faltas, defesa dos interesses da empresa e a observação dos resul-tados do trabalho são indicadores essenciais sobre o rendimento do empregado. Constituem um pilar importante para a obtenção do re-sultado financeiro, que possibilita o pagamento de salários, benefí-cios e ainda traz o lucro necessá-rio à sobrevivência da empresa.

O empresário consciente ana-lisa resultados e deixa de lado a emoção para tomar decisões im-portantes para o negócio. Portanto, é fundamental formar uma equi-pe de profissionais responsáveis, comprometidos e confiáveis. Além disso, o apoio de parceiros, como advogados e contadores, pode fa-zer uma grande diferença para o desempenho de uma empresa.

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